I M A G E N Y M E T Á F O R A

L A E S T É T I C A D E W A L T E R B E N J A M Í N

V i c e n t e J a r q u e

M O N O G R A F Í A S
C O L E C C I Ó N
 V i c e n t e J a r q u e ( V a l e n c i a ,
1 9 5 6 ) , e s P r o f e s o r d e E s t é t i c a y
S o c i o l o g í a d e l A r t e e n la F a c u l t a d
d e B e l l a s A r t e s d e C u e n c a . E s t u d i ó
f i l o s o f í a e n la U n i v e r s i d a d d e
V a l e n c i a , d o n d e s e d o c t o r ó . E n t r e
s u s p u b l i c a c i o n e s s e c u e n t a n artí
c u l o s e s p e c i a l i z a d o s , c o m e n t a r i o s
d e e s t é t i c a y d e crítica d e arte, y e n
p a r t i c u l a r a c e r c a d e W a l t e r
B e n j a m í n y la E s c u e l a d e F r a n k f u r t .
H a t r a d u c i d o t e x t o s d e W a l t e r
B e n j a m í n ( E l c o n c e p t o d e crítica d e
a r t e e n e l r o m a n t i c i s m o a l e m á n ,
C i e n c i a d e l a r t e estricta), a s í c o m o
e l l i b r o d e G . S c h o l e m , W a l t e r
B e n j a m í n . H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d ) .
E s S e c r e t a r i o d e R e d a c c i ó n d e la
r e v i s t a K a l í a s , e d i t a d a p o r el
I n s t i t u t o V a l e n c i a n o d e A r t e
M o d e r n o . E n la a c t u a l i d a d p r e p a r a
u n a m o n o g r a f í a s o b r e la e s t é t i c a d e
T h . W . A d o r n o .
I m a g e n y M e t á f o r a
L a e s t é t i c a d e
W a l t e r B e n j a m í n
 D i s e ñ o C o l e c c i ó n :
1lustración Portada
Edita: Servicio d e
C o o r d i n a c i ó n : C
F o t o c o m p o s i c i ó n ,
Q C G r á f i c a s C u e n c
1.S.B.N.: 8 4 - 8 8 2 5 5 - 0 0 - 4
D . L . C U - 2 4 6 - 1 9 9 2 .
G a r c í a G i m é n e z
: R i c a r d o C a d e n a s
P u b l i c a c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e Castilla-La M a n c h a
I D I
1 m p r e s i ó n y E n c u a d e r n a c i ó n :
a , S . A . H n o s . V a l d é s , 2 2 - 1 6 0 0 2 C u e n c a
I m a g e n y M e t á f o r a
L a e s t é t i c a d e
W a l t e r B e n j a m í n

V i c e n t e J a r q u e

T h i s O n e

Q 2 2 X - U U F - F W C 9
 I N D I C E

P á g s

P R Ó L O G O d e J.F. Y v a r s 1 1

1 N T R O D U C C 1 Ó N 13

I. I D E A D E L A F I L O S O F Í A 2 1

1. L O S A Ñ O S D E L A J U G E N D B E W E G U N G 2 3
Espíritu p e d a g ó g i c o . " S i o n i s m o cultural". A s p e c t o m e s i á n i c o : j u v e n t u d y " e x p e
riencia". L a v i d a d e los estudiantes.
2. L A F 1 L O S O F Í A C O M O " E X P E R 1 E N C 1 A " 3 5
El m i t o c o m o "sentido"; la religión c o m o " f o r m a " . " T r a d i c i ó n " y "doctrina ". L a
vía k a n t i a n a y el j u d a í s m o . L a filosofia d e l futuro; la e x p e r i e n c i a neutral.
3. E L A S P E C T O N 1 H 1 L 1 S T A 4 3
E l e m e n t o s d e l u n i v e r s o m í t i c o . T r a g e d i a y T r a u e r s p i e l : p l e n i t u d h e r o i c a y
r e d e n c i ó n . L a v i d a c u l p a b l e : D e s t i n o y c a r á c t e r . P a r a u n a c r i t i c a d e la
v i o l e n c i a : m i t o y d e r e c h o . L a c ó l e r a d e D i o s y la r e v u e l t a a n a r q u i s t a .
" N i h i l i s m o " c o m o "política m u n d i a l " .

11. E L C A M I N O D E L A C R Í T I C A 6 5

1. D O C T R 1 N A D E L L E N G U A J E 6 7
" M a g i a " y R e v e l a c i ó n . T e o r í a del " n o m b r e " . L a t a r e a d e l trad uctor.
2. E L A S P E C T O R O M Á N T 1 C O 7 5
L a crítica c o m o c o m e n t a r i o esotérico. L a crítica r o m á n t i c a . " A n i q u i l a c i ó n " y
" c o n s u m a c i ó n " . T r a n s i c i ó n a G o e t h e .
3. E L M O D E L O D E L A C R Í T 1 C A : L A S A F 1 N 1 D A D E S E L E C T 1 V A S 8 3
" C o m e n t a r i o " y "crítica". E l m i t o c o m o "tesis"; la r e d e n c i ó n c o m o "antítesis".
L a e s p e r a n z a c o m o "síntesis"; belleza y apariencia.
4. C R 1 T 1 C A T E O L Ó G 1 C A 9 1
El A n g e l u s N o v u s . L a crítica c o m o " m o r t i f i c a c i ó n " .

111. L A E S T É T I C A C O M O T E O L O G Í A 1 0 3

1. L A F O R M A " C O N S T E L A C 1 Ó N " 1 0 5
C o n c e p t o d e " t r a t a d o " . V e r d a d " n o i n t e n c i o n a l ; la i d e a c o m o " n o m b r e " .
" S a l v a c i ó n " d e los f e n ó m e n o s .
2. T R A G E D 1 A Y T
L o s " e x t r e m o s "
" D e s t r u c c i ó n del
ción. 1nterior m e l
3. D O C T R 1 N A D E
S í m b o l o y alegor
jeroglífica y " f r a
L a s u b j e t i v i d a d
d a d .
R A U E R S P 1 E L 1 15
d e l T r a u e r s p i e l . C a t h a r s i s t r á g i c a y e d i f i c a c i ó n b a r r o c a .
e t h o s histórico". E l d r a m a c a l d e r o n i a n o ; s u e ñ o y r e p r e s e n t a
a n c ó l i c o .
L A A L E G O R Í A 1 2 7
ía. L a "historia natural" c o m o / a c / « h i p p o c r a t i c a . " E s c r i t u r a "
g m e n t a c i ó n " . " 1 m a g e n " , alegoría y lenguaje.
satánica. R e d e n c i ó n a l e g ó r i c a c o m o s a l v a c i ó n d e la a m b i g ü e

I V , L A P E R S P E C T I V A M A T E R I A L I S T A 1 4 7

1. T E O L O G Í A Y P O L Í T 1 C A 1 4 9
El " g i r o materialista": la praxis c o m o penitencia. L a crisis d e la inteligencia:
D i r e c c i ó n única. 1 n v i e r n o e n M o s c ú ; " m e l a n c o l í a d e izquierdas". " L a c i m a d e la
a m b i v a l e n c i a " .
2. M A T E R 1 A L 1 S M O Y L E N G U A J E 1 5 9
K a r l K r a u s , o la crisis del lenguaje. E l l e n g u a j e c o m o " m í m e s i s " . E l m o d e l o
K a f k a : la teología p r o f a n a .

V . C O N S T R U C C I Ó N D E L A M O D E R N I D A D 1 7 7

1. L A M O D E R N 1 D A D C O M O " P R E H 1 S T O R 1 A " 1 7 9
E l p r o y e c t o d e los P a s a j e s . C r í t i c a d e l h i s t o r i c i s m o : p r o g r e s o y catástrofe.
R e d e n c i ó n , r e v o l u c i ó n , r e m e m o r a c i ó n . " M i t o l o g í a " surrealista. S u e ñ o y d e s p e r
tar.
2. A L E G O R Í A S D E L A M O D E R N 1 D A D 1 9 1
" 1 n f i e r n o " y " f a n t a s m a g o r í a " . F e t i c h i s m o , m e r c a n c í a , m o d a . " P é r d i d a d e e x p e
riencia": el sujeto c o m o h é r o e y c o m o i n m u n d i c i a .
3. L A D 1 S P E R S 1 Ó N D E L A R T E 1 9 9
E l m o d e l o B a u d e l a i r e : s p l e e n y alegoría. " P é r d i d a del aura". Crisis d e la escritu
ra: " h u m i l l a c i ó n d e la palabra". B r e c h t , o la é p i c a del m a t e r i a l i s m o .
E p í l o g o : la n u e v a barbarie.

B I B L I O G R A F Í A 2 1 9
 P R O L O G O

U n a s líneas, a p e n a s , q u e p r e s e n t e n al lector la disertación d o c t o r a l d e V i c e n t e J a r q u e

c o n v e r t i d a a h o r a e n este libro, a g u d o y a c a b a d o , s o b r e W a l t e r B e n j a m i n . L a p e r s o n a l i d a d d e s u
a u t o r y la c o m p l e j i d a d d e l t e m a -la f o r t u n a d e B e n j a m i n e n t r e n o s o t r o s - m e o b l i g a n a ir m á s
allá d e la retórica d e cortesías y centrar u n p o c o m i s p a l a b r a s e n el e c o q u e t o d a v í a es d e e s p e
rar q u e suscite el p e r s o n a j e y, p a r t i c u l a r m e n t e , la o b r a d e W a l t e r B e n j a m i n . P e n s a d o r extraño,
es v e r d a d , a q u i e n los m e n s a j e r o s d e la n a d a q u e a s o l a n n u e s t r a publicística cultural, á v i d o s
d e p r e d a d o r e s d e aniversarios, p r e t e n d e n neutralizar q u i z á s p a r a s i e m p r e . E l g r a n m a r g i n a d o
a c a b a r á e n u n críptico c l o c h a r d q u e t u v o la m a l a suerte d e e q u i v o c a r s e e n todo. O quizás, lo
q u e sería m á s grave, e n a b a n d e r a d o d e u n a n u e v a secta d e s e g u i d o r e s d e e s o " o t r o " d e tan eté
reas s e ñ a s d e identidad.
A s o c i a r é s i e m p r e a V i c e n t e J a r q u e c o n a q u e l l o s estudiantes b e l i c o s a m e n t e radicales e n
casi t o d o q u e c a r a c t e r i z a r o n m i s ú l t i m o s a ñ o s e n la U n i v e r s i d a d d e V a l e n c i a . N i e t o s d í s c o l o s
d e la g e n e r a c i ó n d e la guerra, e d u c a d o s e n la d i s t e n s i ó n d e d o g m a t i s m o s q u e definió la d é c a d a
d e los sesenta, a s e n t a d o s , tal v e z m o d e s t a p e r o s e g u r a m e n t e , e n u n a m e d i a b u r g u e s í a a s c e n
dente, serán, sin d u d a , q u i e n e s c o n s u m a r á n a ñ o s d e s p u é s la transición d e m o c r á t i c a . H a b í a n lle
g a d o a la facultad a inicios d e los setenta y e r a n d e f o r m a c i ó n laica o casi, y d e c i d i d a m e n t e
i c o n o c l a s t a s d e c u a n t o s t a b ú e s h a b í a n e m p r e d r a d o n u e s t r a resentida g e n e r a c i ó n . F o r j a d o s e n
u n a s facultades c o n v e r t i d a s e n barricadas, s i e m p r e a la e s p e r a del asalto o del d e s a l o j o policial,
f u e r o n c a p a c e s d e entretejer u n a ética d e solidaridades q u e , p o r e n c i m a del r u p t u r i s m o d e los
g r a n d e s gestos, h a i d o f r a g u a n d o e n e s a práctica c o l e c ti v a y p e r s o n a l d e e s t u d i o y c o m p r o m i s o
individual q u e d e f i n e a esta g e n e r a c i ó n . C a t a p u l t a d o s b r u s c a m e n t e a u n a p r o f e s i ó n r e p r o d u c t i
v a y d u r a c o m o es la d o c e n c i a , e n la m a y o r í a d e los casos, h a n s a b i d o construirse u n s e n t i d o
vital e i n t e g r a d o r d e la cultura, q u e y a n o es s ó l o i m p r e s a , y enfrentarse d e s p r e j u i c i a d a m e n t e a
la t r a d i c i ó n intelectual. N o e n b a l d e h a b í a n p a s a d o p o r a q u e l l a f a c u l t a d d e F i l o s o f í a d e
V a l e n c i a d o n d e t o d a v í a e r a p o s i b l e c o n v i v i r c o n p r o f e s o r e s m e d i a d o s d e p e r s o n a j e , y a t e n d e r a
c o l o q u i o s y c o n f e r e n c i a s d e Q u i n e , S t r a w s o n o Ferrater M o r a , a ñ o s antes d e q u e el t u r i s m o
a c a d é m i c o , d e a c e n t o s a b i e r t a m e n t e charter, se p u s i e r a d e m o d a . T a l v e z s u p a s o p o r las aulas
n o h a b í a r e s u l t a d o tan tenue.
E n el c a s o d e J a r q u e h e d e s u b r a y a r s u a d m i r a b l e y s o r p r e n d e n t e p e r s e v e r a n c i a p a r a el
trabajo intelectual a r d u o , a f r o n t a d o q u i z á s e n c i r c u n s t a n c i a s difíciles q u e h u b i e r a n justificado
c o n c r e c e s la dispersión: s o m e t e r la o b r a d e W a l t e r B e n j a m i n a u n a c o n c i e n z u d a sistematiza-
zión, o r d e n a d a b a j o la i m p r o n t a d e A d o r n o y r e g i d a p o r u n s u a v e e c l e c t i c i s m o f o r m a l , tan inu
sual e n t i e m p o s d u r o s . A t e n d e r a la p a r los e c o s t r a s c e n d e n t e s y el v a l o r heurístico del frag
m e n t o e n la o b r a d e B e n j a m i n n o era, c o n f r a n q u e z a , tarea sencilla. El p r o p i o B e n j a m i n , e n u n
texto m a r g i n a l , si los h a y , s u p r o p i a r e c e n s i ó n d e s u tesis d o c t o r a l s o b r e el c o n c e p t o d e crítica
e n el R o m a n t i c i s m o a l e m á n r e d a c t a d a p a r a los K a n t - S t u d i e n a finales d e 1 9 2 0 , articulaba los

11
 c o n t e n i d o s d e la crítica s o b r e p o n i e n d o la teoría g o e t h i a n a c o n el R o m a n t i c i s m o y a f i r m a n d o
q u e el p r o b l e m a d e la crítica v e n í a a constituir u n a sencilla c o i n c i d e n c i a c o n el conflicto, m á s
ár ido, d e las relaciones entre f o r m a y c o n t e n i d o , p a r t i c u l a r m e n t e c u a n d o se d e s e n t r a ñ a e n u n a
o b r a singular. F o r m a y c o n t e n i d o d e b e n sintetizarse e n la o b r a e m p í r i c a , y c u a n t a s distinciones
e s t a b l e z c a la crítica d e b e n ser relativas a a q u e l l a q u e h a d e ser la b a s e n e c e s a r i a p a r a las cate-
g o r i z a c i o n e s d e la filosofía del arte, p u e s t o q u e e n definitiva el p r o b l e m a s i s t e m á t i c o f u n d a
m e n t a l d e la estética sólo p u e d e ser f o r m u l a d o d e s d e la conflictiva p r o b l e m á t i c a q u e r o d e a las
re laciones entre i d e a e ideal e n el arte.
E s t e es el p u n t o c a r d i n a l del q u e a r r a n c a el trabajo d e V i c e n t e J a r q u e . A partir d e
A d o r n o , o f r e c e r u n p a n o r a m a o r g a n i z a d o d e los e l e m e n t o s q u e e n la o b r a d e arte n o s p e r m i t e n
e n t e n d e r la estética c o m o u n a estética t r a s c e n d e n t e y d e raíces f u e r t e m e n t e teológicas. L o cual
n o d e j a d e ser a r r i e s g a d o incluso h o y , c u a n d o la lectura materialista d e B e n j a m i n q u e a v e n t u
r a r o n los n e o - m a r x i s t a s e m p i e z a a v e r s e c u e s t i o n a d a e n f u n c i ó n d e u n a interpretación m á s
a b i e r t a y plural d e s u o b r a , e n e s p e c i a l las n o t a s inéditas q u e c o n s t i t u y e n los P a s s a g e s .
T a m p o c o se cierra el autor e n u n a interpretación a la m o d a q u e , d e s d e el d e s e n c a n t o , n o s lleve
a trasladar n u e s t r o s p r o b l e m a s a las sutiles d e r i v a c i o n e s del p e n s a m i e n t o b e n j a m i n i a n o . El
p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n se f o r m a e n la i n m e r s i ó n r o m á n t i c a d e los a ñ o s f o r m a t i v o s y s u crí
t ica c o n t r a p o n e a u n p r i m e r r i g o r i s m o k a n t i a n o la reflexión r o m á n t i c a tardía b a s a d a e n e s e
i ntuitivismo trascendental q u e t e s t i m o n i a m u y b i e n su g r a n e n s a y o s o b r e las A f i n i d a d e s electi
v a s d e G o e t h e . P a r a J a r q u e , c a t e g o r í a s c o m o c o n s t e l a c i ó n , historia n a t u r a l y a l e g o r í a , q u e
j a l o n a n la c o m p l e j a reflexión s o b r e el d r a m a b a r r o c o a l e m á n , s o n el p u n t o central p a r a c o m
p r e n d e r a B e n j a m i n , q u e s i e m p r e enraizaría a m b i g u a m e n t e la crítica e n u n cifrado t e o l ó g i c o
q u e le h a b í a d e c o n d u c i r a s u r e n o v a d o r a v i s i ó n d e l l e n g u a j e y la escritura. A s i m i s m o , la t e o r í a
d e la historia b e n j a m i n i a n a c o n v e r t i d a e n i m a g e n dialéctica y la m o d e r n i d a d ilustrada e n f a n
t a s m a g o r í a c u l m i n a n e s e ciclo m a r c a d o p o r la d i s o l u c i ó n d e la e x p e r i e n c i a y del arte -del
a u r a - e n el u m b r a l y a d e la s o c i e d a d industrial. E n síntesis, la d i s p e r s i ó n del arte e n la socie
d a d d e m a s a s n o sería otra c o s a q u e u n a s e c u e l a m á s del p r o c e s o d e i m p a r a b l e a l i e n a c i ó n d e
n u e s t r a s o c i e d a d y su inquietante d e s l i z a m i e n t o h a c i a la b a r b a r i e , o las barbaries, p u e s t o q u e
e n n u e s t r a s o c i e d a d t e c n o l ó g i c a t o d o es plural.
E n t r a r e n los d i v e r s o s registros q u e t e m a t i z a n la p r e s e n t e i n v e s t i g a c i ó n exigiría m a y o r
e s p a c i o q u e esta b r e v e nota. El lector c u i d a d o s o s a b r á apreciar la d e n s i d a d d e la p r o y e c c i ó n
d el p e n s a m i e n t o b e n j a m i n i a n o q u e a q u í se n o s p r o p o n e , y diferenciar a su v e z los e l e m e n t o s
d e c o n t i n u i d a d o d i s c r e p a n c i a q u e d e f i n e n la d e t e r m i n a n t e o r i e n t a c i ó n teológica, q u e J a r q u e
d e m u e s t r a tan p a t e n t e e n la reflexión d e B e n j a m i n c u a n d o se a b o r d a c o m o u n a totalidad e s e n
c ial, al m a r g e n , p o r s u p u e s t o , d e las peripecias vitales trágicas q u e m a r c a r o n a f u e g o la v i d a d e
e ste intelectual g e g e n d e n S t r i c h
C a r l y l e , e n l a s e m b l a n z a d e l D o c t o r J o h n s o n q u e c i e r r a L o s h é r o e s ( 1 8 4 1 ), n o s a d e l a n t a
c o n l u c i d e z u n a caracterización del escritor q u e q u i z á s h o y m u e s t r a m e j o r q u e n u n c a su v e r
d a d : " F i j a n d o n u e s t r a a t e n c i ó n e n lo q u e e n el m u n d o h a c e n los autores d e libros y e n lo q u e
c o n ellos h a c e a su v e z el m u n d o , p o d r í a m o s decir q u e escribir es la e x h i b i c i ó n d e c a p a c i d a d e s
m á s a n ó m a l a e innecesaria". E s p e r a m o s q u e c o n el libro d e V i c e n t e J a r q u e el d e s t i n o s e a m á s
b e n é v o l o .

J.F. Y v a r s
B a r c e l o n a , d i c i e m b r e d e 1 9 9 1

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 I N T R O D U C C I O N

L a cultura t e r m i n a c u a n d o los
b á r b a r o s se e s c a p a n d e ella.
K a r l K r a u s , P r o d o m o et m u n d o .

