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BACEN @

SUMÁRIO

Economia*

MACROECONOMIA

Contas nacionais; agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicado r monetário;

balanço de pagamentos .........................................................................................................................................................13/15/16

Principais modelos macroeconômicos:

modelo clássico, modelo keynesiano, política anticídica de curto prazo ................................................................................... 19

A economia no longo prazo:

produto potencial e produto efetivo ............................................................................................................................................... 7

Crescimento econômico. Poupança, investimento e o papel do sistema financeiro ........................................................................14

Objetivos e instrumentos de política monetária, regime de metas para a inflação .............................................................................. 37

Política fiscal e seus instrumentos ........................................................................................................................................................... 41

Modelos de determinação da renda em economias fechada e aberta .............................................................................................26/51

Regimes cambiais e taxa de câmbio de equilíbrio .................................................................................................................................. 47

Termos de troca .......................................................................................................................................................................................... 47

Curva de Phillips, expectativas racionais e inflação ..................................................................................................................43/46

MICROECONOMIA

Teoria do consumidor. Teoria da firma. Estrutura de mercado e formação de preço, análise de concentração ................................ 54

ECONOMIA BRASILEIRA

Tópicos de economia brasileira ............................................................................................................................................................... 96

11 PND ........................................................................................................................................................................................................................97
A crise da dívida externa na década de 1980 ............................................................................................................................ 96
Planos heterodoxos de estabilização. O Plano Real e a economia brasileira pós-estabilização ............................................... 99

ECONOMIA INTERNACIONAL

Crises financeiras internacionais a partir de 2007 .................................................................................................................................. 41

*Exceto para a área 3.


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Vejamos a seguinte tabela:

Ano PIB real População PIB per capita


$ milhões À mil À $ À
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1 150 - 200 - 750 -
2 162 8 210 5 771,4 2,9
3 167 3 220,5 5 757,4 -1,8

O quadro mostra que, apesar de a economia ter crescido

em termos reais de 8 no ano 2, o crescimento da renda per


capita foi de apenas 2,9, em virtude de o crescimento po-
pulacional ter sido de 5. Já no ano 3 a renda per capita cai,
pois o PIB real aumentou menos (3) do que a população.
A renda per capíta é o padrão mais usado para medir
o desenvolvimento econômico de uma nação. Mas assim
como a mensuração do PIB tem aspectos que devem ser
considerados, a renda per capita deve servir com as mesmas
precauções, dentre as quais destacam-se:
- o grau de desigualdade na distribuição da renda;

- a taxa de analfabetismo;
- a expectativa de vida;
- o grau médio de instrução.

Em 2012, o PIB no Brasil foi calculado em cerca de


R$ 4,476 bilhões. Com uma população de 190 milhões de
habitantes, a renda per capita foi de cerca de R$ 21.415.

Brasil

Crescimento Crescimento real


Ano do PIB per capita
real do PIB ()
()
2000 4,3 2,8
2001 1,3 -0,2
2002 2,7 1,2
2003 1,1 -0,2
2004 5,7 4,3
2005 3,2 1,9
2006 4,0 2,7
2007 6,1 4,9
2008 5,2 4,1
2009 -0,6 -1,6
2010 7,5 6,5
2011 2/7 1/5
2012 0,9 0,1

Fonte: IBGE

Estoques e Fluxos

Denomina-se variável"fluxo" aquela que é medida por


eríodo de tempo. Como exemplos, tem-se a produção de
ço por ano, a produção de batata por mês, o número de
utomóveis que estacionam em um shopping por hora, a va-
ão de um rio por minuto etc. Enquanto isso, denomina-se
ariável estoque aquela que é medida num ponto do tempo.
« Produto efetivo é o valor do produto que resulta da
efetiva utilização de recursos da economia, que pode ser
sO realizada no todo ou em parte.
~
~
z Como exemplos, tem-se o estoque de soja nos armazéns
O governamentais, as reservas de divisas de um país, o número
u de carros estacionados em determinado momento em um
w shoppinq, o número de alunos que está neste momento
assistindo a uma aula etc.
Existem relações importantes entre diversos fluxos e
estoques na economia. Vamos a alguns exemplos:
8 -Investimento e Capital

A despesa de investimentos é um fluxo que concorre


para o aumento do estoque de capital. A despesa com
novas máquinas, a construção de novos prédios, fábricas e
estradas fazem com que o estoque ou o patrimônio de um
país aumente. Fazendo K o estoque de capital e I o fluxo de
investimento, tem-se:
K= K +1
-1
O gráfico acima mostra a curva de possibilidades de
onde K -1 é o estoque de capital do período anterior.
A expressão indica que o estoque de capital do período cor-
rente é igual a de capital do período anterior, mais o fluxo
de investimento corrente. Como o capital sofre um processo
de desgaste ou obsolescêncía, conhecido como depreciação
(d), tem-se que:
produção da economia.
K = K -1 + 1- d

onde 1 é o investimento bruto e 11- d o investimento líquido.

Pode-se fazer:

K-K= I-d
-1

onde a variação do estoque de capital é igual ao investimento


líquido.
A curva determina o máximo que pode ser produzido de
- Patrimônio e poupança

w-w =5 -1

onde a variação do estoque patrimonial, ou patrimônio (W)


é igual ao fluxo de poupança (5).
dois bens, X e Y. No ponto A, por exemplo, são produzidas
- Reservas Internacionais e saldo do balanço de paga-
mentos
as
RI- RI_1 = 5BP

onde a variação dos estoques ou das reservas internacionais


do país (RI) é igual ao saldo do balanço de pagamentos (5BP).
quantidades \ e Yi, dada a limitação de recursos disponíveis.
- Dívida e déficit público

DIV PUB - DIV PUB


-1
= DEF PUB
Esse é o produto potencial.
onde a variação da dívida pública (DIV PUB) é igual ao déficit
público (DEF PUB).
Se a economia, no entanto, está produzindo no ponto B,
Produto Efetivo e Produto Potencial
com as quantidades X2 e Y2, ela não utiliza todos os recursos <C
p ~
Produto potencial é o valor do produto que resultaria O
a da utilização de todos os recursos de que uma economia z
a dispõe. Esses recursos são a sua população economicamente
ativa, o estoque de todo seu capital, os recursos naturais etc.
8
z de que dispõe. Esse é o produto efetivo da economia.
v w
7
o. Esse hiato corresponde a O quadro revela dois aspectos da produção industrial
desemprego de recursos. no período:

Hiato de produto = produto potencial - produto efetivo - a produção efetiva é realizada bem abaixo de sua
capacidade;
Por que o produto efetivo é normalmente menor do que - o nível de capacidade ociosa aumentou de um ano
o produto potencial? A macroeconomia estuda as causas para outro.
dessa diferença.
A tendência normal de um país é de crescer de acordo
O gráfico abaixo mostra como evoluem o produto com a sua capacidade produtiva, isto é, conforme crescem a
potencial (PP) e o produto efetivo (PE) ao longo do tem- sua população, o estoque de capital e a tecnologia. O
po. Ambos tendem a crescer, mas de forma diferente. produto
O produto potencial evolui como uma linha reta, e o seu cres- efetivo, no entanto, está sujeito a instabilidades, causadas
A principalmente por:
cimento depende do crescimento da população, do estoque
di de capital e da tecnologia. Enquanto isso, o produto efetivo, - política econômica do governo;
f embora também tenda a crescer ao longo do tempo, o faz - estímulos positivos ou negativos dos agentes econô-
e de modo menos regular. micos (situação política, expectativas otimistas ou
positivas etc.);
r
- eventos fortuitos (clima, guerras, convulsões sociais
e
n etc.).
ç
A conjuntura econômica determina a maior ou me-
a
nor expansão do produto, e inclusive a sua diminuição.
e
Os estudiosos do comportamento do produto costumam
n
dizer que a economia atua em ciclos, os chamados ciclos
tr
econômicos, que apresentam uma certa regularidade, e as
e
seguintes etapas:
o
p - recessão: diminuição mais suave da produção e do
Enquanto a evolução do produto potencial está ligada a
r emprego. Costuma-se identificar uma recessão
fatores estruturais da economia, e portanto sujeita a mo-
o quan-
dificações que ocorrem a um prazo mais longo, o produto
d do o produto cai por dois trimestres consecutivos.
efetivo é determinado por fatores conjunturais, que ocorrem
u
no curto prazo.
t - depressão: aprofundamento da recessão, isto é,
o Quando a produção efetiva é menor do que a potencial, a queda da atividade diminui a níveis bem mais baixos.
p diz-se que há capacidade produtiva ociosa. O quadro abaixo - recuperação: retomada do aumento da atividade. Há
o mostra os percentuais de utilização da capacidade instalada um crescimento em relação aos níveis imediatamente
t na indústria de transformação no Brasil nos últimos anos. anteriores.
e - prosperidade: aumento das taxas de crescimento do
n produto e do emprego.
ci Discriminação Anol Ano 2
al A economia sempre apresenta problemas. Se a recessão
Indústria de transformação 81 80
e
Bens de consumo 84 77
o e a depressão vêm acompanhadas de desemprego, a recu-
p Bens de capital 72 65
peração e a prosperidade trazem consigo os aumentos de
r preços, isto é, a inflação. Esses problemas são estudados
Fonte: Fundação Getúlio Vargas
o através da teoria macroeconômica.
d
u
IDENTIDADES MACROECONÔMICAS
t
o FUNDAMENTAIS. FORMAS DE
e MENSURAÇÃO DO PRODUTO E DA RENDA
f NACIONAL. O SISTEMA DE CONTAS
e
ti
NACIONAIS. CONTAS NACIONAIS NO
v BRASIL
o
A Igualdade entre Produto, Renda e Despesa
d
e A Contabilidade Nacional estuda os registros contábeis
n dos agregados macroeconômicos e fixa uma série de con-
o ceitos e identidades entre eles.
m
in Uma identidade fundamental é a igualdade entre pro-
a duto, renda e despesa. O produto é igual à renda, pois cada
- unidade de valor do produto corresponde a uma unidade
s de remuneração a um fator de produção. A renda é igual à
e despesa, pois ela é totalmente dirigida, direta ou indireta-
hi mente, à aquisição dos bens e serviços. Daí que o valor do
a produto é igual à despesa.
t PRODUTO = RENDA = DESPESA
o
d
A Medição do Produto
e
p O Produto é o valor dos bens finais produzidos pelo sis-
r tema econômico. Existem três maneiras distintas de fazer-se
o essa medição.
d
u
t
Método do Valor Agregado
Define-se valor agregado como o valor da produção que
resulta do esforço produtivo de uma empresa. A produção de
aço, por exemplo, exige que a siderúrgica adquira outros produ-
tos que ela não produz diretamente, como o minério de ferro,
a energia elétrica etc., que são as matérias-primas ou consumo
intermediário. Nesse caso, o valor agregado da empresa será a
produção de aço, subtraída do valor desses produtos. ~
Valor Agregado = ~
Corante Tintas
Valor da Produção - Consumo Intermediário s
salários = valor da pro- corantes = 50 valor da
Vamos a um exemplo, extraído de Marcos Giannetti da
25 pro-
juros = 7 dução = 50 salários = 28 dução = 100
Fonseca, do livro Manual de Economia, de professores da USP.
royalties = 6 juros = 8
aluguéis = 5 aluguéis = 9
Valor da Consumo Vàlor
royaities = 3
Produto lucros = 750 50 lucros = 2 ----if---
100
produção intermediário agregado 100
livros
Madeira 60 - 60
Papel 80 60 20 papel = 80 valor da pro-
Corantes 50 - 50 tintas = 100
Tintas 100 50 50 salários= 12 dução = 200
juros = 5
Livros 200 180 20
lucros = 3
Total 490 290 200

Observações:
200 200
• O valor da produção não mede com exatidão o
produto da economia, pois esse conceito incorre na
A Renda é definida como o somatório das remunerações
contagem de bens mais de uma vez (dupla e múltipla
de todos os fatores de produção: salários + juros + aluguéis
contagem).
+ royalties + lucros.

·
O valor de 490 não representa o que foi realmente
produzido, pois esse valor conta produtos mais de
Assim, temos:
uma vez.
• Se somarmos o valor da madeira (60) com o valor do
Salários = 45 + 12 + 25 + 28 + 12 '" 122
papel (80l, estaremos contando a madeira duas vezes,
Juros = 5 + 4 + 7 + 8 + 5 = 29
pois ela está também incorporada ao papel. O mesmo
ocorre se somarmos corantes com tintas.
Aluguéis = 2 + 5 + 9 '" 16
• A economia, na verdade, somente produziu um bem,
Rovolties = 6 + 3 = 9
no caso o livro, no valor de 200. Lucros = 10 + 2 + 7 + 2 + 3 = 24
Ao se estimar o Produto, portanto, não se deve somar a Renda = 122 + 29 + 16 + 9 + 24 = 200
produção de aço com a de minério de ferro, a produção de
borracha com a de pneus, a de petróleo com gasolina, a de Como a Renda é igual ao Produto, o Produto é igual a 200.

tijolos com casas, a de aulas com a de giz etc.


