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Questionário - Modelo keynesiano- Froyen

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Macroeconomia I • UCBR

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CAPÍTULO 5

1. Explique como as origens da revolução keynesiana associam-se ao problema do


desemprego.
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De acordo com a teoria de Keynes, o alto desemprego na Grã-Bretanha, Criar perfil Unidos
Estados grátis e
restrições.
em outros países industrializados era resultado de uma insuficiência de demanda agregada.
A demanda agregada estaria muito baixa em razão da inadequada demanda por
investimentos.
2. Interprete cada uma das três formas de expressar condição para renda de equilíbrio no
modelo keynesiano simples. Explique por que as três formas de expressão da condição de
equilíbrio são equivalentes.
A renda vai ser igual a demanda agregada que é igual à soma de consumo, investimento e
gastos do governo:
𝒀=𝑪+𝑰+𝑮
A identidade do produto nacional é definida como consumo (C), poupança (S) e impostos (T).
Em equilíbrio Y deve ser igual a (C + I + G) e, por (5.3), Y é definido como (C + S + T) em
equilíbrio,
𝑺+𝑻=𝑰+𝑮
Por fim, podemos dizer que:
𝑰𝒓 = 𝑰
Que significa que os investimentos realizados devem ser iguais aos investimentos totais.
3. Explique cuidadosamente a diferença entre investimentos realizados e desejados. Em qual
componente dos investimentos ocorre a discrepância entre os dois totais?
A contabilidade nacional calcula os investimentos como o volume total de dispêndios das
firmas com plantas e equipamentos, mais os investimentos em estoque, o aumento (ou
declínio) dos estoques. Podemos supor que os dispêndios desejados com plantas e
equipamentos sejam iguais aos dispêndios reais registrados contabilizados no PNB. É nessa
última categoria, investimentos em estoques, que os totais desejados e realizados
podem apresentar diferenças. As contas nacionais registram todos os bens que são
produzidos mas não vendidos pelas firmas como investimentos em estoques - tenham esses
investimentos sido planejados ou não.
No caso de o nível de produto ser maior que a demanda agregada, teremos 𝐼𝑟 > 𝐼 em que
𝐼𝑟 − 𝐼 é o acúmulo não planejado de estoques e esse valor corresponde à produção não
vendida que ultrapassa o valor dos investimentos em estoques.

