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BACEN @

SUMÁRIO

Economia*

MACROECONOMIA

Contas nacionais; agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicado r monetário;

balanço de pagamentos .........................................................................................................................................................13/15/16

Principais modelos macroeconômicos:

modelo clássico, modelo keynesiano, política anticídica de curto prazo ................................................................................... 19

A economia no longo prazo:

produto potencial e produto efetivo ............................................................................................................................................... 7

Crescimento econômico. Poupança, investimento e o papel do sistema financeiro ........................................................................14

Objetivos e instrumentos de política monetária, regime de metas para a inflação .............................................................................. 37

Política fiscal e seus instrumentos ........................................................................................................................................................... 41

Modelos de determinação da renda em economias fechada e aberta .............................................................................................26/51

Regimes cambiais e taxa de câmbio de equilíbrio .................................................................................................................................. 47

Termos de troca .......................................................................................................................................................................................... 47

Curva de Phillips, expectativas racionais e inflação ..................................................................................................................43/46

MICROECONOMIA

Teoria do consumidor. Teoria da firma. Estrutura de mercado e formação de preço, análise de concentração ................................ 54

ECONOMIA BRASILEIRA

Tópicos de economia brasileira ............................................................................................................................................................... 96

11 PND ........................................................................................................................................................................................................................97
A crise da dívida externa na década de 1980 ............................................................................................................................ 96
Planos heterodoxos de estabilização. O Plano Real e a economia brasileira pós-estabilização ............................................... 99

ECONOMIA INTERNACIONAL

Crises financeiras internacionais a partir de 2007 .................................................................................................................................. 41

*Exceto para a área 3.


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Vejamos a seguinte tabela:

Ano PIB real População PIB per capita


$ milhões À mil À $ À
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1 150 - 200 - 750 -
2 162 8 210 5 771,4 2,9
3 167 3 220,5 5 757,4 -1,8

O quadro mostra que, apesar de a economia ter crescido

em termos reais de 8 no ano 2, o crescimento da renda per


capita foi de apenas 2,9, em virtude de o crescimento po-
pulacional ter sido de 5. Já no ano 3 a renda per capita cai,
pois o PIB real aumentou menos (3) do que a população.
A renda per capíta é o padrão mais usado para medir
o desenvolvimento econômico de uma nação. Mas assim
como a mensuração do PIB tem aspectos que devem ser
considerados, a renda per capita deve servir com as mesmas
precauções, dentre as quais destacam-se:
- o grau de desigualdade na distribuição da renda;

- a taxa de analfabetismo;
- a expectativa de vida;
- o grau médio de instrução.

Em 2012, o PIB no Brasil foi calculado em cerca de


R$ 4,476 bilhões. Com uma população de 190 milhões de
habitantes, a renda per capita foi de cerca de R$ 21.415.

Brasil

Crescimento Crescimento real


Ano do PIB per capita
real do PIB ()
()
2000 4,3 2,8
2001 1,3 -0,2
2002 2,7 1,2
2003 1,1 -0,2
2004 5,7 4,3
2005 3,2 1,9
2006 4,0 2,7
2007 6,1 4,9
2008 5,2 4,1
2009 -0,6 -1,6
2010 7,5 6,5
2011 2/7 1/5
2012 0,9 0,1

Fonte: IBGE

Estoques e Fluxos

Denomina-se variável"fluxo" aquela que é medida por


eríodo de tempo. Como exemplos, tem-se a produção de
ço por ano, a produção de batata por mês, o número de
utomóveis que estacionam em um shopping por hora, a va-
ão de um rio por minuto etc. Enquanto isso, denomina-se
ariável estoque aquela que é medida num ponto do tempo.
« Produto efetivo é o valor do produto que resulta da
efetiva utilização de recursos da economia, que pode ser
sO realizada no todo ou em parte.
~
~
z Como exemplos, tem-se o estoque de soja nos armazéns
O governamentais, as reservas de divisas de um país, o número
u de carros estacionados em determinado momento em um
w shoppinq, o número de alunos que está neste momento
assistindo a uma aula etc.
Existem relações importantes entre diversos fluxos e
estoques na economia. Vamos a alguns exemplos:
8 -Investimento e Capital

A despesa de investimentos é um fluxo que concorre


para o aumento do estoque de capital. A despesa com
novas máquinas, a construção de novos prédios, fábricas e
estradas fazem com que o estoque ou o patrimônio de um
país aumente. Fazendo K o estoque de capital e I o fluxo de
investimento, tem-se:
K= K +1
-1
O gráfico acima mostra a curva de possibilidades de
onde K -1 é o estoque de capital do período anterior.
A expressão indica que o estoque de capital do período cor-
rente é igual a de capital do período anterior, mais o fluxo
de investimento corrente. Como o capital sofre um processo
de desgaste ou obsolescêncía, conhecido como depreciação
(d), tem-se que:
produção da economia.
K = K -1 + 1- d

onde 1 é o investimento bruto e 11- d o investimento líquido.

Pode-se fazer:

K-K= I-d
-1

onde a variação do estoque de capital é igual ao investimento


líquido.
A curva determina o máximo que pode ser produzido de
- Patrimônio e poupança

w-w =5 -1

onde a variação do estoque patrimonial, ou patrimônio (W)


é igual ao fluxo de poupança (5).
dois bens, X e Y. No ponto A, por exemplo, são produzidas
- Reservas Internacionais e saldo do balanço de paga-
mentos
as
RI- RI_1 = 5BP

onde a variação dos estoques ou das reservas internacionais


do país (RI) é igual ao saldo do balanço de pagamentos (5BP).
quantidades \ e Yi, dada a limitação de recursos disponíveis.
- Dívida e déficit público

DIV PUB - DIV PUB


-1
= DEF PUB
Esse é o produto potencial.
onde a variação da dívida pública (DIV PUB) é igual ao déficit
público (DEF PUB).
Se a economia, no entanto, está produzindo no ponto B,
Produto Efetivo e Produto Potencial
com as quantidades X2 e Y2, ela não utiliza todos os recursos <C
p ~
Produto potencial é o valor do produto que resultaria O
a da utilização de todos os recursos de que uma economia z
a dispõe. Esses recursos são a sua população economicamente
ativa, o estoque de todo seu capital, os recursos naturais etc.
8
z de que dispõe. Esse é o produto efetivo da economia.
v w
7
o. Esse hiato corresponde a O quadro revela dois aspectos da produção industrial
desemprego de recursos. no período:

Hiato de produto = produto potencial - produto efetivo - a produção efetiva é realizada bem abaixo de sua
capacidade;
Por que o produto efetivo é normalmente menor do que - o nível de capacidade ociosa aumentou de um ano
o produto potencial? A macroeconomia estuda as causas para outro.
dessa diferença.
A tendência normal de um país é de crescer de acordo
O gráfico abaixo mostra como evoluem o produto com a sua capacidade produtiva, isto é, conforme crescem a
potencial (PP) e o produto efetivo (PE) ao longo do tem- sua população, o estoque de capital e a tecnologia. O
po. Ambos tendem a crescer, mas de forma diferente. produto
O produto potencial evolui como uma linha reta, e o seu cres- efetivo, no entanto, está sujeito a instabilidades, causadas
A principalmente por:
cimento depende do crescimento da população, do estoque
di de capital e da tecnologia. Enquanto isso, o produto efetivo, - política econômica do governo;
f embora também tenda a crescer ao longo do tempo, o faz - estímulos positivos ou negativos dos agentes econô-
e de modo menos regular. micos (situação política, expectativas otimistas ou
positivas etc.);
r
- eventos fortuitos (clima, guerras, convulsões sociais
e
n etc.).
ç
A conjuntura econômica determina a maior ou me-
a
nor expansão do produto, e inclusive a sua diminuição.
e
Os estudiosos do comportamento do produto costumam
n
dizer que a economia atua em ciclos, os chamados ciclos
tr
econômicos, que apresentam uma certa regularidade, e as
e
seguintes etapas:
o
p - recessão: diminuição mais suave da produção e do
Enquanto a evolução do produto potencial está ligada a
r emprego. Costuma-se identificar uma recessão
fatores estruturais da economia, e portanto sujeita a mo-
o quan-
dificações que ocorrem a um prazo mais longo, o produto
d do o produto cai por dois trimestres consecutivos.
efetivo é determinado por fatores conjunturais, que ocorrem
u
no curto prazo.
t - depressão: aprofundamento da recessão, isto é,
o Quando a produção efetiva é menor do que a potencial, a queda da atividade diminui a níveis bem mais baixos.
p diz-se que há capacidade produtiva ociosa. O quadro abaixo - recuperação: retomada do aumento da atividade. Há
o mostra os percentuais de utilização da capacidade instalada um crescimento em relação aos níveis imediatamente
t na indústria de transformação no Brasil nos últimos anos. anteriores.
e - prosperidade: aumento das taxas de crescimento do
n produto e do emprego.
ci Discriminação Anol Ano 2
al A economia sempre apresenta problemas. Se a recessão
Indústria de transformação 81 80
e
Bens de consumo 84 77
o e a depressão vêm acompanhadas de desemprego, a recu-
p Bens de capital 72 65
peração e a prosperidade trazem consigo os aumentos de
r preços, isto é, a inflação. Esses problemas são estudados
Fonte: Fundação Getúlio Vargas
o através da teoria macroeconômica.
d
u
IDENTIDADES MACROECONÔMICAS
t
o FUNDAMENTAIS. FORMAS DE
e MENSURAÇÃO DO PRODUTO E DA RENDA
f NACIONAL. O SISTEMA DE CONTAS
e
ti
NACIONAIS. CONTAS NACIONAIS NO
v BRASIL
o
A Igualdade entre Produto, Renda e Despesa
d
e A Contabilidade Nacional estuda os registros contábeis
n dos agregados macroeconômicos e fixa uma série de con-
o ceitos e identidades entre eles.
m
in Uma identidade fundamental é a igualdade entre pro-
a duto, renda e despesa. O produto é igual à renda, pois cada
- unidade de valor do produto corresponde a uma unidade
s de remuneração a um fator de produção. A renda é igual à
e despesa, pois ela é totalmente dirigida, direta ou indireta-
hi mente, à aquisição dos bens e serviços. Daí que o valor do
a produto é igual à despesa.
t PRODUTO = RENDA = DESPESA
o
d
A Medição do Produto
e
p O Produto é o valor dos bens finais produzidos pelo sis-
r tema econômico. Existem três maneiras distintas de fazer-se
o essa medição.
d
u
t
Método do Valor Agregado
Define-se valor agregado como o valor da produção que
resulta do esforço produtivo de uma empresa. A produção de
aço, por exemplo, exige que a siderúrgica adquira outros produ-
tos que ela não produz diretamente, como o minério de ferro,
a energia elétrica etc., que são as matérias-primas ou consumo
intermediário. Nesse caso, o valor agregado da empresa será a
produção de aço, subtraída do valor desses produtos. ~
Valor Agregado = ~
Corante Tintas
Valor da Produção - Consumo Intermediário s
salários = valor da pro- corantes = 50 valor da
Vamos a um exemplo, extraído de Marcos Giannetti da
25 pro-
juros = 7 dução = 50 salários = 28 dução = 100
Fonseca, do livro Manual de Economia, de professores da USP.
royalties = 6 juros = 8
aluguéis = 5 aluguéis = 9
Valor da Consumo Vàlor
royaities = 3
Produto lucros = 750 50 lucros = 2 ----if---
100
produção intermediário agregado 100
livros
Madeira 60 - 60
Papel 80 60 20 papel = 80 valor da pro-
Corantes 50 - 50 tintas = 100
Tintas 100 50 50 salários= 12 dução = 200
juros = 5
Livros 200 180 20
lucros = 3
Total 490 290 200

Observações:
200 200
• O valor da produção não mede com exatidão o
produto da economia, pois esse conceito incorre na
A Renda é definida como o somatório das remunerações
contagem de bens mais de uma vez (dupla e múltipla
de todos os fatores de produção: salários + juros + aluguéis
contagem).
+ royalties + lucros.

·
O valor de 490 não representa o que foi realmente
produzido, pois esse valor conta produtos mais de
Assim, temos:
uma vez.
• Se somarmos o valor da madeira (60) com o valor do
Salários = 45 + 12 + 25 + 28 + 12 '" 122
papel (80l, estaremos contando a madeira duas vezes,
Juros = 5 + 4 + 7 + 8 + 5 = 29
pois ela está também incorporada ao papel. O mesmo
ocorre se somarmos corantes com tintas.
Aluguéis = 2 + 5 + 9 '" 16
• A economia, na verdade, somente produziu um bem,
Rovolties = 6 + 3 = 9
no caso o livro, no valor de 200. Lucros = 10 + 2 + 7 + 2 + 3 = 24
Ao se estimar o Produto, portanto, não se deve somar a Renda = 122 + 29 + 16 + 9 + 24 = 200
produção de aço com a de minério de ferro, a produção de
borracha com a de pneus, a de petróleo com gasolina, a de Como a Renda é igual ao Produto, o Produto é igual a 200.

tijolos com casas, a de aulas com a de giz etc.


A geração de renda por empresa é igual a:
Método da Renda
Vamos descrever, agora, a produção de cada item de nossa Madeira = 45 + 5 + 10 = 60;
economia hipotética, considerando o consumo intermediário Papel = 12 + 4 + 2 + 2 = 20;
de cada setor e o pagamento das remunerações dos fatores Corantes = 25 + 7 + 6 + 5 + 7 = 50;
de produção. A tabela abaixo mostra os fatores de produção Tintas = 28 + 8 + 9 + 3 + 2 = 50;
Livros = 12 + 5 + 3 = 20.
de uma economia e suas respectivas remunerações:

Fatores Remunerações Observe-se que a renda, por empresa, iguala o seu


Trabalho Salário valor agregado.
Capital Juro
Método da Despesa
Recursos Naturais Aluguel
Renda = Produto = Despesa. No nosso exemplo, ao se
Tecnologia Rovaltv considerar a despesa da sociedade com os livros, o produto
Empresário Lucro será igual a essa despesa e igual a 200.
A Despesa de uma economia pode ser assim expressa:
Madeira Papel

DG = C + I, + I, + G + X,
salários = 45 va lor da pro- madeira = 60 valor da pro-
sendo:
juros 5 =
lucros =10
dução 60 = salários 12
juros = 4
= =
dução 80
DG: Despesa Global
aluguéis = 2 C: Consumo das famílias
lucros = 2 IF: Investimento fixo'
60 60 80 80 I,: Investimento em estoques
G = Consumo do Governo
~ =
s
X Exportações <I:
~ Mas, para que a Despesa se iguale ao valor do PIB, deve-
-se subtrair dela a despesa com bens importados, já que estes
O
não são produzidos internamente. Assim, tem-se:
z
DJ = C + I, + I, + G + X - M = P18, O
u
w
10 9
sendo:
DI; Despesa Interna
M: Importações
Va de capital fixo):
mos compreende as despesas com Construções, com Má-
descre quinas e Equipamentos e Outras. São, por definição,
ver, bens duráveis que correspondem ao fluxo de capital
 Serviços de fator: são os serviços proporcionados
agora, novo que se acrescenta ao estoque de capital existen-
pelos fatores de produção e que geram remunerações,
cada te. É o mesmo que Investimento Bruto. A variação do
como principalmente os juros, lucros e raya/ties.
um dos estoque de capital é dada pelo Investimento líquido
compo (investimento bruto, menos a depreciação). Quando  Serviços de não fator: são os demais serviços, como
nentes o Produto refere-se somente ao investimento líquido, as viagens, transporte, seguros, aluguéis de filmes,
da ele é denominado Produto Interno Líquido (PIL). serviços governamentais etc.
Despes  Investimento em Estoques (ou variação de
a estoques): Para o último ano disponível (1994) tem-se os seguintes
Interna. é a parte do PIB que não é efetivamente demandada, valores para esses agregados:
e por isso é adicionada aos estoques da economia.
 Se, por exemplo, uma fábrica produz 10.000 pares
Consu de sapatos num determinado mês e somente vende
8.000 pares, a variação de estoques é igual a 2.000 Valor
mo
Final pares. Ao subtrair-se esse item da Despesa Interna, Item
das tem-se o conceito de Despesa Efetiva. (R$ 1 milhão)
Família
Despesa Efetiva = Consumo das famílias 222.828
s: inclui
os bens Despesa Interna - Variação de Estoques Investimento fixo 73.960
não du-
Investimento em estoques ...
O conceito de Despesa Efetiva é importante na macroe-
ráveis, Consumo do governo 54.581
conomia, pois é o seu montante que vai determinar o nível
como de emprego e a renda nacional. Exportações 30.422
aliment
Importações 26.224
ação,  Consumo Final das Administrações Públicas (ou
vestuári PIB 355.567
Consumo do Governo): compõe-se das despesas cor-
o, Fonte: IBGE
rentes das três esferas de governo (federal, estadual
gasolin e municipal) e é classificado em dois itens: Salários
a etc., e encargos e Outras compras de bens e serviços. Mas se uma parte da renda não é consumida, como ela
os bens Os serviços públicos proporcionados pelas adminis- pode equivaler à despesa? A parte não consumida da renda é
durávei trações públicas à sociedade são mensuradas pelo igual à poupança. Enquanto isso, a despesa, numa economia
s, como fechada, é igual a consumo mais investimento. Desse modo,
item "Salários e encargos". As despesas de capital
geladeir a poupança deve equivaler às despesas de investimento.
do Governo, como a construção de escolas, pontes e
as, estradas são consideradas como Investimentos.
comput RENDA= CONSUMO + POUPANÇA
adores,  Exportações e Importações: compreendem os bens DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
que o país vende e os que compra do exterior. As ex- Como RENDA = DESPESA,
fogões, portações (X) fazem parte da demanda pelo produto CONSUMO + POUPANÇA =
automó e as importações (M) são parte da oferta disponível CONSUMO + INVESTIMENTO
veis para a sociedade. A soma dos seus valores, em relação
ao PIB, indica o grau de abertura da economia para o Daí que POUPANÇA= INVESTIMENTO
etc. e
os exterior.
Mas sabemos que a poupança é uma decisão das unida-
serviço
des familiares, enquanto os investimentos são planejados e
s, como Grau de abertura da economia = Exportacões + Importacões
realizados pelas empresas. Como os seus valores podem ser
as PIS
iguais? Ocorre que a poupança e o investimento planejados
consul-
normalmente são diferentes. A igualdade acima verifica-se
tas Para o cálculo do PIB, devem ser consideradas as expor-
porque no investimento são incluídas as variações de esto-
médica tações líquidas, isto é, X - M, pois M não constitui produção
ques, que justamente representam a diferença entre o que
s, e renda dentro do país. Além das mercadorias normalmente
as pessoas desejam poupar e as empresas decidem investir.
serviço transacionadas, há serviços importados e exportados. Estes
Nesse caso, o investimento passa a ter dois conceitos o
s classificam-se em:
planejado e o realizado.
bancári
os e do
INVESTIMENTO REALIZADO= INVESTIMENTO PLANEJADO
govern
+ VARIAÇÃO DE ESTOQUES
o,
cortes Numa economia aberta, tem-se que:
de
cabelo, DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO
cinema +
etc. EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
DESPESA= RENDA= CONSUMO +
 POUPANÇA INTERNA
Investi CONSUMO + POUPANÇA INTERNA =
mento CONSUMO + INVESTIMENTO +
Fixo EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES
(ou INVESTIMENTO= POUPANÇA INTERNA +
formaç
ão IMPORTAÇÕES-EXPORTAÇÕES
bruta ou INVESTIMENTO =; POUPANÇA INTERNA + POUPANÇA
EXTERNA
A Absorção VALOR DA PRODUÇÃO =
Absorção é a soma das despesas com o consumo e o VENDAS INTERMEDIÁRIAS + DEMANDA FINAL
investimento. Numa economia fechada, o Produto é todo e
dirigido à absorção. Numa economia aberta, o Produto VALOR DA PRODUÇÃO = COMPRAS
pode ser diferente da absorção, já que parte da produ- INTERMEDIÁRIAS + VALOR AGREGADO
ção é exportada e parte da absorção é proveniente das
importações.
Observe-se, também, que para cada setor o total das
vendas não tem de ser necessariamente igual às compras
ABSORÇÃO = CONSUMO + INVESTIMENTO intermediárias, o que significa que o valor da demanda
PRODUTO = DESPESA = ABSORÇÃO + final é diferente do valor agregado. Mas para os setores
EXPORTAÇÕES -IMPORTAÇÕES como um todo, certamente que o total das vendas iguala
o total das compras. Assim, tem-se para a economia como
As Relações Intersetoriais um todo:
As atividades econômicas são exerci das por empresas
VENDAS INTERMEDIÁRIAS = COMPRAS INTERMEDIÁRIAS
que adquirem matérias-primas, empregam recursos e "iii
produzem bens. Essas atividades podem ser divididas ~ em :.
e
s:: ·0 VALOR AGREGADO = DEMANDA FINAL
setores específicos, que sãoe
~ '" "''''''" :r:: os
.;:
::sa agricultura, a indústria e
~ ~'"exige ..,.ouma intensa troca'" "'0 e
{Q .-

••B
serviços. A dinâmica da economia
,,-c "
lU .",
de bens entre esses setores.::IAssim é que o: Qj
.~ a indústria adquire O cálculo do Produto da economia pode ser feito, então,
u .::1 o:
matérias-primas
QJ da agricultura, que adquireQJ produtos da " Uo a partir do valor agregado, como também da demanda final.
~ que.E por sua
'" que compra serviços, -c '" vez ~ êconsome
E'" (5
indústria,
c
s QJ
~
Veja no quadro a seguir.
.5: um
produtos industriais etc. O quadro a seguir apresenta
exemplo dessas interrelações,
Agricultura 10 em30unidades
15 monetárias,90 em
145
uma economia
55 i
Indústria fechada. 25 50 45 120 116 285
5
Serviços 5 20 100 125 245 370
Compras intermediárias 40 100 160 300 - -
Valor agregado 105 185 210 I - 500 -
Valor da produção 145 285 370
I - - 800
Setor Valor agregado Demanda final Definição dos Demais Agregados Macroeconômicos
Agricu Itu ra 105 90 Vamos construir uma conta do Produto de uma economia
hipotética, a fim de conhecermos novos agregados.
Indústria 185 165
PRODUTO
Serviços 210 245

Produto total 500 500 Formação do Produto Destinação do Produto


Salários = ................260 Consumo Pessoal " .............................. 325
Juros = ........................ 75
~ Aluguéis" .............47 Investimento Bruto " ........85
Royalties = ...................23
~ Lucros = ...................... 40 (Formação Bruta de Capital Fixo = .... 74)
As vendas intersetoriais são avaliadas horizontalmente,
e as compras intersetoriais são avaliadas verticalmente. PIL cf = .................445 (Variação de Estoques = 11)
Por exemplo, a agricultura vende $ 10 para o próprio setor
Depreciação = ...................8 Consumo das Administrações
agrícola (mudas de milho para a produção de milho) e $ 15 Públicas = ............................................72
para o setor de serviços (plantas para enfeites de agências PIB cf = ............... 453
bancárias). A indústria vende $ 25 para a agricultura (agro- Exportações = ..................................... 38

tóxicos, tratores) e o setor de serviços vende $ 20 para a


Impostos indiretos = 59 Importações = ..........................................
-20
Subsídios = .................. -
indústria (serviços médicos], 12
PIB pm > 500 PIB pm = 500
Cada setor econômico canaliza a sua produção, hori-
« 12
zontalmente, para duas direções: vendas intersetoriais e a
Observações:
demanda final, esta constituída pelas demandas de consumo
 Do lado esquerdo, o Produto é calculado a partir da
das familias e do governo e dos investimentos. A soma dessas
sua formação, ou de seus custos.
duas destinações resulta no valor da produção. Vertical-
mente, o mesmo valor da produção pode ser visto como a
 Do lado direito, o Produto é calculado a partir de sua

soma entre as compras intermediárias e o valor agregado


destinação, dispêndio ou demanda.
em cada setor.

A agricultura, por exemplo, tem um valor de produção


 A partir de sua formação, podemos definir o soma- «
tório das remunerações dos fatores (salários, juros,
igual a $145. Esse valor pode ser visto horizontalmente como
a soma das vendas intersetoriais (de $ 55) e da demanda final
aluguéis, royalties e lucros) como a Renda Interna, ~
ou o Produto Interno Líquido (PIL cf) O
($ 90), como pode ser visto como a soma entre as compras SALÁRIOS + JUROS + ALUGUÉIS + z
intersetoriais (de $ 40) e o seu valor agregado ($ 105). Para ROYALTIES + LUCROS = RENDA INTERNA O
~
cada setor, tem-se: U
O
z LJ.I
O 1
u
w 1
armos a depreciação ao Produto Interno
Líquido, tem-se o Produto Interno Bruto.

PRODUTO INTERNO LíQUIDO A CUSTO


R  Produto Nacional: é o valor do Produto que perten-
E DE FATORES + DEPRECIAÇÃO = PRODUTO INTERNO ce ao país. Uma parte das remunerações geradas
N BRU- internamente é enviada ao exterior, principalmente
D TO A CUSTO DE FATORES sob a forma de lucros e juros. Enquanto isso, o país
A beneficia-se de remunerações que, geradas no ex-
terior, pertencem a residentes no país. Assim, para
 Quando os bens são dirigidos ao mercado,
chegar-se ao Produto Nacional, subtrai-se a renda
I geralmente
enviada e adiciona-se a renda recebida do exterior.
N têm o seu valor acrescido pelos impostos indiretos
Fazendo-se a renda líquída enviada ao exterior como
T que os consumidores pagam, total ou parcialmente,
a diferença entre a renda enviada e a renda recebida
E embutido no preço dos produtos, e reduzido pela
do exterior, tem-se que o Produto Nacional é igual
R aplicação de subsídios governamentais, resultando
ao Produto Interno, menos a renda líquida enviada
N o Produto Interno Bruto a preços de mercado.
ao exterior.
A
; PRODUTO INTERNO BRUTO A CUSTO DE FATORES +
PRODUTO NACIONAL = PRODUTO INTERNO - RENDA
; IMPOSTOS INDIRETOS - SUBsíDIOS = PRODUTO
LíQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
: INTERNO BRUTO A PREÇOS DE MERCADO
P
Outros conceitos:  Como o Produto Interno é igual à Renda Interna, do
R
mesmo modo o Produto Nacional é equivalente à
O
D  Oferta Global: é o valor dos bens que se destinam a
Renda Nacional.

U
atender a demanda global, inclusive os provenientes
=
RENDA NACIONAL RENDA INTERNA-
T RENDA LíQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
do exterior.
O

OFERTA GLOBAL = PRODUTO INTERNO BRUTO A


 Renda Pessoal: é definida como o montante da ren-
I
PREÇOS DE MERCADO + IMPORTAÇÕES
N da interna que fica finalmente com as pessoas, ou
T famílias, após feitas deduções de remunerações que
E
 Disponibilidade Interna: é o valor dos bens efetiva-
não vão para as famílias, e adições que as beneficiam,
mente disponíveiS na economia interna.
R mas não têm origem no processo produtivo, e antes
N do pagamento dos impostos diretos.
DISPONIBILIDADE INTERNA =
O OFERTA GLOBAL - EXPORTAÇÕES
RENDA PESSOAL = RENDA INTERNA - renda líquida
enviada ao exterior - lucros retidos - contribuições pre-
L  Demanda Global: é o valor da destinação do
videnciárias - impostos diretos das empresas + transfe-
f produto
rências do Governo
Q ou valor da despesa, aí incluída a produção destinada
U ao exterior. É igual à Oferta Global.
I
 Renda Pessoal Disponível: é a parcela da renda
inter-
D DEMANDA GLOBAL = CONSUMO PESSOAL +
na que finalmente resta às famílias para o consumo e
O INVESTIMENTO + CONSUMO
a poupança.
GOVERNAMENTAL + EXPORTAÇÕES
A RENDA PESSOAL DISPONíVEL =
 Demanda Interna: equivale à demanda pelo produto
C RENDA PESSOAL -IMPOSTOS DIRETOS DAS FAMíLIAS
interno, excluindo-se, portanto, as importações.
U
S DEMANDA INTERNA =  Carga tributária: denomina-se carga tributária o
T DEMANDA GLOBAL -IMPORTAÇÕES montante de impostos e outras receitas correntes do
O Governo suportados pela sociedade em determinado

 Demanda Efetiva: exclui a produção não


período de tempo. A carga tributária pode ser calculada
D efetivamente em termos brutos ou líquidos, e em geral é obtida como
E demandada, como a variação nos estoques. uma proporção do Produto Interno Bruto.

F =
DEMANDA EFETIVA DEMANDA INTERNA - VARIA- A carga tributária bruta considera apenas os valores dos
çÃO DE ESTOQUES impostos, diretos e indiretos, e as outras receitas correntes
A
do Governo, enquanto que a carga tributária líquida é cal-
T
De acordo com a tabela do Produto, tem-se os seguintes culada deduzindo-se as contra partidas dos impostos diretos,
O
que são as transferências, e as dos impostos indiretos, que
R valores:
são os subsídios.
E  Oferta Global = 500 + 20 = 520
S  Disponibilidade Interna = 520 - 38 = 492 =
Carga tributária bruta (Impostos diretos + Impostos
 Demanda Global = 325 + 85 + 72 + 38 = 520 indiretos + outras receitas correntes do Governo) / PIB
 =
Demanda Interna 520 - 20 500 =
  Demanda Efetiva = 500 - 11 = 489 Carga tributária líquida = (Impostos diretos - transfe-
Se rências + Impostos indiretos - subsídios + outras receitas
adicion correntes do Governo) / PIB
Exercício: Considere os dados abaixo, de uma economia Resultados: 1-151; 2 -166; 3 -180; 4 - 177; 5 - 165;
hipotética, num determinado ano. ' 6 - 163; 7 - 148; 8 - 162; 9 - 151; 10 - 148; 11 - 154;
12 -144; 13 -180; 14 -177; 15 - 25; 16 - 6,1; 17 - 86.

Salários 80 Depreciação 15 Subsídios 6 Questão comentada


Renda enviada 8 Transferências 28 lucros retidos 7
ao exterior do Governo (MTE/Economista/2008) Julgue o item a seguir.
Impostos dire- 10 Aluguéis 31 Impostos 4
tos das famílias diretos das A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no Japão é
empresas contabilizada no PIB e na renda nacional bruta.
Contribuições 11 Impostos indi- 20 Renda recebi- 5
previdenciárias retos da do exterior Gabarito: E
Juros 16 Royalties 3 lucros totais 21
Comentário:
Agora, calcule os seguintes agregados:
A renda auferida pelos brasileiros que trabalham no
1- Produto Interno Líquido a custo de fatores; / Japão é contabilizada no PIB do Japão. Se essa renda for
2 - Produto Interno Bruto a custo de fatoresj-> remetida ao Brasil, fará parte do PNB do Brasil.
3 - Produto Interno Bruto a preços de mercado; ,/
4 - Produto Nacional Bruto a preços de mercado; (' As Contas Nacionais
5 - Produto Interno tíquldo a preços de mercador>"
Os registros dos valores dos agregados macroeconômicos
6 - Produto Nacional Bruto a custo de fatores/ r: estão dispostos em um sistema de contas nacionais, que são
7 - Produto Nacional Líquido a custo de fatores;
padronizadas pela Organização das Nações Unidas, a fim
8 - Produto Nacional Líquido a preços de mercado; /
de que possam ser comparadas entre os diversos países.
9 - Renda Interna; No Brasil, a sua apuração iniciou-se em 1947 na Fundação
10 - Renda Nacional; Getúlio Vargas. A partir de 1986 essa tarefa passou a ser
11- Renda Pessoal; encargo da Fundação IBGE.
12 - Renda Disponível;
13 - Despesa Interna Bruta; As Contas Nacionais do Brasil são as seguintes:
14 - Despesa Nacional Bruta;
15 - Carga tributária bruta;  Produto Interno Bruto
16 - Carga tributária líquida:  Renda Nacional Disponível Bruta
17 - Excedente Operacional Bruto.  Conta de Capital
 Transações correntes com o resto do mundo

1 - Produto Interno Bruto

1.1- Produto Interno Bruto, a custo de fatores (2.4)


1.1.1- Remuneração dos empregados (2.4. 1) Consumo final (1.4 + 1.5)

1.4 - Consumo final das famílias (2.1)


1.1.2 - Excedente operacional bruto (2.4.2)
1.2 - Tributos indiretos (2.7) 1.5 - Consumo final das administrações públicas (2.2)

1.3 - Menos: subsídios (2.8) 1.6 - Formação bruta de capital fixo (3.1)

1.7 - Variação de estoques (3.2)


Produto Interno Bruto
1.8 - Exportação de bens e serviços (4.1)
1.9 - Menos: importação de bens e serviços (4.5)

Dispêndio correspondente ao Produto Interno Bruto


2 - Renda nacional disponível bruta

Consumo final (2.1+2.2)

2.1- Consumo final das famílias (1.4) 2.4 - Produto interno bruto, a custo de fatores (1.1)
2.2 - Consumo final das administrações públicas (1.5) 2.4.1- Remuneração dos empregados (1.1.1)
2.3 - Poupança bruta (3.3)
2.4.2 - Excedente operacional bruto (1.1.2)
Utilização da renda nacional disponível bruta 2.5 - Remuneração de empregados, líquida, recebida do resto
do mundo (4.2 - 4.6)
:$
2.6 - Outros rendimentos, líquidos, recebidos do resto do s
mundo (4.3 - 4.7) O
z
2.7 - Tributos indiretos (1.2)
2.8 - Menos: subsídios (1.3)
o
u
2.9 - Transferências unilaterais, líquidas, recebidas do resto w
do mundo (4.4 - 4.8)

Apropriação da renda nacional disponível bruta


13
14
~
~
3 - Conta de capital

3.1- Formação bruta de capital fixo


3.1.1- Construção

3.1.1.1- Administrações públicas


3.1.1.2 - Empresas e famílias
3.1.2 - Máquinas e equipamentos
3.1.2.1- Administrações públicas
3.1.2.2 - Empresas e famílias
3.1.3 - Outros

3.2 - Variação de estoque (1. 7)

Formação bruta de capital

4 - Transações correntes com o resto do mundo

4.1- Exportação de bens e serviços (1.8)

4.2 - Remuneração de empregados recebida do resto do


mundo (2.5 + 4.6)
4.3 - Outros rendimentos recebidos do resto do mundo (2.6
+4.7)
4.4- Transferências unilaterais recebidas do resto do mundo
(2.9 + 4.8)

Recebimentos correntes

5 - Contas correntes das administrações públicas

5.1- Consumo final das administrações públicas


5.1.1- Salários e encargos

5.1.2 - Outras compras de bens e serviços


5.2 - Subsídios
5.3 - Transferências de assistência e previdência
5.4 - Juros da dívida pública interna
5.5 - Poupança em conta corrente

Total da utilização da receita corrente

A IGUALDADE ENTRE POUPANÇA E


INVESTIMENTO

o quadro 3 (Conta de Capital) mostra a igualdade con-


tábil entre poupança e investimento. À esquerda, tem-se
a formação bruta de capital, ou investimento total (I), que
pode ser resumido por I = FBCF + VE (formação bruta de
capital fixo + variação de estoques). À direita, tem-se o seu
financiamento, que são as poupanças totais. A poupança
bruta é a poupança interna, proveniente das famílias e das
empresas, ou seja, a poupança privada (Sp) e a poupança
pública (Sg). A poupança privada é composta pela poupança
privada líquida mais a depreciação.

A poupança externa (Se) é o saldo em transações cor-


rentes com o resto do mundo, com o sinal trocado.

« Assim, podemos fazer: FBCF + VE = Sp + Sg + Se.


Existe outra forma de apresentar essa igualdade. Como o
investimento total pode ser decomposto entre investimento
~ privado (Ip) e investimento público (Ig), pode-se fazer: Ip +
Ig = Sp + Sg + Se (1).
O
z
O déficit público (Dg) é a diferença entre o investimento
o público e a poupança do governo: Dg = Ig - Sg.
u
w
E 5.8.2.1- Transferências intragovernamentais
m (1), 5.8.2.2 - Transferências intergovernamentais
passa 5.8.2.3 - Transferências ao setor privado
ndo o 5.8.2.4 - Transferências ao exterior
Ip
para a Total da receita corrente
3.3 - Poupança bruta (2.3)
direita
eo Ig - Sg = Sp -Ip + Se ou Dg = Sp -Ip + Se.
3.4 - Menos: saldo em transações correntes com o resto do
Sg mundo (4.9)
A expressão acima pode ser assim interpretada: o déficit
para a
Financiamento da formação bruta de capital público é financiado pelo excesso da poupança privada em
es-
relação ao investimento privado, mais a poupança externa.
querd
a se Questão comentada
terá:
(Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG!200S)
Considere os seguintes dados: Investimento privado =
300; Poupança privada = 300; Investimento público = 200;
Poupança do governo = 100. Com base nessas informações
e considerando as identidades macroeconômicas básicas,
4.5 +Irnportação de bens e serviços (1.9) a economia apresenta

4.6 - Remuneração de empregados paga ao resto do mundo a) um déficit em transações correntes de 100 e um
(4.2- 2.5) supe-
4.7 - Outros rendimentos pagos ao resto do mundo (4.3 - 2.6) rávit público de 100.
4.8 - Transferências unilaterais pagas ao resto do mundo b) um superávit em transações correntes de 100 e um
(4.4-2.9) déficit público de 100.
4.9- Saldo das transações correntes com o resto do mundo
c) um déficit em transações correntes de 100 e um
(3.4)
déficit
público de 100.
Utilização dos recebimentos correntes
d) um déficit em transações correntes de 100 e um
déficit
público nulo.
5.6 - Tributos indiretos
5.7 - Tributos diretos e) um déficit em transações correntes nulo e um
superávit
5.8 - Outras receitas correntes líquidas
público de 100.
5.8.1 - Outras receitas correntes brutas
5.8.2 - Menos: outras despesas de transferências Gabarito: c

Comentário: +
temos de aplicar novos conceitos, mas com base no que Impost
A questão refere-se à igualdade contábil entre investi- já os
mento e poupança. Fazemos Ip + Ig = Sp + Sg + Se, conhecemos. As equações básicas dessa nova sobre
ou abordagem as
seja, investimento privado + investimento público = apresentam a Oferta (recursos da economia) e a lmpcrt
poupança privada + poupança do governo + poupança Demanda ações
externa. Utilizando os valores dados, tem-se 300 + 200 (usos da economia), da seguinte forma: e PIB
= +
300 + 100 + poupança externa. Em que poupança Oferta = Produção + Importação consu
externa mo
= 100. Como a poupança externa é o saldo em transa- Demanda = consumo intermediário + demanda final inter-
ções correntes com o sinal trocado, conclui-se que mediár
este Desagregando, tem-se: io
é igual a -100 (déficit). Enquanto isso, o déficit público
Oferta = valor bruto da produção + importações de
é Quest
bens e serviços + impostos sobre produtos + impostos
o investimento público menos a poupança do governo, ão
sobre importações
Demanda = consumo final + formação bruta de capital Come
ou seja, Ig - Sg = 200 - 100 = 100 (déficit).
fixo + variação de estoques + exportações de bens e ntada
serviços s
NOVA METODOLOGIA DAS CONTAS + consumo intermediário
NACIONAIS (Audit
Observe-se que consumo final + formação bruta de or-
capital fixo + variação de estoques + exportações de bens Fiscal
A partir de 1998, a Fundação IBGE modificou a forma
de da
e serviços = PIB. Receit
apresentação do Sistema de Contas Nacionais, para
adaptá-Io a
Como Oferta = Demanda, fica: Feder
às recomendações do System of National Accounts (SNA),
da al/200
Valor bruto da Produção + Impostos sobre produtos
Organização das Nações Unidas. Agora, a novidade é que S)
Considere os seguin- (ist
tes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais - o
conta de bens e serviços - que segue a metodologia é,
adotada a
Conta de produção:
atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção par
Produção + impostos sobre produtos = PIB + consumo te
total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos intermediário. do
sobre produtos: 84j Consumo final: 630j Formação bruta Conta de geração de renda: pro
de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; PIB = remuneração dos empregados + impostos dut
Exportações líquidos o
de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o de subsídios sobre produção e produtos e sobre qu
consumo intermediário dessa economia foi de: importa- e
ção + excedente operacional bruto, inclusive se
a) 700. b) 600. c) 550. d) 650. e) diri
rendimentos
628. ge
de autônomos.
a
Conta de distribuição primária da renda:
Gabarito: e out
Renda nacional bruta = excedente operacional bruto,
ros
inclusive rendimentos de autônomos + remuneração
Comentário: dos empregados + impostos líquidos de subsídios se-
sobre
Eis todas as expressões que fazem parte das Contas produção e produtos e sobre importação + rendas de tor
Econômicas Integradas: propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo. es
Conta de bens e serviços: Conta de distribuição secundária da renda da
Produção + importação de bens e serviços + imposto Renda disponível bruta= Renda nacional bruta + ec
sobre produtos + imposto de importação + demais im- transfe- on
postos sobre produtos = PIB + consumo intermediário. rências correntes enviadas e recebidas do resto do om
mundo. ia
Conta de uso da renda: par
Renda disponível bruta = consumo final + poupança a
bruta. ser
Conta de Acumulação: em
Poupança bruta = formação bruta de capital fixo + va- tra
riação de estoques + capacidade (+) ou necessidade (-) nsf
or
de financiamento. ma
Conta das operações correntes com o resto do do
mundo: s),
Saldo = exportações (+) + importações (-) + ma
remuneração is
dos empregados não residentes + rendas de proprie- a
dade enviadas (-) e recebidas (+) do resto do mundo + de
transferências correntes enviadas (-) e recebidas (+) do ma
nd
resto do mundo. a
fin
al.
(MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/200S) Um
Considere os seguintes dados de um sistema de contas a
nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado co
no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200; im- mp
portação de bens e serviços = 60; Impostos sobre lica
produtos çã
= 70; Consumo final = 600; Formação bruta de capital fixo o
= 100; Variação de estoques = 10; Exportações de bens e adi
serviços = 120. Com base nessas informações, o cio
consumo nal
intermediário é igual a: é
qu
a) 500. b) 400. c) 450. d) 550. e) 600.
e
os
Gabarito: a im
po
Comentário: sto
s
A partir de 1998, a Fundação iBGE modificou a forma so
de apresentação do Sistema de Contas Nacionais, bre
para a
adaptá-lo às recomendações do System of National Ac- pro
counts (SNA), da Organização das Nações Unidas. du
Uma çã
das mudanças é a igualdade entre recursos (ou Oferta) o

e Usos (ou Demanda). Dentro da ótica dos recursos da o
da
economia, a oferta é igual à produção, mais as impor- do
tações, enquanto que na ótica dos usos da economia, s
a demanda total é igual ao consumo intermediário, se
paradamente, s
e precisam ser adicionados à Oferta. Assim, vamos ::E
~
armar o
a equação com os números dados: Oferta = 1.200 + 60 ~ z
o
+ 70. Demanda = 600 + 100 + 10 + 120 + consumo
U
inter-
mediário. Fazendo-se Oferta = Demanda e resolvendo, LU

tem-se consumo tntermedlãrtc e soa.


l
S

<
>
~
(MPOGjEspecialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
namentalj2009) Considere os seguintes dados extraídos
Estrutura do Balanço de Pagamentos
de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas
de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre Comércio Exterior
produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre
a produção e de importação: 240; Subsídios à produção:
Define-se BALANÇO DE PAGAMENTOS como sendo o
zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de
registro sistemático das transações entre os RESIDENTES
autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto
e os NÃO RESIDENTES de um país durante determinado
afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos
período de tempo.
empregados são, respectivamente,
O Balanço de Pagamentos divide-se em dois grandes
a) 1.200 e 410.
grupos de transações: as TRANSAÇÕES CORRENTES e as
b) 1.350 e 440.
TRANSAÇÕES DE CAPITAL. CORRENTES são as
c) 1.350 e 435. transações
d) 1.200 e 440. que se referem ao movimento de mercadorias e de servi-
e) 1.300 e 500. ços, inclusive as referentes às remunerações pelos serviços
proporcionados pelos fatores de produção, como os juros e
os lucros. São transações de CAPITAL as que se referem ao
 movimento financeiro, isto é, dinheiro e títulos de crédito.

Gabarito: c Os registros contábeis no BP são elaborados dentro do


16 princípio das PARTIDAS DOBRADAS: a um débito em deter-
Comentário: minada conta corresponde um crédito em outra conta e
vice-versa. Para tanto, as contas são divididas em dois grupos:
Pelas contas nacionais, sabemos que Produção + im- contas operacionais e contas de caixa.
postos sobre produtos = consumo intermediário (CI) + As CONTAS OPERACIONAIS correspondem aos fatos
Produto Interno Bruto. Substituindo-se, temos: 2.500 geradores do recebimento ou do pagamento de recursos
+ 150 = CI + 1.300. Donde CI = 1.350. Outra igualdade ao exterior, como Exportações, Importações, Fretes, Segu-
da contabilidade macroeconômica é: Produto Interno ros, Juros, Investimentos, Amortizações etc. As CONTAS DE
Bruto = remuneração dos empregados (RE) + impostos CAIXA referem-se às contra partidas financeiras das contas
líquidos de subsídios sobre a produção e importação + operacionais, como Haveres no Exterior, Ouro Monetário,
Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de Direitos Especiais de Saque.
autônomos. Substituindo-se, temos: 1.300 = RE + 240 + Quando o fato gerador da transação der origem a uma
625. Donde RE = 435. ENTRADA de recursos para o país, a conta correspondente
será
NOÇÕES SOBRE O BALANÇO DE CREDITADA (ou lançada com sinal positivo). Quando originar
uma SAíDA de recursos, a conta em questão será DEBITADA
PAGAMENTOS. ESTRUTURA DO BALANÇO (ou
DE PAGAMENTOS lançada com sinal negativo). Quanto às contas de caixa, lança-
se
Considera-se que o comércio internacional é benéfico, a DÉBITO o AUMENTO e a CRÉDITO a DIMINUiÇÃO do seu
pois traz vantagens decorrentes da divisão do trabalho e saldo.
da especialização. O princípio das vantagens comparativas Vamos aum exemplo. Quando o país realiza uma venda
baseia-se no fato de que se cada país produzir e vender os de mercadorias ao exterior, o lançamento é feito debitando-
produtos para os quais possui maior vocação, produzirá a -se a conta de caixa HAVERES NO EXTERIOR, que
menor custo, ensejando um acúmulo de divisas suficiente representa
para adquirir os bens para os quais têm menor vantagem. os recursos em moeda estrangeira e creditando-se a conta
Os fatores que levam ao comércio internacional são: operacional EXPORTAÇÕES.
Examinando a estrutura do Balanço de Pagamentos,
- desigual dotação de recursos; observe-se os seguintes aspectos:
- diferenças de qualidade de solo e tipos de clima; - A BALANÇA COMERCIAL registra as entradas e saídas
- diferente disponibilidade de capital, trabalho e nível de mercadorias, sob o conceito FOB (free on board),
tecnológico. isto é, incluindo as despesas até o embarque no navio
transportador. As despesas com SEGURO e FRETE
São as seguintes as vantagens do comércio, do lado da fazem parte do conceito CIF (cost, insurance and
demanda: freight), mas normalmente são registradas em suas
próprias contas.
- geração de divisas com o consequente financiamento
das importações e possibilidade de pagamentos dos - A BALANÇA DE SERViÇOS compreende os bens não
tangíveis, com VIAGENS INTERNACIONAIS, TRANS-
PORTE e SEGURO. Esses e outros são denominados
emprést Global seja maior do que o Produto Interno
imos e Bruto; 1. Transações 2. Transações de
das Correntes Capital
remess - absorção de tecnologia incorporada nos bens de con-
a) Balança Comercial d) Capitais Autônomos
as de sumo e de capital.
Exportações Investimentos
juros e Reinvestimentos
Importações
lucros; Financiamentos
b) Balança de Serviços Amortizações
- efeito Viagens Capitais de curto prazo
multipli
cador Transporte e) Erros e Omissões
das Seguros
(a+b+c) + d + e = saldo total
atividad Lucros
Juros do balanço de pagamentos
es
Serviços Governamentais
ligadas Outros Serviços
f) Capitais Compensatórios
às Variação de reservas
expor- Empréstimos de regulari-
c) Transferências
zação
tações, Unilaterais
gerand a + b + c = Saldo do balanço
o de pagamentos em transa-
ções correntes
renda,
empreg
oe
imposto
s;

- ampliação da
escala
de
produçã
o, o que
resulta
em
diminui
ção de
custos
e
incorpor
ação do
mercad
o
interno.


o as
seguint
es as
vantag
ens do
comérc
io, do
lado da

oferta:

- absorção de
bens de
consum
o e de
capital
não dis-

ponívei
s
interna
mente
em
quantid
ade ou
qualida
de
suficien
tes ou a
preços
mais
altos,
permitin
do que
a Oferta
~
~
SERViÇOS DE NÃO FATOR, enquanto que as remune- j) foram pagas amortizações de empréstimos realizados
anteriormente, no valor de 40;
rações a fatores de produção, como LUCROS
eJUROS, I) o país recebeu mercadorias diversas, como doações
são denominadas SERViÇOS DE FATOR. para vítimas de seca no Nordeste, no valor de 10;
- As TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS representam as
m) o país recebeu empréstimos compensatórios do
doações e as remessas de migrantes.
Fundo Monetário lnternaclonal, no valor de 20.
- O SALDO DO BP EM TRANSAÇÕES CORRENTES é igual
lançamentos correspondentes:
à soma dos saldos da Balança Comercial, da Balança
a) Importações a Variação de Reservas » 100;
de Serviços e das Transferências unilaterais. Se SUPE-
b) =
Importações a Financiamentos 30; c) Importações
RAVITÁRIO, isto é, se as vendas de mercadorias, e de a Investimentos = 50; d) Variação de Reservas a Expor-
serviços superarem as respectivas compras, fornece =
tações 220; e) Viagens a Variação de Reservas 5; f) =
recursos para aumentar o nível de reservas interna- Transporte a Variação de Reservas = 30; g) Lucros a Di-
cionais do país ou para a realização de investimentos versos (Variação de Reservas = 25 e Reinvestimentos :: 5);
no exterior; se DEFICITÁRIO, significa que as h) Juros a Variação de Reservas = 55; i) Seguros a Variação
aquisições de Reservas" 15; j) Amortizações a Variação de Reservas
de mercadorias e de serviços superam as vendas, " 40; I) Importações a Transferências Unilaterais = 10;
resultado que torna a OFERTA GLOBAL superior à m) Variação de Reservas a Empréstimos do FMI " 20.
produção interna, o que permite níveis de consumo e
de investimento internos superiores às possibilidades
de produção. Esse saldo corresponde à POUPANÇA Construção do Balanço de Pagamentos
EXTERNA do país (com o sinal trocado).
- Os CAPITAIS AUTÔNOMOS incluem os registros do TRANSAÇÕES TRANSAÇÕES DE
movimento de capitais não vinculados especifica-
mente ao financiamento de déficit do BP. São os
EMPRÉSTIMOS e FINANCIAMENTOS para cobertura CORRENTES CAPITAL
de importações e de exportações, AMORTIZAÇÃO de a) Balança Comercial d) Capitais
empréstimos e financiamentos, INVESTIMENTOS re- Exportações = + 220 Autônomos
ferentes a aplicação de capitais e REINVESTIMENTOS Importações = - (100 + 30 Investimentos" + 50
+ 50 + 10)" -190 Reinvestimentos = + 5
de lucros. Financiamentos" + 30
saldo = + 30
- O SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS é
Amortizações" - 40
igual ao saldo EM TRANSAÇÕES CORRENTES, mais
o saldo" +45
saldo dos CAPITAIS AUTÔNOMOS. Se positivo, temos e) Balança de
um SUPERÁVIT e, se negativo, tem-se um DÉFICIT. Serviços a+ b+c+d (saldoglo-
- Os capitais compensatórios representam a contra- Viagens internacionais = - S bal do BP) =
partida do saldo total do BP. O seu saldo é igual ao Juros =-55 -95+45 =-50
saldo do BP, com o sinal trocado. Se há um superávit Lucros = - 25 - 5 = - 30
no BP, por exemplo, 0$ capitais compensatórios
Fretes =-30
indicam o aumento das reservas internacionais ou a
diminuição de obrigações com o exterior. Se há um
Seguros = -15
déficit, os capitais compensatórios indicam como esse
resultado pode ser financiado. saldo =-135
- As principais contas compensatórias são Variação c) Transferências e) Capitais
de Reservas (movimento líquido de entrada e sa-
Compensatá-
ída de divisas, como dólares, pesos, euros etc.) e Unilaterais = + 10
os empréstimos de regularização, que se referem rios
a operações com organismos internacionais para Variação de Reservas"
Um exemplo
financiar de levantamento
o déficit, como osde um Balançodo Fundo
empréstimos + 100-220+ 5 + 30 +
Vamos construir
Monetário um Balanço do
Internacional, de Banco
Pagamentos, a partir dos
de Compensações 25 + 55 + 15 + 40 - 20
seguintes fatos econômicos
Internacionais, hipotéticos
os Direitos ocorridos
Especiais num país
de Saque (moeda a + b + c (saldo do BP =+30
num determinado
escritura I ano (em milhões
do FMI) de dólares):
e Ouro Monetário. em Transações Correntes)
Empréstimos do FMI "
a) o país importou mercadorias no valor de 100;
= + 30 -135 + 10 = - 95 +20
b) o país importou equipamentos, no valor de 30, finan-
Análise do Balanço de Pagamentos: Total = + 50
ciados a longo prazo; - o saldo do BP em transações correntes é negativo
(- 95), o que significa que o país recebeu poupança
c) ingressaram equipamentos, sob a forma de investi-
externa no valor de 9S. O saldo negativo foi decorren-
mento, sem cobertura cambial, no valor de 50;
te de o déficit nos serviços (135) superar os superávits
d) o país exportou mercadorias, no valor de 220; na balança comercial (30) e nas transferências (10).
os capitais autônomos apresentam superávit (+ 45),
e) foram recebidos 13 e pagos 18 referentes a viagens
o qual é insuficiente para financiar o déficit em Tran-
internacionais;
sações Correntes, o que resulta num saldo global s
f) foram pagos serviços de fretes, no valor de 34, e rece-
negativo de - 50, ou um déficit igual a 50. s
o déficit global do BP foi financiado por uma saída
bidos serviços de fretes no valor de 4;
líquida de divisas, de 30, e pelo empréstimo do FMI,
o
g) foram remetidos lucros para acionistas estrangeiros, no de 20. z
valor O
de 27, realizados reinvestimentos de lucros, por diversas u
empresas,
no valor de 5 e recebidos dividendos no valor de 2; 1w
7
h)
55;
foram remetidos juros de empréstimos, no valor de
(;;1
i) foram pagos seguros no valor de 15;
-se à opção c.
~

Já se viu que o déficit em transações correntes representa


uma poupança externa, que é útil principalmente para os
países em desenvolvimento. A contra partida desse déficit é,
no entanto, perda de reservas e/ou endividamento externo.
Se o país quiser eliminar ou reduzir esse desequilíbrio, deve
buscar ampliar a receita de exportações de mercadorias e
serviços, e reduzir o dispêndio com importações.

As exportações podem ser incentivadas através das


seguintes medidas:
- política cambial realista que impeça a valorização da
moeda nacional;

- financiamentos mais favorecidos à produção e co-


mercialização de bens a serem exportados;

- conquista de novos mercados e avanço em mercados


tradicionais através da busca de eficiência na
produ-
ção e comercialização de bens a serem
exportados,
melhorando a qualidade e diminuindo os custos;

- incentivos fiscais, mediante a desoneração de im-


postos incidentes sobre os bens exportados.

Para diminuir as importações, o Governo pode impor


tarifas protecionistas, bem como executar uma política
recessiva através de diminuição das despesas governamen-
tais e aumento da taxa de juros, que provoca diminuição
nas aquisições de bens importados. Essas medidas têm
como efeitos negativos, no caso das tarifas a diminuição na
competitividade com o exterior e no caso da diminuição nas
despesas o aumento no desemprego.

As barreiras ao comércio internacional também podem


ser não tarifárias. É o caso da proibição ou suspensão da
entrada de certos bens, a imposição de cotas (fixação de
certo volume de importação máxima por determinados
períodos) e as normas de obediência a padrões mínimos de
qualidade dos produtos.

Questões comentadas

Vamos a algumas questões que a Esaf tem colocado mais


recentemente:

1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal, 2002) Considere


as
seguintes informações: A = saldo da balança comercial;
= =
B saldo da balança de serviços; C saldo das opera-
ções de transferências unilaterais; O = saldo em transa-
ções correntes; E = movimento de capitais autônomos;
=
F movimento de capitais compensatórios; G saldo =
total do balanço de pagamentos. Com base nessas
informações, pode-se afirmar com certeza que

a) A+ B+ C= D + E + F + G
b) A+ B+ C+ D + E + F+ G = O
c) A+ B + C+ E + F = O
d)G = O
e) A + B + C = O = G = O
«
Comentário:
~
O Sabe-se que a soma dos saldos da balança comercial,
z da balança de serviços e das transferências unilaterais é
igual ao saldo em transações correntes (A + B + C = O);
O
o saldo em transações correntes (O), é igual à soma do
u
movimento de capitais autônomos (E), mais o movimento
w
de capitais compensatórios (F), ou seja, O = E + F. O sal-
do em transações correntes (D), mais o movimento de
capitais autônomos (E) é igual ao saldo total do balanço
de pagamentos (G). O saldo total do BP (G), por sua vez,
1
é igual ao movimento de capitais compensatórios (F)
8
com o sinal trocado. Com base nessas relações, chega-
o país exporta mercadorias no valor de 500, rece- =
tações 500; 2. Importações a Variação de Reservas =
bendo à vista; 400; 3. Diversos (Juros, Lucros e Aluguéis) a Variação de
 o país importa mercadorias no valor de 400, pa- Reservas = 100; 4. Amortizações a Variação de Reservas
2. gando à vista; = 100; 5. Importações a Investimentos = 100; 6. Variação
(Analista o país paga 100 à vista, referente a juros, lucros e de Reservas a Capitais de Curto Prazo = 50; 7. Transfe-
do aluguéis; rências Unilaterais a Exportações = 30. Os saldos do BP
Banco  o país amortiza empréstimo no valor de 100; são: balança comercial = +30; balança de serviços = -100;
Central  ingressam no país máquinas e equipamentos no valor =
transferências unilaterais -30; transações correntes =
do -100; capitais autônomos = +50; saldo total do BP = -50;
Brasil, de 100 sob a forma de investimentos diretos; capitais compensatórios = +50. Os capitais compensató-
2002)  ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto rios são representados unicamente pela conta de Varia-
Conside ção de Reservas, cujo saldo de +50 indica uma redução
re as prazo; de reservas para financiar o saldo total negativo do BP.
seguinte  o país realiza doação de medicamentos no valor de
s 3. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério
30.
operaçõ do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2003) Considere
0$ seguintes lançamentos realizados entre residentes e
es entre Com base nestas informações, pode-se afirmar que as
resident não residentes de um país, num determinado período de
reservas do país, no período:
es e não tempo, em unidades monetárias: o país exporta merca-
resident a) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares. dorias no valor de 100, recebendo à vista; o país importa
es b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares. mercadorias no valor de 50, pagando à vista; o país realiza
de um c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares. pagamentos à vista referentes a juros, lucros e aluguéis, no
país, d) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares. valor de 50; ingressam no país investimentos diretos, no
num valor de 20, sob a forma de máquinas e equipamentos; o
e) não sofreram alterações.
determin país paga 50 referentes a despesas com transportes; o país
ado recebe empréstimos no valor de 100. Com base nessas
Gabarito: a
período informações, o país apresentou:
de Comentário: a) saldo total nulo no balanço de pagamentos.
tempo,
b) déficit no balanço de pagamentos de 100.
em A variação nas reservas internacionais do país aparece
c) superávit em transações correntes de 70.
milhões nas contas dos capitais compensatórios do balanço de
d) superávit na balança comercial de 50.
de pagamentos. Para se chegar a elas é preciso inicialmente
e) superávit no balanço de pagamentos de 50.
dólares: fazer-se os lançamentos contábeis de cada operação e
depois apurar-se os saldos do balanço de pagamentos.
 Os lançamentos são: 1. Variação de Reservas a Expor-
Gabarito: e

Comentário: Juros - 9.720 -11.847

A balança comercial apresenta exportações de 100 e im- Lucros - 38.166 - 24.112


portações de 70 (50 + 20). Logo, um saldo positivo de 30. Transporte - 8.334 - 8.769
Atenção para o fato de que os investimentos sob a forma Viagens - 14.709 - 15.588 Co
de equipamentos representam importação. A balança de me
Seguros -1.212 - 994 ntár
serviços tem pagamentos de juros, lucros e aluguéis de 50
Governo -1.411 -1.446 io:
e de transporte de 50, resultando em um saldo negativo
de -50 + -50:;; -100 (déficit). O resultado em transações Outros -11.719 - 13.767
A
correntes é a soma dos dois saldos: +30-100:;; -70. Para se Balança de Serviços (2) - 85.271 - 76.523 part
Transferências Unilaterais (3) + 2.984 + 2.846 ir
chegar ao saldo total do balanço de pagamentos, adicio- de
Transações Correntes (1+ 2 + 3) - 52.480 - 54.255
na-se ao saldo corrente (-70) o da conta de capitais (+20), jan
ou seja, -50. Aí ocorre uma divergência com o gabarito. Conta de Capital e Financeira (4) + 111.117 + 72.762
eiro
Este indica a opção e, ou seja, um superávit no BP igual a Erros e Omissões (5) +58.637 + 18.507
de
50. O resultado do gabarito seria compatível somente com Saldo do Balanço de Pagamentos 200
o lançamento de "empréstimos" (+100) nessa conta, cujo +49.101 + 58.637
(1 + 2 + 3 + 4+5) 1o
saldo passaria a ser de 120 (+20 + 100). O saldo total do Ba
Fonte: Banco Central do Brasil
BP nco
seria igual a -70 + 120:;; +50. Mas somente concordamos
A conta de Capital tem sido elaborada desde o ano de Ce
com esse resultado se em vez de "empréstimos", o valor de ntra
2001 com nova apresentação, denominada Conta de Capital
e Financeira, onde são destacados itens mais específicos. l do
100 se referisse a "financiamentos", já que "empréstimos" Bra
é normalmente lançado na conta de capitais compensa-
Questões comentadas sil
tórios, pois se trata de obtenção de recursos para reforçar pas
as reservas monetárias. sou
1. (Antaq/Agente de Regulação/2009) Julgue o item a
seguir. a
O Balanço de Pagamentos do Brasil div
Atualmente, de acordo com metodologia recomen- ulg
Eis os Balanços de Pagamentos do Brasil, referentes aos dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os ar o
anos de 2011 e 2012, em milhões de dólares: movimentos de capitais passaram a ser demonstrados bal
no balanço de pagamentos em duas contas distintas, anç
Balanços de Pagamentos do Brasil
que separam as transferências de patrimônio das mo- o
US$ milhões
vimentações meramente financeiras. de
pag
Gabarito: C am
Item 2011 2012 ent
Exportações 256.040 242.579 os
Importações - 226.233 223.157 de
aco
Balança Comercial (1) + 29.807 19.422
rdo
de
acordo com a metodologia contida no Manual de Balanço
~
de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. A
principal modificação é a criação da chamada "Conta de ~
Capital e Financeira", que explícita com mais detalhe os
itens financeiros do balanço e separa as transferências de
patrimônio das movimentações meramente financeiras.

2. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamen-
ta1!2009) Considere os seguintes saldos, em unidades
monetárias, para as contas dos Balanços de Pagamentos:

Balanço comercial: -700; Balanço de serviços: - 7.000;


Balanço de rendas: -18.000; Transferências unilaterais:
+ 1.500; Conta Capital: + 300; Investimento Direto:
+ 30.500; Investimento em Carteira: + 7.000; Derivati-
vos: - 200; Outros investimentos na conta financeira =
-18.000; Erros e omissões: + 2.500. Considerando esses
lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da
Autoridade Monetária apresentou saldo de:

a) + 2.100. d) + 2.000.
b) - 2.100. e) zero.
c) - 2.900.

Gabarito: a

Comentário:

O saldo em transações correntes é a soma dos seguintes


valores: (-700) +(-7.000)+ (-18.000) + 1.500:;;-24.200.
O saldo da conta de capital e financeira é a soma dos
seguintes valores: +300 + 30.500 + 7.000 - 200 -18.000
+ 2.500 = + 22.100. O saldo do balanço de pagamentos é
igual à soma dos saldos: - 24.200 + 22.100 = - 2.100. A con-

ta Haveres no Exterior é o saldo do BP com o sinal trocado:

- (- 2.100) = + 2.100.

Modelo de Oferta e Demanda Agregada. A


Função Demanda Agregada. As Funções de
Oferta Agregada de Curto e Longo Prazo.
Efeitos
da Política Monetária e Fiscal no Curto e Longo

Prazo. Choques de Oferta

Oferta Agregada é a quantidade total de produção que o


setor produtivo fornece, por período de tempo, dado certo
nível de preços. A produção total da economia depende da
dotação de recursos, ou seja, da quantidade de trabalho,
capital,
tecnologia e demais fatores de produção de que a economia
dispõe. Assim, tem-se a função de produção de uma economia:

t
Q:;; f ( K, L, T sendo K a quantidade de bens de capital,
L o trabalho e T a tecnologia. Considerando-se o curto pra-
ZO, período de tempo em que o capital e a tecnologia são
constantes, o aumento na produção depende apenas de
incrementos no fator trabalho, conforme o gráfico a seguir:

A função de produção, no curto prazo, relaciona a quan-


tidade total produzida (Q) com a quantidade de trabalho (L).

Q
s:iE
O
z
O
u
w

o
L
19
<
> Observe-se que a produção aumenta à medida que tam- O segundo princípio garante que o nível de produção de
~
bém aumenta a quantidade de trabalho empregado, mas os pleno emprego encontra um mercado que o absorva. A lei
incrementos na produção são cada vez menores. Isso ocorre de 5ay afirma que lia oferta cria a sua própria procura".
em razão de considerarmos o curto prazo, quando age a lei Através dessa lei os clássicos procuraram mostrar que a
dos rendimentos decrescentes, ou seja, a produtividade realização da produção criava um montante de renda de
marginal do trabalho é decrescente. igual valor que era destinado ao mercado, justamente para
Existe uma controvérsia bastante interessante a respeito adquirir essa produção.
da forma da curva da oferta agregada, entre a teoria clássica A existência da poupança não era problema para a teoria
e a teoria keynesiana. clássica, pois era assegurado que ela era toda canalizada para
Até o final da década de 20, a macroeconomia não era financiar os investimentos realizados pelas empresas. Mas, se
desenvolvida, pois até então o mundo não conhecia crises a poupança é realizada pelas famílias, e os investimentos frutos
globais importantes. O estudo da economia era baseado
principalmente na teoria microeconômica, além de princípios de decisão dos empresários, como conciliar os seus valores?
básicos que constituíam a chamada teoria clássica. São três A resposta está na taxa de juros.
os princípios básicos sobre os quais repousa a teoria clássica: A poupança (5) é função direta e o investimento (I)
é função inversa da taxa de juros (i). De seu encontro é
determinada a taxa de juros do mercado, que em equilíbrio
- A economia, quando em equilfbrio, apresenta ple- garante a igualdade entre poupança e investimento.
no emprego dos recursos. Não existe desemprego
involuntário.
- Para que seja garantido o pleno emprego, tudo que
é produzido gera uma demanda correspondente.

