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- A ARTE DE ICOARACI -

Reinterpreta��º contemporânea

da cerâmica marajoara.

Ana Maria Rebello Magalh�es

TESE SUBMETIDA AD CORPO DOCENTE DA ESCOLA

DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSARIOS A OBTEN�O DO GRAU DE MESTRE.

Aprovada par:

(Presidente da Banca)

Prof. _ _ �fi�-k��-�-�-_
P.-of. Z_•:;c---1Íjrkwjpd_lfÍ_,{!dj

Rio de Janeiro, RJ - BRASIL

JULHO DE 1990
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FICHA CATALOGRAFICA

:
w lvl A G A LH A E.G A r i a M a r i a R e b e1 1 o
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ARTE D E ICÜ ARAOI
c o n t ein r ân
o e a d e c e r â m :i
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R e:i. n t. e r p r e t a ;< ; cto
r- a j o a r a „ R :i. o d e
J a n e i r o UFRJ E D A 1990
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T ese r M e B t r e e m A r t e s V i su a :i B- t ö r" i a
( l-l i s:

m e C r i t i c a)
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1 Artesanato 2. C e r â m i c a
3. I c o a r a c i 4 » Co m er c i a l i aç So

I. U n i v er s:.i d a d e F e d er a 1 d o 'R i o d e J a n e i r o
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DEDICATÓRIA
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A meus pais, marido e
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AGRADECIMENTOS

Q uer ein a s r 0g :L s t r ar n c) s 0 a gr a t :i. d ã o a



pr o -fe s s or e s e

c: ol eg as d e E sc o 1 a d 0 B e 1 a 0 A r 10 s d a lJ « F . R , J . , 0m 0 sp 0 c :i a 1 à
r\
n os sa or i 0n t a d or a d 0 e s t u ci o s e d i 3 s 0r t a ç o Pr o f a - M ar i a

H01 oï 3 a F én e 1 on C os t a , c u j a c on f i an ç: a , a mi 2 a d 0 e c on v I vi o

i n tel ee tuai forain deci si vos para a concl usâfo deste trabal ho .

A gr a d 0c 0mo s a c:» an t r CDp ô i. o g o Ei c: ar d o G CD m e s I :i. m a ,, do

M LA se LA do Fo I c 1 or e E d i so n C ar n 0 i r o, p 01 a consul tor :i. a 0


r
n g en er o s o ap oi o .. A A n a T er e 2 a L e in CD S Ram a s , c oor d c? n a ci or a ( do
o
Nù c:1 eo d e D oc um0n t a ç âfo d o IRI , PUC , n o s 0 s t i mu 1 ou 0 c o 1 a b or au
o
ce den ci o rJ coc LA m0n t a ç 2t o -f o t a gr à f i c a d 0 gr an d e i mp or t ân c:i a para

n CD s s a an á 1i s0 .

A Profa . R o s z a V 01 Z o 1 a d 2 , c u j o c LA r so de Cu11LAr a

Brasi 1 e i r a foi bastante provei toso para nosso trabalho ,


a g r a d0c 0 m os p or n o s h a v e?r i n c e n t i v a d o «

A os a mi g CD S ci 0 B e 1 é m , p r i n c :i. p a 1 rn0n t e M ar i a J os é da
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.

Mo11a d0 V a s c CDn c: e 1.1 CD S , qu e? n o s au x :i. 1 i CD LA á d i s t â n c: :L a ,, p 01 o


""'N
i n ter esse? de?mon str ad CD por n (ossa pesqui sa , CDS nossos

a gr a ci e c: ;i. m 0 n t os »

Go s t ar :i a de men c :L CDn ar a a j uci a ci e A 11 dr é R eb 011 o

M a g a 1 h «le s , f i 1ho e c:o 1 a ta or a d or d 0 di c a d o , 0 sp ec i a 1 m e n t e? na

pesqui sa d0 c a mp o e r 0a 1i 2 a ç & o d0 g r a n (d e par t e das

f o t CD gr a f i a s qLA e i 3. u s t r a m ess0 t e x t CD , 0 c l e C ar 1 a D c-? ni sc? de

Barros , n o e f i c i 0n 10 t r ab a 3. h o d 0 di gi t a ç: & o «

r\
G a b 0 m ani f e s t a r" n o ss CD m a :i. CDr r ec:onh e cirn en t CD a n o s so s
0
e . n f or m an t es ,
i e sp e c:i a 1 m 0n t e a o s ar t es ä CD B d 0 I c CD ar a c :i . , p 01 o
O c:a r i 1D h o c:o m qLA e se rn pr e f CD rn o s r e? c 0bi d CD B ern suas casas e
O
o f i c i nas »
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——V

SINOPSE

Ü presente trabalho visa compreender a produ ção


atual de cer â mica do d i s t r i t o de Icoaraci , Bel ém do Par á , a
p ar t i r ci a s t r an s f or m a ç:Ö es d o e s t i 1 o e t é c ni c: a s „ b u s c an d o a
si gni f i cado da r e i nt er pr ê t a çr ã o contempor â nea da cer â mi ca
ar qu eo 1 ó gi c a m ar a j oar a « P ar a e mp r eeri d er e s t a t ar e f a p ar t i m o s
de sug e s t&e s t e 6r i. c as e m e t. o d o 1 6 g i c as d e Né s t or G ar c i a
Ca n c 1 ini que , a c? c o n si d er ar i n su f i c:i en t e a a ná 1 i se s6 da
c:» br a , i n cii c a a n ec e s si ci a d e ci e e x a m e ci o pr o c: e s s CD ci e p r o d uç & o ,
ci rcul ap Slo e consumo dos objetas . Em Icoaraci ver i t ica- se o
c:r e s c:i rn en t CD ci a p r o ci u ç:& o c o m o r esu 1 . 1a d o ci e m er c a d o n a c i on a 1 e
i n t ernac:i on al . D o p on t o ci e v i s t a ci o p r o d u t o , a mai or d ein an d a
e K t er n a i mp 1 i c a n o enr i quec i m en t CD e s t i l. i st i c o e t écn i e o ,
d e 1 i n e an ci o — s e en) t or n CD ci o - f az er c er â mi c o ,, en t. r e os
c pr o d u t or e B ?
s i gn i -f i ca ção -
um a :i d c?n t i ci a d e s CD C:i a 1 m en t e ci e f i ni d a e p 1 en a de
u-


ABSTRACT

n Thi s s t u d y a i m s a t un ci er s t an din g t h e p r CD ci uc t i on of
ceramics i n the d i s t r i c t of Icoaraci Bel é m ,, Par á , concerning
r\ t h e t ec: h ni c a 1 a n ci s t y 1 i s t i c: t r an s f CDr /n a t i on s r e 1 a t e ci t o the
c on t emp or ar y r e — i n t er p r e t a t i on o f t h e ar c h e o 1 o gi c a 1 m ar a j o ar a
c: er a m :i c: s , w h CD S e m eani n g i t i s i n t en ci e d t o b e r e v e a 3. e ci « In
r\ or (d er t o t u 11i 11 t hi s t a si k ,, w e s t ar t e d o f t t h eor e t i c a 3. an (i
r\ m e t h CD d CD 1 o gi c a 1 su g g es t i CD n s o f -f er e d b y Né s t CDr G ar - c i a C a n c 1 i ni
who consi dear i ng unsat i sfactory the mere anal ysi s of the
r
' pr o d uc t , p oi n t s CD U t a t t h a t e M a mi n a t i on o f t h e pr o c e s s o f
p r CD ci uc t i on ,
"
c i r c:u 1 a t i CDn an ci c: CDn su mp t i on CD f t h e CD b j e c t s ar e
a 1 so f ac t s t o b e c on si d er ed .. T h er e h a s b e en a n inc r e a se of
pr o d u c t i on w hi c:h or i g i. n a t e? d an s t y 1i st i c an d t e c ïn ni c a 1
enrichment o -f the product and the production of ceramics has
h ui 11 a spi r i t o f c o op er a t i CDn a m CDn g t h e c:r a f t sm en that has
i mm en s 1 e y un i t e d t h e s oc i a 1 g r ou p t o w hi c h t h e y h e 1 on g ..
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SUMARI Ü
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P á g.
INTRODUÇÃ O il il il tr il II II Il il II M H
"" » H H ai H H n H n :
< n n II u II n n 01

TN
CAPITULO I
HISTÖRICO DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO CERANICA
EM ICOARACI Il II II II II II Il II II n II II II II II II II II II Il II II «» »I II It II II Il If II OS
'

I CAPITULO II
ARTESANATO E MERCADO .. „ H u n il n u n n it «* il n it n n il :t u il n n u it it u n it n it ti 27

rs CAPITULO III

O MAR AJ OAR A E O CONTEMPOR Â NEO


- „ . It II II
•• Il II It I« I« M Il II U II II If If If I» 38

1. Caracter ísticas gerais, -formais e estil í sticas


da CE?r ârnica marajoara •• ti u ff M H II II fl H M •I II 43
r\
r> Características gerais, -formais e estil í sticas
da cer â mica de Icoaraci •• u u i» ir ti n u u li ri li u •I n li n u u 56

CAPITULO IV

A CERAMICA DE ICOARACI - SITUAÇAO ATUAL .„ u u li r . i : u n u u n n 75

í. Tecnologia dos ceramistas de Icoaraci ... ti n u u u n n ü n n u n 90

CAPITULO V
COMERCIALIZAÇÃ O E IDENTIDADE II •• H II II M II II II •I II II II II II II II It II Il II .1 08

CONCLUEQES It N •
f Il II M II #t W M II fl M H li w N n n n u If II H Il II Il II II 142

BIBLIOGRAFIA I I N M M I f U M f l M ft P II n U ti * n n N n n n n n ti n fi il n H n n .„ . 148
I N T R O D UÇ Ã O

Dentre OB p o l o s p r o d u t o r e s d e c e r âm i c a n o paí s , o

d i s t ri
. to de Ic o a r ac i , B e l ém , P a r á ,, se distinyue p e1 a

e x c e l én c i a t é c ni c:a (de s eu s PD r o d ut o s e pel a busca da

r ei n t er p r e t a ç:& o d e m o (d e 1 o s ar queo1 6 g :L c: o s d e c er ám i c a d a f ase

Marajoara »

No ssa p e s qui s a v i s a c o m p:< r e en d er o m Om e n t o a t u a 1 e a s

tr" an s f or m a c Öe s d a p r o d uç äo c er â m i c a de I c o ar a c i „
0 au m en t o ci a p r CD d uç & o pr o v CD C a d o p:) e 1 a e x p a 1 1 s âo do

mer c a ci o t em d e t er mi n a d o m CD di f :L c:a ç:Öe s n CD f a z er do s ar t ce sâ CD S

c:|u e s & o p.D ar t e cd e u m pr o c:e s s o mai s ab r a n g en t e qu e en v CD 1 v e t o d a

a vi ci a\ cd e ss e gr up CD S CD C:i a 1 .
Pr o cr.ur amO S e s t.ud ar as mud a n ç a s d o es t i 1 o e c:l a s

t é c n i c a s j, observando s u a l i g a ç ão com a c o m e r c i a l i z a ç ão do

produto, o que n o s p er mi t e c CD m pD r e en ci er a CD PD ç;: ä o ( dos a r t e scios

p cr- 1 o e s ti 1 CD qu e c ar a c t er i z a c CDn I:e m pD CDr an e a m eni; e a p r o d uç cl o

r\ 1 o c a! »

Emb or a s ai b a mo s que os c er a mi s t a s de Icoaraci

r ea 1 i z am oh j CD t CD S i n sp :L r a ci o s n a p r o ci u ç ã o c: er ârn i c a de ou t r CD B

p o v o s=. que CD cr up ar a m, e m ë pD o c a s r e m o t a s H v ár :i. a s reg1 ttes da

Ba c i a A m a z Ôni c a , o p:) t a m o s pD or r e cr or t ar esse universo e

e sc o l h er cr o mo pD CDn t o f o c a 1 d e s t a a ná 1 i s e „ a ' ' r e v :i. v e sc én cr i a da

c er â mi c: a (d e Mar a j 611 ( R i b ei r o , B er t a , 1985 : 36 ) -


L. e v a rn o s em c:CD n t a , ca m n CD B S CD t r a b a 1 h CD a r ei v :i. n d i c: a c & o

feita
• p o r Né s t o r G a r c i a C a r i c l i n i , com r e l aç ã o a o estudo do

a r t e s a n a t o:

... a b o l i r o s c r i t ér i o s d e c l a s s i f i c a ç ão
e s t a b e1 e cr i d o s de mo (d o p r e pD CD t en t e p e 1 a s
h i s t ór i a s d a a r t e , p e l a s e s t é t i c a s e p e l o
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jL m

f o 1 c 1 or e, a b r i r 0st a s cl i B C::L p 1 :L n a s a u m
0st u d o c r- i t :i. c::o, d es p oj a d o cl0 p r e c o n c0i t os,
doB gostos 0 dos usos populares conforme a
su a r e p)r es0n t.a t i v i d a(d e 0 o se u val or
social « ( 1983 :.1.37 )

L u ï s F e 1 i p e B a et a N0v eS t a ai b é ai a d v0r t e c o n t r a v i s'0 es


"

et n c:« c É n t r :.i c::as B e 1 i. t i st a s 0 r e c: o m er 1 d a q u0 o pi e s q u :.i sa d or

ev i t e voltar um ” ol h ar h i er a r q u i z a d or ' às !
o b r- as de ar t e
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p op u 1 ar s e q u e p r o c u r e ac o m p a n h ar s u a p r o d u ç ä o ,, ut i 1 i z a n d o

q ue t a n t o p ossa d ar c:on t.a d a ' t r a d i ç: ao c u 11.a''


1
A t eor i a
'
0st ët :i. c.a

c o in o d a s *! d e m a is " ( 1978: 17-19 )


-
L0m b r0-s0 a :i. n d ai ,, q u a n t o à p r á t i c a cl a So c i a 1 o g i a da

A r t e, Jean Duvignaud , q u0 n os a d v0r t e a r0sp)0:i t o da


r\
n ecessid ade de "situar os con ceitos opera16rios qu e permi tern

a c o/D p r00n são


: da t o t a.1 i d a d e d a 0x p e r- i ê n c i a a r t i st i c a na

t CD t a 1 i d a d 0 d a e x p0r i én c:::i. a so c :L a .1. '' ( 1970:35 ) „

Quant CD ao estudo das tr an sf ormay &es parque passa a

p r o d u ç:<=t o d e I c:a a r a c i , procuramo s seguir o que aconselha Baeta

Ne v ê?s:

Ber i a m a i s i m p or t a n t e q u e v i sse m os as
raz 5es h :.i s t ô r i c as q u e d et e r m i n a m uma
passi vel*

q u eh r a d e p a d r <J es est ét i c os q u e
p c» Bs i. v e 1 m en t e viriam a significa r
e m p o b r e c i m0n t o ( que n êlo ë de modo algum
A
necessá rio ) p e 1 o c o n t a t o e n t r e t r a d i ç: Ô es
culturai s d i f e r e n t es e /n0s m o opostas
-
-
< op c:L t * ü 19 )

E.n t e n d e ni os

p o i s, que o estudo do artesanat o à*

fee:Lin do j, à m ed i d a q ue B V i t a m os c a t eg o r i a s e 1 a t)or a d as a

pr .i or 2 q u0 n «t o leva m e m c:o n t a as p a r t :i. c u 1 a r i d a d es do c a so


r\ ?

estudado - E i important e outrossi m ., consi der ar coma as pr ôpri as

artesãos definem seu cotidian o, sua arte, 0 como constroe m as

A
r\
u

c a I:e g or i a s i n d :i. c a h i v a s d e su a i d en t :i. d a d e - For esse .


mol: :i. va ,

t ai s» c a t e g or i a s s ã o ut.i 1
. i z adas pr ior it ar ian en t e . em no s s o

trabalho .
No C ap :[ t u1 o I r e a1i z ar e mo s a r e c on s ti t uiç ão c:l o s
r\
processos de? mud an pa e e v e n t o s que o c o r r e r a m desde o início

d es t e séc u1o ? a t é p es quisa d e c amp o em -f ev er e:i. r o de 1990 ,,

rii z en d o r e? sp ei1: o á c er â mi c a d e Ic o ar ac i « E.mh or a t a1


'
p r o d u ç ão

p o s s a ci a t ar d e á p o c a ai n d a m ai s r e m O t a , n ã o n o s f oi p o ss í v e 1

pr GC í 5 ar c om ín ai or e >í a ti dão , d evi d o à aus Õn c: :i. a d e r e gi s t. r o s


D
0 e s c rit o s . Recdrremos á memór i a social, t e nd o sido

s e 1 e c::i on a d o s p ar a e s se f im in f or m an t e s m ai s i d o s o s en t r e os

a r t e sã OSH b em c om o a1 g un s m or a d or e s de B e1 é m H que nos

p er mi t ir a m 1 e v a n t ar a hi s t ûr i a or a 1 d e f at o s o c or r :i. d o s a

p ar tir do inicio d o s é c u1 o „

D F oc a1iz ar eí TI O S ain d a n o C a pí t u1 c:) I, a s c o n t r i b u i ç ões


D
dos ar t esão s " A n t oni o F ar :i. a Vie i r a ( c o n h e ci d o em Icoaraci

e oroo " C aI:? e 1 ud o " ) e R aimun ci o Sarai va Cardoso , de vi t a1

i mp or t ân c i a n a c: on so l i d a ç ão d o e s t i1 o c on t emp or â n e o «
»
ï&

Mo Capital o ii , di sc u t ir em o s qu e s t '0 e s t e ór i c a s

r e1 a t i v a s á pr o duç ão c o rner c:i a 1 d e ar t e s an a t o que clepoi s

ser ão d e sen v o1 vi d a s e a n a1i s a ci a s n o s C apI !:.u1 o s IV e V .


A ci o t ar em o s a me t o d o1 o gi a pr op o s t a p or C an c 1ini H em Cul taras

Popul ares n o. C a p i t a l i smo ( 19B 3 ) , pr o c ur a n ci o ci :i. r i gir nossa

in v e s t i y a ç ã o de f or m a a in c 1 air a pr o ci u ç «Ao , c i r e a l a ç ão e

/!#

V
c an samo ci a c er á nii c a d e Ic o a r a c i , Pr oc ur ar e m o s d e t er m i n ar

1
,v
'•
a s Sr- 3. m .
t o p o r q uê d a perman ên c i a de d e t e r m i n a d a s f o r m a s e do
3 & ss ur g i m en t o ci e n o v B mo ci a 1i d a ci e s j )it u1 o s
( C a: III e V)

?, Ser ão d e sc r :i. t a s e an a1i s a ci a s ? n o (!1ap í t u1 o 111 „ p e? q: a s


— x

ci e c er âmic a ar qaos? o 1 ó gi c a m ar a j o ar a ? p er t en c ent es a o a c er v o do


*
4 .
'N
Mu s eu P ar a en s e Eí TIi 1 :i. o

Goe 1 di e lvlu seu Na c :L on aI do Rio de

Janeiro, e o b j e t o s c e r âm i c a s p r o d u z i d o s e m Icaaraci Foram

s e 1 ec:i on a d a s p ar a aná 1i se t r ê s ur n a s e x ec u t a d a s por Raimundo

S ar a i v a C ar d oso , do acervo do Museu do Folclore Edison

Car i ieir o ? dua s p e ç a s r ec o 3. h :i. d a s em c a mp o n a d é c: a d a d e 70 e

ou t r a s f o t o gr a f a ci as dur an t e a p e s qui s a ci o c a mp o ( f evereir o de

1. . 9 9 0 ) . 0b s e r v a r e m o s as c ar a c. t er I s t :i. c as do e s t i 3. o a t ua 1 ,

r e f er i n d o-- n os se mpr e qu e p o ssí v e 1 à s c a t e g o r i as d o p r o d u t or «

No (D a p í t uI o I V r egi s t r ar emO S a s c on di ç: à es s 6 c:i o

culturais da c o m u n i d a d e de? a r t e são s de Icoaraci vi sando

c on t e >í t u a 1i z ar o un i v er so m a t er i a 1 e si íTI b ö 1 i c o que d á origem

à p r o d uç âf o d e c e r â m i c a d e i n s p i r a ç: êf o m a r a j c i a r a . D e sc r e v er eí TI O S

J a 1; ec n o 1 o g i a d o s c er a mi s t a s , ob B er v a d a d ur a n 1:e a p e s qu :i. s a de

c a <np o ? pr oc: ur an d o d e t a 1 h ar o pr o c: e s s o , d e s d e a ob t en ç: â o e

preparo da íTI a t ër i a — pr i í TI a a t è o a c: a b a \ rien t o -f :i. 1 1 a 1 d o s objetos

c e r âm i c o s «

Vi samosP n o C a p í t u 1 o V c: o í TIp r ee r i d er c o í TI O OS agentes


"ï .

e >í t e r n o s v êm i n f 1 u i n d o e d e t e r m i n a n d a m u d a n ç a s n a identidade
ct

do grupo e n a p r o d uç ã o , observando como se a r t i. c:: u 1 a na


C\
v .
c o m er c i aii z a ç:â o d o s ob j e t os *
O
c
Julgamos n e c e s sâ r i o i n t r o d u z i r a g o r a c o n s i d e r a ç ôe s
v

sobre o d e s en v c? 1 vi í TI en t o do pr e s en t e t r a b a 3. h o Um dos

prahlemas que en c: on t r a m o s f oi a i n e x i s t ê n c i a de p e s q1.ii sas

r\ s i s t e mâ t i c a s a n t e r i o r e s s o b r e a c e r âm i c a d e I c o a r a c i e s eu s

O
p r o d u t o r e s. Mo Museu do F o l c l o r e Edison C a r n e i r o no Rio de
r *\
Jdiieiro ? ob tivemos as p r i m e :i. r a s i n f o r m a ç 5e s de gr an d e

i m p o r t âr i c i a }:::< ar a • o n osso t r a b a 1h o ,, atr avés cl o a n t r a p 6 1 o g c?


O
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Ri e a r ci o G o rn e s Lim a ,, que tamb é m tornou poss í vel reallzar

f ot o gr a f ia s ci e CD b j e t CD S pr CD ciuzid o s CD rn Ic o ar a c:i. que f a 2: em p ar t e

do a c e-?r v o d e s t a i n s t :i. t u :i. q: àCD « Ti v emo s ain ci a op ar t un :i. d a d e de

t r a n sc r e v er en t r e vi s t a gr a v a ci a p e1 a e qu:L p CD ci CD )viuseu do

Fol c: 1 ore c Gm o ar t e s et o R aimun ci o Bar a :L v a C ar d o so a qua1 n os

au;î i1iCDu n o e sc 1ar CD C:irnen t o dc? f a t o s r "


CD1 a ciCDn a ci o s â c: er àmi c a e

aos c:er a rni s t a s ci e Ic:o ar a c i 9 s er" vin ci CD ci e p s*ni:o ci e p ar ti ci a no

]. e v a 1 \ t a rn CD n t o das qLIe s t Ö es que ci :i. r e c :i. CDn ar am a pesqui sa de

O, camp CD «

0ut r a di f i c u1d a d e c om que n os d CD f r on t a m CD S -f oi a


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ci :i. s t ân ci a en t r e Ri o d e J an eir o e Ic. CD ar a c: :i. P or n «t o c: on t ar rn o s

c:CD m f :i n a n c:i a men t CD p ar a n o s s a p e s qui


.. sa ^ ut i 1 :i. z am CD s no ss CD s
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r e c:ur s o s p e ss o ai s p ar a a i d a a e a in p CD que n
" p or e s s e mo t i v o n <L1o
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n p ô de t er a dur aç âfo i d e ai. - F ac e a es t a 1 :i. rn :i. t a ç Si o ,, pr oc::ur amas

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compensar tal def i c iênc:i a trab al h an do i ntensamente durante o
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P CDr lo d CD e m qLIe n CD S h o sp e d a mo s n a F CDUSa d a
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Museu Paraense Emi 1i o Gael di em Bel é mn R' CD al iz amos


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AN ci CD c urn en t ap 2t o -f o t o gr à f :i. c: a , em p av t e r ep r - o duz id a
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no p r ~ e s en t e

trabal h o , gr a v a 5:'Ö e s d CD ci ep oim en t o s e m f i t a c: a s s e t e versando

s CDb r CD a t e c:n o1 o gi a ci o s c:: er a mi s t a s n su a s vi sà e s d e înu. n d CD e


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h i s t ör i a s de v :i. ( J a ( a i. g u1 « s t r e c h CD Li sel ec i on a ci os

sei" â CD r ep r CD d u z id o s nes t a ci :i. s s er t a ç: â o )


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. Visi tamos tamb ém as
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]. CD j as Ci CD ar t e s a n a t o ci e B e1 éM C DU V :i. n d o vendedores e
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consumi dores d a c:er â mi c a d e I c: CD ar a c i Na E x p o si ç Sr CD Fei r a •
de
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iVJ,. Artesanato cia Par at ur al é m de fotografar a d i s p o s i ç âo

espacial ci CD ar t e s a n a t o e rn que s t & o, c o1h e m o s d e c 1 ar a ç ée s ci e

r epr esen t an t e s d CD D CD p ar t a rn CD n t CD ci e M ar k CD t in g , que t a mb é m no s

A\ cederam material 1 mpresso de propaganda t u r f s t i. c: a „

En t r c? vi s t at m o s ain c i a o e c CDn CD mi s t a T a b a j ar a Norate d CD


6 n

v asc on c e1 1 os, d a SEICG M (Sec:r et ar i a d e I n d úst r :i a e . Coniér c i o

do Estado do Pará) n q ue n os f or n ec:eu d ad os sob r e OS


r\
pr oc ed :i men t os adotados f:> e 11. o governo ,, em relag áo á
-
'N

com er c:i a 1 i z aç:ão e i nc:er » t i v o à prod uç:âfo d o ar1esa n at o

A i nd a em BeI érn , na B i b 1 i oteca da CENTLIE , que

p er I;ence

à Fr u n d a ç:&o Cu 1 t ura 1 Tancredc Neves ,, e - et uamos

r\ 1 e v ant a m en t o da h i b 3. :i og r a f i a e>í i sien t e sobre o dEsunto,

inf elizmente mu i to r ed uz i d a No ar c:ju:i. vo d e p <:•r :.i òd i c:os desta

i nsti tui pão., proc:ur a m os r eun :i r tod o mat er :i. a1 refer ente à

I c:oar ac i d e jor n a i s e r ev i stas 1 oc a i s


Con t a m os c o íT ? U m a of i c :i enf e c:o1 a bor a d o r a em Be1 ém "
Mar i a J osé da Mot.ta de Vasconcel 1 o s q u e ainda nos envi ou

p ost er ;i or men t e s pe 3. o c orr e:i o „ d i v er sas p u b 3. :i c:aç:d es


. que

en r .i q t.i ec:er a m n osso t r a b a .1 h o „

Ca b e en c i o n ar a aj u d a :.i n est i m á v e 1 p r est a d a e m c a m p o


(T)

p CDr n CDsso f :i. .1 h o e a u.>î i 3. i ar ci e p esq u i sa André Rebel 1 o


r-\
Mag al hâes ? '
responsá vel pel a real i zação das f atogra f i as em

I c oar ac i e Be1 é m „

A téc n i c:a u t i 1 i z ad a no d ecorr er- da p e?sq u i. sa de

rN
campo,
. f ai a d a en tr ev :i st a n&a cl :.i r et i v a ? — uue
! consi deramas

rn a .i s a p r c:> p r :i. a d a p or ser v i r a n ossc:* CD bje11 v o ci e c:a p t ar r ey r as „


n val ores ,, si in b o1 os e v i v ênc i as pr Ci p r i os da com u n x d ad e cl e
K
arf es&os d e I coarac::i ..
r Guy Miehelat ( 1985) af x r m a q ue o uso d a entrevi sta
C n ât o'
d i r et i v a p e1 CD p esq u i sa ci or p er m i t e 11
c:on tor n ar certos

c ea m c?n t os
cer : - ci as en trev i st as por c:juest i onár i CD COm pergun tas

f ec:h aci as''. M u i t as vez es a i nd a , as perguntas previ amente

r'
r*
"
f ormul ad as

tornam se — de d i f i c i. 1 c:ampreensâo p ar a o

en t r ev i st a d CD ? ci ev i d o á d i f er en q as ent.r e o r eper16r i. o c!est e e


r-' -
7.

CD d o e? n t r e v i s t a d or .

A :i. n f o r m a ç: â o
'
ob t i d a a t r a vés de e n t r e v :i s t a n 'â o --

diretiva ? men os " s u p e r f 1 c i a l " q u e a c on se g u i d a e o m o u so de

q uest i on á r i os , p oss i b :L 1 i t a cap tar o q ue p e n sa e se n t e o

informante dei >i ado 1 ivre para —


e > í p r e ss a r se « Michelat

j u s f c i f i c a:


C o n s i d e r a s e q u e a e n t r e v :L s t a n ä o d i r e t :i. v a •

permi te meihor do que outros mé todos , a


emer g Ôn c: :i. a d es t e c on t e ú d o sóc i o -- a f e t i. v o
p r o f u n c:l o ? f a c: :i. 1 i t a n d CD a CD e n t r e v i s 1; a d o CD
a c e B so à s i. n f o r m a ç 5es c:j i.t e n St o p od e m so r
a t i n g :i. d a s p or o u L r os mé t o d B
"
o .. ( :!. 9 B 5 :: :!. 92
195 )

A e sc o 1 h a d a a crt os t r a p a r a n os B a p e s q u i B a f o i f ei ta

en t r e p e s s CD a s q u e a B B U m e m p a pé i s i m p o r t a n t e B n a p> r o d u ç: & o e
o
c: (Dmer c: i a 1 i 2 a ç Sto da cer â mica de Icoaraci ” c i a r a m :i. st as

i n t e r m e d i á r :i. os v e n d e d or e B 3 c: o n s u í M i d or e s OB r OB S p> on s á v e i B pe 1 a
rs
d i v u 1 g a ç: St a d CD p r o d u t o »

35*'

‘Mi
- j

r
r *
8.
CAPITULO I

H I S T O R I C Q: DESENVOL VIMENTO DA PRODUCED CERAMICA

EM ICOARACI

Vi sa se - a q u:i a r ec onst i t u i ç £io


'

d os p r oc:essos de
mudanpa c u11 ur a 1 B ev en tos ocorr i d os d o i n I c i G d est e s éculo
atë o pr esente mornen t.o ? d :i. z end o r esp e:L t o à c er â m i c:a ds
Icoaraci .

Pr• ocur amos tam béin com preen d er corn a vem se d an d a a


oppSo pel o est i 1 o que car act er :i. z a contemporaneamente essa
prod up3(0, com ênfase na d écada de sessen t a ,, quando passaram a

i n sp .i.r ar --se em f oi" m astëc n :.i c as e m ot :i v os d écor âtivos


empregados na cerâmica dos povos que ocuparam remotamente

'v
a 1 g u m as r eg i ôes d a Bac :L a A m az Ô n :i c a , not a n d o se p r :.i n c i p a1 in ent e
'


os p r od u t or es i n c:1 ui d os n a f ase M ar a j oar a , d a 11 h a d e M ar aj6.
* •

Ver i f :i cames . em /ni n CDr i a , r e p r- oci u p'0 es (i a c er â m i c a d a c:u11ur a


Santarém da área TapajÔnica ? e da fase Marac á (área do rio do
m esmo nome ao su1 cio A mapá > (Si m Öes n 1981:6 i -67) « Mo entanto,
~\

d ad a a a m p 1 i t u d e ci esse un i versCD , opt a m o s p or r ec CDr tá -- 1 CD e


N e1 eg er c om o p on t o ci e i n t er esse m a i CDr d est a aná 1 i se ,, OS
"\

"N
ob j et CDs i nsp i r a d CD S n a f ase M ar a j CD ar a „
*N
Julgamos nec:essár i o i n tr od uz:i. r agora . al gumas
i n f or ma pÖes a r esp ei to d a r eg i áo e sua h i st òr i a .. El m pesqui sa

r ea 1 i z a ci a - -
p a r a a Un i v er si ci a ci e Fed er a 1 ci o Pa r à , J u I :i. a Gomes
( :l 987:6 ) f az v er q u CD at ua 1 ci i st r i t CD d e I c CD ar ac i
• "
CD teve sua
or i gern ein sesm ar i a d e u m a 3. ëg ua n con ced i d a e m 170 i. pe1 o en tà o

"N

Cap i teto mor - do Maranhão e Par á, a Sebastien Gomes de Souza,


N
sobre CD qual não constam dados « Estendia se — a ter r a , do
*
N

“N
9.
I g a r- a p ë d o P a r a c ur i à P on t a d o M e 1 « G s e sm e :L r o :i. n s t a l o u no

1ocal a fazenda de Nossa Senhora do L i v r a m e n t O j,

p o s t er i Or m en t e d o a d a a r e .1 i g :i. o so s « (3 o m e s r e g i s t r a a :i. n d a h a v er

a t er r a p er t en c:i d o ao M ar e c h a 1 So ar e s de An dr ea que a

a d qui r i u e a 1i f oz z c on s t r u :i. r o Ho sp i t a 1 de L á z ar o s n No

segundo r ei n a t J o o h o sp i t a 1 c e d e 1 u g ar a 1 a . e s c o 1 a agr Î cola

d o P ar á » E sc o 1 a R ur a 1 D » P e dr o 1 1 - A t er r a f o :i. m an d a d a a f or ar

p e 1 a L ei Pr o vi n c i a 1 n o . 5 9B c J e 8 d e o u t ub r o d e 1 86 9 5 passando

a c on s t i t ui r o n ùc 1 eo da p a v o a ç ão de St a . Is a b e i dos

P :i. n h eir o s 1 o g o d en o mi n a d a SSfo J o 2t o . Uma n o v a 1 ei (no . 324 de

6 de julho de 1895) eleva o povoado ao foro de v i l a ,, que

p a s sa a s er c h a m a d a V :i. 1 a d o P :i. n h ei r o M d e p oi s V :i. 1 a d e I c o ar a c i

(Decreto •••
Lei no » 4505 de 30 de dezembro de 1943 ) Só a p a r t i r
»

de 31 d e cJ e z e mbr o ci e 1 9 4 9 í L ei 1 5 8 ) ,, t or n a s e

distrito de

v
- N
B e i ém ,, a sua a d mini s t r a ç: a o f ica a c ar q o de um a g en t e

distrital «

A t ua 1 men t e as r o d o vi a s A ugus t o 11on t en e gr o ( RR 316) e

A r t h ur B er n ar c J e s 1 i g a rn o di s t r i t o à B e 1 é m : a p r i m ei r a 1 e v an d o

d i r e t a m e n t e a o c e n t r o m e t r o p o l i t a n o e a s e g u n d a ., conectando a

z on a i i ) d u s t r :i. a 1 d a or 1 a d a B a í a d e (3ua j ar á b a s e s mi i. :i. t ar e s e

aeroporto, Lom a ci v en t o ci o si s t e m a r o d o v i ár i o , o a n t. :i. g o


*
N

t r an s p o r t e f 1uv 1 a 1 r e? g u 1 ar d e p a s s a g e i r o s p ar a B e 1 ëm foi

d es a t i v ado » Ho j e c:on si d er a ~ se I c: o ar a c:i p ar t e d a Gr an c:l e B e l ë m

junto á s i 11 ) a s d e 11o s qu ei r o e
"
u t ei r o ( C ar a t a t e LA a ) , o que
N

impecJi u a p r o v a ç:et o de pr o j e t o qu e r e :i. v :i. n d i c a v a sua

em a n c i p a ç c:) p o 1 í t i c a e e c: on õ mi c: a »
N
^ A t ua 1 men t e c on t i. nu a a se

p r CD c e s s ar 1 LA t a d o s h a b i t an t e s ,, n o sen t i d o d e g ar an t i r c: o m a

t r a n s f o r m a ç ão e m m u n i e 1p i o ? m e l h o r e m p r e g a d a a r r e c a d a ç &o do

di s tr i t o n a s o 1 u ç'â o d e p r ob 1 e îï ) a s i n t er n o s : s a LA d e , e s c o 1 ar „
N

“N
n

n
^ •

10 «

s a n e a in o n t o e t r a n sp or t e s .

ni A partir de 1970 , a g o ver n o f e? d e r a I :i. n s t a u r o u

P o 1 ï t i <:: a v o 1 t a d a p a r a o d e se n v o 1 v :i. m e n t o r e g :i. o n a 1 cl a A m a z Ô n :i. a „


n
n q u G a s f u n d a m e n t a v a n a e M p a n sâ o :i. n d u st r i a 1 .. I c: o a r a c: i tornau-
m
n se a s s i m d :i s t r i t o i n d u B t r i a 1 t e n d o s i d o i n d i c a d o !« a t r a v és « de
3 p 1 a n e j a rn e n t o da SUDAM , por sit a pool p ã o geogr à f :i. c a que

v i ab i 1 i z a o es t: o a m e n I; o de p r o d u t os p a r" a o m e r c: a t:! o e CD

a b a s t e c i. m e r ï t o p or v :i. a f i u v i a 1 ..
n
nj Brande p a r t e d a B :L n c j us t r i a s c 3. a s B i -f i c: a d a s c o m o " de
n c i r c: u :i t c:* superior " <* ) f :i. >; ou -- s e ?

em ï c o ara c: i ,, na f a i 'A a

c: os 1: e i r a do Ri o M a g u a r i e ci a Baï a cl e Gu a j ar á Motam - s e

estaieiros de (c CD n s t r u p ã o n a v al , -f á b r i c: a s de pr oc! ut o s

a 1 i m e? n t i c i CD B CD d CD r i. v a c! os d a p e s c a ,, b CD b i d a s , a r t e f a t os de

rnadei r a ? c: c* r t i p a e v i dr o « S ã o e n c:: o n t r a d a s o I ar i a s q u. e se
n
dedicam à p r o cl u ç: §i o i n cl u s t r :i . a 1 ci e t i j o 3 os
. CD t e l has ,

b CD n e f i c: i a n ci o se — cl a f a e i 1 i ci a d e d CD CD b t e r /n a t ër :i. a — p r :i. m a ri a s

n j az i ci a s d e a r g i 3 a d CD S i g a r a pës d a or 1 a d o R i o M a g u a r :i. e
. ba i a
n
n de Guajar á .

A CD K t r a ç: & CD d o b a r r o q u e p r CD m o v e m , e m m a :i or ese a 1 a d a .

que vem sen d o p r a t i c a ci a p e 1 os c: e r a rn i s t a s de Icoaraci ,


“N
preocupa p r es CD n t e m CD n t e oB a r t. e sã os que temem cã o or ra

-N
es g o t a rn en t o ci CD B 11
b a r r e :L r os " .

