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MATA ATLÂNTICA

Caracterização do Bioma

= Grande floresta costeira brasileira;


A Mata Atlântica acompanha o litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Rio Grande
do Sul, englobando áreas de dezessete estados.

= Mais rico bioma brasileiro em biodiversidade;


Como ela está presente em diferentes regiões do Brasil, apresenta diferentes
ecossistemas, com variações em relação à fauna, vegetação, solo, relevo e
características climáticas.

= É o exemplo mais contundente do modelo de


desenvolvimento predatório do país;
Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais,
tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Hoje é o mais devastado
de nossos biomas. Restam aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal.

= Fauna rica com a presença de Cordados e Antrópodes

A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de


espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de
espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma
grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes.

= É uma das florestas tropicais mais importantes do mundo;


A vegetação da Mata Atlântica é conhecida principalmente por sua exuberância e
diversidade, é uma das mais ricas do planeta. A floresta pode ser dividida em
extratos: O extrato superior que é composto pelas árvores mais altas, adultas, que
recebem toda a intensidade da luz solar que chega na superfície do planeta. São
formadas pelas canelas, as leguminosas (anjicos e jacarandás), os ipês, o manacá-da-
serra, o guapuruvú, entre muitas outras.
O extrato arbustivo são as árvores do interior da mata formado por
espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas pelas árvores do dossel.
Entre elas estão as jabuticabeiras, o palmito Jussara e as begônias
O extrato herbáceo é formado por plantas de pequeno porte que vivem
próximas ao solo, como é o caso de arbustos, ervas, gramíneas, musgos, selaginelas e
plantas jovens

= Possui uma vegetação exuberante;


Nas regiões onde ainda existe, a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação
exuberante, com acentuado higrofitismo. Entre as espécies mais comuns encontram-
se algumas briófitas, cipós, e orquídeas.

= Floresta do tipo latifoliada, perene e heterogênea;


Associada à umidade litorânea, possuia as mesmas características da floresta
equatorial, sendo higrófila, latifoliada, perene, densa e heterogênea.
Clima

= Clima predominantemente tropical úmido;


O clima da Mata Atlântica é predominantemente tropical úmido, influenciado pelas
massas de ar úmidas vindas do Oceano Atlântico. Além do clima tropical litorâneo
úmido, presente na região nordestina, a Mata atlântica engloba também os
climas: tropical de altitude, na região sudeste e o subtropical úmido na região sul.

= Temperaturas médias em torno de 25°C;


Suas temperaturas médias e umidade do ar são elevadas durante o ano todo e as
chuvas são regulares e bem distribuídas.

= Índices pluviométricos entre 1250 e 2000mm;

Devido este motivo, está incluída nas florestas pluviais do planeta.


Os tipos de chuva que ocorrem com maior predominância e efetividade na Mata
Atlântica são a chuva orográfica e frontal, mas também a ocorrência da chuva
convectiva.

= Regula o clima nacional;


. No que tange as mudanças climáticas as florestas são responsáveis por 56 % da
umidade local. Sua destruição elimina essa fonte injetora de vapor de água na
atmosfera, responsável pelas condições climáticas regionais. Ao mesmo tempo
diminui o poder de captura do CO2 atmosférico.

= As árvores de grande porte geram um microclima na mata;


As árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e
umidade;
Ciclo Funcional

=SOLO

 A Mata Atlântica localiza-se sobre uma imensa cadeia de montanhas, ao


longo da costa brasileira, na qual o substrato dominante compreende
rochas cristalinas. As montanhas mais antigas estendem-se em áreas da
Serra do mar e foram formadas por atividades tectônicas no Período
Ordoviciano da Era Paleozóica. Morros arredondados são formados por
grandes blocos, normalmente, de rochas graníticas (magmáticas).
Rochas calcárias, vulneráveis à dissolução química, formam cavernas e
as formadas por quartzitos sobressaem-se na paisagem, como é o caso
do Morro do Jaraguá, em São Paulo.