E l p r e s e n t e trabajo quisiera e x p o n e r los resultados d e u n a lectura d e la o b r a d e W a l t e r

B e n j a m i n c o m o t e s t i m o n i o d e u n p r o f u n d o y significativo d e s e n c a n t o r e s p e c t o del p r o y e c t o d e
la 1lustración; e n e s a m e d i d a , el v a l o r q u e e v e n t u a l m e n t e p u d i e r a e n c e r r a r s u filosofía n o
p u e d e s i n o constituir a s i m i s m o u n a crítica implícita d e e s o q u e se h a d a d o e n l l a m a r m o d e r n i
dad. D e h e c h o , e n la incierta p e r s p e c t i v a q u e p a r e c e abrirse ante n o s o t r o s e n esta e n c r u c i j a d a
finisecular, el r a s g o m á s l l a m a t i v o y característico d e la filosofía B e n j a m i n , c u a n d o n o la pie
d r a d e e s c á n d a l o , h a d e e n c o n t r a r s e p o r f u e r z a e n su peculiar t e n d e n c i a regresiva, e n s u a m b i
g u a s i m p a t í a p o r bastantes c o s a s q u e la civilización v i e n e d e j a n d o atrás c o m o a l g o o s c u r o y
periclitado, v e n c i d o p o r los e m b a t e s del sujeto racional e n s u m á s o m e n o s c o n s t a n t e desplie
g u e a lo largo d e la historia.
L a m á s d i f u n d i d a i m a g e n filosófica d e B e n j a m i n es la q u e A d o r n o h a presentado'. D e
ella n o p u e d e sino derivarse la s o s p e c h a d e q u e su p e n s a m i e n t o b o r d e a los límites d e u n peli
g r o s o sacrificio del intelecto. A d o r n o insiste e n su p r o p e n s i ó n a " c e d e r s u f u e r z a espiritual a lo
m á s opuesto"2, a b u s c a r la v e r d a d p o r la vía d e u n a e s p e c i e d e e x t i n c i ó n o disipación3 del suje
to racional e n s u objeto. Así, el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n " s e c o n j u r a c o n la cosificación e n
v e z d e o p o n e r s e i r r e c o n c i l i a b l e m e n t e a ella"4; " s e e c h a e n c i m a d e la c o s a , c o m o si q u i s i e r a
convertirse e n acto, olor, sabor"5; se c o n v i e r t e e n " e s c e n a r i o d e c u m p l i m i e n t o s o b j e t i v o s " h a s t a
ofrecer "la i m a g e n invertida d e la a u t o n o m í a h u m a n a " 6 . E s e m a n i f i e s t o c o m p o n e n t e sacrificial
v a d e la m a n o d e la fijación b e n j a m i n i a n a e n u n a cierta i n m e d i a t e z c a r e n t e d e reflexión. D e
ella p r o c e d e a su v e z la a p a r i e n c i a estética, la p r o x i m i d a d d e su o b r a r e s p e c t o d e la literatura.
El p r o c e s o d e p e n s a m i e n t o se i n t e r r u m p e , estalla el c u r s o a r g u m e n t a l y a p a r e c e la i m a g e n e n
q u e se e x p r e s a su filosofía: la " s i n g u l a r fascinación"7, la p o d e r o s a "evidencia"8, la " s u a v e irre-
sistibilidad" y la " p r o m e s a d e felicidad", si n o el " e f e c t i s m o m á g i c o " 9 d e s u escritura. E n reali
d a d , A d o r n o a d m i r a la g e s t a d e B e n j a m i n "al violar las fronteras q u e s e p a r a n al literato del
filósofo"'", a u n q u e a u n t i e m p o d e n o s t e su " f a m a d u d o s a d e e n s a y i s t a " refinado", d e escritor
q u e se sustrae al rigor exigible al v e r d a d e r o d i s c u r s o filosófico.
E s t a caracterización vale tanto p a r a el j o v e n B e n j a m i n c o m o p a r a el posterior c o n v e r s o
al c r e d o materialista. A d o r n o e x p l i c a b a e s e giro c o n u n a f ó r m u l a extraída del á m b i t o p s i c o a n a -
lítico: c o m o u n c a s o d e "identificación c o n el agresor". E s t e s í n d r o m e h a b r í a c o n d u c i d o a
B e n j a m i n d e s d e la d e s e s p e r a d a s o l e d a d e n q u e se f r a g u a b a s u p e n s a m i e n t o , v í c t i m a d e s u p r o
pia irreductibilidad, a la b ú s q u e d a " c o n v u l s a " d e " a b r i g o " e n instancias colectivas, e n " c o m u
n i d a d e s y ó r d e n e s " d o n d e d a r satisfacción a u n a " n e c e s i d a d d e a u t o r i d a d supraindividual"'2.
T a n t o A d o r n o c o m o S c h o l e m , el g r a n a m i g o , advirtieron a B e n j a m i n c o n t r a la a c o g i d a e n s u
filosofía d e m á s y m á s e l e m e n t o s d e u n s u m a r i o m a t e r i a l i s m o histórico e n el q u e se d e s n a t u r a

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 lizaría lo m e j o r del q u e h a b r í a s i d o su a u t é n t i c o p e n s a m i e n t o ; c a d a u n o a su m o d o , a m b o s
a c h a c a r o n a la influencia " n e f a s t a " d e B r e c h t la actitud suicida ante la cultura, la simplifica
ción, incluso la f r e c u e n t e d e s i n t e g r a c i ó n d e la escritura d e B e n j a m i n e n u n d e s o r d e n a d o c o n
j u n t o d e m o t i v o s dispersos, m e t á f o r a s y a n a l o g í a s sin c o n c e p t o y, p o r lo d e m á s , sin virtualidad
práctica n i n g u n a d e s d e el p u n t o d e vista b o l c h e v i q u e " .
A h o r a bien, e s a a p a r e n t e r e n u n c i a del p e n s a d o r a la a u t o n o m í a individual n o d e b e r í a ser
c o n s i d e r a d a c o m o u n e l e m e n t o e x t r a ñ o a u n a filosofía q u e , s e g ú n i n d i c a el p r o p i o A d o r n o ,
c o m i e n z a p o r la n e g a c i ó n m e t a f í s i c a del sujeto y c o n t i n ú a c o n u n a i n c u r s i ó n d e la escritura e n
el c a m p o literario. E n t o d o s los c a s o s se trata d e u n m i s m o j u e g o c o n el sacrificio del intelecto
c u y a c o a r t a d a es p r e c i s o b u s c a r e n los d o m i n i o s d e la teología. H a sido S c h o l e m q u i e n c o n
m a y o r énfasis e s t i m u l a r í a e n su m o m e n t o y destacaría l u e g o el f u n d a m e n t o religioso -y n o
s ó l o teológico- s o b r e el q u e se erigía la filosofía d e B e n j a m i n ; es cierto q u e S c h o l e m h a trata
d o d e s u b r a y a r p o r e n c i m a d e t o d o el c o m p o n e n t e j u d í o d e e s e f u n d a m e n t o ' 4 , p e r o ni él ni
A d o r n o h a n d e j a d o d e r e c o n o c e r la p r e s e n c i a d e otros e l e m e n t o s i g u a l m e n t e t e o l ó g i c o s a u n q u e
n o n e c e s a r i a m e n t e hebreos'5. E n este c o n t e x t o se h a c e p o s i b l e establecer u n a relación d e conti
n u i d a d entre el p r i m e r B e n j a m i n , e x p l í c i t a m e n t e o r i e n t a d o h a c i a la teología, y el B e n j a m i n
materialista, q u e h a c í a d e ella u n " e n a n o j o r o b a d o " e s c o n d i d o b a j o el m a n t o d e la historia.
E s t e a s p e c t o t e o l ó g i c o sui g e n e r i s p u e d e ser i g u a l m e n t e el q u e s u b y a c e a la a c e r t a d a
caracterización del p r o c e d i m i e n t o b e n j a m i n i a n o c o m o el d e u n a "crítica s a l v a d o r a " [rettende
Kritik]"'. E n e s a f ó r m u l a h a a c e r t a d o H a b e r m a s a d e s i g n a r u n a f o r m a crítica e m p e ñ a d a e n res
catar su o b j e t o y p o n e r l o a s a l v o del deterioro a q u e se v e s o m e t i d o e n el c o n t e x t o d e u n a tradi
c i ó n cultural c u y o s e n t i d o se m u e s t r a c a d a v e z m á s d e s f i g u r a d o , c a d a día m á s esotérico, e n
tanto q u e su p r e s u n t o c o n t e n i d o d e e x p e r i e n c i a se d i s u e l v e e n el o l v i d o p r o p i c i a d o p o r el triun
fo a p a r e n t e m e n t e inapelable d e u n c a p i t a l i s m o p o c o e s c r u p u l o s o c o n el p a s a d o . L a "crítica sal
v a d o r a " , c u y a d e t e r m i n a c i ó n h a b r í a arrastrado B e n j a m i n d e s d e su p r i m i t i v o i d e a l i s m o a s u s
c o n c e p c i o n e s m a t e r i a l i s t a s , se d i s t i n g u i r á d e la " c r í t i c a p r o d u c t o r a d e c o n c i e n c i a "
[ b e w u f i t m a c h e n d e Kritik] e n q u e n o se e s f u e r z a tanto e n p o n e r al d e s c u b i e r t o la f a l s e d a d d e la
ideología, su f u n c i ó n o b j e t i v a m e n t e legitimadora, c o m o e n r e c u p e r a r e n ella u n c o n t e n i d o d e
v e r d a d positivo y r e c o n o c i b l e c o m o actual.
E s este p u n t o d e vista el q u e distingue a B e n j a m i n r e s p e c t o del p r o y e c t o afín d e la " t e o
ría crítica", q u e r e a c c i o n ó ante la crisis civilizatoria sin otras a r m a s q u e u n a " n e g a c i ó n c o n c r e
ta" q u e p r o n t o derivaría e n la abstracta p a r a d o j a d e la u t o p í a d e lo a b s o l u t a m e n t e otro. E n u n
p r i n c i p i o se t r a t a b a , c o m o r e c o n o c e r í a B e n j a m i n e n u n a r e s e ñ a d e la Z e i t s c h r i f t f ü r
S o z i a l f o r s c h u n g , la revista del 1nstitut d o n d e m i l i t a b a n H o r k h e i m e r y A d o r n o , d e u n a "autocrí
tica" d e la c o n c i e n c i a burguesa'7, d e u n a "crítica i n m a n e n t e " d e la cultura m o d e r n a ' 8 . P e r o tal
v e z la crítica d e la s o c i e d a d se v i o p o c o a p o c o debilitada e n u n a l u c h a d e s i g u a l c o n t r a el u b i
c u o d e m o n i o del p o s i t i v i s m o ; se convirtió e n m e r o a l e g a t o e n f a v o r d e cierto m o d e l o d e sujeto
p u e s t o e n peligro p o r la t e c n o l o g í a y la " r a z ó n instrumental", hasta c a e r e n u n a i m p o t e n c i a a la
q u e p o s i b l e m e n t e n o tenía derecho'9. C i e r t a m e n t e , B e n j a m i n n o se e n c o n t r a b a t o d a v í a e n e s a
situación q u e l u e g o h a b r í a d e llevar a A d o r n o a la parálisis p a r a d ó j i c a q u e e v i d e n c i a n las a p o
rtas d e su p ó s t u m a T e o r í a estética, c u y a e x t r e m a n e g a t i v i d a d n o p u e d e s i n o contrastar c o n la
p o s i t i v a v o l u n t a d s a l v a d o r a d e s u m a e s t r o . P e r o a m e d i d a q u e los p r e s u p u e s t o s d e la
D i a l é c t i c a d e la 1lustración v a n m o s t r a n d o s u s p u n t o s d e a n a c r o n i s m o y su relativa falta d e
m a t i c e s , e n u n a é p o c a e n la q u e se h a p a s a d o d e la crítica d e la m o d e r n i d a d a la d i s c u s i ó n d e s u
p r o p i a vigencia, se v e s i m u l t á n e a m e n t e i n c r e m e n t a d o el interés d e e s e c o m p o n e n t e p r e m o d e r -
n o q u e caracteriza a B e n j a m i n y q u e le s e p a r a d e A d o r n o . E n tanto q u e se tiende a d e s p a c h a r al

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 s e g u n d o - n o s i e m p r e c o n la n e c e s a r i a d e l i c a d e z a - c o m o r e p r e s e n t a n t e d e u n a p o s i c i ó n pericli
tada, el p r i m e r o p a r e c e e n c o n t r a r u n lugar e n los m á r g e n e s d e e s e n u e v o n i h i l i s m o p r o p u e s t o
p o r a l g u n a s figuras d e la p o s t m o d e r n i d a d : e n efecto, n o s ó l o se trata del r e n o v a d o interés p o r
la teoría b e n j a m i n i a n a d e la a l e g o r í a ( P a u l d e M a n ) ; t a m p o c o la i n t e r p r e t a c i ó n del m u n d o
c o m o " s i m u l a c r o " (Baudrillard) o c o m o " f a b u l a c i ó n " ( V a t t i m o ) se h a l l a n m u y lejos d e u n a
cierta m a n e r a d e interpretar la visión b e n j a m i n i a n a d e la " f a n t a s m a g o r í a " 2 0 . S u p e n s a m i e n t o se
n o s a p a r e c e e n t o n c e s c o m o u n m o m e n t o e n el c a m i n o nihilista q u e la filosofía h a r e c o r r i d o
d e s d e S c h o p e n h a u e r a H e i d e g g e r . P e r o la s e r i e d a d d e la i n t e n c i ó n t e o l ó g i c a b e n j a m i n i a n a le
aleja d e e s e n i h i l i s m o m e t a f í s i c o y le a p r o x i m a i n c l u s o a cierto m i s t i c i s m o herético. P u e s
B e n j a m i n n o f u e s ó l o u n crítico d e la 1lustración, sino m á s bien, y e n u n s e n t i d o peculiar, u n
p e n s a d o r religioso p a r a u n t i e m p o d e idolatría.
S e m e j a n t e actitud anti-iluminista p u e d e p a r e c e r u n tanto i n a p r o p i a d a e n el á m b i t o d e la
estética. D e h e c h o , la estética p a s a p o r ser u n a disciplina n a c i d a j u s t a m e n t e c o n la 1lustración y
c o n s a g r a d a l u e g o c o m o p o c o m e n o s q u e a u t o c o n c i e n c i a d e la m o d e r n i d a d . S u r g i ó c o n la deli
m i t a c i ó n d e u n e s p a c i o a u t ó n o m o r e s i d u a l m e n t e d e r i v a d o d e la legislación d e la r a z ó n , q u e
s e p a r ó la esfera m o r a l d e la teórica y d e j ó e n m e d i o u n lugar p a r a u n tipo d e e x p e r i e n c i a q u e
p r o n t o hallaría su c e n t r o privilegiado e n el arte-'. P e r o n o es arriesgarse d e m a s i a d o a d m i t i r q u e
la a u t o n o m í a del arte, q u e h a b í a d e garantizar e s a e x p e r ie n c i a , f u e p u e s t a e n crisis, p r i m e r o p o r
la v a n g u a r d i a y m á s tarde p o r la cultura d e m a s a s . D e este m o d o q u e d a r í a v i r t u a l m e n t e p r i v a d a
d e s e n t i d o la tradición d e la q u e se nutre el arte. E l r e s u l t a d o p u e d e ser interpretado c o m o su
o c a s o ; y p o r cierto q u e t a m b i é n e n este p u n t o se erige B e n j a m i n , c o n su a n t i c i p a c i ó n d e los
e s t r a g o s q u e las n u e v a s t e c n o l o g í a s h a b í a n d e p r o d u c i r e n la esfera estética, c o m o u n p r e c u r s o r
d e m i r a d a tal v e z m á s p e n e t r a n t e q u e la e x h i b i d a p o r A d o r n o e n s u n o b l e d e f e n s a del arte
n u e v o m á s n e g a t i v o , a la m a n e r a d e S c h o n b e r g o B e c k e t t . E s v e r d a d q u e B e n j a m i n a s o c i a b a
e s e o c a s o del arte al rescate s i m u l t á n e o d e s u c o n t e n i d o d e v e r d a d e n el s e n o d e u n a m p l i o
m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o d e a l c a n c e universal. N o llegó a c o n o c e r e n t o d a s s u s d i m e n s i o n e s
el aplastante desarrollo q u e la cultura d e m a s a s h a b r í a d e m a n i f e s t a r e n el m u n d o capitalista,
u n a v e z d e s v a n e c i d o s los s u e ñ o s c o m u n i s t a s e n la n o c h e d e la historia. P e r o lo cierto es q u e
B e n j a m i n sí p u d o v i s l u m b r a r a su m a n e r a t o d a s estas cosas: el i m p e r i o d e la t e c n o l o g í a d e
m a s a s , la c o n f u s i ó n d e las ideas y la m i s e r i a m o r a l a e s c a l a planetaria; e i n c l u s o e n e s e c o n t e x
to trató d e rescatar la barbarie y, h a c i e n d o d e la n e c e s i d a d virtud, se e s f o r z ó h a s t a el final e n
c o n c e d e r l e u n l u g a r p r o m i n e n t e e n el m a r c o d e la q u e a s p i r a b a a ser su d o c t r i n a d e la m o d e r n i
d a d . H o y día casi n a d i e se t o m a y a tantas molestias.
L a s anteriores c o n s i d e r a c i o n e s tratan d e d e l i m i t a r s u m a r i a m e n t e el m a r c o d e s d e el cual
a b o r d a m o s el o b j e t o d e n u e s t r o trabajo. N o p o d e m o s o f r e c e r u n a interpretación definitiva del
p e n s a m i e n t o e s t é t i c o d e B e n j a m i n : seria r i d í c u l o ; n o q u e r e m o s t a m p o c o aislar s u s p a r t i c u l a r e s
e s p e c u l a c i o n e s e n e x t r a p o l a c i o n e s sin fin: sería i n f e c u n d o . E n lo q u e a la filosofía del arte c o n
cierne, n u e s t r a o p c i ó n h a d e ser m á s m o d e s t a p e r o a c a s o m á s útil: h e m o s a s u m i d o c o m o p r i n
cipio d e o r g a n i z a c i ó n e s e e l e m e n t o regresivo, c u y a s us t a n c i a t e o l ó g i c a p o n e m o s e n el c e n t r o
d e n u e s t r o trabajo, y h e m o s i n t e n t a d o e x p o n e r , s i g u i e n d o d i c h o criterio (y, d e n t r o d e c a d a
capítulo, e n u n o r d e n p r e f e r e n t e m e n t e c r o n o l ó g i c o ) , los m á s i m p o r t a n t e s m o t i v o s q u e e n u n
s e n t i d o u otro h a n j u g a d o u n p a p e l e n la visión b e n j a m i n i a n a del arte. Esta, p o r cierto, n o se
e n c u e n t r a f o r m u l a d a c o m o tal, d e m a n e r a e l a b o r a d a y c o n s i s t e n t e , e n n i n g ú n escrito i n d i v i d u a l
ni e n el c o n j u n t o d e t o d o s s u s escritos. P o r lo d e m á s , a q u e l l o s textos q u e m á s o b v i a m e n t e
p o d r í a n ser c o n s i d e r a d o s c o m o e s p e c í f i c o s m a t e r i a l e s p a r a u n a e v e n t u a l r e c o n s t r u c c i ó n d e
d i c h a estética ( c o m o sus trabajos d e t e m a literario) se b a s a n o c u l m i n a n e n categorías d e o r d e n

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 teológico. N o es r e c o m e n d a b l e , pues, ni siquiera posible, s e p a r a r su filosofía del arte r e s p e c t o
del resto d e s u p e n s a m i e n t o .
P o r r a z o n e s d e limitación material, n u e s t r o trabajo c e n t r a su o b j e t o p r i n c i p a l m e n t e e n la
p r o d u c c i ó n del B e n j a m i n p r e - m a r x i s t a , es decir, e n el p e r í o d o c o m p r e n d i d o entre s u s p r i m e r o s
textos y el d e d i c a d o al d r a m a b a r r o c o a l e m á n (Trauerspiel), d e 1 9 2 5 , e n tanto q u e c o n su o b r a
posterior, d e m a s i a d o a m p l i a p a r a p o d e r e x p o n e r l a a q u í c o n el suficiente detalle, h a b r e m o s d e
a c t u a r d e u n m o d o m á s selectivo. E m p e z a r e m o s p o r o c u p a r n o s d e la f o r m a c i ó n d e su i d e a d e
la filosofía (capítulo p r i m e r o ) , q u e e n c u e n t r a s u c o n c r e c i ó n estética e n u n a d e t e r m i n a d a f o r m a
d e p r o c e d e r e n la crítica (capítulo s e g u n d o ) y, a la postre, e n el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l , q u e
B e n j a m i n c o n c i b i ó v i r t u a l m e n t e c o m o p r e t e x t o p a r a u n a f o r m u l a c i ó n g e n e r a l del q u e sería su
p r o p i o p e n s a m i e n t o ; e n este libro q u e d a t a m b i é n e x p r e s a d a la o r i e n t a c i ó n t e o l ó g i c a d e su filo
sofía del arte (capítulo tercero). P e r o el s e n t i d o d e e s a parte d e la e x p o s i c i ó n será ante t o d o el
d e p r e s e n t a r e n el p r i m e r B e n j a m i n los f u n d a m e n t o s s o b r e los q u e se alzaría e s e otro B e n j a m i n
r e v o l u c i o n a r i o y teórico d e la m o d e r n i d a d . L a posibilidad d e u n a p r o y e c c i ó n d e los a n t i g u o s
m o t i v o s t e o l ó g i c o s e n la n u e v a p e r s p e c t i v a materialista sería la p r u e b a d e q u e n o se trataba d e
s i m p l e s v e l e i d a d e s espiritualistas sin otro v a l o r q u e el subjetivo, sino d e los m o d e l o s e instru
m e n t o s d e los q u e B e n j a m i n se valdría p a r a d a r f o r m a a u n a teoría estética d e la m o d e r n i d a d
d e r a s g o s proféticos. A ella d e d i c a m o s los d o s ú l t i m o s capítulos. E n p r i m e r lugar t r a t a r e m o s
d e p r e s e n t a r los q u e serían, p o r así decir, los criterios g e n e r a l e s q u e B e n j a m i n estableció p a r a
traducir su anterior p e n s a m i e n t o a la p e r s p e c t i v a r e c i e n t e m e n t e a d q u i r i d a (capítulo cuarto). P o r
ú l t i m o (capítulo q u i n t o ) e x a m i n a r e m o s b r e v e m e n t e los c o n t e x t o s y las categorías f u n d a m e n t a
les d e su visión d e la crisis d e la m o d e r n i d a d y del arte e n ella.

