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Modelo Keynesiano Simples

(MKS)
Teoria Macroeconômica I
Froyen, Cap. 5
Condições para o Produto de Equilíbrio
● Uma noção fundamental do modelo keynesiano é que, para que o produto esteja em
equilíbrio, é necessário que o produto seja igual a demanda agregada.
Y = DA
● DA consiste em três componentes:
Y = DA = C + I + G
● Produto nacional Y correspondendo à renda nacional:
Y=C+S+T
● Em equilíbrio:
C+S+T =Y=C+I+G
Fluxo Circular da Renda e do Produto
Os Componentes da Demanda Agregada

Quais fatores afetam os componentes da


demanda agregada?
Consumo
● Dispêndios dos consumidores costumam ser o maior componente da
demanda agregada;
● O consumo desempenha um papel central na teoria keynesiana de
determinação da renda;
● Função estável da renda disponível (YD).
● Renda era o fator dominante para a determinação do consumo.
Consumo
● Função Consumo:

C = a + bYD , a > 0 e 0<b<1


Consumo
● Função Poupança:

Y = C + S + T,

YD = Y - T = C + S,

S = -a + (1-b)YD

Propensão Marginal a poupar

(PMgS)

ΔS/ΔYD = 1 - b
Investimento
● O investimento também era uma variável-chave no sistema keynesiano;
● Mudança nos dispêndios com investimentos desejados era um dos
principais fatores responsáveis pelas alterações na renda.
● A variabilidade dos dispêndios com investimentos era a principal
responsável pela instabilidade da renda.
● Dados Brasil para um estudo do IPEA.
● Consenso em relação a taxa de juros e investimento (Keynes e Clássicos)
Investimento
● As expectativas dos administradores das firmas sobre a rentabilidade
futura dos projetos de investimento têm papel central na análise
keynesiana sobre as fontes da instabilidade econômica.
● O futuro é incerto, todavia os investimentos são tomados:
○ Extrapolar as tendências do passado para o futuro;
○ Julgamento Convencional.

● Componente autônomo responsável pela instabilidade da renda.


Gastos do Governo e Impostos
● Gastos do governo (G) é o segundo elemento dos dispêndios autônomos;
● Gastos governamentais sejam controlados pelos formuladores de política
econômica e que, portanto, não dependam diretamente do nível de renda
● Tributária líquida (T) também é uma variável de política econômica
controlada pelos mesmos formuladores de política.
Determinando a Renda de Equilíbrio
● A renda de equilíbrio (Y) é a variável endógena a ser determinada.

Y=C+I+G

● Dispêndios autônomos I e G, e nível de T, são dados (exógenos)


● O consumo é um dispêndio induzido determinado endogenamente pela
função consumo.

C = a + bYD = a + bY - bT,

pois, YD = Y - T
Determinando a Renda de Equilíbrio
● Incluindo a função consumo, temos:
Determinando a Renda de Equilíbrio
Graficamente:
Determinando a Renda de Equilíbrio
Equação de Equilíbrio:

Multiplicador do Dispêndio autônomo:


Determinando a Renda de Equilíbrio
Um resumo:

● Consumo é uma função estável da renda. PMgC é estável;


● As mudanças na renda resultam principalmente de mudanças no instável componente investimentos.
● Uma variação em um componente autônomo da DA causa uma mudança ainda maior na renda de
equilíbrio, devido ao multiplicador.
● Na ausência de políticas do governo para estabilizar a economia, a renda ficará instável em função da
instabilidade dos investimentos.
● As mudanças adequadas em G e T podem manter constante a soma dos termos entre parênteses
(dispêndios autônomos), até em face das mudanças indesejáveis do termo I.
● Política Econômica Intervencionista.
Mudanças na Renda de Equilíbrio
● Vamos considerar o efeito de uma mudança na demanda por
investimentos autônomos sobre a renda de equilíbrio.
● A solução, para o caso dos outros dispêndios autônomos fixos, usamos:

● Se b for 0,8, por exemplo, Y muda em 5 unidades para cada alteração de


1 unidade nos investimentos.
Por que a renda é mudada por um múltiplo da mudança nos investimentos,

e por que muda pelo exato valor de ?


Multiplicador Keynesiano
● Exemplo computacional:
○ A mudança nos investimentos é o distúrbio inicial;
○ Vamos assumir que seja igual a 100 unidades
○ PMgC dessa sociedade seja de 0,8
○ Utilizar uma planilha para realizar a computação (exemplo).
Multiplicador Keynesiano
Graficamente para o
aumento de 100 unidades
de Investimento:
Política Fiscal de Estabilização
● Como a renda de equilíbrio é afetada pelas mudanças nos gastos do
governo e tributação (Política Fiscal) esses instrumentos podem ser
utilizados para estabilizar a economia decorrentes de efeitos
indesejados da demanda privada por investimentos.
Um exemplo de política fiscal de Estabilização
Conclusão do MKS
● Papel da demanda agregada na determinação da renda no sistema
keynesiano (ainda que exagerado pela simplificação);
● Mudanças nos componentes autônomos da DA são fatores-chaves
causadores de mudanças no nível de equilíbrio da renda.
● No processo multiplicador, essas mudanças nos dispêndios autônomos
também induzem mudanças nos dispêndios com consumo.
● Papel estabilizador da política fiscal (dispêndio autônomo) na DA.
Atividade - MKS
1) Resolver as Questões para Revisão do Capítulo 5 (Pag. 116) do Froyen
(2013):
● 4, 6, 8, 9, 10 e 12.

2) Ler os capítulos 8 e 9 (Keynes - TG) para responder:


a) Quais são os fatores objetivos da propensão a consumir? Explique.
b) Quais são os fatores subjetivos da propensão a consumir? Explique.

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