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Professor (a):______________________________
Aluno(a):__________________________________
Série: 2ª série EM
Data:___/____/______
II TRIMESTRE
Socialismo é um sistema político onde todos os meios de produção pertencem ao Estado, onde
não existe o direito à propriedade privada e, em tese, a desigualdade social.
Ao longo de décadas, o chamado Socialismo realmente existente alterou profundamente o
significado do termo "Socialismo", que hoje é associado por alguns ao totalitarismo e ao
desrespeito a certos direitos humanos.
O socialismo, nos tempos de hoje, pode ser visto como um "movimento" que visa à justiça social,
deixando, portanto, a clássica definição de socialismo como "forma de produção". Um dos
contrapontos a esse movimento, no campo da direita, é o neoliberalismo que prega a minimização do
Estado, sendo o mercado o organizador da sociedade.
Para caracterizar uma sociedade socialista, é necessário que estejam presentes os seguintes
elementos fundamentais: propriedade social dos meios de produção e planificação econômica.
As diferentes teorias socialistas surgiram como reação ao quadro de desigualdade, opressão e
exploração que enxergavam na sociedade capitalista do século XIX, com a proposta de buscar uma
nova harmonia social por meio de drásticas mudanças, como a transferência dos meios de produção
das classes proprietárias para os trabalhadores. Uma consequência dessa transformação o longo
prazo seria o fim do trabalho assalariado e a substituição do mercado por uma gestão socializada ou
planejada, com o objetivo de adequar a produção econômica às necessidades da população, assim
chegando ao comunismo.
O Comunismo é um sistema econômico que nega a propriedade privada dos meios de produção.
Num sistema comunista os meios de produção são de propriedade comum a todos os cidadãos e são
controlados por seus trabalhadores. Sob tal sistema, o Estado não tem necessidade de existir e é
extinto.
No seu uso mais comum, o termo comunismo refere-se à obra e às ideias de Karl Marx e,
posteriormente, a diversos outros teóricos, notavelmente Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo,
Vladimir Lenin, entre outros. Uma das principais obras fundadoras desta corrente política é ―O
Manifesto do Partido Comunista‖ de Marx e Engels e a principal obra teórica é ―O Capital‖ de Marx.
As principais características do modelo de sociedade comunal proposto nas obras de Marx e
Engels são: A inexistência das classes sociais; As necessidades de todas as pessoas supridas;
A ausência do Estado.
Para chegar a tal estado, Marx propõe uma fase de transição, com a tomada do poder pelos
proletários para abolir a propriedade privada dos meios de produção e a consequente orientação da
economia de forma planejada com o objetivo de suprir todas as necessidades da sociedade e seus
indivíduos. Marx entende que, com as necessidades supridas, deixam de existir as classes sociais e,
portanto, não existe mais a necessidade do Estado.
Algumas vertentes do socialismo e do comunismo, identificadas como anarquistas, defendam a
abolição imediata do Estado. Tornam-se mais visíveis as diferenças entre estes grupos quando se
sabe que a primeira Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) terminou como resultado
da cisão entre Marxistas (que acreditavam na necessidade de tomar o poder do Estado para realizar
a revolução) e Bakuninistas (que acreditavam que não haveria revolução a menos que o Estado
fosse abolido em simultâneo com o capitalismo).
A teoria que dá base à construção do comunismo tem como ponto de partida a análise feita por
Marx da sociedade capitalista. Segundo ele, a propriedade privada dos meios de produção,
característica fundamental do capitalismo, só existe com a apropriação da mais-valia pela classe
dominante, ou seja, a exploração do homem pelo homem é fundamental ao capitalismo.
Marx acreditava que somente em uma sociedade sem classes sociais essa exploração não
aconteceria. Considerava, ainda, que somente o proletariado poderia, por uma luta política consciente
e consequente de seu papel, derrubar o capitalismo, não para constituir um Estado para si, mas para
acabar com as classes sociais e derrubar o Estado como instrumento político de existência das
classes.
Karl Marx foi o responsável pela análise econômica e histórica mais detalhada da evolução das
relações econômicas entre as classes sociais. Marx procurou demonstrar a dinâmica econômica que
levou a sociedade, partindo do comunismo primitivo, até a concentração cada vez mais acentuada do
capital e o aparecimento da classe operária. Esta, ao mesmo tempo seria filha do capitalismo, e a
fonte de sua futura ruína. Marx se diferenciou dos seus precursores por explicar a evolução da
sociedade em termos puramente econômicos, e se referir à acumulação do capital através da mais-
valia de forma mais clara que seus antecessores.
O Socialismo Científico foi desenvolvido no século XIX por Karl Marx e Friedrich Engels.