A o 1 o n g o d a r o cl o v i a A u g u s t o M on t en e g r o , ci i s tr :i. buem -

B CD a 1 g um a s á r e a s d e e u 3. t u r a p e r m a n e n t e , p r e d CD m :i. n a n ci o jambo

c u p ua pu e ou t r as f r u t as r e g :i. CD n a :i. s « P r a t :i. c: a se t amb ë m o

CD x t r a t i v i Brn CD V eg e t a 1 e? a p c-?sc: a „

-N
(
*) A c 1 a s B i f i c a ç â o c on s t a d os P 3 a n os D i r e t or e CD P a r a. Areas
U r b a n a s ci a R » M » B « Geot é c n i c a CODEM - CEPLAN .
•••••
— «
3

- \

3
11 »
3
Há 1
. a v aur a <;;> d e sub s :i s t ê n c i a p r 6 x :L ma s à ár e a urbana „
3
3 on d e Be c on c ent r a m m or a di a s, casas comerciais . esc 0.1 as ,

~3
a g énci a s b an c àr :i. a s » Na s pr aç a s .
S. Sebast :i. So e P a es de

3 C ar v a 1i ) o ou d a M a t r i z „ p o d e m o s en c:on t r ar t r a d :i. c i on ai s c or e t o s
"

3
*
e as i gr e j a s d e S « Se? b a s t :i. S o e ( da Ma t r iz , i n t e gr a n t e s do
3
3
CÍ r :L o d e N t:) s s a S en h or a d a s Gr a ç: a s , *
prin cip a1 f e s t a r el :i. gi osa

3 icoaraciense » P ar a a s c on) e mor a ç Ö es ? que s e g ue m ma d e 1 o do


m
Cir i o de N a z ar é d e Be1 é m „ a F'r a ç a d a Ma t r :i. z é
*
en f e :i. t a (J a e

ar m a ci o o '’ar r a :L al M
c om br :i. n que d o s e b ar r a c a s ci e c:c:mi d a s
3
*

1 11picas . As c er i mÒn:L as r e1ig:i. o s a s in c 1uem pr o c:iss Ö es e


3
3 n o v en a s p r CD gr a m a ci a s p ar a p erí o d o de 15 c:!i a s en t r e o 3G .
•3
ci Q mi. n g o ci e n CD V embr o e o d :L a 3 ciec dezembro .
3
A p es ar d o sur t o d e in dus t r i a1 :i. z a ç êí a que a11er ou s eu
3

aspecto . CD distrito a i n ci a p O S S U1 ' p o t en c :i. a1:i d a d e es


1

3
t ur i s ti c a s ' ' que 6r g £ío s c om o a P ar a t ur ( G o mp anh :i. a P ar a en s e d e
3
3 Turismos vi n c:u1 a ci a à
< S e <:::r - e t ar :i. a d e Gu11ur a „ Desportos e
3
Turismo cio 03 CD ver no do Estado ci CD Par á ) procuram promover e
3
amp 1 iar . —
Ine 1 uem se corno at rat i vos turist i cos o artesanato de
"
N
c: er â mi c a ( c on si ci er a n d o a m a :i. s :i. mp or t an t e ) „ a f es t a d o 03 :i r :i. o H
>

e a f est a ci e Ie m an j à d a pr ai a d CD Gr u z eir o, no d :i. a 7 de


3
3 d e z e fi)b r CD « FI s s a pr ai a
*
ci e gr a r i d e b e1 e z a n a t ur a 3 -
e s t á p a s san d o
- \

•>
por r e f CDr n) a s ur b a n1s ti c a s c:ju e v :i. s a m a d e qu á 1 a — a crescente
•N
a f 1 uên c i. a d e? vi si. t an t e s que a i ,, a 1 é m d e apr e c: :i. ar a pai sagem ,
p o ci e m e n c on t r ar r e s t aur an t e s e sp e ci a 1i z a ci o s ern f r u t CD S d o m ar ,
>
t a c: a c á , p at o ao t uc up :t , nia n i. ç: ob a , e out r a s i. g u ar i a s da

r e g i âf o * Pr ùK :i. mos à pr a :i. a ? d es t a c a ni- s e ci o perfi 1 cia


- \

ar qu :i. t e t ur a m a i. s r e c:en t e , o s c a s a r 5 e s a v ar a n d a d o s d o s é c u 1 CD

XIX — r emini s c:én c:ia s d o t emp o G? m que Ic: o ar a c:i e.r a - 1o c: a1 de


"N

veraneio ? f r e q tieri t ado p or f amí 1i. a s d a ar is t oc:raci a b Bi. enen se „


- S

N
12.
Fe c ha o c i rc u i to t ur íst i c o o p assei a à 11 h a do ü UTEIRG
recentemente 1 igada a Icoaraci po'i p on te sc:.br e o R i o Maq u ar i . "

-
M ar i a He1 o[; sa Fén e1 on Costa < 1971: 127., 128), r e f er e s> e às
modernas pr êticas do tur i SITIOJ,

que G assemelham às
peregr i napftes rel i gi osas par determi riarern v :i. si taçàc:) a 1 ugares

consagrados . sen d o obrigado o vi sitante, a atestar


concreta(nente essa passag em , c:om fotogr a f i as e so auer? i rs „ A
v i si t a a I c oar ac i , pr eenc h e essas n ec:o?ssi d a d es dos
vi si tantes, p or of er ec:er cen ár i o a d e q ua d o p ar a f otos e
"N

opor tunidade de adquirir a cerâ mic a " marajoara'1 d i reta m en te


n as un i d a d es d e prod uç clo d o Par ac:ur i , on d e se ag r u p a m junto

aos igarapés.
*
NSo encontramos documentos ou registros que
contenham i n f or m a ç:&es p r ec i sas sob r e a e m er g ên c i a d as
N

a t i v i d a d es ec:onôm i c as d esen vo1 v i d as n a r eg i áo *


prineipal mente
q uan to à p rod u ç:ào c erû m i c a „ F un d a m en t a aio~nos e m r e1 at os de
ar t esâos m u i to an t i g os „ c ujos p a i s e a v6s ta m b ém
'
trabalhavam 1
na manu f at ur a d a cerâ m ica. Seg un d o e.1 es, essa at i v i d ad e já
ex i st i a na v i 1 a?
- d esd e o f i n a 1 cio sëc:u I. o p assad o, p ar a
a t en ci er ao c:ons- u mo i n t c-?r n o » Par a 1 e1 a men t e er a p r at i c:a d a
A
ag r i c.:: u 11 ur- a d e su bsi st ê? n c i a , p esc:a e ex t r at i v i smo d e a 1 g uns
N

'N f r ut os r eg i on a i s, c:om c:« o c ,ça i


? e a p u p un h a ..
B i car ci a f i. r ma q ue ë p c:)ss1 v e .1 1 ev an t ar co m c er ta

\
p r e c i Scia , u ma h i s16r i a or a1 r e1 at i va m ente f i eI dos eventos
N
ocorridos há cerca de 50 anos atr ás (B i c:ar d Emi 1 e , 1970:3B7

**•
407) „ Tal c om pr ov aç:cla é f ei t a atr a v és de cotejo de

N e n t r e v i s t as v à ria s com in divid uos idosos, permitindo uma


r ec onst r uç clo
. d a ép oca pe1 o etn61 og o ou h i stor i ad or (Gontijo

Boares, 1981:16).
~s

13

Ningué m sabe p r e c i s a r quando a produ ç ão de c e r ûmi


. ca

passa a ri e B t i ! î a r - s e á v en d a ma s há i n d :i. c: a ç,: 5 e s de qu e

p o s ssi v e? 1 /n en t e o espanho 1 J üâ o F ar i a s C r e e l has tenha

estabelecido . nos p r i m e i r o s anos desse sé c u l o , em Icoaraei ,

um a o f i c:i n a , on ti e t r a b a 1 h a v a c o m su a f a mi 1 i a , p r o du z i n d o

-N pe ç a s 1i s a s d e c er âm :i. c: a d e u s o d o m é s t. i e o .. E pr o v á v e1 que

t en h a si d o a m a :i s an t i g a d o 1 o c a 1 , p oi s j á t e ín m ai s de 80

an os e ë h o j e c on t i nua d a p ei os ne t o s d e seu f un d a d or ( AFONSOH

L i l i a 1989 : 3 3 ) .
No d e c or r er d a s p r i CI ï ei r a s d é c a d a s do s écu1 o X X ,,
-x
c r ese eu t::-» nüm er a d e o 1 ar i a s „ 8 egun d o d ep o :L m en t os d e ar t. e s ä CD S ?

c::h e g a r aHT en t â'o a I c c:) ar a c:: :i.


"
n o v o s h a bi t a n t. es ,, v i n d o s d e c:i d a d e s

c J CD i n t er i or do P ar á ? em geral a g r i cu 1 t o r e s ,, os quai s

ei "! c CDn t r a v a m ci :i f i c:u 1 d a ci es d e s CD b r e v i vén c i a em su a s r e gi Ö es de


*N

o r :i y em . Mui t CD s já t r a z i a rn h a bi 1i d a ci e? s e c on ! T ec i m en t o s das

"\ t ée n i c a s n ec ess ár i a s à m an u f a t ur a d a c er â / TTi c a ,, p or s er esta

um a a t i vi d a d e c: o HT U rn en t e pr a t i c:a ci a no i n t er i or ci o P ar á »

A CD si n a 1 e — s e a qui o c ar á t er c o m p 1 e m en t ar d o s ar t e s a r T a t o s ( c omo

“X

f CD n t c-? de r en ci a ) „ qu an t o à a gr i. c u11ur a e ou t r a s a t i v i d a d E-? S

>
* ec: CDD dmi c: as ob ser vad o p or An a lvl . t î e y e n o mun i c: i p i o d e Parai ba
“ X.
ci CD Su J. r, Ri CD d e J a n ei r o < 1983: 103 115 ) CD / n en c:i CD n a ci o por

Sont i j o Soares ( J. 983 : 11 ) «

* x E e y, p r e ssi v o urn r e 1 a t o d e R a i mun d o S a r a i v a Car - d o s a j,

a r t e sã o mui t o c: onh e c:i d o e r e sp ei t a d o e rn I c o a r ac i , em

en t r- e v :i s t a c CD n c: e? ci i d a a o an t r op (i1 CD g o Ri c: ar d o G o m e s I....i ma , no
Ts Mu s eu ci o F o 1 c 1 or e E d i s CDn C ar n e :i. r o em 1983 , e que tamb ém

“N
c CD n s t a ci e ar - 1ig CD p ub 1 i c: a ci o n a R e v i s t a I n t er i CDr em abr i 1 ci e

1981 . An t e s d e i r p ar a I c: o ar ac i ,, C ar d CD so mor a v a c: o m o s p ai s

em V i g i a :

«5»
14 .
A minha m& e f a z i a toda a louç a de barro ,
1á em v :i. g i a ,, p or qu e n a qu e 1 a é p oc a t o d a a
1 ou a u sa d a e ín c asa er a f ei t a d e b ar r o .
ç
-\ A 1 um f ni o ,,
-
f er r o ,, e ss a s <::: oi s a s ,, (ara mais
di f í c :i. 1 p ar a o p o v o d o i n t er i or ad qui r i r
-S En t âo mi n h a m â e t r ah a 1 h a v a i « a 1 ou ç ar i a
t c:« d a » Er a p a n e 3. a d e b ar r o r, torrador de
c a f é ,, c h a 1 ei r a , p r a t o ,, a 1 g ui d a r ( 1
. .9 81 )

S e g un d o e 1 e ,, a m a nu f a t ur a c:! a c: er â mi c a a ti vi d ade
*
f © m i ni n a s a gr e g a v a- se â p r à t i c: a a gr í c o 1 a G excedente da

1 c:« u ç a f a b r :L c a d a p ar a o u s o d a f a m í 1i a era u t.iI i z ado para

t r o c:a s c: o m v :i. z i nh os »

Corn r e f e r ên e i a a que s t et o da t r oc a , qu e p ode

p r (ci c e ssar *• -Be em mui t o s c a s CD S , n o que c CD n c e r n e a o artesanato

O n â CD c CD m er c i a 1 < He y CD ,, AM « 1983 :: i 12 ) , cl :i. z ai n d a C a r d o B O :


r\
r\
AlQuë m que queria uma panel a ou en t cto
a 1 g ui ci ar p ar a a rn a ss ar nç a 1 ou para
r\
g u ar ci ar t: ap i oc a „ en t & o 11- - oc a v a Nunca
car a n CD B en t i ci CD e CD rn er c i a 1 ci a c: oi s a ? sempr e
no sent ici CD da troca ( Cardoso — 1 de
de z e rnbr o d e 1983 )

r>
-"N L e mID r e- CD CD CD S en t i ci o s CDC i a 1 r e 1 e v an t e da troca

c:o 1 oc a ci o p or M ar c e 3. Mau s s ( 1974 ) que e v i d en ci a a necess âria

r e c:i pr CD C i d a d e ci a dá ci i v a r. i n c i. ui n ci o- se c o m o t a1 , itens da
o
c:u 11ur - a m a t er i a i qu e d e v em B ©r p r ce B en t ea d CD B e r e t r i b uid o s .

Qu an ci CD a f a in11 i a d e C a r d oso , en t r e mui t a s ou t r a s ? se


r\
transfere p ar a I c: oar a c:i , J* se d e sen v o 1 v i a no i. (z e a 1 ,,
/“ N

rv r api damerri:e , a p r o ci u ç:& o ci e c er â mi e a p ar a v en d a » 0 •


f az e r

r\ cer â mico , an t e s a t i vi d a d e s e c:: un d ár i a e n 'à o c: orner c i a l „

c: CDn s t i t ui - B e en t â o


-f o n t e p r i n c i p a 1 d e r en d a .
n
E p oB si i v e 1 c: on c 1 ui r que t a i. d eBen v o 1 vim en t o da

produçrcto de cer â mi ca , deveu- se essenci a l mente a doi B -f a t o r e s :

r "-“
•I
.1. U
t.T
.
a pr o >í :i. mi d a d e? d 0 B e 1á rn ,, c: en t r o ur b an o 1 o c: a 1 i 2 a d o a .1 .8 K rn da

vi 1 a , c o rn o qu a 1 h a v :i a p o s si b i 1 i d a d e d e 1i g a ç:& o f 3. u v i a l , o

S

que tornava mai s -f á c i l o escoamento da p r o d u ç ão ? e . a

-
* * e x i s t ên c i a de c on diç: Ôe s arn hien t a i s p r op í cias « Para o

i n t er i or an o p ar a en s e , qu e se f i >í a em I c o a r a c :i. , pr o f un (1
. o

c on h ec e d or da n a t ur e z a r e gi on a 1 , n St o er a d i f :C c i 1 ti rar-

provei to d o n o v o mei o ; d e f a t o I c: o a r a c:i 1 o c a 1 i z a s0 en t r e a


'A

Ba í a de Gu a j ar á e o r :i. o M a g u a r i Aç u , sen d o c or 1a d a p e1 o s

i g va t*- a p ë e d o P ar a c ur i e d o L :i. v r a i n en t o , d o s qu a :i. s er a possivel

e? >î t r ai r . i d a ci e „
urn b ar r o cJ e b o a gu a 1 a 1 ë m d e s e r v :i. r e m c. o mo vi a

p ar a o t r a n sp or - 1e d a /n a t ër i a- f:) r :i. m a e m c: an o a s « Ai n d a é r e g i St o

de rn a t a t r- op i c a 1 , p od c?n d o en c on t r a r — s e n a 1 o c:a 1 i d a d e grande

numér o d e e s :j ) é c i e s t) o t âni c a s d a s qu a :i. s u t i 1 i z a — s e a rnadei r a

para a q u e i m a d a c e r â m i c a ; e o s f r u t o s ., cascas ou folhas,

er a m emp r e g a d o s i ni c i a) 1 m en t e n a s v ár i a s e t a p a s cl a m an u f a t ur a ,

f uneionando c omo an t i p 1ás t i c o s , c: or an t e s r no r d en t e s ou

p o 1 i d or e s n a t ur ai s «

G p r o c e s s o d e m a n u f a t u r a d a c e r âm i c a q u e e r a u s a d o a

p i" i n cip i o n s e g un d o r e1 a t o d os i n f a r m an t e c; , aprosentava

semol hancas que o ap r oK i î ï ) a îï) de t ë c ni c: a s da manufatura


s

i n tJig en a descr i t a s nos t r ab a 1 h o s de T an i a A n dr a d e L i îï ) a

( 1 9 8 6: 1 7 3- 2 2 0 ) 5 B e r t a R i b e i. r o ( 3.9 8 8 : 3 0 — 3 4 ) e G o r cJ on Wi 1i e? y

( 1 9 8 6: 2 3 2 , 2 3 4 ) - A 1 gun s d o s ar t e s ä o s di z e îï) S e? r d e sc en d en t e s d e

j. n dig en a s , au t r o s , c omo C ar d o s o ,, em t) or a d e sc onh e y a i n sua

o r 1g e m , a p o n t a m p r o c e di îï) en t o s ap r en di d o s e c ui c j a d o s 1 igados

ao f a 2 er i n cJ i g en a d a c e r â mi c a - Car d o so f a1 a de 111 o d o o

r i t u a l i srn o ' ’ ci e qu e s e r e v e s t i a a f ei t ur a d a c e r - â îï )i c a p or sua

mâfe , e nu m e r a n d o c: ui d a d o s c: o m o : t i r a r o b a r r o d o 3. ei t o d o r i o ,

en) 1 u a p r ë p r i a , o b ser v ar t a n 1b é n) a 1 ua p ar a e f e t u ar a q u o i ma:


.fry *' V

16.

" se f o s se em out r a ép o c a e s t our a v a a p e ç: a ' 1 . " I n t e r d i t a"

se nri e 1 h an t e f oi r e gi s t r a d o p or A n dr a d e Li m a ( op
- cit " 177 )

en l r e os X u k ur ú , que n ct o quei n * a m a 1 o uç a na 1ua nov a «

M èn e :i o n a ai n ci a o c: er a mi B t a 5 h a v er a pr en d i d o a a c J :i. c i on ar ao

b ar r o c i n z as d a c a sc: a d o (2 ar a :i. p é ( ou C ar i a p é ) e c a c o s pi 1 a d os
> —
d e c: er á m :i. c:a c m O d es en g or d ur an t e s> p ar a c on f er :i. r r e s i s t ên c i a

ás p e ç as ( Ri b ei r o , op . c i t „ " 30 ? 3 :L ; Wi 1 1 e y ? 1 d e m 2 3 4 ;;
n Chrnyz

1 9 6 6: 2 0 ) . Há r e f e r ên c i a s a i n d a a o e m p r e g o p e l o s a r t e s ã o s de

Ic o a r a o i d e? certos corantes v e g e t a i s=. e (M n e r a i s..


p r i n c i p a 1 men t e o b a r r o b r an c o e o ur uc: u , c u j a f i x a ç 2í o er a

g ar an t i ri a p el a c o mb i n a ç St o c o m i r i gá ou o p e qui ( Ri b ei r o ,

op - c i t. - 3 1, 3 2) - F a z i a m u so d o c: oc:o i n a j á p ar a f r i c c i on ar
. a

sup er fic i e d as p e ç: a s a n t es d a que :i. m a e t or n á — 1 a f o r i 1 h o B a «


D
Ho j e é m ai s r ar o o u so d es s a s m a t ér i a s p r i m a Sí

n a t u r a l s. Os p r o du t o r e s j á u t i 1 i z a m , ein m a :í. o r :i a , produtos

i n ci u s t r i a 1 i z a d os -
A c er et n ii c a p r a du z i d a e m I c o ar a c: i ,, até a d éc a d a de

50? ci e s t i n a v a se a o c: on surn c:« i n t er n o d a v i I a e n c't c 1 eo s r u r a :L S

p r ûx i m o s - D ma p a r t e cl a pr o d uç êt o j á er a’
com er c i a I i z a d a em

B e 1 ám -

Esta c i clade . c|u e se t ar n ar a n iui t o p r 6 sp e r- a corn a

c o mér c i o d a b or r - a c h a ,, d e s d e a s e g un d a m e t a d e d o s éc u1 o XIX,

Bo f r eu , a p ar t i r ci a ci ë c a d a d e 3O gr an d e s t r an s f o r m a ç & s>

e t:on ômi cas 0 sur gi m en t o ci a b or r a c h a si n t ê t i c: a , ocasionou a

qu e ci a p r o gr e? ssi v a d o s p r e ç:os d a b or r a c h a n a t i v a d a r e g :i St o , n o
V

/
-
V
m er c: a d o i n t e-?r n ao i on a 1 - B e 1 ém t ar n ou •s e emp ob r e c i d a e i so 1 a d a
••
«

Neto havia l i g a ç õe s t e r r e s t r e s com as capitals de outros


r\
es tados br a si1 eir o s, t en d o c:« s r io s a sBUmi d o o p ap c-?1 d e vi a s
P
n a t ur ai s de c om un i c a ç & o , o que 1i mi t a v a a su a c c:)n e x et o à
17.
região norte. O abastec i men t o c:onst i tu í a en teto, U ítt sér i o

pr ob 1 em a , est an d o os prod ut os in d ust r i a1 i 2 a d os no sul ,

:.i nc 1 usi v e os q ue se dest :i. n a v a m ao uso dom àst i co 3 impedidos de

c h eg ar ao mer c:a d o ci a c:ap i t a 1 p ar aense » Por esse m ot i vo „ a

" louça de barro" ,, ar tesanai e de uso dom éstico , de Icoaraci ,

e1 )í:O n tr a va esp aço no mer c:ad o d e


'

Bel é m » Eí f i b or a ocorressem

d i -f i cul dades no t r - an ss- por i:e I re


en: a v1 1 a e a c :i dade ?

p r e f er er « c i a 1 m en te f ei to
• por v1 a f 1 u v i a1 ?
• devi do a

precari edade de condi. ç bes para transporte roclovi ár i 0 “ sem que

a v en d a f osSe f ac i 1 i t aci a .p e1 a or g a n i z açáo de f e:i. r as, o

c:onsumo d a c erâ m i c:a ? n este per í od o, a i n d a que 1imitadOn já

si g n i f i c a va para os pr CD d utor es f on te cer ta d e r enda.


üs ob jet os pr od uz i d os en t áo, er a m p an e1 as, bi 1 has .
jarras , m or i n g as, p CD t es, p r at CDS, b a c:i as, a 1 q u :i. ci ar es peç as

1 :i. sas, se m d ec or aç o - estr i t a en t. e d est i n a(d as ao uso d i á r i CD

domést i co.

01 aria tinha „ 86 näo t i n l i a ar t esan at o p ar- a


apresentar a ar te cJ o Pará : b ac::i. a ,
a 1 g u i d ar f i 11r
, o s , p o t e s , mon . n g as ,
, b :L il ha,
sci) <:::o i sa a s s :i
. ms 6 c o i sa dom ést :i. ca „
(De p oi m ent CD
. ci e ' C
1 "
a ID e 1 u ci CD '
' ? A r ) t o n :L o F ar i a

O
V i ei r a - il. 4 d e f e v er e :i
. r CD d e .1.990 )

Faz e? m CDs n CD t ar a op osa i çá CD est a be il. ec i d a p e1 CD pr CD d u tor


r- \

en tr e o ” ar t esa n at o p ar a a pr esen t ar a arte " e a "coi sa

c:l om ést :L c a " a q ua 1 v a :i ser en -f at :i. z ad a em outr o ci ep oi m en t.o:

Quan ci o c CD m e?c:e i a t r a b a1 h ar c om meu pai ,


n6s t r a b a1 h á va mos peç as puramente
ut i 1 :i. t ár i. as
: , p e ç :a s ci e u t .i il :i
. d a d e d o m ést i c::a
rv NSfo t :L nham d e c:
: o r a ç ’
à CD , c
? r a m 1 :i
. s as, sem
ci e?ss en h
. CD , d e u t i il i ci a ci e ci o 1
. a r-. (P a 1 a vr as d e
*

r.r
de
.1. ..J
•1

R osem i r o P i. n h e i r o P er e :i. r a V

V f e v er e i r

o ci e 1990 )

iwM ;.-

m im

m 1.8
.
-
Observamos que, a 0>! pressão " peç as puramente
>
*

ut i 1 i tár i as" , sur ge eomo :L n d i cad or a ci e e a:


i eg or :i. a coma se

ci ep r- een ci e d as e>:p 1 i c a ç:'Òes ou v :i. ci ascie q ue se tratavam de


m-
1
' p efas de ut .i i. i d ad e d oin ést:i. c a'' ou ''d e u.t:i. 1 :i. d a ci e ci o 1 ar '1 ,
i
j ust :i -f i c an d o se - aseim , n Sio p assu i r e m d ec:or a ç âG I!
er am

ci esen ho ". C] e m p r eg o d a c:at eg or i a " u t :i. 1 :i. t ár- i. a 11 ,


1 isas 5 -
Sã e m

semanticamente vai nos levar a emergência de uma categoria


.v
'"

(Gomes Lima,
oposta, não nomeada: não uti 1 itária ou arti stica
j'r’*'

1989:6).

Parece nos — c 1 ar o q ue os ar tesãos sep ar a m "a coi sa

d o mést i c a " - ob jet CD d est :i. n aci o a c u m pr :i. r u m a f un ç â p r á t :i. c a n CD

coti di an CD , d a q u e 1 e q u e ser :i. a a p en as c:CD nsi d e? r a d CD " est â t i CCD " ,

A portanto p od eK :.i a "a p r esei )t ar a ar t CD " « Essa c on c ep ç:ão


' revel a
** i

g r a n ci e ci i f er en ça d a q ue1 a sCD b r e a qua 1 f a1 a Dar c:y R i b e:i. r o

( .1.986 ), q uanto à ar t e i n ci i gena: a c r i at i v:i. d ad e


“ ar t.:E st:i. c a ,

en c:CDn t:r a-se noCD CD bjet CD S de uso prát :.i co q ue r e ve 1 a m a

rS *

’' i. n d ef i n i ve1 v ont a ci e d e b e1 ez a' d e que m os f ez "


1

* « « l à, qualquer arco comum de caç a ou


q ua1 q uer p en e i r a r e 1 es d e c:o1 h er
“ ma n d i o c:a
sào m u i t CD m a :.i s be1 os e p er f e i tas d o q ue
ser i a n ec essàr i o p ar a c u m p r i r suas f un ç0es
'

d e usCD Essa p er -f e i ç ào b usca d a e a 1 c an ç ad a


n

c om m u :i t o esf CDr ço e m u i t o esm er o , s6 se


e>î p 1 :i. c a, p CDr q u e sua f un ç à CD ë ser e m be1 as.

4?
-
(R i b ca i r o, op c i t » :30)

A c: a t eg or :i. a q u e é est a b e 1 e c :.i d a p e i. CD S C er a m :.i st a s de

I c oa r a c i a p r CD H i m a se, en t r et a n t o , ci a q u e 1 a q u e v e m sen d o u s a d a
r\
w p e1 a c u11ur a d om :i. n an te, p ar a ci i st an c i ar o o b j et.o ar t i st i co d o

objeto ar tesan al , separando a -função prática cia est ética.


•S
'
/ Em seu depoimento, R CD CD em i ro a p on t a o i nic i o da
r-
d écada d e 60 como ép CDc a em q ue se a 11er ar a m as con d i ç ôes de
19 ,.

in er c: a d o d a c er ârn :i. c a:

- . n 6scxutrmaebnao1sh aamI:ëo
mai s
« c o m e ss e t i p o d e
a dè e a
&
d a d e s e s s e
p eç a
n t a ,,
no s p r i me :l r o s an a s d a d ë c a d a » D ep o :.
i s o
alumfnio se irnplantou e 3 d e p o i s d o
a1 . u m ni o o p 1 á s t :i. c: D t a mb ém Ai c a m e ç:.-
ar a in a
chegar as b a r i a s d e a l u mi n i o , a s b a c i a s d e .
p 1á s t i c o 3 .. a s c l e a I umi ni o
a s p an e 1 b a 1 de s
de p 1 á s t i c o c 1 x a 1 eir a de a 1 mi ni o ,
u
i e? :i. t;eir a
f i et O

- Sen d o que p 1 ár t.i c o ger a1m en t e
-
v ai a o f o g o maB t i i » h a a 1 guma c oi s a
que c on c or r x a c om a gente « 15 ci e <
•f e v er eir o d e 1990 )

p ar t ir ci a i n 1:e gr a ç o d e B eIé m c om c:) s g r an d e s


A
O
c en t r o s in ci u s t r i ai s ci o su1 , f a c i1i t a d a p e1 a c: on s t r uç ci o da

r o d cx vi a B e1ëm - Br a sí 1ia , o mer c a d o -f oi in v a di d o p or u t en s í 1 i o s

in dust r i a 1i a ci ex s ci e va 1umí ni o e p1 á s t i c ex « T c:)r n ou s e di f Ic i1 a

d a pr oduç:& o de Ic o ar a c i a c on sumi d or e s qu e pr e+ er i a m
v en da

a g or a „ os n ex v ex s ob j e? t o s , t aI v ez p ar a ë1 e* s qu a1i t a t i v a m can t e
/^\

melhores para o usex doméstico, por serem mais leves


, p r át i c o s

ca menos qu ebr á v ei s que a c er àmi c a .

. „na p ar t ir d a í në s c oín e ç am o s *
a sen tir
n e c e ssi d a ci e ci e m ex ci i f i c ar o s :!. s t e rn a de
trabalho „ Por que a pr i rie í p i o n 6 s
s p r á'
s o c i e d a d e q u e c o í T í pr a v a
t r a b a1 In v
á a m o '
n
n os s o rn a t ei “ i a 1 » lia s d ep oi s
7 , qu a n d c::> esse s
e 1e m e n t o s co m e ç : ar a rn a t o í Tí a r c :: o n t a do
O d u t ex s c ex m e ç a r a m a ser
c: ex mër c i oqu& o s p r o
in ciust r i a1i z a d o s d e p 1á -x t. :i c:ex e a1umini o ,
en t &o o n o s s o c í r c i o t o :i. ab ci or v :i. d o
o Tí é p or
e1 e s e rx ës f :i. c a rrí o s pr a t i . c: a íTí e n t e à í Tí e r c ë do
que 7 á í Tí er c:: ë ci e r í o v a s cl e s c o fc > e r tas !
( Rosemi rcx — 1 5 ci e f e v e i e i
:
7"
. r cx d e 1
. 9 9 O )

Perceber que estavam " á merc ê de novas descobertas"


/“ V.

í Tí CX cii f i c:ar o s :i. st e? í T í a d e t r ab a 11x o ,


e? que h a v i a n ecessi ci a d e d e

t o í Tí a d a d e c on s e i ê r í C i a : ser :i a p r e ci s o sup er ar
:i. n cd i c: a u í Tí a
r\
20
-
di f i c u 1 d a d e s d e y en d a ci a c er á m :i. c a u t i 1. i t ár i a .

0 es v a z i a rn en t o ci cD m er c a d o , f un c:i Dn ou a s Bi m p ar a os

a r t e são s de I c o a r a ci c om o d e f 1a g r a d a r de m u d a nç a s

s u b s t a n t i v a s na forma de c o n c e i t u a r o artesSfo e sua p r o d u t o,


“~v

i; en d o- s e em vi s t a o que j u 1 g a v a m sob r e a p r úp r a ar t e e o que

p en sa v a m o s c:on sumi d or e s »

D e? v i a rn d o t ar o s n o v os ob j e t o s s d e qu a 1 i d a d e s que os

af astassem e f e t i v a m en t e de seus t:o n e: o r r e n tes

i i ï d u s t r i a 1 i z a d os A p r' o c ur a d a d i f er en ç a r e v eI ou — se
. coma a

b u s c: a d a b e1 e z a l e v o u à s aí d a d o c a m p o u t i l i t ár i o para o

a r ti s t i c o « As mu d an ç a s que os a r t es á o s e f e t uar a m „ en t á o

m a n i f e s t. a v a m o p r opô si t o d e o !:::» t er p e ç as a d e qu a d a s a nova

f un p cio d e c o r a t i v a ab an d on an d o quase que totalmente, a

f a t ur a ci os o b j e t os pr CD d u z i d c:) s t r a di c i. on a 1 m e n t e p ar a e o z i nh a j,

a r rn a z en a i n en t o e ser vi ç o .
-
. Mui t CD p ou o os c er a m :i s t a s c on t i nu ar a m

a pr CD du z ir a 1 oup a 1 i s a n Pr o c:ur ar a m c: r i ar no v a s f o r - ma s e

i n t r CD ci u z i r a m ci e c CDr a p cio c o m o n os e r p 1 i c ou R o se mi r o "

“N

A c CD 1 ui ) a ? nô s c:r i a m os e rn 1 9 6 4 n -f oi qua nd o
f CDi

c r i a d a a c: o 1 un a . F oi e:r i a ci a a "
ân f or - a
d e A 1 i -- B a b á ? -f oi c:r i a d o o j ar r o p a v ä o Se n

f a z i a CD d esenh CD ci o p a v â o f c:?i t o c o rn
'
ma ssa
de t r a b a l h a r e m p a r o d e de c a s a e g e s s o .
Er a f e i. . t o

o p a v 2t o n o b o j o do v a so , no
t r a b a 1 h CD c J CD ci e c a p d ( 1 5 d e f e v er ei r o d e *

1990 )

A c CD 1 un a 5 a ein f or a d e A 1 i — B a b é e o j a r r o — p a v á CD (
*)
s âro so 1 uç ft e s i n o v a d or a s , c jue d e s d e en t ft o se ci e s t i n a m

< *) El mb or a c: on t. e mp or an e a m en t e r ec eb a m mo t i v o s d e c: CDr a t i v o s d e
inspir apSo maraj oar a est a s f or m a s i n t r CD d u z i ci as p or
R o s e rni r o c: on t i n u a m a f a z er p ar t e ci CD r CDp er t ór i CD d e f or - m a s
ci CD s ar t e sâfos d e I c o ar ac:i . V CDr o c ap í t u 1 o I V «
.n:...nC-
1 a

decora L i vos da eer â mi ca m a r a j oar a .. Mai s l:ar de kamb êm passa a

' ’ o s- c u 1 p i r " n o b ar r o , p e ç as d a c u 1 t ur a S an t ar é in e M ar ac á *

C a b e 1 ud o e seu f i 1 lio R ai mun d o F ar i a ,, '


Bacu a f i nnam

que o an o d e 1966 mar c: ou o i ni c i o d a p r o cl uç â o '


de obj etos

1 n spi r a d os n a c er â mi c a m ar a j oar a ::

“N


N Q u a n d o p ap a i i. n :i. c :i. ou a ar t. e m ar a j o ar a , -f oi
0 ÍTI 966 D e 66 p r á e á „ eI e :L ni c i ou e s s e
Í «
''

t r a b a 1 h o a qui n a r e gi & o . Fez as pr :i me 3. r a s .

A 1 v ei o cun a a t r á s d a ou t r a
'
G p e sso a 1 « t o :i.
c h e g a n d o e a p r en d en d o c o m e 1 e „ Mu :i. i:a g en t e
a j::)r en d eu c o in e 1 e . ( D ep o :i. m en t o d e B a c u 13
d e f e v er e 1 r c:« d e 1990 )

Observamos que Cabeiudo desempenhou papel

importante . d ec i s :L v a m e s m cu „ na m ud a n ç a c u 1 t ur a 1 ,, c orno

i n t r o c J u t or d e n o v a 1 i n g u a g e m p 1 á s t i c a

Gi 1 b e r t o V e1 ho ( 1979 > r e f er e- s e á :i. n t er f er ê r 1 c: :L a cl e

'' :L n di v l cl u o s
'
c on c r e t o s ‘‘ na c: r i a ç: â o de n o v os s í mb o 1 os e

s :i. g ni f i c a d os „ qu e o s? t or n a ' ' a g en t es na t r an s f o i rn a ç St o


"
e

mu cJ an ç a da soc: :i. e d a cl e 11 e n p " mer o s j o g ue !.. es das -f or ç as

i rn p e s so a i s M - A s s :L n a 1 a ai n d a o a u t or ? a r e 1 c : v â n c :i. a
. do s or e rn

estudadas e compreendidas essas tomadas de d e c i sõ es d i a n t e de



N

’ 1 si t u a ç Ö e IH> n o v a s ’ 1 .

E í Tí b o r a uíH :L n di v ;[ cl uo so z :i. n 11 o n o :i. n v en t e


uma c u l t u r a ., ë atrav é s das i n t e r a çõe s
^ dos
i nd :L v í duos desempenhando e r e :i. nventando
p a p ëi s s o c i ai s que a hi s t ò r i a se
c:l esen r- c:< 1 a - En t en d en ci o se a c u 1 l:u r a c o m o urn
c: ò cl i g o , c o rn o u m si s t. e m a de c o mun :L <::: a q: & o
p er c: e b e se o seu c ar át er d i ri â mi c: o ao
p )' o d u z i r

i n t er p r e t a ç: cí e s , si gn :i -f :i. c: a d c.) s ,
.

s î mb o 1 o s di an t e de um a r ea 1 i d a d e
p er man en t e in en t e em mu d a n ç a - ( v e 1 ha «

o p c i t « » 8 )
"
N

"N
.

.UM n

Em se u d e p o i m e n t o , o f i 1 h a d e G a b e 1 u ci o a s B :? n a 1 a
. a
passagem da c o n t r i b u :i. ç â a i n d :i. v :i. d u a 1 Para a c o 1 e t. i. v i d a d e ,
q u a n d o a c r e s c: e n t a q u e ' * rn u i t a g e n t e a p r e n d e u c: o m e 1. e ’ !
utras
d e c l a r a ç ôe s con -f i rmam a i rnpor t ân e i a de Cabeludo como

incentivador da nova modal idade de arte , que é reconheci da e

1 e g i t: :i m a d a p e 1 a p Y ö p r :i. a c o mu n i d a d ê d e I c: o a r a c.: :i. ,

>
uu „ f o i q u a i i d o p a r t i m o s- e n t ã o a p o i a d o s p a r
u m a c a n q u i B t a d e A n t ó i \ i u F a r :i. a V i e i r a ?
.
'

C a b e 1 u d c:« ? q u e ci e s c o b r i u t::« u r e ci e s c: o b r 1 u de
c o m o a a r t e d o F* a r á e st a v a su f o c : a d a i ïâ
m u i t o s a 1 i o s E n t âo e 1 e c o n s e g u i u r e n a s c e r
»

a a r t e , e n 6s „ 1 og i c a rn e n t e c: o m e g: a m os a
e- e g u i r o B C:a m i n h o B ci e 1 e
*
< E o B e m i r o - :l 5 d e
« •

f e v e r e i r o d e :!. 9 9 0 )

E m e r g e a i a a t r :i. b u i ç &a d a c a t e? g o r :i. a a r t e q u e p a s sa a


"

ci e s i. g n a i a p r c:« ci u e 'â o d e I c:: oa r a c 1 « A i ma g e m d a a r t e do Pa r á

"sufocada ” , n os r e m e t e à c er â m :i c: a . a r c:j u e o 1 ô y i c a e n e on t r ad a

1 iteral mente e n t e r r a ci a . Observamos que EXIBTE i n t e n g &o de

preencher a 1 a e u r i a e n t r e? o p a B B a d o e o p r e B e n t o? " c omo


: Be a

f a 1 1a

de c o n t. i n u i d a d e en t r e o m ome n t o a r q u ea 1 6 g .i. c. o e a
1J
d e s c. o b e r t a ' ‘ da a r t e s- r e p r e H e n t a sse o s u f o c: a m e n t o ci c? u rn a

t r a d :i ç: & o ,
.
'
qu e e st a r :i. a se p u 11 a d a c om a pr 6pr i a c e r â m i e. a

ma r a j oa r a * Ca b c? 1 u d o t e r i a r e c: u p er a ci o a a r t e ; i p ar a -f a z ê — 1 a

N r e n a B C e r a t r a vé s d o f a z e r d as c: e r a m i s; t a s d e I c o a r a c i . A v i da

c o m u 1 1 i ci a cJ c-? r e or g a n i z a s e e? n t â o a p a r t :i. r d e s se n o v o m o ci o d e
da :
- \

f a z er , q u e v a i d e 1 i n e a r e v a 1 c:« r i z a r- a i ci e 111: j ci a ci e d o g r u p o - ü

n o me d e C a b e 1 u d o 1 i. g a u - s e d e f i n i t. :i. v a m e n t e à a r t. e

d en t r o de
“N,

ï coaraci »

"N
ü " S eu " A n t on i o C a b e 1 u d o « B a b e q u e î T î é e 1 e ?
-
E 1 e é o p i a n e i. r o A t é h o j e a s h o m e n a g e n s
sâ o t o d a B p a r a e 1 e «
'
E r e c o n F» e c: :i. d o a t é?
p e 1 o B ci e? f o Y a « ( D o c: a
"
! . .. e i t e :l 4 de
f e v er e i r o d e 1 9 9 0 )

— ^
~\

24 -

C a b e i Lido f oi t.i ni d a B i un ci a d or e s ,,

aqui na
Paracuri , d e s s a ar t e P d e s s a c er â mi c a « da
t a p a j ôni c a d a m ar a j o ar a m e sm o « ( B o s c o
1 3 d e f e v er ei r a d e 1 9 9 0 )

Uma d a s c oi B a e 1 i n d a s d e s s a ar t e qu e eu
c r 1. e :i. , é a c an h e e i m en t o d a s p e s sG a s que m e
p r CD c ur a m - ( C a b e 1 u c i CD .1 . 4 c i e f e v er ei r o de
C 1990 )

D
D
n
A c o n t r i b u i p äo de Cardoso é reconheci da na

comunidade por s u a e x t r e m a i m p o r t ân c i a n a c an s o 1 i ci a ç â o do

n CD v CD e s t i 1 o . A e 1 e se d e v e CD apr CD f un ci am en t o d a i ci ëi a i. ni ci a l

ci e Cabeludo . s en ci o ho j e i n ci i c: a d o P c: o m o U fil devotado

p e s qui s a d or d a c er Û n i :i. c a ar c:}ue o 1 ó g i e a :

G C a r d CD B o aprendeu com o papai „ G6 que


(d ep CD i B B eu C a r d o s CD ? e 1 e f? p a n i ci u , n ë ? F ez
CD B p r öp r i oB d e s enh oB d e1 e m e smo « E 1 e i a n o
O
Mu seu Go e 1 d i n i a b u s t: ar m e s /B CD ? f a z i a c:6p i a
dcD M u s e u . E n q u a n t o o p a p a i n nSí o s e d e d i c o u
a i BB CD c CD m o CD G eu C ar d o c o . S eu C ar ci o s o se
d e d i c: ou mui t o m e B m O á ar t e ? m a i. s do que
p a p ai - ( B a c:u , f i 1 h o ci e C ca b e 1 u d o 13 de
o f e v er e 1 r o d e 1.9 9 0 )

0 p r CD p r i o C ar d o s o r e f er e — s e a C a b e1 ud o c: CD íno CD

i n t r CD d u t or da i ci ëi a e M p 1 i c an ci o que e s t e a p r i n c i pi o P s6

t r a n sp un h a CD B m o t i v o B p e s qui s a ci CD B e tri 1 i vr CD B p a r a a s p e ç a s que

produzia: " sein t er p K e CD C:Up a ç a CD d e segu :i r -f or m a s ,


"
passou a

pintar p eç a s de c: e r â mi. c: a f e i. t a s em I c CD ar a c i. .. N o ti nh a

r e l e v o j, n c t o t :i. nh a su 1
. c oB P us a v a Bu a s tint a s "

C a r ci CDBo j, a CD c:on t r ár i o n & CD Se 1 i mi t o u ao u so da

pintura sobre a superficie da c e r âm i c a . C o m p 1e m e n t o u a

mu d an p a p r e o c:up an d o- s e e m a p r o -f un d a r - a p e s qui B a d e f or m a s e

t ëc n i c a s u t i 1 i z a d a s n a manu f a t ur a ci a c er â mi c a a r q u e o 1 6g i c a
> - r,
3

tJ it

p r i n c i p a 1 m e n t e a m a r a j o a r a e a t a p a j ôn i c a No lvI u se u G o e 1 d i , o

a r t e s&o e n t r ou em c: o n t a t o c: o rn as p e t;: a s de c e r â m i. c a
a r q u e o 1 ô g x c a .. D e c i d i u ~~ s e a " d es v e n d a r o m i st êr i o desses
g r" u p o s q u e v :i v e r a m h á t a n t os sé c: u 1 o s a n t. e s d a ! esc a h r i m e n t a ' 1 „

Ob t e v e apoi o de a n t r o p o1 e g o s e a r q u e6 1 e g o s , para o
a p r e n d i s a d o d a n o rn e n c 1 a t u r a r e 1 a t i v a à c: e r â m i c a a r q ue o 1 óg i c a .
e t é c n :i. c: a s ( J e m a i t u f a t u r a q u e a p r e s e n t. a v a m a I g u n s a s p e e l o s b e m
'

d i f e r e n t e s d a s q u e c o n h e c i a » P r o c u r o u t a m b é m ,, e m d o i s a n o s d e

pesqui sa no Museu , f ami 1 i ar i ar s e — c: orn as f ormas e


or n a m en t a ç äo :