- a poupança da sociedade é toda canalizada para


investimentos.
S,I

Os gráficos a seguir mostram como se determinam os Com base no mercado de trabalho, pode-se deduzir a
níveis de emprego e de produto na economia, segundo a curva
teoria clássica. de Oferta Agregada clássica. Ocorre que, para qualquer nível
de
Q preço, o salário nominal W ajusta-se para garantir o equilíbrio
no mercado. Assim, se o nível de preço se reduz e o salário
real
aumenta, a demanda de trabalho, pelos empregadores, diminui

e torna-se menor do que a oferta de trabalho pelos


/ empregados.
Então, o salário nominal diminui detal maneira a voltar ao nível
N inicial de salário real. Se o salário real não se altera, o produto
mantém-se constante. O mesmo raciocínio pode ser feito com
W/P relação a um aumento de preço: o salário real diminui, a de-
manda de trabalho excede a oferta e o salário nominal cai, de
On
modo a manter o salário real e a produção. A curva de Oferta
Agregada é, portanto, uma reta vertical.
p
............ " .. + . A curva de Ofer- OA
ta Agregada clássica
Dn é uma reta vertical,
pois a qualquer nível o ~--~----------
•••N de preço a produção ~Q
A curva de Oferta Agregada pode deslocar-se, para a
total é constante .
direita ou a esquerda, se ocorrerem variações autônomas
o nível de emprego (N) é determinado no mercado de
na oferta e na procura de mão de obra. Por exemplo, se
trabalho (gráfico à direita), onde a oferta de trabalho exer-
aumentar a produtividade marginal do trabalho a demanda
cida pelos trabalhadores (On), e a demanda de mão de obra
de trabalho pelas empresas aumenta, e a curva desloca-se
exercida pelas empresas (Dn) são função direta e inversa
para a direita. Se os trabalhadores exigirem salários nominais
do salário real (W/P)' respectivamente. Dado o nível de
maiores, a oferta de trabalho (aos salários atuais) cai e a
emprego N1, o nível de produção (Q) é determinado no
curva desloca-se para a esquerda.
gráfico à esquerda.
É importante frisar que, de acordo com o primeiro prin- Questões comentadas
cípio básico da teoria clássica, ao nível de emprego N 1 não
há desemprego involuntário. A um nível de emprego maior,
As provas de concurso costumam pedir bastante o conheci-
acima de N1, a menor produtividade marginal do trabalho
mento dos fundamentos da teoria clássica. Vejamos as duas
exige que o salário real diminua, abaixo de (W/P)l. Como
questões seguintes:
esse nível de emprego é oferecido pelos trabalhadores
somente a um salário real maior, diz-se que o desemprego,
1. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério
nesse caso, é voluntário e corresponde ao fato de o salá-
do
rio real desejado pelos trabalhadores ser maior do que o
Planejamento, Orçamento e Gestão/2003) O denominado
correspondente à sua produtividade.
"modelo clássico" tem sido apresentado em livros textos
de macroeconomia como uma descrição possível do

20
~ ~
~ ~
pensamento
cem com macroeconômico
seus preços fixos,anterior
essasa empresas
Keynes. Assim,
observarão um mativas dos A Função
itens a, Demanda
b, d e e são Agregada
corretas. O equilfbrio no
aumento
partindo-se na demanda,
do equilíbrio de que resultará
no mercado aumento
de trabalho, na produ- mercado de trabalho determina o nível de pleno empre-
chega-se
ao nível
ção.
deOs pleno
empresários
emprego também
e, a partirpodem,
da função
perante
de produ-
o aumento de go, que somente pode aumentar por incremento da pro-
A Demanda Agregada é definida como a quantidade to-
ção, aopreços,
nível deesquecer-se
produto dede que emprego.
pleno os preçosNessedos insumos também sedutividade do trabalho e pela flexibilização dos salários
modelo,
tal de bens e serviços demandados em uma economia a um
o nívelelevam
geral de e aumentar
preços ficaa determinado
produção. Essa pelapercepção
denominada equivocada nominais. Desse modo, o desemprego é explicado pela
certo nível de preços. Em uma economia fechada, engloba as
"teoriados empresários
quantitativa pode explicar
da moeda". Com basea inclinação
nessas positiva
informa-da curva rigidez dos salários nominais (item a), ou seja, se o salário
despesas com consumo, investimento e gastos governamen-
ções, de
é correto
oferta deafirmar
curtoque:
prazo. A percepção equivocada por parte é fixo e não pode diminuir em razão de legislação ou ação
tais. Dado um aumento no nível de preços, a quantidade de
a) dos
uma trabalhadores
elevação da pode ocorrer
demanda porquando,
mão de dado um aumento
obra reduz o dos sindicatos nãoasestimula
moeda que pessoasaspossuem empresas a contratar
para maiscompras
efetuar suas
salário real.
nos salários nominais, os trabalhadores oferecem mais horas unidades de mão de obra. As hipóteses do modelo clássi-
diminui de valor em termos reais, constituindo o chamado
de trabalho e a produção cresce, mas se esquecem de que osco admitem que políticas fiscais ou monetárias somente
b) uma política monetária expansionista teria como efeito dos saldos reais. Essa perda de poder de compra diminui
preços também estão aumentado, sem repercussão impor- alteram as variáveis nominais, como o nível de preços,
efeito a demanda agregada, o que permite deduzir-se que há uma
tante sobre o salário real. sem efeitos sobre as variáveis reaisdecomo o emprego e o agregada.
uma elevação no produto de pleno emprego. relação inversa entre o nível preços e a demanda
Considere-se a expressão Y = Y + a ( P - Pe], sendo Y o produto (item b). Uma elevação dos gastos públicos eleva
c) produto
o produto efetivo, Y o produto
agregado natural, Pdao quantidade
real independe nível de preços
de efetivoa taxa de juros e com isso desincentiva e anula despesas
e Pe o nível de preços esperado. Conforme a diferença entre ode investimento privado (item d}, A equação quantitativa
mão de obra empregada.
nível de preços efetivo e o nível de preços esperado, o produtoda moedaArepresenta curva de De- a demanda agregada da economia
efetivo será maior ou menor do que o produto natural. através da quantidade
manda Agregadade moeda e seus efeitos sobre o
d) o nível do produto real de pleno emprego independe
produto e o níveluma
apresenta de preços
rela- (item e). A afirmativa c é
da oferta de moeda
Gabarito: dExiste naumaeconomia.
hipótese mais rigorosa de Keynes, quando é incorreta, pois uma redução dos impostos é uma política
ção inversa com o ní-
suposto que o nível de preços também é constante no curto fiscal expansionista que faz elevar a renda disponível
e) Comentário:
um aumento no estoque de capital na economia vel de preços.
reduz prazo. Nesse caso, a curva de Oferta Agregada é uma reta da economia e a renda, mas resulta em elevação das
a) No horizontal
mercado de trabalho,
e corresponde se aumenta a demanda por
ao caso keynesiano extremo.
o salário real e o nível de pleno emprego. taxas de juros,
Por que coma queda
curva de nosdemanda
investimentos privados
agregada tem inclinação
parte das empresas o salário real tem de subir para estimu-
A curva de Oferta Agregada horizontal supõe os preços e diminui novamente
negativa? o produto.
A resposta simples é que a demanda agregada tem
constantes no curto prazo. A teoria keynesiana
relação inversaapresenta
com o nível outrade hipótese,
preços. Eaqualde que
a justificativa
lar os trabalhadores a atenderem a essa demanda maior;
os salárioseconômica?
nominais são Osrígidos
seguintes a curto prazo,
efeitos fato que
explicam im-relação: o
essa
b) qualquer política,pfiscal ou monetária, apenas resulta
pede o seu ajustamento
efeito automático
Pigou (quando aumenta às variações
o nível dedepreços
preço,a riqueza
em variação no nível de preços, não afetando as variáveis
como defendem
em forma os clássicos.
monetária Nesse
diminuicaso, dado
de valor emum aumento
termos reais, dimi-
reais; c) o mercado de trabalho determina a quantidade
de preço, nuindo
por exemplo, dado o salário
em consequência nominal constante
a demanda agregada, e vice-versa),
de trabalho empregada (considerada de pleno emprego) o salário real cai, provocando desequilíbrio no mercado,
e o resultante nível de produto agregado real; d) o nível
do produto depende das quantidades de recursos empre-

com a demanda de trabalho efeito taxasuperando
de juros a(um oferta de traba-
aumento no nível de preços
lho, o quediminui
resulta em aumento do emprego e da produção.
gados, e não da quantidade de moeda; e) um dos fatores
que fazem aumentar a demanda de trabalho é o aumento

Raciocinando-se inversamente,
valor real dauma oferta diminuição
de moeda nodapreço,
economia,
dado o salário nominal
resultando emconstante, aumenta o salário real,
no estoque de capital da economia, que aumenta a pro- tornando aquedaofertana dedemanda
trabalho maior do que a demandaede
agregada, e vice-versa), efeito taxa de
dutividade do trabalho, resulta em aumento na demanda trabalho, ocâmbio
que resulta em desemprego e queda na produção.
( um aumento de preços, ao elevar os juros internos,
por trabalho e elevação do salário real. Em arnbas as situações verifica-se uma
atrai capitais estrangeiros, que relação
por suadireta
vez faz entre
valorizar a
níveis de preço e produção.
moeda nacional em relação às estrangeiras, diminuindo as
2. (Analista do Banco Central do BrasiI/2002)
exportações líquidas, e vice-versa). Pode-se também dizer
Considere o
que, em uma economia W/P aberta, incluindo-se exportações e
seguinte modelo: Y:: f(N); f' >0 e f" < O; W!P :: f'(N); N Um aumento de dado um aumento no nível de preços internos,
importações,
s = f (W/P); f' > O; MV = PY; Sp(r) + t = ip (r) + g; Sp' >0
e ip' < O, onde: Y = produto; N = nível de emprego; W =
salário nominal; P = nível geral de preços; N s = oferta
preços diminui
os bens o salá-
rio real, resultando em ""x------
da economia ficam relativamente mais caros do que os
oe
D
de mão de obra; M = oferta monetária; V = velocidade
de circulação da moeda; Sp = poupança privada; ip = in-
demanda bens maiorimportados,
do que
n
o que desestímula as exportações e estimula
as importações, diminuindo também a demanda agregada.
~--------------
a oferta de trabalho.
vestimento privado; t = impostos; g = gastos do governo; Enquanto W/P ~L que provocam deslocamentos
isso, os fatores
Uma diminuição de
r = taxa de juros; f'= primeira derivada da função; f"= da curva
preços aumenta o da demanda agregada são quaisquer aumentos ou
""""""""""""""~Oll
segunda derivada da função e assim por diante para as Um aumento
diminuições
salário real, resultan- na demanda que ocorrem independentemente
outras funções do modelo. Este conjunto de equações
/~Dn
autônomo
de variações na nos
de- preços, como variações autônomas nos
define o denominado "modelo clássico". Com base neste manda me- agregada
do em demanda
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos
modelo, é incorreto afirmar que: desloca
a ofertaa curva exportações líquidas) e na oferta monetária.
nor do quegovernamentais,
de trabalho.para a direita. O f---------. L

I~~.Q
a) o desemprego pode ser explicado por imperfeições

.
no mercado de trabalho decorrentes, por exemplo, A curva de Ofer- p Pt " ta
de rigidez nos salários nominais. Agregada keynesiana AO

>
mostra relaçãoAdiretaDeterminação do Nível de Preços e da Produção
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a
entre nível de O encontro
preço e das curvas de Oferta Agregada e Demanda
velo-
produção Agregada
total. determinam o nível de preços e a produção da
cidade de circulação da moeda constante, uma política economia. Os gráficos a seguir representam os pontos de
monetária expansionista só altera o nível geral de preços. equilíbrio nas três hipóteses da Oferta Agregada.
o Q
c) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma
redução nas taxas de juros via redução dos impostos A curva de oferta agregada acima corresponde ao caso
eleva o emprego e, consequentemente, o produto. keynesiano básico e tem inclinação positiva devido à hipóte-
Gabarito: c se dos salários nominais rígidos no curto prazo e também à
d)
públicos
tudo mais constante, uma elevação dos gastos
rigidez dos preços e às percepções equivocadas dos empresá- s
Comentário: rios e dos trabalhadores. Considera-se que no curto prazo as ~
eleva as taxas de juros.
Essa questão pode assustar um pouco, devido à apre- empresas têm um custo ao reajustar preços. São os chamados o
e) sentação a equação
inicial dequantitativa
equações edarelações
moeda funcionais,
pode ser entendida
mas "custos de menu". Suponhamos um aumento de preços na z
trata-se, como é explicitado, do modelo clássico. As afir- economia. Se no curto prazo algumas empresas perrnane-
O
como a demanda agregada.
u
w
21
p

I OA
I DA

I
Q
clássica
Q
clássica

/ Q
keynesiana básica
p

Em resumo, são as seguintes as curvas de Oferta Agre-


gada:

p
p Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
~/OA
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
~DA a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de
Keynesiana básica moeda da economia a fim de influenciar-se a taxa de juros de
mercado e, com isso, estimular-se o consumo e o investimento.
p A política fiscal utiliza os gastos governamentais e os tributos
para interferir na demanda agregada. A aplicação dessas po-
líticas causam efeitos diversos sobre a produção e o nível de
r---~~---- preços, conforme considere-se cada uma das três hipóteses a
OA respeito da forma da curva da Oferta Agregada.
DA
Os gráficos a seguir mostram a aplicação de políticas
Q Q expansionistas (de estímulo à renda e à produção), que
Keynesiana extrema aumentam a demanda agregada da economia, em cada uma
das três hipóteses teóricas:
Uma situação de equilíbrio não significa necessariamente
uma posição satisfatória, pois pode estar ocorrendo alto
nível de desemprego e inflação. Nesse caso, as autoridades
econômicas podem intervir através de políticas apropriadas
a fim de atingir determinados objetivos. As políticas mais
comuns são a monetária e a fiscal.
A política monetária consiste em variar-se a quantidade de

moeda da economia a fim de influenciar-se a taxa de juros de


mercado e, com isso, estimular-se o consumo e o investimento. f----+----...Q

A política fiscal utiliza os gastos governamentais e os tributos clássica


para interferir na demanda agregada. A aplicação dessas po- p
líticas causam efeitos diversos sobre a produção e o nível de
preços, conforme considere-se cada uma das três hipóteses a
respeito da forma da curva da Oferta Agregada.
Os gráficos a seguir mostram a aplicação de políticas
expansionistas (de estímulo à renda e à produção), que
aumentam a demanda agregada da economia, em cada uma
f--------.Q
p teóricas:
das três hipóteses
keynesiana básica

clássica
p
keyncsiana extrema

Observe-se os efeitos em cada uma das três hipóteses


de um aumento na demanda agregada:
Clássica (ou de longo prazo): crescimento dos preços
e nenhum efeito sobre a produção, pois o salário nominal
ajusta-se à variação do preço, mantendo constante o salário
real, o emprego e a produção. A relação entre o aumento na
keynesiana básica quantidade de moeda e a elevação dos preços está contida
na chamada teoria quantitativa da moeda.
Partimos da seguinte igualdade: M V = P Q, sendo M a
p
quantidade de moeda da economia, V a velocidade de cir-
culação da moeda, P o nível geral de preços e Q a produção
física. Essa igualdade diz, simplesmente, que a quantidade
de moeda, vezes a sua velocidade, iguala o valor da produção
global de bens e serviços, que é igual ao nível de preços vezes
a quantidade. Como exemplo, tem-se:
s
:!E
Q O
I------- •..
z
keynesiana extrema MxV=PxQ O
u
Q
w
23
keynesiana extrema

~ ~
22
ct: gado; Y p = produto de pleno emprego; a > O; P = nível
geral de preços; Pe = nível geral de preços esperados.
~ Com base nas informações constantes da equação acima
O
z e considerando as curvas de oferta agregada de longo
Exemplo: 100 x 4 = 5 x 80 (a quantidade de moeda,
O prazo e de demanda agregada, é correto afirmar que:
girando em média 4 vezes por período, é igual ao valor da
u produção, 400, que por sua vez corresponde a um preço
w médio igual a 4 e uma produção física de 80 unidades).

A teoria quantitativa da moeda diz que, no curto pra-


zo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível físico do
2 produto (Q) são constantes, e que qualquer variação na
4 quantidade de moeda (M) resulta em variação direta e em
igual intensidade no nível de preços (P).

t ~ t ~
MxV=PxQ

Daí que P = f (M), ou seja, o nível de preços é função da


quantidade de moeda da economia. Essa teoria é também
chamada de teoria monetarista da inflação, indicando que os
aumentos gerais de preços devem basear-se em aumentos
na quantidade de moeda da economia.

No exemplo numérico acima, se M passar de 100 para


120, teremos:

120 x 4 = 6 X 80, ou seja, o aumento em M provocou um


crescimento nos preços, de 5 para 6.

Keynesiano básico (curto prazo): aumento de preços e


da produção, pois não há ajuste do salário nominal, o salário
real cai e a contratação de trabalhadores sobe.

Questões comentadas

1. (Analista de Planejamento e Orçamento do


MPOGj2002)
Considere o modelo de oferta e demanda agregada,
supondo a curva de oferta agregada positivamente
inclinada e a curva de demanda agregada derivada do
modelo ISjLM. É correto afirmar que

a) um aumento dos gastos do governo eleva o


produto,
deixando inalterado o nível geral de preços.
b) uma elevação da oferta monetária só resulta em
alterações no nível geral de preços.
c) uma elevação do consumo agregado não causa
impacto sobre o nível geral de preços.
d) uma elevação das exportações tende a elevar tanto
o produto agregado quanto o nível geral de preços.

e) uma redução nos impostos não causa alterações no

produto agregado.

Gabarito: d

Comentário:

O modelo de oferta e demanda agregada keynesiana,


de curto prazo, que considera a curva de oferta agre-
gada positivamente inclinada, mostra que qualquer
aumento na demanda agregada resulta em elevação
na produção e nos preços. Com essa base de raciocínio
podemos eliminar as opções que são incorretas, como
a (os preços se alteram), b (também altera o produto),
c (alteram os preços) e e (aumenta o produto). Resta
a opção d, que está de acordo com a teoria.

2. (Auditor-Fiscal da Previdência Socia1j2002)


Considere
a seguinte equação para a curva de oferta agregada de
curto prazo: Y = Y P + a (P - Pe ), onde Y = produto agre-
longo prazo.
e) alterações na demanda agregada, tanto no curto
quanto no longo prazo, só geram inflação, não tendo
qualquer impacto sobre a renda.
a)
uma Gabarito: b
política
monetá
Comentário:
ria
expansi A questão apresenta a equação representativa da curva
onista de
não oferta agregada de curto prazo, mas basta sabermos que
altera o alterações na demanda agregada afetam os preços e a
produção para a resolvermos. É o caso do item b, No item
nível
a, uma elevação na demanda agregada também aumenta
geral
os preços. No item c, o produto também se altera. No item
de
preços,
d, o produto de pleno emprego está associado ao longo
tanto
prazo, mas nada impede que o produto no curto prazo
no
atin-
curto
ja esse nível. No item e, tem-se que a inflação, ou
quanto
aumento
no
longo de preços, é consequência de aumentos na demanda
prazo. agregada no longo prazo, mas não necessariamente no
curto prazo, quando o produto também aumenta.
b)
alteraç Keynesiano extremo (curto prazo): preços constantes e
ões na aumento da produção.
deman
da A Compatibilização entre as curvas de oferta agregada
agrega clássica e keynesiana:
da
resulta Se a curva de oferta agregada clássica é vertical e as cur-
m, no vas keynesianas são positivamente inclinada ou horizontal,
curto como a teoria macroeconômica concilia a ocorrência de cada
prazo, uma delas? O gráfico a seguir mostra as curvas de oferta
em clássica (OALP) e keynesiana (OACP), e a curva de demanda
alteraç agregada DA.
ões
tanto O equilíbrio de longo prazo dá-se no cruzamento entre
no nível
as curvas de oferta agregada clássica (de longo prazo) e
geral
keynesiana (de curto prazo) e a demanda agregada.
de
preços OALP
quanto
na p
renda.
c)
no
curto
prazo,
uma
política
monetá
ria
expansi
onista

altera o Vamos considerar agora dois casos:
nível
geral 1. Aumento na demanda agregada (DA): no curto prazo,
de mantido o nível de preços, aumenta o emprego e a produção
preços. física Q. Com o tempo, aumentam os salários nominais, re-
d) duzindo o emprego. Os preços sobem e a economia retoma
o ao nível natural de emprego e produção de longo prazo.
produto
estará
sempre
abaixo
do
pleno
empreg
o,
mesmo
no
2. Um Choque de oferta: um aumento nos custos de
produção desloca a curva de oferta OACP para cima. No
curto prazo, a produção é menor e o desemprego aumenta.
No longo prazo a produção e o emprego recuperam-se a um
Pi OALP

nível de preços maior. Denomina-se Política de estabilização


OACP
uma intervenção do governo para diminuir os preços (política
contracionista) ou reativar o emprego (política expansionis-
ta), através da demanda agregada.
DA

Questões comentadas
<t:
Q* Q
1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Considere o
modelo de oferta e demanda agregada, sendo a curva
= =
onde P nível geral de preços; Q produto agregado; OALP
= =
oferta agregada de longo prazo; OACP oferta agregada
de oferta agregada horizontal no curto prazo. Considere
=
de curto prazo; Q* produto agregado de pleno emprego.
um choque adverso de oferta. Supondo que não ocorram Supondo-se que a economia encontra-se em equilíbrio de
alterações na curva de demanda agregada e que o choque longo prazo e considerando os fundamentos utilizados
de oferta não altere o nível natural do produto, é correto para a construção das curvas de oferta e demanda agre-
afirmar que gada, é correto afirmar que
a) no curto prazo ocorrerá o fenômeno conhecido como
"estagflação", uma combinação de inflação com re- a) um aumento na velocidade de circulação da moeda
dução do produto. No longo prazo, com a queda dos reduz o nível de emprego no curto prazo.
preços, a economia retomará a sua taxa natural. b) uma política fiscal expansionísta reduz o nível de
b) no curto prazo, ocorrerá apenas queda no produto. No emprego no curto prazo.
longo prazo ocorrerá inflação e a economia retornará c) uma política monetária contracionista reduz o nível
para o equilíbrio de longo prazo. de emprego no curto prazo.
c) no curto prazo ocorrerá apenas inflação. No longo d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total
prazo o produto irá cair até o novo equilíbrio de pleno flexibilidade nos preços no curto prazo.
emprego. e) uma política monetária contracionista gera inflação
d) se o governo aumentar a demanda agregada em res- no curto prazo.
posta ao choque adverso de oferta, ocorrerá deflação. Gabarito: c
e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocor- 26
rerá inflação que será mais intensa no longo prazo em Comentário:
relação ao curto prazo. a) a velocidade de circulação da moeda (V) é uma das
quatro variáveis que fazem parte da igualdade MV = PQ,
Gabarito: a em que a quantidade de moeda (M) vezes a velocidade
de circulação da moeda (V) deve igualar o nível de preços
Comentário: (P) vezes o produto físico da economia (Q). Partindo-se
A questão refere-se ao gráfico a seguir, em que os preços dessa igualdade, um aumento em V, mantendo-se cons-
são rígidos no curto prazo, ou seja, a curva de oferta tante M, deve resultar em aumento em P ou em Q, não
agregada de curto prazo (OACP1) é horizontal: havendo razão para se esperar uma queda no emprego,
ao contrário, pois o emprego deve aumentar com aumento
~
~
P
\ OALP
em Q; b) políticas expansionistas aumentam o produto,
o emprego e o nível de preços no curto prazo; c) políticas
OACP2 contracionistas realmente reduzem o produto, o emprego
e o nível de preços no curto prazo; d) como a curva de
oferta agregada OACP é horizontal, os preços são fixos;
OACPl
e) conforme já mencionado a respeito no item c, políticas
contracionistas, ao contrário, reduzem os preços.
DA A questão a seguir também aborda as mesmas implicações
de um choque adverso de oferta sobre o produto e os preços
Q no curto e no longo prazo:

o modelo de oferta e demanda agregada é analisado 3. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Considere: a


com as hipóteses keynesianas de curto prazo, quando a curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LM;
curva de oferta é positivamente inclinada ou horizontal, a curva de oferta agregada de longo prazo horizontal; a
e a hipótese clássica de longo prazo, quando a curva de curva de oferta agregada de curto prazo vertical. Consi-
oferta agregada é vertical. Um choque adverso de oferta dere a ocorrência de um choque adverso de oferta como,
resulta em deslocamento para cima da curva horizontal por exemplo, uma elevação nos preços internacionais do
de curto prazo (de OACPl para OACP2), o que significa petróleo. Supondo que este choque não desloca a curva
diminuição na produção e aumento dos preços, ou seja, de oferta agregada de longo prazo, é correto afirmar que:
"estagflação". No longo prazo a diminuição dos salários a) uma elevação na demanda tenderá a intensificar a
nominais incentiva a produção e os preços voltam ao queda no produto que decorre do choque de oferta.

s
<t
nível inicial. b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e,
portanto, os preços. Se não houver alterações na de-
manda agregada, teremos uma combinação, no curto
2. (Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do O
prazo, de preços crescentes com redução do produto.
Planejamento, Orçamento e Gestão/2003) Considere o Z
No longo prazo, com a queda dos preços, a economia
seguinte gráfico: O
retomará ao seu nível de pleno emprego.
s
O
u
w
Z 25
O
u
w
de oferta de curto prazo.
Gabarito: b

c) Comentário:
Suponhamos um nível de renda igual a 1.000 unidades
se não mo-
Graficamente, o choque de oferta adverso desloca a
ocorrer netárias e a despesa correspondente de consumo igual a 900.
curva de oferta de curto prazo horizontal para cima re-
desloca
sultando, dada a curva de demanda, em preços maiores
mentos Denomina-se propensão média a consumir, a relação
e diminuição do produto situação que é denominada
na
de estagflação. É preciso sempre ter em mente que no =
C/V, que no exemplo acima é igual a C!y;:: 900/1.000 0,90.
curva Vamos supor agora um aumento na renda de 100, com
curto prazo os preços sobem e o nível de produto cai,
de
o que contraria os itens c, d e e, e que no longo prazo a o consumo crescendo de 80. Denomina-se propensão mar-
deman
economia tende ao nível inicial de equilíbrio, conforme a ginal a consumir a relação !lC/!l V, que no exemplo acima é
da
afirmativa do item b. Uma elevação na demanda (item a) igual a: !lC/!lY '" 80/100 '" 0,80.
agrega
faz o produto voltar ao nível inicial, mas à custa de maior Observe-se que a renda cresceu de 1.000 para 1.100,
da, o
elevação nos preços. enquanto que o consumo cresceu de 900 para 980. Calcule-
choque
de mos a propensão média consumir depois do aumento: C/Y
oferta MACROECONOMIA KEVNESIANA. = 980/1.100 = 0,89.
causar HIPÓTESES BÁSICAS DA A fração da renda destinada ao consumo caiu de 0,90
á MACROECONOMIA KEVNESIANA. AS para 0,89, o que confirma a lei psicológica. Dizemos, então,
deflaçã que o consumo cresce menos do que proporcionalmente
FUNÇÕES CONSUMO E POUPANÇA.
o. ao crescimento da renda.
DETERMINAÇÃO DA RENDA DE
Essa relação não proporcional entre renda e consumo
d) EQUILíBRIO. O MULTlPLlCADOR pode ser representada pela equação C = Ca + cY, onde Ca é
o
KEVNESIANO. OS DETERMINANTES DO a parte da demanda de consumo autônomo em relação à
choque
de INVESTI M ENTO renda (dependente de outras variáveis, como taxa de juros,
oferta riqueza, costumes etc.), e cY é a parte do consumo induzi-
alterará Vamos determinar o nível de equilíbrio da renda em uma da pela renda, sendo c a propensão marginal a consumir.
apenas economia fechada, isto é, sem transações com o exterior, Geometricamente, a propensão marginal a consumir é a
o e sem governo, isto é, sem despesas governamentais e sem inclinação da reta que representa o consumo.
produto impostos. Nesse caso, a demanda agregada (DA) é igual às
de despesas de consumo (e) e de investimento (I):
pleno
empreg DA= C+ I
o.
e) Enquanto isso, a renda (Y) é igual à soma das despesas
não de consumo com a poupança (S):
ocorrer
á Y=C+S
alteraç
ões A condição de equilíbrio é que a renda seja igual à de-
nem manda agregada:
nos
preços Y~ DA
nem no Consideremos a função consumo C = 100 + O,8Y; o con-
nível Y ~ C+ I sumo autônomo é igual a 100 e a propensão marginal a con-
do C+S=C+I sumir igual a 0,8. Ao nível de renda igual a zero, o consumo é
produto S= I igual a 100. Qual o nível de renda que é igual ao consumo?
, tanto
no Ou seja, para a renda estar em equilfbrio, a poupança y",C
curto planejada pelas famílias deve igualar as despesas de inves- Y = 100 +
quanto timento planejado pelas empresas. 0,8Y
no
Y -O,8Y '" 100
longo A respeito do nível de consumo, que é o maior compo-
prazo, nente da demanda, Keynes apresentou uma lei psicológica 0,2Y = 100
uma fundamental, que diz que "à medida que a renda disponível
vez Y = 500
das pessoas aumenta, o consumo também aumenta, mas a
que, se
fração da renda destinada ao consumo diminui".
o Qual o consumo, quando a renda é igual a 1.000?
A renda disponível é a parcela da renda nacional que efe-
choque
tivamente é canalizada para as famílias, depois de dedução
de C = 100 + 0,8. 1.000 = 900
oferta de impostos e adição das transferências, e que é utilizada
não para o consumo e a poupança. Nesse primeiro modelo, sem
Se a renda não é toda consumida, o seu excesso constitui
desloca governo, a renda disponível é igual à renda.
a poupança:
a
curva S-Y-C
de
oferta A função poupança é derivada da função consumo:
de
longo S = Y-(Ca + cY)
prazo,
també S = Y - Ca - cY
m não
desloca S = - Ca + (1- c) Y
rá S = Ca + sY
a curva
sendo propensão marginal a poupar. Se C = 100 + 0,8Y,
sa então

o gráfico abaixo mostra a poupança e indica que a ren-


da é igual a zero ( O ), a poupança é igual a Se-1DO, ou seja,
~
ocorre despoupança de 100 quando a renda se iguala a zero.
Quando a renda é igual a 500, a poupança é nula, e torna-se ~
positiva quando a renda é maior do que 500. o que significa o nível de renda de 650? A esse nível,
a demanda agregada também é igual a 650. 5enão vejamos:
C= 100 + 0,8. 650= 620
I= 30

C + I = 620 + 30 = 650

 o
c.r, Y 650 Y

A partir de o que ocorre à


que nível de economia quando a renda
renda é maior do
ocorre
que o nível de
poupança
equilíbrio? Ao
positiva?
nível de renda igual a
5>0 1.000,
por exemplo, a demanda agregada é igual a:
-100 + O,2Y > O
O,2Y> 100 C + I = 100 + 0,8. 1.000 + 30 = 900 + 30 = 930
Y> 500

Qual a poupança quando a renda é igual a 1.500?
C,I,Y Y
5 = - 100 + 0,2 X 1.500 = - 100 + 300 = 200

o segundo componente da demanda agregada é a de-


manda de investimento, definido como o dispêndio com a
aquisição de máquinas e outros bens de capital que resul-
tam em acréscimo de capacidade produtiva. Considera-se
inicialmente que o investimento seja todo ele autônomo em
relação à renda, isto é, que os empreendedores apliquem
determinado valor por unidade de tempo em decorrência
de diversos fatores que não a renda nacional.

1= Ia

Ia~ ___________________________
Já vimos que quando a renda é igual a LODO, o consumo
é igual a 900, o que significa que a poupança é igual a 100:

s = - 100 + 0,2. 1.000= 100

n y
Como a poupança excede o investimento planejado de 70
(100 - 30= 70), esse valor é justamente igual à variação de
estoques (ou o investimento não planejado). Então, tem-se:

Vamos deduzir agora a fórmula da renda de equilíbrio,


que é aquela que se iguala à demanda agregada:
A demanda agregada de 930 é, portanto, insuficiente
para absorver toda a produção de 1.000. O excesso pro-
Y=
duzido, igual a 1.000 - 930 = 70, representado pela linha
DA
B no gráfico abaixo, constitui uma variação de estoques,
Y= C
ou seja, investimento não planejado pelas empresas. Em
+I
decorrência, a produção (e a renda) vão cair, até atingir o
equilíbrio igual a 650.
Desenvolvendo essa igualdade, tem-se:
=
Poupança investimento planejado + investimento

~
Y= Ca + cY + não planejado
Ia
Y -cY = Ca + Ia 5=Ip+I
np
Y(l- c) = Ca +
100 = 30 +
Ia
70
Y= (Ca + Ia). (1/1- c)
A renda está em cqullibrlo quando o investimento não

1
Considere-se a função consumo C = 100 + O,8Y e planejado é nulo, ou seja, quando a poupança iguala o
I = 30. Qual a renda de equilíbrio? investimento planejado, que é o nosso investimento autô-
nomo: 5 = I.
Y = (100 + 30). (1/1- 0,8) = 130. 5 = 650
Pode-se, então, calcular a renda de equilíbrio através
dessa
igualdade:
5=1
LJ
-100 + O,2Y =
30
27
0,2Y = 130
Y= 650
~
~
 de 20, e, portanto, a nova renda de equilíbrio deveria
Períodos ~I ~Y ~C ~S crescer
O 20 - - - de 650 a 670. Será? Calculemos a nova renda de equilíbrio:
Y = (Ca + Ia) x (1/1- c) = (100 + 50). (1/1- 0,8) = 150 x 5 = 750
1 - 20 16 4
- 16 12,8 3,2
2
Observe-se que, dado um aumento no investimento
3 - 12,8 10,2 2,6
planejado, de 20, a renda cresceu de 100, ou seja, cinco
4 - 10,2 8,2 2,0 vezes mais.
-
n . ,. ... ... O crescimento da renda também pode ser calculado
Totais 20 100 80 20
através da fórmula:
Tornando mais realista a demanda de investimento e
l1Y = (LiCa + Ala). (1/1- c)
supondo que seja também induzido pelo nível de renda,
podemos expressar a função investimento, assim:
como LiCa = O, tem-se: C
I = Ia + eY
Cortando C de ambos os termos, tem-se: fiscal, os tributosV:::
(T) Ala, (1/1-são
também = 20 x 5 = 100
20. (1/1- 0,8)autônomos,
c) :::considerados =
sendo Ia o investimento autônomo; e .!l. a propensão mar-
Qual a explicação para essa variação na renda? 1
ginal a investir.
0
S+T=I+G Quando
isto é, independentes da renda. A função consumo passa a 0
apresentarosa empresários ampliam
renda disponível, que éos investimentos,
definida o que fazem
como a renda,
A igualdade acima mostra que a renda está em equilíbrio menos osé, por exemplo,
tributos (Y D = Y -comprar maisdemáquinas
Ta). A renda equilíbrio,no valor de 20. +
então,
quando o total de injeções se iguala ao total de vazamentos. A indústria de máquinas, ao produzir mais 20, cria renda
pode ser calculada:
no valor de 20. Ocorre que a criação de renda provoca um0
Pode-se também fazer, com base na igualdade anterior: incremento imediato no consumo, igual à variação na renda
Y=C+I+G ,
vezes a propensão marginal a consumir, isto é, 20. 0,8 ::: 8
1= S + T -G,
16. +Aíc(Y
Y = Ca - Ta) + Ia de
a indústria + Ga
bens de consumo aumenta a produção
Y = Ca + cY - cTa +
e a renda em 16, o Ga
Ia + que provoca crescimento no consumo Y
o que significa que o nível de investimentos é igual à poupan- Y - cY = Ca - cTa + Ia + Ga
ça privada (5), mais a poupança do Governo (T - G).
de 16. 0,8 = 12,8, que se transforma em renda adicional,
D

o y
que
Y (l-c) = Ca-cTa
gera novo
+ Ia incremento
+ Ga no consumo de 12,8. 0,8 = 10,2.
E assim
Y::: (Ca - cTa por
+ Iadiante.
+ Ga). (1/1- c) I
A tabela a seguir apresenta o crescimento da renda, do
a
Nesse caso, com o investimento crescendo à medida consumo e da poupança, dado o incremento inicial de 20 :
que nos investimentos. :
a renda cresce, esta tende a atingir níveis maiores do que :
se o investimento fosse totalmente autônomo. Considere-
-se as funções: 1
S = -100 + 0,2V 5
1=30+0,1Y 0

A renda de equilíbrio corresponde à igualdade entre Ta


poupança e investimento. Vamos, então, calculá-Ia: =
S=I
120
Ga
-100 + O,2V = 30 + O,1V
O,1V = 130 Economia Fechada e com Governo
V = 1.300 =
A participação do governo é estudada através de três O Governo tem o papel de arrecadar tributos (T) e reali
Deve-se atentar para o fato de que enquanto a zar despesas (G). A renda das famílias passa a ser
poupança composta
é função da renda disponível, o investimento é função da pela despesa de consumo, a poupança e os tributos:
renda nacional, conceitos que se igualam no caso de uma Y=C+S+T
economia fechada e sem governo, e com os lucros retidos 200
iguais a zero. Os tributos representam um vazamento de renda, isto
Keynes disse que a insuficiência da demanda poderia é, constituem parte da renda não destinada à demanda
diminuir se o consumo aumentasse (o que depende de agregada, assim como é a poupança. Enquanto isso, os gas
aumento da renda disponível), ou aumentassem os inves-
timentos, os quais dependem da expectativa otimista dos tos em consumo do Governo representam uma injeção de
empresários. Se os investimentos aumentam, aumenta a demanda, como são os investimentos. A demanda agregada
demanda agregada, gerando renda e emprego.
Consideremos as funções consumo e investimento C = é igual a: DA= C+ I +G
iDO + 0,8Y e i = 30. Se as empresas aumentarem os inves- Su
s
c(
timentos para 50, por unidade de tempo, qual será a nova
renda de equilíbrio? Antes do cálculo correspondente, pen- A renda nacional está em equilíbrio, quando ela se
semos um pouco. A renda de equilfbrio, antes desse iguala
O aumento à demanda agregada: Y=DA
z no investimento, é igual a 650, como já calculamos antes. 5e
C+S+T=C+I+G
o bsti
u o investimento aumentará de 20 unidades monetárias, a de-
tuin
28
UJ do,
manda agregada cresce de 20 e a produção e a renda
tem
crescem
os:
modelos fiscais, em que o consumo do Governo é sempre Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se
considerado autônomo em relação à renda. No 12 modelo os seguintes dados.
Y = (100 - 0,8.120 + 150 + 200). (1/1- 0,8)
::: 354. (1/0,2) ::: 1.770 ~
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor- ~
respondente variação na renda é calculada pela expressão: Esse resultado é conhecido como o Teorema do Orçamento
Equilibrado.
M::: (L'1Ca - cMa + L'1la + L'1Ga). (1/ 1- c)
No 22 modelo fiscal são consideradas as transferências
Se as despesas do Governo crescerem de 20 unidades (Ra), como um componente autônomo que é acrescido à
monetárias, a variação na renda será igual a: renda disponível. A função consumo fica assim:

L'1 Y = L'1Ga. (1/1- c) = 20. (1/1- 0,8) = 20. 5 = 100


c ::: Ca + c(Y - Ta + Ra)
Se as receitas do Governo crescerem de 20 unidades, A renda de equilíbrio fica calculada dessa maneira:
a variação na renda será igual a:
Y=C+I+G
ô y = (-c. Ô Ta). (1/1- c) = (-0,8. 20). (1/1- 0,8) = -16. 5 = - 80 Y = Ca + c(Y - Ta + Ra) + Ia + Ga
Y = Ca + cY - cTa + cRa + Ia + Ga
Consideremos agora um aumento simultâneo, e no V - cY ::: Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
mesmo valor, das receitas e das despesas do Governo: y (1- c) = Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
Y = (Ca - cTa + eRa + Ia + Gal. (1/1- c)
L'1 Y = (L'1Ga - cL'1 Ta). (1/1- c)
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os
Como L'1Ga = L'1Ta, temos: seguintes dados.

L'1 Y = (Ma - cL'1Ga). (1/1- c) C = 150 + 0,75Yd


M::: L'1Ga (1- c). (1/1- c)
M=L'1Ga =
Ia 200

Ta = 100
ou seja, quando o Governo aumenta as suas receitas e as
Ra = 60
suas despesas no mesmo valor, a renda cresce desse valor.
Ga = 80

Substituindo-se, temos:

Y::: (150 - 0,75.100 + 0,75.60 + 200 + 80). (1/1- 0,75)


Y = 400.4 = 1.600

Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-


respondente variação na renda é calculada pela expressão:

L'1Y::: (Ma - cL'1 Ta + cMa + ~Ia + L'1Ga). 1/ (1- c)

Consideremos, utilizando os mesmos dados anterio-


res, um aumento nos gastos do Governo de 30 unidades
monetárias:

L'1Y = flGa. (1/1- c) = 30. (1/1- 0,75) = 30. 4 = 120

Agora suponha-se que o Governo eleve as transferências,


também de 30 unidades monetárias:

llY = cflRa. (1/1 - c) = L'1Ra. (c/l - c) 30. 0,75/

(1-0,75)=30.3=90

Se observamos os valores calculados para as duas varia-


ções na renda, verificamos que o aumento das despesas de
gastos do Governo têm um poder maior do que o mesmo
aumento das despesas com as transferências, já que a mes-
ma elevação inicial na demanda (de 30 unidades monetárias)
provoca aumentos desiguais na renda. Esse efeito decorre
do fato de que o multiplicador das despesas do Governo 1/
(1- c) é maior do que o das transferências c/ (1- c].

No 3º modelo fiscal as receitas do Governo são também


induzidas pela renda, o que torna o modelo mais realista.
A função tributação fica:
<t

T = Ta + tY
~
O
sendo Ta a tributação autônoma, tY a tributação induzi- z
da e t, a propensão marginal a tributar. O
u
A função consumo incorpora a função tributação da
w
seguinte maneira:

C = Ca + c(Y - Ta - tY + Ra)
29

« A renda de equilíbrio fica calculada dessa maneira: sendo Ma o componente autônomo das importações e mY o
componente induzido; m é a propensão marginal a importar,
~ Y=C+I+G
que é igual a I1M/11 Y, isto é, é a relação entre as variações na
O
Y;:: Ca + c(Y - Ta - tY + Ra) + Ia + Ga renda e nas importações.
Z
Y = Ca + cY - cTa + ctY + cRa + Ia + Ga
o X.M
Y - cY + etY ;:: Ca - eTa + eRa + Ia + Ga
u Y (1- c + et) ;:: Ca - cTa + eRa + Ia + Ga
"'"
Y = (Ca - cTa + cRa + Ia + Ga). 11 (1- c + ct)
M
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os Xa 1------c:;;7~'----- X
seguintes dados:
30 Ma
C = 200 + 3/5 Yd
Ia = 180 O'------------------~
T = 3S + 1/6Y y
=
Ra 30
A expressão da renda de equilíbrio fica, agora, igual a:
Ga = 50
Y=C+I+G+X-M
Substituindo, temos:
Vamos calcular a renda de equilíbrio utilizando, para
Y = (200 - 3/5.35 + 3/5. 30 + 180 + 50). 1/(1-3/5+3/5. 1/6)
simplificar, o lQ modelo fiscal, isto é, a
Y = 427. 2 = 854
tributação, T, é toda
autônoma:
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-
respondente variação na renda é calculada pela expressão:
Y = Ca + c(Y - Ta) + Ia + Ga + XA - Ma - mY
I1Y = (I1Ca - cl1Ta + cl1Ra + Ala + I1Ga). 11 (1- c + ct] Y = Ca + cY - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma - mY
Y - cY + mY = Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma
Suponhamos que os investimentos planejados pelos em- Y (1- c + m) = Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma
presários se elevem de 50 unidades monetárias. Se não houver
Y = (Ca - cTa + Ia + Ga + Xa - Ma). 11 (l-c+m)
tributação induzi da, isto é, t = O, a variação na renda será de:
Calculemos a renda de equilíbrio, considerando-se os
11 Y = I1la. 1/ (1- c) = 100. 1/1-3/5 = 50. 5/2 = 125
seguintes dados:
Mas quando uma parte da tributação é induzida, a va-
C = 150 + (Y - Ta)
riação positiva na renda é menor. Vejamos:
Ta = 24
Y = Ala, 1/(1 - c + ct) ;:: 100. 1/(1 - 3/S + 3/5. 1/6)
Ia = 180
;:: 50. 2 = 100 Ga = 220
Xa;:: 110
Com a tributação induzida, a renda, em vez de crescer M = SO + l/12Y
12S unidades, cresce menos, de 100. A explicação é que,
dado o aumento do investimento, eada vez que aumenta Substituindo, temos:
a produção e a renda, pelo efeito multiplicador, uma parte
desse aumento da renda é transferido para o Governo através Y = (150 - . 24 + 180 + 220 + 110 - 50).1/ (1-3/4+1/12)
dos impostos, constituindo um vazamento, que resulta em Y = 592. 3 = 1.776
aumentos também menores no consumo.
Dada qualquer variação na demanda agregada, a cor-
Economia Aberta e com Governo respondente variação na renda é calculada pela expressão:

Ao se considerar a economia aberta, introduzimos um 11V= (LlCa-óla +I1Ga +óXa).ll (1-c+ m)


novo componente para a demanda agregada, que são as
exportações, representando uma injeção para a economia, Suponhamos que os gastos do Governo cresçam de 100
pela criação de renda. Enquanto isso, as importações de unidades monetárias. Não havendo importações induzidas
mercadorias e serviços representam um vazamento, pois peia renda, isto é, m = O, a variação na renda será de:
criam renda e emprego no exterior.
11 Y;:: I1Ga. 1/ (1- c) = 100. 1/ (1- ) ;:: 400
As exportações são consideradas como autônomas em
relação à renda interna (Xa), pois costumam variar em de- Mas quando uma parte das importações é induzida
corrência de fatores como a taxa de câmbio, as tarifas dos pela renda, parte da demanda é transferida para o exterior,
países importadores, os preços internacionais e o nível de diminuindo o efeito sobre a renda interna. Por isso, a renda
renda dos países compradores. cresce menos.
Enquanto isso, as importações podem ser representadas
por dois componentes, um autônomo (que relaciona as 6.Y = AGa. 1/ (l-c+m) = 100. 1/ (1- + 1/12) = 100. 2 = 200
importações com a taxa de câmbio, as tarifas internas e o
diferencial de preços entre os produtos nacionais e estran- Aplicação da Política Fiscal Keynesiana
geiros) e outro induzido pela renda interna.
Cabe ao Governo um papel bastante importante na teoria
X= Xa keynesiana, pois os gastos e os impostos governamentais
M=Ma+my,

estabilização da economia. No preços
caso de desemprego e diminuição das atividades econômi- podem
cas, a insuficiência da demanda agregada deve ser corrigi da ser
pela elevação dos gastos governamentais. A redução de combat
devem ser utilizados
impostos também provoca esse efeito. Ao contrário, no caso idos
para a
de intensificação das atividades econômicas, os aumentos de por
diminuição dos gastos e - Dado
redução dos impostos. u
m
Consideremos os seguintes dados:
- Diminuição da Propensão Marginal a Tributar a
c " 2000 + 3/5Y, Ia " 800, Ra " 100, Ga = 500, T = 350 + 1/6 Y Y= (Ca-cTa + cRa + Ia + Ga).l/ (l-c+ ct) u
m
A renda de equilíbrio é igual a: 6.600= (2000-3/5. 350+3/5.100+800+500).1/(1-3/5 +3/5. t) e
n
y" (2000 - 3/5. 350 + 3/5. 100 + 800 + 500). 1/ t" 0,13 t
(1- 3/5 + 3/5.1/6) "3.150.2,, 6.300 o
Algumas interrelações curiosas entre os agregados:
Suponhamos agora que a economia apresente desem- n
- Um aumento das exportações resulta em aumento o
prego e que, para diminuí-Ia, o Governo pense em aumentar
das importações. s
o valor do produto para 6.600. Para isso, seria preciso elevar
a demanda agregada e o Governo conta com as seguintes ilX ~f...Y ~ AM i
opções: - Um aumento das importações não provoca necessa- n
riamente variação nas exportações. v
- aumentar os gastos governamentais;
- diminuir os impostos autônomos; e
- Um aumento dos gastos do Governo resulta em au- s
- diminuir a propensão marginal a tributar; mento dos tributos.
- aumentar as transferências. t
ilG~ilY~M i
Y,DA
- Um aumento dos impostos resulta em diminuição das m
y importações. e
n
M~f...Y~AM t
DA
- Uma diminuição das importações resulta em aumento o
o~·----------~------~~ dos impostos. s
6.300 6.600 Y
AM~f...Y~M d
o gráfico acima mostra a renda de equilíbrio de 6.300 e - Um aumento dos tributos diminui os investimentos e
a renda de 6.600 que o Governo quer alcançar para diminuir induzidos pela renda, enquanto um aumento dos
o desemprego. investimentos aumenta os tributos induzidos pela 1
renda. 5
Vamos calcular cada um dos valores necessários para ,
o objetivo de elevação da renda, de 6.300 para 6.600, ou M~AV~ill
seja, de 300. ill ~AV~ilT q
- Um aumento autônomo do consumo faz aumentar o u
- Aumento dos Gastos Governamentais consumo induzido pela renda. a
l
f...Y = (ACa - cMa + cilRa + Ala + AGa). 1/ (1- c + AC~AV~AC
ct) a
Um exercicio de aplicação: considerando-se as propen-
f...Y" (ilGa). 1/ (1- c + ct)
sões marginais a consumir, a tributar, a investir e a importar v
300 = (~Ga). 1/ (1- 3/5 + 3/5. 1/6) a
iguais, respectivamente, a 0,8, 0,1, 0,28 e 0,1, calcule:
300 = (Ma). 2 r
- O multiplicador dos investimentos i
AGa = 150 1/ (1- 0,8 + 0,8. 0,1- 0,28 + 0,1) = 10 a
ç
- Diminuição dos Impostos Autônomos o multiplicador dos tributos ã
o
f...Y" (ilCa - cMa + cilRa + Ala + AGa). 1/ (1- c + ct) - 0,8/ (1-0,8 + 0,8. 0,1-0,28 + 0,1) =-4
ilY = Ma. c/ (1- c + ct) n
- Dado um aumento nos investimentos de 100, qual a a
300 = il Ta. - 3/5/ (1- 3/5 + 3/5. 1/6)
variação nas importações: s
300 "Ma. -6/5

ilTa = - 250 AV" 100. 10 = 1.000 e


ilM = 0,1. 1.000 = 100 x
p
- Aumento das Transferências o
- Dado um aumento nas importações de 50, qual a
variação nos investimentos: r
f...Y = (ilCa - cMa + cARa + Ala + AGa). 1/ (1- c + t
ct) ilY = - 50. 10 = - 500 a
il Y = ilRa. c/ (1- c + ct) AI = 0,28. - 500 = - 140 ç
300 = ARa. 6/5 õ
ilRa = 250 - Dado um aumento nos gastos do Governo de 80, qual e
a variação nos tributos: s
:
~Y=80.10=800
Ar" 0,1. 800 = 80
A
- Dado um aumento nos impostos de 25, qual a variação
nas importações:
Y
AV = 25. - 4 = -100
AM = 0,1. - 100 = - 10 =

- Dada uma diminuição nos tributos autônomos de 10, 1


qual a variação nos tributos induzidos: 5
.
il Y " - 10. - 4 '" 40
Ar= 0,1. 40 = 4
1
0 = 150
ilX = 0.150 = ° I
~
~ I

~
L.J

31

~
~

AS CONTAS DO SISTEMA FINANCEIRO E O A fixação de preços, em moeda, substitui diversos valores.


MUlTIPL/CADOR BANCÁRIO Assim, se tivermos n tipos de produto, o total de relações
entre esses bens será igual a:
José tem o produto A
e deseja o produto B n(n-l}
de João João tem o produto B 2
e deseja o produto A
de José
Por exemplo, no caso de 10 produtos, teríamos:
José tem o produto A (a troca é possível) (10 x 9) / 2 ::; 45 relações.
e deseja o produto B
Reserva de valor
O uso da moeda, atualmente, é tão comum que quase
não percebemos a sua enorme utilidade. Pois é através A moeda pode ser retida em poder de seu possuidor
dela que se realizam as transações econômicas, sejam as após a venda de seu trabalho, constituindo uma reserva ou
que envolvem produtos, sejam as que se referem a simples um crédito em relação à sociedade. Por isso é considerada
transmissão de propriedade de ativos. uma forma de riqueza. Essa característica da moeda obriga,
no entanto, que os seus possuidores resguardem-se de riscos
As pessoas normalmente se especializam em produzir relativos a essa retenção. Os depósitos no sistema bancário
determinado bem ou serviço. Enquanto isso, necessitam e são proteção contra perdas e assaltos. É preciso também
têm desejo de consumir centenas de produtos, produzidos evitar-se a desvalorização da moeda em relação a seu po-
por outras pessoas. Numa economia de troca, ou escam- der de compra, o que ocorre em virtude da inflação. Nesse
bo, cada pessoa tem de procurar alguém que necessite caso, os detentores de moeda procuram a sua aplicação em
ou deseje o que produzimos, ao mesmo tempo em que títulos que rendem juros ou ativos que podem valorizar-se.
produza aquilo de que necessitamos. A solução seria a
troca direta. Vejamos: Características Essenciais da Moeda

de João João tem o produto B,


Uma moeda, para ser aceita nas transações comerciais,
mas deseja o produto
Carlos tem o produto C, de Carlos
deve possuir certas características inerentes, e que são:
C, mas deseja o pro-
duto A, de José  Indestrutibilidade e inalterabilidade - não deve se
facilmente destruída nem alterada.
 Homogeneidade - as moedas de mesmo valor devem

ser iguais, para poderem ser aceitas.


 Divisibilidade - deve atender a transações de todos
os valores, maiores e menores, inclusive as fracioná-
rias.

 Transferibilídade e facilidade de manuseio - deve


(a satisfação de todos somente é possível através ser facilmente manuseada e transferida.
da triangulação das trocas)  Facilidade de transporte - deve ser facilmente trans-
portada para a realização de transações em quaisquer
locais.
Numa economia moderna a solução é a utilização da
moeda. Com ela, cada um pode se especializar na produção Tipos Históricos de Moeda
de determinado bem, ou seja, organizar-se a divisão do
trabalho, o que permite a maior eficiência na produção São as seguintes as formas tradicionais de moeda:
dos bens. O produto de cada um é, então, oferecido no
mercado e trocado por moeda, a qual representa um poder  moeda-mercadoria;
de compra que pode ser utilizado na aquisição dos bens  moeda metálica;
oferecidos pelos demais. Assim, a troca direta transforma-  moeda-papel;
-se em troca indireta, facilitando e reduzindo o tempo  papel-moeda;
empregado nas transações.  moeda bancária.

As Funções da Moeda

« Intermediária de trocas pode-se expressar o valor do feijão em moeda, conforme


Essa função decorre do próprio conceito de moeda. É um a sua fixação no mercado. O valor, fixado em unidades
~ meio pelo qual as trocas são efetuadas. Evita a troca direta monetárias, passa a ter um preço, como por exemplo
O e a necessidade de coincidência de desejos, José troca seu R$ 1,00 por quilo, assim como o arroz, a carne e o leite.
z produto por moeda e fica em condições de adquirir, através
O dela, os produtos de que necessita.
U
LU
Unidade de medida de valor

A moeda é utilizada para dar valor às coisas, dispen-


sando a valoração de cada bem em relação a cada um
32 dos demais. Em vez de se valorar o quilo de feijão em
termos de arroz, carne, leite, consultas médicas ou picolés,
o, chás etc. Os seus inconvenientes são o des-
A
gaste natural, a não homogeneidade, o difícil manuseio ou
s
transporte.
prim
eiras A moeda metálica apareceu para superar alguns desses
moe defeitos. Os principais metais utilizados foram o cobre,
das o ferro e o bronze, que no entanto tinham dificuldade de
fora transporte, pelo seu peso e volume. Com o tempo passaram
m a ser padronizadas para as transações. Para facilitar, também
merc foram cunhadas. Mas um grave defeito era a sua abundância
adori relativa, o que fez com que passassem a ser utilizados metais
as mais nobres, como o ouro e a prata.
que,
pelo
seu
valor
intrí
nsec
o,
eram
aceit
as
em
troca
do
que
se
desej
ava
ofere
cer.
Mer
cado
rias
são
aceit
as
com
o
moe
da
por
tere
m
aceit
ação
geral
,
pela
sua
esca
ssez
relati
va e
capa
cida
de
de
satis
fazer
nece
ssida
des.

E
xem
plos
cláss
icos
são o
gado
,o
sal,
escra
vos,
conc
has,
seda,
fum
Para facilitar as transações, surgiram atividades de de-  Ela é formada por instituições especializadas, que
pósito desses metais, realizadas por ourives que emitiam estão aparelhadas para aplicar os recursos nas con-
certificados de depósito, os quaís, por sua comodidade e dições mais lucrativas.
segurança, passaram a circular no lugar dos metais monetá-  Permite que os agentes superavitários tenham onde
rios. Com isso, estava criada a moeda-papel, com lastro de aplicar, a qualquer instante, seus excedentes e os defi-
100, isto é, o seu valor podia ser convertido totalmente em citários tenham recursos no montante e no momento
metal, a qualquer momento e sem aviso prévio. em que vislumbram oportunidades de consumo e de
Esses primitivos banqueiros logo perceberam que a investimento lucrativos.
reconversão da moeda-papel em metais preciosos não era  Ela incentiva as poupanças, de qualquer montante.
solicitada por todos os seus detentores e ao mesmo tempo.  Permite expansão do cunsumo e do investimento.
Além disso, enquanto uns a solicitavam, outros faziam novos
depósitos do metal. Assim, os custodiadores foram incenti- o sistema financeiro é dividido em dois segmentos: o
vados a emitirem certificados de depósito não lastreados. monetário, constituído pelas instituições que têm o poder
Nasceu, assim, a moeda fiduciária ou papel-moeda, cuja de criar moeda, ou seja meios de pagamento, como é o caso
circulação era baseada na confiança dos comerciantes e da do Banco Central (emissão de moeda escritural ou bancária);
comunidade nos depositários de ouro e prata. e o não monetárío, constituído pelas instituições que não
Esse novo tipo de moeda, não totalmente lastreado, criam moeda, apenas transferem recursos de poupadores
permitiu um avanço no desenvolvimento econômico, pelo para aplicadores.
aumento na atividade econômica, embora também cau-
sasse problemas decorrentes de emissões audaciosas de
moeda, resultando até em fechamento e falência de muitas ~ Sistema monetário
Sistema Financeiro
casas, quando a procura pelo metal superava os estoques ~ Sistema não monetário
existentes, Isso levou o Estado a tentar regulamentar as
emissões. Hoje, os sistemas monetários são, em sua quase O Sistema Financeiro Nacional atual resulta essen-
totalidade, fiduclários, sob as seguintes características: cialmente da reforma financeira promovida no biênio
 inexistência de lastro metálico; 1964/1965, por meio das seguintes Leis:
 inconversibilidade absoluta;  4.380/1964: institui a correção monetária nos con-
 monopólio estatal das emissões. tratos imobiliários de interesse social, cria o Banco
Nacional da Habitação e institucionaliza o sistema
A forma mais moderna de moeda, e que representa a financeiro de habitação.
maior parcela dos meios de pagamento, praticamente em  4.595/1964: define as características e áreas espe-
todos os países, é a chamada moeda bancária. Essa forma cíficas de atuação das instituições financeiras e cria
de moeda é criada pelos bancos comerciais e corresponde o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário
ao total dos depósitos à vista desses estabelecimentos de Nacional.
crédito. Sua movimentação é feita por cheques ou em saques  4.728/1965: disciplina o mercado de capitais e esta-
eletrônicos. Ela também é denominada moeda invisível, pelo belece medidas para o seu desenvolvimento.
fato de não ter existência física, e é escritural, por corres-
ponder a lançamentos a débito e a crédito, registrados na
 efetuar o controle dos capitais estrangeiros;
É a seguinte a atual estrutura do SFN:
conta corrente dos bancos.
Subsistema Normativo: Conselho Monetário Nacional,
Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários.
o Sistema Financeiro Subsistema de intermediação: Agentes Especiais e De-
mais Instituições.
o sistema financeiro é o conjunto de instituições que se
dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condi- Agentes Especiais: Banco do Brasil, Banco Nacional de
ções satisfatórias ao fluxo de recursos de poupadores para Desenvolvimento Econômico e Social, Bancos Múltiplos,
investidores. O mercado financeiro permite que um agente Bancos Comerciais públicos e privados e Bancos de Desen-
econômico, indivíduo ou empresa, sem perspectivas de volvimento.
aplicação em empreendimento próprio de toda poupança Demais instituições bancárias, não bancárias e auxilia-
que pode gerar, seja colocado em contato com outro, cujas res: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (caixas
perspectivas de investimento superam as respectivas dispo- econômicas, sociedades de crédito imobiliário e associa-
nibilidades de poupança. ções de poupança e empréstimo), Sociedades de Crédito,
A intermediação financeira é toda organização voltada Financiamento e Investimento, Bancos de Investimento,
para a canalização de recursos, de agentes econômicos supe- Bolsas de Valores e outras instituições.
ravitários. (culos rendimentos correntemente recebidos são Conselho Monetário Nacional - formula a política
superiores aos seus dispêndios totais), aos agentes econômi- monetária e de crédito e zela pela liquidez e solvência das
cos deficitários (cujos dispêndios globais em consumo e em instituições financeiras. Delibera mediante Resoluções e é
investimento são superiores às disponibilidades imediatas). composto pelo Ministro da Fazenda (que é seu presiden-
te), o Ministro-Chefe de Planejamento e Coordenação e o
presidente do Banco Central do Brasil.
~ Sistema Banco Central do Brasil - é o órgão de execução das
Consumo e
políticas traçadas pelo Conselho Monetário Nacional. Cabe
~ ~ ,--_Fi_n_ac_e_ir_o_--,
a ele:
Investimento  emitir papel-moeda e moeda metálica;
Os benefícios da intermediação financeira são os se-  executar os serviços do meio drculante; <C
guintes:  receber os recolhimentos compulsórios e os depó- ~
 Ela permite que poupadores encontrem imediata sitos voluntários das instituições financeiras;
O
oportunidade de aplicação para seus recursos,
evitando os custos que adviriam da busca direta de
tomadores dos empréstimos.
 realizar operações de redesconto e empréstimos a
instituições financeiras e bancárias; lê
~  ser deposltário das reservas oficiais de ouro e moeda
estrangeira;
~ 33
 ser depositário das receitas tributárias federais;
 exercer o controle do crédito;  exercer a fiscalização das instituições financeiras e
aplicar as penalidades previstas;
 banco dos bancos, pelo fato de receber depósitos
concede compulsórios e voluntários das instituições finan-
r ceiras e Ihes fornecer empréstimos;
autoriza
ção para  banco emissor de papel-moeda, pelo fato de deter Se, em razão da recessão mundial, as famílias decidirem
o o monopólio de emissão de papel-moeda e moeda elevar seus depósitos de poupança para se precaverem
funcion metálica; das incertezas geradas pela crise, ocorrerá um aumento
amento dos agregados monetários M2 e M3'
das  banqueiro do governo, por financiar o Tesouro
Resposta: C
instituiç Nacional mediante a colocação de títulos públicos
ões e ser seu depositário de recursos.
financei Comentário:
ras.
Os Meios de Pagamento Além do agregado monetário M" os agregados monetários,
considerados quase moeda, são M2 ::: Ml + depósitos
De especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos
acordo emitidos por instituições depositárias, e M3 ::: M2 + quo-
com tas de fundos de renda fixa + operações compromissadas
essas registradas no Selic. Como os depósitos de poupança são
atribuiç incluídos no conceito M2' certamente que a elevação dos
ões, o depósitos provocará um aumento nesses agregados.
Banco
Central Contas do Sistema Monetário
é
conside Vamos apresentar as contas dos bancos comerciais e do
Banco Central, para compreendermos o processo de criação
rado:
e destruição de moeda.
 Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais

Meios de pagamento, são definidos como a totalidade


dos haveres monetários possuídos pelo setor não bancário
da economia, e que podem ser utilizados a qualquer mo-
mento para os pagamentos e a liquidação de dívidas, em
moeda nacional. Entende-se por "setor não bancário" as
unidades familiares, as empresas, o Governo e o sistema
financeiro não monetário.
Consideremos, agora, as seguintes definições:

Saldo do Ativo Passivo


Papel- Encaixes Recursos próprios
Encaixes das
-moeda Autoridades Papel-moeda - Em moeda corrente Depósitos à vista
Emitido Monetárias em - Depósitos Voluntários Depósitos a prazo
Circulação
Redescontos e outros
- Depósitos Compulsórios
Papel-moeda Encaixes dos
recursos do Bacen
em Bancos Papel-moeda
Circulação Comerciais em Empréstimos ao setor privado Empréstimos externos
Empréstimos a entidades Demais exigibilidades
o conceito de meios de pagamento, acima, é conhecido públicas
como M" pois existem outros que englobam os ativos de- Títulos públicos e privados
nominados de quase moeda. Denomina-se quase moeda Imobilizado
qualquer ativo que possua alto grau de liquidez (capacidade Outras aplicações
de ser convertido em moeda), embora não tenha a função
de pagamento. São exemplos os depósitos em caderneta de Em termos sintéticos, o balancete agrupa certas contas,
poupança, os fundos de investimento, os depósitos a prazo, separando no passivo os recursos monetários e os não
certas ações mais negociadas. Daí que tenhamos, além do monetários:
conceito mais comum, outros conceitos de moeda, como:
Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais
Meios de Papel-moeda Poder do
Pagament em Público
o Ativo Passivo
Poder do
Encaixes Recursos próprios
Público
Depósitos à - Em moeda corrente - Depósitos à vista
- Depósitos Voluntários Recursos não monetários
+ Vista nos Bancos
- Depósitos Compulsórios - Depósitos a prazo
Comerciais
Empréstimos ao setor privado - Operações de redesconto

Saldo líquido das demais


Títulos públicos e privados
contas
Enquanto isso, eis as contas do Banco Central: Balancete Consolidado do Banco Central

c(
M2 = M, + depósitos especiais remunerados + depósitos
~ de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias;
O M3 ::: M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
z comprornissadas registradas no Selic:
O
1./ M4::: M3 + títulos públicos de alta liquidez.
w
Questão Comentada
(Economista do Ministério do Trabalho e Emprego, 2008)
3 Julgue o item a seguir.
4

Ativo Passivo
Saldo do papel-moeda
Encaixes em moeda corrente
emitido

Depósitos do Tesouro
Reservas internacionais
Nacional

Depósitos dos Bancos


Operações de redesconto
Comerciais
Empréstimos ao Tesouro Nacional - Depósitos Voluntários
Títulos públicos federais - Depósitos Compulsórios
Títulos de emissão própria
(LBC, BBC)
Passivo
Balancete Consolidado Sintético do Banco Central
Reservas internacionais Base Monetária

- Papel-moeda em poder do
Operações de redesconto
público

Empréstimos ao Tesouro -Encaixas dos Bancos


Nacional Comerciais
Títulos públicos federais Em moeda corrente
Depósitos Voluntários
Depósitos Compulsórios
Recursos não monetários
- Depósitos do Tesouro
Nacional
- Títulos do Banco Central
(LBC, BBC)
Passivo
Agora, são consolidadas as contas do sistema monetário,
I-Aplicações dos Meios de Pagamento
somando-se os itens dos Bancos Comerciais e do Banco Cen-
Bancos
Comerciais
tral e eliminando-se os itens que aparecem simultaneamente
- Empréstimos ao setor - Papel-moeda em poder do público
no ativo e no passivo.
privado
Balancete
- Títulos públicos Consolidado
e privados Sintético
- Depósitos do Sistema
à vista nos Bancos
Monetário Comerciais
Aplicações do Banco Central Recursos Não monetários
- Reservas internacionais - Depósitos a prazo
- Empréstimos ao Tesouro - Depósitos do Tesouro Nacional
Nacional
- Títulos públicos federais - Títulos do Banco Central (LBC,
-BBC)
Saldo liquido das demais contas
Base monetária 207.908
Meios de pagamento (M1) 290.570
- Papel moeda em poder do público 135.447
- Depósitos à vista 155.122
M2 1.775.588
M3 3.676.082
M4 4.222.542
Multiplicador monetário 1,40
Através das contas 4 e 5, pode-se observar que:
Depósito de =
poupança
- D Base Monetária D Operações Ativas - 526.620
D Passivo não monetário.
- D Meios de Pagamento = D Operações Ativas-
D Passivo não monetário.

