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SUMÁRIO
Economia*
MACROECONOMIA
MICROECONOMIA
Teoria do consumidor. Teoria da firma. Estrutura de mercado e formação de preço, análise de concentração ................................ 54
ECONOMIA BRASILEIRA
11 PND ........................................................................................................................................................................................................................97
A crise da dívida externa na década de 1980 ............................................................................................................................ 96
Planos heterodoxos de estabilização. O Plano Real e a economia brasileira pós-estabilização ............................................... 99
ECONOMIA INTERNACIONAL
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Vejamos a seguinte tabela:
- a taxa de analfabetismo;
- a expectativa de vida;
- o grau médio de instrução.
Brasil
Fonte: IBGE
Estoques e Fluxos
Pode-se fazer:
K-K= I-d
-1
w-w =5 -1
Hiato de produto = produto potencial - produto efetivo - a produção efetiva é realizada bem abaixo de sua
capacidade;
Por que o produto efetivo é normalmente menor do que - o nível de capacidade ociosa aumentou de um ano
o produto potencial? A macroeconomia estuda as causas para outro.
dessa diferença.
A tendência normal de um país é de crescer de acordo
O gráfico abaixo mostra como evoluem o produto com a sua capacidade produtiva, isto é, conforme crescem a
potencial (PP) e o produto efetivo (PE) ao longo do tem- sua população, o estoque de capital e a tecnologia. O
po. Ambos tendem a crescer, mas de forma diferente. produto
O produto potencial evolui como uma linha reta, e o seu cres- efetivo, no entanto, está sujeito a instabilidades, causadas
A principalmente por:
cimento depende do crescimento da população, do estoque
di de capital e da tecnologia. Enquanto isso, o produto efetivo, - política econômica do governo;
f embora também tenda a crescer ao longo do tempo, o faz - estímulos positivos ou negativos dos agentes econô-
e de modo menos regular. micos (situação política, expectativas otimistas ou
positivas etc.);
r
- eventos fortuitos (clima, guerras, convulsões sociais
e
n etc.).
ç
A conjuntura econômica determina a maior ou me-
a
nor expansão do produto, e inclusive a sua diminuição.
e
Os estudiosos do comportamento do produto costumam
n
dizer que a economia atua em ciclos, os chamados ciclos
tr
econômicos, que apresentam uma certa regularidade, e as
e
seguintes etapas:
o
p - recessão: diminuição mais suave da produção e do
Enquanto a evolução do produto potencial está ligada a
r emprego. Costuma-se identificar uma recessão
fatores estruturais da economia, e portanto sujeita a mo-
o quan-
dificações que ocorrem a um prazo mais longo, o produto
d do o produto cai por dois trimestres consecutivos.
efetivo é determinado por fatores conjunturais, que ocorrem
u
no curto prazo.
t - depressão: aprofundamento da recessão, isto é,
o Quando a produção efetiva é menor do que a potencial, a queda da atividade diminui a níveis bem mais baixos.
p diz-se que há capacidade produtiva ociosa. O quadro abaixo - recuperação: retomada do aumento da atividade. Há
o mostra os percentuais de utilização da capacidade instalada um crescimento em relação aos níveis imediatamente
t na indústria de transformação no Brasil nos últimos anos. anteriores.
e - prosperidade: aumento das taxas de crescimento do
n produto e do emprego.
ci Discriminação Anol Ano 2
al A economia sempre apresenta problemas. Se a recessão
Indústria de transformação 81 80
e
Bens de consumo 84 77
o e a depressão vêm acompanhadas de desemprego, a recu-
p Bens de capital 72 65
peração e a prosperidade trazem consigo os aumentos de
r preços, isto é, a inflação. Esses problemas são estudados
Fonte: Fundação Getúlio Vargas
o através da teoria macroeconômica.
d
u
IDENTIDADES MACROECONÔMICAS
t
o FUNDAMENTAIS. FORMAS DE
e MENSURAÇÃO DO PRODUTO E DA RENDA
f NACIONAL. O SISTEMA DE CONTAS
e
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NACIONAIS. CONTAS NACIONAIS NO
v BRASIL
o
A Igualdade entre Produto, Renda e Despesa
d
e A Contabilidade Nacional estuda os registros contábeis
n dos agregados macroeconômicos e fixa uma série de con-
o ceitos e identidades entre eles.
m
in Uma identidade fundamental é a igualdade entre pro-
a duto, renda e despesa. O produto é igual à renda, pois cada
- unidade de valor do produto corresponde a uma unidade
s de remuneração a um fator de produção. A renda é igual à
e despesa, pois ela é totalmente dirigida, direta ou indireta-
hi mente, à aquisição dos bens e serviços. Daí que o valor do
a produto é igual à despesa.
t PRODUTO = RENDA = DESPESA
o
d
A Medição do Produto
e
p O Produto é o valor dos bens finais produzidos pelo sis-
r tema econômico. Existem três maneiras distintas de fazer-se
o essa medição.
d
u
t
Método do Valor Agregado
Define-se valor agregado como o valor da produção que
resulta do esforço produtivo de uma empresa. A produção de
aço, por exemplo, exige que a siderúrgica adquira outros produ-
tos que ela não produz diretamente, como o minério de ferro,
a energia elétrica etc., que são as matérias-primas ou consumo
intermediário. Nesse caso, o valor agregado da empresa será a
produção de aço, subtraída do valor desses produtos. ~
Valor Agregado = ~
Corante Tintas
Valor da Produção - Consumo Intermediário s
salários = valor da pro- corantes = 50 valor da
Vamos a um exemplo, extraído de Marcos Giannetti da
25 pro-
juros = 7 dução = 50 salários = 28 dução = 100
Fonseca, do livro Manual de Economia, de professores da USP.
royalties = 6 juros = 8
aluguéis = 5 aluguéis = 9
Valor da Consumo Vàlor
royaities = 3
Produto lucros = 750 50 lucros = 2 ----if---
100
produção intermediário agregado 100
livros
Madeira 60 - 60
Papel 80 60 20 papel = 80 valor da pro-
Corantes 50 - 50 tintas = 100
Tintas 100 50 50 salários= 12 dução = 200
juros = 5
Livros 200 180 20
lucros = 3
Total 490 290 200
Observações:
200 200
• O valor da produção não mede com exatidão o
produto da economia, pois esse conceito incorre na
A Renda é definida como o somatório das remunerações
contagem de bens mais de uma vez (dupla e múltipla
de todos os fatores de produção: salários + juros + aluguéis
contagem).
+ royalties + lucros.
·
O valor de 490 não representa o que foi realmente
produzido, pois esse valor conta produtos mais de
Assim, temos:
uma vez.
• Se somarmos o valor da madeira (60) com o valor do
Salários = 45 + 12 + 25 + 28 + 12 '" 122
papel (80l, estaremos contando a madeira duas vezes,
Juros = 5 + 4 + 7 + 8 + 5 = 29
pois ela está também incorporada ao papel. O mesmo
ocorre se somarmos corantes com tintas.
Aluguéis = 2 + 5 + 9 '" 16
• A economia, na verdade, somente produziu um bem,
Rovolties = 6 + 3 = 9
no caso o livro, no valor de 200. Lucros = 10 + 2 + 7 + 2 + 3 = 24
Ao se estimar o Produto, portanto, não se deve somar a Renda = 122 + 29 + 16 + 9 + 24 = 200
produção de aço com a de minério de ferro, a produção de
borracha com a de pneus, a de petróleo com gasolina, a de Como a Renda é igual ao Produto, o Produto é igual a 200.
DG = C + I, + I, + G + X,
salários = 45 va lor da pro- madeira = 60 valor da pro-
sendo:
juros 5 =
lucros =10
dução 60 = salários 12
juros = 4
= =
dução 80
DG: Despesa Global
aluguéis = 2 C: Consumo das famílias
lucros = 2 IF: Investimento fixo'
60 60 80 80 I,: Investimento em estoques
G = Consumo do Governo
~ =
s
X Exportações <I:
~ Mas, para que a Despesa se iguale ao valor do PIB, deve-
-se subtrair dela a despesa com bens importados, já que estes
O
não são produzidos internamente. Assim, tem-se:
z
DJ = C + I, + I, + G + X - M = P18, O
u
w
10 9
sendo:
DI; Despesa Interna
M: Importações
Va de capital fixo):
mos compreende as despesas com Construções, com Má-
descre quinas e Equipamentos e Outras. São, por definição,
ver, bens duráveis que correspondem ao fluxo de capital
Serviços de fator: são os serviços proporcionados
agora, novo que se acrescenta ao estoque de capital existen-
pelos fatores de produção e que geram remunerações,
cada te. É o mesmo que Investimento Bruto. A variação do
como principalmente os juros, lucros e raya/ties.
um dos estoque de capital é dada pelo Investimento líquido
compo (investimento bruto, menos a depreciação). Quando Serviços de não fator: são os demais serviços, como
nentes o Produto refere-se somente ao investimento líquido, as viagens, transporte, seguros, aluguéis de filmes,
da ele é denominado Produto Interno Líquido (PIL). serviços governamentais etc.
Despes Investimento em Estoques (ou variação de
a estoques): Para o último ano disponível (1994) tem-se os seguintes
Interna. é a parte do PIB que não é efetivamente demandada, valores para esses agregados:
e por isso é adicionada aos estoques da economia.
Se, por exemplo, uma fábrica produz 10.000 pares
Consu de sapatos num determinado mês e somente vende
8.000 pares, a variação de estoques é igual a 2.000 Valor
mo
Final pares. Ao subtrair-se esse item da Despesa Interna, Item
das tem-se o conceito de Despesa Efetiva. (R$ 1 milhão)
Família
Despesa Efetiva = Consumo das famílias 222.828
s: inclui
os bens Despesa Interna - Variação de Estoques Investimento fixo 73.960
não du-
Investimento em estoques ...
O conceito de Despesa Efetiva é importante na macroe-
ráveis, Consumo do governo 54.581
conomia, pois é o seu montante que vai determinar o nível
como de emprego e a renda nacional. Exportações 30.422
aliment
Importações 26.224
ação, Consumo Final das Administrações Públicas (ou
vestuári PIB 355.567
Consumo do Governo): compõe-se das despesas cor-
o, Fonte: IBGE
rentes das três esferas de governo (federal, estadual
gasolin e municipal) e é classificado em dois itens: Salários
a etc., e encargos e Outras compras de bens e serviços. Mas se uma parte da renda não é consumida, como ela
os bens Os serviços públicos proporcionados pelas adminis- pode equivaler à despesa? A parte não consumida da renda é
durávei trações públicas à sociedade são mensuradas pelo igual à poupança. Enquanto isso, a despesa, numa economia
s, como fechada, é igual a consumo mais investimento. Desse modo,
item "Salários e encargos". As despesas de capital
geladeir a poupança deve equivaler às despesas de investimento.
do Governo, como a construção de escolas, pontes e
as, estradas são consideradas como Investimentos.
comput RENDA= CONSUMO + POUPANÇA
adores, Exportações e Importações: compreendem os bens DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
que o país vende e os que compra do exterior. As ex- Como RENDA = DESPESA,
fogões, portações (X) fazem parte da demanda pelo produto CONSUMO + POUPANÇA =
automó e as importações (M) são parte da oferta disponível CONSUMO + INVESTIMENTO
veis para a sociedade. A soma dos seus valores, em relação
ao PIB, indica o grau de abertura da economia para o Daí que POUPANÇA= INVESTIMENTO
etc. e
os exterior.
Mas sabemos que a poupança é uma decisão das unida-
serviço
des familiares, enquanto os investimentos são planejados e
s, como Grau de abertura da economia = Exportacões + Importacões
realizados pelas empresas. Como os seus valores podem ser
as PIS
iguais? Ocorre que a poupança e o investimento planejados
consul-
normalmente são diferentes. A igualdade acima verifica-se
tas Para o cálculo do PIB, devem ser consideradas as expor-
porque no investimento são incluídas as variações de esto-
médica tações líquidas, isto é, X - M, pois M não constitui produção
ques, que justamente representam a diferença entre o que
s, e renda dentro do país. Além das mercadorias normalmente
as pessoas desejam poupar e as empresas decidem investir.
serviço transacionadas, há serviços importados e exportados. Estes
Nesse caso, o investimento passa a ter dois conceitos o
s classificam-se em:
planejado e o realizado.
bancári
os e do
INVESTIMENTO REALIZADO= INVESTIMENTO PLANEJADO
govern
+ VARIAÇÃO DE ESTOQUES
o,
cortes Numa economia aberta, tem-se que:
de
cabelo, DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
cinema +
etc. EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
DESPESA= RENDA= CONSUMO +
POUPANÇA INTERNA
Investi CONSUMO + POUPANÇA INTERNA =
mento CONSUMO + INVESTIMENTO +
Fixo EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
(ou INVESTIMENTO= POUPANÇA INTERNA +
formaç
ão IMPORTAÇÕES-EXPORTAÇÕES
bruta ou INVESTIMENTO =; POUPANÇA INTERNA + POUPANÇA
EXTERNA
A Absorção VALOR DA PRODUÇÃO =
Absorção é a soma das despesas com o consumo e o VENDAS INTERMEDIÁRIAS + DEMANDA FINAL
investimento. Numa economia fechada, o Produto é todo e
dirigido à absorção. Numa economia aberta, o Produto VALOR DA PRODUÇÃO = COMPRAS
pode ser diferente da absorção, já que parte da produ- INTERMEDIÁRIAS + VALOR AGREGADO
ção é exportada e parte da absorção é proveniente das
importações.
Observe-se, também, que para cada setor o total das
vendas não tem de ser necessariamente igual às compras
ABSORÇÃO = CONSUMO + INVESTIMENTO intermediárias, o que significa que o valor da demanda
PRODUTO = DESPESA = ABSORÇÃO + final é diferente do valor agregado. Mas para os setores
EXPORTAÇÕES -IMPORTAÇÕES como um todo, certamente que o total das vendas iguala
o total das compras. Assim, tem-se para a economia como
As Relações Intersetoriais um todo:
As atividades econômicas são exerci das por empresas
VENDAS INTERMEDIÁRIAS = COMPRAS INTERMEDIÁRIAS
que adquirem matérias-primas, empregam recursos e "iii
produzem bens. Essas atividades podem ser divididas ~ em :.
e
s:: ·0 VALOR AGREGADO = DEMANDA FINAL
setores específicos, que sãoe
~ '" "''''''" :r:: os
.;:
::sa agricultura, a indústria e
~ ~'"exige ..,.ouma intensa troca'" "'0 e
{Q .-
••B
serviços. A dinâmica da economia
,,-c "
lU .",
de bens entre esses setores.::IAssim é que o: Qj
.~ a indústria adquire O cálculo do Produto da economia pode ser feito, então,
u .::1 o:
matérias-primas
QJ da agricultura, que adquireQJ produtos da " Uo a partir do valor agregado, como também da demanda final.
~ que.E por sua
'" que compra serviços, -c '" vez ~ êconsome
E'" (5
indústria,
c
s QJ
~
Veja no quadro a seguir.
.5: um
produtos industriais etc. O quadro a seguir apresenta
exemplo dessas interrelações,
Agricultura 10 em30unidades
15 monetárias,90 em
145
uma economia
55 i
Indústria fechada. 25 50 45 120 116 285
5
Serviços 5 20 100 125 245 370
Compras intermediárias 40 100 160 300 - -
Valor agregado 105 185 210 I - 500 -
Valor da produção 145 285 370
I - - 800
Setor Valor agregado Demanda final Definição dos Demais Agregados Macroeconômicos
Agricu Itu ra 105 90 Vamos construir uma conta do Produto de uma economia
hipotética, a fim de conhecermos novos agregados.
Indústria 185 165
PRODUTO
Serviços 210 245
U
atender a demanda global, inclusive os provenientes
=
RENDA NACIONAL RENDA INTERNA-
T RENDA LíQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
do exterior.
O
F =
DEMANDA EFETIVA DEMANDA INTERNA - VARIA- A carga tributária bruta considera apenas os valores dos
çÃO DE ESTOQUES impostos, diretos e indiretos, e as outras receitas correntes
A
do Governo, enquanto que a carga tributária líquida é cal-
T
De acordo com a tabela do Produto, tem-se os seguintes culada deduzindo-se as contra partidas dos impostos diretos,
O
que são as transferências, e as dos impostos indiretos, que
R valores:
são os subsídios.
E Oferta Global = 500 + 20 = 520
S Disponibilidade Interna = 520 - 38 = 492 =
Carga tributária bruta (Impostos diretos + Impostos
Demanda Global = 325 + 85 + 72 + 38 = 520 indiretos + outras receitas correntes do Governo) / PIB
=
Demanda Interna 520 - 20 500 =
Demanda Efetiva = 500 - 11 = 489 Carga tributária líquida = (Impostos diretos - transfe-
Se rências + Impostos indiretos - subsídios + outras receitas
adicion correntes do Governo) / PIB
Exercício: Considere os dados abaixo, de uma economia Resultados: 1-151; 2 -166; 3 -180; 4 - 177; 5 - 165;
hipotética, num determinado ano. ' 6 - 163; 7 - 148; 8 - 162; 9 - 151; 10 - 148; 11 - 154;
12 -144; 13 -180; 14 -177; 15 - 25; 16 - 6,1; 17 - 86.
1.3 - Menos: subsídios (2.8) 1.6 - Formação bruta de capital fixo (3.1)
2.1- Consumo final das famílias (1.4) 2.4 - Produto interno bruto, a custo de fatores (1.1)
2.2 - Consumo final das administrações públicas (1.5) 2.4.1- Remuneração dos empregados (1.1.1)
2.3 - Poupança bruta (3.3)
2.4.2 - Excedente operacional bruto (1.1.2)
Utilização da renda nacional disponível bruta 2.5 - Remuneração de empregados, líquida, recebida do resto
do mundo (4.2 - 4.6)
:$
2.6 - Outros rendimentos, líquidos, recebidos do resto do s
mundo (4.3 - 4.7) O
z
2.7 - Tributos indiretos (1.2)
2.8 - Menos: subsídios (1.3)
o
u
2.9 - Transferências unilaterais, líquidas, recebidas do resto w
do mundo (4.4 - 4.8)
Recebimentos correntes
4.6 - Remuneração de empregados paga ao resto do mundo a) um déficit em transações correntes de 100 e um
(4.2- 2.5) supe-
4.7 - Outros rendimentos pagos ao resto do mundo (4.3 - 2.6) rávit público de 100.
4.8 - Transferências unilaterais pagas ao resto do mundo b) um superávit em transações correntes de 100 e um
(4.4-2.9) déficit público de 100.
4.9- Saldo das transações correntes com o resto do mundo
c) um déficit em transações correntes de 100 e um
(3.4)
déficit
público de 100.
Utilização dos recebimentos correntes
d) um déficit em transações correntes de 100 e um
déficit
público nulo.
5.6 - Tributos indiretos
5.7 - Tributos diretos e) um déficit em transações correntes nulo e um
superávit
5.8 - Outras receitas correntes líquidas
público de 100.
5.8.1 - Outras receitas correntes brutas
5.8.2 - Menos: outras despesas de transferências Gabarito: c
Comentário: +
temos de aplicar novos conceitos, mas com base no que Impost
A questão refere-se à igualdade contábil entre investi- já os
mento e poupança. Fazemos Ip + Ig = Sp + Sg + Se, conhecemos. As equações básicas dessa nova sobre
ou abordagem as
seja, investimento privado + investimento público = apresentam a Oferta (recursos da economia) e a lmpcrt
poupança privada + poupança do governo + poupança Demanda ações
externa. Utilizando os valores dados, tem-se 300 + 200 (usos da economia), da seguinte forma: e PIB
= +
300 + 100 + poupança externa. Em que poupança Oferta = Produção + Importação consu
externa mo
= 100. Como a poupança externa é o saldo em transa- Demanda = consumo intermediário + demanda final inter-
ções correntes com o sinal trocado, conclui-se que mediár
este Desagregando, tem-se: io
é igual a -100 (déficit). Enquanto isso, o déficit público
Oferta = valor bruto da produção + importações de
é Quest
bens e serviços + impostos sobre produtos + impostos
o investimento público menos a poupança do governo, ão
sobre importações
Demanda = consumo final + formação bruta de capital Come
ou seja, Ig - Sg = 200 - 100 = 100 (déficit).
fixo + variação de estoques + exportações de bens e ntada
serviços s
NOVA METODOLOGIA DAS CONTAS + consumo intermediário
NACIONAIS (Audit
Observe-se que consumo final + formação bruta de or-
capital fixo + variação de estoques + exportações de bens Fiscal
A partir de 1998, a Fundação IBGE modificou a forma
de da
e serviços = PIB. Receit
apresentação do Sistema de Contas Nacionais, para
adaptá-Io a
Como Oferta = Demanda, fica: Feder
às recomendações do System of National Accounts (SNA),
da al/200
Valor bruto da Produção + Impostos sobre produtos
Organização das Nações Unidas. Agora, a novidade é que S)
Considere os seguin- (ist
tes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais - o
conta de bens e serviços - que segue a metodologia é,
adotada a
Conta de produção:
atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção par
Produção + impostos sobre produtos = PIB + consumo te
total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos intermediário. do
sobre produtos: 84j Consumo final: 630j Formação bruta Conta de geração de renda: pro
de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; PIB = remuneração dos empregados + impostos dut
Exportações líquidos o
de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o de subsídios sobre produção e produtos e sobre qu
consumo intermediário dessa economia foi de: importa- e
ção + excedente operacional bruto, inclusive se
a) 700. b) 600. c) 550. d) 650. e) diri
rendimentos
628. ge
de autônomos.
a
Conta de distribuição primária da renda:
Gabarito: e out
Renda nacional bruta = excedente operacional bruto,
ros
inclusive rendimentos de autônomos + remuneração
Comentário: dos empregados + impostos líquidos de subsídios se-
sobre
Eis todas as expressões que fazem parte das Contas produção e produtos e sobre importação + rendas de tor
Econômicas Integradas: propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo. es
Conta de bens e serviços: Conta de distribuição secundária da renda da
Produção + importação de bens e serviços + imposto Renda disponível bruta= Renda nacional bruta + ec
sobre produtos + imposto de importação + demais im- transfe- on
postos sobre produtos = PIB + consumo intermediário. rências correntes enviadas e recebidas do resto do om
mundo. ia
Conta de uso da renda: par
Renda disponível bruta = consumo final + poupança a
bruta. ser
Conta de Acumulação: em
Poupança bruta = formação bruta de capital fixo + va- tra
riação de estoques + capacidade (+) ou necessidade (-) nsf
or
de financiamento. ma
Conta das operações correntes com o resto do do
mundo: s),
Saldo = exportações (+) + importações (-) + ma
remuneração is
dos empregados não residentes + rendas de proprie- a
dade enviadas (-) e recebidas (+) do resto do mundo + de
transferências correntes enviadas (-) e recebidas (+) do ma
nd
resto do mundo. a
fin
al.
(MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/200S) Um
Considere os seguintes dados de um sistema de contas a
nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado co
no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200; im- mp
portação de bens e serviços = 60; Impostos sobre lica
produtos çã
= 70; Consumo final = 600; Formação bruta de capital fixo o
= 100; Variação de estoques = 10; Exportações de bens e adi
serviços = 120. Com base nessas informações, o cio
consumo nal
intermediário é igual a: é
qu
a) 500. b) 400. c) 450. d) 550. e) 600.
e
os
Gabarito: a im
po
Comentário: sto
s
A partir de 1998, a Fundação iBGE modificou a forma so
de apresentação do Sistema de Contas Nacionais, bre
para a
adaptá-lo às recomendações do System of National Ac- pro
counts (SNA), da Organização das Nações Unidas. du
Uma çã
das mudanças é a igualdade entre recursos (ou Oferta) o
sã
e Usos (ou Demanda). Dentro da ótica dos recursos da o
da
economia, a oferta é igual à produção, mais as impor- do
tações, enquanto que na ótica dos usos da economia, s
a demanda total é igual ao consumo intermediário, se
paradamente, s
e precisam ser adicionados à Oferta. Assim, vamos ::E
~
armar o
a equação com os números dados: Oferta = 1.200 + 60 ~ z
o
+ 70. Demanda = 600 + 100 + 10 + 120 + consumo
U
inter-
mediário. Fazendo-se Oferta = Demanda e resolvendo, LU
<
>
~
(MPOGjEspecialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
namentalj2009) Considere os seguintes dados extraídos
Estrutura do Balanço de Pagamentos
de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas
de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre Comércio Exterior
produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre
a produção e de importação: 240; Subsídios à produção:
Define-se BALANÇO DE PAGAMENTOS como sendo o
zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de
registro sistemático das transações entre os RESIDENTES
autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto
e os NÃO RESIDENTES de um país durante determinado
afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos
período de tempo.
empregados são, respectivamente,
O Balanço de Pagamentos divide-se em dois grandes
a) 1.200 e 410.
grupos de transações: as TRANSAÇÕES CORRENTES e as
b) 1.350 e 440.
TRANSAÇÕES DE CAPITAL. CORRENTES são as
c) 1.350 e 435. transações
d) 1.200 e 440. que se referem ao movimento de mercadorias e de servi-
e) 1.300 e 500. ços, inclusive as referentes às remunerações pelos serviços
proporcionados pelos fatores de produção, como os juros e
os lucros. São transações de CAPITAL as que se referem ao
movimento financeiro, isto é, dinheiro e títulos de crédito.
- ampliação da
escala
de
produçã
o, o que
resulta
em
diminui
ção de
custos
e
incorpor
ação do
mercad
o
interno.
Sã
o as
seguint
es as
vantag
ens do
comérc
io, do
lado da
oferta:
- absorção de
bens de
consum
o e de
capital
não dis-
ponívei
s
interna
mente
em
quantid
ade ou
qualida
de
suficien
tes ou a
preços
mais
altos,
permitin
do que
a Oferta
~
~
SERViÇOS DE NÃO FATOR, enquanto que as remune- j) foram pagas amortizações de empréstimos realizados
anteriormente, no valor de 40;
rações a fatores de produção, como LUCROS
eJUROS, I) o país recebeu mercadorias diversas, como doações
são denominadas SERViÇOS DE FATOR. para vítimas de seca no Nordeste, no valor de 10;
- As TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS representam as
m) o país recebeu empréstimos compensatórios do
doações e as remessas de migrantes.
Fundo Monetário lnternaclonal, no valor de 20.
- O SALDO DO BP EM TRANSAÇÕES CORRENTES é igual
lançamentos correspondentes:
à soma dos saldos da Balança Comercial, da Balança
a) Importações a Variação de Reservas » 100;
de Serviços e das Transferências unilaterais. Se SUPE-
b) =
Importações a Financiamentos 30; c) Importações
RAVITÁRIO, isto é, se as vendas de mercadorias, e de a Investimentos = 50; d) Variação de Reservas a Expor-
serviços superarem as respectivas compras, fornece =
tações 220; e) Viagens a Variação de Reservas 5; f) =
recursos para aumentar o nível de reservas interna- Transporte a Variação de Reservas = 30; g) Lucros a Di-
cionais do país ou para a realização de investimentos versos (Variação de Reservas = 25 e Reinvestimentos :: 5);
no exterior; se DEFICITÁRIO, significa que as h) Juros a Variação de Reservas = 55; i) Seguros a Variação
aquisições de Reservas" 15; j) Amortizações a Variação de Reservas
de mercadorias e de serviços superam as vendas, " 40; I) Importações a Transferências Unilaterais = 10;
resultado que torna a OFERTA GLOBAL superior à m) Variação de Reservas a Empréstimos do FMI " 20.
produção interna, o que permite níveis de consumo e
de investimento internos superiores às possibilidades
de produção. Esse saldo corresponde à POUPANÇA Construção do Balanço de Pagamentos
EXTERNA do país (com o sinal trocado).
- Os CAPITAIS AUTÔNOMOS incluem os registros do TRANSAÇÕES TRANSAÇÕES DE
movimento de capitais não vinculados especifica-
mente ao financiamento de déficit do BP. São os
EMPRÉSTIMOS e FINANCIAMENTOS para cobertura CORRENTES CAPITAL
de importações e de exportações, AMORTIZAÇÃO de a) Balança Comercial d) Capitais
empréstimos e financiamentos, INVESTIMENTOS re- Exportações = + 220 Autônomos
ferentes a aplicação de capitais e REINVESTIMENTOS Importações = - (100 + 30 Investimentos" + 50
+ 50 + 10)" -190 Reinvestimentos = + 5
de lucros. Financiamentos" + 30
saldo = + 30
- O SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS é
Amortizações" - 40
igual ao saldo EM TRANSAÇÕES CORRENTES, mais
o saldo" +45
saldo dos CAPITAIS AUTÔNOMOS. Se positivo, temos e) Balança de
um SUPERÁVIT e, se negativo, tem-se um DÉFICIT. Serviços a+ b+c+d (saldoglo-
- Os capitais compensatórios representam a contra- Viagens internacionais = - S bal do BP) =
partida do saldo total do BP. O seu saldo é igual ao Juros =-55 -95+45 =-50
saldo do BP, com o sinal trocado. Se há um superávit Lucros = - 25 - 5 = - 30
no BP, por exemplo, 0$ capitais compensatórios
Fretes =-30
indicam o aumento das reservas internacionais ou a
diminuição de obrigações com o exterior. Se há um
Seguros = -15
déficit, os capitais compensatórios indicam como esse
resultado pode ser financiado. saldo =-135
- As principais contas compensatórias são Variação c) Transferências e) Capitais
de Reservas (movimento líquido de entrada e sa-
Compensatá-
ída de divisas, como dólares, pesos, euros etc.) e Unilaterais = + 10
os empréstimos de regularização, que se referem rios
a operações com organismos internacionais para Variação de Reservas"
Um exemplo
financiar de levantamento
o déficit, como osde um Balançodo Fundo
empréstimos + 100-220+ 5 + 30 +
Vamos construir
Monetário um Balanço do
Internacional, de Banco
Pagamentos, a partir dos
de Compensações 25 + 55 + 15 + 40 - 20
seguintes fatos econômicos
Internacionais, hipotéticos
os Direitos ocorridos
Especiais num país
de Saque (moeda a + b + c (saldo do BP =+30
num determinado
escritura I ano (em milhões
do FMI) de dólares):
e Ouro Monetário. em Transações Correntes)
Empréstimos do FMI "
a) o país importou mercadorias no valor de 100;
= + 30 -135 + 10 = - 95 +20
b) o país importou equipamentos, no valor de 30, finan-
Análise do Balanço de Pagamentos: Total = + 50
ciados a longo prazo; - o saldo do BP em transações correntes é negativo
(- 95), o que significa que o país recebeu poupança
c) ingressaram equipamentos, sob a forma de investi-
externa no valor de 9S. O saldo negativo foi decorren-
mento, sem cobertura cambial, no valor de 50;
te de o déficit nos serviços (135) superar os superávits
d) o país exportou mercadorias, no valor de 220; na balança comercial (30) e nas transferências (10).
os capitais autônomos apresentam superávit (+ 45),
e) foram recebidos 13 e pagos 18 referentes a viagens
o qual é insuficiente para financiar o déficit em Tran-
internacionais;
sações Correntes, o que resulta num saldo global s
f) foram pagos serviços de fretes, no valor de 34, e rece-
negativo de - 50, ou um déficit igual a 50. s
o déficit global do BP foi financiado por uma saída
bidos serviços de fretes no valor de 4;
líquida de divisas, de 30, e pelo empréstimo do FMI,
o
g) foram remetidos lucros para acionistas estrangeiros, no de 20. z
valor O
de 27, realizados reinvestimentos de lucros, por diversas u
empresas,
no valor de 5 e recebidos dividendos no valor de 2; 1w
7
h)
55;
foram remetidos juros de empréstimos, no valor de
(;;1
i) foram pagos seguros no valor de 15;
-se à opção c.
~
Questões comentadas
a) A+ B+ C= D + E + F + G
b) A+ B+ C+ D + E + F+ G = O
c) A+ B + C+ E + F = O
d)G = O
e) A + B + C = O = G = O
«
Comentário:
~
O Sabe-se que a soma dos saldos da balança comercial,
z da balança de serviços e das transferências unilaterais é
igual ao saldo em transações correntes (A + B + C = O);
O
o saldo em transações correntes (O), é igual à soma do
u
movimento de capitais autônomos (E), mais o movimento
w
de capitais compensatórios (F), ou seja, O = E + F. O sal-
do em transações correntes (D), mais o movimento de
capitais autônomos (E) é igual ao saldo total do balanço
de pagamentos (G). O saldo total do BP (G), por sua vez,
1
é igual ao movimento de capitais compensatórios (F)
8
com o sinal trocado. Com base nessas relações, chega-
o país exporta mercadorias no valor de 500, rece- =
tações 500; 2. Importações a Variação de Reservas =
bendo à vista; 400; 3. Diversos (Juros, Lucros e Aluguéis) a Variação de
o país importa mercadorias no valor de 400, pa- Reservas = 100; 4. Amortizações a Variação de Reservas
2. gando à vista; = 100; 5. Importações a Investimentos = 100; 6. Variação
(Analista o país paga 100 à vista, referente a juros, lucros e de Reservas a Capitais de Curto Prazo = 50; 7. Transfe-
do aluguéis; rências Unilaterais a Exportações = 30. Os saldos do BP
Banco o país amortiza empréstimo no valor de 100; são: balança comercial = +30; balança de serviços = -100;
Central ingressam no país máquinas e equipamentos no valor =
transferências unilaterais -30; transações correntes =
do -100; capitais autônomos = +50; saldo total do BP = -50;
Brasil, de 100 sob a forma de investimentos diretos; capitais compensatórios = +50. Os capitais compensató-
2002) ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto rios são representados unicamente pela conta de Varia-
Conside ção de Reservas, cujo saldo de +50 indica uma redução
re as prazo; de reservas para financiar o saldo total negativo do BP.
seguinte o país realiza doação de medicamentos no valor de
s 3. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério
30.
operaçõ do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2003) Considere
0$ seguintes lançamentos realizados entre residentes e
es entre Com base nestas informações, pode-se afirmar que as
resident não residentes de um país, num determinado período de
reservas do país, no período:
es e não tempo, em unidades monetárias: o país exporta merca-
resident a) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares. dorias no valor de 100, recebendo à vista; o país importa
es b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares. mercadorias no valor de 50, pagando à vista; o país realiza
de um c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares. pagamentos à vista referentes a juros, lucros e aluguéis, no
país, d) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares. valor de 50; ingressam no país investimentos diretos, no
num valor de 20, sob a forma de máquinas e equipamentos; o
e) não sofreram alterações.
determin país paga 50 referentes a despesas com transportes; o país
ado recebe empréstimos no valor de 100. Com base nessas
Gabarito: a
período informações, o país apresentou:
de Comentário: a) saldo total nulo no balanço de pagamentos.
tempo,
b) déficit no balanço de pagamentos de 100.
em A variação nas reservas internacionais do país aparece
c) superávit em transações correntes de 70.
milhões nas contas dos capitais compensatórios do balanço de
d) superávit na balança comercial de 50.
de pagamentos. Para se chegar a elas é preciso inicialmente
e) superávit no balanço de pagamentos de 50.
dólares: fazer-se os lançamentos contábeis de cada operação e
depois apurar-se os saldos do balanço de pagamentos.
