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Tundra: O bioma denominado tundra situa-se nas regiões próximas ao pólo Ártico, no norte

do Canadá, da Europa e da Ásia. Nesses locais, a neve cobre o solo durante quase todo o ano,
exceto nos três meses de verão, quando a temperatura chega, no máximo, a 10 °C. No verão,
apenas uma fina camada superficial do solo descongela-se: poucos centímetros abaixo da
superfície, o solo permanece congelado, impedindo a drenagem da água do degelo, o que
leva à formação de vastos pântanos.

Embora não falte água na tundra, as plantas não conseguem absorvê-la do solo porque a
temperatura é muito baixa. Assim, mesmo estando em solo encharcado, os vegetais sofrem
de falta d'água, o que os biológicos denominam seca fisiológica.

Na tundra situada mais ao norte, a vegetação é constituída basicamente por musgos e


liquens; mais ao sul, onde a temperatura média é um pouco mais elevada, há também
gramíneas e pequenos arbustos.

Com relação à fauna, os mamíferos mais típicos da tundra são a rena, o caribu e o boi
almiscarado. Esses animais são protegidos por uma pelagem densa e podem sobreviver
comendo apenas liquens, que procuram revolvendo a neve com os cascos. As aves da tundra,
em sua maioria aves aquáticas peraltas, migram para regiões mais quentes durante os meses
de inverno. Há também algumas espécies de inseto, que hibernam no inverno como forma
de resistir às baixas temperaturas e entram em atividade logo que se inicia o degelo.

A tundra é um bioma típico da região circumpolar ártica. A rena é um mamífero típico desse
bioma.

Floresta de Coníferas: O bioma denominado taiga situa-se principalmente no hemisfério


norte, ao sul da tundra ártica, onde o clima é frio, com invernos quase tão rigorosos quanto os
da tundra, embora a estação quente seja um pouco mais longa e amena. A taiga é conhecida
também como floresta de coníferas, pois é constituída basicamente por árvores desse grupo
de gimnospermas, como os pinheiros e abetos, além de apresentar musgos e liquens. Em
contraste com as árvores das florestas tropicais e temperadas, as coníferas possuem folhas
estreitas e afiladas folhas aciculares adaptadas para resistir às baixas temperaturas.

A taiga é um bioma típico das regiões sub árticas, mas que também ocorre na parte oeste da
America do Sul. O alce é um mamífero que vive nas taigas do hemisfério norte.

A fauna da taiga é composta por mamíferos típicos, como alces, ursos, lobos, raposas, visons,
martas e esquilos. Como na tundra, a maioria das aves da taiga migra para o sul no inverno.

Floresta Temperada: O bioma denominado floresta temperada é típico de certas regiões da


Europa e da América do Norte, onde o clima é temperado e as quatro estações do ano são
bem delimitadas. Na floresta temperada predominam árvores que perdem as folhas no fim
do outono e as readquirem na primavera - daí serem chamadas plantas decíduas (do latim
deciduous, que cai) ou caducifólias (do latim caducus, que cai). A perda das folhas é uma
adaptação ao inverno rigoroso, pois permite reduzir a atividade metabólica da planta,
necessária para suportar as baixas temperaturas.
Na Europa, as árvores mais características da floresta temperada são os carvalhos e as faias.
Na América do Norte, predominam os bordos e também algumas espécies de carvalhos e
faias. Além dessas árvores, tan- to na Europa quanto na América do Norte estão presen- tes
arbustos, plantas herbáceas e musgos.

Aspecto geral de uma floresta temperada, bioma tipico da América do Norte e da Europa,
mas que também ocorre na Rússia, na China e no Japão, assim como na Austrália. As fotos
mostram uma floresta temperada no Canadá e um de seus mamíferos típicos, o veado.

Com relação à fauna, a floresta temperada abriga muitas espécies de mamíferos, entre eles
javalis, veados, raposas e doninhas, além de pequenos mamíferos arborícolas, como esquilos
e arganazes. Vários tipos de pássaros e corujas também podem ser encontrados ali, assim
como várias espécies de insetos.

Floresta Tropical: O bioma denominado floresta tropical, também chamado de floresta


pluvial tropical, localiza-se em regiões de clima quente e com alto índice pluviométrico, ou
seja, na faixa equatorial da Terra. Há florestas tropicais no norte da América do Sul (Bacia
Amazônica), na América Central, na África, na Austrália e na Ásia

A vegetação da floresta tropical é exuberante e com árvores de grande porte, cujas folhas não
caem; por isso, as plantas da floresta pluvial tropical são denominadas pere nifólias (do latim
perennis, perpétuo, duradouro). Essas plantas têm, em geral, folhas largas e delicadas,
denominadas latifoliadas (do latim latus, largo, amplo, e folia, folha).