A conta nº 4 permite mostrar que um aumento da Base


Monetária pode ter como contra partida, pelo Banco Central,
um aumento das reservas internacionais, dos empréstimos ao
Tesouro, de aplicações em títulos federais, ou uma diminuição
nos depósitos do Tesouro e no passivo em títulos próprios.
A conta nQ 5 permite mostrar que um aumento dos meios
de pagamento pode ter como contrapartida, ou um aumento
das aplicações dos bancos comerciais (como empréstimos e
aquisição de títulos) ou uma diminuição dos recursos não mo-
netários dos bancos comerciais (como depósitos a prazo).
Pode-se, então, concluir que há criação ou destruição de
meios de pagamento quando o setor bancário e o público
trocam entre si haveres monetários e não monetários.
Vejamos alguns dados monetários referentes a maio de
2013, em milhões de reais:

Dados Monetários até maio de 2013


Criação e Destruição de Meios de Pagamento
~
'é Concretiza-se por meio das operações realizadas entre

7 I - A oferta de moeda pode ser dividida em oferta de


moeda pelo Banco Central e oferta de moeda pelos
o setor bancário e o público. Diz-se que há criação de meios
Banco A
de pagamento quando o público recebe do setor bancário
haveres monetários Ativo
(papel-moeda em poder Passivo
do público
bancos comerciais.
e depósitos à vista) e, em contra=partida,
Encaixes 200 entrega haveres
li - Os intermediários financeiros não bancários apenas Depósitos à vista = 1.000
não monetários ao setor bancário. Ao contrário, ocorre des-
transferem dinheiro dos emprestadores para os - compulsórios = 200 - José = 1.000
truições de meios de pagamento quando o público entrega
tomadores de empréstimos. Empréstimos
haveres monetários (firma
ao setor A)= 800
bancário e, em contra partida,
111 - A receita de senhoriagem auferida pelo Banco recebe doTotal
setor bancário haveres1.000 Total
não monetários. = 1.000
Central é dada pela diferença entre o valor de face do
dinheiro e seu custo de impressão.
A firma
Criação B, de de
de meios vassouras, deposita $ 800 no Banco B:
pagamento
IV - Caso um país esteja produzindo com plena
utilização dos fatores de produção, um aumento da
oferta monetária provocará uma redução do nível geral
I-7
Banco B haveres não
PÚBLICO -71 SETOR BANCÁRIO
de preços. Ativo
monetários Passivo
~ haveres mone- ~
Encaixes = 800 Depósitos à vista = 800
tários
A sequência está correta em: - voluntários = 640 -- firma B = 800
a) V, V, V, F. -- compulsórios = 160
b) v, V, v, V. Destruição de meios de pagamentos
Total = 800 Total
c) F, F, V, V. 1 PÚBLICO 1-7haveres mone--~ SETOR
= 800
d) V, F, V, F. BANCÁRIO
e) V, V, F, F. tárlos
O Banco~B tem recursos
haveres não ociosos
~ de $ 640, que são em-
Gabarito: e prestados para monetários
a firma C (escritório de advocacia):

ExemplosBanco B
de criação de meios Exemplos de destruição de
A Multiplicação dos Meios de Pagamento meios de pagamento:
de pagamento: Ativo Passivo
- uma pessoa faz um saque de - uma pessoa faz um depósito
Os bancos comerciais têm a faculdade de aumentar os Encaixes = 800 em suaDepósitos à vista
caderneta = 1.440
de poupan-
seu depósito a prazo;
meios de pagamento. Isso ocorre porque, a partir do momen- - voluntários
- uma empresa = 512uma
desconta - filma B = 800
to em que o papel-moeda é depositado no sistema bancário duplicata em um banco;
- compulsórios = 288
ça; - firma C = 640
como um depósito à vista, o banco fica em condições de -um exportador recebe em - um banco vende títulos go-
reais oEnll'féstimos jtinna C) = 640
valor correspondente
realizar empréstimos ao público. Nesse caso, há um aumento vernamentais ao público;
a uma Total
venda ao exterior; = 1.440 Total = 1.440
nos meios de pagamento, e o papel-moeda ou o depósito - um importador paga ao ban-
-um banco adquire títulos
à vista utilizado para fazer pagamentos acabam voltando, co o valor correspondente a
governamentais do público,
uma compra no exterior;
no todo ou em parte, ao sistema bancário, gerando novos creditando suas contas-cor-
A firma C casa seus recursos do empréstimo
- um banco do banco B,
vende um imóvel
empréstimos e depósitos. No final, os meios de pagamento rentes;
de $ 640, para adquirir livrosade uma empresa,
Direito recebendo
em uma livraria (D):
se elevam de várias vezes o aumento inicial nos depósitos. -o Banco Central fornece o paga mento ern dinheiro;
Para se ter uma idéia dessa multiplicação, em outubro de dinheiro à União, adquirindo - uma pessoa paga um emprés-
Banco
títulos B
governamentais.
2011 a base monetária era de R$ 185.471 milhões e o total
Ativo timo bancário,
Passivo sendo debita-
dos meios de pagamento de R$ 255.690 milhões." do em sua conta-corrente.
Vamos ver como os depósitos à vista são expandidos atra- Encaixes = 160 Depósitos à vista = 800
Há casos em que não há nem criação e nem destruição
vés do sistema bancário. Suponha-se que o Governo faça um de meios - compulsórios = 160 - firma B = 800
de pagamento, como nos seguintes exemplos:
pagamento a um indivíduo, José, de $ 1.000, e este deposite Empréstimos (firma A)= 640
o valor no Banco A, o qual é obrigado a fazer depósitos no - Uma pessoa
Total faz um depósito=ou800
saque em sua conta
Total = 800
Banco Central de 20 sobre os depósitos à vista recebidos. corrente;
- O Banco Central fornece recursos a um banco, através
Banco A A livraria D deposita o valor das vendas de $ 640 no
de operação de redesconto;
Ativo Passivo - UmaBanco C. faz um pagamento de compra de ma-
empresa
Encaixes em moeda= 1.000 Depósitos à vista = 1.000 térias primas a um seu fornecedor.
C casos interessantes:
Bancooutros
Vejamos
- voluntários = 800 - José = 1.000
- A União depositaAtivo Passivo
os impostos arrecadados em sua
- compulsórios = 200
Encaixes = 640
conta no Banco Central: Depósitos
há destruição à vista = 640
de moeda.
Total = L 000 Total = 1.000 - Avoluntários 512 funcionários, -sacando
frnna Dsobre
= 640seus
União paga=seus
o processo continua, enquanto cada banco tiver -depósitos no Banco
compulsórios = 128Central: há criação de moeda.
O Banco A, utilizando os depósitos voluntários de $ 800, Uma empresa faz um =
Total depósito
640 deTotal
poupança na Caixa - 640
faz um empréstimo a uma firma (A) de conservação e limpeza: Econômica Federal: há destruição de moeda.
Uma empresa adquire um certificado de depósito a
Banco A O Banco
prazo C aplica
em um banco seus recursos voluntários,
de investimento: de $ 512, em
não há criação
Ativo Passivo nem destruição
empréstimos para de
umamoeda.
loja (firma E):
Encaixes = 1.000 Depósitos à vista = 1.800
- voluntários = 640 EXERCíCIO
Banco C
- José =1.000 Ativo IPassivo
- compulsórios = 360 - firma A = 800
(TécnicoEncaixes
em Desenvolvimento
= 640 Regional da Codevasf/2008)
Depósitos à vista - Ll52
c:( Empréstimos (fuma A)= 800 Sobre o ~funcionamento
voluntários = 409,6do mercado monetário,
~ firma Dassinale
= 640 V
~ Total 1.800 Total 1.800 para as afirmações
O
= = - compulsóriosverdadeiras
- 230,4 e F para as falsas.
- firma E - 512

--------------------------------------------------------------------------~y-
Z Empréstimos (firma Ej - 512

o A firma A saca seu empréstimo de $ 800 do banco A para Total - 1.152 Total = L152 35
1. comprar vassouras na firma B:
1 1.000
lU
O depósito inicial de $ 1.000 no Banco A resultou em (1 +
recursos depósitos em outros bancos. Somemos os depósitos 0,8 +
36 criados 0,82 +
voluntários a emprestar, que por sua vez vai criando novos nos bancos: 0,83
depósitos e empréstimos.
+ ... ) =
Total dos depósitos = 1.000 + 800 + 640 + 512 + ... = 1.000
xl / (1-0,8) = 1.000
x 5 = 5.000. ~
Observe-se que, como (1 - 0,8) = 0,2, que é a taxa de ~
depósitos compulsórios (R), conclui-se que a soma dos Um exemplo prático: supondo-se que 20 dos meios
depó- de pagamento estão sob a forma de papel-moeda em po-
sitos (D) é igual ao depósito inicial, vezes o inverso da taxa der do público e, consequentemente, 80 sob a forma de
R: depósitos à vista nos bancos comerciais: a relação encaixe
em moeda / depósitos à vista é igual a 10, a relação
D = depósito inicial x (1/ R) entre encaixes voluntários e depósitos à vista igual a 5 e
a relação entre encaixes compulsórios e depósitos à vista
Isso significa que a taxa de recolhimentos compulsórios igual a 5. Dada uma expansão nas operações ativas do
ao Banco Central determina a maior ou menor expansão Banco Central de $ 100 milhões, qual o valor da elevação
dos depósitos à vista, ou seja, os meios de pagamento. No resultante nos meios de pagamento?
exemplo acima, se R = 0,25, o total de depósitos diminuiria
para 4.000. Se R = 0,1, o total de depósitos aumentaria M = B x m = B x 1/ [1- d (1- R)]
para 10.000.
M = 100 x 1 / [1 - 0,8 (1 - 0,10)] = 100 x 2,78 = 278
Vamos ver agora que uma elevação na Base Monetária milhões.
(B) conduz a uma expansão dos meios de pagamentos (M),
a partir de certas equações de identidade e de relações A expressão acima permite que se evidencie que uma
de comportamento. A Base Monetária (B) e os meios de expansão nos meios de pagamento da economia pode
Pagamento (M) são interligados através de uma relação, originar-se de três maneiras básicas:
que é denominada de multiplicador monetário (m). Assim,
tem-se: - de um aumento das operações ativas do Banco
Central
M= Bxm ou (aumento da base monetária);
- de uma redução da relação encaixes/depósitos (redu-
m=M/B
ção em R);
Consideremos, inicialmente, as seguintes equações de - de um aumento da proporção de depósitos à vista
identidade: sobre o total dos meios de pagamento (aumento em d).

Meios de Pagamento = Papel-moeda em poder do Exercício: dado um aumento nas compras de títulos
público + Depósitos à vista nos bancos comerciais públicos no mercado aberto, pelo Banco Central, de $ 10
mi-
(M = PMPP + DV) lhões, sendo a relação encaixes totais / depósitos à vista
nos
Base Monetária = Papel-moeda em Circulação + De- bancos comerciais de 10 e a relação entre o papel-moeda
pósitos voluntários e compulsórios dos bancos comerciais em poder do público e os depósitos à vista nos bancos co-
(Reservas Bancárias) merciais de 25, calcule: a) o multiplicador monetário; b) a
expansão nos meios de pagamento. Respostas: a) m =
(B = PMC+ RB) 3,57;
b) /::,. M = $ 35,7 milhões.
Relações de comportamento:

c = Papel-moeda em poder do público / Meios de Pa- Objetivos e Instrumentos de Política Monetária;


gamento Metas de Inflação

d; Depósitos à vista nos bancos comerciais / Meios de Os principais instrumentos da política monetária, são:
Pagamento - recolhimento compulsório sobre os depósitos dos
r1;:: encaixes em moeda dos bancos comerciais I Depó-
sitos à vista nos bancos comerciais. bancos;
- operações de redesconto;
r2 = Reservas Bancárias / Depósitos à vista nos bancos - operações de mercado aberto;
comerciais - controle e seleção do crédito.

Pode-se então fazer:


Os recolhimentos compulsórios são os depósitos que
os bancos fazem obrigatoriamente junto às autoridades
monetárias, como uma fração dos depósitos à vista e a
prazo
feitas pelo público. Já vimos que uma elevação dos
depósitos
compulsórios aumenta a magnitude de R, o que reduz o
multiplicador monetário e expande os meios de pagamento,

enquanto uma diminuição nesses depósitos resulta em


efeito

Atuais percentuais de recolhimento compulsória


(dezem-
bro de 2011): depósitos à vista: 43; depósitos de poupança:
20; depósitos a prazo: 20. O BC criou aumentos graduais
B = c. M + rj' d. M + r2• d. M; e rj + r2 = R, c
B = c. M + (r, + r). d. M = c. M + R. d. M. m = M/ B = R);
M/ (c. M + Com
=
R. d. M) = oc+
O multiplicador monetário (m) fica, então:
1/ (c + d. d = 1,
1
- d.

~
Aumento da taxa de Redução dos
depósitos compulsórios meios
m = M/ B = 1/ [1- d (1- R)] de pagamento
Redução da taxa de
depósitos compulsórios Expansão dos
meios
de pagamento

I
u

37
o MODELO IS-LM. O EQUILíBRIO NO
~
MERCADO DE BENS. A DEMANDA POR
~
MOEDA E O EQUILíBRIO NO MERCADO
da taxa de depósitos compulsórios é de 43, que deverá I)
culação. Ao contrário, quando desejam contrair a
MONETÁRIO. O EQUILíBRIO
ser aumentada NOdeMODELO
para 44 em julho 2012 e para 45 em quantidade
Is/LM. POLíTICAS
julho de 2014". ECONÔMICAS
Ao mesmo tempo osNO bancos diminuirão o de moeda da economia, emitem e colocam em circulação
percentual obrigatório de aplicação no crédito rural, de 30 títulos, trocando-os por moeda.
MODElO IS/LM. EXPECTATIVAS NO
para 29, diminuindo de um ponto percentual até atingir
MODElO IS/LM
25 em julho de 2014.
Venda de titulas v Redução dos meios
pelo Banco Central de pagamento
As operações de redesconto consistem na concessão
o modelo
de assistência financeira
15-lM estuda de liquidez
o equilíbrio aosincor-
do produto, bancos comer- 1 Compra de titulos Expansão dos meios
porando o ciais. Nesse
mercado caso, ase autoridades
monetário considerando, monetárias
com isso, descontam 1) pelo Banco Central
o nível datítulos
taxa dedos bancos
juros comerciais
da economia. a umado
Parte-se taxa prefixada, com
princípio de pagamento
de que háa dois
finalidade
mercados de atender
distintos:àso necessidades
mercado de bens, momentâneas
ou de o desenvolvimento desse mercado iniciou-se em 1970,
caixa. Existem com a criação das Letras do Tesouro Nacional. Atualmente
real, já estudado no item duas formas
anterior, ondeclássicas
o equilíbriodedá-se
redesconto: em-
préstimo de liquidez, pata atender problemas eventuais a y
na igualdade entre o investimento planejado e a poupança
de insuficiência de caixa, e redesconto seletivo, que pro- autoridade monetária utiliza os Bônus, as Notas e as Letras
planejada, e o mercado de moeda, onde o equilíbrio dá-se
pícia recursos para que os bancos atendam a programas Observe-se, do Banco Central para fins de política monetária. Existe
na igualdade entre a demanda e a oferta de moeda.
especiais de interesse governamental. uma nos gráficos anteriores, que para a mesma
queda narelação
taxa de importante
juros, de i, para
entrei2,os
a renda cresce
preços mais no
dos títulos e a taxa de
o
Mercado de Bens
/' Títulos ~ /' Títulos ~
gráfico li,juros.
onde a 15 é menos inclinada.
As LTN e os BBC, por exemplo, são oferecidos no
Se a mer-
taxa de juros faz a renda variar, fazendo o ponto
r-----~ r-----~ cadodeslocar-se
a um determinado valor, enquanto háfaz
uma
Nesse mercado, o equilíbrio dá-se na igualdade entre de equilíbrio ao longo da curva 15, o que a promessa
r----------~
a poupança (5) e o
Público
Central
I
investimento I (I). I
Como
Bancos se relacionam
renda e a taxa de juros? Consideremos os gráficos a seguir.
aI própria
Banco
de resgate
curva
nominal.
num prazo
deslocar-se? determinado
Qualquer variação a um certo
autônoma
demanda agregada, que não seja a taxa de juros. Exemplos:
navalor

~ <, Moeda ,/ <, Moeda ,/


I
! Redesconto
Os compradores adquirem o título com um desconto, que
variação nos gastos do governo, variação nos impostos,
traz
!Desconto! variação nos investimentos autônomos etc.
embutida a taxa de juros.
I) DA
~ o controle dos meios de pagamento através do re- Um aumento nos gastos do governo ou uma diminuição
Por exemplo, se um aplicador de poupança adquire um
desconto resulta da alteração das taxas de juros cobradasnos tributos
lotedesloca
de 1.000a 15 para
BBC a direita,
por enquanto
R$ 6.481,50, comqueum
umaprazo de um
pelo Banco Central, pela mudança dos prazos concedidos queda nosanogastos do governo ou um aumento nos impostos
aos bancos comerciais para resgate dos títulos redescon- desloca ae 15
compara a esquerda.
o valor nominal de R$ 7.000, o juro propiciado pela
tados, pela fixação de limites de operação ou, ainda, pela compra é de 8 ao ano. Se o Banco Central entra no
restrição dos tipos de títulos redescontáveis. mercado
comprando esses títulos e fazendo o seu preço aumentar,
por Valor
exemplo
Atualpara
de R$
um 6.666,67, a taxa
título = Valor de juros
Nominal do vai
tí- diminuir
Aumento da taxa de Redução dos meios
para 5 ao ano. Isso revela que o
tulo I (I + i), sendo i a taxa de jurospreço dos títulos e a taxa
depósitos compulsórios
1 de juros variam em direção opostas: um aumento no preço
de pagamento
1) Redução da taxa de dos títulos é -~-_._,~-----ll-
o mesmo que uma queda na taxa de juros,
Expansão dos O controle e seleção do crédito consiste numa inter-
depósitos compulsórios e uma diminuição no preço dos títulos Y é o mesmo que um
meios venção mais direta da autoridade monetária no mercado
aumento na taxa de juros.
de pagamento de moeda, a fim de fazer variar a sua oferta, São exemplos,
Questão Comentada Álgebra simples da curva 15
o controle do volume e da destinação do crédito, o con-
(AntaqjAgente de Regulaçãoj2009) A respeito da compre- Y=C+I+G trole da taxa de juros e a determinação de prazos, limites
ensão dos fenômenos macroeconômicos nas economias C = a e+ condições b ( Y - T); I = cdos
- diempréstimos.
; G = Go. Como exemplos temos os
modernas, julgue o item que se segue. percentuais que os bancos comerciais têm de dlreclonar,
sendo a oprioritariamente,
consumo autônomo, às atividades agrícolas
b a propensão e dea exportação e
marginal
Um dos instrumentos de política monetária que podem ser consumir,às copequenas,
investimento e médias
autônomo, empresas.
d a relação entre o
utilizados em situações de grave crise de crédito, como ainvestimento e a taxa de juros, e Go o consumo do governo.
A curva 15 é traçada no gráfico li, mostrando que a taxa Questão Comentada
que
de juros e a renda possuem relação inversa no mercado de
tem sido observada nos últimos meses em todo o mundo, Y = a + b (Y - T) + c - di + Go
bens. Parte-se do gráfico I, onde a "cruz keynesiana" deter- (Economista do Ministério do Trabalho e Empregoj2008)
consiste no redesconto de títulos dos bancos comerciais a Y - bY = a - bT + c - di + Go
mina um nível inicial de equilíbrio em \, quando a demanda Julgue o item a seguir.
uma taxa prefixada, embora as instituições financeiras so- Y( l-b) = a-bT+ c-di + Go
agregada é DA, e supõe-se uma taxa de juros igual a i,. Se a A decisão recente do Bacen de reduzir a alíquota dos depó-
mente utilizem esse tipo de operação como último recurso.
taxa de juros Comentário:
diminuir para i2, o investimento planejado au- Y=(a+c)/(l-b)-b/(l-b)T +Gol (1- b) - di (1- b) i.
O redesconto
menta e a demanda agregada é um
sobedos
parainstrumentos de que dispõe a
DA2. determinando sitos compulsórios sobre os depósitos à vista contribui para
Interpretação: a renda
elevar a oferta de varia diretamente com o consu-
crédito.
equilíbrio monetária
uma renda deautoridade igual a Y2• Apara
curvacontrolar
15 reúnea todos
liquidez.
os Trata-
mo e o investimento
Comentário:autônomos e as despesas do governo,
-se de entrega
pontos de equilíbrio do mercadode títulos
de bens,dos bancos comerciais a uma
determinando
taxa e inversamente Umcom dosos tributos e a taxa
instrumentos que de juros. tem à disposição
o Bacen
para cada nível deprefixada.
renda a taxa Esta
deéjuros
fixada pela autoridade monetária
correspondente.
em nível mais baixo quando o propósito é aumentar a O Mercado Monetário para controlar os meios de pagamento são os depósitos
Observações sobre a curva 15:
quantidade de meios de pagamento na economia, e a
- Possui inclinação negativa, pois a renda e a taxa de
um nível mais alto quando o objetivo for, ao contrário, A curva LM representa aTrata-se
compulsórios. relação entre
de umaa renda
partee dos
a taxa
depósitos à
juros têm relação inversa.
diminuir a liquidez. de juros no vista
mercado que os bancos
monetário. têm
Nesse de depositar
mercado, o no Bacen.
equilíbrio A sua
- A maior ou menor magnitude da inclinação depende,
se dá quandoredução
a demandaaumenta o volume
de moeda de recursos
(L) iguala que os bancos
a oferta de

~
de um lado, da sensibilidade do investimento em re- moeda (M). têm para emprestar, e vice-versa. Na recente crise de
Resposta: C
lação à taxa de juros, e de outro do multiplicador da crédito
A oferta de moedaresultante da crise
é determinada pelofinanceira mundial
Banco Central, e o Bacen
economia, ou seja, da propensão marginal a consumir. é independente reduziu essa
da taxa partedo
de juros das reservas bancárias, propiciando
mercado.
As operações de mercado aberto consistem na compra

I
o
e
venda de titulos pelas autoridades monetárias. Quando
maior oferta de crédito a seus demandantes e elevando
o multiplicador bancário.
Resposta: C
39
estas
z
o
têm interesse em expandir a oferta de moeda da economia,
realizam operações de compra ou resgate de títulos em clr-
o
u
38
UJ
1.
.. públicos no mercado, resultará em diminuição da taxa.
-.
. Por outro lado, uma política contracionista, realizada com
_
_
-
-
a venda e títulos públicos, fará aumentar a taxa de juros.
-
1
Se o Banco Central alterar o
________________________
Mantida a demanda de moeda, uma diminuição na sua



estoque de moeda da
M economia, a taxa de juros irá variar.

oferta é representada por um deslocamento da curva
Uma política expan- vertical
sionista, por exemplo, realizada com para a esquerda. A taxa de juros sobe.
a compra de títulos


40 Enquanto isso, a demanda de moeda depende de duas

variáveis: a renda e a taxa de juros. As pessoas


demandam
moeda para satisfazer os seguintes motivos:
- transação: as pessoas procuram moeda para realizar
pagamentos e cumprir outros compromissos
finan-
ceiros;

- precaução: as pessoas necessitam de moeda para


fazer frente a imprevistos, como não
recebimento
de renda no dia certo ou necessidade de
realização
de despesas
inesperadas.

Esses dois motivos de


reter moeda estão
relacionados
diretamente com o nível de renda, isto é, quanto maior
(menor) a renda, maior (menor) a procura de moeda para
transação e por precaução.

Considerando-se que a moeda pode sempre obter um


rendimento se aplicada no mercado financeiro, há um
custo de oportunidade na retenção de moeda, custo esse
que aumenta quanto maior for a taxa de juros. Nesse
caso,
dado um certo nível de renda, à medida que a taxa de
juros
sobe (desce), menor (maior) é o desejo da comunidade de
reter moeda em seu poder.
Fazemos, então: L = f (V, i), sendo ], a demanda de
mo-
eda, y. a renda e i a taxa de juros.

A curva de demanda de moeda, abaixo, mostra que a


procura de moeda possui uma relação inversa com a taxa
de
juros. Se o nível de renda aumenta a curva se desloca
para a
direita, e se a renda cai a curva se desloca para a
esquerda.

~
O
z
O
U
1.1.1

o equilíbrio no mercado monetário dá-se no ponto em


que a oferta de moeda, M, iguala a demanda de moeda, L.
Nes LM
se
pon Então, pode-se concluir que a renda e a taxa de juros,
to, no mercado monetário, variam na mesma direção, ou seja,
é
L
det a relação é direta. Quando a renda sobe, a taxa de juros
erm também sobe, e quando a renda cai, a taxa de juros
inad também
aa cai. Essa relação forma a curva LM.
taxa
de o que acontece no caso de uma variação na renda? A curva LM reúne todos os pontos de equilíbrio do mer-
juro
s de Suponhamos um aumento da renda, cujo efeito é um incre-
cado monetário, determinando para cada nível de renda a
equi taxa de juros correspondente.
líbri mento da demanda por moeda (pelos motivos transação e
o, i,. precaução). Se a oferta de moeda permanecer constante,
a
pressão por mais dinheiro fará as pessoas recorrerem a
venda
de títulos, saque de seus depósitos nos bancos e
consequente
aumento da taxa de juros.
Um aumento na renda desloca a curva de demanda de

moeda para a direita, elevando a taxa de juros de y


mercado.
Observações sobre a curva LM: 1. possui inclinação
L,M positiva (um aumento da renda vem acompanhado de um
aumento na taxa de juros); 2. a magnitude da inclinação
depende da sensibilidade da taxa de juros à demanda de
moeda (quanto menor a disponibilidade de moeda pela so-

ciedade maior será a demanda de moeda e maior a subida Álgebra Simples da Curva A
da taxa de juros). LM: parte
demanda de moeda L = f (~ i) horizon
Vimos que, dada uma variação no nível da renda, a taxa oferta de moeda M tal da
de juros varia na mesma direção, deslocando-se um ponto curva
sobre a curva LM. Que fatores fazem a curva deslocar-se? no equilíbrio, L = M LM

- Uma alteração na oferta de moeda: à mesma taxa de


ª-
L = eY - Fi, sendo e f coeficientes que relacionam a represe
demanda de moeda com a renda e o juro. nta a
juros, um aumento em M faz a LM deslocar-se área
para a =
no equilibrio, M ey - Fi key-
direita, e uma diminuição em M faz a LM deslocar- donde i = (e /f) - (1/ f) (M) nesian
se a, que
para a esquerda. Interpretação: a taxa de juros tem relação direta com o coe- Keynes
- Uma variação na demanda de moeda: ao mesmo ficiente ~ e relações inversas com o coeficiente f e a oferta disse
nível de renda, um aumento da demanda desloca de moeda M. ocorrer
a na
LM para a esquerda, e uma diminuição na As três áreas da curva LM. Uma análise mais rigorosa econo
demanda divide mia
desloca a LM para a direita. a curva LM em três partes distintas, conforme o gráfico a durante
seguir: a
A curva LM pode deslocar-se para a direita ou para a Grande
esquerda, como resultado de variações autônomas na oferta Depres
e na demanda de moeda. são do
mundo
capitali
sta na
década
de 30.
A área
y
vertical,
ou
clássic
A curva LM mais rigorosa tem três partes distintas, uma
a, está
horizontal, uma intermediária e uma vertical.
confor
y me os
princípios da taxa
teoria clássica. Ambas essas áreas são casos especiais, es- de
tudados como curiosidades teóricas. Enquanto isso, a área juros.
intermediária é considerada normal. Cada uma dessas par-
tes da curva são importantes, na medida em que, conforme
o Equilíbrio Geral queda na taxa
de
onde se situar a economia, a aplicação das políticas fiscal juros é
Denomina-se equilíbrio geral o equilíbrio simultâneo
e monetária de estabilização resultam em efeitos distintos um
nos mercados Fiscal e monetário. Ao longo da curva IS uma
sobre o produto e a taxa de juros.
economia encontra-se em equilíbrio no mercado de bens e estímul
ao longo da curva LM ela se encontra em equilíbrio no mer- o para
cado monetário, mas somente num ponto ela se encontra que
em equilíbrio gera!. aument
ea
No ponto em que se cruzam as curvas 15 e LM ocorre o deman
equilíbrio geral e simultâneo nos dois mercados. da de
investi
mentos
da
econo
mia.
Os
empres
ários
aument
am as
suas
despes
Um exercício de aplicação algébrica: dadas as funções I as com
=
= 155 - 600i; S -95 + O,2Y; M = 200; L(Y) = O,2Y; L(i) = 50 - a
400i, calcular a renda e a taxa de juros de equilfbrio. Solução: aquisiç
ão de
Y = 950 e i = 10. bens
de
ECONOMIA INTERNACIONAL capital
ea
amplia
Introdução às Políticas Monetária e Fiscal. ção
Instrumentos de Política Monetária. Instru- das
mentos de Política Fiscal. Efeitos das Políticas insta-
Monetária e Fiscal sobre a Demanda e o Produto. lações
A Interação das Políticas Monetária e Fiscal das
empres
Introdução as.

Segundo a teoria das Finanças Públicas, cabe ao Gover-


no determinadas funções econômicas, que são: alocação
de recursos, estabilização e distribuição da renda. No que
se refere à segunda dessas funções, denomina-se políti-
ca de estabilização a aplicação, por parte do Governo,
de instrumentos tais que lhe permitam alcançar certos
objetivos econômicos, como o combate à inflação e ao
desemprego e o crescimento da renda.

Os instrumentos mais comuns, e por isso denominados


or-
todoxos, são as políticas monetária e fiscal. Elas são
utilizadas
para o controle da demanda agregada, que na visão
keynesiana
é a variável estratégica que determina o nível de produção da
economia. A política monetária utiliza a quantidade de
moeda
e a taxa de juros, e a política fiscal atua através das
despesas
e receitas do Governo para essa Finalidade.

Política Monetária

Se as autoridades econômicas desejam estimular a de-


manda agregada através da política monetária, devem ser
executadas as seguintes etapas:

- O Banco Central compra títulos governamentais


em poder do público no mercado aberto, injetando

dinheiro na economia e resultando em queda na


r=-, UJ

~ <I:
"-----'
~ ~
O
z 41
O
u

~
~
- o aumento nos investimentos promove um cresci- Segundo a teoria clássica, as pessoas não retêm
mente na produção dê bens dê capital, moeda
aumentando em razão da taxa dê juros, o que significa que todo incre-
a renda e o emprego, e também aumento na mento em sua oferta é canalizada para a demanda
procura agregada,
de bens de consumo, resultando em que se beneficia da queda na taxa de juros.
crescimento
na renda mais do que proporcional devido ao
efeito Questão Comentada
multiplicador dos investimentos.

(Antaq/Agente de Regulação/2009) A respeito da compre-


De acordo com o modelo IS-LM, uma política ensão dos fenômenos macroeconômicos nas economias
monetária modernas, julgue o item que se segue.
expansionista (com objetivo de diminuir o desemprego) Em uma economia cuja produção se encontra abaixo do
tem nível
os efeitos de de pleno emprego, a política monetária não é capaz de
aumentar a renda levar
e diminuir a taxa a produção ao pleno emprego, objetivo que somente pode
de juros, ser atingido por meio de uma política fiscal expansionista.
enquanto que uma
política monetária
Comentário:
contracionista
(com Tanto a política fiscal como a monetária são capazes
objetivo de de
diminuir os níveis de preços ou a inflação) tem levar a produção ao pleno emprego. São instrumentos
os efeitos de diminuir a renda e aumentar a taxa de juros. expansionistas a elevação da quantidade de moeda
(política monetária) e a elevação dos gastos do
Uma política monetária expansionista desloca a LM
governo
para
ou a redução de impostos (política fiscal).
a direita. A renda sobe e a taxa de juros cai.

Resposta: E

Política Fiscal

Denomina-se política fiscal a utilização das despesas e


15
y
das receitas do governo para fins de estabilização, ou
seja,
o combate à inflação e ao desemprego e o crescimento da
Vamos ver agora os impactos da política monetária renda. Para fazer crescer a renda o governo deve
sobre aumentar
as áreas keynesiana e clássica. as despesas e as transferências ou diminuir os tributos, e
para diminuir os índices de preços deve diminuir despesas
Na área keynesiana a política monetária é ineficaz,
pois a
e transferências ou aumentar tributos.
renda não cresce.
De acordo com o modelo IS-LM, uma política fiscal
expansionista (com objetivo de diminuir o desemprego)
tem os efeitos de aumentar a renda e também aumentar
a taxa de juros, enquanto que uma política fiscal contra-
cionista (com objetivo de diminuir os níveis de preços ou
a inflação) tem os efeitos de diminuir a renda e também
diminuir a taxa de juros.

Uma política fiscal expansionista desloca a IS para a


direita. A renda sobe e a taxa de juros também.

o
A explicação keynesiana para a ineficácia da política
monetária está no fato de que, em um ambiente de reces-
são, a taxa de juros é tão baixa que as pessoas já retêm
bastante moeda e a taxa não pode baixar mais, por mais
moeda que seja despejada na economia, o que impede
que os investimentos e o consumo sejam incrementados.
Essa situação é conhecida como "armadilha da llquldez".

Enquanto isso, a política monetária seria bastante eficaz


na área clássica.
o
Na área clássica a política monetária é plenamente eficaz,
aumentando a renda e diminuindo a taxa de juros.

s
s Por que a taxa de juros sobe? A explicação está no
o fato de que, ao aumentar a renda, cresce a demanda de
z moeda para transações. Se a oferta de moeda for mantida
O
constante] a taxa de juros refletirá a escassez e subirá. Esse
U
incremento no juro resultará em queda nos investimentos
11.1
privados, o que significa que a renda crescerá menos do
que determinaria o multiplicador das despesas do
governo.
Esse fenômeno é conhecido como crowdinç-out,
4 Na área keynesiana, enquanto a política monetária é
2 ineficaz, a política fiscal é plenamente eficaz. O aumento
nas despesas do governo resulta em um aumento integral Conceito, Efeitos e Causas da Inflação
~
na renda, pois a economia possui alta liquidez e a taxa de
juros não sobe, não prejudicando os investimentos. A inflação é definida como um fenômeno macroeco-
~ nômico, dinâmico e de natureza monetária, caracterizado
Na área keynesiana a política fiscal é plenamente eficaz,
crescer. A curva de Demanda Agregada (DA) apresenta uma Como se combate uma inflação originada por excesso
pois a renda cresce integralmente. por uma elevação apreciável e persistente no nível geral de
relação negativa entre o nível de preços e a demanda. Se apreços. Enquantode demanda?isso, oSe um aumento
desemprego é adasituação
demanda agregada for
econômica
demanda agregada cresce de DAI a DA2' a produção físicaem que uma inflacionário,
parcela daopopulação
remédio é economicamente
tomar uma medida que diminua
ativa
vai crescer e o nível geral de preços não se altera, pois há está desocupada.
a demanda 5ãoagregada,
os problemas por meio de políticas monetárias
macroeconômicos mais e
suficiente quantidade de recursos desempregados. Depois importantes,
de fiscais.
já que seus efeitos são sentidos imediatamente
DA2' à medida que a economia vai se aproximando da plena pelas pessoas. Por meio da política monetária, o remédio é uma dimi-
capacidade, a produção física continua a crescer, embora nuição atribuir
Costuma-se à inflação
na quantidade deamoeda
causa da de economia,
uma série de que é feita
a ritmo decrescente, e os preços vão aumentando a ritmo aspectos que afetam
por meio denegativamente
venda de títulos a públicos
economia, como:
pelo Banco Central
crescente. Observe-se que, quando a demanda agregada do Brasil, aumento dos depósitos compulsórios dos bancos
cresce de DA4 a DAs' somente há aumento de preços, o - Penalização dos mais
comerciais pobres: adas
e elevação inflação
taxasprejudica as operações de
de juros das
qual foi denominado por Keynes de "inflação verdadeira", classes mais pobres, cuja renda tem maior participação
redesconto. Através da política fiscal, as medidas são dimi-
quando o excesso de demanda agregada ocorre em situação denuição
rendimentos fixos,do
dos gastos osgoverno
quais perdem poder dedos
e/ou aumento compra
impostos.
de pleno emprego dos recursos. e possuem
Uma menor
das causasdefesa contrade
básicas osumaumentos
excessodedepreços.
demanda
o y
O que provoca a inflação de demanda? As respostas - Penalização está dos credores
no déficit de dívidas:
público e na sua osforma
aumentos de
de financiamento.
podem ser encontradas tanto no lado real como no lado preços
Quandoreduzem
o governoo valor real das
financia dívidas,
o déficit beneficiando
através de emissão de
Enquanto isso, na
monetário da área clássica, a política fiscal é ineficaz.
economia. os moeda,
devedores,a autoridade
o que desestimula
monetáriaos troca
empréstimos
moeda poretítulos do
Nesse caso, oNo aumento nas despesas
lado monetário, do governo
pode-se partir da encontra
igualdade abaixo: governo, aumentando
financiamentos e, portanto, a quantidade
a poupança. de meios de pagamento
a economia com alta taxa de juros e sem liquldez que per- - Prejuízo daàs economia.
exportações O eaumento
estímuloem às M resulta em aumento
importações: a em
mita chancelar esse aumento. O resultadoMV = PQ é aumento no P, conforme
inflação encarece vimos na teoria nacionais,
os produtos quantitativadiminuindo
da moeda. Se o
juro suficiente para diminuir os investimentos, de modo a seugoverno
poder de coloca títulos junto
concorrência em ao público,
relação aospara obter recursos
importados,
anular todo o efeito inicial do aumento das despesas. É o por empréstimo, ocorre uma pressão
os quais torna-os relativamente mais baratos, o que sobre a taxa de juros,
sendo M a quantidade de moeda da economia, Va veloci-
crowding-out completo. cujo aumento
resulta prejudica
em deterioração doos investimentos
balanço e o consumo e
de pagamentos.
dade de circulação da moeda, P o nível geral de preços e Q
Na área clássica a política fiscal é completamente inefi- pode
a produção física. Essa igualdade diz, simplesmente, que a- Diminuição naser transferidode
arrecadação também
impostos:aosembora
preços. os
caz, sem aumento na renda e aumentando a taxa de juros.
quantidade de moeda vezes a sua velocidade, iguala o valor impostos, em geral, acompanhem osvista
A inflação de custos pode ser atravésdedopre-
aumentos gráfico
da produção global de bens e serviços, que é igual ao nível abaixo:
ços quando vinculados à renda e à atividade econômica,
de preços vezes a quantidade. Como exemplo, tem-se: costumam sofrer deterioração no intervalo entre a data
de apuração de seu valor e a do respectivo pagamento.
M xV= PxQ
100 x 4 = 5 x 80 Costuma-se atribuir duas causas básicas para o processo
inflacionário: excesso de demanda agregada em relação à
A quantidade de moeda, girando em média 4 vezes poroferta agregada, que é a inflação de demanda, e os impulsos
período, é igual ao valor da produção igual a 400, que por sua de custo provocados principalmente por aumentos de salá-
0'-----------.'1' rios, de impostos ou de lucros, que é a inflação de custos.
vez corresponde a um preço médio igual a 4 e uma produção
física de 80 unidades.
A Interação das Políticas Monetária e Fiscal Inflação de Demanda e Inflação de Custos
A teoria quantitativa da moeda diz que, no curto pra-
As políticas monetária e fiscal devem ser integradas, A inflação de demanda pode ser vista através do gráfi-
zo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível físico do
pois a aplicação de uma delas pode resultar em efeitos
produto (Q) são constantes, e que qualquer variação na co a seguir:
não desejados, que a outra pode corrigir. Como exemplo,
suponha-se quantidade
que o Congresso (M) resulta
de moedaNacional em variação
decida aumentardireta e em Q
igual intensidade no nível de preços
os gastos públicos para incrementar o emprego. Como já (P). p
vimos, tal medida tende a elevar as taxas de juros, inibindo
t -* t ---*
investimentos. Nesse caso, o Banco Central pode intervir, Dada a curva de demanda agregada inicial DAI' com equi-
através de uma política M monetária P x Q evitando
x V = expansionista, líbrio inicial em QI' um impulso de custo desloca a curva de
o aumento do juro. oferta agregada (AO) para a esquerda, de OAI para OA" DAs
Outro exemplo
Daí queé aP decisão governamental
= f (M), ou de preços
seja, o nível de aumentaré função da resultando em aumento do nível de preços. Observe-se que
impostos quantidade
para financiar
de omoeda
déficitda
público. Nesse
economia. caso,
Essa a renda
teoria é também ocorre uma diminuição da produção, de ~ para QI, o que
e a taxa de juros devem cair. Para diminuir a queda na renda, significa desemprego de recursos.
chamada de teoria monetarista da inflação, indicando que
pode a autoridade monetária promover um aumento na
os aumentos gerais de preços devem basear-se em aumentos A inflação de custos tem, portanto, Q dois efeitos perversos,
quantidade de moeda visando estimular a demanda. Mas a inflação e o desemprego, simultaneamente, fenômeno
na quantidade de moeda da economia.
tal política tem o efeito negativo de deprimir ainda mais as
Noo exemplo Dada conhecido
a curva de poroferta agregada(estagnação
estagflação (OAl, aumentos comsuces-
inflação). Se
taxas de juros, que podenumérico
provocaracima, se M passar
desestímulo de 100 para
à poupança. sivos na demanda
o governo agregada
aplicar (DA)política
uma resultam emou
fiscal aumentos
monetária contra-
120
Um aumento, teremos:
nos impostos faz a 15 deslocar-se para a
correspondentes
cionista,nadiminuindo
produção real (Q), até o agregada
a demanda atingimento do DAli para
para
esquerda, de 15, para 152, A queda na renda pode ser evitada
pleno emprego, em~. Os aumentos de preço (P) ocorrem a maior
por aumento na quantidade 120 =
x 4 6 (LM,
de moeda x 80 para LMJ diminuir
partir da demanda
a inflação,
igual a
o resultado
DA2' e vão se
é diminuição
tornando
ainda
maiores à
da produção e aumento do desemprego.
medida que vai aproximando-se o nível de pleno emprego
Se o governo, desejando diminuir o desemprego, aplicar
ou seja, o aumento em M provocou um crescimento nos da economia.
uma política fiscal ou monetária expansionista, aumentando
preços, de 5 para 6. O gráfico apresenta a curva de Oferta Agregada (AO),
a demanda agregada para DAs' provocará mais inflação. Essa
Enquanto isso, o lado real da economia pode provocar que mostra a relação direta entre nível de preços (P) e
produção éfísica
a essência
de bensdo dadilema entre(Q).
economia a inflação
No inícioe oela
desemprego.
é
c(
aumentos autônomos de preços, quando tem origem em ~
A relação entre a taxa de juros
horizontal, para depois tomar a direção ascendente, até e a inflação pode ser
qualquer um dos componentes da demanda agregada, como: O
vista através davertical,
tornar-se completamente chamada equação
quando de Fisher:
atinge o plenoa taxa nominal
de juros, i, pode z
<I: DA = C + I + G + X - M, emprego dos recursos e a ser decomposta
produção em duas
física não pode partes:
mais a taxa de
~ inflação, TC, e a taxa real de juros, r. O
O u
z sendo C a demanda de consumo; I a demanda de investimen-
o to; G a demanda do governo; e X - M a demanda de expor-
"'"
tações líquidas (exportações brutas menos importações), i=1t+r 43
I.J

""
4
4
Suponha-se que uma aplicação financeira tenha como Se a taxa de inflação que a
no mesmo período remune
remuneração uma taxa de juros nominal igual a 5 ao mês.
é de 3, segue-se ração
real é igual a 5 - 3 = 2.
~
A teoria monetária mostra uma relação direta entre um
processo inflacionário e a taxa de juros. Um aumento no ~
nível de preços diminui o poder de compra da moeda, o que
à eliminação dos estrangulamentos, é limitada pelo
baixo nível de arrecadação de impostos. Recorre-se,
provoca aumento na quantidade de moeda que as pessoas
então, ao financiamento de investimentos através de
demandam para suas necessidades. Dada a quantidade de
emissão de papel-moeda e ao endividamento, ambos
moeda existente, essa demanda maior aumenta a taxa de
promotores de impulsos inflacionários.
juros. Um processo inflacionário pode ser refreado se as
autoridades monetárias decidirem conter a expansão de
A Inflação Inercial
moeda, pois essa escassez, ao resultar em aumento na taxa
de juros, desincentiva os investimentos e a demanda de A partir de 1964, foi generalizada a aplicação da correção
consumo, exercendo pressão para contenção dos preços. É monetária, isto é, a atualização de valores de acordo com os
o chamado "efeito Keynes". índices inflacionários, a fim de a sociedade conviver com a
Choques de oferta ou demanda podem ser atenuados inflação e evitar seus efeitos negativos. A correção monetária
mediante medidas de importação de bens. Se determinado foi aplicada sobre os valores dos títulos públicos para finan-
bem aumenta de preços internamente a sua maior oferta ciamento do déficit público, dos balanços das empresas, dos
pelas importações pode diminuir as pressões inflacionárias. salários, das poupanças, dos impostos e da taxa de câmbio.
Isso ocorre com os bens comercializáveis ("tradebles"), isto A inércia na inflação sobe de degrau em virtude dos cho-
é, os que são comercializados através do comércio exterior. ques de oferta. Inflação de 1980, de 110, sobe para 235
Isso não ocorre com os bens não comercializáveis ("não em 1985, 1.795 em 1990 e para 2.708 em 1993. Planos
tradebles"], como os serviços, que não possuem essa fac- econômicos são aplicados sobre a inércia da inflação: Plano
ilidade de serem exportados e importados.". Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989) e
Plano Collor (1990). Em 1994, o Plano Real diminui a inflação
A Teoria Estruturalista da Inflação sem determinar o congelamento dos preços.

Na década dos anos 50, na América Latina, tornou-se A Relação entre Variações de Salário e Desemprego: a
popular a versão estruturalista da inflação, desenvolvida por Curva de Phillips
economistas ligados à Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe - CEPAL, órgão ligado à Organização das Dado que uma variação nos salários é um componente
Nações Unidas (ONU). Eis os seus principais tópicos: importante da inflação de custos, examinou-se com profun-
- As autoridades econômicas não têm condições de con- didade a relação entre as variações nos salários monetários e
trolar, no longo prazo, os meios de pagamento. Seu a taxa de desemprego. O pioneiro dessa investigação é A. W.
papel é meramente passivo, no sentido de Phillips, que deu seu nome para a Curva de Philllps, a qual
referendar nasceu de uma relação de dados de salários monetários e
as exigências de liquidez dos diversos segmentos taxas de desemprego no período de 1862 a 1957, no Reino
da Unido, e é apresentada abaixo.
economia, o que provoca pressão sobre os preços.
- As causas da inflação estão em gargalos ou estran- As variações dos salários nominais (Wo) são colocadas no
gulamentos da economia, que se formam a partir do eixo vertical, e as taxas de desemprego (U) no eixo horizontal,
resultando uma relação inversa entre a taxa de desemprego
processo de crescimento econômico. e a capacidade dos trabalhadores de reivindicarem aumentos
- O primeiro gargalo está na agricultura, fornecedora salariais.
de matérias-primas e de alimentos para a indústria e

as cidades, com baixa elasticidade da oferta,


incapaz
de acompanhar as exigências dos setores mais
ativos,
o que provoca aumentos de preços. Essa
incapacidade
tem origem na estrutura de propriedade (os latifún-
dios improdutivos) e no atraso tecnológico. u
- As importações não podem suprir a demanda por
produtos, devido à carência de divisas, que por sua Observações sobre o que mostra o gráfico anterior:
vez tem origem no baixo volume de exportações
de produtos primários, os quais possuem baixa - Um desemprego alto mantém baixos os aumentos
elasticidade-renda da demanda, obrigando o país de salários, e um baixo nível de desemprego
encoraja
a exportar volumes cada vez maiores para obtenção as reivindicações salariais.
Um certo nível de desemprego pode ser instrumento
de receitas cada vez menores. Enquanto isso, os para se diminuir uma inflação originada nos salários.
pro- W, é uma taxa de variação nos salários igual à pro-
dutos importados, mais elaborados, possuem alta dutividade marginal do trabalho, podendo, portanto,
elasticidade-renda, o que significa deterioração das sertransferida aos trabalhadores sem exercer pressão ct
relações de troca. Seria preciso, então, promover-
-se um processo de substituição de importações,
sobre os preços.
U, é a taxa de desemprego "natural", ou aceitável s
produzindo internamente os bens que satisfaçam as pela sociedade.
O
necessidades do país. A curva de Phillips A intercepta a linha horizontal
Z
Os preços dos produtos industrializados tendem a W1 à esquerda do ponto H. Nesse caso, uma política
O
crescer mais em virtude da estrutura cartelizada de fiscal ou monetária contracionista pode ser aplicada,
U
seus mercados. fazendo diminuir a variação salarial, de Wz para W1,
LI.I
- A ação do Estado, no sentido de promover os inves- pois o nível de desemprego Uz está abaixo da taxa
timentos necessários à melhoria da infraestrutura e natural e pode subir.

45
~
~ - A curva de Phillíps B passa à direita de H, o que significa re
que políticas contracionistas não são recomendadas,
já que o nível de desemprego ultrapassaria U1' o que
seria inaceitável. Nesse caso, são recomendadas
políticas de rendas, entendidas como as políticas
heterodoxas voltadas a controles de preços e salários.

Se aumentar a expectativa inflacionária, a curva se deslo-


ca para cima e para a direita (ao mesmo nível de desemprego,
maior inflação).

n r

p
~
Considere-se a seguinte expressão: Ur = Un - a (m-ne), I em outubro de 2012 em julho de 2013 está em 8,5. O ~
sendo Ur e nr o desemprego e a taxa de inflação efetivas, Ministério da Fazenda estuda medidas para diminuir os
gastos públicos para conter a demanda, embora aponte
e Un e ne o desemprego e a taxa de inflação naturais. Se rtr re -- ___________
choques de oferta (aumentos de preços de alimentos) como
for maior do 11:e, isto é, a inflação efetiva superar a inflação a principal causa da inflação.
esperada, Ur será maior do que Un, isto é, o desemprego
efetivo menor do que o desemprego natural.
REGIMES CAMBIAIS E TAXAS DE CÂMBIO
o
Vimos que um dos já
Brasil componentes
tentou aplicar dadiversas
inflaçãomedidas
é a inflação DE EQUILíBRIO. TERMOS DE TROCA
visando
(ne), que preços
esperada controlar depende da inflação
e salários observada Com
da economia. recente-
relação aos
mente pelos agentes
salários, econômicos.
tivemos as várias A políticas
teoria dassalariais
expectativas
que visavam As transações comerciais entre as nações defrontam-se
racionais defender
consideraos que esses agentes
rendimentos utilizamda
dos efeitos todas que, no com o fato de que cada país possui uma moeda diferente.
as infor-
inflação,
mações disponíveis para formaros
entanto, alimentavam suas expectativas,
próprios aumentos inclusive Tem-se, por exemplo, o euro, na maior parte dos países da
de preços, crian-
as relativas
doàs políticas
a espiral econômicasCom
inflacionária. aplicadas
relaçãopelo preços, tivemos Europa, a libra na Inglaterra, o yuan na China, o peso na
aosgoverno.
Nesse caso, as políticas
controles sobremonetária e fiscal fazem
preços industriais, atravésparte Comissão Argentina, e outras. Um exportador brasileiro que venda
dadas
expectativas, na medida de
Interministerial emPreços
que as -pessoas
CIP, sobre percebam os
preços agrícolas, para os Estados Unidos obrigará que os dólares enviados ao
efeitos que as mesmas
através Nacional de Abastecimento - Brasil, em pagamento pela mercadoria, sejam convertidos
terão sobre os preços.
da Superintendência
SUNAB, sobre aluguéis e sobre a taxa de juros. Os controles em reais, conforme a taxa de câmbio vigente.
Dentro
dedessa
preços linha,
são um governo podeem
decepcionantes diminuir a infla-
seus resultados, devido Taxa de câmbio é, conforme João Sayad, a medida pela
ção atravésaosdas expectativas,
seguintes fatores: bastando que anuncie uma qual a moeda de um país pode ser convertida em moeda de
política monetária
- viabilidade ou fiscal restritiva, cujo
- trabalhadores efeito os agentes
e empresários tentam outro país. Segundo Mário Henrique Simonsen, é o preço, em
sabem que será diminuir o ritmopara
criar artifícios de preços.
evitar asEssa posiçãoimpostas aosmoeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira. E, de
limitações
contraria a teoriasalários
inercial e daaos
inflação,
preços, aocomo
dispora que,
criação emdevez u
pseudos acordo com Mankiw, é o preço relativo das moedas de dois
países. Como exemplo, tem-se que se 1 dólar é convertido
u
de ter um impulsonovos próprio, o aumento
produtos, da taxada
diminuição dequalidade
inflação, etc.;
por exemplo, seria muito
- eficiência mais -uma
alocativa questãomais
os setores de ocontrolados
governo em 2 reais, 1 real vale 0,5 dólar. Uma alta do câmbio significa
Relação entre a demanda agregada e a curva de Phillips:
persistir em manter passamaltos déficits
a receber orçamentários ou emissões
menos investimentos e a oferta que o dólar passa a valer mais do que 2 reais, de que resulta
1. Um aumento ou uma diminuição na demanda agregada
crescentes de moeda. começa a escassear. Como exemplo, tem-se o controle uma desvalorização da moeda nacional. Ao contrário, uma
resulta em deslocamento de um ponto sobre a curva (um au-
de aluguéis, considerado como responsável pelo dé-diminuição do câmbio, com o dólar valendo menos do que
mento de preço, por exemplo, diminui a demanda agregada e
Uma política ficit
econômica
habitacional que tenha
do país,credibilidade
e o controle dos juros, que 2 reais, resulta
levará em valorização da moeda nacional. Ambas
reduz a produção, de que resulta aumento no desemprego).
os agentes econômicos a agirem de acordo com os seus
inibe a poupança; as situações apresentam consequências positivas e negativas
2. Uma alteração nas expectativas ou um choque de custos
efeitos esperados,
- liberdadecolaborando
econômica para o consequente
- as empresas sentem-seaumentoto- para a economia.
desloca a curva de Phillips.
ou diminuição nalhidastaxa de nainflação. O desafio
administração dos dos governos
negócios, em virtude da O que determina a taxa de câmbio? Isto é, o que deter-
deverá ser, portanto,rigideztransmitir credibilidade
nas políticas salariaispara
e noque suas dos preços
controle mina o valor, em reais, de uma divisa, ou ativo, estrangeiro?
políticas tenham peloefeitos favoráveis sobre as expectativas.
governo. Como ela é um preço, basicamente é determinada conforme
todos os preços da economia: através da oferta e da procura
Vimos como a inflação provoca uma série de distorções de divisas.
A moderna Curva de Phillips apresenta três diferenças
sobre a economia. Para combatê-Ia, originalmente
o nosso país implan- A oferta de divisas é o seu montante à disposição do país,
em relação à desenvolvida por Phillips:
tou vários planos econômicos, desde o Programa de
- a inflação de preços substitui a inflação de salários; Ação que tem origem nas exportações de mercadorias e serviços,
Econômica do - éGoverno
incorporada (PAEG), em 1964,
a inflação passando pelo
esperada; recebimento de remunerações de fatores de produção e u
Plano Cruzado, 1986, o Plano
emconsiderados
- são choquesem
osBresser, de1987,
oferta.o Plano entrada de capitais de empréstimo
Se aumentar e de investimentos.
a expectativa inflacionária ouAhouver um
Verão, em 1989, e o Plano Collor em 1990, que tiveram como oferta temchoque
relaçãodedireta com
custos, aa taxa se
curva dedesloca
câmbio,para
pois cima
quantoe para a
ponto comum a imposição de medidas heterodoxas, como o maior esta, maior
direita o
(ao estímulo
mesmo para
nível as
de operações
desemprego, que carreiam
maior inflação).
A moderna Curva de Phillips considera que a taxa de divisas para o país.
congelamento dos preços. Em 1994, o Plano Real introduziu
inflação (re) depende de três fatores: A procura de divisas é o montante que é demandado
uma âncora cambial, que vigorou até janeiro de 1999, pela
- a inflação esperada (pe);
qual a taxa de câmbio supervalorizada estimulou a entrada
pelos diversos agentes econômicos em razão de importações
- o afastamento do desemprego de sua taxa natural de mercadorias e serviços, pagamentos de fatores e saídas de
de produtos estrangeiros para concorrer com os nacionais e
(U-Un);e capitais de empréstimo e de investimentos feitos em outros
refrear os aumentos de preços internos. Tem sido também
- choques na oferta (E). países. A procura tem relação inversa com a taxa de câmbio,
utilizada a âncora monetária, pela qual a oferta de moeda é
pois quanto maior esta, menor o estímulo para a saída de
controlada devido a sua relação com os aumentos de preços.
Assim, tem-se que: divisas para o exterior.
Outro caminho que um país pode escolher é explicitar
determinada meta de inflação. Na década de 1990, o Brasil,
u
bem como a Inglaterra, Canadá e a Nova Zelândia passaram a
A inflação esperada, na} é baseada na expectativa de A curva de Phillips de longo prazo: alterações na deman-
adotar esse sistema, através do qual a autoridade monetária
da ou oferta agregadas resultam em variações nos preços,
inflação, que por sua
anuncia uma meta para a inflação anual. vez é fortemente
Não sendo influenciada
possível pela in-
mantendo o desemprego natural:
estimar-se um valor
flação rígido1t_l'
passada, para essaindica
o que meta,a estabelece-se
parcela inercial da inflação.
uma faixa de O flutuação. O índice
desemprego, escolhido é
representado o IPCA
pela (índice13 (U - U"),
expressão
de Preçosresulta do nível daAmpliado),
ao Consumidor demanda calculado
agregada.pela É a inflação
Fun- de de-
dação IBGE e que
manda, abrange
que as famílias
relaciona que recebem
inversamente desemprego até 40e inflação.
salários mínimos em 11 regiões
Os choques de oferta, contidos no símbolo
metropolitanas. Durante E,o são resultan-
tes de
ano, diversos aumentos
fatores de custos,
ocorrem como osa aumentos
para perturbar intenção de do preço do pe-
se atingirtróleo
a meta, oucomo
uma desvalorização
a variação da taxa da taxa de câmbio,
de câmbio, os que encarece
as importações.
preços internacionais das Certamente
matérias primas,que um choque
como de oferta favorável
o petróleo, <C
(como
o déficit fiscal e uma boa
outros safra de
choques degrãos)
oferta,tende
comoaadiminuir
crise dea inflação. ~
Dada
energia elétrica. Noacaso
expectativa inflacionária,
de o índice afastar-se1tda
e
, e meta,
choqueso de oferta
que não
Banco Central pode controlar,
geralmente utiliza ao taxa
governo escolhe
de juros paraosalterar
níveis de infla- o u o
ção e de
as expectativas desemprego,
dos através das
agentes econômicos políticas monetária
e redirecionar os e fiscal. z
preços para a direção desejada. A curva de Phillips de longo prazo é vertical. O
U
A inflação anual tem se situado no teto da meta. Em 2012  LI.I

46 alcançou 5,84 e a inflação de 12 meses até julho de


a taxa
2013 está em 6,5. O Banco Central voltou a aumentar os
juros básicos da economia, que depois de chegar a 7,25
preço do café
Preço do petróleo

~ (sacas) Exportações Importações


(R$! US$) R$ U5$ R$
~ 1,00 com aU5$ I
quantidade demandada maiorI do que a quantidade Taxas de Câmbio Flexíveis
2,00 J 2,00 t 12,00 I 24,00 t-~
 1,50 ofertada. Num
2,00 I 3,00 mercado
t livre, onde
12,00 a 36,00
taxa de câmbio
J- pode
fluir livremente, esses desequilíbrios são momentâneos, São as taxas que variam livremente, ao sabor das va-
ativando movimentos que levam ao equilíbrio. No caso de riações na procura e na demanda de divisas. Exemplos de
t2, por exemplo, o excesso de oferta provoca mudanças nas taxas de câmbio:
concorrência
entre os oferta dores, que são obrigados a o
diminuir a taxa de
câmbio até t1 para se adequarem à demanda menor.

A tabela anterior mostra que as exportações são maiores DI li>


(menores), e as importações são menores (maiores), quanto quantídade de
maior (menor) for a taxa de câmbio.
Denomina-se taxa de câmbio real a relação entre os divisas
Um aumento na demanda por divisas (decorrente de
preços dos bens de duas economias. Esses bens devem diminuição nas tarifas de importação, crescimento da renda
ser homogêneos, isto é, da mesma espécie e qualidade. interna, crescimento dos preços internos), aumenta a taxa
Representando-se a taxa de câmbio real por f, a taxa de de câmbio.
câmbio nominal, ou a de mercado, por ~ o preço do bem
no país estrangeiro por P* e o preço do bem nacional por
P, tem-se que

E = e. P* I P

Considere-se que a taxa de câmbio nominal no Brasil


I>
seja de 1,50 reais por dólar e que uma determinada cesta
quantidade de
de bens custe 50 reais no Brasil e 25 dólares nos Estados divisas
Unidos. Nesse caso, a taxa de câmbio real seria:
E '" 1,50 x 25/50 '" 0,75. Esse resultado, menor do que Uma diminuição na demanda por divisas (decorrente de
1, indica que o produto estrangeiro é mais barato do que o aumento nas tarifas de importação, queda da renda interna,
nacional, pois 25 dólares a 1,50 real o dólar são 37,50 reais, diminuição dos preços internos), faz cair a taxa de câmbio.
que é menor do que 50 reais, o que provoca desequilíbrio no
comércio internacional, estimulando importações e deses-
timulando as exportações brasileiras. A moeda nacional,
está, portanto, supervalorizada e o equilíbrio dar-se-ia a
uma taxa de câmbio nominal igual a 2 reais.
Essa taxa de câmbio igual a 2 reais corresponde à teo-
ria da paridade do poder de compra, pela qual a taxa de
câmbio nominal deve refletir a relação de preços entre os
dois países. Partindo-se da expressão acima, considera-se a
=
taxa real E '" 1 e os preços P* '" 25 e P 50. Daí que a taxa
de câmbio nominal e = 2.
Se a taxa de câmbio real for diferente de 1, não há
paridade do poder de compra e a moeda nacional estará
super ou subvalorizada, provocando desequilíbrio nas trocas
internacionais.
Considere-se a taxa de câmbio nominal no Brasil de 1,50
reais por dólar. Taxa de câmbio real E = 1,50 x 25/50 = 0,75 o
(moeda nacional supervalorizada). Se o câmbio nominal
estiver em 2,50 reais, E = 2,50 x 25 / 50 = 1,25 (moeda na-
cional subvalorizada).
Variação da taxa real de câmbio: t,E = t,e + t,p* - t,P, ou I
(1 + t,E) = (1 + t,e) (1 + t,P*) / (1 + t,P). Para manter a taxa --i--- -'-".
ID
=
de paridade igual a I, t,E O, onde (1 + t,e) (1 + t,P) / (1 = ... 1
+ t,P*). Ou seja, a variação da taxa de câmbio nominal deve d, li>
quantidade de
corresponder à variação de preços interna dividida pela
divisas
vaiiação de pieçüs externa.
Exemplo: se, num determinado período, os preços no A taxa de câmbio (t1) é determinada pelo encontro entre
Brasil crescem de 5 e nos Estados Unidos de 1, de quanto a procura (D) e a oferta (O) de divisas.
deve variar a taxa de câmbio nominal para que a paridade Uma taxa de câmbio maior, como tI' no gráfico acima,
seja mantida? provoca um desequilíbrio, com a quantidade ofertada
1 + ~e = 1 + ~P / 1 + ~P* = (1,05) /1,01) = 1,0396. Donde
maior do que a quantidade demandada. Uma taxa de câmbio
=
~e 3,96. menor, como t" por outro lado, provoca outro desequilíbrio,

4
7
~
A Taxa de Câmbio e a Elasticidade da Oferta e da Um aumento na demanda de divisas (de D, a D2), ~
Demanda de Divisas mantendo-se a taxa fixa em t" provoca desequilíbrio, pois
a quantidade procurada de divisas d2 supera a quantidade
A variação na taxa de câmbio pode ser maior ou menor, ofertada d,. Nesse caso, o Bacen tem de oferecer reservas
de acordo com as magnitudes das elasticidades-preço da ao mercado para manter a taxa em t, .
demanda e da oferta de divisas.

{1
d/t

Termos de troca
Denomina-se termos de troca a relação entre os índices
de preços de exportações e de importação do país: Ix / 1m.
Um aumento na demanda de divisas (de D, a D) pro- Assim, se num determinado período 1m subir mais do que
voca um aumento na taxa de câmbio, que pode ser menor Ix,
(t2), devido à maior elasticidade-preço da oferta (0,), ou ser significa que os preços dos produtos importados subiram mais
maior (t3), devido à menor elasticidade-preço da oferta (O ). do
O aumento na taxa é menor se o aumento na demanda que os preços dos produtos exportados, o que piora os termos
de divisas encontrar uma maior resposta da oferta em de
alimentar a demanda. Pelo contrário, o aumento na taxa troca do país. A deterioração dos termos de troca é um
é maior se o aumento na demanda de divisas encontrar fenômeno
maior dificuldade da oferta em alimentar essa demanda. dos países dependentes da exportação de produtos primários,
cujos preços têm elasticidade-renda menor do que 1, ou seja, a

sua demanda cresce menos do que proporcionalmente à renda.