A geração de renda por empresa é igual a:
Método da Renda
Vamos descrever, agora, a produção de cada item de nossa Madeira = 45 + 5 + 10 = 60;
economia hipotética, considerando o consumo intermediário Papel = 12 + 4 + 2 + 2 = 20;
de cada setor e o pagamento das remunerações dos fatores Corantes = 25 + 7 + 6 + 5 + 7 = 50;
de produção. A tabela abaixo mostra os fatores de produção Tintas = 28 + 8 + 9 + 3 + 2 = 50;
Livros = 12 + 5 + 3 = 20.
de uma economia e suas respectivas remunerações:

Fatores Remunerações Observe-se que a renda, por empresa, iguala o seu


Trabalho Salário valor agregado.
Capital Juro
Método da Despesa
Recursos Naturais Aluguel
Renda = Produto = Despesa. No nosso exemplo, ao se
Tecnologia Rovaltv considerar a despesa da sociedade com os livros, o produto
Empresário Lucro será igual a essa despesa e igual a 200.
A Despesa de uma economia pode ser assim expressa:
Madeira Papel

DG = C + I, + I, + G + X,
salários = 45 va lor da pro- madeira = 60 valor da pro-
sendo:
juros 5 =
lucros =10
dução 60 = salários 12
juros = 4
= =
dução 80
DG: Despesa Global
aluguéis = 2 C: Consumo das famílias
lucros = 2 IF: Investimento fixo'
60 60 80 80 I,: Investimento em estoques
G = Consumo do Governo
~ =
s
X Exportações <I:
~ Mas, para que a Despesa se iguale ao valor do PIB, deve-
-se subtrair dela a despesa com bens importados, já que estes
O
não são produzidos internamente. Assim, tem-se:
z
DJ = C + I, + I, + G + X - M = P18, O
u
w
10 9
sendo:
DI; Despesa Interna
M: Importações
Va de capital fixo):
mos compreende as despesas com Construções, com Má-
descre quinas e Equipamentos e Outras. São, por definição,
ver, bens duráveis que correspondem ao fluxo de capital
 Serviços de fator: são os serviços proporcionados
agora, novo que se acrescenta ao estoque de capital existen-
pelos fatores de produção e que geram remunerações,
cada te. É o mesmo que Investimento Bruto. A variação do
como principalmente os juros, lucros e raya/ties.
um dos estoque de capital é dada pelo Investimento líquido
compo (investimento bruto, menos a depreciação). Quando  Serviços de não fator: são os demais serviços, como
nentes o Produto refere-se somente ao investimento líquido, as viagens, transporte, seguros, aluguéis de filmes,
da ele é denominado Produto Interno Líquido (PIL). serviços governamentais etc.
Despes  Investimento em Estoques (ou variação de
a estoques): Para o último ano disponível (1994) tem-se os seguintes
Interna. é a parte do PIB que não é efetivamente demandada, valores para esses agregados:
e por isso é adicionada aos estoques da economia.
 Se, por exemplo, uma fábrica produz 10.000 pares
Consu de sapatos num determinado mês e somente vende
8.000 pares, a variação de estoques é igual a 2.000 Valor
mo
Final pares. Ao subtrair-se esse item da Despesa Interna, Item
das tem-se o conceito de Despesa Efetiva. (R$ 1 milhão)
Família
Despesa Efetiva = Consumo das famílias 222.828
s: inclui
os bens Despesa Interna - Variação de Estoques Investimento fixo 73.960
não du-
Investimento em estoques ...
O conceito de Despesa Efetiva é importante na macroe-
ráveis, Consumo do governo 54.581
conomia, pois é o seu montante que vai determinar o nível
como de emprego e a renda nacional. Exportações 30.422
aliment
Importações 26.224
ação,  Consumo Final das Administrações Públicas (ou
vestuári PIB 355.567
Consumo do Governo): compõe-se das despesas cor-
o, Fonte: IBGE
rentes das três esferas de governo (federal, estadual
gasolin e municipal) e é classificado em dois itens: Salários
a etc., e encargos e Outras compras de bens e serviços. Mas se uma parte da renda não é consumida, como ela
os bens Os serviços públicos proporcionados pelas adminis- pode equivaler à despesa? A parte não consumida da renda é
durávei trações públicas à sociedade são mensuradas pelo igual à poupança. Enquanto isso, a despesa, numa economia
s, como fechada, é igual a consumo mais investimento. Desse modo,
item "Salários e encargos". As despesas de capital
geladeir a poupança deve equivaler às despesas de investimento.
do Governo, como a construção de escolas, pontes e
as, estradas são consideradas como Investimentos.
comput RENDA= CONSUMO + POUPANÇA
adores,  Exportações e Importações: compreendem os bens DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
que o país vende e os que compra do exterior. As ex- Como RENDA = DESPESA,
fogões, portações (X) fazem parte da demanda pelo produto CONSUMO + POUPANÇA =
automó e as importações (M) são parte da oferta disponível CONSUMO + INVESTIMENTO
veis para a sociedade. A soma dos seus valores, em relação
ao PIB, indica o grau de abertura da economia para o Daí que POUPANÇA= INVESTIMENTO
etc. e
os exterior.
Mas sabemos que a poupança é uma decisão das unida-
serviço
des familiares, enquanto os investimentos são planejados e
s, como Grau de abertura da economia = Exportacões + Importacões
realizados pelas empresas. Como os seus valores podem ser
as PIS
iguais? Ocorre que a poupança e o investimento planejados
consul-
normalmente são diferentes. A igualdade acima verifica-se
tas Para o cálculo do PIB, devem ser consideradas as expor-
porque no investimento são incluídas as variações de esto-
médica tações líquidas, isto é, X - M, pois M não constitui produção
ques, que justamente representam a diferença entre o que
s, e renda dentro do país. Além das mercadorias normalmente
as pessoas desejam poupar e as empresas decidem investir.
serviço transacionadas, há serviços importados e exportados. Estes
Nesse caso, o investimento passa a ter dois conceitos o
s classificam-se em:
planejado e o realizado.
bancári
os e do
INVESTIMENTO REALIZADO= INVESTIMENTO PLANEJADO
govern
+ VARIAÇÃO DE ESTOQUES
o,
cortes Numa economia aberta, tem-se que:
de
cabelo, DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
cinema +
etc. EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
DESPESA= RENDA= CONSUMO +
 POUPANÇA INTERNA
Investi CONSUMO + POUPANÇA INTERNA =
mento CONSUMO + INVESTIMENTO +
Fixo EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
(ou INVESTIMENTO= POUPANÇA INTERNA +
formaç
ão IMPORTAÇÕES-EXPORTAÇÕES
bruta ou INVESTIMENTO =; POUPANÇA INTERNA + POUPANÇA
EXTERNA
A Absorção VALOR DA PRODUÇÃO =
Absorção é a soma das despesas com o consumo e o VENDAS INTERMEDIÁRIAS + DEMANDA FINAL
investimento. Numa economia fechada, o Produto é todo e
dirigido à absorção. Numa economia aberta, o Produto VALOR DA PRODUÇÃO = COMPRAS
pode ser diferente da absorção, já que parte da produ- INTERMEDIÁRIAS + VALOR AGREGADO
ção é exportada e parte da absorção é proveniente das
importações.
Observe-se, também, que para cada setor o total das
vendas não tem de ser necessariamente igual às compras
ABSORÇÃO = CONSUMO + INVESTIMENTO intermediárias, o que significa que o valor da demanda
PRODUTO = DESPESA = ABSORÇÃO + final é diferente do valor agregado. Mas para os setores
EXPORTAÇÕES -IMPORTAÇÕES como um todo, certamente que o total das vendas iguala
o total das compras. Assim, tem-se para a economia como
As Relações Intersetoriais um todo:
As atividades econômicas são exerci das por empresas
VENDAS INTERMEDIÁRIAS = COMPRAS INTERMEDIÁRIAS
que adquirem matérias-primas, empregam recursos e "iii
produzem bens. Essas atividades podem ser divididas ~ em :.
e
s:: ·0 VALOR AGREGADO = DEMANDA FINAL
setores específicos, que sãoe
~ '" "''''''" :r:: os
.;:
::sa agricultura, a indústria e
~ ~'"exige ..,.ouma intensa troca'" "'0 e
{Q .-

••B
serviços. A dinâmica da economia
,,-c "
lU .",
de bens entre esses setores.::IAssim é que o: Qj
.~ a indústria adquire O cálculo do Produto da economia pode ser feito, então,
u .::1 o:
matérias-primas
QJ da agricultura, que adquireQJ produtos da " Uo a partir do valor agregado, como também da demanda final.
~ que.E por sua
'" que compra serviços, -c '" vez ~ êconsome
E'" (5
indústria,
c
s QJ
~
Veja no quadro a seguir.
.5: um
produtos industriais etc. O quadro a seguir apresenta
exemplo dessas interrelações,
Agricultura 10 em30unidades
15 monetárias,90 em
145
uma economia
55 i
Indústria fechada. 25 50 45 120 116 285
5
Serviços 5 20 100 125 245 370
Compras intermediárias 40 100 160 300 - -
Valor agregado 105 185 210 I - 500 -
Valor da produção 145 285 370
I - - 800
Setor Valor agregado Demanda final Definição dos Demais Agregados Macroeconômicos
Agricu Itu ra 105 90 Vamos construir uma conta do Produto de uma economia
hipotética, a fim de conhecermos novos agregados.
Indústria 185 165
PRODUTO
Serviços 210 245

Produto total 500 500 Formação do Produto Destinação do Produto


Salários = ................260 Consumo Pessoal " .............................. 325
Juros = ........................ 75
~ Aluguéis" .............47 Investimento Bruto " ........85
Royalties = ...................23
~ Lucros = ...................... 40 (Formação Bruta de Capital Fixo = .... 74)
As vendas intersetoriais são avaliadas horizontalmente,
e as compras intersetoriais são avaliadas verticalmente. PIL cf = .................445 (Variação de Estoques = 11)
Por exemplo, a agricultura vende $ 10 para o próprio setor
Depreciação = ...................8 Consumo das Administrações
agrícola (mudas de milho para a produção de milho) e $ 15 Públicas = ............................................72
para o setor de serviços (plantas para enfeites de agências PIB cf = ............... 453
bancárias). A indústria vende $ 25 para a agricultura (agro- Exportações = ..................................... 38

tóxicos, tratores) e o setor de serviços vende $ 20 para a


Impostos indiretos = 59 Importações = ..........................................
-20
Subsídios = .................. -
indústria (serviços médicos], 12
PIB pm > 500 PIB pm = 500
Cada setor econômico canaliza a sua produção, hori-
« 12
zontalmente, para duas direções: vendas intersetoriais e a
Observações:
demanda final, esta constituída pelas demandas de consumo
 Do lado esquerdo, o Produto é calculado a partir da
das familias e do governo e dos investimentos. A soma dessas
sua formação, ou de seus custos.
duas destinações resulta no valor da produção. Vertical-
mente, o mesmo valor da produção pode ser visto como a
 Do lado direito, o Produto é calculado a partir de sua

soma entre as compras intermediárias e o valor agregado


destinação, dispêndio ou demanda.
em cada setor.

A agricultura, por exemplo, tem um valor de produção


 A partir de sua formação, podemos definir o soma- «
tório das remunerações dos fatores (salários, juros,
igual a $145. Esse valor pode ser visto horizontalmente como
a soma das vendas intersetoriais (de $ 55) e da demanda final
aluguéis, royalties e lucros) como a Renda Interna, ~
ou o Produto Interno Líquido (PIL cf) O
($ 90), como pode ser visto como a soma entre as compras SALÁRIOS + JUROS + ALUGUÉIS + z
intersetoriais (de $ 40) e o seu valor agregado ($ 105). Para ROYALTIES + LUCROS = RENDA INTERNA O
~
cada setor, tem-se: U
O
z LJ.I
O 1
u
w 1
armos a depreciação ao Produto Interno
Líquido, tem-se o Produto Interno Bruto.

PRODUTO INTERNO LíQUIDO A CUSTO


R  Produto Nacional: é o valor do Produto que perten-
E DE FATORES + DEPRECIAÇÃO = PRODUTO INTERNO ce ao país. Uma parte das remunerações geradas
N BRU- internamente é enviada ao exterior, principalmente
D TO A CUSTO DE FATORES sob a forma de lucros e juros. Enquanto isso, o país
A beneficia-se de remunerações que, geradas no ex-
terior, pertencem a residentes no país. Assim, para
 Quando os bens são dirigidos ao mercado,
chegar-se ao Produto Nacional, subtrai-se a renda
I geralmente
enviada e adiciona-se a renda recebida do exterior.
N têm o seu valor acrescido pelos impostos indiretos
Fazendo-se a renda líquída enviada ao exterior como
T que os consumidores pagam, total ou parcialmente,
a diferença entre a renda enviada e a renda recebida
E embutido no preço dos produtos, e reduzido pela
do exterior, tem-se que o Produto Nacional é igual
R aplicação de subsídios governamentais, resultando
ao Produto Interno, menos a renda líquida enviada
N o Produto Interno Bruto a preços de mercado.
ao exterior.
A
; PRODUTO INTERNO BRUTO A CUSTO DE FATORES +
PRODUTO NACIONAL = PRODUTO INTERNO - RENDA
; IMPOSTOS INDIRETOS - SUBsíDIOS = PRODUTO
LíQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
: INTERNO BRUTO A PREÇOS DE MERCADO
P
Outros conceitos:  Como o Produto Interno é igual à Renda Interna, do
R
mesmo modo o Produto Nacional é equivalente à
O
D  Oferta Global: é o valor dos bens que se destinam a
Renda Nacional.

U
atender a demanda global, inclusive os provenientes
=
RENDA NACIONAL RENDA INTERNA-
T RENDA LíQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
do exterior.
O

OFERTA GLOBAL = PRODUTO INTERNO BRUTO A


 Renda Pessoal: é definida como o montante da ren-
I
PREÇOS DE MERCADO + IMPORTAÇÕES
N da interna que fica finalmente com as pessoas, ou
T famílias, após feitas deduções de remunerações que
E
 Disponibilidade Interna: é o valor dos bens efetiva-
não vão para as famílias, e adições que as beneficiam,
mente disponíveiS na economia interna.
R mas não têm origem no processo produtivo, e antes
N do pagamento dos impostos diretos.
DISPONIBILIDADE INTERNA =
O OFERTA GLOBAL - EXPORTAÇÕES
RENDA PESSOAL = RENDA INTERNA - renda líquida
enviada ao exterior - lucros retidos - contribuições pre-
L  Demanda Global: é o valor da destinação do
videnciárias - impostos diretos das empresas + transfe-
f produto
rências do Governo
Q ou valor da despesa, aí incluída a produção destinada
U ao exterior. É igual à Oferta Global.
I
 Renda Pessoal Disponível: é a parcela da renda
inter-
D DEMANDA GLOBAL = CONSUMO PESSOAL +
na que finalmente resta às famílias para o consumo e
O INVESTIMENTO + CONSUMO
a poupança.
GOVERNAMENTAL + EXPORTAÇÕES
A RENDA PESSOAL DISPONíVEL =
 Demanda Interna: equivale à demanda pelo produto
C RENDA PESSOAL -IMPOSTOS DIRETOS DAS FAMíLIAS
interno, excluindo-se, portanto, as importações.
U
S DEMANDA INTERNA =  Carga tributária: denomina-se carga tributária o
T DEMANDA GLOBAL -IMPORTAÇÕES montante de impostos e outras receitas correntes do
O Governo suportados pela sociedade em determinado

 Demanda Efetiva: exclui a produção não


período de tempo. A carga tributária pode ser calculada
D efetivamente em termos brutos ou líquidos, e em geral é obtida como
E demandada, como a variação nos estoques. uma proporção do Produto Interno Bruto.

