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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Trabalho de Sociologia: Karl Marx;

NOME: Adeleye Oluoru Bernardi Teixeira de Oliveira


TIA: 31961231
TURMA: 01L, 1ºsemestre
Junho/2019
Karl Marx procurou explicar as mudanças que estavam ocorrendo na sociedade
durante a época da Revolução Industrial (século XVII - XIX). Ele testemunhou
crescimento de fábricas e da produção industrial, bem como as desigualdades resultantes.
Havia interesse no movimento operário e nas ideias socialistas. Seu trabalho se
concentrava em questões econômicas, mas, sempre se preocupou em conectar problemas
econômicos a uma visão sociológica. Sua obra é rica em visões sociológicas.

CAPITALISMO E CLASSES SOCIAIS:


O desenvolvimento do capitalismo promoveu mudanças importante. Em empresas
capitalistas, Marx identificou 2 elementos básicos: o capital e a mão de obra assalariada.
O capital seria qualquer recurso, incluindo dinheiro, máquinas ou mesmo fábricas, que
possa ser usado ou investido para criar recursos futuros. A acumulação do capital leva à
mão de obra assalariada, que seria um conjunto de trabalhadores que não possuem
empregos promovidos pelos donos do capital. Para Marx, quem possuía capital formava
uma classe dominante (a burguesia). A massa da população forma uma classe de
trabalhadores, que também pode ser chamada de proletariado. Marx acreditava que as
relações de classe se caracterizavam pelo conflito. O conflito aparecia em meio à
dependência e a relação de exploração presente. Este motivava o dinamismo,
desenvolvimento e mudanças no mundo. Marx dizia que “A ditadura do proletariado se
constitui na transição para atingir uma sociedade sem classes.”

MATERIALISMO:
No livro “Manifesto Comunista” o ponto que se destaca é de que as mudanças sociais
são primordialmente induzidas por influências econômicas e não por ideias e valores que
os seres humanos detêm. Marx argumenta que essas ideias eram reflexo do modo de vida
dominante. Os conflitos entre as classes, como dito anteriormente, funcionam como o
“motor da história”. Marx comenta esse fato em seu livro: “A história de todas as
sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história da luta de classes.”
Os sistemas sociais fazem uma transição de um modo de produção para outro (às vezes
gradualmente, às vezes por revolução) como resultado de contradições em suas
econômicas. Como exemplo havia a sociedade comunista primitiva de caçadores e
coletores, que passou para antigos sistemas escravagistas, virou sistema feudal e por fim,
resultou em mercadores e artesões.
Marx dizia que assim como haviam se reunido para derrubar a ordem feudal, os
capitalistas também seriam separados por uma nova ordem instalada: o comunismo. Onde
não haveria divisão de classes. Porém, é importante ressaltar que Marx não quis dizer que
toda a desigualdade despareceria. O sistema econômico passaria a ser de propriedade
comum e se estabeleceria uma sociedade mais humana. Essa próxima ordem instalada
seria mais avançada e eficiente do que a produção sob o capitalismo. E ao contrário do
comunismo primitivo, o comunismo contraria com os benefícios do capitalismo alto
produtivo.

IDEALISMO ALEMÃO:
Chamado de “o último idealista”, Hegel marcou uma divisão entre seus discípulos:
conservadores políticos e religiosos, e, progressistas, promotores da razão e da liberdade.
Marx era um hegeliano de esquerda. Rompe com Hegel quando começa a criticar o
idealismo alemão. O livro “Ideologia Alemã” foi o marco desse rompimento.
A crítica feita por Marx acerca dos idealistas, era fundamentada na forma pensada por
estes. Ao invés deles enxergarem a realidade e assim tentar compreender as pessoas,
determinavam novas formas de pensar e encaixavam as pessoas nessas novas teorias.
Homens criavam ideias e eram dominados por elas da teoria para prática.
Para Marx, deveria haver primeiro observação e só depois a criação da teoria para tentar
encaixar o observado.
Outra crítica feita para os idealistas se relacionava à concepção do indivíduo sobre si.
Essa própria consciência era vista como mais importante do que a posição social dessa
pessoa. Uma vez que para Marx a teoria era incapaz de aprender a realidade, era muito
comum as pessoas caírem em ilusões e falsas aparências.
“Até agora, os homens sempre tiveram ideias falsas a respeito de si mesmos, daquilo que
são ou deveriam ser.” Livro: A Ideologia Alemã, por Karl Marx e Friedrich Engels.
Os idealistas tinham e dispersavam diferentes ideias, porém não havia presença de
ação. Por meio do Manifesto Comunista, Marx afirma que não é o suficiente a teoria e
sim, é necessário a ação em si. Por fim, Marx entendia que cada contexto histórico tinha
a sua realidade. Os indivíduos eram produtos do meio.

INTERPRETANDO UM FENÔMENO DA REALIDADE:


Usando os conceitos marxistas para interpretar um fenômeno da realidade, a
desigualdade social está relacionada necessariamente ao modo de produção capitalista que não
é justo e não é igual. Então o modo de produção que visa o lucro, através do acúmulo de capital
e da exploração de trabalho, na visão de Marx, possibilita a gente a entender como essa
desigualdade se estabelece. Para Marx, o indivíduo pode fazer suas escolhas, mas as condições
sociais são influenciadas pelas condições econômicas. Há elementos que o indivíduo pode
fazer suas escolhas, mas as determinações sociais nesse caso são muito influenciadas pelas
determinações econômicas. Praticamente a economia, então a concentração de renda, a gente
poderia dizer na mão de poucos, ou daqueles que detêm os meios e os modos de produção
praticamente dizem e estabelecem o processo de desigualdade social. O estado pode minimizar
essa desigualdade social através das políticas pública. Empregar pessoas, propiciar políticas
de inclusão social, através da educação, de cultura e lazer, acesso à saúde também que é
fundamental e às condições de moradia dignas. Para isso o estado tem que fazer o seu papel
através da própria função que lhe é cabível, daquilo que o cidadão paga e ele tem que retribuir
pelos impostos que ele recebe com a arrecadação. As classes sociais, em especial as classes
mais altas, precisam se sensibilizar para permitir essa compreensão e esse papel de ação estatal.

O trabalho de Marx teve uma profunda influência no mundo do século XX. Até apenas
uma geração atrás, mais de um terço da população da terra vivia em sociedades, cujos
governos afirmavam derivar sua inspiração das ideias de Marx. Isso mostra a importância das
teorias sociologias para testar e comparar sua efetividade e nos ajudar a entender e explicar as
diversas mudanças dramáticas que estamos vivendo.

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