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Na atualidade, segundo Marx, existem 2 grandes classes que até podem ser
divididas em classes menores, apesar dessas duas serem as principais: o
Proletariado e a Burguesia; e portanto o fator que as difere, é a posse dos meios
de produção.
Portanto, temos uma classe que trabalha e que é explorada, mas também temos
uma classe que não trabalha e que lucra com o trabalho dos outros.
Antagonismo de Classes
Os interesses entre a classe burguesa e proletária são antagônicos, inconciliáveis
e estruturais, pois dizem respeito a forma como as sociedades Capitalistas são
organizadas para manter o lucro dos donos dos meios de produção; enquanto o
trabalhador está preocupado em pagar o seu aluguel, em pagar as suas contas,
em dar uma vida digna para seus filhos e poder ter uma condição minimamente
decente para viver, a classe burguesa maneja ofensivas para impor os seus
interesses, sobre a classe trabalhadora.
E é esse processo que nós chamamos de luta de classes, por que nós vivemos
desvantagens em detrimento de uma outra classe que é privilegiada por super
explorar o nosso trabalho. Dessa forma, as nossas lutas proletárias, não estão em
sintonia com as lutas burguesas (se é que elas existem).
Consciência de Classes
Nós acompanhamos um processo de luta de classes. No entanto, existe um véu
ideológico que nem sempre torna isso claro, pois na maioria das vezes, para o
trabalhador preocupado em pagar as contas e pegar o ônibus, esse processo que
nós chamamos de vida, é o mesmo processo que Karl Marx analisa no século XIX
Quando dizemos que os interesses são antagônicos e que eles são estruturais, é
porque, para que o proletariado tenha seus interesses atendidos, ele deve receber
o valor que o seu trabalho produz. Entretanto, se o proletariado recebe o valor que
seu trabalho produz, o burguês não recebe nada.
Sem o proletariado para trabalhar para ele, burguês é inútil, pois ele não tem mais
a sua fonte de extração do mais valor.
Mais Valor
A extração do mais valor, para acontecer, depende dos salários de miséria, do
exército de reserva. Ou seja, para que tudo dê certo para a burguesia, tudo deve
dar errado para o proletariado.
Definição: A mais-valia é o valor excedente gerado pelo trabalho dos operários além do
que é necessário para cobrir seus salários e custos de reprodução da força de trabalho.
➔ Exploração Capitalista: Marx argumentou que a mais-valia representa a exploração dos
trabalhadores, pois esse valor não é pago a eles, mas é apropriado pelos proprietários dos
meios de produção (capitalistas).
➔ Acumulação de Riqueza: Para Marx, a mais-valia é a principal fonte de acumulação de
riqueza nas mãos da classe dominante (capitalistas), pois permite que eles reinvestem os
lucros e expandem seus negócios.
➔ Divisão de Classes: A teoria da mais-valia de Marx é fundamental para sua análise das
relações de classe na sociedade capitalista, onde os trabalhadores produzem riqueza, mas
a maior parte dela vai para os capitalistas.
➔ Crítica ao Capitalismo: Marx via a extração da mais-valia como injusta e exploradora, e
argumentava que o socialismo ou comunismo poderiam eliminar essa exploração ao
abolir a propriedade privada dos meios de produção.
Meritocracia
Mas dessa forma, surge a pergunta “se o proletário é quem trabalha e a burguesia
é quem explora e lucra com o trabalho dos outros, por que os trabalhadores não
acabam com a burguesia, tendo em vista que eles são a maioria?”
Isso ocorre, pois existem diversos mecanismos a qual a burguesia manipula para
vender aos proletários e inseminar na mente do trabalhador, a ideia da
Meritocracia.
Para justificar a sua posição de poder, poder material e consequentemente
político, a burguesia, por meio das grandes mídias e outros recursos que detém
disponíveis, propaga a ideia de que também é possível que o trabalhador, caso se
esforça de verdade, possui a capacidade de chegar no mesmo nível em que ela
está; o que nós sabemos que é mentira, pois existem uma série de fatores que
fazem dessa passagem (dessa ascensão social) algo quase impossível.
No sistema capitalista atual, nós competimos por vários direitos que nos são
privados e um desses direitos, inclusive, é o direito ao trabalho. Nunca houve,
anteriormente, tantas pessoas querendo trabalhar, mas sendo negadas, e isso
ocorre porque o trabalho é um condição humana que gera identidade, que gera
cultura. Além disso, também nunca houve tanta produção, sem consumo.
Revolução e Emancipação
Bom, de nada adianta tantas mentes terem trabalhado em teorias e fundamentado
argumentos e filosofias sólidas sobre a realidade e sobre as análises extraídas
delas, se nós, como trabalhadores, não nos mobilizarmos à favor de nossa
emancipação; não à toa, a famosa frase: “Trabalhadores Uni Vos” não teria
sentido; e para isso acontecer, e a tão esperada emancipação da classe
trabalhadora chegar, antes disso, é necessário colocar fim ao que o Marx chama
de pré-história da humanidade.
Para que não existam mais classes sociais, por meio da Luta de Classes, da
tomada do poder pelos trabalhadores, pela expropriação e coletivização dos
meios de produção, e pela implementação da ditadura do proletariado (ditadura
no sentido de impor seus interesses sobre a burguesia), a humanidade enfim fará
avanços vitais para a sua permanência e sobrevivência como espécie.
- https://youtu.be/u0PRCHbG0uo?si=xWeFP33V3B7lSWM-
- https://youtu.be/d8qotsuM05k?si=Re-ZEhVagd63tl_4
- https://youtu.be/i55mUdtoLWM?si=N5eB93oP2dTz7rAx
- https://youtu.be/lmT7H09jR18?si=GFpUn-MhynHxzAhm
- https://youtu.be/jvPLD8gh7vI?si=xQeg_AzI2-vnfYvh
- https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/luta-classes.htm
- https://brasilescola.uol.com.br/videos/o-que-e-lumpemproletariado.htm
- https://www.culturagenial.com/obras-tarsila-do-amaral/