~>
Co in e c e i G t r a b a 1 h o d e p e s q u :i. s a n o m u se? u
porque achei a c e r âr n i c a marajcaraq a
t a p a j ô n :i. c a e a m a r a c. á m u i t o :i. n t e r e s sa r \ t e s ,
*

m u i t o b o n i t a s ,, q u e? /n a r i i f e st a m o a 1 t: t:* g r a u
d e d e s e n v o 1 v i m e n t o a t i n g :i d o p o r .esses
g r u p os A t é a q u e 1 a é p o c: a , n S o e y i s t. i a n a d a
e m B e l é m j, e c r e i o q u e n o B r a s i l ., d e um
t i p ( D ci e c e r â m i c: a q u ë n 6s t :L n I t a m os s o m e n t e
nos museus „ Quer d i 2 e r ,, nâf ü h a v :i a .

c:: o n t i n u a çi â o do trabal ho desses


a n t e p a ss a ci os « E n t â o e u c: o m e c e i

a f a s er
urnas p e ça s , 1 e v e i a o se t or d e a n t r o j ) o 1 og i a "

ci o m u se u e e 1 e s- a c h a r a m c:} u e e st a v a mu i t o
b om » S u r g i u a ss i m a i d é i a c! e c o n t i n u a r
f a il e n ci o esse t i p o ci e t r a b a 1 h o » ( C a r ci c:« s o
1 9B1 )

A t r a v és dessa i n i c: i a t :i. v a , C a r d oso f 1 exibi 1 i z ou a

1 i g aç &o m u seu -ar t e s St o .. R e g i st r e -se a q u :i. o x m p or t a n t e f:) a p e 1


q u e o m u se u , c? n q u a n t o e n t i d a d e c: u 1 1 u r a 1 d e s t i n a ci a à p e s q u :i. sa
*
*\
desempenhou c o m r e 1 a ç o à a r t e d e I c oa r a c: i. ,, o q11e dentons t r a
"N,

h a v e r e s t a i n st i t u i ç et o a t i n g i cl o u m a d e s u a s m e t. a s se r " ü t i 1

a c o mu n i d a c i e " s como preconx 2 a N a p e I eâ o '

F i g ue i r e d o
( 1987 : 28 , 29 ) em trabal ho a p r e se n t a c i o no Encontro

I n t e r n a c i on a 1 d e i i use 6 1 og os » N est. a oc a s i 'ào o a u t or 1 e m b r a a


N

26.
necessidade d e p r o m o v er a 11
d © m G c r a t i 2 a p &o d o s a b © r ’1 atrav és
*
> d a ' g ef ï er a 1 i 2 a p eto d o ac essa aos m us© us 1' .
1

Den tro d es se esp i r i t c:)? a ex per i & nc i a ad q u i r i d a no


M useu E m 1 1 :i o Goe1 d i , p ossi b i 1 :i tau a Car d a s o
'

. . . r ea 1 :i. 2 ar r ép 1 i c as
"

de pepas de cer â mica mar ajoara , Tapajônica e Marac á, que


ap ós
ter em s:i. d o a p r ov a ci as p e1 c:«s tëcn .i. eos,, p ass a m a ser p r od u2:L d as
D t a m bë m p ar a a v en d a.
M os an os q ue s:e seg ui ra m , gener a1 :i. 2ou-se em I c:oar ac i
a p r o d u p& o d a e er à m i c: a i n © p :i. r a d a p r i n c i p a .1 m e n t.e n a
*

in a r a j o a r a »

>


N
" N

“N

"

"\


N

"v
“N
27

CAPITULO I I
~N

ARTESANAT O E MERCADO

S e g Un d o C an c I i n :i ( 1983 ) , o ar t es a i ï a t o r ep r e s en t a a

sln t e se do s pr inc ip a:i. s c on f 1i t o s n a in c or p or aç ão ci a s c u1 1ur a s


'

P op u1 ar e s a o si s t em a c: api t a 1 :L s t a
, s en c J o r )e cr eB S ár :i. o qu. e ,, c o mo

r\ de :i. n v e s t i g a y ão se f a ç: a o a c o m p anh a m en t o das


e s t r a t ë gi a

e t ap a s ci o p r c? c:e s s c:« : p r o du ç:Sio c ir c:u1 a y ao e c: on sum o d o objeta

artesanal « G e B t ud o ,, f ei. t o d e B B C-? mod o, f avorece



o

en t en dirnen t o d a c: u1 1ur a p oiB n o s p er ini t e i. r a1é m da vi s Si o


r\
si mplista que nâf o d é a e s s a m o d a l i d a d e de p r o d u t o , mai s do

que a dimensâfo de "peya d e coleySio " ou e n t e n d e a c u l t u r a como

mer CD a p anh a d CD d e t r a diç 0e s e c oB t ui ne s , :i. mob :i. 1i z a d o s n o temp o

r\ e e s p aç o . Concordamos com o a u t o r quando a f i r m a s

en f CD qu e f n ai B f e c un d o ë a que1 e que
en t en d e a c:u1 1 . u r a c o m o u m i n s t r u m e n t o p ar a
a c: ompr een s Sí o r e p r o d u y a o e t r a n s f o r m a ç &o
r\ do B :L B t e m a s o c i a 1 a t,r a v ë c:> d CD q u a 1 é
e1 ab or a d a e

e CD n s t i t u i d a a h e g e :n o n i a d e
c a d a c 1 asse » ( cDp „c: :L t « 12 )

o 0 ar t eB an a t o t er i a d es se m o d o ,, c om o a s
1
festas ou
p
qu a 1 quer m a n :i f e st a y Si o p o p u1 ar um a f un y: £í o a d e se mp enh ar -

d en t r o d CD Bi s t e rn a c a pi t a 1 i st a » M o c a s CD m e >; i c: an o, a c:r e s c: en t a o

aut or ? o ar t e san a t o ser viu p ar a s o 1i di f :i. c ar a cr. on s cr :i. fr *n c :i. a de

r> n a c:i CDn a 1i d a d e e o s eiD t i d o ë t ni cr o „ da 1 o r e c CD i : 11e cr :i. ínen t o


O
o f i c:i a l , em 1 9 2 1 , d a i mp or I;â n cr :i. a d a ' ' ar t e p CDp u1 a r '' e das

" i n dilis t r i as t í pi c a s
11
- De s d e e s t a d a t a , um cr r e s cr c •n t e númer o d e

CD r g a\ ni B <no s n a c i on ai s e? r egi CDn ai B p a BB CD u a *


se ciedi c a r a CD
20.

incremento da prod upáo de artesanato o que 6 raz ão

suf i c::i ente para demonstrar a :i. mpor t ánc i a deste . na

r ee1 ab or aç âo '
da h eg e mon i aser v :i. n d o à a c& D pal :i t i c:o —
i d ea1ô g i c a d o Est ad o (op c i t «
- " 69 ,, 70) „

Lern br e-se Lu i s F e1 i p e Ba e?t a Nev es < 1978 " .1.7) sob'i e os “

cancel tos ad ot ad os p e1 a c u11ur a d om i n ant e e m r e1 aç&o à ar te

popul ar que revel am visûes " f al c:1 or i z antes" au

'' m useo1 og 1 z a n t es'' , c onsi d er ad as p e1 o a ut or ' ar r a 1 g a d a m en t e


J

et n oc êntr 1 c as e e111 i stas 1' „ A v i säa f a1 c 1 ar :i z an t e é a q ue

val oriz a a " ti pi c:i dade" da pepa de ar te popu 1 ar ?

est a b e1 ec:en d o cJ esse /r)od o d :i stânc i a en t.r e es i:.a e as pr ad uç ftes

o
da ''cu11ura maie evo1 uid a 11

critério de preservação da " pureza " , tamb é m é mencionada


- A segund a f orma, que ad ota
por
r\
R osi 1 en e A 1 v i m:

r\ E í:I aI o ar t esa n at o n St o ë e m p r i m ei r o p 1 ano


u m a f or m a d e I:r afa a 1 h ad or es soID r ev i v er e m „
inas u íTí a ar t e ,, u m a ’'ar t e p op u1 ar " , a ser
p reserv ada em suas formas m ais ' puras".
1

Esta manei r a cl e v i sua1 i z ar o pr ab 1 em a,


pode levar a uma busca incansá vel de
ar t esàas ''p ur as'' , "ar i g :i n a i s ’' e
' ' n esta
p r oc ur a d e t r a d i ç Sto ''aut ô! t .i c:a
, '1
1 a ao
e v * .

1 o d o si g n i f i c a d o soc:i o1 ûg i co
esquec :i. m en :
cJ aB r e1 a pftes sac:i a i.s e c:u11ura i s q ue
1
f or m a m u m u n i v erso m a i s a m p *
• . c
: ( 1
. 983) « .

P
r\. Ao e>î arn i nar as m ud anças i ntrod uz i d as ri a produç&on

circulapSto e consumo do artesanato, Canclini se refere à a p á o

d o t ur i smo e d as p o1 i t i c as est ata i s d e i n c:r em e111o e p r ot eç: áo,


'

“"v

O c on)o r ec ur sc?s p ara r- eor g an i z ar e r eestr u t ur ar o si g n i f i c ad o e


rs
A
f un p áo d as

p r oci uç:áo ci o
man i f estaç ftes c u 11ur a i s

ar t esan ato n a c i d aci e e no


- 0 r eor d en a m ento

c:am po „ acontecer i a
cia

r\ e c:on ô m i c o
seg un d o o a ut or , em d uas e t a p a B: a r u p t ur a e n t r e o
29 „

ó 1ic a q u e s e p a r a a b a s e e c o n óm i c a das r e p r e s e n t a ç õe s
e o s i mbt

c:u1 t ur ai s e o i n di ví duo d a c omunid a d e p ar a n em sequi da n

a s p ar t e s s ob um a n o v a or d em ' ' t r a n sn a c i on a1 da
r e or g ani z ar

c|u e é c or r e 1 a t a à inu1 1.i n a c i on a1i z aç &o do c a pi t a 1 "


c u1 t ur a

( op » c i t » " 13 ) u Seri a a forma encontrada pel o poder dominan te

c: o in a c oe sáo cl a s c omuni cl a d e s a t r a v és da
p ar a a c ab ar

cl o signi f i c: a d o que o gr up o s o e i a 1 a t r i b ua a sous


. SSCDI
d1 . LlÇ clO

ob j e t os ou pr á tic a s -
No di z er (de R ob er t o C ar d oso de 0!. i v eir a :: "a

s o c i ai sur g e c om o a a t u a 1 i. z a ç êlo d e pr o c e s so cl e
i d en tid a d e

i d e n t i f i c açã o e en v o1 v e a n o ç & o d e gr up o ,, p ar t ic u1 ar m en t e a

. 976 u
(1 2 -6 ) En t en ci e m o s qu e o e s t u ci CD do
de gr upi o s o ci a 1 " «

a f i g u r a-s e p a r a o p e s q u i s a d o r como caminho capaz


artesanato
. or e s
à apr een s äo d o s v a 1 e sp e c: :[ f ic o s u s a c:l o s p e1 o
de 1 e v ar

gr up o p ar a s e i ci en t i f ic ar e ser i d en ti f i c a d o
.
A m er c a n ti1i z a ç â o a s sume g r- and e imp or t àn c ia . A

r\ s er produzido
p ar t ir d o m o m en t o e m qu e o ar t e s an a t o d ei x a d e

p ara
§
-
o c on suma in t er n o e inic i a s e su a c om er c i a 1i z a ç r o
S cl O

e x t er n o s a o s gr up o s s o ci ai s que o pr o d u z e m ,, que
c r i t ér i o s

a pr o du ç & o mui t a s v e z e s c on t r ar i a n cl o os
passam a or i en t ar

ci e s e j o s ? g o s t o e in c 1in a ç é e s cl o s pr o du t o r " e s » En t r e o p r o d u t or

e o c on sumi d or ap ar e c e c:* in t e?r me ciiár i o , que c: ompr a e

r e? (di s t r ib ui p ar »a o s c c-?n t r o s ur b an o s « apr op r i ai > d c:* — se d e gr an d e


*

v a 1 or f in a 1 da v e n d a ,, Há um e s v a z i a m en t o do
p ar t e do
i n a t âr i o est á,
s i q u i f i cacio d o a r t e s a n a t o ,, â medi cia q u e o d o s t
mi. Ih a r* e s ci B qui 1 ôm e t r o s de
mu .i. t as vex es ,, a c en t en a s ou

:i g n o r a t ucl o ? ou qu a s e
di s t ân c: i a cl o p r o du t or e pr - o v a v e 1m B n t e

tudo . s CD br e CD C on t eu cl o si inb 61i c: CD d e ss e s o b j e t o s A -f u n ç ão se

j á náo é mais p o t e p a r a á gua o u u r n a ~ tor na -'se


transforma "
30 -
p eç a d ec:or at 1 va . H G objetoM d esc on t ex :
l u a 1 :i ad a p assa a

r epr esen t ar u m a t i p i c::i d a d e q i.ie escon d e as r ea 1 i d a d es soc :i. ai s

e c u.1 t ur a :.i s cios p r c:)d ut or es „ seu valor passa a ser o de t r oc a*

e sua p osse p assa a i. n d i c ar st at us

Canclini aponta quatro


- raz ões que em geral

d et er rn i n ain a n)u ci an pa d e prod uç ào d e consuino '


i n t.er n o, p ar a

p r CD d up cto vo11a ci a à c:omerc i a1 :.i z aç ão: a net:essi dade? - de


r *v
at i vi ci a ci e alternativa de subsistência devido ao problema do

desemprego r ur- al , as e?>< i gênc i as (i o consu m o , o t ur i sr no f.ï.v os


f s p!"og r- a m as d e p rom c:« p Sio e i nc:ent i v CD estat a1 e regional .
O
D ev i ci o a CD a c:esso d i f: er enc i a ci CD à t ec n o 1 og i a , pequenos
n
e g r a n ci es agr i c:u11or es CD e u p a rn p osi pÖes ci i st i n tas f ac:e ao
/"V
mercado compel:i t i vo: as p eq uen as 1 a v CD ur as tornam se p CDU CCD

/"N
r en t á vei s e f i ca d i f i c il a concor r ênc i a corn os grandes

prod ut or ces « Mui tas vezes ÿ o 1 a v r ad or ë ob r i g ad o a abandonar

r\ suas terras e buscar CDs centros urbanos onde ,, p r CD v a v e1 m en t e,


r\
i !"á engrossar CD contingente de d esem p r ce g aci os e

mar gin a 1 izados. 0 ar t esa nato p assa a ser y i st o, pela homem do

c a m p o ? c:om o u m r ee u!"so com p 1 e m en t ar d e su bsi Btànc i a , ca paz d e

g ar a i D t i r u ma m e1 h or i a n as e:on ci i p Öes d e v i d a d a -f am 11 i a e, em

-
a 1 g un s c a CD OS , c CD n s t i t u i se em su I D CD t i t u t i v o p ar a o tr aba 1 h o na

1 a v aura .. G Estado v ê no artesanato, urn recurso capaz de

O c on t ei" o êî c od o r ura1 e a conse qt\ en te su p er p op u 1 aç&o d as

c i da ci es.
O
E m I c oar ac i os m i gr a n t es su bst. i t u :F !"a in p e1 a pr oci u ç: o

r\ ci e ar t esan ato ? as a t i v i d a ci e CD a g r- i c::o1 ascuja p r át i c a n as

Y ecj i ôes de or i g ern —


tor n ar a se d i f i c i 1 . Atual mente „ corn a

d i v u1 g a pSo d a c er â m i c a n
mar ajoar a n ? f ei ta pr i nc i p a1 men t e p e1 a
''V
Par at ur ,, cresce a demanda do mere:acio e aumenta CD nú mero de
T
"

31 -
produtores , ver i - f i cando- se a adesão de novos mi g r antes -

G Estado justi t i c a sua a t ua ç à o no e s t í mu 1 o à

'“ S p r o d up «io d o ar t e s an a t o a t r a v é s cl e t a :i. s r a z 6î o s :: n a sua o r :i. gern .


esta p r o d u ç:: ã o o f er e c er i a a vantagem de p e r m j. 11 r u ma

_ or g ain i z a p ã o de t r ab a 1 h o „ que i n e 1u i a p a r t :i. c: :i. p a ç â o d as


v

iT) u 1 l i er e s e c r :i. an ç a s |i nas c i cl a d e s ,, m e 3. h o r ' ai n d a , vein a


< 4

r\ oferecer oportunidade de emprego par a os que se ocupam da sua

venda ..

Pensamos qu e e s t a que s t "â o se 1 i g a i n t i m a m en t e à de

o pr oiTio v e r p r o gr a rn a s ci e :i. n c en t i v o à pr o d u ç: â o que P


'
sein cl u v i d a ,

•s
vi sam f i >î a r ’
c:« h om e m a o c:a rnp o , c-? mb or a n a p r á t :i. c a , em grande

m ai or i a ci o s c: a s o s ?* t a 1 o c c:«r r a n u m a c: c:« n d :i c â o d e i n f er i or :i. d a d e

do a r t e sã o r e f o r ç ando s u a p o s i çêt a p ér i f ér i c a n a ecanomi a da ‘B

. rs r e g i õ e s r Lirai s .

Ri cardo Go mes Li ma < 1989 :: 8 ,, 9 ) d e s c r e v e c om o s e cl eu

em A p i ai , n a d éc a d a d e 6 0 , o sur gi m en t c:) d o mercado ex t e r n o

r\ p ar a a c: er â mi c: ai 1 o c: a l , i ni c i a 1 m en t e v o 3. t a d a p a r ai o c on s Lima

i n t car n o ci ai c:o muni ci a ci ca . ü que p c:* s si b i 1 i t c:» u e s t a m u ci a nç a f oi a


-

ai p ä o da Pr e f ei t ur a Muni c i p ai 1 e de Superintend ência do

T r a b a l ho Artesanal na s Cornun i ci ad e s ( SUTACG > , apoi an cio ai

c o m er c i a 1 i z a ç: ã o d o ar t e s a n a t o - Go m e s L i. m a a c r e s c en t a s ohr e a

c e r - âmi c a d e A p i a i -
O
n D r i t mo se a c: e 1 er a e os pr o du t o s se
diversificam * A s p e ç: a s t. r a di c:i on ai s s ci o
i n c o r por a ti o s n o v o s m o ci e 1 o s d e s t i n a ci o s à
ven da e que n'â o s ão consumi dos p e 3. a s
p o p u1 a p õe s locais no seu dia a di a .
( opu c i t : 9 )
-

r\
A prop ó s i t o , e m c on f er Ô n c i a r e a 1 i z a d a n o s e m i n ár i o

As Ar t e s V i su ai s ci a A rn a z ôni a , r e a l i z ac:lo em . 984


1 p e1 o
V /
32 .
11 ) s t :i. t u t a W a c i. on a l d e A r t e s F:’1 á s t :i c a s d a I- UI '! A R T E em Manaus ,

. a

a n t r o pó l o g a Ana M a r g a r e t h Heye < 19SS: 139 - 146 ) o b s e r v a que , n o

Brasi 1 ? o ar t e s an a t o á a ti vid a d e que g er a 1 m en t e e o mp 1o tnen t a a

r enda f am :L 1i ar dur an t e t o d o o an o ( e on f c:r me


* j á c:i t a m O S ) ou

a t i vi d a d e t emp or ár i a d e p er 1 o d o s d e en tr e s a f r a . Devido a a ç ão

dos pr o gr a m a s d e in c:en t i v o , p a e s a a c:CD n s t i t uir ~~ s e at:i v i da de?

que d e in an d a o :i. t o h or a s d :i. âr :i. a s de t r ab a1h o , c OHIO na

i n dús t r i a . Heye (o p „c i t „ ” 1 4 3 ) a c r e s c e n t a a i n d a que um s úh i t o

aum en t o d a s en c o m en d a 5 obri g a o ar t e sã o a mud ar s eu ri t mo de

vi d a e r ornp e r a cJinámi c: a d o t r ab a1h o f a mi 1iar . As mul heres

deixam c j e p r o ci uz ir ar t e s a n a t o n a s h c:«r a s qu e 1h e? s s obr a m das

t ar e f a s d omé s t i c a s e d o c ui d a d o d o s f i 1 h o «s , p o r q u e t ê m que se

d e s 1 CD c:a r *
p ar a a o f i cin a . A s c:r i a n e a s que an t e s s e o c up a v a m

apenas e s p o r a d i c a m e n t e do a r t e s a n a t o , e n g a j a m- s e tamb ém na

pr o d u ç ft o de mo d o si s t em á ti c o « 0 ar t e s ft o ë c on v er t i d o em

op er ár i o da in dú s t r i a d o ar t e s an a t o sendo mui t a s vez es

firs p r e j u d i c ad o p CDr um a mu d a n ç a no si s t erna de jflar /r e t i rc ÿ

acarretando a queda do v CD 1 Lime de en c:comendas , . o u se passar a

mo da de d e t er min a d o t ip o que f a z ia , p er d en d o o emp r s g o e ,


ne s se c: a so p or t an t CD , t u d o
* p rq
) CD ue , c?n qu a n t o t r ab a 1 h a v a na

CD f i c:ina e1 e d ei x a v a d e e x er c er ou t r a a tivid a d e que c o s t um a v a

c: CD mhin ar c: CD m o ar t e s an a t CD .
E" in Ic o ar a ci, ob s er v a s e r e c: en t e m e n t e o aparecimento

d e a 1 cj un s g r up o s e s t r anh o s à c o muni d a d e, qu e t r a z en d o si s t e m a

ci e m a r U e tir> g e s t r u t ur a ci o , e x p 1 or a m a -
mfto- d e o b r a do s

ar -1e sã o s . Fr un ci on a m c: o m CD 1
'in dú s t r i a s d e ar t e s a n a t o 11 n f ugi ndo

à f CDr m a d e CDr g a ni z a c;: Si o -f a mi 1i ar d e t r ab a 1 h o , t r a di c i on a 1 no

cii s t r it CD . E ss e s cjr up o s in t er f er em ain d a , :i mp on ci o m CD ci e1o s que

muitas vez e s se a -f a st a m d a s c:ar - ac t e r is tic a s da pr o duç ft o


-
*1 33 .

I DCal :i ntrodus i riclo as ex i g ènei as advi ndas do consumi dor

A expansã o do mercado capitalista profflove a

h o in og ei n 1 z a p ã o c u11ur a 1 en t r e o s p a 1 se s e r e g :i. 5 e s d o s p aÍ s e s

do Ter c e :i. r o Mun d o ? c r i an d o um sô go s t o p a d r an :S. z a d o e

r e c i c: 1 an do os h áb i t o s p ar t i c u 1 ar eB de a c or d o c am OB

i n t G? )' e sB e s cJ o si s t em a „ Ai:u a m c o m o a g en t eB d e s s e m e c an i s m o

os

m e :i. o s de c a mun :i. c a ç ão de massa " através de estrat é g i a s

s o f i s t i t: a ci a s cJ c? .w a r k e t i r:> g ,, c ri a m — Be n e c e B S :L d a d c s ci e consumo ?

p 1 a i j e j a- s e a ob so i. e s c: & n c: :i. a e m or t e d o s ob j e t o s p ar a que ,,

i med :i. a t amen t e ,, ou t r o s p o s s a m sub s t i t u 1 - 1 o s „ C r i a- se a mod a n

qu e o b r i y a a má qui n a p ub 1 :i c:i t ár :i. a a r e sB :i. g n :i. f :i. c:: ar o s obj e t os

p ar a g ar a n t :i. r s eu c on s u m o c:c:) n t i n u a ci CD sem o r i s e CD de

v er d a d e ,
e n t r op i a (
* ) .. Ma c on t er e- se ao ob j e t o um v a 1 or

simb ól i c o , que vai muito a l ém do seu v a l o r cie uso » Abstra í dos


7 de su a f un p ã o ,, c o m o si g n o s , o s o b j e t o s p a s sa m a e o mp or um

si si; e m a
*
n o qLI a 1 CD ar t e s a n a t o s o :i. n ser e ( B a u ci r :L 11 ar ci , 1973 ) .
E b a s t an t e c o mp r een s í v ei. o f a s c:I n :i. o n o s t á 1 g i. c o cju e o

m CD d er n o c: on su mi d CDr ti a s c :i. d a ci e s t e m p e1 o I e s an a 1; CD ,,
ar : que

represenLa uma f ug a d o ob j e t o i. i ï d u «3 !.. r :i. a 1 :i. z a d o f u n e i o n a1 ce

descart á v e l ? que e x i s t e ap en a s 11 o p r e sen t e e s e e sg o t a no

USCD « As s i rn ? CD ar t e s an a I:CD en t r a r i a h a b i t ap áo ur b an a para

c:on t r ab a 1 an p ar a f rie z a e on c r e ti z a ci a n o s nutner o s o s e e f D m er CD B

CDb j e t CDB ci e us o d oméstic o » A p ane1a d e b ar r o ,, a cesta de

palha *, n ão estar ã o a i , por c e r t o ,, para desempenhar sua fun çã o

(
*) A t e CDr i a d a In f or ma ç ão c on si d er a en t r opi a a p ar t e d a
/nen sa g e rn qu :-• se p er de n o pr oc: e ssCD C CDmuni. c:a t i v CD „ en tr e CD
e mi s CD CDr e o r e c:: ep t or , pr :i. n ci p a1men t. e de v :i d o á d :l. -f er en p: a
.
de r e p e r t ór i o A mensagem entr óp i c a é p o i s , a que possui .
a1 t o t e or ci e or i g :i. n a 1 :L d a ci e ( E c:CD , Hu mb er t CD :l. 9B0 " 3 5 "
C o e1 h o Ne t o , J .. T ei x ei r a 19B 3 " 131- 13 3 «i P i q n a t ar i
Dé c i o ,1986 47 n 48 ) « n

'-N
34 .
original n em me s mo a a 1 eg a d a d e s t :i. n a p Si o d e c ar a t i v a o

" N artEsanato ? " f etichiz ado " , dá a s e u p o s s u i d o r a i l u s <ä o de

a p r op r i a p Si a s a b r e o t e mp o e s ob r e a mo r t e !l passa a ser si gn o

d e p er manên c i a » Por out r a 1 a d o „ o pr es1 1 gi o ,, an t e s conferi do

p e 1 a or i g em e t r a d i p St o d e -f a i n f. I :i. a , p a s s a a s e v i n d :i. c a d o p e1 a

quan t i ci a d e e . i ci a d ©
qu a 1 d o s ob j e t o s=. qu e o i n di vid uo possa

'"'N a c u mu 1 ar « P o s sui r ar t e s an a t CD r e f or p a o s t a t u s so c i a 1 e i n di c a

um g r au d e c u1 1ur a e 1 e v a d o 5 c a p a z d e a c e i t a r a ar t e d e p a v os
J
’ e -i ö t i c o s ' 1
ou 11
j.::« r i mi t i v o s ’’ «

B a u dr i 1 1 ar cJ ob ser v a qu e , o m e si n o f a s c :l. ni o que 1 e v a o

homem urbano a procurar CD artesanato . o c or r e em s en t i d o

c: o n t r ár :i. o , a t r ai n d o o a r t e são p ar a os oh j otos

i n ci u s t r i. a 1 i a d o s « Para o homem cia cidade ê signo de

p e r rn anÕn c i a de n a s c :i. m en l:o de au t en t ;i. <::: i d a d © r e p Y e s en t a n d c:> o

"mi t o de or i g CD m ' ’ p ar a o ar i: e sáo , o ob j e t o i n ci u s t r i a 1 i z a d o

fetichiza a ci o /rii n a p clo r epr e s en t an da o 11


mi t o d e d omI ni o " „

au t c?r e >i p i. i c: a e s s a mo t i v a p Si o i n v er sa " "„ „ „ se mp r e a qui 1 o que

f a 11a a o h o m e m se a c h a i n v e s t i d o n o ob j e t o ( 1973 :: 90 , 91 ) „

0 t ur i sm o ut i 1
. iz a a s mo t i v a p Ö e s do c o n su m i. d ar e

f un c i on a c o m o u m e 1 e m en t o ci e a c:e 1 er a p ci o d o c o n s u m o . Age nas

ci u a s di r epb es :: o s ob j e t o s 1 e v a d o s p ei. o s t ur i s t a s d e sp er t a m o

gr up o v i si t a ci CD p ar a o a p e i. o ci o c c« n s- u rno , enquanto o

ar t e san a to já d e v i d a mo n t e r e d u z i cl o a ’ ob j e t o
1
t i p i c: o 11 é

o f er e c i d o a o t ur :i. s t a „ á v i d o p or a c umu I a r - s o a v e n i r s qu e p o s s a m

t e s t e rnun h ar su a s v i a g en s

A r e d up ä o a o t i p i c o r epr e s en t a uma si mp l i f i c a ç à o que

r eún e os o b j e t o s e m u r n ún i d o b l o c o , d o q u a i as di f e r e n ç a s-

f or am aboiidas? fonde nã o há mai s vest í gios das

e s p Cî c i f i c i d a ci e s pr ópr i a s d a ar t e d a c o muni d a d e p r o d ut or a ..
W H

P ar e c: e n o s que e s t a pr á tic a d a in d ús t ria t ur :C s ti c a , pretende

e v i t ar a en t r o pi a qu e p o d 0r i a p r 0 j LI di c ar a c:o ni p r e 0 r 1 s âf o da

m en 0 a g 0rn e c: o n s 0 q dicen t e m 0n t e p r e j u di c ar a v en cl a d o ar t es an a t o ,

nas 1 o j as qu e s 0 c:l 0 s t;i n a /n á su a co m er c i a 1 i z a ç â '


« Cane I i n i

chama a atenp â o para o fato de que essa t écnica pode ser

ineficaz P ar a pr o mo v 0r o c on sumo , p or e sc on d 0r e x a t a m en t e a

singularidade d 0 s s 0 s o b j e t; os » L.. 0inbr a 0st e au t or ,, que ser 1 a


^s.
in10r ess ar» t e qu0 f c::« sBe p os 0i v 01 ao t ur -i s t a ü " .„ r © c: onh 0e er a

p 1ur a 1i d a d e d 0 opi niDe 0 0 mo d os d e vi d a n ap r 0n d er a c on vi v er

c o /n 0! as 0x er c:: 0r a c riti c a e a aut oc:r *i tic a ' 1


< 1983 " 88 ) . ü

t ur i s.m o o f 0r 0 c 0 ao t ur i © t a um a rn an ei r a d e ver coniirmados

sens pr 0 c an c ei t o s © f a1 s a B i d éi a B S ob r G? D p o v o e o p aiB que

e s t á v i Bi t an d o « 0n qua n t o 1 h 0 g ar a ri t e a c: er t e z a d e p o d 0r- g o z ar

ci oB c: e* n f or t c::* s a qu0 0 st á h abi1u a d o n Na v er d a d e , o t ur i s t a n % o

v ê o povo que v i s i t a ,, . 0 se m t er a o p or t uni d a d 0 d e


p a s s a p ar e 1

d 0 s c: ob r i r su a i d en t i d a d 0 0 s 0 m ,, n 0 s se c:on f r on t o « p* o ci 0r t a m b ë m

deseobrir — se - A pr op a g a n d a t ur Í s t i. c a p r o .j e t a u m a vi s ä o de

mun ci o 01n i c a rn 0n10 f a 1 sa > r 0 gi ci a p 01 D i n10r 0 sB0 d 0 w a r k e t .2 Dg 0

nâo p or i n t er 0 s s 0 s c u 11ur ai s « B er a 1 rn 0n10 n ä 0 h á informaçôes

sobre o povo , que só é mencionado com r e f e r êneia a um passado

mu sei f i c: a cio »

P ar a o t ur i01a 0s t r an g 0ir - o a cer â ff


î i c a de i c o a r a a ,,

an 10B a pr 0 © 0n t a ci a ap 0n a s c c:* /n o ' ' t ip i c a d o P a r à ' ' ho j 0 é ci e

m o ci o m ai 0 a rnp 1 0 ,< di v u1 g a d a a t r a v0 s d e p ub 1ic a y 5 0 s 0 Iivretos

N ci 0 p r op a g an ci a c o m o 11
ar 10 san a t o tip i c o d a A m a z üni a 1' ou ,, p ar a o

c:Dn s- umi ci or G? B t r an g eir o d as 1 c:« j a s ur b a n a s d e gr an ci 0 s cent ros ?

c o iï iü Rio 0 S 2( o Paulo ,, torna se " artesanato t í pico cio Brasil " „


C o m a a mp 1 i a ç 2í o d o uni v 0r s o d a t i p i c i d a d 0 , perde se —
c o rnp 1 e t a rn 0n10 o r e f er 0n c i a 1 ci a p r o ci u ç :'â o «
ot .
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36.
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; Os 5 o a <-T D i r 5 o u e t n o k i t s c h sä o , n o d i z e r d e Graburn
;S.S

ÍSii .-
< 1 9 7 6: 6 > , os objetos que materializam a ruptura entre o valor
.

e c on Ù mi c: o e o si mb 6.1 :L c: o d a p r a du ç äo , qu e v o 1 1a d a p ar a os

m 1u c r o s p v i s a o c o n sum :L d or e ë projetada de acordo com o que


m: Ph
,v-
H
' eB t e p enB a B ab er d o pr o du t or . Mui t a s v e z e s sob o ob j e t o
Vf M e s tá
fs
escrita uma legendas " l e m b r a nça d e Demonstra que esse
’"S
ob j e t o s e d e s t i n a a o c: on su mi d or d e f- or a « Na d a d i z d a
> . c u1 1ur ax
>:
do p r odu t or ,, a p> en a s c on -f e r- e a o ob j e t. c:) um a :i. (J en t :i. d a d e i. r r e a 1
"
S , 7
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S ou i. n s u f i c i e n t e - Na t en t a t i
. va de a -f i r m ar a or i q e m do

ar t e s a n a t o n a 1 E? g en d a < 111 en d a 11 ) s6 f ez neg à — 1 a «


“N

0 v a 1 o r s i mbó 1i c: o p od e ai n da ser n eu t r a 1 i z a d o p c:1 a


ÉE

! a s si n a t L Ir a qu e , mui t a s v E? Z e s ? ë e x :i. gi d a d o a r t e s â o n a s '


p eç a s
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-f#r produzidas (Canclini
? o p - c i t. - " 8 4 ) « Esta f or ma de
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i n di vi dua 1 i z a ç & c:) r e t :i. r a o ob j e t o (io si s t ema d e r e f e? r- ên c:i a s d a
7 *5 ft
c u l t ür a
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qu e o p r o r J u z i u e o i n s er e n o si s t e rn a d e o b r a s desse
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7 a r t e sã o , o qual era entretanto i d e n t i f i çado, por outros
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mei o s , e » TI sua e omuni d a d e .
*

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S 1«
Tal f at o

o c: or r e em I e o ar a c i „ Hs si n a 1 e-•s e c.|ue o
m ar t e sâf o C a r d o so -, vi s i t a n d o o 11u s eu do F o 1 c 1 or e Edi son
l5v'- m,
C a r n e i r o e m 1 9 8 3 , c o l a b o r o u c o m a e q u i p e t éc n i c a , i n d i c a n d o a

S a u t or i a d e v ár i a s p e ç: a s d e c er â rn :i. c a « A p r o du ç 2í o a s si n a d a p or
.V :
Cardoso, no entanto, é hoje consumida por uma c1ientel a de

a 1 1o p o d er a qui si t i v o d CD S gr a n d e s c en t r o s ur b a n o s d o Br a si 1 e

do e x t er i or , c: o 1 o c:: an d o- s e o ar t e s £í o n a f ai x a d o s 111 :i. mi n a r e s


"N
% "

.>
entre a cultura onde se formaram e a que consome sua arte"
“N S < Gon t i j o S o ar e s , 1 9 8 3: 1 0 ) .
•aï

- A c:u 1 1ur a n & o ê c-? st á t i c a U est á c o r r t i n ua î n en t Ei- se

f a z en d o e c a d a i n d i vid u o t o rn a p ar t e a t i v a n e s s a t r ar i s f or m a ç & o

it e n a i n t r od u ç:2t o d e n iud anç a s ( V e1 h o 1 9 7 8 ) . Par a n é) s o e s t ud o


38

;-]Ü I
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d o a r t e sa n a t o ë d e v i t a 1 i m p o r t â n c: i a p or q u e „ p o r se r
c r i a ç ão
d o homem 9 1 n c o r p o r a r á a s t r a n s f o r m a ç õe s p o r q u e e l e pr
ôp r i o e
se u g r u p o e s t ã o p a s s a n d o « Nota p o d e m o s p e r d e r d e v i s t a , p o r é m ,
c: o m o no s r e c: o m e n d a C a n c: 1 i n i 9 o f a t ID d e q ue o a r t es a n a t o
s i r 11 e t :i. c a os c: o n -f 1 i t os d a s r e 1 a ç 5 e s i n t e r c u 1 1 u r a :i s e p
'

or t a n t o
.

1
devemos e s t u cJ á • •- 1 o

no i n t er i or *
'

do s :i. s t e m a c a p .i t a l :i. s t a ,,
procurando e n t e n d á? --! o s canj untamente ( 1 9 8 3 ) ? n ão pode ser
d es v i nc u 1 a d o da v i da e da e c: o n o m i a ? p or q u e t o r n a r — se i a
ã

esvaziado do seu aspecto mais importante, que é o car át e r de


mobi 1 idade , ci e t r a n sf or m a ç ã o .. A t r a v é s d o a r t e sa r ) a t o o homem

p CD ci e r e c:r i a r se , c r i an d o .

- \

- \

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>

~\
“\

1
3B ,

CAP Í TULO I I I

" MARAJ Ó ARA " E O CONTEMPOR ÂNEO

Há :l. 7 an o s a t 1- á s r e c e b :i. c o î ï : Q p r e sen t e a 1 gun s vasos

ci e c er &mi c a de I c o ar a c i BeI é ín do Par á Soube que o

p r e s ei ) t e a ci or em su a v :i si t a ao 1o e a l , ob ser vou f a ml 1 :l. as


3
:L n t e :i r a 3 d e c er a mi s t a s o c:up an ci o s e ci o c:r 1 ar e m su a s
. D i e :L n a s

3
d o í TI é s t i c a s ,, p e ç a s que d e p o i. s v en d i a m e m b ar r a c a s :L rnp r o v :i. s a d a s

á f r en t e d a s p r 6p r :i. a s mor a d i a s . .
-\ NoLei , na ocasi «í o que a d e c: or a ç á o do s vasos

" 1 embrava " aquel a da cer â mi ea arqueol 6 g :L ea da fase Maraj oara ,,


“\
e essa r e l a çã o e r a -f a c i 1 mente percept I v e l , at é por algu é m que

d e s c on h e c e s s e Hi. stúr :i. a da Ar t e ou A r que o 1 o gi a „ Est ava

ev :i d ene :L ada
. n a qu eI e © ob j e t <::« s a :i. n t en p o d o s produtor e s ,, de

"N
:i dent i f :L c a r em a sua ar t e c o m a ci o s a n 1:i g o © 11 a b i 1: a n t e s ci e
-\
M ar a j ó , P o r 1

que ? foi pergunta que me ocorreu no momento ,


• e
3

3 a p ar t i r •
d e s t a , ou t r a s i n d a g a p Ö e s t i v er a m e m er g ên c 1 a ..
“S

Pr c-? o C:Up a mo- n o s , •


peu s . com CJ ex ame cuidadoso da

3 c:e r â o :i. c a de I c o ar a «::: :i. ” a t r a v é s de sua f or ma .


cV .v.» na tlirez a „

poder í amos obter i n -forma ções sobre o t r a b a l h o e ambiente de

seus produiores ? i n - f ormap õ es e s s a s ,, :i. ínpressas no ob j e t a

a t r a vá s d o f a z er a p ar t :i. r d o a t o d e e r i a r •
.
*v

Pr o c:: ur a m o s e? © t a b e 1 e c e r p o r t a n l: o 5 um a comparap&o

en 11*- e 3 p ep a s da a n t :i. g a c er â í T I :i. c: a m ar a j «::) a r a e 7 p e g: a s


3
r e a l :i. z a cias ( e p or
c: on t e mp or a n e a íTT en : ar t e s& o c:- d e 1 c o ar a <::: :i. ,,

que

. i f i c: am
ex emp 1 d i. . -f e r en t e s 1:i po © de objetos observados

i ( ï :u 1 t an e a m en t. e n a p* r o d u ç ào i. o c: a 1 - P ar a qu e f o ss e p o ss :C v e 1 a
3

• an ál :i. s e f o :i.

n e c e s s ár :i. a a d o c. u men t a 2io f o t o gr á f :i. c a da
>

"N
39 .

c e r âm i c a arqueai ó g i ca m a r a j a ar a P que n os f ox

cedida

g en t i 1 mente p e1 a s CD c i ò 1 o g a A n a 7 er e z a L e m o s R a mOS, a qual

t amb é m p Ò s á n a s s a di Bp o s :i. ç 8í o p a r a c on sU 11a b :i bl i ogra -f :i. a ©

a n o t a ç:Ó e s BUa s r e 1 a t i vas a o a s sun t o »

Ri cardo G CD m e B L i m a ,, do In B t i t u t o Na c i o n a 1 d CD

Folc 1 o r e . p r op or c: i on ou — n o s a ò p or t un :j. d a d e de ouvi r e

t r a n s c:r e v er g r a v a ç:St o d a en t r e v :i s t a r e a 1 :i. z a d a


. p or e1 e c:: o m
"S
C ar d o s CD fi c: er a mi CD t a ci e I c o ar a c:i * c u j o ci ep oi m en t o ( :!. 983 ) f oi d e

vi I:. a 1 :i. mp or t â n c::i a p ar a n CD B S O e s t u d o . AI ém d :i. s s CD p u(d e m oB

t a mb ë in . i z ar
r ea1 na mu s eu da F CD 1 c 1 ar e E cli san Carneiro ,

f CD t CD y r a f i a B ci a s ur n a 5 d e c er â m x c a , cl a au t. o r :i. a d e C ar d o s o .

E s t e ar t e sã o c o m su a s ob r a s s St o ob j e t o e x e m p 1 ar d os

p r CD c: e s s o s d e r e x n t er p r eI; a ç St o d e c er â mi c a a r que o 1 6 g x c:: a par que

d ou Ca x do so c om su a 1 x d er an ç a o x inp u i s o
. x ni c i a 1 p ar a CD

f 1 o r esc x men t CD de cer âmica de I e o a r a c i a p a r t i r da i d ëi a do


r%
ar t e B cto C a b e 1 ud a .