1 6
 N O T A S
A d v e r t e n c i a

S ó l o p o r m o t i v o s prácticos, d a d o el carácter del p r e s e n t e trabajo, h e m o s o p t a d o p o r uni

ficar t o d a s las citas d e textos d e B e n j a m i n r e m i t i e n d o a los G e s a m m e l t e Schrift en. E l l o n o sig
nifica q u e n o h a y a m o s utilizado, e n s u cas o, las (a v e c e s e x c e l e n t e s ) t r a d u c c i o n e s d i s p o n i b l e s
e n n u e s t r o ( s ) i d i o m a ( s ) . L a s r e f e r e n c i a s a p a r e c e n a b r e v i a d a s , c o n i n d i c a c i ó n del t o m o ( e n
n ú m e r o s r o m a n o s ) , s e g u i d o del n ú m e r o d e p á g i n a . L a letra B c o r r e s p o n d e a las Briefe.

1. A c e r c a d e l y a l a r g o y d i v e r s i f i c a d o p r o c e s o d e r e c e p c i ó n d e la o b r a d e B e n j a m i n , cfr.
el p a n o r a m a d e s c r i t o p o r H a b e r m a s e n P e r f i l e s f i l o s ó f i c o - p o l i t i c o s , p p . 2 9 7 s. G e r s h o m
S c h o l e m , s u m e j o r a m i g o , y A d o r n o , s u " h e r e d e r o , crítico y p r e c u r s o r e n u n a sola p e r s o n a " ,
s i g u e n s i e n d o el p u n t o d e partida a d e c u a d o p a r a t o d a interpretación. E n la p e r s p e c t i v a h a b e r -
m a s i a n a , falta el p e r í o d o " p o s t m o d e r n o " d e la r e c e p c i ó n d e B e n j a m i n , el s u s c i t a d o p o r la
n u e v a p r o b l e m a t i z a c i ó n d e la a l e g o r í a e n P a u l d e M a n ( A l l e g o r i e s o f R e a d i n g ) o d e la
V e r w i n d u n g d e la m e t a f í s i c a ( G i a n n i V a t t i m o , E l fin d e la m o d e r n i d a d . N i h i l i s m o y h e r m e n é u
tica e n la c u l t u r a p o s t m o d e r n a } , p o r n o h a b l a r del b e n j a m i n i s m o p e r v e r s o d e J e a n B a u d r i l l a r d
y su teoría d e los " s i m u l a c r o s " ( C u l t u r a y s i m u l a c r o , así c o m o la serie d e entrevistas D e r T o d
d e r M o d e r n e ) . Cfr. t a m b i é n la b r e v e d e s c r i p c i ó n d e P e t e r B ü r g e r , " W a l t e r B e n j a m i n : c o n t r i b u -
t i o n á u n e t h é o r i e d e la c u l t u r e c o n t e m p o r a i n e " , e n R e v u e d ' e s t h é t i q u e , n e 1, p p . 2 1 - 3 .
2. A d o r n o , " C a r a c t e r i z a c i ó n d e W a l t e r B e n j a m i n " . P r i s m a s , p. 2 4 9 .
3. O . c , p. 2 5 2 .
4. O . c , p. 2 4 9 .
5. O . c , p. 2 5 8 .
6. O . c , p. 2 5 2 .
7. A d o r n o , N o t e n z u r Literatur, p. 5 7 9 .
8. A d o r n o , líber W a l t e r B e n j a m i n , p. 34.
9. A d o r n o , P r i s m a s , p. 2 4 5 .
10. O . c , p. 2 4 8 .
11. O . c , p. 2 4 7 . T a m b i é n S c h o l e m trata d e u b i c a r a B e n j a m i n e n la filosofía, e n tanto
q u e " c a s o e j e m p l a r ( p u r o ) d e m e t a f í s i c o " ( B e n j a m i n u n d sein E n g e l , p. 15), p e r o d e s d e el
m o m e n t o e n q u e califica s u 1 n f a n c i a e n B e r l i n h a c i a 1 9 0 0 , u n libro c o m p u e s t o d e f r a g m e n t o s
i n d i s c u t i b l e m e n t e literarios, c o m o u n e j e m p l o d e "filosofía narrativa" (o. c , p. 13), m i e n t r a s
q u e , p o r otro lado, c o n s i d e r a q u e sólo su trabajo s o b r e el C o n c e p t o d e crítica d e arte e n el
r o m a n t i c i s m o a l e m á n entraría d e n t r o d e lo q u e d e n o m i n a " p e n s a m i e n t o d i s c u r s i v o " (o. c , p.
16), s u t e s t i m o n i o a este r e s p e c t o pierde, tal vez, b a s t a n t e d e s u v a l o r teorético.
12. A d o r n o , N o t e n z u r Literatur, p 5 7 9 .
13. A d o r n o r e c h a z ó los " m o t i v o s b r e c h t i a n o s " del m a t e r i a l i s m o d e B e n j a m i n , p e r o n o
s u m a t e r i a l i s m o e n sí. P o r s u p a r t e , S c h o l e m s i e m p r e l a m e n t ó e s e " g i r o " d e u n a m a n e r a c a t e

1 7
 górica. Cfr. B e n j a m i n u n d sein E n g e l , pp. 2 2 ss. A c e r c a del t o n o paternalista e n q u e A d o r n o y
S c h o l em c a í a n a v e c e s e n sus a m o n e s t a c i o n e s a B e n j a m i n p o r m o r d e la " a u t é n t i c a s u s t a n c i a "
d e s u f ilosofía ( q u e ellos, al parecer, p r e t e n d í a n c o n o c e r m e j o r q u e s u p r o p i o autor), cfr. C h .
H e r i n g , D e r lntellektuelle als R e v o l u t i o n á r , pp. 1 3 ss.
14. S c h o l e m , o. c , pp. 2 7 ss.
1 5 . O . c , p p . 3 0 s. E n c u a n t o a la p o s i c i ó n d e A d o r n o , cfr. i n f r a n. 1 V / 3 7 .
16. J. H a b e r m a s , " C r í t i c a c o n s c i e n c i a d o r a o crítica s a l v a d o r a " , e n Perfiles filosófico-
politicos, pp. 2 9 7 - 3 3 2 .
17. E i n d e u t s c h e s 1nstitut freier F o r s c h u n g , r e s e ñ a d e la revista del 1nstitut, r e d a c t a d a
p o r B e n j a m i n e n 1 9 3 8 . 111,522.
18. A d o r n o , P r i s m a s , pp. 2 5 ss.
19. Cfr. H a b e r m a s , " L e lien entre m y t h e et A u f k l a r u n g . O b s e r v a t i o n s a p r é s u n e relectu-
re d e la D i a l e c t i q u e d e la R a i s o n " , e n R e v u e d'esthétique, n- 8.
2 0 . C f r . n. 1.
21. Cfr. S. M a r c h á n , L a estética e n la c u l t u r a m o d e r n a ; y H . S c h e i b l e , W a h r h e i t u n d
Subjekt. A s t h e t i k i m b ü r g e r l i c h e n Zeitalter.

1 8
I D E A D E L A F I L O S O F I A
 1. L O S A Ñ O S D E L A J U G E N D B E W E G U N G

E S P I R I T U p e d a g ó g i c o

A q u e l l a t e n d e n c i a d e B e n j a m i n a p o n e r el p e n s a m i e n t o al servicio d e instancias colecti

vas, s u p a t o l ó g i c a inclinación h a c i a e s o q u e A d o r n o l l a m a b a identificación c o n el a g r e s o r ,
a p e n a s tardaría e n m a n i f e s t a r s e . Y a s u s m á s t e m p r a n o s escritos se h a l l a b a n f u e r t e m e n t e
i m p r e g n a d o s d e l a r o m a p e c u l i a r d e e s e c a s t i z o f e n ó m e n o a l e m á n q u e f u e la l l a m a d a
J u g e n d b e w e g u n g . D i r e m o s q u e se trataba del s u b p r o d u c t o d e cierta tradición d e t o n o clara
m e n t e c o n s e r v a d o r , m u y d i f u n d i d a e n los a m b i e n t e s j u v e n i l e s q u e se articulaban e n t o r n o a los
g r u p o s d e W a n d e r v ó g e l ( " a v e s d e p a s o " ) q u e a l z a r o n el v u e l o p o r t o d a A l e m a n i a d u r a n t e la
ú l t i m a d é c a d a del p a s a d o siglo. 1 n t e g r a d o s p o r j ó v e n e s excursionistas, a l u m n o s d e G i m n a s i o s
d e s e c u n d a r i a afectos a la sencillez vital q u e p a r e c í a n i n o c u l a r e s o s b a ñ o s d e n a t u r a l e z a c a m
pestre, tales g r u p o s c o n s t i t u y e r o n el g e r m e n d e a q u e l l a J u g e n d b e w e g u n g q u e p r o n t o se m a n i
festaría c o m o u n a r e a c c i o n a r i a p a i d e i a d e t e n d e n c i a nacionalista y antisemita, c u y o m á s i n m e
diato c a m p o d e a c c i ó n h a b r í a d e ser la " c o m u n i d a d escolar"'.
F u e e n u n a d e e s a s c o m u n i d a d e s , el " a l b e r g u e e d u c a t i v o " d e H a u b i n d a , d o n d e el j o v e n
B e n j a m i n t r a b ó c o n t a c t o c o n el r e f o r m a d o r p e d a g ó g i c o G u s t a v W y n e k e n , c u y o s c u r s o s p u d o
s e g u i r a lo largo d e casi d o s años, entre 1 9 0 5 y 1 9 0 6 . T a l e s e x p e r i e n c i a s d e j a r o n e n él u n a h u e
lla p r o f u n d a d e la q u e n o se vería libre hasta los inicios d e la p r i m e r a g u e r r a e u r o p e a . E n 1 9 0 6 ,
tras u n a s c o n t r o v e r s i a s h a b i d a s c o n el p a d r e la c o m u n i d a d d e H a u b i n d a , H e r m a n n Lietz,
W y n e k e n o p t ó p o r a b a n d o n a r e s a e s c u e l a p a r a e n s e g u i d a f u n d a r la F r e i e S c h u l g e m e i n d e
W i c k e r s d o r f , c u y o s radicales principios e d u c a t i v o s c o m e n z a r o n a e x p a n d i r s e a partir d e 1 9 1 0
e n r a m i f i c a c i o n e s d i v e r s a s y m u y activas2. E n a l g u n a s d e ellas participó B e n j a m i n c o n g r a n
e n t u s i a s m o , d e s d e u n a p r o m i n e n t e p r i m e r a fila, e n c a l i d a d d e " f a n á t i c o " p r o p a g a n d i s t a d e las
ideas d e W y n e k e n ' . Y las d e f e n d i ó , d e h e c h o , e n u n a m p l i o d e s p l i e g u e d e tribunas e s t r e c h a
m e n t e v i n c u l a d a s , q u e a b a r c a b a n d e s d e u n a o r g a n i z a c i ó n c o m o la A s o c i a c i ó n d e E s t u d i a n t e s
Libres, d e la q u e B e n j a m i n llegó a ser presidente, a u n c u a n d o b r e v e y n o del t o d o c o m p r e n d i
do4, c o n u n c l u b d e d e b a t e s c o m o el S p r e c h s a a l d e la j u v e n t u d berlinesa, d o n d e se r e u n í a n los
hijos inquietos d e la b u r g u e s í a culta, p a s a n d o p o r revistas c o m o el A n f a n g , e n la q u e p u b l i c ó
sus p r i m e r o s escritos5.
El c o n j u n t o d e t o d o s estos e s t a b l e c i m i e n t o s espirituales c o n f i g u r a b a c i e r t a m e n t e u n
" m o v i m i e n t o j u v e n i l " d e a p a r i e n c i a m u y b i e n o r g a n i z a d a y c u y o alcance, c o m o es patente,
s o b r e p a s a b a c o n m u c h o los límites d e u n a m e r a v o l u n t a d d e r e f o r m a p e d a g ó g i c a . L a i d e a rec
tora q u e inspiraba el p r o y e c t o d e W y n e k e n se d e t e r m i n a b a , e n realidad, c o m o u n intento d e

2 3
 t r a n s f o r m a r la relación escolar e n m o d e l o d e e x p e r i e n c i a cultural, y la f o r m a juvenil d e exis
tencia e n c a n o n p a r a u n a revitalización d e los v a l o r e s del espíritu. L a m á s e s t r e c h a v i n c u l a c i ó n
entre m a e s t r o s y discípulos d e b í a p r o p o r c i o n a r el f u n d a m e n t o d e u n a " c o m u n i d a d a u t o e d u c a -
d o r a " d o n d e la s a n a c a m a r a d e r í a d e las a l m a s , e n u n a suerte d e ejercicios espirituales p e r m a
nentes, p r o c u r a s e las m e j o r e s c o n d i c i o n e s e n o r d e n al a l u m b r a m i e n t o d e u n a J u g e n d k u l t u r e n
la q u e el p r o p i o W y n e k e n , a f i a n z a d o e n s u p e r s o n a l y deficiente c o m p r e n s i ó n d e la m e t a f í s i c a
h e g e l i a n a d e la historia6, e s p e r a b a v e r p r e s e r v a d a s y desarrolladas las s u b l i m e s " c r e a c i o n e s " d e
los g r a n d e s del p a s a d o .
P r e c i s o es r e c o n o c e r q u e estas ideas h a l l a r o n e n B e n j a m i n u n reflejo m á s e x a l t a d o q u e
puntual: " V i v i m o s e n la é p o c a d e s o c i a l i s m o , del m o v i m i e n t o f e m e n i n o , del tráfico, del indivi
d u a l i s m o . ¿ N o v a m o s t a m b i é n h a c i a la é p o c a d e la j u v e n t u d ? " , se i n t e r r o g a b a [11,9]. T a l es el
p r o c e l o s o c o n t e x t o , p r e s u n t a m e n t e el d e la m o d e r n i d a d , d o n d e B e n j a m i n v e í a e m p l a z a d a e n
1 9 1 1 la h e r o i c a tarea q u e h a b r í a n d e a c o m e t e r los j ó v e n e s d e a q u e l l a A l e m a n i a t o d a v í a i m p e
rial. P e r o la j u v e n t u d , a ñ a d e e n s e g u i d a , es c o m p a r a b l e a u n a " b e l l a d u r m i e n t e q u e n o p u e d e
v i s l u m b r a r al p r í n c i p e q u e se a c e r c a p a r a liberarla" c o n s u m á g i c o b e s o d e a m o r [11,9]7. P o r
cierto q u e B e n j a m i n n o p a r e c e a b r i g a r d e m a s i a d a s d u d a s a c e r c a d e c u á l es el p a p e l q u e le
c o r r e s p o n d e e n el c u e n t o : s u p e r s p e c t i v a es j u s t a m e n t e la d e oficiar c o m o e s e " p r í n c i p e " q u e
p o n e fin al s u e ñ o d e la h e r m o s a d o n c e l l a y m u e s t r a a la j u v e n t u d el c a m i n o del "espíritu", q u e
n o es s i n o el q u e y a recorrieron los g r a n d e s g e n i o s e n s u s a ñ o s d e f o r m a c i ó n : Schiller, G o e t h e ,
N i e t z s c h e : ellos o f r e c e n el m o d e l o q u e d e b e ser t r a n s m i t i d o a las n u e v a s g e n e r a c i o n e s .
F i n a l m e n t e atribuye a la figura d e F a u s t o el título d e " m á s universal r e p r e s e n t a n t e d e la j u v e n
tud", y a q u e , e n efecto, " s u v i d a e n t e r a es j u v e n t u d , p u e s n o c o n o c e límites, s i e m p r e v e n u e v a s
m e t a s q u e d e b e llevar a c a b o ; y u n h o m b r e es j o v e n e n tanto a ú n n o h a realizado p l e n a m e n t e
su ideal" [11,11]. E s t a s coloridas m e t á f o r a s n o s p e r m i t e n v i s l u m b r a r la oscilante a m b i g ü e d a d
c o n q u e B e n j a m i n l l e g a b a a afrontar el sentido d e la J u g e n d b e w e g u n g . P o r u n l a d o s u b r a y a b a
los a c e n t o s m e s i á n i c o s . P o r el otro se a r r o g a b a u n a f u n c i ó n tutorial d e s i g n o autoritario.
D e h e c h o , B e n j a m i n tardaría u n o s a ñ o s e n percibir la estéril c o n f u s i ó n q u e a p o r t a b a la
e s p e r a n z a e n a q u e l m e s í a s d u r m i e n t e : u n a e s p e r a n z a q u e f á c i l m e n t e t e r m i n a b a p o r ser d e p o s i
t a d a e n el " p r í n c i p e " m á s q u e e n la p r o p i a doncella. Así, la influencia del p e n s a m i e n t o c o n s e r
v a d o r d e W y n e k e n se h i z o sentir, m i e n t r a s tanto, e n d i v e r s o s escritos d e carácter m á s o m e n o s
p r o g r a m á t i c o e n los q u e B e n j a m i n p a r e c í a e m p l e a r s e c o n d e c i s i ó n e n f a v o r del p r o y e c t o d e su
m a e s t r o . D e tal m o d o , h i z o s u y a la i d e a d e c o m p r e n d e r a q u e l l a r e f o r m a e d u c a t i v a c o m o u n
" p r o g r a m a ético" c o n c e r n i e n t e n o sólo a la j u v e n t u d , sino a la e n t e r a s o c i e d a d , es decir, c o m o
u n " m o v i m i e n t o cultural" d e universal a l c a n c e histórico [11,12]. V a l i é n d o s e d e u n c o n c e p t o d e
la e d u c a c i ó n c o m o " p r o p a g a c i ó n d e los v a l o r e s espirituales" [11,13], m u y p o c o le faltó p a r a
identificar el "espíritu" m i s m o c o n e s a e d u c a c i ó n s u p e r i o r q u e h a b r í a d e servirle d e vehículo.
E n efecto, sugiere, la tarea e d u c a t i v a e l e v a p o r e n c i m a del p r e s e n t e y u b i c a al sujeto e n u n a
f o r m a d e c o n c i e n c i a y existencia " s u b s p e c i e aeternitatis", p u e s t o q u e " e n t o d o desarrollo aspi
r a m o s a u n a c o n t i n u i d a d p l e n a d e s e n t i d o " [11,13]. Así, c a d a n u e v a g e n e r a c i ó n p r o c e d e r í a t a m
b i é n a u n a c o r r e s p o n d i e n t e " r e v i s i ó n d e los v a l o r e s " m e r c e d a la c u a l se a s e g u r a e n el t i e m p o
la c o n t i n u i d a d espiritual, e s e "circulus e g r e g i u s " c o n f i g u r a d o p o r la j u v e n t u d e s t u d i o s a e n s u
auténtica y particular relación c o n la cultura [11,14s].
L a s a m b i g u a s i m p l i c a c i o n e s q u e p o d í a n derivarse d e s e m e j a n t e privilegio d e u n a f o r m a
social d e existencia f u n d a d a e n la m á s estricta a u t o n o m í a del espíritu, r e d u c i d o éste a su m e r a
t r a n s m i s i ó n a título d e "espíritu estudiantil" [11,63], se h a c e n perceptibles e n c u a n t o B e n j a m i n
d e s c i e n d e d e las alturas y se d e c i d e a f o r m u l a r p r o p u e s t a s c o n c r e t a s e n o r d e n a u n a r e f o r m a d e