Enquanto isso, os produtos industriais e serviços mais


sofisticados
têm elasticidade-renda maior do que 1, ou seja, a sua demanda

..
quantidade de
cresce mais do que proporcionalmente à renda.
Um aumento na oferta de divisas (de 0, a O2), resulta em
divisas
um excedente de divisas d, e d, Aumentam as reservas, o
Um aumento na oferta de divisas (de 0, a OJ provoca uma que obriga o Governo a enxugar o aumento da quantidade
diminuição na taxa de câmbio, que pode ser menor (t2), devido de moeda da economia.
à maior elasticidade-preço da demanda (D2), ou ser maior (t3), São motivos pelos quais o governo prefere manter .D fixa
devido à menor elasticidade-preço da demanda (D ,). a taxa de câmbio:
A diminuição na taxa é maior se o aumento na oferta - Os choques de oferta e de demanda provocam va- ~
de divisas encontrar uma menor resposta da demanda em riações na taxa, que podem ser mais altas quantidade
devido de
a menores elasticidades da demanda e da divisas
oferta.
absorver essa demanda. Pelo contrário, a diminuição na taxa
- As variaçõesUm mais altas podem refletir-se em aumentos
é menor se o aumento na oferta de divisas encontrar maior aumento na oferta de divisas (decorrente de abertura
maiores nos preços internos de produtos importados
resposta da demanda em absorver essa oferta. de novos mercados de exportação, diminuição de tarifas no
mais essenciais, como petróleo, trigo, equipamentos
exterior, entrada de capitais estrangeiros), faz cair a taxa de
A Taxa de Câmbio Fixa etc., e em variações nas exportações que podem
câmbio.
prejudicar o mercado interno.
É aquela que é fixada em certo nível pelas autoridades - Especuladores podem provocar altas ou baixas nos
governamentais, através de determinação legal ou por mercados e obter grandes lucros. Compras de divisas
Um Breve
fazem Histórico das Políticas
elevar a taxa, Cambiais
o que provoca Brasileiras
antecipações
meio de operações de mercado executadas pela insti-
tuição monetária (Banco Central). Para manter a taxa no de compras. Ofertantes diminuem as exportações
Política
esperando é um
cambialalta dados
taxa,instrumentos
o que acabadeocorrendo.
que dispõem
nível pretendido, o Banco Central deve preparar-se para
as
- A autoridades
fixidez da taxa é medida para
econômicas os objetivos de
anti-inflacionária, crescimento
pois, na
os choques de oferta e de demanda, atuando no mercado,
econômico, combate
medida em queà inflação e melhoria
ocorre aumento das contas
interno exter-a
de preços,
comprando ou vendendo a moeda estrangeira e, para isso,
nas, entretaxaoutros.
de câmbio cai em termos reais, estimulando im-
deve possuir reservas internacionais suficientes.
Antesportações que vão
da 2ª Grande concorrer
Guerra comhavia
Mundial, produtos nacionais
liberdade
cambial e comimpedir a continuidade
pequenos períodos de da maior
inflação.
controle. Após o
término da guerra, o país, devido aos superávits comerciais,
viu-se com acúmulo de reservas internacionais.
Em julho de 1946, o Fundo Monetário Internacional,
tendo em vistaUma a busca de maior
diminuição naestabilidade no comércio
oferta de divisas !
(decorrente de cria-
Ç
internacional,
ção recomendou
de barreiras ea maiores
fixação das taxas
tarifas de de câmbio pelos países
importação ~
em relaçãocompradores,
ao dólar norte-americano, com cada
aumento dos preços país compro-
internos), faz aumentar O
metendo-se de câmbio.em uma faixa de oscilação de 1
a conservá-Ia
a taxa z
acima ou abaixo do nível acertado. O país somente deveria
O
 I.J
48 49
z
~ « O
f,.J
UJ

~ s
O
LLI
5
0

alterar a taxa diante de um desequilíbrio importante em seu Em 1980, para diminuir as expectativas inflacionárias,
balanço de pagamentos. O nível da taxa deveria obedecer à foi prefixada uma correção cambial para o ano de 50, que
paridade do poder de compra. foi inferior à inflação real e acabou eliminando as vantagens
da correção cambial.
Segundo a teoria da paridade, se uma mesma cesta de
bens custasse 50 cruzeiros no Brasil e 25 dólares nos Estados Em fevereiro de 1983, em plena crise das contas externas
Unidos, a taxa de câmbio deveria ser fixada de tal maneira provocada pela elevação dos juros externos, é promovida
que 50 cruzeiros equivalessem a 25 dólares, ou seja: nova maxidesvalorização da taxa de câmbio, de 30, e
instituído controle quantitativo das importações.
Se 25 dólares= 50 cruzeiros, então 1 dólar= 2 cruzeiros.
Qualquer outra taxa provocaria desequilíbrios no co- O Plano Cruzado, em 1986, congelou todos os preços
mércio. Se 1 dólar fosse fixado em mais do que 2 cruzeiros da economia, inclusive a taxa de câmbio, o que provocou
(desvalorizando-se a moeda brasileira), residentes nos Esta- distorções, como queda considerável nas exportações. O
dos Unidos seriam estimulados a adquirir a cesta no Brasil e Plano Bresser, em 1987, procurou evitar essas distorções,
brasileiros seriam estimulados a vender as cestas aos Estados promovendo uma minidesvalorização de 9,5, medida que
Unidos. Por outro lado, se 1 dólar fosse fixado em menos foi também promovida no Plano Verão, do ministro Mailson
do que 2 cruzeiros (valorizando-se a moeda brasileira), resi- da Nóbrega, que desvalorizou o cruzado em 18.
dentes no Brasil seriam estimulados a importar a cesta dos
Estados Unidos e norte-americanos seriam estimulados a O Plano Collor, em 1990, liberalizou o câmbio, permi-
vender as cestas ao Brasil. Somente a 2 cruzeiros, portanto, tindo que o mercado fixasse a taxa, de acordo com a oferta
a taxa de câmbio estaria em equilíbriO. e a demanda.
O governo fixou a taxa de câmbio em 18 cruzeiros por
dólar, mas a inflação e o desenvolvimento econômico, com O Plano Real, de 1994, procurou combater a inflação
a consequente geração de renda, estimularam as importa- com diversas medidas. Uma delas, a chamada ancoragem
ções, obrigando as autoridades econômicas a estabelecerem cambial, baseou-se na valorização do real em relação ao
controles quantitativos às importações, sob o critério da dólar, beneficiada que foi pela entrada de capitais estran-
essencialidade, para se evitar desvalorização do câmbio. O geiros, o que resultou em barateamento das importações
controle diminuiu com a iminência da guerra da Coréia e e fator de inibição a aumentos de preços de produtos que
as necessidades de reaparelhamento da indústria, o que têm concorrentes internacionais (tradebles). A elevação de
provocou déficits comerciais. preços durante os primeiros anos não eram repassados à
taxa cambial, pois o Banco Central intervinha no mercado
De 1953 a 1957, foi adotado sistema de taxas múltiplas para manter a valorização da moeda nacional, em faixas
de câmbio. Eram 5 categorias de taxas, que incorporavam denominadas "bandas cambiais" e constituindo a chamada
ágios sobre a taxa oficial, conforme o grau de essencial idade. "flutuação suja" (dirty f1oating) do câmbio, beneficiado pela
Foi criada a Carteira de Comércio Exterior- Cacex, do Banco existência de apreciável volume de reservas internacionais.
do Brasil, para controlar o comércio exterior. As importa-
ções passaram a ter limites quantitativos, por período, e as Essa mesma política, no entanto, causou apreciáveis dé-
exportações recebiam bonificações, conforme o produto. ficits na Balança Comercial, que eram cobertos pela entrada
de capitais, a maior parte de curto prazo. Depois de um saldo
De 1957 a 1961, houve dois fatos importantes: a Re- positivo de US$ 10,5 bilhões em 1994, os saldos foram nega-
forma das Alfândegas, com a transformação das alíquotas tivos em 1995 (US$ 3,2 bilhões), em 1996 (US$ 5,5 bilhões),
específicas em alíquotas ad valorem; e as taxas múltiplas em 1997 (US$ 8,4 bilhões) e em 1998 (US$ 6,4 bilhões).
foram divididas em apenas duas categorias: geral e especial,
O país sofreu duas corridas contra a sua moeda, em
Em 1961, a Instrução nQ 204, da Superintendência da setembro de 1997 e setembro de 1998, com o governo pro-
Moeda e do Crédito - SUMOC, extinguiu as taxas múltiplas e curando manter a política de valorização da moeda nacional.
a paridade por dólar. Em 1964, foram criadas taxas especiais No final do ano as reservas de divisas tinham diminuído
para importações de trigo, petróleo, equipamentos e peças, sensivelmente, apesar da elevação dos juros, e tornou-se
remessas de juros e exportações de café e açúcar. imperiosa a ajuda externa de capitais, liderada pelo Fundo
Monetário Internacional, que exigiu, em contra partida, que
Em 1968, a nova política econômica aplicada ao setor o país fizesse um ajuste fiscal rigoroso e a aceleração das
externo, ao invés de conter as importações, procurou esti- desvalorizações da moeda.
mular as exportações. Para evitar as distorções da inflação,
que desestimula as exportações e estimula as importações, No início de 1999, o governo federal ampliou a margem
foi instituído sistema de minidesvalorizações da taxa de de flutuação do real diante do dólar em 10. A forte de-
câmbio, atualizando-a a intervalos frequentes. A correção manda por dólares elevou a sua cotação até o teto da banda
monetária aplicada à taxa de câmbio era igual a: cambial, e o Governo permitiu finalmente a livre flutuação da
taxa de câmbio. A cotação disparou e chegou a ultrapassar
(índice de preços internos) / R$ 2 por dólar em março. O aumento do dólar pressiona os
(índice de preços externos). preços dos produtos que possuem componentes importados
e a taxa de juros básica foi fixada em 45. O reforço das
Como exemplo de uma correção semanal na taxa, tem-se reservas, promovido pelo FM!, o controle do déficit público
que, se a taxa de câmbio for de 100 cruzeiros por dólar, a e o anúncio de medidas de política econômica devolvem o
inflação interna na semana de 10 e a inflação externa de otimismo à economia, voltam os capitais estrangeiros e a taxa
2, a nova taxa de câmbio será: de câmbio mantém-se por volta de R$ 1,80 no final de 1999.

100 x 1,10/1,02 '" 107,84. A partir do início do regime de liberdade cambial, a taxa de
câmbio tem subido de uma forma mais ou menos acelerada,
Essa política ajudou o país a incrementar sensivelmente as embora com alguns recuos ocasionais. O efeito positivo de
exportações e restringir as importações. As exportações cres- tal situação é o maior estímulo às exportações e ingresso de
ceram a uma média anual de 27 de 1968 a 1973. capitais estrangeiros. Do !ado das importações, o seu enca-
recimento resulta em maior estímulo à produção interna de
Os dois choques do petróleo, de 1974 e 1979, incre- bens similares. Os produtos com baixo poder de substituição
mentaram as importações e os déficits comerciais, elevando na produção, como o trigo, o petróleo e máquinas e equipa-
vertiginosamente o endividamento externo do país. Em 1979 mentos, provocam impulsos de custos que podem contaminar
foi promovida uma maxidesvalorização da taxa de câmbio, as taxas inflacionárias. Mas essas não têm recebido todo o
de 30, para melhorar as contas cambiais. impacto da elevação cambial em razão da não aceitação de
~
~
~
~preços maiores, por parte do setor varejista e do próprio con- caso, é estudado o modelo Mundell-Fleming, que se baseia
sumidor. -OoBancoaumento da taxa
Central, paradeevitar
juro atrai
maiorescapitais externos,
pressões sobre nas seguintes hipóteses:
aumentando
a demanda de dólares, procura a oferta
evitar de divisas (de
elevações 0, para O2),
exageradas - A curva 15 e a curva LM relacionam a renda nominal
no câmbio, emitindo reduzindo
títulosa públicos
taxa de câmbio,
com correçãoconforme o gráfico 11.
cambial. (V) e a taxa de câmbio (t).
Outro fator que é utilizado para frear a taxa de câmbio é o - A curva 15 representa a política fiscal e a curva LM
incentivo-ao A redução
ingressona detaxa de câmbio
capitais vai resultar em diminui-
estrangeiros. representa a política monetária.
ção nas exportações e crescimento das importações,
Em 2002, devido a diversos problemas mundiais, como - A curva 15 é negativamente inclinada, indicando que
trazendo a renda nominal de volta ao nível inicial.
a recessão nos Estados Unidos, a crise na Argentina e a ex- a taxa de câmbio e a renda têm relação inversa. Isso
Observe que no gráfico I a taxa de câmbio aumenta,
pectativa quanto à eleição de um candidato oposicionista ao deve ser bem compreendido. Primeiramente, deve-
pois nesse gráfico o raciocínio é feito com a definição
cargo de presidente da República fazem aumentar a demanda -se considerar a definição norte-americana de taxa
americana, conforme já advertido anteriormente.
por dólares, cujo valor ultrapassa
A aplicação R$ 3,00fiscal
de uma política em agosto. A queda teria
contracionista de câmbio, que, ao contrário da nossa, é o preço da
nas reservas internacionais e a necessidade de manter
também efeito nulo sobre a renda e faria diminuir a taxa a con- moedaConsequência
nacional em termos
final: ada moeda
taxa estrangeira.
de câmbio não se5ealtera e a
fiança dosdeinvestidores no País faz as autoridades econômicas a adotássemos
renda nominalnoseBrasil,
eleva. seria 1 real = 0,55 dólares. As-
câmbio.
brasileiras recorrerem a uma nova ajuda financeira do Fundo Explicação:
Monetário Internacional. sim, um aumento da taxa (por exemplo, para 0,65 dó-
22 caso: aplicação de uma política monetária ex-
lares) seria uma valorização da moedapode nacional, com

J~I
pansionista - Uma política fiscal expansionista serfeita através
A política econômica do governo Lula, que manteve e até consequente estímulo dos
de aumento paragastos
aumento das importações
governamentais ou redução
ampliou aI)meta e diminuição das exportações, e resultante queda
parano
t de superávit
LM] LM primário,
2
fixou metas de inflação dos tributos, deslocando a curva IS a direita, de
e elevou consideravelmente as taxas de juros básicas, conquis- nível da renda interna.
15, para 152 no Daí a relação
gráfico I. inversa entre a
taxa de câmbio e a renda.
I
tando a confiança do mercado e atraindo capitais estrangeiros.
A balança comercial, deficitária de 1995 a 2000, em razão da
- O aumento da renda nominal (de V, a VJ provoca
- Existe uma relação diretadaentre
aumento a taxade
demanda demoeda
juros epor
o parte da socie-
abertura da economia, passa a apresentar superávits a partir volume dedade,
capitais
paraexternos,
a realizaçãoou seja, quanto maior
de transações, que, dada a
I~
de 2001 em razão da elevação da taxa de câmbio e beneficiada essa taxa,oferta
mais capitais
de moeda
taxa denojuro.
sãoconstante,
atraídos para o país.
resulta em aumento da
t2 '------- ------ rs - A curva lM é vertical, sentido de que a oferta e a
pela elevação dos preços das commodities e do crescimento demanda de moeda não têm relação com a taxa de
econômico mundial. A elevação dos preços das commodities y
- O aumento da taxa de juro atrai capitais externos,
câmbio.
tem alterado os termos de troca em favor do Brasil, pois os aumentando a oferta de divisas (de 0, para O2),
pro- - As políticas fiscal e monetária
reduzindo a taxasãode aplicadas e são anali-
câmbio, conforme o gráfico 11.
dutos primários têm tido seus preços elevados em proporção sados os seus efeitos sobre a renda e a taxa de câmbio
maior do que os preços de bens industriais importados. A taxa em- dois
Para ambientes:
manter a taxataxasde de câmbio
câmbio flutuantes
fixa, e fixas.
em t" a autoridade
de câmbio apresenta valorização progressiva em razão dos monetária compra as divisas que ingressam no país (a
superávits comerciais e da entrada de capitais que procuram - Ao lado do gráfico das curvas 15 e LM, vamos utilizar
demanda se desloca de D, a D2), e o comércio exterior
rentabilidade com a alta taxa de juros brasileira. Em 2007 o também as curvas de demanda e de oferta de divisas,
não se altera.
dólar vai caindo até romper o nível de 2 reais, que provoca a fim de
Mercado defacilitar
taxa de ocâmbio
raciocínio do que vai ocorrer no
flutuante
.......... _ __ ~"y mercado de câmbio, compolítica
um detalhe: vamos usar aí
críticas dos setores industriais dependentes de exportações. 1º caso: aplicação de uma fiscal expansionista
o - A aquisição
conceito de divisas
brasileiro de taxaprovoca
de aumento da quanti-
câmbio.
Mas tal nível agrada os importadores e é um freio às subidas dade de moeda na economia (a curva LM se desloca
de preços. O Consequência
Banco Central final: adquire dólares
a renda no mercado
nominal crescepara
e a taxa de para a direita, em LM2), satisfazendo a demanda de
frear a queda
câmbio no câmbio
se reduz. e as reservas sobem para 208 bilhões A aplicação
moeda parade uma política fiscal contracionista teria
transações.
de dólares emExplicação:
setembro de 2008. efeito contrário, isto é, a renda nominal se reduziria, man-
tendo-se fixa a taxa de câmbio.
A crise financeira
- Aumenta norte-americana,
a oferta que se agrava
de moeda, deslocando em
a curva
setembro de 2008, LMprovoca retiradadedeLM
para a direita, divisas do país e o
, para LM2 (gráfico I), o que
dólar tem valorizaçãodiminui significativa,
a taxa de juro.chegando a 3,30 reais 22 caso: aplicação de uma política monetária ex-
em outubro. O Banco Central passa a oferecer dólares para pansionista
refrear a alta por meio
- A queda de operações
no juro de swaps
provoca saída cambiais,
de capitais, pelas
aumen- y
quais os compradores tando têm 30 diasde
a demanda para devolvê-Ios
divisas ao Be.
(no gráfico li, a curva de
demanda se desloca de D, para D,l e aumenta a taxa
O país sentede os câmbio.
efeitos da crise através das baixas taxas
de crescimento econômico. As baixas taxas de juros pratica-
das pelos-países centrais,
O aumento a emissão
da taxa de dólares
de câmbio aumentapelos
as Estados
expor-
Unidos para injetar tações
nosebancos
diminuiemasdificuldades,
importações,asaumentando
medidas a
A aplicação de uma política monetária contracionista
renda interna.
internas governamentais anticíclicas e as altas taxas de juros
brasileirasteria o efeito ocontrário
estimulam ingressode dediminuição
capitais. O da realrenda e elevação
se valoriza
da taxa de câmbio.
até maio de 2012, sendo o dólar cotado abaixo de 2 reais, fato
Mercado de taxa de câmbio fixa
.. ..

que, adicionado à recessão dos mercados mundiais, provoca y


o MODELO
diminuição das2ISjLM
exportações
1confiança
EM ECONOMIA
caso: aplicação
e aumento dasABERTA.
de uma política
importações. A
fiscal expansionista
diminuição
POLíTICAda MONETÁRIA no país provoca
E FISCAL EM nova valorização do Consequência final: a renda nominal não se altera e a
dólar, a partirI) do final de LM; LM,2012. Em agosto de 2013, o dólar é taxa de câmbio se eleva.
ECONOMIA ABERTA
tt \ \
cotado a 2,30 reais, situação que ajuda na melhoría das contas Explicação:
externas e, por outro lado, I
I provoca pressões inflacionárias. - Uma política fiscal expansionista pode ser feita através
Introdução de aumento dos gastos governamentais ou redução
Quando se estuda\ o modelo 'f;\ I IS-LM, verifica-se os efeitos dos tributos, deslocando a curva 15 para a direita, de «
I
s
sobre a renda e a taxa de juros da utilização das políticas 151 para 152 no gráfico I.
monetária e fiscal. Agora, vamos introduzir a política cambial
\ ". J -~~ s
::1:
e verificar
zadas, tl--~
como as políticas fiscal e monetária, quando utili-
o repercutemIna renda
t..
doszdiferentes regimes de câmbio,
J quando um país adota cada um
--1Sfixo
2 ou flutuante. Nesse
- O aumento da renda nominal provoca aumento da
demanda de moeda por parte da sociedade, para a
realização de transações, que, dada a oferta de moeda
O

. I ~~IS constante, resulta em aumento da taxa de juro. z


o l ....._ .......................L ....._ . ._ ...1.. ............1>: O
Y, Y, y
u u
5
w 51
w

2

Consequência final: a taxa de câmbio e a renda nominal não se


alteram.
~
Explicação:
- Aumenta a oferta de moeda, deslocando a curva ~
S - I = X - M, ou seja, o excesso de poupanças internas
LM para a direita, de LM, para LM2 (gráfico I), o sobre o investimento interno é igual ao saldo em transações
que correntes (TC) do balanço de pagamentos da economia.
diminui a taxa de juro.
Assim, se S > I, haverá um superávit corrente (TC > O); e
- A queda no juro provoca saída de capitais, aumen- se I > S, haverá um déficit corrente (Te < O).
tando a demanda de divisas (no gráfico li, a curva Como vimos no item 1 deste programa, S - I, o saldo
de corrente, tem correspondência com o saldo da conta de
demanda se desloca de D, para D,) e aumenta a capitais. Assim, se 5 > I, o excesso de poupanças buscará
taxa aplicações no exterior e a conta de capitais será deficitária;
de câmbio. se, ao contrário, I > S, a necessidade de poupanças para
cobrir os investimentos internos resultará em saldo positivo
- Para manter a taxa de câmbio fixa, a autoridade mo-
na conta de capitais.
netária oferece divisas (a oferta de divisas se
Nesse modelo inicial, considera-se livre mobilidade
desloca
de capital, isto é, livre acesso ao mercado de capitais
para O2) e a taxa permanece em t1•
internacional e uma economia pequena, de tal modo que
- A maior demanda de divisas, para a saída de capitais, ela não influencia a taxa de juros internacional: r = r', isto
resulta em diminuição da quantidade de moeda da é, a taxa de juros real r da economia interna é igual à taxa
de juros internacional r'. São consideradas as seguintes
economia, pois os demandantes têm de oferecer relações: I = I (r), isto é, o investimento é função da taxa
reais de juros real; S = V - e (a poupança é igual à diferença
para a sua conversão. entre a renda e o consumo), sendo e = e (V), ou seja, o
consumo é função da renda, e V = F (K,l), isto é, a renda
- A diminuiçãode reais é ilustrada pela volta da curva ou produto é função da quantidade de recursos do trab-
LM, no gráfico I, ao seu ponto inicial. alho e do capital, que é a função produção da economia.
Então, I = I (r·) e Te = S -I(r·).
A aplicação de uma política monetária contracionista Se r < r*, haverá déficit na conta de capital e con-
teria o mesmo efeito, ou seja, inalterabilidade na renda e sequente superávit na conta de transações correntes
na taxa de câmbio. (5) I).
Se r> r', haverá superávit na conta de capital e con-
A seguir, eis um resumo da aplicação das políticas mo- sequente déficit na conta de transações correntes (S > I).
netária e fiscal expansionistas nos dois regimes de taxas de
câmbio:

Regime de taxas flutuantes

Política fiscal: a renda interna não se altera, a taxa de


câmbio se eleva e as exportações líquidas diminuem.
Política monetária: a renda nominal se eleva, a taxa de
câmbio diminui e as exportações líquidas aumentam.

Numa economia fecha- r
Regime de taxas fixas
da há uma taxa de juros
Política fiscal: a renda interna se eleva, e a taxa de câmbio
se eleva e as exportações líquidas não se alteram. Numa economia aberta, se a taxa de juros mundial,
Política monetária: a renda nominal, a taxa de câmbio e r-, for maior do que a interna, haverá um déficit na conta
as exportações líquidas não se alteram. de capitais equivalente a um superávit na conta corrente.
Vimos, em Contas Nacionais, que Renda = Produto = Esse superávit corrente corresponde à distância 5 - I ao
Demanda Agregada. nível da taxa de juros mundial e.isso ocorre porque a eco-
V = e + I + G + X - M A expressão e + I + G é denominada nomia interna está financiando o exterior para adquirir o
de absorção interna, que engloba a demanda interna de saldo positivo nas transações correntes.
consumo, investimento e despesas do governo. Por outro lado, se a taxa de juros mundial, r-, for
Então, se V > absorção interna, X > M, isto é, se o produto menor do que a interna, haverá um superávit na conta
interno superar a absorção interna, temos um excesso de de capitais equivalente a um déficit na conta corrente.
exportações sobre importações de bens e serviços, ou seja, Esse déficit corresponde à distância 1- 5 ao nível da taxa
um superávit do balanço de pagamentos em transações cor- de juros mundial e isso ocorre porque a economia interna
rentes o excesso de produção. Ao contrário, se Y < absorção está sendo financiada pelo exterior para que a economia
interna, M > X, ou seja, a insuficiência é coberta por um interna adquira o excesso das importações sobre as ex-
excesso de importações sobre exportações, acarretando um portações.
déficit em transações correntes. O estudo dos modelos de economia aberta abrangem
A renda é igual a C+S+ T. Logo, C+S+T=C+I+G+X-M. a curva BP, que representa os pontos de equilíbrio do
Podemos fazer I = Sp+ T - G + M - X, ou seja, o inves- balanço de pagamentos. Sabemos que o saldo do balanço
de pagamentos é igual à soma dos saldos em transações
timento interno (I) é igual à poupança privada (Sp), mais
correntes (Te), mais o saldo do movimento de capitais (MK):
a poupança pública (T - G = Sg), mais a poupança externa
BP=TC+MK.
(M-X=Sx):

1= Sp+ Sg+ S x,
real r que iguala a pou-
<C
pança e o investimento
Se fizermos Sp+ Sgigual à poupança interna S, teremos:
1= 5 + Sx" ou seja, o investimento interno é financiado
internos. s
O
pelas poupanças interna e externa. Podemos também z
fazer: O
u
w

53
As exportações dependem da taxa de câmbio e do nível ções correntes, que exige entrada de capitais para financiá-Io.
de renda externo, enquanto as importações são função da O maior porte dessa economia exige tal volume de recursos
~
renda interna. Assim, dada a taxa de câmbio e a renda ex- externos que pressiona a taxa de juros para cima. Ou seja, o
terna, TC = TC (V). Enquanto isso, MK depende da diferença equilíbrio no BP resulta em taxas dejuros maiores em virtude ~
estuda-se a função de produção de uma empresa, definida "Como produzir"do
é arisco
tarefa de mobilidade
o sistema procurar esco-
entre as taxas de juros interna e externa. do aumento e da imperfeita de capitais
como a relação entre determinada quantidade de recursos
Assim, dada a taxa de juros internacional, MK = MK (r). lher a técnica de produção
e a curva BP tem umamenos dispendiosa
inclinação em termos
positiva.
e a correspondente quantidade de produto. O que são os
=
Então, BP TC (V) + MK (r). Se o saldo do BP for zero, temos
bens? São definidos como tudo aquilo capaz de satisfazer
de recursos, que são escassos, o que resulta na necessidade
TC (V) = -MK (r). constante de avanço tecnológico. Os recursos devem ser
as necessidades e os desejos humanos. A curva BP tem inclina- r
Se um país não tiver acesso ao mercado de capitais alocados do modo mais eficiente possível, isto é, com o
ção positiva no caso de
e, portanto, MK = O, então Te = O. As exportações X de- menor custo e com o melhor rendimento.
RECURSOS ~ PRODUÇÃO DE BENS mobilidade imperfeita
pendem da renda externa e são, portanto, uma variável
"Paradequem
capital.
produzir" é a tarefa de o sistema direcionar
exógena e as importações M são função da renda interna
Os bens Y. Então, temos: X = Xo, M = mY, sendo m a propensão
podem ser classificados em livres e econômicos. os frutos do processo produtivo para consumo ou investi-
Bens livres sãoaaqueles
média cuja produção é gratuita, isto
importar. mento, de modo a satisfazer as necessidades conforme a
é, a própria natureza
Como TCoferece-os
= O, Xo- mYao=homem
O, e Y sem = este é o nível capacidade de cada indivíduo ou grupo social.
queEsse
Xol m.
utilize recursos
de rendapara a sua obtenção,
compatível como o sol,
com o equilíbrio em oconta
vento,
corrente. Que instituições executam as tarefas que cabem ao
o clima etc. sistema, bem como acompanham a execução de o
Bens econômicos são aqueles que somente podem ser que, como e para quem produzir?
produzidos por meio
Curva BP dedo esforço
um país humano e da utilização de
recursos,semcomo a produção DP NOÇÕES DE MICROECONOMIA
mobilidade dede milho, de automóveis, de ca- Tradicionalmente, poder-se-ia dizer que essas tarefas
netas, decapital,
serviços bancários
em que o níveletc. Certamente que são estes cabem a dois setores: o público e o privado. O setor público,
os bens que Y = Xo I m àéEconomia.
mais interessam
de renda Fundamentos
que podemos de Economiade governo, pode
chamar simplificadamente
aquele em que TC O. = atuar na produção direta de bens (empresas públicas) ou
Vejamos a seguir a ilustração As sociedades
através do chamado evoluídas
planejamento repousam
indicativo, porsobre
meioumado diversifi-
qual criacada base econômica
estímulos que, bens
para que certos acionada
sejam pelo trabalho humano,
produzidos
Bens livres ~.-----~------- engendra
pela iniciativa uma O
privada. série
setordeprivado
bens cuja destinação
é aquele última é o con-
constituído
Bens econômicos
t
Necessidades
~
Necessidades ao
sumonúmero
pelo enorme dessesde
elementos
y produzir
bens pelos membros
empresas
que participam
determinado bem parada
que assumemda sociedade.
vida econômica
atender
um riscoOs variados
uma demanda de uma nação,
já assim
existente ou como
em suas conexões
potencial. Uma e dependências,
diferença marcante somam-se
entre num
satisfeitasObserve-se que qualquer nível de renda não satisfeitas
à direita da todo denominado sistema econômico.
curva BP resulta em incremento das importações, ou seja, um os dois setores, o público e o privado, é que enquanto o
O sistema econômico é, assim, esse conjunto de ativi-
déficit corrente. Do mesmo modo, qualquer nível de renda primeirodades procura captar recursos para aplicar nas áreas que
de produtores, distribuidores, comerciantes e con-
Os bens econômicos, por sua vez, podem ser classifi-
à esquerda de BP resulta em um superávit. Uma questão julga serem as de maior necessidade para a subsistência
sumidores, voltado para a tarefa básica de tentar satisfazer
cados conforme a seguinte tabela:
macroeconômica que surge nesse ponto é como conciliar da sociedade, principalmente as de infraestrutura (como
as necessidades e 05 desejos humanos pelos bens que
o pleno emprego com o equilíbriO no BP. Suponha-se que segurança, saúde, saneamento, construção de estradas,
somente esse sistema pode propiciar. Os sistemas econômi-
Classificação
uma economia dos Benstenha desemprego e que já incorra em déficiteducação),
Econômicos o segundo é movido pelo interesse do lucro, na
cos existem, portanto, como uma resposta do homem para
no BP. Uma medida para aumento do emprego seria uma direção do que a sociedade necessita e deseja e revela suas
a necessidade básica de sobrevivência física.
política fiscal ou monetária expansionista e uma medida preferências livremente no mercado. Cada país apresenta
Bens A primeira lei da economia é a lei da escassez. É ela que
Bens deparaConsumo
reequilibrar Bens o BP de uma política contracionista. A determinado
Capital
seria grau de participação de cada um dos dois seto-
justifica a existência dos sistemas econômicos. É o problema
Intermediários
medida para diminuir o emprego aumentaria a renda, mas res, queeconômico procuram se complementar
básico, que podena serbusca de satisfação
sintetizado através de uma
São os que satisfa- São os que satisfazem São aqueles utiliza-
o incremento das importações agravaria o déficit corrente. geral dascitação necessidades humanas.
de Harvey. Diz ele que Abraham Linco!n passeava
zem diretamente necessidades de forma dos na produção de
Esses indireta,
as necessidades objetivos poisseriam, portanto, inconciliáveis,
são utiliza- outros bens (maté-a não ser pela rua, certa vez, com seus dois filhos e estes choravam.
Até há poucos anos, o mundo vivia dividido em duas cor-
humanas,que comoa economia
o dos para a pudesse
produção de incrementarrias-primas),
as exportações, como que Um amigo chegou perto e perguntou: "Qual é o problema
pode areequilibrar
arroz, a carne, o BP e aumentaria
pl- bens de consumo, como  a renda e otomate emprego. rentes que defendiam, de um lado uma economia totalmente
deles?". Lincoln respondeu: "É o problema de todo mundo:
zza, a lâmpadaConsidere-se
etc. as máquinas, equipamen-
agora uma economia com mobilidade
(extrato), planificada (socialismo), e do outro lado uma economia onde
tenho três biscoitos e cada um deles quer dois."
tos, instalações
perfeita de capitais, isto é,etc. 
haverá sempre capitais trigoexternos houvesse total liberdade de produzir e consumir (capitalis-
Os economistas dizem que o problema econômico bási-
para financiar um déficit em transações (pão), o algo-
correntes. mo). Depois da queda do muro de Berlim e da desintegração
co decorre de os recursos existentes não serem suficientes
O Funcionamento
Nesse caso, do qualquer que seja o dão
Sistema Econômico nível(tecidos)
de rendaetc. interno da União Soviética, esse conflito, que gerou até guerras entre
para produzir os bens que irão satisfazer as necessidades
e o déficit corrente, o equilíbrio do BP poderá ser obtido de países ehumanas. entre facções de umpalavras:
Em outras mesmo país, parece fora de
o acordo com o nível da taxa de juros
sistema econômico, como já vimos, tem por objetivo a internacional. moda. As decisões de o que, como e para quem produzir, que
produção deAssim,bens para se aataxa interna das
satisfação rfor necessidades
maior do que ahuma- internacio- segundo o socialismo deveriam ser comandadas a partir de
nas. Uma nal, r', a maior
parcela entradada
significativa depopulação
capitais resultará em superávit um planejamento
está envolvida OS RECURSOS
mais ou menos x
SÃO centralizado, ASestão
NECESSIDADES
sendo E OS
e se a econômicas,
taxa interna rque for menor do classificar
que a internacional, r', cada vez mais LIMITADOS
delegadas ao setor privado, em DESEJOS
nome SÃO ILIMITADOS
de uma
em atividades podemos em:
atividades a menor entradade
de produção, dedistribuição
capitais resultará em déficit.
e de consumo. Na busca quase mundial de obtenção de mais altos padrões de
Na verdade,
eficiência e diminuição deo desperdício.
nosso mundo Opossui
conjuntomuitos recursos para
dessas
verdade, todo sistema econômico tem tarefas a serem cum-
pridas, e que são representadas pelas seguintes questões: decisõesa passam
produção e a tomadas,
a ser distribuição dos descreveu
como bens. Mas há eles são conside-
mais

r:~ .
A curva BP é horizontal radosAdam
escassos em relação às necessidades
invisível, semeuma desejos dos

r
de 200 anos Smith, por uma mão
 noOcaso de livre mobi-
que produzir? homens.
coordenação Observe-se
aparente, cada umaque, das
alémmilhares
das necessidades,
de empresas também
 lidade de capital.
Como produzir? r déficit ---' BP
são mencionados os desejos. Qual o motivo dessa distinção?
procurando atender o consumidor baseado apenas
As necessidades podem ser classificadas em primárias e
em seu
 Para quem produzir? próprio interesse de lucro. Essa é a primeira noção para en-
secundárias. As necessidades primárias são aquelas rela-
tendermos o que se chama hoje de neoliberalismo.
cionadas com a própria sobrevivência do homem, ou seja,
\,-
"O que produzir" é a tarefa de se alocar os recursos es-
cassos dentre as várias alternativas de produção de bens nas .... "",."".,,, ,.,,._ .... a alimentação,
Caberia o vestuário,
ao setor público, atravésa habitação.
do Governo, Asanecessidades
função
quantidades requeridas pela população que os elege. Esse de zelar pela segurança e defesa dos cidadãos e deadquirindo
secundárias são aquelas que o homem vai seus com a
y própria civilização e o progresso, e que podem ser chamadas
sistema de eleição, ou escolha, acarreta que o sistema deixa direitos de propriedade, garantindo as condições para que
de desejos,
as atividades ou seja,
econômicas seodesenvolvam
lazer, as viagens,
através compact
os do setor discs etc.
de produzir um certo volume de bens que são sacrificados
Esse conflito sintetiza a lei da escassez. Os recursos são
e constituemAgora, finalmente,
o seu custo consideremos
de oportunidade. Como economia maior, privado, mais eficiente e racional. Mas há outras razões para
umaexemplo,
necessários para a produção de bens. O que é produção? É
temos a suficiente
produção para de cana quede possa
açúcar exercer
(paraalguma
abastecer influência
os sobre oa existência de um setor público:
qualquer processo de utilização de recursos para a criação ou~
carros a nível
que deixa
álcool)
desse
deque
de ser
taxas
país?
gerade ojuros
custo
Se a renda
produzido
internacional.
no mesmo
de oportunidade
se eleva,
solo,
Como
aumenta
doseria
feijãoa curva BP
o déficit em transa-
as lanchonetes  transformação
Os contratosem e ocoisas úteis. Na
intercâmbio teoria microeconômica,
comercial realizados s
Mac Donald's que geram o custo de oportunidade dos pos- através do mercado necessitam de uma proteção e
uma fiscalização de seu cumprimento por parte de O
tos de saúde e escolas que poderiam ser construidos em
S4 lugar etc.
seu uma estrutura legal provida pelo Governo. z
 O funcionamento regular do mercado, que propicia
o uso eficiente dos recursos, isto é, produzindo o
que o consumidor deseja e do modo menos custoso,
8
5w
5

~ \~
é baseado na concorrência na produção e na aquisição mente uma fração dela é que está voltada para o mercado
dos fatores, ou seja, livre entrada de firmas e pleno de trabalho, tanto no setor urbano como no rural. Por isso,
conhecimento do mercado, condições que o Governo vejamos alguns conceitos que envolvem a população de
deve assegurar. um país:

56  Nem todos os produtos devem provir do mercado.  População Produtiva (aquela em idade de trabalhar):
As externalidades, que podem ser positivas ou nega- abrange as pessoas entre os 14 e os 65 anos de idade.
tivas, apontam falhas e requerem solução através do
setor público.  População Dependente (aquela fora da idade de tra-
 O sistema de mercado, por si só, não assegura altas balho): abrange as pessoas de menos de 14 e de mais
taxas de emprego, estabilidade de preços e taxa de 65 anos.
adequada de crescimento econômico, objetivos que
devem ser assegurados pelo setor público.
 População Economicamente Ativa (é a que está volta-

 Necessidade de ajustamentos na distribuição da da para o mercado de trabalho): abrange a população


renda produtiva, menos os estudantes e os domésticos não
e da riqueza provoca das pelo mercado e pelo sistema remunerados, como as donas de casa .
de heranças.
 População Ocupada (a que está efetivamente empre-
Com relação ao desenvolvimento econômico, a ne- gada): abrange a população economicamente ativa,
cessidade de existência de poupanças para a aplicação em menos os desempregados.
investimentos produtivos obriga que haja um processo de
mobilização de recursos da sociedade, que a ação espontâ-
 Parcela de Ocupação: é a relação percentual entre a
população ocupada e a população total.
nea do mercado, por si só, nem sempre é capaz de promover,
apesar de as empresas procurarem explorar as oportuni-
O gráfico abaixo mostra cada uma das partes da popula-
dades lucrativas de investimento existentes na economia.
ção de um país, definidas acima.
Nesse caso, caberia ao Estado criar mecanismos que eleve
o volume de poupanças da economia, a fim de financiar 05
investimentos necessários, buscando-os internamente, atra- população /~-~~~" estudantes e
vés das famílias, das empresas e do governo, e externamente dependente~ /~ domésticos
por meio dos investidores internacionais. Essas poupanças
i ~-----I-,--j
! /'
têm sido aplicadas em sua maior parte em atividades ligadas
à infraestrutura e produção de matérias-primas estratégicas,
como transporte, comunicações, energia, água e esgotos,
siderurgia e petróleo.
população X '\\\~
Quais os recursos que as sociedades têm para serem desempregados
utilizados na produção dos bens?
ocupada ''-'~~/
Os economistas chamam esses recursos de fatores de
produção. Cada um desses recursos, encontrados na natu- Vamos a um exercício de aplicação desses conceitos.
reza sob diversas formas ou criados pelo homem, são, numa
Consideremos os seguintes dados referentes a uma cidade
sociedade capitalista, oferecidos no mercado de fatores de
imaginária:
produção pelos proprietários dos recursos, que buscam uma
remuneração pelo seu uso. O quadro a seguir mostra cada População total: 100.000 habitantes
um dos fatores de produção e a sua respectiva remuneração. Domésticos não remunerados: 12.000
Pessoas com mais de 60 anos: 5.000
Os Fatores de Produção e suas Remunerações
Pessoas com menos de 14 anos: 18.000
Estudantes: 25.000

Fatores de Produção Remunerações Desempregados: 6.000


Cálculo dos conceitos estudados anteriormente:
Recursos Naturais (Terra) Aluguel
População Dependente = 5.000 + 18.000 = 23.000
Trabalho Salário População Produtiva = 100.000 - 23.000 = 77.000
Capital Juro População Economicamente Ativa = 77.000 - 12.000 ~
25.000 = 40.000
Tecnologia Royalty
Capacidade Empresarial Lucro =
População Ocupada 40.000 - 6.000 = 34.000
Parcela de Ocupação = 34.000/100.000 = 0,34 = 34
Agora vamos fazer uma pequena descrição de cada um
desses fatores de produção. Certamente que, em princípio, quanto maior a população
global de um país, maior a quantidade de recursos do fator
Recursos Naturais - É cada um dos recursos que o ho- trabalho disponíveis para a produção de bens. Mas esse vo-
mem encontra na natureza e que ele utiliza para a produção lume de população é influenciado pela existência de pessoas
de bens. É o solo e o su bsolo, os rios, as florestas, os frutos, jovens e idosas ou que estudam ou ficam em casa, as quais
as flores, a fauna, a água, as jazidas minerais etc. Um dos são dependentes da população que está efetivamente pro-
recursos naturais mais valiosos que existem, pela sua escas- duzindo. Além disso, é importante destacar que a existência
sez crescente, é o espaço físico, onde o homem constrói e de desemprego significa uma perda de produção por parte de
ocupa sob as mais diversas formas. A remuneração da terra um contingente populacional que poderia estar produzindo.
é o aluguel.
Trabalho - É o esforço direto do homem aplicado à pro- Hoje o mundo passa por uma fase, denominada de
dução, no sentido físico e mental. A população de um país globalização da economia, em que a maior concorrência
poderia, a princípio, representar a quantidade de trabalho internacional está obrigando as empresas que querem so-
disponível, mas é preciso atentar-se para o fato de que so- breviver a diminuir o número de empregos e a aperfeiçoar
sensivelmente a qualidade do fator trabalho para que este
assuma os desafios das novas tecnologias. Um dos efeitos é
o chamado desemprego estrutural, que está deixando largos
contingentes da população economicamente ativa fora do
mercad
o de
trabalh
o por
falta de
qualific
ação
profissi
onal e
por
exigênc
ias de
reduçã
o de
custos,
aument
ando a
carga
assumi
da pela
parte
da
popula
ção
que
continu
a
efetiva
men-
te
ocupad
aa
produzi
r os
bens
necess
ários.
~
~
~
~ através de aplicações
Considerando-se a existência dedo recursos
desemprego,para pesquisa;
tem-se ou adquirir lucros. Interessante
consumidoresé que esse aumento
(famílias), de outro delado,
lucros pode
que se relacionam
tecnologia
dois conceitos já criada
importantes queporsãooutras empresas,
estudados maisque no caso deve-
profun- redundar através
em aumento da poupança
de fluxos, do próprio
denominados reais contador.
ou nominais.
damente em rão Macroeconomia:
ser remuneradasproduto por meio dos royatties.
potencial e produto
efetivo. O desenvolvimento tecnológico está associado ao nível Fluxos reais
POUPANÇA ~ INVESTIMENTO
à propensão à pesquisa
de educação
Produto
condiçõesdeouum
Potencial ée aquele
país. Mas ode
a capacidade país
que uma
pode optar
produzir,
economia
dadapela
detida
tem pela população
simples compra de
a disponibili-
r- Fornecimento de serviços
Uma economia deve procurar aumentar a sua capacidade
dade totaltecnologia
de recursos estrangeira,
com que conta obtidaem através das importações, prin-
um determinado
I do Setor
produtiva, para produzir cada vez mais. Isso significa que o
momento.cipalmente
Em outrasde bens deo capital,
palavras, ProdutooPotencial
que significa que a políticainvestimento bruto deve
é aquele ••• superar a depreciação, ou em outras
de comércio
correspondente ao nível exterior deve
de pleno ter um grau
emprego de abertura razoávelpalavras, o investimento líquido deve ser positivo. Conforme
da economia.
Enquantoparaisso,que esse Efetivo
Produto conhecimento
é aquele seja possível.
resultante daPoruti-outro lado, consiga ou não, uma economia pode ser classificada em:
lização deo recursos
não desenvolvimento
disponíveis, mas da própria 
tecnologia pode criar rela-
não necessariamente Progressiva - Quando o investimento líquido é

ocs
de toda ações de dependência
disponibilidade com que prejudiciais ao crescimento
conta a economia. Se um sustentado.
positivo;
Capacidade
país, por exemplo, recursos queÉlhe
possui Empresarial- o recurso
permitam que 
tem sob sua
produzir Estacionária - Quando o investimento líquido é nulo;
responsabilidade
R$ 100 bilhões em um ano,aeste reunião e a coordenação
é o seu Produto Potencial. 
entre todos os Regressiva- Quando o investimento líquido é
Enquantorecursos
isso, umou fatoresEfetivo
Produto de produção,
de R$ 80 com o objetivo
bilhões indicade alcançar negativo.
o melhor
que há recursos queresultado
não estão tendo
sendo emutilizados.
vista o objetivo
A causa da empresa.
Os recursosésão
dessa sub-utilização organizados
problema nas chamadasAunidades
da Macroeconomia. dife- pro-
rença, dedutoras, que podem
R$ 20 milhões, ser desde hiato
é denominada uma barbearia,
de recursos ume restau-
representa rante
umaeperda
uma banca em que deestá
revistas, até uma
incorrendo siderúrgica ou uma
a sociedade.

DO
hidrelétrica.
Capital- é o recurso Esse quefator é quem
o homem assume
mesmo os riscos
produz paranaturais do Produção Consumo
empreendimento, os quais podem
auxiliá-Io, aliviar o esforço físico e mental e aumentar o ser assumidos por uma
rendimento pessoa, um conjunto
ou a eficácia de seu deesforço
indivíduos ou o próprio
produtivo. São osEstado.
Numa sociedade
chamados instrumentos capitalista
de trabalho, comoé aslivre a iniciativa,
máquinas e por qual-
quer indivíduo
os equipamentos. O capital ou grupo de indivíduos,
é um recurso e é tambémde tentarum atender o
consumidor,
bem, denominado "bem node sentido de que
capital", é definido
produzir algo que como considere útil
ou desejável,
o bem produzido obtendo
e utilizado paraum prêmiooutros
produzir sob a bens.
formaSão de lucro ou Capital Capital

00
arcando com prejuízo no caso de
exemplos de capital, desde os primeiros instrumentos, como não conseguir o seu intento.
No ocaso inicial final
o machado, arcode e aum empreendimento
flecha, a canoa, atéestatal,
os modernos geralmente
tor- o lucro
ou o ganho são medidos pelos
nos, robôs e computadores, além das estradas e instalaçõesresultados sociais obtidos com
o atendimento a necessidades mais coletivas, como no caso
industriais.
da abertura
O capital possui uma de um hospital ou muito
característica uma escola.
importante,
que é a de a suaNesse tipo de representar
produção sociedade costumaum acréscimoser discutido
na até que
capacidade ponto o Estado
produtiva. Pordeve amparar
exemplo, uma empresa
a construção de umaque incorre

DD
em prejuízo,
estrada, que é um bemtendo em vista
de capital, as consequências
possibilita o aumento sociaisda do Produção Consumo
capacidade desemprego
de produção advindas do encerramento
de mercadorias e serviços de(mais
suas atividades.
transporte,Noturismo
sistema e financeiro
produção de isso se torna ainda mais sério, em
bens).
Assim,virtude do efeito
a produção de multiplicador
um país, se de de um
uma crise
lado bancária
deve ofe- sobre
recer umatoda a economia.
parcela significativa de bens para consumo para
sua população Denouma forma didática,
presente, por outroas unidades
deve também produtoras
oferecer ou
Capital Capital
produtos,empresas
os bens de fazem
capital,parte
quedepossibilitarão
setores (primário,maior secundário
pro- ou
inicial final

00
dução de terciário), conforme
bens no futuro. as suas características
A remuneração do capital é básicas.
o juro.
Agora temos de fazer a distinção entre capital e inves-
timento. Os Setores Econômicos
Capital é o montante de bens de capital de uma empresa
ou de um país num momento do tempo. Por exemplo, no dia
31 de dezembro o capital de uma empresa é de 20 máquinas
ou o seu valor equivalente. É a chamada variável de estoque.
Investimento Bruto é o montante de bens de capital produ-

DO
Produção Consumo
zidos ou adquiridos num determinado período de tempo. In-
vestimento Lfquido é a diferença entre o investimento bruto
e a perda de máquinas pela depreciação ou obsolescência.
Por exemplo, uma empresa adquiriu 35 máquinas durante 3
meses: esse foi seu investimento bruto. No mesmo período
houve uma depreciação de 7 máquinas, o que Significa um
=
investimento líquido igual a 35 - 7 28 máquinas.
Capital Capital

inicial final
INVESTIMENTO INVESTIMENTO BRUTO Tecnologia - É o recurso representado pelo conhecimen-
- DEPRECIAÇÃO· to das técnicas aplicadas à produção dos bens. A tecnologia
LíQUIDO deve ser aplicada no sentido de aliar a melhor qualidade ao
A contra partida do investimento é a poupança. Dedicar menor custo possível de produção.
parte da produção para os bens de capital leva à necessidade Uma inovação tecnológica é economicamente signifi-
de se alocar poupanças nesse setor. Vejamos o caso de um cativa justamente quando resulta em maior quantidade ou
contador, que realiza toda a sua escrituração por meio ma-
s
melhor qualidade com o mesmo custo, ou a mesma quanti- <I:
nual. A decisão de adquirir computadores para essa tarefa dade e qualidade, com menor custo. Uma empresa que se
exige que seja feita uma poupança para a compra dos equipa- dedica a produzir bens deve se preocupar com o máximo
mentos, sacrificando o consumo corrente, mas esse sacrifício de qualidade e o mínimo de custo, o que significa procurar O
resultará em aumento da capacidade produtiva do contador, aplicar a melhor tecnologia disponível. Esta pode ser obtida z
que poderá expandir os seus negócios e aumentar os seus através de investimentos realizados pelas próprias empresas,
8
5UI
 7
Setor Setor Setor
Primário Secundário Terciário
É o setor próximo à É o setor de trans- É o setor que
base de recursos na- formação de rnaté- produz bens ln-
turais. É constituído rias-primas em bens tangíveis, isto é,
pelas empresas agrl- industriais. Carac- as chamados
colas, de pecuária e teriza-se pelo uso ser- É o setor
viços.
de extração vegetal. intensivo de capital que mais cresce
e de mão de obra com o desenvol-
especializada. vimento econô-
 mico.

Unidades
familiares

Fornecimento de bens ~

Uma questão:

1. Aponte a afirmativa incorreta.

a) O fluxo real de bens e serviços produzidos pelas


firmas tem como contra partida o fluxo real de ren-
dimentos recebidos por elas.

a) O fluxo real dos serviços prestados pelas unidades


familiares tem como contrapartida o fluxo real dos
bens e serviços por elas produzidos.

a) O fluxo nominal dos rendimentos pagos às unidades


familiares tem como contra partida o fluxo real dos
serviços por elas prestados.

a) O fluxo real de bens e serviços produzidos pelas


firmas tem como contra partida o fluxo nominal dos
rendimentos por elas recebidos.

a) O fluxo nominal dos rendimentos pagos às unidades


Gabarito:
familiares tem acomo contrapartida o fluxo nominal
dos pagamentos pelos bens e serviços por elas con-
Fluxos nominais
sumidos.
I Remunerações aos fatores --I
I .•.
Unidades
produtoras

Como as empresas adquirem os recursos, ou fatores


de produção, de que necessitam?

A empresa, ou unidade produtora, é definida como


o local onde os recursos, ou fatores de produção, são
reunidos para a obtenção de determinado produto. As fa-
< mílias, ou unidades familiares, são as destinatárias da
produção de bens de consumo, e ao mesmo tempo as pro-
s prietárias dos recursos, recebendo remunerações pelo seu
emprego.
O sistema econômico funciona através da busca de
O
interesses de produtores (empresas), de um lado, e dos
z
o
u
w
Procura Mercado Oferta
de Bens -+ de Bens +- de Bens

Procura Mercado Oferta de

de Fatores -+ de Fatores +- Fatores


de Produção de Produção de Produção

Produção de álcool Produção de


Possibilidades
(milhões de litros) feijão (mil/ton)

A O 15
CadaB recurso utilizado pelas
1 empresas no sistema
14econô-
mico temCum preço, que corresponde
2 a uma remuneração
12 de
algum agente
D
econômico. A soma de todas as remunerações
3 9
constitui o que se denomina de Renda.
E 4 5
O
F + JUROS + ALUGUÉIS +5 ROYALTlES + LUCROS = RENDA
SALÁRIOS

É com essa Renda que as famílias adquirem poder de


compra para a aquisição dos produtos.

o que é a curva de possibilidades de produção?


Essa curva ilustra o problema econômico da escassez de
recursos, mostrando que, por mais próspero que seja, um
sistema econômico possui sempre um limite de capacidade
de produzir bens.
Suponhamos que uma economia possa produzir apenas
dois tipos de bem: álcool e feijão. A tabela abaixo mostra as
diversas quantidades que essa economia tem de produzir
os dois bens, num determinado período, utilizando todos
os seus recursos.
feijão
(rnil/ton)
Tabela de Possibilidades de Produção
15 +AB

12
9
6

-'
 O 2

Com base na tabela acima, podem serfeitas as seguintes


observações:

 com a limitada disponibilidade de recursos, se estes


forem todos alocados na produção de álcool a econo- Pagamentos pelos bens
mia poderá produzir, no máximo, 5 milhões de litros
desse produto, e se todos os recursos forem alocados
na produção de feijão a economia poderá produzir, no Os fluxos reais correspondem às transações físicas, isto
máximo, 15 mil toneladas de feijão. é, às compras e à vendas de mercadorias e de serviços e
à prestação dos serviços proporcionados pelos fatores de
 para a produção de álcool crescer, a produção de produção, como o trabalho, o capital etc. enquanto que os
feijão deverá diminuir, em razão do deslocamen- fluxos nominais referem-se às contrapartidas financeiras
to deCom
recursos representadas pelos pagamentos dos bens e pelas remune-
base de
nosum setor para
números o outro,dee Possibilidades
da Tabela vice-versa. de
Produção, pode-se construir agora a Curva de Possibilidades
rações aos fatores de produção, realizadas através da moeda.
O valor de tudo o que é produzido numa economia tem o
de Produção.
nome de Produto, que normalmente é oferecido no mercado
de bens, constituindo a Oferta. Enquanto isso, os consumi-
dores procuram adquirir os produtos, constituindo a Procura
ou Demanda.
Tanto os preços dos bens como os valores das re-
munerações aos fatores de produção são normalmente
determinados no Mercado, definido como o local onde
compradores e vendedores se encontram e onde são justa-
mente determinados os preços e as quantidades dos bens e
recursos que são transacionados. Existem vários mercados
na economia, como o mercado de aço, de frutas, de flores,
de automóveis, de imóveis, como também o mercado de
trabalho, de capitais etc.

58
~
~
~
Com relação à curva anterior, vamos responder às per- ~
guntas seguintes.

- O que significam os pontos de A a F?


São pontos de máxima possibilidade de produção da
economia, onde os recursos estão plenamente empregados.
À medida que a economia vai se situando num ponto mais
à direita, e sobre a curva, a produção de álcool aumenta e a
de feijão diminui; à medida que a economia vai se situando
num ponto mais à esquerda, e sobre a curva, a produção de
feijão aumenta e a de álcool diminui. Em C produz-se mais
feijão do que em D, mas em compensação em D produz-se
mais álcool do que em C.
A explicação para a produção ser realizada a custos cres-
centes está numa lei básica da economia: a lei dos - O que significa o ponto G?
rendimen- Observe-se que no ponto G a economia está produzindo
menos de feijão e de álcool do que em C. Isso significa que
G é um ponto em que não estão sendo utilizados todos
os recursos da economia. É um ponto de desemprego de
recursos. Evidencia-se aí como o desemprego resulta em
desperdício de produção. Se os recursos ociosos forem
utilizados, a partir do ponto G, tanto a produção de feijão
como a de álcool aumentarão.

- O que significa o ponto H?


O ponto H está situado fora da curva. Em comparação
com o ponto D, tanto a produção de álcool como a de feijão
são maiores. Como D é um ponto de máxima capacidade de
produção, pode-se concluir que H é um ponto que a econo-
mia não pode alcançar no curto prazo. E no longo prazo,
pode? Sim, porque no longo prazo a economia vai aumentar
a quantidade de terras produtivas, a sua população ocupada
e o seu estoque de capital, ou seja, a sua capacidade de
produção, podendo então atingir o ponto H. Quando isso
ocorre, a curva de possibilidades de produção desloca-se
para a direita, como é visto a seguir.

feiião

o álcool

Por que a curva de possibilidades de produção não é


uma linha reta?

A curva de possibilidades de produção é côncava em


relação à origem. Para se entender a causa, observe-se
novamente a Tabela de Possibilidades de Produção. Para se
produzir conforme a possibilidade B, com todos os recursos
alocados inicialmente na produção de feijão, a primeira
unidade produzida de álcool (1 milhão de litros) exige o
sacrifício de uma unidade (1.000 ton.) de feijão. Para se
produzir conforme a possibilidade C, a unidade adicional de
H álcool sacrifica 2 unidades de feijão. Para se produzir confor-
• me a possibilidade D, a unidade adicional de álcool passa a
sacrificar 3 unidades de feijão. E assim por diante. Ou seja:
cada unidade adicional produzida de álcool exige que se «
s
deixe de produzir cada vez maiores quantidades de feijão.
Em outras palavras, o custo de oportunidade da produção
f....
de álcool (em termos de feijão) é cada vez maior, ou ainda,
.' .. ",,1' .....•.........•....•..........•
3 4 5 álcool
(milhões de litros) que a produção se realiza a custos crescentes.
O
z
O
59
u
w
tos decrescentes. Para entendê-Ia, vamos à tabela abaixo.

Plantação de Mudas por Dia de Trabalho

Nºde Plantação total Plantação Plantação


trabalhadores de mudas marsínal média
1 20 20 20
2 42 22 21
3 62 20 20,7
4 79 17 19,8
5 94 15 188
6 104 10 173
7 109 5 156
8 111 2 139
9 111 123
10 110 °
-1 11
Na tabela acima, tem-se a plantação marginal, ou pro-
dutividade marginal do trabalho, definida como a variação
na produção total resultante do acréscimo de uma unidade
na quantidade de trabalho.

PMgL = Liq / LiL,

sendo PMgL a produtividade marginal do trabalho, Llq


a variação na produção total e LlL o acréscimo do fator
trabalho.
Enquanto isso, a produtividade média do trabalho é
definida como a produção total por trabalhador, e calculada
assim:

PMeL = q / L,

sendo PMeL a produtividade média do trabalho, q a


produção total e L a quantidade correspondente do fator
trabalho.
Observe-se que à medida que mais trabalhadores plan-
tam mudas, a produção total de mudas vai aumentando,
mas o aumento de produção é cada vez menor, até se
anular com o 92 homem, tornando-se até negativo ao se
contratar o 102 trabalhador. Isso ocorre no curto prazo,
quando pode-se aumentar a quantidade de certos fatores
de produção (denominados variáveis) enquanto as quanti-
dades de outros recursos mantêm-se fixas. Na agricultura,
é comum o aumento da quantidade de trabalhadores
utilizando-se a mesma quantidade de terra. O mesmo se
passa na indústria, com a fixidez do estoque de capital, das
instalações e da tecnologia. Como cada homem tem cada
vez menor quantidade de terra para trabalhar, a produção
tende a ir caindo. Considera-se que no início o rendimento,
ao contrário, cresce, já que o recurso fixo, no caso a terra,
é utilizado com maior intensidade (caso do 2º trabalhador).
A lei dos rendimentos decrescentes, também denomina-
da de lei das proporções variáveis, é enunciada assim: "se a
quantidade de um recurso for aumentada em quantidades
iguais, por unidade de tempo, enquanto a de outros recur-
sos permanecer constante, a quantidade total do produto
aumentará, mas além de certo ponto o acréscimo resultante
no produto tornar-se-á cada vez menor."
O gráfico a seguir mostra por que a concavidade da curva
representa bem esse fenômeno.
À medida que a produção de álcool vai aumentando,
horizontalmente, pela mesma distância igual a 1 milhão
de litros, a queda na produção de feijão (dada pelos traços
verticais a partir de cada letra) é cada vez maior, refletindo o
fato de os aumentos de produção de álcool serem
a custos crescentes. realizados
distribuição; enquanto a Microeconomia considera dada a adquirir desse produto, por unidade de tempo, de acordo
quantidade de recursos da economia e ocupa-se com a sua com os fatores que a influenciam. Esses fatores são:
melhor alocação, a Macroeconomia ocupa-se com o estudo  o preço do produto;
de como é gerado e como pode aumentar o nível global de 
recursos da economia. mentares; t
os preços de outros produtos, substitutos ou comple-

 a renda dos consumidores;


o Funcionamento do Mercado: a teoria do  os gostos e preferências;
valor e a lei da oferta e da procura. O equilíbrio  as expectativas de variação de preços etc.
do mercado e variações do equilíbrio. Bens
Considerando constantes os demais fatores, pode-se
substitutos e complementares. Os excedentes do
dizer que a quantidade procurada de um bem varia no sen-
consumidor e do produtor tido inverso de seu preço, isto é, a quantidade demandada
é tanto maior quanto menor o seu preço, e vice-versa. Essa
Durante muito tempo os economistas procuraram é a lei da procura.
descobrir o que é que determina os valores das coisas. Daí
N!! de dúzias
terem surgido duas teorias. Procura de Ovos em uma Mercearia
Aplicação ilustrativa das curvas de posslbllldades de
Aovos (R$)
teoria por semana
objetiva ou teoria do valor-trabalho (princi- produção '
palmente0,80
devida ao economista250 inglês David Ricardo) diz
que o valor
0,90de um bem resulta 210
do esforço ou do trabalho
As curvas de possibilidades de produção podem ser
necessário à sua obtenção. Essa teoria foi bastante útil para
utilizadas para ilustrar fatos do mundo real, como se pode
subsidiar1,00 180século XIX. A ideia é que um
as ideias socialistas do
observar nos gráficos a seguir.
objeto que necessita de 8 horas
1,10 de produção possui o dobro
150
do valor de outro que exige apenas 4 horas de trabalho.
1,20 isso, a teoria subjetiva
Enquanto 110 ou teoria do vaIar-uti- A Segurança e o Bem-Estar: as Opções de Esparta
lldade, vinculada
1,30 aos economistas80 da escola rnarglnalísta, e de Atenas
vincula o valor de um bem à sua utilidade e sua escassez,
ou seja, às preferências das pessoas. A ideia é que um bem
só tem valor se satisfaz a uma necessidade ou desejo do
consumidor.
Os economistas Stuart Mill e Alfred Marshall reuniram Curva da demanda construída a partir dos dados da tabela:
os dois enfoques ao proporem que o valor de cada bem
resulta do custo de produção (associado ao esforço e ao
trabalho) e da sua preferência (associada à necessidade). U
Como escreveu Marshall: "Da mesma forma que não O
se pode afirmar se é a lâmina inferior ou superior de uma
tesoura que corta uma folha de papel, também não se pode 1.2 Esperta: Atenas:
discutir se o valor e os preços são governados pela utilidade 0 a preferência pela segurança. a preferência pelo bem-estar.
ou pelo custo de produção".
O valor de um bem também pode ser colocado de duas LIO Os Estados Unidos antes e durante a 2i! Guerra
formas. Há o valor de uso e o valor de troca. Mundial
1.00 50 100 150 200 250
O valor de uso é o valor que se dá a um bem, pelo que
produção
ele contém, por algo intrínseco a ele, pela utilidade que 0,90
proporciona. Exemplo: a fotografia de um ente querido. Podemos também representar algebricamente uma
militar
O valor de troca é o valor que o bem assume conside- curva de demanda. Temos que qd = f (p), isto é, a quantida-
0.80 De 1939 a 1941: Po n Pl
de demandada é função do preço, mantidos constantes os
rando-se o seu custo e a sua utilidade. É o próprio valor de De 1941,,1944: Pl a Pc
mercado. Exemplo: o valor do feijão na mercearia. O fatores (condição ceteris paríbus).
demais
Uma realidade da economia é que os bens oferecidos no A função procura pode ser representada pela expressão
mercado têm preço. O preço é definido como o valor de um qd = a - bp, sendo:
bem expresso em moeda. Segundo a economia, o preço dos
a: o ponto onde a reta corta o eixo das quantidades;
produtos resulta de um equilíbrio entre duas forças: a oferta civil
b: o coeficiente angular, ou a tangente trigonométrica
(que representa o esforço ou os custos de produção) e a
do ângulo formado pela reta e o eixo horizontal.
procura, ou demanda (que representa a utilidade). A teoria econômica pode ser dividida em dois grandes
A seguir estudaremos duas forças que determinam o Consideremos a função qd '" 100 - 5 p, Ela representa a
ramos: a Microeconomia e a Macroeconomia. A etimologia
curva de demanda à direita, que é uma linha reta e corta os
valor e o preço dos bens: a procura e a oferta. Parte-se da hi-
pótese de que o mercado é de concorrência perfeita. As con- eixos nosdessas palavras
pontos em que qdjá= ajuda
100 e a
p perceber
= 20. a diferença básica
entre
dições que vigoram nesse tipo especial de mercado são:
as suas áreas de atuação: enquanto a Microeconomia
 o bem é homogêneo, ou seja, as suas unidades são preço estuda
iguais em tamanho e qualidade;
as partes ("micro quer dizer pequeno), a Macroeconomia
 não existem custos de transporte; 2
estuda o todo ("macro" quer dizer grande).
 há grande número de compradores e vendedores;
 as informações permitem que se conheçam os 0A Macroeconomia é aplicada no estudo das relações
entre os grandes agregados econômicos, como a renda,
preços
o emprego, os níveis gerais de preços, o déficit público,
do bem em todos os mercados;
a produção nacional. Ela D se ocupa com a economia como
 não existe intervenção do governo por meio de con-
o
um todo, buscando 10 respostas quantidade!t
para a determinação de cadaCI:
troles de preços,
A Lei de quantidades
da Demanda etc.
e suas Curvas uma dessas variáveis :
J 0 globais. E
Se a que
Microeconomia estudaa $a2.
determinação
A esse preço,do preço
Vamos supor o preço seja igual o
A Demanda de um produto é definida como o conjunto de procurada é igual a 90 unidades. Se o preço
a quantidade
~ que os usuários estão dispostos a
das diversas quantidades
z
aumenta para $ 3, a quantidade
determinada mercadoria ou a remuneração
procurada de determinado
diminui para 85
o
"""-- u
-, I'.. fator de produção, a Macroeconomia estuda o índice geral
de preços e a determinação da renda nacional. Enquanto w
~D 6
._"" a Microeconomia considera dadas certas variáveis, como1 o
" produto nacional, a Macroeconomia estuda as causas que
fazem variar esse produto; enquanto a Macroeconomia
60 considera como dado o nível de distribuição da renda,
a Microeconomia estuda as causas e as variações nessa
~
~
unidades. Concluímos, então, que para cada variação de s1 preço D
no preço, a quantidade varia de 5 unidades. Ou:

tiq ltip = -5 I +1 = -5,

que é o coeficiente angular constante da função.


Vamos agora calcular o coeficiente angular da reta,
conforme o gráfico anterior. A tangente trigonométrica é
igual ao seno, ou cateto oposto ao ângulo, sobre o cosseno, o
ou o cateto adjacente ao ângulo, com o sinal negativo, que
é igual a - 20 1100 = -1/5. Esse número é o inverso de 5,
que foi calculado anteriormente de acordo com a função.
Qual a razão dessa diferença? É que no gráfico os preços e A teoria admite que pode haver produtos cuja quanti-
as quantidades são colocadas em eixos trocados. dade procurada tem relação direta com o preço. É o caso
Se varia o preço do bem, varia a sua quantidade de- dos chamados bens de Giffen, cuja participação na renda
mandada, fato representado graficamente por um desloca- das classes mais pobres é suficientemente grande para que
mento de um ponto sobre a sua curva de procura. isso ocorra.
Ao preço igual a 15, a quantidade demandada é igual
a 25, e ao preço igual a 10, a quantidade demandada é O que acontece com a curva de
igual a 50. demanda se varia al-
gum fator que não o preço do próprio bem? Considere-se
um aumento da renda dos consumidores. Nesse caso,
a maior disposição de adquirir o bem faz com que a procura
20 aumente, aos mesmos preços anteriores. Assim, com base na
tabela anterior, suponhamos que, quando a renda aumenta,
15 I ao preço da dúzia de ovos em R$ 0,80 a procura de ovos
I cresceria de 250 para 280 dúzias por semana. Em termos
gráficos, o efeito é representado por um deslocamento da
10
----4---
I
I curva de demanda para a direita.
I
I
Variação na Renda do Consumidor
O 25 50 100
Quando varia o preço do próprio bem, temos um deslo-
Pode a curva de demanda assumir outras formas? camento na mesma curva, do ponto A para o ponto B (diz-se
que ocorre uma variação na quantidade procurada). Quando
Certamente que sim. Vejamos algumas principais.
varia outro fator, como a renda, tem-se um deslocamento
preço do ponto A para outra curva no ponto C (diz-se que ocorre
uma variação na procura).

quantidade/t
o quantidade/;

62 Uma questão:
preço D
1. (Técnico em Desenvolvimento Regional da
Codevasfl
2008) Um aumento na renda ocasionou uma varia-
ção positiva na quantidade demandada de produtos
alimentícios. Indique o que aconteceu com a curva de
demanda, e o efeito causado no preço de equilíbrio
desse produto e a razão pela qual esse preço variou.
o quantidade/r
a) A curva de demanda se desloca para a esquerda,
o preço de equilíbrio sobe, dado o excesso de oferta.
b) A curva de demanda permanece inalterada, o preço
de equilíbrio diminui, dado o excesso de demanda.
c) A curva de demanda se desloca para a direita, o
pre-
ço de equilíbrio sobe, dado o excesso de demanda.
d] Acurva de demanda permanece inalterada, o preço
de equilíbrio diminui, dado o excesso de oferta.
e) A curva de demanda se desloca para a esquerda e
o
preço de equilíbrio permanece inalterado.

Resposta: c

Um aumento no preço do café diminui a quantidade


Comentário procurada de café, que resulta em diminuição na procura
Um aumento na renda está associado a um deslocamen- de açúcar. A curva de procura de açúcar se desloca para a
to da curva de demanda para a direita, pois ao mesmo preço esquerda.
as pessoas desejam consumir mais produtos alimentícios,
que é um bem normal. Dada a oferta, o aumento na demanda
gera uma situação de escassez que é resolvida com aumento Mudança nas Preferências
do preço até atingir o novo ponto de equilíbrio.

Se muda a preferência ou o gosto pelo consumo de algo,


A seguir tem-se outros fatores que levam a desloca- os demais fatores permanecendo constantes, a curva de pro-
mentos da curva de demanda: cura se desloca para a direita (quando aumenta a preferência)
ou para a esquerda (quando diminui essa preferência).

Variação no Preço de um Bem Substituto

A reta horizontal significa que o preço é constante e que


a quantidade pode variar livremente. Isso ocorre numa situa-
ção em que o consumidor tem tantas opções de compra entre
vendedores diferentes, que o preço do produto não muda.
Exemplo: a procura de laranjas num bairro de uma cidade.

A reta vertical significa que a quantidade é constante e


o preço pode variar livremente. A procura, portanto, é fixa,
fato que ocorre principalmente com produtos de primeira
necessidade, como medicamentos, por exemplo.
 quantidade/t

Dois bens são considerados substitutos quando o consu- preço


mo de um pode substituir o consumo do outro. Nesse caso,
um aumento (diminuição) no preço de um deles resulta em
aumento (diminuição) na procura do outro. Como exemplo,
temos a carne de boi e a carne de frango.
Um aumento no preço da carne de boi provoca aumento
na procura de carne de frango. A curva de procura de carne
de frango se desloca para a direita.