Quando s e -f a 1 a em c:er â mi c a m a r - a j o a r a , pensa se na

qu e f oi p r CD d u z i d a p CDr um a ci e t c-?r m i n a d a c u 11ur a qu e o c u fD O U a

11 ha de Maraj ó ,, aproximadamente entre as anas de 400 e 1350

cia nos s a er a « Su a a Y t e c er â m i c a r e v e 1 a
'
apuro e p e r f e i çâfo

tëc n i c a, i r t d :i c ad or e B J o d esen v CD1 vi m eri t a ar t i. st i. c o


(
*
j -? B euB

pradutor es .

Det t y M e g y er s e C 1 x f - f ar c:l E v a n CD p ar t i r a m d a an á 1 i s e

da cer âmxea para chegar a uma reconstrução h i st ör i c a da vi da

desse grupo . U t i 1 izando o mé todo comparativo em ar queol og i a

puderam apro >i i mar — se de suas origens e das i n f 1 ex ëne:: i as que

r- e c eb e r a m » E pr o v á v e 1 qu e est e povo t en h a i mi gr a ci o do

N o x- o e s t e ci a A /nér i c:a do Su 1 3 v i nd o p r e CDu mi v e 1 m en t e dos

territ ó rios hoj e ocupados pel a Col ômbia e Equador - Gern


40 .

duvida , e r a m p or t a d or e s d e c a r a c t e r i ini t i c a s c u. I t u r a :i. ?•;> que OB

d i f e r e n c :L a v a rn d os g r u p os q ue h a b i t a v a m a i 1 ha em f as e s

anteriores e p o s t e r i o r e s ,, q ue r n o m o d o de e st a h e 1 e c: e r a
'"N

c o 1 ôn :i. a , c j u er na m o d a 1 :i d a d e
. de or g a n i v a ç & o s o c :L a l e

t e c n o l û q :i . c a

Os si L i os '
a r quEü l ü g :i c a s (. J i: X •
f as e Ha ï - a j c a r a p

c ca r i c: e n t r a r a î TI se n os c: a m p o s d a me t a d e o c i d e 1 i 1: < 1 tJ a i1ha,

ocupando Q 1 ago Arar i , o c e n t r o d e uma area ci i c u1 a r de

APRDMIMAD a m e n t e 5 Km « C o n s!.. i t » .i e m se e m
. e .! e v a o d e s
'

que se

s a l :i. e n t am sehre a j::? 1 a n i c: i. e -f o r ma n d o a t e r r os ou t e s o s ,,

c: c j r i s t r u :i d os c:: o m a -f :i. n a J. i d a d e d e p r o t e c;: & o c o n t r a a s i ri u n d a ç: 5e s

pi e r i û d i e as q u e h a b i t. u a 1 me n t e oc:: a r r e m n a r e g i . o de f o r- m a a

p er m i t i r a i n e- 1 a 1 a ç: et o d e h a b i t a ç: (de s , J. oc: a i. s d e s t i. n a d os a

e e r i môn i a s e c e m i t é r :i. os 0 s a t e r r os r ese r v a d o s á m or a d :i. a sSo

menoresp a pr ese n t a n d o u in a f e* r m a c: i r c u 1 a r „ oval ada ou

al ongada « 0s t e so s d es t. :i. n a d os a o s e p u 1 1 a m e i j t o s'â o , Gill geral

maiores e neles foi e n c o n t r a d a a c e râ m i c a d e c o r a d a q u e •


f ar i a

p a r t e ci o s r i t u a i s f u n e r- á r i os ..

- ar a constr uç do da s tesos , a t er r- a era

d i 1 i g e n terrien t e r e c o 1 h :i d a e m c e s j t o s e d e p o s i t a c J a n o s s i t :i. o s ,

que c 11 e g a r a m a m e d i r e n t r e 2 0 0 e 2 5 0 m e t r os de c om p r i m en t o

por a p r o î î .i. m a d a m e ri t e 30 a 70 de largura ? e de T


a 10 de

a 1 1 ur a « Es t a e s p á c :i . e d e c o 11 st r u ç: &o r e v e 1 a a e; î :i. s t ê n c :i. a d e um

g c j v e j'~ n o e e I:r u t u r a d o e f c:• r t e c: a p a z d e p 1 a r i e j a r e e v ec ut ar


-
programas de 1 on g a d u r a ç &o « E v i d en c i a u ma s o c :L e d a d e

e s t r a t i f i c: a d a M c: om d i v :i sâ o. o c: u p a c i o n a 1 de trabal ho: era

o

preczi so que . en qu a n t o a 1 g u n s i n d i v i d uos se ocupassem da

ag r i c u1 1 ur a , capa ou pesca . a c: on s t r u ç: &o d o s t e s os d e rn o r a d i a


CD u c e m i t é r i o s e g u i sse se u c u r s o «
4 :l. .
A d i v i são de t r a b a1h o e v i d e n e i a -- s o t a m b ém , na

pr o d t i ç ã o d e c er à n ii c: a a 1 t a m en t e e 1 a b or a d a , qu e nos f ar n ec: e

eI (:::• m en t o s es C:1 ar ee e d or es d o a v a n a d o n i v e 1 s 6 c :i o - c u 1 t ur a 1

. do

pc:« vo m a r a j o a r- a . T an t o n a s f or m a s H_ como na d e c: o r a r t o a

c e r â mi c: a
" t es t e m an h a o gr a n d e d e s en v o 1 v :i m en t a . ar t :f. s Iv. :i. c: o d os

produtores « E e v i d en t e a r e y u 1 ar i d a d e n a s f o r ma s cl a p eç a s 5

me? s m o a s não d e c o r a d a s , bem como a firmeca na e x e c uç ão dos

d e s en h os c omp 1 e? x c;» s qu e c o mp ô e m a d e c or a ç ä o - No t a- se o

p er f ei t o d o mi n i o d as t é c: ni c a s d e i n c:i s et o e e >< c i s et o ,, e i i g ob o e

p i n t ur a H u t i 1i 2 a d a s i H:- O 1 a d a men t e ou c o mb i 11 a < j a s c:J e f or m a

h ar mon i o s a « T o cl o s e s s e s f a t o r - e ss

B St o i n d i c: a t i v os ,, coma nos

a p c?n t a B o a c- C1
. 947 ) d e? v i r t u o ei s m o a ci qui r i d o a t r a vé s d e 1 o nga

AS p r á t i c a e e sp ec i a 1 i z a ç: & o ..
''N Maraj 6
T en d o a c: u 1 1u.r a m ar a j o ar a sur g :i d o n a J 1 h a cl e

ja t o h a 1 m en t e cl e sen v o 1 v i d a po d e- se d i z er que „ c: o m a mesma

"
''' N r a p i d e z d e su a o c up a p ã o „ oc or r eu o seu d e c: 1 i ni o . A s c er à m i c a s

t or n ar a m — s e y r a d a t i v a m en t e m en or e s e a d e c o r a ç St O n m e no s

r\ e i a b o r a d a ,, o q u e s e e x p l i c a d é v i d e? a t e r s o f r i d o m u d a n ç a s a

f or m a de se p u 1 1a m en t c? sec un ci ár i o ,, an t es pr a t :i. t :: a d a n que é

substitufda p e l a c r e m a ç ão - Para conter as cinzas . n ão eram

m a i s n ec e s sár i as gr an d e s ur n a s .

/ N A 5 c: a u s a s ci a s mu ci an ç a s c u 1 1ur ai s en t r e o s h a b i t an t es

de M a r a j ó ., d e v e m — s e a v á r i a s d i f i c: u 1 d a d es d e a d a p t a ç ãío c\ S

c on ci i ç b e s do no v o a mbi en t e p ar a on (J e mi g r a r a m , e ai n d a

pr o v a v e 1 m en t e â . n f i. e x i b i 1 i cl a d e
1 cl e u í í í a o r g a r ii z a ç «A o soc i a 1

di f er en t e ci a qu e 1 a ci o s p o v os t r i b ai s qu e v i er a m a d o mi n a r -
n
A
Contaram p or ém c o m u m p er :F. o d o cl e t e m p o su f i c: i en t e j::) ar a a

AN de m or a c l i a
c o n s t r uç ã o io s gr an d e s t e so s que 1 h e s s er vi r a ni
(

ci ur a n t e ai g um t emp o - C on t u d o ? a s a t i v i d a d es ci e s u b s i s t ên c i a
42.

M ar a jd , ma :i. B t emp o que o emp r eg a d o n a r e gi ä o d 0


'
r e qu er i a m y ©m

nde vi er am . A agr i cul tura tornou- se i nsu -f i c i ente para o

s u si:en t o da e r e sc en t e p op u 1 a ç: §ï o « G t e mp o qu e a r 11 e s er a

d e d i. c a d o a ou t r a s ai;i v i d a d 0 e s o f r 0u r e d uç o p e 1 a n e c: e ssi d a d G?
*

ci e m a i s b r a ç o s p ar a o t. r- ab a 1 h o a g r :f. c o 1 a . Mesmo assi m e st a

p r o tJ u$:2í o . nua v a
c: c:)111i a n o s er su f i c i G? n t e p ar a m a n t er um

g r a ! ") d e nb m er a d e p c? B B O a s , e a B a 1 d e i. a s I; or n a v a m s e c:: a d a VBZ

menores ,, c o rn p o i'” t a n d o uín a p op \ 1. . a ç à o d e p o uc o s .


' h a b :i. t a 111 e s A

d :i v i ScTo t. r a d i c i on a .1 d e t r a b a i. h o t or n ou- s e d i f í c :i. 1 de ser

man t i cia ? e o c:or r eu o en f r a quec i me?n t o p o 1i t :i. c. o e conseqdlen t e

dec: I i ni a ei ó c i o -- c u 11ur a i. que v ai s e r e f 1et ir na p r a d uç & o

cer â mi ca ..

r\

rs
"N
43 .

1 CARACTERISTIC AS GERA 1 S, FORMAIS E ESTIL Í STICAS


3
*

DA CERAMICA MARAJOARA
"
\

^ *
As p e ç a s cl e a r t e c e r à m :i. c a p r o v e n :i. e n t e s de ha r a j 6 5

d i v i dein s e C? iï i doi B g r a n d es g r u p DS de a c or d D C:D m sua

u t i 1 :i. 2 a ç âf o " a s q u e d e v e r i a m d e s t i n a r -s e a o r i t u a 1 f u n e r ár i o .
ma a s e 1 a b o r a d a s e d e c: or a d a s e a s u t :i. 1 i t á r :i a s s e m
. d e c o r a ç 2(0

na s u p e r T i c i e !< p o d e n d o a p r ese n t a r *
t a m h é m t o r m as el aboradas n

adequadas às T u n ç &e s a q u e se d e st :i. n a v a m ( Meggers ? Det by

1979: 154 ) -
AI gumas urnas f u n e r âr i a s possuem proTusa
"N

Dr n a m e n I a ç; "â o
: • de relativa c o m p 1 e x :i. d a d e ,, que c o br e

pr a t i c a men t e t od a a su p e r T i c i e d o o b j e t o E m b a r a , se g u n d o

Kroeber „ i JSia h a j a m u i t a s i n d i c a ç &es d e q u e e ss a d e c or a ç: S i o as

v :L n c u 1 e a um 1
' s i m b o 1 :i s m o m i. t o 1 óg i c: o o u
. r :i. t u a 1 '' < 1986: 107 ) H
" N
outros autores, e n t r e? e I e s Lé l i a Coelho Frota ( 1981:39 ) n

a d ru i t e m a p oss :i b i 1 i d a d e d e? q u e o s p a ci r 5 e s c G n s t a r ï t e m e n t es

i repeti dos, c: D n s t i t u a m se e? m s i g n os v i su a i s c o d :L f i c a ci o s

p a r t e d c? u m p r o c: e s s o s i g n i f :i. c: a b i v o d e f : i. n :i. d o ..

A l ém dos vasos e urnas , Toram encontradas piacas

t r i a n g u 1 ar es c u r v i 1 :î. n e a s
'

q u e se b ov n ar am c o n h e c .i. d a s c: o m o

t a n g as « P i" o v a v e? 1 m e n t e a d a p t a v a m s e a o c or p o a t a d a s p o r
'
f i os
- N
p r e? s os a or i f i c: :i. os n a s b r A s e x b r e m .i. d a d es SSi o c u i d a d o sa m e n t e

p i n t a ci a s c om / ri o t i v os 1 i n e a r es bastante d e l :i. c a d o s e?

e o n s t i t u e m se — em elementos que distinguem arte c e r & m i c: a

marajcara ( Tig« 1> .

A s t A c: n :i. c a s d e ? c: o r a t i v a s u l :i. i. i z a c i a s p e 1 o s c o r a m :i s b a s

da fase M a Y a j o a r a i n c.:: 1 u e? m : m o ci e I a g e m , e i > t a 1 h e e c or t e da

su p e r -f :C <::: :i. e ( ;i. n e i s cto


. e e x c: i s Êt a ) e n g o ba e pi i i t u r a .. Esses
U

“S

.
Fig 1 - Tanga de cer âmica ít a fase Harajo ara. Coleção de Museu
Nacion al ( foto A I..
Rames ) t

%
, .
da fase llarajoa ra Coleção Museu Nacion al
( foto íf .
.
Fig 2 - Vaso de cer â aica antropo morf
Î, Leocs Raaos ) .

\
45 .,

p y o c e d i m en 1:o s p o d 0m B er c o rnb :i. n a d 0 B n a m0 s m a p 0 ç: a ou aparecem

em separado de a c o r d o com a concep ç ã o do cerami s t a ( Meggers


?

o p u c i t « : 154 ) «

H á o c: 0r r ê n cia f r e qüen t e d 0 ur n a s a111r op o in or -f a s ( f ig »

e ap r 0 sen t an d 0 a cii p St o d e ap 1i que s z 0 omor -f o s qu0 s e f un <:;! e m à

sup ei fiC::i e ’
da p e ç a r no d e 1 a ci a s 0nt r e I ev o ( -f i g . 3) . En t r e

el es , B£ ro c omun s a s r epr es 0n t a ç & e s d e s áur io s que p o d e m t. e r

p a t aB e1 n !.. r :i. < ! e r ï l:(v? e c:: a u <ia s 0rn f I. e c I x a s ï r ëp L e :i. s „ se r p e n t e s

espirai s« b a t r á q u i o s ,, rnacac o s an t r ap oc ë ï a 1 o s ou avos de

r ap 1 n a
- P o d 0 s0r n o t a d a a pr e sen ç a ( d 0 r ep r es en t. aç fre s h :C br :i. d a s

a n t r 0p omër -f :i. c a s 0 z 0 o m 6r f ic a s . L embr 0- su.0 11ar i a Heloisa

Fën ce 1 on C o s t a qu an t o à s * ' f igur a s 0st r anh a s '' qu0 in1 0 gr a m a


"N
tornâ tiea da c 0 r ù rn :i. c: a

K ar a j á „ Em a l gumas m i s t u r a m- s e

c:a 1 a c 10ris ti c: a s hum an a s 0 ani ma :i. s 3 0 gun d ex a p e s qui s a d 0r a

t a :i s f i g ur a s s e r e 1 a c i 0n a m a p 0r s 0n a g 0n s t r a di c i 0n ai s d os

Kar a j á , c u j 0s nii t o s 0 i i pr e s s a m " se u sen t i m e n t o de uma

i dent :i. dade e n t r e homens 0 animai s M ( 1978 » 56 , 57 ) »


“N

G . V ü mai s cornumente usado n a deccra ç â o ,


mot i tern a


f o r ma e spir a 1 a ci a ( f ig « 4) p 0 ci en ci 0 ser cir c:u 3. ar , s i mp .i. es ou

ci up 1 a , ou r e t a n g u l a r „ As 1 i n h a s que compbem o t r aç a d o do

d 0 s 0nh ex sâex g er a 1 m 0n t e dup 1 a s „ mui t o f in a s e p ar a 1 e 1 a s


*
< f ig «

5) » F or - rn a m ar a b e s c:o s ar r e ci on ci a d o s » A p ar 0 c 0m , p or vezes ,
"\

"N f or m a ç à e s angu 3. ar ex s qu0 g er airn ex n t ex s 0



0p Ò 0 rn ou 0n t r " 01 a ç am .
Muitas vezes p ar a 1 ex 1 a s â s 1 inh a s -f in a s ! aparecem
"\
*
Qu t r as 5 rnai s 1 ar g a s , ex u há um a ér e a m ai exr pr 0 en c hi ci a c: ex rn cor

< f ig « 5) « A 1i nh a e s t r ei t a ë t a mb ën 1 empr e g a d a c o1 n 0 m ex 1 d ur a ou

di v i sûr i a p ar a r 0p ex ti ç ò ex s d e m o t.i v 0s »
-
"N C 0m r e 1 a ç â ex à disp» o si ç â o d o s ex 1 e m ex n t o s
'
dec:or ati vos
-
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predamina si mextr i a , g er a 1 m en10 à 0 s que r d a e à dir ei t a d e um
“N
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.
Fig 3 .
- Vaso de cer à sica da fase Marajoara, apresentando aplique zocfficrfo Note - se a pat a
era tridente . Colepà o Museu Nacional , Rio de Janeiro ( -f oto . .
A T Lemos Ramas ) .
.
Fig 4 - Detalhe de faixa decorativa pintada, cora repeti ção rí tmica de espirais . Fase
. . .
Marajoara Colepâ o Museu Nacional , Rio de Janeiro ( foto A T Lemos Ramos ) .
>

"N
y

.
Fi ç 5 - Mô lhe de cecorapâ o com linhas finas, paralelas, pintadas sobre superficie ce
. .
objeto cer âmico da fase Marajoara Contornam á rea preenchida com vermelho Coleção
,
Museu Nacional Rio de Janeiro ( foto A , T. Lemos Ramos ) ,
N

Fig. 6 - Detalhe de decora ção excisa do bojo de urna funer ária , fase Marajoara. Observe- se
. ,
çi >:D vertical de simetria 0 desenho se constitui de linhas em ressalto resultado

. . .
da excisSo Coiepâ o Museii Nacional , Rio de Janeiro ( foto A T Lemos Ramos ) ,

>
48 .

e i x o v e r t :i c a 1 . ( f: ig - 6) . Boa s ( 1 9 4 7 ) n os f a 1 a a r e S p e :i. t o d e s s a

m od a 1 i d a d e de a r r a n j o s i m é t r i c o q n e se a p <: > i a n o modelo da


f :L y u r- a humana , na qual membros , o 3 h o s ,, orelhas e s t ão
d i s p os t os à d :i. r e :i. t a e à es q uer d a d e u m e :i. x o v er t i c a 1 . P od e m os

e n c: CD n t r a r l: a rn b á íT > a d i s p os i ç: ã CD d e m o t i v CD s , a ambas os lados de

uma ár e a e m a r c o « de uma h o r i z o n t a l ou diagonal . Por vezes ,

CD S motivos e n c: o n t r a rn — s e em t o r n o de um c e n t r CD f or m a n d o

1 :i n h a s c o n c ê n t r :i. c a s »

Q u a n t CD à r e pe t :i. ç âí o r 1 1 m :i. c a d e e 1 em e n t os d e c o r a i: i v o s

g e o má t r i c:: os , p u d e m os o!::> se r v a r q ue e1 a se dá e rn n í vei s

hor i z ont a :i s , f

CD r ma n d o f a i x as que , a 1 ém da f :t n a 1 i d a d e

d CD c: CDr a t i v a « c: u m p r e m a f un çã o d e d e î Tï a r c a r o Si 1 :i. m i. !.. e s ou

d i v i sõ e s II :i. m p os t os p e 1 a f or m a d o ob j e t o ( f :i q „
. 7) M U I p :i. a n o

Be z e r r a M CD n e z es CD h ser v a q u e e sses tn ot i v os p o ci e rn f u n c :i on a r
.

' 1 c: o m o m ó d u 1 os q u e s e m u 1 t :i p 1 i c: a m i n d e f .i n :i d a m e n t e à s v e z e s
. . . de

rn a n e i. r a a 1 1 a m e n t e c: CD m p 1 e x a ‘1 ( 1 9 8 3: 2 4 ) ( fig . 8) .
A p i n t ur a p o d e se r p o 1 .i. c:: r o m a o u b i c: r CD m a ;. ! e n e1 a

- N p r e d o m i n a m a i s c o m u m e n t e o u s o d o v e r m e l h o o u m a r r o m s o b r e um

a c a h a ino n t o t o br a n c: o ou v e r m e 11 D o .. Os
a 1 ar an j aí u 1 c os p o d e rn

~\ ser p r e en c i n i ci os p or p i g m e n t os m a 3. s escuros CDU brancos ,

a c: e n L u a n c:l o os c on t or n o s d o d e se n ! t o .. Co n c: o r d a m os c:: o n ) a o p i. n i c t o
> de Kroeber :

- \ Todas essas t é c. n i c a s de desonha e



n u m e r o s a s ma i s 5 a c r e s c e n t a m , num e s t i 1 o
\
r :i. c o e :i. magi n o s o d CD c: or a t. :i. v a m e n t e ,
A
v e x c: e d e n d o n a v a r i e d a ci e d e su a s e x p r e s EÖe s
e ? a i n d a a ss :i. m , u n i f :i. c:a d a s e n i sentiment o «
e t ã o b CD m s u c e d :i. d a s e rn d e t a 111e d e e 1 e rn e n t o
q u a n!.. o e m e f e :i. !:. o g e r a 1 .. ( o p . c: i !: „ " 1 0 6 )
N

Esc o 1 h e m os pa r a CD X CD m p 1 :l f i c a r as c a r a cr. !. e r í st i c a s
.

t a 111 o t é c: n :i c a s ,
. c orno e s t i 1 :í s t i c a s da c e râm i c a da f ase

"
N

N
o

49 H

>

>

N
.
Fig 7 - Detalhe de faixa decorat iva pintada, que marca a divisáo entre bojo e pesco ç o de
. Cole ç So Museu Naciona l , Rio de Janeiro
urna funer ária da fase Marajoa ra ( foto A .
N
.
T Lemos Ramos ).
-
Fig B - Detalhe de motivos excises que preench em toda a superfic ie de urna funer ária da
>
, . .
fase Harajoa ra, Colepâ o Museu Naciona l Rio de Janeiro ( foto A T Lemos Ramos ) .
~N
/ “N
'

50 .

M a r a j o a r a •< t r ês ur n a s f un er á\r i a B «

A primeira ( f :i. g . e 10 ) ë uma g r a i idc::* urna .


1:r a b a 1h a d a em e >: e :i sào c:a m ar ab a s c r:) s a sp :i. r a 1 a d o s que cobrem

in l:eir a m en t e a B Up er f i c i e d a p e ç a „ Bu a s c ur v a s e c: on t r a c ur v a s

'•“ x f- or m a /n um v er d a ci e :i r o 1 a hir :i. n t o de s enh a ci o p or 1i nI ) a s dup 1 a B e


o
p) ar a 1 eIas b a s t an t e d e1 :i c ad a s Np c en t r o d o bo j o da p eç a 5

podemos di s t in g u i r a s f- o r m a s e x C:i s a s d e u m s e r h i b ri d o corn

aspecto a ni mari e humano q u e t e m p a t a s em -f o r m a de tridente

< f ig - 10 ) . G mesmo d e s e n h o s e r e p e t e , em t a m a n h o m e n o r ,, no

’' p e s c:op o '' da ur n a\ - —


0h s er v a s e que e es t a f i. gur a é post a em

e vi dên ci a p or um a e sp é c: i e de m o1 dur - a c ur v a u ma seau

c :i. r" c: un f er ên c :i. a . For a\ m t a mb ê m a d :i. c:i on at d o s ap1 :i. que s hib r id o s a es

fa o j o ci a ur n a que se f un ci c? m á si x p er f :[ c :i. e do vaso e f e :i. t o

ob t i ci es a t r a v é s d a m o d e1 a g em „ No t e -- s e a p r e<::: :i. s & o d o e r ï t a1 h e ,

s :i. m e t r i a e e s quen) a1::L CH- m o d a s f :i. g ur a s A p e qi,ier ) a e s c:u1 1ur et

parece representar a m i s t u r a d e homem e l a g a r t o com p a t a s em


f c:*r m a ci e t r i d en t e ( f ig « 9) . E m r e? 1 a c 2\ c:« à f or ma d a ur n a , é

- N, n o t á v e 1 o e qui1ib r io c on s e gui d o a t r a v é s d o e f ei t o
*
escul tarai

que r e p r e s en t a o e: on t r a s t e d a p e quen a b a s e en< r e J. a ç et o ao

> b o j CD ? mui t o v o1 u m o s o e c:om t* oc: a b a s t a n t e 1 a r g a » Jma c o n c e p ç ã o


....

s e m d u v i d a a r r o j a d a e c ria t i v a ,, que d e m on s t r a gr an d e d e st r e z a

ci e seu a u t o r , bem como a p o s s e de conhecimentos t ëc n i c o s

\ e sp e ci a .'I i. z a ci o s
x
x
A segunda ur na < f ig J. i e 12 ) ë tr ab a1 h a d a em

\
e x c i sât) , a q u a i c o n s i s t e e m c o r t e s e x t e r n a s, c o m o s q u a i s as

f :i. g Liras dé c o r â t i v a s Bcfo c o m p o s t a s . E s s a u r n a 1e v o u em se u

a c a fa a /ne r ) t o , u f f ) a pi n :
t ur a v er m e1h a , e o s su1 c o s r e su 1
. 1a n i: e s da
t •

e î c:i s'èx o f or am r e t o c a ci o s c o m br an cr. o ,, t é c n :i. c a c ar a cr t er i s t ic »a d a


-
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f ase

Mar a j CD ar “ a » C CD mo mot i v CD pr :i. n c::i p a 1 „ vemos uma forma

\
/'“N

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1 «

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Fig, 9 .
- Uma funer ária da fase Har aj oar a ( vista lateral ) Cole ção Huseu Macional do Rio de
. .
Janeiro ( foto fl H, R Magalhães ) .

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S2 .

- Kï tti ii0*. '' ’


jff !, ' 1 • 4 : Ä ,’

iP ï
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. .
Fig 10 - Urna funer ária de fase Harajoara Celeq áo Museu Hacional do Rio de Janeiro ( foto
. ..
A M R Magalhães ) .
53 «

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.
Fig il - . . .
Urna de fase fiar a j oar a Colepão Museu Nacional do Rio de Janeiro ( foto A T Lentos
r\ * .
Rancis )

. . .
Fig 12 - Detalhe da decoração do bojo ( foto A T Lemos Ramos ) .
"
5.

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V -
O
54 -
r\ espi r a l ada duplas em S, d c-? s enI ) a ( :1 a "
no <:?i d i d o h or i z oi ) t aI


f o r m a n do uma 1inh a m a :i. s 1 ar g a que s e d es t ac:a num prí meiro

p 1 a n CD c:om o f i qur a , en qu an t CD a B d e m ai s f or m a s e m 1inh a B "


mai B

e s tr ei t a s ,, i i í c i sa s e m CDn Or e s P que pr eer ï c h e í T I t o d a o e sp a ç CD da

sUp er fic :i. e ,, se c on s t :i. t uem ri o t un d o ..

As e x t r e mi d a d e s d a e spir a1 s & o arr em a t a d a s p or *


uma

'\

/“ A

f pi'“ ma trianyui ar ? c: CD m o a d e um a f 1 e c:h a ( -f i g , 13 ) - 0 mesmo

motivo cj o b o j CD r ep CD t e- se n o ' 1
p eB C O ç: O ' d a
1
ur n a CD í TI t a m an h o

menor pr CD c:e c:!i t r ier j t CD que , a 1iá s , oc or r e c om f r e c.|û àr i c:i a . Toda

a sup cei" fiCie é d ec ar a d a p ar tin d o d e uin a ”


r e p e t i ç fto r 1 1. m :i c: a ?

s i mâ t r i c a eni q u e s e a 1 1e r n am a e s p :i. r a1 e Lima *


f or ma hi. b r i d a

( a ni m a 1 e hum a n a ) n CD S C?n 1: :i. d CD h CD r" i z CDn t aI »

r\ A t. er c eir a ur n a ( f ig . 14 ) é a n t r op o mo r f a . Aprosenta

uma pi n t ur a b i c:r o m a - v er in e 1 h CD S Obr e br an c o » N CD p e s c o ç on em


J
A r 6? 1 CD v CD H v é - s e u m a r ep r e s e n t a ç à o d a f a c e h u m a r i a e u j o s

o 1hos

p ar e c:em f i x CD B no o b s er v a d or «

(3 b o j o r epr e s en t a um a dup 1 :i. c a ç: & o pi n t a d a d e s s a f a <::: e,

c:!• •i a ti v amen t ce . :i t i c:a ci a ,


s i mp 1 b a s t an t e e x pr e s si v a ft pois até

p ar c? c:CD es t ar s Or r i n d CD A di CD11 i b u i c ft o

s i m é t r i c: a d o s CDi e m e n t os

O ob e c:! ec:e a um CDi x 1 i c: a1 t a1 c:omo ac:on t ec:: e n a t ur a 1 m en t e


o v CDr : n CD

v. p r óp r i o corpo humano - G T entre os ol hos é encontrado em

CD u t r a s r ep r e s CD n t a p ci es e st i 3. i z a d a s d a -f a c;:e h u m a n a n a c e r âm i c a

-A
/
mar a j o a r a D e l i mi t a n d CD e di vi din d CD a CD du a s areas ( bo j o e

borda) hà um a f ai x a cl e c or a t i v a c: om mo ti v os que se r CDpet em

horizontal e r i t mi c:: a m en t e
- A f or m a ar r e d CD n d a d a o r e g u 3. ar
"
da

urna r e f 1 et e urn c amp 1 e t o d a m i n i o t éc n i c o p or porte do seu

c r i ador -
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1. .4 ..
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. .
Fis 13 - Detalhe da decorado do pescoç o Note- se espiral cois ponte, triangular excisa ( foto
A . T, LOADS Ra»os ) .
. , .
Fig 14 - Urna funer ária ria fase Marajoara ir- edindo 39 c » Tipo Joanes Pintado . Reproduzido
de: Bezerra de Meneses ( 1933: 37 ) ,

V
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56 ..
s~\
n CARACTERISTICA 5 GERAIS, FORNAIS E ESTIL Í STICAS

DA CERANICA PE ICOARACJ.

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A t u a 1 m e n 1:e v e r i f i c a-se e m I c:o a r a c: i , o a I '3r g a m e n t o d o
r e p er t ór i o d as a b j et os d e c e r â m i c a , se n d o d i f I c i 1 p r ec i sa r o
r~\
nú m er o de t i p os e x i st e n t es,? d e v i d o à g r an d e v ar i ed a d e de


f o r m a s e p a d r Oes or n a m e n t a i s e m p r eg a d os.. T o m a n d o p or b ase os

c « n t e m p o r a n ea m e n t e, p o d e m os c i i v i d i -1 os
o b j et o Sî- p r o d uz i d os c : c? m

“ 7 grupos., resul tantes das op ções fei tas pel os produtores «

No p r i m e i r o g r u p c:« est a r i a m a s r e p r o d 11 y: Ö es q u e mai s

• se aprox i mam dos model os da cer â mi c::a decorada mar aj car a ,,

in t e n c i o i ) a 1 n)e 1 i 1 e r e p et i d os, e o m b a se e m p es q\\ :i. s a s efetuadas

no Museu Em í 1 :i o Goel di por Cardoso e ou ï r os cerami stas que


. o

seguiram « G s a r t esâ os m a i s esc 1 a r e <::::i d os <::! e n o m :.i ri a m as p e ç;:a s d e


'
.

c e r ârn :.i c:a a ss:L m p r o d u z i d a s « c er à m :.i c a 't r a d :i. c::i. o n a 1 " „ " c 61::> i a
1
da

a n t :i. ga ", " r é p 1 i c a '' o u 1'c 6 p i a d o N u se u ' .. M á , n o e n t a n t o, e n t r o?


1

artesã os e vendedores menos i n -f armados, quem use a categoria

1'
t a p aj6n i c a 1' p ar a d es i g n a r t o d a s as p e ç: as q ue i n c or p o r e m

c:a r a c t er f st :i. cas da cer âmica a r queol 6g :i. ca « Ern 1988 ,

a r q u eù .1 o g os e t éc n i. c.os d o N u se u E m í 1 :i. o G o e 1 d :i. , m i n i st r a r a m u m

Curso de Cer â mica Arqueol ô gica corn a f i n a l i d a d e d e f ornecer

a os c er a m i st a s fl :i n f c:* r m a ç Ö e n e c ess á r :i. a i;;:- à c o r 11 i n u i d a c.i e dessa

modalidade de p r od u t :â o se n d o na ocasi cto , d i t r :i. !.) u :i ci a s


. .

a p o st i 1 a s c o n t e n d CD a t er m i n o 1 o g :i. a a r q u e o 1 <'3 g i. c a , ;( er ox de

f o h os

d a s p e p as d o a c e r v o d o M u se u e d esc r i ç Ö es d e t ée n i c a s

especi -f i cas E îï:b or a m a i s t r a b a 1 h os a e d e r no r a d a •


a produ ç: Sfo da

c e r âm i c a "trad :i. c i on al " se m ant ém em I c o a r ac::i. , p or ser

b a st a n t e a p r e c::.i a d a es p e c:i a 1 m e n t e p en r t u r i st a s est.r a n g e.i. r os «

0 2a. g r u p o é c::o ns111 u I d o d e p e:ç a s d es i g n a d as pel os


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57.

ar tesâ os '
coma ’' c 0r â if ]i <::: a m ar a j oar a '' DU " c: er à mi ea U I;i 1
.

decorativa " p a J' que 5



c Dm o e>: }::) 1i c ou c:> c er a m :i. st a Rosemiror "é
urna c er â ff ]i c: a que s e u t i 1 :L z a e t. a îHb é m emb e 1 e z a
. quer di z er

e 1 a t em f i n a I i d a d e d up l a ” . Nesse grupo há vasos decorados e ,

em mai ora. a . objetos dostinados ao uso domá stico « jogos de


r\
f e i j Dada , j a r r a de á gua ., jogos par a mantimentos e temperos ,

pi .s ltoBj, c :i nz ei r os , e I: e „ P a r a es sa s p eç as não \ .11i ] i z am a

d e c or a ç ã o cr. op i a d a ci a an t i g a c: er â mi c a ma i a j o ar a
• "
e sim uma

. rs si nf p 1 i f i c: a ç ã o d es t a , b as t a n t. e g eo m e t r :i. z a d a , qu( : ? d e f i n e îï i como

1
' ci esenla o m ar a j oar a es t :L 1iz a d o " ( ï i gs « 15 e 16 > .
No 3o . gr up o en qu a dr a m — se a s v a r :i. a n t es d a c er â m :L c a

" tradi c i on al " « pep a s cu j as f or mas



não se prendem
''“N
'
r i g o r o sa men t e à e: 6 p i a cl a s ar queo 1 6 gi c: a s „ e mb or a s e j a m mui t as

vez es . c: er«n s er v a d o s t ëc n i c a s e mo t i v os cl ec or a t :i v (r ) s ci a c er â mi c:a .

ci i t a ' * t r a di c :i. on a 1 ’ ' . üb s er v a s e o e m j:::« r o g o d e cores var i a ci a s

m c|ue f o g e m à s usa d a s p e1 o s c er am :i. s t as ci a f a se M ar a j oar a . As

pe ç as p oclem r ecr eb er en g c::« b o ( br a n c: o ou vermelho) ou

envoi h e t: i. mento , . c: a an t :i g a
para que 1 embrem a cer â mi ( f ig « 17 ) .
A p r :i n) ei r a p« e? ç a qu e an a 1 i sa mos ,, da B i x t a r :i. a de

C ar d o s o c h a n) ou nossa aten çã o ,, por ser - r ëp 1i c a ci e ur n a

f un er á r :L a cl a f a s e M ar a j a ar a r eaI :i. z a d a cr o í T I p er i c: :i. a


• ( fig . 18 > ..
Trata — se d e um v aso an t r op ornor f o, c om d ec CD r a ç ã o in ci s a que

t em na p ar t e sup er ior a r ep r c? s ca n t a ç ão da f a c: e hum a n a ,

r ea 1 i. z a ci a a t r a v ë s d a a di ç: ã o cl e ap 1i ques f o r m a ci o r es d o r e1e v o .
No boj cr« , ci e -f or m a ap i"' er« x :i. m a d am en t e cas f ër i c: a destaca se um

a p I i que z CD O m or f o qu.e 1 e m I::« r a um 1 a g ar t o CD u Um p e quen CD j acar á ,


de t aI f CD r m a a d er :i. ci o à <•:> up er f í. cr :i. e c: o m sua s pernas f or mando

ãn gu1 o s r e t os e suas p a t as em f or f n a d e t.r :i. d en t e que nos

sugere estar o animal esfor ç ando- se em permanecer preso à


A

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/A

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. .
Figs 15 e lé - Cer â mica "iltil -decorativa " produzida em Icoaraci Motivos simplificados
.
inspirados na decorado da cer âmica da fase Marajoara Fotografia feita na
A
. . .
Loja Tapajoara, Icoaraci ( foto Andr é R M - fev 1990 )
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Fig . 17 - Cerâmica do tipo variante: tem apar ência antiga, admitindo cores, formas
.
fase Marajcara
e
Loja
tacanhos que se afastara rios originais arqueol ó gicos da
, . .
Tapajoara Icoaraci ( feto Anord R H - fey 1990) .
r\
. .
Fig 18 - Urna funer ária executada por Raimundo Sarai va Cardoso ( alt , 34 cm ) Coleg â o Husen
, . .
do Folclore Edison Carneiro Rio de Janeiro ( foto A, K R Magalhães ) .

! ^"\
60.

p ar ed e d o v aso (f i g , 19). Not e se que o ar Lesão n ão u t :i. 1 i 2 a

in a 1 s a 1 ag&o
r ep r esen : h i fa r i d a —
h o m ein I a g ar to e e f et u a a

separação eo 1 oe an d o a f i g ur a d o 1 a g ar t o no fa o j o e a humana

no p esr:oço da ur n a. Pu d em OS O bser v ar esse p r oc ed i men t o,


>
/

r\ b ast an t e f r e q Men teg ue se j ust i f :i c a por q ue os atuais

produtores nâo tiveram oportunidade de conhecer o conteúdo

r\ si ÍTibÓliCD das representações dos anti gas ceramistas da f ase

Tocl a a su per f i c i e cl a peç a é p r eenc h i d a par um


Mara j oara «

complexo de i ne i sôes
'
e ex c: i söes f or man clo desenhas
V

n ter n a m ent e os su 1 cos I ev a m i- evest i m en 1;o mai s


espi ral ados,

e a pr esent a m t ex t ur a àsp er a resu 3. t a n t e cl a t é<:::n i c:a cl a


c: 1 ar a

ex c i são ,, que c(on t r- ast a c:om a p :i. n t ur a v er m e 3. h a da vaso. A

r ep et i t. : £to d os e1 e m en t os em re 1 ev o no bojo da peç a é

al ternada ( fig . 20).

G seg un d o v aso ( f :i. g . 21. ) r ep r od uz u m a ur n a f u n er á r i a

de f or ma -
es f ér ica . base p 1 ar i a e b or c!a r et a ,, r e f or ç ad a

ex ter na m ent e?. Tod a a sup e?r f i c:i e é d ec or ad a por mot i v os

i n c i sios e ex c i sos, sem e1 h a nt es a c:r uzess g r an ci es e pequenas,

c ujoB braç:os t er m i na m em f or mas esp)i r a1 aclas qu adr ang u1 ares « A

su p e'i -f ic i e do vaso 3. eva urn d up 1 o en g ob o, que c or!t r asta c:om os


"

sul c:os,, d e? u m a t on a 3 i d ad e in a i s : est ac:a o d esen h o.


c 1 ar a e c! Há

t ambém - igura simplificada de um a cobra ., em relevo , com


a f a
n
cabeça ria forma triangular , e a cauda enrolada em espiral « A

cer á mi ca apresenta uma super f í c i e ver mel ha hr i 3. hosa ,


. d ev i clo

ao polimento com inajá empregada pelo ceramista ap ôs o

engobo.

A t er c:ei r a p eç a ( fi gs..
- e
..... ..... e 23) q ue f ot og r a f a m os
D no

M useu de Fo 1 c 3. or e Eci i son Car n ei r o (R i o d e J an e i r o), é uma


r\
"

grande urna de bojo esf érico, base plana ., pescoço c i 3 :f. n d r i c o


.
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. . . .
Figs 19 e 20 - Vistas da ß e 5 m 3 urna funer ária ( fig IB ) Autoria de Cardoso Cole ção tfuseu
. .
do Folclore Fdison Carneiro, Rio do Janeiro ( foto A H R, Magalhães ) .
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Fig 22 - .
Urri È funerá ria da autoria de Rai »undo Saraiva cardoso «

-
32cm Museu do Folclore Edison Carneiro, Rio de Janeiro ( foto H . H , R , Maga î hâ es )
'
.

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.
Fig. 23 - Vista de urna funer ária Autoria: Raimundo Saraiva Cardoso . Museu do Folclore
, . . .
Edison Carneiro Rio de Janeiro ( foto A H R MagaMes ) .