F =
DEMANDA EFETIVA DEMANDA INTERNA - VARIA- A carga tributária bruta considera apenas os valores dos
çÃO DE ESTOQUES impostos, diretos e indiretos, e as outras receitas correntes
A
do Governo, enquanto que a carga tributária líquida é cal-
T
De acordo com a tabela do Produto, tem-se os seguintes culada deduzindo-se as contra partidas dos impostos diretos,
O
que são as transferências, e as dos impostos indiretos, que
R valores:
são os subsídios.
E  Oferta Global = 500 + 20 = 520
S  Disponibilidade Interna = 520 - 38 = 492 =
Carga tributária bruta (Impostos diretos + Impostos
 Demanda Global = 325 + 85 + 72 + 38 = 520 indiretos + outras receitas correntes do Governo) / PIB
 =
Demanda Interna 520 - 20 500 =
  Demanda Efetiva = 500 - 11 = 489 Carga tributária líquida = (Impostos diretos - transfe-
Se rências + Impostos indiretos - subsídios + outras receitas
adicion correntes do Governo) / PIB
Exercício: Considere os dados abaixo, de uma economia Resultados: 1-151; 2 -166; 3 -180; 4 - 177; 5 - 165;
hipotética, num determinado ano. ' 6 - 163; 7 - 148; 8 - 162; 9 - 151; 10 - 148; 11 - 154;
12 -144; 13 -180; 14 -177; 15 - 25; 16 - 6,1; 17 - 86.

Salários 80 Depreciação 15 Subsídios 6 Questão comentada


Renda enviada 8 Transferências 28 lucros retidos 7
ao exterior do Governo (MTE/Economista/2008) Julgue o item a seguir.
Impostos dire- 10 Aluguéis 31 Impostos 4
tos das famílias diretos das A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no Japão é
empresas contabilizada no PIB e na renda nacional bruta.
Contribuições 11 Impostos indi- 20 Renda recebi- 5
previdenciárias retos da do exterior Gabarito: E
Juros 16 Royalties 3 lucros totais 21
Comentário:
Agora, calcule os seguintes agregados:
A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no
1- Produto Interno Líquido a custo de fatores; / Japão é contabilizada no PIB do Japão. Se essa renda for
2 - Produto Interno Bruto a custo de fatoresj-> remetida ao Brasil, fará parte do PNB do Brasil.
3 - Produto Interno Bruto a preços de mercado; ,/
4 - Produto Nacional Bruto a preços de mercado; (' As Contas Nacionais
5 - Produto Interno tíquldo a preços de mercador>"
Os registros dos valores dos agregados macroeconômicos
6 - Produto Nacional Bruto a custo de fatores/ r: estão dispostos em um sistema de contas nacionais, que são
7 - Produto Nacional Líquido a custo de fatores;
padronizadas pela Organização das Nações Unidas, a fim
8 - Produto Nacional Líquido a preços de mercado; /
de que possam ser comparadas entre os diversos países.
9 - Renda Interna; No Brasil, a sua apuração iniciou-se em 1947 na Fundação
10 - Renda Nacional; Getúlio Vargas. A partir de 1986 essa tarefa passou a ser
11- Renda Pessoal; encargo da Fundação IBGE.
12 - Renda Disponível;
13 - Despesa Interna Bruta; As Contas Nacionais do Brasil são as seguintes:
14 - Despesa Nacional Bruta;
15 - Carga tributária bruta;  Produto Interno Bruto
16 - Carga tributária líquida:  Renda Nacional Disponível Bruta
17 - Excedente Operacional Bruto.  Conta de Capital
 Transações correntes com o resto do mundo

1 - Produto Interno Bruto

1.1- Produto Interno Bruto, a custo de fatores (2.4)


1.1.1- Remuneração dos empregados (2.4. 1) Consumo final (1.4 + 1.5)

1.4 - Consumo final das famílias (2.1)


1.1.2 - Excedente operacional bruto (2.4.2)
1.2 - Tributos indiretos (2.7) 1.5 - Consumo final das administrações públicas (2.2)

1.3 - Menos: subsídios (2.8) 1.6 - Formação bruta de capital fixo (3.1)

1.7 - Variação de estoques (3.2)


Produto Interno Bruto
1.8 - Exportação de bens e serviços (4.1)
1.9 - Menos: importação de bens e serviços (4.5)

Dispêndio correspondente ao Produto Interno Bruto


2 - Renda nacional disponível bruta

Consumo final (2.1+2.2)

2.1- Consumo final das famílias (1.4) 2.4 - Produto interno bruto, a custo de fatores (1.1)
2.2 - Consumo final das administrações públicas (1.5) 2.4.1- Remuneração dos empregados (1.1.1)
2.3 - Poupança bruta (3.3)
2.4.2 - Excedente operacional bruto (1.1.2)
Utilização da renda nacional disponível bruta 2.5 - Remuneração de empregados, líquida, recebida do resto
do mundo (4.2 - 4.6)
:$
2.6 - Outros rendimentos, líquidos, recebidos do resto do s
mundo (4.3 - 4.7) O
z
2.7 - Tributos indiretos (1.2)
2.8 - Menos: subsídios (1.3)
o
u
2.9 - Transferências unilaterais, líquidas, recebidas do resto w
do mundo (4.4 - 4.8)

Apropriação da renda nacional disponível bruta


13
14
~
~
3 - Conta de capital

3.1- Formação bruta de capital fixo


3.1.1- Construção

3.1.1.1- Administrações públicas


3.1.1.2 - Empresas e famílias
3.1.2 - Máquinas e equipamentos
3.1.2.1- Administrações públicas
3.1.2.2 - Empresas e famílias
3.1.3 - Outros

3.2 - Variação de estoque (1. 7)

Formação bruta de capital

4 - Transações correntes com o resto do mundo

4.1- Exportação de bens e serviços (1.8)

4.2 - Remuneração de empregados recebida do resto do


mundo (2.5 + 4.6)
4.3 - Outros rendimentos recebidos do resto do mundo (2.6
+4.7)
4.4- Transferências unilaterais recebidas do resto do mundo
(2.9 + 4.8)

Recebimentos correntes

5 - Contas correntes das administrações públicas

5.1- Consumo final das administrações públicas


5.1.1- Salários e encargos

5.1.2 - Outras compras de bens e serviços


5.2 - Subsídios
5.3 - Transferências de assistência e previdência
5.4 - Juros da dívida pública interna
5.5 - Poupança em conta corrente

Total da utilização da receita corrente

A IGUALDADE ENTRE POUPANÇA E


INVESTIMENTO

o quadro 3 (Conta de Capital) mostra a igualdade con-


tábil entre poupança e investimento. À esquerda, tem-se
a formação bruta de capital, ou investimento total (I), que
pode ser resumido por I = FBCF + VE (formação bruta de
capital fixo + variação de estoques). À direita, tem-se o seu
financiamento, que são as poupanças totais. A poupança
bruta é a poupança interna, proveniente das famílias e das
empresas, ou seja, a poupança privada (Sp) e a poupança
pública (Sg). A poupança privada é composta pela poupança
privada líquida mais a depreciação.

A poupança externa (Se) é o saldo em transações cor-


rentes com o resto do mundo, com o sinal trocado.

« Assim, podemos fazer: FBCF + VE = Sp + Sg + Se.


Existe outra forma de apresentar essa igualdade. Como o
investimento total pode ser decomposto entre investimento
~ privado (Ip) e investimento público (Ig), pode-se fazer: Ip +
Ig = Sp + Sg + Se (1).
O
z
O déficit público (Dg) é a diferença entre o investimento
o público e a poupança do governo: Dg = Ig - Sg.
u
w
E 5.8.2.1- Transferências intragovernamentais
m (1), 5.8.2.2 - Transferências intergovernamentais
passa 5.8.2.3 - Transferências ao setor privado
ndo o 5.8.2.4 - Transferências ao exterior
Ip
para a Total da receita corrente
3.3 - Poupança bruta (2.3)
direita
eo Ig - Sg = Sp -Ip + Se ou Dg = Sp -Ip + Se.
3.4 - Menos: saldo em transações correntes com o resto do
Sg mundo (4.9)
A expressão acima pode ser assim interpretada: o déficit
para a
Financiamento da formação bruta de capital público é financiado pelo excesso da poupança privada em
es-
relação ao investimento privado, mais a poupança externa.
querd
a se Questão comentada
terá:
(Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG!200S)
Considere os seguintes dados: Investimento privado =
300; Poupança privada = 300; Investimento público = 200;
Poupança do governo = 100. Com base nessas informações
e considerando as identidades macroeconômicas básicas,
4.5 +Irnportação de bens e serviços (1.9) a economia apresenta

4.6 - Remuneração de empregados paga ao resto do mundo a) um déficit em transações correntes de 100 e um
(4.2- 2.5) supe-
4.7 - Outros rendimentos pagos ao resto do mundo (4.3 - 2.6) rávit público de 100.
4.8 - Transferências unilaterais pagas ao resto do mundo b) um superávit em transações correntes de 100 e um
(4.4-2.9) déficit público de 100.
4.9- Saldo das transações correntes com o resto do mundo
c) um déficit em transações correntes de 100 e um
(3.4)
déficit
público de 100.
Utilização dos recebimentos correntes
d) um déficit em transações correntes de 100 e um
déficit
público nulo.
5.6 - Tributos indiretos
5.7 - Tributos diretos e) um déficit em transações correntes nulo e um
superávit
5.8 - Outras receitas correntes líquidas
público de 100.
5.8.1 - Outras receitas correntes brutas
5.8.2 - Menos: outras despesas de transferências Gabarito: c

Comentário: +
temos de aplicar novos conceitos, mas com base no que Impost
A questão refere-se à igualdade contábil entre investi- já os
mento e poupança. Fazemos Ip + Ig = Sp + Sg + Se, conhecemos. As equações básicas dessa nova sobre
ou abordagem as
seja, investimento privado + investimento público = apresentam a Oferta (recursos da economia) e a lmpcrt
poupança privada + poupança do governo + poupança Demanda ações
externa. Utilizando os valores dados, tem-se 300 + 200 (usos da economia), da seguinte forma: e PIB
= +
300 + 100 + poupança externa. Em que poupança Oferta = Produção + Importação consu
externa mo
= 100. Como a poupança externa é o saldo em transa- Demanda = consumo intermediário + demanda final inter-
ções correntes com o sinal trocado, conclui-se que mediár
este Desagregando, tem-se: io
é igual a -100 (déficit). Enquanto isso, o déficit público
Oferta = valor bruto da produção + importações de
é Quest
bens e serviços + impostos sobre produtos + impostos
o investimento público menos a poupança do governo, ão
sobre importações
Demanda = consumo final + formação bruta de capital Come
ou seja, Ig - Sg = 200 - 100 = 100 (déficit).
fixo + variação de estoques + exportações de bens e ntada
serviços s
NOVA METODOLOGIA DAS CONTAS + consumo intermediário
NACIONAIS (Audit
Observe-se que consumo final + formação bruta de or-
capital fixo + variação de estoques + exportações de bens Fiscal
A partir de 1998, a Fundação IBGE modificou a forma
de da
e serviços = PIB. Receit
apresentação do Sistema de Contas Nacionais, para
adaptá-Io a
Como Oferta = Demanda, fica: Feder
às recomendações do System of National Accounts (SNA),
da al/200
Valor bruto da Produção + Impostos sobre produtos
Organização das Nações Unidas. Agora, a novidade é que S)
Considere os seguin- (ist
tes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais - o
conta de bens e serviços - que segue a metodologia é,
adotada a
Conta de produção:
atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção par
Produção + impostos sobre produtos = PIB + consumo te
total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos intermediário. do
sobre produtos: 84j Consumo final: 630j Formação bruta Conta de geração de renda: pro
de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; PIB = remuneração dos empregados + impostos dut
Exportações líquidos o
de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o de subsídios sobre produção e produtos e sobre qu
consumo intermediário dessa economia foi de: importa- e
ção + excedente operacional bruto, inclusive se
a) 700. b) 600. c) 550. d) 650. e) diri
rendimentos
628. ge
de autônomos.
a
Conta de distribuição primária da renda:
Gabarito: e out
Renda nacional bruta = excedente operacional bruto,
ros
inclusive rendimentos de autônomos + remuneração
Comentário: dos empregados + impostos líquidos de subsídios se-
sobre
Eis todas as expressões que fazem parte das Contas produção e produtos e sobre importação + rendas de tor
Econômicas Integradas: propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo. es
Conta de bens e serviços: Conta de distribuição secundária da renda da
Produção + importação de bens e serviços + imposto Renda disponível bruta= Renda nacional bruta + ec
sobre produtos + imposto de importação + demais im- transfe- on
postos sobre produtos = PIB + consumo intermediário. rências correntes enviadas e recebidas do resto do om
mundo. ia
Conta de uso da renda: par
Renda disponível bruta = consumo final + poupança a
bruta. ser
Conta de Acumulação: em
Poupança bruta = formação bruta de capital fixo + va- tra
riação de estoques + capacidade (+) ou necessidade (-) nsf
or
de financiamento. ma
Conta das operações correntes com o resto do do
mundo: s),
Saldo = exportações (+) + importações (-) + ma
remuneração is
dos empregados não residentes + rendas de proprie- a
dade enviadas (-) e recebidas (+) do resto do mundo + de
transferências correntes enviadas (-) e recebidas (+) do ma
nd
resto do mundo. a
fin
al.
(MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/200S) Um
Considere os seguintes dados de um sistema de contas a
nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado co
no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200; im- mp
portação de bens e serviços = 60; Impostos sobre lica
produtos çã
= 70; Consumo final = 600; Formação bruta de capital fixo o
= 100; Variação de estoques = 10; Exportações de bens e adi
serviços = 120. Com base nessas informações, o cio
consumo nal
intermediário é igual a: é
qu
a) 500. b) 400. c) 450. d) 550. e) 600.
e
os
Gabarito: a im
po
Comentário: sto
s
A partir de 1998, a Fundação iBGE modificou a forma so
de apresentação do Sistema de Contas Nacionais, bre
para a
adaptá-lo às recomendações do System of National Ac- pro
counts (SNA), da Organização das Nações Unidas. du
Uma çã
das mudanças é a igualdade entre recursos (ou Oferta) o

e Usos (ou Demanda). Dentro da ótica dos recursos da o
da
economia, a oferta é igual à produção, mais as impor- do
tações, enquanto que na ótica dos usos da economia, s
a demanda total é igual ao consumo intermediário, se
paradamente, s
e precisam ser adicionados à Oferta. Assim, vamos ::E
~
armar o
a equação com os números dados: Oferta = 1.200 + 60 ~ z
o
+ 70. Demanda = 600 + 100 + 10 + 120 + consumo
U
inter-
mediário. Fazendo-se Oferta = Demanda e resolvendo, LU

tem-se consumo tntermedlãrtc e soa.