Curva da procura de carne de frango o


curva da procura por limão

Considerando-se que aumenta o gosto pelo consumo
de limão, em virtude de descoberta de novas propriedades
medicinais, a sua curva de procura se desloca para a direita.

o Excedente do Consumidor

o Observamos, na
curva de procura ao
lado, que oconsumidor
Uma questão: adquirirá ql unidades 1'1
do bem se o preço for
Pl' Se o preço diminuir P2
1. (Técnico em Desenvolvimento Regional da Code- para P2' a quantidade
vasf/2008) O pão torna-se mais barato e seu consumo procurada aumentará
aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua para q2' Isso significa
demanda de bolo. Pão e bolo são bens: que o consumidor terá O q, q2
a) independentes.
b) complementares. um ganho em relação à quantidade anterior, ql' pois a
c) inferiores. mesma também passará a ser adquirida ao preço menor P2'
d) substitutos. O seu ganho será Pl - P2' Se considerarmos agora que toda
e) de Giffen. a faixa constituída pelas quantidades anteriores a q2 seriam
consumidas a preços maiores do que P2' o consumidor tem
um ganho total que pode ser representado pela área abaixo
Resposta: d
da curva de demanda e acima da linha de preço. Esse ganho
é chamado de excedente do consumidor.
Variação no
Preço de um
Bem A Lei da Oferta e suas Curvas
A Oferta de um produto é definida como o conjunto das
diversas quantidades que os produtores
estão dispostos a
produzir e oferecer, por unidade de
Complemen
tar tempo, de acordo com
os fatores que a influenciam.
Esses fatores são:
Dois bens são considerados complementares quando  o preço do produto;

s
o consumo de um vem normalmente acompanhado do os preços de outros produtos, substitutos na <I';
consumo do outro. Nesse caso, um aumento (diminuição) produção;
no preço de um deles resulta numa diminuição (aumento) na  os custos de produção; O
procura do outro. Como exemplo, temos o café e o açúcar.
 a tecnologia; z
 casos fortuitos etc. O
Curva da procura de açucar u
preço w
quantidade/t Considerando constantes os demais fatores, pode-se
dizer que a quantidade ofertada de um bem varia no mes-
mo sentido de seu preço, isto é, a quantidade ofertada é
tanto maior quanto maior o seu preço, e vice-versa. Essa é
a lei da oferta. 63
N!! de dúzias por semana
~ 0,80 7S
0,90 95
~
1,00 Oferta de ovos numa120
Mercearia
1,10 150
1,20 180
1,30 210

«
~
O
"~i
z
O
I.J
w
O

64

Podemos também representar algebricamente uma


curva de oferta. Temos que qo = f(p), isto é, a quantidade
ofertada é função do preço, mantidos constantes os demais
fatores (condição ceteris paribus).

Consideremos a pr~ç.
função q = -50 + 10 p. o
Ela repre~enta a curva
de oferta à direita, que
é uma linha reta e cor-
ta os eixos nos pontos
em que qo = -50 e p =
5. 20

Se varia o preço do bem, varia a sua quantidade oferta-


da, fato representado graficamente por um deslocamento
de um ponto sobre a sua curva de oferta.

Observe-se que a quantidade ofertada torna-se positiva


somente quando o preço é maior do que 5.

preço •. o
15 r----------- I

I
7 ---

/
-50 o 20 100 qualltiJaddt

Se o preço for igual a 7, a quantidade ofertada será 20, e se

o preço for igual a 15, a quantidade ofertada será igual a 100.


Por que a curva de oferta é normalmente ascendente?
Quando estudarmos a teoria da produção ficará clara a respos-
ta, que por ora pode ser respondida pelo fato de que cada uni-
dade adicional ofertada gera um custo unitário de produção
maior, exigindo em contrapartida um preço cada vez maior.
Pode a curva de oferta assumir outras formas? Certa-
mente que sim. Vejamos algumas principais.
A reta horizontal significa que as quantidades são ofer-
tadas a custos constantes, não exigindo aumento no preço
do produto.

~o

o qutl.fuidadelt

A reta decrescente significa que a quantidade é ofertada


a custos decrescentes, fenômeno que ocorrequando a firma
obtém economias de escala na produção.

preço

o quantidade/r

A reta vertical indica que a produção é dada independen-


te do preço. Exemplo: produtos hortifrutigranjeiros e peixes,
que são perecíveis. Nesse caso, o preço será determinado
pela demanda.

preço

o quantidade/r

O que a curva de oferta está indicando acima é que a


preços baixos a oferta aumenta e a preços mais altos a oferta
tende a se retrair. Isso pode ocorrer, como melhor exemplo,
no mercado de trabalho. Quando o preço do trabalho,
que é o salário, é baixo, os trabalhadores podem desejar
oferecer maior quantidade de trabalho para compensá-Ia.
Ao contrário, quando o salário atinge certo nível considerado
mais alto, os trabalhadores podem dar mais valor ao lazer e
desejar trabalhar menos.

Uma questão:

Julgue o item.
1. (Analista Judiciário do Superior Tribunal Militar!2011)
Em uma indústria competitiva caracterizada por cus-
tos decrescentes, aumentos da quantidade ofertada
coexistem com reduções no preço do produto desse
setor, gerando uma curva de oferta de longo prazo
negativamente inclinada.

quantidade/i Resposta: C
oque acontece com a curva de oferta de ovos se v.aria Caso Fortuito
algum fator que não o preço do próprio bem? Considere-se
~
que um produtor de ovos e de milho está vendendo ovos a preço
~
R$l,10 a dúzia e que haja uma diminuição no preço do milho.
Nesse caso, se o produtor de ovos considerar isso suficiente
para fazê-lo trocar a produção de milho para mais ovos, isto
é, se os produtos forem substitutos na produção, aumentará
a produção de ovos, pois recursos, então alocados em milho
(como terra, mão de obra e equipamentos), passarão a ser uti-
lizados na produção de ovos. Assim, ao preço da dúzia de ovos
0
1
em R$1,10, a oferta de ovos poderá passar de 150 para 180
dúzias por semana. Em termos gráficos, o efeito é representado
o o quantidade/t
••
quautidJdJ;!t
por um deslocamento da curva de oferta para a direita.
preço Uma questão:Um aumento na renda do consumidor desloca a curva
O de demanda para a direita (o preço e a quantidade de equi-
2
1. líbrio aumentam).
(Economista da Prefeitura de Rio Branco - AC/2007)
Julgue a afirmativa. A recente crise de energia na Argen-
tina, por aumentar o preço de insumos básicos para a
indústria, gera um deslocamento ao longo da curva de
oferta do setor manufatureiro, elevando, assim, o preço
da produção industrial naquele país.

o quantidade/r Resposta: E
50 100 150 200 250
Quando varia o
preço de equilíbrio
o preço do próprio é bem,
aquele que iguala
temos as quantidades A ocorrência de algo inesperado ou eventual, como uma
um deslo-
camento naprocuradas e ofertadas.
própria curva, do pontoQuando,
A para ao um determinado
ponto B (diz-se preço, seca na produção agrícola ou de uma greve na indústria, ,!uanÜdadeít
re-
que houvea uma
quantidade
variaçãoprocurada é maiorofertada).
na quantidade do que a ofertada, diz-se sultam em deslocamento da curva de oferta para a esquerda.
que há escassez e quando a quantidade ofertada é maior do Um aumento no custo de produção desloca a curva de
Quandoquevaria outro fator,
a procurada, como
diz-se o preço
que ocorredeumoutro produtode pro-
excedente o Excedente doaProdutor
oferta para esquerda (o preço aumenta e a quantidade
substitutodução.
na produção (no caso, uma queda), tem-se um diminui).
deslocamentoNum da curva,
mercadodo ponto A ao ponto perfeita
de concorrência C (diz-se que preços
e com
houve uma variação na oferta).
flexíveis o excedente de produção de um bem faz com que
Observamos,preço o o produtor
na curva de oferta a seguir, que
ofertará ql unidades do bem se o preço for Pl. Se o preço
a concorrência entre os produtores deprima os preços até
A seguir tem-se outros fatores que levam a deslocamen- aumentar para P2' a quantidade ofertada aumentará para
que este atinja o equilíbrio, pois à medida que o preço vai
tos da curva de
Aumento nosoferta.
Custos de Produção q2. Isso significa que o produtor terá um ganho em relação
caindo as quantidades ofertadas diminuem e as quantidades
à quantidade anterior, ql' pois a mesma também passará
demandadas aumentam.
a ser ofertada ao preço maior P2· O seu ganho será P2 - Pl·
Um aumento de
Do mesmo preço a escassez na produção de um bem
modo,
Se considerarmos agora que toda a faixa constituída pelas
custos significa
provoca que a
concorrência entre os consumidores, permitindo
quantidades anteriores a q2 seriam ofertadas a preços me-
mesma quantidade
um aumento pro-
no preço de tal modo que este atinja o equi- nores do que P2' o produtor tem um ganho total que pode
duzida será oferecida
líbrio, pois à medida que o preço vai aumentando as quan- ser representado pela o área abaixo da linha de preço e acima
quantidade/r
a um preço maior,oferta
tidades ou das aumentam e as quantidades procuradas
da curva de oferta. Esse ganho é chamado de excedente
que ao mesmo preço
diminuem. do produtor. Uma diminuição no preço de um bem substituto desloca
a quantidade Vamos,
oferecidaagora, calcular algebricamente o preço de
a curva de demanda para a esquerda (o preço e a quantidade
será menor (desloca-se
equilíbrio de um produto. Dadas as funções procura
quantidade/t diminuem).
preço
a curva deqd = a - bp e qo = c + dp, o preço de equilíbrio é obtido a
oferta para a
o
esquerda).partir da igualdade qd = qo. preço
Preço da Quantidade Quantidade Diferenças p,
Inovação Tecnológica
= qo por demandada
dúzia de qdofertada (dúzias)

/-y
preço a - bp
ovos (R$) = c + dp
semana por semana
p,
Donde p = (a - c) / (b + d).
0,80 75 250 -175
Enquanto isso, pode-se calcular que a quantidade de
0,90 equilíbrio é:95 210 -115
1,00 q ad120 =(
+ bc ) / (b + d). 180 -60
D
1,10 150 150
- o q quantidade/i
Consideremos as duas funções já dadas, ,
1,20 180 110 70
1,30
qd = 100 -051P e qo = -50
210
0,+ 10 p.
80 130
o
o Preço de Equilíbrio do Mercado quantidade/;
Em equilíbrio, tem-se que qd = qo
o quantidadc/t Consideremos novamente as duas tabelas de procura e
=
Então, 100 - 5p -50 + lOp.
s
<C
Uma Ainovação
de oferta de ovos. tecnológica
cada preço da dúziadesloca
de ovosaascurva de oferta
quanti-
=
Donde p 10 e q 50. = para a direita
dades procurada (o preço
e ofertada são diminui e a com
diferentes, quantidade
exceçãodedo
equilíbrio
Uma inovação tecnológica é economicamente signifi-
Ou seja, o preço de equilíbrio é igual a 10 e a quantidade
preço de R$
aumenta).
1,10 a dúzia. A qualquer preço acima desse nível
« de equilíbrio é igual a 50.
cativa quando o mesmo nível de produção resulta em um
a quantidade oferta da é maior, e a qualquer preço abaixo a
O
custo menor, ou maior produção é realizada ao mesmo custo Z
Exercícios é maior.
quantidade demandada
(desloca-se a Mudança no Preço
curva de oferta paradea Equilíbrio
direita). de um Bem O
~ Agora vamos observar o que ocorre no mercado (com o Dadas as funções qd = 100 - 5p e qo = 20 + 3p, e dado u
O preço e a quantidade de equilíbrio) quando varia algum fator um aumento no custo de produção igual a $ 1 por unidade w
z que influencia a oferta e a procura. produzida, calcule o novo preço de equilíbrio. 6
O
5
U 

6
w =
6 equilíbrio
2
o preço é: 0
100 - 5p +
inicial de
3p ; 8p = 80; P = 10
Cálculo de qB: ( -5/4) . p + 20 = (-5/4) .4+ 20 =15
A
Com °
aumento de custos, a curva de oferta desloca-se Donde qA + qB = 50+15=65
para cima e assume nova função, que é fu
=
qo 20+ 3 (p-1), ou qo = 17 + 3p. Agora, pela função: n
qA+B = (-25/4). p+90 = (- 25/4).4+90 = 65 ç
ã
o novo preço de equilíbrio fica:
o
100 - 5p = 17 + 3p ; 8p = 83 ; P = 10,3 d
e
A Demanda do Mercado m
a
n
Consideremos que, para cada nível de preço (p) de um d
determinado bem, tenhamos quantidades procuradas (q, e a
q,) por dois indivíduos, Antônio (A) e Beto (B), conforme a d
tabela abaixo: e
u
m
m
p q q"- q clL
er
12 10 5 15 c
8 30 10 40 a
4 50 15 65 d
O 70 20 90 o
é,
a
Para se calcular a função matemática representativa da s
demanda de cada indivíduo, partimos da expressão: si
m
,
q - q, = q2 - q! . (p - p.), a
P2 - s
P1 o
m
a
sendo (PI' ql) e (P2' q2) dois pontos de preço e quantidade de d
cada indivíduo. Para Antônio escolhe-se os pontos (12, 10) a
e (4, 50) e para Beto escolhe-se os pontos (8, 10) e (O, 20). s
fu
n
Cálculo da função demanda de Antônio: ç
õ
e
50 -10 s
q - 10 = 4 _ 12 . (p - 12)
d
donde qA = 70 - 5p e
m
Cálculo da função demanda de Beto: a
n
d
20 -10 a
'1-10"" ... ··(p-8) d
()-s e
to
d
donde qB = (-5/4). p+ 20
o
s
Calculemos, agora, a função representativa da demanda o
conjunta de Antônio e Beto (qA +S): s
s
Escolhemos os pontos (8, 40) e (4, 65) e
u
s
-40 - (65 - 40) (_ 8) in
q - (4 - 8) . (p - 8) . P di

d
u
donde qA+8 = (- 25/4) . p+ 90 o
s.
Observe-se que qA+ S = qA +
E
qs x
er
qA+S = 70 - 5p + (-5/4) . + 20 = (-25/4). P + 90 cí
ci
o:
Consideramos o preço de mercado igual a 4: c
al
Cálculo de qA: 70 - 5p =70 - 5.4 = 50 c
ul
ar
a função demanda de um mercado
constituído de 3 indivíduos, cujas funções são:
qA = 100-4p; qs = 70-2p; e qc= 30-3p
qA +8+C= 100 - 4p + 70 - 2p + 30 - 3p = 200 - 9p

Subsídios

o subsídio é definido como uma transferência de re-


cursos do setor público ao setor privado com o objetivo de
diminuir o custo de certos produtos tendo em vista a dimi-
nuição de seu preço. É considerado um imposto indireto
negativo, e seu efeito é o deslocamento da curva de oferta
para a direita:

o subsídio desloca a curva de oferta para a direita.

Os efeitos do subsídio são queda no preço, de Pl a P 2,


e aumento da quantidade de equilíbrio, de q! a q2' A avaliação
dessa medida governamental é dada pelas variações nos
excedentes. Do lado do consumidor, o excedente apresenta
variação positiva devida à queda no preço e ao aumento
na quantidade consumida, que é representada pelas áreas
do gráfico A + B + C. Do lado do produtor ocorre também
variação positiva, pois o subsídio supera a queda no preço
e a quantidade produzida é maior (variação representada
por D + E + F). O montante do subsídio é igual à área A + B +
C + D + E + F + G, que é maior do que a soma das variações
positivas dos excedentes do consumidor e do produtor, de
que resulta uma perda social, ou um "peso morto" igual a G.

Tarifas

O comércio internacional permite que o consumidor


tenha a opção de adquirir produtos de melhor qualidade
e de menor preço fabricados em outros países. Vejamos o
gráfico abaixo.
i o

m,"C;:
~~:O::~;~~q~~:=~ :
I~~
e aumenta o seu excedente. !
'"
i
q,
o
<C
~
O
z
O
u
Se o preço internacional de um produto, Pl' for menor w
do que o interno, Po' e as importações forem livres, a quan-
tidade procurada aumenta para q" a produção interna é ql
e as importações equivalem à diferença q2 - q!. O excedente
do consumidor aumenta pela área A + B e o excedente do
produtor cai pela área A. Isso significa que, no global, há um 67
ganho social igual a B.

~
~
do consumidor é a área triangular entre a curva de deman-

Se o governo fixar uma tarifa sobre as importações ,


significa que o seu preço vai aumentar, o que beneficiará a
produção interna. Certamente irá diminuir o excedente do
consumidor e aumentar o do produtor.

Com a tarifa, diminuem as impor-


tações. O preço se eleva. A produção
interna cresce.

Com o aumento no preço, de Pj a P21 e diminuição na


quantidade demandada, o excedente do consumidor cai
pela área A+B+C+D. Com o aumento na produção interna o
excedente do produtor aumenta pela área A. O governo tem
uma receita pela tarifa igual a C. Há uma perda global para
a sociedade igual a B+D.
O mesmo efeito pode ser conseguido através da fixação,
pelo governo, de uma quota de importação, isto é, um limite
físico para as compras no exterior. Nesse caso, em relação às
importações livres, o preço maior e a quantidade consumida
menor diminui o excedente do consumidor e eleva o exce-
dente do produtor. A diferença em relação à tarifa é que o
governo não mais arrecada o imposto (área C), que reverte
para os produtores estrangeiros.
Observa-se, em todos esses exemplos, que a intervenção
do governo no mercado, seja por meio de impostos, subsí-
dios, fixação de tarifas ou quotas invariavelmente interfere
na distribuição de renda da sociedade, como é visto pelas
variações nos excedentes do consumidor e do produtor. Além
disso, ocorre normalmente perda de eficiência da economia,
em razão de que, além da redistribuição de resultados, ocor-
rem perdas globais líquidas desses excedentes.

Uma questão:

1. (Analista de Finanças e Controle da STN/2000) As


curvas
de oferta e de demanda de um bem que é vendido em
um mercado concorrencial são dadas por, respectiva-
mente, qs = (1.000/3) P e qd = 8.000 - (1.000 / 3 ) PI
sendo p o preço da mercadoria vendida nesse mercado,
medido em reais por unidade, q, a quantidade ofertada
da mesma e qd a sua quantidade demandada. Caso
seja introduzido um imposto sobre a venda dessa mer-
cadoria no valor de $3 por unidade vendida, pode-se
afirmar que:
a) o peso morto do imposto será igual a $750.
b) a quantidade de equilíbrio desse mercado antes da
introdução do imposto é igual a 5.000 unidades.
c) após a introdução do imposto, o preço ao consumi-
dor deverá subir de $12 para $14.
d) a redução no excedente do consumidor em decor-
rência da introdução do imposto será igual a $9.
e) o imposto irá implicar uma redução no lucro dos
produtores superior à redução causada sobre o
excedente do consumidor.

Gabarito: a

Comentário
Inicialmente calculamos o preço e a quantidade iniciais
de equilíbrio, antes do imposto. Igualamos as equações da
oferta e da demanda: q, = qd' Achamos p = 12 e q = 4.000. De-

vemos colocar as duas funções em um gráfico. O excedente


preços e quanti- triângulos A e B, que é igual a 500 . 3/2 = 750.
dades com a introdução do imposto igual a $3. Devemos
modificar a equação da oferta. Ela fica: (1.000/3) (p - 3).
Tracemos no gráfico a nova curva de oferta. Igualemos as A TEORIA DO CONSUMIDOR: UTILIDADE
da e a duas equações e calculemos os novos preços e quantidades.
Os novos preços e quantidades são p = 1315 e q = 3.500.
TOTAL E MARGINAL; CURVAS DE
linha
do
Os excedentes do consumidor e do produtor se modificarão INDIFERENÇA; TAXA MARGINAL
e ficarão menores.
preço Calculemos os excedentes do consumidor e do produtor.
de DE SUBSTITUiÇÃO NO CONSUMO;
Para isso devemos calcular os preços 24 e 9. O preço 24
equilíbr é equivalente à quantidade demandada igual a zero, e o EQUILfBRIO DO CONSUMIDOR; CURVA DE
io. O preço 10,5 é o preço líquido recebido pelo produtor após o ENGEL; EFEITOS PREÇO, SUBSTITUiÇÃO
excede imposto (13,5 - 3). E RENDA; VARIAÇÃO COMPENSATÓRIA E
nte do =
Excedente do consumidor antes do imposto 4.000 .
VARIAÇÃO EQUIVALENTE
produto (24-12) / 2 = 24.000. Depois do imposto = 3.500. (24-13,5)
r /2= 18.375. Perda de excedente do consumidor = 24.000-
éa 18.375 = 5.625. Excedente do produtor antes do imposto = Utilidade é a qualidade que torna um bem necessá-
área
4.000. 12 ) / 2 = 24.000. Depois do imposto = 3.500 . 10/5/2 rio ou desejado, como também a satisfação obtida ao se
triangul
= 18.375. Perda de excedente do produtor = 24.000 -18.375 consumir determinado produto. É um conceito subjetivo,
ar
= 5.625. Observe-se que a perda do consumidor é igual à pois cabe ao consumidor aquilatar essa utilidade ao satis-
entre a
perda do produtor. fazer suas necessidades e desejos. Por exemplo, o feijão
curva
O excedente do governo é igual à área que representa satisfaz necessidades básicas das pessoas, mas há algumas
de
a arrecadação do imposto. O imposto é a distância entre as que não o toleram. Enquanto isso, muita gente não pode
oferta e
duas curvas de oferta, que deve ser multiplicada pela nova passar sem uma coca-cola, apesar de ser um bem bastante
a linha
quantidade de equilíbrio. Geometricamente é um retângulo. supérfluo.
do
Cálculo do excedente: 3 . 3.500 = 10.500. Dois conceitos muito importantes de utilidade são:
preço
O peso morto é igual à área que a sociedade como um Utilidade Total e Utilidade Marginal. A Utilidade Total é a
de
todo perde, isto é, o ganho do governo (o retângulo), me- satisfação obtida pelo consumo de um bem em sua totali-
equilíbr
nos as perdas de excedentes do consumidor e do produtor. dade. Por exemplo, a satisfação com um prato de macarrão
io.
Numericamente, tem-se que o peso morto é igual a 10.500- ou com um refrigerante. Certamente que à medida que um
Agora
5.625 - 5.625 = 750. indivíduo vai saboreando um prato, garfada após garfada,
calcule
ou um refrigerante, gole após gole, a utilidade total vai
mos os
O peso morto também pode ser obtido pela soma dos aumentando, até alcançar certo nível ao final do ato de
novos
consumo.

-y--
68
A Utilidade Total (UT) pode ser representada pela curva Para mostrar a diferença entre utilidade total e utilidade
do gráfico abaixo, que mostra uma relação direta com a marginal com mais clareza, vejamos o seguinte quadro, que
quantidade (q) consumida. À medida que a quantidade con- mostra o consumo de cerveja por parte de um indivíduo.
sumida aumenta, a utilidade total também aumenta. Mas Este ganha satisfação com o consumo de cerveja, obtido
esse aumento é cada vez menor, e a Utilidade Total alcança pela quantidade de copos.
um máximo, podendo até cair, se a quantidade
UmgX UmgY consumida
continuar a crescer.
1ª 40 30
D 2ª 36 29
I 3ª 32 28
4ª 28 27
Sª 24 26

6ª 20 25
7ª 12 24

8ª 4 20

Número de copos Utilidade Utilidade q


de cerveja total marginal
Enquanto
1 isso, a Utilidade10
Marginal (Umg) é 10definida
como a variação da Utilidade Total, dada uma variação de
2 17 7
uma unidade na quantidade (q) consumida de um bem. No
3 de macarrão e do
caso do prato 21refrigerante, a utilidade
4
marginal seria
4 o aumento de satisfação
23 propiciada
2 com cada
garfada ou cada gole adicionais. A teoria do consumidor
mostra que a utilidade marginal é decrescente, isto é, cada
unidade adicional consumida proporciona um aumento de
utilidade, que é, no entanto, cada vez menor.
A curva da utilidade marginal é decrescente e corres-
pende, geometricamente, à inclinação da curva de utilidade
total. Observe-se que a utilidade marginal pode chegar a
zero, ponto em que a utilidade total alcança um máximo.

Urng

Em termos matemáticos, temos que a utilidade marginal


é igual à expressão:

Umg= ,;\.UT I,;\.q

A teoria da Utilidade tem dentro de si duas teorias: a car-


dinal e a ordinal. A teoria cardinal refere-se à possibilidade
de a utilidade poder ser medida, isto é, poder-se atribuir
valores absolutos a determinada satisfação. Por exemplo,
o consumo de uma maçã daria 5 unidades de Utilidade
(ou "úteis") a um indivíduo, ou um filme proporcionaria 28
"úteis" a um espectador. Se uma pessoa pudesse atribuir 10
"úteis" a um bem X e 5 "úteis" a um bem Y, então poder-se-ia
concluir que para esse consumidor o bem X vale duas vezes
mais do que o bem Y, e o indivíduo sempre preferiria consu-
mir bens cuía utilidade fosse maior. Enquanto isso, a teoria s
ordinal dispensa a medição numérica da utilidade, satisfa- ~
zendo-se com a relação ordenada das preferências, isto é, O
basta saber-se a ordem em que um consumidor lista suas z
preferências. O
u
w
UmgX UmgY
~ 1ª 50 30
~ 2ª 44 28
Se o consumidor puder escolher um total de 12 uni- a) UmgX = ôUT / ôX = 200 - lOx
3ª de X ou de Y, 38
dades, 26
quantas unidades escolheria de cada
bem?
4ª Ele deve escolher
32 as unidades
24 que lhe proporcio- b) quando UT é máxima, Umg é igual a zero.
nam maior utilidade marginal. A primeira seria X, pois
5ª 26 22
40 > 30; a segunda também seria X, pois 36 > 30; a quarta LiUT / Liq = O; 200 - lOx = O; x = 20.

unidade seria V, pois20 20
30 > 28. E assim por diante. A solução
final é: 5 unidades de X e 7 unidades der; c) UT = 200x - 5x2 = 200.20 - 5.202 = 2.000
7ª 12 16
Suponha-se agora que um indivíduo tenha uma renda de
8ª 4 10
$15 e que os preços dos bens X e V sejam, respectivamente,
de $ 2 e de $ 1 por unidade. Quantas unidades de X e de V
ele escolheria conforme a tabela abaixo?

A tabela mostra que o consumo de copos de cerveja, em


Cestas alternativas de mercadorias seu todo, vai aumentando a satisfação ou utilidade total do rente
indivíduo (chega a 23 unidades de utilidade), enquanto que em
cada copo vai acrescentando 1 satisfação 2 (utilidade3marginal), x relaçã
Cesta Carne (kg) Batata (kg)
que é cada vez menor. 0 0 0 o às
A
B
1
1
4
6
umgt
Vamos agora introduzir o preço do chope (R$ 1,00)
e indagar quantos copos ele irá beber. Suponhamos que cada
cestas
ali
C 2 3 real signifique 5 "úteis" para ···········
o consumidor. Comparando-se repres
D 2 4 a satisfação de cada copo com a perda de satisfação com o entada
E 3 2 pagamento dos reais, .•..••..••...........•....
conclui-se que o consumidor consumirá s.
F 3 3 2 copos, pois até o 2º copo a sua utilidade
L- _________~ _____•• marginal é superior
O
G 4 1 à utilidade do real gasto com1 ele, fato que não ocorre com o
X gráfico
H 4
-t 3º copo. Em que condição o20
indivíduo tomará o 3Q copo? Se
o preço do chope baixar, por exemplo, para R$ 0,75, a perda
o
L-

raciocínio é que o indivíduo vai escolher cada unidade Funções Utilidade Inversa e Indireta
de utilidade com o pagamento do 32 chope será de 0,75 x
I 5 O A função Utilidade
cuja utilidade marginal, por unidade monetária, seja maior. 5 = 3,75, enquanto o ganho de utilidade relaciona as diversas quantidades
com o chope será
Assim,J a primeira unidade
5 escolhida1será o bem Y, que adicio- consumidas de um bem com a respectiva utilidade. Essa
de 4. Ele tomaria, portanto, esse copo a mais somente com
na 30 unidades de utilidade pelo real gasto nele, enquanto função é direta, pois a utilidade é função do consumo. Mas
a redução do preço.
que o bem X, embora adicione 50 unidades de utilidade, podemos também indagar arespeito de qual é o nível de
Uma propriedade da teoria cardinal reside na aditividade
s
exige um gasto de 2, o que significa apenas 25 "úteis" por utilidade associado a determinada quantidade consumida
da utilidade, no sentido de que a utilidade total com o con-
real gasto. Assim, a solução final seria 4 unidades de X e 7 de um bem. Nesse caso, o consumo seria função do nível
sumo de uma cesta de bens equivale à soma das utilidades
unidades deY. de utilidade e a função considerada inversa.
obtidas com o consumo de cada um dos bens. Ou seja:
Pode-se também dizer que o consumidor, dado certo
Por esse raciocínio pode-se dizer que o consumidor vai nível de renda e os preços dos bens, alcança certo nível de
adquirindo unidades de um bem enquanto a relação entre utilidade. A relação entre esses níveis de renda e preços e
a utilidade marginal da unidade desse bem, dividida pelo a respectiva utilidade é denominada função de utilidade
seu preço, for maior do que a relação entre a utilidade A utilidade total de pão com manteiga seria, por exemplo,
indireta.
marginal da unidade de um outro bem, dividida pelo seu igual à soma da utilidade do pão, mais a utilidade da mantei- a
preço. Como a utilidade marginal decresce com o consumo,ga. Essa hipótese hoje nãodoé Consumidor
Preferências mais considerada realista. No
chega um ponto em que as duas relações se igualam, e o caso acima, pode-se dizer que a utilidade do pão depende seguir
consumidor encontra o equilíbrio no consumo dos dois da utilidade da manteiga
Para entender e que
como cada se bem,
dão as sepreferências
consumido sem
do consumi-
bens: o outro, poderia
dor em não ter nenhuma mercado,
um determinado utilidade. iniciemos por pensar em
Comocomparações
o consumidorentre determina
cestas ade quantidade
mercado. consumida
Cesta de mercado
(Umg Xl / Px = (Umg V) / py
de dois bens?
é umSuponha-se
conjunto deauma tabela ouabaixo, que mostra as
mais mercadorias, como feijão e
utilidadesgasolina,
marginaisouobtidas com o consumo
como batata, de várias
óleo e biscoitos. Seuni-
o consumidor
Por meio dessa igualdade pode-se chegar à lei da pro-
dades dedeparar-se
dois bens, comX e Y.duas cestas quaisquer, A e B, cada uma com
cura. Considere-se um aumento no preço de X. Nesse caso,
uma certa quantidade de determinado produto, ocorrerão
o aumento de Px faz com que a fração (Umg X) / Px diminua,
três h i póteses:
e torne-se menor do que a fração (Umg V) / Py' o que provoca
1") o consumidor pode decidir se prefere a cesta A à
um redirecionamento do consumidor em busca de novo
cesta B, a cesta B à A, ou se é indiferente entre as cestas A
equilíbrio, adquirindo mais de Y, e menos de X, resultando
e B, ou seja, as preferências são completas.
em aumento de UmgX e diminuição de UmgV, até atingir
2") as preferências serão transitivas, no sentido de que
a igualdade. Como o aumento do preço de X resultou em
se ele preferir a cesta A à cesta B, e se ao mesmo tempo
diminuição em sua quantidade procurada, confirma-se a
preferir a cesta B à cesta C, deve preferir a cesta A à cesta C.
lei da procura.
3ª) o consumidor sempre preferirá maior quantidade
Pelos números acima,
do que menor quantidade, ou seja, ele vai preferir a cesta
Exercício;
A, com 3 kg de carne e 2 kg de batata, em relação a cesta B,
pode-se concluir
cs: que contém 2,5 kg de carne e 1 kg de batata.
Dada a função utilidade total UT = 200x - 5x2, sendo x a
~ As hipóteses acima constituem a chamada racionalidade
quantidade de um bem X, pede-se: a) a função da utilidade
O do consumidor, que dá base para a construção da teoria do
marginal; b) a quantidade consumida de X quando a utilidade
z consumidor.
total for máxima; c) a utilidade total máxima; d) os gráficos
O A tabela seguinte apresenta 10 cestas alternativas de 6
u das duas funções.
mercadorias, no caso carne e batatas, em kg: 9
w A e C, e entre as cestas D e E. Se as quantidades de cada mostra
cesta forem locadas em um gráfico, poderemos construir as duas
70
chamadas "curvas de indiferença", que representam todas curvas
que o consumidor
as combinações de cestas que propiciam o mesmo nível de de
deve preferir a cesta B à cesta A, a cesta D à cesta C, a cesta J
satisfação a um determinado consumidor, o qual é indife- indifer
à cesta I, enquanto que deve ser indiferente entre as cestas
ença, I 2 3
e 11, que representam diversas cestas de mercadorias X e Y.
As quantidades de X e Y são medidas nos eixos horizontal
e vertical, respectivamente. O consumidor possui muitas A relação de indiferença é:
dessas curvas, cada uma indicando um nível de satisfação.
- reflexiva: A A. =
O consumidor deve preferir situar-se na curva 11, em vez da
curva I, pois em 11 ele consome maiores quantidades de X - simétrica: se A = B, B = A.
e de Y do que em I. A série de curvas de indiferença de um - transitiva: se A = B e B = C, então A = C.
consumidor é chamada de mapa de indiferença.

y A relação de preferência é:

- antissimétrica: se A > B, B não é preferível a A; e se B


> A, A não é preferível a B.
- transitiva: se A > B e B > C, então A > C.

II Características das curvas de indiferença

Elas são negativamente inclinadas, pois o aumento na


x quantidade de uma mercadoria deve ser compensada
por diminuição na quantidade de outra, já que para
Observemos as cestas de bens A, B e C, acima. O con- cada curva o consumidor permanece no mesmo nível
sumidor é indiferente entre as cestas A e B, pois elas estão de satisfação;
localizadas sobre a mesma curva de indiferença (I). Enquanto
isso, o consumidor deve preferir a cesta C à cesta A e à cesta - As curvas de indiferença são densas, no sentido de
B, pois ela está sobre a curva 11, localizada à direita da curva que elas preenchem todo o espaço entre os eixos
de indiferença I. horizontal e vertical, e entre duas curvas há
sempre
Em cada ponto de uma mesma curva, tem-se: uma infinidade delas;

- Duas curvas não podem se interceptar.

De acordo com a curva I, as cestas A e C são


U é a utilidade total usufruída pelo consumidor; x" x2' equivalentes;
... , xn são as várias quantidades dos bens que pertencem à segundo a curva 11, as cestas A e B são equivalentes; então,
cesta, e C é uma constante. pela propriedade transitiva, se A = C e se A = B, resultaria
que B = C, o que não é verdade, já que B e C estão em curvas
Vimos, então, que o consumidor estabelece uma or- diferentes. Essa conclusão ilógica foi decorrente de as curvas
denação de suas preferências, o que significa que para se cruzarem.
cada duas cestas, A e B, o consumidor deve indicar se
A> B (A é preferível a B), B > A (B é preferível a A), ou se A = y
B (A e B são indiferentes ao consumidor).

- As curvas de indiferença são convexas em relação à


origem.

A convexidade é necessária para mostrar que, à medida


que o consumidor tem menos de um bem, mais ele o valoriza,
e vice-versa. No gráfico, ao passar de 1 para 2 unidades de X,
o consumidor dispensa 3 unidades de Y; ao passar de 2 para
3 unidades de X, a quantidade dispensada de Y é menor, de
somente 1 unidade.

,
r

,
r
,
,
,
,
,
r

2 ----t-----
, , ,
.,, ..,
..............•............
r
,
"' ................................
e

.
, ,
! !
L-~'--~'--~--------~X
~
~

«
s
o
z
O
u
w

71
~
~ Outros exemplos de curvas de indiferença (não tão A taxa marginal de substituição
normais):

Bens substitutos perfeitos: o consumidor é indiferente Seja o ponto A da curva de indiferença, a seguir, onde o
entre os dois bens, trocando-o sempre na proporção 1/1 consumidor adquire as quantidades Xl do bem X e Y1 do bem
(exemplos: lápis vermelho e azul, guaranás Brahma e An- Y. Se o indivíduo consumir mais de X, em x2' por exemplo,
tarctica). consumirá menos de y, em Y2, para permanecer no mesmo
nível de satisfação anterior, no ponto B da mesma curva. A re-
lação entre o decréscimo de Y (a distância AC), e o aumento
<, "~.

de X (a distância BC) mostra quantas unidades de Y devem


-lL_~ ser sacrificadas pelo consumidor por unidade adicional que
+1 -, "<; ele consome de X. Ela corresponde geometricamente à incli-
--.X nação da reta TT', no mesmo gráfico. Quando a variação na
quantidade de X torna-se cada vez menor, tendendo a zero,
a reta TI" tende a ser tangente à curva no ponto A e a relação
O consumidor é indiferente entre os dois bens, mas a entre as variações de Y e X, economicamente, é denominada
proporção entre suas quantidades é diferente de 1/1. Por de taxa marginal de substituição de V por X (TMS vx)'
exemplo, se um consumidor sempre preferir trocar 3 colheres
de açúcar mascavo {Xl por 1 colher de açúcar refinado (Y).
y T

s........:A
:C
Yi
··············t·············

~--------~-----~ X
x, x
X
1
Bens complementares: sempre utilizados em conjunto,
como os sapatos direito e esquerdo, camisa e gravata, sapato
A taxa marginal de substituição é negativa, pois um
e meia, isto é, o aumento na quantidade de um deles não
acréscimo na quantidade de um dos bens corresponde a
pode acrescentar satisfação.

L
um decréscimo na quantidade do outro, mas é conveniente
y tratá-Ia em valores absolutos, o que resulta na colocação do
sinal negativo em sua apresentação:
y T

'-------+x
O tratamento da taxa em valores absolutos permite que
se afirme que ela seja decrescente à medida que o consu-
midor vai aumentando a quantidade consumida do bem X.
O consumidor tem preferência pelo bem X, sendo indi- Como o sacrifício em termos de Y é cada vez maior, para ter
ferente pela quantidade do bem V, quando, por exemplo, mais de X o consumidor dispõe-se cada vez menos a ceder de
um indivíduo toma um "sundae" e não se importa com a Y. Por exemplo, se um consumidor passa de um consumo de
quantidade de castanha. 10 unidades de X e 15 de Y para 11 unidades de X e 12 de Y,
y a taxa marginal de substituição é igual a -3/ +1, ou de 3 em
valores absolutos; a seguir, se o consumo de X passar a 12
unidades e o de Y a 10 unidades, a taxa marginal de substi-
tuição será agora de -2/ +1, ou de 2 em valores absolutos.
A queda da taxa marginal de substituição de Y por X é, assim,
compatível com a convexidade da curva.

Função Utilidade - é uma representação numérica da


utilidade. Dada uma cesta de consumo, associamos um
O consumidor aprecia o bem X, e não aprecia o bem Y,
número à cesta.
Exemplo: U (X,Y) = x.y
de modo que quantidade crescente de um compensa quan-
tidade crescente do outro (arroz e jiló).

Como a curva de indiferença é o conjunto de to-


das as cestas tais que x.y = K (constante), tem-se que
x.y = K e Y = K / x.

A declividade da curva é igual a dy / dx = -K / x2 (a incli-


x nação diminui, em valores absolutos, à medida que cresce x).
O gráfico a seguir mostra diversas curvas de indiferença
para diversos valores de K.
A declividade da curva de indiferença depende da pro-
72
porção em que os bens são trocados. Se a proporção for,
por exemplo, de 1/1, como um lápis vermelho corresponder
sempre a 1 lápis azul, tem-se a função utilidade:
min ( 10,12 ) = 10 pares
~
Se um indivíduo costuma colocar 2 colheres de açúcar
~
Por exemplo, se eu tiver dois pneus que usam câmaras
de ar, a satisfação de ter 2 câmaras é a mesma de eu ter 3
(V) em uma xícara de café (X), o número de xícaras adoçadas
será:
câmaras e os mesmos dois pneus. Se eu tiver 10 pares de
sapatos a satisfação ou utilidade não aumentará se eu tiver
12 pés esquerdos. No caso, a função utilidade será:
 min (x, li, y)
Assim, se uma pessoa tiver em um bule 15 xícaras de café
Y2 .•••• __ • __ ._j A e no açucareiro 40 colheres de açúcar, o número de xícaras
adoçadas será de:
;c
y, ---- -------r--·------
min ( 15, ;1,.40 ) = min (15, 20 ) = 15

x, x
=
Seja a função Utilidade U (X,Y) c. Ao nos movermos de
um ponto A da curva de indiferença para outro ponto B da
mesma curva, haverá variação nas quantidades consumidas
dos bens X e V e, em consequência, variação nas utilidades
U (X,V) == x + y; x + Y == K;
totais usufruídas pelo consumo de X e Y. A variação na uti-
lidade total de X será igual à utilidade marginal de X (que é
a variação na utilidade total decorrente da variação de uma
y== K-x; dy / dx==-1
unidade na quantidade consumida de X), vezes a variação
total na quantidade de X, o mesmo sucedendo com o bem
(declividade constante e igual a -1) V. Permanecendo na mesma curva de indiferença, a variação
na utilidade total será nula. Assim, tem-se:

(~U / ~X) . ~X + (~U / M) .M= °


(~U / f. V) . f. V = - (f.U / f.X) . f.X
Se o consumidor estiver disposto sempre a ceder 2
colheres de açúcar branco (X) por uma colher adicional de
açúcar mascava (V), tem-se a função utilidade: - M/ f.X:= (f.U / f.X) / (f.U / M)

YI . Observe-se que a expressão à esquerda é a taxa margi-


nal de substituição entre X e Y, e que a expressão à direita
é a relação entre as utilidades marginais de X e de Y. Então,
~ tem-se que

~ ______________"_l.l .._ .._ .._~~~2_ ._ .. _ ___•• X

U (X,V) == x + 2y ; x +2 y = K;

 TMSYl(:= UmgX / UmgY


x,
y == K/2 - 1/2Y; dy / dx = - 1/2 Essa igualdade é verdadeira em qualquer ponto da curva
de indiferença.
Comparando-se os pontos A e B do gráfico a seguir, tem-se
Dada a função Utilidade U (X,V) == ax + by == K, tem-se:
que a taxa marginal de substituição de Y por X em A é maior
do que em B. Em A, a inclinação da curva é maior. Pode-se
by := K - ax; y:= K/b - a/b x; dy / dx = - a / b. também concluir-se isso pela análise das utilidades marginais.
Em A, a quantidade consumida de X é menor, o que resulta
em utilidade marginal maior, e a quantidade consumida de Y
No caso particular em que a = b, tem-se substitutos é maior, o que resulta em utilidade marginal menor. Enquanto
perfeitos. isso, em B, a quantidade consumida de X é maior, o que resulta

Yt
em utilidade marginal menor, e a quantidade consumida de V
é menor, o que resulta em utilidade marginal maior.
Bens complementares são aqueles que são consumidos \ x,
necessariamente juntos, como pneus e câmaras de ar e sa- s, ,
patos direito e esquerdo. Dada uma certa quantidade de um .\A
deles, o aumento na quantidade do outro não aumentará a
satisfação do consumidor.

r\ -.

:
"-
y,I
L
>~~ i
i ------
1

:
;
:
w

s
' <C
x
O
z
O 73
u

Escolha do Consumidor

<>
d) p, / py '" - 1 / 2
~
Em A, tem-se: Y
TMSYJ(:: UmgX I UmgY
Em B, tem-se:
TMSyx:: UmgX I UmgY
e)

~ ~ / 500

 1.000
Enquanto o consumidor tem o seu mapa de indiferen-
ça, com as preferências pelo consumo de dois produtos Variações na renda do consumidor
constantes de uma cesta de mercadorias, por outro lado
possui restrições dadas pela sua renda ( R ) e pelos preços Um aumento (ou diminuição) na renda do consumidor
x,
dos produtos que designamos por P" e de Y, designando desloca a reta para a direita (ou à esquerda).
por Py. O consumidor distribui a sua renda no consumo dos
dois bens, de modo que:
750
R ;:: p, . X + Py' Y
50
0
Suponhamos que o consumidor dispenda toda a sua
renda com o consumo dos dois bens:
40
0

I
R '" p" X + Py' V

800 1.000 1.500

[
« y
Dada a renda inicial de $ 1.000, uma elevação da renda
sO R/py (no caso, para $ 1.500) desloca a reta para a direita e uma
diminuição da renda (no caso, para $ 800) desloca a reta para
z a esquerda. Em consequência, as quantidades máximas de
O X e de V que o consumidor pode adquirir também variam.
u As novas retas são paralelas à reta inicial, já que a inclinação
w é dada pela relação de preços e estes, por hipótese, não
variaram.

74 RJpx X As equações das novas retas, ficam:

Renda de $ 1.500: V:: 750 - Yz X


A reta de restrição orçamentária do consumidor passa
Renda de $ 800; V = 400 - X X
pelos pontos R / Py' no eixo vertical, e por R / P,' no eixo
horizontal. A inclinação da reta é igual a relação de preços
Px I Py com o sinal negativo. Variações nos preços dos bens

A linha de restrição orçamentária une as séries de Uma variação no preço de um dos bens muda a inclinação
combinações de quantidades dos bens X e Y que podem ser da reta de restrição orçamentária, mantida a renda e o preço
adquiridos pelo consumidor. Se a renda for toda dispendida do outro bem constantes.
no bem X, a quantidade consumida será igual a R / P . Se a
renda for toda dispendida no bem V, a quantidade consumida
será igual a R / Py'

Exemplo numérico: dada uma renda de $ 1.000, Px:: $ 1

e Py :: $ 2, calcular:
a) a equação da reta da renda;
b) a quantidade máxima de X que pode ser consumida;
c) a quantidade máxima de V que pode ser consumida;
d) a inclinação da reta; e) o gráfico da reta.
1.000 2.000

Dada a mesma renda anterior igual a $1.000 e os preços


P, :: $ 1 e Py :: $ 2, se o preço do bem X cair para $ 0,50 a
b) R / Px :: 1.000/1 :: 1.000
nova equação da reta será V:: 500 -1 /4 X. A reta da renda
c) R / Py:: 1.000/2 :: 500 vai se deslocar para a direita, e o consumidor poderá ampliar
a quantidade máxima consumida de X para 1.000 / 0,50 ::
2.000 unidades.

Exercício: O único ponto que atinge a curva II é B. Nenhum ponto na
cu rva I" é factíve I.
Dada a limitação da renda, o consumidor obtém a
Um consumidor possui uma renda mensal de $4.000, máxima satisfação no ponto B, onde a reta orçamentária
que é distribuída entre o bem X e outros bens, cujo conjunto tangencia a curva de indiferença mais à direita possível,
denominemos Y. O preço do bem X é igual a $ 10 e o preço que é a curva 11.
médio dos bens Y é igual a $ 8. Pede-se: a) a função de res- No ponto de máxima satisfação, ou de equilíbrio do
trição orçamentária; b) a nova função, dado um aumento do consumidor, a inclinação da reta orçamentária, Px / Py'
preço de X para $ 12. iguala a inclinação da curva de indiferença nesse ponto.
a) Y ::; 500 - 5 / 4 X; Como a inclinação da curva de indiferença é igual à taxa
b) Y::; 500 - 3/2 X marginal de substituição, temos que, no ponto de equilíbrio
do consumidor, a taxa marginal de substituição é igual à
relação de preços:
Escolha do Consumidor
Dado o mapa de indiferença do consumidor, que é o
espaço de suas preferências, e a área coberta pela sua reta
orçamentária, que define as suas possibilidades de consumo,
o consumidor busca maximizar a sua satisfação, tentando
atingir a curva de indiferença
mais à direita possível.

Dentre os pontos A, B e C, A e C são factíveis, mas não 05


melhores, pois estão sobre a curva I, que é a mais à esquerda.
y
Resolução:

Nesse caso, as utilidades marginais são calculadas através


das derivadas da função utilidade: Com o aumento da renda, as quantidades consumidas de
Umg q, = q2' e Umg q2= q,. Solução: q, = 25; e q2::; 10. X vão aumentando, de x, para x2 e x3• Depois de A, os novos
pontos de equilíbrio são B e C. A união desses pontos forma
a curva de renda-consumo.
A curva de renda-consumo A curva de renda-consumo, portanto, é a união dos
Vimos que uma variação da renda nominal, aos preços diversos pontos de equilíbrio do consumidor resultantes
constantes, desloca a reta orçamentária para a direita ou de variações na sua renda nominal.
para a esquerda, conforme a variação for de aumento ou de
queda. O gráfico abaixo mostra que o equilíbrio do consu-
midor também vai se deslocando, à medida que o consumo Curvas de Engel
dos bens vai se alterando. A partir das curvas de renda-consumo, pode-se rela-
cionar cada nível de renda (R) e a respectiva quantidade
consumida (q) de determinado produto.

qt
q .• q2 ~ - --

Vimos que, em qualquer ponto da curva de indiferença,


a taxa marginal de substituição do bem Y pelo bem X é ( ___________
igual à relação entre a utilidade marginal de X e a utilidade
marginal de Y:

TMS YX = UmgX / UmgV

Dado o mesmo aumento da renda, de RI a R2, o consumo


Então, pode-se concluir que, na situação de equilíbrio, de um produto pode aumentar mais (gráfico à esquerda)
a relação entre as utilidades marginais de X e de Y deve ou menos (gráfico à direita). Quando a procura aumenta
igualar a relação entre os preços de X e de Y. mais do que proporcionalmente à renda, o produto é dito
superior (caso dos bens mais sofisticados, como iogurte,
UmgX / UmgV ::; Px / py fitas de video, filé mignon), e quando a procura aumenta
menos do que proporcionalmente, o produto é considerado
necessário (caso dos produtos do dia a dia, como o arroz,
Exercício: a batata, o frango). Existem produtos cuja procura cai quando
aumenta a renda, denominados inferiores, como o sabão em
pedra, a mortadela etc.
Suponha-se a função utilidade U ::; q,q2' e a função da
renda 100 ::; 2ql + 5q2' Calcular as quantidades qj e q2 que
maximizam a satisfação do consumidor.

 75
c(

~
~
o
~ z
o A curva de preço-consumo
1.1
UJ

Vimos que uma variação no preço de um dos dois produ-


tos, mantida constante a renda e o preço do outro produto,
desloca a reta
orçamentária
76
alterando a sua
inclinação.
O gráfico abaixo
mostra que o equilíbrio
do consumidor
também vai se
deslocando, à
medida que o preço do
bem
X, no caso, vai
diminuindo.

y
curva
de preço-consumo é negativa, do ponto A para o ponto B,
e torna-se positiva de B para C.

O que determina essa inclinação? É a elasticidade-preço


Se fizermos, agora, um gráfico relacionando os preços
da demanda do bem cujo preço está variando. A elasticida-
assumidos por um bem, no caso X, com as respectivas
de-preço é a relação entre a variação relativa da quantidade
quantidades procuradas, como no gráfico acima, teremos
procurada, e a variação relativa do preço. Suponhamos que o
uma linha representando a curva de demanda:
bem X seja elástico, isto é, a elasticidade-preço maior do que
1. Nesse caso, uma diminuição no preço provoca aumento
mais do que proporcional na quantidade procurada, e au-
mento da despesa com o bem X. Considerando constante a
Co renda do consumidor, este deverá necessariamente diminuir
m as a despesa com os demais bens, no caso representados por
diminui Y. Isso explica a inclinação negativa da curva no trecho AB.
ções Por outro lado, no segmento Be, o bem X seria inelástico,
no pois a diminuição no preço provoca aumento menos do que
preço proporcional na quantidade procurada e redução na despesa
de X, com X, resultando possibilidade de aumento na procura pelos
as demais bens e consequente inclinação positiva da curva.
quantid x y
ades No gráfico a seguir a diminuição no preço do bem X
consu não altera a quantidade procurada do bem Y. Isso ocorre
midas na situação em que X possui elasticidade unitária, ou seja, A cada preço assumido por um bem, temos a respectiva
de X a despesa com X não se altera, o que permite também que quantidade procurada. Observa-se que à medida que o preço
vão não se altere a quantidade consumida de Y. diminui, a quantidade procurada aumenta, e vice-versa, que
aumen
é a lei da procura.
tando,
de Xl
para x2 Efeito-renda e Efeito-substituição
e x3.
De A variação no preço de um bem, para cima ou para baixo,
costuma exercer dois tipos de efeito:
poi
s
- Uma variação nos preços relativos, isto é, o preço
de desse bem torna-se mais alto ou mais baixo em relação aos
A, demais. No caso de preço mais alto, há uma tendência de o
os x consumidor substituir esse bem por outros agora relativa-
no mente mais baratos; no caso de preço mais baixo, a tendência
vo é aumentar o seu consumo, substituindo os demais, agora
s relativamente mais caros. Esse é o efeito-substituição. Como
po a relação entre o preço e a quantidade procurada é inversa,
nto diz-se que o efeito-substituição é negativo.

s
- Uma variação na renda real do consumidor, tornan-
de
do-o mais rico (no caso de preço mais baixo), induzindo-o a
eq comprar mais, ou mais pobre (no caso de preço mais alto),
uilí induzindo-o a comprar menos. Esse é o efeito-renda. Como
bri a relação entre a renda e a procura é normalmente direta,
o diz-se que o efeito-renda é positivo, embora a influência
sã sobre a procura seja a mesma da do efeito-substituição.
o
B
Assim, tem-se a seguinte equação, denominada de
e
equação de Slutsky:
C.
A união
desses Efeito-preço = Efeito-substituição +
pontos Efeito-renda
forma
a curva
de No caso dos bens inferiores, o efeito-renda é negati-
preço- vo, isto é, o seu consumo aumenta quando a renda cai,
consu e vice-versa. Quando o preço de um bem inferior aumenta,
o efeito-substituição age normalmente, induzindo o consu-
mo.
midor a procurar substítuí-lo por outros bens agora relati-
Ob vamente mais caros, mas ao mesmo tempo ocorre o efei-
serva- to-renda, pelo qual o indivíduo sente-se mais pobre, fazendo
se, no com que procure aumentar o consumo do bem inferior. Qual
gráfico será, afinal, a atitude do consumidor: aumentar ou diminuir a
anterio procura pelo bem inferior? Como a participação desses bens
r; que é relativamente pequena em relação ao orçamento de um
a indivíduo, ele não se sentirá tão mais rico e o efeito-renda
inclinaç será mais fraco do que o efeito-substituição. Vale, portanto,
ão da a lei da demanda para os bens inferiores: quando o preço
cai
 (aumenta), a quantidade procurada aumenta (diminui).
A
rest
riçã
o
Pode o efeito-renda ser mais forte do que o efeito-subs- compensaria exatamente essa vantagem, fazendo com que o
orç
tituição? Sim, quando o bem inferior tiver um peso con- consumidor fique no mesmo nível de satisfação? Nesse caso,
siderável no orçamento. É o caso dos chamados bens de a compensação dar-se-ia através de uma diminuição da renda. am
Giffen, cuja quantidade procurada varia em relação direta Um exemplo de variação equivalente da renda: dado um ent
com o preço. aumento de preço, qual seria a diminuição equivalente da ren- ária
O gráfico a seguir permite que se separe os efeitos renda da para o consumidor situar-se no mesmo nível de satisfação? orig
e substituição. Iniciando na posição de equilíbrio (ponto Um exemplo de variação compensatória da renda: dado
inal
A), em que um consumidor está adquirindo Xl unidades de um aumento de preço, qual seria a diminuição equivalente
um determinado produto, um aumento do preço desloca a da renda para o consumidor ter a mesma diminuição no
éR
reta orçamentária I para li. O seu novo ponto de equilíbrio nível de satisfação? =x
está em B, onde ele agora consome x, de X. O efeito-preço + y.
é igual à distância XiX,. Para vermos o efeito substituição, Co
inicialmente, devemos dar ao consumidor um aumento Exercício: mo
fictício de renda tal que ele volte à curva anterior I. A reta
x=
orçamentária desloca-se paralelamente para a direita e corta
a curva I no ponto C, onde ele consome x3 unidades de X. Um consumidor possui a função Utilidade Total UT = xV, y, donde
=
a renda igual a $ 60 e os preços dos bens X e Y são Px py = R = 2x.
A distância X3Xi é, então, o efeito substituição e a distância
X2X3 é o efeito-renda. $ 1. Se o preço de X aumentar para Px = $ 2, calcular:
C
a) a variação compensatória da renda;
o
b) a variação equivalente da renda.
m
o
Resolução:
a) Cálculo do equilíbrio inicial do consumidor: x
y

UmgX I UmgY = Px I Py =
UmgX = V; UmgY = X
4
5
Então, V I x = 1; donde X = y. 0
Restrição orçamentária do consumidor ,

y x
R = Px X + Py V; 60 = x + y = 2x. 2

o efeito-preço total é igual ao movimento do ponto A ao Donde x = y = 30. O nível de satisfação é igual a UT = xy
=
ponto B. Com um aumento compensatório na renda nomi- = 30 . 30 = 900.
nal, o consumidor passa para o ponto C, o que permite que Temos de calcular a nova renda que, dados os novos 4
se decomponha o efeito-preço no efeito-substituição (AC) e preços, situe o consumidor no mesmo nível. de satisfação 5
efeito-renda (BC). anterior, ou seja, 900. 0
.
Cálculo do novo equilíbrio do consumidor dado o novo
Noções de Variação Equivalente e Variação preço de X: D
Compensatória da Renda o
n
UmgX I UmgY = Px I Py· d
Considere-se um consumidor que tenha um determinado UmgX = y; UmgY = x. e
nível de renda e que tenha a opção de consumir determi-
nado produto não essencial. Esse produto pode ser, por x
exemplo, ser admitido em um clube e usufruir de sua sauna. Então, y / x = 2/1; donde y = 2x.
O consumidor tem diante de si duas situações: primeiro, ser '
admitido no clube; e segundo, já admitido, usufruir da sauna A nova restrição orçamentária é R = 2x + y, donde R =
"
do clube a preços reduzidos. Na primeira situação, ele não é 2x + 2x = 4x.
sócio e tem determinada renda. Encontra-se em equilíbrio
ao consumir todos os demais bens. Na segunda situação, Dada a restrição 60 = 2x + y, tem-se 60 = 4x, donde x '" 2
sendo sócio, pode utílizar a sauna várias vezes. 15 e V = 30. 1
Admitamos que, ao comprar o título do clube, o consu- O novo nível de utilidade é xy = 15 . 30 = 450. ,
midor aumente a sua satisfação e desloque a sua curva de 2
indiferença para a direita. Nesse caso, pode-se indagar: qual O nível de utilidade anterior é x . y = 900; como y '" Zx, 1
a variação na renda que é equivalente ao direito de usufruir = =
tem-se 2X2 900, donde x 21,21. .
da sauna do clube a preços reduzidos que o consumidor
passou a ter? A renda compensatória será, então, R = 4x = 4 . 21,21 =
Como o consumidor deslocou a sua curva de indiferença 84,84. A
para direita, há um certo aumento na renda equivalente ao
aumento de satisfação. A variação compensatória da renda será 84,84 - 60 = R
Por outro lado, na segunda situação, já sendo sócio do 24,84 (um aumento). e
clube, o consumidor pode desfrutar ou não da sauna a pre-
n
ços reduzidos. Pode-se indagar: qual a variação na renda que
d
b) O consumidor deve diminuir a sua renda de modo que,
a
aos mesmos preços iniciais, o nível de utilidade caia para 450.
fica: R'" 2x '" 2 . 21,21 = 42,42.

A variação equivalente da renda será 60 - 42,42 = 17,58 ~


(uma diminuição).
~

s
c(

O
z
O
U
LU

77
Produto Produto Produto
~homens-dia Total Médio Marginal
1 5 5,0 5
~
2 13 6,5 8
TEORIA DA PRODUÇÃO: FUNÇÃO DE Medidas de Produção
3 24 8,0 11
4
PRODUÇÃOj
32
MEDIDAS
8,0
DE PRODUÇÃO;
8
A
Vamos definir algumas medidas que são utilizadas na
5 LEI DOS RENDIMENTOS
38 7,6 DECRESCENTES;
6 teoria da produção:
6 ELASTICIDADE
43 DE7,2PRODUÇÃO; 5 - Produto Total (q) - Como o nome indica, é o volume
7 ISOQUANTA
47 E ISOCUSTOj
6,7 TAXA4 total de produção de uma firma em determinado
8 MARGINAL50 DE SUBSTITUiÇÃO
6,2 3 TÉCNICAj período, em unidades físicas, como por exemplo
100.000 automóveis, 50.000 toneladas de feijão ou
9 EQUILíBRIO
50 DA FIRMA;
5,6 RENDIMENTOS
O
15.000 litros de leite.
10 49 CUSTOS
DE ESCALA; 4,9 DE PRODUÇÃO;
-1
MEDIDAS DE CUSTO. A ESCOLHA DO - Produto Médio (PMe) - É utilizada para se medir a
contribuição de determinado fator de produção no
NíVEL DE PRODUÇÃO, MAXIMIZAÇÃO DE processo produtivo, sendo igual, portanto, ao volume
LUCROS: RESTRiÇÕES TECNOLÓGICAS, de produção dividido pela quantidade do respectivo
RENDIMENTOS DECRESCENTES, CURTO E fator. Sendo q o produto total e x a quantidade utili-
zada do fator, tem-se:
LONGO PRAZOS EM MICROECONOMIA.
CURVAS DE CUSTOS: CUSTOS VARIÁVEIS, PMe=q/x
FIXOS, MÉDIOS E MARGINAIS. OFERTA DA
- Produto Marginal (PMg) - indica qual a variação no
EMPRESA E DO MERCADO produto total quando varia de uma unidade a quan-
tidade do fator em questão:

PMg=~q/ ~x

o Curto e o Longo Prazos


A teoria da produção leva em conta a existência de dois
períodos: o curto e o longo prazo. Qual a diferença entre eles?
O curto prazo é um período de tempo suficientemente
pequeno tal que existem alguns recursos cuja quantidade
não pode variar, ou seja, têm a quantidade fixa. São exemplos
desses recursos o estoque de capital, o tamanho da empresa,
a tecnologia, os trabalhadores mais especializados, cuja quan-
tidade a empresa não consegue aumentar imediatamente e
por isso são chamados de fatores de produção fixos. Enquanto
isso, são passíveis de variação no curto prazo o contingente
de trabalhadores menos qualificados e a quantidade de maté-
rias-primas, denominadas de fatores de produção variáveis.
O longo prazo, por outro lado, é um período de tempo
suficientemente grande tal que as quantidades de todos
os recursos podem variar. No longo prazo, todos os fatores
são variáveis.

A Produção com um Único Fator Variável

Consideremos agora apenas dois fatores de produção,


trabalho e capital, sendo a quantidade de capital fixa no
curto prazo. Isso significa que o Produto Total, q, varia apenas
em função de variações na quantidade de trabalho no curto
prazo. A seguir, tem-se uma tabela com uma produção hipo-
tética de panelas, no curto prazo, em função de alterações na
quantidade de trabalho e dado um certo estoque de capital,
e o gráfico correspondente do Produto Total.

Produção de uma fábrica de panelas por dia


~
~
- O Produto Total cresce até o ponto C, a rendimentos
crescentes até o ponto A e a rendimentos decrescentes
de A até C. Depois de C os rendimentos são negativos.

- Os rendimentos crescentes do Produto Total estão


associados a crescimento do Produto Marginal, até A.
Depois desse ponto o Produto Marginal cai, ou seja,
os rendimentos passam a ser decrescentes.
Um exame da curva de Produto Total permite as seguintes - O Produto Marginal é inicialmente maior do que o
observações: Produto Médio, até se igualarem no ponto B, e a partir
daí o Produto Margina! é menor do que o Médio.
- Nas primeiras unidades de mão de obra a curva é - Quando o Produto Total é máximo, no ponto C, o Pro-
convexa, ou seja, o produto total cresce mais rápido
duto gráficos
Os dois Marginaltambém
é igual podem
a zero. ser divididos nas três
do que o aumento do número de homens-dia.
áreas I, " e /11:
- Depois de certo ponto, a curva se torna côncava, ou
- Na área I, que vai da origem ao ponto B, o Produto
seja, o produto total cresce mais devagar e menos
Médio do trabalho cresce, e também cresce o Produto
do que o aumento do número de homens-dia.
Médio do capital, pois o Produto Total está crescendo
- A curva de produto total apresenta um máximo e
com o estoque de capital fixo.
depois começa a declinar.
o comportamento
A teoria dadoprodução
Produto estuda
Total estáo comportamento
de acordo comdo - Na área 11, entre os pontos B e C, o Produto Médio do
setor produtivo,
a lei dos Rendimentos assim como ou
Decrescentes, a teoria do consumidor es-
das Proporções trabalho cai enquanto continua crescendo o Produto
Variáveis,tuda o comportamento
assim enunciada: das unidades familiares enquanto Médio do capital (em razão de o Produto Total ainda
consumidoras. Já vimos, anteriormente, que segundo a lei estar crescendo).
"Se ada oferta a quantidade
quantidade ofertada
de um recurso varia o
(no caso, diretamente
fator tra- com os - Na área /11, depois do ponto C, o Produto Total cai,
balho) forpreços. Abaixo
aumentada detemos uma curva
quantidades de por
iguais, oferta, que representa
unidade o que significa que os Produtos Médios caem.
de tempo,graficamente
enquanto a de essa lei. recursos permanecer
outros

i
constante (no caso, o fator capital), o volume de produção Daí podemos dizer que a máxima eficiência do trabalho
aumentará, mas além de certo ponto o acréscimo resultante está no ponto B (onde o Produto Médio do trabalho é máxi-
no produto tornar-se-a cada vez menor, até anular-se e po- mo) e a máxima eficiência do capital está no ponto C (onde
dendo chegar a ser preço
negativo". E por que isso ocorre? Uma o o Produto Total atinge o nível máximo com o mesmo estoque
de capital). Isso significa que a produção da firma deve se
explicação mais razoável é que, no curto prazo, a fixidez de

I~
certos fatores vai diminuindo o rendimento dos fatores cuja situar em algum ponto da área ll, entre os pontos B e C.
quantidade pode variar. No caso que estamos apresentando, A Elasticidade da Produção Total
mais homens-hora têm cada vez menos capital com que
trabalhar.
o Define-se a elasticidade da Produção Total como a re-
A seguir são apresentados dois gráficos. No primeiro, quantidade/r lação entre a variação percentual da Produção Total (q) e a
a curva de Produto Total, e no segundo, as de Produto Mé- variação percentual da quantidade do fatortrabalho (L). Em
dio e ProdutoAMarginal, juntas,mostra
curva de oferta obtidasa de acordo
relação comentre
direta os preços etermos matemáticos:
números do quadro. t ofertadas,
quantidades preciso saber que as curvas de Produto Eq = (~q/ q) / (~L/l)
Médio e Marginal podem
A teoria ser derivadas
da produção mostradao curva de Produto
que está por trás da curva
Total. A de
deProduto Médio é obtida
oferta. Produção pelacomo
é definida inclinação das retasde cria- Mas podemos fazer:
um processo
que, partindo
ção deda valor,
origem,emcortam a curvasão
que recursos de transformados
Produto Total em bens.[Aq/q) / (~L!L) = (~q / ~L) / (L/q) = PMg! (1/ PMe) = PMg
em cada ponto.
Assim,Enquanto
uma empresaisso,ou
a curva
firma de
é oProduto
local onde Marginal !PMe
os recursos (fa-
é obtida pela
toresinclinação
de produçãoda curva de Produto Total
e matérias-primas) são em cada
combinados para
um de seus pontos. em algo (bens) que irão satisfazer necessidades
resultarem
c
r
ou desejos dos respectivos usuários. Ou seja, a elasticidade do Produto Total é igual ao Pro-

,
B
A função de Produção I
I
duto Marginal, dividido pelo Produto Médio. Daí pode-se
dizer que quando o Produto Marginal for maior que o Pro-
duto Médio, a elasticidade do Produto Total será maior do
I
Denomina-se função de produção uma relação técnica que 1, quando o Produto Marginal for menor que o Produto
I
entre uma certa quantidade deIrecursos, ou insumos, e a má-Médio, a elasticidade do Produto Total será menor do que
I
xima quantidade física de produto que pode ser obtida com1, e que quando o Produto Marginal for igual ao Produto
esses recursos, dado o estado tecnológico. Pode-se repre-Médio, a elasticidade do Produto Total será igual a 1. Observe
sentar uma função de produção de várias maneiras, como:
o gráfico a seguir:

..
X = f [a.b,c), como Leftwich, em que X é a quantidade de
produto e a, b e c são as respectivas quantidades de insurnos. PMe. E> lE= 1
m
q = f (Xl' Xl ), como Henderson e Quandt, em que q é a /"''',

~
quantidade de produto e Xl e )(2 são as respectivas quanti-
dades de ínsumos.
PMc !
j
-".
r/ \,- \, E<l
I" \.
ct x = f (\, S2' ... , s), como Simonsen, em que x é a quantida- I"·
~ de de produto e 51' S" ... , sn r são as respectivas quantidades
o de insumos. PiVlg
: Q = f (Tr .Tr ,RN, K), como Castro e Lessa, em que Q é a o
z Existequantidade
uma simetria qdeentre os dois
pqroduto gráficos,
e os insumosque pode
são, ser
respectivamente,
\ homens-dia
O
melhor o trabalho qualificado,
acompanhada através das o trabalho
letras A, não
B e qualificado,
C: os recursos PMg
u naturais e o capital. (Economista do Ministério do Trabalho e
10 Emprego/2008)
1
78 79
Julgue o item a seguir.
~
Exercício:
( ) A lei dos rendimentos decrescentes é
in ais ao
co processo produtivo, a produtividade marginal da mão
m de obra crescer a taxas crescentes.
pa KA
tív Resposta: E
el
, A
co Exercícios algébricos: K2,- - - -,
m
o 1. Considere a função de produção q = 12L' - L3, e
fat calcule-
o mos:
de
,
- O Produto Médio;
ag
re PMe =q/L= (12L'- L3) / L= 12L- L'.
ga o gráfico anterior mostra uma isoquanta com infinitas
nd - O Produto Marginal; combinações dos fatores capital (K) e trabalho (L) para
o- produzir determinada quantidade de produto. Duas dessas
se PMg = (t.q / t.L) = 24L - 3L2• combinações são A, com Kl de capital e L2 de tra-balho, e B,
tra com K2 de capital e Ll de trabalho. No ponto A, a produção
ba - A produção total máxima; é mais intensiva de capital e no ponto B é mais intensiva
lh de trabalho.
ad Obs.: a produção total é máxima quando o Produto
or Marginal é igual a zero. A seguir, tem-se um mapa de isoquantas, com duas
es observações: uma, de que quanto mais a nordeste situar-se
ad uma isoquanta, maior quantidade de produto ela repre-
ici senta; e outra, de que as combinações de recursos repre-
on sentadas pelos pontos A, B e C possuem a mesma relação
capital-trabalho.