Os lançamentos são: 1. Variação de Reservas a Expor-
Gabarito: e
a) + 2.100. d) + 2.000.
b) - 2.100. e) zero.
c) - 2.900.
Gabarito: a
Comentário:
- (- 2.100) = + 2.100.
t
Q:;; f ( K, L, T sendo K a quantidade de bens de capital,
L o trabalho e T a tecnologia. Considerando-se o curto pra-
ZO, período de tempo em que o capital e a tecnologia são
constantes, o aumento na produção depende apenas de
incrementos no fator trabalho, conforme o gráfico a seguir:
Q
s:iE
O
z
O
u
w
o
L
19
<
> Observe-se que a produção aumenta à medida que tam- O segundo princípio garante que o nível de produção de
~
bém aumenta a quantidade de trabalho empregado, mas os pleno emprego encontra um mercado que o absorva. A lei
incrementos na produção são cada vez menores. Isso ocorre de 5ay afirma que lia oferta cria a sua própria procura".
em razão de considerarmos o curto prazo, quando age a lei Através dessa lei os clássicos procuraram mostrar que a
dos rendimentos decrescentes, ou seja, a produtividade realização da produção criava um montante de renda de
marginal do trabalho é decrescente. igual valor que era destinado ao mercado, justamente para
Existe uma controvérsia bastante interessante a respeito adquirir essa produção.
da forma da curva da oferta agregada, entre a teoria clássica A existência da poupança não era problema para a teoria
e a teoria keynesiana. clássica, pois era assegurado que ela era toda canalizada para
Até o final da década de 20, a macroeconomia não era financiar os investimentos realizados pelas empresas. Mas, se
desenvolvida, pois até então o mundo não conhecia crises a poupança é realizada pelas famílias, e os investimentos frutos
globais importantes. O estudo da economia era baseado
principalmente na teoria microeconômica, além de princípios de decisão dos empresários, como conciliar os seus valores?
básicos que constituíam a chamada teoria clássica. São três A resposta está na taxa de juros.
os princípios básicos sobre os quais repousa a teoria clássica: A poupança (5) é função direta e o investimento (I)
é função inversa da taxa de juros (i). De seu encontro é
determinada a taxa de juros do mercado, que em equilíbrio
- A economia, quando em equilfbrio, apresenta ple- garante a igualdade entre poupança e investimento.
no emprego dos recursos. Não existe desemprego
involuntário.
- Para que seja garantido o pleno emprego, tudo que
é produzido gera uma demanda correspondente.
Os gráficos a seguir mostram como se determinam os Com base no mercado de trabalho, pode-se deduzir a
níveis de emprego e de produto na economia, segundo a curva
teoria clássica. de Oferta Agregada clássica. Ocorre que, para qualquer nível
de
Q preço, o salário nominal W ajusta-se para garantir o equilíbrio
no mercado. Assim, se o nível de preço se reduz e o salário
real
aumenta, a demanda de trabalho, pelos empregadores, diminui
20
~ ~
~ ~
pensamento
cem com macroeconômico
seus preços fixos,anterior
essasa empresas
Keynes. Assim,
observarão um mativas dos A Função
itens a, Demanda
b, d e e são Agregada
corretas. O equilfbrio no
aumento
partindo-se na demanda,
do equilíbrio de que resultará
no mercado aumento
de trabalho, na produ- mercado de trabalho determina o nível de pleno empre-
chega-se
ao nível
ção.
deOs pleno
empresários
emprego também
e, a partirpodem,
da função
perante
de produ-
o aumento de go, que somente pode aumentar por incremento da pro-
A Demanda Agregada é definida como a quantidade to-
ção, aopreços,
nível deesquecer-se
produto dede que emprego.
pleno os preçosNessedos insumos também sedutividade do trabalho e pela flexibilização dos salários
modelo,
tal de bens e serviços demandados em uma economia a um
o nívelelevam
geral de e aumentar
preços ficaa determinado
produção. Essa pelapercepção
denominada equivocada nominais. Desse modo, o desemprego é explicado pela
certo nível de preços. Em uma economia fechada, engloba as
"teoriados empresários
quantitativa pode explicar
da moeda". Com basea inclinação
nessas positiva
informa-da curva rigidez dos salários nominais (item a), ou seja, se o salário
despesas com consumo, investimento e gastos governamen-
ções, de
é correto
oferta deafirmar
curtoque:
prazo. A percepção equivocada por parte é fixo e não pode diminuir em razão de legislação ou ação
tais. Dado um aumento no nível de preços, a quantidade de
a) dos
uma trabalhadores
elevação da pode ocorrer
demanda porquando,
mão de dado um aumento
obra reduz o dos sindicatos nãoasestimula
moeda que pessoasaspossuem empresas a contratar
para maiscompras
efetuar suas
salário real.
nos salários nominais, os trabalhadores oferecem mais horas unidades de mão de obra. As hipóteses do modelo clássi-
diminui de valor em termos reais, constituindo o chamado
de trabalho e a produção cresce, mas se esquecem de que osco admitem que políticas fiscais ou monetárias somente
b) uma política monetária expansionista teria como efeito dos saldos reais. Essa perda de poder de compra diminui
preços também estão aumentado, sem repercussão impor- alteram as variáveis nominais, como o nível de preços,
efeito a demanda agregada, o que permite deduzir-se que há uma
tante sobre o salário real. sem efeitos sobre as variáveis reaisdecomo o emprego e o agregada.
uma elevação no produto de pleno emprego. relação inversa entre o nível preços e a demanda
Considere-se a expressão Y = Y + a ( P - Pe], sendo Y o produto (item b). Uma elevação dos gastos públicos eleva
c) produto
o produto efetivo, Y o produto
agregado natural, Pdao quantidade
real independe nível de preços
de efetivoa taxa de juros e com isso desincentiva e anula despesas
e Pe o nível de preços esperado. Conforme a diferença entre ode investimento privado (item d}, A equação quantitativa
mão de obra empregada.
nível de preços efetivo e o nível de preços esperado, o produtoda moedaArepresenta curva de De- a demanda agregada da economia
efetivo será maior ou menor do que o produto natural. através da quantidade
manda Agregadade moeda e seus efeitos sobre o
d) o nível do produto real de pleno emprego independe
produto e o níveluma
apresenta de preços
rela- (item e). A afirmativa c é
da oferta de moeda
Gabarito: dExiste naumaeconomia.
hipótese mais rigorosa de Keynes, quando é incorreta, pois uma redução dos impostos é uma política
ção inversa com o ní-
suposto que o nível de preços também é constante no curto fiscal expansionista que faz elevar a renda disponível
e) Comentário:
um aumento no estoque de capital na economia vel de preços.
reduz prazo. Nesse caso, a curva de Oferta Agregada é uma reta da economia e a renda, mas resulta em elevação das
a) No horizontal
mercado de trabalho,
e corresponde se aumenta a demanda por
ao caso keynesiano extremo.
o salário real e o nível de pleno emprego. taxas de juros,
Por que coma queda
curva de nosdemanda
investimentos privados
agregada tem inclinação
parte das empresas o salário real tem de subir para estimu-
A curva de Oferta Agregada horizontal supõe os preços e diminui novamente
negativa? o produto.
A resposta simples é que a demanda agregada tem
constantes no curto prazo. A teoria keynesiana
relação inversaapresenta
com o nível outrade hipótese,
preços. Eaqualde que
a justificativa
lar os trabalhadores a atenderem a essa demanda maior;
os salárioseconômica?
nominais são Osrígidos
seguintes a curto prazo,
efeitos fato que
explicam im-relação: o
essa
b) qualquer política,pfiscal ou monetária, apenas resulta
pede o seu ajustamento
efeito automático
Pigou (quando aumenta às variações
o nível dedepreços
preço,a riqueza
em variação no nível de preços, não afetando as variáveis
como defendem
em forma os clássicos.
monetária Nesse
diminuicaso, dado
de valor emum aumento
termos reais, dimi-
reais; c) o mercado de trabalho determina a quantidade
de preço, nuindo
por exemplo, dado o salário
em consequência nominal constante
a demanda agregada, e vice-versa),
de trabalho empregada (considerada de pleno emprego) o salário real cai, provocando desequilíbrio no mercado,
e o resultante nível de produto agregado real; d) o nível
do produto depende das quantidades de recursos empre-
com a demanda de trabalho efeito taxasuperando
de juros a(um oferta de traba-
aumento no nível de preços
lho, o quediminui
resulta em aumento do emprego e da produção.
gados, e não da quantidade de moeda; e) um dos fatores
que fazem aumentar a demanda de trabalho é o aumento
Raciocinando-se inversamente,
valor real dauma oferta diminuição
de moeda nodapreço,
economia,
dado o salário nominal
resultando emconstante, aumenta o salário real,
no estoque de capital da economia, que aumenta a pro- tornando aquedaofertana dedemanda
trabalho maior do que a demandaede
agregada, e vice-versa), efeito taxa de
dutividade do trabalho, resulta em aumento na demanda trabalho, ocâmbio
que resulta em desemprego e queda na produção.
( um aumento de preços, ao elevar os juros internos,
por trabalho e elevação do salário real. Em arnbas as situações verifica-se uma
atrai capitais estrangeiros, que relação
por suadireta
vez faz entre
valorizar a
níveis de preço e produção.
moeda nacional em relação às estrangeiras, diminuindo as
2. (Analista do Banco Central do BrasiI/2002)
exportações líquidas, e vice-versa). Pode-se também dizer
Considere o
que, em uma economia W/P aberta, incluindo-se exportações e
seguinte modelo: Y:: f(N); f' >0 e f" < O; W!P :: f'(N); N Um aumento de dado um aumento no nível de preços internos,
importações,
s = f (W/P); f' > O; MV = PY; Sp(r) + t = ip (r) + g; Sp' >0
e ip' < O, onde: Y = produto; N = nível de emprego; W =
salário nominal; P = nível geral de preços; N s = oferta
preços diminui
os bens o salá-
rio real, resultando em ""x------
da economia ficam relativamente mais caros do que os
oe
D
de mão de obra; M = oferta monetária; V = velocidade
de circulação da moeda; Sp = poupança privada; ip = in-
demanda bens maiorimportados,
do que
n
o que desestímula as exportações e estimula
as importações, diminuindo também a demanda agregada.
~--------------
a oferta de trabalho.
vestimento privado; t = impostos; g = gastos do governo; Enquanto W/P ~L que provocam deslocamentos
isso, os fatores
Uma diminuição de
r = taxa de juros; f'= primeira derivada da função; f"= da curva
preços aumenta o da demanda agregada são quaisquer aumentos ou
""""""""""""""~Oll
segunda derivada da função e assim por diante para as Um aumento
diminuições
salário real, resultan- na demanda que ocorrem independentemente
outras funções do modelo. Este conjunto de equações
/~Dn
autônomo
de variações na nos
de- preços, como variações autônomas nos
define o denominado "modelo clássico". Com base neste manda me- agregada
do em demanda
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos
modelo, é incorreto afirmar que: desloca
a ofertaa curva exportações líquidas) e na oferta monetária.
nor do quegovernamentais,
de trabalho.para a direita. O f---------. L
I~~.Q
a) o desemprego pode ser explicado por imperfeições
.
no mercado de trabalho decorrentes, por exemplo, A curva de Ofer- p Pt " ta
de rigidez nos salários nominais. Agregada keynesiana AO
>
mostra relaçãoAdiretaDeterminação do Nível de Preços e da Produção
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a
entre nível de O encontro
preço e das curvas de Oferta Agregada e Demanda
velo-
produção Agregada
total. determinam o nível de preços e a produção da
cidade de circulação da moeda constante, uma política economia. Os gráficos a seguir representam os pontos de
monetária expansionista só altera o nível geral de preços. equilíbrio nas três hipóteses da Oferta Agregada.
o Q
c) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma
redução nas taxas de juros via redução dos impostos A curva de oferta agregada acima corresponde ao caso
eleva o emprego e, consequentemente, o produto. keynesiano básico e tem inclinação positiva devido à hipóte-
Gabarito: c se dos salários nominais rígidos no curto prazo e também à
d)
públicos
tudo mais constante, uma elevação dos gastos
rigidez dos preços e às percepções equivocadas dos empresá- s
Comentário: rios e dos trabalhadores. Considera-se que no curto prazo as ~
eleva as taxas de juros.
Essa questão pode assustar um pouco, devido à apre- empresas têm um custo ao reajustar preços. São os chamados o
e) sentação a equação
inicial dequantitativa
equações edarelações
moeda funcionais,
pode ser entendida
mas "custos de menu". Suponhamos um aumento de preços na z
trata-se, como é explicitado, do modelo clássico. As afir- economia. Se no curto prazo algumas empresas perrnane-
O
como a demanda agregada.
u
w
21
p
I OA
I DA
I
Q
clássica
Q
clássica
/ Q
keynesiana básica
p
p
p Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
~/OA
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
~DA a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de
Keynesiana básica moeda da economia a fim de influenciar-se a taxa de juros de
mercado e, com isso, estimular-se o consumo e o investimento.
p A política fiscal utiliza os gastos governamentais e os tributos
para interferir na demanda agregada. A aplicação dessas po-
líticas causam efeitos diversos sobre a produção e o nível de
r---~~---- preços, conforme considere-se cada uma das três hipóteses a
OA respeito da forma da curva da Oferta Agregada.
DA
Os gráficos a seguir mostram a aplicação de políticas
Q Q expansionistas (de estímulo à renda e à produção), que
Keynesiana extrema aumentam a demanda agregada da economia, em cada uma
das três hipóteses teóricas:
Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de
clássica
p
keyncsiana extrema
~ ~
22
ct: gado; Y p = produto de pleno emprego; a > O; P = nível
geral de preços; Pe = nível geral de preços esperados.
~ Com base nas informações constantes da equação acima
O
z e considerando as curvas de oferta agregada de longo
Exemplo: 100 x 4 = 5 x 80 (a quantidade de moeda,
O prazo e de demanda agregada, é correto afirmar que:
girando em média 4 vezes por período, é igual ao valor da
u produção, 400, que por sua vez corresponde a um preço
w médio igual a 4 e uma produção física de 80 unidades).
t ~ t ~
MxV=PxQ
Questões comentadas
produto agregado.
Gabarito: d
Comentário:
Questões comentadas
<t:
Q* Q
1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Considere o
modelo de oferta e demanda agregada, sendo a curva
= =
onde P nível geral de preços; Q produto agregado; OALP
= =
oferta agregada de longo prazo; OACP oferta agregada
de oferta agregada horizontal no curto prazo. Considere
=
de curto prazo; Q* produto agregado de pleno emprego.
um choque adverso de oferta. Supondo que não ocorram Supondo-se que a economia encontra-se em equilíbrio de
alterações na curva de demanda agregada e que o choque longo prazo e considerando os fundamentos utilizados
de oferta não altere o nível natural do produto, é correto para a construção das curvas de oferta e demanda agre-
afirmar que gada, é correto afirmar que
a) no curto prazo ocorrerá o fenômeno conhecido como
"estagflação", uma combinação de inflação com re- a) um aumento na velocidade de circulação da moeda
dução do produto. No longo prazo, com a queda dos reduz o nível de emprego no curto prazo.
preços, a economia retomará a sua taxa natural. b) uma política fiscal expansionísta reduz o nível de
b) no curto prazo, ocorrerá apenas queda no produto. No emprego no curto prazo.
longo prazo ocorrerá inflação e a economia retornará c) uma política monetária contracionista reduz o nível
para o equilíbrio de longo prazo. de emprego no curto prazo.
c) no curto prazo ocorrerá apenas inflação. No longo d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total
prazo o produto irá cair até o novo equilíbrio de pleno flexibilidade nos preços no curto prazo.
emprego. e) uma política monetária contracionista gera inflação
d) se o governo aumentar a demanda agregada em res- no curto prazo.
posta ao choque adverso de oferta, ocorrerá deflação. Gabarito: c
e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocor- 26
rerá inflação que será mais intensa no longo prazo em Comentário:
relação ao curto prazo. a) a velocidade de circulação da moeda (V) é uma das
quatro variáveis que fazem parte da igualdade MV = PQ,
Gabarito: a em que a quantidade de moeda (M) vezes a velocidade
de circulação da moeda (V) deve igualar o nível de preços
Comentário: (P) vezes o produto físico da economia (Q). Partindo-se
A questão refere-se ao gráfico a seguir, em que os preços dessa igualdade, um aumento em V, mantendo-se cons-
são rígidos no curto prazo, ou seja, a curva de oferta tante M, deve resultar em aumento em P ou em Q, não
agregada de curto prazo (OACP1) é horizontal: havendo razão para se esperar uma queda no emprego,
ao contrário, pois o emprego deve aumentar com aumento
~
~
P
\ OALP
em Q; b) políticas expansionistas aumentam o produto,
o emprego e o nível de preços no curto prazo; c) políticas
OACP2 contracionistas realmente reduzem o produto, o emprego
e o nível de preços no curto prazo; d) como a curva de
oferta agregada OACP é horizontal, os preços são fixos;
OACPl
e) conforme já mencionado a respeito no item c, políticas
contracionistas, ao contrário, reduzem os preços.
DA A questão a seguir também aborda as mesmas implicações
de um choque adverso de oferta sobre o produto e os preços
Q no curto e no longo prazo:
s
<t
nível inicial. b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e,
portanto, os preços. Se não houver alterações na de-
manda agregada, teremos uma combinação, no curto
2. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do O
prazo, de preços crescentes com redução do produto.
Planejamento, Orçamento e Gestão/2003) Considere o Z
No longo prazo, com a queda dos preços, a economia
seguinte gráfico: O
retomará ao seu nível de pleno emprego.
s
O
u
w
Z 25
O
u
w
de oferta de curto prazo.
Gabarito: b
c) Comentário:
Suponhamos um nível de renda igual a 1.000 unidades
se não mo-
Graficamente, o choque de oferta adverso desloca a
ocorrer netárias e a despesa correspondente de consumo igual a 900.
curva de oferta de curto prazo horizontal para cima re-
desloca
sultando, dada a curva de demanda, em preços maiores
mentos Denomina-se propensão média a consumir, a relação
e diminuição do produto situação que é denominada
na
de estagflação. É preciso sempre ter em mente que no =
C/V, que no exemplo acima é igual a C!y;:: 900/1.000 0,90.
curva Vamos supor agora um aumento na renda de 100, com
curto prazo os preços sobem e o nível de produto cai,
de
o que contraria os itens c, d e e, e que no longo prazo a o consumo crescendo de 80. Denomina-se propensão mar-
deman
economia tende ao nível inicial de equilíbrio, conforme a ginal a consumir a relação !lC/!l V, que no exemplo acima é
da
afirmativa do item b. Uma elevação na demanda (item a) igual a: !lC/!lY '" 80/100 '" 0,80.
agrega
faz o produto voltar ao nível inicial, mas à custa de maior Observe-se que a renda cresceu de 1.000 para 1.100,
da, o
elevação nos preços. enquanto que o consumo cresceu de 900 para 980. Calcule-
choque
de mos a propensão média consumir depois do aumento: C/Y
oferta MACROECONOMIA KEVNESIANA. = 980/1.100 = 0,89.
causar HIPÓTESES BÁSICAS DA A fração da renda destinada ao consumo caiu de 0,90
á MACROECONOMIA KEVNESIANA. AS para 0,89, o que confirma a lei psicológica. Dizemos, então,
deflaçã que o consumo cresce menos do que proporcionalmente
FUNÇÕES CONSUMO E POUPANÇA.
o. ao crescimento da renda.
DETERMINAÇÃO DA RENDA DE
Essa relação não proporcional entre renda e consumo
d) EQUILíBRIO. O MULTlPLlCADOR pode ser representada pela equação C = Ca + cY, onde Ca é
o
KEVNESIANO. OS DETERMINANTES DO a parte da demanda de consumo autônomo em relação à
choque
de INVESTI M ENTO renda (dependente de outras variáveis, como taxa de juros,
oferta riqueza, costumes etc.), e cY é a parte do consumo induzi-
alterará Vamos determinar o nível de equilíbrio da renda em uma da pela renda, sendo c a propensão marginal a consumir.
apenas economia fechada, isto é, sem transações com o exterior, Geometricamente, a propensão marginal a consumir é a
o e sem governo, isto é, sem despesas governamentais e sem inclinação da reta que representa o consumo.
produto impostos. Nesse caso, a demanda agregada (DA) é igual às
de despesas de consumo (e) e de investimento (I):
pleno
empreg DA= C+ I
o.
e) Enquanto isso, a renda (Y) é igual à soma das despesas
não de consumo com a poupança (S):
ocorrer
á Y=C+S
alteraç
ões A condição de equilíbrio é que a renda seja igual à de-
nem manda agregada:
nos
preços Y~ DA
nem no Consideremos a função consumo C = 100 + O,8Y; o con-
nível Y ~ C+ I sumo autônomo é igual a 100 e a propensão marginal a con-
do C+S=C+I sumir igual a 0,8. Ao nível de renda igual a zero, o consumo é
produto S= I igual a 100. Qual o nível de renda que é igual ao consumo?
, tanto
no Ou seja, para a renda estar em equilfbrio, a poupança y",C
curto planejada pelas famílias deve igualar as despesas de inves- Y = 100 +
quanto timento planejado pelas empresas. 0,8Y
no
Y -O,8Y '" 100
longo A respeito do nível de consumo, que é o maior compo-
prazo, nente da demanda, Keynes apresentou uma lei psicológica 0,2Y = 100
uma fundamental, que diz que "à medida que a renda disponível
vez Y = 500
das pessoas aumenta, o consumo também aumenta, mas a
que, se
fração da renda destinada ao consumo diminui".
o Qual o consumo, quando a renda é igual a 1.000?
A renda disponível é a parcela da renda nacional que efe-
choque
tivamente é canalizada para as famílias, depois de dedução
de C = 100 + 0,8. 1.000 = 900
oferta de impostos e adição das transferências, e que é utilizada
não para o consumo e a poupança. Nesse primeiro modelo, sem
Se a renda não é toda consumida, o seu excesso constitui
desloca governo, a renda disponível é igual à renda.
a poupança:
a
curva S-Y-C
de
oferta A função poupança é derivada da função consumo:
de
longo S = Y-(Ca + cY)
prazo,
també S = Y - Ca - cY
m não
desloca S = - Ca + (1- c) Y
rá S = Ca + sY
a curva
sendo propensão marginal a poupar. Se C = 100 + 0,8Y,
sa então
C + I = 620 + 30 = 650
o
c.r, Y 650 Y
1= Ia
Ia~ ___________________________
Já vimos que quando a renda é igual a LODO, o consumo
é igual a 900, o que significa que a poupança é igual a 100:
n y
Como a poupança excede o investimento planejado de 70
(100 - 30= 70), esse valor é justamente igual à variação de
estoques (ou o investimento não planejado). Então, tem-se:
~
Y= Ca + cY + não planejado
Ia
Y -cY = Ca + Ia 5=Ip+I
np
Y(l- c) = Ca +
100 = 30 +
Ia
70
Y= (Ca + Ia). (1/1- c)
A renda está em cqullibrlo quando o investimento não
1
Considere-se a função consumo C = 100 + O,8Y e planejado é nulo, ou seja, quando a poupança iguala o
I = 30. Qual a renda de equilíbrio? investimento planejado, que é o nosso investimento autô-
nomo: 5 = I.
Y = (100 + 30). (1/1- 0,8) = 130. 5 = 650
Pode-se, então, calcular a renda de equilíbrio através
dessa
igualdade:
5=1
LJ
-100 + O,2Y =
30
27
0,2Y = 130
Y= 650
~
~
de 20, e, portanto, a nova renda de equilíbrio deveria
Períodos ~I ~Y ~C ~S crescer
O 20 - - - de 650 a 670. Será? Calculemos a nova renda de equilíbrio:
Y = (Ca + Ia) x (1/1- c) = (100 + 50). (1/1- 0,8) = 150 x 5 = 750
1 - 20 16 4
- 16 12,8 3,2
2
Observe-se que, dado um aumento no investimento
3 - 12,8 10,2 2,6
planejado, de 20, a renda cresceu de 100, ou seja, cinco
4 - 10,2 8,2 2,0 vezes mais.
-
n . ,. ... ... O crescimento da renda também pode ser calculado
Totais 20 100 80 20
através da fórmula:
Tornando mais realista a demanda de investimento e
l1Y = (LiCa + Ala). (1/1- c)
supondo que seja também induzido pelo nível de renda,
podemos expressar a função investimento, assim:
como LiCa = O, tem-se: C
I = Ia + eY
Cortando C de ambos os termos, tem-se: fiscal, os tributosV:::
(T) Ala, (1/1-são
também = 20 x 5 = 100
20. (1/1- 0,8)autônomos,
c) :::considerados =
sendo Ia o investimento autônomo; e .!l. a propensão mar-
Qual a explicação para essa variação na renda? 1
ginal a investir.
0
S+T=I+G Quando
isto é, independentes da renda. A função consumo passa a 0
apresentarosa empresários ampliam
renda disponível, que éos investimentos,
definida o que fazem
como a renda,
A igualdade acima mostra que a renda está em equilíbrio menos osé, por exemplo,
tributos (Y D = Y -comprar maisdemáquinas
Ta). A renda equilíbrio,no valor de 20. +
então,
quando o total de injeções se iguala ao total de vazamentos. A indústria de máquinas, ao produzir mais 20, cria renda
pode ser calculada:
no valor de 20. Ocorre que a criação de renda provoca um0
Pode-se também fazer, com base na igualdade anterior: incremento imediato no consumo, igual à variação na renda
Y=C+I+G ,
vezes a propensão marginal a consumir, isto é, 20. 0,8 ::: 8
1= S + T -G,
16. +Aíc(Y
Y = Ca - Ta) + Ia de
a indústria + Ga
bens de consumo aumenta a produção
Y = Ca + cY - cTa +
e a renda em 16, o Ga
Ia + que provoca crescimento no consumo Y
o que significa que o nível de investimentos é igual à poupan- Y - cY = Ca - cTa + Ia + Ga
ça privada (5), mais a poupança do Governo (T - G).
de 16. 0,8 = 12,8, que se transforma em renda adicional,
D
o y
que
Y (l-c) = Ca-cTa
gera novo
+ Ia incremento
+ Ga no consumo de 12,8. 0,8 = 10,2.
E assim
Y::: (Ca - cTa por
+ Iadiante.
+ Ga). (1/1- c) I
A tabela a seguir apresenta o crescimento da renda, do
a
Nesse caso, com o investimento crescendo à medida consumo e da poupança, dado o incremento inicial de 20 :
que nos investimentos. :
a renda cresce, esta tende a atingir níveis maiores do que :
se o investimento fosse totalmente autônomo. Considere-
-se as funções: 1
S = -100 + 0,2V 5
1=30+0,1Y 0
Ta = 100
ou seja, quando o Governo aumenta as suas receitas e as
Ra = 60
suas despesas no mesmo valor, a renda cresce desse valor.
Ga = 80
Substituindo-se, temos:
(1-0,75)=30.3=90
T = Ta + tY
~
O
sendo Ta a tributação autônoma, tY a tributação induzi- z
da e t, a propensão marginal a tributar. O
u
A função consumo incorpora a função tributação da
w
seguinte maneira:
C = Ca + c(Y - Ta - tY + Ra)
29
« A renda de equilíbrio fica calculada dessa maneira: sendo Ma o componente autônomo das importações e mY o
componente induzido; m é a propensão marginal a importar,
~ Y=C+I+G
que é igual a I1M/11 Y, isto é, é a relação entre as variações na
O
Y;:: Ca + c(Y - Ta - tY + Ra) + Ia + Ga renda e nas importações.
Z
Y = Ca + cY - cTa + ctY + cRa + Ia + Ga
o X.M
Y - cY + etY ;:: Ca - eTa + eRa + Ia + Ga
u Y (1- c + et) ;:: Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
"'"
Y = (Ca - cTa + cRa + Ia + Ga). 11 (1- c + ct)
M
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os Xa 1------c:;;7~'----- X
seguintes dados:
30 Ma
C = 200 + 3/5 Yd
Ia = 180 O'------------------~
T = 3S + 1/6Y y
=
Ra 30
A expressão da renda de equilíbrio fica, agora, igual a:
Ga = 50
Y=C+I+G+X-M
Substituindo, temos:
Vamos calcular a renda de equilíbrio utilizando, para
Y = (200 - 3/5.35 + 3/5. 30 + 180 + 50). 1/(1-3/5+3/5. 1/6)
simplificar, o lQ modelo fiscal, isto é, a
Y = 427. 2 = 854
tributação, T, é toda
autônoma:
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-
respondente variação na renda é calculada pela expressão:
Y = Ca + c(Y - Ta) + Ia + Ga + XA - Ma - mY
I1Y = (I1Ca - cl1Ta + cl1Ra + Ala + I1Ga). 11 (1- c + ct] Y = Ca + cY - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma - mY
Y - cY + mY = Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma
Suponhamos que os investimentos planejados pelos em- Y (1- c + m) = Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma
presários se elevem de 50 unidades monetárias. Se não houver
Y = (Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma). 11 (l-c+m)
tributação induzi da, isto é, t = O, a variação na renda será de:
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os
11 Y = I1la. 1/ (1- c) = 100. 1/1-3/5 = 50. 5/2 = 125
seguintes dados:
Mas quando uma parte da tributação é induzida, a va-
C = 150 + (Y - Ta)
riação positiva na renda é menor. Vejamos:
Ta = 24
Y = Ala, 1/(1 - c + ct) ;:: 100. 1/(1 - 3/S + 3/5. 1/6)
Ia = 180
;:: 50. 2 = 100 Ga = 220
Xa;:: 110
Com a tributação induzida, a renda, em vez de crescer M = SO + l/12Y
12S unidades, cresce menos, de 100. A explicação é que,
dado o aumento do investimento, eada vez que aumenta Substituindo, temos:
a produção e a renda, pelo efeito multiplicador, uma parte
desse aumento da renda é transferido para o Governo através Y = (150 - . 24 + 180 + 220 + 110 - 50).1/ (1-3/4+1/12)
dos impostos, constituindo um vazamento, que resulta em Y = 592. 3 = 1.776
aumentos também menores no consumo.
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-
Economia Aberta e com Governo respondente variação na renda é calculada pela expressão:
~
L.J
31
~
~
As Funções da Moeda
E
xem
plos
cláss
icos
são o
gado
,o
sal,
escra
vos,
conc
has,
seda,
fum
Para facilitar as transações, surgiram atividades de de- Ela é formada por instituições especializadas, que
pósito desses metais, realizadas por ourives que emitiam estão aparelhadas para aplicar os recursos nas con-
certificados de depósito, os quaís, por sua comodidade e dições mais lucrativas.
segurança, passaram a circular no lugar dos metais monetá- Permite que os agentes superavitários tenham onde
rios. Com isso, estava criada a moeda-papel, com lastro de aplicar, a qualquer instante, seus excedentes e os defi-
100, isto é, o seu valor podia ser convertido totalmente em citários tenham recursos no montante e no momento
metal, a qualquer momento e sem aviso prévio. em que vislumbram oportunidades de consumo e de
Esses primitivos banqueiros logo perceberam que a investimento lucrativos.
reconversão da moeda-papel em metais preciosos não era Ela incentiva as poupanças, de qualquer montante.
solicitada por todos os seus detentores e ao mesmo tempo. Permite expansão do cunsumo e do investimento.