Recebe também, por motivos óbvios, a denominação de Socialismo Marxista. Ele rompe com o
Socialismo Utópico por apresentar uma análise crítica da realidade política e econômica, da
evolução da história, das sociedades e do capitalismo. Marx e Engels enaltecem os utópicos pelo seu
pioneirismo, porém defendem uma ação mais prática e direta contra o capitalismo através da
organização da revolucionária classe proletária. Para a formulação do Materialismo Dialético e
Histórico Marx sofreu influência do pensamento de Hegel.
O materialismo dialético é a concepção filosófica do Partido marxista-leninista. Chama-se
materialismo dialético, porque o seu modo de abordar os fenômenos da natureza, seu método de
estudar esses fenômenos e de concebê-los, é dialético, e sua interpretação dos fenômenos da
natureza, seu modo de focalizá-los, sua teoria, é materialista.
O materialismo histórico é a aplicação dos princípios do materialismo dialético ao estudo da vida
social, aos fenômenos da vida da sociedade, ao estudo desta e de sua história.
Caracterizando seu método dialético, Marx e Engels se referem com frequência a Hegel como o
filósofo que formulou os princípios fundamentais da dialética. Mas isso não quer dizer que a dialética
de Marx e Engels seja idêntica à dialética hegeliana. Na realidade, Marx e Engels só tomaram da
dialética de Hegel sua "medula racional", abandonando o invólucro idealista hegeliano e
desenvolvendo a dialética, para dar-lhe uma forma científica atual.
Segundo Marx a infraestrutura, modo como tratava a base econômica da sociedade, determina a
superestrutura que é dividida em ideológica (ideias políticas, religiosas, morais, filosóficas) e
política (Estado, polícia, exército, leis, tribunais). Portanto a visão que temos do mundo e a nossa
psicologia são reflexo da base econômica de nossa sociedade.
A história do homem é a história da luta de classes. Para Marx, a evolução histórica se dá pelo
antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada sociedade. Foi assim na escravista
(senhores de escravos - escravos), na feudalista (senhores feudais - servos) e assim é na capitalista
(burguesia - proletariado). Entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses
opostos, eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx e
Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação dos meios de
produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo expropriado possuindo apenas seu
corpo e capacidade de trabalho (proletários). Estes são, portanto, obrigados a trabalhar para o
burguês. Os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através
da mais-valia.
O capitalismo tornou o trabalhador alienado, isto é, separou-o de seus meios de produção (suas
terras, ferramentas, máquinas, etc). Estes passaram a pertencer à classe dominante, a burguesia.
Desse modo, para poder sobreviver, o trabalhador é obrigado a alugar sua força de trabalho à classe
burguesa, recebendo um salário por esse aluguel. Como há mais pessoas que empregos,
ocasionando excesso de procura, o proletário tem de aceitar, pela sua força de trabalho, um valor
estabelecido pelo seu patrão. Caso negue, achando que é pouco, uma exploração, o patrão estala os
dedos e milhares de outros aparecem em busca do emprego. Portanto é aceitar ou morrer de fome.
Com a alienação nega-se ao trabalhador o poder de discutir as políticas trabalhistas, além de serem
excluídos das decisões gerenciais.
Suponha que o operário leve 2h para fabricar um par de sapatos. Nesse período produz o suficiente
para pagar o seu trabalho. Porém, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par
de sapatos e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Numa jornada de 8 horas, por
exemplo, são produzidos 4 pares. O custo de cada par continua o mesmo, assim como o salário do
proletário. Com isso ele trabalha 6h de graça, reduzindo o custo e aumentando o lucro do patrão. Esse
valor a mais é apropriado pelo capitalista e constitui o que Marx chama de Mais-Valia Absoluta. Além
de o operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a
aplicação de tecnologia. Com isso o operário produz mais, porém seu salário não aumenta. Surge a
Mais-Valia Relativa.
Assim, o par de sapatos continua valendo R$120, mas o custo do patrão caiu em R$15 por par
produzido. No final da jornada de trabalho o operário recebeu R$20, porém rendeu o triplo ao
capitalista. É a exploração capitalista.
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Numa linguagem comum ou popular, liberalismo indica atitude aberta, tolerante e/ou generosa.
Entretanto, de acordo com o iluminismo liberalismo passa a designar individualismo. Individualismo
este entendido como defesa radical do indivíduo, único e real protagonista da vida política, social e
econômica de um Estado; em consequência, o homem deve agir sozinho na política e na economia
sem a intervenção do Estado.