l
S

<
>
~
(MPOGjEspecialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
namentalj2009) Considere os seguintes dados extraídos
Estrutura do Balanço de Pagamentos
de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas
de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre Comércio Exterior
produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre
a produção e de importação: 240; Subsídios à produção:
Define-se BALANÇO DE PAGAMENTOS como sendo o
zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de
registro sistemático das transações entre os RESIDENTES
autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto
e os NÃO RESIDENTES de um país durante determinado
afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos
período de tempo.
empregados são, respectivamente,
O Balanço de Pagamentos divide-se em dois grandes
a) 1.200 e 410.
grupos de transações: as TRANSAÇÕES CORRENTES e as
b) 1.350 e 440.
TRANSAÇÕES DE CAPITAL. CORRENTES são as
c) 1.350 e 435. transações
d) 1.200 e 440. que se referem ao movimento de mercadorias e de servi-
e) 1.300 e 500. ços, inclusive as referentes às remunerações pelos serviços
proporcionados pelos fatores de produção, como os juros e
os lucros. São transações de CAPITAL as que se referem ao
 movimento financeiro, isto é, dinheiro e títulos de crédito.

Gabarito: c Os registros contábeis no BP são elaborados dentro do


16 princípio das PARTIDAS DOBRADAS: a um débito em deter-
Comentário: minada conta corresponde um crédito em outra conta e
vice-versa. Para tanto, as contas são divididas em dois grupos:
Pelas contas nacionais, sabemos que Produção + im- contas operacionais e contas de caixa.
postos sobre produtos = consumo intermediário (CI) + As CONTAS OPERACIONAIS correspondem aos fatos
Produto Interno Bruto. Substituindo-se, temos: 2.500 geradores do recebimento ou do pagamento de recursos
+ 150 = CI + 1.300. Donde CI = 1.350. Outra igualdade ao exterior, como Exportações, Importações, Fretes, Segu-
da contabilidade macroeconômica é: Produto Interno ros, Juros, Investimentos, Amortizações etc. As CONTAS DE
Bruto = remuneração dos empregados (RE) + impostos CAIXA referem-se às contra partidas financeiras das contas
líquidos de subsídios sobre a produção e importação + operacionais, como Haveres no Exterior, Ouro Monetário,
Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de Direitos Especiais de Saque.
autônomos. Substituindo-se, temos: 1.300 = RE + 240 + Quando o fato gerador da transação der origem a uma
625. Donde RE = 435. ENTRADA de recursos para o país, a conta correspondente
será
NOÇÕES SOBRE O BALANÇO DE CREDITADA (ou lançada com sinal positivo). Quando originar
uma SAíDA de recursos, a conta em questão será DEBITADA
PAGAMENTOS. ESTRUTURA DO BALANÇO (ou
DE PAGAMENTOS lançada com sinal negativo). Quanto às contas de caixa, lança-
se
Considera-se que o comércio internacional é benéfico, a DÉBITO o AUMENTO e a CRÉDITO a DIMINUiÇÃO do seu
pois traz vantagens decorrentes da divisão do trabalho e saldo.
da especialização. O princípio das vantagens comparativas Vamos aum exemplo. Quando o país realiza uma venda
baseia-se no fato de que se cada país produzir e vender os de mercadorias ao exterior, o lançamento é feito debitando-
produtos para os quais possui maior vocação, produzirá a -se a conta de caixa HAVERES NO EXTERIOR, que
menor custo, ensejando um acúmulo de divisas suficiente representa
para adquirir os bens para os quais têm menor vantagem. os recursos em moeda estrangeira e creditando-se a conta
Os fatores que levam ao comércio internacional são: operacional EXPORTAÇÕES.
Examinando a estrutura do Balanço de Pagamentos,
- desigual dotação de recursos; observe-se os seguintes aspectos:
- diferenças de qualidade de solo e tipos de clima; - A BALANÇA COMERCIAL registra as entradas e saídas
- diferente disponibilidade de capital, trabalho e nível de mercadorias, sob o conceito FOB (free on board),
tecnológico. isto é, incluindo as despesas até o embarque no navio
transportador. As despesas com SEGURO e FRETE
São as seguintes as vantagens do comércio, do lado da fazem parte do conceito CIF (cost, insurance and
demanda: freight), mas normalmente são registradas em suas
próprias contas.
- geração de divisas com o consequente financiamento
das importações e possibilidade de pagamentos dos - A BALANÇA DE SERViÇOS compreende os bens não
tangíveis, com VIAGENS INTERNACIONAIS, TRANS-
PORTE e SEGURO. Esses e outros são denominados
emprést Global seja maior do que o Produto Interno
imos e Bruto; 1. Transações 2. Transações de
das Correntes Capital
remess - absorção de tecnologia incorporada nos bens de con-
a) Balança Comercial d) Capitais Autônomos
as de sumo e de capital.
Exportações Investimentos
juros e Reinvestimentos
Importações
lucros; Financiamentos
b) Balança de Serviços Amortizações
- efeito Viagens Capitais de curto prazo
multipli
cador Transporte e) Erros e Omissões
das Seguros
(a+b+c) + d + e = saldo total
atividad Lucros
Juros do balanço de pagamentos
es
Serviços Governamentais
ligadas Outros Serviços
f) Capitais Compensatórios
às Variação de reservas
expor- Empréstimos de regulari-
c) Transferências
zação
tações, Unilaterais
gerand a + b + c = Saldo do balanço
o de pagamentos em transa-
ções correntes
renda,
empreg
oe
imposto
s;

- ampliação da
escala
de
produçã
o, o que
resulta
em
diminui
ção de
custos
e
incorpor
ação do
mercad
o
interno.


o as
seguint
es as
vantag
ens do
comérc
io, do
lado da

oferta:

- absorção de
bens de
consum
o e de
capital
não dis-

ponívei
s
interna
mente
em
quantid
ade ou
qualida
de
suficien
tes ou a
preços
mais
altos,
permitin
do que
a Oferta
~
~
SERViÇOS DE NÃO FATOR, enquanto que as remune- j) foram pagas amortizações de empréstimos realizados
anteriormente, no valor de 40;
rações a fatores de produção, como LUCROS
eJUROS, I) o país recebeu mercadorias diversas, como doações
são denominadas SERViÇOS DE FATOR. para vítimas de seca no Nordeste, no valor de 10;
- As TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS representam as
m) o país recebeu empréstimos compensatórios do
doações e as remessas de migrantes.
Fundo Monetário lnternaclonal, no valor de 20.
- O SALDO DO BP EM TRANSAÇÕES CORRENTES é igual
lançamentos correspondentes:
à soma dos saldos da Balança Comercial, da Balança
a) Importações a Variação de Reservas » 100;
de Serviços e das Transferências unilaterais. Se SUPE-
b) =
Importações a Financiamentos 30; c) Importações
RAVITÁRIO, isto é, se as vendas de mercadorias, e de a Investimentos = 50; d) Variação de Reservas a Expor-
serviços superarem as respectivas compras, fornece =
tações 220; e) Viagens a Variação de Reservas 5; f) =
recursos para aumentar o nível de reservas interna- Transporte a Variação de Reservas = 30; g) Lucros a Di-
cionais do país ou para a realização de investimentos versos (Variação de Reservas = 25 e Reinvestimentos :: 5);
no exterior; se DEFICITÁRIO, significa que as h) Juros a Variação de Reservas = 55; i) Seguros a Variação
aquisições de Reservas" 15; j) Amortizações a Variação de Reservas
de mercadorias e de serviços superam as vendas, " 40; I) Importações a Transferências Unilaterais = 10;
resultado que torna a OFERTA GLOBAL superior à m) Variação de Reservas a Empréstimos do FMI " 20.
produção interna, o que permite níveis de consumo e
de investimento internos superiores às possibilidades
de produção. Esse saldo corresponde à POUPANÇA Construção do Balanço de Pagamentos
EXTERNA do país (com o sinal trocado).
- Os CAPITAIS AUTÔNOMOS incluem os registros do TRANSAÇÕES TRANSAÇÕES DE
movimento de capitais não vinculados especifica-
mente ao financiamento de déficit do BP. São os
EMPRÉSTIMOS e FINANCIAMENTOS para cobertura CORRENTES CAPITAL
de importações e de exportações, AMORTIZAÇÃO de a) Balança Comercial d) Capitais
empréstimos e financiamentos, INVESTIMENTOS re- Exportações = + 220 Autônomos
ferentes a aplicação de capitais e REINVESTIMENTOS Importações = - (100 + 30 Investimentos" + 50
+ 50 + 10)" -190 Reinvestimentos = + 5
de lucros. Financiamentos" + 30
saldo = + 30
- O SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS é
Amortizações" - 40
igual ao saldo EM TRANSAÇÕES CORRENTES, mais
o saldo" +45
saldo dos CAPITAIS AUTÔNOMOS. Se positivo, temos e) Balança de
um SUPERÁVIT e, se negativo, tem-se um DÉFICIT. Serviços a+ b+c+d (saldoglo-
- Os capitais compensatórios representam a contra- Viagens internacionais = - S bal do BP) =
partida do saldo total do BP. O seu saldo é igual ao Juros =-55 -95+45 =-50
saldo do BP, com o sinal trocado. Se há um superávit Lucros = - 25 - 5 = - 30
no BP, por exemplo, 0$ capitais compensatórios
Fretes =-30
indicam o aumento das reservas internacionais ou a
diminuição de obrigações com o exterior. Se há um
Seguros = -15
déficit, os capitais compensatórios indicam como esse
resultado pode ser financiado. saldo =-135
- As principais contas compensatórias são Variação c) Transferências e) Capitais
de Reservas (movimento líquido de entrada e sa-
Compensatá-
ída de divisas, como dólares, pesos, euros etc.) e Unilaterais = + 10
os empréstimos de regularização, que se referem rios
a operações com organismos internacionais para Variação de Reservas"
Um exemplo
financiar de levantamento
o déficit, como osde um Balançodo Fundo
empréstimos + 100-220+ 5 + 30 +
Vamos construir
Monetário um Balanço do
Internacional, de Banco
Pagamentos, a partir dos
de Compensações 25 + 55 + 15 + 40 - 20
seguintes fatos econômicos
Internacionais, hipotéticos
os Direitos ocorridos
Especiais num país
de Saque (moeda a + b + c (saldo do BP =+30
num determinado
escritura I ano (em milhões
do FMI) de dólares):
e Ouro Monetário. em Transações Correntes)
Empréstimos do FMI "
a) o país importou mercadorias no valor de 100;
= + 30 -135 + 10 = - 95 +20
b) o país importou equipamentos, no valor de 30, finan-
Análise do Balanço de Pagamentos: Total = + 50
ciados a longo prazo; - o saldo do BP em transações correntes é negativo
(- 95), o que significa que o país recebeu poupança
c) ingressaram equipamentos, sob a forma de investi-
externa no valor de 9S. O saldo negativo foi decorren-
mento, sem cobertura cambial, no valor de 50;
te de o déficit nos serviços (135) superar os superávits
d) o país exportou mercadorias, no valor de 220; na balança comercial (30) e nas transferências (10).
os capitais autônomos apresentam superávit (+ 45),
e) foram recebidos 13 e pagos 18 referentes a viagens
o qual é insuficiente para financiar o déficit em Tran-
internacionais;
sações Correntes, o que resulta num saldo global s
f) foram pagos serviços de fretes, no valor de 34, e rece-
negativo de - 50, ou um déficit igual a 50. s
o déficit global do BP foi financiado por uma saída
bidos serviços de fretes no valor de 4;
líquida de divisas, de 30, e pelo empréstimo do FMI,
o
g) foram remetidos lucros para acionistas estrangeiros, no de 20. z
valor O
de 27, realizados reinvestimentos de lucros, por diversas u
empresas,
no valor de 5 e recebidos dividendos no valor de 2; 1w
7
h)
55;
foram remetidos juros de empréstimos, no valor de
(;;1
i) foram pagos seguros no valor de 15;
-se à opção c.
~

Já se viu que o déficit em transações correntes representa


uma poupança externa, que é útil principalmente para os
países em desenvolvimento. A contra partida desse déficit é,
no entanto, perda de reservas e/ou endividamento externo.
Se o país quiser eliminar ou reduzir esse desequilíbrio, deve
buscar ampliar a receita de exportações de mercadorias e
serviços, e reduzir o dispêndio com importações.

As exportações podem ser incentivadas através das


seguintes medidas:
- política cambial realista que impeça a valorização da
moeda nacional;

- financiamentos mais favorecidos à produção e co-


mercialização de bens a serem exportados;

- conquista de novos mercados e avanço em mercados


tradicionais através da busca de eficiência na
produ-
ção e comercialização de bens a serem
exportados,
melhorando a qualidade e diminuindo os custos;

- incentivos fiscais, mediante a desoneração de im-


postos incidentes sobre os bens exportados.