2 4
 la estructura e d u c a t i v a . A p a r t e d e su d i s c u r s o s o b r e D a s L e b e n d e r S t u d e n t e n , del q u e l u e g o
n o s o c u p a r e m o s , tal p a r e c e ser el c a s o d e s u s o b s e r v a c i o n e s e n t o r n o al a u t é n t i c o s e n t i d o del
" G i m n a s i o h u m a n i s t a " , c u y o m o d e l o e n c o n t r a b a e n el a n t i g u o G i m n a s i o griego, q u e n o i m a g i
n a e n absoluto, a diferencia d e W i n c k e l m a n n , c o m o " u n r e i n o f a b u l o s o d e a r m o n í a s e i d e a
les", s i n o c o m o u n a institución d e corte "aristocrático" al estilo, dice, d e la A t e n a s d e Pericles,
" m e n o s p r e c i a d o r a d e las m u j e r e s , a m a n t e d e la virilidad", c o n c e b i d a i n c l u s o " c o n esclavitud,
c o n los m i t o s o s c u r o s d e E s q u i l o " [11,40], p o c o f a v o r a b l e a los principios d e m o c r á t i c o s , racio
nales, v i g e n t e s allí d o n d e el "espíritu" capitula a n t e las e x i g e n c i a s del presente.
S e diría q u e tales c o n c e p t o s p a r t i c i p a b a n y a del alto g r a d o d e c o n f u s i ó n política q u e
h a b r í a d e i m p e r a r e n los a ñ o s p r e c e d e n t e s al s u r g i m i e n t o del n a z i s m o . A este propósito, c a b e
sugerir, la q u e h a m e r e c i d o ser calificada d e " m í s t i c a c o m p l i c i d a d " * d e la J u g e n d b e w e g u n g
p r o c e d e r í a s o b r e t o d o d e su c u l p a b l e fijación e n u n a p r e s u n t a " i d e a " del espíritu, u n a " i d e a "
c u y a a b o r t i v a p r o y e c c i ó n histórica, v o l u n t a r i a y d e c i d i d a m e n t e d e s l i g a d a d e los fines políticos
e n p o s d e los c u a l e s se a f a n a b a n los adultos, n o p o d í a sino d e r i v a r e n el patético a i s l a m i e n t o
q u e t e r m i n a p o r h a c e r d e la cultura u n fetiche a u t o r i t a r i a m e n t e m a n e j a b l e . E n efecto, a q u e l l a
j u v e n t u d al servicio del "espíritu" se e s f o r z a b a e n r e s g u a r d a r s e del m u n d a n a l deterioro a g r u
p á n d o s e e n estrictas élites d e aspirantes a directores espirituales d e la s o c i e d a d , círculos d e ini
c i a d o s o r g á n i c a m e n t e v e r t e b r a d o s e n la práctica d e la "libre d e v o c i ó n " al " g u í a " o "tutor"
[ F ü h r e r ] e l e g i d o c o m o f u e n t e d e v a l o r e s [11,868/B,106]. P o r cierto q u e los intentos d e orientar
el m o v i m i e n t o h a c i a u n o s o b j e t i v o s políticos d e s i g n o m á s o m e n o s social f r a c a s a r o n , e n
b u e n a m e d i d a , a c a u s a d e las resistencias q u e a ellos o p u s i e r o n los i n c o n d i c i o n a l e s d e f e n s o r e s
d e la p u r e z a d e los o b j e t i v o s e s t r i c t a m e n t e "espirituales" q u e constituirían el d e s t i n o d e la
j u v e n t u d . E n t r e tales d e f e n s o r e s , y e n u n l u g a r d e s t a c a d o , h a l l a m o s a B e n j a m i n . N o p o d í a
e n t o n c e s s o s p e c h a r q u e Hitler a c a b a r í a f u n d i e n d o e n u n a sola y lábil m o n s t r u o s i d a d el " i d e a
l i s m o " b u r g u é s y el " m a t e r i a l i s m o " proletario: p r e c i s a m e n t e o f r e c i e n d o a los t r a b a j a d o r e s e s a
" i d e a " q u e les f a l t a b a y l e g i t i m a n d o p a r a la b u r g u e s í a el o b j e t i v o " m a t e r i a l i s t a " q u e la
a n i m a b a 9 .
E n c i e r t o l u g a r d e s u c o r r e s p o n d e n c i a c o n L u d w i g S t r a u B a c e r c a d e l s i o n i s m o ,
B e n j a m i n e v o c a u n a i d e a d e G o e t h e s e g ú n la cual " n o existiría n i n g u n a v e r d a d e r a cultura sin
d e s p o t i s m o " . Y a ñ a d e : " S i esto es justo, t a m b i é n lo será aspirar a q u e el d e s p o t i s m o físico se
t r a n s f o r m e e n d e s p o t i s m o ideal" [11,840s]. E r a tal v e z s u particular m a n e r a d e f o r m u l a r a q u e l l o
c o n lo q u e s o ñ a b a t a m b i é n S t e f a n G e o r g e , a saber, la p e r s p e c t i v a d e ejercer u n a " b e n é f i c a dic
t a d u r a " del espíritu'". N o p u e d e e x t r a ñ a r n o s , c o n todo, q u e la irreductible v o l u n t a d d e a u t o n o
m í a t e r m i n e p o r c o n d u c i r a B e n j a m i n , c u a n d o m e n o s , a la d e s c o n f i a n z a r e s p e c t o d e t o d a inter
v e n c i ó n directa del "espíritu" e n el m e r o j u e g o d e m o c r á t i c o . M á s bien, e s c r i b e B e n j a m i n ,
" e x i s t e u n a p o s i c i ó n m á s allá d e la n e u t r a l i d a d " e n el " f r e n t e " d e l u c h a j u v e n i l q u e r e c o n o c e a
W y n e k e n c o m o su " F ü h r e r " , c i e r t a m e n t e , " p e r o n o c o m o F ü h r e r h a c i a u n a m e t a q u e a l c a n z a
r í a m o s p o r m e d i a c i ó n s u y a , s i n o h a c i a u n a m e t a q u e n o s está d a d a d e m a n e r a i n m e d i a t a "
[11,63s] p u e s la v i d a del "espíritu", d e t e r m i n a d a c o m o t r a n s m i s i ó n d e v a l o r e s a lo largo d e la
historia, c o m o p r o s e c u c i ó n d e u n a tradición cultural m i t i f i c a d a y c o n v e r t i d a e n p r o d u c t o d e
u n o s p o c o s g e n i o s heroicos, n o h a d e p r o p o n e r s e fines políticos e x t r a í d o s del p o r v e n i r , s i n o
q u e s u p u e s t a m e n t e se c u m p l e e n sí m i s m a c o m o i n m e d i a t a p r e s e n c i a del e t e r n o "ideal" q u e
o t o r g a u n s e n t i d o a la j u v e n t u d y al "espíritu" a la vez. L a acrítica fidelidad a los v a l o r e s c o n
s a g r a d o s p o r la historia d e la cultura se aliaba, d e este m o d o , c o n u n a e l e v a c i ó n d e la existen
cia juvenil a " p o s i c i ó n d e la c o n c i e n c i a " universal e n u n c o n t e x t o d o n d e el i d e a l i s m o p a r e c e
d e r i v a r e n caricatura".

2 5
 " S I O N I S M O C U L T U R A L "

El carácter contradictorio e insuficiente d e e s e "espíritu" c u y a p u r e z a se r e f u g i a b a e n la

m a y o r d e las v a g u e d a d e s , s u r i e s g o d e h u n d i r s e e n el p u r o a b s u r d o , lo h a l l a m o s f o r m u l a d o p o r
B e n j a m i n a través d e la c é l e b r e alternativa d e K i e r k e g a a r d a la q u e e x p l í c i t a m e n t e se remite: la
o p c i ó n entre " e s t e t i c i s m o o e t i c i d a d " es el " u l t i m á t u m " q u e a b r e p a s o a la c o n c i e n c i a del
"salto" a la esfera religiosa [B,47]'2. E n u n casi ilegible escrito d e 1 9 1 2 , u n largo y e l a b o r a d o
D i a l o g ü b e r die Religiositat d e r G e g e n w a r t , B e n j a m i n e s p e c u l a b a a c e r c a d e la posibilidad d e
u n a r e s p u e s t a a la p é r d i d a d e s e n t i d o p a r a la t r a s c e n d e n c i a e n el m u n d o m o d e r n o . D e t o d o se
h a c e " u n fin e n sí m i s m o " l e g i t i m a d o p o r su p r o p i a existencia; t o d o se c o n v i e r t e e n " u n m e r o
a s u n t o d e civilización, c o m o la luz eléctrica", e n tanto q u e la a c c i ó n social se r e b a j a al r a n g o
d e s i m p l e y l l a n o " d e p o r t e " , p u e s " h a p e r d i d o s u s e r i e d a d m e t a f í s i c a " [11,18s]. L o q u e
B e n j a m i n r e c l a m a es "la h o n e s t i d a d del d u a l i s m o " q u e y a c e r í a e n la b a s e d e la religión [11,22]
c o m o o p u e s t o del p s e u d o - p a n t e í s m o h u m a n i s t a e ilustrado c u y o " m o d e l o y l e g í t i m o e x p o n e n
te" e s G o e t h e , q u e n o sería s i n o " u n a p o d e r o s a e n c a r n a c i ó n d e la c o n c e p c i ó n estética d e la
v i d a " [11,21]. P e r o la ú n i c a e s p e r a n z a la d e p o s i t a B e n j a m i n e n lo q u e d e n o m i n a " h o m b r e d e
letras" [Literat] o b i e n " h o m b r e cultural", el i n d i v i d u o lleno d e "espíritu" e n c u y o " a v a s a l l a
m i e n t o " c o l e c t i v o " s e erigirá la religión" d e la era m o d e r n a [11,28s], c u y o s profetas r e c o n o c e
e n Tolstoi, N i e t z s c h e , S t r i n d b e r g e 1 b s e n [11,28,34]. D e s d e su individual existencia " a v a s a l l a
da", d e s d e su h e r o i c a O u t s i d e r t u m y s u c o n c i e n c i a d e " d e p e n d e n c i a a b s o l u t a " [11,33] r e s p e c t o
del ser social, la "seria m i s i ó n " del " h o m b r e d e letras" sería, tal c o m o le e x p o n í a a L u d w i g
S t r a u B e n u n a c a r t a d e 1 9 1 2 , l a d e " o b t e n e r e s p í r i t u p a r a l a v i d a d e u n a é p o c a " [ 1 1 , 8 9 1 ]. E l d u a
l i s m o religioso q u e d a así t r a n s f i g u r a d o e n u n a suerte d e a n t a g o n i s m o a b s o l u t i z a d o entre el
"espíritu" individual y la m u n d a n a colectividad. L a c a r a c t e r i z a c i ó n religiosa d e e s e a n t a g o n i s
m o n o l o g r a ocultar s u t r a s f o n d o estético, p e r o n o s advierte d e c u á l e s e r a n el p a t h o s y las
i n t e n c i o n e s ú l t i m a s d e B e n j a m i n .
U n a t e m p r a n a i l u m i n a c i ó n a c e r c a del c o n f l i c t o e n t r e la e s f e r a d e la eticidad, c o m o
p u e r t a a la religión, y la p e l i g r o s a i m p o t e n c i a del esteticismo, la p o d e m o s hallar e n la i m p o r
tante c o r r e s p o n d e n c i a q u e m a n t u v o c o n L u d w i g StrauB, d e s d e el o t o ñ o d e 1 9 1 2 h a s t a c o m i e n
z o s del a ñ o siguiente, e n t o r n o al c o m p r o m i s o y las e x i g e n c i a s del s i o n i s m o . B e n j a m i n , hijo d e
j u d í o s a s i m i l a d o s y, c o m o dijera S c h o l e m , i n c o n s c i e n t e h a b i t a n t e d e u n " g h e t t o d o r a d o " " ,
h a b í a t o m a d o u n p r i m e r c o n t a c t o serio c o n el t e m a d u r a n t e el t r a n s c u r s o del v e r a n o anterior,
e n u n a s c o n v e r s a c i o n e s c o n K u r t T u c h l e r . E n o c t u b r e le d e s c r i b e a S t r a u B s u corta e x p e r i e n c i a
c o n el m u n d o del j u d a í s m o , el cual, dice, " c o m o religión m e resultaba lejano; c o m o n a c i o n a
l i s m o , d e s c o n o c i d o " [11,836]. F u e e n a q u e l l a s c o n d i c i o n e s , p r o s i g u e B e n j a m i n , c o m o t r a b ó
c o n t a c t o c o n W y n e k e n y s u círculo d e j ó v e n e s s e g u i d o r e s , b u e n a parte d e los cuales, p o r lo
d e m á s , e r a n judíos. N o p u e d e ser p a s a d o p o r alto el h e c h o d e q u e B e n j a m i n se d e c l a r e atraído
d e m a n e r a m u y especial p o r " u n a c o n c e p c i ó n e s t r i c t a m e n t e dualista d e la vida", n o alejada d e
la s u y a propia, q u e t a m b i é n e n ellos creía percibir: "lo q u e era p a r a m í lo m á s e l e v a d o e n las
ideas y e n los h o m b r e s se m e h a r e v e l a d o c o m o j u d í o " [11,837]. S i n e m b a r g o , se m u e s t r a reti
c e n t e frente al p r o b l e m a del s i o n i s m o : " p a r a m í e s o c i o s o p r e g u n t a r s e si es m á s u r g e n t e la
l a b o r j u d í a e n P a l e s t i n a o e n E u r o p a . Y o e s t o y e n r a i z a d o aquí. Y m a l le iría a E u r o p a si las
e n e r g í a s culturales d e los j u d í o s la a b a n d o n a s e n " [11,838]. T r a s r e c o r d a r las i n c o n s e c u e n c i a s

2 6
 d e los sionistas a l e m a n e s , c o n t r a p o n e los "intereses d e la h u m a n i d a d " a los del n a c i o n a l i s m o
judío, al q u e n o c o n c e d e n i n g ú n valor. Así, B e n j a m i n p u e d e c o n c l u i r d i s t i n g u i e n d o "tres clases
d e j u d a í s m o sionista", a saber: "el s i o n i s m o palestino ( u n a n e c e s i d a d natural). E l s i o n i s m o ale
m á n , e n su insuficiencia. El s i o n i s m o cultural, q u e v e p o r t o d a s p a r t e s los v a l o r e s judíos, y p o r
ellos trabaja. E s a q u í d o n d e m e q u i e r o situar" [11,838].
E n s u c e s i v a s cartas se h a c e a l g o m á s claro el s e n t i d o d e e s a tercera f o r m a d e "judaís
m o " . S u s c o n v i c c i o n e s a este p r o p ó s i t o n o p r o c e d í a n , s e g ú n declara, d e n i n g u n a " v i v e n c i a "
j u d í a especial - c o m o la q u e p o s t u l a b a M a r t i n Buber'4-, sino d e "la i m p o r t a n t e e x p e r i e n c i a d e
q u e s i e m p r e q u e m e dirigí h a c i a a f u e r a c o n ideas, tanto e n lo espiritual c o m o e n lo práctico,
f u e r o n m a y o r i t a r i a m e n t e j u d í o s los q u e m e r e s p o n d i e r o n " [11,838]. E n efecto, " l o s j u d í o s
r e p r e s e n t a n u n a élite e n la m u l t i t u d d e los h o m b r e s c o n espíritu", p e r o "el j u d a í s m o n o es p a r a
m í u n fin e n sí m i s m o e n n i n g ú n respecto, s i n o el m á s n o b l e p o r t a d o r y r e p r e s e n t a n t e del e s p í
ritu"; c o n todo, B e n j a m i n insiste e n " g u a r d a r las distancias r e s p e c t o del s i o n i s m o p r á c t i c o "
[11,839]. S e trata d e u n a c u e s t i ó n d e principio: p u e s " n o h a y p a r a c a d a u n o m á s q u e u n a patria,
sólo u n a fidelidad i n c o n d i c i o n a l " [11,840].
P a r e c e c o m o si B e n j a m i n t e m i e s e q u e la c o n c r e c i ó n n a c i o n a l i s t a d e l j u d a í s m o e c h a s e a
p e r d e r a q u e l " d u a l i s m o " c o n el q u e se m o s t r a b a , e n c a m b i o , p l e n a m e n t e d i s p u e s t o a solidari
zarse. L a c u e s t i ó n estribaría, p u e s , e n la i n t e n c i ó n a b s o l u t a q u e p o r n e c e s i d a d h a b í a d e c o b r a r
el c o m b a t e político p o r los territorios d e Palestina. P o r e s o escribe: " y o p o d r í a a p r o x i m a r m e al
s i o n i s m o a c t i v o si éste n o p o s e y e s e t a n t a s i g n i f i c a c i ó n . Si n o r e p r e s e n t a s e m á s q u e u n a c u e s
tión t é c n i c a " [11,839]. E v i d e n t e m e n t e , tal n o era el caso. Así, la explícita o b j e c i ó n d e B e n j a m i n
se orienta e n fin c o n t r a el peligro d e u n a desvirtuación, o i n c l u s o u n a d i s o l u c i ó n d e la " i d e a "
j u d í a e n la d e p r a v a d a positividad e n la q u e p o r n e c e s i d a d h a d e b r e g a r la a c c i ó n política. E n la
ú l t i m a d e s u s cartas a S t r a u B s o b r e el t e m a , e n 1 9 1 3 , se o c u p a b a del p r o b l e m a d e la relación
entre "espíritu y política", q u e a b o r d a b a c o m o sigue: "el h o m b r e espiritual d e b e arrojar d e sí el
espíritu e n n o i m p o r t a q u é lugar ( c o m o la b a n d e r a entre los e n e m i g o s ) . Si n o lo h a c e , se le
e s c a p a la r e l a c i ó n , l o s i m b ó l i c o d e la i d e a . (...) A p a r t i r d e l d i o s s e d e s a r r o l l a el f e t i c h e " . " P a r a
m í - c o n t i n ú a - el s i o n i s m o n o h a b í a sido h a s t a a h o r a s i n o u n a idea", p e r o " u s t e d q u i e r e trans
f o r m a r m e la i d e a e n i m p e r a t i v o político" [11,842]. L a política, sin e m b a r g o , n o sería p a r a él
s i n o " u n a c o n s e c u e n c i a d e carácter espiritual q u e n o p u e d e ser p l e n a m e n t e c u m p l i d a e n el
espíritu", d e m o d o q u e , " e n el m á s p r o f u n d o sentido, es la e l e c c i ó n del m a l m e n o r " , d a d o q u e
e n ella " j a m á s se m a n i f i e s t a la idea, s i n o s i e m p r e el p a r t i d o " [11,842]. Y e s e " m a l m e n o r " n o se
hallaría e n el p r o y e c t o del n a c i o n a l i s m o judío, sino " e n a l g ú n l u g a r d e la i z q u i e r d a " [11,843].
P e r o es q u e e n este c a s o se trataba, e n efecto, d e u n a c u e s t i ó n d e o r d e n " t é c n i c o " , p u e s lo
ú n i c o q u e B e n j a m i n se p r o m e t í a d e la política era "liberar" n u e v o s e s p a c i o s y f a v o r e c e r e n
A l e m a n i a el c l i m a e n q u e p u d i e s e p r o l i f e r a r la J u g e n d b e w e g u n g : el " e s p í r i t u " q u e i n c l u s o
e m p í r i c a m e n t e p r e t e n d e o r g a n i z a r s e c o m o "idea".
Y e n v e r d a d q u e n o e r a la política el lugar m á s i d ó n e o p a r a la c o n c r e c i ó n d e a q u e l "sio
n i s m o cultural" e n c u y o m a r c o p r e t e n d í a B e n j a m i n situarse. U n a p r u e b a e v i d e n t e al r e s p e c t o la
e n c o n t r a m o s e n la carta d e a g o s t o d e 1 9 1 3 a C a r l a S e l i g s o n , e n la q u e B e n j a m i n trataba d e
e x p l i c a r a su a m i g a cuál e r a su p o s i c i ó n r e s p e c t o al m o m e n t o " s i m b ó l i c o " d e la a c c i ó n y d e la
esfera c o m u n i t a r i a e n la q u e se h a d e h a c e r la e x p e r i e n c i a d e la "idea". C a r l a le h a b í a interro
g a d o a c e r c a d e los peligros d e d e s c u i d a r el m o d o d e ser e n soledad, la s i n g u l a r i d a d del indivi
d u o , a m e n a z a d o p o r la p e r m a n e n t e p r e s i ó n e j e r c i d a p o r el m o v i m i e n t o j u v e n i l colectivo.
B e n j a m i n c o m i e n z a e s b o z a n d o u n a d u r í s i m a teoría s o b r e la v e r d a d e r a s o l e d a d , la del h o m b r e
d e espíritu: "la m á s p r o f u n d a s o l e d a d es la del h o m b r e ideal e n relación c o n las ideas, la q u e