Além disso, enquanto uns a solicitavam, outros faziam novos
depósitos do metal. Assim, os custodiadores foram incenti- o sistema financeiro é dividido em dois segmentos: o
vados a emitirem certificados de depósito não lastreados. monetário, constituído pelas instituições que têm o poder
Nasceu, assim, a moeda fiduciária ou papel-moeda, cuja de criar moeda, ou seja meios de pagamento, como é o caso
circulação era baseada na confiança dos comerciantes e da do Banco Central (emissão de moeda escritural ou bancária);
comunidade nos depositários de ouro e prata. e o não monetárío, constituído pelas instituições que não
Esse novo tipo de moeda, não totalmente lastreado, criam moeda, apenas transferem recursos de poupadores
permitiu um avanço no desenvolvimento econômico, pelo para aplicadores.
aumento na atividade econômica, embora também cau-
sasse problemas decorrentes de emissões audaciosas de
moeda, resultando até em fechamento e falência de muitas ~ Sistema monetário
Sistema Financeiro
casas, quando a procura pelo metal superava os estoques ~ Sistema não monetário
existentes, Isso levou o Estado a tentar regulamentar as
emissões. Hoje, os sistemas monetários são, em sua quase O Sistema Financeiro Nacional atual resulta essen-
totalidade, fiduclários, sob as seguintes características: cialmente da reforma financeira promovida no biênio
inexistência de lastro metálico; 1964/1965, por meio das seguintes Leis:
inconversibilidade absoluta; 4.380/1964: institui a correção monetária nos con-
monopólio estatal das emissões. tratos imobiliários de interesse social, cria o Banco
Nacional da Habitação e institucionaliza o sistema
A forma mais moderna de moeda, e que representa a financeiro de habitação.
maior parcela dos meios de pagamento, praticamente em 4.595/1964: define as características e áreas espe-
todos os países, é a chamada moeda bancária. Essa forma cíficas de atuação das instituições financeiras e cria
de moeda é criada pelos bancos comerciais e corresponde o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário
ao total dos depósitos à vista desses estabelecimentos de Nacional.
crédito. Sua movimentação é feita por cheques ou em saques 4.728/1965: disciplina o mercado de capitais e esta-
eletrônicos. Ela também é denominada moeda invisível, pelo belece medidas para o seu desenvolvimento.
fato de não ter existência física, e é escritural, por corres-
ponder a lançamentos a débito e a crédito, registrados na
efetuar o controle dos capitais estrangeiros;
É a seguinte a atual estrutura do SFN:
conta corrente dos bancos.
Subsistema Normativo: Conselho Monetário Nacional,
Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários.
o Sistema Financeiro Subsistema de intermediação: Agentes Especiais e De-
mais Instituições.
o sistema financeiro é o conjunto de instituições que se
dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condi- Agentes Especiais: Banco do Brasil, Banco Nacional de
ções satisfatórias ao fluxo de recursos de poupadores para Desenvolvimento Econômico e Social, Bancos Múltiplos,
investidores. O mercado financeiro permite que um agente Bancos Comerciais públicos e privados e Bancos de Desen-
econômico, indivíduo ou empresa, sem perspectivas de volvimento.
aplicação em empreendimento próprio de toda poupança Demais instituições bancárias, não bancárias e auxilia-
que pode gerar, seja colocado em contato com outro, cujas res: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (caixas
perspectivas de investimento superam as respectivas dispo- econômicas, sociedades de crédito imobiliário e associa-
nibilidades de poupança. ções de poupança e empréstimo), Sociedades de Crédito,
A intermediação financeira é toda organização voltada Financiamento e Investimento, Bancos de Investimento,
para a canalização de recursos, de agentes econômicos supe- Bolsas de Valores e outras instituições.
ravitários. (culos rendimentos correntemente recebidos são Conselho Monetário Nacional - formula a política
superiores aos seus dispêndios totais), aos agentes econômi- monetária e de crédito e zela pela liquidez e solvência das
cos deficitários (cujos dispêndios globais em consumo e em instituições financeiras. Delibera mediante Resoluções e é
investimento são superiores às disponibilidades imediatas). composto pelo Ministro da Fazenda (que é seu presiden-
te), o Ministro-Chefe de Planejamento e Coordenação e o
presidente do Banco Central do Brasil.
~ Sistema Banco Central do Brasil - é o órgão de execução das
Consumo e
políticas traçadas pelo Conselho Monetário Nacional. Cabe
~ ~ ,--_Fi_n_ac_e_ir_o_--,
a ele:
Investimento emitir papel-moeda e moeda metálica;
Os benefícios da intermediação financeira são os se- executar os serviços do meio drculante; <C
guintes: receber os recolhimentos compulsórios e os depó- ~
Ela permite que poupadores encontrem imediata sitos voluntários das instituições financeiras;
O
oportunidade de aplicação para seus recursos,
evitando os custos que adviriam da busca direta de
tomadores dos empréstimos.
realizar operações de redesconto e empréstimos a
instituições financeiras e bancárias; lê
~ ser deposltário das reservas oficiais de ouro e moeda
estrangeira;
~ 33
ser depositário das receitas tributárias federais;
exercer o controle do crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras e
aplicar as penalidades previstas;
banco dos bancos, pelo fato de receber depósitos
concede compulsórios e voluntários das instituições finan-
r ceiras e Ihes fornecer empréstimos;
autoriza
ção para banco emissor de papel-moeda, pelo fato de deter Se, em razão da recessão mundial, as famílias decidirem
o o monopólio de emissão de papel-moeda e moeda elevar seus depósitos de poupança para se precaverem
funcion metálica; das incertezas geradas pela crise, ocorrerá um aumento
amento dos agregados monetários M2 e M3'
das banqueiro do governo, por financiar o Tesouro
Resposta: C
instituiç Nacional mediante a colocação de títulos públicos
ões e ser seu depositário de recursos.
financei Comentário:
ras.
Os Meios de Pagamento Além do agregado monetário M" os agregados monetários,
considerados quase moeda, são M2 ::: Ml + depósitos
De especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos
acordo emitidos por instituições depositárias, e M3 ::: M2 + quo-
com tas de fundos de renda fixa + operações compromissadas
essas registradas no Selic. Como os depósitos de poupança são
atribuiç incluídos no conceito M2' certamente que a elevação dos
ões, o depósitos provocará um aumento nesses agregados.
Banco
Central Contas do Sistema Monetário
é
conside Vamos apresentar as contas dos bancos comerciais e do
Banco Central, para compreendermos o processo de criação
rado:
e destruição de moeda.
Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais
c(
M2 = M, + depósitos especiais remunerados + depósitos
~ de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias;
O M3 ::: M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
z comprornissadas registradas no Selic:
O
1./ M4::: M3 + títulos públicos de alta liquidez.
w
Questão Comentada
(Economista do Ministério do Trabalho e Emprego, 2008)
3 Julgue o item a seguir.
4
Ativo Passivo
Saldo do papel-moeda
Encaixes em moeda corrente
emitido
Depósitos do Tesouro
Reservas internacionais
Nacional
- Papel-moeda em poder do
Operações de redesconto
público
ExemplosBanco B
de criação de meios Exemplos de destruição de
A Multiplicação dos Meios de Pagamento meios de pagamento:
de pagamento: Ativo Passivo
- uma pessoa faz um saque de - uma pessoa faz um depósito
Os bancos comerciais têm a faculdade de aumentar os Encaixes = 800 em suaDepósitos à vista
caderneta = 1.440
de poupan-
seu depósito a prazo;
meios de pagamento. Isso ocorre porque, a partir do momen- - voluntários
- uma empresa = 512uma
desconta - filma B = 800
to em que o papel-moeda é depositado no sistema bancário duplicata em um banco;
- compulsórios = 288
ça; - firma C = 640
como um depósito à vista, o banco fica em condições de -um exportador recebe em - um banco vende títulos go-
reais oEnll'féstimos jtinna C) = 640
valor correspondente
realizar empréstimos ao público. Nesse caso, há um aumento vernamentais ao público;
a uma Total
venda ao exterior; = 1.440 Total = 1.440
nos meios de pagamento, e o papel-moeda ou o depósito - um importador paga ao ban-
-um banco adquire títulos
à vista utilizado para fazer pagamentos acabam voltando, co o valor correspondente a
governamentais do público,
uma compra no exterior;
no todo ou em parte, ao sistema bancário, gerando novos creditando suas contas-cor-
A firma C casa seus recursos do empréstimo
- um banco do banco B,
vende um imóvel
empréstimos e depósitos. No final, os meios de pagamento rentes;
de $ 640, para adquirir livrosade uma empresa,
Direito recebendo
em uma livraria (D):
se elevam de várias vezes o aumento inicial nos depósitos. -o Banco Central fornece o paga mento ern dinheiro;
Para se ter uma idéia dessa multiplicação, em outubro de dinheiro à União, adquirindo - uma pessoa paga um emprés-
Banco
títulos B
governamentais.
2011 a base monetária era de R$ 185.471 milhões e o total
Ativo timo bancário,
Passivo sendo debita-
dos meios de pagamento de R$ 255.690 milhões." do em sua conta-corrente.
Vamos ver como os depósitos à vista são expandidos atra- Encaixes = 160 Depósitos à vista = 800
Há casos em que não há nem criação e nem destruição
vés do sistema bancário. Suponha-se que o Governo faça um de meios - compulsórios = 160 - firma B = 800
de pagamento, como nos seguintes exemplos:
pagamento a um indivíduo, José, de $ 1.000, e este deposite Empréstimos (firma A)= 640
o valor no Banco A, o qual é obrigado a fazer depósitos no - Uma pessoa
Total faz um depósito=ou800
saque em sua conta
Total = 800
Banco Central de 20 sobre os depósitos à vista recebidos. corrente;
- O Banco Central fornece recursos a um banco, através
Banco A A livraria D deposita o valor das vendas de $ 640 no
de operação de redesconto;
Ativo Passivo - UmaBanco C. faz um pagamento de compra de ma-
empresa
Encaixes em moeda= 1.000 Depósitos à vista = 1.000 térias primas a um seu fornecedor.
C casos interessantes:
Bancooutros
Vejamos
- voluntários = 800 - José = 1.000
- A União depositaAtivo Passivo
os impostos arrecadados em sua
- compulsórios = 200
Encaixes = 640
conta no Banco Central: Depósitos
há destruição à vista = 640
de moeda.
Total = L 000 Total = 1.000 - Avoluntários 512 funcionários, -sacando
frnna Dsobre
= 640seus
União paga=seus
o processo continua, enquanto cada banco tiver -depósitos no Banco
compulsórios = 128Central: há criação de moeda.
O Banco A, utilizando os depósitos voluntários de $ 800, Uma empresa faz um =
Total depósito
640 deTotal
poupança na Caixa - 640
faz um empréstimo a uma firma (A) de conservação e limpeza: Econômica Federal: há destruição de moeda.
Uma empresa adquire um certificado de depósito a
Banco A O Banco
prazo C aplica
em um banco seus recursos voluntários,
de investimento: de $ 512, em
não há criação
Ativo Passivo nem destruição
empréstimos para de
umamoeda.
loja (firma E):
Encaixes = 1.000 Depósitos à vista = 1.800
- voluntários = 640 EXERCíCIO
Banco C
- José =1.000 Ativo IPassivo
- compulsórios = 360 - firma A = 800
(TécnicoEncaixes
em Desenvolvimento
= 640 Regional da Codevasf/2008)
Depósitos à vista - Ll52
c:( Empréstimos (fuma A)= 800 Sobre o ~funcionamento
voluntários = 409,6do mercado monetário,
~ firma Dassinale
= 640 V
~ Total 1.800 Total 1.800 para as afirmações
O
= = - compulsóriosverdadeiras
- 230,4 e F para as falsas.
- firma E - 512
--------------------------------------------------------------------------~y-
Z Empréstimos (firma Ej - 512
o A firma A saca seu empréstimo de $ 800 do banco A para Total - 1.152 Total = L152 35
1. comprar vassouras na firma B:
1 1.000
lU
O depósito inicial de $ 1.000 no Banco A resultou em (1 +
recursos depósitos em outros bancos. Somemos os depósitos 0,8 +
36 criados 0,82 +
voluntários a emprestar, que por sua vez vai criando novos nos bancos: 0,83
depósitos e empréstimos.
+ ... ) =
Total dos depósitos = 1.000 + 800 + 640 + 512 + ... = 1.000
xl / (1-0,8) = 1.000
x 5 = 5.000. ~
Observe-se que, como (1 - 0,8) = 0,2, que é a taxa de ~
depósitos compulsórios (R), conclui-se que a soma dos Um exemplo prático: supondo-se que 20 dos meios
depó- de pagamento estão sob a forma de papel-moeda em po-
sitos (D) é igual ao depósito inicial, vezes o inverso da taxa der do público e, consequentemente, 80 sob a forma de
R: depósitos à vista nos bancos comerciais: a relação encaixe
em moeda / depósitos à vista é igual a 10, a relação
D = depósito inicial x (1/ R) entre encaixes voluntários e depósitos à vista igual a 5 e
a relação entre encaixes compulsórios e depósitos à vista
Isso significa que a taxa de recolhimentos compulsórios igual a 5. Dada uma expansão nas operações ativas do
ao Banco Central determina a maior ou menor expansão Banco Central de $ 100 milhões, qual o valor da elevação
dos depósitos à vista, ou seja, os meios de pagamento. No resultante nos meios de pagamento?
exemplo acima, se R = 0,25, o total de depósitos diminuiria
para 4.000. Se R = 0,1, o total de depósitos aumentaria M = B x m = B x 1/ [1- d (1- R)]
para 10.000.
M = 100 x 1 / [1 - 0,8 (1 - 0,10)] = 100 x 2,78 = 278
Vamos ver agora que uma elevação na Base Monetária milhões.
(B) conduz a uma expansão dos meios de pagamentos (M),
a partir de certas equações de identidade e de relações A expressão acima permite que se evidencie que uma
de comportamento. A Base Monetária (B) e os meios de expansão nos meios de pagamento da economia pode
Pagamento (M) são interligados através de uma relação, originar-se de três maneiras básicas:
que é denominada de multiplicador monetário (m). Assim,
tem-se: - de um aumento das operações ativas do Banco
Central
M= Bxm ou (aumento da base monetária);
- de uma redução da relação encaixes/depósitos (redu-
m=M/B
ção em R);
Consideremos, inicialmente, as seguintes equações de - de um aumento da proporção de depósitos à vista
identidade: sobre o total dos meios de pagamento (aumento em d).
Meios de Pagamento = Papel-moeda em poder do Exercício: dado um aumento nas compras de títulos
público + Depósitos à vista nos bancos comerciais públicos no mercado aberto, pelo Banco Central, de $ 10
mi-
(M = PMPP + DV) lhões, sendo a relação encaixes totais / depósitos à vista
nos
Base Monetária = Papel-moeda em Circulação + De- bancos comerciais de 10 e a relação entre o papel-moeda
pósitos voluntários e compulsórios dos bancos comerciais em poder do público e os depósitos à vista nos bancos co-
(Reservas Bancárias) merciais de 25, calcule: a) o multiplicador monetário; b) a
expansão nos meios de pagamento. Respostas: a) m =
(B = PMC+ RB) 3,57;
b) /::,. M = $ 35,7 milhões.
Relações de comportamento:
d; Depósitos à vista nos bancos comerciais / Meios de Os principais instrumentos da política monetária, são:
Pagamento - recolhimento compulsório sobre os depósitos dos
r1;:: encaixes em moeda dos bancos comerciais I Depó-
sitos à vista nos bancos comerciais. bancos;
- operações de redesconto;
r2 = Reservas Bancárias / Depósitos à vista nos bancos - operações de mercado aberto;
comerciais - controle e seleção do crédito.
~
Aumento da taxa de Redução dos
depósitos compulsórios meios
m = M/ B = 1/ [1- d (1- R)] de pagamento
Redução da taxa de
depósitos compulsórios Expansão dos
meios
de pagamento
I
u
37
o MODELO IS-LM. O EQUILíBRIO NO
~
MERCADO DE BENS. A DEMANDA POR
~
MOEDA E O EQUILíBRIO NO MERCADO
da taxa de depósitos compulsórios é de 43, que deverá I)
culação. Ao contrário, quando desejam contrair a
MONETÁRIO. O EQUILíBRIO
ser aumentada NOdeMODELO
para 44 em julho 2012 e para 45 em quantidade
Is/LM. POLíTICAS
julho de 2014". ECONÔMICAS
Ao mesmo tempo osNO bancos diminuirão o de moeda da economia, emitem e colocam em circulação
percentual obrigatório de aplicação no crédito rural, de 30 títulos, trocando-os por moeda.
MODElO IS/LM. EXPECTATIVAS NO
para 29, diminuindo de um ponto percentual até atingir
MODElO IS/LM
25 em julho de 2014.
Venda de titulas v Redução dos meios
pelo Banco Central de pagamento
As operações de redesconto consistem na concessão
o modelo
de assistência financeira
15-lM estuda de liquidez
o equilíbrio aosincor-
do produto, bancos comer- 1 Compra de titulos Expansão dos meios
porando o ciais. Nesse
mercado caso, ase autoridades
monetário considerando, monetárias
com isso, descontam 1) pelo Banco Central
o nível datítulos
taxa dedos bancos
juros comerciais
da economia. a umado
Parte-se taxa prefixada, com
princípio de pagamento
de que háa dois
finalidade
mercados de atender
distintos:àso necessidades
mercado de bens, momentâneas
ou de o desenvolvimento desse mercado iniciou-se em 1970,
caixa. Existem com a criação das Letras do Tesouro Nacional. Atualmente
real, já estudado no item duas formas
anterior, ondeclássicas
o equilíbriodedá-se
redesconto: em-
préstimo de liquidez, pata atender problemas eventuais a y
na igualdade entre o investimento planejado e a poupança
de insuficiência de caixa, e redesconto seletivo, que pro- autoridade monetária utiliza os Bônus, as Notas e as Letras
planejada, e o mercado de moeda, onde o equilíbrio dá-se
pícia recursos para que os bancos atendam a programas Observe-se, do Banco Central para fins de política monetária. Existe
na igualdade entre a demanda e a oferta de moeda.
especiais de interesse governamental. uma nos gráficos anteriores, que para a mesma
queda narelação
taxa de importante
juros, de i, para
entrei2,os
a renda cresce
preços mais no
dos títulos e a taxa de
o
Mercado de Bens
/' Títulos ~ /' Títulos ~
gráfico li,juros.
onde a 15 é menos inclinada.
As LTN e os BBC, por exemplo, são oferecidos no
Se a mer-
taxa de juros faz a renda variar, fazendo o ponto
r-----~ r-----~ cadodeslocar-se
a um determinado valor, enquanto háfaz
uma
Nesse mercado, o equilíbrio dá-se na igualdade entre de equilíbrio ao longo da curva 15, o que a promessa
r----------~
a poupança (5) e o
Público
Central
I
investimento I (I). I
Como
Bancos se relacionam
renda e a taxa de juros? Consideremos os gráficos a seguir.
aI própria
Banco
de resgate
curva
nominal.
num prazo
deslocar-se? determinado
Qualquer variação a um certo
autônoma
demanda agregada, que não seja a taxa de juros. Exemplos:
navalor
~
de um lado, da sensibilidade do investimento em re- moeda (M). têm para emprestar, e vice-versa. Na recente crise de
Resposta: C
lação à taxa de juros, e de outro do multiplicador da crédito
A oferta de moedaresultante da crise
é determinada pelofinanceira mundial
Banco Central, e o Bacen
economia, ou seja, da propensão marginal a consumir. é independente reduziu essa
da taxa partedo
de juros das reservas bancárias, propiciando
mercado.
As operações de mercado aberto consistem na compra
I
o
e
venda de titulos pelas autoridades monetárias. Quando
maior oferta de crédito a seus demandantes e elevando
o multiplicador bancário.
Resposta: C
39
estas
z
o
têm interesse em expandir a oferta de moeda da economia,
realizam operações de compra ou resgate de títulos em clr-
o
u
38
UJ
1.
.. públicos no mercado, resultará em diminuição da taxa.
-.
. Por outro lado, uma política contracionista, realizada com
_
_
-
-
a venda e títulos públicos, fará aumentar a taxa de juros.
-
1
Se o Banco Central alterar o
________________________
Mantida a demanda de moeda, uma diminuição na sua
•
•
•
estoque de moeda da
M economia, a taxa de juros irá variar.
•
oferta é representada por um deslocamento da curva
Uma política expan- vertical
sionista, por exemplo, realizada com para a esquerda. A taxa de juros sobe.
a compra de títulos
40 Enquanto isso, a demanda de moeda depende de duas
~
O
z
O
U
1.1.1
ciedade maior será a demanda de moeda e maior a subida Álgebra Simples da Curva A
da taxa de juros). LM: parte
demanda de moeda L = f (~ i) horizon
Vimos que, dada uma variação no nível da renda, a taxa oferta de moeda M tal da
de juros varia na mesma direção, deslocando-se um ponto curva
sobre a curva LM. Que fatores fazem a curva deslocar-se? no equilíbrio, L = M LM
Política Monetária
~ <I:
"-----'
~ ~
O
z 41
O
u
~
~
- o aumento nos investimentos promove um cresci- Segundo a teoria clássica, as pessoas não retêm
mente na produção dê bens dê capital, moeda
aumentando em razão da taxa dê juros, o que significa que todo incre-
a renda e o emprego, e também aumento na mento em sua oferta é canalizada para a demanda
procura agregada,
de bens de consumo, resultando em que se beneficia da queda na taxa de juros.
crescimento
na renda mais do que proporcional devido ao
efeito Questão Comentada
multiplicador dos investimentos.
Resposta: E
Política Fiscal
o
A explicação keynesiana para a ineficácia da política
monetária está no fato de que, em um ambiente de reces-
são, a taxa de juros é tão baixa que as pessoas já retêm
bastante moeda e a taxa não pode baixar mais, por mais
moeda que seja despejada na economia, o que impede
que os investimentos e o consumo sejam incrementados.
Essa situação é conhecida como "armadilha da llquldez".
s
s Por que a taxa de juros sobe? A explicação está no
o fato de que, ao aumentar a renda, cresce a demanda de
z moeda para transações. Se a oferta de moeda for mantida
O
constante] a taxa de juros refletirá a escassez e subirá. Esse
U
incremento no juro resultará em queda nos investimentos
11.1
privados, o que significa que a renda crescerá menos do
que determinaria o multiplicador das despesas do
governo.
Esse fenômeno é conhecido como crowdinç-out,
4 Na área keynesiana, enquanto a política monetária é
2 ineficaz, a política fiscal é plenamente eficaz. O aumento
nas despesas do governo resulta em um aumento integral Conceito, Efeitos e Causas da Inflação
~
na renda, pois a economia possui alta liquidez e a taxa de
juros não sobe, não prejudicando os investimentos. A inflação é definida como um fenômeno macroeco-
~ nômico, dinâmico e de natureza monetária, caracterizado
Na área keynesiana a política fiscal é plenamente eficaz,
crescer. A curva de Demanda Agregada (DA) apresenta uma Como se combate uma inflação originada por excesso
pois a renda cresce integralmente. por uma elevação apreciável e persistente no nível geral de
relação negativa entre o nível de preços e a demanda. Se apreços. Enquantode demanda?isso, oSe um aumento
desemprego é adasituação
demanda agregada for
econômica
demanda agregada cresce de DAI a DA2' a produção físicaem que uma inflacionário,
parcela daopopulação
remédio é economicamente
tomar uma medida que diminua
ativa
vai crescer e o nível geral de preços não se altera, pois há está desocupada.
a demanda 5ãoagregada,
os problemas por meio de políticas monetárias
macroeconômicos mais e
suficiente quantidade de recursos desempregados. Depois importantes,
de fiscais.
já que seus efeitos são sentidos imediatamente
DA2' à medida que a economia vai se aproximando da plena pelas pessoas. Por meio da política monetária, o remédio é uma dimi-
capacidade, a produção física continua a crescer, embora nuição atribuir
Costuma-se à inflação
na quantidade deamoeda
causa da de economia,
uma série de que é feita
a ritmo decrescente, e os preços vão aumentando a ritmo aspectos que afetam
por meio denegativamente
venda de títulos a públicos
economia, como:
pelo Banco Central
crescente. Observe-se que, quando a demanda agregada do Brasil, aumento dos depósitos compulsórios dos bancos
cresce de DA4 a DAs' somente há aumento de preços, o - Penalização dos mais
comerciais pobres: adas
e elevação inflação
taxasprejudica as operações de
de juros das
qual foi denominado por Keynes de "inflação verdadeira", classes mais pobres, cuja renda tem maior participação
redesconto. Através da política fiscal, as medidas são dimi-
quando o excesso de demanda agregada ocorre em situação denuição
rendimentos fixos,do
dos gastos osgoverno
quais perdem poder dedos
e/ou aumento compra
impostos.
de pleno emprego dos recursos. e possuem
Uma menor
das causasdefesa contrade
básicas osumaumentos
excessodedepreços.
demanda
o y
O que provoca a inflação de demanda? As respostas - Penalização está dos credores
no déficit de dívidas:
público e na sua osforma
aumentos de
de financiamento.
podem ser encontradas tanto no lado real como no lado preços
Quandoreduzem
o governoo valor real das
financia dívidas,
o déficit beneficiando
através de emissão de
Enquanto isso, na
monetário da área clássica, a política fiscal é ineficaz.
economia. os moeda,
devedores,a autoridade
o que desestimula
monetáriaos troca
empréstimos
moeda poretítulos do
Nesse caso, oNo aumento nas despesas
lado monetário, do governo
pode-se partir da encontra
igualdade abaixo: governo, aumentando
financiamentos e, portanto, a quantidade
a poupança. de meios de pagamento
a economia com alta taxa de juros e sem liquldez que per- - Prejuízo daàs economia.
exportações O eaumento
estímuloem às M resulta em aumento
importações: a em
mita chancelar esse aumento. O resultadoMV = PQ é aumento no P, conforme
inflação encarece vimos na teoria nacionais,
os produtos quantitativadiminuindo
da moeda. Se o
juro suficiente para diminuir os investimentos, de modo a seugoverno
poder de coloca títulos junto
concorrência em ao público,
relação aospara obter recursos
importados,
anular todo o efeito inicial do aumento das despesas. É o por empréstimo, ocorre uma pressão
os quais torna-os relativamente mais baratos, o que sobre a taxa de juros,
sendo M a quantidade de moeda da economia, Va veloci-
crowding-out completo. cujo aumento
resulta prejudica
em deterioração doos investimentos
balanço e o consumo e
de pagamentos.
dade de circulação da moeda, P o nível geral de preços e Q
Na área clássica a política fiscal é completamente inefi- pode
a produção física. Essa igualdade diz, simplesmente, que a- Diminuição naser transferidode
arrecadação também
impostos:aosembora
preços. os
caz, sem aumento na renda e aumentando a taxa de juros.
quantidade de moeda vezes a sua velocidade, iguala o valor impostos, em geral, acompanhem osvista
A inflação de custos pode ser atravésdedopre-
aumentos gráfico
da produção global de bens e serviços, que é igual ao nível abaixo:
ços quando vinculados à renda e à atividade econômica,
de preços vezes a quantidade. Como exemplo, tem-se: costumam sofrer deterioração no intervalo entre a data
de apuração de seu valor e a do respectivo pagamento.
M xV= PxQ
100 x 4 = 5 x 80 Costuma-se atribuir duas causas básicas para o processo
inflacionário: excesso de demanda agregada em relação à
A quantidade de moeda, girando em média 4 vezes poroferta agregada, que é a inflação de demanda, e os impulsos
período, é igual ao valor da produção igual a 400, que por sua de custo provocados principalmente por aumentos de salá-
0'-----------.'1' rios, de impostos ou de lucros, que é a inflação de custos.
vez corresponde a um preço médio igual a 4 e uma produção
física de 80 unidades.
A Interação das Políticas Monetária e Fiscal Inflação de Demanda e Inflação de Custos
A teoria quantitativa da moeda diz que, no curto pra-
As políticas monetária e fiscal devem ser integradas, A inflação de demanda pode ser vista através do gráfi-
zo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível físico do
pois a aplicação de uma delas pode resultar em efeitos
produto (Q) são constantes, e que qualquer variação na co a seguir:
não desejados, que a outra pode corrigir. Como exemplo,
suponha-se quantidade
que o Congresso (M) resulta
de moedaNacional em variação
decida aumentardireta e em Q
igual intensidade no nível de preços
os gastos públicos para incrementar o emprego. Como já (P). p
vimos, tal medida tende a elevar as taxas de juros, inibindo
t -* t ---*
investimentos. Nesse caso, o Banco Central pode intervir, Dada a curva de demanda agregada inicial DAI' com equi-
através de uma política M monetária P x Q evitando
x V = expansionista, líbrio inicial em QI' um impulso de custo desloca a curva de
o aumento do juro. oferta agregada (AO) para a esquerda, de OAI para OA" DAs
Outro exemplo
Daí queé aP decisão governamental
= f (M), ou de preços
seja, o nível de aumentaré função da resultando em aumento do nível de preços. Observe-se que
impostos quantidade
para financiar
de omoeda
déficitda
público. Nesse
economia. caso,
Essa a renda
teoria é também ocorre uma diminuição da produção, de ~ para QI, o que
e a taxa de juros devem cair. Para diminuir a queda na renda, significa desemprego de recursos.
chamada de teoria monetarista da inflação, indicando que
pode a autoridade monetária promover um aumento na
os aumentos gerais de preços devem basear-se em aumentos A inflação de custos tem, portanto, Q dois efeitos perversos,
quantidade de moeda visando estimular a demanda. Mas a inflação e o desemprego, simultaneamente, fenômeno
na quantidade de moeda da economia.
tal política tem o efeito negativo de deprimir ainda mais as
Noo exemplo Dada conhecido
a curva de poroferta agregada(estagnação
estagflação (OAl, aumentos comsuces-
inflação). Se
taxas de juros, que podenumérico
provocaracima, se M passar
desestímulo de 100 para
à poupança. sivos na demanda
o governo agregada
aplicar (DA)política
uma resultam emou
fiscal aumentos
monetária contra-
120
Um aumento, teremos:
nos impostos faz a 15 deslocar-se para a
correspondentes
cionista,nadiminuindo
produção real (Q), até o agregada
a demanda atingimento do DAli para
para
esquerda, de 15, para 152, A queda na renda pode ser evitada
pleno emprego, em~. Os aumentos de preço (P) ocorrem a maior
por aumento na quantidade 120 =
x 4 6 (LM,
de moeda x 80 para LMJ diminuir
partir da demanda
a inflação,
igual a
o resultado
DA2' e vão se
é diminuição
tornando
ainda
maiores à
da produção e aumento do desemprego.
medida que vai aproximando-se o nível de pleno emprego
Se o governo, desejando diminuir o desemprego, aplicar
ou seja, o aumento em M provocou um crescimento nos da economia.
uma política fiscal ou monetária expansionista, aumentando
preços, de 5 para 6. O gráfico apresenta a curva de Oferta Agregada (AO),
a demanda agregada para DAs' provocará mais inflação. Essa
Enquanto isso, o lado real da economia pode provocar que mostra a relação direta entre nível de preços (P) e
produção éfísica
a essência
de bensdo dadilema entre(Q).
economia a inflação
No inícioe oela
desemprego.
é
c(
aumentos autônomos de preços, quando tem origem em ~
A relação entre a taxa de juros
horizontal, para depois tomar a direção ascendente, até e a inflação pode ser
qualquer um dos componentes da demanda agregada, como: O
vista através davertical,
tornar-se completamente chamada equação
quando de Fisher:
atinge o plenoa taxa nominal
de juros, i, pode z
<I: DA = C + I + G + X - M, emprego dos recursos e a ser decomposta
produção em duas
física não pode partes:
mais a taxa de
~ inflação, TC, e a taxa real de juros, r. O
O u
z sendo C a demanda de consumo; I a demanda de investimen-
o to; G a demanda do governo; e X - M a demanda de expor-
"'"
tações líquidas (exportações brutas menos importações), i=1t+r 43
I.J
""
4
4
Suponha-se que uma aplicação financeira tenha como Se a taxa de inflação que a
no mesmo período remune
remuneração uma taxa de juros nominal igual a 5 ao mês.
é de 3, segue-se ração
real é igual a 5 - 3 = 2.
~
A teoria monetária mostra uma relação direta entre um
processo inflacionário e a taxa de juros. Um aumento no ~
nível de preços diminui o poder de compra da moeda, o que
à eliminação dos estrangulamentos, é limitada pelo
baixo nível de arrecadação de impostos. Recorre-se,
provoca aumento na quantidade de moeda que as pessoas
então, ao financiamento de investimentos através de
demandam para suas necessidades. Dada a quantidade de
emissão de papel-moeda e ao endividamento, ambos
moeda existente, essa demanda maior aumenta a taxa de
promotores de impulsos inflacionários.
juros. Um processo inflacionário pode ser refreado se as
autoridades monetárias decidirem conter a expansão de
A Inflação Inercial
moeda, pois essa escassez, ao resultar em aumento na taxa
de juros, desincentiva os investimentos e a demanda de A partir de 1964, foi generalizada a aplicação da correção
consumo, exercendo pressão para contenção dos preços. É monetária, isto é, a atualização de valores de acordo com os
o chamado "efeito Keynes". índices inflacionários, a fim de a sociedade conviver com a
Choques de oferta ou demanda podem ser atenuados inflação e evitar seus efeitos negativos. A correção monetária
mediante medidas de importação de bens. Se determinado foi aplicada sobre os valores dos títulos públicos para finan-
bem aumenta de preços internamente a sua maior oferta ciamento do déficit público, dos balanços das empresas, dos
pelas importações pode diminuir as pressões inflacionárias. salários, das poupanças, dos impostos e da taxa de câmbio.
Isso ocorre com os bens comercializáveis ("tradebles"), isto A inércia na inflação sobe de degrau em virtude dos cho-
é, os que são comercializados através do comércio exterior. ques de oferta. Inflação de 1980, de 110, sobe para 235
Isso não ocorre com os bens não comercializáveis ("não em 1985, 1.795 em 1990 e para 2.708 em 1993. Planos
tradebles"], como os serviços, que não possuem essa fac- econômicos são aplicados sobre a inércia da inflação: Plano
ilidade de serem exportados e importados.". Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989) e
Plano Collor (1990). Em 1994, o Plano Real diminui a inflação
A Teoria Estruturalista da Inflação sem determinar o congelamento dos preços.