Para diminuir as importações, o Governo pode impor


tarifas protecionistas, bem como executar uma política
recessiva através de diminuição das despesas governamen-
tais e aumento da taxa de juros, que provoca diminuição
nas aquisições de bens importados. Essas medidas têm
como efeitos negativos, no caso das tarifas a diminuição na
competitividade com o exterior e no caso da diminuição nas
despesas o aumento no desemprego.

As barreiras ao comércio internacional também podem


ser não tarifárias. É o caso da proibição ou suspensão da
entrada de certos bens, a imposição de cotas (fixação de
certo volume de importação máxima por determinados
períodos) e as normas de obediência a padrões mínimos de
qualidade dos produtos.

Questões comentadas

Vamos a algumas questões que a Esaf tem colocado mais


recentemente:

1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal, 2002) Considere


as
seguintes informações: A = saldo da balança comercial;
= =
B saldo da balança de serviços; C saldo das opera-
ções de transferências unilaterais; O = saldo em transa-
ções correntes; E = movimento de capitais autônomos;
=
F movimento de capitais compensatórios; G saldo =
total do balanço de pagamentos. Com base nessas
informações, pode-se afirmar com certeza que

a) A+ B+ C= D + E + F + G
b) A+ B+ C+ D + E + F+ G = O
c) A+ B + C+ E + F = O
d)G = O
e) A + B + C = O = G = O
«
Comentário:
~
O Sabe-se que a soma dos saldos da balança comercial,
z da balança de serviços e das transferências unilaterais é
igual ao saldo em transações correntes (A + B + C = O);
O
o saldo em transações correntes (O), é igual à soma do
u
movimento de capitais autônomos (E), mais o movimento
w
de capitais compensatórios (F), ou seja, O = E + F. O sal-
do em transações correntes (D), mais o movimento de
capitais autônomos (E) é igual ao saldo total do balanço
de pagamentos (G). O saldo total do BP (G), por sua vez,
1
é igual ao movimento de capitais compensatórios (F)
8
com o sinal trocado. Com base nessas relações, chega-
o país exporta mercadorias no valor de 500, rece- =
tações 500; 2. Importações a Variação de Reservas =
bendo à vista; 400; 3. Diversos (Juros, Lucros e Aluguéis) a Variação de
 o país importa mercadorias no valor de 400, pa- Reservas = 100; 4. Amortizações a Variação de Reservas
2. gando à vista; = 100; 5. Importações a Investimentos = 100; 6. Variação
(Analista o país paga 100 à vista, referente a juros, lucros e de Reservas a Capitais de Curto Prazo = 50; 7. Transfe-
do aluguéis; rências Unilaterais a Exportações = 30. Os saldos do BP
Banco  o país amortiza empréstimo no valor de 100; são: balança comercial = +30; balança de serviços = -100;
Central  ingressam no país máquinas e equipamentos no valor =
transferências unilaterais -30; transações correntes =
do -100; capitais autônomos = +50; saldo total do BP = -50;
Brasil, de 100 sob a forma de investimentos diretos; capitais compensatórios = +50. Os capitais compensató-
2002)  ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto rios são representados unicamente pela conta de Varia-
Conside ção de Reservas, cujo saldo de +50 indica uma redução
re as prazo; de reservas para financiar o saldo total negativo do BP.
seguinte  o país realiza doação de medicamentos no valor de
s 3. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério
30.
operaçõ do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2003) Considere
0$ seguintes lançamentos realizados entre residentes e
es entre Com base nestas informações, pode-se afirmar que as
resident não residentes de um país, num determinado período de
reservas do país, no período:
es e não tempo, em unidades monetárias: o país exporta merca-
resident a) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares. dorias no valor de 100, recebendo à vista; o país importa
es b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares. mercadorias no valor de 50, pagando à vista; o país realiza
de um c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares. pagamentos à vista referentes a juros, lucros e aluguéis, no
país, d) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares. valor de 50; ingressam no país investimentos diretos, no
num valor de 20, sob a forma de máquinas e equipamentos; o
e) não sofreram alterações.
determin país paga 50 referentes a despesas com transportes; o país
ado recebe empréstimos no valor de 100. Com base nessas
Gabarito: a
período informações, o país apresentou:
de Comentário: a) saldo total nulo no balanço de pagamentos.
tempo,
b) déficit no balanço de pagamentos de 100.
em A variação nas reservas internacionais do país aparece
c) superávit em transações correntes de 70.
milhões nas contas dos capitais compensatórios do balanço de
d) superávit na balança comercial de 50.
de pagamentos. Para se chegar a elas é preciso inicialmente
e) superávit no balanço de pagamentos de 50.
dólares: fazer-se os lançamentos contábeis de cada operação e
depois apurar-se os saldos do balanço de pagamentos.
 Os lançamentos são: 1. Variação de Reservas a Expor-
Gabarito: e

Comentário: Juros - 9.720 -11.847

A balança comercial apresenta exportações de 100 e im- Lucros - 38.166 - 24.112


portações de 70 (50 + 20). Logo, um saldo positivo de 30. Transporte - 8.334 - 8.769
Atenção para o fato de que os investimentos sob a forma Viagens - 14.709 - 15.588 Co
de equipamentos representam importação. A balança de me
Seguros -1.212 - 994 ntár
serviços tem pagamentos de juros, lucros e aluguéis de 50
Governo -1.411 -1.446 io:
e de transporte de 50, resultando em um saldo negativo
de -50 + -50:;; -100 (déficit). O resultado em transações Outros -11.719 - 13.767
A
correntes é a soma dos dois saldos: +30-100:;; -70. Para se Balança de Serviços (2) - 85.271 - 76.523 part
Transferências Unilaterais (3) + 2.984 + 2.846 ir
chegar ao saldo total do balanço de pagamentos, adicio- de
Transações Correntes (1+ 2 + 3) - 52.480 - 54.255
na-se ao saldo corrente (-70) o da conta de capitais (+20), jan
ou seja, -50. Aí ocorre uma divergência com o gabarito. Conta de Capital e Financeira (4) + 111.117 + 72.762
eiro
Este indica a opção e, ou seja, um superávit no BP igual a Erros e Omissões (5) +58.637 + 18.507
de
50. O resultado do gabarito seria compatível somente com Saldo do Balanço de Pagamentos 200
o lançamento de "empréstimos" (+100) nessa conta, cujo +49.101 + 58.637
(1 + 2 + 3 + 4+5) 1o
saldo passaria a ser de 120 (+20 + 100). O saldo total do Ba
Fonte: Banco Central do Brasil
BP nco
seria igual a -70 + 120:;; +50. Mas somente concordamos
A conta de Capital tem sido elaborada desde o ano de Ce
com esse resultado se em vez de "empréstimos", o valor de ntra
2001 com nova apresentação, denominada Conta de Capital
e Financeira, onde são destacados itens mais específicos. l do
100 se referisse a "financiamentos", já que "empréstimos" Bra
é normalmente lançado na conta de capitais compensa-
Questões comentadas sil
tórios, pois se trata de obtenção de recursos para reforçar pas
as reservas monetárias. sou
1. (Antaq/Agente de Regulação/2009) Julgue o item a
seguir. a
O Balanço de Pagamentos do Brasil div
Atualmente, de acordo com metodologia recomen- ulg
Eis os Balanços de Pagamentos do Brasil, referentes aos dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os ar o
anos de 2011 e 2012, em milhões de dólares: movimentos de capitais passaram a ser demonstrados bal
no balanço de pagamentos em duas contas distintas, anç
Balanços de Pagamentos do Brasil
que separam as transferências de patrimônio das mo- o
US$ milhões
vimentações meramente financeiras. de
pag
Gabarito: C am
Item 2011 2012 ent
Exportações 256.040 242.579 os
Importações - 226.233 223.157 de
aco
Balança Comercial (1) + 29.807 19.422
rdo
de
acordo com a metodologia contida no Manual de Balanço
~
de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. A
principal modificação é a criação da chamada "Conta de ~
Capital e Financeira", que explícita com mais detalhe os
itens financeiros do balanço e separa as transferências de
patrimônio das movimentações meramente financeiras.

2. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamen-
ta1!2009) Considere os seguintes saldos, em unidades
monetárias, para as contas dos Balanços de Pagamentos:

Balanço comercial: -700; Balanço de serviços: - 7.000;


Balanço de rendas: -18.000; Transferências unilaterais:
+ 1.500; Conta Capital: + 300; Investimento Direto:
+ 30.500; Investimento em Carteira: + 7.000; Derivati-
vos: - 200; Outros investimentos na conta financeira =
-18.000; Erros e omissões: + 2.500. Considerando esses
lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da
Autoridade Monetária apresentou saldo de:

a) + 2.100. d) + 2.000.
b) - 2.100. e) zero.
c) - 2.900.

Gabarito: a

Comentário:

O saldo em transações correntes é a soma dos seguintes


valores: (-700) +(-7.000)+ (-18.000) + 1.500:;;-24.200.
O saldo da conta de capital e financeira é a soma dos
seguintes valores: +300 + 30.500 + 7.000 - 200 -18.000
+ 2.500 = + 22.100. O saldo do balanço de pagamentos é
igual à soma dos saldos: - 24.200 + 22.100 = - 2.100. A con-

ta Haveres no Exterior é o saldo do BP com o sinal trocado:

- (- 2.100) = + 2.100.

Modelo de Oferta e Demanda Agregada. A


Função Demanda Agregada. As Funções de
Oferta Agregada de Curto e Longo Prazo.
Efeitos
da Política Monetária e Fiscal no Curto e Longo

Prazo. Choques de Oferta

Oferta Agregada é a quantidade total de produção que o


setor produtivo fornece, por período de tempo, dado certo
nível de preços. A produção total da economia depende da
dotação de recursos, ou seja, da quantidade de trabalho,
capital,
tecnologia e demais fatores de produção de que a economia
dispõe. Assim, tem-se a função de produção de uma economia:

t
Q:;; f ( K, L, T sendo K a quantidade de bens de capital,
L o trabalho e T a tecnologia. Considerando-se o curto pra-
ZO, período de tempo em que o capital e a tecnologia são
constantes, o aumento na produção depende apenas de
incrementos no fator trabalho, conforme o gráfico a seguir:

A função de produção, no curto prazo, relaciona a quan-


tidade total produzida (Q) com a quantidade de trabalho (L).

Q
s:iE
O
z
O
u
w

o
L
19
<
> Observe-se que a produção aumenta à medida que tam- O segundo princípio garante que o nível de produção de
~
bém aumenta a quantidade de trabalho empregado, mas os pleno emprego encontra um mercado que o absorva. A lei
incrementos na produção são cada vez menores. Isso ocorre de 5ay afirma que lia oferta cria a sua própria procura".
em razão de considerarmos o curto prazo, quando age a lei Através dessa lei os clássicos procuraram mostrar que a
dos rendimentos decrescentes, ou seja, a produtividade realização da produção criava um montante de renda de
marginal do trabalho é decrescente. igual valor que era destinado ao mercado, justamente para
Existe uma controvérsia bastante interessante a respeito adquirir essa produção.
da forma da curva da oferta agregada, entre a teoria clássica A existência da poupança não era problema para a teoria
e a teoria keynesiana. clássica, pois era assegurado que ela era toda canalizada para
Até o final da década de 20, a macroeconomia não era financiar os investimentos realizados pelas empresas. Mas, se
desenvolvida, pois até então o mundo não conhecia crises a poupança é realizada pelas famílias, e os investimentos frutos
globais importantes. O estudo da economia era baseado
principalmente na teoria microeconômica, além de princípios de decisão dos empresários, como conciliar os seus valores?
básicos que constituíam a chamada teoria clássica. São três A resposta está na taxa de juros.
os princípios básicos sobre os quais repousa a teoria clássica: A poupança (5) é função direta e o investimento (I)
é função inversa da taxa de juros (i). De seu encontro é
determinada a taxa de juros do mercado, que em equilíbrio
- A economia, quando em equilfbrio, apresenta ple- garante a igualdade entre poupança e investimento.
no emprego dos recursos. Não existe desemprego
involuntário.
- Para que seja garantido o pleno emprego, tudo que
é produzido gera uma demanda correspondente.