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ex t r o v e r t :i. ci a , c or p r e ci o mi r I a n t e m e ! » t e ver mel ha e
e bor da
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nos su 1 c a s 5u a d e e or a ç: Sí o :i. n c: :t s a e exc í sa
o al ar anjada
O
encontra- se c ! a r amen t e c :! :t sposta em t r ê s f a i x as no s e n t i do

a rr ecioi » dado
hori 2 ontal » A maior delas compreende todo o bojo

O i do
ur n a on d e o s m o t :i. v o s s e a 1 t er n a m n o s en 1:: .
h o r :i. 2 on t a 1 -
da
o ç:o c i 1 :! n d r i c: o
'

Uma s e g un d a f a i x a que o c up a qu a s e t o ci o o p e s c: CD

e s t á sub di vi di d a p or 1inh a s v er t i c a i s , em s e c ç õe s
ci a ur n a ,

d en t r o d CDS quai s
r e t a n y u 1 ar e s , 1 emb r an cio " qu a dr i nh CD S " ,
f a s g eome t r i z a d as . Na
p o d e m o s di s t i n gui r r ep r e s en t a ç & e s z o o m or

super 1 o r e s tá um a f ai x a d e c or a t :i. v a c: o m motivos


parte

t r i a n g u 1 a r e s, r i t mi c a m en t e r e p e t i d o s „ a 1 1er n a d
n CD s e a p o si ç 'ä o

or a v o 1 t a d o s p ar a b ai x o , ora v o 1 1a d o s p ar a
dos vér t i c e s:

c:i ma »

C a 1 d o so p r o c ur a r e s g a t ar , c:: o m O S eu f a z er „ a beleza

artista
ci a ar t e c er â mi c a d a -f a s e M a r a j o ar a . G v :i. r t uc» s i s m o d a

em s u a a r t e, que testemunha seu empenho em


e CD t á 1m p r e s s a
j

HD eu ob j e t i v o i ni c:i. a 1 d e
•»
reviver a ar te
manter — se fiel a
’:
. guma c oi sa vi v a
d e s s a s c: u11ur a s e x tin t a s m a s que t ê n» a 1 «

En t r e o s p r o ci u t CDr e s ci e I c: o ar a ci h á a 1 g un s que , m en o s

m u s e CD 1 G g :i. c o < di t CD " t r a di c 1 o n a 1 " ) ,


presos a CD m ar a j o a r a .

no v a s f or m a s s ur gi d a s d o cl e sc o nh e c :i. m en t a dos
i n t r oduz ir am

model CDS a r q u e o l ög i c a s . cl a H:> su g e s t ('1e s cl o c: o m p r a cl or e da

n e c e s si d a d e d e a br e vi a r o t emp CD ci e p r o d u ç: o .
s 2 p e ç a s c o I e t a d a s e m c:: a mp o em
/
Us ar - em o s c omo e x emp J. CD

( 24 e 25 > m CD S t r a m u m a j &r r a de á gu a em
1974 As f i g ur a s

c e r âm i c a e n c o r a d a , n a c o r n a t u r a l e e s c u r e c i d a
n o s s u l c o s. A
rv
da j ar r a e s t á d e ac or d o c o m o f i m a qu e se d e s t i n a:
f or m a

b CD j o ar r e d o n ci a d CD , b as e p 1 an a c-? /Y» a1 s vol umCD s a na par te


n
in f e r i or t o i- n and o- se m ai s d e 1 g a d a n a cl :i. r e:* ç á c:» d a b or d a „
r\

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. .
Fig 24 - Jarra de á gua Coleta da em í eoarac i . . Alt .
S Magalh ã es .
22cfs Coleçã o
. .
particu lar ( foto A , H R Hagalh fes ) .
I

tn
r ~\
.
67 .

<fS

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n .
Fig 25 - Vista CD jarro de á gua ( ver f i g . 24 ) ,
o
gí .

68.

Sua b or d a p oBBU i b i co e r ec:eb eu u m a pên d i c:e


r o I i ç o,

d e a1 ç a.. Tod a a su p er f i c:: i e é d ecor a d a c:om


c:CD m a f u n ç&o
profundas deixando em relevo linhas
incisões e? ex cisões
ês diVISÖ05
Rociemos distinguir no corpo cia jarra tr
1 argas
- ,

q » .t a i s est Sifo d :i. sp ostos rnoti vos


A"
horicontais „ c:l en t r o d as

f a :i. x a i n f er i or p or sua v e é d i v i d i da em
g eo m et r i 2 a d os - A
q uai s se
sec:: g:;5es a pr ox :i. ínad amente tr i ari g u1 ares, d entro d as

f CDr m as esp i r a 1 ad as em se?n t i d CDS O p ost CD S . A mesma


movi mentam
p et e m -se os '

v’
,âv d i v i sáo a p ar ec e n a f a i x a i nt er m ed i ár i a e n e1 e r e
ívjV

A f ai x a ci ec:CDr at i v a su p er i or
mesmos m CDt i v CDs c-?sp i r a1 ad os „

parece funcionar como mol dura ou acabamento


, é mais
i ne: i sa
(f i g
.’ÿ.
estreita e f CD r m a d a p or 1 i n h as c o m f or m as t r i a n g u 1 ar es
\

s com um
25). Gs su 1 cos ID astant e p r of un d os, pr eenc h :i. d o
"

a pr esen t a m u m a t ex t ur a r u g osa d ei x a ci a
" p e 1 CD
pi g mento esc:ur o

Ut i 1 i s a d o p ar a r- ét i r ar por ç ftes d e ar g i 1 a e for mar


i m p .! e m en t CD

os d esen h CD S ex c i sCDS -
t a m p a " ( f i g .. 26) t em a f or m a c i 1 i n dr i c a
G " v aso c CD m

p 1 an a , apr esen t an d CD d uas a1 ças c o1 oc:acî as no om b ro.


e b ase
h as par a1 e1 as e
Repet e o m es/no t :i. p CD ci e i nc i sâfo prof und a em 1 .i. n
1argas No corpo dcD vaso dest ac:am-se du as espirai s ex ci sas-
«

d i s 1 ad as d e u m ei x o i c>
< i mp 1 i c i :
o ci u e: Se op Gem co1 oc a d as d os o
. No acabamento do ombro do vaso há uma faixa
w>
vertical
f CD r m a ci a ci a c- u c:cess£io de "esp i r a i s g r eg as ou
d ec CDr a t i v a
c:CD m a se r ef er e Kr oeber ao pr i n c:i p a 1 not i vo
/
r et a n g u 1 ar es%
e m pr eg ad CD n a ar t e niar a j oar a ( op .. c i t .. : 106 ) .. 7ai s
d écorâtivo
oc CDr r en) p ar a 1 e 1 a m e n t e àS ci i t as
f CD r mas
• simp 1 ific adas,

" t r ad i c i on a i s M , em I c oar ac i .
.

Atual mente, as f ormas tradicionai s apresentam

c:os, con forme


v ar i an t es q u e se af ast a m d oCD /noci e1 os ar q ueo1 ô g i

~\

Ok

. .
Fig 26 - Vase c ôa Tampa Coletado <? m Icearari , 1974, por W . S. Magalhães . Alt .
. ..
Coiecâ o particular ( foto A H R Magaihrâ f? s ) ,

''“N
-
/ N

70 *

já f oi cl i tG ou quanto a c a r ,, ou no que concerne às

dimen 50es , f or rn a s e a c a b a men t o «


• S egue — se d e sc r i ç â o '
de d u as

rS variantes ï

A p r i m ei r a p eç a ( f ig « 27 ) c o 1 et ad a em c a mp o em

f e v er ei r o (ie J. 9 9 0 ; 1 é u m p e qu en o v a so an t r op o m o r f o ( 2 2c m ) c: o m

b o j o c ar- en a ci o e b a s e p 1 a n a » No p e sc: o ç o es f ér - i c o v er :i. f i c a s e a

ad :i £ cto d o ap 1 i que s f or m a d or es d e r o s t o hum an o n No b o j o ,, há

t a m b ém ap 1 i ques que c on f :i. gur a m os s ei os ? umbigo e p é s » Tod a a

n superficie da pe ç a é coberta com motivos i n c i s o s de - f o r (na

circular e espiralados, preenchi dos corn p i gmento

( i nclustr i a l i zado ) ver de «

In c:: i s a d o s t a rn b é m ci e 1 i n ei a m — s e o s b r a ç o s f 1. ex i on ados

ao 1 a ci CD ci CD " C Or- p o " « A s 1 i. n h a s das i. n c i s5e s s et o f i nas e

d e l i cad a s ,. A a pi a r ê n c i a en v © 1 h ec i d a r e sui. t a d a a p 3. i c a ç: à' o de


n
e > ï t r a t CD ci e n CD g u ei r a so b r CD t CD d a a sup er f i c i e d a p © ç a .

A 2a - p e ç:a ( -f i g . 2E) ) é u m gr an d e v a so n f o t o g r a f a do

em c: a mp CD e ni f e v er ei r o ci © 1990 , > d e b o j o o vó i d e base r et a ?

p e s c: CD ç: o c i 1 i n dr i c o e b or d a eM t r o v er t i (d a « T CD ci a a sup er f i c:: i e d CD
n
v a so é c o b er t a p or d ec: or a ç a o e >< c i s a e :i. ne: i sa R üdem se r

d i s t i n g ui d a s 4 di v i sô es em f ai x a s h or i z on t ai s on ci e
'
<:r. repetem

I D CDr i z on t a 1 m CD n t e , ou v er i:i c: a 1 m en t CD ,, m CD t i v CD B ci e c: ar a c: t er i s t i c a es '

h um an a s e ani ni ai s „ Há t a J ïIb ém f o r ma ç 5 e s '


© sp i r a 1 a ci a s
v c i r c u 3. ar e s

e r e t an g u 1 ar CD S » Os su 1 c:CDs sä CD p r e © n c hi d os c: om p i g men t o b r anc o

e a sup CDr f ic i e d CD V a so é e sc ur ec i d a c: CD m ©x tr a :
1 o d e n o g ue i r a «

Comparando as I") e ç:: a s d e c er â nii e: a a qui doseritas é

a m a t er i a 1i z a ç äo ci e mu d an ç a s .
'

p CD B s i v o l C:î b s er v ar E n qi .i a n t o as

f CDr ma s ci a c er âmi c: a t r a di e i on a 3.*


r © p e t o m o s mo d o 3 o s d © c : e r Û mi c: a

ar q ue o 1 ó gi c a ? as d a c: er â mi c: a ' ' ma r a j oar a '' ou ' ' û t i 1 — d ec or a t i v a ' '


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r e v e l am a preocupa çã o dos produtores corn sua dup 3. a
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Fig 2 B - Vaso antropol ógico ( 22cm ) , coir. decora çã o incisa e apliques Sulcos tingidos com .
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pigmento verde Coletado e /n campo: lev 1990 ColepSo particular ( f o t o ft H R . . .
Magalhães ).

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Fig 28 - VaED executado e ® Icoaraci e fotografado na Exposi ç la-Feira de Artesanato da
- , .. .
Paratur Beldra ( aprosisadafiente 3.20m î ( feto Andr é R H - fev Í 990 )

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d t? « 3- 1: i n a ç & o .. F or a i n n o v a i n e n t e r eu n :i. d as n esSas |D eç a s as f unç Cies


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ci ec or a t i v a e u t i 1 i t á r i a se p a r a d a s p e 1 os p r 6 p r :i os a r t es& oS n a

p er rn a11ec: e r a m a pen a s aIguns


d é c ada de 60 - Na d ec or a ç äo

e l omen Los r em ot os , se 1 e c i o n a d o s se g u n d o a escolha da

c: o rn u n i d a d e « Se g u n d o R os 2 a V e 1 Z a 1 a d 2 ,
5
-
’ i e p r esen t. a ç ft e s sã o

r\ e s c o 11 « a s que f a 2 rn de uin el ENC:D c:l e-


r e s u1 t a n t e s dD

de se c o n c r e t. i s a r e m ( .!. 996 : 45 ) fi
p r êt e r Prie i a s , v' i ávei s

selepfto da d e e o r a ç â o f c? i t a p e 1 o s e er a m i s t a s e r i ou
' um I lOVQ

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v oc abul à r :i. o visuai q u e se g u n d o e 1 es a d a }::) t; a v a — se mel hor às
O
n p e ç a s u t :i 1 i. t. â r i a s ü
.

0
Essa d e c a r a p ft o n 6 s e h a rn a m o s d e s> e n h o
m a r a j o a r a e s t i 1 :i. 2 a d o " u m d e s e n h c:« q u e n ös
c: r i a m os ? CD n CDSS O es t i 1 o c: c:* in a s r a ï z e s d o
rn ar a j oar a . \ R ose m i r o -
1 5 ci c? -f e? v e r e i r o ci e
1990 )

I dentificamos no ’ ' d e se n h o m a r a j oa r a e st i 1 1 z a d o ' 1


a

p c? r m a r:« ê r ï c i a d a d e c or a ç Ci o :i. n c i sa c o rn 1 i n h a s d u p 1 a s p a r a 1 e 1 a s e
*

a d e c o r aç &o excisa, q u e ocr. u p a m t o d a a s u p e r f í c i e da p eç a *

O s m a r P i n h e i r o J u n i o r r e f e r e-s e á t e n d ên c i a d o p r ee n c i ï .i. m e n t o

d CD s e s p a ç. os -f r e q ü e n t e 1 \as a r t es v :i. s u a :i. s a m a z ò 1 ? i c a s :


.

^
« , „ a d e c: o h r i r - t o d o o e s p a ç o
CD !::» c: c? s sã o
v a 2 i o e d e n t r CD ci es t e CDS m 1 c:r o e?s p a ç: os e
a B s i m p CD r d i a n t e a t é a e r a u st ft o d a f o r in a e
-
cia cor . M e t á f or a ci e 1î m a r ég i f t o de
vastidftes « ( 1985: 97 )

Foi n)an t i d a a i n d a .« a ci i s p CD s i ç ft a s i m é t r i c: a de

e l einen t o s M h e m c o m a a c l i v i s f t o d a p eç a e m f a i x a s c o m motivos

y t? o m e t r i 2 a ci CD S . . b se r v a
(1 se t a rn bé m a u t. i 1 :i. 2 a c ft o de 1 i nh as

e sp i r a 1 a d a s , c u r v a s e c: o n t r a c: u r v a 5 e n g e n ci r a n d o 1 a b i r i n t os «
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E p er c ep t í v e 1 o f a t D cl e c |ue a d e 1 :i. c: a d e z a d o s su1cos
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ON que se mo vi m e?n t a m S f or man d o p e quen o s œ g r a n d e s ar a b e s c o s as

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1i r ) h a s f in a s e gr a c io s a s qu e s St o en c on t r a d a s a :i. n cl a n a s urnas
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G? v a so s r e a 1 i 2 a cl o s p or C ar d o so e a 3. g u. n s c er a < n i s t a s qu e cVt :i. n d a

ON t r a b a l h a m d e a c o r d a c o r n a p e s q u i s a d a a n t i g a c e r â m i c a d a -f a s e
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Mar a joar a , . d â o 1 ug ar n a
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" m ar a j o ar a '
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c: o111e n : p ar â r ; e a a suI cos

mai s pro f undos ? 1inhas grossass elementos decor ativos

s i m p 1i f i c a d o s e d e p r o p o r ç ã o a v a n t a j a d a .. Atual mente cresce o


O
n timer o de a d ep t o s da mo r.:l a 3. :i. d a d e si m p 1 i f i c a d a Q) d as
n
o ' v ar i an t es '’ ci a t r a di c:i on a 1
1
« T a1 f a t o Ü e v e se à s d i f i c u l c l a c! e s

encQiit r adas p e1 os a r t e sâfo s p ar a realiz ar pesquisas e


! n ,

. p a l mente,
p r i nc i à n e c e s s i d a d e d e a c e l e r a r a p r o d uç ão «
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A
CAPITULO IV
A
A

A CERAMICA DE ICOARACI - SITUACHG ATUAL


A
A

(P da ravossa Sol edade


No Paracuris ao I ongo
A
ï A d :i. t r i b ue t n s e a s uni d a d e s d e p r o du ç & o e rn or a d :i. a s .. Cons t. r u çô es

A em maior i a cobertas com t e l has do barro


do t á buas c! e madeira ,,
A
c o z :i. do « HS lïi a i s p r ö;í i ma s d o s :i. g ar ap é s s 'à u r e 1 1. a s s ob r e
A
A pa1 a f i t as s- o 1 u ç:à o m a :i. s a d e qu a d a que a a 1 v en a r i a ? so i::;r e s o 1 o
A
a l a g adi ç a < f igs n 29 e 30 ) .
A
A Ob s er v a f ï ) O S qu e e ss e s I / orn en s t ê m a e >c a t. a n o ç et CJ de

como p r o j B t ar su a s h a b i i: a ç Ö e s ou f i c i n a s de a c or d o corn os

t H r B c ur s o s

t é c: ni c o s e a mb :i. en t ai s d i sp on I v e i. s .. 8 St a i n o r â di a s

A b a s t an t e a d e qu a c j a s ao c:I i m a qu e? n t e e mui t c:« û m :i. d o „ e as


r\ c]u e sà o d e s t in a d a s p or seus propriet àr i o s »
A

f un ções a

A E n c CJ n t r a m o s vár j. a s i d é i. a s c:r i a t i v a s n e s s a ar qui t e t ur a „ coma a


A
U3 0 cj e t r e 1i ç as e v ar an d a s 0 •
f r e qû en t e acr é s c i mo de
T
A '' puxados " H d emon st r a h a v er a c:a sa c r- esc i d o p ar a ab r :i q ar
. a

A

fam í l i a que s e tornou maior ou p e r m i t i r amplia çã o do ambiente

A de trabai ho «
A L emb r e s e Ga s t on B a c I ï e 1 a r d ( 1974 ) =, s ob r e a d i m en s St o
A
ë t i c: a
pot dos espa ç as v :i. v :i. d o s di ar i a m en t e e i
.. magi nacos
A
A c ap a e s d e t r ai d ur:i r o e s t a ci o d a a 1 m a d e s eu s o c up a r 11 e s ,, Na
A
casa d e I c o ar a c i „ h á um a i n t er p en e t r a ç & o d a s v á r :i. a s
• '
f un çõ es
A
A d CJ espa ç o d a c a s a p ar t.i ci p a d o p or t od a a f ami 1 :i. a ::

nûcleo

A
í a mi 1i a r 5 o f i c i n a e 1 cJ C a 1 d e a p r en ci i z a g e m -
A si c o n s t r uç 0 e s d o P ar a c: ur ;i.
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em maioria constituem uma
A

rn e s c 1 a de c: a s a », o f i cin a , 1 CJ j a e ' e: í p o s :i. ç St o


1
• p er m an en t e da
A
p r CJ c j uç St o d e c er " â mi c a 11 c CJ mo n o s d e f i n i. . u um a r t e s St o a qu e m

A
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. 29 e 30 - A Travessa Soledade, principal rua do Paracuri , Comepa na Bala de Guajarh e ë


Figs
T\ cortada pelos Igarapds do Paracuri e Livramento Toto Andr é R . h
( F ev
1990 .
)

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r\ :i. ndcujá vamos se <:::ost u m a v a or g a n i z ar m DBtr u ár :i. os ( f :i gs.. •"p

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X.. n Outras vezes a casa é loja , ficando a oficina em rua

p ró;{ i m a «
• :i. sso se d á quan d o o ar tesäo „ sen t :.i n d o n ec oBs:.i d a d e d e

expandir sua pr od u ç:2to e venc:l as ,, d es1 oca se - p ar a a r ua

p i i n c:i p a 1
" q uo, p or s0r as f a11a d a , possi b i 1 i t a rn0]. hor acesso

ao v i si ta n te « Na 1 oja ,, const r u í d a á f ren t e da casa ,, a

cerám i c a é oï í p ost a ao o1 h ar d os ov0n t u.a i s c:o m p r ad or es


'
« Nesse
caso . os p r û pr i os ar t eBäos a10n d e m aos cor!sum i d or es » Quando

n ão há vendas, trabalham na ú ltima etapa da produção., no

a c:a b a m en t CD ci as p0c as ,, c:jue c h eg a m <:!a o f :.i c:in a p r on(:as p ar a

O r eceb0r0m d 01a 1 h es f i n a i s c:o m CD en v0r n i z a m0n t CD , en ve1 h ec:i men t CD

0 p i n t ur a < f i g .. 33) « H á , ta m b é m ,, os ar t esà CD B C J Ue sep ar ar a m a


"T

O. of i c i na da casa fJ e v en d em Beu pr od ut o n a pY o p r :i a of i c i na „

Messe casCD H p ar a v cer t a I pr oci utOCD C Orn p r - a ci or t em q u0

p en et r- ar no a m b i en t e d e tr a h a 1 h CD 0 p od e at é aco m p an h a 1 *
ai „

c CD m CD n a5 c asas-o f i c i n a , as et a p as ci a pr CD ci u ç áo. Os artesãos • >


ja
:

e?stào acost u m a d CDS à c ur i osi d ad0 d os v i si t an t c::*s e n áo al teram


'T
sen r i t m CD d e t r a b a 1 h CD ern 5ua p r CDS0n ç a «

Centigno a c asa ,, (D u n 21o ,, o eB p aç o da of i c i n a é

'T coberto * mas a pr es0n t a m u i t as a b er t ur as, f CD que CD torna


bastante c:: J. arc.) e v0111 i 1 a d o ( f i g .. 34) . A!::)r i g u o tor n o ( c)u

-T* t c:)r n os,,

t r ah aI h ar
ci0p en d0n cio

a ar g i 1 a ,,
ci CD t a m a n h o d a

o -f or 1 D o d0
-
CD f i c i n a),

b ar r o par a
mesas

a
para

quel ma
se

prateleir as onde são arrumadas as peç as prontas ou que est ä CD


a g u ar ci a 1 î ci CD ac:a b a m en t o * i /T I p 1 0in en t CDs. e m at er i a i CD 0m p r eg a ci CD B na
Ti
manu f atur a '
< soI v0n t esv0r n i z0s n c:er a ou t i n t as).. H á sempre

um 1 ocal m a i s ar0ja d o q u0 p C D c i0 s0r a o ar .. 1 1 v r e ,, onde as

p eç as a ntes d e c CDZ er s'äo p ost.as par a sec ar '

-
T TCD d CD CD ar- r a njo i n t er n CD 0 m CD b i .1 i ár i o das ot icinas e

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^ s

nut*

.
Figs Ï 1 e 32 - Construis em madeira, sobre pal aí itas. Pade.n ser vistas junto aos igarap és,
por onde as canoas dos barreirenses transportais a matdria -prima para
. .
abastecer as oficinas Paracuri - Jcoarad ( foto flndrd R M. - fev 1990 ) .
o
o
-

I o

-rs

- Algumas lojas improvisadas á frente das casas exibem parte de produção ce oficina .
,
Enquanto aguardam compradores os a rtesâos envernizam ou pintam algumas pe ç as .
. .
Travessa Soledade - Faracuri ( foto Andrd R M - fev 1990 ) .
- 0 " atelier ' de Cabeludo, o " pioneiro da arte marajoara ",I d construí do num puxado
1
j

no fundo de casa . 0 artesîo fez questí o de ser fotografado ao lado da


pesquisadora .Travessa .
Soledade - Faracuri ( foto Andrd R. M. - fev 1990 )
/A

• A

A BO„

1o j as qu e v :i si t a m os ë p 1 an e j a cl o c om 1 ar g a u t i 1 :i. z a ç «K o Cl t:1
;

m a d ei r a qu e ë n: a t ër :i. a pr :L íT I a d e -f á c :L 1 o b t en g: & o no 1 o c a! „
..

Ut i 1.1 am el einenI: os con strut :i v o s que d e m o n s!r a m su a

:j .:« r eoc up a g: & o v o11a c:l a p ar a a s n e e eB S :i d a d e s d e seu oficxo

r\ pu >{ ad os M p r a I: e 1 e :i. r a s de f áei 1 montagem .


r% t r e1 i ç a s que
rs
p er mi t e m a en t r a d a de 1
. uz e . a ç: ct o ..
v en t :i. 1 A 1 g un s artesâ os

d e m on s t r a rn a 1 g um a pr e o c up a ç:d o c O m o e f ei t o qu e vai ter o

a sp e c: t o d a o f :i c i n a s obr e a s vi s :i t a n t e s «

J o 2t o Bosc: o de Sou z a iior a :i. s n um a r" t es ã o j o v em ,,

© B t a b e 1 e c:i d o r e c ©n t e men t e n a Tr a v esB a B o 1 e d a d e ,, exp 1 icon-nos

a s Bi m seu s p 1 an o s p ar a r e f or rn ar seu 1 oc a 1 d e t r a b a l h o "

P o r qu e ë p e quen o , t e m que ser a s ei m m e s m o


/ -.
V
P or qu e qu a n d o m e1h o r a r in a i s u rr t p o u c: o ,
p a sso 1 á p ar a t r á s a o f i <::: i n a . V ou f a z er "

uma 1 o j a p e quen a Eu p r e t ei » d o f a z er
« i e- B O
a qu :i. de p a 1 h a n t :i. r a i- eB B e M

t e 1 ! i a d ci
: pr á
A f :i. c: ar m a :i s a r t e sa n a 1

F i. c: a I: :« e ni ar I e s an a 1
»

eu pr e t:en d o f a z er c o m p a 1 h a e t a b oc a ( 14
d e f e v er ei r o ci e 1. ? 90 ).

M n
A palavra a r t © Barrai emp r e g a d a p e1 o c: er a mi s t a ,,

qu a n d o ci e r i n e B eu pr o j e? t o ? d emo n B t r a c: 1 ar a rn en t e pr © o c up a ç et c:»

corn os concei !; os d OB tur i s tas II os quai B a SB oc: :i am

' ’ r u s t i c :i d a d e ' ’ à p r o duç ão d © ar t esa n a t o .


^V
r

A t u a 1 / ïi © n 1: e v em s © n ci o r e a 1 i z a d a a se p ar a ç ä o en t r e

o f :i. ci na e 1oja p ar a a ci a p t ar se o a sp e c t o cl esta àB

© >; p ec t a t i v a s ci e c: on s- u mi ci or e B In a bi t u a d o B á s 1 o j aB ur b a n a s *

ACT ceci i t amos qu © © sB a t © ) i dén c i a p o s B a v i r a ç j e n e r a 1 :i. z a r se „


'A
S ëro r ar a s no en tan to as 1 o j as de :i. n t er mod i ár :i. os no

ParacLir i ? 1 oc: al :i z an do — s © a s:- que e x i e t © m ©m I c o a ï ' ac i i{ na

entrada do distritop àB margens da Rodovia Augusto

A Mon tenegro *
-
S '

^ •

82 „

a j ud ad o p e 1. a m u 1 h e r ,< f :i 3. h os e f :i 1 h a s - F' o c:l e ! > a v © r t a rn b ë in a

p a r t i c r i p a p &a d e p a r e n t e s f :> r û x :i. m a s A m u 3. h e r '


d :i. v :i. d e - se •
entre

p r o d u ç ã o a: t a r e f a s d o m é s t i c a s cuidado dos fi lhos menores ê


rs »

r\ facilitado
• pela proximidade entre a casa e o ambiente de
n traba1 ho p or o n d e as c r i a n ç a s s e iTiGV i men t am ....
f
O ítt 1 i berdade

© s p or a d i. c: a m e n t e c:o n ? o barro5 o
(f ig. 35 ) - Pod e m e 1 a s 1 i d a r

que propicia a aprendizagem informal do of i c i o «

A c o i s a m a i s b e l a da mi nina v i d a ê quando
rx e u c h e q o a q u i e v e j o t c:•ci a a f a m ï 1 i a : net o
e b :i. sn e t o t r a b a 1 In a n d o a :î T o d os s e q u e m „ '
. «

Vê? 0 m o l e q u e j á e s t á c o m o p e d a c i n h o d e
b a r r o ba t e n d o « D a q u i a p o uc o m a i s , j á ê
D t. \ m a r t i st a t a rn b á m .. E s e já é b i sn e t o «

c (Cabeludo 14 cie f e v e r e i r o d e 1990)

n
op M a r e e i o G a l v á o Ba t i st a o b s e r v a q u e a o r g a n :i :/ a ç: f t o d e
'

t r a i) a 3 h o d ( :* s a r t e sâ o s d e I c: o a r a c: i , r e f o r ç: a a so 1 i d a r :i e d a d e c:l o
'

r as t e r ) sö e s i c om un s em a. m b i rte s de
gr u p O j, o 3 :i m ;i . n a n d o ei
n
p r o ci u t i v i d a d e i n t e n sa e a c o n c or r ên c: i a n o :i. 1 1 1 e r i o r d o •
g r up o
D ä e 1; r a b a 1 h o ( 1 98 1 ) »
n
n De fato, r i á o h á r i. g i d e z r i a "
d i v i s'â o de t r aba1 ho :
n ’ ! c: a d a u m t r a b a 3 h a u m p o u c: o '1 c CJ m o n os e sc 1 a r e c e u B a c: u «
. AI guns
n
t od a s a s et a p a s c i e ma n u f a t ur a de c e r ã m 1 c. a outros
n ci o m i n a m

p a r t i c: i p a m a p en a s d e a 1 g u m a s f a s c?s ci o t r a b» a 1 h o « A s ni u 3. h er e s. e *

O
c r i a nç a s , ©m g e r a 3. ,, d e d i. o a m — s e a t a r e f a s m a :i. s 3. e v es c o m o o
O
n a c a b a m e 111: o d a s p e ç: a «> n F;;:e g i <:;> t. r a m o s , n o e i ) t a n t o „

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al gumas que
n fc a m bëm se oc u p a m d a
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m od e 1 ag e m " o u 1
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O Ca d a um 1: r a b a 1 h a c* n ú n i e r o d e h o r a i::> que c:|u e r , *


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n c:.i i' g a n i z a s e u p i" ó p r :i. o h o r á r :i. o d e t r a b a 1 h oo q u e


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jn e r" rn :i . I:e p or
p
e x e m p1 o , q u e j oven s e m i d a d e e sc o 1 a y t r a b a 1 h em e est u d ©m . «

G c: or r e n o P a r a c ur i , na o f i c: i n a < > ”•
d i t as ’ 1 m a :i. or e c:> 1 '

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Fig 35
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C D fsuitas as .
ne Pararuri Entras e saes das oficinas ajudam RD servi g D
crian ç as
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cu brinca /!)! .
total liberdade Os banhos no igarapd integras o elenco das
CDíí
. . .
brincadeiras Faracuri Ifoto Andrd R M - fev 1990 ).
- r

84 ..

d e c: or r en t e d a n e c e s Si d a d e d e a u m en t a r a p rod u ç: «io -
de sc:r i t a ! (

a forpa de t r ah a 1 i i o a p aI t i r da
Nesse caso a m p1i a se •

que perman ece par a exerce r o controle de


e s t r u t ur a f a mi 1 i a r

f :i. n a I .. 0 mesmo f at o
/“ s p I o duç á G e r e gu 1 ar a qua 1 i d a d e d o p r o cl u t. o
"

a ai b a e Cear á ? segund o
v er i f i c: a s e n a p r o dup & o d e r e d e s d a P r

.
B o I ) t i J C S o a J" e s ( 1 ? S 3 : 1 1 , 12 ) .
- i, t r ab a 1 h am
0 pr apr :i. G? t àr i o e sua f a ín í 1 i a , e in I c a a r a e

p r odug à o e a d mi t. e m a j ud a n t e s e
na s v ár i a s et ap a s da

empreg ados . ci e f o r- a ci o g r up o -f a m :i. 1 i a r « Regi stramo s ci u a s

d e c on t r a t a g ã o d e m á o- d e- obr a a t emp or ár :i. a , que


i n o d a 1i d a d e s
»

e í T * mi n or i a a f :i. a.
r e c e t:> e p or s er v i p o s p r e s t a ci o s e ,
,

do ar t e s'â o D o c: a i n c 1 u :i. - s e en t r e as
A o f :i c: i n a

d e gr a n ci e p r o ci u t i v i ci a d e , e f i H u:: i on a

no
o f i c: j. nas mai ore? Bfl

s i s t e m a d e p r e s t a g ã o d e s er v :i. g o s "

náo t enh o ,, m a s n *1 to s 5 o
r
t od a s de
'

A s s a 1 a r :i a d o .

•f arn 1 1 i a .
'
T od o s t r a b a 1 h a rn n u m t i
: p o d e p r o d u ç £í o "

s er v :i p o s p es
r t a d o s .. F a z a q u e 1 e t i j .) o d e
a t :i v i d a d e , t er mi n ou , ai r e c e b e .. A q or a , a
.
rn i nh a
f a mí 1i a c on t a m a :i. s . E u t r a t ) a1 ho m a :i. s c om a
t a nií 1 :i. a « T o d o s p a r t i
: . c : i p a ín n o g r u p o . T o d o s f a z
< e rn
um t i p o d e a t i v i d a d e .
( 14 de fevereiro de 1990)

Eü n t r e as of i ci n a s ue
(| n i a n t êm uín gr up o f i ;í o de

3 e mp i e g a d o s ,
"
e s t á a d e 12 o s e m :i. r o :
o

3 507 - das o f i c: i i ) a s . ci e 1 e o a r a c: i c on t r a t a m o
artesáo p ar a u ín d e t. e v rn :i. n a d o i t p o d e t r a b a i. h o ..
Quando t er m i n a a q u e 1. . e t r a b a i I « o t . e r f n i . n o u o
t r a b a l h o p a r a e l e t a m b é m ., E l c r e c e b e p o r a q u e l a
e t a p a q u e e l e p r o d u z - Já a q u i ., e u n á o „ E u t e n h o
ernp r e g a d o s p er m an e n t e s » E1 es t r a b a 1 In a m
p e r m a n en t e í n e n t e , en t r a a n o , s a :i. a n o .. E1 e s
t b 1 ! a m e g a n h a n p e 1 a p > r c? d u ç : á o qix e
p r c:< ci u z e m 5 r a a •' í
t ë m c: u a n d o t e n t i o o p o r t u r i :i. d a d e
f az e »

rn E u t a m ? ? j
a j ud o n a p r o d u p á o « M eu s f :i. 1 h o s p a r t :i c i {:: / a rn .. H o j . e
eu t enh o t r ab a 1 h a n ci o c: o /ni g o c » u a t r o ci o s n e s j u
o i. t o f :i 11") o s . ( 15 d e f e v er e :i. r o d e 19 9 0
)
.
r\
r\

85 »

R o s emir o e s I;á en t r e as que säo


A o f i e in a de

gr an d e ss ’
1
ou ' mai or es " ff n o di z er
1 dos ar t e säo s
'

consi derailas '


!

er o d e tornos
1 oc ai B « Est a c 1 aB s:i. f i c a ç:'à o 1 e v a em e on t. a o num
O
a t i v oB e o v o1 urn e d e pr o d u c & o . . T :i. v e m o s a o p or t un :i. d a d e de

à d e t er m i n a ç à o c! e
l a t ar
c: on s : a n) e s m a f 1 e >î i fa i 1 i d a d c-? qu an t o

de mai or produçã o .
hor âr i os de trab al ho nas of ic :i. nas

] do hor ário
Nó s n ã o obedecemos a uma esca a
a qui
cJ e t r a b a 3. h o „ 0 s n o s s c:> s f un c i. on :i o sá r
t h or ár i o
t CD d o s e 1 e s s£io 3. ib er a :i. s :: ? 3. e s
f ê m
: a r n em pr à
n ft o t ù m h or ér :i. o p* r á c: o ï e ç
i t '

mas '

E1 e s t er /ni n a n à
« h o r a q .
» .t e e 1es
t er - m :i. n ar «
*

c:} u er o m .
Qu an d o e1 es quer ein c o rn e ç ar à s 7
h CDr a s d a rn anh&f e 3. e s c oo e ç a m Q u a n d o e 3. e s .
.
'

d a n t e , e 3. e s
quer e? m t: o rn e ç: ar d e 1 2 h or a s e m i
c:o m e ç a m .
M a s t a mb é m , quo r e m .
t. er’ rn :i. n ar às
on z e h CDr a B d a n CD :L t e , t a rn b ér? p a .r a n i s 6 o n z e

! f or - a s
'
ci a n oi t e ( .
R o s e : ni r o 15 de
. .990 )
f e v er e :i. r o d e 1

n e s s a f or rn a d e or g a n :i aç ë o r e 3. a ç à o de
G b B er v a m s e

patr ã o e a empresa s ã o i. dent :i f icados


trab al h CD pair i arcai s " CD

c: CDm o p ai e a f ami 3. i a
• ( ve ja- se A 3. vim
p e1 o s e \ \ \ p r e g a ci o s CD

1972: 52 ) „

v ô rn s e e s t a b e 3 e c en d o e m 1 coarac i em
R e c. en t. e rn en t e

p e qu en o nci m er o CD f i c :i. n a s c u j o s p r o pr :i. e t ar :i. o s ,,


*
vindos de fora ' .
O segun do
t êrn t. r a di g: ëo d en t r CD d CD ar t e san a t o d e c er â . a
rn :i c
nà'o

que B e :i n t r o d u z :i. u ' ' o u ' 1


q en t. e qu e nunc: a
CDB artesã os ' ' g en t e
t r a b a 1 h ou c o m a ar t e :
n

Uma f i r m a de Sã o Paulo , da Bahia que. se


i n c 1:a 1 ou ein Ic:: CD ar a c :i
. E s s a s f i r .
m a c- c h a rn am "

o a r t. e s d o p ar a f a z e r o t r a h a 3. h o cl a
c: e r á m i c: a „ p ar a p r o d u z i
: r e d a t p a g a m é ss a

o . pr o d u ç:ã o e d :i. s t r :i. b u e rn p ar a f or a cl e


Pag am p or pr o c:!u c ã o . ( L a r cl o s ,o , .
Be1 é m
1 de .
u

d ez embr o d e 1983 )
A 86 „

A s s i n a l e~ s e a di f er en ç a en t r e e s s a <;•> ' ‘ f i. r m a <::> '


!
e as

s t r .i. bui. ç «A o
un 5. d a d e s cJ e pr o d u ç: ä o t r a di c :i. on a :i. s : n o s :i. s t. e n a de di
(

mont ado ,, na f or m a d e a 1 :i. c:: :i. ar rn âo - d e o b r " a , n o r e l ac: :i. o n a m e i r t o

p a I:r â'Q-empr eg a d o .
d o e s t ad o ,, que x B en t a de p a g amen t o de
G g o v er n o

a r t e sã o s d e I c o a r a c i negou i emente
r e c e i r: esse
O :i. mpOH: tDB ÜB

a um a c:le s s a s ernpr e s a <:;> "estranhas


M
j u s L i f :i. c a n d o
h e r ) e f f c::i. o

d e ar t e s a n a t a
!1
d e v :s. c! o u rigi c! a
s e r em essas n
in d i i s t r i a s ?

e à u t. :i. 1i z a çâfo ci e ma t ér i a s -p r imas


c: omp a r t i men t apeto

in dus t r :i. a1i z a d aB

i a :i. di t. o an t e r ior men t e P


* a di v :i. s Si o das
C om o já

regra pr ê
t arefas no i n t e r i o r da o f i c i n a n ã o obedec e a uma
r í g :i. da « O
e s t ab e1 e c i d a « A d i v i sã o s e x u a l d o t r a b a l h a n ã o é

o c o n h e ei m en t o d e todas
ar t e s â o m ai s e x p er i en t e p o d e ci om :i. n ar

a s e t ap a s d o t r a b a 1 h o o q u e n ão o i m p e d e d e -
e s p o e :í. a I :i. z a r s e

g os t a s ou que e;í ec ut a c:: orn mai s


naquel a ci e que mais

f a c i 1. i dade »
• S 6 o s a j u d an fc e s - ap r en di z e s , d e s c onh e c em al gumas

f a? s e s d o t r ab aIh o «

G e r a l mente a a p r e n d i zagem ,, c o n t erme di s s e d i o s n

ci e m o ci o i n f or m a 1 ? n a in f ár i c i a P qu an d o a - f a m í 1 :i a é
e f e t u a-se

A c r i an ç: a é inc en t i v a d a a p ar t i c ip ar d o t r ab a 1 h o
de ar t e sâfo 5
or t unid a d e de
a o 1 a d o d a m 2t e e c:l e o u t r o s ar t e s St o s „ T i v e m os op

a bi Bn e t a d e C ab e1u d o a j u d an ci o su a tia Fernan da , a


ver

model a r m ás c a r a s - A me11in a d e 6 ar i o s amassa va pequeiïos

de barro q u e eram a p l i c a d o s às p e ç: a s . Em outra


peciapo s

o f i c i n a ,, um a m enin a ci e 9 a n o s ,, a u x i 1 i a v a a mãe que a i n s t r u i a

gr an ci e v a s o „ E s s e s s ã o pr o e edimen t os c oíi i u n s
n a pin t ur a ci e i\m

e rnp en ! ) o em
no c: o l;i d i an o d o s c:er a m x s t a s ,, qu e ci e m on s t r a m o

transmitir as t é c: n i c a s d o f a z er c er â rni c o . Mar i a Heioisa


87.
r\
Fë n 01 on C o s t a ? en c: an t r au en t r e as l< ar a j á a if ) a s m a pr oc up at;: ãa

0m n) an t er o in t er es s e d o s f i1 h os n a apr en di z a g e m d a s t ë c nic as

ar tist :i. cas . . Aponta -nos a p ee qui sa d or a a compel i sat;: ão

ecronôroica o!::) t i d a c om o ar t esa n a t o n coma principal moti vação

p_t ar a es se c omp or t a men t o ( J. 978 82 ? 83 ) » Em Ic : a ar a c:i , a que s t ã o

f :i. n a n c eir a t a rn b ëm t e a) gr an d e p e s o • C-
..1 cl que o ar t e san a t o

representa para mui t as f ami 1i as „ h á gera ções a un :i. ca •


f on t e

de r e11 d a „ A c:r e se: en t e •- s e a n ec:e SS :i d a d e d e o b t er d en t r a da

f arn :[ 1 :i. a ,,
• t od a a j u d a p oss i v e1 n a p r o du ç:ã o , o c:|ue M c orno jÄ

v i. IDOS , r e ci u z a n ec ess :L d a ci e ci e p a g ar p e1 a mã o - d e •••- obr a .