Na década dos anos 50, na América Latina, tornou-se A Relação entre Variações de Salário e Desemprego: a
popular a versão estruturalista da inflação, desenvolvida por Curva de Phillips
economistas ligados à Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe - CEPAL, órgão ligado à Organização das Dado que uma variação nos salários é um componente
Nações Unidas (ONU). Eis os seus principais tópicos: importante da inflação de custos, examinou-se com profun-
- As autoridades econômicas não têm condições de con- didade a relação entre as variações nos salários monetários e
trolar, no longo prazo, os meios de pagamento. Seu a taxa de desemprego. O pioneiro dessa investigação é A. W.
papel é meramente passivo, no sentido de Phillips, que deu seu nome para a Curva de Philllps, a qual
referendar nasceu de uma relação de dados de salários monetários e
as exigências de liquidez dos diversos segmentos taxas de desemprego no período de 1862 a 1957, no Reino
da Unido, e é apresentada abaixo.
economia, o que provoca pressão sobre os preços.
- As causas da inflação estão em gargalos ou estran- As variações dos salários nominais (Wo) são colocadas no
gulamentos da economia, que se formam a partir do eixo vertical, e as taxas de desemprego (U) no eixo horizontal,
resultando uma relação inversa entre a taxa de desemprego
processo de crescimento econômico. e a capacidade dos trabalhadores de reivindicarem aumentos
- O primeiro gargalo está na agricultura, fornecedora salariais.
de matérias-primas e de alimentos para a indústria e
45
~
~ - A curva de Phillíps B passa à direita de H, o que significa re
que políticas contracionistas não são recomendadas,
já que o nível de desemprego ultrapassaria U1' o que
seria inaceitável. Nesse caso, são recomendadas
políticas de rendas, entendidas como as políticas
heterodoxas voltadas a controles de preços e salários.
n r
p
~
Considere-se a seguinte expressão: Ur = Un - a (m-ne), I em outubro de 2012 em julho de 2013 está em 8,5. O ~
sendo Ur e nr o desemprego e a taxa de inflação efetivas, Ministério da Fazenda estuda medidas para diminuir os
gastos públicos para conter a demanda, embora aponte
e Un e ne o desemprego e a taxa de inflação naturais. Se rtr re -- ___________
choques de oferta (aumentos de preços de alimentos) como
for maior do 11:e, isto é, a inflação efetiva superar a inflação a principal causa da inflação.
esperada, Ur será maior do que Un, isto é, o desemprego
efetivo menor do que o desemprego natural.
REGIMES CAMBIAIS E TAXAS DE CÂMBIO
o
Vimos que um dos já
Brasil componentes
tentou aplicar dadiversas
inflaçãomedidas
é a inflação DE EQUILíBRIO. TERMOS DE TROCA
visando
(ne), que preços
esperada controlar depende da inflação
e salários observada Com
da economia. recente-
relação aos
mente pelos agentes
salários, econômicos.
tivemos as várias A políticas
teoria dassalariais
expectativas
que visavam As transações comerciais entre as nações defrontam-se
racionais defender
consideraos que esses agentes
rendimentos utilizamda
dos efeitos todas que, no com o fato de que cada país possui uma moeda diferente.
as infor-
inflação,
mações disponíveis para formaros
entanto, alimentavam suas expectativas,
próprios aumentos inclusive Tem-se, por exemplo, o euro, na maior parte dos países da
de preços, crian-
as relativas
doàs políticas
a espiral econômicasCom
inflacionária. aplicadas
relaçãopelo preços, tivemos Europa, a libra na Inglaterra, o yuan na China, o peso na
aosgoverno.
Nesse caso, as políticas
controles sobremonetária e fiscal fazem
preços industriais, atravésparte Comissão Argentina, e outras. Um exportador brasileiro que venda
dadas
expectativas, na medida de
Interministerial emPreços
que as -pessoas
CIP, sobre percebam os
preços agrícolas, para os Estados Unidos obrigará que os dólares enviados ao
efeitos que as mesmas
através Nacional de Abastecimento - Brasil, em pagamento pela mercadoria, sejam convertidos
terão sobre os preços.
da Superintendência
SUNAB, sobre aluguéis e sobre a taxa de juros. Os controles em reais, conforme a taxa de câmbio vigente.
Dentro
dedessa
preços linha,
são um governo podeem
decepcionantes diminuir a infla-
seus resultados, devido Taxa de câmbio é, conforme João Sayad, a medida pela
ção atravésaosdas expectativas,
seguintes fatores: bastando que anuncie uma qual a moeda de um país pode ser convertida em moeda de
política monetária
- viabilidade ou fiscal restritiva, cujo
- trabalhadores efeito os agentes
e empresários tentam outro país. Segundo Mário Henrique Simonsen, é o preço, em
sabem que será diminuir o ritmopara
criar artifícios de preços.
evitar asEssa posiçãoimpostas aosmoeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira. E, de
limitações
contraria a teoriasalários
inercial e daaos
inflação,
preços, aocomo
dispora que,
criação emdevez u
pseudos acordo com Mankiw, é o preço relativo das moedas de dois
países. Como exemplo, tem-se que se 1 dólar é convertido
u
de ter um impulsonovos próprio, o aumento
produtos, da taxada
diminuição dequalidade
inflação, etc.;
por exemplo, seria muito
- eficiência mais -uma
alocativa questãomais
os setores de ocontrolados
governo em 2 reais, 1 real vale 0,5 dólar. Uma alta do câmbio significa
Relação entre a demanda agregada e a curva de Phillips:
persistir em manter passamaltos déficits
a receber orçamentários ou emissões
menos investimentos e a oferta que o dólar passa a valer mais do que 2 reais, de que resulta
1. Um aumento ou uma diminuição na demanda agregada
crescentes de moeda. começa a escassear. Como exemplo, tem-se o controle uma desvalorização da moeda nacional. Ao contrário, uma
resulta em deslocamento de um ponto sobre a curva (um au-
de aluguéis, considerado como responsável pelo dé-diminuição do câmbio, com o dólar valendo menos do que
mento de preço, por exemplo, diminui a demanda agregada e
Uma política ficit
econômica
habitacional que tenha
do país,credibilidade
e o controle dos juros, que 2 reais, resulta
levará em valorização da moeda nacional. Ambas
reduz a produção, de que resulta aumento no desemprego).
os agentes econômicos a agirem de acordo com os seus
inibe a poupança; as situações apresentam consequências positivas e negativas
2. Uma alteração nas expectativas ou um choque de custos
efeitos esperados,
- liberdadecolaborando
econômica para o consequente
- as empresas sentem-seaumentoto- para a economia.
desloca a curva de Phillips.
ou diminuição nalhidastaxa de nainflação. O desafio
administração dos dos governos
negócios, em virtude da O que determina a taxa de câmbio? Isto é, o que deter-
deverá ser, portanto,rigideztransmitir credibilidade
nas políticas salariaispara
e noque suas dos preços
controle mina o valor, em reais, de uma divisa, ou ativo, estrangeiro?
políticas tenham peloefeitos favoráveis sobre as expectativas.
governo. Como ela é um preço, basicamente é determinada conforme
todos os preços da economia: através da oferta e da procura
Vimos como a inflação provoca uma série de distorções de divisas.
A moderna Curva de Phillips apresenta três diferenças
sobre a economia. Para combatê-Ia, originalmente
o nosso país implan- A oferta de divisas é o seu montante à disposição do país,
em relação à desenvolvida por Phillips:
tou vários planos econômicos, desde o Programa de
- a inflação de preços substitui a inflação de salários; Ação que tem origem nas exportações de mercadorias e serviços,
Econômica do - éGoverno
incorporada (PAEG), em 1964,
a inflação passando pelo
esperada; recebimento de remunerações de fatores de produção e u
Plano Cruzado, 1986, o Plano
emconsiderados
- são choquesem
osBresser, de1987,
oferta.o Plano entrada de capitais de empréstimo
Se aumentar e de investimentos.
a expectativa inflacionária ouAhouver um
Verão, em 1989, e o Plano Collor em 1990, que tiveram como oferta temchoque
relaçãodedireta com
custos, aa taxa se
curva dedesloca
câmbio,para
pois cima
quantoe para a
ponto comum a imposição de medidas heterodoxas, como o maior esta, maior
direita o
(ao estímulo
mesmo para
nível as
de operações
desemprego, que carreiam
maior inflação).
A moderna Curva de Phillips considera que a taxa de divisas para o país.
congelamento dos preços. Em 1994, o Plano Real introduziu
inflação (re) depende de três fatores: A procura de divisas é o montante que é demandado
uma âncora cambial, que vigorou até janeiro de 1999, pela
- a inflação esperada (pe);
qual a taxa de câmbio supervalorizada estimulou a entrada
pelos diversos agentes econômicos em razão de importações
- o afastamento do desemprego de sua taxa natural de mercadorias e serviços, pagamentos de fatores e saídas de
de produtos estrangeiros para concorrer com os nacionais e
(U-Un);e capitais de empréstimo e de investimentos feitos em outros
refrear os aumentos de preços internos. Tem sido também
- choques na oferta (E). países. A procura tem relação inversa com a taxa de câmbio,
utilizada a âncora monetária, pela qual a oferta de moeda é
pois quanto maior esta, menor o estímulo para a saída de
controlada devido a sua relação com os aumentos de preços.
Assim, tem-se que: divisas para o exterior.
Outro caminho que um país pode escolher é explicitar
determinada meta de inflação. Na década de 1990, o Brasil,
u
bem como a Inglaterra, Canadá e a Nova Zelândia passaram a
A inflação esperada, na} é baseada na expectativa de A curva de Phillips de longo prazo: alterações na deman-
adotar esse sistema, através do qual a autoridade monetária
da ou oferta agregadas resultam em variações nos preços,
inflação, que por sua
anuncia uma meta para a inflação anual. vez é fortemente
Não sendo influenciada
possível pela in-
mantendo o desemprego natural:
estimar-se um valor
flação rígido1t_l'
passada, para essaindica
o que meta,a estabelece-se
parcela inercial da inflação.
uma faixa de O flutuação. O índice
desemprego, escolhido é
representado o IPCA
pela (índice13 (U - U"),
expressão
de Preçosresulta do nível daAmpliado),
ao Consumidor demanda calculado
agregada.pela É a inflação
Fun- de de-
dação IBGE e que
manda, abrange
que as famílias
relaciona que recebem
inversamente desemprego até 40e inflação.
salários mínimos em 11 regiões
Os choques de oferta, contidos no símbolo
metropolitanas. Durante E,o são resultan-
tes de
ano, diversos aumentos
fatores de custos,
ocorrem como osa aumentos
para perturbar intenção de do preço do pe-
se atingirtróleo
a meta, oucomo
uma desvalorização
a variação da taxa da taxa de câmbio,
de câmbio, os que encarece
as importações.
preços internacionais das Certamente
matérias primas,que um choque
como de oferta favorável
o petróleo, <C
(como
o déficit fiscal e uma boa
outros safra de
choques degrãos)
oferta,tende
comoaadiminuir
crise dea inflação. ~
Dada
energia elétrica. Noacaso
expectativa inflacionária,
de o índice afastar-se1tda
e
, e meta,
choqueso de oferta
que não
Banco Central pode controlar,
geralmente utiliza ao taxa
governo escolhe
de juros paraosalterar
níveis de infla- o u o
ção e de
as expectativas desemprego,
dos através das
agentes econômicos políticas monetária
e redirecionar os e fiscal. z
preços para a direção desejada. A curva de Phillips de longo prazo é vertical. O
U
A inflação anual tem se situado no teto da meta. Em 2012 LI.I
E = e. P* I P
4
7
~
A Taxa de Câmbio e a Elasticidade da Oferta e da Um aumento na demanda de divisas (de D, a D2), ~
Demanda de Divisas mantendo-se a taxa fixa em t" provoca desequilíbrio, pois
a quantidade procurada de divisas d2 supera a quantidade
A variação na taxa de câmbio pode ser maior ou menor, ofertada d,. Nesse caso, o Bacen tem de oferecer reservas
de acordo com as magnitudes das elasticidades-preço da ao mercado para manter a taxa em t, .
demanda e da oferta de divisas.
{1
d/t
Termos de troca
Denomina-se termos de troca a relação entre os índices
de preços de exportações e de importação do país: Ix / 1m.
Um aumento na demanda de divisas (de D, a D) pro- Assim, se num determinado período 1m subir mais do que
voca um aumento na taxa de câmbio, que pode ser menor Ix,
(t2), devido à maior elasticidade-preço da oferta (0,), ou ser significa que os preços dos produtos importados subiram mais
maior (t3), devido à menor elasticidade-preço da oferta (O ). do
O aumento na taxa é menor se o aumento na demanda que os preços dos produtos exportados, o que piora os termos
de divisas encontrar uma maior resposta da oferta em de
alimentar a demanda. Pelo contrário, o aumento na taxa troca do país. A deterioração dos termos de troca é um
é maior se o aumento na demanda de divisas encontrar fenômeno
maior dificuldade da oferta em alimentar essa demanda. dos países dependentes da exportação de produtos primários,
cujos preços têm elasticidade-renda menor do que 1, ou seja, a
..
quantidade de
cresce mais do que proporcionalmente à renda.
Um aumento na oferta de divisas (de 0, a O2), resulta em
divisas
um excedente de divisas d, e d, Aumentam as reservas, o
Um aumento na oferta de divisas (de 0, a OJ provoca uma que obriga o Governo a enxugar o aumento da quantidade
diminuição na taxa de câmbio, que pode ser menor (t2), devido de moeda da economia.
à maior elasticidade-preço da demanda (D2), ou ser maior (t3), São motivos pelos quais o governo prefere manter .D fixa
devido à menor elasticidade-preço da demanda (D ,). a taxa de câmbio:
A diminuição na taxa é maior se o aumento na oferta - Os choques de oferta e de demanda provocam va- ~
de divisas encontrar uma menor resposta da demanda em riações na taxa, que podem ser mais altas quantidade
devido de
a menores elasticidades da demanda e da divisas
oferta.
absorver essa demanda. Pelo contrário, a diminuição na taxa
- As variaçõesUm mais altas podem refletir-se em aumentos
é menor se o aumento na oferta de divisas encontrar maior aumento na oferta de divisas (decorrente de abertura
maiores nos preços internos de produtos importados
resposta da demanda em absorver essa oferta. de novos mercados de exportação, diminuição de tarifas no
mais essenciais, como petróleo, trigo, equipamentos
exterior, entrada de capitais estrangeiros), faz cair a taxa de
A Taxa de Câmbio Fixa etc., e em variações nas exportações que podem
câmbio.
prejudicar o mercado interno.
É aquela que é fixada em certo nível pelas autoridades - Especuladores podem provocar altas ou baixas nos
governamentais, através de determinação legal ou por mercados e obter grandes lucros. Compras de divisas
Um Breve
fazem Histórico das Políticas
elevar a taxa, Cambiais
o que provoca Brasileiras
antecipações
meio de operações de mercado executadas pela insti-
tuição monetária (Banco Central). Para manter a taxa no de compras. Ofertantes diminuem as exportações
Política
esperando é um
cambialalta dados
taxa,instrumentos
o que acabadeocorrendo.
que dispõem
nível pretendido, o Banco Central deve preparar-se para
as
- A autoridades
fixidez da taxa é medida para
econômicas os objetivos de
anti-inflacionária, crescimento
pois, na
os choques de oferta e de demanda, atuando no mercado,
econômico, combate
medida em queà inflação e melhoria
ocorre aumento das contas
interno exter-a
de preços,
comprando ou vendendo a moeda estrangeira e, para isso,
nas, entretaxaoutros.
de câmbio cai em termos reais, estimulando im-
deve possuir reservas internacionais suficientes.
Antesportações que vão
da 2ª Grande concorrer
Guerra comhavia
Mundial, produtos nacionais
liberdade
cambial e comimpedir a continuidade
pequenos períodos de da maior
inflação.
controle. Após o
término da guerra, o país, devido aos superávits comerciais,
viu-se com acúmulo de reservas internacionais.
Em julho de 1946, o Fundo Monetário Internacional,
tendo em vistaUma a busca de maior
diminuição naestabilidade no comércio
oferta de divisas !
(decorrente de cria-
Ç
internacional,
ção recomendou
de barreiras ea maiores
fixação das taxas
tarifas de de câmbio pelos países
importação ~
em relaçãocompradores,
ao dólar norte-americano, com cada
aumento dos preços país compro-
internos), faz aumentar O
metendo-se de câmbio.em uma faixa de oscilação de 1
a conservá-Ia
a taxa z
acima ou abaixo do nível acertado. O país somente deveria
O
I.J
48 49
z
~ « O
f,.J
UJ
~ s
O
LLI
5
0
alterar a taxa diante de um desequilíbrio importante em seu Em 1980, para diminuir as expectativas inflacionárias,
balanço de pagamentos. O nível da taxa deveria obedecer à foi prefixada uma correção cambial para o ano de 50, que
paridade do poder de compra. foi inferior à inflação real e acabou eliminando as vantagens
da correção cambial.
Segundo a teoria da paridade, se uma mesma cesta de
bens custasse 50 cruzeiros no Brasil e 25 dólares nos Estados Em fevereiro de 1983, em plena crise das contas externas
Unidos, a taxa de câmbio deveria ser fixada de tal maneira provocada pela elevação dos juros externos, é promovida
que 50 cruzeiros equivalessem a 25 dólares, ou seja: nova maxidesvalorização da taxa de câmbio, de 30, e
instituído controle quantitativo das importações.
Se 25 dólares= 50 cruzeiros, então 1 dólar= 2 cruzeiros.
Qualquer outra taxa provocaria desequilíbrios no co- O Plano Cruzado, em 1986, congelou todos os preços
mércio. Se 1 dólar fosse fixado em mais do que 2 cruzeiros da economia, inclusive a taxa de câmbio, o que provocou
(desvalorizando-se a moeda brasileira), residentes nos Esta- distorções, como queda considerável nas exportações. O
dos Unidos seriam estimulados a adquirir a cesta no Brasil e Plano Bresser, em 1987, procurou evitar essas distorções,
brasileiros seriam estimulados a vender as cestas aos Estados promovendo uma minidesvalorização de 9,5, medida que
Unidos. Por outro lado, se 1 dólar fosse fixado em menos foi também promovida no Plano Verão, do ministro Mailson
do que 2 cruzeiros (valorizando-se a moeda brasileira), resi- da Nóbrega, que desvalorizou o cruzado em 18.
dentes no Brasil seriam estimulados a importar a cesta dos
Estados Unidos e norte-americanos seriam estimulados a O Plano Collor, em 1990, liberalizou o câmbio, permi-
vender as cestas ao Brasil. Somente a 2 cruzeiros, portanto, tindo que o mercado fixasse a taxa, de acordo com a oferta
a taxa de câmbio estaria em equilíbriO. e a demanda.
O governo fixou a taxa de câmbio em 18 cruzeiros por
dólar, mas a inflação e o desenvolvimento econômico, com O Plano Real, de 1994, procurou combater a inflação
a consequente geração de renda, estimularam as importa- com diversas medidas. Uma delas, a chamada ancoragem
ções, obrigando as autoridades econômicas a estabelecerem cambial, baseou-se na valorização do real em relação ao
controles quantitativos às importações, sob o critério da dólar, beneficiada que foi pela entrada de capitais estran-
essencialidade, para se evitar desvalorização do câmbio. O geiros, o que resultou em barateamento das importações
controle diminuiu com a iminência da guerra da Coréia e e fator de inibição a aumentos de preços de produtos que
as necessidades de reaparelhamento da indústria, o que têm concorrentes internacionais (tradebles). A elevação de
provocou déficits comerciais. preços durante os primeiros anos não eram repassados à
taxa cambial, pois o Banco Central intervinha no mercado
De 1953 a 1957, foi adotado sistema de taxas múltiplas para manter a valorização da moeda nacional, em faixas
de câmbio. Eram 5 categorias de taxas, que incorporavam denominadas "bandas cambiais" e constituindo a chamada
ágios sobre a taxa oficial, conforme o grau de essencial idade. "flutuação suja" (dirty f1oating) do câmbio, beneficiado pela
Foi criada a Carteira de Comércio Exterior- Cacex, do Banco existência de apreciável volume de reservas internacionais.
do Brasil, para controlar o comércio exterior. As importa-
ções passaram a ter limites quantitativos, por período, e as Essa mesma política, no entanto, causou apreciáveis dé-
exportações recebiam bonificações, conforme o produto. ficits na Balança Comercial, que eram cobertos pela entrada
de capitais, a maior parte de curto prazo. Depois de um saldo
De 1957 a 1961, houve dois fatos importantes: a Re- positivo de US$ 10,5 bilhões em 1994, os saldos foram nega-
forma das Alfândegas, com a transformação das alíquotas tivos em 1995 (US$ 3,2 bilhões), em 1996 (US$ 5,5 bilhões),
específicas em alíquotas ad valorem; e as taxas múltiplas em 1997 (US$ 8,4 bilhões) e em 1998 (US$ 6,4 bilhões).
foram divididas em apenas duas categorias: geral e especial,
O país sofreu duas corridas contra a sua moeda, em
Em 1961, a Instrução nQ 204, da Superintendência da setembro de 1997 e setembro de 1998, com o governo pro-
Moeda e do Crédito - SUMOC, extinguiu as taxas múltiplas e curando manter a política de valorização da moeda nacional.
a paridade por dólar. Em 1964, foram criadas taxas especiais No final do ano as reservas de divisas tinham diminuído
para importações de trigo, petróleo, equipamentos e peças, sensivelmente, apesar da elevação dos juros, e tornou-se
remessas de juros e exportações de café e açúcar. imperiosa a ajuda externa de capitais, liderada pelo Fundo
Monetário Internacional, que exigiu, em contra partida, que
Em 1968, a nova política econômica aplicada ao setor o país fizesse um ajuste fiscal rigoroso e a aceleração das
externo, ao invés de conter as importações, procurou esti- desvalorizações da moeda.
mular as exportações. Para evitar as distorções da inflação,
que desestimula as exportações e estimula as importações, No início de 1999, o governo federal ampliou a margem
foi instituído sistema de minidesvalorizações da taxa de de flutuação do real diante do dólar em 10. A forte de-
câmbio, atualizando-a a intervalos frequentes. A correção manda por dólares elevou a sua cotação até o teto da banda
monetária aplicada à taxa de câmbio era igual a: cambial, e o Governo permitiu finalmente a livre flutuação da
taxa de câmbio. A cotação disparou e chegou a ultrapassar
(índice de preços internos) / R$ 2 por dólar em março. O aumento do dólar pressiona os
(índice de preços externos). preços dos produtos que possuem componentes importados
e a taxa de juros básica foi fixada em 45. O reforço das
Como exemplo de uma correção semanal na taxa, tem-se reservas, promovido pelo FM!, o controle do déficit público
que, se a taxa de câmbio for de 100 cruzeiros por dólar, a e o anúncio de medidas de política econômica devolvem o
inflação interna na semana de 10 e a inflação externa de otimismo à economia, voltam os capitais estrangeiros e a taxa
2, a nova taxa de câmbio será: de câmbio mantém-se por volta de R$ 1,80 no final de 1999.
100 x 1,10/1,02 '" 107,84. A partir do início do regime de liberdade cambial, a taxa de
câmbio tem subido de uma forma mais ou menos acelerada,
Essa política ajudou o país a incrementar sensivelmente as embora com alguns recuos ocasionais. O efeito positivo de
exportações e restringir as importações. As exportações cres- tal situação é o maior estímulo às exportações e ingresso de
ceram a uma média anual de 27 de 1968 a 1973. capitais estrangeiros. Do !ado das importações, o seu enca-
recimento resulta em maior estímulo à produção interna de
Os dois choques do petróleo, de 1974 e 1979, incre- bens similares. Os produtos com baixo poder de substituição
mentaram as importações e os déficits comerciais, elevando na produção, como o trigo, o petróleo e máquinas e equipa-
vertiginosamente o endividamento externo do país. Em 1979 mentos, provocam impulsos de custos que podem contaminar
foi promovida uma maxidesvalorização da taxa de câmbio, as taxas inflacionárias. Mas essas não têm recebido todo o
de 30, para melhorar as contas cambiais. impacto da elevação cambial em razão da não aceitação de
~
~
~
~preços maiores, por parte do setor varejista e do próprio con- caso, é estudado o modelo Mundell-Fleming, que se baseia
sumidor. -OoBancoaumento da taxa
Central, paradeevitar
juro atrai
maiorescapitais externos,
pressões sobre nas seguintes hipóteses:
aumentando
a demanda de dólares, procura a oferta
evitar de divisas (de
elevações 0, para O2),
exageradas - A curva 15 e a curva LM relacionam a renda nominal
no câmbio, emitindo reduzindo
títulosa públicos
taxa de câmbio,
com correçãoconforme o gráfico 11.
cambial. (V) e a taxa de câmbio (t).
Outro fator que é utilizado para frear a taxa de câmbio é o - A curva 15 representa a política fiscal e a curva LM
incentivo-ao A redução
ingressona detaxa de câmbio
capitais vai resultar em diminui-
estrangeiros. representa a política monetária.
ção nas exportações e crescimento das importações,
Em 2002, devido a diversos problemas mundiais, como - A curva 15 é negativamente inclinada, indicando que
trazendo a renda nominal de volta ao nível inicial.
a recessão nos Estados Unidos, a crise na Argentina e a ex- a taxa de câmbio e a renda têm relação inversa. Isso
Observe que no gráfico I a taxa de câmbio aumenta,
pectativa quanto à eleição de um candidato oposicionista ao deve ser bem compreendido. Primeiramente, deve-
pois nesse gráfico o raciocínio é feito com a definição
cargo de presidente da República fazem aumentar a demanda -se considerar a definição norte-americana de taxa
americana, conforme já advertido anteriormente.
por dólares, cujo valor ultrapassa
A aplicação R$ 3,00fiscal
de uma política em agosto. A queda teria
contracionista de câmbio, que, ao contrário da nossa, é o preço da
nas reservas internacionais e a necessidade de manter
também efeito nulo sobre a renda e faria diminuir a taxa a con- moedaConsequência
nacional em termos
final: ada moeda
taxa estrangeira.
de câmbio não se5ealtera e a
fiança dosdeinvestidores no País faz as autoridades econômicas a adotássemos
renda nominalnoseBrasil,
eleva. seria 1 real = 0,55 dólares. As-
câmbio.
brasileiras recorrerem a uma nova ajuda financeira do Fundo Explicação:
Monetário Internacional. sim, um aumento da taxa (por exemplo, para 0,65 dó-
22 caso: aplicação de uma política monetária ex-
lares) seria uma valorização da moedapode nacional, com
J~I
pansionista - Uma política fiscal expansionista serfeita através
A política econômica do governo Lula, que manteve e até consequente estímulo dos
de aumento paragastos
aumento das importações
governamentais ou redução
ampliou aI)meta e diminuição das exportações, e resultante queda
parano
t de superávit
LM] LM primário,
2
fixou metas de inflação dos tributos, deslocando a curva IS a direita, de
e elevou consideravelmente as taxas de juros básicas, conquis- nível da renda interna.
15, para 152 no Daí a relação
gráfico I. inversa entre a
taxa de câmbio e a renda.
I
tando a confiança do mercado e atraindo capitais estrangeiros.
A balança comercial, deficitária de 1995 a 2000, em razão da
- O aumento da renda nominal (de V, a VJ provoca
- Existe uma relação diretadaentre
aumento a taxade
demanda demoeda
juros epor
o parte da socie-
abertura da economia, passa a apresentar superávits a partir volume dedade,
capitais
paraexternos,
a realizaçãoou seja, quanto maior
de transações, que, dada a
I~
de 2001 em razão da elevação da taxa de câmbio e beneficiada essa taxa,oferta
mais capitais
de moeda
taxa denojuro.
sãoconstante,
atraídos para o país.
resulta em aumento da
t2 '------- ------ rs - A curva lM é vertical, sentido de que a oferta e a
pela elevação dos preços das commodities e do crescimento demanda de moeda não têm relação com a taxa de
econômico mundial. A elevação dos preços das commodities y
- O aumento da taxa de juro atrai capitais externos,
câmbio.
tem alterado os termos de troca em favor do Brasil, pois os aumentando a oferta de divisas (de 0, para O2),
pro- - As políticas fiscal e monetária
reduzindo a taxasãode aplicadas e são anali-
câmbio, conforme o gráfico 11.
dutos primários têm tido seus preços elevados em proporção sados os seus efeitos sobre a renda e a taxa de câmbio
maior do que os preços de bens industriais importados. A taxa em- dois
Para ambientes:
manter a taxataxasde de câmbio
câmbio flutuantes
fixa, e fixas.
em t" a autoridade
de câmbio apresenta valorização progressiva em razão dos monetária compra as divisas que ingressam no país (a
superávits comerciais e da entrada de capitais que procuram - Ao lado do gráfico das curvas 15 e LM, vamos utilizar
demanda se desloca de D, a D2), e o comércio exterior
rentabilidade com a alta taxa de juros brasileira. Em 2007 o também as curvas de demanda e de oferta de divisas,
não se altera.
dólar vai caindo até romper o nível de 2 reais, que provoca a fim de
Mercado defacilitar
taxa de ocâmbio
raciocínio do que vai ocorrer no
flutuante
.......... _ __ ~"y mercado de câmbio, compolítica
um detalhe: vamos usar aí
críticas dos setores industriais dependentes de exportações. 1º caso: aplicação de uma fiscal expansionista
o - A aquisição
conceito de divisas
brasileiro de taxaprovoca
de aumento da quanti-
câmbio.
Mas tal nível agrada os importadores e é um freio às subidas dade de moeda na economia (a curva LM se desloca
de preços. O Consequência
Banco Central final: adquire dólares
a renda no mercado
nominal crescepara
e a taxa de para a direita, em LM2), satisfazendo a demanda de
frear a queda
câmbio no câmbio
se reduz. e as reservas sobem para 208 bilhões A aplicação
moeda parade uma política fiscal contracionista teria
transações.
de dólares emExplicação:
setembro de 2008. efeito contrário, isto é, a renda nominal se reduziria, man-
tendo-se fixa a taxa de câmbio.
A crise financeira
- Aumenta norte-americana,
a oferta que se agrava
de moeda, deslocando em
a curva
setembro de 2008, LMprovoca retiradadedeLM
para a direita, divisas do país e o
, para LM2 (gráfico I), o que
dólar tem valorizaçãodiminui significativa,
a taxa de juro.chegando a 3,30 reais 22 caso: aplicação de uma política monetária ex-
em outubro. O Banco Central passa a oferecer dólares para pansionista
refrear a alta por meio
- A queda de operações
no juro de swaps
provoca saída cambiais,
de capitais, pelas
aumen- y
quais os compradores tando têm 30 diasde
a demanda para devolvê-Ios
divisas ao Be.
(no gráfico li, a curva de
demanda se desloca de D, para D,l e aumenta a taxa
O país sentede os câmbio.
efeitos da crise através das baixas taxas
de crescimento econômico. As baixas taxas de juros pratica-
das pelos-países centrais,
O aumento a emissão
da taxa de dólares
de câmbio aumentapelos
as Estados
expor-
Unidos para injetar tações
nosebancos
diminuiemasdificuldades,
importações,asaumentando
medidas a
A aplicação de uma política monetária contracionista
renda interna.
internas governamentais anticíclicas e as altas taxas de juros
brasileirasteria o efeito ocontrário
estimulam ingressode dediminuição
capitais. O da realrenda e elevação
se valoriza
da taxa de câmbio.
até maio de 2012, sendo o dólar cotado abaixo de 2 reais, fato
Mercado de taxa de câmbio fixa
.. ..
1= Sp+ Sg+ S x,
real r que iguala a pou-
<C
pança e o investimento
Se fizermos Sp+ Sgigual à poupança interna S, teremos:
1= 5 + Sx" ou seja, o investimento interno é financiado
internos. s
O
pelas poupanças interna e externa. Podemos também z
fazer: O
u
w
53
As exportações dependem da taxa de câmbio e do nível ções correntes, que exige entrada de capitais para financiá-Io.
de renda externo, enquanto as importações são função da O maior porte dessa economia exige tal volume de recursos
~
renda interna. Assim, dada a taxa de câmbio e a renda ex- externos que pressiona a taxa de juros para cima. Ou seja, o
terna, TC = TC (V). Enquanto isso, MK depende da diferença equilíbrio no BP resulta em taxas dejuros maiores em virtude ~
estuda-se a função de produção de uma empresa, definida "Como produzir"do
é arisco
tarefa de mobilidade
o sistema procurar esco-
entre as taxas de juros interna e externa. do aumento e da imperfeita de capitais
como a relação entre determinada quantidade de recursos
Assim, dada a taxa de juros internacional, MK = MK (r). lher a técnica de produção
e a curva BP tem umamenos dispendiosa
inclinação em termos
positiva.
e a correspondente quantidade de produto. O que são os
=
Então, BP TC (V) + MK (r). Se o saldo do BP for zero, temos
bens? São definidos como tudo aquilo capaz de satisfazer
de recursos, que são escassos, o que resulta na necessidade
TC (V) = -MK (r). constante de avanço tecnológico. Os recursos devem ser
as necessidades e os desejos humanos. A curva BP tem inclina- r
Se um país não tiver acesso ao mercado de capitais alocados do modo mais eficiente possível, isto é, com o
ção positiva no caso de
e, portanto, MK = O, então Te = O. As exportações X de- menor custo e com o melhor rendimento.