2 7
 aniquila su c o n d i c i ó n h u m a n a . Y e s a s o l e d a d p r o f u n d a s ó l o n o s es d a d o e s p e r a r l a d e u n a p e r
fecta c o m u n i d a d " [B,87]. E s u n a e x t r a ñ a a l a b a n z a d e lo i n h u m a n o . S u s e n t i d o es religioso: la
s o l e d a d auténtica es la del h o m b r e a n t e lo absoluto, y n o la q u e se d a entre los h o m b r e s . A la
p r i m e r a a c c e d e n s ó l o "los g r a n d e s " , m í s t i c o s incluidos, q u e d i s u e l v e n s u " y o " e n la e x p e r i e n
cia d e lo sobrenatural. A h o r a bien, esta s o l e d a d es p r e c i s a m e n t e la q u e B e n j a m i n b u s c a e n el
c o n t e x t o d e la c o m u n i d a d d e elegidos. B e n j a m i n r e s u m e así s u postura: " e n la m e d i d a e n q u e
nosotros, e n c u a n t o individuos, q u e r e m o s liberarnos d e la s o l e d a d entre los h o m b r e s , l e g a m o s
n u e s t r o ser e n s o l e d a d a los m u c h o s q u e t o d a v í a n o lo c o n o c í a n . Y n o s o t r o s m i s m o s a p r e n d e
m o s u n a n u e v a soledad: la d e la m á s p e q u e ñ a s o c i e d a d ante su i d e a " [B,87].
E s a q u í d o n d e e n c u e n t r a su lugar la f u n c i ó n religiosa q u e B e n j a m i n p a r e c e conferir a s u
b ú s q u e d a d e " l a z o s " colectivos. E n efecto: la carta p r o s i g u e c o m e n t a n d o el s e n t i d o q u e h a b í a
d e tener u n a e m p r e s a juvenil c o m o lo e r a el A n f a n g , la revista w y n e k e n i a n a , y lo h a c e d e r i v a n
d o h a c i a el p r o b l e m a d e la p r e s u n t a " i n o c e n c i a " d e la j u v e n t u d . B e n j a m i n advierte c o n t r a el
o l v i d o del i m p e r a t i v o inexorable: "la j u v e n t u d d e b e p e r d e r la i n o c e n c i a " , a saber, la " i n o c e n c i a
a n i m a l " , natural, y h a c e r s e c u l p a b l e [B,88]. Y a q u e la j u v e n t u d está j u s t a m e n t e d e s t i n a d a al
c o n o c i m i e n t o , y " t o d o c o n o c i m i e n t o es culpa", la cual, p o r cierto, " n o p u e d e ser e x p i a d a s i n o
m e d i a n t e el m á s activo, el m á s e n c e n d i d o y c i e g o c u m p l i m i e n t o d e los d e b e r e s " ; p u e s t o q u e ,
a ñ a d e B e n j a m i n , " t o d o o b r a r es inocente", y e s a i n o c e n c i a q u e se g a n a e n virtud d e la a c c i ó n
" d e b e ser a d q u i r i d a n u e v a m e n t e c a d a día, y c a d a día d e b e ser diferente"; los h o m b r e s h a n d e
" e n t r e g a r s e r e c í p r o c a m e n t e s u s s o l e d a d e s " y d e tal m o d o " r e d i m i r l a s " [B,88]. A h o r a bien,
s e m e j a n t e i n t e r c a m b i o d e s o l e d a d e s ú n i c a m e n t e p u e d e d a r s e e n el m a r c o d e la a c c i ó n colecti
va, q u e a d q u i e r e así u n a f u n c i ó n d e s i g n o redentor. B e n j a m i n se r e m i t e a su artículo s o b r e D a s
M o r a l u n t e r r i c h t , e s c r i t o p o r a q u e l l a s m i s m a s f e c h a s , e n d o n d e la s i g n i f i c a c i ó n d e la v i d a
c o m u n i t a r i a se p r e s e n t a b a d e u n a m a n e r a explícita b a j o el p r i s m a d e la religión: "la cotidiani
d a d d e u n a c o m u n i d a d ética -escribía- lleva la i m p r o n t a religiosa" [11,50]. S e trataría, p o r cier
to, d e u n a c o m u n i d a d c u y a eticidad "existe i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la eticidad d e s u s m i e m
bros", m á s a ú n , i n c l u s o " a p e s a r d e su falta d e eticidad" [B,89]. E s e n este m a r c o e n el q u e
p u e d e a c a s o interpretarse la c a r a c t e r i z a c i ó n b e n j a m i n i a n a d e la e m p r e s a colectiva c o m o " s í m
b o l o " , d a d o q u e , afirma, " t o d a b u e n a a c c i ó n n o es sino u n s í m b o l o d e la libertad d e a q u e l q u e
la realiza" [B,89]. S ó l o e n c u a n t o q u e " s í m b o l o " , es decir, c o n s i d e r a d a m á s allá d e s u e v e n t u a l
utilidad e m p í r i c a , a d q u i e r e u n a o r g a n i z a c i ó n c o m u n i t a r i a su peculiar " e t i c i d a d " y, p o r e n d e , s u
s e n t i d o religioso: p u e s tan sólo " e n a q u e l l o s q u e e x p e r i m e n t a n el v a l o r s i m b ó l i c o , inútil, d e la
c o m u n i d a d , e n a q u e l l o s q u e f u n d a r o n u n a c o m u n i d a d " c o m o si" f u e s e la ú n i c a é t i c a m e n t e
posible, s ó l o e n e s o s c r e a d o r e s d e c o m u n i d a d e s se h a c í a r e a l y efectiva la i d e a ética; e r a n
libres. L o q u e es u n " c o m o si" del c o n o c i m i e n t o , es u n a b s o l u t o e n el o b r a r " [B,90].
E s t a c o n c e p c i ó n p o s i t i v a m e n t e religiosa d e la a c c i ó n c o l e c t i v a e n p o s d e u n a cierta
" i d e a " del "espíritu" r e p r e s e n t a p r o b a b l e m e n t e la figura n u c l e a r d e e s o q u e B e n j a m i n d e n o m i
n a b a " s i o n i s m o cultural". L a " i d e a " espiritual h a b r á d e m a n t e n e r s e a s a l v o d e t o d a c o n t a m i n a
c i ó n p r a g m á t i c a y p r o f a n a . S u carácter " s i m b ó l i c o " , v a c í o d e c o n t e n i d o e m p í r i c o , h a d e ser
p r e s e r v a d o e n el m a r c o d e u n a p r a x i s p u e s t a a b s o l u t a m e n t e al servicio d e la " s o l e d a d " del
sujeto ante la "idea". L a alternativa k i e r k e g a a r d i a n a entre e s t e t i c i s m o o eticidad q u e d a , p o r
tanto, irresuelta. B e n j a m i n n o i n t r o d u c e la d i m e n s i ó n religiosa s i n o al p r e c i o d e e n t r e m e z c l a r
i n d i s t i n t a m e n t e las tres esferas, e n u n c l a m o r o s o t e s t i m o n i o d e la i m p o t e n c i a del " h o m b r e d e
espíritu" q u e h a c e d e la tradición cultural su ú n i c a p r o f e s i ó n d e fe.

2 8
 A S P E C T O M E S I A N I C O :
J U V E N T U D Y " E X P E R I E N C I A '

A c a s o lo m á s p r o d u c t i v o q u e B e n j a m i n extrajo d e a q u e l l o s a ñ o s d e c o n f u s i ó n y a c i e s e
e n la o r i e n t a c i ó n m e s i á n i c a e n q u e i n t e g r a b a s u c o n c e p t o d e la j u v e n t u d , o r i e n t a c i ó n q u e p o r
e n t o n c e s estrenaría y q u e j a m á s h a b r í a d e a b a n d o n a r . E n efecto, s e g ú n le e x p l i c a e n u n a carta a
su a m i g a C a r l a Seligson, la j u v e n t u d es "el l u g a r d o n d e el espíritu se realiza" [B,93]. M á s a ú n ,
sugiere: " e s éste p e r m a n e n t e y vibrante s e n t i d o p a r a el p u r o espíritu e n su a b s t r a c c i ó n lo q u e
y o quisiera l l a m a r j u v e n t u d " [B,93]. L a " i d e a " d e la j u v e n t u d p a r e c e e n t r a ñ a r u n a e n t e r a d i s p o
n i b i l i d a d p a r a la r e c e p c i ó n d e los v a l o r e s d e l "espíritu" e n general: " s e r j o v e n " significa
"hallarse a la e s p e r a del espíritu", e n c o n t r a r s e t e n s a y p e r m a n e n t e m e n t e a la e x p e c t a t i v a d e
v e r l o m a n i f e s t a r s e e n c u a l q u i e r m o m e n t o [B,92]. E l l o h a d e s u c e d e r , n o o b s t a n t e , b a j o la
f o r m a d e u n devenir, d e u n " e t e r n o realizarse" e n el a l m a d e los j ó v e n e s . L a j u v e n t u d a p a r e c e ,
p o r tanto, c o m o el c e n t r o d e u n p r o c e s o q u e se v a d e s p l e g a n d o a lo largo d e la historia p e r o
q u e , p o r lo m i s m o , n o p u e d e ser v i c a r i a m e n t e c o n v e r t i d o e n positivo c u m p l i m i e n t o . E n efecto,
la s o l u c i ó n q u e B e n j a m i n h a b í a c r e í d o e n c o n t r a r al p r o b l e m a d e la o r g a n i z a c i ó n del "espíritu"
-su " s i o n i s m o cultural"- a p e n a s p o d í a g u a r d a r u n a m a y o r c o h e r e n c i a c o n el carácter " s i m b ó l i
c o " d e s u "idea". E l " s í m b o l o " se materializaría e n el carácter e s e n c i a l m e n t e abierto e i n a c a b a
d o d e la f o r m a d e existencia p r o p i a d e la j u v e n t u d , d e s p l e g a d a entre los p o l o s d e u n a h e r e n c i a
cultural d e la q u e se h a d e a p r o p i a r y u n futuro incierto al q u e d e b e l u e g o transmitirla, n o sin
antes h a b e r l e d a d o u n a n u e v a f o r m a . L a i d e a d e B e n j a m i n n o p a r e c í a ser s i n o la d e arrebatar
e s e "espíritu" a los "filisteos" y afrontar la posibilidad histórica d e realizar a q u e l l a e x p e r i e n c i a
c u y a p r o m e s a c o n t e m p l a b a f o r m u l a d a e n la g r a n tradición d e la cultura e u r o p e a .
A la vista del p a t h o s d e n o b l e e l e v a c i ó n q u e p o r e n t o n c e s r e z u m a b a s u i d e a del "espíri
tu", n o p o d r á c a u s a r e x t r a ñ e z a n i n g u n a el h e c h o d e q u e u n B e n j a m i n e f e c t i v a m e n t e j o v e n ,
a u n q u e p r e c o z , atisbase c o n claridad siniestra la m e n d a c i d a d d e u n a cultura q u e los "adultos",
es decir, los b u r g u e s e s b i e n a c o m o d a d o s a q u i e n e s él tenía p o r tales, ú n i c a m e n t e p a r e c í a n
e s g r i m i r c o m o i n s t r u m e n t o p a r a l e g i t i m a r u n o r d e n c u y a e v i d e n t e d e c a d e n c i a m u y p r o n t o
adquiriría u n o s tintes dramáticos'5. E s u n b r e v e artículo d e 1 9 1 3 , titulado " E r f a h r u n g " , entre
comillas, el q u e m á s p a t e n t e m e n t e refiere tal c o y u n t u r a : " n u e s t r a l u c h a p o r la r e s p o n s a b i l i d a d
la d i r i m i m o s c o n t r a u n e n m a s c a r a d o . L a m á s c a r a del a d u l t o se l l a m a " e x p e r i e n c i a " . E s s i e m p r e
la m i s m a , i m p e n e t r a b l e , c a r e n t e d e e x p r e s i ó n " [11,54]. E s t a falsa " e x p e r i e n c i a " sería "el e v a n
gelio del filisteo" [11,55] q u e n o p r o c l a m a su " v e n e r a c i ó n " p o r el espíritu s i n o p a r a evitar el
ejercicio d e la crítica: " i n c l u s o la e x p e r i e n c i a del espíritu, q u e h a c e c o n t r a s u v o l u n t a d , se le
c o n v i e r t e e n a l g o sin espíritu" [11,56]. E n efecto, la " e x p e r i e n c i a " q u e se a t r i b u y e al " a d u l t o "
n o sería otra c o s a q u e el r e s u l t a d o d e s u i n m o v i l i z a c i ó n e n la v a c i e d a d d e u n a m e r a a c u m u l a
c i ó n d e " v i v e n c i a s " p o b r e m e n t e subjetivas. B e n j a m i n se r e m i t e a u n a frase del a f o r i s m o q u e
a b r e la tercera parte del Z a r a t u s t r a , s e g ú n la c u a l " n o se t i e n e n v i v e n c i a s m á s q u e d e sí
m i s m o " . P o r el contrario, el carácter e s e n c i a l m e n t e i n c o n c l u s o d e la j u v e n t u d p a r e c í a c o m p o r
tar u n a i n m e d i a t a d i s p o s i c i ó n p a r a la c o n m o c i ó n y la r e c e p t i v i d a d d e lo n u e v o , lo diferente res
p e c t o a la i d e n t i d a d subjetiva y a constituida. E n este sentido, la " e x p e r i e n c i a " auténtica r e q u i e
re tensión, i n c l u s o d o l o r e n el sujeto. P o r e s o B e n j a m i n l a n z a b a a d m o n i c i o n e s a la j u v e n t u d ,
p r e v i n i é n d o l a frente al " i n d i v i d u a l i s m o narcótico", frente al "falso r o m a n t i c i s m o " e m b r i a g a

2 9
 d o r d o n d e se d i l u y e la v i d a del "diletante" e n la esfera estética, q u e m a n t i e n e al "espíritu"
e s c l a v i z a d o c o m o i n s t r u m e n t o d e goce'6.
V a p e r f i l á n d o s e así el a s p e c t o " s i m b ó l i c o " d e la " i d e a " d e j u v e n t u d . S u carácter es for
m a l m e n t e teológico, p e r o s u c o n t e n i d o a p a r e c e r e m i t i d o a la historia. E n u n artículo d e 1 9 1 4 ,
D i e religióse S t e l l u n g d e r n e u e n J u g e n d , B e n j a m i n se e x p r e s a c o n la m a y o r claridad a p r o p ó
sito d e la c o n d i c i ó n m e s i á n i c a d e la auténtica c o n c i e n c i a juvenil: "el m o v i m i e n t o d e la j u v e n
t u d q u e se despierta i n d i c a la d i r e c c i ó n d e a q u e l p u n t o i n f i n i t a m e n t e lejano e n el q u e s a b e m o s
d e la religión" [11,72]. E n este c a s o n o se trataría d e n i n g u n a d e las religiones l e g a d a s p o r la
tradición, las q u e H e g e l d e s i g n a r í a c o m o "positivas", sino m á s b i e n d e u n a particular receptivi
d a d p a r a lo religioso e n general. " E n n i n g ú n l u g a r c o m o e n la j u v e n t u d p u e d e la religión c o n
m o v e r la c o m u n i d a d , y e n n i n g ú n l u g a r p u e d e su i m p u l s o resultar m á s c o n c r e t o , m á s íntimo,
m á s penetrante. P u e s el c a m i n o d e f o r m a c i ó n d e la j o v e n g e n e r a c i ó n c a r e c e d e s e n t i d o sin
ella" [11,72s]. Y ello es así j u s t a m e n t e p o r q u e la c o n c e p c i ó n q u e se h a c e B e n j a m i n d e la e x p e
riencia religiosa n o difiere, a fin d e c u e n t a s , d e a q u e l l a otra e x p e r i e n c i a d e lo espiritual, a
saber, la d e la v i d a e n el v í n c u l o c o m u n i t a r i o , q u e llevaría a la p e r f e c t a " s o l e d a d " a n t e la
"idea". S ó l o q u e a h o r a s a b e m o s q u e s u v a l o r a título d e " s í m b o l o " n o h a b r á d e ser e n t e n d i d o
s i n o e n f u n c i ó n d e u n infinito p r o c e s o d e r e n o v a c i ó n d e s u s c o n f i g u r a c i o n e s históricas. L a
j u v e n t u d es p o r t a d o r a d e religión e n la m e d i d a e n q u e se halla " e n el centro, d o n d e d e v i e n e lo
n u e v o " [11,72], e s decir, allí d o n d e a c o n t e c e la historia. L a j u v e n t u d , " n o m b r e p a r a la v i d a e n
s u i n m o r t a l i d a d " [11,240], se sentiría l i g a d a a la historia p o r " l a z o s d e s a n g r e " [11,59] y se
d e t e r m i n a r í a , p o r tanto, e n virtud d e s u a t a d u r a a las f u e r z a s e n ella o p e r a n t e s , a n t e las q u e se
presentaría c a b a l m e n t e c o m o religión: "la j u v e n t u d q u e se p r o f e s a a sí m i s m a significa la reli
g i ó n q u e t o d a v í a n o e s " [11,73]. Así, p r o s i g u e , " s u s l u c h a s s o n juicios d e D i o s " , p e r m a n e n t e
d e c i s i ó n e n u n a e n c r u c i j a d a entre lo s a g r a d o y lo p r o f a n o [11,79]. E n c o n s e c u e n c i a c o n ello,
B e n j a m i n escribe u n entusiasta l l a m a m i e n t o a la j u v e n t u d e n f a v o r d e la " r e b e l i ó n " [11,67], c o n
la i n t e n c i ó n d e e m b a r c a r l a e n u n a suerte d e g u e r r a santa p o r la t r a n s f o r m a c i ó n d e la historia e n
a b s o l u t a " a c t u a l i d a d " del "espíritu" - y a q u e , afirma, "el presente, p o r así decir, n o es actual"
[11,59]-, p a r a d e este m o d o a l c a n z a r "la p u r a c o n f i g u r a c i ó n del i n m a n e n t e e s t a d o d e p l e n i t u d
c o m o a b s o l u t o " [11,75]. L a j u v e n t u d , e n t o n c e s , es e s e n c i a l m e n t e m e s i á n i c a . " R e d i m e " , al r e n o
varlo, lo q u e h a y d e d e t e r i o r a d o e n la tradición espiritual: " n o s o t r o s -indica B e n j a m i n - l u c h a
m o s p o r la p o s i b i l i d a d d e los v a l o r e s e n general, q u e p e r m a n e n t e m e n t e se v e a m e n a z a d a ; p o r
la cultura, q u e v i v e e n u n a crisis eterna: p u e s c o n c a d a p r e s e n t e se h a c e n m á s viejos los viejos
v a l o r e s " [11,59s]. E l d e s t i n o d e la j u v e n t u d es el d e transportar los v a l o r e s e n peligro histórico
p r o y e c t á n d o l o s e n u n o r d e n n u e v o . L a c o n t i n u i d a d así e s t a b l e c i d a d e f i n e la " p l e n i t u d " espiri
tual, la " a c t u a l i d a d " del presente.