O liberalismo é portanto, um movimento de ideias que passa através de diversos autores diferentes
entre si, como Locke, Montesquieu, Kant, Adam Smith, John Stuart Mill, Tocqueville e outros. Porém,
por mais numerosos que possam ser os aspectos sob o quais se apresenta a doutrina liberal
passando de autor a autor, os aspectos fundamentais são o econômico e o político, por isso
merecem sempre estar presentes. O liberalismo é, como teoria econômica causa da economia de
mercado; como teoria política, é causa do Estado que governa o menos possível ou, como se
diz hoje, do Estado mínimo (isto é, reduzido ao mínimo necessário).
Do ponto de vista político o Estado Liberal é laico, isto é, um Estado que não se identifica com
uma determinada confissão religiosa e emancipado do poder religioso. Conservou unicamente o
monopólio da força legítima, cujo exercício porém está limitado pelo reconhecimento dos direitos
do homem e pelos vários vínculos jurídicos que dão origem ao Estado de direito.
Para os adeptos do liberalismo político, o interesse dos particulares é necessariamente o interesse
público. Assim, o poder não pode prejudicar os direitos naturais - vida, liberdade e propriedade - dos
indivíduos que livremente aderiram à sociedade. Nesse sentido, a diferença do liberalismo para a
democracia é que o primeiro supõe mas não requer a igualdade porque trabalha com o
conceito de igualdade formal - formalmente os indivíduos são iguais perante a lei. Já a
democracia supõe e requer a igualdade e a liberdade (poder de agir, no seio de uma sociedade
organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas).
Do ponto de vista econômico o Estado Liberal é o Estado que perdeu o monopólio do poder
econômico através da liberdade econômica (do livre mercado). Deve assegurar a livre circulação dos
bens sem interferir na economia. Nesse sentido, é aquele que garante a livre iniciativa e a livre
concorrência.
O termo neoliberalismo já era registrado em alguns escritos dos séculos XVIII e XIX, mas
começou a aparecer com mais força na literatura acadêmica no final dos anos 1980, como uma forma
de classificar o que seria um ressurgimento do liberalismo como ideologia predominante na
política e economia internacionais. A ideia é que durante um certo período de tempo, o liberalismo
perdeu predominância para o keynesianismo, inspirado pelo trabalho de John Maynard Keynes, que
defendeu a tese de que os gastos públicos devem impulsionar a economia, especialmente em tempos
de recessão. Keynes era favorável ao Estado de bem-estar social.
A partir dos anos 1970, o mundo passou a vivenciar um declínio do modelo do Estado de bem-
estar social, o que deu espaço para que ideias liberais aos poucos voltassem a ter preferência na
política. Uma das primeiras experiências consideradas neoliberais no mundo foi levada a cabo pelo
Chile. Em 1975, o ditador chileno Augusto Pinochet entrou em contato com acadêmicos da Escola
de Chicago, que recomendaram medidas pró-liberalização do mercado e diminuição do Estado.
Entre tais medidas estavam a drástica redução do gasto público, demissão em massa de servidores
públicos e privatização de empresas estatais. As eleições de Margareth Thatcher no Reino Unido e
de Ronald Reagan nos Estados Unidos no início dos anos 1980 também foram indicativos desse
fenômeno. Ambos são considerados até hoje líderes neoliberais.
Mas o conjunto mais claro de ideias chamadas de neoliberais veio no ano de 1989, quando o
economista John Williamson publicou um artigo apresentando um conjunto de regras econômicas
acordadas por economistas de grandes instituições financeiras. Essas regras, que ficariam conhecidas
como Consenso de Washington, seriam o mínimo denominador comum, os pontos com que todas
as principais instituições financeiras do mundo concordavam. Nos anos seguintes, esse ideário
neoliberal orientaria a elaboração das políticas econômicas recomendadas por grandes agências
internacionais, e de fato foram implementadas em vários países em desenvolvimento a partir do início
dos anos 1990 – inclusive no Brasil.
O conjunto de regras neoliberais seria: Disciplina fiscal; Redução dos gastos públicos;
Reforma tributária; Juros de mercado; Câmbio de mercado; Abertura comercial; Investimento
estrangeiro direto; Privatização de empresas estatais; Desregulamentação (flexibilização de
leis econômicas e trabalhistas); Direito à propriedade intelectual
ATIVIDADE 2:
1. Apresente os elementos em comum e as diferenças entre comunismo, anarquismo e socialismo.
2. Pesquise os principais conceitos a seguir: Planificação econômica; Dialética hegeliana;
Materialismo Dialético e Histórico; Infraestrutura e Superestrutura; Ideologia; Luta de classes; Mais-
Valia; Pequena burguesia.
3. Destaque os princípios e valores do anarquismo e as principais ideias dos autores e pensadores
anarquistas.
4. Escreva sobre as origens e mais importantes referências, características e práticas do liberalismo
e do neoliberalismo.
5. Pesquise sobre alguma perspectiva que considere importante em relação aos temas
apresentados no texto e nas suas pesquisas.