RECURSOS ~ PRODUÇÃO DE BENS mobilidade imperfeita
pendem da renda externa e são, portanto, uma variável
"Paradequem
capital.
produzir" é a tarefa de o sistema direcionar
exógena e as importações M são função da renda interna
Os bens Y. Então, temos: X = Xo, M = mY, sendo m a propensão
podem ser classificados em livres e econômicos. os frutos do processo produtivo para consumo ou investi-
Bens livres sãoaaqueles
média cuja produção é gratuita, isto
importar. mento, de modo a satisfazer as necessidades conforme a
é, a própria natureza
Como TCoferece-os
= O, Xo- mYao=homem
O, e Y sem = este é o nível capacidade de cada indivíduo ou grupo social.
queEsse
Xol m.
utilize recursos
de rendapara a sua obtenção,
compatível como o sol,
com o equilíbrio em oconta
vento,
corrente. Que instituições executam as tarefas que cabem ao
o clima etc. sistema, bem como acompanham a execução de o
Bens econômicos são aqueles que somente podem ser que, como e para quem produzir?
produzidos por meio
Curva BP dedo esforço
um país humano e da utilização de
recursos,semcomo a produção DP NOÇÕES DE MICROECONOMIA
mobilidade dede milho, de automóveis, de ca- Tradicionalmente, poder-se-ia dizer que essas tarefas
netas, decapital,
serviços bancários
em que o níveletc. Certamente que são estes cabem a dois setores: o público e o privado. O setor público,
os bens que Y = Xo I m àéEconomia.
mais interessam
de renda Fundamentos
que podemos de Economiade governo, pode
chamar simplificadamente
aquele em que TC O. = atuar na produção direta de bens (empresas públicas) ou
Vejamos a seguir a ilustração As sociedades
através do chamado evoluídas
planejamento repousam
indicativo, porsobre
meioumado diversifi-
qual criacada base econômica
estímulos que, bens
para que certos acionada
sejam pelo trabalho humano,
produzidos
Bens livres ~.-----~------- engendra
pela iniciativa uma O
privada. série
setordeprivado
bens cuja destinação
é aquele última é o con-
constituído
Bens econômicos
t
Necessidades
~
Necessidades ao
sumonúmero
pelo enorme dessesde
elementos
y produzir
bens pelos membros
empresas
que participam
determinado bem parada
que assumemda sociedade.
vida econômica
atender
um riscoOs variados
uma demanda de uma nação,
já assim
existente ou como
em suas conexões
potencial. Uma e dependências,
diferença marcante somam-se
entre num
satisfeitasObserve-se que qualquer nível de renda não satisfeitas
à direita da todo denominado sistema econômico.
curva BP resulta em incremento das importações, ou seja, um os dois setores, o público e o privado, é que enquanto o
O sistema econômico é, assim, esse conjunto de ativi-
déficit corrente. Do mesmo modo, qualquer nível de renda primeirodades procura captar recursos para aplicar nas áreas que
de produtores, distribuidores, comerciantes e con-
Os bens econômicos, por sua vez, podem ser classifi-
à esquerda de BP resulta em um superávit. Uma questão julga serem as de maior necessidade para a subsistência
sumidores, voltado para a tarefa básica de tentar satisfazer
cados conforme a seguinte tabela:
macroeconômica que surge nesse ponto é como conciliar da sociedade, principalmente as de infraestrutura (como
as necessidades e 05 desejos humanos pelos bens que
o pleno emprego com o equilíbriO no BP. Suponha-se que segurança, saúde, saneamento, construção de estradas,
somente esse sistema pode propiciar. Os sistemas econômi-
Classificação
uma economia dos Benstenha desemprego e que já incorra em déficiteducação),
Econômicos o segundo é movido pelo interesse do lucro, na
cos existem, portanto, como uma resposta do homem para
no BP. Uma medida para aumento do emprego seria uma direção do que a sociedade necessita e deseja e revela suas
a necessidade básica de sobrevivência física.
política fiscal ou monetária expansionista e uma medida preferências livremente no mercado. Cada país apresenta
Bens A primeira lei da economia é a lei da escassez. É ela que
Bens deparaConsumo
reequilibrar Bens o BP de uma política contracionista. A determinado
Capital
seria grau de participação de cada um dos dois seto-
justifica a existência dos sistemas econômicos. É o problema
Intermediários
medida para diminuir o emprego aumentaria a renda, mas res, queeconômico procuram se complementar
básico, que podena serbusca de satisfação
sintetizado através de uma
São os que satisfa- São os que satisfazem São aqueles utiliza-
o incremento das importações agravaria o déficit corrente. geral dascitação necessidades humanas.
de Harvey. Diz ele que Abraham Linco!n passeava
zem diretamente necessidades de forma dos na produção de
Esses indireta,
as necessidades objetivos poisseriam, portanto, inconciliáveis,
são utiliza- outros bens (maté-a não ser pela rua, certa vez, com seus dois filhos e estes choravam.
Até há poucos anos, o mundo vivia dividido em duas cor-
humanas,que comoa economia
o dos para a pudesse
produção de incrementarrias-primas),
as exportações, como que Um amigo chegou perto e perguntou: "Qual é o problema
pode areequilibrar
arroz, a carne, o BP e aumentaria
pl- bens de consumo, como a renda e otomate emprego. rentes que defendiam, de um lado uma economia totalmente
deles?". Lincoln respondeu: "É o problema de todo mundo:
zza, a lâmpadaConsidere-se
etc. as máquinas, equipamen-
agora uma economia com mobilidade
(extrato), planificada (socialismo), e do outro lado uma economia onde
tenho três biscoitos e cada um deles quer dois."
tos, instalações
perfeita de capitais, isto é,etc.
haverá sempre capitais trigoexternos houvesse total liberdade de produzir e consumir (capitalis-
Os economistas dizem que o problema econômico bási-
para financiar um déficit em transações (pão), o algo-
correntes. mo). Depois da queda do muro de Berlim e da desintegração
co decorre de os recursos existentes não serem suficientes
O Funcionamento
Nesse caso, do qualquer que seja o dão
Sistema Econômico nível(tecidos)
de rendaetc. interno da União Soviética, esse conflito, que gerou até guerras entre
para produzir os bens que irão satisfazer as necessidades
e o déficit corrente, o equilíbrio do BP poderá ser obtido de países ehumanas. entre facções de umpalavras:
Em outras mesmo país, parece fora de
o acordo com o nível da taxa de juros
sistema econômico, como já vimos, tem por objetivo a internacional. moda. As decisões de o que, como e para quem produzir, que
produção deAssim,bens para se aataxa interna das
satisfação rfor necessidades
maior do que ahuma- internacio- segundo o socialismo deveriam ser comandadas a partir de
nas. Uma nal, r', a maior
parcela entradada
significativa depopulação
capitais resultará em superávit um planejamento
está envolvida OS RECURSOS
mais ou menos x
SÃO centralizado, ASestão
NECESSIDADES
sendo E OS
e se a econômicas,
taxa interna rque for menor do classificar
que a internacional, r', cada vez mais LIMITADOS
delegadas ao setor privado, em DESEJOS
nome SÃO ILIMITADOS
de uma
em atividades podemos em:
atividades a menor entradade
de produção, dedistribuição
capitais resultará em déficit.
e de consumo. Na busca quase mundial de obtenção de mais altos padrões de
Na verdade,
eficiência e diminuição deo desperdício.
nosso mundo Opossui
conjuntomuitos recursos para
dessas
verdade, todo sistema econômico tem tarefas a serem cum-
pridas, e que são representadas pelas seguintes questões: decisõesa passam
produção e a tomadas,
a ser distribuição dos descreveu
como bens. Mas há eles são conside-
mais
r:~ .
A curva BP é horizontal radosAdam
escassos em relação às necessidades
invisível, semeuma desejos dos
r
de 200 anos Smith, por uma mão
noOcaso de livre mobi-
que produzir? homens.
coordenação Observe-se
aparente, cada umaque, das
alémmilhares
das necessidades,
de empresas também
lidade de capital.
Como produzir? r déficit ---' BP
são mencionados os desejos. Qual o motivo dessa distinção?
procurando atender o consumidor baseado apenas
As necessidades podem ser classificadas em primárias e
em seu
Para quem produzir? próprio interesse de lucro. Essa é a primeira noção para en-
secundárias. As necessidades primárias são aquelas rela-
tendermos o que se chama hoje de neoliberalismo.
cionadas com a própria sobrevivência do homem, ou seja,
\,-
"O que produzir" é a tarefa de se alocar os recursos es-
cassos dentre as várias alternativas de produção de bens nas .... "",."".,,, ,.,,._ .... a alimentação,
Caberia o vestuário,
ao setor público, atravésa habitação.
do Governo, Asanecessidades
função
quantidades requeridas pela população que os elege. Esse de zelar pela segurança e defesa dos cidadãos e deadquirindo
secundárias são aquelas que o homem vai seus com a
y própria civilização e o progresso, e que podem ser chamadas
sistema de eleição, ou escolha, acarreta que o sistema deixa direitos de propriedade, garantindo as condições para que
de desejos,
as atividades ou seja,
econômicas seodesenvolvam
lazer, as viagens,
através compact
os do setor discs etc.
de produzir um certo volume de bens que são sacrificados
Esse conflito sintetiza a lei da escassez. Os recursos são
e constituemAgora, finalmente,
o seu custo consideremos
de oportunidade. Como economia maior, privado, mais eficiente e racional. Mas há outras razões para
umaexemplo,
necessários para a produção de bens. O que é produção? É
temos a suficiente
produção para de cana quede possa
açúcar exercer
(paraalguma
abastecer influência
os sobre oa existência de um setor público:
qualquer processo de utilização de recursos para a criação ou~
carros a nível
que deixa
álcool)
desse
deque
de ser
taxas
país?
gerade ojuros
custo
Se a renda
produzido
internacional.
no mesmo
de oportunidade
se eleva,
solo,
Como
aumenta
doseria
feijãoa curva BP
o déficit em transa-
as lanchonetes transformação
Os contratosem e ocoisas úteis. Na
intercâmbio teoria microeconômica,
comercial realizados s
Mac Donald's que geram o custo de oportunidade dos pos- através do mercado necessitam de uma proteção e
uma fiscalização de seu cumprimento por parte de O
tos de saúde e escolas que poderiam ser construidos em
S4 lugar etc.
seu uma estrutura legal provida pelo Governo. z
O funcionamento regular do mercado, que propicia
o uso eficiente dos recursos, isto é, produzindo o
que o consumidor deseja e do modo menos custoso,
8
5w
5
~ \~
é baseado na concorrência na produção e na aquisição mente uma fração dela é que está voltada para o mercado
dos fatores, ou seja, livre entrada de firmas e pleno de trabalho, tanto no setor urbano como no rural. Por isso,
conhecimento do mercado, condições que o Governo vejamos alguns conceitos que envolvem a população de
deve assegurar. um país:
56 Nem todos os produtos devem provir do mercado. População Produtiva (aquela em idade de trabalhar):
As externalidades, que podem ser positivas ou nega- abrange as pessoas entre os 14 e os 65 anos de idade.
tivas, apontam falhas e requerem solução através do
setor público. População Dependente (aquela fora da idade de tra-
O sistema de mercado, por si só, não assegura altas balho): abrange as pessoas de menos de 14 e de mais
taxas de emprego, estabilidade de preços e taxa de 65 anos.
adequada de crescimento econômico, objetivos que
devem ser assegurados pelo setor público.
População Economicamente Ativa (é a que está volta-
ocs
de toda ações de dependência
disponibilidade com que prejudiciais ao crescimento
conta a economia. Se um sustentado.
positivo;
Capacidade
país, por exemplo, recursos queÉlhe
possui Empresarial- o recurso
permitam que
tem sob sua
produzir Estacionária - Quando o investimento líquido é nulo;
responsabilidade
R$ 100 bilhões em um ano,aeste reunião e a coordenação
é o seu Produto Potencial.
entre todos os Regressiva- Quando o investimento líquido é
Enquantorecursos
isso, umou fatoresEfetivo
Produto de produção,
de R$ 80 com o objetivo
bilhões indicade alcançar negativo.
o melhor
que há recursos queresultado
não estão tendo
sendo emutilizados.
vista o objetivo
A causa da empresa.
Os recursosésão
dessa sub-utilização organizados
problema nas chamadasAunidades
da Macroeconomia. dife- pro-
rença, dedutoras, que podem
R$ 20 milhões, ser desde hiato
é denominada uma barbearia,
de recursos ume restau-
representa rante
umaeperda
uma banca em que deestá
revistas, até uma
incorrendo siderúrgica ou uma
a sociedade.
DO
hidrelétrica.
Capital- é o recurso Esse quefator é quem
o homem assume
mesmo os riscos
produz paranaturais do Produção Consumo
empreendimento, os quais podem
auxiliá-Io, aliviar o esforço físico e mental e aumentar o ser assumidos por uma
rendimento pessoa, um conjunto
ou a eficácia de seu deesforço
indivíduos ou o próprio
produtivo. São osEstado.
Numa sociedade
chamados instrumentos capitalista
de trabalho, comoé aslivre a iniciativa,
máquinas e por qual-
quer indivíduo
os equipamentos. O capital ou grupo de indivíduos,
é um recurso e é tambémde tentarum atender o
consumidor,
bem, denominado "bem node sentido de que
capital", é definido
produzir algo que como considere útil
ou desejável,
o bem produzido obtendo
e utilizado paraum prêmiooutros
produzir sob a bens.
formaSão de lucro ou Capital Capital
00
arcando com prejuízo no caso de
exemplos de capital, desde os primeiros instrumentos, como não conseguir o seu intento.
No ocaso inicial final
o machado, arcode e aum empreendimento
flecha, a canoa, atéestatal,
os modernos geralmente
tor- o lucro
ou o ganho são medidos pelos
nos, robôs e computadores, além das estradas e instalaçõesresultados sociais obtidos com
o atendimento a necessidades mais coletivas, como no caso
industriais.
da abertura
O capital possui uma de um hospital ou muito
característica uma escola.
importante,
que é a de a suaNesse tipo de representar
produção sociedade costumaum acréscimoser discutido
na até que
capacidade ponto o Estado
produtiva. Pordeve amparar
exemplo, uma empresa
a construção de umaque incorre
DD
em prejuízo,
estrada, que é um bemtendo em vista
de capital, as consequências
possibilita o aumento sociaisda do Produção Consumo
capacidade desemprego
de produção advindas do encerramento
de mercadorias e serviços de(mais
suas atividades.
transporte,Noturismo
sistema e financeiro
produção de isso se torna ainda mais sério, em
bens).
Assim,virtude do efeito
a produção de multiplicador
um país, se de de um
uma crise
lado bancária
deve ofe- sobre
recer umatoda a economia.
parcela significativa de bens para consumo para
sua população Denouma forma didática,
presente, por outroas unidades
deve também produtoras
oferecer ou
Capital Capital
produtos,empresas
os bens de fazem
capital,parte
quedepossibilitarão
setores (primário,maior secundário
pro- ou
inicial final
00
dução de terciário), conforme
bens no futuro. as suas características
A remuneração do capital é básicas.
o juro.
Agora temos de fazer a distinção entre capital e inves-
timento. Os Setores Econômicos
Capital é o montante de bens de capital de uma empresa
ou de um país num momento do tempo. Por exemplo, no dia
31 de dezembro o capital de uma empresa é de 20 máquinas
ou o seu valor equivalente. É a chamada variável de estoque.
Investimento Bruto é o montante de bens de capital produ-
DO
Produção Consumo
zidos ou adquiridos num determinado período de tempo. In-
vestimento Lfquido é a diferença entre o investimento bruto
e a perda de máquinas pela depreciação ou obsolescência.
Por exemplo, uma empresa adquiriu 35 máquinas durante 3
meses: esse foi seu investimento bruto. No mesmo período
houve uma depreciação de 7 máquinas, o que Significa um
=
investimento líquido igual a 35 - 7 28 máquinas.
Capital Capital
inicial final
INVESTIMENTO INVESTIMENTO BRUTO Tecnologia - É o recurso representado pelo conhecimen-
- DEPRECIAÇÃO· to das técnicas aplicadas à produção dos bens. A tecnologia
LíQUIDO deve ser aplicada no sentido de aliar a melhor qualidade ao
A contra partida do investimento é a poupança. Dedicar menor custo possível de produção.
parte da produção para os bens de capital leva à necessidade Uma inovação tecnológica é economicamente signifi-
de se alocar poupanças nesse setor. Vejamos o caso de um cativa justamente quando resulta em maior quantidade ou
contador, que realiza toda a sua escrituração por meio ma-
s
melhor qualidade com o mesmo custo, ou a mesma quanti- <I:
nual. A decisão de adquirir computadores para essa tarefa dade e qualidade, com menor custo. Uma empresa que se
exige que seja feita uma poupança para a compra dos equipa- dedica a produzir bens deve se preocupar com o máximo
mentos, sacrificando o consumo corrente, mas esse sacrifício de qualidade e o mínimo de custo, o que significa procurar O
resultará em aumento da capacidade produtiva do contador, aplicar a melhor tecnologia disponível. Esta pode ser obtida z
que poderá expandir os seus negócios e aumentar os seus através de investimentos realizados pelas próprias empresas,
8
5UI
7
Setor Setor Setor
Primário Secundário Terciário
É o setor próximo à É o setor de trans- É o setor que
base de recursos na- formação de rnaté- produz bens ln-
turais. É constituído rias-primas em bens tangíveis, isto é,
pelas empresas agrl- industriais. Carac- as chamados
colas, de pecuária e teriza-se pelo uso ser- É o setor
viços.
de extração vegetal. intensivo de capital que mais cresce
e de mão de obra com o desenvol-
especializada. vimento econô-
mico.
Unidades
familiares
Fornecimento de bens ~
Uma questão:
A O 15
CadaB recurso utilizado pelas
1 empresas no sistema
14econô-
mico temCum preço, que corresponde
2 a uma remuneração
12 de
algum agente
D
econômico. A soma de todas as remunerações
3 9
constitui o que se denomina de Renda.
E 4 5
O
F + JUROS + ALUGUÉIS +5 ROYALTlES + LUCROS = RENDA
SALÁRIOS
12
9
6
-'
O 2
58
~
~
~
Com relação à curva anterior, vamos responder às per- ~
guntas seguintes.
feiião
o álcool
PMeL = q / L,
Vamos agora calcular o coeficiente angular da reta,
conforme o gráfico anterior. A tangente trigonométrica é
igual ao seno, ou cateto oposto ao ângulo, sobre o cosseno, o
ou o cateto adjacente ao ângulo, com o sinal negativo, que
é igual a - 20 1100 = -1/5. Esse número é o inverso de 5,
que foi calculado anteriormente de acordo com a função.
Qual a razão dessa diferença? É que no gráfico os preços e A teoria admite que pode haver produtos cuja quanti-
as quantidades são colocadas em eixos trocados. dade procurada tem relação direta com o preço. É o caso
Se varia o preço do bem, varia a sua quantidade de- dos chamados bens de Giffen, cuja participação na renda
mandada, fato representado graficamente por um desloca- das classes mais pobres é suficientemente grande para que
mento de um ponto sobre a sua curva de procura. isso ocorra.
Ao preço igual a 15, a quantidade demandada é igual
a 25, e ao preço igual a 10, a quantidade demandada é O que acontece com a curva de
igual a 50. demanda se varia al-
gum fator que não o preço do próprio bem? Considere-se
um aumento da renda dos consumidores. Nesse caso,
a maior disposição de adquirir o bem faz com que a procura
20 aumente, aos mesmos preços anteriores. Assim, com base na
tabela anterior, suponhamos que, quando a renda aumenta,
15 I ao preço da dúzia de ovos em R$ 0,80 a procura de ovos
I cresceria de 250 para 280 dúzias por semana. Em termos
gráficos, o efeito é representado por um deslocamento da
10
----4---
I
I curva de demanda para a direita.
I
I
Variação na Renda do Consumidor
O 25 50 100
Quando varia o preço do próprio bem, temos um deslo-
Pode a curva de demanda assumir outras formas? camento na mesma curva, do ponto A para o ponto B (diz-se
que ocorre uma variação na quantidade procurada). Quando
Certamente que sim. Vejamos algumas principais.
varia outro fator, como a renda, tem-se um deslocamento
preço do ponto A para outra curva no ponto C (diz-se que ocorre
uma variação na procura).
quantidade/t
o quantidade/;
62 Uma questão:
preço D
1. (Técnico em Desenvolvimento Regional da
Codevasfl
2008) Um aumento na renda ocasionou uma varia-
ção positiva na quantidade demandada de produtos
alimentícios. Indique o que aconteceu com a curva de
demanda, e o efeito causado no preço de equilíbrio
desse produto e a razão pela qual esse preço variou.
o quantidade/r
a) A curva de demanda se desloca para a esquerda,
o preço de equilíbrio sobe, dado o excesso de oferta.
b) A curva de demanda permanece inalterada, o preço
de equilíbrio diminui, dado o excesso de demanda.
c) A curva de demanda se desloca para a direita, o
pre-
ço de equilíbrio sobe, dado o excesso de demanda.
d] Acurva de demanda permanece inalterada, o preço
de equilíbrio diminui, dado o excesso de oferta.
e) A curva de demanda se desloca para a esquerda e
o
preço de equilíbrio permanece inalterado.
Resposta: c
o Excedente do Consumidor
o Observamos, na
curva de procura ao
lado, que oconsumidor
Uma questão: adquirirá ql unidades 1'1
do bem se o preço for
Pl' Se o preço diminuir P2
1. (Técnico em Desenvolvimento Regional da Code- para P2' a quantidade
vasf/2008) O pão torna-se mais barato e seu consumo procurada aumentará
aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua para q2' Isso significa
demanda de bolo. Pão e bolo são bens: que o consumidor terá O q, q2
a) independentes.
b) complementares. um ganho em relação à quantidade anterior, ql' pois a
c) inferiores. mesma também passará a ser adquirida ao preço menor P2'
d) substitutos. O seu ganho será Pl - P2' Se considerarmos agora que toda
e) de Giffen. a faixa constituída pelas quantidades anteriores a q2 seriam
consumidas a preços maiores do que P2' o consumidor tem
um ganho total que pode ser representado pela área abaixo
Resposta: d
da curva de demanda e acima da linha de preço. Esse ganho
é chamado de excedente do consumidor.
Variação no
Preço de um
Bem A Lei da Oferta e suas Curvas
A Oferta de um produto é definida como o conjunto das
diversas quantidades que os produtores
estão dispostos a
produzir e oferecer, por unidade de
Complemen
tar tempo, de acordo com
os fatores que a influenciam.
Esses fatores são:
Dois bens são considerados complementares quando o preço do produto;
s
o consumo de um vem normalmente acompanhado do os preços de outros produtos, substitutos na <I';
consumo do outro. Nesse caso, um aumento (diminuição) produção;
no preço de um deles resulta numa diminuição (aumento) na os custos de produção; O
procura do outro. Como exemplo, temos o café e o açúcar.
a tecnologia; z
casos fortuitos etc. O
Curva da procura de açucar u
preço w
quantidade/t Considerando constantes os demais fatores, pode-se
dizer que a quantidade ofertada de um bem varia no mes-
mo sentido de seu preço, isto é, a quantidade ofertada é
tanto maior quanto maior o seu preço, e vice-versa. Essa é
a lei da oferta. 63
N!! de dúzias por semana
~ 0,80 7S
0,90 95
~
1,00 Oferta de ovos numa120
Mercearia
1,10 150
1,20 180
1,30 210
«
~
O
"~i
z
O
I.J
w
O
64
Consideremos a pr~ç.
função q = -50 + 10 p. o
Ela repre~enta a curva
de oferta à direita, que
é uma linha reta e cor-
ta os eixos nos pontos
em que qo = -50 e p =
5. 20
preço •. o
15 r----------- I
I
7 ---
/
-50 o 20 100 qualltiJaddt
~o
o qutl.fuidadelt
preço
o quantidade/r
preço
o quantidade/r
Uma questão:
Julgue o item.
1. (Analista Judiciário do Superior Tribunal Militar!2011)
Em uma indústria competitiva caracterizada por cus-
tos decrescentes, aumentos da quantidade ofertada
coexistem com reduções no preço do produto desse
setor, gerando uma curva de oferta de longo prazo
negativamente inclinada.
quantidade/i Resposta: C
oque acontece com a curva de oferta de ovos se v.aria Caso Fortuito
algum fator que não o preço do próprio bem? Considere-se
~
que um produtor de ovos e de milho está vendendo ovos a preço
~
R$l,10 a dúzia e que haja uma diminuição no preço do milho.
Nesse caso, se o produtor de ovos considerar isso suficiente
para fazê-lo trocar a produção de milho para mais ovos, isto
é, se os produtos forem substitutos na produção, aumentará
a produção de ovos, pois recursos, então alocados em milho
(como terra, mão de obra e equipamentos), passarão a ser uti-
lizados na produção de ovos. Assim, ao preço da dúzia de ovos
0
1
em R$1,10, a oferta de ovos poderá passar de 150 para 180
dúzias por semana. Em termos gráficos, o efeito é representado
o o quantidade/t
••
quautidJdJ;!t
por um deslocamento da curva de oferta para a direita.
preço Uma questão:Um aumento na renda do consumidor desloca a curva
O de demanda para a direita (o preço e a quantidade de equi-
2
1. líbrio aumentam).
(Economista da Prefeitura de Rio Branco - AC/2007)
Julgue a afirmativa. A recente crise de energia na Argen-
tina, por aumentar o preço de insumos básicos para a
indústria, gera um deslocamento ao longo da curva de
oferta do setor manufatureiro, elevando, assim, o preço
da produção industrial naquele país.
o quantidade/r Resposta: E
50 100 150 200 250
Quando varia o
preço de equilíbrio
o preço do próprio é bem,
aquele que iguala
temos as quantidades A ocorrência de algo inesperado ou eventual, como uma
um deslo-
camento naprocuradas e ofertadas.
própria curva, do pontoQuando,
A para ao um determinado
ponto B (diz-se preço, seca na produção agrícola ou de uma greve na indústria, ,!uanÜdadeít
re-
que houvea uma
quantidade
variaçãoprocurada é maiorofertada).
na quantidade do que a ofertada, diz-se sultam em deslocamento da curva de oferta para a esquerda.
que há escassez e quando a quantidade ofertada é maior do Um aumento no custo de produção desloca a curva de
Quandoquevaria outro fator,
a procurada, como
diz-se o preço
que ocorredeumoutro produtode pro-
excedente o Excedente doaProdutor
oferta para esquerda (o preço aumenta e a quantidade
substitutodução.
na produção (no caso, uma queda), tem-se um diminui).
deslocamentoNum da curva,
mercadodo ponto A ao ponto perfeita
de concorrência C (diz-se que preços
e com
houve uma variação na oferta).
flexíveis o excedente de produção de um bem faz com que
Observamos,preço o o produtor
na curva de oferta a seguir, que
ofertará ql unidades do bem se o preço for Pl. Se o preço
a concorrência entre os produtores deprima os preços até
A seguir tem-se outros fatores que levam a deslocamen- aumentar para P2' a quantidade ofertada aumentará para
que este atinja o equilíbrio, pois à medida que o preço vai
tos da curva de
Aumento nosoferta.
Custos de Produção q2. Isso significa que o produtor terá um ganho em relação
caindo as quantidades ofertadas diminuem e as quantidades
à quantidade anterior, ql' pois a mesma também passará
demandadas aumentam.
a ser ofertada ao preço maior P2· O seu ganho será P2 - Pl·
Um aumento de
Do mesmo preço a escassez na produção de um bem
modo,
Se considerarmos agora que toda a faixa constituída pelas
custos significa
provoca que a
concorrência entre os consumidores, permitindo
quantidades anteriores a q2 seriam ofertadas a preços me-
mesma quantidade
um aumento pro-
no preço de tal modo que este atinja o equi- nores do que P2' o produtor tem um ganho total que pode
duzida será oferecida
líbrio, pois à medida que o preço vai aumentando as quan- ser representado pela o área abaixo da linha de preço e acima
quantidade/r
a um preço maior,oferta
tidades ou das aumentam e as quantidades procuradas
da curva de oferta. Esse ganho é chamado de excedente
que ao mesmo preço
diminuem. do produtor. Uma diminuição no preço de um bem substituto desloca
a quantidade Vamos,
oferecidaagora, calcular algebricamente o preço de
a curva de demanda para a esquerda (o preço e a quantidade
será menor (desloca-se
equilíbrio de um produto. Dadas as funções procura
quantidade/t diminuem).
preço
a curva deqd = a - bp e qo = c + dp, o preço de equilíbrio é obtido a
oferta para a
o
esquerda).partir da igualdade qd = qo. preço
Preço da Quantidade Quantidade Diferenças p,
Inovação Tecnológica
= qo por demandada
dúzia de qdofertada (dúzias)
/-y
preço a - bp
ovos (R$) = c + dp
semana por semana
p,
Donde p = (a - c) / (b + d).
0,80 75 250 -175
Enquanto isso, pode-se calcular que a quantidade de
0,90 equilíbrio é:95 210 -115
1,00 q ad120 =(
+ bc ) / (b + d). 180 -60
D
1,10 150 150
- o q quantidade/i
Consideremos as duas funções já dadas, ,
1,20 180 110 70
1,30
qd = 100 -051P e qo = -50
210
0,+ 10 p.
80 130
o
o Preço de Equilíbrio do Mercado quantidade/;
Em equilíbrio, tem-se que qd = qo
o quantidadc/t Consideremos novamente as duas tabelas de procura e
=
Então, 100 - 5p -50 + lOp.
s
<C
Uma Ainovação
de oferta de ovos. tecnológica
cada preço da dúziadesloca
de ovosaascurva de oferta
quanti-
=
Donde p 10 e q 50. = para a direita
dades procurada (o preço
e ofertada são diminui e a com
diferentes, quantidade
exceçãodedo
equilíbrio
Uma inovação tecnológica é economicamente signifi-
Ou seja, o preço de equilíbrio é igual a 10 e a quantidade
preço de R$
aumenta).
1,10 a dúzia. A qualquer preço acima desse nível
« de equilíbrio é igual a 50.
cativa quando o mesmo nível de produção resulta em um
a quantidade oferta da é maior, e a qualquer preço abaixo a
O
custo menor, ou maior produção é realizada ao mesmo custo Z
Exercícios é maior.
quantidade demandada
(desloca-se a Mudança no Preço
curva de oferta paradea Equilíbrio
direita). de um Bem O
~ Agora vamos observar o que ocorre no mercado (com o Dadas as funções qd = 100 - 5p e qo = 20 + 3p, e dado u
O preço e a quantidade de equilíbrio) quando varia algum fator um aumento no custo de produção igual a $ 1 por unidade w
z que influencia a oferta e a procura. produzida, calcule o novo preço de equilíbrio. 6
O
5
U
6
w =
6 equilíbrio
2
o preço é: 0
100 - 5p +
inicial de
3p ; 8p = 80; P = 10
Cálculo de qB: ( -5/4) . p + 20 = (-5/4) .4+ 20 =15
A
Com °
aumento de custos, a curva de oferta desloca-se Donde qA + qB = 50+15=65
para cima e assume nova função, que é fu
=
qo 20+ 3 (p-1), ou qo = 17 + 3p. Agora, pela função: n
qA+B = (-25/4). p+90 = (- 25/4).4+90 = 65 ç
ã
o novo preço de equilíbrio fica:
o
100 - 5p = 17 + 3p ; 8p = 83 ; P = 10,3 d
e
A Demanda do Mercado m
a
n
Consideremos que, para cada nível de preço (p) de um d
determinado bem, tenhamos quantidades procuradas (q, e a
q,) por dois indivíduos, Antônio (A) e Beto (B), conforme a d
tabela abaixo: e
u
m
m
p q q"- q clL
er
12 10 5 15 c
8 30 10 40 a
4 50 15 65 d
O 70 20 90 o
é,
a
Para se calcular a função matemática representativa da s
demanda de cada indivíduo, partimos da expressão: si
m
,
q - q, = q2 - q! . (p - p.), a
P2 - s
P1 o
m
a
sendo (PI' ql) e (P2' q2) dois pontos de preço e quantidade de d
cada indivíduo. Para Antônio escolhe-se os pontos (12, 10) a
e (4, 50) e para Beto escolhe-se os pontos (8, 10) e (O, 20). s
fu
n
Cálculo da função demanda de Antônio: ç
õ
e
50 -10 s
q - 10 = 4 _ 12 . (p - 12)
d
donde qA = 70 - 5p e
m
Cálculo da função demanda de Beto: a
n
d
20 -10 a
'1-10"" ... ··(p-8) d
()-s e
to
d
donde qB = (-5/4). p+ 20
o
s
Calculemos, agora, a função representativa da demanda o
conjunta de Antônio e Beto (qA +S): s
s
Escolhemos os pontos (8, 40) e (4, 65) e
u
s
-40 - (65 - 40) (_ 8) in
q - (4 - 8) . (p - 8) . P di
ví
d
u
donde qA+8 = (- 25/4) . p+ 90 o
s.
Observe-se que qA+ S = qA +
E
qs x
er
qA+S = 70 - 5p + (-5/4) . + 20 = (-25/4). P + 90 cí
ci
o:
Consideramos o preço de mercado igual a 4: c
al
Cálculo de qA: 70 - 5p =70 - 5.4 = 50 c
ul
ar
a função demanda de um mercado
constituído de 3 indivíduos, cujas funções são:
qA = 100-4p; qs = 70-2p; e qc= 30-3p
qA +8+C= 100 - 4p + 70 - 2p + 30 - 3p = 200 - 9p
Subsídios
Tarifas
m,"C;:
~~:O::~;~~q~~:=~ :
I~~
e aumenta o seu excedente. !