Eu t i. v e a op or t uni d a ci e ci e a pr en ci e r p or que
(Tieu pai era artesã o e ent ã o meu pai dava
c:)p or t un :i. ci a d e » Ai. :i. ás nà o sö me da v a
op Or t uni. ci a d e c o m o t a mb ë m in e :i. n c: en t i v a v a
P ar a a pr en d er » Eu f ui a p r en ci en ci o 9 t an t o
assim c jue ,, c: o m 1.2 an os d e :i. ci a d e j á oc up a v a
u. rna r o cJ a pr- á t r ab a1 h ar .
G e r a1 m eni:e •

apr en d em os c:om o s pr op r i. o s p ai s e rnui t as


p e sso a s que h o j e p a rr ti c ip a rn cJ o ar t esan a t c:» 5
^7 es t ã o :i. n t r o du:z i ci as d en t.r o d a ar t e à s v e z e s
'N
" por mot :i. vo ci e n ec:e s si ci a d e Tiver am .
necessidade d e op t ar p or uma pr o f i s s Si o ce
optaram pel o ar tesanato , ( Rosemi ro ! 15 de (

f e v er e :i. r o d e 1990 )

P or ' ’ p e s s c:« as que se i: n t r o ci uz :i. r a m n a ar t e ’' c:«



artes ão

en ten cie a c:juE*1 es que, se m d e s c:en ci er ci e f a mii. :i. as ci e artesSos ,

pr o c ur a m apr ei ) d er o CD f í c :i. o „ E inpr e g a m- s e c om o a j u ci an t es —


aprendizes e CD d CD n CD d a o f i c :i. r » a ou CD U t r o artesã o e>; p ér i ente

-
en sin a 1h ca s as t ë c nic as d a ar t e » G p ar en t e s co c om a i. gu ëm que

t r ab a 1
. ha na CD f i cin a p CD ci e f a c::i 1 11ar a a c ei t a ç:ä o d o apr en d i.. z n

compor tament CD semelhante ao que foi constatado na arte d CD


^7
ouro d e Jua z o :i. r o d o Nor t e ( A 1 v :i. m3 . .983 :: 67 )
1 .
C CD m CD n CD s f CDi r e 1 a t a ci CD M CD t r cai n a in en t CD d CD S apr e?ndi z es


:L n :L C: :I a se com tarefas aparentemente f ácei s , como . bruni r a
r\

'"N
88 .
p e ç a an t es d a quei ma « Nes t a f as e o ob j e t o es t á a :i. n d a f r à gi1 e

há r i s c:: o de queb r ar -íH> e, o que a j ud a o n o v a t o a "sentir D •

b c ir r o '' e se f a mi 1 :i. ar i z ar c: om e1 e « Do min a d a a t ar c? f a in J. ci a 1

o a pr en di z p a s s a a a t uar ei n out r a s f a se s d o pr •
Q C: e s s o » Pode
r\
por op çã o e s p e c i a l i z a r - s e n a f a t m- a d e apenas unta das etapas .
O I lá em I c o a r a c i ? p o r e x e m p l o, " gravadores" ( segundo d e f in :i. ç: á o
'

c:er a mi s t a s , a que1 '' abr em ' o ci e sen h. o n a sup er f icie


1
d os . e s qu e

da c e r âmi c a ) n os quais SclO c onh eci d o s e at é bastante

r e qui si t a d o s p e1 o vir t uo si s mo c Dm qua e >í ec:u t am e s s a t ar e f a „


O
Ar t es ã os r î t a :i. s an ti g c:) s n a pr o f i s s á o r e f er e f î t - se a s eus •

apr en cii z es qUe s e t or n ar a m au t o su f i c:i en t e s — «

Eu g os t o d e t r a b a 1 ti ar • .i m :i. nh a
••
f am :f. 1 :i. a •

.
t a rnb é m . E1 a se d á b ern t r aI:: a 1 i ï an d o - :< :: o mi g o .
As p esso as que t:e rn t r a b a 1 h a rJ o c o rni g o
t amb é m t a m se d a d o b e rn „ 1 1 1r 1 1isi ve da qu:i.
do m eu
h e r d ar am
'
t r ab a 1 h o ,,
mai s o u menos
da rn i n h a ar 1: e ,
25 p e s s o a s

Eu
-.
g os t a de en s :i. n a r t ( E o se m .i. r o, 15 de
O f e v e r e :i. r o ci e 1990 )

ar t e sà o D o c:a at. u a1 p r es :i. d en t e ci a A sso c: :i. a ç ào dos

O M i c r o P r o d u t o r e s e A r t e sá o s de I c o a r a c i , —
c: o n t o u. n o s t e r - s i do
'“‘
N

um ci os que a p r en d eu o o fic:io c o m R o s ernir o . r g u i h a-s e de

s a b er f a z er " t u ci o ci en t r o d e urn a o f i cin a * ci e? s ci e ir b u s c ar o

barr o at é o a c ab am en t. o de p e ç: a " - T r a b a l hou p r e s t an ci o

servi ç os , , e h o j e é um bem s u c e d i d o d o n o de o f i c i n a que se

c: on eid er a um ar t e s&o c o mp 1 e t o “

Em m a t ëri a de e onh ec: e r eu f a ç: o t ud o . .


Di f í ::i 1
c t r
e um a p es s o a pr a f a z er t ud o
quant o e u, De? s de? a e x t r a çã o do b a r r a at e
vender 1á f o r a T o d o s são a r t e s ã o s mas
t o d CDS t êm uma a t i v i d a d e que sabem m a i s Eu .
n& o « Eu m e c on si d e?r o ar t e s ã o at é n esse
p on t o » E u sc?i f a z er ci e t u ci c? »
A
V

A
89 .
A
D oc: a se g u :i u s eu ' ' m e s t r e f ’ R os e íDi r a , o q u aI C D H Bí dera
A
A
v ,
urn "grande a 1. e :i. r a 11 ,, es t e p ar su a v e z , r ep 0 1e as t ë c n :i. c a s
A
t r a d :i c :i. on ai s q u0 11 ) e f or a rn 0 i1si n a ci a s p eI o p a :L e o avd ,,
A

A antigos na arte da o l a r i a. Bosco aprecia e continua M


D

A
t r - ab a 1 h o d a c c ir ft mi c: a " a p r en «::l :i. d o p or seu p ai c o m 8 a di Rocha ?
rs
A c: er a m :i s t a ho j e f a 1 ec:i ci o , c u j a o br a ë r ec:: on h e c :i. c! a f or a de

A
I c:o ar a c i f a z en d o p ar t e , a 1 g un s e e mp 1 ar e s d c:« a c:er v o d o Museu

d o Fr c:) 1 c 1 or 0 E d :i s on C ar n e :i. r o no R i o d e J a n e :i r o A r e s p ei t o d a
. .

A r e 1 a ç ft o en t r e t r a n s m :i. s s ë es d e t ëc ni c a 0 e t r a d :i c;: fto r e c: or d e s 0


"

A
M a r c e l M a u s s:

Ci i a mo t ëc ni c a a um at o 1i ~ a d i. c i on a 1 e
e f :i. c a z ( e v e? j a m q u e n :i. s t o y n ft o d i. f er 0 do
at o má g :i c: o r e 1 i gi oso si mb 6 1 :i. c o > ..
"
E
A ^
p r e c:i so que se j a t r a d i c: i o J I a 1 e e F :i. c a z «
N ft o h á t ë c i ! :i <::: a e t am p ouc o t r a r? smi ss ft CD
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o b t i v e r a m ë;ci t o e q u e o .l. a v :i u se rein faem
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d e f i ni u a ssi m ar t c? s f t o r, "ë a q u e 1 e q u e c r :i. a a a r t e " .
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90 .

1 - TECNOLOGIA DOS CERAMISTAS DE ICOARACI

Ganfcij a S <::) ar es ap on t a e a mo e a » ' at: t. er :f. sti c a do

artesanato " '' o e mp r e g o pr e d CD mi n aiit e d e rna t ër i a — pr i m a d e -f á c :i 1


n
al cancre ,, c:CDn s e gui c:l a p or e >; t r a ç S t::) g r ‘a t uit a ou diedi ante
os
pagamentoM CL 983: 10 ) « bm Ic: CD ar aci, a p r ûpr :i. a f i. aç ft o do

. eo
nô c 1 de p r o duç ft o j un t o aos i g a r ap ë s

do F ar ac ur :i.
1
e

I...i v r amen t o ( f :i. g » 31 > ? comprova a :i. mport ânci a de estar p r ù x :i. ma

a f on t e c j G' m a t ér i a -pr ima



.. No p as s a d o , os pr ôprios artes â os

c: CD 1 hi a m CD h ar r *
CD d a fi- m ar g en s d o :L g ar ap á j un t o a s u a s c: a sa s ? ou

:i am , em c a n CD a s, b uCD C á -1 o ma :i. er Ion g e . Ho. j e h á p e s so a s c:jue se

ocupam apenas cia extra çã o e transporte do barro que ë usado

n*
* pel OB artesãos s ft o os c h a m a ci os 11
b ar r eir en se s '' E. ssa
'

o c:up a ç:£ o ,, s ey un ci o i. n f or man t e s ? n asc:: eu d e um a ' ’ d :i. vi er Si o n a t ur a1 "

ci CD trab al ho " er a /ri p e ss CD a B qu e t r a b a 1 h a v a m n a s o í :i. c ;i . J ) as c: c::« m o

a j uci an t es p ar a 1
' t ir ar o b ar r o '’ P assar am a a t G? r i d er a p e ciida s
/-s

de CD u1
:r CD S ar l;e sâfo er e d ep oi s a c ob r ar p ar a e;; e e 111ar a e; î t r a ç: â o

para quem n ec e s s :i t a BB e u Fi CD j CD e B t a pr e s t a ç:b; o de servi ç o n

t or n CD u ~ s e i n d ep en d en t e e g en er- a 1 :i. z a ci a „ R ar a men t e ë o ar tes cio

que v a i b uB c: ar o p r ûp r io b ar r o - e 1 es o c ompr a m ci :L r et amen te

ci os " b ar r ei r en se B ' 1
ou ci e ci CD I / o s ci e CD 1 ar :i a ,
. qu e o v en ci em já

benef i c:i a ci o .
Di ar :i. amen te, os ‘' b ar r e :i. r cen s e s 11
d e s c em d e canna os

igarap é s at ë as j a z i. d a er d e ar g i i. a ou b a r r ei f' o s

que s"â o
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ar r en ci a ci CD B p or a 1. g un s d on CD B ci e o 1 ar i a . p ar a cji. î em OB

O
b ar r e :i. r - en se s r e t :i. r a /n e en t r G? g a m o b ar r o em es t. a d o i::/ r ut o Nas

ai arias « ë f e i t o o b e n e f i c i amento em m á quinas " mar ambas "


O
que retiram as impLirez as -
er am assam ( podem ser ou n ão

O "m o t o r i z a d a s" ) » . ar i a s v e? n ci e m
G s d CDn CD B d e ssa s o1 CD S " t a b i e t e s"
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ou “ barras" d e b ar r o b en e f i c :.i ad o p ar a os propr :i. etár i. os de

o f i t:i n as q ue nâo t êo b ar rei r o p r6p r i o «


*

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N as of :.i c: i. n as o b arr o p assa p or uma :L mpez a ma:.t s

c:u i d ad osa que ë f ei t. a m an ua1 m en t e, passan d o-se v ár :.i as vezesn


O
um arame através do barro.

barro nSfo vem total mente limpo Chega »


r\ a qu i , a g en te co1 oc:a em : <: :i rn a d essa b an c:a
rs aí p aSjsa esse ar a ene p r á t i r ar todas as
-
"7 i m p ur ez as. Passa o ar a m e t u d :i. n h o Dai a «

g ent e p r ep ar a o t a m a n h o d o b o1 o 1' 9 11
do
t a íTIan h o d a peç:a que a g en t e q uer f az er „
Dep oi s ci e pr ep ar a d o O ta o1 o é q ue a g en te
fa
• a rnoci e i a g em n o t or n o (Bac u
. » 14 d e
f ev er e:L r o d e :!. 990)

Quem se encarrega da limpes a e do preparo dos


o '' b o 1 os'’ á c h amad o 1' b o1 e:i. r o'' «

A o1 ar :.i a -
é '1 f e i ta n o t or no ou tov n ead a' 1
((3on t i jo

Soares., 1984: 19), mas os ar t esâfos der


îomi nam o processo

" model agem ou m o n t a g e m " e " ol eiro" ? quem "fabri ca ” a


- peça no
t or n o í *) .. G b o1 o d e ar g :.i 1 a é co 1 oc:a d o sob r e a r od a g :i. r a16r :i. a
(:j u e á ac i on ad a r a p :i. d a m en t e p e1 o ar tesáo ,, com os p ês, enquanto
e1 e d á -forma ao barro exercendo pressão com os dedos ( f i gs „

36 e 37)» Pu d o mos p r esen c:i ar


. a destreza e coor denaç&o

per f cai t a d os mov i m en :


i os ci os o1 e i r os, d en ot an ci o a 1 on g a

p r át i c a t r :i. a d e o f í c :i. o n«
e m es: m at er:i a 1 i z ad a
. na regularidads

O das formas que produzem. AI guinas peças ez i gem amendas para

un i r o to ojo ao p escoço , í
te v i d o à c:o m p 1 ez :i d ad e d e seu . f or mato

(f i g
- 38) . .

(* > En c:on tra m osem t od as as of :.i c::i. n as, t ornos const r u 1 d os d e


modo semelhante, em madeira e peças reaproveitadas de
automóveis »
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36 .

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Fig 36 ~ ,
No interior claro e arejado da oficina o oleiro ítá forma ac barro . As pesos seri -
prcntas arrumadas em prateleiras ou bancadas podem ser vistas por todo o ambiente,
. . .
Paracuri , oficina de Bacu ( foto Andr é R H - fev 1990 )

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Fig 37 - Ccfi> seguranpa e habilidade c oleiro iï? ovif ßsnta a roda CDOî OS p é s , enquanto modela o
.
objeto de ceríiftica Sã o »oviisentos r á pidos e precisos . Sobre a bancada , a bola de
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barro e o pote com á gua para usedecer o barro ( foto findr é R . í . - fev 1990 )
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Fig 38 - .
Algumas peps precisam de cuidados especiais Cabeludo executa diligentemente
. . .
retoques nup grande vaso aritropomorf o ( foto Andre R M - fev 1990 )

.
Fig 39 - As popas podem ser postas para secar ao ar livre, embora n ã o seja aconselh á vel que
.
recebem sol forte Bizera os artesãos que as peç as bem feitas n ã o brincam ao sol
. ..
( foto Andr é R N )

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95 ..
n
Ü nú ri) er o d e t or n o s e d e o1 e :i. r os qu e f abr :i catm " as

pe ç as def ine , . c Gn f or me r e f er ênc :i. a an t er :i. or ., as o f- i c :i. nas

" pequena " e " grande ” , entre os artesãos de Tcoaraci .


O

A minh a pr o duç Si o a qui é b o a ? p cr qt .t e n 6s


t e m o s a qui 3 11::r n os t o d
< os e m a I
: i
: vi d a d e? e
es ses t or r t o s e 1 e s t ern mo v i m en t o du a r n t e o
di a t o d D e nö s n ä a ab e d ec e m o s a uin a esc a1 a
d e I ) or ár i o d e t r ab a 1 . ho ( ) Eu t er ih o T .v.> "
/

som o s qu a t r o a 3. ei r os qLI e o C:Up a m o s o t cr n o «


T an t. o qu e eu t a ç: o urn r e v es a m en t o de
1:r ab a 11 ï o d en t r o ci e t o d os o s setores de
t.r ab a1h o ,, eu me rn a v :i. men t. o ( ) 96 que nos . . »

t eÍ7) os a qu t u /n p oni:o , eu a c r e di t o que u rn


ponto mai s inipor tante , é porque nas demai s .
o f :i. ci n a s ei e s g er a 3. m en t e ri&o
*
t ô en oIe :i. r o
f i >( o v .. ( Rosemi r o )

E a produt :L vi dade no torno au toi* nos que coudiciona


O
a or g a i ) :i z a y: St o d a s ou t r a s e t up as d o pr oc: es e a pr o c:! u t :i. v o . G

r :L t /n o e v o 1ume ci a p r c» ci uç,:: St o d ep en d e d a p ossibi1i d a d e d e î T ï a n t er


o,
v ários t o r n o s e p es so as que os oc up ern c o m r e gu1 ar i d a d e ,,
"
e a
O

h a bi11 d a d e ci o o 1 eir o d e t er min a a qu a 1 :i. d a d e ci o p r o du t o .


R ose inir o —
ap o r J t ou n o s t a n i b ém a v :i. n c u 3. a ç Sio ci o t ar n o c om

e f i c:ién c:ia do .. n a m en t o d e a p r e! ï d :i. z es


t.r ei »
ç. n ec ess i d a d e de
n in a n t er t o d oe os t or i ) o s a t i v c:« s „ j J od e r - e ci u z :i r as opor I un :i. dados

p ar a a pr en di z a g e m »

Eu j á tomava conta do servi ç o corn 12 anos .


ï /
Ho je Eiii di a , é d i -f í c i 1 o menino que tenha
eB sa .
:i ci a ri e , oc up ar - , t o ( n ar c c:ni:a de ? urn
t or n o ,, pr á e 3. e pr 6pr :i. o t r a b a 3. h ar e "

cJ esen v o 1 v er o t r a h a 1 h o d e 3. e » Nor m a1 m en t e
ná o é f á ci 3. a pr en d er , | « or qu e t o ci as as
o o f i c: :i. n as , e1 a s n or rn a 1 m en t e 16m o s t or n o s
d e u ti 3. i ci a ci e „ e1 a s n áo t ôm t or n o r es er v a „ *

lieu p a :i. e 3. e se mpr e tin h a um i;or n o de


r eser v a
urn »
p or que e 3. e ti nh a 2 e s6 -
o c:up a v a
96 «

Pr esume- -Be: quan do ROBEMI ro era crianç a ? o r i t. mo de

trabalho da oficina de seu pai permitia que houvesse um torno


-
/ N
OCl 050 . Seu depoimento nos leva a refletir sobre a

interferência do cresci mento da demanda que, obri g an d o à


/"'S
acel eraç:cto d a pr ad uç âfo ? d i f i c u11a a tr ansm i ssSto d o sa b er da

n arte de oleiro «

O A et a p a q ue se seg ue à m od e1 ay em , é a d a secag e m As

peças Scia d i spost as sob r e t á b uas e 1 e v ad as a secar aa ai

1 i vre ,, ou em 1 oca 1 c:ob er to e ar ejad o » 0 tempo necessário 3

depende da temperatura e umidade do ar: p oci e 1 e v ar um ci i a no

verão, ou v ár :i os no i n ver no (o ver âa cm le oar aci ,,

corresponde aos meses de junho a setembro, quando nâo chove)

vu
(fig
- 39).

Nas produçôes da cerâmica inara joara n hà

OS
-
p r oc ed :L m en i:os q ue ci ev en) ser e;î ec:u t a ci os- a n t es q ue a sec:ag e m

d as p eç»:as esteja co m p 1 et a. Gs a p 1 i q ues f :L g u "


i as em r e1 evo

H\
gne ad er e m à su p er f i c i e e M t er na ? devem sei - ma 1 dadas

n» Bejo ar a ci a m ei )t e na p ast a e d ep oi s un i ci as ao c:or p o do o bjei:o

c er à m i c o a i n da ú m i do, " ver d e" ,, no d i zer ci oB ar t es3os (diz se -


" a g r" eg açSto ’’ h a i. p r oc:e d i m e n to e ’ ag r eg ad or ’! q uem o
!
ex ec u t a)

n jeta (f i g , 40).

G en g a b a ? r ev eBt i men t o d e ar g i 1 a b r anc a ou ‘


verniel ha
O
que deve ser api i c a ci o às p ar ed e B d a peç a à mida ou seca

o
( Ri beiro . :988:34), foi incorporado à arte de Icoaraci par

O Cardoso, p c? r *
ser t r- a t a m e ri t o d e su p e r !
*
f c i e u Ba d o n a cor cl mi ca

m a r a j CD a r a. Beg un d o e 1 e, d e v e Ber f e i t CD Um " m i n g a u * 1 c:o m ar g i 3. a

e água * e api i c á 1 o em toda a peç a (f 1 g n A :!. ).

Bo B c CD esc 1 ar ec:eu-n CD B q u a n t o ao p o n t CD C er t CD p ar a
O
a p 1 i c ar CD en g o b o :: o h r anc o d e v e ser a p 1 i c a d o n a p eç a ú m i d a „ e
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Fig 40 - G artestfo «odeia pequenos macaquinhos os quais aplica à uma pe ç a de cer â mica »
. .
r éplica de um " vaso de gargalo ” de Santar é» í foto Andr é R H , - fev 1990 )

.
Fig 41 - 0 artesã o Bosco executa incisbes diretamente sobre a superf í cie de unia peg 3 con
engobo branco ( foto Andr é R H - fev 1990 ). . .

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fi .

98 .

o v e r m? I ho d e v e ser f ei t o sabr e a ar gi1 a s ec a par a " p e g ar-


hri ï. h o '’ » D ep oi s de en g ob a d a a p e? ç a é " c a l i ç ada " " f r ic c i o n ad a

para adquir i r 1u s t r o , C D ÎT) o c oc o de in a j á ( Max imi 1i ana

Regi a) , ou pequenos ob j e t o B d e vi cir o roii ço ( í iascos cl e

p e nic i l :i. n a ) - Ap ó s o c a l i garner» t o a sup ori:E c :i e da p eç a

dec orada »

n Quando as p e ç a s n ão s o r e v es ti d as d e en g ob o , . sò

recebem o p o1im en1:o d e sup er " f f ci e ap ó s a d e c o r a ç ão e uma

segunda secagem „ Para brunir usam pequenas escovas .


r euti1i z am r e d e s d e p 1 ás ti c o ou n y1on d e emb a1 a g em d e 1 e gume s

e frutas «

A p r ôx i m a etapa c o n s t :i. t ui a d e c o r a ç ão da

s u p e r f i e i e, c hamada " g r a v a ç ão " ( f ig . 42 ) » S i mi 1 ar -

pr a c:e cii men t o en c on t r a d o n a c:er á mi c a m ar a j o ar a .« a e x ec u ç: ã o d os

ci es enh oe é f eit a e m r e1 ev o a t r a v á s d a s t éc ni c a s d e e x c :i. s u CD e

in c :i. são « As s i m a prime :i. r a t é c:n :i. c a é clefinida por UIpiano

Be:: err a d e M en ez es “

A decoração e x c i s a é a q u e1 a em que s e
retiram ci a sup er f lcie c:l a c er â mi c a
'
ant e s
da q u e l ma , p o r çõ e s de v ár i o s tamanhos «
f or m a s e pr o f un ci :i. d a ci es ? CD ci e s enh CD a ssi m se
"

c o n s t r ói p o r 1 i n h a s em r e s s a l t o ( 1983 : 37 ) .

A d e c CDr a ç:: clo in c i s a é c on s ti t uí d a p ar 1 :i. nh as e m b ai x a

r e i evo , j produzidas por p r e s são e d e s1 i z a m e n t o de objeta

p on t e a y u ci CD S Ob r e? a sup er f ï c:: :i. e d a c: er à mic a ( R i. b e :i. r o 3 19882 35 ) .


Note? s e — que a c:r i a ç et o i
( e i inp 1 e m en t os a partir de

m a t e?r i a 1 r e c:ic 1 a ci o é c o mum em Ic o ar aci, e s eu u so é d :i. f un di d o

em todas a s- of i c inas « ü implemento :i. mpr ovi s a ci CD para

" g r a v a ç ão " é composto com c o r p o s d e canetas e B f er o gr á f ic a s


99 „

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’ vmram
K.' <^ (
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Fig, 42 - A Etapa da gravapfeo é considerada mui to importante pelos artes ã os » gravadores
, . .
considerados virtuosos na comunidade Sâo omito requisitados ( foto Andr é R H -
fev 1990 ) .

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100 .
A
A tipo "BIC" , a o s qu ai s se a d a p t a m a g u 1 h as ou p on I: a s d e rai os

A
d o b i c i c l e t a . C a r d o s o m e n c i o n a o e m p r e g o d e c a l h a s d e g u a r d a-
A
A chuva no trapado de i n c i s Ò es -f i n a s e p ar a 3. e 3. a s , ho j e

/A
Bub s t i t u i das p e1 o i mp 1 e m en t CD ac i m a d e s <:::r i t o com pantas
A
dup 1 as ( f i g« 42 ) .
A
A S e g un d o os ar t e s St o s , a gr a v a ç St o é "a alma do

'A
n e gó c i o " , uma vez c:|u e c ar a c t er :i. z a a c er â m :i. c a de 3 c oar a c i «

"A ai n ci a q u e a p e ç a nã o t e n h a a forma de urna •


f u n e r àr i a . ser á

A
identificada c om o 11
m ar a j o ar a 11 p e 1 a CDr n a m en t a ç St o . S áo pOUCOS
A
A
os gravadores . e mui t CD r e qui si t a d os , actuel es reconhec:i dos

'A c omo vi r t uosos

s mot:i v o s usados na d e c o r a i;: á o sSto f ei tos


ci i r e t a m en t e na sup er f i c:i e da p eç a , sem ser previ amen t e

e s b o ç a d o s:
A
A

Aí a p e ç a , e 1 a é ap an h a d a n o seu p1ano
.A r c? 3. e v o t o t a 1 ,, e a p ar t :i. r ci a :t
'
e l e c o m eç a a
f a er CD S d e sen h os e m c i rn a ci a p eç a que
normal mente e l e n ã o t e m t una m a t r i z .. NSo
A •
f a z u li) t r a ç a d CD n o 1 á p i s ná o f a z n a d a . E 1 e
f a z t u d o ci en t r CD d a c r i a 1::i v i d a d e cJ a c: a b e ç a „
D a q u i 1 CD q u e e l e j á t e m d e c o r a d o d e n t r o da
c ab eç a ( E o s e mi r o 1
. 5 de f e v er e :i. r CD de
A 1990 )
A

Os gravadores t r a b a i ham com grande r a p i d e z ,,


A
repraduzindo ci e s en In CD B a p en a s v i su a 1 i z a d o e m e m or i z a ci CD Seus
A
movi mentos sã o f i r m e s m a s n a d a m e c án i c o s Podem repe? ti r CD
A
m e s m o v c D c a b u l á r i. o cgr á f i c a p a r a a s v ár i a s p e ç. a s d e u m c o n j u n t o
A
de f ei j o a d a CDU , t r a ç ar c o mlo :i. n a ç 5e s d e m O t i. v os di -f er e n t e s em

cada vaso ou urna que decoram . M es rn o qu a n ci o b u s <::: arn ap r o í i m a r —

s e d a o r n a m e n t a ç ã o d a c e r âm i c a a r q u e o 1 ó g i c a e l e s o f a z e m sem
A
A
copiar : "- .« nun c a r a s c:un h e i nada - ïr az i a na m i nh a c ab e ç a .

A
10 1 U

T u d o n a c: a b ep a « A t é h o j e é assi m ' ' ( C a b e .1. ud o 14 d e f e v eor eir o

de 1990 ) .
A c er â mi c a qu e r ec: eb e o en g ob o é c on si c:l er a d a pronta

para q u e l mar d ep oi s d a gr a v a ç ã o » AB p e ç: as n St o er i g o b a d a s ,

passam ainda por uma segunda secagem antes de se processar a


A

. ma „
q u ei

(D f or n o usa d o em I c oar a c i ? é d <J ti p o " cai ei ra 11

constr ui d o '
e m t i j o 1 o na -f or m a c LI bi c a e? e m v ár i os t a m an h o s -

Tem LI m a a b er t ur »a n a p ar t e i n f er i or p ar a qU e se j a c o 1 o c a d a a

1 enha « H á um a di vi sã o i n t er n a d e ti j o 1 os que f u n c i on a c om o

gr eI hl a q S Ob r e a qu a 1 sâro a r r um a d o s os ob j e t o s . 0 s t;i j o 1 o s da

gr e 1 h a sã o di sp o s t a s j un t o s a b a s t an t e p ar a •
p er mi t i r a

di sp o si c S o da c er â í ni c a so br e e 1 e s m a <; >
• d ei x a n d o p e qu en a s

f en d a s p or on d e p en e t r a m a s c:h a m a s ( fig. 43 ) .
Np i n t er ' i CDr d o f or n o ,, a s p e ç: a s s na o c o b er l:a s c om
A

cacos d e c er á mi c a que a s p r o t e g eí TI p ar a que r i S o e s c ur e ç: a íD na

p r te sup er i cur . A uei m a d ur a c j e 8 a 12 h or a s , das qu a i s

c i n c: o e í TT !
* f og o -f r ac o ! I e tr è& em 11
f oga
- f or t e " , t en d o os

c er a mi s t as que c on t r' o 1 ar a qu an t i d a ci e d e 1 en 11a }:::* ar a r e g u 1 ar a

intensidade do -fogo e manter a teinperatura uniforme at é

"Ts
«

a t i n cji r CD ' ’ p CDn1:CD ’ 1


Ü 1
' p on f. CD 11
é o ú 11i m o g r au d e t e mp er a t. ur a .
A g en t. EA c:li z c |u e d c : u o p » on t o r i o
• f or n CD &
q u an d CD o 1 h a e n I:r e os c: ac o s e a p e ç : a , e vê
q ue B st á v er m e 1 h a - A :í ? p ár a de por a
1 enha , e o f CD g o b a :i. « a n ai:ur a 1 m en t e. - ( Do c a %

Lei t e 1 de junho de 1990 )

0 i CDr n CD á d ei x a d o e s f r i ar p or ma i s 12 h CD r as a t é que
/ A

as p e ç as p) o ssa m s er r e t :i. r a <:J a s p ar a r e c: eb er o a c a b a m en t o de

s u p e r -f i ei & „
;

A 102 .

A
A

-
A J
A• •

.
Fig 43 - ,
Há na distrito pessoas especializadas na constru çã o de tornos do tipo " caieira "
. .
usado e i koaraci Moto Andr é R H - fev 1990 ).
s

il

A
A
Um
.

103 .
r\
V0r i f i cain-se en t Sta tr&s pr ac:ed :i. m ent os q ue p ad ein ser
n
eventual mente combi nados na mesma peç a: p .i. ntura ,

en V er n i z a m en t o e en v e1 In ec i inen t o « Prod ami na atual mente o

-
e m p r ego d e i nat ér :.i as pr :i. m as d e or :i. g e m :i nd us hr:i a 1 p ar a . p :i. n t ur a

e en ver n :i z amen t o « pi ncéi s j, t :i. n tas MCoral mur " corantes


n
/“
,! v en tJ :i d os ein b i sn a g as, c:er a J oh nson 11 q u i d a e
G 1 obo" verniz

O Copal » Segundo os artesãos, tax s produtos substituem com

vantagem os n at ur at i s an ter i or m en te e m pr eg a d os po x s S c\ O

adquiridos P r on t os r ed uz i n d o o t em p o g ast o n a produção das

peças < f i g .. d4 . a

o
n A i dé i a d e (J ar- ä ce?r á m :i. ca ap ar ànc i a d e an t i g a j::)ar t :i. u
de Cardoso. 1 n i c i a 1 men t e p r oc:u r ou ob t e?r um en v e1 In ec i men t CD
rs
n at ur a 1 en t:er r an d o as p eç as d e c er â m i c. a n c oino as ur n as

ar• t]ueo1 ôg i c as.. G p roc esso er a 1 en t o e f oi


"
- übstitu1 do p or

banhos com infusão de cascas de árvores como o Cuinat ê. Hoje


os ar t esäos

e)m p r eg a m em m a i or :i. a o ex trato de n og ue i r- a ou
!
^ betume (fig
- 45) -
Car d oso just i -f i ca assi m a subst i t u i ç&o d as t éenicas

e m atér i as p r i m as:

0 p roc esso :i. n d[ : g en a q ue c c::« mecei t :i. ve q ue


o a b an d on ar d e v i do a o tr a b a 1 h o q ue dá e ao

»
*

q u an d o e1 e r:
-
v a1 or d a p eça G ar t.esáo pod e pr od uz i r n
g ast a r m u i t as In or as f az en d o uma p eç a ,, m as
. o1 oc a i sso n o f n er ca d CD « e1 e náo
en c CD n t r a a v a 1 CDr i z a ç&o d a p eç a „ (1 de
d ez em br o d e :l 903)

: rs A 1 g uns c:er a m i stas d a g er- aç Sic m a i s ja v ein no entanto,


a :i. n d a p r oc ur ain ex p er i inen t ar n ovos proc essos
"S

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104 H

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T -V ï «t? :
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£î v •S• - '• 1
44 .

.
Fig 44 - A mai oria dos artesãos emprega tintas industrializadas no acabamento das pegas,
,
Note- se rçue o vaso da fotografia apresneta unia cena de vida indí gena emoldurada
. .
com barras decorativas " estilizadas " ( foto Andr é R M - fev 1990 ) .

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105 .

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}M
45
-

.
Fi g » 35 - A artesã D Diga executa 0 envelhecimento de algumas peç as, utilizando extrato de
'

.. .
nogueira ( foto Anclrd R M - fev 19901

r\

-^s

r*\
~\

106

OB ï nd :i. os parece que p :i. n t a v a in c om


g eni p ap o « Eu pr e? t en d o u B ar , :i nc 1 usi ve u H )
rapaz j á viu ,, j á c: on v :i. v eu um p o u<::: o c oin as
í ndios e ele disse que sabe -fazer . Eu vou
f a z er u m a e >? p er i An c :L a .
Ma s sû quan d o ac har
rs c ]ue v a n. v a 1 er a p en a « Í B o s- c: o 14 cJ e
f e v e r" eir o d e :!. 990 )

A c: omuni ci a ci e de ar t e s âfo s ci e Icoaraci ,, embora

b as t an t e num er o sa ( ho je c c? rn
: in ai s de 100 o f i c: :i. n a s a ti v a B )

d e m ons t r a p ossu :i. r ob j e ti v o s c omun s que est r e :i. t a m o s 1 aç as de

0 a rni z a d e e so1 :i d arie ci a d e d o gr up o - A B d esc ob er t a s t é c: n :i. c as s ä o

O partilhadas e tornam- se do domí nio de todos , o que n ã o impede

que o intr odutor cia i dëi a se j a sempre 1 embrado , . O mesmo

acon tece
. c o m r e 1 a ç:á CD à s f or mas ,, que b a t.iz a d a s p a ss a m a ser

r e c: onI ) ec:i ci a s
"
p or n CD m e s esp o c:í f :i. c: o s e s á CD in c o r p or a d as aa

o; r epert ôr :i. o dos c er ami s t as sen d o r epr o duz i ci as p or t o d os que ,


no entanto , ï. h es a c:r e sc en t a m c:ar ac t e?ris t.:i. c as pr 6pr i. as ( -f i g s »

D 46 e 4 7 ) .
n

.
PS
r\

r\

Fig. 46 - Vasos denominados "calango com tampa ", fotografados na oficina do Bosco (foto
Andr é R. H. - í ev 1990),

Fig , 47 - Vários tipos de peç a como: a "coluna'1 (à direita)« e rs pequenos y asos


antropomorfos Hu£o na boca " e as urnas "calango com tampa". Dficina de Bosco (foto
And rd R. II. - fev 1990).
r\
\

CAPITULO V
108
-
COMERCI AL I Z AC.QQ E IDENTIDADE

- m
u.
X v.

O
'

A arte de Icoaraei apresenta car ac1er i © t i cas

peculiares que permitem seu pronto reconheci mento no conjunto

da p r oduç Sfo de cer â m i ca do Bra © i 1 .. A - er énci a


ref à

or n a m en t aç&o da cerâmica arqueai ógica marajcara , a

« v *

regularidade d as f or m as v i r t uosamen t e ex ec ut a d as pel os

o1 ei ros e o c u i d a d o coín o ac a b a m ento são a1 g u m a © d as marcas


o
di st.i nt i vas i m pr essas pe1 os pr od ut or e © nesses objetos

eer â micas «
Divulgada „ a p ar t. i r d a d éc:a d a d e 70 „ atrav és de
• w -
p u b 1 i c:açÖe © v o11a d as á p r o p ag a n r.:l a t ur í st :.i ca , artigos de

revi st as ,, j or n a i © e ex p osi çdes r ea 1 i 2 ad as em v ár i os estados

- ^-vr .V

d o Br asi 1 e no ex t er i or , ex p a n d i u se o mer c a d o a n t es r est r i t o

a consu m :i. dar es d e Bei ém e c en tros pr6x i mos, Hoje os ar tesáos

recebem encomendas de várias cidades do pals e at é mesmo

ex por t a ín seu p r od uto p ar a g r a n d es cen tr os e © tr an g ei r os como


Buen os A i r es ? Nova V or k e Br u íí e]. as.
O
o b.m Be1 ém a cer ã m i ca d e I coar ac i pod e © er comprada

d :L r et ament é n as of i c i n as d o Par ac ur i , n as p eq uen as 1 o j a © cJ o


d :L str i to ? na Feira de Artesanato da Paratur no centro da
cidade, na © 1 ojas u r b a n as d e s o u v& n z r S f no aeroporto e
rocio vi ár i a «

Mas un:i. d ad es d e prod uç: Sro d o Par aciiri o comprador


tem a op or t u n i d a d e d e a d q u i r i r o ar t e © an at o p or um preço
menor , enquanto entra em contato com o produtor e seu modo de

vida. E nor ina 1 men te at end i d o p e1 o pr6p r i o ar tesáo ou outro


N,

109 .

m 0nibr o de sua f ami1ia , que au>í :i. 1 :i. a n a esc: o1h a do p r o d ut o ,

dentre DS mui t o s? c:o1 oc a d os n a B pr a t e?1 e :L r as j á pr on t oB ? ou

se fini ac ab a d o s ( f ig » 4B ) „

C omo di s se rnos h o c ap i t u1o an t erior a 1 gum a s 1 o j a s já

f or a /n sep ar a ci a 55 d as c:« f i cin as p ar a p 0r mi t i r - m e1h or es c: on dip b 0s

de acesso aos c ompr a d or es 0 f aci 3. i t ar o a t en di fin 0n t o ao

" f r é g né s " -

NesBe c: as ? p e ç as e sc o 1h :i. d a s p F..* 1 o s artes â os S cl O

e > j p o s t a B á p ar t a d a 1 o j a e aB d e m aii s ? c o1o c a d as n o in t e r i o r ,


r

Scia o r g a n i z a d a s p o r t i p o s e tamanhos em p r a t e l e i r a s , para que

a escolha se efetue mais facilmente ( figs


- 49 e 5 0 ) .
E m mui t os c asos n n CD 0n t a n t o 3 p er s :i. st e a t r a d i c:io n a l

d i s p o s i p ão e s p a c i a l , v e r i f i c a n d o- s e a c o n f 1uên c i a , num mesmo

e sp a p a -f í si c o 3 d o p on t o d e v en d a e d a o f ic:in a de t r ah a 3. h CD

A í ,, o visitante tem o p o r t u n i d a de de p r e se n c i a r todo o

processo de t r a n s f o r m a çã o do b a r r o d i s f o r m e em objetos de
o
c e r âm i c a . C on c: o mi t an t emen t & ou vir á a h i st òr :L a da ar t e de

Ic:o ar a ci e do ' pi CDn eir CD


1
ci a ar t e? mar a j CD ar a " : C a b e 1 ud CD „ In t e g r a

a elenco de assuntas v e r b a l i z ados nasses mamen tasn

:W .
e >: p 3 i c a pb e s s a t;r e o pr oc e sso d e in CD ci e 1 a g em , , gue :i. m a e pir i t u r a

p e cas, c om o a s di f er - en cia ç: ft e s tip o 1 6 gic as que


• •

das as sim

. .w
'
es t ab e1 ec em en t r e c er â m i c a " ma r - a j o ar a " e " t r a di c :i. on a l " «

1;
A p r CD ci up ci o d as p eç a s " t r a di c i on ai. s " antigas" ou

’’ c:öpia da museu " r e quer enais t e mp o c? c ui d a d o s , :i. ne 1u s i v e

p e 53 qui sa de f CDr m a s e p a dr ft'es d ec CDr a ti v os n


- sen d CD V en cii d a a

pr ep a s rn ai s a1 1os que a 1
' m ar
'
a j o ar a ' * , d e c on f ec g: Si o m ai s r à pi d a
Ov
e simp 1 es . C CD n es um:i. ci or e s qu e d e sc CDn h ec e n) a t e c n o l CD gi a

eif)p r e g a d a p ei. o pr o du t or n b o c o m pr een ci em es sa ci i. f er CDn ç a: " t itdo


é marajoara" para el es s e g u n d o in -f armam o s a r t e s ão s, ê

d i f ic i 1 mudar esse c: CDnc (eit o , ab sor v :i. d o da propaganda


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a

.
Figs 49 e 49 - Pepas de cerâmica à espera de compradores em oficinas do Paracuri ( foto Andr é
..
R M - fev 1990 ).
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111 »

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. , ,
Fig 50 - 0 artesão Doca Leite ers sua loja nn Paracuri procura fornecer aos consuridores
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..
informapBes sobre sua produçã o e est á organizando u» cat á logo ( foto Anrirfe R M -
fev 1990 ) .
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.I. .!1. .O
1 il., n

t u r i s t :i. c: a „

A p r ac ur a rn a i o r • ê p e I a p e ç a 11
m a r a j o a r a ‘1 ,
P o r q ue é m a i s b a r a t a e g e r a 1 m 0 n t. e a s
p e s s o a s vêm p r á p a s s e a r a q u i e l e v a m u m a
p ec: i n h a . A g or a e s- s a ’ ’ a n h :L g a ' ' , é ma i s
r

~\ v a 1 or i z a d a » Q u a n d t:« c h 0 g a r? > p ess o a s- q ue às


v e z e s vêm d o e x t e r i o r mesmo ., e l a s p a s s a m
p r i m e i r o n o M u s e u » A í v ê m a q u i .. E f á c i l d e
v e n d e r , é b o m v e11 d e r p r á e 1 e s p o r q u e e 1 e i:s
já c: o n h ee e rn » C o m p r a m rn u i t a q u a n t :i. c ! a d e
f i e a m a p a i x O n a d o s * C o mp r a m „ e o q u e o c:: a r a

p e d e e 1 e s p a g a m , n ã o r ec: 1 a n 1 a m .. ( B os C O 14
d e f e v er e i r o d e 1 9 9 0 )

Os c o n s u rn :i. d or e s q u e se d i r i g e rn a o P a r a c: LI r i s á o , em

geral ? t u r i s t a s que "pechincham" e a f i n a l " 1 e v a m uma p e e i n h a "

c orno .s occer? 1 r » H á t a m b é m c: o 1 e <::: :i. o n a d o r es d e a r t es a n a t o que

"N mai s e s c l a r e e i d o s s o b r e o t r a b a l h o d o a r t e sã o ,, s a b e m que o

p r eç o p ed i d o p e 1 a s p eç as é m u i t o b a i x o < comparado ao das

1 oj as u r b a n a s ) e 1 e v a m g r a n d es q u a n t i d a d e s p a r a p r e s o n I: e a r ,,

ou :i n c: or p or a r às p r á p r i a s c o 1 e ç &e s » O c e r a ri I i s t a a 1 ude à

v1 s1 1 a d o M U íS e u E m í 1 i o G oe 1 d :i c o m o i ) r e p a r a ç ão p r é v :i. a p a r a
"
a

c o m p r e e n são d o v e r d a d e i r o v a 1 o r d a ce r â m i c:: a .. Se g u r > d o Pi erre


~S
B o u r d i e u ,, o rn u se u f un c i o n a c o rn o i n s t â n c i a 1 e g :i t i m a d o r a de
i
bens culturais ( 19872 119 , 269 ) . 0 vi s i tante que encan hra em
:
I coaraci r ép 1 i c as de c e r â rn i c a a r q u eo 1 (’4 g :i. c: a mu s e i f i c: a d a ,,

~\ c o n f e r e a t a :i. s o b j e t os esp ec: i a 1 i m p o r t â n c i a 2

P or ci u e qua n d o os t u r i st a s sa b e m o c ju e
- si gn i f i ca a ar t e en a r a j o a r a e 1 e s n á CJ
p e r g u n t a rn o |::* r e ç:o I l a s q u a n d o e !l es v ê m
«

's a q u :i d i z e n d CD q u e t u d o é rn a !" a j oa r a ,, e 1 es
a c h) a m c:j u e est á c a r a .. En t ã o e 1 e náo
distinguiu, e1 e n ão c: o n h e c: e u a ar t e
's p r i rn e i r o p r á d e p o i s p o d e r c o m p r a r .. 9e a
p e ss o a c o11 h e c: e sse p r i rn e i r o a a r 1 e qu a 1 é
o t r a b a 111 O íT » a r a j o a r a pr á d e p o i s v r
c o rn p r a r , n6 s n á o es t a v a t r a b a 1 h a n d o n u m
p r eç o m u i t o b a i x o « ( D oc a L e i t e 1 4 de
f- es v e r e i r CD ci e :i. 9 9 O )
* s

'S
A
o
O
A
i13 n

O
A Ao i n c oi' p or ar

a seu d :i sc ur so e c:o t i d :i. a n o c 6 di g os

A o r i g i nâr i o s de um saber erudito que é estranho ao grupo


A
soc :L a i a que pertencem ,, os a r t i st:. as de Icoaraci r e t y ' ab a 1 h a m
n
A esses c ó cli g os , r e :L i \ t er j::) r e t an d o o s e a d e qu at n d o- os a sua
A
realidade « As . f i caches
c 1 assi da c e r c iíni ca a r queol ò gica
A
A amaz ôni ca , a que t êm acesso atrav é s de publica çõ es
A
e sp e c i a 1 i z a d a s do Mu seu G oe 1 di ser v e m de b a se p ar a a
A
A ei ahora çâ o de c a t e g or :i. as c 1 a s si -f :i. c a16r i a s da pr oduç & o '

A qu e h a j a uma c or r a sp on c! ên c i a t o t a 1 en t r e
c er ârni c: a a t ua 1 ? is e m .
A
os doi s si s t e m as de c 1 a ss :i. f 1 c a ç & o Assim „ ! ara mu :i. tos
A
A c a t e g or :L a 111 a p a j ò n i c a '
1
a d qu :i. r e si g n i f i e a d o de
artestas a

c ó p :L a d o a\ n t i g o , m e s m o que s e t r a t e d a r é p 1 i c a d e uma urna

A mar a j oar a ::
"

A
A Tapaj Ônica é a c ópia do museu . A
Tapaj ônica é a m ai sr p r o c t 1.r a d a a qui p o1o
pessoal do sul e de fora do Brasil » E
A mui to Pr oc ur a d a a t a p a j Ôn :i. c a » í B ac u 13
d e f e v er ei r o d e :!. 990 >
A
A

A g en er a 1 i z a ç & o en c: on t.r a d a no discurso deste


A
A c er a mi s t a d e rn on s t r a a su a t r a dup ã o d a c 1 a s si f :i. c a ç ã o erudita „

o se g un ci o a qu a 1 a c er â mi c: a t a p a j üni c: a f oi p r a cl u z i d a p e 1 os
A
A r ep r e sen t an t es d a c u 11ur a S an t a r ëm ou 7 ap a j üni c a '
( De z er r a de
A
Menezes !» o p c:i t - :: 35 ) e tem car á ter pr ed o m :i n a n t e m e i ) t e

e sc u 1 1ör i c: o ,, o qu e a di s t i n g ue d a c er Û mi c a rn ar a j o ar a ..