- a poupança da sociedade é toda canalizada para


investimentos.
S,I

Os gráficos a seguir mostram como se determinam os Com base no mercado de trabalho, pode-se deduzir a
níveis de emprego e de produto na economia, segundo a curva
teoria clássica. de Oferta Agregada clássica. Ocorre que, para qualquer nível
de
Q preço, o salário nominal W ajusta-se para garantir o equilíbrio
no mercado. Assim, se o nível de preço se reduz e o salário
real
aumenta, a demanda de trabalho, pelos empregadores, diminui

e torna-se menor do que a oferta de trabalho pelos


/ empregados.
Então, o salário nominal diminui detal maneira a voltar ao nível
N inicial de salário real. Se o salário real não se altera, o produto
mantém-se constante. O mesmo raciocínio pode ser feito com
W/P relação a um aumento de preço: o salário real diminui, a de-
manda de trabalho excede a oferta e o salário nominal cai, de
On
modo a manter o salário real e a produção. A curva de Oferta
Agregada é, portanto, uma reta vertical.
p
............ " .. + . A curva de Ofer- OA
ta Agregada clássica
Dn é uma reta vertical,
pois a qualquer nível o ~--~----------
•••N de preço a produção ~Q
A curva de Oferta Agregada pode deslocar-se, para a
total é constante .
direita ou a esquerda, se ocorrerem variações autônomas
o nível de emprego (N) é determinado no mercado de
na oferta e na procura de mão de obra. Por exemplo, se
trabalho (gráfico à direita), onde a oferta de trabalho exer-
aumentar a produtividade marginal do trabalho a demanda
cida pelos trabalhadores (On), e a demanda de mão de obra
de trabalho pelas empresas aumenta, e a curva desloca-se
exercida pelas empresas (Dn) são função direta e inversa
para a direita. Se os trabalhadores exigirem salários nominais
do salário real (W/P)' respectivamente. Dado o nível de
maiores, a oferta de trabalho (aos salários atuais) cai e a
emprego N1, o nível de produção (Q) é determinado no
curva desloca-se para a esquerda.
gráfico à esquerda.
É importante frisar que, de acordo com o primeiro prin- Questões comentadas
cípio básico da teoria clássica, ao nível de emprego N 1 não
há desemprego involuntário. A um nível de emprego maior,
As provas de concurso costumam pedir bastante o conheci-
acima de N1, a menor produtividade marginal do trabalho
mento dos fundamentos da teoria clássica. Vejamos as duas
exige que o salário real diminua, abaixo de (W/P)l. Como
questões seguintes:
esse nível de emprego é oferecido pelos trabalhadores
somente a um salário real maior, diz-se que o desemprego,
1. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério
nesse caso, é voluntário e corresponde ao fato de o salá-
do
rio real desejado pelos trabalhadores ser maior do que o
Planejamento, Orçamento e Gestão/2003) O denominado
correspondente à sua produtividade.
"modelo clássico" tem sido apresentado em livros textos
de macroeconomia como uma descrição possível do

20
~ ~
~ ~
pensamento
cem com macroeconômico
seus preços fixos,anterior
essasa empresas
Keynes. Assim,
observarão um mativas dos A Função
itens a, Demanda
b, d e e são Agregada
corretas. O equilfbrio no
aumento
partindo-se na demanda,
do equilíbrio de que resultará
no mercado aumento
de trabalho, na produ- mercado de trabalho determina o nível de pleno empre-
chega-se
ao nível
ção.
deOs pleno
empresários
emprego também
e, a partirpodem,
da função
perante
de produ-
o aumento de go, que somente pode aumentar por incremento da pro-
A Demanda Agregada é definida como a quantidade to-
ção, aopreços,
nível deesquecer-se
produto dede que emprego.
pleno os preçosNessedos insumos também sedutividade do trabalho e pela flexibilização dos salários
modelo,
tal de bens e serviços demandados em uma economia a um
o nívelelevam
geral de e aumentar
preços ficaa determinado
produção. Essa pelapercepção
denominada equivocada nominais. Desse modo, o desemprego é explicado pela
certo nível de preços. Em uma economia fechada, engloba as
"teoriados empresários
quantitativa pode explicar
da moeda". Com basea inclinação
nessas positiva
informa-da curva rigidez dos salários nominais (item a), ou seja, se o salário
despesas com consumo, investimento e gastos governamen-
ções, de
é correto
oferta deafirmar
curtoque:
prazo. A percepção equivocada por parte é fixo e não pode diminuir em razão de legislação ou ação
tais. Dado um aumento no nível de preços, a quantidade de
a) dos
uma trabalhadores
elevação da pode ocorrer
demanda porquando,
mão de dado um aumento
obra reduz o dos sindicatos nãoasestimula
moeda que pessoasaspossuem empresas a contratar
para maiscompras
efetuar suas
salário real.
nos salários nominais, os trabalhadores oferecem mais horas unidades de mão de obra. As hipóteses do modelo clássi-
diminui de valor em termos reais, constituindo o chamado
de trabalho e a produção cresce, mas se esquecem de que osco admitem que políticas fiscais ou monetárias somente
b) uma política monetária expansionista teria como efeito dos saldos reais. Essa perda de poder de compra diminui
preços também estão aumentado, sem repercussão impor- alteram as variáveis nominais, como o nível de preços,
efeito a demanda agregada, o que permite deduzir-se que há uma
tante sobre o salário real. sem efeitos sobre as variáveis reaisdecomo o emprego e o agregada.
uma elevação no produto de pleno emprego. relação inversa entre o nível preços e a demanda
Considere-se a expressão Y = Y + a ( P - Pe], sendo Y o produto (item b). Uma elevação dos gastos públicos eleva
c) produto
o produto efetivo, Y o produto
agregado natural, Pdao quantidade
real independe nível de preços
de efetivoa taxa de juros e com isso desincentiva e anula despesas
e Pe o nível de preços esperado. Conforme a diferença entre ode investimento privado (item d}, A equação quantitativa
mão de obra empregada.
nível de preços efetivo e o nível de preços esperado, o produtoda moedaArepresenta curva de De- a demanda agregada da economia
efetivo será maior ou menor do que o produto natural. através da quantidade
manda Agregadade moeda e seus efeitos sobre o
d) o nível do produto real de pleno emprego independe
produto e o níveluma
apresenta de preços
rela- (item e). A afirmativa c é
da oferta de moeda
Gabarito: dExiste naumaeconomia.
hipótese mais rigorosa de Keynes, quando é incorreta, pois uma redução dos impostos é uma política
ção inversa com o ní-
suposto que o nível de preços também é constante no curto fiscal expansionista que faz elevar a renda disponível
e) Comentário:
um aumento no estoque de capital na economia vel de preços.
reduz prazo. Nesse caso, a curva de Oferta Agregada é uma reta da economia e a renda, mas resulta em elevação das
a) No horizontal
mercado de trabalho,
e corresponde se aumenta a demanda por
ao caso keynesiano extremo.
o salário real e o nível de pleno emprego. taxas de juros,
Por que coma queda
curva de nosdemanda
investimentos privados
agregada tem inclinação
parte das empresas o salário real tem de subir para estimu-
A curva de Oferta Agregada horizontal supõe os preços e diminui novamente
negativa? o produto.
A resposta simples é que a demanda agregada tem
constantes no curto prazo. A teoria keynesiana
relação inversaapresenta
com o nível outrade hipótese,
preços. Eaqualde que
a justificativa
lar os trabalhadores a atenderem a essa demanda maior;
os salárioseconômica?
nominais são Osrígidos
seguintes a curto prazo,
efeitos fato que
explicam im-relação: o
essa
b) qualquer política,pfiscal ou monetária, apenas resulta
pede o seu ajustamento
efeito automático
Pigou (quando aumenta às variações
o nível dedepreços
preço,a riqueza
em variação no nível de preços, não afetando as variáveis
como defendem
em forma os clássicos.
monetária Nesse
diminuicaso, dado
de valor emum aumento
termos reais, dimi-
reais; c) o mercado de trabalho determina a quantidade
de preço, nuindo
por exemplo, dado o salário
em consequência nominal constante
a demanda agregada, e vice-versa),
de trabalho empregada (considerada de pleno emprego) o salário real cai, provocando desequilíbrio no mercado,
e o resultante nível de produto agregado real; d) o nível
do produto depende das quantidades de recursos empre-

com a demanda de trabalho efeito taxasuperando
de juros a(um oferta de traba-
aumento no nível de preços
lho, o quediminui
resulta em aumento do emprego e da produção.
gados, e não da quantidade de moeda; e) um dos fatores
que fazem aumentar a demanda de trabalho é o aumento

Raciocinando-se inversamente,
valor real dauma oferta diminuição
de moeda nodapreço,
economia,
dado o salário nominal
resultando emconstante, aumenta o salário real,
no estoque de capital da economia, que aumenta a pro- tornando aquedaofertana dedemanda
trabalho maior do que a demandaede
agregada, e vice-versa), efeito taxa de
dutividade do trabalho, resulta em aumento na demanda trabalho, ocâmbio
que resulta em desemprego e queda na produção.
( um aumento de preços, ao elevar os juros internos,
por trabalho e elevação do salário real. Em arnbas as situações verifica-se uma
atrai capitais estrangeiros, que relação
por suadireta
vez faz entre
valorizar a
níveis de preço e produção.
moeda nacional em relação às estrangeiras, diminuindo as
2. (Analista do Banco Central do BrasiI/2002)
exportações líquidas, e vice-versa). Pode-se também dizer
Considere o
que, em uma economia W/P aberta, incluindo-se exportações e
seguinte modelo: Y:: f(N); f' >0 e f" < O; W!P :: f'(N); N Um aumento de dado um aumento no nível de preços internos,
importações,
s = f (W/P); f' > O; MV = PY; Sp(r) + t = ip (r) + g; Sp' >0
e ip' < O, onde: Y = produto; N = nível de emprego; W =
salário nominal; P = nível geral de preços; N s = oferta
preços diminui
os bens o salá-
rio real, resultando em ""x------
da economia ficam relativamente mais caros do que os
oe
D
de mão de obra; M = oferta monetária; V = velocidade
de circulação da moeda; Sp = poupança privada; ip = in-
demanda bens maiorimportados,
do que
n
o que desestímula as exportações e estimula
as importações, diminuindo também a demanda agregada.
~--------------
a oferta de trabalho.
vestimento privado; t = impostos; g = gastos do governo; Enquanto W/P ~L que provocam deslocamentos
isso, os fatores
Uma diminuição de
r = taxa de juros; f'= primeira derivada da função; f"= da curva
preços aumenta o da demanda agregada são quaisquer aumentos ou
""""""""""""""~Oll
segunda derivada da função e assim por diante para as Um aumento
diminuições
salário real, resultan- na demanda que ocorrem independentemente
outras funções do modelo. Este conjunto de equações
/~Dn
autônomo
de variações na nos
de- preços, como variações autônomas nos
define o denominado "modelo clássico". Com base neste manda me- agregada
do em demanda
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos
modelo, é incorreto afirmar que: desloca
a ofertaa curva exportações líquidas) e na oferta monetária.
nor do quegovernamentais,
de trabalho.para a direita. O f---------. L

I~~.Q
a) o desemprego pode ser explicado por imperfeições

.
no mercado de trabalho decorrentes, por exemplo, A curva de Ofer- p Pt " ta
de rigidez nos salários nominais. Agregada keynesiana AO

>
mostra relaçãoAdiretaDeterminação do Nível de Preços e da Produção
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a
entre nível de O encontro
preço e das curvas de Oferta Agregada e Demanda
velo-
produção Agregada
total. determinam o nível de preços e a produção da
cidade de circulação da moeda constante, uma política economia. Os gráficos a seguir representam os pontos de
monetária expansionista só altera o nível geral de preços. equilíbrio nas três hipóteses da Oferta Agregada.
o Q
c) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma
redução nas taxas de juros via redução dos impostos A curva de oferta agregada acima corresponde ao caso
eleva o emprego e, consequentemente, o produto. keynesiano básico e tem inclinação positiva devido à hipóte-
Gabarito: c se dos salários nominais rígidos no curto prazo e também à
d)
públicos
tudo mais constante, uma elevação dos gastos
rigidez dos preços e às percepções equivocadas dos empresá- s
Comentário: rios e dos trabalhadores. Considera-se que no curto prazo as ~
eleva as taxas de juros.
Essa questão pode assustar um pouco, devido à apre- empresas têm um custo ao reajustar preços. São os chamados o
e) sentação a equação
inicial dequantitativa
equações edarelações
moeda funcionais,
pode ser entendida
mas "custos de menu". Suponhamos um aumento de preços na z
trata-se, como é explicitado, do modelo clássico. As afir- economia. Se no curto prazo algumas empresas perrnane-
O
como a demanda agregada.
u
w
21
p

I OA
I DA

I
Q
clássica
Q
clássica

/ Q
keynesiana básica
p

Em resumo, são as seguintes as curvas de Oferta Agre-


gada:

p
p Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
~/OA
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
~DA a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de
Keynesiana básica moeda da economia a fim de influenciar-se a taxa de juros de
mercado e, com isso, estimular-se o consumo e o investimento.
p A política fiscal utiliza os gastos governamentais e os tributos
para interferir na demanda agregada. A aplicação dessas po-
líticas causam efeitos diversos sobre a produção e o nível de
r---~~---- preços, conforme considere-se cada uma das três hipóteses a
OA respeito da forma da curva da Oferta Agregada.
DA
Os gráficos a seguir mostram a aplicação de políticas
Q Q expansionistas (de estímulo à renda e à produção), que
Keynesiana extrema aumentam a demanda agregada da economia, em cada uma
das três hipóteses teóricas:
Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de

moeda da economia a fim de influenciar-se a taxa de juros de


mercado e, com isso, estimular-se o consumo e o investimento. f----+----...Q

A política fiscal utiliza os gastos governamentais e os tributos clássica


para interferir na demanda agregada. A aplicação dessas po- p
líticas causam efeitos diversos sobre a produção e o nível de
preços, conforme considere-se cada uma das três hipóteses a
respeito da forma da curva da Oferta Agregada.
Os gráficos a seguir mostram a aplicação de políticas
expansionistas (de estímulo à renda e à produção), que
aumentam a demanda agregada da economia, em cada uma
f--------.Q
p teóricas:
das três hipóteses
keynesiana básica

clássica
p
keyncsiana extrema

Observe-se os efeitos em cada uma das três hipóteses


de um aumento na demanda agregada:
Clássica (ou de longo prazo): crescimento dos preços
e nenhum efeito sobre a produção, pois o salário nominal
ajusta-se à variação do preço, mantendo constante o salário
real, o emprego e a produção. A relação entre o aumento na
keynesiana básica quantidade de moeda e a elevação dos preços está contida
na chamada teoria quantitativa da moeda.
Partimos da seguinte igualdade: M V = P Q, sendo M a
p
quantidade de moeda da economia, V a velocidade de cir-
culação da moeda, P o nível geral de preços e Q a produção
física. Essa igualdade diz, simplesmente, que a quantidade
de moeda, vezes a sua velocidade, iguala o valor da produção
global de bens e serviços, que é igual ao nível de preços vezes
a quantidade. Como exemplo, tem-se:
s
:!E
Q O
I------- •..
z
keynesiana extrema MxV=PxQ O
u
Q
w
23
keynesiana extrema

~ ~
22
ct: gado; Y p = produto de pleno emprego; a > O; P = nível
geral de preços; Pe = nível geral de preços esperados.
~ Com base nas informações constantes da equação acima
O
z e considerando as curvas de oferta agregada de longo
Exemplo: 100 x 4 = 5 x 80 (a quantidade de moeda,
O prazo e de demanda agregada, é correto afirmar que:
girando em média 4 vezes por período, é igual ao valor da
u produção, 400, que por sua vez corresponde a um preço
w médio igual a 4 e uma produção física de 80 unidades).