'"
i
q,
o
<C
~
O
z
O
u
Se o preço internacional de um produto, Pl' for menor w
do que o interno, Po' e as importações forem livres, a quan-
tidade procurada aumenta para q" a produção interna é ql
e as importações equivalem à diferença q2 - q!. O excedente
do consumidor aumenta pela área A + B e o excedente do
produtor cai pela área A. Isso significa que, no global, há um 67
ganho social igual a B.
~
~
do consumidor é a área triangular entre a curva de deman-
Uma questão:
Gabarito: a
Comentário
Inicialmente calculamos o preço e a quantidade iniciais
de equilíbrio, antes do imposto. Igualamos as equações da
oferta e da demanda: q, = qd' Achamos p = 12 e q = 4.000. De-
-y--
68
A Utilidade Total (UT) pode ser representada pela curva Para mostrar a diferença entre utilidade total e utilidade
do gráfico abaixo, que mostra uma relação direta com a marginal com mais clareza, vejamos o seguinte quadro, que
quantidade (q) consumida. À medida que a quantidade con- mostra o consumo de cerveja por parte de um indivíduo.
sumida aumenta, a utilidade total também aumenta. Mas Este ganha satisfação com o consumo de cerveja, obtido
esse aumento é cada vez menor, e a Utilidade Total alcança pela quantidade de copos.
um máximo, podendo até cair, se a quantidade
UmgX UmgY consumida
continuar a crescer.
1ª 40 30
D 2ª 36 29
I 3ª 32 28
4ª 28 27
Sª 24 26
6ª 20 25
7ª 12 24
8ª 4 20
Urng
raciocínio é que o indivíduo vai escolher cada unidade Funções Utilidade Inversa e Indireta
de utilidade com o pagamento do 32 chope será de 0,75 x
I 5 O A função Utilidade
cuja utilidade marginal, por unidade monetária, seja maior. 5 = 3,75, enquanto o ganho de utilidade relaciona as diversas quantidades
com o chope será
Assim,J a primeira unidade
5 escolhida1será o bem Y, que adicio- consumidas de um bem com a respectiva utilidade. Essa
de 4. Ele tomaria, portanto, esse copo a mais somente com
na 30 unidades de utilidade pelo real gasto nele, enquanto função é direta, pois a utilidade é função do consumo. Mas
a redução do preço.
que o bem X, embora adicione 50 unidades de utilidade, podemos também indagar arespeito de qual é o nível de
Uma propriedade da teoria cardinal reside na aditividade
s
exige um gasto de 2, o que significa apenas 25 "úteis" por utilidade associado a determinada quantidade consumida
da utilidade, no sentido de que a utilidade total com o con-
real gasto. Assim, a solução final seria 4 unidades de X e 7 de um bem. Nesse caso, o consumo seria função do nível
sumo de uma cesta de bens equivale à soma das utilidades
unidades deY. de utilidade e a função considerada inversa.
obtidas com o consumo de cada um dos bens. Ou seja:
Pode-se também dizer que o consumidor, dado certo
Por esse raciocínio pode-se dizer que o consumidor vai nível de renda e os preços dos bens, alcança certo nível de
adquirindo unidades de um bem enquanto a relação entre utilidade. A relação entre esses níveis de renda e preços e
a utilidade marginal da unidade desse bem, dividida pelo a respectiva utilidade é denominada função de utilidade
seu preço, for maior do que a relação entre a utilidade A utilidade total de pão com manteiga seria, por exemplo,
indireta.
marginal da unidade de um outro bem, dividida pelo seu igual à soma da utilidade do pão, mais a utilidade da mantei- a
preço. Como a utilidade marginal decresce com o consumo,ga. Essa hipótese hoje nãodoé Consumidor
Preferências mais considerada realista. No
chega um ponto em que as duas relações se igualam, e o caso acima, pode-se dizer que a utilidade do pão depende seguir
consumidor encontra o equilíbrio no consumo dos dois da utilidade da manteiga
Para entender e que
como cada se bem,
dão as sepreferências
consumido sem
do consumi-
bens: o outro, poderia
dor em não ter nenhuma mercado,
um determinado utilidade. iniciemos por pensar em
Comocomparações
o consumidorentre determina
cestas ade quantidade
mercado. consumida
Cesta de mercado
(Umg Xl / Px = (Umg V) / py
de dois bens?
é umSuponha-se
conjunto deauma tabela ouabaixo, que mostra as
mais mercadorias, como feijão e
utilidadesgasolina,
marginaisouobtidas com o consumo
como batata, de várias
óleo e biscoitos. Seuni-
o consumidor
Por meio dessa igualdade pode-se chegar à lei da pro-
dades dedeparar-se
dois bens, comX e Y.duas cestas quaisquer, A e B, cada uma com
cura. Considere-se um aumento no preço de X. Nesse caso,
uma certa quantidade de determinado produto, ocorrerão
o aumento de Px faz com que a fração (Umg X) / Px diminua,
três h i póteses:
e torne-se menor do que a fração (Umg V) / Py' o que provoca
1") o consumidor pode decidir se prefere a cesta A à
um redirecionamento do consumidor em busca de novo
cesta B, a cesta B à A, ou se é indiferente entre as cestas A
equilíbrio, adquirindo mais de Y, e menos de X, resultando
e B, ou seja, as preferências são completas.
em aumento de UmgX e diminuição de UmgV, até atingir
2") as preferências serão transitivas, no sentido de que
a igualdade. Como o aumento do preço de X resultou em
se ele preferir a cesta A à cesta B, e se ao mesmo tempo
diminuição em sua quantidade procurada, confirma-se a
preferir a cesta B à cesta C, deve preferir a cesta A à cesta C.
lei da procura.
3ª) o consumidor sempre preferirá maior quantidade
Pelos números acima,
do que menor quantidade, ou seja, ele vai preferir a cesta
Exercício;
A, com 3 kg de carne e 2 kg de batata, em relação a cesta B,
pode-se concluir
cs: que contém 2,5 kg de carne e 1 kg de batata.
Dada a função utilidade total UT = 200x - 5x2, sendo x a
~ As hipóteses acima constituem a chamada racionalidade
quantidade de um bem X, pede-se: a) a função da utilidade
O do consumidor, que dá base para a construção da teoria do
marginal; b) a quantidade consumida de X quando a utilidade
z consumidor.
total for máxima; c) a utilidade total máxima; d) os gráficos
O A tabela seguinte apresenta 10 cestas alternativas de 6
u das duas funções.
mercadorias, no caso carne e batatas, em kg: 9
w A e C, e entre as cestas D e E. Se as quantidades de cada mostra
cesta forem locadas em um gráfico, poderemos construir as duas
70
chamadas "curvas de indiferença", que representam todas curvas
que o consumidor
as combinações de cestas que propiciam o mesmo nível de de
deve preferir a cesta B à cesta A, a cesta D à cesta C, a cesta J
satisfação a um determinado consumidor, o qual é indife- indifer
à cesta I, enquanto que deve ser indiferente entre as cestas
ença, I 2 3
e 11, que representam diversas cestas de mercadorias X e Y.
As quantidades de X e Y são medidas nos eixos horizontal
e vertical, respectivamente. O consumidor possui muitas A relação de indiferença é:
dessas curvas, cada uma indicando um nível de satisfação.
- reflexiva: A A. =
O consumidor deve preferir situar-se na curva 11, em vez da
curva I, pois em 11 ele consome maiores quantidades de X - simétrica: se A = B, B = A.
e de Y do que em I. A série de curvas de indiferença de um - transitiva: se A = B e B = C, então A = C.
consumidor é chamada de mapa de indiferença.
y A relação de preferência é:
,
r
,
r
,
,
,
,
,
r
2 ----t-----
, , ,
.,, ..,
..............•............
r
,
"' ................................
e
•
.
, ,
! !
L-~'--~'--~--------~X
~
~
«
s
o
z
O
u
w
71
~
~ Outros exemplos de curvas de indiferença (não tão A taxa marginal de substituição
normais):
Bens substitutos perfeitos: o consumidor é indiferente Seja o ponto A da curva de indiferença, a seguir, onde o
entre os dois bens, trocando-o sempre na proporção 1/1 consumidor adquire as quantidades Xl do bem X e Y1 do bem
(exemplos: lápis vermelho e azul, guaranás Brahma e An- Y. Se o indivíduo consumir mais de X, em x2' por exemplo,
tarctica). consumirá menos de y, em Y2, para permanecer no mesmo
nível de satisfação anterior, no ponto B da mesma curva. A re-
lação entre o decréscimo de Y (a distância AC), e o aumento
<, "~.
s........:A
:C
Yi
··············t·············
~--------~-----~ X
x, x
X
1
Bens complementares: sempre utilizados em conjunto,
como os sapatos direito e esquerdo, camisa e gravata, sapato
A taxa marginal de substituição é negativa, pois um
e meia, isto é, o aumento na quantidade de um deles não
acréscimo na quantidade de um dos bens corresponde a
pode acrescentar satisfação.
L
um decréscimo na quantidade do outro, mas é conveniente
y tratá-Ia em valores absolutos, o que resulta na colocação do
sinal negativo em sua apresentação:
y T
'-------+x
O tratamento da taxa em valores absolutos permite que
se afirme que ela seja decrescente à medida que o consu-
midor vai aumentando a quantidade consumida do bem X.
O consumidor tem preferência pelo bem X, sendo indi- Como o sacrifício em termos de Y é cada vez maior, para ter
ferente pela quantidade do bem V, quando, por exemplo, mais de X o consumidor dispõe-se cada vez menos a ceder de
um indivíduo toma um "sundae" e não se importa com a Y. Por exemplo, se um consumidor passa de um consumo de
quantidade de castanha. 10 unidades de X e 15 de Y para 11 unidades de X e 12 de Y,
y a taxa marginal de substituição é igual a -3/ +1, ou de 3 em
valores absolutos; a seguir, se o consumo de X passar a 12
unidades e o de Y a 10 unidades, a taxa marginal de substi-
tuição será agora de -2/ +1, ou de 2 em valores absolutos.
A queda da taxa marginal de substituição de Y por X é, assim,
compatível com a convexidade da curva.
x, x
=
Seja a função Utilidade U (X,Y) c. Ao nos movermos de
um ponto A da curva de indiferença para outro ponto B da
mesma curva, haverá variação nas quantidades consumidas
dos bens X e V e, em consequência, variação nas utilidades
U (X,V) == x + y; x + Y == K;
totais usufruídas pelo consumo de X e Y. A variação na uti-
lidade total de X será igual à utilidade marginal de X (que é
a variação na utilidade total decorrente da variação de uma
y== K-x; dy / dx==-1
unidade na quantidade consumida de X), vezes a variação
total na quantidade de X, o mesmo sucedendo com o bem
(declividade constante e igual a -1) V. Permanecendo na mesma curva de indiferença, a variação
na utilidade total será nula. Assim, tem-se:
U (X,V) == x + 2y ; x +2 y = K;
Yt
em utilidade marginal menor, e a quantidade consumida de V
é menor, o que resulta em utilidade marginal maior.
Bens complementares são aqueles que são consumidos \ x,
necessariamente juntos, como pneus e câmaras de ar e sa- s, ,
patos direito e esquerdo. Dada uma certa quantidade de um .\A
deles, o aumento na quantidade do outro não aumentará a
satisfação do consumidor.
r\ -.
:
"-
y,I
L
>~~ i
i ------
1
:
;
:
w
s
' <C
x
O
z
O 73
u
Escolha do Consumidor
<>
d) p, / py '" - 1 / 2
~
Em A, tem-se: Y
TMSYJ(:: UmgX I UmgY
Em B, tem-se:
TMSyx:: UmgX I UmgY
e)
~ ~ / 500
1.000
Enquanto o consumidor tem o seu mapa de indiferen-
ça, com as preferências pelo consumo de dois produtos Variações na renda do consumidor
constantes de uma cesta de mercadorias, por outro lado
possui restrições dadas pela sua renda ( R ) e pelos preços Um aumento (ou diminuição) na renda do consumidor
x,
dos produtos que designamos por P" e de Y, designando desloca a reta para a direita (ou à esquerda).
por Py. O consumidor distribui a sua renda no consumo dos
dois bens, de modo que:
750
R ;:: p, . X + Py' Y
50
0
Suponhamos que o consumidor dispenda toda a sua
renda com o consumo dos dois bens:
40
0
I
R '" p" X + Py' V
[
« y
Dada a renda inicial de $ 1.000, uma elevação da renda
sO R/py (no caso, para $ 1.500) desloca a reta para a direita e uma
diminuição da renda (no caso, para $ 800) desloca a reta para
z a esquerda. Em consequência, as quantidades máximas de
O X e de V que o consumidor pode adquirir também variam.
u As novas retas são paralelas à reta inicial, já que a inclinação
w é dada pela relação de preços e estes, por hipótese, não
variaram.
A linha de restrição orçamentária une as séries de Uma variação no preço de um dos bens muda a inclinação
combinações de quantidades dos bens X e Y que podem ser da reta de restrição orçamentária, mantida a renda e o preço
adquiridos pelo consumidor. Se a renda for toda dispendida do outro bem constantes.
no bem X, a quantidade consumida será igual a R / P . Se a
renda for toda dispendida no bem V, a quantidade consumida
será igual a R / Py'
e Py :: $ 2, calcular:
a) a equação da reta da renda;
b) a quantidade máxima de X que pode ser consumida;
c) a quantidade máxima de V que pode ser consumida;
d) a inclinação da reta; e) o gráfico da reta.
1.000 2.000
75
c(
~
~
o
~ z
o A curva de preço-consumo
1.1
UJ
y
curva
de preço-consumo é negativa, do ponto A para o ponto B,
e torna-se positiva de B para C.
s
- Uma variação na renda real do consumidor, tornan-
de
do-o mais rico (no caso de preço mais baixo), induzindo-o a
eq comprar mais, ou mais pobre (no caso de preço mais alto),
uilí induzindo-o a comprar menos. Esse é o efeito-renda. Como
bri a relação entre a renda e a procura é normalmente direta,
o diz-se que o efeito-renda é positivo, embora a influência
sã sobre a procura seja a mesma da do efeito-substituição.
o
B
Assim, tem-se a seguinte equação, denominada de
e
equação de Slutsky:
C.
A união
desses Efeito-preço = Efeito-substituição +
pontos Efeito-renda
forma
a curva
de No caso dos bens inferiores, o efeito-renda é negati-
preço- vo, isto é, o seu consumo aumenta quando a renda cai,
consu e vice-versa. Quando o preço de um bem inferior aumenta,
o efeito-substituição age normalmente, induzindo o consu-
mo.
midor a procurar substítuí-lo por outros bens agora relati-
Ob vamente mais caros, mas ao mesmo tempo ocorre o efei-
serva- to-renda, pelo qual o indivíduo sente-se mais pobre, fazendo
se, no com que procure aumentar o consumo do bem inferior. Qual
gráfico será, afinal, a atitude do consumidor: aumentar ou diminuir a
anterio procura pelo bem inferior? Como a participação desses bens
r; que é relativamente pequena em relação ao orçamento de um
a indivíduo, ele não se sentirá tão mais rico e o efeito-renda
inclinaç será mais fraco do que o efeito-substituição. Vale, portanto,
ão da a lei da demanda para os bens inferiores: quando o preço
cai
(aumenta), a quantidade procurada aumenta (diminui).
A
rest
riçã
o
Pode o efeito-renda ser mais forte do que o efeito-subs- compensaria exatamente essa vantagem, fazendo com que o
orç
tituição? Sim, quando o bem inferior tiver um peso con- consumidor fique no mesmo nível de satisfação? Nesse caso,
siderável no orçamento. É o caso dos chamados bens de a compensação dar-se-ia através de uma diminuição da renda. am
Giffen, cuja quantidade procurada varia em relação direta Um exemplo de variação equivalente da renda: dado um ent
com o preço. aumento de preço, qual seria a diminuição equivalente da ren- ária
O gráfico a seguir permite que se separe os efeitos renda da para o consumidor situar-se no mesmo nível de satisfação? orig
e substituição. Iniciando na posição de equilíbrio (ponto Um exemplo de variação compensatória da renda: dado
inal
A), em que um consumidor está adquirindo Xl unidades de um aumento de preço, qual seria a diminuição equivalente
um determinado produto, um aumento do preço desloca a da renda para o consumidor ter a mesma diminuição no
éR
reta orçamentária I para li. O seu novo ponto de equilíbrio nível de satisfação? =x
está em B, onde ele agora consome x, de X. O efeito-preço + y.
é igual à distância XiX,. Para vermos o efeito substituição, Co
inicialmente, devemos dar ao consumidor um aumento Exercício: mo
fictício de renda tal que ele volte à curva anterior I. A reta
x=
orçamentária desloca-se paralelamente para a direita e corta
a curva I no ponto C, onde ele consome x3 unidades de X. Um consumidor possui a função Utilidade Total UT = xV, y, donde
=
a renda igual a $ 60 e os preços dos bens X e Y são Px py = R = 2x.
A distância X3Xi é, então, o efeito substituição e a distância
X2X3 é o efeito-renda. $ 1. Se o preço de X aumentar para Px = $ 2, calcular:
C
a) a variação compensatória da renda;
o
b) a variação equivalente da renda.
m
o
Resolução:
a) Cálculo do equilíbrio inicial do consumidor: x
y
UmgX I UmgY = Px I Py =
UmgX = V; UmgY = X
4
5
Então, V I x = 1; donde X = y. 0
Restrição orçamentária do consumidor ,
y x
R = Px X + Py V; 60 = x + y = 2x. 2
o efeito-preço total é igual ao movimento do ponto A ao Donde x = y = 30. O nível de satisfação é igual a UT = xy
=
ponto B. Com um aumento compensatório na renda nomi- = 30 . 30 = 900.
nal, o consumidor passa para o ponto C, o que permite que Temos de calcular a nova renda que, dados os novos 4
se decomponha o efeito-preço no efeito-substituição (AC) e preços, situe o consumidor no mesmo nível. de satisfação 5
efeito-renda (BC). anterior, ou seja, 900. 0
.
Cálculo do novo equilíbrio do consumidor dado o novo
Noções de Variação Equivalente e Variação preço de X: D
Compensatória da Renda o
n
UmgX I UmgY = Px I Py· d
Considere-se um consumidor que tenha um determinado UmgX = y; UmgY = x. e
nível de renda e que tenha a opção de consumir determi-
nado produto não essencial. Esse produto pode ser, por x
exemplo, ser admitido em um clube e usufruir de sua sauna. Então, y / x = 2/1; donde y = 2x.
O consumidor tem diante de si duas situações: primeiro, ser '
admitido no clube; e segundo, já admitido, usufruir da sauna A nova restrição orçamentária é R = 2x + y, donde R =
"
do clube a preços reduzidos. Na primeira situação, ele não é 2x + 2x = 4x.
sócio e tem determinada renda. Encontra-se em equilíbrio
ao consumir todos os demais bens. Na segunda situação, Dada a restrição 60 = 2x + y, tem-se 60 = 4x, donde x '" 2
sendo sócio, pode utílizar a sauna várias vezes. 15 e V = 30. 1
Admitamos que, ao comprar o título do clube, o consu- O novo nível de utilidade é xy = 15 . 30 = 450. ,
midor aumente a sua satisfação e desloque a sua curva de 2
indiferença para a direita. Nesse caso, pode-se indagar: qual O nível de utilidade anterior é x . y = 900; como y '" Zx, 1
a variação na renda que é equivalente ao direito de usufruir = =
tem-se 2X2 900, donde x 21,21. .
da sauna do clube a preços reduzidos que o consumidor
passou a ter? A renda compensatória será, então, R = 4x = 4 . 21,21 =
Como o consumidor deslocou a sua curva de indiferença 84,84. A
para direita, há um certo aumento na renda equivalente ao
aumento de satisfação. A variação compensatória da renda será 84,84 - 60 = R
Por outro lado, na segunda situação, já sendo sócio do 24,84 (um aumento). e
clube, o consumidor pode desfrutar ou não da sauna a pre-
n
ços reduzidos. Pode-se indagar: qual a variação na renda que
d
b) O consumidor deve diminuir a sua renda de modo que,
a
aos mesmos preços iniciais, o nível de utilidade caia para 450.
fica: R'" 2x '" 2 . 21,21 = 42,42.
s
c(
O
z
O
U
LU
77
Produto Produto Produto
~homens-dia Total Médio Marginal
1 5 5,0 5
~
2 13 6,5 8
TEORIA DA PRODUÇÃO: FUNÇÃO DE Medidas de Produção
3 24 8,0 11
4
PRODUÇÃOj
32
MEDIDAS
8,0
DE PRODUÇÃO;
8
A
Vamos definir algumas medidas que são utilizadas na
5 LEI DOS RENDIMENTOS
38 7,6 DECRESCENTES;
6 teoria da produção:
6 ELASTICIDADE
43 DE7,2PRODUÇÃO; 5 - Produto Total (q) - Como o nome indica, é o volume
7 ISOQUANTA
47 E ISOCUSTOj
6,7 TAXA4 total de produção de uma firma em determinado
8 MARGINAL50 DE SUBSTITUiÇÃO
6,2 3 TÉCNICAj período, em unidades físicas, como por exemplo
100.000 automóveis, 50.000 toneladas de feijão ou
9 EQUILíBRIO
50 DA FIRMA;
5,6 RENDIMENTOS
O
15.000 litros de leite.
10 49 CUSTOS
DE ESCALA; 4,9 DE PRODUÇÃO;
-1
MEDIDAS DE CUSTO. A ESCOLHA DO - Produto Médio (PMe) - É utilizada para se medir a
contribuição de determinado fator de produção no
NíVEL DE PRODUÇÃO, MAXIMIZAÇÃO DE processo produtivo, sendo igual, portanto, ao volume
LUCROS: RESTRiÇÕES TECNOLÓGICAS, de produção dividido pela quantidade do respectivo
RENDIMENTOS DECRESCENTES, CURTO E fator. Sendo q o produto total e x a quantidade utili-
zada do fator, tem-se:
LONGO PRAZOS EM MICROECONOMIA.
CURVAS DE CUSTOS: CUSTOS VARIÁVEIS, PMe=q/x
FIXOS, MÉDIOS E MARGINAIS. OFERTA DA
- Produto Marginal (PMg) - indica qual a variação no
EMPRESA E DO MERCADO produto total quando varia de uma unidade a quan-
tidade do fator em questão:
PMg=~q/ ~x
i
constante (no caso, o fator capital), o volume de produção Daí podemos dizer que a máxima eficiência do trabalho
aumentará, mas além de certo ponto o acréscimo resultante está no ponto B (onde o Produto Médio do trabalho é máxi-
no produto tornar-se-a cada vez menor, até anular-se e po- mo) e a máxima eficiência do capital está no ponto C (onde
dendo chegar a ser preço
negativo". E por que isso ocorre? Uma o o Produto Total atinge o nível máximo com o mesmo estoque
de capital). Isso significa que a produção da firma deve se
explicação mais razoável é que, no curto prazo, a fixidez de
I~
certos fatores vai diminuindo o rendimento dos fatores cuja situar em algum ponto da área ll, entre os pontos B e C.
quantidade pode variar. No caso que estamos apresentando, A Elasticidade da Produção Total
mais homens-hora têm cada vez menos capital com que
trabalhar.
o Define-se a elasticidade da Produção Total como a re-
A seguir são apresentados dois gráficos. No primeiro, quantidade/r lação entre a variação percentual da Produção Total (q) e a
a curva de Produto Total, e no segundo, as de Produto Mé- variação percentual da quantidade do fatortrabalho (L). Em
dio e ProdutoAMarginal, juntas,mostra
curva de oferta obtidasa de acordo
relação comentre
direta os preços etermos matemáticos:
números do quadro. t ofertadas,
quantidades preciso saber que as curvas de Produto Eq = (~q/ q) / (~L/l)
Médio e Marginal podem
A teoria ser derivadas
da produção mostradao curva de Produto
que está por trás da curva
Total. A de
deProduto Médio é obtida
oferta. Produção pelacomo
é definida inclinação das retasde cria- Mas podemos fazer:
um processo
que, partindo
ção deda valor,
origem,emcortam a curvasão
que recursos de transformados
Produto Total em bens.[Aq/q) / (~L!L) = (~q / ~L) / (L/q) = PMg! (1/ PMe) = PMg
em cada ponto.
Assim,Enquanto
uma empresaisso,ou
a curva
firma de
é oProduto
local onde Marginal !PMe
os recursos (fa-
é obtida pela
toresinclinação
de produçãoda curva de Produto Total
e matérias-primas) são em cada
combinados para
um de seus pontos. em algo (bens) que irão satisfazer necessidades
resultarem
c
r
ou desejos dos respectivos usuários. Ou seja, a elasticidade do Produto Total é igual ao Pro-
,
B
A função de Produção I
I
duto Marginal, dividido pelo Produto Médio. Daí pode-se
dizer que quando o Produto Marginal for maior que o Pro-
duto Médio, a elasticidade do Produto Total será maior do
I
Denomina-se função de produção uma relação técnica que 1, quando o Produto Marginal for menor que o Produto
I
entre uma certa quantidade deIrecursos, ou insumos, e a má-Médio, a elasticidade do Produto Total será menor do que
I
xima quantidade física de produto que pode ser obtida com1, e que quando o Produto Marginal for igual ao Produto
esses recursos, dado o estado tecnológico. Pode-se repre-Médio, a elasticidade do Produto Total será igual a 1. Observe
sentar uma função de produção de várias maneiras, como:
o gráfico a seguir:
..
X = f [a.b,c), como Leftwich, em que X é a quantidade de
produto e a, b e c são as respectivas quantidades de insurnos. PMe. E> lE= 1
m
q = f (Xl' Xl ), como Henderson e Quandt, em que q é a /"''',
~
quantidade de produto e Xl e )(2 são as respectivas quanti-
dades de ínsumos.
PMc !
j
-".
r/ \,- \, E<l
I" \.
ct x = f (\, S2' ... , s), como Simonsen, em que x é a quantida- I"·
~ de de produto e 51' S" ... , sn r são as respectivas quantidades
o de insumos. PiVlg
: Q = f (Tr .Tr ,RN, K), como Castro e Lessa, em que Q é a o
z Existequantidade
uma simetria qdeentre os dois
pqroduto gráficos,
e os insumosque pode
são, ser
respectivamente,
\ homens-dia
O
melhor o trabalho qualificado,
acompanhada através das o trabalho
letras A, não
B e qualificado,
C: os recursos PMg
u naturais e o capital. (Economista do Ministério do Trabalho e
10 Emprego/2008)
1
78 79
Julgue o item a seguir.
~
Exercício:
( ) A lei dos rendimentos decrescentes é
in ais ao
co processo produtivo, a produtividade marginal da mão
m de obra crescer a taxas crescentes.
pa KA
tív Resposta: E
el
, A
co Exercícios algébricos: K2,- - - -,
m
o 1. Considere a função de produção q = 12L' - L3, e
fat calcule-
o mos:
de
,
- O Produto Médio;
ag
re PMe =q/L= (12L'- L3) / L= 12L- L'.
ga o gráfico anterior mostra uma isoquanta com infinitas
nd - O Produto Marginal; combinações dos fatores capital (K) e trabalho (L) para
o- produzir determinada quantidade de produto. Duas dessas
se PMg = (t.q / t.L) = 24L - 3L2• combinações são A, com Kl de capital e L2 de tra-balho, e B,
tra com K2 de capital e Ll de trabalho. No ponto A, a produção
ba - A produção total máxima; é mais intensiva de capital e no ponto B é mais intensiva
lh de trabalho.
ad Obs.: a produção total é máxima quando o Produto
or Marginal é igual a zero. A seguir, tem-se um mapa de isoquantas, com duas
es observações: uma, de que quanto mais a nordeste situar-se
ad uma isoquanta, maior quantidade de produto ela repre-
ici senta; e outra, de que as combinações de recursos repre-
on sentadas pelos pontos A, B e C possuem a mesma relação
capital-trabalho.
=
PMg = O ; (t.q / t.L) O ; 24L - 3 L' =O;L=8;
q = 12 X 82_ 83= 256.
com taxas positivas, coloca-se o sinal negativo antes As produtividades marginais do capital e do trabalho
da fração.
É decrescente à medida que se substitui capital por Já vimos que a produtividade marginal de um fator é o
trabalho, pois cada unidade de variação na quantida- aumento de produção associado à variação na quantidade
de de capital exige, em compensação, quantidades desse fator, mantendo-se a quantidade dos demais fatores
crescentes de variação no trabalho, tornando o de- constante. Uma variação infinitesimal na quantidade do fator
é, matematicamente, igual à derivada da função produção
em relação a esse fator. Assim, tem-se:
-L'..KI M=w Ir
81
~
~
Exercício: Por outro lado, se dobrarmos as quantidades de recur-
sos e a produção, em consequência, for multiplicada por 4,
Dada a função de produção X = 5 K2 L3,sendo K e L as a função é homogênea de grau 2, por que:
quantidades, respectivamente, de capital e de trabalho, e a
função de Custo Total 100 = 3 K + 2 L, determinar a quanti-
dade de trabalho que maximiza a produção.
Buscamos o ponto em que PMgL / PMgK = w / r
CT = wL + rK, sendo w e r as remunerações do trabalho Mas observemos que a curva de custo variável apresenta
e do capital, respectivamente. dois tipos de curvatura. Até o ponto A ela é côncava, ou seja,
os custos aumentam menos do que proporcionalmente ao
Os custos implícitos ou econômicos levam em conside- aumento da produção. Isso ocorre pela razão de que, nas
ração que, por já estar ocupado, cada fator deixa de produzir primeiras unidades de produção o crescimento na quanti-
outro bem útil para a sociedade e o custo corresponderia ao dade de mão de obra vai utilizando com mais intensidade o
maior ganho que se poderia obter com a produção alterna- estoque de capital, que é fixo, o que aumenta o rendimento
tiva. Tudo aquilo que deixa de ser produzido é uma perda da produção mais do que proporcionalmente. Depois do
para a sociedade, e é chamado, como já vimos, de custo de ponto 8 começam a aparecer os rendimentos decrescentes,
oportunidade. Esse é o verdadeiro custo na ótica econômica. pois a maior quantidade de mão de obra depara-se com a
mesma quantidade de capital.
Os Custos e o Tempo
CFMe = CF/q
CF
q/t Custo Variável Médio (CVMe): é o custo variável dividido
pela quantidade produzida.
CVMe = CV!q
CMe = CT/q
CMg = ACT / Aq
As curvas médias e marginais podem ser derivadas das (1)
curvas totais.
(2)
A Concorrência Perfeita
CT
RT
85
O que acontecerá no mercado se o preço cair abaixo
do nível do Custo Médio? A resposta depende da relação
entre esse preço e o Custo Variável Médio. Vamos racioci-
nar. Enquanto a firma produz, ela incorre em custos fixos e
em custos variáveis. Se a firma suspende a sua produção,
somente incorre nos custos fixos e não tem custos variáveis,
ou seja, não produzir significa não ter receita e ter uma perda
igual aos custos fixos. Se o preço de mercado, no entanto, for
superior ao custo variável médio, o preço cobriria esse custo
e ainda uma parte dos custos fixos médios. Então, valeria a
pena continuar a produzir enquanto o preço superar o custo
variável médio, pois é melhor arcar com parte do custo fixo
do que arcar com todo ele. A firma somente suspenderá a
produção se o preço for inferior ao custo variável.
suspensa, ela arcará
Preçocomda osReceita
custos fixos. E se ela continuar
Receita Receita I Princípio de lechatelier. Uma firma está sujeita a varia-
a Produzida
produzir, o preço cobrirá os Total
unidade custos variáveis
Média e ainda pagará
Marginal ções nos preços dos bens que produz e das remunerações
parte dos
1 custos fixos.10 10 10 10 dos fatores de produção. Com isso, ela altera os níveis de
Define-se, assim, produção que lhe proporcionam a maximização dos lucros.
2 9 a curva de18oferta de 9curto prazo como
8
110 ramo ascendente da curva de custo marginal que está A resposta da firma a essas alterações dá-se no curto e no lon-
3 8 24 8
localizado acima da curva de custo variável médio".
6 go prazo, conforme a maior ou menor elasticidade-produto
4 7 28 7 4 dos recursos de que dispõe. Uma firma normalmente res-
Enquanto
5 isso, a6 oferta de 30
longo prazo6para a firma 2é ponde mais efetivamente a essas alterações no longo prazo,
quanto ela irá produzir otimamente quando lhe for permitido dada a fixidez de certos recursos no curto prazo. Ou seja, no
6 5 30 5 -
ajustar o tamanho da unidade produtiva, isto é, ajustar os longo prazo é maior a elasticidade-produto dos recursos de
fatores7 que forem fixos4 no curto28 4 já vimos, -2
prazo. Como no que dispõe a firma.
longo 8prazo todos os3 fatores são 24variáveis.3Quando o preço
-4 do
produto da firma varia, a firma tem mais tempo no longo prazo Estruturas de Mercado: Concorrência Imperfeita
para se ajustar. Isso significa que a curva de oferta de longo (Monopólio, Concorrência Monopolista e
prazo é mais elástica do que a curva de oferta de curto prazo.
Oligopólio). Modelos de Cournot, Bertrand e
/
curto prazo
Stackelberg. Mercado de Fatores de Produção
o Monopólio
São as seguintes as características desse mercado:
q - Somente uma firma vende um determinado produto,
que não tem bons substitutos;
- Existem barreiras para a entrada de novas firmas na
No longo prazo, como a firma decide se continua ou não indústria.
nos negócios? A firma, no longo prazo, não pode ter prejuízo.