=
PMg = O ; (t.q / t.L) O ; 24L - 3 L' =O;L=8;
q = 12 X 82_ 83= 256.

- O produto médio máximo; m


Obs.: o produto médio é máximo quando ele é igual ao
Produto Marginal.
n
t,

<C 80 PMe = PMg; 12L - L' = 24L - 3 L' ; L = 6 ; PMe = 12 x 6 - 6'


~ = 36.
O
Z - O produto marginal máximo;
o
U Obs.: o Produto marginal é máximo quando a inclinação
LlJ de sua curva é máxima, ou quando a derivada de sua
função é igual a zero.
( = O ; 24 - 6L = O;
d L = 4; PMg = 24 x 4 - 3 X 42 = 48. São propriedades das isoquantas:

- São decrescentes da esquerda para a direita, ou


P 2. Dada a função de produção q = _L2 + 20L + 16, possuem inclinação negativa, já que o aumento da
M determinar dotação de um recurso deve ser compensado pela
g a elasticidade da produção total, quando L = 4. diminuição na dotação do outro recurso para que a
quantidade de produto permaneça a mesma;
Eq = (t.qjq) / ('!>'L/L) = PMg / PMe
/
- Duas isoquantas não podem se cruzar, já que para
d PMg = -2L + 20 ; PMe = -L + 20 + 16jL cada ponto somente passa uma isoquanta;
L
- A isoquanta é convexa em relação à origem, já que os
) Para L = 4: PMg / PMe = (-2 x 4 + 20) / -4 + 20 +4 = 3/5 fatores não são substitutos perfeitos e a substituição
= (inelástica)
de um por outro torna-se cada vez mais custosa.
O Produção com dois insumos variáveis - as curvas de Em
isoproduto e isocusto outras palavras, ao se substituir paulatinamente de
; uma unidade a quantidade de um recurso, o
d Dados dois fatores de produção, como capital e trabalho, aumento
a isoquanta, ou isoproduto, é uma curva que representa da quantidade do outro tem de ser cada vez maior.
( todas as combinações possíveis de insumos capazes de
produzir determinado nível de produto. A taxa marginal de substituição técnica entre os fatores
t
de produção
.
q
Já vimos que uma isoquanta representa diversas combi-
nações de dois recursos para a produção da mesma quanti-
j dade de um produto. Ao se diminuir a quantidade de capital,
t por exemplo, o aumento na dotação de trabalho deve ser tal
. que a quantidade de produto seja constante. Denomina-se
L taxa marginal de substituição técnica de capital por traba-
) lho (TMSTKL) a variação na quantidade de capital dividida
/ pela variação na quantidade de trabalho, ao longo de uma
d mesma isoquanta.
L
TMST KL = - L1K I L1L

Duas propriedades da taxa marginal de substituição Quando L'..l assume valores cada vez menores, pode-se
técnica: representar geometricamente a taxa marginal de substituição
técnica, em cada ponto, como a inclinação da tangente à
- É negativa, pois um aumento na quantidade de um isoquanta nesse ponto. Observe-se que a tangente que passa
dos recursos deve ser compensada por uma diminui- pelo ponto B possui menor inclinação do que a que passa
ção em outro, e vice-versa, para que a quantidade de pelo ponto A. Ou seja, a TMSTKl é decrescente.
produto seja constante. Por isso, para que se trabalhe

com taxas positivas, coloca-se o sinal negativo antes As produtividades marginais do capital e do trabalho
da fração.
É decrescente à medida que se substitui capital por Já vimos que a produtividade marginal de um fator é o
trabalho, pois cada unidade de variação na quantida- aumento de produção associado à variação na quantidade
de de capital exige, em compensação, quantidades desse fator, mantendo-se a quantidade dos demais fatores
crescentes de variação no trabalho, tornando o de- constante. Uma variação infinitesimal na quantidade do fator
é, matematicamente, igual à derivada da função produção
em relação a esse fator. Assim, tem-se:

PMgK.., dX / dK, e PMgL.., dX / dl

Dado um aumento na quantidade de um fator, pode-se


dizer que o aumento de produção correspondente é igual
ao aumento instantâneo de produção, multiplicado pela
n quantidade do fator:
ominador cada vez maior.
lI.X .., (dX / dK) .lI.K ou L'..X = (dX / dl) . M
K
Observe a isoquanta do gráfico anterior. Ao se passar
do ponto A para o ponto B, as variações nas quantidades
dos dois recursos provocam variações na produção que
se compensam, pois os dois pontos estão sobre a mesma
isoquanta. Assim, tem-se:

L'..X.., (dX / dK) . L'..K + (dX / dl) . lI.l = O


o
Então, (dX / dK) . lI.K = - (dX / dl) . lI.L
(dX I dl) I (dX I dK) = - L'..K I M
Denomina-se isocusto a figura geométrica representativa
dos custos de produção de uma empresa. Considerando-se
PMgL/ PMgK = -lI.K / lI.L as quantidades dos fatores de produção capital (K) e trabalho
(L), ter-se-ia a seguinte expressão:

Ou seja, a relação entre as produtividades marginais do


trabalho e do capital é igual à taxa marginal de substituição CT = r.K + w.L, (1)
técnica entre capital e trabalho.

Sendo CT o custo total, r a remuneração unitária do fator


capital (juro) e w a remuneração unitária do fator trabalho
(salário).
De (1), pode-se fazer K = (CT / r) - (w / r) . L, que é re-
presentada no gráfico abaixo por uma reta denominada
isocusto.

Considerando a limitação de custos da firma, esta pode


adquirir, no máximo, a quantidade CT / r de capital e CT /
w de trabalho. A inclinação da isocusto é igual a (CT / r) :
(CT I w) = w / r.
Se, por exemplo, uma firma tiver uma limitação de custo
de $ 10.000, a taxa de juros for r = $ 10 e o salário w = $ 50,
a função isocusto será 10.000 = lOK + 50L.
Dada a limitação de custo, a firma buscará atingir o maior
nível de produção. Ou seja, dada a isocusto, a firma buscará
situar-se sobre a isoquanta mais à direita possível.

A firma vai produzir sobre a isoquanta 11, que é a mais


à direita possível e representa o maior nível de produção,
dentro da limitação do custo total. No ponto C, a isocusto é
tangente à isoquanta.
Como, no ponto de maior produção possível, a lso-
quantas e a isocusto têm a mesma inclinação, pode-se dizer
que, nesse ponto, a taxa marginal de substituição técnica
entre capital e trabalho, que é representada pela inclinação
da isoquanta, é igual à relação entre as remunerações do
trabalho e do capital, que é representada pela inclinação
da isocusto.

-L'..KI M=w Ir

Mas como -lI.K / lI.L = PMgL / PMgK, podemos também ~~~~cr


concluir que, em equilíbrio, PMgl/ PMgK = w / r, ou seja,
a relação entre as produtividades marginais do trabalho e do
capital é igual à relação entre as remunerações do trabalho
e do capital. '-.)

81
~
~
Exercício: Por outro lado, se dobrarmos as quantidades de recur-
sos e a produção, em consequência, for multiplicada por 4,
Dada a função de produção X = 5 K2 L3,sendo K e L as a função é homogênea de grau 2, por que:
quantidades, respectivamente, de capital e de trabalho, e a
função de Custo Total 100 = 3 K + 2 L, determinar a quanti-
dade de trabalho que maximiza a produção.
Buscamos o ponto em que PMgL / PMgK = w / r

Cálculo de PMgK: Cálculo de PMgL: Exercício:

dX / dK = 10KL3 dX / dL '" 15L2K2 Calcular o grau de homogeneidade da função X = K4 +


2KL3 - 5L4
(15L2K2/ 10KL3) = 2/3 ; K = (4/9)L (1) ec
Resolução:
Como 100 = 3K + 2L, tem-se que K = (100 -2L) / 3 (2) (tK)4 + 2(tK)(tL)3 - 5(tL)4 '" (t4K41 + 2(tK) (t3L') - WL 4
on
De (1) e (2), tem-se que ô
mi
(4/9) L = (100 - 2Ll / 3 Donde L = 30 Donde a função é homogênea do 4º grau.
ca
Maximização de Produção e Minimização de Custo A Função de Produção Cobb-Douglas
,
A igualdade que leva ao nível de equilíbrio da firma, em
A função de produção denominada Cobb-Douglas possui
que PMgL / PMgK '" w / r, pode nos ajudar a ver outros as-
a forma
pectos. Por exemplo, fazendo-se PMgK / r = PMgL/ w, tem-se
que o equilíbrio da firma ocorre quando o produto marginal X '" A Ka Lb, sendo K e L as quantidades de capital e
do capital por unidade de custo do capital iguala o produto trabalho e A, a e b constantes. Considerando-se a + b '" 1,
marginal do trabalho por unidade de custo do trabalho. verifiquemos o grau de homogeneidade dessa função:
Assim, suponha-se que PMgK = 20, PMgL '" 12, r = 5 e w = ist
4. Como PMgK / r = 20/5 = 4, e PMgL / w = 12/4 = 3, cada o
unidade de custo do capital está rendendo mais produção do como a + b '" 1, a função é homogênea de 12 grau.
que cada unidade de custo do trabalho, resultando em que
é,
a firma deve diminuir a quantidade de trabalho e aumentar
Rendimentos de escala constantes, crescentes e
a quantidade de capital para aumentar a produção.
decrescentes
Pode-se também fazer r / PMgK '" w / PMgL, que iguala
qu
os custos do capital e do trabalho por unidade de produção.
Utilizando os mesmos números, tem-se que 5 /20 '" 1/ 4, Os rendimentos da produção podem ser classificados em
=
é menor do que 4/12 1/3. Isso significa que uma unidade constantes, crescentes e decrescentes.
de produto gera um custo de 0,25, utilizando capital, e um
Os rendimentos constantes de escala são aqueles que,
custo de 0,33, utilizando trabalho. Certamente que a firma
ao se multiplicar as quantidades de recursos por um determi-
deverá também substituir trabalho por capital para minimizar
nado valor, o volume de produção também fica multiplicado
os custos.
por esse valor. As funções de produção, nesse caso, são
Observa-se, portanto, que a firma tem condições, dada
homogêneas do 1º grau.
uma estrutura de custos, de rnaxlrnizar a produção e, dado
Os rendimentos crescentes de escala são aqueles que,
um certo nível de produção, minimizar os custos. Isto é o que
ao se multiplicar as quantidades de recursos por um deter-
se chama de dualidade na teoria da produção e de custo.
minado valor, o volume de produção fica multiplicado por
um valor maior. As funções de produção, nesse caso, são
Funções homogêneas de grau m
homogêneas de grau maior do que 1.
Os rendimentos decrescentes de escala são aqueles
Seja a função de produção q '" f (Xl' lS, ... r xn), sendo q
que, ao se multiplicar as quantidades de recursos por um
o volume de produção e Xi (i '" 1, 2, ... r n) as quantidades
determinado valor, o volume de produção fica multiplicado
dos recursos ou fatores de produção aplicados no processo
por um valor menor. As funções de produção, nesse caso,
produtivo. Essa função será chamada de homogênea de
são homogêneas de grau menor do que 1.
grau m., se
Exercício:

Dadas as funções X = 0,5KL e X '" 2K + 3L, verificar se os


Ou seja, ao multiplicarmos cada quantidade de recursos rendimentos são constantes, crescentes ou decrescentes.
pela constante t, o volume de produção fica multiplicado
por t" e a função é chamada de homogênea de grau fi. Resolução:
« Se, por exemplo, dobrarmos as quantidades de recursos e x = 0,5KL
a produção, em consequência, também dobrar, a função é
~ homogênea de grau 1, por que: f (tK, tL) '" 0,5tK, tL = t20,5KL = t2X (como o expoente de
O
z t é maior do que 1, a função é homogênea de 2º grau e os
O
q '" f (2x1, 2x2, ••• , 2xn) '" 2 f (xl' x2, ... r x) , donde m =1 rendimentos são crescentes).
U x = 2K + 3L dimentos são constantes).
loJ
8 Conceitos Básicos de Custos de Produção
2
f (tK, tL) = 2tK + 3tL = t (2K + 3L) = tX (como o expoente Uma empresa deve sempre estar atenta à
de t é igual a 1, a função é homogênea de 1Q grau e os ren- sua eficiência
e realize o seu processo de produção ao
Os custos fixos (CF) permanecem constantes, qualquer
menor custo possível. Existem dois tipos básicos de custos:
que seja o nível de produção. 83
os custos explícitos ou contábeis e os custos implícitos ou
econômicos.

Os custos explícitos são aqueles referentes aos gastos


efetivos com as quantidades de recursos ou fatores de pro-
dução empregados pela firma para a geração do produto.
Assim, o custo total de produção (CT) seria representado
pela expressão

W. o preço ou remuneração do fator de produção i e x


a quantidade empregada do fator. No caso simplificado d~ Os custos variáveis (CV) aumentam com o nível de pro-
emprego de apenas dois fatores, capital e trabalho, tem-se dução da firma, pois maior produção exige maior quantidade
a expressão: de recursos que podem variar no curto prazo.

CT = wL + rK, sendo w e r as remunerações do trabalho Mas observemos que a curva de custo variável apresenta
e do capital, respectivamente. dois tipos de curvatura. Até o ponto A ela é côncava, ou seja,
os custos aumentam menos do que proporcionalmente ao
Os custos implícitos ou econômicos levam em conside- aumento da produção. Isso ocorre pela razão de que, nas
ração que, por já estar ocupado, cada fator deixa de produzir primeiras unidades de produção o crescimento na quanti-
outro bem útil para a sociedade e o custo corresponderia ao dade de mão de obra vai utilizando com mais intensidade o
maior ganho que se poderia obter com a produção alterna- estoque de capital, que é fixo, o que aumenta o rendimento
tiva. Tudo aquilo que deixa de ser produzido é uma perda da produção mais do que proporcionalmente. Depois do
para a sociedade, e é chamado, como já vimos, de custo de ponto 8 começam a aparecer os rendimentos decrescentes,
oportunidade. Esse é o verdadeiro custo na ótica econômica. pois a maior quantidade de mão de obra depara-se com a
mesma quantidade de capital.
Os Custos e o Tempo

De acordo com o tempo considerado, os custos podem


ser classificados em de curto e longo prazo.

Curto prazo é o período de tempo suficientemente curto


tal que a firma não consegue variar a quantidade de todos
os recursos. Estão nessa categoria o tamanho da empresa,
a quantidade de terra, o estoque de capital, a tecnologia,
a mão de obra mais especializada e, por isso, chamados de
recursos fixos. No curto prazo, são consideradas variáveis
a mão de obra menos especializada e as matérias-primas.

Longo prazo é o período de tempo suficientemente longo


tal que a quantidade de todos os recursos pode variar. Todos
os recursos são variáveis no longo prazo. Os custos totais (CT) são o somatório dos custos fixos e
dos custos variáveis.
Custos fixos são os custos dos recursos fixos e custos
variáveis são os custos dos recursos variáveis. Vamos, agora, a outros conceitos de custo:
Vamos ver agora como se representa graficamente cada
tipo de custo, no curto prazo: Custo Fixo Médio (CFMe): é o custo fixo dividido pela
quantidade produzida.

CFMe = CF/q
CF
q/t Custo Variável Médio (CVMe): é o custo variável dividido
pela quantidade produzida.

CVMe = CV!q

Custo Total Médio, ou simplesmente Custo Médio (CMe):


é o custo total, dividido pela quantidade produzida.

CMe = CT/q

Custo Marginal (CMg): é a variação no custo total, dada


uma variação de uma unidade na produção da firma.

CMg = ACT / Aq
As curvas médias e marginais podem ser derivadas das (1)
curvas totais.

- A curva de Custo Marginal corta as curvas de Custo


(1) Médio e de Custo Médio em seus pontos
Variável
mínimos. Isso ocorre em razão da relação entre os
conceitos médios e marginais: quando uma variável
média aumenta, a variável marginal é maior do que
ela; e quando uma variável média diminui, a variável
marginal é menor do que ela.

Funções Custo Inversa e Indireta (2)


A função Custo relaciona as diversas quantidades pro-
duzidas de um bem com o respectivo custo, total, médio
ou marginal. Essa função é direta, pois o custo é função
da produção.(2)Podemos também indagar a respeito de qual
é o nível de produção associado a determinado custo de
produção. Nesse caso, o nível de produção seria função do
custo e a função considerada inversa.
Pode-se também dizer que a firma, dado certo montante
de custo, reúne fatores de produção e, dadas as suas remu-
nerações e o preço do produto no mercado, gera um produto
que tem determinado custo. A relação entre a quantidade A curva de Custo Médio, (2), corresponde às inclina-
de fatores e o respectivo custo final é denominada função ções das retas que, partindo da origem, cruzam a curva de
de custo indireta. Custo Total (1) em cada um de seus pontos. À medida que
aumenta a produção maior influência obtém da curva de
A curva de Custo Fixo Médio, (2), corresponde às incli- custo variável.
ESTRUTURAS DEque,
nações das retas MERCADO:
partindo da origem, cruzam a curva
CONCORRÊNCIA
de Custo Fixo (1) PERFEITA,
em cada um deMONOPÓLIO,
seus pontos. Como o Custo (2)
CONCORRÊNCIA
Fixo é constante, MONOPOLlSTA E
qualquer que seja a quantidade produzida,
OLlGOPÓLlO. O SIGNIFICADO
ele tende somente ECONÔMICO
a diminuir à medida que aumenta essa
DE LUCRO ZERO. MODELOS DE COURNOT,
quantidade.
BERTRAND E STACKELBERG. MERCADO DE
FATORES DE PRODUÇÃO
(1
)
Qual o nível de produção que a empresa decide atingir?
A resposta está no nível de produção que permite à empresa
obter o máximo lucro possível. Vamos agora ver como se A curva de Custo Marginal (2) corresponde aos pontos
determina esse nível, o qual depende do tipo de mercado representativos das inclinações da curva de Custo Total (1).
em que ela se situa. A teoria econômica simplificadamente
classifica os mercados em quatro tipos:
- Concorrência Perfeita;
- Monopólio;
- Concorrência Monopolística;
- Oligopólio.

(2)
A Concorrência Perfeita

São as seguintes as características desse mercado:

- O número de produtores e de compradores é sufi-


cientemente grande para que nenhum deles tenha o gráfico acima reúne as curvas de Custo Fixo Médio,
qualquer poder sobre o seu preço, que é determinado Custo Variável Médio, Custo Médio e Custo Marginal.
pelo mercado. Diz-se que tanto as firmas como os
consumidores são tomadores de preço.
Obs.: as curvas CTMe e CVMe diminuem a distância entre
elas, cada vez mais à direita.

A curva CMg corta as curvas CVMe e CTMe em seus


pontos mínimos.
A curva de Custo Variável Médio, (2), corresponde às
<C inclinações das retas que, partindo da origem, cruzam a curva Observe-se principalmente duas coisas:
~ de Custo Variável (1) em cada um de seus pontos. Observe-se - A curva de Custo Total Médio representa o somatório
O que a curva média tem a forma de U, pois o custo variável do Custo Variável Médio e do Custo Fixo Médio. A dis-
2 médio, no início, cai para em seguida aumentar, em virtude tância entre as curvas de Custo Total Médio e Custo
:
o da lei dos rendimentos decrescentes. Variável Médio diminuem à medida que aumenta o
U nível de produção, pois é cada vez menor o custo Fixo
Lo. Médio.
I
p p
84
_~o
Pj P1
~
demais firmas, o que torna o comprador indiferente a ~
adquirir o bem em qualquer uma delas.

- É livre a entrada de firmas no mercado, não havendo


O q/t O q/t
barreiras artificiais, como restrições legais, patentes,
Quantidade Preço da Receita Receita Receita licenças etc. a esse ingresso. A empresa também pode
Produzida unidade Total Média Marginal abandonar o mercado quando julgar conveniente.
1 10 10 10 10 - Há plena informação no mercado quanto aos preços
praticados por todas as firmas.
2 10 20 10 10
3 10 30 10 10 Construção da Curva de Receita da Firma em
Concorrência Perfeita
4 10 40 10 10
5 10 50 10 10 O quadro a seguir apresenta números correspondentes a
receitas auferidas por uma firma em concorrência perfeita:
6 10 60 10 10
7 10 70 10 10
8 10 80 10 10

~
~

Agora ocorre algo interessante. Como os lucros normais


da firma já estariam incluídos na curva dos Custos Totais,
os lucros representados pelo retângulo são considerados
extraordinários, acima do normal. Nesse caso, o mercado
será atraído por novas empresas, beneficiadas pela ausência
de barreiras à sua entrada. A conseq uência será o aumento
da oferta do produto (gráfico 1), que resultará em queda no
preço de mercado (p,). Essa queda no preço, se chegar a P2
Observe-se que, dado o preço constante, este e as Recei-
tas Média e Marginal são iguais. A seguir, tem-se os gráficos
representativos das receitas Média e Marginal (à esquerda)
e da Receita Total (à direita). A Receita Marginal é derivada
da inclinação da curva de Receita Total.

Em termos geométricos, sabe-se que é maior a distância (gráfico 2),


eliminará os
Rme,
lucros
RMg ~-----
entre duas curvas onde as suas inclinações forem iguais.
Então, o lucro será máximo quando a inclinação da curva de
Receita Total (a Receita Marginal) for igual à inclinação da extraordinários das firmas.
curva de Custo Total (o Custo Marginal). 01...-------.
q/t qlt
Em termos algébricos, tem-se que: (1
Determinação da Produção que Maximiza os Lucros
Lucro Total = Receita Total- Custo Total
LT= RT-CT )
Vamos agora determinar o nível de produção em que a
firma obtém o seu lucro máximo. Vejamos o gráfico a seguir:

CT
RT

Os gráficos acima mostram, à esquerda, o mercado de


determinado produto, com o preço fixado em Pl' e à direita
a curva de demanda pelo produto de uma firma em con-
corrência perfeita. Observe-se que a firma pode produzir
qualquer quantidade do produto, mas deve aceitar o seu
preço de mercado. Considerando o Lucro Total como a diferença entre a
Receita Total e o Custo Total, o lucro máximo se dá ao nível
- O produto é homogêneo, isto é, cada firma produz um de produção em que é máxima a distância entre essas curvas.
bem que não se diferencia dos que são oferecidos pelas

85
O que acontecerá no mercado se o preço cair abaixo
do nível do Custo Médio? A resposta depende da relação
entre esse preço e o Custo Variável Médio. Vamos racioci-
nar. Enquanto a firma produz, ela incorre em custos fixos e
em custos variáveis. Se a firma suspende a sua produção,
somente incorre nos custos fixos e não tem custos variáveis,
ou seja, não produzir significa não ter receita e ter uma perda
igual aos custos fixos. Se o preço de mercado, no entanto, for
superior ao custo variável médio, o preço cobriria esse custo
e ainda uma parte dos custos fixos médios. Então, valeria a
pena continuar a produzir enquanto o preço superar o custo
variável médio, pois é melhor arcar com parte do custo fixo
do que arcar com todo ele. A firma somente suspenderá a
produção se o preço for inferior ao custo variável.
suspensa, ela arcará
Preçocomda osReceita
custos fixos. E se ela continuar
Receita Receita I Princípio de lechatelier. Uma firma está sujeita a varia-
a Produzida
produzir, o preço cobrirá os Total
unidade custos variáveis
Média e ainda pagará
Marginal ções nos preços dos bens que produz e das remunerações
parte dos
1 custos fixos.10 10 10 10 dos fatores de produção. Com isso, ela altera os níveis de
Define-se, assim, produção que lhe proporcionam a maximização dos lucros.
2 9 a curva de18oferta de 9curto prazo como
8
110 ramo ascendente da curva de custo marginal que está A resposta da firma a essas alterações dá-se no curto e no lon-
3 8 24 8
localizado acima da curva de custo variável médio".
6 go prazo, conforme a maior ou menor elasticidade-produto
4 7 28 7 4 dos recursos de que dispõe. Uma firma normalmente res-
Enquanto
5 isso, a6 oferta de 30
longo prazo6para a firma 2é ponde mais efetivamente a essas alterações no longo prazo,
quanto ela irá produzir otimamente quando lhe for permitido dada a fixidez de certos recursos no curto prazo. Ou seja, no
6 5 30 5 -
ajustar o tamanho da unidade produtiva, isto é, ajustar os longo prazo é maior a elasticidade-produto dos recursos de
fatores7 que forem fixos4 no curto28 4 já vimos, -2
prazo. Como no que dispõe a firma.
longo 8prazo todos os3 fatores são 24variáveis.3Quando o preço
-4 do
produto da firma varia, a firma tem mais tempo no longo prazo Estruturas de Mercado: Concorrência Imperfeita
para se ajustar. Isso significa que a curva de oferta de longo (Monopólio, Concorrência Monopolista e
prazo é mais elástica do que a curva de oferta de curto prazo.
Oligopólio). Modelos de Cournot, Bertrand e

/
curto prazo
Stackelberg. Mercado de Fatores de Produção

longo prazo A Concorrência Imperfeita é constituída pelos outros três


tipos de mercado já anunciados.

o Monopólio
São as seguintes as características desse mercado:
q - Somente uma firma vende um determinado produto,
que não tem bons substitutos;
- Existem barreiras para a entrada de novas firmas na
No longo prazo, como a firma decide se continua ou não indústria.
nos negócios? A firma, no longo prazo, não pode ter prejuízo.
Dito de outra forma, os lucros têm que ser ao menos zero. Construção da Curva de Receita da Firma Monopolista

Façamos, então; Lucro> zero. O quadro a seguir apresenta números correspondentes a


RT - CT > zero; receitas auferidas por uma firma em mercado de monopólio:
RT > CT;
RT I q > CT I q;
preço> custo médio.

Então, a parte relevante da curva de oferta de longo


prazo é "a parte crescente da curva de custo marginal que
se localiza acima da curva de custo médio de longo prazo".

O mercado de concorrência perfeita é considerado o mais


vantajoso, pelos seguintes motivos:
- O sistema reage mais rapidamente às alterações
ocorridas nas necessidades dos consumidores e nos
níveis de custo;

- São minimizados os custos de produção, pois as Observações com relação aos números acima:
firmas procuram vender ao preço de mercado, e os - Para vender mais, o monopolista precisa abaixar o
lucros anormais são eliminados pela entrada de novas preço do produto, pois ele se depara com a reação
firmas; do consumidor;
A Receita Total, no início, tende a aumentar, atinge
- Há melhor distribuição de renda, pela eliminação dos um máximo e depois cai;
lucros extraordinários; A Receita Média é, por definição, igual ao preço do
- O consumidor paga pelo produto o menor preço produto;
Funções Lucro Inversa e Indireta
possível. A Receita Marginal é menor do que o preço.
A função Lucro relaciona as diversas quantidades pro-
duzidas de um bem com o respectivo lucro. Essa função é
direta, pois o lucro é função da produção.

Pode-se também dizer que a firma, dado certo montante


de lucro, possui determinado nível de produção associado
I

[
àquele lucro. Nesse caso, o lucro seria função da produção
e a função considerada inversa.

Pode-se também dizer que a firma, dado certo montante


de lucro, reúne fatores de produção e, dadas as suas remu-
nerações e o preço do produto no mercado, gera um produto
e correspondente lucro. A relação entre a quantidade de O gráfico acima mostra a curva de Receita Total (RT) do
fatores e o respectivo lucro final é denominada função de monopolista, que no início cresce e logo depois tende a cair.
lucro indireta.

87
c(

~ ,..
:". Justificativas do Monopólio
o : \'
\
z \
\
O \ Muitas pessoas são contra a existência de monopólios,
U pois têm uma ideia de que eles são sempre nocivos ao impe-
LoI \ direm a concorrência. Mas não é bem assim. São as seguintes
\ as justificativas de um monopólio:
RMg
- Existem atividades que, pelo volume exigido de inves-
timentos e o início da lucratividade iniciar-se somente
corta a metade da distância
entre O eRMe
88 a partir de determinado nível de produção, o
mercado
o gráfico anterior apresenta as curvas de Receita Média não comportar mais de um produtor. Considere-se
e Marginal do monopolista; a curva de Receita Média é a o gráfico seguinte, que mostra as curvas de Custo e
própria curva de demanda do mercado pelo produto. Receitas Totais de um empreendimento.
Pode-se ver no gráfico anterior que a curva da Receita
Marginal corta o eixo horizontal antes da curva de Receita
Média e se torna negativa. Em que ponto a Rmg corta esse
eixo? $
Vamos considerar que a curva da Receita Média seja
=
representada pela função p a - bq, sendo p o preço e q a
quantidade do bem. Nesse caso, ao preço p = O, q = a/b, ou
seja, a curva corta o eixo horizontal quando a quantidade é
igual a a/b.
Qual seria a função representativa da Receita Marginal?
Dado o preço do produto, RT = pq; então,
RT = pq = aq - bq2
()
= =
Rmg d (RT) / dq a - 2bq (essa é a função).
Então, quando Rmg = 0, a = 2bq, e q = a/2b.
A curva da Rmg corta o eixo horizontal quando a quanti-
o retorno positivo inicia-se somente a partir da produção
igual a q2. Se a produção for repartida entre empresas, de
dade é igual a a/2b, ou seja, no ponto que fica na metade da
modo que cada uma produza menos do que q2' nenhuma
distância entre a origem e o ponto onde a curva da Receita
delas terá lucro positivo. O monopólio é justificado para se
Média corta o mesmo eixo.
evitar o prejuízo e deve ser garantido pelo Governo por uma
concessão. Há exemplos reais nas atividades de empresas
telefônicas, de abastecimento de água, eletricidade e gás
Relação entre a Receita Marginal e a
natural.
Elasticidade-Preço da Procura - As patentes concedem a seus detentores um poder no
mercado para recompensar e estimular as invenções

Por definição, RT'" pq


e inovações. São exemplos as patentes concedidas
~RT '" p~q + q~p + ~q ~p a
Eastman na fotografia, Edison na lâmpada, Ball nos
Eliminamos ~q ~p por ser insignificante, e dividimos telefones, IBM nos computadores e Xerox nas foto-
ambos os termos por Aq: cópias.
~RT / ~q = (p~q) / ~q + (q~p) / ~q p + q~p /~q= - Ocorrem monopólios quando determinadasempre-
sas controlam as fontes de matérias primas, como o
petróleo nos países árabes, os diamantes na África
Fazemos ~RT/ ~q '" Rmg, e multiplicamos e dividimos o do
segundo fator da soma por p: Sul, a empresa norte-americana ALCOA, produtora
=
Rmg p + p (q~p / p~q) de
alumínio, que controlava as minas de bauxita.

A expressão (qóp / p~q) é o inverso da elasticidade-pre- - Certos setores exigem recursos mais vultosos para
ço; então, ingresso de novas empresas.
Rmg = p + p (lí E) = p ( 1 + 1 í Ed)
- Certos setores exigem criação de rede de distribui-
dores exclusivos, como no caso de automóveis.
Como Ed é negativo, fazemo-Io positivo e trocamo-lhe - O talento de um grande empreendedor é um fator
que pode limitar a ação de outros empresários em
o sinal:
um setor da economia.

Determinação da Produção que Maximiza os Lucros

Assim, tem-se: O ponto de equilíbrio do monopolista, que é o nível de


- quando Ed> 1, Rmg > O produção correspondente ao máximo lucro, pode ser visto
- quando Ed = 1, Rmg = °
°
de dois modos.
- quando Ed < 1, Rmg <

o monopolista produz na faixa elástica da curva de $


procura, onde a Receita Marginal é positiva.
No gráfico anterior, temos o lucro máximo representado • máximo lucro O preço é maior do que o Custo Marginal. R
pela distância entre as curvas de Receita e Custo Totais. Essa T
A produção do monopolista é igual a ql é outra característica do monopólio, demonstrada a seguir: =
p
q

lI.
R
T
=
pl
l.
q
+
ql
Nesse outro gráfico, o mesmo lucro é visto a partir da igual- l.
dade entre a Receita Marginal e o Custo Marginal. Ao nível p
de produção ql a curva crescente do Custo Marginal corta a +
curva decrescente da Receita Marginal. Nesse nível, o preço, lI.
ou Receita Média, é PI. Os lucros extraordinários equivalem q
à área do retângulo formado pela diferença entre a Receita lI.
Média e o Custo Médio, e a quantidade produzida (P1 ASC). p
lI.
Questão comentada R
T
Seja um monopolista com a função Custo Total 50 + q2, e a /
=
demanda p (q) 40 - q. Calcular o preço e a quantidade de
lI.
equilíbrio de mercado e o lucro total da empresa.
q
Comentário: =
pl
A condição de máximo lucro é Cmg == Rmg. O custo mar- l.
ginal, Cmg, é a derivada do Custo Total (CT): 2q. A receita q
marginal, Rmg, é a derivada da Receita Total (RT), que é o /lI
preço multiplicado pela quantidade: (40 -q) q = 40q _ q'.
.
Daí que Rmg = 40 - 2q. Igualando, tem-se Cmg == Rmg,
q
ou seja, 2q = 40 - 2q; donde q = 10. Se q = 10, o preço é
40 - 10 == 30. A Receita Total é p . q = 30 . 10 == 300. O Custo +
=
Total é 50 + q2 50 + 102 == 150. Donde o Lucro Total é ql
=
RT - CT == 300 - 150 150." l.
p
Poder de Monopólio (mark-up) Il
I.
o poder de um monopólio pode ser representado pelo q
excesso do preço em relação ao seu custo marginal. Esse
=
poder, ou o "rnark-up" do rnonopolista, é calculado a partir
p
da expressão Rmg = p (1- (1 / Ed)). Como Rmg == Cmg, faz-se
Cmg = p (1- (1/ Ed)). Então, p/ Cmg = 1/ (1-(1 / Ed)). Assim, +
quanto menor a elasticidade, maior o rnark-up, ou o poder ql
de monopólio, e vice-versa. l.
p
Enquanto isso, o índice de Lerner é igual a (p - Cmg) / p. Il
Substituindo Cmg pela expressão acima Cmg = p (1- (li E)), I.
chega-se ao índice, que é igual a 1 I Ed'
q
Se uma empresa conhece a elasticidade-preço da
demanda pelo seu produto e o seu custo marginal, pode
determinar o preço a ser cobrado, utilizando a expressão do D
mark-up. Por exemplo, se a elasticidade-preço da demanda o
for igual a 2 e o custo marginal $5 por unidade, calcular o n
preço a ser cobrado pelo monopolista. d
e
Crng = p (1- (1 I Ed)); 5 = P (1- (1 I 2)); donde p = $10.
R
Atente-se para o fato de que esses lucros extraordinários m
permanecem no longo prazo, pois em virtude das barreiras g
normalmente encontradas nesse tipo de mercado é impedida =
a entrada de novas empresas, ao contrário do que ocorre em p
concorrência perfeita. +
ql
O gráfico mostra também que ao nível de produção de
.....
l.p /lI.q
Como p e q variam em sentido inverso, tem-se que (lI.p
IlI.q) < O
Então, p > Rmg.
89
Problemas Apresentados pelos Mercados Monopolistas

- A existência de lucros extraordinários, mesmo no lon-


go prazo, faz com que o preço seja maior e a produção
menor do que no mercado de concorrência perfeita.
- Como o preço é maior, a produção é efetivada a um
nível em que o custo médio é maior do que o mínimo,
ou seja, não é o mais eficiente.

O gráfico anterior mostra que, no monopólio, o preço


é maior e a produção é menor do que a do mercado de
concorrência perfeita.

- Como os lucros são acima do normal, a distribuição de


renda é mais desigual.

Tipos de Controle dos Monopólios

- Preço Máximo

O Governo pode determinar que o monopolista aplique


um preço máximo ao seu produto.

RMg

No gráfico acima, em monopólio o preço de mercado


seria P1 e a quantidade produzida ql' Com a fixação do preço
máximo em P" a maximização de lucro dar-se-à quando
esse preço for igual ao custo marginal (A), isto é, ao nível
maior de produção qz'

- Um imposto unitário sobre a produção: é a aplicação


de um tributo específico, ou fixo, sobre cada unidade
vendida. Trata-se de um custo variável, pois quanto
maior a produção, maior o montante do imposto a ser
recolhido. O preço aumenta e a quantidade produzida
diminui, diminuindo os lucros da empresa, em razão
de queda na receita total e aumento dos custos totais.
- Um imposto global: é a aplicação de um imposto fixo
sobre os lucros do monopolista, que seria, portanto,
«
um custo fixo, independente da produção. Como o
custo marginal não se altera, pois não há alteração
~
O
nos custos variáveis; as quantidades produzidas e o z
O
preço são os mesmos e os lucros totais diminuem. u
« A Discriminação de Preços As seguintes expressões completam corretamente o
texto, respectivamente:
~ Denomina-se discriminação de preços a venda de dife-
o rentes unidades do produto a preços diferentes. Existem a) concorrência perfeita; afetam; total; elástica; a infinito.
z três tipos de discriminação de preços: de primeiro grau, de b) monopólio; não afetam; marginal; elástica; a infinito.
o segundo grau e de terceiro grau. c) concorrência perfeita; não afetam; total; inelástica;
U a infinito.
\1.1 A discriminação de preços de primeiro grau é aquela d) concorrência perfeita; não afetam; total; elástica; a
em que o monopolista consegue vender unidades diferentes zero.
do produto a preços diferentes, e esses preços podem ser e) concorrência perfeita; não afetam; marginal; elástica;
diferentes de pessoa para pessoa; é também conhecido a infinito.
90 como discriminação perfeita de preços. Suponha-se que um
vendedor de um produto, mesmo tendo várias unidades para Gabarito: e
vender, só ofereça a primeira ao preço máximo que o merca-
do poderia absorver. Se a função demanda correspondente Comentário:
for, por exemplo, p = 20 - q, a primeira unidade seria vendida
A demanda, ou preço, em concorrência perfeita, é re-
por $ 19; depois, poderia oferecer a segunda unidade por s presenta por uma linha horizontal, pois a firma é toma-
18; a terceira por $ 17; a quarta por $ 16, e assim por dian-
dora de preço perante o mercado como um todo e suas
te. As quatro unidades seriam, portanto, vendidas, em seu ações não afetam esse mercado; como o preço é dado,
conjunto, por 19 + 18 + 17 + 16 = $ 70, e não por $ 64, que o preço é igual à receita marginal; e como a quantidade
seria o caso se vendesse as quatro unidades juntas. Nesse demandada pode variar para mais ou para menos dado
caso, o excedente do consumidor é nulo. esse preço, a elasticidade é infinita.
Desse modo, observa-se que a receita marginal do mo-
nopolista, em cada transação, é igual ao preço do produto A Concorrência Monopolística
e o custo marginal iguala-se ao preço no ponto de maximi-
zação de lucros e o monopolista opera de modo eficiente. As características do mercado
O efeito adverso é que a distribuição de renda da economia
- Há muitos vendedores de um produto que possui
é afetada pela apropriação do excedente do consumidor
certa diferenciação, conforme a empresa, ou pelo
pelo monopolista.
menos o consumidor assim considera.
A discriminação de preços de segundo grau ocorre
Apesar de diferenciado, o produto possui bons subs-
quando o monopolista cobra preços diferentes de cada
titutos.
consumidor, conforme a quantidade adquirida do produto.
A entrada e a saída de firmas, no mercado, é livre.
Exemplos estão nos descontos proporcionados por empresas
A diferenciação exige que o mercado esteja voltado
a determinados clientes e as diferentes tarifas cobradas por
para a utilização de propaganda.
empresas prestadoras de serviços públicos a faixas diferentes
de consumidores. São exemplos de firmas desse mercado as de prestação
A discriminação de preços de terceiro grau ocorre de serviços, como as barbearias e cabeleireiros, oficinas,
quando o monopolista cobra preços diferentes de cada limpeza e conservação, postos de abastecimento de com-
grupo de consumidores, em mercados diferentes, em bustiveis, serviços bancários etc., bem como as diversas
razão de elasticidades-preço diferentes em cada mercado. marcas de produtos, como os alimentos, os de limpeza,
Costuma-se citar os aposentados e os estudantes como medicamentos, lojas de roupas etc.
exemplos de grupos onde se verificam esse tipo de discrimi-
nação de preços, isto é, certos produtos Ihes são oferecidos A Curva de Procura pelo Produto
a preços mais baixos, em razão de supostamente terem
elasticidades-preço maiores. É considerada inclinada para a direita, pois o ofertante,
ao procurar fixar um preço, defronta-se com a correspon-
EXERCíCIOS dente reação do consumidor. Mas a curva é mais elástica
do que a do monopólio, já que nesse mercado qualquer
1. (Economista do Ministério do Trabalho e Emprego, variação no preço tende a provocar variações mais do que
2008) proporcionais na quantidade procurada, justamente pela
Julgue o item a seguir. existência de bons substitutos.

- O fato de as companhias aéreas cobrarem mais ba- Uma variação no preço, entre Pi e P2' resulta em variação
rato pelas passagens reservadas com antecedência mais do que proporcional na quantidade, entre ql e q2'

exernplifíca a hipótese de discriminação de preço,



p. I

que é razoável supor que, nesse mercado, a


deman- I
da é mais preço-elástica, quando comparada com a Pi ~-=~i ____
P, ~--~----_.-::::::-::~------_ RM
daqueles que precisam viajar em cima da hora.
l... :J.. ____________________~
Resposta: C O ~ ~ *
2. (Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG!
A Curva de Receita Total
2003) Considere o seguinte texto (extraído do livro Mi-
croeconomia, de C.E. Ferguson, Ed. Forense): "Ademan-
Já que, para vender mais, o ofertante necessita diminuir
da para um produtor em um mercado de ............................. o preço do seu bem, a receita total comporta-se do mesmo
é uma linha horizontal ao nível do preço de equilíbrio modo que no monopólio: nas primeiras unidades ela cresce
do mercado. As decisões do vendedor quanto ao seu até atingir um máximo, e depois vai decrescendo à medida
nível de produção ................................o preço de merca- que os preços vão caindo.
do. Nesse caso, as curvas de demanda e de receita
................... são idênticas; a demanda é perfeitamente
.................... e o coeficiente de elasticidade-preço tende
"
A curva de Receita Total (RT) apresenta crescimento nas p
primeiras unidades vendidas, para depois decrescer. r
e
f
RT,CT e
r
i
n
d
o

q/t d
i
A Maximização do lucro da Firma v
e
Efeitos do Mercado de Concorrência Monopolística
Dadas as curvas de Receita Total, descrita acima, e a de r
Custo Total, descrita anteriormente, a produção de máximo s
- Em comparação com o mercado de concorrência
lucro será aquela resultante da maior diferença entre elas. a
perfeita, a produção é menor, o que acarreta preços
s
maiores.
Ao nível de produção ql' é máxima a distância entre
as curvas de Receita Total (RT) e Custo Total (CT), atestado CT v
pelo fato de que são iguais as suas inclinações nesse ponto. e
O lucro total é igual a AB. RT z
e
s

p
a
g
a
n
d
o

m
a
O mesmo lucro pode ser visto pelas curvas marginais. i
O gráfico compara a produção em concorrência s
Ao nível de produção ql' a receita marginal (RMg) iguala-se
monopolística (q) com a produção em concorrência
ao custo marginal (CMg) e o lucro total é equivalente à área c
perfeita [q.],
do retângulo abcd. a
No longo prazo, com a entrada de novas firmas, os lu- r
cros são normais. o

As firmas não atuam em seu nível ótimo de produção,


p
ou seja, ao custo médio mínimo, pois nesse nível os
o
lucros não são máximos. Há, portanto, uma capacida-
r
de de produção acima do produto efetivo.
v
Ao nível de produção ql' a firma está produzindo acima
a
do ponto correspondente a seu custo mínimo, cuja produção
n
seria em q2'
t
a
g
e
Observações Sobre o lucro
n
O lucro total, dado pela distância AB ou pelo retângulo s
abcd, é considerado extraordinário, acima do normal,
a
em razão de o lucro normal já estar incluído nas curvas
p
de custo.
a
O preço fixado para o produto de cada empresa pode
r
ser diferente nesse mercado, pelo fato de o produto e
ser diferenciado. n
- O lucro extraordinário não se mantém no longo prazo, No ponto de maximização do lucro, o preço é maior do t
já que não há barreiras à entrada de novas firmas, que o custo marginal, o que significa que a produção e
as quais serão atraídas pelos lucros. está aquém do ponto de maior bem-estar social, ou s
abaixo do nível ótimo de Pareto. .
Com a entrada de novas firmas, a queda no preço fará
diminuir a receita total, diminuindo os lucros extraordinários - Existe desperdício de recursos, pois as firmas fazem
até sua eliminação. modificações insignificantes nos produtos tendo em
vista sua diferenciação, aumentando os custos e as
Ao nível de produção ql. permanece somente o lucro despesas com propaganda.
normal. Os consumidores têm diversos tipos de produto à sua
escolha, o que é favorável, mas por outro lado acabam
~
~

91
OOligopólio Oligopólio não Conivente e não Organizado
A ação independente das firmas pode levar à guerra de
As Características do Mercado preços. Para qualquer decisão, tem-se que levar em conside-
O número de empresas produtoras é relativamente ração a reação das demais firmas. Se uma firma aumentar o
pequeno, de tal modo que as atividades de cada uma preço e as demais não, diminuirá vendas e perderá mercado.
delas repercutem na das demais e provoca reações Se abaixar preços e as demais não, poderá ganhar, mas se
antecipadas e postecipadas nestas. outras também abaixarem, ganhará menos mercado.
Os produtos podem ser mais ou menos diferenciados,
embora sejam considerados bons substitutos, pois a A "curva quebrada" representa os riscos envolvidos em
diferenciação pode ser apenas subjetiva. Nesse caso, uma ação independente da firma, e explica a rigidez dos
o oligopólio é classificado em oligopólio puro ou preços desse mercado.
diferenciado. p
Cada empresa é beneficiada pela existência de eco-
nomias de escala, a qual exige considerável volume
de investimentos, que por sua vez é um fator de
dificuldade na entrada de novas firmas.

A Curva de Procura pelo Produto


A dificuldade de se prever a reação das demais firmas
diante da iniciativa de uma delas não permite conhecer-se ptq
com exatidão as quantidades procuradas pelo consumidor
diante de variações no preço do produto. Assim, se uma Como qualquer variação no preço de uma firma pode
firma varia o preço, a quantidade demandada pode subir resultar em perda de participação nas vendas, o mercado
ou descer, dependendo do que farão outras firmas diante também se caracteriza por certa rigidez nos preços.
daquela variação inicial.
A Maximização do Lucro da Firma
Tipos de Oligopólio
Os ollgopólios podem ser classificados em: conivente e RT, CT
organizado; conivente e não organizado; e em não conivente
e não organizado.

Oligopólio Conivente e Organizado


Consiste nos cartéis, definidos como organizações de pro-
dutores dentro de uma indústria, com o objetivo de diminuir
a concorrência predatória entre eles. Os cartéis podem ser
mais ou menos centralizados, conforme as empresas trans-
ferirem mais ou menos suas decisões para uma associação plt
central. Uma associação pode, por exemplo, decidir reduzir
a produção de seus membros para aumentar artificialmente
os preços de mercado, como vez por outra agem os membros O gráfico mostra o lucro máximo na maior diferença en-
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo -OPEP. tre as curvas de Receita Total (feita a partir da "curva quebra-
Nesse caso, esse mercado passa a constituir um verdadeiro dali) e a curva usual de Custo Total, ao nível de produção q"
monopólio, sendo explicado por essa teoria. O lucro do ollgopolista deve ser mantido no longo prazo,
em virtude da dificuldade da entrada de novas empresas
no mercado.
Olígopólio Conivente e não Organizado (Liderança de
Preço)
A Competição entre as Firmas do Oligopólio
São realizados acordos informais entre as empresas, de
Tendo em vista que cada firma reluta em invadir o mer-
modo a serem estabelecidas tacitamente níveis de preços e
cado alheio por reduções de preço, evitando as reações im-
produção. Se uma firma consegue, por exemplo, níveis de
previsíveis da rivais, são utilizados os seguintes instrumentos
custos mais baixos, os seus preços serão menores e ditarão,
de competição:
necessariamente, os preços das demais.
- propaganda: para poder aumentar os preços e
A empresa 1 possui custos maiores do que a empresa
aumentar as vendas é preciso diminuir a elastici-
2. Esta maximiza lucros ao nível de produção q" fixando o dade-preço da procura, e é utilizada a publicidade
preço de mercado em P" que a empresa 1 tem de aceitar,
para conquistar clientes fiéis. Tal medida aumenta
embora não seja o que lhe propiciaria os lucros máximos.
os custos, mas possibilita alcançar-se aumento maior
nas receitas.
- diferenciação no produto: as inovações e os aper-
feiçoamentos constantes auxiliam na conquista e na
preservações de clientes.
Exercício:

(Economista do Ministério do Trabalho e Emprego/2008)


Julgue o item a seguir.
<C ( ) Na indústria automobilística, o fato de que somente as
~ grandes empresas conseguem utilizar de forma eficiente
o os robôs e equipamentos exigidos para a produção de
z veículos contribui para a oligopolização desse setor.
O
u Resposta: C
w
Efeitos do Mercado Oligopolista ocorre em c
9 qualquer u
2 mercado que st
- Sobre a produção e o preço - a produção é menor e o não seja este. o
preço é maior do que em concorrência perfeita, s
como Sobre os d
e produção - como a produção é total de 105. Observe-se, portanto, que o oligopólio pode
menor do que poderia ser, ela se dá em um nível em produzir mais do que o monopólio e a um preço menor ao
consumidor.
que o custo médio é maior. Como se observa, cada empresa vai procurar adaptar
suas decisões de acordo com as da outra empresa, a fim de
Sobre a distribuição da renda - é pior, devido à exis- maximizar seus ganhos. Trata-se de um equilíbrio de NAS H,
tência de lucros extraordinários. definido como a melhor decisão a ser tomada por uma firma
Sobre a satisfação do consumidor - a existência de a partir do que tiverem decidido as demais.
lucros extraordinários indica que o consumidor de-
sejaria uma produção maior e um preço menor. Por Modelos Especiais de Oligopólio
outro lado, a alocação de parte desses lucros para
pesquisas, permitem as inovações, que resultam em o estudo do mercado oligopolístico incorpora alguns
produtos mais aperfeiçoados. modelos teóricos, o de Cournot, Stackelberg, Bertrand e
liderança-preço. Vamos a eles:
Em comparação com o monopólio, o mercado oligopo-
lístico possui a vantagem de, ao incorporar mais empresas, O modelo de Cournot é devido ao francês Augustin
minorar a concentração de renda. Enquanto isso, possui a Cournot. Premissas básicas: é um duopólio (mercado de
desvantagem de exigir que cada uma das firmas do mercado duas empresas); a mercadoria é homogênea; e cada empresa
alcance, para ser viável, determinado nível de economia de decide produzir de acordo com a decisão de produção da
escala, enquanto que o monopólio exige que apenas uma concorrente, que considera dada.
empresa atinja esse nível. Considere-se que o produto seja água, obtida de uma
fonte natural, e que o custo marginal de produção (CMg) seja
Uma Comparação entre a Concorrência Perfeita, o Mo- nulo para ambas as firmas. Seja a função procura p = 100 - q.
nopólio e o Oligopólio Nesse caso, tem-se o comportamento inicial da firma 1:
- receita total (RT) = pq = 100q - q2.
Vamos supor que duas empresas, A e B, explorem dois - receita marginal (RMg) = 100 - 2q.
poços de água potável a um custo marginal zero. A função - máximo lucro: RMg = CMg; RMg = O; 100 - 2q = O;
procura é p = 10 - 1/5q. Eis a tabela com preços e quanti- q = 50.
dades do mercado: - P = 100 - 2q = 100 - 50 = 50

A firma 1 vai produzir 50 unidades do produto.

q P RT p
O 10 O
5 9 45
10 8 80
15 7 105
20 6 120
25 5 125 q/t
30 4 120
35 3 105 Com base na produção da firma 1, de 50, a firma 2 vai
40 2 80 preencher o restante do mercado: (100 - 50) / 2 = 25.

45 1 45 A firma 2 vai produzir 25 unidades do produto.


50 O O
p
Cada firma em concorrência perfeita maximiza seu lucro
no ponto em que o preço é igual ao custo marginal. Dado
que CMg = O, tem-se p = O; como p = 10 -1/5 q, tem-se que
10 - 1/5q = O, onde a produção maximizadora de lucros é q
=50. O lucro é igual à receita total 50 . O = O.

Em monopólio, tem-se o ponto de máximo lucro quan-


do a receita marginal é igual ao custo marginal. Fazendo-se q/t
=
RT p.q = (10 - 1/5 q) . q = 10q - 1/5 q2; daí que RMg =
10 - 2/5 q = O; onde q = 25 e p = 5. O lucro é igual à receita As duas firmas produzirão 50 + 25 = 75, ao preço de
total 25 . 5 = 125. mercado p = 100 -75 = 25.
Consideremos agora um oligopólio formado pelas duas
empresas A e B (um duopólio). Se atuarem de comum acor- Já que a firma 2 produz 25, a firma 1 vai passar a pro-
do, poderão atuar como o monopólio e dividir o mercado duzir ql = (100 - 25) / 2 = 37,S. O preço de mercado será
(q ::: 25), produzindo cada uma 12,5 unidades do produto a p = 100 - (25 + 37,5) = 37,5.
um lucro de 62,5 para cada firma. Não sendo possível o acor- Já que a firma 1 passou a produzir 37,5, a firma 2 vai passar
do, nada impede que uma delas tente avançar produzindo
mais do que a outra. Suponhamos que a firma A produza 17,5 a produzir q, = (100-37,5)/2= 31,25.Já que a firma 2 passou a
unidades, e B, 12,5. Sendo q = 17,5 + 12,5 = 30, o preço será produzir 31,25, a firma 1 vai passar a produzir q. = (100 -31,25)
ct
igual a 4. O lucro de A será 17,5 .4= 70 e o lucro de B será / 2 = 34,38. Já que a firma 1 passou a produzir 34,38, a firma
12,5 . 4 = 50, num total de 120. 2 vai passar a produzir q2 = (100 - 34,38) /2= 32,81. E assim
~
Se a firma B resolver também elevara produção para 17,5, por diante. Para onde tenderão as produções das duas firmas? O
=
ter-se-á uma produção total q 35 e um preçocorrespondente Para esse cálculo, vamos a uma abordagem mais algébrica. 2:
de 3. O lucro de cada uma será igual a 17,5 . 3 = 52,5, num - função procura: p = a - b (q,+ q,)
=
- custos marginais: CMg, CMg2 = O O
U
LU

93
94
~
~
- receita total da firma 1: RT1: p.q.« €a - b (ql+ q2) . ql
: a . ql- b . qt- b. q2' ql

- receita marginal da firmal:


RMg1'" a . 2b . ql - b . q2
- RMg1: CMg1'" O; a . 2b . ql - b . q2: O;
=(
q1 a - b. q2) 1 Zb

Fazendo os mesmos cálculos para a firma 2:


q2: (a - b. ql) 12b

Essas duas equações representam as curvas de reação


das firmas 1 e 2, respectivamente. Resolvendo, tem-se que
ql= q2= a 13b

O preço é p : a - b (ql + q2); donde p = a 13


Pode ser demonstrado que, se o custo marginal for
diferente de zero, como o valor ç, as quantidades finais ql
e q2 serão iguais à expressão (a-c) / 3b e o preço final igual
a (a + 2c) / 3.

Dada a função procura p = 100 - q, tem-se que:


ql = q, = a / 3b = 100/3 : 33,33.

Donde o preço é igual a a 13 = 100 / 3 "33,33

As duas curvas de reação das firmas 1 e 2 determinam


os níveis de produção de cada uma delas.

O modelo de Stackelberg considera que uma das firmas


toma sua decisão de produção antes do que a outra, e por
isso acaba tendo mais vantagem do que ela. Seja a função
p = a - b (ql + qJ

RT = aql - bq12- bq.q,


A empresa 2 tem a curva de reação q, = ( a - b. ql) / 2b
A empresa 1, por seu turno, fixará a sua produção de

acordo com a curva de reação da firma 2:


RMg1 = a . 2b . q~ - b . q2 '" ( a . 2b . ql - b) ( a - b. ql) / 2b = O
donde ql: a I 2b. De acordo com a função preço,
ql = 100 / 2 = 50
Se a firma 1 produz 50 unidades, a firma 2 produzirá q2
: (a - b. q.) 12b: (100 - 50) / 2 = 25.
Observe-se, então, que a firma 1 produzirá o dobro da
firma 1, o que deverá significar o dobro dos lucros. O modelo
enfatíza o fato de que a firma 1 é beneficiada por ter sido
a primeira a fixar sua produção, o que lhe dá vantagem em
conquista antecipada do mercado.
O modelo de Bertrand realça o aspecto de que as firmas
fixam os preços a serem cobrados em vez das quantidades
s a serem produzidas. E nesse caso as firmas tendem a fixar
o preço ao nível de custo marginal, tendendo seus lucros a
:iE zero, pelo receio de perderem fatias do mercado.
o O preço que cada uma das firmas irá escolher deverá ser
z o mínimo possível, quanto mais homogêneo for o produto.
E se elas escolherem o mesmo preço, cada uma ficará com
o metade do mercado. O modelo diz que cada firma será
U levada a atuar como no mercado de concorrência perfeita,
101 igualando o preço ao custo marginal. Seja a função procu-
=
ra p 100 -q, sendo q '" (ql+ qJ Desta vez assumiremos um
custo marginal igual a 4.
assegura uma série de vantagens, que são:

- A livre mobilidade de empresas, tanto para entrada


como para saída, permite uma resposta rápida para
Se as alterações ocorridas nas necessidades dos consu-
p '" midores e nas condições de custo;
CMg,
100- - Como as firmas são tomadoras de preço, isto é, têm
(q1+ q) de aceitar o preço determinado no mercado, procuram
= 4, minimizar os custos de produção para obter lucros;
donde
- Pelo mesmo motivo acima, os consumidores pagam
ql+ q2:
pelo produto o menor preço possível;
96, ql
- A entrada e a saída de empresas, no longo prazo, faz
=
com que desapareçam os lucros puros, ou extraordi-
q2 =
nários, melhorando a distribuição da renda;
48.
- Como o lucro máximo é obtido pela igualdade do preço
Ca
com o custo marginal, os excedentes do consumidor
da
e do produtor são máximos.
firma
terá Enquanto isso, a concorrência imperfeita não consegue
uma obter as vantagens da concorrência perfeita. Eis algumas
receita dessas desvantagens:
total
igual a - As barreiras, econômicas ou legais à entrada de novas
p. ql= 4 firmas, impedem que haja maior agilidade do mercado
. 48 '" às alterações na demanda;
192,
que - O maior ou menor poder de mercado permite que
será empresas fixem preços ao consumidor;
igual - O preço é maior do que em concorrência perfeita;
ao - As barreiras à entrada permitem a obtenção de lucros
custo extraordinários mesmo no longo prazo;
total, - Ao igualar o custo marginal à receita marginal, no pon-
resulta to de máximo lucro, o preço é fixado acima do custo
ndo em marginal, o que gera ineficiência econômica.
um
lucro O Mercado de Fatores de Produção
total
igual a O mercado de fatores refere-se ao mercado da compra de
zero. insumo e de fatores de produção. Eis algumas características
desse mercado:
Va
nta 1. A demanda derivada dos fatores: a demanda de um
ge fator de produção é derivada, no sentido de que depende
ns da demanda pelo produto que os fatores geram. Exemplo:
da a demanda por professores de cursos preparatórios para
Co concursos é derivada da demanda de pessoas por aulas para
nc fazerem os concursos.
orr
ên 2. O lucro da firma com a contratação de um fator: a firma
cia
vai contratar uma unidade adicional de um fator de produção
Per
se o valor do aumento de produção propiciado por esse fator
feit
a for maior do que o custo dessa unidade de fator, ou se a receita
marginal do fator for maior do que o custo marginal do fator.
o Vamos considerar o fator trabalho, que simplifica nossa aná-
mercad lise. Essa condição fica: RMgL > CMgL, sendo RMgL a receita
o de marginal do trabalho e CMgL o custo marginal do trabalho.
concor
rência Então, pelas definições, tem-se: RMgL : L'lRT / L'lL e
perfeit CMgL'" L'lCT / L'lL, sendo L'lRT a variação na Receita Total,
aé L'lL
consid a variação no Custo Total e L'lCT a variação no Custo Total.
erado o Podemos, ainda, melhorar essa igualdade, fazendo: L'lRT
/ L'lL = (L'lRT 1 Aq) . (L'lq / L'lL). Isso quer dizer que a receita
ideal, marginal do trabalho é igual à receita marginal, vezes o
não só produto marginal do trabalho.
do
ponto
de
vista
econô
mico,
como
també
m no
social,
porque
ele
~
~
3. Quantas unidades do insumo a firma vai empregar? I Agora, o salário nominal cai, de w1 para w" e o emprego
Depende dos tipos de mercado em que ela atua. Vamos aumenta.
considera r o mercado de concorrência perfeita na produção
e na compra de insumos; depois, o mercado imperfeito na 5. Uma firma monopolista na produção e concorrente
produção e de concorrência perfeita no de insumos; e final- perfeito no mercado dos fatores.
mente o monopsônio.
Se a firma é rnonopolista, a receita marginal é menor
do que o preço.
Temos de considerar antes que a firma vai empregar uma
unidade adicional de insumo enquanto a RMgL for maior do
que o CMgl. Mas, como a RMgL depende do produto margi- VPMgL
nal do trabalho e este é decrescente, a firma vai empregando
o recurso até o ponto em que esses valores se igualam:
RlvIgL
RMgL = CMgL, ou ( Ó,RT / Llq ) . (Llq / LlL ) = CMgL.
4. Concorrência perfeita na produção e na aquisição de
insumos.
w
A firma em concorrência perfeita iguala a receita marginal
ao preço: RMg = P. Se há concorrência perfeita também no
mercado de insumos significa que o custo da mão de obra,
o salário, é dado e igual a W. A firma é tomadora de preço nesse
=
( LlRT / Llq ) . (Llq / M ) CMgL;
L
mercado e tem= de
P . PMgL W;aceitar
VPMgLesse
= W.nível de salário. Então, tem-se:
No gráfico acima, a firma monopollsta emprega Ll uni-
A expressão P . PMgL é o valor do produto marginal do dades de trabalho, no ponto em que a receita marginal do
trabalho ( VPMgL ), que é igual ao salário W.
trabalho (RMgL) é igual ao salário W. Duas observações: 1.
no nível de emprego Ll o valor do produto marginal é maior
VPMgL
t do que o salário; 2. o emprego Li é menor do que o emprego
em concorrência perfeita (L,).
w
6. O rnonopolista é o único empregador do recurso
(monopsônio).
Denomina-se monopsônio a situação de mercado em que
uma firma é a única empregadora de determinado recurso.
L, L
I Como exemplo, podemos citar uma empresa produtora de
energia elétrica que é a única contratadora de engenheiros
No gráfico acima, a firma emprega Ll unidades de tra-
balho, no ponto em que o valor do produto marginal do elétricos. Nesse caso, a firma defronta-se com a própria curva
trabalho (VPMgL) é igual ao salário W. Para que o emprego de oferta do insumo. Isso significa que para poder contar
cresça, é necessário que: cresça a produtividade do trabalho; com mais trabalhadores a firma terá de oferecer maiores
diminua o salário; aumente o preço. salários nominais.

VPMgL2
VPMgL
~
~
Rl'vlgL
w

c:t

No gráfico acima, o aumento de produtividade ou o


aumento de preço deslocam a reta VPMgL para a direita e L, L
o emprego aumenta.

