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FACULDADES DA AMAZONIA

OCIDENTAL
PROFESSOR: ARTHUR LIMA
CARVALHO

Karl Marx
O Comunismo
• O Manifesto iniciava-se com palavras sinistras: “Um espectro está assombrando
a Europa — o espectro do Comunismo. Todas as forças da velha Europa fizeram
uma santa aliança para exorcizar esse espectro o espectro existia: 1848 foi um ano
de terror para a velha ordem do Continente.

• Pairava um fervor revolucionário no ar e um ruído surdo de pés no chão. Por um


momento — um breve momento — pareceu que a velha ordem seria desfeita.

• “Os Comunistas desdenham ocultar seus pontos de vista e finalidades”, clamava o


Manifesto. “Declaram abertamente que suas metas só podem ser alcançadas por
um forçado rompimento de todas as relações sociais existentes. Que as classes
dirigentes tremam diante da revolução Comunista. Os proletários nada têm a
perder, a não ser seus grilhões. E eles têm um mundo a ganhar.”
Karl Marx
Filósofo, cientista político, e
socialista revolucionário muito
influente em sua época, até os dias
atuais. É muito conhecido por seus
estudos sobre as causas sociais.
Teve enorme importância para a
política européia, ao escrever
o Manifesto Comunista,
juntamente com Friedrich Engels,
que deu origem ao “Marxismo”,
citado adiante. 
Marxismo
• O marxismo se baseia no materialismo e o socialismo científico, constituindo ao
mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários.

• Para os marxistas, o materialismo é a arma pela qual é possível abolir a filosofia


como instrumento especulativo da burguesia (o Idealismo) e fazer dela um
instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de
trabalho).

• Este conceito tem duas bases: o materialismo dialético e o materialismo


histórico. O primeiro coloca a simultaneidade da matéria e do espírito, e a
constituição do concreto por uma evolução concebida como “desenvolvimento
por saltos, catástrofes e revoluções”, causando uma evolução em um grau mais
alto, graças a “negação da negação” (dialética).
• Analisando o capitalismo Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o
valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria.

• No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho,


muitas vezes o único bem que têm, tratada como mercadoria, e submetida às leis do
mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou é isto, ou nada. Decida-se que a fila é
grande”.

• A diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o
nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho.
Os empregadores tem uma tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada
vez mais riquezas.
• Marx acreditava que o valor de troca de uma mercadoria era determinado pelo
tempo de trabalho necessário para produzi-la denominado teoria do VALOR –
TRABALHO percebeu que o tempo de trabalho despendido na produção de uma
mercadoria inútil para qual não houvesse procura criaria uma mercadoria cujo
valor de sua troca não correspondia ao tempo de trabalho dedicado nela.

• O valor da força de trabalho equivalia ao valor para sua subsistência necessária


para o trabalhador tenha um padrão mínimo de vida socialmente definido-se o
operário trabalha durante 8 horas por dia, mas precisa somente de 6 horas para
produzir o valor dos bens que adquire com o seu salário ele é explorado por
trabalhar 2 horas suplementares gratuitamente para os capitalistas adquirir seus
lucros.

• Os capitalistas produziam apenas mercadorias cujo procura no mercado


permitisse realizar no mínimo os custos de produção.

• M – D – M’ D – M – D’
Valor de Uso e Valor de Troca
• A principal preocupação de Marx, segundo Araújo (1989) era o de desvendar as leis do
movimento do capital na sociedade capitalista. Para isso procurou analisar a mercadoria, o
capital e a força de trabalho.

• Marx dizia que um bem possui dois tipos de valores: valor de uso e valor de troca. 

• O valor de uso é medido pelo trabalho concreto, ou seja, do trabalho que depende da
habilidade humana.

• O valor de troca da mercadoria está relacionado à quantidade de tempo que o trabalhador


gasta para produzi-la.

• Assim, para Marx, o trabalho é útil ou concreto quando é considerado em sua modalidade
específica. Ou seja, é o que cria um produto útil. Segundo ele, não é o consumidor que dá
utilidade a uma mercadoria, mas o produtor. O consumidor apenas reconhece a mercadoria
como útil ou não.

• Para Marx, o valor era, portanto determinado no âmbito da produção e não da circulação,


como afirmava os clássicos.
Fetiche da mercadoria
• Marx em sua obra máxima intitulada “O Capital”, nota que
a mercadoria (manufatura) quando finalizada, não mantinha o
seu valor real de venda, que segundo ele era determinado pela
quantidade de trabalho materializado no artigo, mas sim, que
esta, por sua vez adquiria uma valoração de venda irreal e
infundada, como se não fosse fruto do trabalho humano e
nem pudesse ser mensurado, o que ele queria denunciar com
isto é que a mercadoria parecia perder sua relação com o
trabalho e ganhava vida própria.
As classes sociais no pensamento de Karl Marx

• As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em razão
dela, a sociedade se divide em possuidores e não detentores dos meios de produção.

• As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos


produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas
sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações
resultam em uma divisão no interior das sociedades.

• O processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele
existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre
possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe
dominante e a classe dominada.
• O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para
isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são
nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento
de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou
econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.

• Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições


entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração
do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento
ainda guarda contradições internas que permitem criar condições objetivas para a
transformação social.

• Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de classe, sair do


papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação
social.
• As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem
com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e
o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em
grandes centros financeiros e industriais.

• É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo,


segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos
meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria
a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que
se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.

• Esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo
dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista.

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