A En t r e os a r t e sâ o s'

ï i á a qu e 1 es qu e se dec!i cam i\‘


A
pr o d u ç:& o do r ëp 1 i c a s da c e r à mi c a T a p a j üni c a ,, par e l es
A
d en o mi n a c j a s 1
' c: er âmi c a c 6p i a de B an t ar ë m '' . E r 11r e outros

A e vi d c-?n c i a se um a m ai c:«r ap r t:« >i i m a ç & o d o s i sterna erudito de


A
c 1 a s s i f i e a ç h.o da c e r âmi c a a r queol ò g i c a e o s i sterna popul a r ein

A
'"'
N

r\

/T\
11 4 .
USD , Neste case . q e r a 1 in e n 1. e ©eu s u © uá r i os p a r t. :L C: I p a r a m de

curBOB o f e r e c: i d os p e 1 c:< M u © CD u Eï m i 1 i o G oe 1 d i P o q ue t e in 1. h e ©
rs
of e r ec i ci o um ina i CD r i n © t r u m e n t a 1 d e r e f e? r é n c i a p a r a p r oc e d n r à

d i f er e n c: :L a ç St o d os d i v e r sa © t i. p os de c e r & m i c: a ,, tanto do

p a © sa d o q u a r11 CD a t u a 1 «
O

P or c| : i..i e o m U Seu , o 1 e se :i. r v :i. t a p o r q 11e •s fc St o


l á as pec, as m a r a j o a r a s , e t u d o o q u e a
g en t e f a z :i. a a q u :i. a q e n 1; e d :L .i. a q \ ..i e é
in a r a j o a r a - E?_ 1 e q u e r i a c|: u e a q e n t e p a s © a s © e

O, n St o p a i' a c er â m :L «::: a rn a r a j o a r a ,
"
rn a s p a r a
c e r à in :L c a d e I c o a r a c:: :i. „ E u c: o n c or d o .. I las
c CD rn CD t i r ar i sso ci a c a ED CD ç a d o t i..i r :i. st a?
E n t ci o t u cl o é m a r a j oa r aS6 q u e h o j e ,, os
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A s p u b 1 :i c a ç:Ö ees d e p r o p a g a n d a t ur I s t :i. c a , di f :L cul t arn a

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artesanato. E a © c e r â rn i c a s m a r a j o a r a 0
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n n a f or m a ci c? u r n a © ci c? a 1 ) t :i. g a © c :i. v i 1 :i. z a ç ft es
d a r c? g i ào ( G u i a B 01 é m , j a n e i r o , 1 9 9 0 : 2 9 )
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G teztcD acrima , a l ëm d e n &o i n c l u i r r e f e r ên c i a s aos

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p or que nò s a qui d ep en d <::•mo s de m ï J.I t a s
j::? e sso a s pr á t r a!:::» a 11 ï ar :: j::;r à e t r a ; c : &o da
A b ar r o 9 p r á f or n e c: er a 1 enh a
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se t or d e emb a 1 a g e m « t in t a t ud o , t LI d o jà
A en v o1 v e a g en t e t er de v en d er n0350
A fn a t er i. a 3. p r - á c or:t pr ar (2 ssa s c o :i s a s 0
t ur i Bt a e1 e n o a gu n a a
& e t mi nh a p r o d ? i ç ä o «
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v em c onipr ar a qui n a rn :i. nh a p or t a ? m aB eu
A n cio t er :i. a d :i n h eir a Be f as B e v en d er s 6 p ar a
A o t ur i s t a « ( D oc a !...ei t e 14 d e? t e v er e :i. r - o
de 1990 )
A .

Por e s s e m o t :i. v o o ar t ee.2f o que e m g er a1 ndo possui

c a p :i t a 1 d e gir o p ar a m an t er se “
, r e t: o r r e ao s
"
in t e r medi ár i o s .
Rec e n t e m e n t e , . á entrada do d :i. s t r i t o ,,
"
e s t a b e1 c:? e er a m se

PEQUENAB 1 o j a s-' j un t o à prin c :i. p a 3. vi a de acesso ( Rodovia


A
V
August o M on t en e gr o ) " a 1 g unias p er t en c:e m a ar t e s& o s que se

A tornaram in t e r inedi ár :L o s, ou t r as a p e s soas 1


' que n'à o s cio da

arte" no diser dos e e r a m i s t a s « Tax s c o m e r e i a n t e s compram a

p r o d uç & a
'
d a s o f i c i n a s p e q u e n a s o u d e a r t e sã o s q u e esteie se
A
:i. ni ci ando na p r o f i s sâo „ Al g u n s
'
v:i. s i t a n t e s p r o f erem estes
A

. A es t a b e1 e ci rnen t os à s o f i c:in a s e 1 o j a s c! o F' ar a c: ur i !


'
por estarem

estas 1 oc: a 3. :i. z a d a s e m p a ssa g e r is n á o c a 1 ç a d as ,, que " e n 3. amei am


A
A .
quando c h o v e , e sá o p o e i r e n t a s n o v e r d o " „ como n o s i n f o r m a r a m

c:: ompr a d or e s C f :i. g s « 51 , 52 e ; ~r \


t::

A
A c er & m x c: a pr o d u z i d a e m Ic o ar a c:i a 3. é m d a v en d a que

s e r e a l i z a n o p r óp r i o l o c a l d e p r o d u q á o , p o d e s e r . o n e or i t r a d a

em ou t r o s p on t o s tJ a ci ri a d e cie Be1ëm „ Um d e l e s é a Er p o s i ç So —
F ex r a d e A r i: e s an a t o que f oi c r i a ci a p e1 o I DE SP
" (In s t i t u1. o ci e

A
D esen v o1 vi men t o Econ ôm i c o - Socx a 1 do Par á ) em 1970 .
A
A P o s t e r i carmen t e j, p a s s o u a scar admi n i s t r a d a p e l a Par a t u r que

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116 »

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v .v ;.'

Fig. 51 - Ma loja Tupi , na Rodovia Augusto Montenegro (entrada de Icoaraci )


popas para todos os gostos (foto Andr é R.M. - fev 1990).

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Fig 52 - A loja Tapajoara d usa das lojas de intermediaries de î coaraci , que re ùne pepas
. .
produzidas e várias oficinas ( foto Andr é R H - fev 1990 )
*
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* oto André R.H. - fev 1990 ) .


.
Fig 53 - Outro aspecto da 3 oj 3 Tapajoara
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es t á v i n c u 1 a ci a à S E CDET ( S e c r e t ar i a d a E st a d a de C u J. t u r a
'
.
D e Bp or t o s e T ur i s m o ) . I ni e :i a 1 m en t e , a e x p osi e ä o cl e s t i n a v a -- s e

a: " e s t :i. mu 1. . ar o ar t es & o p ar a er« se ? di v u 1 g a n d o


’ '
o s eu t r a b a 1 h o e

c on c: or r en ci o p a r- a . a v en d a ci e s eu pr c ci u t o ' ’
" ( B :i qu ei r a E CD cir i g ues ,

M „C . A „ p 1 9 7 1: 6 ) ( figs- 54 e 55 ) »

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O Ho j e CD si s t e n) a u t i 1 :L 2 ado p e1 a P ar a t ur é o de
*
c: CD n si g n a ç ão C) s ar t e s 2( o es , pr e vi a n i en t e c: a d a s t r a d a s , en t r e g a m

se u p r Dd u t o qu e , se 1 ec :i CDn a ci o p e 1 a qua 1 . ci a d e ,
. i é e x p o s t. o na

1 CD j a - Só a p ó s a v e n d a d a s p eç a s , os ceramistas recebem a
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p a g a m e n t o c o r r e s p o n d e n t e , c a b e n d o á P a r a t u r u m a 1u c r a t i v i d a d e

d e 2 0 0% CDU mais, sobre o valor i n i c i a l do objeto.

E l e s c o mp r a m um a p ar c e 1 a d e c: a d a um d e n 6 s
a qui « A g en t e en t r e g a 4 CDU 5 mi 1 ! )& es 1á,
um mê s , at é v en d er , e a g en t e r ec. eb e
a ciu e 1 e ci i n h ei r CD » M a s se p r e c:i s ar ci e um
f i n an c i a m en t o p ar a a 1 g u m a n ec e s si d a d e , n ã o
cJ cCo , r ï St o . C o rnp r ar um a c ar g a de 1 en h a ,
pagar o barro Mas pode i r buscar que
e l e s n «l o d & o m e s m o ! E t i p o c o n s i g n a ç ão . S e
'

c:h e g ar c CD m u m a n e C:e ss :i. ci a d e 1 á „ n et o t e m:


ai n d a nâo'
v en ci eu « ( C ab e 1 ud o .1 .4 de
f e v er ei r CD c:l e 1 9 9 0 )

0 a r t e s âf o e rn b CDr a d ep en d en t e da P a r a t ur que

r epr es en t a p ossi b i 1 i cJ a d es d ca r e a l i z a r v en d a e n CD C: en t r o de

B e l é m , moi
< > t r a- s e i n se g ur o em r e 1 a ç & CD a CD Si s t e m a a d ot ad o , que

es t á 1 on g e de s o 1 uc i CDn a r s CDU S p r ob 1 e m a s ec on ô m :i. c o s « E

r e c o n h e c i cio , n CD en t an t CD , CD t r a b ai. h o d e sen v CD 1 v i d o p e1 a

c: o m p an hi a n o p as sa d o , p ar a d :i. v u 1 g ar o pr o d 111 o :

A P ar a t ur é uma s o c i e d a ci e de economi a
mi sta , onde CD governo tem a maior p ar t e «
N CD pr i nei p :i. o e l a t :i. nha uma - f :i. 1 os of :i. a que
era boa para os a r t es ACD s , porque foi
c r i a ci a corn a f in a l i dade

ci e proteger ,
1 ^
*
d :i. v u1 g ar e c CD mer c i a 1 i z ar o ar t e san a t o » M a s
a1 mu d ou « A P ar a t ur h o j e s ó f a z v e n ci er o
a r t esan a t o - ( Car d oso marco de 1981 )
N

.
Figs 54 e 55 ~ Fotos realizadas na Exposipä o -Feira de Artesanato da Paratur : " artesanato
.. .
do
, .
Par á " sea explicares ( foto Andr é R M - fev 1990 )

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121
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A P ar a t t.ir , e 1 a in t er m e di . a a v en d a « E 1 a é
u /ri a in t er me diár i a p er m an en t e d a v e n d a do
p r o ci ut o * P e1 o m en o s , an o B atr á s e1 a
c:D1 a b ar ou mUi t CD n o s en t i d o d a
Di v u1 g Du rnui t CD a ar t e n o
di v u1 g aç 2t a
Br a si1 e n o
-
e>î t er :i. or .
E c heg ou a t é e sse p o n t CD a
c:er â a)ic: a que o mUn d o i n t e :i r o c onh ec: e h o j e
a n CD ssa c:er á mi c: a , t a mb é m t e m um a p ar c e1 a
de c CDIa b or a ç o
â d a F' a r a t. ur I s so . é 1

:i. nB g á v e 1 .
A g en t e te m qu e r ec : o n I ï ec er e B S e
t r ab a J. h o d a P ar a t ur « F oi f un c j a men t a 3. ,,
( R o Bem :t r - o ~~ 15 d e f e v er eir o d e 1990 >

A P ar a t ur pr CD C: LA r a d esen v o1 v er as " p CD t en c:i a 1. i ci ad es


t ur -ist i c a s ' 1
d o E s t a cl o d o P ar à ,, Ber v :i. n d o-B e d o ar t es an a t o em

particular da c a cl e Ic o a r- ac :i. , p ar a
c:Br âmi : es t a f i n a 1 i ci a d e «

n S e g LA n d o in f or m a g b es que CD b t i v em o s da a t.ua 1 acessora de

P r o rnagÖ es da Dir e t or i. a d e M ar k e t :i. n g da P ar a t LA r Lindalva

O Godi nhcD û "a c:er â mic a mar a j oar a é usa (d a p e 3. o market i r: g „ > p or

n seu gr an d e a p e 1 o m er c a d o 1 úg :L c:o ,, p or ser m LAi t o b em a c e :i. t a 11 !»

sendo a ' 1
c:e r âin :i c a m a :L B an t :i. g a , m a :i. s pr 6 K :i. in a do or i gi n al ",
es c: CD1hi d a p ara f i g ur ar n as ce a mp anh a B- p r o m CD C:i CDn a :i. s » M CD I:e se

qLA e no cl i s c:ur s CD da r epr e sen t an t e d a F’ar a tur - há a1


. us S o a CD

’ a p e1 CD
1
/ner c: a d CD1(5 gi c: o da c er à m i c: a m ar a j o ar a 1' não aa cia

cer â mi
. c: a d e Ic: oar a c: j. ,
} a cju a 1 é eri t r e t an t OLA t i 1 :L z a ci a p ar a a

cli v u1 cj a g $ o 11
d o E s t a cl o d o P ar á " E z p 1ic ou-n CD B a :i. n d a a ac: essor a

que CD c rit ër io d e e? s c o 1 h a d e ob j e t CD B p ar a v en d a n a e >î p os :i. ç â’o

b a s eia se — !?
n a qua1i ci a d e d CD p r o ci u t o " (f :i g . 56 )


R ec oi" d e se C an c: 1 :L ni cju an t CD à a t u a ç ft a ,, n CD lvl é > c i c CD - H d as

1 CD j a s e s t a t ai s cie ar -1esan a t o d a F GN AR T que p CD d e ser c:o m p ar a d a ”

'"N à cia F’aratur ï

( H II e>i :i. s t e m
II
) ap en as p e ç: aB 1
’ q en LA 1n as 11
corvf or me a f :i r in a in ,, se1 e c i CD J D a ci a s d e v :i. d o àB
sLA as qLA a 1i ci a d es e s t ë t :i. c a s r, a ën f a se n es t e
v a 1 CDr f or /n a 1 ci a s p e ç a B m e j. h or a B LA a
a ci mir a ç ft o ? mas pouco acrescenta ao seu •

c: CDn h ec i inen t CD ( 1 9 8 3: 1 0 2 )
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Fig 56 - Na ,
loja da Paratur , UJR 3 rdplica de urna da fase Marajoara do tipo Joanes Pintado »
.. .
cujo original se encontra no Huseu Paraense EBíIí D Boeldi ( foto Andr é P N - fev
.
1990 )

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J. .!••• %• ••
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D e v i d o à p r e a c up a ç &o C: O m as p eç a s g e nu î n a s * ' é que a

c:e r à m i c a M
a n t i ga " . . ' ’ p r d) > î :i. ma d o or i. g :i. n a 1 '' é d e s t. a c a d a p e1 a

p i* "
Q p a g an d a d a P ar a t ur - . A a s B :i. s t en t e t éc n :i c a d a Di r e t or i. a de

Mar k eting ? que t e m r ea 1 i B a d o p es qui B a s j un t o aca B ar t e B& os d ca


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p r eDc up an d o — s e ' d e B c: ar a c: t er i z a c 2( o '' da
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leparacis corn a

pr D d u £ a o 1 o c a 1 qu e p Öe em r i s c o a " au t. en t i c i d a d e ' ’ d o j :> r o d u t o n


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0 ar t eB O

C: r i a 3 :i n v en t a ,, p or não ter
ac e B B C D á c e r â m i c a d o m u s e u ,, a n 3( o se r
a qu e 1 a qu e está em e x fa a Bi ç Sr o r * v> t A n »ï v

a p o s t i 1 a f o r n e c i d a p e l o m u s e u a o s a i t e são s "

t em v o c: a b u 1 ár i o cl e mui t o d i f í c: i 1
coinpr e e n s â o e p o u c a s f o t o s q u e a l g u n s usam
para orientar se ( n a v e r d a d e s & o x e r ox de
f o t oB ? nã
• ) o mu i t o n í t i c ! a s d i f i c u 1 . 1a n d o a
a p r e en sào d e d e t a h e s p e 1 o ar fc e s 2? o
] ( 1 3 de
f e v er ei r o d e 1 . .990 >

Ma 1 o j a c:l a P ar a t ur ,, se g un d o v en d e d or a s as " p eç a s

antigas" s u o m ai s p r oc ur a d a B p o 1 a e 1i on t eI a í
te mai cr poder

a q u i s i 1:i v o ö e ou t r a s c i cJ a d e s d o Br a B. i 1 5 e por es L r a n g ei r o s «

Ti v em o s a o p or t uni d a d e d e c on s t a t ar qu a n r! o v i s .i. t a mo s O 1oc a1

e s t a r e rn a s rn er c:a ci or i a B Or g ani z a ci a s e rn es t a r 1 1es , p or e s péc i e "

c e r ârni c a c:: e s t a r i a ,, e ssÕ n ci a s p er f urn a d a s ,, p r o d u I:o s v a r :i a d o s .

ci a f 1 CDr a , c: our o ? a r t i g o s d e f i b r a s v e g e t ai s m a ci ei r aet c «

Pr ed o m :i n a rn
. os ob j e t o s d e c: e r â rn :i. c: a ,, B Ohr e o B qu ai s a úni c: a

i n f or ma ç: £í o a que se tem acesso é o p r e ç o ., marcado ern

e t i q u êt a s p r e s a s ás p eç a s « despreparo das vendedoras p ar a

prestar e s c! a r e e i m e n t o s ou oferecer s u g e s t õe s demonstra o

ci e s i. i ) t er es se d a P ar a t ur p e 1 CD
"
V a i or c:u1 1ur a 1 e s :i. rn bò 1 :i c: o do

a r t e s a n a t o , r e v e l a n d o u m a e s t r a t ég i a d e v e n d a s c o n c e n t r a d a n o

v a 1 CDr e s t é t i c o cl o s p r o cl u t os ( f i g s .. 57 e 5 8 ) «
r\

••
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.
Figs 57 e 58 - As peç as de artesanato , selecionadas segundo crit ério de " qualidade " , s 'â o
..
dispostas eleganteste na iDja da Paratur ( foto Andr é R M - -f ev Î 9905 .

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.1 .O... S
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V 1 H

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Para o a r t e sã o , p o r é m , s e u -f a z e r e s t á repleto de

si g ni f i c: a d o s qu © r e s u1 1a rn n um a i d © n t i d a d s : o v a 3. or qu e a ar t e

de I c oar a e i p o ssu:L p ar a qu e rn a p r o d u z d i f er e d o qu. e


*
1h e ê
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a11 - :i. b ui d o
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p or que m a v en d e n a i::' ar a t ur e em ou t r a s 1 o j as

urbanas « G depoi mento de Gabel udo fa:: p e r c e b e r c o m o o a r t e sã o •

r~\
,
O c a p t a c-? ss a ' d i f er en p a :
! !

!...á n & c » t e rn um en t en d :i. d o d e i : t r o t::! u ar t. e .


O Nã o t errr n á o .. Nen hu rn .. E 1 e s c. o mp r a r d a g en t. e
p i" á v en d er c: o mo urn ob i e t. o qu a 1 qu er . M ä c:?
tem t éc n i c o , unia p e s s o a q u e entenda » G
t ur :i B t a c in e g ou 1 á , p eq ou n a p e ç: a ,, c: o mp r ou »

.. cl m ar c a d o , 1 e v a Ma s a 1 :i. nã o t. e m um a
p © ss o a a d © qua d a « P or que © r a h oni t o f a z er
uma propaganda , uma d e m o n s t r a ç ão di s s o «
A c ho qu e d e v i. a ser a s s i. rn : o ser v i ç o d ©
t u r i s /no t e r uma pessoa adequada para
e x p 1 i c: a r a q u i. 1 o S e o :i. n g 1 ê s
» e! i e ga r 1 à ,,
a p on t ar r, qu er o a que 1 a p e ç:a — e 1 e 1 e v a .. E
urn a c o :i. sa mu :L t o t r :i B t e i ss- o { 1 4
J. u d© % /

f e v er e :i r o d e 1 9 9 0 )

Mas 1 o j a s ur b an a s d e s o a r enir s , d :L s s e m i n a d a s p eI o
r\
centro de B e l ém ( p r :i. n c i p a l m e n t e A v „ F' r e s i d e n t e Vargas ) , a

c e r âm i c a d e I c o a r a c i é e x p o s t a , d e s o r d e n a d a m e n t e ., m i s t o r a d a a

v é r i a s m o d a l i d a d o s d e a r t e s a n a t o p r o d u z :i. d o p o r g r u p o s ét n i c o s

d i f ©r en t © s , p r odu t os n a t ur ai e , c ar t ô e s p o B L a :i. s i i( s i :i d e s
. e

f i t a s d © vi ci eo
• ( -F i g » 59 ) « G s ob j e t o s c er â mi c: o s , es v a z i a d c:) s i d e

B ©u si gni f :i c a d o , p a s B a rn a i n ser i r -- s © n o si s t e rn a d © ' * .r o c r t? pir


'

cl a A ma z àn i a ' ' ou 1
' ar t esan a t o d a A» m a z üni a ' 1
( - f :i. q „ 6 0 ) , universo

a :i. 11 d a m a :i. s a mp 1
. o que ’ ar t © s a n a t o
!
do P ar á ' ’ Um anuneio

bi 1 f n güe cI a 1 o j a Pr e s ép :i. o A r t es a n a t os p u!::> 3. :i. e a d o no (3ni a

Be 1 ë m de j an eir o ci e 1990 o f er ec e a o t ur i s t a ,
*
”o g©n u l n o

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Fig 5? ~ Ns !Dja de artesanato do aeroporto, o turista pode coroprar desde a cerâ mica ao
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guarda-chuva (foto Andrd R M - fev 1970).

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LEUR a verdadeira " *

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' CERÂ MICAS
FLEXAS
LINDAS PEÇ AS DE
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ARTESANATO
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60 .
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Fig . 60 - AminciD5 publicados OD Buia _ turistico _ Par á , ano 2 . no . 3 . jan / fev / swr 1990 .

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128
. «

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a p a r t i r d a m o t i v a pão e d e s e j o s d o p ú b l i c o a q u e s e d e s t i n a m ,

oferecem a c::« p e s q u i sa d or a o p CD r t u n i d a d e d e e n t r a r e m contato

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r\ 0s h i s t or i a d CD r e s e a r q u eó 1 o g os u m d :i. a
d e?sc o b r i r Sca q ue os a n LI n c i os d e nosso
t empo « c o n st i t ue rn os m a i s r i c os e f 3 é i s
r ca f 1 ca >t os d i á r i os q u e u m a so c i ca d a d e p o d e
conceber para retratar todos os setores de
a t i v i d a d es ( o p .. o i t « " 2 6 2 )
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E n d er e ç:a d os ao t ur i st. a , q u e n e c: e ss i t a escapar j
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n r o t i n a , os a nú n c i os m :i t :i f i c:: a í Yí e a d a p t a m e v e n t os ,
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p r e c: o n c e i t CD S ét n i c o s „ 8 «t o e l a b o r a d o s s o b r e uma •
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tg i a de
cultural , v CD 1 1 a d o s

vencia (f i g .. 6 J. ) «

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A r t e sa n a t o d o P a r á » U m p e d a ç o d a A m a z Ò n i a
q ue v o c:ê 1 e v a p a r a c a sa .. e >; O t :}. s m o ,, a
CD r i g i n a 1 i d a d e ; i a be 1 e z a e a v a r i e d a d e d a
A m a z ò n i a e s t ct o p r e se n t s m e e t o d a s a s p e ç a s
cio a r t e s a n a t o P a r a e n s e « SSfo t r a b a l h o s q u e
r e f l e t e m a v i v ên c i a e a c r i a t i v i d a d e d o
h ornem da r ce g i â o e r e v G? 1 a m

toda a
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i n f 1 uên c i a ind í gena e da c a l o n i z a ç: &o
seu
e u r o p é i a - T u d o :i. s t o e s t â f a c i 1 m e n t e a
alcance* Na F e i r a d e Artesanato da
F ar at ur ,
’ par e >: emp 1 o , voc ê? enc o n t r a
t r a b a l h o s em m a d e i r a ,, cou r o e r a i z e s
m a r orn â t i cas»
a : i. n d a
a 1é î T i d e p e r *
f u m e s r e g i o
a s f a /n CD sa s c: CD r á m i c a s m a r a j a a r a e
n a i s « E

I t a p a j ôn i c a « L e v e o a r t es a n a t CD d CD P a r á .. A
m e 1 h CD r m a n e i r a d e t r a n s p or t a r o e n c a n t CD d a
A m a z Ò n i a p a r a o se u a m b i e r 11 e *
* ( An ú n c i o da
Ci a * F’ a r a e n se d e T u r i CD m o , p u b 1 i c a ci CD no
Gu i a T u r i st i c: o d o P a r á 3 a n o 1 1 , n CD -T* •*

"A mar ç o d e 1 9 9 0 )

A c» la ci CD d CD t e x t o r e p r CD ci u z i ci CD a c i m a e n c o n t r a -s e a
O
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rs

n 129 «

PARA’ S CRAFTSMANSHIP:
A PIECE OF AMAZONIA
YOU CAN TAKE HOME.
One of most charming things of
Para ’s culture is the hnndicrafted work .
There are items of such an artistic-
richness and variety rarely found in
the world.
The craftsmanship bears the strong
influence of the Indians and the
European colonist . The work reflects
the experience and creativity of the
o local people
Para ’s pottery is unique: artifacts,
utilitarian pieces, and urns with
anthropomorphic, zoomorphic, and
decorative motifs, have come down
from marajoara and tapajonic art , both
civilizations of the pre -Colombian
period .
You can find all of this in the
markets and small handicraft shops
located in the main cities of the State.
Samples in wood , plant fibers, leather,
aromatic roots, and the original
scented dolls, which not only decorate
but furnish a delicious perfume.

ARTESAMA PARAENSE.
I N PEDAZO DE LA
r AMAZONIA QUE USTEl )
LLEYA PARA SU CASA .
rs Una de las manifestaciones
culturales que m á s encanta al visitante
en Pará es la artesania . Las piezas son
de una riqueza art ística y de una
n variedad raramente encontradas en el
mundo.
o La artesania sufre la fuerte
influencia del í ndio y del colonizador
europeo. Los trabajos reflejan la
3
handcraft piece
vivê ncia y la creatividad del hombre de Ò 1
la region .
-
Bottle neck vase: a Tapajó s
La cer â mica de Par á es ú nica.
destaque son cl “ pirarucu ” en la Artefactos, piezas utiles y urnas con
“ chapa ” , cl “ tacacá ” , cl “ Taumatn en el motivos antropomorfos, zoomorfos y
O tucupi ”, la “ rnani çoba ” , el "caseruinho decorativos, heredados de las artes
de caranguejo” , a “ peixada ” y el " marajoaras ” y "tapajonicas".
“ tucunaré asado”. Todos acompanados Civilizaciones del per íodo pre
de harina de mandioca , que completa colombiano. ,
cualquier plato en Pará. El turista puede encontrar todo eso
Una riqueza aparte son la frutas en las ferias y tiendas de artesanias,
paraenses , que el turista puede saborear
al natural o en helados y dulces. Nadie
resiste al “ a ç a í ” , a la “ pupunha ” , el ?
“ murici ” , “ sapoti ” , “ bacuri ” , "mangaba ” , *
5
AV - r»
muy numerosas en las principales
ciudades del Estado. Piezas en majoras,
fibra vegetal , cuero, ra íces arom á ticas y
las originales munccas de olor, que
,

“ taperebá ” , “ cupua çú ” , “ manga ” , “ ux í ” adem á s de decorar, proporcionan un


’ perfume agradable.
y a la exquisita “ Castana de Para ”. rhe Marajoara Culture ‘>

'TA
.
Fig 61 - Propaganda bilfngtte da Paratur divulgada __
em folheto denominado : In the state of __
Pará , A .r nar ô nia - _ happens naturally ( no estada do Par á a Amaz ô nia acontece
natural mente ) .
o

o 130 .
O
:i. magern de urna antropomör -f i c a de c e r ámi ca . produz i da em

O Icoaraci ( -f ig . 62 ) . 0 objeto é associado ao " Bíí ot :i smo " ,


' ' or i gin a 1 :i d a d e " M
b ele z a 1’ d a A ma z òni a n en c:|u a n t o s eu pr o du t or
rS
nãfo menci onado, est á incl uí do na desi gna ç ao gen ér i ca de

" b ornem da regi âfo " - 0 a p e1 o c on c!uz à v o11a n o s t á1 gi c a ao

p a ss a d o n âfo vi vi do 3 ma t er ia1iz a d o no oh j e t o - t e s t emunh (3 ?


O
*
o c o 1 CD c a d o ao a 1 c an c e d CD C On sumi d CDr na f ei r a da F:’ ar a t ur
*
B a t.idr i11 ar d r e -f er e- se a (3 ob j e t o m ar gin a 1.. , en t r e o s quai s se
r\
:i n s er e CD Oh j e t o d :i. t o ' ' e x ó tic o ‘, o " f o1 c 16r ic o 11
ou ' ’ a n ti g o ' *
cu j o f a scin :i. CD r eside na " a l us á o a um mUn d o an t e r :i. o r "

O
( op . cit . : 81-83 . )

Encomendas grandes sã o f eit a Bí



a artes ã os de

r* Icoaraci , p CDi'“ r e v en d e cJ CDr e S d e out r a s c :i c:l a d e s t::« r a si1 e i r a s e


*
• - ^\
mesmo do exter :i. or - Quando os p edi do s sá o mu :i. t o v o1umo so s CDS

c eram:i s t a s en c on t r a m di f :i c u1d a d e s ? -
p ar a a t en dõ 1 o s d e v i d o à

^ i a 1 t a d e r ec ur sCD SD p ara a d quir ir mai CDr quan t ida de d e ííiat ér ia -

O
p r :i m a e pr o vi d en c i ar as embaiagens . Di f i ci1mente CDS

produtores sá o aux :i. 1i a d o s p or 6r g êí o s d o g CD V er n o « bm 1981 o


/^i
B A SA ( B an c o d a A m a z ôni a S « A . ) c: r :i. ou urn a 1i nh a d e c r é d :i t o p ar - a

CD s ar t e sSfo sa b a :i. x o s j ur o s que n o sur t :i. u e f ei t o « E îï) 1


. .987 ,
*
r~\
o j CDr"n a1 G Li ber a l ? no ticiou a e y p or t a ç cio de " 1500 peç as de
“V
'
cer âmica iiaraj cDar a ,
( en t r e f 1 or eir a s ,, ur n a s va se:) s e

:i. gap ab as " , c o m CD p ar t e d e um p e di d o d e 9 0 0 0 p eç as no v a1ar


«
d e J. 00 m :i 1 dù 1 ar e s . f ei t. o p e1a e mpr e s a f )c 11 a s C o r p o r s t io RD do

J a p âfo « De z -
ar t e s à o s r - eunir a îï) s e par a pr o duz ir os ob j e t CD s n

tendo si do aux i1i ad CD s f :L nancei r ament e pel a L B A , . . e SEC ON

< 8 ec r e t aria ci e Ec on om :i. a ci o Huni. cipi o d e Be 1 é m ) 9 que atuou

c CD mo in t er m e? ciiár i a , vi abi1iz an d o a v en d a . Eri c on t r a îï) O S no


"3
s~\

tr\ 131 .
r\
n
<r\

UM PEDAÇO DA AMAZÔNIA .
QUE VOCÊ LEVA PRA CASA .
\ O exotismo, a originalidade, a beleza
e a variedade da Amazônia estão presentes
r\ em todas as peç as do artesanato paraense.
São trabalhos que refletem a vivência
V - e a criatividade do homem da região e
o revelam toda a influência
indígena e da colonização
europeia.
/*S Tudo isso est á facilmente
I
ao seu aicancc .
Na Feira de Artesanato
da Paratur, por exemplo,
voc ê encontra trabalhos
em madeira, fibra,
balata, couro e raízes
aromáticas, al ém
de perfumes regionais.
E ainda as famosas
cerâmicas marajoara e
tapajônica. 62 .
"\ Leve o artesanato
do Par á.
I A melhor maneira
de transportar
I o encanto da
'•‘S Amazônia para
o seu ambiente.

PARATUR
Cia. Paraense de Turismo
Hê UOVGUEIROS
s

Praç a Kennedy, s / n Fone: (091) 224 - 9633 Belém, Pará

"~Y

.
Fig 62 - Aminci o publicado pela Paratur nos principais guias tur í sticos de Seife
, . . . ) .
© ( Guia

Eeié fft ano 2 no 9 jan 1990


"\

132 -
r\
j o T" n a 1 A Pr o v i n c i a d o P ar à , r e -f er ên c i a a sug e s t ft e s f ei t. a s a o s
r\
produtores pelos empresários:

r\
En t u si a sm a d o s c: o in a s p e ç: a s , o s j a p on eses
r\ e
pensaram en) agilizar o processo
pr o p u s er a m a o s ar t e s ët o s a me c: ani z a ç ào das
o -f i c i n a s 5 i. . n o 1 u si v e c o m a i. n t r o du ç ci o de
e st u f a s » '' Nû s n ã o a c e :i. t. a m o s p or qu e
rs pr - e f er i. m o s q u e t u ci o c on t:i n u e a r " t e s an a 1
- E
rS
max s b oni t o 11 „ o b ser v ou S a 1 o mSf o Pi n h G
( J or n a 1 A Pr o v I n c: i a d o P ar á « 2 0 m a :i. o 19 B 7 )

n .

A a t i t u ci e c:on s e r - v a d c?r a a ci o t a ci a p e1 o s c er a mi s t a CH.


rs
quan t o à t e c n o 1 o gi a e m p r e g a d a ri a ma nu f a t ur a da c: er â mi c a ,

pr o c ur a n d o m a n t e?r a " r u CH. t i c i d a d e " ci o p r CD d u t o - r c-? CH.p CDn d e a u ma

das c Gn di ç: 5e s d e f i ni d a s p e 1 o c: on sumi d or e x t e?r n o . Costumam

ressaltar que a cer âmica é " f e i t a à mâo " , e que cada pe ç a

c ar a c t eri s t i c a s p r 6pr i a s - N2 o quer em me c an i z ar as


g u ar ci a
*
o f i c:i n a s p or a c:r edi t ar em qu e t a 1 mu d an ç a p a d e p r - e j ud i c: ar a

a c: ei t a p êt o d o pr o dut a «

O Há casos em qu e v a 1 or e cr> e s t é t i c o s d o c on sumi d or S clO

i m p o s t CD s ce* a c:a t a ci o s , r - e v e 1 an ci o s e n a a c ei t a ç. et o d e su g e s t fr e s

qu a n t o «à f or - m a
- e Gr n a rn e n t a ç 5 CD d o s ob j e t o s - Mui t a s vez es

r e c eb em en c:omen ci a s d e CH. t i n a ci a B à p r- opayan d a de pr o dut o ci e

empresas , que d e t er mi n a n) a a di ç:: et o d e seu s 1 o g o t i p o s , ou de

1 CD j as d e s G C î r e r ) i r s que e x i g c-? m 1 e g en d a s c o mo * " 1 embr an ç:a do

F’ a r á " e " I emb r an ç a d e B e 1 ém " , e s c r :i. tas e in p or t a -- 1 ápi s e

c:i n z e i r o s -

Há c 1 i e n t es que su g er em a minia turiza ç Sio d as ur nas


n
funer âr i as . r e v e 1 an d o a ssi m uma d a s t en d ên c: i a s c o n t r a di 16r i a B

ci e n CD s s »a c i vi 1 i z a ç:et o " da e x p an s c t o " ( B audr i 1 1 ar d op - c :i. t « 5B ) -


• """N

. o

133 .
Nós t amb ém r ec: eb emo s mu:i. t a i. n -f 1uèn cia do
c lie n t e . 0 c:1i en t e su g e s t i on a e nó s
aczei tamos a SD ug e s t âf o d e 1 e „ N6s g o s t a m O B d e
r e c eb er p or que enr i que c e o n o ss o t r a b a 1h o .
Ch e g a uma p es so a a qu :i. e d :i. z " eu quer :i. a que
v oc d d esenh a s s e n e ss e b o j o um e s c u d o d o
F i a m en g o < di g a m os a ssim . En t «ío a g er i t e

r\
ci ca senh a p r on t a m en t e < ... ) A1 g uëm t ev e
a que1 a c:r i a t :i vi d a d e e s ab em o s qu e a que1 a
p eç a v ai t er a c: ei t a ç: §í o p or que oB g o s t o s s e
r ep e t e rn , p r in cip a 1 rn en t e qn an d o p ar t e m p ar a
a parte do visual Outra coisa que
v en d e mui t c:« ë c: i n z e :i r o . u- :i•. n z eir o
\
n òs
n CDr rn a 1 m en t e v en d em o s d e mi1heir o „ Tem
rs •f ir m a s que p e d em rn :i. 1h e :i. r CD S » Para
p r" CDp a g an ci a nó s us a mo s d e c or a g: ã o rn ar a j o ar a
e s t i 1i z a ci o e mui t a s v e z o s a t ë o 1 CD g o t x p CD
ci a f ir in a < R o s e mi r o 1 5 ci e f e v er eir o d CD
1990)

A
Nâfo é r ar CD en c on t r ar mo si n a s o f i <::: :i. n a s e 1 CD j a s da

. P a r a c u r i », p r a t D s ci e p ar e ci e c CD íD e s- c:u ci o s d e c 1 ub e s b r a s i 1 e :i r o s

de f u t eb o1 », or n amen t a d o s c o m b ar r a d ec or a t. :i. v a "marajoara ”

( fig . ^9 ) M A in t r CD duç 'â o d e t ai s e 1 emen t CDS em d e s ar m o nia c o m o

e s t i 1 CD ci e? Ic o a r a ci ? p o ci e s er c:CD n CD :i ci er a d a k :i t s c h ( Humb er to

Eco , 1979 : 110 ) .