 O solo, em geral, é bastante raso, com pH ácido, pouco ventilado,


sempre úmido e extremamente pobre, recebendo pouca luz, devido à
absorção dos raios solares pelo estrato arbóreo. A umidade e a presença
de grande quantidade de matéria orgânica (serrapilheira) tornam o solo
favorável à ação de microorganismos decompositores (fungos e
bactérias) que possibilitam o aproveitamento dos nutrientes e sais
minerais pelos vegetais.

 O solo raso e encharcado é favorável ao desbarrancamento e à erosão,


eventos bastante comuns na floresta atlântica. O ciclo de deslizamentos
e de erosões nas partes mais altas e a deposição de material nas partes
baixas, promove a renovação do solo, desnudando as encostas,
formando clareiras e dando espaço para o início de novas associações.

 A vegetação de grande porte, apensar do solo ser raso, consegue


sustentar-se porque possuem raízes tabulares e raízes escora, paralelas
ao solo e intrincadas, formando uma espécie de "manta de raízes".

 Alguns animais (minhocas, coleópteros, entre outros) desenvolvem


atividades que resultam no revolver do solo, facilitando a absorção de
água e sais minerais, além de auxiliar na formação do húmus, material
rico em nutrientes.
=ÁGUA

 A grande quantidade de chuva que cai na Mata Atlântica, somada ao


relevo acidentado da região, cria uma rede de escoamento - ou rede de
drenagem - em forma de galharia. Quando o escoamento se dá dessa
forma, diz-se que é do tipo dendrítico, ou seja, a forma traçada pelos
cursos d'água lembra a forma dos galhos da copa de uma árvore. Tal
fato pode ficar evidente quando se observa, no mapa, a bacia do rio
Doce ou do Paraíba do Sul. Existe uma infinidade de afluentes e sub-
afluentes.

 A água contribui também para a determinação da fisionomia da floresta,


uma vez que, através da chuva, carrega o material superficial do solo
das regiões mais íngremes, expondo as rochas e tornando o solo raso.
No meio das encostas, deposita parte do material vindo de cima, mas
também transporta mais sedimento para baixo, não só através da chuva,
mas escava fundos de rios e riachos. O sopé da serra é uma área plana,
que acaba sendo entulhada de sedimento de diferentes origens vindos
das regiões mais altas.

=FLORA

 Presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e


densa.

 As árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e


umidade;

 A floresta pode ser dividida em extratos.

-O extrato superior é chamado de dossel (20-30m), que é composto


pelas árvores mais altas, adultas, que recebem toda a intensidade da luz solar
que chega na superfície do planeta. Aí estão as canelas, as leguminosas
(anjicos e jacarandás), os ipês, o manacá-da-serra, o guapuruvú
-O extrato arbustivo, árvores do interior da mata, formado por
espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas pelas árvores do
dossel. Entre elas estão as jabuticabeiras, o palmito Jussara e as begônias.

-O extrato herbáceo é formado por plantas de pequeno porte que


vivem próximas ao solo, como é o caso de arbustos, ervas, gramíneas,
musgos, selaginelas e plantas jovens que irão compor os outros extratos
quando atingirem a fase adulta.

=FAUNA

 Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e


vegetais;

 Rica com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves,


insetos, peixes e répteis;

 Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau


de exigência:

-Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos


alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de
dispersão. São chamados de generalistas por causa do alto grau de
tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes
recursos oferecidos pelo ambiente. Ex: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-
pau, gambá, morcegos, entre outros.

-Os especialistas são extremamente exigentes quanto aos hábitats


que ocupam. São animais que vivem em áreas de floresta primária ou
secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta
bastante específica. Alguns destes animais, por representarem o topo de
cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que
dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex: onça-pintada,
mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros.

 Habitam:

-Mamíferos; A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55


endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas.
-Aves; A Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do
planeta, com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188
espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se
ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e
pela caça seletiva de várias espécies.

-Anfíbios; A Mata Atlântica concentra 370 espécies de anfíbios, cerca de 65%


das espécies brasileiras conhecidas. Destas, 90 são endêmicas, evidenciando a
importância deste grupo.

-Répteis; O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado,


entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas.

-Peixes; O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350,


destas, 133 são endêmicas. O alto grau de endemismo é resultado do processo
de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas
brasileiras.

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