As copas das árvores mais altas formam um "teto" de vegetação, sob o qual existe um "andar"
interno, formado pelas copas de árvores mais baixas. Pode haver andares gradativamente
menores, até chegar aos arbus tos e às plantas rasteiras. A estratificação resultante dos vários
andares de vegetação origina diversos microclimas, com diferentes graus de luminosidade e
umidade. Sobre os troncos das árvores, disputando condições melhores de luminosidade, há
muitas plantas epífitas, como bromélias e samambaias.

Nas florestas tropicais, a reciclagem da matéria orgânica é muita rápida, folhas que caem e
plantas e animais que morrem são rapidamente decompostos, e seus elementos químicos,
reciclados Forma-se no solo uma camada fértil, de cor escura - o húmus - que resulta da
decomposição da matéria orgânica. A derrubada da floresta empobrece rapidamente o solo
de nutrientes; sem a cobertura vegetal e a constante reciclagem de ele- mentos químicos, os
nutrientes minerais do solo são carreados pelas chuvas, em um processo denominado
lixiviação

Na floresta pluvial tropical ha grande quantidade de nichos ecológicos, o que permite a


existência de fauna rica e variada. Há muitos vertebrados nas árvores como mamíferos
(macacos e esquilos), répteis (serpentes e lagartos) e anfíbios (sapos e pererecas) No solo
também vivem anfíbios, répteis mamíferos herbívoros (veados, antas etc) e mamíferos
carnívoros (onças, gatos do mato, e etc), há também muitos invertebrados principalmente
insetos (mosquitos besouros, formigas e etc).
As florestas pluviais tropicais são os biomas que apresentam a maior reserva de
biodiversidade do planeta. Um dos animais típicos desses biomas são as serpentes

Savana: O bioma do tipo savana caracteriza-se por apresentar arbustos e árvores de pequeno
porte, além de gramíneas. É encontrado na África, na Ásia, na Austrália e nas Américas. Na
savana africana, a fauna compõe-se de variados herbívoros de grande porte (antílopes, zebras,
girafas, elefantes e rinocerontes) e de grandes carnívoros (leões, leopardos e guepardos). Há
diversas espécies de pássaros, de gaviões e de aves corredoras, entre elas o avestruz. No Brasil,
um tipo de savana é ó cerrado, que será estudado mais adiante.

Aspecto geral de um bioma do tipo savana. A vegetação é formada por arbustos, pequenas
árvores e gramíneas. Além de grandes herbívoros, como as girafas, a savana africana tem
grandes carnívoros

Pradaria: O bioma denominado pradaria, ou campo, apresenta vegetação constituída


predominantemente por gramíneas. Esse bioma é encontrado em regiões com períodos
marcados de seca, como certas áreas da América do Norte e da América do Sul. Os pampas
gaúchos serão vistos adiante, são um tipo de pradaria.

A fauna da pradaria é constituída por roedores (pequenos mamíferos como hamsters e


marmotas) e carnívoros (lobos, coiotes e raposas). Também são abundantes os insetos.

Pradarias são biomas em que predominam as gramíneas Na foto, um animal da pradaria do


Arizona, EUA.

Deserto: O bioma denominado deserto localiza-se em regiões de pouca umidade. Sua


vegetação, constituída por gramíneas e por pequenos arbustos, é rala e espaçada, ocupando
apenas os locais em que a pouca água existente pode se acumular (fendas do solo ou
debaixo das rochas). As maiores regiões desérticas do globo situam-se na África (Deserto do
Saara) e na Ásia (Deserto de Gobi).

A fauna predominante no deserto é composta por animais roedores (ratos, cangurus e


marmotas), por répteis (serpentes e lagartos) e por insetos. Animais e plantas do deserto têm
marcantes adaptações à falta de água. Os cactos, por exemplo, têm espinhos em vez de
folhas, o que reduz a área da planta que perderia água por transpiração. Muitos animais saem
das tocas somente à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a
do alimento que ingerem.

Cactos, como os da foto, têm folhas transformadas em espinhos, uma adaptação contra a
perda de água por transpiração. Na foto inferior, um rato-canguru que pode passar a vida
toda sem beber água, obtendo-a dos alimentos e de reações químicas intracelulares como a
degradação de gorduras. Além de não possuir glândulas sudoríparas, esses animais só saem
da toca à noite, e sua urina é tão concentrada que apresenta consistência pastosa,
semi-sólida.

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