L A V I D A D E L O S E S T U D I A N T E S

E n el v e r a n o d e 1 9 1 4 , B e n j a m i n f u e n o m b r a d o p r e s i d e n t e d e la A s o c i a c i ó n d e
E s t u d i a n t e s Libres. E n s u d i s c u r s o d e ent ra da, q u e m á s tarde publi ca ría e n u n a n u e v a v e r s i ó n
b a j o el título d e D a s L e b e n d e r S t u d e n t e n , esta s ideas e r a n a m p l i a m e n t e d e s a r r o l l a d a s e n u n a
d i r e c c i ó n b a s t a n t e sig nificativa e n c u a n t o a su c o n c e p t o d e " h o m b r e d e espíritu". D e h e c h o , "la

3 0
 v i d a d e los e s t u d i a n t e s " a p a r e c e c o m o el c a m p o d e f u e r z a s d o n d e d e s p u n t a b a p o r v e z p r i m e r a
e n B e n j a m i n la q u e l u e g o se convertiría e n la i d e a central d e su visión d e la historia, es decir,
s u c o n c e p c i ó n d e la v e r d a d e r a e x p e r i e n c i a c o m o u n a r e v e l a c i ó n del a b s o l u t o e n el d e c u r s o his
tórico y ú n i c a m e n t e e n él: " h a y u n a c o n c e p c i ó n d e la historia q u e c o n f í a e n la infinitud del
t i e m p o y s ó l o d i s t i n g u e el r i t m o d e los h o m b r e s y d e las é p o c a s s e g ú n la r a p i d e z o lentitud c o n
q u e d i s c u r r e n p o r la s e n d a d e l p r o g r e s o (...). L a s c o n s i d e r a c i o n e s q u e s i g u e n a p u n t a n , p o r el
contrario, a u n d e t e r m i n a d o e s t a d o e n el q u e la historia d e s c a n s a r e u n i d a c o m o e n u n p u n t o
focal, c o m o o c u r r e d e s d e a n t a ñ o e n las u t o p í a s d e los p e n s a d o r e s . L o s e l e m e n t o s del e s t a d o
final n o están a la vista c o m o t e n d e n c i a s i n f o r m e s d e p r o g r e s o , sino q u e están insertos e n t o d o
p r e s e n t e c o m o c r e a c i o n e s y p e n s a m i e n t o s a m e n a z a d o s y ridiculizados". Y a ñ a d e : "la tarea his
tórica consiste e n c o n f i g u r a r c o m o p u r a m e n t e a b s o l u t o el e s t a d o i n m a n e n t e d e plenitud, h a c e r
lo visible y r e s p l a n d e c i e n t e e n el p r e s e n t e " [11,75].
E s t a s n o t a b l e s s u p o s i c i o n e s representan, sin d u d a , u n refulgente a n u n c i o e n el q u e se
anticipa lo q u e h a b r í a d e ser la filosofía del B e n j a m i n m a d u r o , a c u y o m a r c o se r e m i t e s u
e v e n t u a l inteligibilidad'7. P o r e n t o n c e s a ú n se o r i e n t a b a e n la d i r e c c i ó n d e u n a " e s t r u c t u r a
m e t a f í s i c a " i m p o l u t a , n í t i d a m e n t e s e p a r a d a d e t o d a " d e s c r i p c i ó n p r a g m á t i c a d e los detalles
singulares", e m p í r i c o s , e n los q u e se p u d i e s e dispersar el o b j e t o d e su disertación; es el p r o p i o
B e n j a m i n el q u e ilustra s u s intenciones: la "estructura m e t a f í s i c a " d e b e ser e n t e n d i d a c o m o
a q u e l l a q u e r e p r e s e n t a n la " i d e a del R e i n o m e s i á n i c o o la d e la R e v o l u c i ó n f r a n c e s a " [11,75],
esto es, la idea d e la u t o p í a h e c h a real. S ó l o e n e s e c o n t e x t o p o d r í a ser c o n s t r u i d o el " s i s t e m a "
d e t o d o c o n o c i m i e n t o . P e r o " e n tanto q u e falten varias d e las c o n d i c i o n e s n e c e s a r i a s p a r a ello,
ú n i c a m e n t e resta liberar lo p o r v e n i r d e la f o r m a d e s f i g u r a d a e n q u e se r e c o n o c e e n el s e n o d e
lo presente. Y p a r a esto s ó l o sirve la crítica" [11,75].
E l b l a n c o principal d e su "crítica" es lo m i s m o q u e s i e m p r e h a b r í a d e c o m b a t i r d e u n o u
otro m o d o c o m o falsa c r e e n c i a e n el carácter irresistible del p r o g r e s o t é c n i c o y científico.
C i e r t a m e n t e , B e n j a m i n trataba d e cotejar la v i d a estudiantil s e g ú n el r a s e r o d e la " i d e a d e la
ciencia". P e r o esta " i d e a " p o c o tenía q u e v e r c o n las u s u a l e s d e r i v a c i o n e s d e s i g n o m á s o
m e n o s "positivista". P o r el contrario, e n u n a carta escrita p o r a q u e l l o s días a s u a m i g o E r n s t
S c h o e n , B e n j a m i n f o r m u l a d e m o d o claro u n o b j e t i v o m u y distinto q u e el d e afirmarse, al esti
lo ilustrado, e n el " s e g u r o c a m i n o d e la ciencia". M á s b i e n lo q u e se p r o p o n í a lograr e r a "la
f u n d a c i ó n d e u n a n u e v a e s c u e l a s u p e r i o r establecida a partir d e sí m i s m a , es decir, a partir del
espíritu" [B,110]. E s t a i n t e n c i ó n p r o c e d í a , p o r s u p u e s t o , del influjo persistente d e W y n e k e n ,
d e c u y a línea g e n e r a l t o d a v í a se d e c l a r a b a seguidor, p e r o c o n m a y o r r a z ó n se p u e d e decir q u e
t r a t a b a d e a p r o v e c h a r el l e g a d o d e la m á s o r t o d o x a t r a d i c i ó n d e l i d e a l i s m o a l e m á n , m á x i m e si
se o b s e r v a q u e f u e t a m b i é n p o r aquellas f e c h a s c u a n d o B e n j a m i n h i z o s u lectura d e las p r o
p u e s t a s d e F i c h t e a p r o p ó s i t o d e la o r g a n i z a c i ó n d e la U n i v e r s i d a d d e B e r l í n [B,107]'8.
B a j o u n a inspiración s e m e j a n t e a la q u e g u i a s e a Fichte, B e n j a m i n a p u n t a b a s o b r e t o d o
c o n t r a la d i s o l u c i ó n del s a b e r e n la p r a g m á t i c a m u l t i p l i c i d a d d e las diferentes disciplinas técni
cas, e n el " a p a r a t o p r o f e s i o n a l " d o n d e la e x p e r i e n c i a del espíritu q u e d a r í a m u t i l a d a y el sujeto
d i s g r e g a d o , c o n v e r t i d o e n m e r o especialista. L a eficacia d e la e s p e c i a l i z a c i ó n del sujeto del
s a b e r h a c e i m p o s i b l e , s e g ú n B e n j a m i n , q u e "la e n t e r a e indivisa e s e n c i a del h o m b r e a l c a n c e a
e x p r e s a r s e " [11,78]. E l "espíritu p r o f e s i o n a l " sería, p o r tanto, u n a p e r m a n e n t e a m e n a z a d e "fal
sificación del espíritu c r e a d o r " q u e a n i m a la v e r d a d e r a " i d e a d e la c i e n c i a " e n s u d i m e n s i ó n d e
totalidad [11,81]. P o r cierto q u e tal d i m e n s i ó n d e carácter unlversalizante y e s c i n d i d a del a s p e c
to i n s t r u m e n t a l (casi d i r í a m o s : p r o f a n o ) del s a b e r n o p u e d e ser otra q u e la d e la filosofía: e n
efecto, "la c o m u n i d a d d e los h o m b r e s c r e a d o r e s e l e v a t o d o e s t u d i o al nivel d e la universalidad:

31
 b a j o la f o r m a d e la filosofía". Y p r o s i g u e B e n j a m i n : " s e m e j a n t e u n i v e r s a l i d a d n o se l o g r a
p l a n t e á n d o l e al j u r i s t a c u e s t i o n e s literarias, o al m é d i c o c u e s t i o n e s j u r í d i c a s (...), s i n o c u a n d o
p o r e n c i m a d e t o d a la particularización del e s t u d i o e s p e c i a l i z a d o ( q u e tan s ó l o p u e d e s o s t e n e r
se c o n las m i r a s p u e s t a s e n la profesión), p o r e n c i m a d e t o d a F a c u l t a d , s e a la p r o p i a c o m u n i
d a d d e la U n i v e r s i d a d c o m o tal la q u e p r o d u z c a y s a l v a g u a r d e la e s t r u c t u r a c o m u n i t a r i a d e la
filosofía, y ello, p o r lo d e m á s , n o e n b a s e a los p l a n t e a m i e n t o s d e las disciplinas filosóficas
c i e n t í f i c a m e n t e d e l i m i t a d a s , s i n o e n b a s e a los interrogantes m e t a f í s i c o s d e u n P l a t ó n o u n
S p i n o z a , d e los r o m á n t i c o s o d e N i e t z s c h e " [11,82].
L a v i n c u l a c i ó n q u e B e n j a m i n establecía entre s e m e j a n t e s "interrogantes m e t a f í s i c o s " y
las o p u e s t a s m a n i f e s t a c i o n e s del a c o n t e c e r histórico q u e d a f o r m u l a d a p o c a s líneas d e s p u é s :
" e n lo q u e c o n c i e r n e a su f u n c i ó n c r e a d o r a , el e s t u d i a n t a d o p o d r í a ser c o n s i d e r a d o c o m o el
g r a n t r a n s f o r m a d o r q u e , m e d i a n t e u n e n f o q u e filosófico, h a b r á d e traducir las n u e v a s ideas,
q u e a c o s t u m b r a n a suscitarse antes e n el arte y e n la v i d a social, a c u e s t i o n e s m e t a f í s i c a s "
[11,83]. D e tal m o d o a p a r e c e la j u v e n t u d e s t u d i o s a c o m o u n a suerte d e a f i n a d o s e n s o r i u m p a r a
u n a " e x p e r i e n c i a " espiritual q u e d e b e r á ser e s c r u t a d a p o r t o d a s partes, p u e s e n c u a l q u i e r l u g a r
p u e d e n h a c e r s e manifiestos, e n f o r m a d e s f i g u r a d a , rota o m e n o s p r e c i a d a , a q u e l l o s " e l e m e n t o s
del e s t a d o final" e n los q u e la historia se m o s t r a r í a e n la plenitud d e su s e n t i d o c o m o " a b s o l u t a
actualidad". N o c a b e p o r tanto e x t r a ñ a r s e d e q u e B e n j a m i n c o n c l u y a su d i s c u r s o a m o n e s t a n d o
s o b r e los peligros del a m o r narcótico, del e r o s v e n a l d e las prostitutas e n c u y o s b r a z o s se
extraviarían las j ó v e n e s a l m a s d e los estudiantes q u e a ellas a c u d e n , i g n o r a n t e s d e q u e es el
t o d o del "espíritu" lo q u e se halla e n j u e g o e n c a d a u n o d e tales i n t e r c a m b i o s . B e n j a m i n h a b í a
p a s a d o d e la i n g e n u a a d o r a c i ó n d e los " g e n i o s " c o n s a g r a d o s p o r la historia, los " h é r o e s " d e la
cultura, a la c o n s t a t a c i ó n del carácter p r o b l e m á t i c o q u e a d q u i e r e e s a tradición, a la q u e perte
n e c e n el arte y la filosofía, e n el m u n d o d o m i n a d o p o r el s a b e r científico. L a " s a l v a c i ó n " d e la
c o n c i e n c i a precientífica exigirá m a t i z a r e s e abstracto "espíritu" e n c a r n a d o e n la j u v e n t u d y
b u s c a r s u c o n c r e c i ó n a c o n t r a p e l o , discernirlo e n s u s f r a g m e n t a r i a s m a n i f e s t a c i o n e s e n el
c a m p o abierto d e la praxis.
E n c u a n t o a lo d e m á s , y a e n 1 9 1 3 d a b a B e n j a m i n m u e s t r a s d e h a b e r c o m e n z a d o a dis
tanciarse d e s u m a e s t r o W y n e k e n . P e r o los a c o n t e c i m i e n t o s se precipitaron. E l d e s e n c a d e n a
m i e n t o d e la p r i m e r a g r a n g u e r r a e u r o p e a trajo c o n s i g o , e n lo personal, el suicidio d e su í n t i m o
a m i g o el p o e t a Fritz H e i n l e , u n o d e los p e r s o n a j e s e n los q u e m á s a p o y o e n c o n t r a b a s u fre
c u e n t a c i ó n d e a q u e l l o s a m b i e n t e s j u v e n i l e s [11,880s]. L a g o t a q u e h i z o c o l m a r el v a s o h u b i e r a
p o d i d o ser la p o s i c i ó n f a v o r a b l e d e q u e W y n e k e n h i z o g a l a frente a la c o n t i e n d a [11,884s].
B e n j a m i n j a m á s llegó a c o m p a r t i r s e m e j a n t e e n t u s i a s m o . El 9 d e m a r z o d e 1 9 1 5 se d e s p i d i ó
f o r m a l m e n t e d e s u a n t i g u o F ü h r e r . " L a t h e o r i a h a q u e d a d o c e g a d a e n usted"; " u s t e d h a sacri
f i c a d o (...) la j u v e n t u d al E s t a d o . P e r o la j u v e n t u d p e r t e n e c e ú n i c a m e n t e (...) a l o s q u e a m a n a
la j u v e n t u d y a m a n , s o b r e todo, la i d e a q u e h a y e n ella" [B,121s]. B e n j a m i n , q u e h a b í a l l a m a
d o a u n a v e r d a d e r a c r u z a d a d e los j ó v e n e s , f u e i n c a p a z d e r e c o n o c e r la " i d e a " e n a q u e l l a g u e
rra e n q u e se h a b í a n e m b a r c a d o los " a d u l t o s " y c u y o estallido, p o r lo d e m á s , a n i q u i l ó e n p o c o s
instantes u n a J u g e n d b e w e g u n g q u e v i o d e p r o n t o p e r d i d a s u p r e s u n t a inocencia. E s cierto q u e
B e n j a m i n a p e n a s v o l v e r í a a referirse d e s p u é s a e s o s t e m p r a n o s e s c a r c e o s e n el a r d u o m u n d o
d e la l u c h a cultural. Y a e n u n a carta d e 1 9 1 7 a E r n s t S c h o e n se felicitaba a sí m i s m o d e h a b e r
se s a l v a d o d e a q u e l l o s "influjos d e m o n í a c a m e n t e f a n t a s m a l e s " [ B , 1 4 0 ] , c o n v e r t i d o s e n ruinas.
P e r o a c a s o le f u e i m p o s i b l e b o r r a r p o r e n t e r o la i m p r o n t a d e a q u e l p r i m e r r a d i c a l i s m o e n el
q u e se j u n t a b a n los e x t r e m o s d e la e x p e r i e n c i a histórica b e n j a m i n i a n a : la s o l e d a d inevitable
del "espiritual" intransigente y la d e b i l i d a d m a n i f i e s t a m e n t e c o m p e n s a t o r i a , c o m o A d o r n o

3 2
h a b í a s e ñ a l a d o , e n sus a p e l a c i o n e s al colectivo. Y q u i z á n u e s t r a tarea m á s i n m e d i a t a consistie
se j u s t a m e n t e e n r e s p o n d e r a u n a p r e g u n t a q u e el p r o p i o B e n j a m i n se h a c í a e n u n p a s a j e d e su
c o r r e s p o n d e n c i a c o n s u a m i g a C a r l a S e l i g s o n : " ¿ c ó m o s a l v a r n o s a n o s o t r o s m i s m o s d e la
v i v e n c i a d e n u e s t r o s vein te a ñ o s ? " [B ,71].

3 3
 2, L A F I L O S O F I A C O M O " E X P E R I E N C I A "

E L M I T O C O M O " S E N T I D O " ;
L A R E L I G I Ó N C O M O " F O R M A "

U n a v e z a p a g a d o s e n B e n j a m i n los ú l t i m o s e c o s d e la J u g e n d b e w e g u n g , f u e G e r s h o m
S c h o l e m q u i e n d e s e m p e ñ a r í a el p a p e l d e interlocutor privilegiado e n lo q u e c o n c i e r n e a s u
desarrollo intelectual. S u s lazos c o n S c h o l e m , u r d i d o s h a c i a 1 9 1 5 y resistentes hasta el ú l t i m o
d í a d e s u vida, h a b r í a n d e a c t u a r c o m o u n a suerte d e c e n t r o d e c o n f l u e n c i a m e r c e d al cual
p u d i e r o n , d e a l g ú n m o d o , m a n t e n e r s e a t a d a s las h e t e r o g é n e a s fuerzas q u e t e n s a b a n el a r c o del
p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n y q u e m á s b i e n t e n d í a n a dispararse e n otras tantas d i r e c c i o n e s dife
rentes. Así, el s e n t i d o del " s i o n i s m o cultural" d e sus a ñ o s d e j u v e n t u d c o m e n z a r í a a adquirir
u n a figura m á s reconocible. L a o r i e n t a c i ó n i n g e n u a m e n t e espiritualista derivaría p o c o a p o c o
e n u n a teoría d e la e x p e r i e n c i a d e la historia c o m o historia d e la R e v e l a c i ó n . L o s m o t i v o s
judíos, filtrados a través d e S c h o l e m , a p a r e c e r í a n e n a d e l a n t e c o m o t e s t i m o n i o d e la b a s e teo
ló g i c a s o b r e la q u e y a n u n c a dejaría d e a p o y a r s e su filosofía.
E n realidad, p o d r í a decirse q u e la visión q u e B e n j a m i n se h a c í a del j u d a í s m o e r a d e u n
o r d e n c o n s c i e n t e m e n t e f o r m a l : s u f u n c i ó n p a r e c í a consistir s o b r e t o d o e n p r o p o r c i o n a r u n
a r m a z ó n s o b r e el q u e p u d i e r a erigirse u n s i s t e m a d e a l c a n c e superior, u n s i s t e m a e n el q u e
h a b r í a n d e hallar t a m b i é n u n l u g a r ciertos c o n t e n i d o s sin d u d a e x t r a ñ o s a la religión judía.
T a n t o es así c o m o a c a s o se d e s p r e n d e y a d e la siguiente noticia d e S c h o l e m , e n la q u e refiere
u n a d e las v e l a d a s c o n su a m i g o e n S u i z a h a c i a 1 9 1 6 : " n o s e n f r a s c a m o s e n u n a d i s c u s i ó n a c e r
c a d e si H e g e l h a b í a p r e t e n d i d o d e d u c i r el m u n d o , lo q u e n o s c o n d u j o a las m a t e m á t i c a s , la
filosofía y el mito. P a r a B e n j a m i n , sólo el m i t o p o d í a representar "el m u n d o " . D e c í a q u e él
m i s m o n o s a b í a a ú n cuál p o d í a ser la finalidad d e la filosofía, d a d o q u e el " s e n t i d o del m u n d o "
n o e r a p r e c i s o buscarlo, p u e s t o q u e y a v e n í a d e f i n i d o p o r el mito. El m i t o sería el todo; el
resto, incluidas filosofía y m a t e m á t i c a s , n o sería sino u n o s c u r e c i m i e n t o , u n a a p a r i e n c i a origi
n a d a p o r a q u é l " , d e tal m a n e r a q u e " ú n i c a m e n t e la religión p o d r í a p e n e t r a r el m u n d o del
m i t o " " . L o s c o n c e p t o s d e "totalidad" y d e " s e n t i d o " q u e d a n así r e m i t i d o s al á m b i t o del p e n s a
m i e n t o mítico, e n u n a o p e r a c i ó n t í p i c a m e n t e b e n j a m i n i a n a , d e s i g n o nihilista, q u e se revelaría
crucial e n su visión m a d u r a d e la historia. D e n u e v o es S c h o l e m q u i e n m e j o r h a f o r m u l a d o la
c u e s t i ó n e n s u diario, d o n d e a la s a z ó n escribió: "el espíritu d e B e n j a m i n gira, y s e g u i r á giran
d o m u c h o t i e m p o a ú n , a l r e d e d o r del f e n ó m e n o del mito, q u e él a b o r d a d e s d e los m á s diferen
tes p u n t o s d e vista. D e s d e la historia, p a r a lo cual parte del r o m a n t i c i s m o : d e s d e la poesía, a
partir d e Hólderlin; d e s d e la religión, a partir del j u d a í s m o ; y d e s d e el d e r e c h o . Si a l g u n a v e z

3 5
 l l e g o a t e n e r u n a filosofía p r o p i a - m e d e c í a - , s e r á d e a l g u n a m a n e r a u n a f i l o s o f í a d e l
j u d a í s m o " 2 0 .
P a r a c o m e n z a r a e n t e n d e r d e q u é m o d o p o d í a e n a q u e l e n t o n c e s v i s l u m b r a r s e u n a sali
d a p a r a esta c u á d r u p l e vía, p u e d e servirnos d e a y u d a u n a b r e v e referencia al p r i m e r o d e tales
p u n t o s d e vista. E n u n a carta f e c h a d a e n j u n i o d e 1 9 1 7 , B e n j a m i n i n f o r m a b a a S c h o l e m d e la
m a r c h a d e s u s e s t u d i o s e n t o r n o al r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o . E l " c e n t r o " d e este último, escribe,
n o es sino la c o n j u n c i ó n d e "religión e historia". S u "infinita p r o f u n d i d a d y belleza e n c o m p a
r a c i ó n c o n t o d a f o r m a d e r o m a n t i c i s m o t a r d í o " p r o c e d í a d e la c i r c u n s t a n c i a d e q u e " p a r a
lograr la í n t i m a v i n c u l a c i ó n d e e s a s d o s esferas n o se r e m i t í a n a los h e c h o s religiosos e históri
cos, s i n o q u e trataban d e p r o d u c i r e n el p e n s a m i e n t o m i s m o y e n la v i d a la m á s alta esfera e n
la q u e a m b a s h a b í a n d e coincidir. Ello n o d i o c o m o r e s u l t a d o "la religión", s i n o la a t m ó s f e r a
e n la q u e t o d o lo q u e sin ella existía, y lo q u e se s u p o n í a q u e ella era, a r d i ó y se d e s i n t e g r ó
h e c h o c e n i z a s " [B, 138]. E n efecto, la situación histórica c o n la q u e se t u v o q u e enfrentar el
m o v i m i e n t o r o m á n t i c o era j u s t a m e n t e la d e "la ruina del cristianismo", y el m á s u r g e n t e c o m e
tido al q u e se v i o d e s t i n a d o h a b í a d e ser, p o r tanto, el d e a f a n a r s e e n u n d r a m á t i c o e s f u e r z o d e
rescate d e a q u e l l a tradición: " p u e s el r o m a n t i c i s m o es, c l a r a m e n t e , el ú l t i m o m o v i m i e n t o q u e
u n a v e z m á s s a l v ó la tradición", a u n c u a n d o lo hiciese d e m a n e r a casi d e s e s p e r a d a , m e d i a n t e la
b ú s q u e d a d e u n a " i n s e n s a t a y orgiástica a p e r t u r a d e t o d a s las f u e n t e s secretas" d e a q u e l l a tra
dición, a la e s p e r a d e verla i n c l u s o " d e s b o r d a r s e i m p e r t u r b a b l e s o b r e la e n t e r a h u m a n i d a d "
[B,138]. E s e n este s e n t i d o e n el q u e se p u e d e afirmar, c o m o h a c e B e n j a m i n , q u e "lo q u e persi
g u e la e s c u e l a r o m á n t i c a es lograr e n la religión lo q u e K a n t h a b í a h e c h o a p r o p ó s i t o d e los
o b j e t o s teoréticos: m o s t r a r su f o r m a " . Y a ñ a d e : " P e r o ¿ h a y u n a f o r m a d e la religión?" [B.138].
T o d o e n el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n d e p e n d e , e n cierto m o d o , d e la r e s p u e s t a q u e se d é a esta
p r e g u n t a f u n d a m e n t a l .