VPMgL
o monopsonista emprega Ll unidades do fator traba-
lho, em que a receita marginal do trabalho (RMgL) iguala
\VI o custo marginal do trabalho (CMgL). Duas observações a
respeito desse nível de emprego: 1. o valor do produto
marginal do trabalho é maior do que o salário; 2. o nivel de
W2 emprego é menor do que em concorrência perfeita. Nesse
caso, a interferência governamental pode fazer aumentar o
nível de emprego, se for fixado um nível de salário igual ao
valor do produto marginal do trabalho. O nível de emprego
cresce até L2•

so 96
z
O 95
U
1.1.1
ASILEIRA APÓS A
ESTABILIZAÇÃO. TRANSFORMAÇÕES DO
SISTEMA
TÓPI o capital estrangeiro foi acionado para fornecer os em-
COS préstimos e os investimentos diretos necessários ao financia-
A experiência brasileira de intervenção do Estado nos
DE mento dos novos empreendimentos, e ao setor público coube
processos de desenvolvimento econômico é relativamente
a preparação de uma legislação trabalhista para a formação
ECO recente, dado o fato de que desde os anos de independência
e regulação do mercado de trabalho e a criação de órgãos
NOMI o governo procurou manter-se afastado segundo as ideias
burocráticos, como o Dasp (Departamento Administrativo
A liberais vigentes. Aliava-se a isso o desconhecimento de
do Serviço Público), o CTEF (Conselho Técnico de Economia e
BRA técnicas mais avançadas de planejamento, que somente
Finanças), a CFP (Comissão de Financiamento da Produção),
SILEI seriam aperfeiçoadas após o advento da teoria keynesiana
a CPA (Comissão de Política Aduaneira) e o BNDE (Banco
RA: da década de 1930.
Nacional de Desenvolvimento Econômico). Foram feitos in-
Por política de desenvolvimento entende-se o conjunto vestimentos na geração de infraestrutura, como transporte,
11 energia e fornecimento de insumos básicos, por meio da
de intenções e medidas fixadas pelas autoridades públicas
PN com o objetivo de orientar o processo de desenvolvimento Companhia Siderúrgica Nacional, da Companhia Vale do Rio
D. A econômico e social do país. O estudo das políticas brasileiras Doce, da Companhia Nacional de Álcalis. da Petrobras e de
de desenvolvimento é dividido cronologicamente nos seguin- várias hidrelétricas.
CRI
tes períodos: i) anterior a 1939; ií) de 1939 a 1954; iii) de 1955
SE A partir de 1939, o setor público propõe planos de de-
a 1970; iv) o período após 1970 (dos Planos Nacionais de De-
DA senvolvimento, como o Plano Especial de Obras Públicas e
senvolvimento); e v) os planos de estabilização das décadas
Aparelhamento da Defesa Nacional (1939/43), o Plano de
DíVI de 1980 e 1990. Entende-se por política de estabilização um
Obras e Equipamentos (1944/48) e o Plano Salte, de 1950
DA conjunto de medidas governamentais que visam a minorar
a 1954. Este último procurou atender aos setores de saúde,
problemas macroeconômicos, como aumentos de preços,
EXT alimentação, transporte e energia, e explicitou metas para
desemprego, déficits nas contas do Governo e no Balanço
ER o setor privado. Em 1943, uma missão norte-americana de
de Pagamentos e a distribuição desigual da renda, que o
assistência técnica, a Missão Cooke, pesquisou os problemas
NA mercado por si só teria dificuldades em resolver.
relacionados a transporte, energia, setor têxtil, mineração,
NA química, educação e ao desenvolvimento do vale do rio São
A economia brasileira antes de 1930
DÉ Francisco.
CA Antes de 1930, a economia brasileira caracteriza-se pela Entre 1951 e 1953, foi instalada no País a Comissão Mis-
DA exportação de alguns produtos agrícolas, como o café, e ta Brasil-Estados Unidos, constituída por técnicos das duas
DE por isso é chamada de economia agroexportadora. Sendo nações e incumbida de preparar os pedidos de empréstimos
dependente das oscilações do preço do café nos mercados
198 internacionais para projetos de desenvolvimento que visavam
mundiais, a economia brasileira desse período ressente-se a combater pontos de estrangulamento da economia nacio-
0. de dois fatores: as crises que ocorrem em nível internacional nal. Receberam prioridade os projetos de transporte e energia.
PLA ao diminuir a demanda, e o aumento da produção interna, Como resultado do trabalho dessa Comissão, foi criado o BNDE
NO que resultam em queda no preço dos produtos exportados.
S A depressão de 1929 e a crise dos anos 1930, ao deprimi- (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), destinado
rem bastante os preços do café, evidenciaram a fragilidade a dar suporte técnico (avaliação de projetos) e financeiro (con-
HET do modelo agroexportador e reclamaram a introdução de cessão de linhas de crédito de longo prazo ao setor privado),
ER novo modelo. principalmente à indústria de base.
OD
O processo de substituição de importações
OX O período de 1956 a 1961 foi importante em razão da
OS implantação do Plano de Metas, que resultou da necessidade
A queda das exportações provoca diminuição das re- de promover as condições de industrialização e de criação de
DE servas em divisas e a dificuldade de continuar importando empregos nas áreas urbanas. Para isso, era necessário atacar
EST os bens que a economia interna é incapaz de produzir. Au- os pontos de estrangulamento da economia e identificar os
menta, pois, a consciência de se produzir internamente o
ABI polos de germinação do crescimento acelerado. O Plano tinha
que antes era importado. Nasce o processo de substituição 31 metas, distribuídas em 6 grupos: energia, transporte, ali-
LIZ de importações, ou seja, a industrialização como forma mentação, indústria de base, educação e construção de Brasí-
AÇ de superação dos constrangimentos de ordem externa e lia. O Plano contemplou investimentos em infraestrutura, com
ÃO. do subdesenvolvimento. A Revolução de 1930 promove destaque apara a construção de rodovias para o recebimento
PLA alterações políticas e econômicas necessárias para colocar da indústria automobilística, para os estímulos à produção de
a industrialização como meta prlorltár!a. bens intermediários, como aço, carvão, cimento, zinco etc.,
NO
para o desenvolvimento da indústria de bens de consumo
RE Para permitir o desenvolvimento da produção industrial
durável e para a construção de Brasília, para abrigar a capital
AL interna, é desvalorizada a taxa de câmbio para encarecer as
federal. Nesse período, o PIB apresentou crescimentos anuais
importações. À medida que avança a produção interna de
E
produtos até então importados, cresce a demanda de novas significativos, tendo sido de 8,8 em 1955, de 10,8 em 1958
importações, como os bens de capital e as matérias-primas
A e de 8,6 em 1961, com muito bom desempenho do setor
necessárias para a produção, o que promove os estímulos industrial. O lado negativo do Plano está no seu financiamen-
E para novas substituições. É dessa maneira que a economia to, baseado na emissão de moeda, no déficit em transações
C brasileira, de produtor de bens de consumo não duráveis, correntes em virtude do aumento das importações e na dívida
O passa a produzir progressivamente bens de consumo durá- externa. As taxas de inflação cresceram nesse período, tendo
veis, bens intermediários e bens de capital. passado de 23 em 1956 para 39 em 1959 e 33 em 1961.
N
O O Piano Trienai de Desenvoivimento Econômico e Social,
previsto para o período 1963/65, tinha a intenção de promover
M o crescimento não inflacionário e autossustentado, procuran-
IA do fazer modificações estruturais na economia, principalmente
B na distribuição da renda, melhoria dos recursos humanos,
correção das disparidades regionais, organização do setor
R
governamental e maior atenção à área rural. Esse Plano foi
prejudicado peja situação política do País, que culminou com
o golpe militar de 1964, o qual veio introduzir uma série de ~
medidas para a modernização da economia brasileira.
~
Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) causas: I) expansão da quantidade de moeda da economia;
11) déficit público; 111) reajustes salariais mais frequentes, em
O início da década de 1960 é caracterizado por alta da virtude do aumento das taxas de inflação, e decorrentes do
inflação e queda no crescimento econômico. Aequipe econô- processo de reabertura política; IV) endividamento das em-
mica que assumiu o governo em 1964 explica a inflação como presas estatais, da Previdência Social e do Banco Nacional da
decorrente de dois fatores: o déficit público financiado por Habitação; V) volume de subsídios e transferências contidas
emissão de moeda e os aumentos salariais com índices acima no Orçamento Monetário, por conta do Programa do Açúcar
da produtividade obtidos por movimentos grevistas. A baixa e do Álcool, de déficits das contas de trigo e de petróleo, da
atividade econômica seria decorrência da intranquilidade política de preços mínimos etc.
empresarial e da instabilidade política.

Para diminuir o déficit público, foram tomadas as se-


o Plano Cruzado
guintes medidas: I) eliminação de subsídios a autarquias e a
Em 28 de fevereiro de 1986, foi lançado o Programa de
sociedades de economia mista; 11) cortes de investimentos de
Estabilização Econômica, que ficou conhecido como o Plano
menor prioridade; 111) contenção dos vencimentos do funcio-
Cruzado. Segundo o Presidente José Sarney, era iniciada uma
nalismo público; IV) reforço das incidências dos impostos de
"guerra de vida ou morte contra a inflação". O ministro da
renda, de consumo e do selo; V) melhoria dos métodos de
Fazenda era Dilson Funaro. Eis as principais medidas:
arrecadação de impostos e fiscalização; VI) correção monetária
sobre os débitos fiscais em atraso e enquadramento penal a) o cruzado (ez$) como nova unidade monetária, equi-
da sonegação fiscal; VII) financiamento do déficit público de valente a 1.000 cruzeiros;
forma não inflacionária, por meio da criação das Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN). b) congelamento de todos os preços, inclusive dos salários
Para combater a inflação originada dos salários, foi implan- e dos aluguéis, no nível do dia 27 de fevereiro de 1986;
tada uma política salarial baseada num critério de reajustes
anuais tal que o salário real médio a vigorar no período de 12 c) fixação do salário pelo seu valor médio dos últimos seis
meses fosse igual à média verificada nos 24 meses anteriores, meses, após a aplicação de fatores de atualização. Concessão
acrescido de um percentual representativo da produtividade. de abono de 8 aos trabalhadores e de 16 para o salário
Foi implantada uma política monetária restritiva, com conten- mínimo. Reajustamentos feitos pelo índice de Preços ao
ção dos meios de pagamento, que se refletiu em dificuldades Consumidor (lPe), calculados pela Fundação IBGE e aplicados
para as empresas e aumento do desemprego. toda vez que a inflação ultrapassasse os 20 (gatilho salarial);
Em 1967, foi editado o novo Código Tributário Nacional, d) mudança da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional
com a eliminação do imposto do selo e a criação do imposto
sobre o valor agregado, para corrigir distorções na estrutura para Obrigação do Tesouro Nacional (OTN);
das empresas e racionalizar o pagamento de impostos. Foi
criada a Letra do Tesouro Nacional (LTN), instrumento para as e) vedação, sob pena de nulidade, da cláusula de reajuste
operações de mercado aberto, de compra e venda de títulos monetário nos contratos de prazo inferior a um ano, com
públicos, visando a regular a liquidez da economia. exceção para as cadernetas de poupança, para o PIS-PASEP
Os efeitos dessas medidas se fizeram sentir nos índices de e para o FGTS;
inflação, que de 91,9 em 1964, caiu para 34,5 em 1965, f) introdução da chamada "tablita", uma tabela de con-
24,3 em 1967, 20,2 em 1969, 15,8 em 1972 e 15,5 versão de valores de pagamentos futuros, com o objetivo de
em 1973. retirar a inflação embutida e evitar a transferência de renda
para os credores;
As Medidas para Enfrentar as Crises do Petróleo g) informação permitida a qualquer pessoa do povo, e
obrigatória a todo servidor, sobre infrações à norma de con-
Em 1974, a inflação voltou a subir (34,6), em razão do gelamento de preços e práticas de sonegação de produtos,
aumento dos preços do petróleo importado (12 choque do em qualquer parte do território nacional.
petróleo), que atingiu praticamente todos os países do O Plano Cruzado procurou frear a indexação da economia,
mundo. conhecida como inflação inercial, ou seja, conter a sistemá-
O País lança o II Plano Nacional de Desenvolvimento e, tica de reajustes de preços causada por reajustes passados,
em vez que justificam os reajustes presentes e que, por sua vez,
de diminuir as importações de petróleo, o que teria alimentam os reajustes futuros. Os quatro primeiros meses
efeitos não apresentaram crescimento de preços, pois a economia
recessivos, o Governo preferiu manter o ritmo de encontrava-se engessada e o aumento de preços era proi-
atividades, bido. Os problemas começaram com o grande aumento do
para não provocar desemprego, arcando com pesados consumo, decorrente do crescimento real dos salários e do
déficits não incentivo à poupança.
na Balança Comercial do Balanço de Pagamentos e O fracasso do Plano justifica-se pela desídia observada com
recor-
rendo a empréstimos internacionais, na época abundantes, relação à aplicação de políticas ortodoxas monetárias e fiscais,
e a taxas de juros relativamente baixas. Paralelamente, criou que não agiram para frear o consumo, o déficit do Tesouro e
condições para a substituição de importações, realizando o aumento dos meios de pagamento.
investimentos para desenvolver a indústria de bens de capital, O aumento do consumo fez aumentar a produção interna
de papel e celulose, de petróleo; criou o Programa Nacional (o PIB cresceu de 8), elevando o emprego, a massa salarial e o
do Álcool e o programa nuclear, bem como programas de nível de utilização da capacidade produtiva. As consequências
desenvolvimento do transporte coletivo. inflacionárias apareceram sob a forma de generalização da
cobrança de ágios sobre os preços congelados dos produtos
A inflação cresceu com os impulsos de custos e com mais escassos. Com o abrupto congelamento de preços, mui-
a elevação na demanda. Em 1979, houve o 2º choque do tos produtos não puderam ter os seus aumentos de custos
petróleo, e o Governo desvalorizou o cruzeiro em relação ao repassados aos preços, criando problemas de abastecimento
dólar, em 30, para incentivar as exportações. Essa medida ou provocando a criação de mercados paralelos.
representou um impulso nos custos, e a inflação saltou para Em julho de 1986, foram tomadas algumas medidas para
77,2. Em 1980, a ideia foi prefixar a taxa de câmbio em 40 inibir o consumo, como os empréstimos compulsórios na
e a correção monetária em 45, para frear as expectativas compra de automóveis, de combustíveis e de passagens aéreas
inflacionárias. Mas a inflação disparou, em razão das seguintes
97
internacionais. Mas o congelamento de preços foi sendo man-
tido, penosamente, por motivos políticos, a fim de favorecer o
~ O ano de 1989 apresentou uma inflação de 1.782,9.

~
partido do Governo nas eleições gerais para governadores de
Estado, o que aconteceu em 15 de novembro. Nesse mesmo
dia, à noite, o Governo anunciou a majoração de preços e
a elevação de alíquotas do IPI de vários produtos. Voltou a
indexação às aplicações financeiras. Em 1987, as remarcações
de preços e os reajustes de salários em razão do gatilho de
20 criaram um patamar mínimo para a inflação mensal nesse
nível, recomeçando a corrida entre preços e salários.

o Plano Bresser
Em junho de 1987, mudou a equipe econômica, assumin-
do o ministério da Fazenda Luis Carlos Bresser Pereira. Foi
apresentado o Plano de Estabilização de combate à inflação
(Plano Bresser), com as seguintes características:

a) congelamento "flexível" dos preços e salários, com


duração prevista de três meses. Congelamento dos aluguéis;

b) reajuste, na véspera de apresentação do Plano, da taxa


de câmbio e das tarifas públicas, para evitar que o congela-
mento prejudique o comércio exterior e a situação financeira
das empresas estatais;

c) criação da Unidade de Referência de Preços (URP),


como índice de reajuste de salários, definido como a média
trimestral da variação da inflação;

d) suspensão dos subsídios ao trigo e ao crédito agrícola,


fontes de despesas governamentais;
e) fixação do déficit público em 2 do PIB;
f) política de juros em níveis superiores à inflação, para
desestimular o consumo e refrear a demanda.
Com o Plano, a média mensal da inflação caiu de 24,6 no
22 trimestre de 1987 para 7,3 no período julho/setembro,
mas voltou aos dois dígitos no final do ano. O déficit público
cresceu a 5,4 do PIB, principalmente em razão do enorme
déficit dos Estados e Municípios e empresas estatais, decor-
rente de pagamentos de salários. A inflação de 1987 foi de
366,0. O ministro Bresserfoi substituído por Maílson Ferreira
da Nóbrega, em dezembro.

O ano de 1988 foi caracterizado por elevação nos índices


de inflação, apesar de algumas medidas adicionais para dimi-
nuir despesas do setor público, de contratação de pessoal e
congelamento de empréstimos do setor financeiro ao setor
público. Além disso, tentou-se aumentar a carga tributária e
houve substancial emissão de moeda para cobrir desequllí-
brios de caixa do Governo. A inflação foi de 933,6.

o Plano Verão
O início do ano de 1989 trouxe aos brasileiros o Plano
Verão, do ministro Maílson. Eis as principais medidas:

a) criação do cruzado novo (NCz$). Cada cruzado novo


correspondia a 1.000 cruzados;
b) congelamento, por tempo indeterminado, de todos os
preços da economia;
c) política de juros altos;
d) controle dos gastos de investimentos das empresas
estatais;
e) conversão dos salários pela média dos últimos 12 meses
:;!;
mais a aplicação da URP de janeiro;
~ f) desvalorização cambial de 18;
O g) criação do Bônus do Tesouro Nacional Fiscal (BTN),
Z para
o corrigir os valores dos impostos e contribuições;
h) meta de superávit fiscal.
\j

O Plano foi caracterizado pela incredulidade da popula-
ção. Emjunho, a inflação mensal já era de 25. Expandiram-se
o déficit público e a emissão monetária. A criação das Letras
9 Financeiras do Tesouro (LFT), de curtíssimo prazo e liquidez
8 instantânea, tornou-se uma quase moeda, num depósito a
vista remunerado, cujo efeito-riqueza fez explodir o consumo.
Mello, em 1990, foi mais uma tentativa governamental de I) maior ação fiscal contra a sonegação no pagamento de
se liquidar com a inflação. Eis as principais medidas: impostos e contribuições federais.
O confisco de 2/3 dos ativos financeiros foi fator importan-
a) congelamento dos preços e salários;
o b) volta do cruzeiro, ocupando o lugar do cruzado novo;
te na diminuição da demanda agregada, embora os cruzados
novos retidos pudessem ser utilizados em diversos tipos de
Pla c) retenção no Banco Central de cerca de 2/3 dos
pagamento, como no de tributos e na aquisição de imóveis.
no ativos A reforma administrativa foi prejudicada pela resistência do
financeiros da população, com devolução prevista a partir de próprio corpo funcional e pela contestação judicial a várias
"Br
setembro de 1991, em parcelas mensais; medidas. Quase todos os tipos de renúncia fiscal eliminados
asil d) reforma administrativa federal, com extinção e fusão ou suspensos retornaram gradualmente por meio da resistên-
No de órgãos públicos, dispensa e colocação em disponibilidade cia do Congresso Nacional. As medidas no campo tributário
vo" de funcionários públicos, venda de imóveis funcionais, venda surtiram efeito, com as receitas tributárias federais atingindo
de automóveis e residências oficiais, eliminação de diversos o recorde histórico de 11,5 do PIB.
o benefícios aos funcionários etc.;
Plano As taxas de inflação caíram sensivelmente nos primeiros
e) programa de privatização de empresas estatais; meses. De 44,8 em abril, a inflação caiu para 7,9 em maio,
Brasil
Novo f) eliminação e suspensão de diversos tipos de renúncia mas voltou a subir, embora suavemente, até o final do ano,
da quando atingiu 18,3 em dezembro. Em janeiro de 1991,
ministra fiscal, como as deduções do Imposto de Renda para aplicação a inflação subiu a 20,2 e foram editadas novas medidas,
Zélia em contribuições para os Fundos de Investimentos da Ama- conhecidas como Plano Collor 11, as quais seguem abaixo:
Cardos zônia e do Nordeste (Finam e Finor);
g) criação de diversas incidências tributárias, no campo do a) manutenção do congelamento de preços e salários;
o de
Imposto de Renda e do Imposto sobre Operações Financeiras; b) reajustes nas tarifas de serviços públicos;
Mello,
h) indexação do pagamento de tributos em prazos me- c) anúncio do fim da indexação da economia, com a
mais
nores, para diminuir a sua desvalorização monetária (efeito extinção do Bônus do Tesouro Nacional;
conheci
do Tanzi); d) criação da Taxa Referencial de Juros (TR) e da Taxa
como i) mudança do regime cambial de fixação da taxa de câm- Referencial Diária (TRD), para remunerar as cadernetas de
Plano bio pelo Banco Central para um sistema de taxas flutuantes, poupança e corrigir os pagamentos de tributos;
Collor, definida livremente pelo mercado;
e) criação dos Fundos de Aplicação Financeira (FAF), cons-
do
j) política de abertura gradativa da economia à concor- tituídos por diversos tipos de ativos financeiros, para servir de
Preside
rência externa, mediante a eliminação de barreiras não tari- absorção na colocação de títulos públicos;
nte
Fernan fárias, e a criação de cronograma de redução progressiva das
alíquotas do Imposto de Importação, visando a enfrentar a f) reajuste e congelamento dos salários e dos aluguéis
do
cartelização de vários segmentos da indústria, responsáveis em fevereiro;
Collor
pela inflação de lucros, e a promover a reestruturação das g) maior rigor nos controles sobre as despesas das em-
de
empresas, na busca de aumento de sua eficiência; presas estatais.
Em maio, assumiu o novo ministro da Fazenda, Marcílio provenientes de majoração de alíquotas e criação de novas
Marques Moreira, que pretendia descongelar gradualmente os incidências tributárias.
preços dos produtos, os quaís passaram a ser classificados em
três grupos: preços congelados, preços controlados e preços O Plano Real
liberados. São formadas câmaras setoriais com representantes
do Governo e das empresas, com o objetivo de discutir os
o Programa de Estabilização Econômica, denominado
Plano Real, foi instituído pelo Presidente Fernando Henrique
níveis de preços a ser praticados.
Cardoso, sendo o ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero.
o Programa de Ação Imediata (PAI) Esse Plano foi constituído de três etapas, tendo a primeira se
iniciado anteriormente, com o Programa de Ação Imediata
Tendo em vista a crescente identificação, por parte das (PAI), que estabelecera medidas voltadas para a redução e
autoridades governamentais, do descontrole financeiro e maior eficiência dos gastos da União. A segunda etapa foi
administrativo do Estado como a causa básica do processo caracterizada pela criação da Unidade Real de Valor (URV), em
inflacionário, foi lançado pelo ministro da Fazenda Fernando fevereiro de 1994, cujo principal objetivo foi criar as condições
Henrique Cardoso, em julho de 1993, o Programa de Ação para eliminar a inflação inercial e preparar o sistema econô-
Imediata (PAI), que propôs o equilíbrio e a reorganização das mico para o recebimento da nova moeda, o real. Neutralizada
contas públicas, como estratégia para o saneamento finan- a principal causa da inflação, a desordem das contas públicas,
ceiro e o estancamento das fontes de expansão monetária e a criação da URV proporcionaria aos agentes econômicos
pressão sobre os preços. Para isso, foram propostas, dentre uma fase de transição para a estabilidade de preços. Eis suas
outras, as seguintes medidas: I) revisão do Orçamento para principais características:
1993, propondo cortes de gastos e estabelecimento de cotas
trimestrais de despesas conforme o ingresso de receitas; a) instituição da URV para servir exclusivamente como
11) proposta orçamentária para 1994 baseada em previsão mais padrão monetário, continuando o cruzeiro real a ser utilizado
realista das receitas; 111) redefinição da função dos bancos ofi- como meio de pagamento;
ciais federais; IV) consolidação e reescalonamento das dívidas b) fixação pelo Banco Central da paridade diária entre o
dos Estados e Municípios para com a União; V) impedimento cruzeiro real e a URV, tomando por base a perda de poder
aquisitivo daquela moeda, calculada com base na inflação
para que os bancos estaduais financiem seus governos e
vedação à utilização de assistência financeira de emergência
para o saneamento desses bancos; VI) aceleração do Programa
Nacional de Desestatização; e VII) combate à sonegação e à
evasão fiscal.
Em julho de 1993, é instituído o cruzeiro real (CR$), cuja
unidade equivale a 1.000 cruzeiros.
Para víabilizar o ajuste fiscal, em fevereiro de 1994 foi
criado o Fundo Social de Emergência, mediante a Emenda
Constitucional nº 1, para vigorar até 1995, que consistiu num
mecanismo de desvinculação de receitas, atenuando a rigidez
dos gastos da União ditada pela Constituição de 1988. Os re-
cursos que compõem o Fundo são basicamente constituídos
de 20 dos impostos e das contribuições da União. Além
disso, o Fundo se beneficiou de aumentos na arrecadação
medida por meio de índices de preços apurados pelo à paridade entre a URV e o cruzeiro real, isto é, 1 URV igual a
IBGE e 2.750 cruzeiros reais;
pela Fundação Getúlio Vargas;
b) emissão pelo Banco Central do real mediante a prévia
c) conversão dos salários em URV em 1º de março
vinculação de reservas internacionais em valor equivalente,
de 1994
na paridade de um dólar dos Estados Unidos da América para
e criação do fndice de Preços ao Consumidor-Real
cada real emitido;
(IPC-r) como
indexador dos novos contratos e obrigações, c) emissões do real limitadas e sujeitas a programações
efetivados a partir trimestrais aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional.
de 12 de julho, bem como para os salários em geral; Criação da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito;
d) possibilidade de o Poder Executivo, por d) para diminuir a Dívida Pública, suspensão da concessão
intermédio do de avais e demais garantias, pelo Tesouro Nacional, à abertura
ministério da Fazenda, exigir que, em um prazo de de créditos especiais no Orçamento Geral da União, à coloca-
cinco dias ção, por parte dos órgãos públicos e sociedades de economia
úteis, sejam justificadas as distorções apuradas quanto mista, de títulos e obrigações no exterior, e à contratação de
a au- novas operações de crédito interno e externo.
mentos abusivos de preços em setores de alta
concentração Durante o ano de 1993, as taxas de inflação mensal, de
econômica, de preços públicos e de tarifas de serviços acordo com o IGP-DI, tinham crescido, de um nível de 28,7
públicos. em janeiro, para 36,2 em dezembro. A taxa anual alcançara
2.708,6, a maior da história brasileira. Em 1994, a inflação
A instituição da URV foi engenhosa, no sentido de tinha pulado para outro patamar, iniciando-se com 42,2 em
que, janeiro, até atingir 46,6 em junho. A partir de julho, com a
ao se converterem os salários e os preços da nova moeda, a taxa passa a 24,7 e começa a apresentar
economia a essa apenas um dígito em agosto. A taxa anual em 1994 baixa para
nova unidade, praticamente eliminou-se a inflação 1.093,8. Em 1995, é de apenas 14,8.
inercial.
Para uma maior compreensão desse mecanismo, A administração do Plano Real visou a segurar os índices
vamos su- inflacionários em torno de 1 a 1,5 ao mês. Para isso, baseou
por que o preço de determinada mercadoria seja igual a sua estratégia nos seguintes pontos:
a 100
cruzeiros reais e que a URV seja fixada em 20 a) ancoragem cambial, no sentido de que a taxa de câmbio
cruzeiros reais. é controlada pelo Banco Central e se constitui num dos alicerces
Isso significa que o preço da mercadoria é igual a 5 do Plano. Em razão da entrada de capitais estrangeiros, o real
URV. Com a se valoriza em relação ao dólar, barateando as importações, que
inflação a 50 em um mês, o preço do produto passaria se tornam fator de inibição a aumentos de preços de produtos
a 150 que têm concorrentes internacionais (tradebJes);
cruzeiros reais, e a URV seria fixada em 30 cruzeiros
reais. Mas b) intensificação da política de redução gradativa das
a mercadoria continuaria a ser igual a 5 URV, pois
150/30 == 5.
Assim, se considerarmos a inflação em URV, ela é
tarifas aduaneiras, com o mesmo objetivo dI' propiciar aos
consumidores nacionais maior leque de opções e obrigar
as empresas a buscar maiores índices de produtividade e
r~9j "'"
inexistente. qualidade;
A terceira etapa do Plano apresentou as seguintes
c) taxas de juros elevadas, a fim de inibir a demanda
agregada, via consumo e investimento, e de atrair capitais
~8 _
carac-
terísticas: internacionais para acumulação de reservas cambiais.
a) o real como a unidade do Sistema Monetário r
Nacional,
em substituição ao cruzeiro real, cuja paridade passa a
:
ser igual 99

~
~
Principais consequências do Plano Real:

a) valorização do real frente ao dólar e a política do Banco


Central de intervenção no mercado de câmbio para manter a
âncora cambial, bem como a política de diminuição das tarifas
aduaneiras, responsáveis pela sensível diminuição das taxas
100 inflacionárias;

b) essa mesma política, no entanto, como causa de apre-


ciáveis déficits na Balança Comercial. Depois de um saldo
positivo de US$ 10,5 bilhões em 1994, os saldos foram nega-
tivos em 1995 (US$ 3,2 bilhões), em 1996 (US$ 5,5 bilhões) e
em 1997 (US$ 8,4 bilhões);

c) apesar dos déficits comerciais, apresentação pelo Ba-


lanço de Pagamentos de superávlts, em virtude da volumosa
entrada de capitais estrangeiros, atraídos pelo alto nível da
taxa de juros. As reservas internacionais do Brasil cresceram,
de US$ 38,S bilhões em 1994 para US$ 60 bilhões em 1996;

d) a elevada taxa de juros como um dos principais res-


ponsáveis pelo aumento dos déficits do Tesouro Nacional. A
emissão de tttulos públicos cresceu em virtude da necessidade
de retirada de circulação de volume considerável de reais,
os de permitir a continuidade das atividades
quais bancárias de instituições de grande porte que tiveram dificul-
resulta dades após a redução dos ganhos inflacionários. O progra ma
m da financiou a transferência de instituições com problemas para
básica de juros e da meta de superávit primário (de
convers outras instituições já existentes ou criadas por outros grupos
3,75 para 4,25 do PIB) e fixação da meta de inflação
ão dos financeiros já existentes.
de 8,5 para o ano de 2003;
recurso
Em 1997 e 1998, o País recebeu impactos de crises inter-
s
nacionais originadas no sudeste da Ásia e na Rússia, perdendo
 elevação da inflação faz o governo aumentar a taxa
externo de
s em a confiança de investidores internacionais. A corrida contra a
depósitos compulsórios sobre os depósitos à vista, de
moeda moeda nacional resulta em medidas para diminuir o déficit
45 para 60;
naciona público e promover aumento da poupança interna. Mas o
l; País não resistiu à saída de capitais, e o Governo permitiu  medidas econômicas que visam beneficiar a
finalmente a livre f1utuação da taxa de câmbio. população
e) de baixa renda, como ampliação do crédito e redução
elevada O Governo substituiu a âncora cambial pelas metas de
da taxa de juros cobradas de pessoas físicas e de miero
taxa de inflação (inflation targeting), criadas no final do primeiro
e pequenas empresas;
desem semestre por meio do Decreto nQ 3.088. O ano de 1999
prego terminou com crescimento do PIB de apenas 1, déficit na  pressões políticas resultam em recriação da 5udene e
estrutur Balança Comercial de US$ 1 bilhão e inflação segundo o IGP
al do de 16, em consequência da incorporação dos aumentos do da 5udam, extintas no governo anterior;
País, dólar nos preços do atacado.
em ra-  O Governo diminui progressivamente os juros básicos
Em 2001, ocorreram novos choques na economia brasilei- da economia e reduz a taxa do compulsório sobre
zão da
ra: desaceleração na atividade econômica mundial, principal- depósitos à vista, de 60 para 45;
concorr
mente a norte-americana, que se agravou com os atentados
ência
terroristas aos Estados Unidos em 11 de setembro; a crise de  aumentos de impostos: a Contribuição Social sobre
cada o Lucro Líquido das empresas prestadoras de serviços
energia elétrica, com metas de consumo para a indústria, o co-
vez sobe de 1,08 para 2,88, a Cofins sobre os emprésti-
mércio e a população em geral; o agravamento da situação da
maior mos sobe de 3 para 4, a Cide da gasolina tem o limite
Argentina, que resultou em diminuição das vendas externas.
dos de cobrança autorizado para 0,86 por litro;
produto
Em 2002, a economia brasileira descolou-se da crise
s
Argentina, mas a ascensão de Lula nas pesquisas eleitorais  o governo federal cria o Programa liga Branca, por
importa meio do qual é incentivada a aquisição de aparelhos
provocou aumento na taxa de risco do país.
dos. eletrodomésticos. Com recursos do Fundo de Amparo
O Governo Lula ao Trabalhador (FAT), a Caixa Econômica Federal e o
Co Banco do Brasil financiarão essas compras até o limite
ma O Governo Lula iniciou-se em 2003 com o país apresentan- individual de R$ 800, a uma taxa de juros de 2,53 ao
diminui do alto índice de desemprego, dólar em alta, bolsas em queda, ano;
ção da elevado déficit público e inflação crescente. Os principais fatos
inflação ocorridos a partir desse ano foram:
 o aumento do crédito pelos bancos é facilitado pela
,o autorização de que os trabalhadores possam descontar
sistema  manutenção da política do governo anterior de busca em folha de pagamento valores de pagamentos por
financei de estabilidade macroeconômica: elevação da taxa empréstimos pessoais;
ro
perdeu
 o governo federal unifica os diversos programas de
transferência de renda em um só, denominado 801sa-
uma de
-Família;
suas
fontes  a Contribuição para o Financiamento da Seguridade
básicas Social - Cofins - deixa de ser tributada em cascata
de para incidir apenas sobre o valor agregado. A alíquota
lucro, o é aumentada de 3 para 7,6;
chama
dofloat.  a balança comercial brasileira apresenta superávits
O Proer crescentes, em razão dos estímulos da desvalorização
do real, conquista de novos mercados, aumento dos
(Progra preços de commodities e as aquisições da China e da
ma de índia;
Estímul
oà  são os seguintes os programas criados pelo Governo
Reestru Lula para atender a área social: Fome Zero, Primeiro
turação Emprego (para jovens ingressarem no mercado de tra-
balho), Bolsa-Famnia (unificação de diversos programas
e
de transferência de renda), Brasil Alfabetizado, Farmácia
Fortale
Popular e Plano Nacional de Atendimento Integral à
cimento
Família.
do Metas de Inflação
Sistem
a
Financ
eiro
Nacion
al) foi
criado
em
novem
bro de
1995,
com o
objetivo
Ano Meta Inflação
2003 8,50 14,71
2004 5,50 6,60
2005 4,50 6,87
2006 4,50 4,18
2007 4,50 3,64
2008 4,50 5,68
2009 4,50 4,31
2010 4,50 5,91
2011 4,50 6,50
2012 4,50 5,84
2013 4,50
-

Entre 2003 e 2005, o intervalo de tolerância era de 2,5 pon- - O ano de 2010 é marcado pelos temores com a volta da
tos percentuais para cima ou para baixo. Nos anos seguintes, inflação. A taxa de juros a partir de abril volta a subir e
esse espaço foi reduzido para 2 pontos. encerra o ano em 10,75. Além disso, o Banco Central
eleva os depósitos compulsórios dos bancos. Os recolhi-
Observações a respeito das taxas:
o
mentos sobre os depósitos à vista sobem de 47 para 50
e as aplicações em CDBs de 17,5 para 23. Go
- Após a alta taxa de inflação de 2003 (14,71), provo- ver
cada pelo aumento do dólar em 2002 e a instabilidade - Em novembro de 2010 a inflação faz o governo tomar mais no
política, tendo inclusive superado a meta de inflação medidas na área monetária. Visa-se conter a demanda Dil
fixada pelo Banco Central em 8,5, os índices de preços por
passaram a subir menos a partir dos anos seguintes em ma
crédito. Os bancos aumentam os depÓSitos compll!sórios
razão da normalidade política, diminuição da cotação adicionais sobre os depósitos à vista e a prazo, de 8 para
do dólar e aumento da taxa de juros básica.
o
12, e os depósitos a prazo sobem de 15 para 20. As governo
reservas dos bancos em relação aos empréstimos e Dilma
- A taxa de juros SElIC, fixada pelo Banco Central, sofrera finan-
aumentos seguidos a partir de 2002 para diminuir a ressent
ciamentos crescem de 11 para 16,5. e-se
saída de capitais e combater a crise econômica. Em
outubro era de 21 e foi sendo elevada até atingir 26,5 dos
- A inflação de 2010 chegou a 5,91, acima da meta de
em fevereiro de 2003. A partir de junho, com os sinais efeitos
4,5.
de que haveria manutenção da política econômica do da crise
governo anterior os indicadores econômicos melhora- financei
ram e a taxa de juros foi diminuindo até chegar a 16 ra
em abril de 2004. mundial
, que
- As taxas de inflação caem sensivelmente até 2007, em dos
razão da boa situação econômica e a valorização do real, Estados
Unidos
que promove entrada de importações que vão reforçar alcanço
a oferta interna e concorrer com a produção interna. A ua
taxa de juros básica cai para 11,25 em setembro de Europa.
2007. Os prin-

- Em 2007 o aumento da renda e do emprego e ampliação cipais


do crédito pressionam o consumo juntamente com o fatos do
ritmo de crescimento dos investimentos para ampliação período
da capacidade produtiva, fazendo aumentar o temor de foram:
repique inflacionário.
Em
- Altas dos preços dos alimentos no mundo são justí- 201
ftcadas pela utilização de terras férteis para produção 1:
de biocombustíveis, mas outra explicação é a desvalo- - Para fortalecer o
rização do dólar, que faz os aplicadores dirigirem seus mercad
recursos para a aquisição de títulos de commodities. o
interno
- Em maio de 2008 aumentam os preços do óleo diesel e aument
da gasolina em razão do aumento do preço do petróleo. am em
média
- A crise financeira mundial de meados de 2008, origi-
19 os
nada nos Estados Unidos, interrompe a fase de bons
recurso
indicadores econômicos e eleva a cotação do dólar,
sa
aumentando a inflação. A taxa de juros básica se eleva
serem
para 13,75 em setembro de 2008. O país ainda cresce
distribuí
de 5,1 no ano, em razão de medidas macroprudenciais
dos
promovidas pelo governo federal, como a concessão de
através
crédito pelos bancos públicos, diminuição dos depósitos
do
compulsórios dos bancos, prorrogação de pagamentos
progra-
de impostos e apoio a setores mais atingidos pela falta
ma
de financiamento.
"Bolsa
- Durante ao ano de 2009 a taxa de juros diminuiu sen- Família
sivelmente até julho (8,75) em razão dos temores de ", que
uma recessão. A inflação anual é relativamente baixa atende
(4,3). 12,9
milhões de famílias internacional e ameaça de recessão. A taxa de juros
ou 50 milhões de pessoas com renda per capita de da ~
até SElIC baixa de 12,50 para 12.
140 reais. ~
- O aumento da importação de automóveis faz o governo
- A recessão nos Estados Unidos e os dólares despejados aumentar as alfquotas do IPI em 30 pontas
nos bancos para aumentar a liquidez buscam percentuats,
aplicações Os automóveis também serão taxados internamente
no Brasil, provocando valorização do real e conforme a parcela de peças produzidas fora do
barateamen- país.
to das importações. A decisão inicia-se em 60 dias e termina em
dezembro
- Para diminuir entrada de dólares e as viagens ao exterior de 2012.
há aumento no IOF de 2,38 para 6,38 sobre compras
com cartão de crédito no exterior e de 6 aos emprés- - A preocupação com os efeitos da crise externa faz o
timos no exterior com vencimentos em até dois anos. governo federal reduzir e zerar o IPI e PISjCofins
sobre
- Imposição de barreiras às importações de carros, auto-
peças e pneus. Cada operação será avaliada e a
licença,
liberada ou não em 60 dias. A medida visa diminuir
as importações em geral, facilitadas pela valorização
do real, e retaliar a Argentina, que está dificultando a
entrada de produtos brasileiros.

- O volume de crédito sobe e aumenta o endividamento


das famílias.
- A valorização do real estimula as importações e preju-
dica a indústria nacional. "Desindustrialização" é uma
palavra muito empregada. O governo lança o "Projeto

Brasil Maior", que prevê recursos para a indústria nos

próximos dois anos. Medidas: 1- Desoneração da


folha
de pagamento: redução a zero da alíquota da contri-
buição de 20 para o INSS para confecções, calçados,

móveis e software. Em contrapartida, pagamento de


1,5 sobre o faturamento para os três primeiros se-
tores e de 2,5 para o último. 2 - Redução de IPI por
12 meses: sobre a compra de equipamentos,
materiais
de construção, caminhões e veículos comerciais; 3 -
O
Programa de Sustentação de Investimento (PSI), a
car-
go do BNDES, é estendido até dezembro de 2012,
com
desembolsos totais de 500 bilhões de reais; 4-0
Regime
Especial (Reintegra) vai devolver aos exportadores
de
bens industrializados 0,5 das vendas externas; 5 -
Defesa Comercial: reforço no número de
investigadores
de casos de práticas de concorrência desleal; 6 - O
ln-
metro passará a se denominar Instituto de
Metrologia,
Qualidade e Tecnologia e passará a atuar em
aeroportos
para certificar a qualidade dos produtos importados;
7 - Devolução do PIS-Cofins: sobre equipamentos e
em
até 60 dias; 8 - Pequenas e Médias Empresas:
criação
do Fundo de Financiamento à Exportação de MPME
no
Banco do Brasil; 9 - Compras Governamentais:
margem
de preferência de até 25 nos processos de licitação
para produtos nacionais.

- Correção de 4,5 na tabela do Imposto de Renda para


aumentar a renda disponível dos contribuintes.
- Em agosto de 2011 o Banco Central inicia processo
de baixa dos juros, como efeito da piora da situação 101

~ ~
bens de consumo: refrigeradores, fogões, lava-roupas, - O receio de a crise europeia atingir o país faz o governo
tanquinhos, palha de aço, papel sintético e massas. preocupar-se com a reativação do consumo. É lançado
Operações financeiras também tiveram o IOF redu- pacote de estímulos. É reduzido o IPI, até 3 de agosto,
zido ou zerado: crédito para pessoa física, aplicações incidente sobre os automóveis, conforme o número de
estrangeiras em ações e títulos. cilindradas, para diminuir o estoque de automóveis nas
102 fábricas e reduzido o IPI sobre os importados. É redu-
- No final de 2011 o Brasil depara-se com crescimento zido o IOF sobre os financiamentos ao consumo das
econômico de apenas 2,7 e a inflação supera o teto pessoas físicas. Caem as taxas de juros das linhas do
da meta, 6,5. BNDES sobre exportações, financiamentos a ônibus e
caminhões, máquinas e equipamentos.
Em 2012:

- A enxurrada de dólares que entram no país continuam - A nova taxa de juros básica, em junho, é de 8,5,
a valorizar o real. A presidente Dilma fala em "tsunarni é a menor da história, mas ainda uma das maiores
financeiro". O IOF de 6 passa a alcançar os emprésti- do mundo. Com esse nível o rendimento anual das
mos feitos no exterior com vencimento em até 3 anos, cadernetas de poupança sofre uma redução, para 70
quando antes era até dois anos. da taxa (5,95), mais a TR.
- Para incrementar os investimentos na infraestrutura - A produção industrial brasileira tem fraco desempe-
econômica, considerados baixos, o governo federal nho, fato explicado pelo enfraquecimento da demanda
leiloa as concessões dos aeroportos de Brasília, Gua- interna e a recessão externa.
rulhos e Campinas. - O governo federal aumenta impostos. Elevação do
- Os bancos poderão utilizar parte dos depósitos com- IPI para motos, aparelhos de ar condicionado e
pulsórios para aquisição de carteiras de crédito de micro-ondas {com exceção dos produtos da Zona
instituições menores, o que deve ampliar a concessão Franca de Manausj e reajuste na tabelas do IPI, PIS!
de empréstimos e financiamentos. PASEP e Cofins para bebidas (refrigerantes, cervejas
- Pensamento no governo em dar menos ênfase ao com- e energéticos). A justificativa é compensa r a desone-
bate à inflação em favor de estimular o crescimento ração de 20 da contribuição ao INSS sobre a folha de
econômico, prosseguindo com as reduções nas taxas pagamento.
de juros. - Debate sobre as causas do baixo crescimento econô-
- Para diminuir a ainda mais a valorização do real o go- mico. Necessidades de mais investimentos. O governo
verno estende o IOF de 6 para os empréstimos feitos federal libera linha, através do BNDES, de recursos aos
no exterior com vencimento em até 5 anos, quando Estados para ampliação de investimentos em infraes-
em janeiro já era até 3 anos. trutura.
- O governo federal prorroga a redução do IPI para os - As baixas taxas de crescimento expõem o país a críticas
eletrodomésticos da linha branca e a estende aos mó- quanto a não realização de reformas importantes,
veis, laminados, lustres e luminárias, até 30 de junho. como a tributária, a política e a administrativa e a não
- Ampliação do programa Brasil Maior. Principais me- realização de investimentos em infraestrutura.
didas: mais facilidades nos créditos às exportações - Governo federal lança o Plano Nacional de Logística,
pelo BNDES, combate às importações consideradas com previsão de 133 bilhões de reais em investimentos
abusivas, melhoria da infraestrutura dos portos; trans- em rodovías e ferrovias, aplicados pelo setor privado
ferência do pagamento da contribuição do Pl5-Cofins e financiados pelo BNDES. Dos 133 bilhões de reais,
de abril e maio para o final do ano; as compras gover- 91 serão aplicados em 10 mil km de linhas férreas e
namentais de produtos nacionais poderão ter preços o restante em duplicação de 7,5 mil km de rodovias.
É criada a Empresa de Planejamento e Logística.
25 maiores; criação da Agência Brasileira de Garan-
tias, que vai fundir os vários fundos garantidores para A malha ferroviária será ampliada mediante as par-
a infraestrutura e o comércio exterior; eliminação da cerias público-privadas, com o risco para o estado.
contribuição patronal ao INSS de 15 setores e subs- A duplicação das rodovias serão realizadas mediante
tituição por contribuição social sobre o faturamento concessão à iniciativa privada com remuneração pela
da indústria (1) e sobre os serviços (2,5); corte do cobrança de pedágios.
IPI de diversos eletrodomésticos e móveis; aumento - Para reforçar a capacidade de investimentos do país o
nas allquotas do IPI sobre cervejas e refrigerantes; governo federal libera recursos para 17 estados aplica-
redução do IPI para as montadoras que ampliarem rem em obras de logística, saneamento e mobilidade
investimentos em pesquisa e elevarem o uso de peças urbana.
nacionais. - Para continuar com medidas de reativação da econo-
- A necessidade de queda gradual dos juros vai tornar mia o MF estende, até o fim de outubro, a redução
menos atrativas as aplicações nos fundos de inves- do IPI sobre os automóveis e até 31 de dezembro o
timentos, que financiam o déficit público, podendo benefício aos eletrodomésticos e móveis. O BNDES
aumentar o atrativo pelas cadernetas de poupança. reduz as taxas de juros para financiamento da compra
Para evitar essa transferência o governo muda a sua de bens de capital, ônibus e caminhões (2,5 ao ano).
remuneração, a partir dos novos depósitos efetuados Os benefícios do IPI sobre material de construção e
em 4 de maio de 2012. Quando a taxa básica de juros bens de capital são prorrogados até 31/12/2013. A de-
cair para 8,5 ou menos a remuneração das caderne- preciação das compras de máquinas e equipamentos
tas será de 70 da taxa, mais a TR. é permitida até o final de 2012.
- Instabilidade internacional faz os aplicadores adquiri- - O Banco Central volta a reduzir a taxa de juros em
agosto, agora para 7,5.
rem dólares, fazendo o câmbio atingir 2 reais. É bom
para as exportações e para conter as importações, - O governo federal ataca um dos gargalos do "custo
mas significa ameaça de inflação, que pode conter a Brasil" com a diminuição dos preços da energia elé-
diminuição nos juros. trica. Os objetivos são reforçar a competitividade da
indústria, estimular investimentos produtivos, conter a
inflação e propiciar crescimento econômico e geração
de empregos. São retirados e reduzidos encargos e
trocados contratos de concessão de geração e trans-
missão de energia que vencem de 2015 a 2017. A
meta ~
é reduzir as tarifas dos consumidores resídenciais em
16 e de até 28 na indústria. ~

- Novas medidas do governo em setembro para reativar e equipamentos com juros favorecidos. O sistema
a economia: redução de encargos previdenciários para financeiro poderá financiar com parte dos depósitos
40 setores econômicos, substituindo-os por alíquotas compulsórios. A TRP é reduzida de 5,5 para 5 ao ano.
de 1 a 2 sobre o faturamento e depreciação acele- - A redução dos juros básicos diminui a entrada de in-
rada de equipamentos adquiridos até dezembro. vestimentos produtivos. Para frear essa diminuição
- O Bacen reduz as alíquotas adicionais dos depósitos é
compulsórios dos bancos sobre os depósitos à vista reduzido o prazo durante o qual os capitais não
(de 6 para O) e a prazo (de 12 para 11) a partir de sofrem
29 de outubro. O objetivo é liberar os recursos para incidência do IDF, de 2 anos para 1 ano.
oferecer créditos a taxas de juros mais baixas.
- Discussão sobre o aparente paradoxo entre baixo cres- - Novo plano de investimentos para ampliação e mo-
cimento econômico e baixas taxas de desemprego. dernização dos portos brasileiros. Serão investidos
As principais explicações são: redução no ritmo de R$
crescimento da população economicamente ativa 54,2 bilhões até 2017 para ampliação do volume
(os jovens ficam mais anos em casa e estudando e de
os idosos não retornam ao mercado), as empresas cargas movimentadas, dar maior eficiência
relutam em demitir os trabalhadores em razão dos operacional
custos trabalhistas e de treinamento e do mercado não € promover a concorrência entre os terminais
apresentar mão de obra qualificada em bom número, para
maior participação do setor de serviços no P18, que redução do preço dos fretes. Buscar-se-à adesão
emprega mais. do
- Discussão sobre as medidas protecionistas adotadas setor privado em concessões, arrendamentos e
pelo governo brasileiro. O Ministro da Fazenda diz que novos
elas são mera compensação pela política monetária terminais próprios, com financiamento do BNDES.
expansionista adotada pelas grandes potências em
- Empresas estaduais de energia, principalmente de
virtude da crise financeira, que provocam entrada de
estados governados pela oposição ao governo
moeda estrangeira nos países emergentes e valorizam
federal
suas moedas, prejudicando as exportações e barate-
(CESP, CEMIG, COPEL, CELG, CELESC)
ando as importações.
resistem a renovar
- O governo federal publica mais 100 produtos que terão
contratos que permitam redução nas tarifas de
aumentos nas alíquotas do Imposto de Importação,
eletrici-
para até 25, alíquota máxima permitida pela OMe.
dade. A alegada diminuição de recursos seria
- O Conselho Curador do FGT5 aumenta os valores
bancada
máximos de financiamento de imóveis no Programa
pelo governo federal.
"Minha Casa, Minha Vida", conforme a população de
cada município. O valor máximo é de 190 mil reais. - O governo anuncia um pacote de medidas que visam
- O governo federal lança novo regime automotivo para melhorar a qualidade dos serviços e da
as montadoras. O objetivo é a fabricação de carros infraestrutura
mais econômicos e seguros através de reduções no aeroportuária e ampliar a oferta de transporte
pagamento do IPI e exigência de aplicação mínima de aéreo.
recursos em pesquisa e desenvolvimento. Foram anunciadas privatizações dos aeroportos do
- Nova redução na taxa básica de juros em outubro, para Ga-
7,25, divide as autoridades do Bacen e os analistas leão (RJ) e de Confins (MG) sob regime de
do mercado, em razão dos temores da inflação. concessão.
- O governo federal prorroga as reduções do IPI sobre Foi criado programa para desenvolvimento da
os automóveis de 31/10 para 31/12. aviação
- O governo federal anuncia redução de tarifas do setor regional.
elétrico e antecipação da renovação de contratos com
as empresas do setor. Estas se queixam de diminuição - A taxa de desemprego de dezembro, segundo o IBGE,
de lucros e suas ações têm desvalorização na bolsa, baixa ainda mais, para 4,6.
principalmente a Eletrobrás.
- O PIB do 3Q• trimestre é apenas 0,6 maior do que o O ano de 2012 encerra com baixo crescimento econô-
do trimestre anterior e 0,9 maior do que o mesmo mico, inflação acima da meta e baixo nível de desemprego.
trimestre do ano passado. Os investimentos estão Milhões de brasileiros se incorporam à sociedade de
estagnados. O governo federal está surpreso e a esti- consumo.
mativa para o ano é de crescimento de apenas 1. Os investimentos estão baixos. Há necessidade de se rever
- A carga tributária em 2011 alcançou a marca de 35,3.
as despesas governamentais, que são altas e ineficientes e
- Lançado pacote de estimulos à construção civil: deso-
exigem uma alta carga tributária. O país depende de melhoria
neração da folha de pagamentos pela substituição da
contribuição previdenciária de 20 pelo recolhimento
na situação econômica internacional, que se debate em
de 2 sobre o faturamento; linha de crédito de 2
bilhões de reais a juros de 0,94 ao frlês; redução da
reces-
são e desemprego, afetando as exportações. O país enfrenta
alíquota unificada sobre impostos (Regime Especial de

Tributação) de 6 para 4; a alíquota unificada de 1 dois problemas graves: o baixo crescimento econômico (o
abrangerá imóveis até 100 mil reais. PIB
- Prorrogação do Programa de Sustentação de Investi- cresceu apenas 0,9 em 2012) e as pressões inflacionárias.
mentos (PSI), operado pelo BNDES, por mais um ano, Para combater a inflação o governo alivia de impostos
com linhas de financiamento de aquisição de máquinas diversos
setores econômicos.

A inflação de 2012, de 5,84, supera a meta de 4,5.


Para cumprir a meta de superávit primário de 2012 o
governo federal recorre a artifícios para aumentar as
receitas:
antecipação de recebimento de dividendos de empresas
estatais, utilização de receitas extraordinárias como indeni-
zações judiciais, exclusão de gastos com o PAC e saque da negativa de quatro estatais de energia, vinculadas
do a governos estaduais da oposição ao governo central.
Fundo Soberano. A diferença será coberta pelo Tesouro Nacional.

Principais fatos do governo Dilma em 2013  Reajuste nos preços da gasolina (+6,6) e no óleo
diesel (+5,4) nas refinarias para diminuir as des- í~Qc::. "1
pesas da Petrobrás com os subsídios aos preços dos ""
combustíveis. O governo reduziu as tarifas de energia
d
 Entraram em vigor em janeiro as novas tarifas de ...
energia elétrica, com redução de 25 em média para
~81OJ
os consumidores e de até 32 para a indústria. A prin-
elétrica e solicitou que governos esta uais e rnurucipars
cipal redução prevista viria da renovação das conces-
não repassem os aumentos dos combustíveis para os
sões, por 30 anos, que foi parcialmente feita em razão
preços do transporte.

----------------------------------------------------------------------------------------------,r--
1
i
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V
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J

~
ss m mais do que as impor-
O tações. A qualidade das exportações vem caindo,
~ z
O pois se concentra em produtos primários, de menor
u
valor agregado que os industrializados. Um terço das
UJ
 exportações constituiu-se de minério de ferro, soja e
o petróleo. O país vem perdendo mercados para outros
s
fornecedores. São apontados problemas como a infra-
al
104 estrutura, tributos, burocracia, custos de financiamen-
d
to, diminuição de atender o mercado norte-americano
o
em favor da América Latina e falta de promoções no
a
exterior. Principais produtos exportados: minério de
n
ferro, petróleo, soja, açúcar, carne de frango, farelo
u
de soja, café, aviões, pastas de madeira, peças de
al
veículos. Principais produtos importados: petróleo,
d
automóveis, peças de automóveis, óleos combustíveis,
a
medicamentos, circuitos integrados, naftas, partes de
b
transmissores, cloreto de potássio, gasolina. Os maio-
al
res mercados são China, Estados Unidos, Argentina,
a
Holanda, Japão.
n
ç  O fraco crescimento do PIB é analisado por
a economis-
c tas, que apontam fatores como as restrições externas
o (recessão nos mercados), a baixa produtividade (ínfra-
m
estrutura precária e elevado custo da mão de obra),
er
problemas climáticos na agricultura, baixo nível dos
ci
investimentos (insegurança dos empresários).
al
v
 Para conter os aumentos nos preços o governo
decreta
e
diminuição de impostos para produtos da cesta básica.
m
c
 O governo federal anuncia o Plano Inova
Empresa,
ai
que incentiva as empresas a realizar investimentos em
n
inovação tecnológica.
d
o,  O governo federal amplia os setores
p beneficiados por
oi desoneração na folha de pagamentos em troca de
s tributação sobre o faturamento. Alguns dos setores
a são transporte ferroviário e metroviário, jornalismo
s e radiodifusão, serviços aeroportuários, transporte
e aéreo de passageiros etc.
x  Inflação em 12 meses acima do teto da meta e
p pressão
or do mercado financeiro fazem o Banco Central aumen-
ta tar a taxa de juros básica, de 7,25 para 7,5.
ç  O PIB do 12 trimestre cresce apenas 0,6 em
õ relação
e ao anterior. A inflação anual encosta no teto da meta
s de 6,5. O Banco Central, pressionado pelo mercado
a financeiro, volta a aumentar os juros, de 7,5 para 8.
n  A balança comercial tem saldo negativo até
u maio, de
ai 5,4 bilhões de dólares. As exportações são prejudica-
s das pela diminuição nas saídas de petróleo, justificadas
c pela diminuição na produção e aumento do consumo
a interno.
e  A recuperação da economia estadunidense
provoc o e Potencial, Estoques e Fluxos)
a
temore 1. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) Numa economia,
s de apenas dois bens são produzidos: azeitonas e sorvete.
Em 2006, foram vendidos um milhão de latas de azei- subiu 25 e a quantidade de latas vendidas caiu 10.
que os
tonas a R$ 0,40 cada e 800.000 litros de sorvete a R$ No mesmo período, o preço do litro de sorvete caiu 10
EUA
0,60 cada. De 2006 a 2007, o preço da lata de azeitonas e o número de litros vendidos aumentou 5. A respeito
aument
do texto acima, analise as afirmativas a seguir:
em os
juros e I - O PIB nominal em 2006 equivale a R$ 880.000,00 e
receba em 2007 a R$ 903.600,00.
m 11 - O PIB real de 2007, usando ano base de 2006, foi
mais de R$ 864.000,00.
capitais 1\1 - O uso da série de PIB nominal dessa economia
valoriza para os anos 2006 e 2007 pode induzir o analista a
ndo o subestimar seu crescimento econômico.
dólar. O
dólar Assinale:
aument
a a) se somente a afirmativa I estiver correta.
para b) se somente as afirmativas I e 1\1 estiverem
2,12 corretas.
reais c) se somente as afirmativas I e 11 estiverem
em 2. corretas.
junho d) se somente as afirmativas 11 e 111 estiverem
de corretas.
2013. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Para
voltar a (Antaq/Agente de Regulação/2009) Com relação aos
atrair fundamentos da economia, julgue os seguintes itens.
divisas
do a) Os seguintes mercados compõem a estrutura da
exterior aná-
o lise macroeconômica de uma economia: o mercado
govern de bens e serviços, que reflete o nível de atividades
o zera dessa economia, representada pelos agentes ma-
a croeconômicos - consumidores, empresas e gover-
alíquota no -; mercado fiscal, no qual são relevantes a taxa
do IOF salarial e a taxa cambial; e o mercado monetário,
de em que os agentes econômicos empregam recursos
para a produção do produto interno bruto.
6 para
b) A macroeconomia não se ocupa da formação
aplicaç
dos
ões em
3. preços de um produto especificamente, mas, sim,
renda
do comportamento das unidades econômicas indi-
fixa.
viduais e de mercados específicos.
c) Políticas macroeconômicas têm como meta
alcançar,
EXER entre outros, os seguintes objetivos: alto nível de
CíCIO emprego e estabilização do crédito rotatívo, bem
S como a alocação e a composição da produção total.

(DFTrans/Analista de Transportes Urbanos/Econo-


Conc mista/2008) O Produto Interno Bruto (PIB) de um país
eitos é o valor monetário de todos os bens e serviços finais
Básic produzidos dentro do país no período de um ano. A par-
os de tir desse conceito, julgue os itens a seguir.
Macr
a) No cálculo do PIB, não se considera a excessiva
oeco po-
nomi luição dos ônibus de transporte urbano, que é um
a 4. problema do setor.
(PIB, b) Por melhorar o bem-estar da população,
Inflaç contemplan-
do uma demanda até então não atendida, o trans-
ão, porte público clandestino tem sido considerado no
Dese cálculo do PIB.
mpre c) A conscientização empresarial do setor de
go, transpor-
Variá te público de que mulheres podem desempenhar
diversas funções até então ocupadas somente por
veis
homens tem causado a diminuição da população em
Nomi idade ativa nesse setor.
nais
e (Analista Econômico da Cia. Águas de Joinville/2007)
Reai Assinale a afirmação falsa.
s,
a) Um modelo simplificado da economia classifica
Prod as
uto unidades econômicas em famílias e empresas, que
Efetiv interagem em dois tipos de mercados: mercados de
bens s e mercados de fatores al s, dividendos e juros.
de de produção. u c) A curva de possibilidades de produção dos bens
consum b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famí- g X
oe lias para as empresas, enquanto o fluxo contrário, u e Y mostra a quantidade mínima de X que deve ser
serviço de moeda, destina-se ao pagamento de salários, éi

produzida, para um dado nível de produção de Y, 8. (Economista da Codevasf/2003) Os enunciados abaixo


utilizando-se plenamente os recursos existentes. são formas de se caracterizar a macroeconomia em
sentido amplo, exceto a que informa que a (na) ma-
d) Os mercados desempenham cinco funções princi- croeconomia:
pais: I.Estabelecem valores ou preços; II.0rganizam
a produção; III.Distribuem a produção; IV.Racionam a) trata do comportamento da economia como um todo.
os bens, limitando o consumo à produção; e
V.Prognosticam o futuro, indicando como manter e
expandir a capacidade produtiva.

e) A inclinação da curva de possibilidades de produção


dos bens X e Y mostra quantas unidades do bem X
podem ser produzidas a mais, mediante uma redu-
ção na produção do bem Y.

5. (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de


SP/2007)
Em uma economia fechada e sem governo, que produz
apenas laranjas e peixes, em 2005 foram produzidas 1
000 laranjas ao preço unitário de $1 e 1000 peixes ao
preço unitário de $1. Em 2006, foram produzidas 1500
laranjas ao preço de $2 cada e 600 peixes ao preço de
$3 a unidade. A partir dessa informação, pode-se afirmar
que as variações dos PIB nominal e real entre 2006 e
2005 foram, respectivamente,

a) 50 e 25.
b) 140 e 80.
c) 10 e 5.
d) 100 e 0.
e) 140 e 5.

6. (Câmara Municipal-SP/Consultor Legislativo/2007)


Com relação aos dados da questão anterior, o defiator
implícito do PIB para a economia entre 2006 e 2005 foi,
aproximadamente,

a) 104. d) 129.
b) 5. e) 12.
c) 150.

7. (Analista Econômico e Financeiro da Cia. Águas de


Join-
ville/2007) Assinale a afirmação errada.

a) Um modelo simplificado da economia classifica as


unidades econômicas em famílias e empresas, que
interagem em dois tipos de mercados: mercados de
bens de consumo e servíços e mercados de fatores
de produção.

b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famí-


lias para as empresas, enquanto o fluxo contrário,
de moeda, destina-se ao pagamento de salários,
aluguéis, dividendos e juros.

c) A curva de possibilidades de produção dos bens X


e Y mostra a quantidade mínima de X que deve ser
produzida, para um dado nível de produção de Y,
utilizando-se plenamente os recursos existentes.

d) Os mercados desempenham cinco funções principais:


I. Estabelecem valores ou preços; 11. Organizam a
produção; 111. Distribuem a produção; IV. Racionam
os bens, limitando o consumo à produção; e V. Prog-
nosticam o futuro, indicando como manter e expandir
a capacidade produtiva.
e) A inclinação da curva de possibilidades de produção
dos bens X e Y mostra quantas unidades do bem X
podem ser produzidas a mais, mediante uma redução
na produção do bem Y.
d) o produto nominal apresentou uma variação positiva
~ de 8 e o produto real uma variação positiva de 2,5.

e) o produto nominal apresentou uma variação positiva


~ de 8 e o produto real uma variação negativa de
19,65, aproximadamente.

10. (Comunicador Social do BNDES/2011) No ano de 2005,


b) abrange o comportamento econômico e as políticas
o valor do Produto Interno Bruto (PIB) nominal de certo
que afetam o consumo e o investimento.
país foi de 1000 unidades monetárias. No ano seguinte,
c) abrange o câmbio, a balança comercial e as políticas
o valor do PIB nominal foi de 1060 unidades monetárias
fiscal e monetária.
e ocorreu um aumento do PIB real de 4, em relação
d) lida com o comportamento de unidades econômicas
ao ano anterior. Esses dados permitem concluir que
individuais, tais como famílias e firmas.
uma estimativa da taxa de inflação no país, entre 2005
e) o nível agregado de renda ou dos gastos está entre
e 2006, é, aproximadamente, de
as variáveis-chave a serem estudadas.
a) 0
9. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2002) Suponha uma b) 2
economia hipotética que produza apenas dois bens c) 3
finais, A e B. Considere a tabela a seguir: d) 4
e) 6

bem A bem B Agregados Macroeconômicos, Identidades


preço quantidade preço quantidade
Macroeconômicas Fundamentais, Consumo,
período 1 2,00 10 3,50 15
Investimento, Gastos do Governo, Exportações
período 2 2,50 12 4,83 10
líquidas. Métodos de Medição do Valor do
Com base nessas informações e utilizando-se do Produto, Sistema de Contas Nacionais. PIS Real
índice X
de preços de Laspeyres, é correto afirmar que, PIS Nominal, Deflator do PIS. Inflação: Conceitos
entre
os períodos 1 e 2,
e Formas de Mensuração, Correção Monetária
a) o produto nominal apresentou uma variação positiva Utilizando índices de Inflação

r'
de 8 e o produto real não apresentou variação.
b) o produto nominal apresentou uma variação posítíva 11. (Banco Central do BrasiI/Analista/201O) O Produto In-
de 12 e o produto real uma variação negativa de
terno Bruto de um país, num certo ano, é menor que
19,65, aproximadamente.
o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se alo)
c) o produto nominal apresentou uma variação positiva
~2
a) entrada de poupança externa for elevada.
de 8 e o produto real uma variação negativa de
8,33, aproximadamente. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as ~~
importações. :
c) renda líquida recebida do exterior for positiva.

----------------------------------------------------------------------------------------------vr--
1
0
5

~ «
~ sO
z d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central,
O
u aumentar.
w

e) superávit no balanço comercial e de serviços for


positivo.

106
12. (MPU/Perito em Economia/2010) Julgue os itens sub-

sequentes.

a) Considera-se poupança bruta, a soma da poupança


do setor privado, da poupança do governo e da
poupança externa.
b) Um superávlt em transações correntes implica pou-
pança externa negativa.

® (Analista do Banco Central do Brasi1/2010) No sistema


de contas nacionais, o produto de uma economia pode
ser obtido de três maneiras diferentes: sob a ótica da
produção, da despesa e da renda.

Especificação e Valor ($)

Produção: 1.979
C ques: 236
o Remuneração dos empregados e dos autônomos,
n incluídas as contribuições sociais: 467
s Lucros distribuídos ou não: 440 b) 1.944.430.
u Exportação de bens e serviços: 117
m Importação de bens e serviços: 135 c) 1.946.019.
o Impostos sobre produtos: 119 d) 2.231.014.
e) 1.942.901.
Consumo intermediário: 1.012
d
16. (BNDES/Profissional Básico/2008) Os residentes de
a Analisando as informações da tabela acima, pode-se
certo país recebem liquidamente renda do exterior.
s concluir que, para essa economia, em $, alo):
Então, necessariamente,

f a) renda nacional é 949.


a) o país tem déficit na balança comercial.
a b) renda interna é 1.026.
b) o país está atraindo investimentos externos.
c) despesa interna é 1.068.
m c) o PNB do país é maior que seu PIB.
d) produto nacional bruto é 1.068.
í d) a taxa de juros doméstica está muito baixa.
e) produto interno bruto é 1.086.
l e) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.
i
14. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
a Julgue os itens seguintes, relativos às contas nacionais.
namental/2008) Considere os seguintes dados para
s
uma economia hipotética: Investimento privado: 200;
: 17. (Analista Administrativo da ANAC/2012) A soma das
Poupança privada: 100; Poupança do governo: 50j
6 remunerações dos fatores de produção é igual à soma
Déficit em transações correntes: 100. Com base nestas
5 informações e considerando as identidades macroeco- dos gastos em bens e serviços finais produzidos inter-
9 nôrnlcas básicas, pode-se afirmar que o investimento namente durante um ano.
18. (Analista Administrativo da ANAC/2012) Caso o
público e o déficit público são, respectivamente,
F conjun-
o a) zero e 50. to das empresas de determinada economia acumule
r b) 50 e 50. estoques indesejados, esses estoques serão contabili-
mc) 50 e zero. zados como investimentos nas contas nacionais.
19. (Analista Administrativo da ANAC/2012) Caso um
a d) zero e zero.
e) 50 e 100. bem
ç
tenha sido produzido em 2011 evendido apenas em 2012,
ã
15. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa- ele contribuirá para o produto interno bruto de 2012.
o
mental/2008) A conta de bens e serviços do sistema de
contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes da- 20. (Auditor de Controle Externo do TCDF/2012) O
b
dos para 2005 (em R$1.000.000): Produção: 3.786.683; produ-
r
Importação de bens e serviços: 247.362; Impostos to interno bruto de um país hipotético que produza
u sobre produto: 306.545; Subsídios aos produtos: 1.559;
somente veículos automotores será a soma do valor
t Despesas com consumo final: 1.721.783; Formação
da produção dos veículos, dos pneus, dos motores au-
a bruta de capital fixo: 342.237; Variação de estoques:
tomotivos e de todos os demais componentes desses
5.739; Exportação de bens e serviços: 324.842. Com veiculos.
d base nestas informações, pode-se afirmar que o con-
e sumo intermediário foi de:
21. (Diplomata do Instituto Rio Branco/2009) A demanda
a) 2.133.019. agregada total (doméstica e externa) de uma economia
c
aberta equivale ao seu produto interno bruto (PIB),
a
sendo os seguintes os seus principais componentes:
p
consumo, investimento, compras do governo e expor-
i
tação líquida de bens e serviços. Supondo-se que essa
t
economia gere um PIB anual de R$ 1 trilhão, mantenha
a uma taxa de investimento igual a 20 do PIB e que,
l nessa economia, o consumo e os gastos do governo
m sejam respectivamente 3,1 e 0,7 vezes superiores ao
a investimento, é correto concluir que o saldo exportador
i dessa economia será de
s
a) R$ 38 bilhões.
v b) R$ 40 bilhões.
a c) R$ 76 bilhões.
r d) R$ 80 bilhões.
i e) R$ 102 bilhões.
a
ç 22. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasi1/2009)
ã Considere as seguintes informações extraídas de um
o sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:

Poupança privada: 300; Investimento privado: 200;


d
Poupança externa: 100; Investimento público: 300.
e
Com base nessas informações, pode-se considerar que
a poupança do governo foi:
e
s a) de 200 e o superávit público foi de 100.
t b) de 100 e o déficit público foi de 200.
o c) negativa e o déficit público foi nulo.
- d) de 100 e o superávit público foi de 200.
e) igual ao déficit público.
julgue os itens seguintes, relativos às contas nacionais. ravitário, indica que o país está recebendo recursos
23. À medida que crescem as remessas de juros ao que podem ser utilizados no pagamento de compro-
exterior, missos assumidos anteriormente.
aumenta-se o déficit na conta capital e financeira do
balanço de pagamentos, ceteris paribus.