4. Explique a teoria de Keynes sobre a forma pela qual as expectativas afetam a demanda
por investimentos. Como se relaciona essa teoria com a visão de Keynes de que a demanda
agregada seria instável na ausência de políticas estabilizadoras do governo?
As expectativas dos administradores das firmas sobre a rentabilidade futura dos projetos de
investimento têm papel central na análise keynesiana sobre as fontes da instabilidade
econômica. Keynes enfatizou a questão da “incerteza” em que estão baseadas as
expectativas com relação ao futuro. Para determinar a lucratividade de um projeto de
investimento com duração de 20 ou 30 anos, o administrador precisaria conhecer o futuro e
a demanda futura pelo produto, o que exigiria conhecimentos sobre as preferências dos
consumidores e o estado da demanda agregada no futuro. Precisaria, ainda, antecipar os
gastos futuros, além de indicadores futuros.
Ele dizia acreditar que os agentes investidores racionais formavam suas expectativas
utilizando as técnicas a seguir:
i. Eles se inclinavam a extrapolar as tendências do passado para o futuro, ignorando
as possíveis mudanças futuras, a menos que tivessem informações específica sobre alguma
mudança prevista.
ii. "Sabendo que nosso próprio julgamento individual não tem valor, esforçamo-nos
para recorrer ao julgamento de outros que, talvez, estejam mais bem informados. Ou seja,
procuramos agir em conformidade com o comportamento da maioria, ou da média.”
Assim, a demanda por investimentos seria instável e seria o componente dos
dispêndios autônomos responsável pela instabilidade da renda.
Por fim, a teoria de Keynes, em sua forma mais simples, pode ser expressa da seguinte
forma: o consumo é uma função estável da renda, ou seja, a propensão marginal a consumir
é estável. As mudanças na renda resultam principalmente de mudanças no instável
componente investimentos. Uma determinada mudança num componente autônomo da
demanda agregada causa uma mudança ainda maior na renda de equilíbrio, devido ao
multiplicador:
𝒀=(
𝟏
𝟏−𝒃
) (𝒂 − 𝒃𝑻 + 𝑰 + 𝑮)
Na equação acima podemos ver também que, mediante mudanças corretas nos gastos do
governo (G) e nos impostos (T), o governo poderia neutralizar os efeitos das mudanças nos
investimentos. As mudanças adequadas em G e T poderiam manter constante a soma dos
termos entre parênteses (dispêndios autônomos), até em face das mudanças indesejáveis
do termo I. Essa é a base das conclusões por políticas econômicas intervencionistas a que
chegou Keynes.
5. Considere os números da Tabela 5.1 que apresentam o consumo como uma porcentagem
da renda nos anos de prosperidade nos Estados Unidos (1929, 1955, 1973, 1979 e 1989),
comparado com os anos de recessão (1933, 1958, 1975, 1982 e 1991). Note que, em cada
caso, o consumo é mais alto como uma porcentagem da renda nos anos de recessão. É isso
que você preveria com base na função consumo de Keynes, expressa pela Equação (5.9)?
Explique.
Dada a equação de consumo 𝐶 = 𝑎 + 𝑏𝑌𝑑, a suposição keynesiana é que o consumo
aumentará de acordo com o aumento na renda disponível (b > 0), mas que o aumento no
consumo será proporcionalmente menor que o aumento na renda disponível (b < 1).
Teoricamente, nos momentos de recessão se deveria observar uma diminuição do consumo,
em função da diminuição da renda disponível. Mas como não estamos observando todo o
comportamento da renda, poderíamos teorizar que propensão marginal a consumir se
mantém de forma estável como proporção da renda, o que constituiria uma maior parte do
valor absoluto da renda, dado que ela diminuiu.
6. No modelo keynesiano simples, um aumento unitário nos dispêndios autônomos fará com
que a renda de equilíbrio aumente por um múltiplo desse aumento. Explique o processo pelo
qual isso acontece.
Isso acontece em função do termo multiplicador dos dispêndios autônomos (
1
1−𝑏
), pois cada
unidade monetária de dispêndios autônomos é multiplicada por esse fator para obter sua
contribuição para a renda de equilíbrio.
7. Explique cuidadosamente por que o multiplicador dos impostos ∆𝑌 ∆𝑇⁄ = −𝑏 (1 − 𝑏)⁄ é
negativo, e por que ele é menor, em valor absoluto, do que o multiplicador dos gastos do
governo ∆𝑌 ∆𝐺⁄ = 1 (1 − 𝑏)⁄
De acordo com a equação mostrada, derivada da equação de renda keynesiana, podemos
ver que um aumento unitário nos gastos do governo tem exatamente o mesmo efeito,
sobre a renda de equilíbrio, que um aumento unitário nos investimentos. Ambos são
aumentos de uma unidade monetária nos dispêndios autônomos. O processo
multiplicador, pelo qual o aumento inicial da renda gera aumentos induzidos no consumo, é
o mesmo para um aumento nos gastos do governo e nos investimentos. Em termos gráficos,
um aumento de ∆𝐺 unidade deslocaria a curva na mesma distância que um aumento em igual
valor nos investimentos.
Já o efeito de um aumento nos impostos ocorre na direção oposta aos efeitos de um aumento
nos dispêndios públicos ou nos investimentos. Um aumento nos impostos reduz o nível da
renda nacional (Y). Isso desloca a curva de demanda agregada para baixo, pois reduz
os dispêndios com consumo para qualquer nível de renda
Porém, a curva de demanda agregada será deslocada para baixo em apenas uma fração
(b) do aumento nos impostos. Isso porque, para um dado nível de renda, um aumento
unitário nos impostos reduz a renda disponível em uma unidade monetária, mas reduz o
componente consumo da demanda agregada em somente b unidades monetárias. O restante
da redução unitária na renda disponível é absorvido pela queda

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