" T R A D I C I O N " Y " D O C T R I N A "

D e h e c h o , e s e a s p e c t o f o r m a l d e la religión trató d e hallarlo d e s d e el principio e n u n a

enfática n o c i ó n d e " d o c t r i n a " ( L e h r e ) a la q u e e n n i n g ú n m o m e n t o d e j ó d e atribuir u n s e n t i d o
religioso. U n a b u e n a p r u e b a d e ello, y u n a m u e s t r a del m o d o e n q u e transitaban las ideas y se
a s o c i a b a n e n su p e n s a m i e n t o , la t e n e m o s e n u n a carta d e 1 9 1 7 d o n d e B e n j a m i n p a r e c e p r o l o n
g a r s u s anteriores intereses p s e u d o - p e d a g ó g i c o s e n u n o c a s i o n a l c o m e n t a r i o a c e r c a del " e j e m
p l o " y d e s u f u n c i ó n e n la e n s e ñ a n z a . B e n j a m i n c o m i e n z a p o r r e c o m e n d a r a S c h o l e m , d e s t i n a
tario d e la carta, la total e x c l u s i ó n d e a q u e l c o n c e p t o , su e l i m i n a c i ó n del á m b i t o d e la teoría
educativa. E s t o s v i e n e n a ser s u s a r g u m e n t o s : el c o n c e p t o del " e j e m p l o " entraña, p o r u n lado,
u n c o m p o n e n t e " e m p í r i c o " ostensivo, y, p o r otro, d e u n a cierta "fe e n el m e r o p o d e r ( d e la
s u g e s t i ó n o d e a l g o s e m e j a n t e ) " . D e tal m o d o , el s e n t i d o del t é r m i n o sería el i n d i c a d o p o r la
definición q u e sigue: " p o r m e d i o d e la s i m u l a c i ó n , m o s t r a r q u e a l g o es e m p í r i c a m e n t e p o s i b l e
y e n a r d e c e r su i m i t a c i ó n " [B,145]. E n v e l a d a c o n t r a p o s i c i ó n a la p r e s u n t a inconsistencia del
o p t i m i s m o cristiano, B e n j a m i n a d o p t a la p e r s p e c t i v a irredentista q u e tipifica el p e n s a m i e n t o
religioso judío, m á s p r ó x i m o a u n a teología negativa. E l " e j e m p l o " es j u s t a m e n t e lo q u e n o
p u e d e d a r s e c u a n d o se trata d e la e n s e ñ a n z a d e la v e r d a d a c e r c a d e D i o s , al m e n o s e n tanto q u e
la r e d e n c i ó n n o se h a y a p r o d u c i d o o m a n i f e s t a d o d e m a n e r a positiva. S ó l o " e n u n cierto esta

3 6
 dio, el del h o m b r e justo, t o d a s las c o s a s s o n e j e m p l a r e s c o n él" [B,145]. M i e n t r a s p e r d u r e el
m a l , t o d o " e j e m p l o " sería v a c u o y e n g a ñ o s o . B e n j a m i n trata d e d e t e r m i n a r s u p u n t o d e vista
r e m i t i é n d o s e al c o n c e p t o d e e n s e ñ a n z a e n el s e n t i d o d e " i n s t r u c c i ó n " [Unterricht], d e f i n i d a
c o m o " e d u c a c i ó n p o r m e d i o d e la d o c t r i n a e n su auténtico s e n t i d o " [B,145]. Y a q u e la "ins
t r u c c i ó n " p o s e e u n c a r á c t e r " s i m b ó l i c o " e n el q u e , sugiere, q u e d a n i n c l u i d o s los restantes
á m b i t o s del c o n j u n t o d e la tarea educativa. E n a u s e n c i a d e v e r d a d e r o s " e j e m p l o s " d e existen
cia r e d i m i d a , B e n j a m i n n i e g a t o d a v a l i d e z a la p e r s u a s i ó n e m p í r i c a y p a r e c e o b l i g a d o a refu
giarse e n la a u t o r i d a d f o r m a l d e la "doctrina": " c u a n d o se d i c e q u e el m a e s t r o d a el " e j e m p l o "
p a r a el a p r e n d i z a j e se e n c u b r e , m e d i a n t e el c o n c e p t o d e e j e m p l o , a q u e l l o q u e h a y d e a u t ó n o m o
y característico e n el c o n c e p t o d e s e m e j a n t e aprendizaje, a saber, el a d o c t r i n a m i e n t o " , el s o m e
t i m i e n t o a la "tradición" e n tanto q u e " m e d i o e n d o n d e el a p r e n d i z se t r a n s f o r m a c o n t i n u a m e n
te e n m a e s t r o " , d o n d e los p a p e l e s se interpenetran y " t o d o es e d u c a c i ó n " , c o n j u n c i ó n d e sabi
duría e i g n o r a n c i a [B,145].
E n efecto, la "tradición" es "el desarrollo d e la d o c t r i n a " [B,145]: el d e s p l i e g u e históri
c o d e la Escritura c o m o o b j e t o d e u n a h e r m e n é u t i c a e n la q u e se c u m p l e la R e v e l a c i ó n . L a
"tradición" [hebreo: K a b b a l a ] a p a r e c e c o m o f u n d a m e n t o d e la e x p e r i e n c i a religiosa. B e n j a m i n
r e c u e r d a cierto p a s a j e t a l m ú d i c o a c e r c a d e la "doctrina", e n el q u e se la c o m p a r a a u n l a g o
d o n d e las olas se s u c e d e r í a n c o m o las g e n e r a c i o n e s h u m a n a s , c u y o m o v i m i e n t o " c r e c e h a s t a la
cresta d e la ola y se precipita c o n la e s p u m a " [B,146]. E n el " o r d e n religioso d e la tradición"
se h a c e p a t e n t e i g u a l m e n t e la relación d e " d e p e n d e n c i a " q u e d e tal m o d o se e s t a b l e c e entre
n o s o t r o s y n u e s t r o s sucesores, así c o m o c o n r e s p e c t o a " D i o s y el lenguaje": e d u c a r es "enri
q u e c e r la doctrina"; los " h o m b r e s del p o r v e n i r " p r o c e d e n "del espíritu d e D i o s (del h o m b r e ) ,
d e s c i e n d e n del m o v i m i e n t o del espíritu c o m o las olas. L a instrucción es el ú n i c o p u n t o d e libre
r e u n i ó n d e la m á s a n t i g u a g e n e r a c i ó n c o n la m á s r e c i e n t e , c o m o las o l a s q u e s e a r r o j a n e n el ir
y v e n i r d e la cresta y la e s p u m a " [B.146].
P o r m e t a f ó r i c o q u e p u e d a parecer, e s e m o d o d e c o n c e b i r la " d o c t r i n a " c o r r o b o r a los
i n f o r m e s q u e S c h o l e m n o s p r o p o r c i o n a e n t o r n o a este t e m a : " A lo largo d e a q u e l l o s años,
entre 1 9 1 5 y, c u a n d o m e n o s , 1 9 2 7 , la esfera religiosa a d q u i r i ó p a r a B e n j a m i n u n a i m p o r t a n c i a
central, t o t a l m e n t e al m a r g e n d e u n a cierta d u d a f u n d a m e n t a l ; e n su n ú c l e o se h a l l a b a el c o n
c e p t o d e "doctrina", q u e p a r a él incluía, e n efecto, el d o m i n i o d e la filosofía, p e r o t r a s c e n d i é n
d o l o enteramente"2'. T a l c o n c e p t o , c o n t i n ú a , lo e n t e n d í a " e n el s e n t i d o d e la originaria a c e p
c i ó n d e la " T o r a h " h e b r e a , c o m o " e n s e ñ a n z a " , n o s o l a m e n t e a c e r c a del v e r d a d e r o e s t a d o del
h o m b r e y s u c a m i n o e n el m u n d o , sino s o b r e el c o n j u n t o transcausal d e t o d a s las c o s a s y s u
r e l i g a c i ó n e n D i o s . E l l o tenía m u c h o q u e v e r c o n s u c o n c e p t o d e tradición, c o n c e p t o q u e
adquiriría u n a t o n a l i d a d m í s t i c a p r o g r e s i v a m e n t e acentuada"22. M á s a ú n : "la religión, y e n
a b s o l u t o ú n i c a m e n t e l a t e o l o g í a (...), r e p r e s e n t a b a p a r a él u n o r d e n s u p r e m o (...). E n l a s c o n
v e r s a c i o n e s d e a q u e l l o s a ñ o s n o tenía el m e n o r r e p a r o e n h a b l a r d e D i o s sin e u f e m i s m o s .
P u e s t o q u e a m b o s c r e í a m o s e n D i o s , n u n c a d i s c u t í a m o s a c e r c a d e su existencia"". S c h o l e m
insiste: " D i o s e r a p a r a él u n a realidad". S ó l o q u e s e m e j a n t e " r e a l i d a d " distaba m u c h o d e lo q u e
a c o s t u m b r a a t e n e r s e p o r tal, a u n h a b i d a c u e n t a d e la p e c u l i a r i d a d d e t o d o i n t e n t o d e d e t e r m i
n a c i ó n d e la realidad divina. El p r o p i o S c h o l e m n o s lo h a c e v e r c u a n d o , u n a s p o c a s líneas d e s
p u é s , trata d e c o n s i g n a r la i d e a d e D i o s q u e p o r e n t o n c e s r o n d a b a el p e n s a m i e n t o d e su a m i g o :
e n efecto, D i o s e r a p a r a B e n j a m i n a l g o así c o m o "el inaccesible c e n t r o d e u n a teoría s i m b ó l i c a
q u e se alejaría d e t o d o e n t e objetivo, p e r o i g u a l m e n t e d e t o d o lo simbólico"24, es decir, u n
a u t é n t i c o D e u s a b s c o n d i t u s e n el m á s estricto sentido q u e se p u e d a i m a g i n a r , hasta el p u n t o d e
q u e la v i d a religiosa p a r e c e a g o t a r s e e n su b ú s q u e d a sin e s p e r a n z a .

3 7
 E n el m a r c o d e la " d o c t r i n a " c o m o principio y f u e n t e d e la v e r d a d absoluta, el l u g a r q u e
p o d í a c o r r e s p o n d e r a la filosofía tenía q u e ser n e c e s a r i a m e n t e p r o b l e m á t i c o , y e n a l g u n a m e d i
d a s e c u n d a r i o . E l p r o p i o B e n j a m i n n o p a r e c í a libre d e serias v a c i l a c i o n e s a este propósito.
S c h o l e m t u v o la o c a s i ó n d e c o n s t a t a r h a s t a q u é p u n t o s u c o n c e p c i ó n d e la filosofía o s c i l a b a
entre la parte y el todo, entre u n a i d e a d e la filosofía c o m o "la d o c t r i n a d e los ó r d e n e s espiri
tuales", es decir, c o m o la teoría d e la totalidad d e las categorías e n el s e n t i d o tradicional del
i d e a l i s m o , y u n a c o n c e p c i ó n u n t a n t o d i f e r e n t e q u e incluiría, d i c e S c h o l e m , a la religión
m i s m a , y q u e B e n j a m i n h a b r í a f o r m u l a d o e n la siguiente definición, s e g ú n la cual la filosofía
sería "la e x p e r i e n c i a absoluta, d e d u c i d a c o m o l e n g u a j e e n el c o n t e x t o s i s t e m á t i c o - s i m b ó l i c o " ,
d e lo q u e se seguiría, a ñ a d e S c h o l e m , q u e "la filosofía era u n a parte d e la doctrina"15. D e tal
m o d o , se diría, filosofía y religión q u e d a r í a n a m b a s i n t e g r a d a s c o m o partes, n o del t o d o dife
renciadas, d e u n s i s t e m a d e s p l e g a d o a partir d e u n a " d o c t r i n a " c u y o c o n t e n i d o d e v e r d a d se
haría m a n i f i e s t o e n la f o r m a d e u n a " e x p e r i e n c i a absoluta". E s t e p a r e c e ser i g u a l m e n t e el sig
n i f i c a d o d e las s i g u i e n t e s frases, e n las q u e B e n j a m i n e x p l i c a b a s u c o n c e p c i ó n a c e r c a del
" c o n o c i m i e n t o metafísico", es decir, " a q u e l c o n o c i m i e n t o q u e aspira a priori a c o n t e m p l a r la
c i e n c i a c o m o u n a esfera del c o n j u n t o del o r d e n divino, c u y a m á s alta esfera es la doctrina,
c u y a s u m a total y ú l t i m o f u n d a m e n t o es D i o s , y q u e c o n s i d e r a , a d e m á s , q u e sólo e n este c o n
texto es p o s i b l e y a d q u i e r e la " a u t o n o m í a " d e la c i e n c i a s u p l e n o s e n t i d o " [B,170].
T a l e s c o n s i d e r a c i o n e s n o s invitan a e x p o n e r la tesis d e q u e la " d o c t r i n a " h a b í a p a s a d o a
d e s e m p e ñ a r e n el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n la m i s m a f u n c i ó n q u e u n o s a ñ o s antes q u e d a b a
e n c o m e n d a d a al "espíritu". L a t r a n s m i s i ó n d e los " v a l o r e s espirituales" es a h o r a , p o r tanto, la
"tradición" d e la e n s e ñ a n z a e interpretación d e la "doctrina", c u y o d e s t i n o se d e t e r m i n a e s e n
c i a l m e n t e c o m o su d e s p l i e g u e y t r a n s f o r m a c i ó n a lo largo d e la historia, la cual se c o n v i e r t e así
e n historia d e la R e v e l a c i ó n . El " s i o n i s m o cultural" p a r e c e adquirir d e este m o d o u n s e n t i d o
bastante m á s e x p l í c i t a m e n t e religioso, entretejido d e a q u e l l a m í s t i c a j u d í a p o r c u y o s v e r i c u e t o s
le g u i a r a S c h o l e m . P e r o se diría así m i s m o q u e los m o t i v o s cabalísticos a c t ú a n e n este c a s o
c o m o u n m o d e l o h e r m e n é u t i c o , c o m o u n a estructura v a c í a e n la q u e se p u d i e s e n e v e n t u a l m e n -
te articular historia y lenguaje, tradición y p e n s a m i e n t o interpretados b a j o el p r i s m a del a b s o
luto. B e n j a m i n se h a b í a l a n z a d o a la b ú s q u e d a d e "la f o r m a d e la religión" c o m o ú n i c a m a n e r a
d e p e n e t r a r el " s e n t i d o " d e u n u n i v e r s o d e f i n i d o p o r el mito.

L A V 1 A K A N T 1 A N A Y E L J U D A 1 S M O

Y a h e m o s c u m p l i d o , p o r tanto, u n a p r i m e r a a p r o x i m a c i ó n al d e s t i n o q u e se a n u n c i a b a
p a r a el c o m p o n e n t e "sionista" del p e n s a m i e n t o del j o v e n B e n j a m i n , s u l a d o t e n d e n c i a l m e n t e
místico. E l l o d e b e ser p u e s t o e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n la v o l u n t a d sistemática q u e p o r e n t o n c e s
a n i m a b a t o d a v í a su p e n s a m i e n t o y q u e le exigía, p o r e n c i m a d e s u " h o n e s t i d a d " dualista, u n a
c o n f r o n t a c i ó n c o n la h e r e n c i a del 1 l u m i n i s m o e u r o p e o . Y es e n este p u n t o e n el q u e interviene
d e c i s i v a m e n t e el q u e A d o r n o calificó d e " a n t i g u o y p r o f u n d o " v í n c u l o d e B e n j a m i n c o n
Kant26. Y p a r e c e q u e t a m b i é n a este r e s p e c t o d e s e m p e ñ ó S c h o l e m u n i m p o r t a n t e papel. E n los
días e n q u e B e n j a m i n y él c o m e n z a r o n a forjar su a m i s t a d , e r a S c h o l e m q u i e n m á s resuelta
m e n t e se h a b í a introducido, c u a n d o m e n o s , e n los a s p e c t o s e p i s t e m o l ó g i c o s d e la filosofía d e

3 8
 K a n t , c u y a p r i m e r a Crítica se h a l l a b a p o r e n t o n c e s l e y e n d o , e n tanto q u e B e n j a m i n le c o n f e s a
b a n o h a b e r l o g r a d o ir m á s allá d e la " d e d u c c i ó n t r a s c e n d e n t a l " , q u e " h u m i l d e m e n t e " d e c l a r a
b a n o h a b e r c o m p r e n d i d o del todo27. P o r lo d e m á s , e n su a b u n d a n t e c o r r e s p o n d e n c i a c o n
S c h o l e m e n e s a é p o c a se m a n i f i e s t a n c o n bastante claridad a l g u n a s d e las principales estacio
n e s p o r las q u e a n d u v o a q u e l l a su particular relación c o n K a n t . A l parecer, B e n j a m i n c o m e n z ó
a interesarse s e r i a m e n t e p o r él a partir d e 1917. E n u n a d e n s a carta d e o c t u b r e d e e s e m i s m o a ñ o
le c o m u n i c a a S c h o l e m su p l e n o a c u e r d o c o n ciertas reflexiones al respecto, q u e p o c o antes le
h a b í a e x p u e s t o su a m i g o . B e n j a m i n le c o n f i e s a lo q u e califica c o m o su " f i r m e c o n v i c c i ó n "
personal: " e n lo q u e c o n c i e r n e a la intención d e la filosofía, y c o n ello a la doctrina d e la q u e
f o r m a parte, si e s q u e n o la integra, n u n c a j a m á s p u e d e tratarse d e u n a c o n m o c i ó n , d e u n v u e l
c o del s i s t e m a k a n t i a n o , sino m á s b i e n d e u n a granítica c o n f i r m a c i ó n y u n a instrucción u n i v e r
sal" del m i s m o [B, 150]. S e refiere B e n j a m i n a la " s u m a m e n t e p r o f u n d a tipicidad del p e n s a
m i e n t o d e la doctrina", la c u a l afloraría e n K a n t d e u n m o d o c o m p a r a b l e tan s ó l o al d e Platón:
" ú n i c a m e n t e e n la p e r s p e c t i v a d e K a n t y d e P l a t ó n y, s e g ú n creo, p o r la vía d e la revisión y el
p e r f e c c i o n a m i e n t o d e K a n t , p u e d e la filosofía convertirse e n d o c t r i n a o, c u a n d o m e n o s , ser a
ella i n c o r p o r a d a " ; el s i s t e m a k a n t i a n o , p r o s i g u e , " d e b e ser f u n d a m e n t a d o d e n u e v o " s o b r e la
b a s e q u e p r o c u r a la n o c i ó n d e "doctrina"; a este respecto, es su " c o n v i c c i ó n " q u e " q u i e n n o
siente e n K a n t l u c h a r el p e n s a m i e n t o d e la d o c t r i n a m i s m a " , es q u e " a p e n a s s a b e n a d a d e filo
sofía"; p o c a s s e m a n a s d e s p u é s elogiará la "extraordinaria p o t e n c i a " d e su t e r m i n o l o g í a ; final
m e n t e , el e n t u s i a s m o d e B e n j a m i n p o r K a n t le c o n d u c e i n c l u s o a la a f i r m a c i ó n , u n tanto insóli
ta, d e q u e su p r o s a " r e p r e s e n t a u n hito e n la p r o s a artística d e alto r a n g o " [B,150]28.
B e n j a m i n tenía la intención d e e n t r e g a r s e a q u e l m i s m o i n v i e r n o d e 1 9 1 7 al e s t u d i o d e
K a n t y la historia, y ello, e n parte, c o n la idea d e e x p l o r a r u n posible t e m a d e c a r a a su diserta
c i ó n doctoral. P e r o lo q u e u n a v e z m á s se halla e n su p u n t o d e m i r a n o es otra c o s a q u e la deli
m i t a c i ó n del á m b i t o d e u n a e x p e r i e n c i a a b s o l u t a d o n d e p u d i e s e n e f e c t i v a m e n t e confluir histo
ria, filosofía y religión. S u particular interés p o r la r e l a c ión entre la filosofía k a n t i a n a y la his
toria p r oc e d í a , s e g ú n él m i s m o declara, d e la e s p e r a n z a d e q u e era " e n su c o n f r o n t a c i ó n c o n la
historia" d o n d e c o n la m a y o r claridad h a b r í a d e m a n i f e s t a r s e la " d i g n i d a d m e t a f í s i c a " d e " u n a
c o n c e p c i ó n filosófica q u e aspira a ser e f e c t i v a m e n t e c a n ó n i c a " , así c o m o s u " a f i n i d a d " c o n "la
v e r d a d e r a doctrina", y a q u e " e s a q u í d o n d e d e b e r á presentarse el t e m a del d e v e n i r histórico del
c o n o c i m i e n t o , a c u y a s o l u c i ó n c o n d u c e la d o c t r i n a " [B,151s], B e n j a m i n p a r e c í a confiar, p o r
tanto, e n u n a " r e v i s i ó n " historicista del s i s t e m a d e K a n t . C a b e s u p o n e r q u e s e g u í a v i v a e n su
p e n s a m i e n t o la q u e , s e g ú n él. constituía la i d e a r e c t o r a del r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o , es decir, la
d e trasladar el criticismo k a n t i a n o al á m b i t o d e la historia y d e la religión. Pero, finalmente,
a q u e l m i s m o i n v i e r n o e n q u e h a b í a c o m e n z a d o a trabajar e n tales t e m a s y a m a n i f e s t a b a
B e n j a m i n su " d e s e n c a n t o " a este respecto: " d e lo q u e se trata e n K a n t es n o tanto d e historia
c o m o d e ciertas c o n s t e l a c i o n e s históricas d e intereses éticos" [B, 161]. Y u n a s s e m a n a s m á s
tarde, e n febrero d e 1 9 1 8 , se inclina f i n a l m e n t e a r e c o n o c e r q u e " d e s d e los escritos históricos
d e K a n t es p r á c t i c a m e n t e i m p o s i b l e a l c a n z a r u n a salida p a r a la filosofía d e la historia"
[B,176].
U n n u e v o intento d e a p r o x i m a c i ó n al u n i v e r s o k a n t i a n o lo f u e su e x p l o r a c i ó n d e la
K a n t s T h e o r i e d e r E r f a h r u n g , d e H e r m a n n C o h e n , q u e d e n u e v o se s a l d ó c o n u n a d e c e p c i ó n .
S e g ú n el t e s t i m o n i o d e S c h o l e m , B e n j a m i n se l a m e n t a b a d e la " c o n f u s i ó n t r a s c e n d e n t a l " d e las
i n t e r p r e t a c i o n e s d e C o h e n , c u y o s u p u e s t o r a c i o n a l i s m o le llevaría a p e r m i t i r s e violentar cual
q u i e r texto, y e n particular los d e K a n t : " c o n s e m e j a n t e s ideas -decía-, y o p o d r í a incluso h a c e r
m e católico""'. A c a s o B e n j a m i n e s t a b a c o n ello a p u n t a n d o a la insuficiencia t e o l ó g i c a d e la