Dito de outra forma, os lucros têm que ser ao menos zero. Construção da Curva de Receita da Firma Monopolista
- São minimizados os custos de produção, pois as Observações com relação aos números acima:
firmas procuram vender ao preço de mercado, e os - Para vender mais, o monopolista precisa abaixar o
lucros anormais são eliminados pela entrada de novas preço do produto, pois ele se depara com a reação
firmas; do consumidor;
A Receita Total, no início, tende a aumentar, atinge
- Há melhor distribuição de renda, pela eliminação dos um máximo e depois cai;
lucros extraordinários; A Receita Média é, por definição, igual ao preço do
- O consumidor paga pelo produto o menor preço produto;
Funções Lucro Inversa e Indireta
possível. A Receita Marginal é menor do que o preço.
A função Lucro relaciona as diversas quantidades pro-
duzidas de um bem com o respectivo lucro. Essa função é
direta, pois o lucro é função da produção.
[
àquele lucro. Nesse caso, o lucro seria função da produção
e a função considerada inversa.
87
c(
~ ,..
:". Justificativas do Monopólio
o : \'
\
z \
\
O \ Muitas pessoas são contra a existência de monopólios,
U pois têm uma ideia de que eles são sempre nocivos ao impe-
LoI \ direm a concorrência. Mas não é bem assim. São as seguintes
\ as justificativas de um monopólio:
RMg
- Existem atividades que, pelo volume exigido de inves-
timentos e o início da lucratividade iniciar-se somente
corta a metade da distância
entre O eRMe
88 a partir de determinado nível de produção, o
mercado
o gráfico anterior apresenta as curvas de Receita Média não comportar mais de um produtor. Considere-se
e Marginal do monopolista; a curva de Receita Média é a o gráfico seguinte, que mostra as curvas de Custo e
própria curva de demanda do mercado pelo produto. Receitas Totais de um empreendimento.
Pode-se ver no gráfico anterior que a curva da Receita
Marginal corta o eixo horizontal antes da curva de Receita
Média e se torna negativa. Em que ponto a Rmg corta esse
eixo? $
Vamos considerar que a curva da Receita Média seja
=
representada pela função p a - bq, sendo p o preço e q a
quantidade do bem. Nesse caso, ao preço p = O, q = a/b, ou
seja, a curva corta o eixo horizontal quando a quantidade é
igual a a/b.
Qual seria a função representativa da Receita Marginal?
Dado o preço do produto, RT = pq; então,
RT = pq = aq - bq2
()
= =
Rmg d (RT) / dq a - 2bq (essa é a função).
Então, quando Rmg = 0, a = 2bq, e q = a/2b.
A curva da Rmg corta o eixo horizontal quando a quanti-
o retorno positivo inicia-se somente a partir da produção
igual a q2. Se a produção for repartida entre empresas, de
dade é igual a a/2b, ou seja, no ponto que fica na metade da
modo que cada uma produza menos do que q2' nenhuma
distância entre a origem e o ponto onde a curva da Receita
delas terá lucro positivo. O monopólio é justificado para se
Média corta o mesmo eixo.
evitar o prejuízo e deve ser garantido pelo Governo por uma
concessão. Há exemplos reais nas atividades de empresas
telefônicas, de abastecimento de água, eletricidade e gás
Relação entre a Receita Marginal e a
natural.
Elasticidade-Preço da Procura - As patentes concedem a seus detentores um poder no
mercado para recompensar e estimular as invenções
A expressão (qóp / p~q) é o inverso da elasticidade-pre- - Certos setores exigem recursos mais vultosos para
ço; então, ingresso de novas empresas.
Rmg = p + p (lí E) = p ( 1 + 1 í Ed)
- Certos setores exigem criação de rede de distribui-
dores exclusivos, como no caso de automóveis.
Como Ed é negativo, fazemo-Io positivo e trocamo-lhe - O talento de um grande empreendedor é um fator
que pode limitar a ação de outros empresários em
o sinal:
um setor da economia.
lI.
R
T
=
pl
l.
q
+
ql
Nesse outro gráfico, o mesmo lucro é visto a partir da igual- l.
dade entre a Receita Marginal e o Custo Marginal. Ao nível p
de produção ql a curva crescente do Custo Marginal corta a +
curva decrescente da Receita Marginal. Nesse nível, o preço, lI.
ou Receita Média, é PI. Os lucros extraordinários equivalem q
à área do retângulo formado pela diferença entre a Receita lI.
Média e o Custo Médio, e a quantidade produzida (P1 ASC). p
lI.
Questão comentada R
T
Seja um monopolista com a função Custo Total 50 + q2, e a /
=
demanda p (q) 40 - q. Calcular o preço e a quantidade de
lI.
equilíbrio de mercado e o lucro total da empresa.
q
Comentário: =
pl
A condição de máximo lucro é Cmg == Rmg. O custo mar- l.
ginal, Cmg, é a derivada do Custo Total (CT): 2q. A receita q
marginal, Rmg, é a derivada da Receita Total (RT), que é o /lI
preço multiplicado pela quantidade: (40 -q) q = 40q _ q'.
.
Daí que Rmg = 40 - 2q. Igualando, tem-se Cmg == Rmg,
q
ou seja, 2q = 40 - 2q; donde q = 10. Se q = 10, o preço é
40 - 10 == 30. A Receita Total é p . q = 30 . 10 == 300. O Custo +
=
Total é 50 + q2 50 + 102 == 150. Donde o Lucro Total é ql
=
RT - CT == 300 - 150 150." l.
p
Poder de Monopólio (mark-up) Il
I.
o poder de um monopólio pode ser representado pelo q
excesso do preço em relação ao seu custo marginal. Esse
=
poder, ou o "rnark-up" do rnonopolista, é calculado a partir
p
da expressão Rmg = p (1- (1 / Ed)). Como Rmg == Cmg, faz-se
Cmg = p (1- (1/ Ed)). Então, p/ Cmg = 1/ (1-(1 / Ed)). Assim, +
quanto menor a elasticidade, maior o rnark-up, ou o poder ql
de monopólio, e vice-versa. l.
p
Enquanto isso, o índice de Lerner é igual a (p - Cmg) / p. Il
Substituindo Cmg pela expressão acima Cmg = p (1- (li E)), I.
chega-se ao índice, que é igual a 1 I Ed'
q
Se uma empresa conhece a elasticidade-preço da
demanda pelo seu produto e o seu custo marginal, pode
determinar o preço a ser cobrado, utilizando a expressão do D
mark-up. Por exemplo, se a elasticidade-preço da demanda o
for igual a 2 e o custo marginal $5 por unidade, calcular o n
preço a ser cobrado pelo monopolista. d
e
Crng = p (1- (1 I Ed)); 5 = P (1- (1 I 2)); donde p = $10.
R
Atente-se para o fato de que esses lucros extraordinários m
permanecem no longo prazo, pois em virtude das barreiras g
normalmente encontradas nesse tipo de mercado é impedida =
a entrada de novas empresas, ao contrário do que ocorre em p
concorrência perfeita. +
ql
O gráfico mostra também que ao nível de produção de
.....
l.p /lI.q
Como p e q variam em sentido inverso, tem-se que (lI.p
IlI.q) < O
Então, p > Rmg.
89
Problemas Apresentados pelos Mercados Monopolistas
- Preço Máximo
RMg
- O fato de as companhias aéreas cobrarem mais ba- Uma variação no preço, entre Pi e P2' resulta em variação
rato pelas passagens reservadas com antecedência mais do que proporcional na quantidade, entre ql e q2'
q/t d
i
A Maximização do lucro da Firma v
e
Efeitos do Mercado de Concorrência Monopolística
Dadas as curvas de Receita Total, descrita acima, e a de r
Custo Total, descrita anteriormente, a produção de máximo s
- Em comparação com o mercado de concorrência
lucro será aquela resultante da maior diferença entre elas. a
perfeita, a produção é menor, o que acarreta preços
s
maiores.
Ao nível de produção ql' é máxima a distância entre
as curvas de Receita Total (RT) e Custo Total (CT), atestado CT v
pelo fato de que são iguais as suas inclinações nesse ponto. e
O lucro total é igual a AB. RT z
e
s
p
a
g
a
n
d
o
m
a
O mesmo lucro pode ser visto pelas curvas marginais. i
O gráfico compara a produção em concorrência s
Ao nível de produção ql' a receita marginal (RMg) iguala-se
monopolística (q) com a produção em concorrência
ao custo marginal (CMg) e o lucro total é equivalente à área c
perfeita [q.],
do retângulo abcd. a
No longo prazo, com a entrada de novas firmas, os lu- r
cros são normais. o
91
OOligopólio Oligopólio não Conivente e não Organizado
A ação independente das firmas pode levar à guerra de
As Características do Mercado preços. Para qualquer decisão, tem-se que levar em conside-
O número de empresas produtoras é relativamente ração a reação das demais firmas. Se uma firma aumentar o
pequeno, de tal modo que as atividades de cada uma preço e as demais não, diminuirá vendas e perderá mercado.
delas repercutem na das demais e provoca reações Se abaixar preços e as demais não, poderá ganhar, mas se
antecipadas e postecipadas nestas. outras também abaixarem, ganhará menos mercado.
Os produtos podem ser mais ou menos diferenciados,
embora sejam considerados bons substitutos, pois a A "curva quebrada" representa os riscos envolvidos em
diferenciação pode ser apenas subjetiva. Nesse caso, uma ação independente da firma, e explica a rigidez dos
o oligopólio é classificado em oligopólio puro ou preços desse mercado.
diferenciado. p
Cada empresa é beneficiada pela existência de eco-
nomias de escala, a qual exige considerável volume
de investimentos, que por sua vez é um fator de
dificuldade na entrada de novas firmas.
q P RT p
O 10 O
5 9 45
10 8 80
15 7 105
20 6 120
25 5 125 q/t
30 4 120
35 3 105 Com base na produção da firma 1, de 50, a firma 2 vai
40 2 80 preencher o restante do mercado: (100 - 50) / 2 = 25.
93
94
~
~
- receita total da firma 1: RT1: p.q.« €a - b (ql+ q2) . ql
: a . ql- b . qt- b. q2' ql
VPMgL2
VPMgL
~
~
Rl'vlgL
w
c:t
VPMgL
o monopsonista emprega Ll unidades do fator traba-
lho, em que a receita marginal do trabalho (RMgL) iguala
\VI o custo marginal do trabalho (CMgL). Duas observações a
respeito desse nível de emprego: 1. o valor do produto
marginal do trabalho é maior do que o salário; 2. o nivel de
W2 emprego é menor do que em concorrência perfeita. Nesse
caso, a interferência governamental pode fazer aumentar o
nível de emprego, se for fixado um nível de salário igual ao
valor do produto marginal do trabalho. O nível de emprego
cresce até L2•
so 96
z
O 95
U
1.1.1
ASILEIRA APÓS A
ESTABILIZAÇÃO. TRANSFORMAÇÕES DO
SISTEMA
TÓPI o capital estrangeiro foi acionado para fornecer os em-
COS préstimos e os investimentos diretos necessários ao financia-
A experiência brasileira de intervenção do Estado nos
DE mento dos novos empreendimentos, e ao setor público coube
processos de desenvolvimento econômico é relativamente
a preparação de uma legislação trabalhista para a formação
ECO recente, dado o fato de que desde os anos de independência
e regulação do mercado de trabalho e a criação de órgãos
NOMI o governo procurou manter-se afastado segundo as ideias
burocráticos, como o Dasp (Departamento Administrativo
A liberais vigentes. Aliava-se a isso o desconhecimento de
do Serviço Público), o CTEF (Conselho Técnico de Economia e
BRA técnicas mais avançadas de planejamento, que somente
Finanças), a CFP (Comissão de Financiamento da Produção),
SILEI seriam aperfeiçoadas após o advento da teoria keynesiana
a CPA (Comissão de Política Aduaneira) e o BNDE (Banco
RA: da década de 1930.
Nacional de Desenvolvimento Econômico). Foram feitos in-
Por política de desenvolvimento entende-se o conjunto vestimentos na geração de infraestrutura, como transporte,
11 energia e fornecimento de insumos básicos, por meio da
de intenções e medidas fixadas pelas autoridades públicas
PN com o objetivo de orientar o processo de desenvolvimento Companhia Siderúrgica Nacional, da Companhia Vale do Rio
D. A econômico e social do país. O estudo das políticas brasileiras Doce, da Companhia Nacional de Álcalis. da Petrobras e de
de desenvolvimento é dividido cronologicamente nos seguin- várias hidrelétricas.
CRI
tes períodos: i) anterior a 1939; ií) de 1939 a 1954; iii) de 1955
SE A partir de 1939, o setor público propõe planos de de-
a 1970; iv) o período após 1970 (dos Planos Nacionais de De-
DA senvolvimento, como o Plano Especial de Obras Públicas e
senvolvimento); e v) os planos de estabilização das décadas
Aparelhamento da Defesa Nacional (1939/43), o Plano de
DíVI de 1980 e 1990. Entende-se por política de estabilização um
Obras e Equipamentos (1944/48) e o Plano Salte, de 1950
DA conjunto de medidas governamentais que visam a minorar
a 1954. Este último procurou atender aos setores de saúde,
problemas macroeconômicos, como aumentos de preços,
EXT alimentação, transporte e energia, e explicitou metas para
desemprego, déficits nas contas do Governo e no Balanço
ER o setor privado. Em 1943, uma missão norte-americana de
de Pagamentos e a distribuição desigual da renda, que o
assistência técnica, a Missão Cooke, pesquisou os problemas
NA mercado por si só teria dificuldades em resolver.
relacionados a transporte, energia, setor têxtil, mineração,
NA química, educação e ao desenvolvimento do vale do rio São
A economia brasileira antes de 1930
DÉ Francisco.
CA Antes de 1930, a economia brasileira caracteriza-se pela Entre 1951 e 1953, foi instalada no País a Comissão Mis-
DA exportação de alguns produtos agrícolas, como o café, e ta Brasil-Estados Unidos, constituída por técnicos das duas
DE por isso é chamada de economia agroexportadora. Sendo nações e incumbida de preparar os pedidos de empréstimos
dependente das oscilações do preço do café nos mercados
198 internacionais para projetos de desenvolvimento que visavam
mundiais, a economia brasileira desse período ressente-se a combater pontos de estrangulamento da economia nacio-
0. de dois fatores: as crises que ocorrem em nível internacional nal. Receberam prioridade os projetos de transporte e energia.
PLA ao diminuir a demanda, e o aumento da produção interna, Como resultado do trabalho dessa Comissão, foi criado o BNDE
NO que resultam em queda no preço dos produtos exportados.
S A depressão de 1929 e a crise dos anos 1930, ao deprimi- (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), destinado
rem bastante os preços do café, evidenciaram a fragilidade a dar suporte técnico (avaliação de projetos) e financeiro (con-
HET do modelo agroexportador e reclamaram a introdução de cessão de linhas de crédito de longo prazo ao setor privado),
ER novo modelo. principalmente à indústria de base.
OD
O processo de substituição de importações
OX O período de 1956 a 1961 foi importante em razão da
OS implantação do Plano de Metas, que resultou da necessidade
A queda das exportações provoca diminuição das re- de promover as condições de industrialização e de criação de
DE servas em divisas e a dificuldade de continuar importando empregos nas áreas urbanas. Para isso, era necessário atacar
EST os bens que a economia interna é incapaz de produzir. Au- os pontos de estrangulamento da economia e identificar os
menta, pois, a consciência de se produzir internamente o
ABI polos de germinação do crescimento acelerado. O Plano tinha
que antes era importado. Nasce o processo de substituição 31 metas, distribuídas em 6 grupos: energia, transporte, ali-
LIZ de importações, ou seja, a industrialização como forma mentação, indústria de base, educação e construção de Brasí-
AÇ de superação dos constrangimentos de ordem externa e lia. O Plano contemplou investimentos em infraestrutura, com
ÃO. do subdesenvolvimento. A Revolução de 1930 promove destaque apara a construção de rodovias para o recebimento
PLA alterações políticas e econômicas necessárias para colocar da indústria automobilística, para os estímulos à produção de
a industrialização como meta prlorltár!a. bens intermediários, como aço, carvão, cimento, zinco etc.,
NO
para o desenvolvimento da indústria de bens de consumo
RE Para permitir o desenvolvimento da produção industrial
durável e para a construção de Brasília, para abrigar a capital
AL interna, é desvalorizada a taxa de câmbio para encarecer as
federal. Nesse período, o PIB apresentou crescimentos anuais
importações. À medida que avança a produção interna de
E
produtos até então importados, cresce a demanda de novas significativos, tendo sido de 8,8 em 1955, de 10,8 em 1958
importações, como os bens de capital e as matérias-primas
A e de 8,6 em 1961, com muito bom desempenho do setor
necessárias para a produção, o que promove os estímulos industrial. O lado negativo do Plano está no seu financiamen-
E para novas substituições. É dessa maneira que a economia to, baseado na emissão de moeda, no déficit em transações
C brasileira, de produtor de bens de consumo não duráveis, correntes em virtude do aumento das importações e na dívida
O passa a produzir progressivamente bens de consumo durá- externa. As taxas de inflação cresceram nesse período, tendo
veis, bens intermediários e bens de capital. passado de 23 em 1956 para 39 em 1959 e 33 em 1961.
N
O O Piano Trienai de Desenvoivimento Econômico e Social,
previsto para o período 1963/65, tinha a intenção de promover
M o crescimento não inflacionário e autossustentado, procuran-
IA do fazer modificações estruturais na economia, principalmente
B na distribuição da renda, melhoria dos recursos humanos,
correção das disparidades regionais, organização do setor
R
governamental e maior atenção à área rural. Esse Plano foi
prejudicado peja situação política do País, que culminou com
o golpe militar de 1964, o qual veio introduzir uma série de ~
medidas para a modernização da economia brasileira.
~
Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) causas: I) expansão da quantidade de moeda da economia;
11) déficit público; 111) reajustes salariais mais frequentes, em
O início da década de 1960 é caracterizado por alta da virtude do aumento das taxas de inflação, e decorrentes do
inflação e queda no crescimento econômico. Aequipe econô- processo de reabertura política; IV) endividamento das em-
mica que assumiu o governo em 1964 explica a inflação como presas estatais, da Previdência Social e do Banco Nacional da
decorrente de dois fatores: o déficit público financiado por Habitação; V) volume de subsídios e transferências contidas
emissão de moeda e os aumentos salariais com índices acima no Orçamento Monetário, por conta do Programa do Açúcar
da produtividade obtidos por movimentos grevistas. A baixa e do Álcool, de déficits das contas de trigo e de petróleo, da
atividade econômica seria decorrência da intranquilidade política de preços mínimos etc.
empresarial e da instabilidade política.
~
partido do Governo nas eleições gerais para governadores de
Estado, o que aconteceu em 15 de novembro. Nesse mesmo
dia, à noite, o Governo anunciou a majoração de preços e
a elevação de alíquotas do IPI de vários produtos. Voltou a
indexação às aplicações financeiras. Em 1987, as remarcações
de preços e os reajustes de salários em razão do gatilho de
20 criaram um patamar mínimo para a inflação mensal nesse
nível, recomeçando a corrida entre preços e salários.
o Plano Bresser
Em junho de 1987, mudou a equipe econômica, assumin-
do o ministério da Fazenda Luis Carlos Bresser Pereira. Foi
apresentado o Plano de Estabilização de combate à inflação
(Plano Bresser), com as seguintes características:
o Plano Verão
O início do ano de 1989 trouxe aos brasileiros o Plano
Verão, do ministro Maílson. Eis as principais medidas:
~
~
Principais consequências do Plano Real:
Entre 2003 e 2005, o intervalo de tolerância era de 2,5 pon- - O ano de 2010 é marcado pelos temores com a volta da
tos percentuais para cima ou para baixo. Nos anos seguintes, inflação. A taxa de juros a partir de abril volta a subir e
esse espaço foi reduzido para 2 pontos. encerra o ano em 10,75. Além disso, o Banco Central
eleva os depósitos compulsórios dos bancos. Os recolhi-
Observações a respeito das taxas:
o
mentos sobre os depósitos à vista sobem de 47 para 50
e as aplicações em CDBs de 17,5 para 23. Go
- Após a alta taxa de inflação de 2003 (14,71), provo- ver
cada pelo aumento do dólar em 2002 e a instabilidade - Em novembro de 2010 a inflação faz o governo tomar mais no
política, tendo inclusive superado a meta de inflação medidas na área monetária. Visa-se conter a demanda Dil
fixada pelo Banco Central em 8,5, os índices de preços por
passaram a subir menos a partir dos anos seguintes em ma
crédito. Os bancos aumentam os depÓSitos compll!sórios
razão da normalidade política, diminuição da cotação adicionais sobre os depósitos à vista e a prazo, de 8 para
do dólar e aumento da taxa de juros básica.
o
12, e os depósitos a prazo sobem de 15 para 20. As governo
reservas dos bancos em relação aos empréstimos e Dilma
- A taxa de juros SElIC, fixada pelo Banco Central, sofrera finan-
aumentos seguidos a partir de 2002 para diminuir a ressent
ciamentos crescem de 11 para 16,5. e-se
saída de capitais e combater a crise econômica. Em
outubro era de 21 e foi sendo elevada até atingir 26,5 dos
- A inflação de 2010 chegou a 5,91, acima da meta de
em fevereiro de 2003. A partir de junho, com os sinais efeitos
4,5.
de que haveria manutenção da política econômica do da crise
governo anterior os indicadores econômicos melhora- financei
ram e a taxa de juros foi diminuindo até chegar a 16 ra
em abril de 2004. mundial
, que
- As taxas de inflação caem sensivelmente até 2007, em dos
razão da boa situação econômica e a valorização do real, Estados
Unidos
que promove entrada de importações que vão reforçar alcanço
a oferta interna e concorrer com a produção interna. A ua
taxa de juros básica cai para 11,25 em setembro de Europa.
2007. Os prin-
~ ~
bens de consumo: refrigeradores, fogões, lava-roupas, - O receio de a crise europeia atingir o país faz o governo
tanquinhos, palha de aço, papel sintético e massas. preocupar-se com a reativação do consumo. É lançado
Operações financeiras também tiveram o IOF redu- pacote de estímulos. É reduzido o IPI, até 3 de agosto,
zido ou zerado: crédito para pessoa física, aplicações incidente sobre os automóveis, conforme o número de
estrangeiras em ações e títulos. cilindradas, para diminuir o estoque de automóveis nas
102 fábricas e reduzido o IPI sobre os importados. É redu-
- No final de 2011 o Brasil depara-se com crescimento zido o IOF sobre os financiamentos ao consumo das
econômico de apenas 2,7 e a inflação supera o teto pessoas físicas. Caem as taxas de juros das linhas do
da meta, 6,5. BNDES sobre exportações, financiamentos a ônibus e
caminhões, máquinas e equipamentos.
Em 2012:
- A enxurrada de dólares que entram no país continuam - A nova taxa de juros básica, em junho, é de 8,5,
a valorizar o real. A presidente Dilma fala em "tsunarni é a menor da história, mas ainda uma das maiores
financeiro". O IOF de 6 passa a alcançar os emprésti- do mundo. Com esse nível o rendimento anual das
mos feitos no exterior com vencimento em até 3 anos, cadernetas de poupança sofre uma redução, para 70
quando antes era até dois anos. da taxa (5,95), mais a TR.
- Para incrementar os investimentos na infraestrutura - A produção industrial brasileira tem fraco desempe-
econômica, considerados baixos, o governo federal nho, fato explicado pelo enfraquecimento da demanda
leiloa as concessões dos aeroportos de Brasília, Gua- interna e a recessão externa.
rulhos e Campinas. - O governo federal aumenta impostos. Elevação do
- Os bancos poderão utilizar parte dos depósitos com- IPI para motos, aparelhos de ar condicionado e
pulsórios para aquisição de carteiras de crédito de micro-ondas {com exceção dos produtos da Zona
instituições menores, o que deve ampliar a concessão Franca de Manausj e reajuste na tabelas do IPI, PIS!
de empréstimos e financiamentos. PASEP e Cofins para bebidas (refrigerantes, cervejas
- Pensamento no governo em dar menos ênfase ao com- e energéticos). A justificativa é compensa r a desone-
bate à inflação em favor de estimular o crescimento ração de 20 da contribuição ao INSS sobre a folha de
econômico, prosseguindo com as reduções nas taxas pagamento.
de juros. - Debate sobre as causas do baixo crescimento econô-
- Para diminuir a ainda mais a valorização do real o go- mico. Necessidades de mais investimentos. O governo
verno estende o IOF de 6 para os empréstimos feitos federal libera linha, através do BNDES, de recursos aos
no exterior com vencimento em até 5 anos, quando Estados para ampliação de investimentos em infraes-
em janeiro já era até 3 anos. trutura.
- O governo federal prorroga a redução do IPI para os - As baixas taxas de crescimento expõem o país a críticas
eletrodomésticos da linha branca e a estende aos mó- quanto a não realização de reformas importantes,
veis, laminados, lustres e luminárias, até 30 de junho. como a tributária, a política e a administrativa e a não
- Ampliação do programa Brasil Maior. Principais me- realização de investimentos em infraestrutura.
didas: mais facilidades nos créditos às exportações - Governo federal lança o Plano Nacional de Logística,
pelo BNDES, combate às importações consideradas com previsão de 133 bilhões de reais em investimentos
abusivas, melhoria da infraestrutura dos portos; trans- em rodovías e ferrovias, aplicados pelo setor privado
ferência do pagamento da contribuição do Pl5-Cofins e financiados pelo BNDES. Dos 133 bilhões de reais,
de abril e maio para o final do ano; as compras gover- 91 serão aplicados em 10 mil km de linhas férreas e
namentais de produtos nacionais poderão ter preços o restante em duplicação de 7,5 mil km de rodovias.
É criada a Empresa de Planejamento e Logística.
25 maiores; criação da Agência Brasileira de Garan-
tias, que vai fundir os vários fundos garantidores para A malha ferroviária será ampliada mediante as par-
a infraestrutura e o comércio exterior; eliminação da cerias público-privadas, com o risco para o estado.
contribuição patronal ao INSS de 15 setores e subs- A duplicação das rodovias serão realizadas mediante
tituição por contribuição social sobre o faturamento concessão à iniciativa privada com remuneração pela
da indústria (1) e sobre os serviços (2,5); corte do cobrança de pedágios.
IPI de diversos eletrodomésticos e móveis; aumento - Para reforçar a capacidade de investimentos do país o
nas allquotas do IPI sobre cervejas e refrigerantes; governo federal libera recursos para 17 estados aplica-
redução do IPI para as montadoras que ampliarem rem em obras de logística, saneamento e mobilidade
investimentos em pesquisa e elevarem o uso de peças urbana.
nacionais. - Para continuar com medidas de reativação da econo-
- A necessidade de queda gradual dos juros vai tornar mia o MF estende, até o fim de outubro, a redução
menos atrativas as aplicações nos fundos de inves- do IPI sobre os automóveis e até 31 de dezembro o
timentos, que financiam o déficit público, podendo benefício aos eletrodomésticos e móveis. O BNDES
aumentar o atrativo pelas cadernetas de poupança. reduz as taxas de juros para financiamento da compra
Para evitar essa transferência o governo muda a sua de bens de capital, ônibus e caminhões (2,5 ao ano).
remuneração, a partir dos novos depósitos efetuados Os benefícios do IPI sobre material de construção e
em 4 de maio de 2012. Quando a taxa básica de juros bens de capital são prorrogados até 31/12/2013. A de-
cair para 8,5 ou menos a remuneração das caderne- preciação das compras de máquinas e equipamentos
tas será de 70 da taxa, mais a TR. é permitida até o final de 2012.
- Instabilidade internacional faz os aplicadores adquiri- - O Banco Central volta a reduzir a taxa de juros em
agosto, agora para 7,5.
rem dólares, fazendo o câmbio atingir 2 reais. É bom
para as exportações e para conter as importações, - O governo federal ataca um dos gargalos do "custo
mas significa ameaça de inflação, que pode conter a Brasil" com a diminuição dos preços da energia elé-
diminuição nos juros. trica. Os objetivos são reforçar a competitividade da
indústria, estimular investimentos produtivos, conter a
inflação e propiciar crescimento econômico e geração
de empregos. São retirados e reduzidos encargos e
trocados contratos de concessão de geração e trans-
missão de energia que vencem de 2015 a 2017. A
meta ~
é reduzir as tarifas dos consumidores resídenciais em
16 e de até 28 na indústria. ~
- Novas medidas do governo em setembro para reativar e equipamentos com juros favorecidos. O sistema
a economia: redução de encargos previdenciários para financeiro poderá financiar com parte dos depósitos
40 setores econômicos, substituindo-os por alíquotas compulsórios. A TRP é reduzida de 5,5 para 5 ao ano.
de 1 a 2 sobre o faturamento e depreciação acele- - A redução dos juros básicos diminui a entrada de in-
rada de equipamentos adquiridos até dezembro. vestimentos produtivos. Para frear essa diminuição
- O Bacen reduz as alíquotas adicionais dos depósitos é
compulsórios dos bancos sobre os depósitos à vista reduzido o prazo durante o qual os capitais não
(de 6 para O) e a prazo (de 12 para 11) a partir de sofrem
29 de outubro. O objetivo é liberar os recursos para incidência do IDF, de 2 anos para 1 ano.
oferecer créditos a taxas de juros mais baixas.
- Discussão sobre o aparente paradoxo entre baixo cres- - Novo plano de investimentos para ampliação e mo-
cimento econômico e baixas taxas de desemprego. dernização dos portos brasileiros. Serão investidos
As principais explicações são: redução no ritmo de R$
crescimento da população economicamente ativa 54,2 bilhões até 2017 para ampliação do volume
(os jovens ficam mais anos em casa e estudando e de
os idosos não retornam ao mercado), as empresas cargas movimentadas, dar maior eficiência
relutam em demitir os trabalhadores em razão dos operacional
custos trabalhistas e de treinamento e do mercado não € promover a concorrência entre os terminais
apresentar mão de obra qualificada em bom número, para
maior participação do setor de serviços no P18, que redução do preço dos fretes. Buscar-se-à adesão
emprega mais. do
- Discussão sobre as medidas protecionistas adotadas setor privado em concessões, arrendamentos e
pelo governo brasileiro. O Ministro da Fazenda diz que novos
elas são mera compensação pela política monetária terminais próprios, com financiamento do BNDES.
expansionista adotada pelas grandes potências em
- Empresas estaduais de energia, principalmente de
virtude da crise financeira, que provocam entrada de
estados governados pela oposição ao governo
moeda estrangeira nos países emergentes e valorizam
federal
suas moedas, prejudicando as exportações e barate-
(CESP, CEMIG, COPEL, CELG, CELESC)
ando as importações.
resistem a renovar
- O governo federal publica mais 100 produtos que terão
contratos que permitam redução nas tarifas de
aumentos nas alíquotas do Imposto de Importação,
eletrici-
para até 25, alíquota máxima permitida pela OMe.
dade. A alegada diminuição de recursos seria
- O Conselho Curador do FGT5 aumenta os valores
bancada
máximos de financiamento de imóveis no Programa
pelo governo federal.
"Minha Casa, Minha Vida", conforme a população de
cada município. O valor máximo é de 190 mil reais. - O governo anuncia um pacote de medidas que visam
- O governo federal lança novo regime automotivo para melhorar a qualidade dos serviços e da
as montadoras. O objetivo é a fabricação de carros infraestrutura
mais econômicos e seguros através de reduções no aeroportuária e ampliar a oferta de transporte
pagamento do IPI e exigência de aplicação mínima de aéreo.
recursos em pesquisa e desenvolvimento. Foram anunciadas privatizações dos aeroportos do
- Nova redução na taxa básica de juros em outubro, para Ga-
7,25, divide as autoridades do Bacen e os analistas leão (RJ) e de Confins (MG) sob regime de
do mercado, em razão dos temores da inflação. concessão.
- O governo federal prorroga as reduções do IPI sobre Foi criado programa para desenvolvimento da
os automóveis de 31/10 para 31/12. aviação
- O governo federal anuncia redução de tarifas do setor regional.
elétrico e antecipação da renovação de contratos com
as empresas do setor. Estas se queixam de diminuição - A taxa de desemprego de dezembro, segundo o IBGE,
de lucros e suas ações têm desvalorização na bolsa, baixa ainda mais, para 4,6.
principalmente a Eletrobrás.
- O PIB do 3Q• trimestre é apenas 0,6 maior do que o O ano de 2012 encerra com baixo crescimento econô-
do trimestre anterior e 0,9 maior do que o mesmo mico, inflação acima da meta e baixo nível de desemprego.
trimestre do ano passado. Os investimentos estão Milhões de brasileiros se incorporam à sociedade de
estagnados. O governo federal está surpreso e a esti- consumo.
mativa para o ano é de crescimento de apenas 1. Os investimentos estão baixos. Há necessidade de se rever
- A carga tributária em 2011 alcançou a marca de 35,3.
as despesas governamentais, que são altas e ineficientes e
- Lançado pacote de estimulos à construção civil: deso-
exigem uma alta carga tributária. O país depende de melhoria
neração da folha de pagamentos pela substituição da
contribuição previdenciária de 20 pelo recolhimento
na situação econômica internacional, que se debate em
de 2 sobre o faturamento; linha de crédito de 2
bilhões de reais a juros de 0,94 ao frlês; redução da
reces-
são e desemprego, afetando as exportações. O país enfrenta
alíquota unificada sobre impostos (Regime Especial de
Tributação) de 6 para 4; a alíquota unificada de 1 dois problemas graves: o baixo crescimento econômico (o
abrangerá imóveis até 100 mil reais. PIB
- Prorrogação do Programa de Sustentação de Investi- cresceu apenas 0,9 em 2012) e as pressões inflacionárias.
mentos (PSI), operado pelo BNDES, por mais um ano, Para combater a inflação o governo alivia de impostos
com linhas de financiamento de aquisição de máquinas diversos
setores econômicos.
