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A mais valia representa a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo
trabalho. Dessa maneira, ela pode ser entendida como o trabalho não pago, ou seja,
são horas que o trabalhador cumpre/valor que ele gera pelos quais ele não é
remunerado.
A teoria marxista entende que a alienação, mencionada anteriormente, exerce um
papel fundamental na exploração da mais valia. O afastamento do trabalhador do
produto final de seu trabalho é o que possibilita a divisão do trabalho em trabalho
necessário e trabalho excedente.
Antes do sistema capitalista, quando um trabalhador era integralmente responsável
pela produção, o valor de seu trabalho era mais visível. Ou seja, era possível saber
exatamente em quanto tempo de trabalho ele conseguia produzir as condições para
sua subsistência. No sistema capitalista, com o afastamento do trabalhador de seu
produto final, ele é incapacitado de medir o valor de seu trabalho, o que, de acordo
com Marx, possibilita ao capitalista apropriar-se de parte desse valor.
MAIS VALIA ABSOLUTA:
Como mencionamos, a mais valia representa parte do valor gerado pelo trabalhador
pelo qual ele não é remunerado. Para a teoria marxista, há duas maneiras de extrair
mais valia. Uma das formas é por meio do prolongamento da jornada de trabalho,
para além do tempo necessário para que o trabalhador produza as condições de sua
subsistência, e da apropriação desse trabalho excedente pelo capitalista. Ou seja,
aumenta-se a jornada de trabalho sem que o salário tenha um aumento
proporcional. Essa forma de extração de mais valia é chamada de mais valia
absoluta.
MAIS VALIA RELATIVA:
Materialismo Histórico:
O materialismo histórico é uma teoria marxista que defende a ideia de que a
evolução e a organização da sociedade, ao longo da história, ocorrem de acordo
com a sua capacidade de produção e com suas relações sociais de produtividade.
A teoria de Karl Marx tem como base o que ele chamava de concepção materialista
da história.
Essa concepção, fundamentada tanto por Karl Marx quanto por Friedrich Engels,
tem um conceito bem diferente do conceito do Iluminismo.
Segundo ela, as alterações sociais que acontecem ao longo da história não estão
baseadas em ideias, mas sim em valores materiais e em condições econômicas.
Alienação:
Para o filósofo alemão Karl Marx, a alienação é uma espécie de mecanismo social
capaz de deslocar o trabalhador do seu lugar de produtor para o de consumidor.
Assim, o trabalhador deixa de se identificar com o produto final que constrói, sem o
reconhecer.
E abandona a ideia de que o que foi produzido lhe pertence. Possibilitando a
manutenção da exploração do trabalho.
A alienação do trabalho aconteceria devido ao modelo de produção capitalista.
CONCEITO DE ALIENAÇÃO:
A definição de alienação pode variar conforme a disciplina ou o teórico que a
estuda. No senso-comum também é usual a utilização do termo para caracterizar
alguém que "vive fora da realidade".
A palavra alienado tem origem no latim e significa "o que é de fora", "que pertence
ao outro" ou "o que não sou eu/meu".
Entretanto, o conceito na teoria marxista se difere. Está principalmente relacionado
à exploração do trabalho e à luta de classes.
Para Marx, uma sociedade dividida em classes sociais será um espaço em que
existe a exploração do trabalho. Da mesma forma, em uma sociedade de classes,
as ideias predominantes serão as que pertencem às classes dominantes.
Segundo o pensador, as classes dominantes fariam com que os seus ideais fossem
considerados naturais ou a verdade plena, para não serem contestados.
A classe dominante e também exploradora seria a burguesia, enquanto os
explorados seriam o proletariado (trabalhadores).
Nessa dinâmica social, a burguesia teria tomado do proletariado os seus meios de
produção.
A partir da apropriação dos meios de produção, a burguesia passa a ser a dona dos
meios e do que é produzido, dando ao proletariado, como retribuição (pagamento)
pela sua força de trabalho, somente uma pequena parte.
ALIENAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA:
Seria chamado alienação social, quando o trabalhador passa a se ver somente
como consumidor, pagando pelo que produz. Trocando com o mercado o seu
próprio trabalho.
O filósofo também afirma que a alienação econômica é a base de todo o fenômeno
da alienação em uma sociedade capitalista. E está estabelecida sobre a apropriação
dos meios de produção, transformados em propriedade privada da burguesia.
A alienação em Marx é uma conceituação que está relacionada à exploração do
trabalho, a divisão do trabalho, o consumo e a economia capitalista.
Bens de Produção:
O que são:
Os modos de produção referem-se à maneira pela qual os seres humanos
produzem coletivamente os seus meios de subsistência e se associam
economicamente em sociedade.
Um modo de produção é baseado no sistema socioeconômico predominante e pode
ser dividido em:
● Produção: a maneira como a sociedade se constrói e se desenvolve para
sobreviver através dos recursos materiais;
● Circulação: o modo como a sociedade faz circular a mercadoria, ou seja,
como acontece o intercâmbio e a troca dos produtos produzidos;
● Consumo: a forma como as diferentes classes sociais consomem as
mercadorias produzidas.
● O termo foi cunhado pelo filósofo Karl Marx e nada mais é do que a união de
forças produtivas e relações sociais de produção.
● As forças produtivas incluem todos os elementos que são reunidos na
produção, como por exemplo, a terra, a matéria-prima e o combustível, além
da habilidade humana na mão de obra, máquinas, ferramentas e fábricas.
Por sua vez, as relações sociais de produção incluem os relacionamentos entre as
pessoas e a interação das pessoas com as forças produtivas através das quais são
tomadas decisões sobre o que fazer com os seus resultados.
Marx acreditava que a história humana poderia ser caracterizada pelos modos
dominantes de produção e estava interessado em fornecer uma estrutura analítica
para defini-los.
O autor também queria sustentar esses modos em uma teoria, através do
desenvolvimento histórico.