A teoria quantitativa da moeda diz que, no curto pra-


zo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível físico do
2 produto (Q) são constantes, e que qualquer variação na
4 quantidade de moeda (M) resulta em variação direta e em
igual intensidade no nível de preços (P).

t ~ t ~
MxV=PxQ

Daí que P = f (M), ou seja, o nível de preços é função da


quantidade de moeda da economia. Essa teoria é também
chamada de teoria monetarista da inflação, indicando que os
aumentos gerais de preços devem basear-se em aumentos
na quantidade de moeda da economia.

No exemplo numérico acima, se M passar de 100 para


120, teremos:

120 x 4 = 6 X 80, ou seja, o aumento em M provocou um


crescimento nos preços, de 5 para 6.

Keynesiano básico (curto prazo): aumento de preços e


da produção, pois não há ajuste do salário nominal, o salário
real cai e a contratação de trabalhadores sobe.

Questões comentadas

1. (Analista de Planejamento e Orçamento do


MPOGj2002)
Considere o modelo de oferta e demanda agregada,
supondo a curva de oferta agregada positivamente
inclinada e a curva de demanda agregada derivada do
modelo ISjLM. É correto afirmar que

a) um aumento dos gastos do governo eleva o


produto,
deixando inalterado o nível geral de preços.
b) uma elevação da oferta monetária só resulta em
alterações no nível geral de preços.
c) uma elevação do consumo agregado não causa
impacto sobre o nível geral de preços.
d) uma elevação das exportações tende a elevar tanto
o produto agregado quanto o nível geral de preços.

e) uma redução nos impostos não causa alterações no

produto agregado.

Gabarito: d

Comentário:

O modelo de oferta e demanda agregada keynesiana,


de curto prazo, que considera a curva de oferta agre-
gada positivamente inclinada, mostra que qualquer
aumento na demanda agregada resulta em elevação
na produção e nos preços. Com essa base de raciocínio
podemos eliminar as opções que são incorretas, como
a (os preços se alteram), b (também altera o produto),
c (alteram os preços) e e (aumenta o produto). Resta
a opção d, que está de acordo com a teoria.

2. (Auditor-Fiscal da Previdência Socia1j2002)


Considere
a seguinte equação para a curva de oferta agregada de
curto prazo: Y = Y P + a (P - Pe ), onde Y = produto agre-
longo prazo.
e) alterações na demanda agregada, tanto no curto
quanto no longo prazo, só geram inflação, não tendo
qualquer impacto sobre a renda.
a)
uma Gabarito: b
política
monetá
Comentário:
ria
expansi A questão apresenta a equação representativa da curva
onista de
não oferta agregada de curto prazo, mas basta sabermos que
altera o alterações na demanda agregada afetam os preços e a
produção para a resolvermos. É o caso do item b, No item
nível
a, uma elevação na demanda agregada também aumenta
geral
os preços. No item c, o produto também se altera. No item
de
preços,
d, o produto de pleno emprego está associado ao longo
tanto
prazo, mas nada impede que o produto no curto prazo
no
atin-
curto
ja esse nível. No item e, tem-se que a inflação, ou
quanto
aumento
no
longo de preços, é consequência de aumentos na demanda
prazo. agregada no longo prazo, mas não necessariamente no
curto prazo, quando o produto também aumenta.
b)
alteraç Keynesiano extremo (curto prazo): preços constantes e
ões na aumento da produção.
deman
da A Compatibilização entre as curvas de oferta agregada
agrega clássica e keynesiana:
da
resulta Se a curva de oferta agregada clássica é vertical e as cur-
m, no vas keynesianas são positivamente inclinada ou horizontal,
curto como a teoria macroeconômica concilia a ocorrência de cada
prazo, uma delas? O gráfico a seguir mostra as curvas de oferta
em clássica (OALP) e keynesiana (OACP), e a curva de demanda
alteraç agregada DA.
ões
tanto O equilíbrio de longo prazo dá-se no cruzamento entre
no nível
as curvas de oferta agregada clássica (de longo prazo) e
geral
keynesiana (de curto prazo) e a demanda agregada.
de
preços OALP
quanto
na p
renda.
c)
no
curto
prazo,
uma
política
monetá
ria
expansi
onista

altera o Vamos considerar agora dois casos:
nível
geral 1. Aumento na demanda agregada (DA): no curto prazo,
de mantido o nível de preços, aumenta o emprego e a produção
preços. física Q. Com o tempo, aumentam os salários nominais, re-
d) duzindo o emprego. Os preços sobem e a economia retoma
o ao nível natural de emprego e produção de longo prazo.
produto
estará
sempre
abaixo
do
pleno
empreg
o,
mesmo
no
2. Um Choque de oferta: um aumento nos custos de
produção desloca a curva de oferta OACP para cima. No
curto prazo, a produção é menor e o desemprego aumenta.
No longo prazo a produção e o emprego recuperam-se a um
Pi OALP

nível de preços maior. Denomina-se Política de estabilização


OACP
uma intervenção do governo para diminuir os preços (política
contracionista) ou reativar o emprego (política expansionis-
ta), através da demanda agregada.
DA

Questões comentadas
<t:
Q* Q
1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Considere o
modelo de oferta e demanda agregada, sendo a curva
= =
onde P nível geral de preços; Q produto agregado; OALP
= =
oferta agregada de longo prazo; OACP oferta agregada
de oferta agregada horizontal no curto prazo. Considere
=
de curto prazo; Q* produto agregado de pleno emprego.
um choque adverso de oferta. Supondo que não ocorram Supondo-se que a economia encontra-se em equilíbrio de
alterações na curva de demanda agregada e que o choque longo prazo e considerando os fundamentos utilizados
de oferta não altere o nível natural do produto, é correto para a construção das curvas de oferta e demanda agre-
afirmar que gada, é correto afirmar que
a) no curto prazo ocorrerá o fenômeno conhecido como
"estagflação", uma combinação de inflação com re- a) um aumento na velocidade de circulação da moeda
dução do produto. No longo prazo, com a queda dos reduz o nível de emprego no curto prazo.
preços, a economia retomará a sua taxa natural. b) uma política fiscal expansionísta reduz o nível de
b) no curto prazo, ocorrerá apenas queda no produto. No emprego no curto prazo.
longo prazo ocorrerá inflação e a economia retornará c) uma política monetária contracionista reduz o nível
para o equilíbrio de longo prazo. de emprego no curto prazo.
c) no curto prazo ocorrerá apenas inflação. No longo d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total
prazo o produto irá cair até o novo equilíbrio de pleno flexibilidade nos preços no curto prazo.
emprego. e) uma política monetária contracionista gera inflação
d) se o governo aumentar a demanda agregada em res- no curto prazo.
posta ao choque adverso de oferta, ocorrerá deflação. Gabarito: c
e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocor- 26
rerá inflação que será mais intensa no longo prazo em Comentário:
relação ao curto prazo. a) a velocidade de circulação da moeda (V) é uma das
quatro variáveis que fazem parte da igualdade MV = PQ,
Gabarito: a em que a quantidade de moeda (M) vezes a velocidade
de circulação da moeda (V) deve igualar o nível de preços
Comentário: (P) vezes o produto físico da economia (Q). Partindo-se
A questão refere-se ao gráfico a seguir, em que os preços dessa igualdade, um aumento em V, mantendo-se cons-
são rígidos no curto prazo, ou seja, a curva de oferta tante M, deve resultar em aumento em P ou em Q, não
agregada de curto prazo (OACP1) é horizontal: havendo razão para se esperar uma queda no emprego,
ao contrário, pois o emprego deve aumentar com aumento
~
~
P
\ OALP
em Q; b) políticas expansionistas aumentam o produto,
o emprego e o nível de preços no curto prazo; c) políticas
OACP2 contracionistas realmente reduzem o produto, o emprego
e o nível de preços no curto prazo; d) como a curva de
oferta agregada OACP é horizontal, os preços são fixos;
OACPl
e) conforme já mencionado a respeito no item c, políticas
contracionistas, ao contrário, reduzem os preços.
DA A questão a seguir também aborda as mesmas implicações
de um choque adverso de oferta sobre o produto e os preços
Q no curto e no longo prazo:

o modelo de oferta e demanda agregada é analisado 3. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Considere: a


com as hipóteses keynesianas de curto prazo, quando a curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LM;
curva de oferta é positivamente inclinada ou horizontal, a curva de oferta agregada de longo prazo horizontal; a
e a hipótese clássica de longo prazo, quando a curva de curva de oferta agregada de curto prazo vertical. Consi-
oferta agregada é vertical. Um choque adverso de oferta dere a ocorrência de um choque adverso de oferta como,
resulta em deslocamento para cima da curva horizontal por exemplo, uma elevação nos preços internacionais do
de curto prazo (de OACPl para OACP2), o que significa petróleo. Supondo que este choque não desloca a curva
diminuição na produção e aumento dos preços, ou seja, de oferta agregada de longo prazo, é correto afirmar que:
"estagflação". No longo prazo a diminuição dos salários a) uma elevação na demanda tenderá a intensificar a
nominais incentiva a produção e os preços voltam ao queda no produto que decorre do choque de oferta.

s
<t
nível inicial. b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e,
portanto, os preços. Se não houver alterações na de-
manda agregada, teremos uma combinação, no curto
2. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do O
prazo, de preços crescentes com redução do produto.
Planejamento, Orçamento e Gestão/2003) Considere o Z
No longo prazo, com a queda dos preços, a economia
seguinte gráfico: O
retomará ao seu nível de pleno emprego.
s
O
u
w
Z 25
O
u
w
de oferta de curto prazo.
Gabarito: b

c) Comentário:
Suponhamos um nível de renda igual a 1.000 unidades
se não mo-
Graficamente, o choque de oferta adverso desloca a
ocorrer netárias e a despesa correspondente de consumo igual a 900.
curva de oferta de curto prazo horizontal para cima re-
desloca
sultando, dada a curva de demanda, em preços maiores
mentos Denomina-se propensão média a consumir, a relação
e diminuição do produto situação que é denominada
na
de estagflação. É preciso sempre ter em mente que no =
C/V, que no exemplo acima é igual a C!y;:: 900/1.000 0,90.
curva Vamos supor agora um aumento na renda de 100, com
curto prazo os preços sobem e o nível de produto cai,
de
o que contraria os itens c, d e e, e que no longo prazo a o consumo crescendo de 80. Denomina-se propensão mar-
deman
economia tende ao nível inicial de equilíbrio, conforme a ginal a consumir a relação !lC/!l V, que no exemplo acima é
da
afirmativa do item b. Uma elevação na demanda (item a) igual a: !lC/!lY '" 80/100 '" 0,80.
agrega
faz o produto voltar ao nível inicial, mas à custa de maior Observe-se que a renda cresceu de 1.000 para 1.100,
da, o
elevação nos preços. enquanto que o consumo cresceu de 900 para 980. Calcule-
choque
de mos a propensão média consumir depois do aumento: C/Y
oferta MACROECONOMIA KEVNESIANA. = 980/1.100 = 0,89.
causar HIPÓTESES BÁSICAS DA A fração da renda destinada ao consumo caiu de 0,90
á MACROECONOMIA KEVNESIANA. AS para 0,89, o que confirma a lei psicológica. Dizemos, então,
deflaçã que o consumo cresce menos do que proporcionalmente
FUNÇÕES CONSUMO E POUPANÇA.
o. ao crescimento da renda.
DETERMINAÇÃO DA RENDA DE
Essa relação não proporcional entre renda e consumo
d) EQUILíBRIO. O MULTlPLlCADOR pode ser representada pela equação C = Ca + cY, onde Ca é
o
KEVNESIANO. OS DETERMINANTES DO a parte da demanda de consumo autônomo em relação à
choque
de INVESTI M ENTO renda (dependente de outras variáveis, como taxa de juros,
oferta riqueza, costumes etc.), e cY é a parte do consumo induzi-
alterará Vamos determinar o nível de equilíbrio da renda em uma da pela renda, sendo c a propensão marginal a consumir.
apenas economia fechada, isto é, sem transações com o exterior, Geometricamente, a propensão marginal a consumir é a
o e sem governo, isto é, sem despesas governamentais e sem inclinação da reta que representa o consumo.
produto impostos. Nesse caso, a demanda agregada (DA) é igual às
de despesas de consumo (e) e de investimento (I):
pleno
empreg DA= C+ I
o.
e) Enquanto isso, a renda (Y) é igual à soma das despesas
não de consumo com a poupança (S):
ocorrer
á Y=C+S
alteraç
ões A condição de equilíbrio é que a renda seja igual à de-
nem manda agregada:
nos
preços Y~ DA
nem no Consideremos a função consumo C = 100 + O,8Y; o con-
nível Y ~ C+ I sumo autônomo é igual a 100 e a propensão marginal a con-
do C+S=C+I sumir igual a 0,8. Ao nível de renda igual a zero, o consumo é
produto S= I igual a 100. Qual o nível de renda que é igual ao consumo?
, tanto
no Ou seja, para a renda estar em equilfbrio, a poupança y",C
curto planejada pelas famílias deve igualar as despesas de inves- Y = 100 +
quanto timento planejado pelas empresas. 0,8Y
no
Y -O,8Y '" 100
longo A respeito do nível de consumo, que é o maior compo-
prazo, nente da demanda, Keynes apresentou uma lei psicológica 0,2Y = 100
uma fundamental, que diz que "à medida que a renda disponível
vez Y = 500
das pessoas aumenta, o consumo também aumenta, mas a
que, se
fração da renda destinada ao consumo diminui".
o Qual o consumo, quando a renda é igual a 1.000?
A renda disponível é a parcela da renda nacional que efe-
choque
tivamente é canalizada para as famílias, depois de dedução
de C = 100 + 0,8. 1.000 = 900
oferta de impostos e adição das transferências, e que é utilizada
não para o consumo e a poupança. Nesse primeiro modelo, sem
Se a renda não é toda consumida, o seu excesso constitui
desloca governo, a renda disponível é igual à renda.
a poupança:
a
curva S-Y-C
de
oferta A função poupança é derivada da função consumo:
de
longo S = Y-(Ca + cY)
prazo,
també S = Y - Ca - cY
m não
desloca S = - Ca + (1- c) Y
rá S = Ca + sY
a curva
sendo propensão marginal a poupar. Se C = 100 + 0,8Y,
sa então

o gráfico abaixo mostra a poupança e indica que a ren-


da é igual a zero ( O ), a poupança é igual a Se-1DO, ou seja,
~
ocorre despoupança de 100 quando a renda se iguala a zero.
Quando a renda é igual a 500, a poupança é nula, e torna-se ~
positiva quando a renda é maior do que 500. o que significa o nível de renda de 650? A esse nível,
a demanda agregada também é igual a 650. 5enão vejamos:
C= 100 + 0,8. 650= 620
I= 30

C + I = 620 + 30 = 650

 o
c.r, Y 650 Y

A partir de o que ocorre à


que nível de economia quando a renda
renda é maior do
ocorre
que o nível de
poupança
equilíbrio? Ao
positiva?
nível de renda igual a
5>0 1.000,
por exemplo, a demanda agregada é igual a:
-100 + O,2Y > O
O,2Y> 100 C + I = 100 + 0,8. 1.000 + 30 = 900 + 30 = 930
Y> 500

Qual a poupança quando a renda é igual a 1.500?
C,I,Y Y
5 = - 100 + 0,2 X 1.500 = - 100 + 300 = 200

o segundo componente da demanda agregada é a de-


manda de investimento, definido como o dispêndio com a
aquisição de máquinas e outros bens de capital que resul-
tam em acréscimo de capacidade produtiva. Considera-se
inicialmente que o investimento seja todo ele autônomo em
relação à renda, isto é, que os empreendedores apliquem
determinado valor por unidade de tempo em decorrência
de diversos fatores que não a renda nacional.