Fén e 1 on C ost a e m seu tr ab a1 h CD 0 K i t. S C h na Arte

Tr i b a l e x a min a a em er g Ôn c:i a ci e ííí O d a 1i ci a d e s /r i t s c h ? surgi das

en t r e gr up o s i n ci ï g en a s mo r m en t e o s K ar a j â ,, a partir dos

c CDn t a t CD SD c CD m a c:u1 1ur a o c:ici en t a1 . A s a 1 1er a ç ci es d e r ep er 1 6ri o

n ocorridas ? sâfo o p r i n c:i p a 1 f CD C CD cl e an á 1 i se da p e s gui s a d or a


n
que 5 t er min a p CDr c CDn c 1ui r que n em t CD ci a s a s f or rn a s d e -
/r i t s e h

s ctO " ci espr o v i d a s d e v a 1 CDr ar t i st i c o e d ec a cl e nt e s 11 . No casa

das f i g ur a s ci e c: er âm1 c a rn o ci er n a men t e e x e c:u t a d a s p ei. o s l< ar a j á 3

as /nu d an ç a s o c: a si on a ci a s a p ar t :i. r d o c on t. a t o in t er c u1 1ur a1 3 1

e vi d en c:i a m enr i que c i men t CD d a t e má t i c a e m ai ar ap ur *


CD t é eni c:: o ?

se r e1 a c i on a d a SD
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â sr> an t er i or men t e:* pr o du z i d a s p e1 a gr up o
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( 1 9 7 1: 1 2 6 - 1 3 0 ) .
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1 34
rs
A b r a h a m M o 1 es C O n st a t a H que-? o kitsch ë um cl OB t I p OB

d B '’ r e 1 a ç.St o q u e o h ont e m m a rt t é rn c: o m a e c o i sas „ u ma rn a n e i r a de

ser , m u i t o rn a i s c:l e? q LI e u m o b j e t o o u rn e s m o e B- t :i 1 o '' ( 1 9 7 3S 11 ) .


G a u t or 1 e v a e m o o n B i d e r a ç: £ío a p s :i c a 1 o g i a h u rn a rt a ,

. af astando

Os se d as a ná 1 i B es que , pr eBa B a c o rt c e i t. os c o d i f i c: a d o B do
o
’ ’ b e 1 o 1' , p a r t e m d o v a 1 or e B1é t :i. c o d os a b j e t os c 1 a s S i f :i. c: a n d o - os

como de " bom " e " mau " gosto » 0 kitsch „ no caso da cer âmica de
O r es i d e mu i t. o ma :i. B rt o
I c:oa r a c: i * Be g u rt cJ o n css a a n à 1 :L Be ?

r e 1 a c: i o11 a nt en t o c: o n su m i d or - ob j e t o q u e n os o fo j e t o B e m B :i. ..

Lembre — B© Cartel i ni para quem o kitsch est á

A
1 c:* c a 1 i a d o n c: - 1
' es t i 3. o p e 1 o q u a 3. o m e? r c a d o se r e 1 a c i o n a c: o m o

o
popularH ( 3.983 “ 137 ) -
Há entre os arte Beto s um grupo mais preso à s f or ma s

d i tas " t r a d i c i on a i s " ( e rt t. r e e 3. es es t âfo C a r d oso e Cabeludo )


o manut en çâ o do est i 3. On n âo aeeitando
que prega a

'"N
’ ' es t i 1 i z aç G es ’ ' ou i n t r od u z i r i d é i a s d o c: o rt s um i d or ::

A g or a est â o i n t r o d uz i n d o
'
m o t i v os de
i rt d i os p C a r i m b 6 , C i r i o ( ) N 6 s t e m o s
se r rn p e d i sc u t i d o so b r e ese - a m o d i -f i c: a ç á o d a
c: r m
e â i c : a d e I e o a r a c i a es t . i 1 i z a ç â o d a
O c e r â m 1 c a „ P or q u e? e u a c h o q u e a g e n t e d e-? v i a
t r a b a 1 h a r e m c i ín a d o q u e n ós t e f î t os ? d o q u e
sâ o c u 3. t ur a s e x t i rt t a s f î t a s q ue t ê m a 1 g u fit a
'

c:: o i sa v i v a G a r t e Bë(a d e v i a t r a b a 3. h a r i sso


»

'"N
mas conservando as formas e o e s t i l o .
( Cardoso —
1 de dezembro de 1983 )

T e nt f î t u i t a g e n t e p or a q u i H e 1 e s rn a t a nt a
o r i g i rt a 3. i d a d e

d a p eç a p a r a quem c o n h e <::: e
a r t e :: p c? r q u e q u e m t r a b a 3. h c t s
*
es t u d a 3. é ,,
conhece o que ë a arte ., Ent ã o I S B O eu
j::) r i m o » E u g CD B t o d e f a z e r a q u i. 1 o d e n t r o do
que é ? da o r i g e m ELI. e s f a z e m o que
v e m rt a c: a b eç a d e 3. e s e d i z e m :: e ss a p e ç: a
a q u i ë f î t a r a j o a r a e n â o é „ E 3. e s B a i da
é t i c a d a a r t. e .. ( C a b e 3. u d o —
1 4 d © f e v er e i r o
de 1.990 . )
0
n
r\ w

r\ 135 «
r\
Gu h r D gr up o a c: ei 1; a mU d a n ç a s e ama c o n s e qü ên c i a

. a c :i. on a men t a c o m
n a t ur a 1 d o c:r e s c i m en t o c j a pr o d u ç ã o e d G r e 1 o

m er c a c j D « R a s emir o , c:om o j é d :i. s s em o s , é um d os qu e a c; h am

importante . bar
hr aba 1 c om o m ar a j o a r a " e s t i 1i zado " 0

:L n c or p or ar su g e s t ft e s d o c on sum :i. d o r . E1 e e x p 1 :i. c a su a p o si ç & o a


'S

j ei t o d a ' ' d e s c ar a c t er i z a ç S o " :


r e e:
'

Eu c an c: or cl a a s e g uin t e , c:|ue t ucl a t er i a c:jue •

t er sua e v o l uçâ o . N ó s estamas


cl d e . E
numa
n t cl e
o e x p 1 o s& o t er r i v e? 1 d e c r :i
. a t i v :i. a
n ó s n & o p od er 1 a m o s -f i c: a r p r e s o s a uma
7 N
c: oi s a que a c:CD n t e c: eu h á 2 0 0 0 a n o s a t r ás
Ho j e en) d :i a s e vë o s m a i s modernos t i p os
, ,
de c a r r o a v i ão e t c » Foram c r i a t i v i d a d es
de t r a b a l h o, t éc n i c a s < « « , . ) N cio ë uma
'' d e s c ar a c t e r i z a ç St o " «
M
D e s c : a r a c: t er i z a ç &a ' ‘
s er- i a s e eu di s se s se : e s se ë a t r ab aIh CD
t ï pi c o , an t r op o 1 6 gi c o d e n o s s a r e g i & o Ma s
e s t c:« u di z en d o que ë u in t r - ab a1h o
eu
d e c: CDr a t i v o » No m eu p on t o ci e v i s t a ë um a
e v CD 1 u ç cl o da c: er â mi c: a » E1 a e v o il u i u . A
p e es er v a ç o n £t o p r oi b e o a va n ç o t ë c: n i :
c o
n •
d e1 a . ( E CD B emir o - 13 ci e f e v e?r eir CD ci e 1 983 )

Poré m , os c er a mi s t a s t ë m c on s c i ën c i a de que os

e i ementas e s t r a nh o s a CD e s t i il CD e g CD S t o ci CD pr o ci u t or , advindos
n
da adoç: c i o de p a d r õ e s d e g o s t o cio consumid or t êm parat eles a

""N
f un p â CD p i in cip a 1 d e g ar an tir a v en ci a d o p r o d ut o »
• 7"

A s v e z e s a g en t e p r o e ur a m ai s g an h ar
cii nh ei r o ci o qu e t r ab a 1 h ar d en t r o ci a ar t (f? »
G in eu g o s t o a i n d a c o n t a .. E u p r o c u r*
o f a z er
CD que eu g o HS t 5 ci CD u e? ë d e nie il h o r C o m b i no
m eu g CD S t CD C CD m CD g CD S t CD d o c 1 i e n t e . eu
f a z e r - a r t e c: i
: s a m 1 h o r ,, m a :j. s
p r o c::
" ur o « CD . CD

perto ci CD meu g CD B t CD » Be bem que á s vezes


n et CD s ai d o m eu g o s t o .. En t et o mui t a s v o z e s a
g en t CD d ei x a ci e -f a z er a c: CD i s a b em f e :i. t a
c r.) ni o a g en t e g o s t a d e f a z er , c o mo a g er ) t e
tem na cabe ç a pr á f a z e r um pouco m a i s , que
ë para poder se ag üentar , ter m a i s algum
t t a ( D CD C a
di n 11 e i r CD , pr á p o d e r s e su s e n r «

L ei t e? - 14 ci e f e v er ei r CD ci e 199
- O )
r\

r^ ,

1.36.

Observe— s e qu e n o s eu di s c ur s o a ar t e © ào d e c 1 a r a a

i n t e n ç:S o d e p r e s e r v a r o s e u g o s t o e o p r a z e r q u e s e n t e n o s e u
ry
fazer , na e x e c u pâo d a s t é c n i c a s d a a r t e ., dando de si o
/“ N

"melhor " . E j u s t i f i c a q u e só p o r n e c e s s i d a d e d e i x a d e f a z e r a

"coi sa ta em f ei t a " . Ti v e m os a op or t un i d ar i e d e c on s t a t ar esse


~N
/

f ato- M e s m o a t en d en d o a g r an d e s én c o m en d a s o s c er a mi s t a s n êl o

se ei e s c ui d a rn d a f a t ur a e s m er a d a d a s p ep a s , qu e t or n oLI- s e

trapo marcante de su a p r oduç ft o « Da " model agem " ao

en v e 1 h e c i m en t o ? o m e s ni c:» c ui ci a ci o ë d :i. s p en sa d o à m an u f a t ur a P
O
n f t a i í Tí p or t a n d o a qu an t i d a d e a s e r e x e c u t a d a
( f ig . 63 ) .
E po © sí v e1 qu e :i. s t o se dê gr a p a s á a t m o s f er a

d e s c on t r a í d a
'
que ob s er v a rn o s r ei n ar n a s o f i c i n a s .. M £í o v i mo s

s :i. n a 3. © d e t e n sã o m e s m o q u a n d o e r a p r e c i s o a c e l e r a r o r i t m o e
O
a j o r n a d a d e t r ah a 1 h o .

Messe c a so y o s ar t o s £í o s p o d e m c o m e p ar rn a i. s c e d o ou

a c: a b ar m ai s t ar d e „ Ti v e rT) o s a op or t un i. d a d e d e c on s t a t ar cer ta

v e z j, quan d o d ei x á v a rn o © O P ar a c ur i à s 2 i I ï or a s ,

qu e o s fornos

ai n ci a e s t a v a m a c e © o © n a s o f i c i n a s e o s c: er a mi s t a s c o n v er s a v a m

a ni m a d a í Tí en t e en qu an t o t r a b a 1 h a v a m . 0 f a z er c er á î T ï :i. c o p r e en c h e

o c o t i d i an o d e s s e s ar t e sft o © , qu a n d o t o d a a f a rn :[ 1 :i. a p a r t :i. c: :i. p a

em t od o © o s mom en t o s .

0 1h e , a c e r âm i c a sempre deu suas


c: o m p en © a p Ö e s . U í TT a é d a p e © s o a quan d o g o © t a
ci e t r ab a 1 h ar , é uí Tí a a t :i. v i d a d e b oa -
T !* a b a 1ií a
*
ci e c: a ta e p a f r :L a 5 n ft o t eíTí aquel a
O t r a ta a 1 In ar ,, amanhft
d e: h o j e eu t en In o qu e
t. e r í h o - N o t e í Tí In o r ár i o de trabaiho ?
n âf o
^
n a c:l a . En t o a p e s> s o a tr abai ha
n Âo t e í Tí
^
r e a 1 íTí en h e á v on t a d e . A ou t r a :: a c er â í T íi c; a
t em c on di pb ei s d e d ar 1 uc r o se soub er
o L r a ta a 1 h a r c o í Tí e 1 a 0 a r t e © an a t o í Tí ar a j c;* a r a

já d eu í Tí ui t o di nh ei r o . S e n & o d eu p a r a o
a r t e são P Jö d eu p a r a a p e so a do
intermedi á r i o, q u e p a s s a r a í Tí a a c r e d i t a r e
:!. 37 „
r\
r e v 0n d 0r „ E t.\ v 0n di mui t o p ar a o
in10r m 0? c:li ário ,, 0 a :i. n d a v en d o „ M a s 0u ac: !1o ,,
<0
qu e 10m mU :i. t D S ar 10 B&O S aI qu0 d 0 v er i a m
r\
eB. t ar b e m t r ab a 1 h an d o c o rn
< D oc. a L ei t e —
a m ar a ;j 0 ar a
13 d e f e v er 0 :i. r o d e .!. 990 )
-
Os cerami stas t êm no çâ o de que
'
mui tas v 0 z es B cl CD

rs
0>î p 1 or a d os
"
p or i n t er m e di ár :i. o s e p 01 a pr 6p r i a
*
P a r a t ur ,, mas

r' conhecem o valor do seu trabalho 0 a import ância cultural

r 's d es10 p ar a o P ar á 0 p ar a o Br a si 1 t a 1 di î T î 0n s "â a 1h es é d ad a

qu an d o p a r t i c i p a m d e f 0i r a s

0 eM p o si ç ê 0s 0m o u t r" o s 0 st a d o s do
O

Brasi 1 , j :i n c 1u si v e a t r a v é e d 0 0 i > p 0r i ên c :i a s vi vi d a s p or C ar d o so

n CD ex t er 1 or « Em 1980 y C ar d o s o r 0p r e sen t c:?u o Br a s- :i. 1 em


-v
D u s s 01d a r f 0 0m s e t e m t) r o d e 19S 3 , na F ei r a I n t er n ac i on a1

r e a 1i z a c J a em um mu s 0u d 0 L o s A n g 01 e s . Nes s a o c a s i & o a 1 é m de

10r r ec 0b :i. d CD 1 « O 00 dô1 ar es p 01 a p a r t. :i. c: i p a ç ët a „ p ù d 0 d 0 m o n s t. r a r *

sua t é c ni e: a e v 0n d er t ud o qu0 pr o d u z i s s e d ur an10 a rn o s t. r a ,,

Begundo e 1 e o ' ' 0 s t r an g 0i r o ’’ v a 1 or i z a mui t o a ar t e cer â mica .

D c? c a qu0 t a rn b é rn c o s t uina 0 >î p or s eu t r ab a 1h o f or a d0 B 01 é rn 3


rs

f a 1 a ci a a c 0i t a ç:& o d a ar - 1.0 d 0 I c: o ar a c i n o Br a s :i. 1 “

É o artesanato mais querido do Brasil


i n t ei r o „ D 0n t r o d o Br a si 1 n ã o t ein n 0m «

Bahia , nem Cear á , nSio tem um outra (estado

qu0 f a ç: a urn ar t e san a t o t «K o ma i s 0 0m


r~\ apr e 0 i a ci o p 01 a op i n i â o p ub 1i c a „ T o d a s as
f 0i r a s

que nûs v a m os p r á Set o P au1o ,, n6s
g an h a rn CD B C:O m o m e1 h or a r 10 B- a n a t o E on ci e
•f or B a r ) t a C a t ar i n a ,, on d 0 eu j á p u d 0 i. r ,,
a t é Gr a rn a d o 1 á o n o ss o t r a b a1h o é o m ai s
p r CD c ur a d o « ( D CD C a L ei t e 14 f everei r o •

i 990 )

Mes m o s a b en d o qu0 seu t r ab a 1h o é a pr e c i a ci o nas

f ei r a s

ci e a r t e s an a t CD , mui t CD S ar t e? sâ o s e vi t ain p a r t i c: i p ar d0

t a i s e v en t o s t en) en d o p r c-? j ui z o s ,, ou p or i n s 0 gur an ç a qu an t o às

/TS
r ^s mr*

r\

CS Í 38 ..

c on di ç:fr e s de a1 o j amen t. o e rn 1 o c: a 3. i d a d e s di s t an t es de sua

or 1 g em „ lvJui t o s scto as r e 3. a t o s d e ar t e s et a s qu0 f or a m roLibad os

r\ au qu0 n&o c on s e guir am v en d er s eu s pr o d t.i10 s , p er d en d o a s si m a

O
viagem . No entanto,. há os que se a v en t ur a m e s aa b em

O sucedi dos .
n T oda c:on cjuis t a e f et ua da p or um ar t e s a o é in c or p o r a d a

p t:«r t od os c:o1n CD vi t dr i. a d o gr 1 A p o « üuvimas v ár i a s men ç Cf es

f ei 1; a s p c:?r ar 10 sâ'o s

C On c ei t u a d o s n a c:: o muni d a d e a r e sp e i t o de

p r émio s g arih o s p o r c er a mi s t a s j o v en s „ que p a s s a m a pertencer

à ar t e de Ic:o ar aci « 1 n v er s a m en t e os ar t e s «t o s j a v 0n s se

r e t er en » c om CDr g u1h CD à c on t rib ui g: & o de c 0r - a mis t a s an t i g CD S

( pr i n c i p a 1 m 0n t e o '' c r i a cJ or r ' C a b e 3. u d o e CD ' ' p e s qui s a d or ' 1

O Cardoso ) .

'TN Eu e ci c c;1hi a a r t e rn ar a j o a r a p or que •


qu0r i a
O d ar um r 0 c: a ci o p arf a f or a . p or qu0 . nús
p ar a 0n CD e s s o m o s in di o s ,, ma s que ri (f) s t em o s
O a c u11ur a » Mo an CD r e t r a s a ci o n o ssa c:er âmi c:a
ganhou um pr émio l á no ï birapuera coin uma
p 0 ç a in cji g en a , qu e e s t á 1 á o t r o f éu n a
O
P ar a t ur « Um a p e ç a n o s sa , d a qui R eunir a m a -
c er âmi c: a

d o Br a si1 e a p e ç a pr 0 î nia d a f oi..
^0 f ei h a p CDr

um r ap a z de 1 > oin e 0r - 1 an d o .
( Cabeludo - 14 de fevereiro de 1990 )

n
n A -
c:CD c sSia e>;is t en t e ent r e os pr odut or es d e Icoaraci
^0
sofre atualmente in t er -f er ên c:ias e >í ternas de car á ter
n
n ci e s a g r e g a d or
*

*
ap on t a d a s p CD r C an c 1ini c CD /no r e sp on sá v ei s p e1 a
n r up t ur a en t r e CD in di. v i du o e a cornunidade ( 1983 : 84 ) .
S
'

O In10r m e diá r i o s e 6r g â os '


d o g o v er n o o f er e c ern t r ab a 3. h o a

n cj e t er mi n a d o s ar t e sâf o s c u j a pr o du ç á' o é j u1 g a d a e siel eci on ad a

s e g un d o c:r :L t ér i o s d e qua 1id a d e e 3. i ti s t. a s . V CD r i f i c a m o s qu0

n e ss a f or m a

d0 s e p a r ar”
CD S C er am i st as de B eu grupo ? corn
n
n
r\

rm
139

pr om ess a d e v a n t a g en s f :i. n a n c ei r a s e m t r o c a d e e r c 1u s i v i d a d e,
n
est x mul ar a c o n c o r r ên c i a entre os produ tores A
O pode
n i y ën c i a da a s s i n at Lira no s objetos de c e r ám i c a
n
i n d :i v i du a 1 i 2 a n d o a p r o d u e St o ,, t a mb é m C Gn s t i t ui um a das
m
p r á ti c a s men c :i. on a d a s p or G an c: 1 i n :i. . No passado e ai n d a

recentemente, t a1 p r êt i c a era incomum 0( ï ) l e c a r ac i ,

c:« b s er v a n d o- s e o s en t i d o c o1 e t i v o d o t r ab a 1 h o , e mb or a na

G c mun :i. d a d e a au t or :i. a d a s p e ç a s f o s se f a c: :i 1 m en t e ap on t a d a . . At é

a dëc: a t:! a de 70 , gr a v a v a m sab a b a se d e a 1 gun s ob j e t o s a

p a l a v r a PARA . Ai n d a h o j e h á ar t e s Si o s qu e p r e f er em n St o a s s i n ar

/PS
.
seu s t r a b a 11 ) o s QU a s si n ar a p en a s a qu e 1 e s qu e c on s :L d er a f n m ui t t a

bons (nesse c a s o p o d e m l e v a r e m c o n t a o s c r i t ér i o s d e e s c o l h a

do mercado ) . O s e e r a m i s t a s m a i s c o r i l i c ei d o s * h a b i t u a r am-s e a

a s s :i n a r as m e 1 h or e s p e ç a s p r o du 2 :i. d a s e m su a s o f :i. c: :i. n a s » A

p r o d up ã o i. n d :i. vi d ua 1 i 2 a d a d e C a r d o s o por e r e m p 1 o ., t o r n a- s e
T
v a 1 or i 2 a d a '
f
f or a c:l o gr up o ,, s en ci o a ú n i c:: a p a g a :i. rn e di a t a m er i t e
' !

pe1 a P ar a t ur p or r epr e sen t ar " ven d a t:er 1:a ,


M
como nos foi

inf armado „

Como o n úm e r o d e p r o d u t o r e s de J. c o a r a c :i. c r e s c eu

mui t o n a ú 1 t i íTí a d é c: a d a , . e m f un ç ã o d a aíTí p 1 i a ç ã o d o íTí er c a d o da

c e r âm i c a recentemente f o r m a r a m— s e t r ès a s s o c i a ç ô' s s de

a r t e são s " CGARTI ( C o o p er a t i v a d o s Ar t e s ã o s d e Icciaraci ) a

O mais antiga , presidida p o r u m a a r t e sã " C i n éi a Hosana de

S o u2 a 5 a AMPAI ( A s s o c: 1 a ç ã o d o s l i :i. c:r o Pr o d u t or e s e A r t e s ãt o s d e


O
Icoaraci ) e a Al i A I ( A s so t::i. aç ã o das Mu 1 1 í er e s Ar t es et s tje

I c: o ar a c i > - Todas pr o t:ur aí Tí V i a b :L 1 i a r a 1 1er n a t i v a s p ar a os

p r o b 1 Ginas comuns ., ob j et i van do cr i ar condi çôes de cant inui d ade

p a r a sua a r t e. A s 1 u t a s e m p r e e n d i d a s p e l o s a r t e sã o s p o d e m s e r

vi s t a s p ar a a 1ë í Tí d o seu a sp e e t o í Tí a t er i a 1 ? c oíTí o ob s er v a li:i. r i a í Tí


O
4*

(T\
140 ..
ry
L :i. moei r o , como ' 11 u t a s p e1 a a u t on o mi z a ç: ã o i d e o 1 6 gi c a gue
n
n c a r a citer i z am a cons t r u ç clo da :i. dent i dade sac :i. a .i. e
n c on s e qüi e n t e n i e n t e cultural " ( 1985 :: 79 ) . Ressalta a :i. n d a a

n autora , a import ân c i a de t a i s l u t a s que levam à c o n s t r u ç ão de

identidades e di f c-?r en ç a s , n e c e s s ár i a f o r ma ç êí o

da
n
cansci ênc :i. a critica, sem a quai n âo se p r oc. es sam as

t. r an sf or ma ç Öe s s oc:i ai s e c:u11ur ai s .. E s se pr oc e s so p o d er i a ser

vi sto n a opi ni £ï o d e L.i mo ei r o c o m o u m a 11


b u sc: a d a 1 iberdade"
O
r^\ quer se j a sub j e t i v a m en t e c on t r a a ci o mi n a ç : â o i deol 6 gi ca , ou

o b j e t i v a m en t e op on d c? ~ s e a op r e s s& o e e z p I o r a ç & o ( o p) n c i t . " J. 61-

183 ) «
7
T P or r a z ci e s d e e;; :i. gi..l :i. d a d e d e t e mp o p a r a p) e s qi ii s a de
T c a mp c? e r e d a p â o ( J e s t e t r a b a 1 h o , n â o n o s f oi p) o s s :E v e 1 aberdar
T
T em m a :i. CDr p r o f un d 1 d a ci e o uni v er s o f emi ni n CD CD n d e as condi ç 6 os-
T ci e ci CD mi nap âlo , e m -f un ç: & o d o p r 6p r i CD pr o c esso hi s16 r :i. c: CD de
T
c CDn s t i t ui ç â o de n (a ss a so ci e d a d e , se f a z e rn mai s ma r c: an t;e s .
T
T Dur a n t e n CD s s a e s t a ci a e m c a mp CD , f CDi p CD s s1v e1 o b s er v ar quG: as

O mu 1 hear e s ci e s e mp en h a rn p a p e 1 r e 1 e v an t e j un t CD a CD gr up CD SCDCi al ,
j

se j a c o rn o d on a s d e o f i c i n a , ci i r i gi n d o e su p) er vi si CDn a n d o Os

t r ab a 1 h o s ? ou e x ec ut a r i d o ap e? n a s t ar e f a s m ai s 1 eves qu e
r\
c on c i 1 i a m c o m o c: ui d a ci o d o 1 ar e d o s f i 1 h o s «

C CD m CD CD s ci ep CDi m en t o s ci a ci o s , si n t e t i z a m c o mp CDr t a me n t CD S

e atitudes do grupo , o que se observa é " OS a r t e s et o s de

Icoaraci 1 u t a m p a r - a pr e s er v ar *
s eu c-? s t i 1 CD e a t ec n CD 1 CD g :i a de
n
pjroduç âo , como tamb é m a sua forma de o r g a n i z aç ão f ami 1i a r de
r\ t r a b a i ho . T ai s c: ar a c: t eris t i c a s t â CD e s t r ei t a m e n t e 1 :i. g a d a s à

ar te, representam i mportantes suportes da i d e n t i dade:- do


O
^7 g r up) CD s c e r ami s t a s sabem que n e c e s s i tarn o r g a n i z a r s e e a
r) f or rn a vi:& o d e a s so c.i a ç Öe s p ar a di sc u t i r e so 1 uc i CDn ar

prob 1 ornas
O
'"S
141 .
internos da com un i d ad 0 á u ma prov a
r\ dessa tomada de
conse i ênci a .,

Estão cientes da exploração de que v êm send o


ví timas 3 h à anos, que canalizou os lucros com a cer â mica de

o>
Icoaraci

i importante
para os intermedi àrios
- Compreendem que a coesão
para que se d ê, nessa geração e nas
é

pr ôximas, o
que todos dizem desejar: a continuidade da arte
de Icoaraci.

n
n E iSSO que acontece com a gente aqui ,
n nesta bela arte que nós mantemos aqui como
uma rel í quia. 0 próprio governo, ele nem
r\ fala isso. Mesmo assim continuo, sempre

n alegre. Tudo tem sa í da , n ão p ára, & a


g ente vai viven d o. P ar a m i rn é i m p ort an t e
isso. E continuar sempre, deixando para a
posteridade a minha famí lia aqui,
t r a b a 1 h an d o p ar a c on t :i. n uar em. ( Ca b e1 ud o •
MH

14 d e -f ev er e:i. r o d e 1990)

Pensamos que a -fam í lia a que Cabeludo se? refere sã o


O
seus "herdeiros", os artesãos de Icoaraci.

-
N "
142.
.

CONCLUSÃ O
o

V0r i f i c a mos, que os ar t esãos d e I c:oar ac i ? optar arn


por reviver o estilo cerâ mico dos antigas habitantes de

Marajó « A i n da q u e nâo ex ist i SSEIH 1 aç os m at er i a i s en tr e os


an t i g os c er a m i st as e CDS at ua i s pr CD d U t or es * t a1 1 acuna
espaci a 1 e tem parai -foi p r eenc h i d a p e1 as ar t esáos d e I caar ac i

quando ocorreu a retração de mercado para a cerâíni ca


tradi ci cDnal mente produs i cia no di str i to . mer c a ci CD a t u CD LI

r\ en t ãa, c om a d ef 1 ag r a d or de t r a nsf CDr m a ç5es no f az er- d os


ar tesSfos. A crise vivifia na d écada de 60, corn a chegada a
Bel ém dos objetos de LISO doméstico i nd ustr i a1 i z ac!os

provenientes do stil 5 significou uma ameaç a à p r ôp r i a

sobr ev i vên c: i a d os artes&os, os q ua i s em m a i or i a d esc on h ec: i a m

outras profissôes.
Cabeludo fez então "renascer a arte do Par á " ,,
api i cando el ementos d écor â t:i vos da cerámi ca arqueai agi ca

mar ajoar a j, aos CD b j et os p or e1 e p r CD d u i d os « 0 nova esti 1 CD


consolidou se - atr a vés d as pesq u i sas e 1 i d er an ç a d e Rai mundo
3ar a i v a Car ci CD S CD vindo então a generalizar se e a - constituir
marca da produção de Icoaraci.
Ds artesãos abandonaram gradativamente a produção de
louça doméstica lisa passando a dedicar se - à execução de
réplicas das urnas funer árias de cer â mica marajoara, que

seriam destinados pel os consumi dores a cumprir função


decorativa » Os ceramistas decidiram , no entanto retomar a
p rod uç ão d e objetos ut i 1 i t ários, aos q ua i s r e s CD 1 v e m a t r :i. b u i r

r% "função duplai -
ûti 1 decorativa ". Passam a apiicar a tais

peças de usCD d orn é s t i c CD u m a d ecor a q: ão i n s pi r ad a em d esen h o s


^V
/

143.
d a an t i g a c:erâm i c ax d e Maxr a j6, pDr ém s:.i m p 1 :i. f i e a m c r :i. at :i v a m en t.e
r\
r\ os motivos, os qua i s ax d a p t ax m á s n o v a s f or m ax s d o s o b jeta s » s
padrões assi m ob t i d os sba d enon r i n ad os p e1 os cer a m i st as"

" desenho
gr áf i c:os
m ar ajoar a est :i 1 i ad o 11 e const :i t uein se de
se1 eci on ad c:)s pe1 os ar t.esbas a p ar t i r
— elemehtos
1 ax
(. 1 :i. n g aag e m

visual em p r eg ad ax n a or n a m en t aç Sto d a cer â m i ca ar q ueo1 6g ica.

AssimH el aberam sens motivos ? m CD v i men t a n d o de maneira

haxrmoni osa 1 i nhas dupl as e parai el as 3 espi rax s? curvas e

-
con t r a c:ur v as. A d otam p ar a t oda a p r CD d uç bo as t éc n i c as de

incisão e excisSo, caracterlsticas da antiga cer â mica de


r\
Marajó ,, observando rigprosamente a simetria na disposi ção dos

motivos « 0 p r een c h i in G-D n t CD t ot a 1 ci os espaços ? c:jue t a m b é m pod e


/"S
s(ar ob ser v a cjo n CD S O b j et o s m u s G? CD 1 ó g i cos ? à? um p roc ed i m en t o q ue

marca a produção de? Icoaraci.

r\ categoria

V er i -f i ca se at ua1 m en t e ce m I c:oar a c:i a presença de urna

intermedi âria entre as r épiicas ce as


— -p
Ê * -
\ ;' ' ';-

s -
r

Ä
'
:
sim p 1i f ic a ç bes 3 que e m n CD SSO t r ab a1h o c on v encion a m os chamar ;;
• ; •

-
ïï v;
£§û
:. - ;

var i antes. Tai s objcatos com:i 1 i am caracter i st i cas da cerâfni ca

a n t ig a ? c:om in o v aç bes q u an t o a f or m as ? c: or ess e t amanha s »

Acredi tamos que as p eças i n c:1 u i d as nessa categoria,

'“ v

a pr essen t em ssca- para o c CDn ssu m i cd or c CD mo alterhativa às

"répi i cas" , porque mantêm o aspecto antigo por um preç o


r\
inferior « Tor n a -se m a i s f ác i 1 p ar a o prod utor ? confecc :i. onar
I e© *
varian : q LIe não obr i g ax nx à pesq u i sa no m u seu GD a d mi tem
gafe
agi®
in CD v ar n o ca m pr e g o d a c or e n a c:r i a ç b o c:l e f or m a s .
^v
«vvj: -
P G:1 as aná1 ises oon t i d as n os (Da p í t u 1 os 111 e V , v :i mos

.
,y r
q ue ax s pr essõ es e>c ercid as soh r e a s at i vid ad es c::los ar tesbos, ax

partir da ampliapão do mercado, poderiam p ossi ve1 men te


determinar empobreci mento das novas formas produzidas em
n

1 4 4 ..
rs
re 1 a çã o às anteriores, como ocorre com f reqd énci a em v ár :L as
rx ; JL
contextos do país. Tal foi a observação efetuada por
- E1 :i z a b et h Tr a v assos ( 1989:6, 7) com relação à cer â mica do
mun i cí p i o de A p i a í , Scio Paulo q ue p assou a <::!est i n ar se-- a
ven ci a f or a d a c orn un i d a ci e. A n ec ess:L ci a ci e ci e p r od uz :L r em mai or
%
escala para comercialização e á introdução do gosto dos
r~s compradores, tê m ocasi on ad o o d esa par ec i men to de a 1 g uns
niod e1 os tr a ti 1 c i on ais, em casp ec i a 1 os f i g ur a t :i vos. A
*
p i n t ur a
d e mot i vos n at ur a 1 :i. stas e g eom étr i cos, q ue er a ex ec ut.a d a com
r\ tacjuá (barro ver mel ho) prat i camente i nex i ste na pradução
at u a 1
- Pr eci o m i n arn
si mp 1 es e rá p :i d a „
ag or a peças lisas de m a n uf at ur a mai s "

No caso p or nós an a1 i sad o, af :.i r m a íTíOS V er i f i c:ar -se,


ao contr á rio, a c onstante pr eoc u p aç ão d os cer a m :i. stas e m cr i ar

novos padrões decorativos, inspirados nos arqueol ôgicos,


A
rs
observando se - o cuidado de aumentar o elenco de formas e
:i. n t r od uz i r m e1 h or i as téc n icas „ Ta i s proc::ed i rn en tos con t r i b ueíTí
rs
para o en r i que:
c i men t o est i 1 i st i co e técn i c.o d o prod uto f i n a1 *
"

E v i s1 ve1 ta ín bé í Tí O auíTí en to d e c oíTí p 1 ex i d ad e n a e1 a bor aç&a das


formas, e elementos decorativos.
LeíTí br e se - F ay g a (I)st r ower "
q uant o aos pr oc essos de
cri ação:

Compreendemos que todos os processos de


cri a ção representam , na origem , tentâtivas
ci e est r ut ur aç ão , (d e ex p er i íTíen t aç âo e d e '

c on t r o1 e, p r oc essos p r o d ut i vos ori ci e o


homem se descobre, onde ele pr óprio se
art i c ula á med i cia q ue passa a i d ent i f i c ar
se corn a m atér i a. São t r ansf er ên c i as
-
si m bô 1 i c:as d o h oíTíe m à m at er i a 1 i ci ad e d as
c o i sas e? q ue no va m ente são t r ansf e:r i ci as " *

p ar a si » For m an d o a niatér i a , or d en ari do a, -


c on f i g i.ir an ci o a,

d oíTí i n an ci o a, t a íTí béíTí o
r\
r'
r\
145 .
homem v e m a se? o r d e n a r i n t er i o r m e n t e e a
dominar -s e. Vein a se c o n h ec e r u m p o u c o
o me?.l hor e a a m p l i a r sua consci ên c i a n e s s e
-
Vi rf1
p r c? :
c esso d i n â m i c o e m q u e r ec r i a suas
n potencia 1 id ades essen ciais ( 1987:5 3 )
rN
'

r\ G prazer q u e o s artesã os d e Icoaraci encontram em


.
•ta*

sua arte e no c o n v í vio social que tal atividade 1 hes


n
pr o p o r e i on a 5 determina um envolvimento afetivo e n t r e p r o d u t o r
,

e o b j e t a. Tornam -s e pesquisadores permanentes, a criar novas

O formas e a experimentar combinantes renov á v e i s d e cores e


n p a d rõe s. Ca d a d esc o b er t a é c o m p ar t i 1 h a d a p or t o d os e

incorporada ao saber col etivo.

O ASSi ÍT f n ‘
o b ser v a -se q u e a c o m u n i d a d e

o r g a n i z o u — se e
d e f i n i u-se e n q u a n t o g r LI p o soei a 1 5 e m t or n o d o f az er c er á m i c o,
r e p a r t i n d o e x p e r i ên c i a s d e vida e d e of í c i o.

A d q u i r i r am a d i m e n são do v a 1 or q ue p oss LI i s e LI

r*\ trabalho p a r a o g r u p o e fora do g r u p o, e d i z e m -se fel i z es p or

poder f a 1 ar d o Par á atrav és d e s u a pr od u ç ft a, que segunda

explicam, indica s u a " ancestralidade ind í g e n a " p a r a al é m d os

1 i m i tes d e seu e s t a d o. A esse? r esp e i t o es:


c r e v e Ber t a R i b e i r o:

0 e n c o n t r o d e u m a i d e n t ;i. c:l a d e a m az ô n i c a c o m
seu s u b st r a t o i n d í g e n a é u m a f or m a d e
resist éneia à h o m o g e n e i z a ç ão e à
descar acter i z a çã o ,, i st. o é, à n eg a ç ft a d e
u m a identidade pr ô p r i a. ( 1905: 30)
"N

T a 1 r » oç ã o d o v a 1 o r e n q LI a n t o g r LI p o, e x p 1 i c a e m parte

a r esi st én c i a o!::)ser v a d a e n t r e o s c er a m i st a s, a os a p e l os que

1 hes Sã O f e i t os p a r a ass i n a r e m a s p eç as q u e p r o d u z e m. Tal

fato d e m o n st r a q L\ e? n ão visa m o r ec on h ec i m e ri t o i nd i v i d u a 1 ,

p r eocupapSt o m a i s p r ese n t.e nos c f rculos er u cl i t os d e p r o d u ç ão


*K
KJ

O,
146
-
O
de arte

materializa
- Para a comunidade de Icoaraci , o objeto de?
um trabalho conjunto de? vários artesclos,
cerámica

que
O-
r\
r'
executam todo o processo: da extração do barro ao acabamento
Para que seja concluída a peç a, "cada um f az um p ouco" , como
-
nos di sse? um ar t eScfo „ 0 -fazer c er â m :.i co t e?m en tr e e 3. es o

significado mais amplo de firmar a identidade do grupo,


r>
O en c:jua n to seg u i d or es d e u m a tr ad i ç áo q ue os si n g u1 ar i z a
-
n A consc:i ênc: i a d a n ec essi d ad e d e m anter a coesão p ar a
rs que seja possí vel ern preen d er 1 ut as e vencer suas
n
dificuldades, mormente quanto ÄS condi çôes para
f N
comerei al i zaçcto de seu produto, revela se em Icoaraci atrav és-
r\
/
d a or g an i zação das c oop er a t i vas e assoc i aç ões.

S3en t i mos no Par acuri , q ue a pr esen ça c onst an te de

c:r i a nç as jun t o aos pa i s nas of i c i n as, e o e m p en h o d os


ar teScfos e m t r ansm i t i r os eon h ec i men t os 1 i g ad os a sua

ar te,

pod e possi v e1 men t e g ar an t i r a p er m anénc i a d e I ooar ac i en tre

os p o1 os br asi leir os p r od ut or es cJ e cerá m i c a


- I sto
d i z er , p oré m , q ue o f utur o d a ar te de I coar ae:i. d ep en d a a p en as
(
n ão q uer

dos esforços

t a m bá m do
e lutas empreendidas pelos

r elaci ona m en to d a c::om U n i d a d e d e


artesãos

1 c oar ac: i
- Depende

com o

conjunto da sociedade, como observa Candi ni :

“s Neceeisi t afîtos q ue os ar tesáos par t i c i p ern


c:r i t i q u em e se or g an i z e m , q ue r e?d ef i n arn a
sua prod uç ão e o seu m od o d e r e1 ac i on ar se -
-
\ com o mercado e com os consumi dores5 mas
ta m b éín p r ec i sa mos que se f or íTíe u íT> n ovo
púb 1 i co, u íTí nov o t ur i síTí O , u íTí O U t r o íTíod o d e
ex er c:er o g CDst CD e d e pensar a c u 11ur a «

Necess i t a íTí O B de Lima modificação


sistemática d os mel os de produção, ’

circulação e consu íTí O C U11ur a J. ( 1983: 144) »


U
r\
m

r
147.
Can c or d a m os» c:om o a utar *
E pr éc i s a q u e os objêtes
n pr od u i d os em I c oar- ac i não seja m v :i. st os ap en as c c:)m o m er os
n so a <r'er? .2 rs 11:« :
c ai s va :t oB d e B:i. g n i f .i c:a d o,
. ou pr od ut os de um
n
O f a1 c 1 ore est át:i. co, E1 es setf.:> a ex pressão d a rea 1 :i. d ad e v i va

do
c homem e da arte de Icoaraci .
n
o
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c
o
r\

'SJ

r>
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d e L a p r CD ci u c : *
c i6 n s i m b61 i c a r, t eor i a e m et od o 3. o g î a e n
SD CD c i CD 1 CD g ï a d e 1 a r t e
-
\
CARDOSO D E O L I V E I R A, R o b e r t o. I d e n t i d a d e, e t n i a e estrutura
SD CD c i a l Beta P a u l o :: L i v r a r i a P i o n e i r a i976
M
«

C A S T R0 F A R I A, L d e. A -f i q u r a h u m a n a n a a r t e d o s
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h r asi 1 e i r o
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