24. Se um país apresenta superávit no balanço de


pagamen-
tos, suas exportações líquidas serão, necessariamente,
positivas.

(Antaq/Agente de Regulação/2009) julgue o item a seguir.

25. Atualmente, de acordo com metodologia


recomendada
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os movi-
mentos de capitais passaram a ser demonstrados no
balanço de pagamentos em duas contas distintas, que
separam as transferências de patrimônio das movimen-
tações meramente financeiras.

26. (BNDES/Administrador/2009) O fato de um país ter


um
déficit na conta-corrente de seu balanço de pagamentos
significa que

a) está havendo perda de reservas internacionais.


b) seu balanço comercial é deficitário.
c) a conta de capital do seu balanço de pagamentos é
superavitá ria.
d) a poupança externa que está entrando no país é
positiva.
e) a renda líquida enviada ao exterior é positiva.

27. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasi1/2009)


Con-
sidere a seguinte identidade macroeconômica básica:
=
y" C + I + G + (X - M), onde C consumo agregado; I =
investimento agregado; e G = gastos do governo. Para
que Y represente a Renda Nacional, (X - M) deverá
representar o saldo:

a) da balança comercial.
b) total do balanço de pagamentos.
c) da balança comercial mais o saldo da conta de tu-
rismo.
d) da balança comercial mais o saldo da conta de ser-
viços.
e) do balanço de pagamentos em transações correntes.

(Instituto Rio Branco/Diplomata/2009) Considerando a con-


tabilidade do balanço de pagamentos do Brasil e das contas
nacionais, julgue (C ou E) os itens seguintes.

28. Um déficit de 100 dólares na conta de transações cor-

rentes implica, necessariamente, a perda do mesmo


valor nas reservas internacionais.

29. Remessas de rnáqulnas e equipamentos de uma com-


panhia estrangeira para sua filial no Brasil não precisam
ser registradas no balanço de pagamentos, visto que tal
operação não envolve entrada ou saída de divisas.

30. A diferença entre a renda nacional bruta e a renda


inter-
na bruta é obtida por meio do somatório dos saldos da
conta de renda e da conta de transferências unilaterais.

31. (Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo/


Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
Públicas/2009) As contas do Balanço de Pagamentos
contêm os fluxos de moeda para dentro e para fora
de um país e fornecem informações sobre as relações
comerciais entre os países. Com relação ao Balanço de
Pagamentos, indique a opção falsa.

a) O Balanço Comercial corresponde ao saldo das


exportações sobre as importações.
b) O Balanço de Transações Correntes, quando supe-
c) O Balanço de Serviços e Rendas representa as nego- d) As amortizações estão ligadas a investimentos dire-
tos anteriores.
ciações internacionais dos chamados bens invisíveis
e) Os custos com consulados são classificados em
e os rendimentos de investimentos e do trabalho.
outros serviços diversos.
d) Os principais fatores que determinam o saldo do
Balanço Comercial são: o nível de renda da economia 34. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos mental, 2008) Conforme consta nas notas metodoló-
de troca. gicas do Banco Central do Brasil sobre o Balanço de
e) As transações do Balanço de Serviços e Rendas são Pagamentos, a conta que inclui os "serviços financeiros,
as transações que afetam diretamente a Renda que compreende serviços bancários tais como correta-
Nacional. gens, comissões, tarifas por prestações de garantias e
fianças, comissões e outros encargos acessórios sobre
o endividamento externo" é a conta:
32. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
namental/2009) Considere os seguintes saldos, em a) transferências unilaterais correntes.
unidades monetárias, para as contas dos Balanços de b) de rendas.
Pagamentos: Balanço comercial: - 700; Balanço de c) de serviços.
serviços: -7.000; Balanço de rendas: -18.000; Trans- d) de capital.
ferências unilaterais: + 1.500; Conta Capital: + 300; In- e) financeira.
vestimento Direto: + 30.500; Investimento em Carteira:
+ 7.000; Derivativos: - 200; Outros investimentos na
35. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
conta financeira = -18.000; Erros e omissões: + 2.500.
mental, 2008) A partir do início deste século, o Banco
Considerando esses lançamentos, é correto afirmar que
Central do Brasil passou a divulgar o balanço de paga-
a conta Haveres da Autoridade Monetária apresentou
mentos com nova metodologia. Pode-se considerar as
saldo de:
seguintes alterações em relação à metodologia anterior,
exceto a
a) + 2.100 b) - 2.100 c) - 2.900 d] + 2.000 e) zero
a) exclusão, no item investimentos diretos, dos em-
33. (Economista da FUNAI, 2009) Sobre o Balanço de Pa-
préstimos intercompanhias. de qualquer prazo. nas
garnentos é correto afirmar que: modalidades de empréstimos diretos e colocação r~Q-1
a) O saldo das transações correntes é a soma do saldo de títulos. ..:::.
da balança comercial, de serviços e das transferên- b) introdução, na conta corrente, de clara distinção en-
cias. tre bens, serviços, renda e transferências correntes, ~o!:,!
b) O pagamento de juros é classificado na conta de com ênfase no maior detalhamento na classificação _
capital. de serviços.

c) O pagamento de lucros é classificado na conta de


capital. 1rli
.LUI

~ «
~ ~
O
Z c) estruturação da conta de rendas de forma a eviden-
O
u ciar as receitas e despesas geradas por cada uma das
w
modalidades de ativos e passivos externos contidas
na conta financeira.

d) inclusão da "conta financeira", em substituição à


108
antiga conta de capitais.
e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio,
inclusive bônus, notes e commercial papers, para a
conta de investimento em carteira.

A Oferta e a Demanda Agregadas

36. (Analista do Banco Central do Brasi1/2010) No


modelo
macroeconômico clássico, as variações na oferta mone-
tária, decorrentes da atuação do Banco Central, teem
consequências, a curto prazo, apenas sobre o(a)

a) nível geral de preços.


b) produto real da economia.
c) utilização da capacidade ociosa.
d) taxa de desemprego.
e) taxa de câmbio.

37. (STN/Analista de Finanças e Controle/2008) John M.

Keynes, em sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da


fv10edü (Abril cuttura', Coleção "Os Econormstas", 1983)J
procurou analisar e sistematizar os pressupostos da
Economia Clássica. Considerando a interpretação dada
por Keynes à Teoria Clássica, não pode ser considerado
como hipótese da Teoria Clássica:
a) não existe o que se chama de desemprego involun-
tário no seu sentido estrito.
b) o salário real é igual à desutílldade marginal do
trabalho e as empresas exportadoras bra-
existent sileiras dependam fortemente de linhas de crédito
e. internacionais para viabilizar suas vendas externas,
c) então a contração desse tipo de crédito desencadeada
40. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) Supondo que a
o pela atual crise norteamericana desloca a curva de
eco-
produto demanda agregada da economia brasileira para baixo
nomia se encontre num ponto de equilíbrio de curto
margina e para a esquerda.
e longo prazo, segundo o modelo clássico de nível de
l do 11- A forte redução do preço do petróleo nos mercados
preços, o efeito da emissão de moeda na economia é
trabalho internacionais, ocorrida recentemente, desloca a curva
de oferta agregada da economia brasileira para baixo, caracterizado por:
é zero
para contribuindo, assim, para elevar a produção e reduzir
a) no curto prazo, haver um aumento da demanda
qualque a taxa de inflação.
agregada, levando a um PIB real superior ao de
r 111- No modelo clássico, aumentos da taxa de inflação
equilíbrio, que ao longo do tempo é ajustado via
nível de geram excesso de demanda de trabalho, elevam o
aumento dos salários nominais.
produçã salário nominal e, consequentemente, os custos das
b) no longo prazo, o efeito nos salários nominais
empresas, porém, não alteram os níveis de longo prazo
o e de deslocar a curva de oferta de curto prazo para a
da produção e do emprego.
empreg direita, num novo equilíbrio onde o PIB real é igual
o. ao anterior à mudança, mas sob um nível de preços
39. (Vunesp/Consultor Legislativo da Câmara Municipal
d) superior.
de
a oferta c) um novo equllíbrlo da economia em que o PIB real é
SP/2007) Em uma economia concorrencial, se houver
cria a superior ao anterior à mudança, apesar de implicar
rigidez nos salários, a oferta agregada será um nível de preços superior.
sua
própria d) no longo prazo, haver uma redução da demanda
a) totalmente inelástica.
procura agregada, levando a um PIB real inferior ao de equi-
b) infinitamente elástica.
. líbrio, que ao longo do tempo é ajustado via redução
c) negativamente inclinada.
e) dos salários nominais. O novo equilíbrio da economia
d) positivamente inclinada.
o preço é tal que o PIB real é inferior ao anterior à mudança,
e) inexistente.
da com um nível de preços superior.
procura e) no curto e no longo prazo, não haver efeito sobre a
agrega demanda agregada, apenas um ajuste dos salários
da é nominais, que perdem seu poder de compra.
igual ao
preço Julgue o item que se segue.
da
41. (Economista da Prefeitura de Rio Branco - AC/2007)
oferta
Aumentos nos preços das matérias-primas conduzem a
agrega
inflações induzidas pelos custos e deslocam a curva de
da para
todos oferta agregada da economia para cima e para a esquerda.
os
níveis 42. (Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA/2004)
de Considere um modelo de oferta e demanda agrega-
produçã das supondo as seguintes hipóteses: curva de oferta
oe agregada de curto prazo positivamente inclinada em
de decorrência da existência de rigidez de preços e salários
empreg no curto prazo; curva de oferta agregada de longo prazo
o. vertical no nível de pleno emprego; curva de demanda
agregada definida a partir do modelo IS/LM; preços
38. e salários flexíveis no longo prazo. Com base nessas
(Econo informações, é incorreto afirmar que
mista
do a) na ocorrência de choques de oferta, a autoridade
Ministér econômica pode-se utilizar de políticas monetária
io do e fiscal para minimizar os custos do desemprego.
Trabalh b) o equilíbrio de longo prazo pode ser definido pela
oe
interseção entre a curva de demanda agregada e as
Empre-
gO/200 curvas de oferta agregada de curto e longo prazo.
8) c) no longo prazo, a política monetária só altera o nível
Julgue geral de preços.
os itens d) Uma política fiscal expansionista tende a elevar o
a nível geral de preços no longo prazo.
seguir. e) uma política monetária contracionista tende a elevar
o nível geral de preços no curto prazo.
I-
C
43. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) Um trabalhador
o
esco-
n
lhe livremente entre horas de lazer e de trabalho num
si
mercado sem obrigações contratuais. Com relação à
d
teoria clássica de oferta de trabalho, que relaciona horas
er
trabalhadas com salário/hora pago, assinale a afirmativa
a
correta quanto às suas hipóteses e conclusões.
n
d
a) O trabalhador não escolhe livremente entre horas
o
de trabalho e de lazer.
q
b) Quanto maior o salário/hora, menor a oferta de
u
trabalho.
b) b.Y/b.G = b.Y/b.a.
c) dado que O < b < 1, o multiplicador keynesiano é
maior do que 1.

I
c) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do
d) um aumento do consumo autônomo aumenta o nível
do produto. (Econo
mista
salário até um dado nível w*, reduzindo para níveis e) b.Y/b.G = b.Y/b.lo' do
de salário superiores a w*. Ministér
io do
d) Obrigações contratuais incentivam rápidos ajustes Trabalh
às variações de salários. oe
Empreg
e) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do o/2008)
salário.
Julgue
Julgue o item seguinte, relativos às contas nacionais. o item
a
44. (Auditor de Controle Externo do TC-DF/2012) A seguir.
redução
do déficit orçamentário causa redução do produto e da I 48.
taxa de juros da economia no curto prazo. No médio Política
prazo, a reduzida taxa de juros permite que haja retorno s fiscais
do produto ao nível anterior. expansi
onistas
45. (Economista da FUNA1/2009) São características de basead
um as em
modelo de Demanda Agregada: reduçã
o
a) A taxa dejuroestar no mesmo nível da taxa de de
câmbio. imposto
s
b) A taxa de investimento estar no mesmo nível da taxa
elevam
de câmbio.
mais a
c) A taxa de juros estar no mesmo nível da taxa de deman
investimento. da
agrega
d) O nível de renda ser determinado pelo investimento. da do
que
e) A oferta agregada determinar a demanda agregada.
a
Determinação da Renda e do Produto de q
Equilíbrio nos Quatro Setores Econômicos e u
e
Política Fiscal. Papel dos Gastos Públicos. Políticas l
de Estabilização a
s
46. (Antaq/Agente de Regulação/2009) Em relação aos
conceitos básicos de Macroeconomia, julgue os itens a q
seguir. u
e
I - Se a produção de determinada economia nacional
está abaixo do seu ponto de equllíbrío, a eventual ex- i
pansão da produção se dará associada a um aumento m
não intencional dos estoques das empresas. p
11- O consumo independente da renda, também cha- l
mado de consumo autônomo, determina o ponto em i
que a curva de consumo agregado corta o eixo das c
ordenadas de um gráfico do tipo consumo versus nível a
de renda nacional. m
111- Se o grupo responsável pela reforma tributária que
ainda se encontra em discussão no Congresso Nacional a
optasse pelo aumento dos impostos indiretos no Brasil, u
permanecendo constantes os demais impostos, deve- m
riam ser observadas alterações nas propensões médias e
a consumir da população, embora a propensão marginal n
a consumir não fosse afetada. t
IV - A relação entre o nível de taxa real de juros e a o
propensão a poupar das famílias é sempre diretamente s
proporcional.
e
q
47. (STN/Analista de Finanças e Controle/2008)
u
Considere
i
o seguinte modelo keynesiano: V = C + 10 + G; C = a +
v
=
b.Y, onde O < b < 1; Y Produto Agregado; C = consumo
a
agregado; "a" uma constante positiva; 10 = investimentos
l
autônomos; e G = gastos do governo. Com base neste e
modelo, é incorreto afirmar que: n
t
a) V = A/(1- b), onde A = (1 0 + G)/a.
e
s dos gas- e) reduziria o gasto público e a emissão monetária
tos públicos e esses aumentos serão maiores, quanto usada para financiá-Io.
~
menor for a propensão marginal a poupar da economia.
~
49. (Câmara Municipal-SP/Consultor Legislativo/2007)
Em um
modelo keynesiano simples, para uma economia fechada,
a propensão marginal a consumir é 0,8 e a carga tributá-
ria é 25. üm aumento dos gastos do governo em 100
unidades monetárias levará a um aumento na renda de:

a) 100 unidades monetárias.

b) 75 unidades monetárias.

c) 500 unidades monetárias.

d) 250 unidades monetárias.

e) 200 unidades monetárias.

A respeito de macroeconomia, julgue o item subsequente.

50. (Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas


do
DF/2012) Em uma economia hipotética, cuja propen-
são marginal a consumir seja igual a 0,6, se o governo
ampliar o crédito de tal forma que o consumo aumente
em R$ 1 bilhão, o produto dessa economia aumentará
em R$ 2,5 bilhões.

51. (Economista do BNDES/2011) Qual das seguintes


estáticas comparativas está de acordo com o modelo
keynesiano simples com consumo e investimento?

a) Um aumento do nível de poupança representa uma


injeção de renda, elevando a demanda agregada,
provocando um aumento do nível de produto de
equilíbrio.
b) Um aumento da propensão marginal a consumir ele-
va o nível do produto (V), pois a demanda agregada
(DA) sofre um deslocamento paralelo para cima no
plano (V, DA).
c) Quando o nível de produção se anula, o consumo
autônomo passa a ser financiado por um nível de
poupança positiva.
d) Um aumento no investimento autônomo é a única
maneira de aumentar tanto a renda como a poupan-
ça de equilíbrio.
e) Um aumento na taxa de poupança induz a uma
redução do nível de investimento de equilíbrio.

A respeito de rnacroeconomía, julgue o item subsequente.

52. (Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas


do
DF/2012) Em uma economia hipotética, cuja propen-
são marginal a consumir seja igual a 0,6, se o governo
ampliar o crédito de tal forma que o consumo aumente
em R$ 1 bilhão, o produto dessa economia aumentará
em R$ 2,5 bilhões.

53. (Engenheiro do BNDES/2011) A curto prazo, para ex-


pandir a demanda agregada e a renda de um país, uma
política fiscal expansiva

a) aumentaria os impostos e o superávit orçamentário


do setor público.

b) aumentaria os impostos para repagar a dívida exter-

c) aumentaria os gastos públicos financiados pela


venda de títulos do Tesouro.

d) reduziria, no mesmo valor, os gastos públicos e as


importações.

lÕ9

<> ~ ::5
2
O
z
O
u 54. (Economista do BNDES/2011) Qual das seguintes I 58. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
w estáticas comparativas está de acordo com o modelo namental/2009) Considere os seguintes coeficientes
keynesiano simples com consumo e investimento? de comportamento monetário: Ml = meios de paga-
mento; c = (papel-moeda em poder do público/Ml);
a) Um aumento do nível de poupança representa uma d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1);
110 injeção de renda, elevando a demanda agregada, =
R (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a
provocando um aumento do nível de produto de vista nos bancos comerciais). Considerando que c = d/3
equilíbrio. e R = 0,3, o valor do multiplicador da base monetária
b) Um aumento da propensão marginal a consumir ele- será de, aproximadamente,
va o nível do produto (V), pois a demanda agregada
(DA) sofre um deslocamento paralelo para cima no a) 2,990
plano (V, DA). b) 2,105
c) Quando o nível de produção se anula, o consumo c) 1,290
autônomo passa a ser financiado por um nível de d) 1,600
poupança positiva. e) 3,103
d) Um aumento no investimento autônomo é a única 59.
maneira de aumentar tanto a renda como a poupan- (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
ça de equilíbrio. mental/2009) Em relação aos conceitos relacionados a
e) Um aumento na taxa de poupança induz a uma uma economia monetária, é incorreto afirmar que:
redução do nível de investimento de equilíbrio.
a) um banco cria meios de pagamentos quando
compra
55. (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) Considere o
bens ou serviços do público pagando com moeda
corrente.
modelo de determinação da renda com as seguintes b) os bancos podem alterar o multiplicador
informações, em unidades monetárias (quando for o bancário
caso): C = 100 + O,8.Y; M = 50 + m.Y; X = 100; G = 100; ! '" alterando os seus recolhimentos voluntários junto
200, onde: V = produto agregado; C = consumo agrega- ao Banco Central.
do; G = gastos do governo; I = investimento agregado; X c) alterando os recolhimentos compulsórios, o
= exportações; M = importações; e "rn" uma constante Banco
positiva. Considerando uma renda agregada de equilí- Central consegue controlar os coeficientes de com-
brio igual a 900, a propensão marginal a importar será portamento bancário "c" e "d".
igual a: d) o valor do multiplicador da base monetária pode

a) 0,15 se alterar independente das intenções do Banco


60.
b) 0,50 Central.
c) 0,20 e) quanto maior o coeficiente "papel moeda em
d) 0,30 poder
e) 0,25 do público/Ml", menor será o multiplicador da base
monetária.
Moeda: Conceito, Funções, Características, o
(Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-
Papel do Sistema Financeiro, Criação e Destruição
namental/2008) Considerando a definição de meios de
de Moeda, Contas do Sistema Monetário, pagamentos adotada no Brasil, é incorreto afirmar que:
Multiplicação e Controle dos Meios de
Pagamento. Instrumentos de Gestão da Política a) o Ml engloba o papel-moeda em poder do
Monetária: Operações de Mercado Aberto, público.
b) o M2 engloba os depósitos para investimento e
Redesconto Bancário, Reservas do Bacen. Bancos
as
Comerciais e a Oferta de Moeda: o Multiplicador emissões de alta liquidez realizadas primariamente
Bancário 61. no mercado interno por instituições depositárias.
c) o papel-moeda em poder do público é resultado
56. (Banco Central do BrasiI/Analista/20l0) As instituições da
diferença entre papel-moeda emitido pelo Banco
financeiras não monetárias Central do Brasil e as disponibilidades de caixa do
sistema bancário.
a) incluem os bancos comerciais. d) o M3 inclui as captações internas por intermédio
b) incluem as cooperativas de crédito.
c) incluem as caixas econômicas. dos fundos de renda fixa.
d) captam recursos através da emissão de títulos. e) o M3 engloba os títulos públicos de alta
e) captam recursos através de depósitos à vista. liquidez.

57. (Banco Central do BrasiI/Analista/2010) Entre as (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
várias mental/2008) Conforme definição adotada pelo Banco
ações do Banco Central que resultam numa política 62. Central do Brasil, as contas analíticas do setor bancário
monetária expansionista, não se encontra a são o resultado da consolidação das contas analíticas do
Sistema Monetário (Autoridade Monetária mais os Bancos
a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial. Criadores de Moeda) e das outras instituições bancárias.
b) compra de títulos federais no mercado aberto. As informações são reagrupadas e apresentadas em dois
c) venda de títulos federais no mercado aberto. grupos: ativo e passivo. Não é componente do ativo:
d) redução do percentual de recolhimento compulsório
dos bancos ao Banco Central. a) os ativos externos líquidos.
e) redução da taxa de juros dos empréstimos de llqui- b) o crédito ao governo federal [liquido).
dez do Banco Central aos bancos. c) as obrigações por títulos do Banco Central do
Brasil.
d)
o crédito
a
governo
s
estaduai
se
municip
ais.
e)
o crédito
a
empresa
s
públicas
não
financeir
as.

(Escritur
ário do
Banco
do
Brasil/2
013)
Present
e no
ambient
e
regulató
rio dos
negócio
s
bancário
s, tem
merecid
o
destaqu
e para
contribui
r com a
redução
da
taxa de
juros:
~
~
a) restrição à entrada de novos bancos dos Déficits Orçamentários do Governo sobre a
estrangeiros no Taxa de Juros de Equilíbrio, o Efeito Expulsão e o
País.
Multiplicador Keynesiano
b) limitação de empréstimos para aquisição de
veículos 67. (MDA/Economista/2009) A política monetária refere-
novos. se
c) atuação conjunta do Banco do Brasil com o basicamente aos mecanismos de controle creditício e
Banco liquidez do sistema econômico. Um aumento na oferta
Central no crédito consignado. de moeda na economia (política monetária )
d) determinação para financiamentos bancários provoca nos juros, incentivando __ investi-
63. (Economista do BNDES/2011) Em relação ao tema de mento privado e público, a demanda agregada
sem
agregados monetários, considere as seguintes siglas: e o desemprego. A sequência de palavras
garantia.
PMC = Papel-moeda em circulação; CBCOM = Encaixe que completa adequadamente o trecho acima é:
e) portabilidade do crédito.
em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos
Bancos Comerciais); CBACEN = Caixa do Banco Central; a) expansionista/queda/mais/ampliando/combatendo.
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais; b) expansionista/queda/menos/reduzindo/gerando.
PMPP = Papel-moeda em poder do público; PME :: c) expansionista/queda/menos/reduzindo/combatendo.
Papel-moeda emitido; TPP5P = Títulos públicos em d) contracionista/aumento/menos/reduzindo/gerando.
poder do setor privado; TEID :: Títulos emitidos por e)
f) contracionista/aumento/menos/ampliando/gerando.
(Analista de Transportes Urbanos/Economista/DF-
instituições depositárias. A definição de meios de pa- Trans/2008) A curva 15 (investment-saving) mostra as
gamento (Mi) é dada por condições de equilíbrio no mercado de bens e a curva
a) =
Ml PMC - CBCOM - CBACEN + DVBCOM LM (Iiquidity-money) representa o equilíbrio no merca-
b) Ml :: PME - CBACEN - CBCOM + DVBCOM do de ativos. No que concerne a esses conceitos, julgue
c) Ml = PMPP + TPPSP os itens a seguir.
d) Ml :: PMPP + DVBCOM + TEID
e) Ml = PMPP + PMC - PME + DVBCOM g) Quanto maior for a propensão marginal a consumir,
menor será a inclinação da curva IS.
f) (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de h) Pontos à direita da curva :5 correspondern a situa-
5P/2007) ções de excesso de demanda de bens.
Constituem políticas monetárias expansionistas: i) Implicitamente, a curva LM considera a oferta e
g) aumento na taxa de redesconto e diminuição das a demanda de moeda levando em conta a lei de
reservas compulsórias. Walras do mercado de ativos.
j) Pontos à esquerda e acima da curva LM representam
h) diminuição na taxa de redesconto e compra de tí!os
no mercado aberto.
uma situação de excesso de demanda por moeda.
i) diminuição na taxa de redesconto e venda de títulos
k) Desconsiderando-se situações extremas, o au-
no mercado aberto.
mento da oferta de moeda provoca aumento do
j) diminuição dos impostos e aumento das reservas
investimento e consequente aumento da renda da
compulsórias.
economia.
l) (STN/Analista de Finanças e Controle/2008)
k) diminuição dos impostos e diminuição das reservas
com pulsórias. Considere
A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômi- o modelo IS/LM e o de oferta e demanda agregada.
cos nas economias modernas, julgue o item que se segue. Supondo que a curva de oferta agregada de curto prazo
65. (Agente de Regulação da Antaq/2009) O aumento da é positivamente inclinada, é correto afirmar que:

m) a partir do equilíbrio de longo prazo, no modelo de


oferta monetária pela via do câmbio, seja por meio do
oferta e demanda agregada, um aumento da base
aumento das exportações, seja pela colocação de títulos
monetária eleva a taxa de juros e reduz o nível de
no exterior, facilita o controle de juros no mercado interno.
atividade econômica no curto prazo.
66. (Agente de Regulação da Antaq/2009) Um dos n) é possível construir, com o modelo IS/LM, uma
instrumen- teoria para a demanda agregada. A partir dessa
tos de política monetária que podem ser utilizados em teoria, pode-se avaliar os efeitos, por exemplo, de
situações de grave crise de crédito, como a que tem sido uma política monetária expansionista no modelo de
observada nos últimos meses em todo o mundo, consiste oferta e demanda agregadas.
no redesconto de títulos dos bancos comerciais a uma taxa o) no equilíbrio de longo prazo, um aumento da de-
prefixada, embora as instituições financeiras somente manda agregada não provoca inflação.
Política Monetária e Fiscal. As Curvas 15 e p) a partir do equilíbrio de longo prazo, uma política
utilizem esse tipo de operação como último recurso.
lM. Efeitos das Políticas Fiscal e Monetária. O fiscal expansionista, quando eleva o nível do produto
Equilíbrio no Mercado Monetário, Determinação de curto prazo, não provoca alterações no nível geral
da Taxa de Juros da Economia. A Curva LM, Taxa de preços.
q) somente a política fiscal pode elevar o produto de
de Juros Real e Taxa de Juros Nominal.
equilíbrio de longo prazo sem causar inflação.
O Modelo IS-lM: A Relação entre o Mercado 70. (Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas
de Bens e o Mercado Financeiro. Política do
DF/2012) A respeito de macroeconomia, julgue os itens
Fiscal: Instrumentos de Política Fiscal. Política
su bseq uentes.
I\i!onetária: Instrumentos de Política IV!onetária.
o Modelo de Oferta e Demanda Agregada e I - De acordo com o modelo 15-LM, um apolítica mo-
sua Interação com o Modelo IS-LM. O Efeito netária expansionista associada a uma política fiscal
contracionista determina um crescimento econômico
com redução das taxas de juros.

~
s~ w
111

O
~ z
O
v
112 c) uma política fiscal expansionista reduz a demanda
por moeda.
d) quanto maior a renda, maior a demanda por moeda.
11- Qualquervariável- excetuando-se o nível de preços- e} um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de
que desloque a curva 15 ou a curva LM também deslocará juros.

a curvaz de demanda agregada.

111 - Qualquer ponto sobre a curva IS demonstra impli-


citamente que o mercado de bens está em equilíbrio,
eqnautno qualquer ponto sobre a curva LM demonstra
implicitamente que os mercados financeiros estão em
equilíbrio.

71. (Administrador do BNDES/2011) Um aumento dos


gastos
em bens e serviços por parte do governo, financiado pela
emissão de títulos públicos e causando um aumento das
taxas de juros na economia, é uma política:

a) de redução da demanda agregada.


b) monetária expansiva.
c) orçamentária contracionista.
d) macroeconômica fiscal expansiva.
e) financeira sem efeitos reais na economia.

72. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasilj2009)


Considere o modelo ISjLM sem os casos clássico e da
armadilha da liquidez. É incorreto afirmar que:

a) quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por


moeda.
b) um aumento da base monetária reduz a taxa de
juros.
c) uma política fiscal expansionista reduz a demanda
por moeda.
d) quanto maior a renda, maior a demanda por moeda.
e) um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de
juros.

A respeito de moeda e inflação, julgue.

73. (Analista Judiciário do Tribunal de Justiça-ES!2011)


Caso
a elasticidade da demanda por moeda em relação à taxa
de juros seja infinita, um aumento da renda somente
será alcançado por meio de uma política fiscal expan-
sionista.

Julgue o item subsequente.

74. (Perito em Economia do MPU!201O) Modificações no

consumo autônomo, devido a mudanças no estado de


confiança dos consumidores, podem levar a desloca-
mentos da curva IS.

A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômi-


cos nas economias modernas, julgue o item que se segue.

75. (Agente de Regulação da Antaq!2009) Em uma


econo-
mia cuja produção se encontra abaixo do nível de pleno
emprego, a política monetária não é capaz de levar a
produção ao pleno emprego, objetivo que somente
pode ser atingido por meio de uma política fiscal ex-
pansionista.

76. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil/2009)


Considere o modelo ISjLM sem os casos clássico e da
armadilha da liquidez. É incorreto afirmar que:

a) quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por


moeda.
b) um aumento da base monetária reduz a taxa de
juros.
e Formas
de Mensuração. Choques de Oferta e suas
Implicações para o Nível de Inflação. Política
Te Cambial e Inflação: Bens Comercializáveis
ori (Tradebles) e Bens não Comercializáveis (Non
a Tradebles)
da 77. (Banco Central do BrasiI/Analista/2010) Com as
Inf cons-
laç tantes inovações financeiras, tem-se tornado mais difícil
ão: a administração da política monetária por causa do
def surgimento de ativos financeiros com elevada liquidez
(quase moeda). Isso tem conduzido os responsáveis
ini
por política monetária, nos mais variados países, a
çã concentrar a administração monetária, na taxa básica
o, de juros. O regime de metas para a inflação tem essa
Pri característica. Assim, é por meio da taxa básica de juros
nci que a estabilidade de preços é administrada pelo Banco
pai Central.
s Sobre o regime de metas para a inflação, analise as
Ef afirmações a seguir.
eit
os, I - O sucesso dessa forma de promover a estabilidade
de preços depende da credibilidade do Banco Central
junto aos agentes econômicos, sendo que metas muito
Ca ambiciosas e pouco prováveis de serem atingidas podem
us representar fracasso da política, com consequências
as. danosas à estabilidade de preços.
Re II - Definida a meta para a inflação, para um período
laç de tempo não muito longo ou excessivamente curto, o
Banco Central só precisa acompanhar a taxa básica de
ão
juros, uma vez que ela regula a liquidez do sistema, o
ent que torna a política monetária transparente, pois a taxa
re básica de juros é amplamente divulgada.
Inf 111 - Um aspecto negativo do regime de metas para a
laç inflação é que os agentes econômicos antecipam a di-
ão reção da política e, portanto, não havendo o elemento
surpresa, ela não atingirá seus objetivos.
e
De Está correto apenas o que se afirma em:
se a) I.
b) 11.
mp
c)lell.
reg
o: d) I e 111.
e) II e 111.
a
78. (Banco Central do BrasiI/Analista!2010) Os
Cur
economistas
va utilizam, com muita frequência, construções teóricas
de com o objetivo de analisar situações reais e dinâmicas,
Phil com simplicidade. Longo prazo x curto prazo, produto
lips potencial e taxa natural de desemprego são alguns exem-
. plos. Nesse contexto, analise as proposições a seguir.
Exp I - O produto potencial corresponde ao potencial de
ecta produto de uma economia, dadas suas instituições
tiva sociais, a disponibilidade de recursos produtivos e a
s tecnologia; por isso, produto potencial corresponde
Rac ao conceito de curva de possibilidades de produção.
ion 11- Além dos mercados de bens e serviços, de recursos
produtivos, de ativos financeiros e de moeda estran-
ais.
geira (câmbio) usados na caracterização do modelo de
Met demanda e oferta agregadas, os economistas utilizam o
as conceito de produto potencial para caracterizar a oferta
de agregada de longo prazo.
Infl 111- A Curva de Phillips, originariamente percebida como
açã uma regularidade estatística, pode ser interpretada
o.
Infl
açã
o:
Co
nce
itos
~
~
como a oferta agregada de curto prazo, enquanto que Acerca da teoria macroeconômica, julgue o item subsequente.
sua versão de longo prazo à Ia Friedman-Phelps pode 82. (Analista Administrativo da Anac/2012) A
ser interpretada como oferta agregada de longo prazo. senhoriagem,
receita obtida por emissão de moeda para financiamento
Está(ão) correta(s) aís) proposição(ões): de gastos públicos, funciona como imposto inflacionário.
a) I, apenas.
(Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do
b) 111, apenas. DF/2012) Acerca da teoria macroeconômica, julgue os itens
c) I e 11, apenas. subsequentes.
d) " e 111, apenas. 83. Conforme a curva de Phillips aumentada de expecta-
e) I, 11 e 111. tivas, se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação
esperada, o desemprego é nulo.
79 (Analista do Banco Central do Brasi1/2010) O gráfico 84. Segundo a curva de Phi!!ips, no curto prazo, a
. abaixo mostra Curvas de Phillips para uma determinada inflação
economia. Analisando o gráfico, conclui-se que a e a taxa de desemprego estão relacionadas positiva-
85. (Economista do BNDES/2009) Para a orientação da
a) taxa natural de inflação é igual a n*. mente.
polí-
b) taxa natural de desemprego é igual a u". tica monetária de um país, o uso de metas de expansão
c) curva Ai reflete expectativas de inflação mais monetária, expressas em a.a.,
eleva- a) enfrenta a dificuldade de definição e escolha do
das que A2• agregado monetário relevante.
d) curva B é de curto prazo, inelástica. b) é uma indicação de economistas da escola Keyne-
e) demanda agregada da economia é
Taxa de ,t.. siana.
representada
inflação T por B.
c) deve ser complementado com um regime cambial
fixo entre os países que adotam estas metas.
d) leva a taxas de juros reais negativas.
e) seria possível somente se o orçamento do governo
,, estivesse equilibrado.
*
86. (Fiscal da Receita do Estado do Acre/2009) Os
A, diversos
tipos de inflação historicamente registrados estão
associados a diferentes teorias e apresentam causas e
o •u características próprias. A inflação inercial, por exem-
Taxa de
desemprego plo, caracteriza-se por uma

a) flexibilidade permanente no processo de alta de


80 (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa- preços.
. mental/2008) Considere a seguinte equação para a
b) perda progressiva da memória inflacionária.
inflação: nt '" ne - 13. (u - un) + E, onde nt=; inflação em t;
c) tentativa contínua de manutenção dos preços
ne=; inflação esperada; u = taxa de desemprego
relativos.
efetiva;
d) desindexação sistemática dos contratos e obrigações
u = taxa natural de desemprego; E = choques de oferta;
enJ3 = uma constante positiva. Com base neste modelo em geral.
de inflação, é incorreto afirmar que se rr = a.nt_i, onde

Julgue o item a seguir.


n"i representa a inflação passada, se a = 1, J3
87. (Especialista em Regulação da Antaq/2009) Há
81.
= Oe E=
(Economista da Eletrobrás/2007) A Curva de Phillips alguns
O, a inflação será essencialmente inercial. Taxa de Câmbio: Definição, Regimes Cambiais,
foi anos, o Brasil encontrava-se em uma situação que
um instrumento importante na discussão das alternati-
Taxa Nominal e Real, Teoria da Paridade
combinava alta inflação, bem acima dos níveis inter-
vas de política econômica com que se defrontavam os do Podercom
nacionais, de déficit
Compra. Macroeconomia
cambial. das a
Nessas circunstâncias,
policy-makers durante o período da Golden Age. Em Economias
opção por umaAbertas:
política deTaxa de Câmbio
desvalorização Nominal,
cambial pode-
relação à Curva de Phillips, é incorreto afirmar que: Real
ria e Efetiva
compensar os eefeitos
Paridade donaPoder
nocivos balançadecomercial
Compra.
a) na versão de Friedman, só existiria o trade-off entre provocados pela inflação,
O Comportamento damas acabaria
Balança realimentando
Comercial e doo
inflação e desemprego no curto-prazo. processo
Fluxo deinflacionário
Capitais comopor meio da pressão dos custos.
Determinantes da Taxa de
b) de acordo com os autores que usam o modelo de Câmbio
expectativas racionais, o trade-offentre desemprego
e inflação não existiria nem no curto-prazo. A respeito da compreensão dos fenômenos macroeconômi-
cos nas economias modernas, julgue o item que se segue.
c) uma curva de Phillips negativamente inclinada
significaria que um corte de tributos aumentaria a 88. (Antaq/Agente de Regulação/2009) Há alguns anos,
demanda agregada, diminuindo o desemprego, mas o Brasil encontrava-se em uma situação que combinava
elevando a taxa de inflação. alta inflação, bem acima dos níveis internacionais, com
déficit cambial. Nessas circunstâncias, a opção por uma
d) o aumento da taxa de inflação necessária a redução política de desvalorização cambial poderia compensar
do desemprego seria tanto menor quanto maior os efeitos nocivos na balança comercial provocados
fosse a capacidade ociosa da economia. pela inflação, mas acabaria realimentando o processo
inflacionário por meio da pressão dos custos.
e) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi
desenvolvida por autores keynesianos. 113
<
>
~
~
d) 89. A demanda de divisas
(RefapjAnalista é constituída
de Comércio por importadores
e Suprimento Júniorj Julgue o itemrepresentada
Na situação que se segue. no gráfico, aio)
~
2007) No caso de um regime cambial flutuante, o banco a) 93. política (Consultor
monetária Legislativo
é impotente. do Senado Federalj2002)
que necessitam central dedomoedas
país: estrangeiras para efetuar b) O desequilíbrio
política fiscal dasécontas
impotente. públicas reduz a poupança
suas compras. a) necessita manter vultosas reservas c) doméstica,
taxa de aumenta
desempregoas taxas de juros e deprecia a
é elevada.
e) internacionais.
Quanto maior a taxa de câmbio, maior o volume que d) moeda nacional, internacional
mobilidade produzindo, assim, do capitaldéficit externosé
financeiro
as empresas b) desejamimpede exportar. a entrada de capitais de longo prazo, reduzida. recorrentes.
Políticas sobre-Monetária e Fiscal nos Regimes Cambiais
Fixo e Flutuante (Modelo Mundell-Fleming). a
tudo especulativos. e) l) balanço comercial da
(Controlador é superavitário.
Arrecadação Municipal do Rio de Ja-
c) intervém continuamente no mercado de 101. (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de SP/
Curva Bp. Efeitos da Política Monetária sobre neiroj2002) A situação que caracteriza oferta de divisas
câmbio. 2007) Em uma economia aberta com regime de taxa
a Taxa ded)Câmbiofixa emaum Regime de Câmbio menor que a demanda é
taxa de câmbio por lei. de câmbio fixa e perfeita mobilidade de capital, uma
m) exportações maiores que as importações.
Flutuante.
90. e)Regimes de Câmbio:
preocupa-se comCâmbio
a influência Flutuante
da taxa de expansão na oferta monetária
n) entradas de capitais maiores que as saídas de
x Flutuação câmbio Suja a) diminuirá o produto.
capitais.
sobre a inflação. b) o) aumentará despesas a taxa
de de juros. maiores que as receitas de
serviços
98. (Banco Central do BrasiI/Analista/2010) c) não terá efeito no produto e na taxa de juros.
(Analista de Finanças e Controle da STNj2005) Consi- serviços.
Considerando
d) p) aumentará rendaso recebidas
produto e do a taxa de juros.
exterior maiores que as rendas
dere um regime de
o Modelo Mundell-Fleming, câmbio
analise as fixo. Seja a taxa
proposições a de câmbio
e) enviadas aumentará
ao o produto e diminuirá a taxa de juros.
exterior.
seguir. representada pela letra "e" e considere o conceito de
taxa de câmbio utilizada no Brasil. Suponha que o Banco 102. q) (Economista (Papiloscopista Policial Federal/2000)
da Eletrobrás/2007) O modelo Julgue Mun- os itens
1- A política
Centralfiscal fixe anão taxa exerce em "e
influência
de câmbio l", Com
sobre a renda
base nessasdell-Fleming tenta analisar o impacto de diferentes ins-
agregadainformações,
quando aé taxa correto de câmbio
afirmaréque: flutuante. abaixo.
trumentos de política econômica sobre economias de
11 - A política monetária não exerce influência sobre a r) diferentes
tamanhos submetidas
Em regime de taxasa diferentes
de câmbio regimes
flutuantes, uma ex-
rendaa)agregadaoquando Banco aCentral taxa de é obrigado
câmbio é aflutuante.
comprar qualquercambiais. No caso de uma pequena economia aberta,
pansão da demanda por dólares norte-americanos
111- Um aumento do prêmio pelo risco país eleva a taxa analise
noas afirmativas
Brasil aumentará a seguir:
a oferta de reais, provocando,
demanda
doméstica por moeda
de juros e desvalorizaestrangeira
a moeda local. à taxa
no mercado 1- Uma
assim, uma política monetária
apreciação expansionista
da moeda nacional. em regime de
"e l", mas pode vender moeda estrangeira a uma câmbio fixoUm
s) tenderia
excesso a gerar um aumento
de demanda por um da determinado
renda. bem,
taxa menor do que "e l", 11- Uma política monetária expansionista em regime
É (São) correta(s) ais) proposição (ões): ao preço internacional, indica que o país possui van-de
b) não é possível utilizar a política fiscal. taxas de câmbio flutuante tenderiadessa a gerar um aumento
tagens comparativas na produção mercadoria.
a) I,
c)apenas. se existem pressões no mercado de câmbio de renda.
b) 111, apenas. t) (Auditor-Fiscal da Receita Federal/2000) Considere
para
que
111- Uma política comercial que restringisse as importa-
c) Iuma e 'li,taxa maior do que "e l", o Banco Central deverá
apenas.
f) (Banco à taxa {fel". Em uma tenha
ções em ocorrido
regime umade desvalorização
taxas de câmbionominal flutuante datenderia
taxa de
d) e lll, apenas.
"vender Central
a moedadoestrangeira
BrasiI/Analista/2010)
e)
econo- I,d)li e 111. o Banco Central não precisa intervir no câmbio
a aumentarde 10as num determinado
exportações período.
líquidas. Consideran-
91. mercado
mia aberta com taxa (Analista de Planejamento
de câmbio flexível, se eo Orçamentoj2005)
governo do
IV -oUma
conceito de taxa
política de câmbio
comercial utilizado noas
que restringisse Brasil eo
impor-
Conside-
adotar umacambial,política fiscal uma vez que o regime
expansionista, de câmbio
incorrendo emfixo é conceito
tações em de câmbio
regime dereal que
taxas leva
de em
câmbio conta
fixas a inflação
tenderia a
randofiscal
um déficit "E" =financiado
determinado taxa real porde lei.
pela câmbio
vendacalculada
de títulosconsiderando
de dí- interna
aumentar e externa, pode-se líquidas.
as exportações afirmar que:
os índices
vida pública, e) com derelação
preços
se oao interno
mercado
impacto e no estrangeiro;
sinaliza
sobre apara uma
demanda e "eu
taxa= maior do u) se a inflação
É/São incorreta(s) somenteexterna ais) foi de 10 no período e a
afirmativa(s):
taxa nominal
que de câmbio segundo conceito utilizado no a) inflaçãoI. interna foi de 25 no período, houve uma
agregada, verifica-se que:
g) Brasil,este "eé l",incorreto
o Banco
será dado afirmar
por kD,que:
Central deve k é o multiplicador
ondeemitir moeda para man- key- b) desvalorização
1 e 111. real da taxa de câmbio.
a)
nesiano dos tergastos uma valorização
a taxaautônomos
fixa. da moeda nacional
e D o déficit público. em relação à c) v) 11 e se
IV. a inflação externa foi de 20 no período e a
h) moeda este, estrangeira
pelo efeito significa uma redução
crowdinq-out, será no valorao im-
inferior d) inflação I, li,interna
111 e IV.foi de 5 no período, houve uma
b) uma elevação no nível de preços no estrangeiro
plicado pelo modelo keynesiano básico, porque a e) valorizaçãonenhuma. real da taxa de câmbio.
maior do que a elevação no nível de preços internos w) se tanto a inflação interna quanto a externa foram
equivalência ricardiana não opera plenamente.
tende a reduzir o valor de "E". f) de 5 no período, não
(Economista do houve
BNDES/2009)alteraçãoNuma na taxa de
situação de mobi-
i) o efeito crowding-out será mitigado pelo influxo
c) a inflação doméstica tende a reduzir o valor de "EU. lidadecâmbio real.do capital financeiro internacional, a
imperfeita
de capitais estrangeiros, entretanto, a valorização
d) é possível uma queda de "e" junto com uma x)
combinação dasse a inflação
políticas externarestritiva
monetária foi de 15eno período e a
fiscal
da moeda local reduzirá as exportações líquidas e,
elevaçãoem "E". expansiva,
inflação eminterna
certo paísfoi decom30 noregime
período,
de câmbio
houve fixo,uma
consequentemente, reduzirá o impacto do déficit
e) é possível uma elevação de "e" junto com uma ocasionaria, necessariamente,
desvalorização real da taxa um(a)
de câmbio.
sobre a demanda agregada.
queda g) y) aumento se ada inflação
taxa deexterna foi de 5 e a inflação interna
desemprego.
j) o efeito crowdinq-out será neutralizado pelo influxo
em "EU. h) foi deredução
20 no período, da taxa houve
de uma valorização real
inflação.
de capital estrangeiro atraído pelas altas taxas do-
f) (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover-i) da taxaqueda de câmbio.
no produto da economia.
mésticas de juros.
namental/2003) Considere que as exportações brasi-
k) o efeito crowding-out será nulo, caso valha a equi- j) z) perda de reservas em
(Auditor-Fiscal dadivisas
Receita internacionais.
Federal/2000) A política
leiras dependam da taxa de câmbio real calculada a
valência ricardiana e, portanto, o impacto sobre k) cambialsubida estáda taxa de juros. baseada na adminis-
fundamentalmente
partir da relação entre o real e o dólar e considerando
a demanda agregada será o previsto pelo modelo tração da taxa ou taxas de câmbio e no controle das
as taxas de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. 104. (Analista do Banco Central do Brasil/201O) Quanto à
keynesiano básico. operações
flexibilidade cambiais;
de taxas, embora
é correto indiretamente
afirmar que no regime ligada à
É correto afirmar que:
política
cambial de monetária, destaca-se desta por atuar mais
taxa
l) g) (Banco a inflação
Central americana tende a desestimular
do BrasiI/Analista/201O) O gráficoas expor-
a) diretamente
flexível,sobre todasmonetária
a política as variáveis relacionadas
torna-se endógena, às
abaixo tações brasileiras.
de transações
modo que a econômicas
autoridade do País perde
monetária com osua exterior. Acerca
ilustrah)o modelo tudo mais constante,
IS/LM/BP, representando a inflação brasileira tende a
uma econo-
do conceito
capacidade de definire daque política cambial,
política assinale,
monetária adotar.dentre as
mia em estimular
regime as
Ta~.' ...
de exportações
taxa de câmbio
d.·t.... e
brasileiras.
fixa.
opções abaixo, a afirmava incorreta.
i)
I tudo mais constante, uma desvalorização do dólar
! .. I •...

,,1*
JIII}'" "<, .- Llv[ b) aa) flexível, comde
A taxa perfeita
câmbio é o preçode
mobilidade decapitais,
uma moeda as dife-
em ter-
frente ao real tende a estimular as exportações
rençasmos entre
de as taxas de juros internas dos diversos
outra.
« brasileiras. bb) A curva de demanda de exportações é crescente em
j) tudo mais constante, uma desvalorização do real
países
relação aodevem
preço ou à taxa
refletir expectativas
de câmbio.de desvalorização r~s:!·1
1./ .~
frente ao dólar tende a desestimular as exportações
~ cc)ou valorização cambialdedas
Os ofertantes moedas
divisas são desses
exatamente países.
os c:::
o brasileiras. c) flexível, a taxa de câmbio varia conforme a demanda
15 exportado-
k) tudo mais constante, a inflação americana tende a
z
estimular as exportações brasileiras. • res queereceberam,
a oferta de em moedatrocaestrangeira,
de suas vendas, mantendo, moedasdessa ~~
O estrangeirasforma,que a paridade
não poderão entreseros usadas
preços dos bens impor-
no país. _
--------------------------------------------------------------------------------------------~r__
u tados e os preços dos bens domésticos.

114 115
w

~ ~
ss
o
z

8
l1J

d) fixa, uma política fiscal expansionista aumenta o b) se os mercados forem de concorrência perfeita e
superávit comercial. o produto final for obtido a custos crescentes, um
aumento na demanda do produto final provocará
116 e) fixa, a autoridade monetária fixa a taxa de câmbio aumento no valor da produtividade físico-marginal
da moeda nacional em relação a uma moeda es- desse fator, deslocando a curva de demanda por
trangeira, aceita internacionalmente (US dólar, por esse fator para a direita.
exemplo), e com isso mantém o poder de controlar
a oferta monetária. c) se o recurso produtivo for adquirtdo por um
monopsonista que opera em um mercado de
105. (Analista do Banco Central do BrasiI!2010) Em uma concorrência perfeita, o valor da produtividade
economia aberta, com taxa de câmbio flexível, o Banco físico-marginal desse recurso será irrelevante na
Central muda sua política monetária comprando títulos determinação do preço desse recurso produtivo.
públicos do setor privado. Como resultado dessa polí-
tica, pode-se antecipar que, no curto prazo, d) em um mercado em competição perfeita, a demanda
por um recurso produtivo é negativamente inclinada,
1- tanto os investimentos quanto o consumo correntes porque a demanda pelo bem final, cuja produção
serão estimulados, porquanto os gastos presentes se requer o uso desse recurso, é negativamente
tornaram mais baratos que os gastos futuros; inclinada.
11 - pode ocorrer uma saída de capital para o exterior,
causando uma desvalorização da moeda local, a qual e) a elasticidade preço da demanda por um recurso
deverá estimular a demanda agregada pelo aumento produtivo é tão mais elevada, em valor absoluto,
das exportações líquidas; quanto menor a participação dos custos com esse
111- os preços dos ativos serão pressionados para cima recurso nos custos totais de produção.
(ações, habitações etc.), o que estimulará a demanda
109. (Perito em Economia do MPU/2010) Julgue os itens
agregada.
subsequentes.
Como resultado dessa nova política monetária, não
a) A curva da demanda de uma empresa competitiva
antecipada pelos agentes econômicos, pode-se afirmar
é ao mesmo tempo sua curva de receita marginal e
que é(são) correta(s) as proposição(ões)
do custo marginal.
a) 11, apenas.
b) Uma empresa competitiva pode continuar funcio-
b) I e 11, apenas.
nando mesmo que o preço de mercado seja menor
c) I e 111, apenas.
do que o custo total médio.
d) II e 111, apenas.
e) 1,11 e 111. c) Em uma empresa competitiva, quando todos os
custos fixos são irreversíveis, a curva de oferta no
106. (Engenheiro do BNDES/2011) Se a taxa de juros do-
curto prazo corresponde à curva de custo marginal
méstica brasileira aumentasse substancialmente, em
acima da curva de custo total médio.
relação às taxas de juros no exterior, isso tenderia a
d) A regra de que o lucro é maximizado quando a receita
a) promover a entrada de capitais financeiros externos
marginal é igual ao custo marginal é válida para todas
no país.
as empresas, sejam competitivas ou não.
b) reduzir as importações brasileiras de bens de con-
sumo.
110. (Perito em Economia do MPU/2010) Considere que o
c) desvalorizar a moeda brasileira, no caso de regime
custo de produção de uma empresa monopolista seja
cambial flutuante.
C(Q) = 50 + Q2e que a curva de inversa de mercado seja
d) expandir a demanda agregada doméstica brasileira.
P(Q) = 40 - Q, em que Q é a quantidade demandada e
e) reduzir o déficit em conta corrente do balanço de
P(Q) é o preço. Com base nessas informações, julgue
pagamentos.
os itens que se seguem.
Acerca da teoria macroeconômica, julgue o item subsequente.
a) O lucro será maximizado quando Q = 10 e P = 30.
107. (Analista Administrativo da ANAC/2012) Em um peque- b) O lucro máximo será de 200 unidades monetárias.
no país com regime de câmbio fixo e perfeita mobilida- c) O lucro médio será de 20 unidades monetárias por
unidade produzida.
de de capitais, uma política monetária contracionista
provoca redução do estoque de moeda estrangeira em
111. (Perito em Economia do MPU/2010) Acerca da deter-
poder do Banco Central.
minação de preços e poder de mercado, julgue os itens
a seguir.
Estruturas de Mercado: Concorrência Perfeita,
Monopólio, Concorrência Monopolista e a) Caso a elasticidade da demanda seja grande, é
Oligopólio. O Significado Econômico de correto afirmar que o poder de monopólio da
empresa será pequeno.
Lucro Zero. Modelos de Cournot, Bertrand e
b) Toda empresa que apresenta custo médio e custo
Stackelberg. Mercado de Fatores de Produção marginal decrescentes para toda a sua produção é
considerada um monopólio natural.
108. (Analista do Banco Central do BrasiI!2010) Em um
contexto de curto prazo, com relação ao mercado de c) Uma empresa monopolista que discrimina preços
um recurso produtivo de acordo com a quantidade consumida da mesma
mercadoria/serviço pratica discriminação perfeita
a) se o mercado do produto final for dominado por
de preço de primeiro grau.
um monopolista, o preço do recurso produtivo será
determinado pela oferta desse recurso e, portanto,
112.(Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
igual ao valor de sua produtividade físico-marginal.
mental do MPOG/2009) É correto afirmar que:

a) se um equilíbrio é obtido com todas as empresas


de um mercado em concorrência perfeita obtendo

lucro econômico negativo, então esse equilíbrio é em-


de curto prazo. presa é capaz de produzir numa quantidade mensal y de
seu único produto a um custo totai mínimo dado pela
b) não é possível que, no equilíbrio de longo prazo, expressão C( y) = y2 na qual C( y) é o custo de produção
alguma empresa opere com lucro econômico nulo, em R$/mês. Nessas condições, pode-se afirmar que:
visto que, nesse caso, ela optaria por encerrar suas
operações.

c) no horizonte de curto prazo, não é possível que uma


empresa opere com lucro negativo, visto que ela
sempre pode optar por encerrar suas atividades.

d) a condição para que uma empresa opte por produzir


uma quantidade não nula de seu produto é que o
preço do mesmo seja superior ao custo fixo médio
de produção.

e) a condição para que uma empresa opte por produzir


uma quantidade não nula de seu produto é que a
margem sobre o custo médio de produção seja de
aproximadamente 10.

113. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-


mental do MPOG/2009) Assinale a opção correta.

a) A determinação, por parte de um órgão regulador,


de um limite superior ao preço a ser cobrado pelo
monopolista, certamente implicará em uma redução
no nível de produção desse monopolista.

b) Independentemente das condições de custo de produ-


ção, do ponto de vista social, é sempre preferível que
um produto seja ofertado por mais de uma empresa.

c) Um monopolista com capacidade de discriminar


preços produz uma quantidade inferior à que ele
produziria caso não pudesse discriminar preços.

d) A determinação, por parte de um órgão regulador,


de um limite superior ao preço a ser cobrado pelo
monopolista, pode induzir esse monopolista a au-
mentar a quantidade que ele oferta de seu produto.

e) Apenas empresas de grande porte podem ter algum


poder de monopólio.

114. (Analista de Transportes Urbanos/Economista-DF-


Trans/2008) Julgue os itens seguintes.

a) Em um mercado concorrente perfeito, os empre-


sários têm lucro zero no curto prazo e, portanto,
estão sempre insatisfeitos, o que força o governo a
subsidiar esses empresários.

b) Entre duas empresas de transporte urbano (líder e


seguidora), o equilíbrio de Stackelberg se dá onde
a curva de reação da empresa líder tangencia a sua
curva de isolucro mais baixa.

c) O monopolista será sempre ineficiente, já que seus


preços serão sempre superiores aos praticados em
um mercado de concorrência perfeita.

d) A concessionária de uma rodovia que está em um


mercado do tipo monopólio natural, para que não
haja desestímulo ao empresário do setor, não pode
ter seus preços regulados por meio da equiparação
dos preços com seus custos marginais.

e) A prática de discriminação de preços dentro de um


mesmo ônibus, como a prática de preços diferencia-
dos para idosos e estudantes em relação aos demais
usuários, poderia minimizar as perdas de eficiência
geradas por um monopolista.

115. (Analista de Finanças e Controle da STN/2008) Uma


I a) 400 e 10.

~
b) 405 e 9.
c) 200 e 50.

' d)
e)
450 elO.
100 e 70.

117. (Economista da Eletrobrás/2007) Com relação à teoria


V
est
con do monopólio, é correto afirmar que:

a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço a) o ônus resultante do monopólio mede o valor da
de seu produto seja de R$ 10,00 por unidade, ela produção perdida mediante o cálculo do valor de
deverá produzir 5 unidades mensais. cada unidade da produção perdida, ao preço que os
consumidores estariam dispostos a pagar por ela.
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço
de seu produto seja de R$ 10,00 por unidade, seu b) o monopólio natural irá produzir uma quantidade
lucro será de R$ 20,00 mensais.
tal que o preço será igual ao custo marginal.
c) caso se trate de uma empresa monopolista e a c) na discriminação de preços de terceiro grau, o mer-
função de demanda de seu produto seja dada pela cado com a maior elasticidade-preço da demanda
expressão q=20- p, na qual q é a quantidade deman- terá o preço mais elevado.
dada em unidades ao mês e p o preço do produto em
d) o monopólio natural somente se verifica se a função
R$ por unidades; então a empresa deverá produzir
de produção apresentar retornos decrescentes de
2,5 unidades ao mês.
escala em toda a escala relevante de produção.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a
e) o monopolista pratica discriminação de preços de
função de demanda de seu produto seja dada pela
terceiro grau quando ele não consegue identificar
=
expressão q 20 - p, na qual q é a quantidade deman-
grupos diferentes de consumidores e vender a cada
dada em unidades ao mês e p é o preço do produto
grupo por um preço diferente.
em R$ por unidades, então a empresa deverá obter
um lucro de R$ 20,00 mensais.
Economia Brasileira e Economia Internacional
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há
nível de produção que maximize seu lucro caso ela 118. (Analista do Banco Central do Brasil/2010) A crise
seja uma empresa tomadora de preços.
econômica decorrente do grande aumento dos preços r~QII
116. (Consultor Legislativo da Câmara Municipal de do petróleo em 1973, teve como resposta, no Brasil, ""
a adoção do 11 Plano Nacional de Desenvolvimento (11
SP/2007)
Uma empresa monopolista atua em um mercado em PND). A execução de tal plano ~~
que a demanda é dada por QD = 90 - 0,2P e os seus a) freou o crescimento da economia brasileira para _
custos são dados por C = 20Q2, onde QD é a quantidade reduzir as importações de petróleo.
demandada; P é o preço do bem; C é o custo total de
produção; e Q é a quantidade total produzida. O preço
117
praticado e a quantidade produzida por essa empresa
são, correta e respectivamente,
c:(
b) aumentou a demanda interna por bens de consumo, a) o Plano significou uma alteração completa nas prio-
â ao redistribuir a renda para as classes mais pobres. ridades da industrialização brasileira do período do
O c) reduziu o endividamento externo do Brasil por meio "Milagre" econômico.
:2 de uma política de diminuição das importações.
O d) causou um impacto deflacionário sobre a economia b) a dívida externa cresceu rapidamente no período
U brasileira, provocado pela forte recessão doméstica. 74/79, pois a busca por recursos externos também
LU e) buscou superar a dependência externa, investindo serviu para cobrir o "hiato de divisas" existente na
na ampliação da produção doméstica de bens de execução do Plano.
capital e de petróleo. c) para realizar o 11 PND, o Estado foi assumindo um
passivo, para manter o crescimento econômico e o
118 funcionamento da economia.
119. (Analista do Banco Central do Brasil/201O) O Plano Real
de estabilização da economia brasileira, de 1994, levou d) a meta do 11 PND era manter o crescimento econômi-
inicialmente ao (à) co em torno de 5 a.a., com crescimento industrial
em torno de 6 a.a.
a) congelamento geral de preços e salários. e) o Plano propunha uma alteração na estrutura pro-
b) congelamento da taxa de câmbio R$ / US$. dutiva brasileira de modo que, a longo prazo, dimi-
c) estabelecimento de metas de inflação para o Banco nuísse a necessidade de importações e fortalecesse
Central do Brasil. a capacidade de exportar de nossa economia.
d) valorização do real em relação ao dólar americano.
e) forte expansão das exportações. 123. (Sefaz-RJ/Fiscal de Rendas/2009) As dificuldades finan-
ceiras da década de 80 impediram que o Brasil obtivesse
120. (Economista do Ministério do Desenvolvimento Agrá- recursos no mercado internacional para financiar os
rio/2009) Com relação ao plano econômico de estabi- gastos do governo. Uma das soluções encontradas pelo
lização conhecido como Plano Real implementado em governo, à época, foi o recurso ao imposto inflacionário.
1993 pelo ministro da Economia do governo Itamar A respeito das implicações da política adotada, analise
Franco, Fernando Henrique Cardoso, é correto afirmar as afirmativas a seguir:
que:
1- A intensidade do uso desse instrumento foi um dos
a) da mesma maneira que os planos econômicos an- determinantes da hiperinflação observada no país à
teriores, foi incluído o congelamento de preços. época.
b) foi implementado em três etapas: a primeira foi 11 - O recurso ao imposto inflacionário teve efeitos
o Programa de Ação Imediata (PAI), a segunda, a distributivos na economia, pois corroeu o poder de
criação da Unidade Real de Valor (URV) e a última, compra dos mais ricos.
a emissão de uma nova moeda nacional com poder 111- Para fugir da corrosão do poder de compra derivada
aquisitivo estável, o real. do processo inflacionário, foi adotado, entre outras
c) foram feitas reformas profundas, de âmbito estru- medidas, o gatilho salarial, que corrigia os salários
tural, envolvendo as áreas fiscal-tributária, patri- nominais segundo um índice inflacionário.
monial, financeira e administrativa que garantiram
a retomada do crescimento sustentável. Assinale:
d) na fase pós-real, a inflação caiu e a capacidade ins-
talada cresceu quanto deveria atendendo qualquer a) se somente a afirmativa I estiver correta.
movimento de crescimento de consumo. b) se somente as afirmativas I e 111 estiverem corretas.
e) em 1997, a sobrevalorização cambial aliada à c) se somente as afirmativas I e 11 estiverem corretas.
abertura da economia incentivou o aumento das d) se somente as afirmativas 11 e 111 estiverem corretas.
exportações e a redução das importações. Como e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
consequência, aumentou-se o superávit das transa-
124. (Antaq/Agente de Regulação/2009) A análise da evo-
ções correntes do Balanço de Pagamentos do Brasil.
lução histórica da economia brasileira é essencial não
apenas para a compreensão dos fenômenos cotidianos
121. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
que a atingem, mas também, e sobretudo, para a per-
mental do MPOG/2009) A análise das causas da queda
cepção de suas vulnerabilidades. Acerca desse assunto,
da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada
julgue os itens a seguir.
à combinação dos seguintes elementos, exceto:
a) O acúmulo de saldos positivos na balança comercial
a) a fase de transição representada pelos quatro meses
brasileira, no início dos anos 40 do século passado,
de convivência da população com a URV (Unidade
resultante da situação criada pela Segunda Guerra
Real de Valor).
Mundial, foi essencial para o processo de industria-
b) o papel de âncora cambial como balizador de expec-
lização brasileiro.
tativa.
b) O período compreendido entre 1968 e 1973, ficou
c) o maior grau de abertura da economia.
conhecido como o do "milagre brasileiro" por causa
d) o excepcional nível de reservas cambiais.
das altas taxas de crescimento econômico combina-
e) as baixas taxas de juros praticadas durante toda a
das com índices de inflação relativamente baixos,
segunda metade da década de 1990.
que vigoravam à época.

122. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Gover- 125. (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-
namental/2009) Em fins de 1974, o Governo Federal mental/2008) A criação da Taxa Referencial de Juros
lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (11 PND). (TR), de acordo com a metodologia divulgada pelo Con-
Com relação ao referido Plano, não se pode dizer que: selho Monetário Nacional (CMN), como instrumento de
remuneração das aplicações financeiras de curto prazo,
foi realizada no:

a) "Plano Collor 11".

b) "Plano Collor I". d) "Plan 126. (Analista de Finanças e


o Verão". Controle da STN/2008) Entre
c) "Plano Bresser".
e} "Plano Real". 1967 e 1973, o Brasil obteve elevadas
taxas de cresci- 62.e
mento econômico, de modo que o período ficou conhe- 63. b
cido, no país, como o "período do milagre econômico"; 64.b
GABARITO
sobre este período, pode-se afirmar que:
11. c
a) apesar das taxas elevadas de crescimento econô-
mico, não se pode dizer que o bem-estar tenha
2. E, E,
melhorado no período, pois as taxas de crescimento
C
populacional foram ainda superiores às do cresci-
3. C, E,
mento do PIB.
E
b) o crescimento no período é explicado pelo mercado
4. c
interno, especialmente pelos setores de bens de 5.e
consumo durável; as exportações, por sua parte, 6.d
apresentaram queda no período. 7.c
c) a inflação, no período, apresentou forte aceleração, 8.d
atingindo, no final do período, a taxa de 100 ao 9.e
ano. 10.b
d} a política monetária implementada por Delfim Netto, 11. c
como Ministro da Fazenda, buscava ampliar as 12. E, C
taxas 13. c
de juros da economia, de modo a aumentar o ren- 14. c
dimento dos poupadores e estimular o crescimento 15.b
econômico. 16. c
e) o crescimento econômico do período veio acom- 17.E
panhado de elevação da dívida externa do país, 18.C
especialmente pela captação do setor privado.
19. E
127. (Analista de Transportes Urbanos/Economista/DF- 20. E
Trans/2008) Quanto aos planos de crescimento e
21. b
22.b
desenvolvimento econômicos no pós-guerra, julgue os
itens a seguir (E= errado; C= certo). 23. E
24. E
a} O Plano de Metas proposto pelo presidente Juscelino 25.C
Kubitschek é considerado um ambicioso conjunto 26.d
de medidas setoriais para o controle inflacionário 27.e
da época. 28.E
b) O sucesso do Plano PAEG (1964-67) está mais asso-
29. E
ciado ao conjunto de transformações institucionais
30. E
impostas ao país do que ao controle inflacionário.
31.b
c) O milagre econômico brasileiro (1968-1973), apesar
32.a
de proporcionar um crescimento econômico signi-
ficativo, levou ao agravamento da concentração de 33.a
renda e à deterioração de importantes indicadores 34. c
de bem-estar social. 35.a
d) O II Plano Nacional de Desenvolvimento (IIPND), 36.a
que priorizou investimentos no setor agrícola com 37. c
 objetivo de ampliar as exportações, é considerado 38.C,C,C
 início da revolução agrícola brasileira. 39.d
e) A década de 80 do século XX, chamada década 40.a
perdida, caracterizou-se pela queda do crescimento
41. C
econômico e pela aceleração inflacionária, apesar do
42.e
controle dos gastos públicos.
43.c
f} Entre as medidas adotadas pelo Plano Cruzado
(1986), estava a implantação de uma escala móvel 44. C
de salários (gatilho) a cada vez que o aumento acu-
mulado no nível de preços ao consumidor atingisse 45.d
20, e essa medida foi a grande responsável pelo
fracasso do Plano. 46. E, C, C, E
g) Pode-se dizer que, uma das medidas de sucesso do 47.a
Piano Reai (í994) para o controie inflacionário foi a 48.C
política cambial adotada, que gerava redução dos 49.d
saldos da balança comercial. 50. C
51. d
52.C
53.c
54.d
55.d
56.d
57. c
58.b

,59. c

60. e
61. c
n

65. E
@
66.C
67.a
68. C, E, C, E, C
69.b
70. E, C, C
71.d
72. c
73.C
74.C
75. E
76. c
77. a
78.e
79.b
80.e
81. e
82.C
83.E
84. E
85.a
86. c
87.C
88.C
89.e
90. c
91. b
92.e
93.E
94. c
95. E,E
96.e
97.b
98. c
99.c
100. a
101. c
102. c
103. e
104. b
105. e
106. a
107. E
108.b
109. E,C,E,C
110. C, E,E;
111. C, C, E
112. a
113. d
114. E, E, E, E, C
115. a
116. b
117. a
118. e
119.d
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121. e
122.d
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