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Faculdades da Amazônia Ocidental

Prof. Arthur Lima Carvalho

A crítica Keynesiana
A perspectiva Keynesiana
 A críticakeynesiana parte do princípio que o paradigma clássico
refere-se a uma economia “não-monetária” sendo, por isso,
inconsistente com a realidade da economia capitalista.

 Os que aceitaram a extensão da lei de Say para o sistema


capitalista não se deram conta de que, nesse estágio histórico da
humanidade, o fato de o tempo ser irreversível e o futuro
absolutamente desconhecido, faz uma enorme diferença.

 Numa perspectiva autenticamente keynesiana, reside aí a maior


fraqueza da teoria clássica, posto que a torna incompatível com
as instituições do mundo real, no qual as decisões econômicas
relevantes ocorrem num ambiente de incerteza.
Quando a produção corrente e,
principalmente, o investimento na produção
futura, levam tempo para serem realizados e
as consequências das decisões tomadas só
serão conhecidas no futuro, a moeda é um
fator crucial.

Assim o que em termos autenticamente


keynesianos se deve entender por “economia
monetária” é, sobretudo, um sistema
econômico no qual a moeda, como simbolizou
Keynes, é “a ponte mais segura entre o
passado e o futuro”.
Para atenuar a insegurança resultante da
incerteza, decisões econômicas requerem
certas instituições jurídicas fundamentais sem
as quais o planejamento não é possível.

Assim, a difusão de contratos


monetariamente estipulados nas relações
econômicas, como os contratos de trabalho,
locação, suprimento e financiamentos, entre
outros, reflete a base jurídica institucional
minimamente necessária para o planejamento
empresarial ou mesmo o da vida familiar.
Uma teoria que ignora a questão da incerteza
tende também a negligenciar a importância
da liquidez;

A natureza monetária da taxa de juros,


elementos fundamentais da construção
teórica keynesiana.
O princípio da demanda efetiva
Na economia monetária, a produção e o
emprego de fatores produtivos, em cada
setor de atividade, dependem da respectiva
procura(demanda) efetiva

É determinada pelas disposições e


capacidades individuais de gastar dinheiro (e
não por necessidades ou desejos) e se mede
pelas vendas que as unidades produtivas
podem realizar, em dinheiro.
Mercado de trabalho, salários e preços

No estereótipo clássico do mercado de


trabalho, subentende-se que a taxa de
salário real (w) é uma variável que pode
flutuar quotidianamente em resposta às
discrepâncias entre a oferta e procura de
trabalho.
Keynes tinha óbvias objeções a esta
concepção

Se o mercado de trabalho funcionasse


assim, os trabalhadores nunca poderiam
estar certos quanto ao valor de seus
rendimentos

Os empregadores não poderiam estar


certos quanto a seus custos de produção.
Devido aos contratos, a taxa de salário
nominal torna-se inflexível no curto prazo

A taxa de salário real (w) pode variar,


num ou noutro sentido, a qualquer
momento, por força de uma variação do
índice geral de preços (P), em sentido
contrário
Os participantes do mercado de trabalho
não podem determinar o nível geral dos
preços, qualquer eventual acordo de
redução de salário real, em troca de
aumento no emprego, por exemplo, só
poderia ser levado a efeito por meio de
redução de salários nominais.
No mundo real, os sindicatos trabalhistas
se opõem com muito mais resistência às
reduções de salário real que provêm de
cortes nos seus vencimentos nominais do
que as que provêm de aumentos do custo
de vida.
Motivos corporativistas;

Endividamento dos trabalhadores;

Os motivos da “rigidez” salarial;


Keynes conclui, então, que as forças do
mercado de trabalho não podem
determinar a própria taxa de salário real
que, em tese, o equilibraria, e,
consequentemente, não podem determinar
o nível de emprego.
Efeito Multiplicador
Agrava qualquer recessão instaurada pela
retração do investimento, transformando-a
de crise setorial em crise geral, em vez de
compensá-la e impedir sua generalização,
conforme pressuposto na abordagem
clássica do mercado de crédito.

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