1= Ia

Ia~ ___________________________
Já vimos que quando a renda é igual a LODO, o consumo
é igual a 900, o que significa que a poupança é igual a 100:

s = - 100 + 0,2. 1.000= 100

n y
Como a poupança excede o investimento planejado de 70
(100 - 30= 70), esse valor é justamente igual à variação de
estoques (ou o investimento não planejado). Então, tem-se:

Vamos deduzir agora a fórmula da renda de equilíbrio,


que é aquela que se iguala à demanda agregada:
A demanda agregada de 930 é, portanto, insuficiente
para absorver toda a produção de 1.000. O excesso pro-
Y=
duzido, igual a 1.000 - 930 = 70, representado pela linha
DA
B no gráfico abaixo, constitui uma variação de estoques,
Y= C
ou seja, investimento não planejado pelas empresas. Em
+I
decorrência, a produção (e a renda) vão cair, até atingir o
equilíbrio igual a 650.
Desenvolvendo essa igualdade, tem-se:
=
Poupança investimento planejado + investimento

~
Y= Ca + cY + não planejado
Ia
Y -cY = Ca + Ia 5=Ip+I
np
Y(l- c) = Ca +
100 = 30 +
Ia
70
Y= (Ca + Ia). (1/1- c)
A renda está em cqullibrlo quando o investimento não

1
Considere-se a função consumo C = 100 + O,8Y e planejado é nulo, ou seja, quando a poupança iguala o
I = 30. Qual a renda de equilíbrio? investimento planejado, que é o nosso investimento autô-
nomo: 5 = I.
Y = (100 + 30). (1/1- 0,8) = 130. 5 = 650
Pode-se, então, calcular a renda de equilíbrio através
dessa
igualdade:
5=1
LJ
-100 + O,2Y =
30
27
0,2Y = 130
Y= 650
~
~
 de 20, e, portanto, a nova renda de equilíbrio deveria
Períodos ~I ~Y ~C ~S crescer
O 20 - - - de 650 a 670. Será? Calculemos a nova renda de equilíbrio:
Y = (Ca + Ia) x (1/1- c) = (100 + 50). (1/1- 0,8) = 150 x 5 = 750
1 - 20 16 4
- 16 12,8 3,2
2
Observe-se que, dado um aumento no investimento
3 - 12,8 10,2 2,6
planejado, de 20, a renda cresceu de 100, ou seja, cinco
4 - 10,2 8,2 2,0 vezes mais.
-
n . ,. ... ... O crescimento da renda também pode ser calculado
Totais 20 100 80 20
através da fórmula:
Tornando mais realista a demanda de investimento e
l1Y = (LiCa + Ala). (1/1- c)
supondo que seja também induzido pelo nível de renda,
podemos expressar a função investimento, assim:
como LiCa = O, tem-se: C
I = Ia + eY
Cortando C de ambos os termos, tem-se: fiscal, os tributosV:::
(T) Ala, (1/1-são
também = 20 x 5 = 100
20. (1/1- 0,8)autônomos,
c) :::considerados =
sendo Ia o investimento autônomo; e .!l. a propensão mar-
Qual a explicação para essa variação na renda? 1
ginal a investir.
0
S+T=I+G Quando
isto é, independentes da renda. A função consumo passa a 0
apresentarosa empresários ampliam
renda disponível, que éos investimentos,
definida o que fazem
como a renda,
A igualdade acima mostra que a renda está em equilíbrio menos osé, por exemplo,
tributos (Y D = Y -comprar maisdemáquinas
Ta). A renda equilíbrio,no valor de 20. +
então,
quando o total de injeções se iguala ao total de vazamentos. A indústria de máquinas, ao produzir mais 20, cria renda
pode ser calculada:
no valor de 20. Ocorre que a criação de renda provoca um0
Pode-se também fazer, com base na igualdade anterior: incremento imediato no consumo, igual à variação na renda
Y=C+I+G ,
vezes a propensão marginal a consumir, isto é, 20. 0,8 ::: 8
1= S + T -G,
16. +Aíc(Y
Y = Ca - Ta) + Ia de
a indústria + Ga
bens de consumo aumenta a produção
Y = Ca + cY - cTa +
e a renda em 16, o Ga
Ia + que provoca crescimento no consumo Y
o que significa que o nível de investimentos é igual à poupan- Y - cY = Ca - cTa + Ia + Ga
ça privada (5), mais a poupança do Governo (T - G).
de 16. 0,8 = 12,8, que se transforma em renda adicional,
D

o y
que
Y (l-c) = Ca-cTa
gera novo
+ Ia incremento
+ Ga no consumo de 12,8. 0,8 = 10,2.
E assim
Y::: (Ca - cTa por
+ Iadiante.
+ Ga). (1/1- c) I
A tabela a seguir apresenta o crescimento da renda, do
a
Nesse caso, com o investimento crescendo à medida consumo e da poupança, dado o incremento inicial de 20 :
que nos investimentos. :
a renda cresce, esta tende a atingir níveis maiores do que :
se o investimento fosse totalmente autônomo. Considere-
-se as funções: 1
S = -100 + 0,2V 5
1=30+0,1Y 0

A renda de equilíbrio corresponde à igualdade entre Ta


poupança e investimento. Vamos, então, calculá-Ia: =
S=I
120
Ga
-100 + O,2V = 30 + O,1V
O,1V = 130 Economia Fechada e com Governo
V = 1.300 =
A participação do governo é estudada através de três O Governo tem o papel de arrecadar tributos (T) e reali
Deve-se atentar para o fato de que enquanto a zar despesas (G). A renda das famílias passa a ser
poupança composta
é função da renda disponível, o investimento é função da pela despesa de consumo, a poupança e os tributos:
renda nacional, conceitos que se igualam no caso de uma Y=C+S+T
economia fechada e sem governo, e com os lucros retidos 200
iguais a zero. Os tributos representam um vazamento de renda, isto
Keynes disse que a insuficiência da demanda poderia é, constituem parte da renda não destinada à demanda
diminuir se o consumo aumentasse (o que depende de agregada, assim como é a poupança. Enquanto isso, os gas
aumento da renda disponível), ou aumentassem os inves-
timentos, os quais dependem da expectativa otimista dos tos em consumo do Governo representam uma injeção de
empresários. Se os investimentos aumentam, aumenta a demanda, como são os investimentos. A demanda agregada
demanda agregada, gerando renda e emprego.
Consideremos as funções consumo e investimento C = é igual a: DA= C+ I +G
iDO + 0,8Y e i = 30. Se as empresas aumentarem os inves- Su
s
c(
timentos para 50, por unidade de tempo, qual será a nova
renda de equilíbrio? Antes do cálculo correspondente, pen- A renda nacional está em equilíbrio, quando ela se
semos um pouco. A renda de equilfbrio, antes desse iguala
O aumento à demanda agregada: Y=DA
z no investimento, é igual a 650, como já calculamos antes. 5e
C+S+T=C+I+G
o bsti
u o investimento aumentará de 20 unidades monetárias, a de-
tuin
28
UJ do,
manda agregada cresce de 20 e a produção e a renda
tem
crescem
os:
modelos fiscais, em que o consumo do Governo é sempre Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se
considerado autônomo em relação à renda. No 12 modelo os seguintes dados.
Y = (100 - 0,8.120 + 150 + 200). (1/1- 0,8)
::: 354. (1/0,2) ::: 1.770 ~
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor- ~
respondente variação na renda é calculada pela expressão: Esse resultado é conhecido como o Teorema do Orçamento
Equilibrado.
M::: (L'1Ca - cMa + L'1la + L'1Ga). (1/ 1- c)
No 22 modelo fiscal são consideradas as transferências
Se as despesas do Governo crescerem de 20 unidades (Ra), como um componente autônomo que é acrescido à
monetárias, a variação na renda será igual a: renda disponível. A função consumo fica assim:

L'1 Y = L'1Ga. (1/1- c) = 20. (1/1- 0,8) = 20. 5 = 100


c ::: Ca + c(Y - Ta + Ra)
Se as receitas do Governo crescerem de 20 unidades, A renda de equilíbrio fica calculada dessa maneira:
a variação na renda será igual a:
Y=C+I+G
ô y = (-c. Ô Ta). (1/1- c) = (-0,8. 20). (1/1- 0,8) = -16. 5 = - 80 Y = Ca + c(Y - Ta + Ra) + Ia + Ga
Y = Ca + cY - cTa + cRa + Ia + Ga
Consideremos agora um aumento simultâneo, e no V - cY ::: Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
mesmo valor, das receitas e das despesas do Governo: y (1- c) = Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
Y = (Ca - cTa + eRa + Ia + Gal. (1/1- c)
L'1 Y = (L'1Ga - cL'1 Ta). (1/1- c)
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os
Como L'1Ga = L'1Ta, temos: seguintes dados.

L'1 Y = (Ma - cL'1Ga). (1/1- c) C = 150 + 0,75Yd


M::: L'1Ga (1- c). (1/1- c)
M=L'1Ga =
Ia 200

Ta = 100
ou seja, quando o Governo aumenta as suas receitas e as
Ra = 60
suas despesas no mesmo valor, a renda cresce desse valor.
Ga = 80

Substituindo-se, temos:

Y::: (150 - 0,75.100 + 0,75.60 + 200 + 80). (1/1- 0,75)


Y = 400.4 = 1.600

Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-


respondente variação na renda é calculada pela expressão:

L'1Y::: (Ma - cL'1 Ta + cMa + ~Ia + L'1Ga). 1/ (1- c)

Consideremos, utilizando os mesmos dados anterio-


res, um aumento nos gastos do Governo de 30 unidades
monetárias:

L'1Y = flGa. (1/1- c) = 30. (1/1- 0,75) = 30. 4 = 120

Agora suponha-se que o Governo eleve as transferências,


também de 30 unidades monetárias:

llY = cflRa. (1/1 - c) = L'1Ra. (c/l - c) 30. 0,75/

(1-0,75)=30.3=90

Se observamos os valores calculados para as duas varia-


ções na renda, verificamos que o aumento das despesas de
gastos do Governo têm um poder maior do que o mesmo
aumento das despesas com as transferências, já que a mes-
ma elevação inicial na demanda (de 30 unidades monetárias)
provoca aumentos desiguais na renda. Esse efeito decorre
do fato de que o multiplicador das despesas do Governo 1/
(1- c) é maior do que o das transferências c/ (1- c].

No 3º modelo fiscal as receitas do Governo são também


induzidas pela renda, o que torna o modelo mais realista.
A função tributação fica:
<t

T = Ta + tY
~
O
sendo Ta a tributação autônoma, tY a tributação induzi- z
da e t, a propensão marginal a tributar. O
u
A função consumo incorpora a função tributação da
w
seguinte maneira:

C = Ca + c(Y - Ta - tY + Ra)
29

« A renda de equilíbrio fica calculada dessa maneira: sendo Ma o componente autônomo das importações e mY o
componente induzido; m é a propensão marginal a importar,
~ Y=C+I+G
que é igual a I1M/11 Y, isto é, é a relação entre as variações na
O
Y;:: Ca + c(Y - Ta - tY + Ra) + Ia + Ga renda e nas importações.
Z
Y = Ca + cY - cTa + ctY + cRa + Ia + Ga
o X.M
Y - cY + etY ;:: Ca - eTa + eRa + Ia + Ga
u Y (1- c + et) ;:: Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
"'"
Y = (Ca - cTa + cRa + Ia + Ga). 11 (1- c + ct)
M
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os Xa 1------c:;;7~'----- X
seguintes dados:
30 Ma
C = 200 + 3/5 Yd
Ia = 180 O'------------------~
T = 3S + 1/6Y y
=
Ra 30
A expressão da renda de equilíbrio fica, agora, igual a:
Ga = 50
Y=C+I+G+X-M
Substituindo, temos:
Vamos calcular a renda de equilíbrio utilizando, para
Y = (200 - 3/5.35 + 3/5. 30 + 180 + 50). 1/(1-3/5+3/5. 1/6)
simplificar, o lQ modelo fiscal, isto é, a
Y = 427. 2 = 854
tributação, T, é toda
autônoma:
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-
respondente variação na renda é calculada pela expressão:
Y = Ca + c(Y - Ta) + Ia + Ga + XA - Ma - mY
I1Y = (I1Ca - cl1Ta + cl1Ra + Ala + I1Ga). 11 (1- c + ct] Y = Ca + cY - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma - mY
Y - cY + mY = Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma
Suponhamos que os investimentos planejados pe