Principais fatos do governo Dilma em 2013 Reajuste nos preços da gasolina (+6,6) e no óleo
diesel (+5,4) nas refinarias para diminuir as des- í~Qc::. "1
pesas da Petrobrás com os subsídios aos preços dos ""
combustíveis. O governo reduziu as tarifas de energia
d
Entraram em vigor em janeiro as novas tarifas de ...
energia elétrica, com redução de 25 em média para
~81OJ
os consumidores e de até 32 para a indústria. A prin-
elétrica e solicitou que governos esta uais e rnurucipars
cipal redução prevista viria da renovação das conces-
não repassem os aumentos dos combustíveis para os
sões, por 30 anos, que foi parcialmente feita em razão
preços do transporte.
----------------------------------------------------------------------------------------------,r--
1
i
"
'
l
:
'
J
.
l
.
V
.
.
J
~
ss m mais do que as impor-
O tações. A qualidade das exportações vem caindo,
~ z
O pois se concentra em produtos primários, de menor
u
valor agregado que os industrializados. Um terço das
UJ
exportações constituiu-se de minério de ferro, soja e
o petróleo. O país vem perdendo mercados para outros
s
fornecedores. São apontados problemas como a infra-
al
104 estrutura, tributos, burocracia, custos de financiamen-
d
to, diminuição de atender o mercado norte-americano
o
em favor da América Latina e falta de promoções no
a
exterior. Principais produtos exportados: minério de
n
ferro, petróleo, soja, açúcar, carne de frango, farelo
u
de soja, café, aviões, pastas de madeira, peças de
al
veículos. Principais produtos importados: petróleo,
d
automóveis, peças de automóveis, óleos combustíveis,
a
medicamentos, circuitos integrados, naftas, partes de
b
transmissores, cloreto de potássio, gasolina. Os maio-
al
res mercados são China, Estados Unidos, Argentina,
a
Holanda, Japão.
n
ç O fraco crescimento do PIB é analisado por
a economis-
c tas, que apontam fatores como as restrições externas
o (recessão nos mercados), a baixa produtividade (ínfra-
m
estrutura precária e elevado custo da mão de obra),
er
problemas climáticos na agricultura, baixo nível dos
ci
investimentos (insegurança dos empresários).
al
v
Para conter os aumentos nos preços o governo
decreta
e
diminuição de impostos para produtos da cesta básica.
m
c
O governo federal anuncia o Plano Inova
Empresa,
ai
que incentiva as empresas a realizar investimentos em
n
inovação tecnológica.
d
o, O governo federal amplia os setores
p beneficiados por
oi desoneração na folha de pagamentos em troca de
s tributação sobre o faturamento. Alguns dos setores
a são transporte ferroviário e metroviário, jornalismo
s e radiodifusão, serviços aeroportuários, transporte
e aéreo de passageiros etc.
x Inflação em 12 meses acima do teto da meta e
p pressão
or do mercado financeiro fazem o Banco Central aumen-
ta tar a taxa de juros básica, de 7,25 para 7,5.
ç O PIB do 12 trimestre cresce apenas 0,6 em
õ relação
e ao anterior. A inflação anual encosta no teto da meta
s de 6,5. O Banco Central, pressionado pelo mercado
a financeiro, volta a aumentar os juros, de 7,5 para 8.
n A balança comercial tem saldo negativo até
u maio, de
ai 5,4 bilhões de dólares. As exportações são prejudica-
s das pela diminuição nas saídas de petróleo, justificadas
c pela diminuição na produção e aumento do consumo
a interno.
e A recuperação da economia estadunidense
provoc o e Potencial, Estoques e Fluxos)
a
temore 1. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) Numa economia,
s de apenas dois bens são produzidos: azeitonas e sorvete.
Em 2006, foram vendidos um milhão de latas de azei- subiu 25 e a quantidade de latas vendidas caiu 10.
que os
tonas a R$ 0,40 cada e 800.000 litros de sorvete a R$ No mesmo período, o preço do litro de sorvete caiu 10
EUA
0,60 cada. De 2006 a 2007, o preço da lata de azeitonas e o número de litros vendidos aumentou 5. A respeito
aument
do texto acima, analise as afirmativas a seguir:
em os
juros e I - O PIB nominal em 2006 equivale a R$ 880.000,00 e
receba em 2007 a R$ 903.600,00.
m 11 - O PIB real de 2007, usando ano base de 2006, foi
mais de R$ 864.000,00.
capitais 1\1 - O uso da série de PIB nominal dessa economia
valoriza para os anos 2006 e 2007 pode induzir o analista a
ndo o subestimar seu crescimento econômico.
dólar. O
dólar Assinale:
aument
a a) se somente a afirmativa I estiver correta.
para b) se somente as afirmativas I e 1\1 estiverem
2,12 corretas.
reais c) se somente as afirmativas I e 11 estiverem
em 2. corretas.
junho d) se somente as afirmativas 11 e 111 estiverem
de corretas.
2013. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Para
voltar a (Antaq/Agente de Regulação/2009) Com relação aos
atrair fundamentos da economia, julgue os seguintes itens.
divisas
do a) Os seguintes mercados compõem a estrutura da
exterior aná-
o lise macroeconômica de uma economia: o mercado
govern de bens e serviços, que reflete o nível de atividades
o zera dessa economia, representada pelos agentes ma-
a croeconômicos - consumidores, empresas e gover-
alíquota no -; mercado fiscal, no qual são relevantes a taxa
do IOF salarial e a taxa cambial; e o mercado monetário,
de em que os agentes econômicos empregam recursos
para a produção do produto interno bruto.
6 para
b) A macroeconomia não se ocupa da formação
aplicaç
dos
ões em
3. preços de um produto especificamente, mas, sim,
renda
do comportamento das unidades econômicas indi-
fixa.
viduais e de mercados específicos.
c) Políticas macroeconômicas têm como meta
alcançar,
EXER entre outros, os seguintes objetivos: alto nível de
CíCIO emprego e estabilização do crédito rotatívo, bem
S como a alocação e a composição da produção total.
a) 50 e 25.
b) 140 e 80.
c) 10 e 5.
d) 100 e 0.
e) 140 e 5.
a) 104. d) 129.
b) 5. e) 12.
c) 150.
r'
de 8 e o produto real não apresentou variação.
b) o produto nominal apresentou uma variação posítíva 11. (Banco Central do BrasiI/Analista/201O) O Produto In-
de 12 e o produto real uma variação negativa de
terno Bruto de um país, num certo ano, é menor que
19,65, aproximadamente.
o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se alo)
c) o produto nominal apresentou uma variação positiva
~2
a) entrada de poupança externa for elevada.
de 8 e o produto real uma variação negativa de
8,33, aproximadamente. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as ~~
importações. :
c) renda líquida recebida do exterior for positiva.
----------------------------------------------------------------------------------------------vr--
1
0
5
~ «
~ sO
z d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central,
O
u aumentar.
w
106
12. (MPU/Perito em Economia/2010) Julgue os itens sub-
sequentes.
Produção: 1.979
C ques: 236
o Remuneração dos empregados e dos autônomos,
n incluídas as contribuições sociais: 467
s Lucros distribuídos ou não: 440 b) 1.944.430.
u Exportação de bens e serviços: 117
m Importação de bens e serviços: 135 c) 1.946.019.
o Impostos sobre produtos: 119 d) 2.231.014.
e) 1.942.901.
Consumo intermediário: 1.012
d
16. (BNDES/Profissional Básico/2008) Os residentes de
a Analisando as informações da tabela acima, pode-se
certo país recebem liquidamente renda do exterior.
s concluir que, para essa economia, em $, alo):
Então, necessariamente,
a) da balança comercial.
b) total do balanço de pagamentos.
c) da balança comercial mais o saldo da conta de tu-
rismo.
d) da balança comercial mais o saldo da conta de ser-
viços.
e) do balanço de pagamentos em transações correntes.
~ «
~ ~
O
Z c) estruturação da conta de rendas de forma a eviden-
O
u ciar as receitas e despesas geradas por cada uma das
w
modalidades de ativos e passivos externos contidas
na conta financeira.
I
c) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do
d) um aumento do consumo autônomo aumenta o nível
do produto. (Econo
mista
salário até um dado nível w*, reduzindo para níveis e) b.Y/b.G = b.Y/b.lo' do
de salário superiores a w*. Ministér
io do
d) Obrigações contratuais incentivam rápidos ajustes Trabalh
às variações de salários. oe
Empreg
e) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do o/2008)
salário.
Julgue
Julgue o item seguinte, relativos às contas nacionais. o item
a
44. (Auditor de Controle Externo do TC-DF/2012) A seguir.
redução
do déficit orçamentário causa redução do produto e da I 48.
taxa de juros da economia no curto prazo. No médio Política
prazo, a reduzida taxa de juros permite que haja retorno s fiscais
do produto ao nível anterior. expansi
onistas
45. (Economista da FUNA1/2009) São características de basead
um as em
modelo de Demanda Agregada: reduçã
o
a) A taxa dejuroestar no mesmo nível da taxa de de
câmbio. imposto
s
b) A taxa de investimento estar no mesmo nível da taxa
elevam
de câmbio.
mais a
c) A taxa de juros estar no mesmo nível da taxa de deman
investimento. da
agrega
d) O nível de renda ser determinado pelo investimento. da do
que
e) A oferta agregada determinar a demanda agregada.
a
Determinação da Renda e do Produto de q
Equilíbrio nos Quatro Setores Econômicos e u
e
Política Fiscal. Papel dos Gastos Públicos. Políticas l
de Estabilização a
s
46. (Antaq/Agente de Regulação/2009) Em relação aos
conceitos básicos de Macroeconomia, julgue os itens a q
seguir. u
e
I - Se a produção de determinada economia nacional
está abaixo do seu ponto de equllíbrío, a eventual ex- i
pansão da produção se dará associada a um aumento m
não intencional dos estoques das empresas. p
11- O consumo independente da renda, também cha- l
mado de consumo autônomo, determina o ponto em i
que a curva de consumo agregado corta o eixo das c
ordenadas de um gráfico do tipo consumo versus nível a
de renda nacional. m
111- Se o grupo responsável pela reforma tributária que
ainda se encontra em discussão no Congresso Nacional a
optasse pelo aumento dos impostos indiretos no Brasil, u
permanecendo constantes os demais impostos, deve- m
riam ser observadas alterações nas propensões médias e
a consumir da população, embora a propensão marginal n
a consumir não fosse afetada. t
IV - A relação entre o nível de taxa real de juros e a o
propensão a poupar das famílias é sempre diretamente s
proporcional.
e
q
47. (STN/Analista de Finanças e Controle/2008)
u
Considere
i
o seguinte modelo keynesiano: V = C + 10 + G; C = a +
v
=
b.Y, onde O < b < 1; Y Produto Agregado; C = consumo
a
agregado; "a" uma constante positiva; 10 = investimentos
l
autônomos; e G = gastos do governo. Com base neste e
modelo, é incorreto afirmar que: n
t
a) V = A/(1- b), onde A = (1 0 + G)/a.
e
s dos gas- e) reduziria o gasto público e a emissão monetária
tos públicos e esses aumentos serão maiores, quanto usada para financiá-Io.
~
menor for a propensão marginal a poupar da economia.
~
49. (Câmara Municipal-SP/Consultor Legislativo/2007)
Em um
modelo keynesiano simples, para uma economia fechada,
a propensão marginal a consumir é 0,8 e a carga tributá-
ria é 25. üm aumento dos gastos do governo em 100
unidades monetárias levará a um aumento na renda de:
b) 75 unidades monetárias.
lÕ9
<> ~ ::5
2
O
z
O
u 54. (Economista do BNDES/2011) Qual das seguintes I 58. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
w estáticas comparativas está de acordo com o modelo namental/2009) Considere os seguintes coeficientes
keynesiano simples com consumo e investimento? de comportamento monetário: Ml = meios de paga-
mento; c = (papel-moeda em poder do público/Ml);
a) Um aumento do nível de poupança representa uma d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1);
110 injeção de renda, elevando a demanda agregada, =
R (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a
provocando um aumento do nível de produto de vista nos bancos comerciais). Considerando que c = d/3
equilíbrio. e R = 0,3, o valor do multiplicador da base monetária
b) Um aumento da propensão marginal a consumir ele- será de, aproximadamente,
va o nível do produto (V), pois a demanda agregada
(DA) sofre um deslocamento paralelo para cima no a) 2,990
plano (V, DA). b) 2,105
c) Quando o nível de produção se anula, o consumo c) 1,290
autônomo passa a ser financiado por um nível de d) 1,600
poupança positiva. e) 3,103
d) Um aumento no investimento autônomo é a única 59.
maneira de aumentar tanto a renda como a poupan- (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
ça de equilíbrio. mental/2009) Em relação aos conceitos relacionados a
e) Um aumento na taxa de poupança induz a uma uma economia monetária, é incorreto afirmar que:
redução do nível de investimento de equilíbrio.
a) um banco cria meios de pagamentos quando
compra
55. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) Considere o
bens ou serviços do público pagando com moeda
corrente.
modelo de determinação da renda com as seguintes b) os bancos podem alterar o multiplicador
informações, em unidades monetárias (quando for o bancário
caso): C = 100 + O,8.Y; M = 50 + m.Y; X = 100; G = 100; ! '" alterando os seus recolhimentos voluntários junto
200, onde: V = produto agregado; C = consumo agrega- ao Banco Central.
do; G = gastos do governo; I = investimento agregado; X c) alterando os recolhimentos compulsórios, o
= exportações; M = importações; e "rn" uma constante Banco
positiva. Considerando uma renda agregada de equilí- Central consegue controlar os coeficientes de com-
brio igual a 900, a propensão marginal a importar será portamento bancário "c" e "d".
igual a: d) o valor do multiplicador da base monetária pode
57. (Banco Central do BrasiI/Analista/2010) Entre as (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
várias mental/2008) Conforme definição adotada pelo Banco
ações do Banco Central que resultam numa política 62. Central do Brasil, as contas analíticas do setor bancário
monetária expansionista, não se encontra a são o resultado da consolidação das contas analíticas do
Sistema Monetário (Autoridade Monetária mais os Bancos
a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial. Criadores de Moeda) e das outras instituições bancárias.
b) compra de títulos federais no mercado aberto. As informações são reagrupadas e apresentadas em dois
c) venda de títulos federais no mercado aberto. grupos: ativo e passivo. Não é componente do ativo:
d) redução do percentual de recolhimento compulsório
dos bancos ao Banco Central. a) os ativos externos líquidos.
e) redução da taxa de juros dos empréstimos de llqui- b) o crédito ao governo federal [liquido).
dez do Banco Central aos bancos. c) as obrigações por títulos do Banco Central do
Brasil.
d)
o crédito
a
governo
s
estaduai
se
municip
ais.
e)
o crédito
a
empresa
s
públicas
não
financeir
as.
(Escritur
ário do
Banco
do
Brasil/2
013)
Present
e no
ambient
e
regulató
rio dos
negócio
s
bancário
s, tem
merecid
o
destaqu
e para
contribui
r com a
redução
da
taxa de
juros:
~
~
a) restrição à entrada de novos bancos dos Déficits Orçamentários do Governo sobre a
estrangeiros no Taxa de Juros de Equilíbrio, o Efeito Expulsão e o
País.
Multiplicador Keynesiano
b) limitação de empréstimos para aquisição de
veículos 67. (MDA/Economista/2009) A política monetária refere-
novos. se
c) atuação conjunta do Banco do Brasil com o basicamente aos mecanismos de controle creditício e
Banco liquidez do sistema econômico. Um aumento na oferta
Central no crédito consignado. de moeda na economia (política monetária )
d) determinação para financiamentos bancários provoca nos juros, incentivando __ investi-
63. (Economista do BNDES/2011) Em relação ao tema de mento privado e público, a demanda agregada
sem
agregados monetários, considere as seguintes siglas: e o desemprego. A sequência de palavras
garantia.
PMC = Papel-moeda em circulação; CBCOM = Encaixe que completa adequadamente o trecho acima é:
e) portabilidade do crédito.
em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos
Bancos Comerciais); CBACEN = Caixa do Banco Central; a) expansionista/queda/mais/ampliando/combatendo.
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais; b) expansionista/queda/menos/reduzindo/gerando.
PMPP = Papel-moeda em poder do público; PME :: c) expansionista/queda/menos/reduzindo/combatendo.
Papel-moeda emitido; TPP5P = Títulos públicos em d) contracionista/aumento/menos/reduzindo/gerando.
poder do setor privado; TEID :: Títulos emitidos por e)
f) contracionista/aumento/menos/ampliando/gerando.
(Analista de Transportes Urbanos/Economista/DF-
instituições depositárias. A definição de meios de pa- Trans/2008) A curva 15 (investment-saving) mostra as
gamento (Mi) é dada por condições de equilíbrio no mercado de bens e a curva
a) =
Ml PMC - CBCOM - CBACEN + DVBCOM LM (Iiquidity-money) representa o equilíbrio no merca-
b) Ml :: PME - CBACEN - CBCOM + DVBCOM do de ativos. No que concerne a esses conceitos, julgue
c) Ml = PMPP + TPPSP os itens a seguir.
d) Ml :: PMPP + DVBCOM + TEID
e) Ml = PMPP + PMC - PME + DVBCOM g) Quanto maior for a propensão marginal a consumir,
menor será a inclinação da curva IS.
f) (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de h) Pontos à direita da curva :5 correspondern a situa-
5P/2007) ções de excesso de demanda de bens.
Constituem políticas monetárias expansionistas: i) Implicitamente, a curva LM considera a oferta e
g) aumento na taxa de redesconto e diminuição das a demanda de moeda levando em conta a lei de
reservas compulsórias. Walras do mercado de ativos.
j) Pontos à esquerda e acima da curva LM representam
h) diminuição na taxa de redesconto e compra de tí!os
no mercado aberto.
uma situação de excesso de demanda por moeda.
i) diminuição na taxa de redesconto e venda de títulos
k) Desconsiderando-se situações extremas, o au-
no mercado aberto.
mento da oferta de moeda provoca aumento do
j) diminuição dos impostos e aumento das reservas
investimento e consequente aumento da renda da
compulsórias.
economia.
l) (STN/Analista de Finanças e Controle/2008)
k) diminuição dos impostos e diminuição das reservas
com pulsórias. Considere
A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômi- o modelo IS/LM e o de oferta e demanda agregada.
cos nas economias modernas, julgue o item que se segue. Supondo que a curva de oferta agregada de curto prazo
65. (Agente de Regulação da Antaq/2009) O aumento da é positivamente inclinada, é correto afirmar que:
~
s~ w
111
O
~ z
O
v
112 c) uma política fiscal expansionista reduz a demanda
por moeda.
d) quanto maior a renda, maior a demanda por moeda.
11- Qualquervariável- excetuando-se o nível de preços- e} um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de
que desloque a curva 15 ou a curva LM também deslocará juros.
,,1*
JIII}'" "<, .- Llv[ b) aa) flexível, comde
A taxa perfeita
câmbio é o preçode
mobilidade decapitais,
uma moeda as dife-
em ter-
frente ao real tende a estimular as exportações
rençasmos entre
de as taxas de juros internas dos diversos
outra.
« brasileiras. bb) A curva de demanda de exportações é crescente em
j) tudo mais constante, uma desvalorização do real
países
relação aodevem
preço ou à taxa
refletir expectativas
de câmbio.de desvalorização r~s:!·1
1./ .~
frente ao dólar tende a desestimular as exportações
~ cc)ou valorização cambialdedas
Os ofertantes moedas
divisas são desses
exatamente países.
os c:::
o brasileiras. c) flexível, a taxa de câmbio varia conforme a demanda
15 exportado-
k) tudo mais constante, a inflação americana tende a
z
estimular as exportações brasileiras. • res queereceberam,
a oferta de em moedatrocaestrangeira,
de suas vendas, mantendo, moedasdessa ~~
O estrangeirasforma,que a paridade
não poderão entreseros usadas
preços dos bens impor-
no país. _
--------------------------------------------------------------------------------------------~r__
u tados e os preços dos bens domésticos.
114 115
w
~ ~
ss
o
z
8
l1J
d) fixa, uma política fiscal expansionista aumenta o b) se os mercados forem de concorrência perfeita e
superávit comercial. o produto final for obtido a custos crescentes, um
aumento na demanda do produto final provocará
116 e) fixa, a autoridade monetária fixa a taxa de câmbio aumento no valor da produtividade físico-marginal
da moeda nacional em relação a uma moeda es- desse fator, deslocando a curva de demanda por
trangeira, aceita internacionalmente (US dólar, por esse fator para a direita.
exemplo), e com isso mantém o poder de controlar
a oferta monetária. c) se o recurso produtivo for adquirtdo por um
monopsonista que opera em um mercado de
105. (Analista do Banco Central do BrasiI!2010) Em uma concorrência perfeita, o valor da produtividade
economia aberta, com taxa de câmbio flexível, o Banco físico-marginal desse recurso será irrelevante na
Central muda sua política monetária comprando títulos determinação do preço desse recurso produtivo.
públicos do setor privado. Como resultado dessa polí-
tica, pode-se antecipar que, no curto prazo, d) em um mercado em competição perfeita, a demanda
por um recurso produtivo é negativamente inclinada,
1- tanto os investimentos quanto o consumo correntes porque a demanda pelo bem final, cuja produção
serão estimulados, porquanto os gastos presentes se requer o uso desse recurso, é negativamente
tornaram mais baratos que os gastos futuros; inclinada.
11 - pode ocorrer uma saída de capital para o exterior,
causando uma desvalorização da moeda local, a qual e) a elasticidade preço da demanda por um recurso
deverá estimular a demanda agregada pelo aumento produtivo é tão mais elevada, em valor absoluto,
das exportações líquidas; quanto menor a participação dos custos com esse
111- os preços dos ativos serão pressionados para cima recurso nos custos totais de produção.
(ações, habitações etc.), o que estimulará a demanda
109. (Perito em Economia do MPU/2010) Julgue os itens
agregada.
subsequentes.
Como resultado dessa nova política monetária, não
a) A curva da demanda de uma empresa competitiva
antecipada pelos agentes econômicos, pode-se afirmar
é ao mesmo tempo sua curva de receita marginal e
que é(são) correta(s) as proposição(ões)
do custo marginal.
a) 11, apenas.
b) Uma empresa competitiva pode continuar funcio-
b) I e 11, apenas.
nando mesmo que o preço de mercado seja menor
c) I e 111, apenas.
do que o custo total médio.
d) II e 111, apenas.
e) 1,11 e 111. c) Em uma empresa competitiva, quando todos os
custos fixos são irreversíveis, a curva de oferta no
106. (Engenheiro do BNDES/2011) Se a taxa de juros do-
curto prazo corresponde à curva de custo marginal
méstica brasileira aumentasse substancialmente, em
acima da curva de custo total médio.
relação às taxas de juros no exterior, isso tenderia a
d) A regra de que o lucro é maximizado quando a receita
a) promover a entrada de capitais financeiros externos
marginal é igual ao custo marginal é válida para todas
no país.
as empresas, sejam competitivas ou não.
b) reduzir as importações brasileiras de bens de con-
sumo.
110. (Perito em Economia do MPU/2010) Considere que o
c) desvalorizar a moeda brasileira, no caso de regime
custo de produção de uma empresa monopolista seja
cambial flutuante.
C(Q) = 50 + Q2e que a curva de inversa de mercado seja
d) expandir a demanda agregada doméstica brasileira.
P(Q) = 40 - Q, em que Q é a quantidade demandada e
e) reduzir o déficit em conta corrente do balanço de
P(Q) é o preço. Com base nessas informações, julgue
pagamentos.
os itens que se seguem.
Acerca da teoria macroeconômica, julgue o item subsequente.
a) O lucro será maximizado quando Q = 10 e P = 30.
107. (Analista Administrativo da ANAC/2012) Em um peque- b) O lucro máximo será de 200 unidades monetárias.
no país com regime de câmbio fixo e perfeita mobilida- c) O lucro médio será de 20 unidades monetárias por
unidade produzida.
de de capitais, uma política monetária contracionista
provoca redução do estoque de moeda estrangeira em
111. (Perito em Economia do MPU/2010) Acerca da deter-
poder do Banco Central.
minação de preços e poder de mercado, julgue os itens
a seguir.
Estruturas de Mercado: Concorrência Perfeita,
Monopólio, Concorrência Monopolista e a) Caso a elasticidade da demanda seja grande, é
Oligopólio. O Significado Econômico de correto afirmar que o poder de monopólio da
empresa será pequeno.
Lucro Zero. Modelos de Cournot, Bertrand e
b) Toda empresa que apresenta custo médio e custo
Stackelberg. Mercado de Fatores de Produção marginal decrescentes para toda a sua produção é
considerada um monopólio natural.
108. (Analista do Banco Central do BrasiI!2010) Em um
contexto de curto prazo, com relação ao mercado de c) Uma empresa monopolista que discrimina preços
um recurso produtivo de acordo com a quantidade consumida da mesma
mercadoria/serviço pratica discriminação perfeita
a) se o mercado do produto final for dominado por
de preço de primeiro grau.
um monopolista, o preço do recurso produtivo será
determinado pela oferta desse recurso e, portanto,
112.(Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
igual ao valor de sua produtividade físico-marginal.
mental do MPOG/2009) É correto afirmar que:
~
b) 405 e 9.
c) 200 e 50.
' d)
e)
450 elO.
100 e 70.
a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço a) o ônus resultante do monopólio mede o valor da
de seu produto seja de R$ 10,00 por unidade, ela produção perdida mediante o cálculo do valor de
deverá produzir 5 unidades mensais. cada unidade da produção perdida, ao preço que os
consumidores estariam dispostos a pagar por ela.
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço
de seu produto seja de R$ 10,00 por unidade, seu b) o monopólio natural irá produzir uma quantidade
lucro será de R$ 20,00 mensais.
tal que o preço será igual ao custo marginal.
c) caso se trate de uma empresa monopolista e a c) na discriminação de preços de terceiro grau, o mer-
função de demanda de seu produto seja dada pela cado com a maior elasticidade-preço da demanda
expressão q=20- p, na qual q é a quantidade deman- terá o preço mais elevado.
dada em unidades ao mês e p o preço do produto em
d) o monopólio natural somente se verifica se a função
R$ por unidades; então a empresa deverá produzir
de produção apresentar retornos decrescentes de
2,5 unidades ao mês.
escala em toda a escala relevante de produção.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a
e) o monopolista pratica discriminação de preços de
função de demanda de seu produto seja dada pela
terceiro grau quando ele não consegue identificar
=
expressão q 20 - p, na qual q é a quantidade deman-
grupos diferentes de consumidores e vender a cada
dada em unidades ao mês e p é o preço do produto
grupo por um preço diferente.
em R$ por unidades, então a empresa deverá obter
um lucro de R$ 20,00 mensais.
Economia Brasileira e Economia Internacional
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há
nível de produção que maximize seu lucro caso ela 118. (Analista do Banco Central do Brasil/2010) A crise
seja uma empresa tomadora de preços.
econômica decorrente do grande aumento dos preços r~QII
116. (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de do petróleo em 1973, teve como resposta, no Brasil, ""
a adoção do 11 Plano Nacional de Desenvolvimento (11
SP/2007)
Uma empresa monopolista atua em um mercado em PND). A execução de tal plano ~~
que a demanda é dada por QD = 90 - 0,2P e os seus a) freou o crescimento da economia brasileira para _
custos são dados por C = 20Q2, onde QD é a quantidade reduzir as importações de petróleo.
demandada; P é o preço do bem; C é o custo total de
produção; e Q é a quantidade total produzida. O preço
117
praticado e a quantidade produzida por essa empresa
são, correta e respectivamente,
c:(
b) aumentou a demanda interna por bens de consumo, a) o Plano significou uma alteração completa nas prio-
â ao redistribuir a renda para as classes mais pobres. ridades da industrialização brasileira do período do
O c) reduziu o endividamento externo do Brasil por meio "Milagre" econômico.
:2 de uma política de diminuição das importações.
O d) causou um impacto deflacionário sobre a economia b) a dívida externa cresceu rapidamente no período
U brasileira, provocado pela forte recessão doméstica. 74/79, pois a busca por recursos externos também
LU e) buscou superar a dependência externa, investindo serviu para cobrir o "hiato de divisas" existente na
na ampliação da produção doméstica de bens de execução do Plano.
capital e de petróleo. c) para realizar o 11 PND, o Estado foi assumindo um
passivo, para manter o crescimento econômico e o
118 funcionamento da economia.
119. (Analista do Banco Central do Brasil/201O) O Plano Real
de estabilização da economia brasileira, de 1994, levou d) a meta do 11 PND era manter o crescimento econômi-
inicialmente ao (à) co em torno de 5 a.a., com crescimento industrial
em torno de 6 a.a.
a) congelamento geral de preços e salários. e) o Plano propunha uma alteração na estrutura pro-
b) congelamento da taxa de câmbio R$ / US$. dutiva brasileira de modo que, a longo prazo, dimi-
c) estabelecimento de metas de inflação para o Banco nuísse a necessidade de importações e fortalecesse
Central do Brasil. a capacidade de exportar de nossa economia.
d) valorização do real em relação ao dólar americano.
e) forte expansão das exportações. 123. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) As dificuldades finan-
ceiras da década de 80 impediram que o Brasil obtivesse
120. (Economista do Ministério do Desenvolvimento Agrá- recursos no mercado internacional para financiar os
rio/2009) Com relação ao plano econômico de estabi- gastos do governo. Uma das soluções encontradas pelo
lização conhecido como Plano Real implementado em governo, à época, foi o recurso ao imposto inflacionário.
1993 pelo ministro da Economia do governo Itamar A respeito das implicações da política adotada, analise
Franco, Fernando Henrique Cardoso, é correto afirmar as afirmativas a seguir:
que:
1- A intensidade do uso desse instrumento foi um dos
a) da mesma maneira que os planos econômicos an- determinantes da hiperinflação observada no país à
teriores, foi incluído o congelamento de preços. época.
b) foi implementado em três etapas: a primeira foi 11 - O recurso ao imposto inflacionário teve efeitos
o Programa de Ação Imediata (PAI), a segunda, a distributivos na economia, pois corroeu o poder de
criação da Unidade Real de Valor (URV) e a última, compra dos mais ricos.
a emissão de uma nova moeda nacional com poder 111- Para fugir da corrosão do poder de compra derivada
aquisitivo estável, o real. do processo inflacionário, foi adotado, entre outras
c) foram feitas reformas profundas, de âmbito estru- medidas, o gatilho salarial, que corrigia os salários
tural, envolvendo as áreas fiscal-tributária, patri- nominais segundo um índice inflacionário.
monial, financeira e administrativa que garantiram
a retomada do crescimento sustentável. Assinale:
d) na fase pós-real, a inflação caiu e a capacidade ins-
talada cresceu quanto deveria atendendo qualquer a) se somente a afirmativa I estiver correta.
movimento de crescimento de consumo. b) se somente as afirmativas I e 111 estiverem corretas.
e) em 1997, a sobrevalorização cambial aliada à c) se somente as afirmativas I e 11 estiverem corretas.
abertura da economia incentivou o aumento das d) se somente as afirmativas 11 e 111 estiverem corretas.
exportações e a redução das importações. Como e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
consequência, aumentou-se o superávit das transa-
124. (Antaq/Agente de Regulação/2009) A análise da evo-
ções correntes do Balanço de Pagamentos do Brasil.
lução histórica da economia brasileira é essencial não
apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos
121. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
que a atingem, mas também, e sobretudo, para a per-
mental do MPOG/2009) A análise das causas da queda
cepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto,
da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada
julgue os itens a seguir.
à combinação dos seguintes elementos, exceto:
a) O acúmulo de saldos positivos na balança comercial
a) a fase de transição representada pelos quatro meses
brasileira, no início dos anos 40 do século passado,
de convivência da população com a URV (Unidade
resultante da situação criada pela Segunda Guerra
Real de Valor).
Mundial, foi essencial para o processo de industria-
b) o papel de âncora cambial como balizador de expec-
lização brasileiro.
tativa.
b) O período compreendido entre 1968 e 1973, ficou
c) o maior grau de abertura da economia.
conhecido como o do "milagre brasileiro" por causa
d) o excepcional nível de reservas cambiais.
das altas taxas de crescimento econômico combina-
e) as baixas taxas de juros praticadas durante toda a
das com índices de inflação relativamente baixos,
segunda metade da década de 1990.
que vigoravam à época.
122. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover- 125. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
namental/2009) Em fins de 1974, o Governo Federal mental/2008) A criação da Taxa Referencial de Juros
lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (11 PND). (TR), de acordo com a metodologia divulgada pelo Con-
Com relação ao referido Plano, não se pode dizer que: selho Monetário Nacional (CMN), como instrumento de
remuneração das aplicações financeiras de curto prazo,
foi realizada no:
,59. c
60. e
61. c
n
65. E
@
66.C
67.a
68. C, E, C, E, C
69.b
70. E, C, C
71.d
72. c
73.C
74.C
75. E
76. c
77. a
78.e
79.b
80.e
81. e
82.C
83.E
84. E
85.a
86. c
87.C
88.C
89.e
90. c
91. b
92.e
93.E
94. c
95. E,E
96.e
97.b
98. c
99.c
100. a
101. c
102. c
103. e
104. b
105. e
106. a
107. E
108.b
109. E,C,E,C
110. C, E,E;
111. C, C, E
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