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Atividade 5 – Macroeconomia I

Discente: Diego Augusto F. B. Plácido

1. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda," escrita por Keynes, representou uma
transformação no pensamento econômico ao apresentar críticas contundentes à teoria
neoclássica do emprego. Keynes contestou a visão neoclássica de que os mercados, por si só,
levariam à plena utilização dos recursos produtivos. Seus argumentos fundamentais incluíram a
ênfase na importância da demanda efetiva na determinação do nível de emprego, destacando
a influência das expectativas e da incerteza na tomada de decisões econômicas. Além disso,
Keynes argumentou que os mecanismos de ajuste automático dos mercados eram ineficazes
em situações de depressão econômica. Ele também introduziu o conceito de propensão a
liquidez, explicando como as preferências por manter dinheiro podiam resultar em
desemprego persistente. Além disso, para o autor, o volume de emprego agregado na
economia é determinado principalmente pela demanda agregada. Em outras palavras, o nível
de emprego é influenciado pela quantidade total de gastos planejados na economia. Keynes
argumentava que a demanda agregada era composta por gastos de consumo, gastos de
investimento e gastos do governo.

2. A propensão a consumir, segundo Keynes, representa a proporção da renda que as famílias


escolhem gastar em consumo, variando com o nível de renda. Esse conceito ajuda a entender o
"paradoxo da pobreza em meio à abundância," que ocorre quando, em momentos de crise
econômica, a alta propensão a consumir em épocas de baixa renda resulta em insuficiência de
demanda efetiva para utilizar plenamente recursos e capacidade produtiva. Para superar esse
paradoxo, Keynes argumentava que o governo deveria intervir estimulando a demanda
agregada por meio de políticas de gastos públicos, buscando alcançar o pleno emprego e
reduzir o desemprego.

3. O entendimento do multiplicador baseia-se na ideia de que, quando a propensão a consumir


é considerada constante e a autoridade pública estimula ou retrai o investimento, o aumento
ou a diminuição do emprego agregado depende diretamente da variação líquida do
investimento. O objetivo é estabelecer princípios gerais para calcular a relação quantitativa
entre o aumento do investimento líquido e o aumento do emprego agregado. Isso está
diretamente relacionado com a propensão marginal a consumir, uma vez que o multiplicador
demonstra como aumentos nos gastos autônomos, como investimentos, podem gerar efeitos
multiplicadores na demanda agregada e no emprego. A taxa de multiplicação da renda
depende da PMgC, pois ela determina a proporção da renda adicional que as pessoas gastam
em consumo, afetando assim a extensão do efeito multiplicador na economia. Quanto maior a
PMgC, maior o impacto dos gastos autônomos na demanda agregada e no emprego.

4. Para Keynes, o incentivo para investir é determinado pela comparação entre a EMC e a taxa
de juros. Se a EMC for maior que a taxa de juros, os investimentos se tornam mais atrativos,
pois o retorno esperado supera o custo de financiamento. Isso motiva as empresas a realizar
mais investimentos. Por outro lado, se a taxa de juros for maior do que a EMC, os
investimentos se tornam menos atraentes, pois o custo de financiamento supera o potencial de
retorno. Isso pode levar as empresas a adiar ou reduzir seus gastos de investimento.

Keynes também enfatizava que em momentos de recessão, as taxas de juros poderiam estar
baixas, mas as empresas ainda poderiam relutar em investir devido à incerteza econômica ou à
falta de demanda. Nesses casos, ele via um papel importante para a política governamental,
como o estímulo fiscal, para aumentar a demanda agregada e, assim, incentivar os
investimentos, mesmo com taxas de juros baixas. Em resumo, a relação entre EMC e taxa de
juros é crucial na determinação dos níveis de investimento na economia.

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