3 9
 q u e a d o l e c í a a q u e l l a variante j u d í a del n e o k a n t i s m o , c u y o n e x o c o n la e x p e r i e n c i a religiosa n o
p o d í a q u e d a r cubierto, c o m o p r e t e n d í a C o h e n , p o r la n o c i ó n d e " c o r r e l a c i ó n " entre h o m b r e y
D i o s , e n la q u e B e n j a m i n n o h a b r í a l o g r a d o hallar u n f u n d a m e n t o p a r a la " e x p e r i e n c i a a b s o l u
ta" e n p o s d e la c u a l andaba30.
E l h e c h o d e q u e B e n j a m i n persistiera e n b u s c a r e s a e x p e r i e n c i a e n el s e n o d e u n m a r c o ,
t an p o c o p r o p i c i o c o m o sin d u d a lo e r a el s i s t e m a k a n t i a n o , e n el q u e la religión q u e d a b a rele
g a d a a la esfera o s c u r a d e la fe, tiene m u c h o q u e v e r c o n el carácter f o r m a l q u e atribuía a la
d i m e n s i ó n religiosa. E n la m i s m a carta d e o c t u b r e d e 1 9 1 7 d o n d e e x p o n í a a S c h o l e m s u s ideas
y p r o y e c t o s a c e r c a d e K a n t , B e n j a m i n le d a b a c u e n t a d e a l g u n a s reflexiones q u e le h a b í a inspi
r a d o su lectura d e la D o g m e n g e s c h i c h t e , d e H a r n a c k , y m u y p a r t i c u l a r m e n t e e n lo relativo a la
c rucial c o n f r o n t a c i ó n entre la religión cristiana y la judía. B e n j a m i n a s u m e la "insuficiencia"
d e s u s c o n o c i m i e n t o s e n m a t e r i a d e j u d a í s m o , p e r o sí c r e e h a b e r e n t e n d i d o lo bastante c o m o
p a r a plantear p r i m e r o y l u e g o r e s p o n d e r estas d o s p r e g u n t a s q u e siguen: " 1 ) ¿existe e n el j u d a
í s m o el c o n c e p t o d e fe e n el s e n t i d o d e la actitud a d e c u a d a frente a la R e v e l a c i ó n ? ; 2) ¿existe
e n el j u d a í s m o , d e u n o u otro m o d o , u n a s e p a r a c i ó n y d i f e r e n c i a c i ó n d e principio entre la t e o
l ogía judía, la d o c t r i n a d e la religión y el j u d a í s m o religioso d e los j u d í o s i n d i v i d u a l e s ? " ;
" a m b a s p r e g u n t a s - p r o s i g u e - las r e s p o n d e m i intuición c o n u n no, y a m b a s constituirían e n t o n
c e s s e n d a s i m p o r t a n t í s i m a s c o n t r a d i c c i o n e s r e s p e c t o del c o n c e p t o cristiano d e la r e l i g i ó n "
[ B,152]. L a c o s a es clara: B e n j a m i n c o n c i b e p a r a su p r o p i o u s o filosófico u n j u d a í s m o d o n d e
p r e c i s a m e n t e n o e x i s t e n y a t o d a s aquellas distinciones q u e h a b í a n r e p r e s e n t a d o , c o m o se sabe,
l a m á s d e c i s i v a c o n t r i b u c i ó n d e K a n t a la historia del p e n s a m i e n t o . C o n todo, s o b r e la b a s e d e
u n a t e n d e n c i a , p o r lo d e m á s , e f e c t i v a m e n t e p r e s e n t e e n la m í s t i c a judía, B e n j a m i n a p r o v e c h a
p a r a n o r e c o n o c e r diferencia a l g u n a d e principio entre r a z ó n y fe, ni, p o r otro lado, entre d o c
t rina revelada, t e o l o g í a y c r e e n c i a s c o n c r e t a s e n las q u e se d e s p l i e g a la religión judía3'. L a
e x p e r i e n c i a religiosa se a p r o x i m a así a u n a cierta e x p e r i e n c i a m e t a f í s i c a i n d e p e n d i e n t e r e s p e c
t o d e t o d o p o s i b l e c o n t e n i d o : la religión a p a r e c e c o m o f o r m a l i d a d i n c o n d i c i o n a d a , e s c e n a r i o
v a c í o sin otra d e t e r m i n a c i ó n q u e la d e abrir u n e s p a c i o al d e s v e l a m i e n t o d e u n c o n t e n i d o tan
a b s o l u t o c o m o i n d e f i n i d o m á s allá d e la i n m e d i a t e z d e la existencia singular32.

L A F 1 L O S O F I A D E L F U T U R O ;
L A E X P E R I E N C I A N E U T R A L

E s e n este c o n t e x t o e n el q u e se inscribe su P r o g r a m a p a r a u n a filosofia f u t u r a , f e c h a

d o p o r S c h o l e m h a c i a finales d e 1 9 1 7 . S e trataba d e u n p r o y e c t o a m b i c i o s o . T a l c o m o h a b í a
a n u n c i a d o , B e n j a m i n parte del s u p u e s t o d e q u e sólo e n la " a d h e s i ó n " al s i s t e m a k a n t i a n o sería
p o s i b l e g u a r d a r la n e c e s a r i a " c o n t i n u i d a d histórica" del p e n s a m i e n t o : " p u e s t o q u e K a n t es el
m á s reciente -y, d e s p u é s d e Platón, t a m b i é n el ú n i c o - d e los filósofos interesados, a n t e t o d o y
e n p r i m e r t é r m i n o , p o r la justificación del c o n o c i m i e n t o , y n o i n m e d i a t a m e n t e p o r s u s límites
y p r o f u n d i d a d " [11,157]. E n a m b o s casos, p r o s i g u e , d o m i n a r í a la e x i g e n c i a d e la " c e r t e z a "
c o m o criterio ú l t i m o d e la " p r o f u n d i d a d " del c o n o c i m i e n t o . A h o r a bien, el o b j e t i v o h a b r í a d e
consistir e n la c o n s t r u c c i ó n d e u n a filosofía " v e r d a d e r a m e n t e c o n s c i e n t e d e su t i e m p o y d e la
e t e r n i d a d " [11,158]. L a tarea f u n d a m e n t a l q u e d a b a cifrada, p o r tanto, e n la e l a b o r a c i ó n d e u n

4 0
 c o n c e p t o d e e x p e r i e n c i a q u e , " d e n t r o d e los límites del s i s t e m a k a n t i a n o " [11,160], s u p e r a s e su
fijación e n " u n a realidad d e r a n g o inferior, q u i z á s d e r a n g o í n t i m o " [11.157], q u e el p r o p i o
K a n t h a b í a establecido, s e g ú n la c o n c e p c i ó n iluminista del m u n d o , c o m o su o b j e t o c a n ó n i c o .
T a l n o c i ó n d e la e x p e r i e n c i a , q u e B e n j a m i n s u p o n e p r o p i a d e la m o d e r n i d a d , se hallaría " r e d u
c i d a al p u n t o cero, a u n m í n i m o d e s i g n i f i c a d o " [11,159]. S e trataba d e la e x p e r i e n c i a sensible
del i n d i v i d u o c o n v e r t i d a e n m o d e l o . Así, dice B e n j a m i n , la " n a t u r a l e z a subjetiva" d e la " c o n
c i e n c i a c o g n o s c e n t e " . índice d e su debilidad, " p r o v i e n e d e h a b e r s e c o n s t r u i d o a n a l ó g i c a m e n t e
c o n r e s p e c t o d e la c o n c i e n c i a e m p í r i c a , frente a la cual se e n c o n t r a r í a n los objetos"; e s a s u b j e
tividad sería, sin e m b a r g o , p u r a " m i t o l o g í a " , es decir, la " r e p r e s e n t a c i ó n s u b l i m a d a d e u n y o
individual" [11.161], c u y a e x p e r i e n c i a se c o n s t i t u y e c o m o m e r o " o b j e t o " d e c o n o c i m i e n t o p a r a
u n a c o n c i e n c i a relativa, limitada, " p s i c o l ó g i c a " , e n el f o n d o " i n s a n a " , y a q u e , alejada c o m o
está d e la v e r d a d , entre sus r e p r e s e n t a c i o n e s y las fantasías alucinatorias n o h a b r í a sino u n a
diferencia d e g r a d o [11,162].
R e s u l t a d o d e ello sería su " i n f e c u n d i d a d religiosa" [11.162]. P u e s t o q u e h a b i e n d o s i d o
extraída del " g r a d o c e r o " d e la e x p e r i e n c i a , casi d e la " i n t i m i d a d " del individuo, la s e p a r a c i ó n
entre sujeto y o b j e t o se p r e s e n t a c o m o el e r r ó n e o p r o d u c t o d e u n a e s p e c i e d e " m e t a f í s i c a rudi
m e n t a r i a " [11,161 ] q u e n o p o d r í a f u n d a m e n t a r j a m á s el c o n o c i m i e n t o v e r d a d e r o . P o r eso, escri
be, " e s tarea d e la e p i s t e m o l o g í a futura e n c o n t r a r p a r a el c o n o c i m i e n t o u n c a m p o d e total n e u
tralidad c o n r e s p e c t o a los c o n c e p t o s d e o b j e t o y sujeto; e n otras palabras, a l c a n z a r la esfera
a u t ó n o m a p r o p i a del c o n o c i m i e n t o e n la c u a l e s e c o n c e p t o n o d e s i g n e y a u n a relación entre
d o s entes metafísicos"; así, la " e x p e r i e n c i a auténtica r e p o s a e n la c o n c i e n c i a c o g n o s c i t i v a p u r a
teórica (trascendental)", tan diferente, p o r cierto, d e la c o n c i e n c i a e m p í r i c a c o m o p a r a " p r e
g u n t a r s e si c o r r e s p o n d e s e g u i r e m p l e a n d o e n s u r e s p e c t o la d e s i g n a c i ó n d e c o n c i e n c i a "
[11,163].
D e s d e s e m e j a n t e r e c h a z o , tan resuelto c o m o arriesgado, d e t o d a i m p l i c a c i ó n subjetiva
del p r o c e s o d e c o n o c i m i e n t o , B e n j a m i n se orienta e n el s e n t i d o d e lo q u e d a e n l l a m a r "la v e r
d a d e r a religión". Así, a f i r m a , la e x p e r i e n c i a "auténtica", c u y a estructura f u n d a la filosofía,
" c o m p r e n d e t a m b i é n a la religión -a saber: a la v e r d a d e r a religión-, d o n d e ni D i o s ni h o m b r e
s o n o b j e t o o sujeto d e la experiencia, sino d o n d e e s a e x p e r i e n c i a r e p o s a e n u n c o n o c i m i e n t o
p u r o a partir d e c u y a e s e n c i a la filosofía sólo p u e d e y d e b e p e n s a r a D i o s " [11,163]. L o cual,
a ñ a d e B e n j a m i n , n o significa q u e h a y a d e lograrse el " c o n o c i m i e n t o " d e D i o s , " p e r o sí q u e h a
d e h a c e r s e p o s i b l e su e x p e r i e n c i a y la d o c t r i n a q u e a Él se refiere" [11,164]. Así, el p r o y e c t o d e
B e n j a m i n p u e d e f i n a l m e n t e ser d e t e r m i n a d o c o m o el d e u n a filosofía q u e " t e n d r í a q u e ser
d e s i g n a d a , e n s u parte general, c o m o teología, o sería ella m i s m a teología, e n la m e d i d a e n q u e
s e p o n e p o r e n c i m a d e l o s e l e m e n t o s f i l o s ó f i c o - h i s t ó r i c o s q u e a b a r c a " [ 1 1 , 1 6 8 ).
Q u e d a a s í e x p u e s t a la q u e p o d r í a s e r c o n s i d e r a d a c o m o la f o r m u l a c i ó n m á s c o m p l e t a
del m a r c o t e o l ó g i c o y religioso e n el q u e s i e m p r e , d e u n a u otra m a n e r a , se h a b r á d e m o v e r el
p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n . E s e b u s c a d o c o n c e p t o " s u p e r i o r " d e e x p e r i e n c i a n o r e p r e s e n t a b a
s i n o la p r i m e r a d e r i v a c i ó n filosófica d e la f o r m a l i d a d q u e h a b í a c r e í d o d e s c u b r i r e n el judaís
m o , y tal sería, e n efecto, el principal hilo c o n d u c t o r q u e le g u i a r í a e n s u s p o s t e r i o r e s trabajos,
e n los q u e los p l a n t e a m i e n t o s del P r o g r a m a d e 1 9 1 7 p e r d e r á n su v i n c u l a c i ó n c o n el s i s t e m a
k a n t i a n o -y c o n c u a l q u i e r a otra p r e t e n s i ó n sistemática- p a r a ganar, a c a m b i o , la relativa c o n s i s
tencia y la claridad d e las q u e p a r e c e a d o l e c e r este t e m p r a n o b o s q u e j o . A este respecto, lo q u e
m á s n o s interesa o b s e r v a r es p r e c i s a m e n t e la total a u s e n c i a d e c o n t e n i d o , la e n t e r a i n d e t e r m i
n a c i ó n e n q u e q u e d a e s e c o n c e p t o d e " D i o s " del q u e se vale B e n j a m i n . D i c h o d e otro m o d o , el
p u n t o d e m i r a d e su filosofía n o se dirige a la c o n t e m p l a c i ó n d e D i o s c o m o o b j e t o ú l t i m o o

4 1
e m i n e n t e c u y a i l u m i n a c i ó n c o n s t i t u y e s e la tarea d e u n d i s c u r s o d e o r d e n teológico. M á s b i e n
se trata, p o r así decir, d e u n l u g a r incondicional, d e u n abstracto a priori o n t o l ó g i c o al q u e filo
s ó f i c a m e n t e se a c c e d e , sin e m b a r g o , a través d e u n a e p i s t e m o l o g í a entretanto c o n v e r t i d a e n
d o c t r i n a d e la "doctrina". D i o s es el p o s t u l a d o absoluto, el p r e s u p u e s t o trascendental sin el q u e
la v e r d a d n o es p e n s a b l e . P e r o a u n t i e m p o , y ello es lo decisivo, D i o s es el m e d i u m , el l u g a r
d e t o d a e x p e r i e n c i a "auténtica".
P o r tanto, d a d o el o s c u r o carácter d e e s e " c a m p o d e total n e u t r a l i d a d " entre sujeto y
objeto, diluidos a m b o s sin m e d i a c i ó n e n u n a " e x p e r i e n c i a " trascendental q u e B e n j a m i n d e f i n e
c o m o "la unitaria y c o n t i n u a d a d i v e r s i d a d del c o n o c i m i e n t o [11,168], p a r e c e claro q u e i n c l u s o
el t é r m i n o teología t e r m i n a p e r d i e n d o su estricto s e n t i d o y a l c a n z a u n p u n t o d e indiferencia e n
el q u e n o se p u e d e y a s e p a r a r del q u e sería su p r e s u p u e s t o ineludible, a saber, la religión. A s í
p u e s , teología, filosofía y religión c o n f i g u r a r í a n u n a " u n i d a d virtual" [11,171]. Y a q u e , a f i r m a
B e n j a m i n , "existe u n a cierta u n i d a d d e la e x p e r i e n c i a q u e d e n i n g u n a m a n e r a p u e d e ser e n t e n
d i d a c o m o u n a s u m a d e e x p e r i e n c i a s , y a la cual el c o n c e p t o d e c o n o c i m i e n t o , c o m o d o c t r i n a
d e s u desarrollo c o n t i n u a d o , se refiere e n f o r m a i n m e d i a t a . El o b j e t o y c o n t e n i d o d e e s a doctri
na, e s a totalidad c o n c r e t a d e la experiencia, es la religión, q u e , sin e m b a r g o , s ó l o se p r e s e n t a a
la filosofía c o m o d o c t r i n a " [11,170]. A p e n a s n o s h a d e s o r p r e n d e r el h e c h o d e q u e e s a m i s m a
"totalidad c o n c r e t a " s e a d e s i g n a d a p o r B e n j a m i n c o n el n o m b r e d e " e x i s t e n c i a " [11,171].
C a b e afirmar, c o n A d o r n o , q u e el p r o p ó s i t o ú l t i m o d e B e n j a m i n n o e r a otro q u e el d e la
a b o l i c i ó n d e t o d a distancia entre el m u n d o sensible y el inteligible''. P e r o ello trataba d e h a c e r
lo d e u n m o d o tan radical c o m o i n m e d i a t o , sin la m e n o r a p o y a t u r a "dialéctica" o, c u a n d o
m e n o s , e n a u s e n c i a d e c u a l q u i e r f o r m a c o n c r e t a d e "dialéctica" c o n c e b i b l e d e n t r o del m a r c o
e s t a b l e c i d o p o r los c á n o n e s h e g e l i a n o s . S u t e n d e n c i a a prescindir d e "la t e r m i n o l o g í a sujeto-
o b j e t o " [11,167] n o p o d í a sino distanciarle d e H e g e l , del c u a l h a b l a b a p o r e n t o n c e s e n t é r m i n o s
a m b i g u o s , m á s b i e n p o c o favorables'4. L o cierto es q u e B e n j a m i n seguía, a s u m o d o , el c a m i n o
o p u e s t o al d e H e g e l : n o el d e la d i s o l u c i ó n d e la religión e n la " C i e n c i a " del absoluto, esto es,
la a b s o l u t i z a c i ó n d e las d e t e r m i n a c i o n e s del p e n s a m i e n t o , s i n o u n r e t o r n o d e la filosofía a la
i n m e d i a t e z d e u n a e x p e r i e n c i a d e o r d e n religioso e n c u y o m a r c o t i e n d e n a e s f u m a r s e las deter
m i n a c i o n e s o p u e s t a s , a diluirse e n la " u n i d a d virtual" d e c a d a u n a c o n la otra [11,165]. C o m o
" d o c t r i n a " d e u n a tal " e x p e r i e n c i a auténtica", el p e n s a m i e n t o p o d r í a q u e d a r e x e n t o d e las ilu
sorias e s p e r a n z a s del 1 l u m i n i s m o , f u n d a d a s e n u n a ficción a c e r c a del v e r d a d e r o s e n t i d o d e la
libertad h u m a n a . P u e s t o q u e B e n j a m i n se n e g a b a i g u a l m e n t e a r e c o n o c e r diferencias entre las
esferas d e la n a t u r a l e z a y la libertad. P o r el contrario, se m o s t r a b a r a d i c a l m e n t e a n t i m o d e r n o :
" p a r a el 1 l u m i n i s m o n o h a b í a a u t o r i d a d e s - e n el s e n t i d o d e a u t o r i d a d e s a las c u a l e s h u b i e r a q u e
s o m e t e r s e sin posibilidad d e crítica- q u e f u e r a n p o d e r e s espirituales c a p a c e s d e o t o r g a r a la
e x p e r i e n c i a u n c o n t e n i d o i m p o r t a n t e " [11,159]. 1nsiste, p o r tanto, e n d e p l o r a r la característica
" c e g u e r a " d e la E d a d M o d e r n a frente a la religión y frente a la historia. D e tal m a n e r a , la
" e x p e r i e n c i a " enfática, histórica y religiosa, absoluta, n o p a r e c e q u e se oriente h a c i a la e m a n
c i p a c i ó n del sujeto, sino q u e m á s b i e n es ella la q u e se e m a n c i p a del sujeto p a r a d e v e n i r " n o
intencional".

4 2
 3. E L A S P E C T O N I H I L I S T A

E L E M E N T O S D E L U N I V E R S O M I T I C O

L a s anteriores c o n s i d e r a c i o n e s delatan la a u d a z s i m p a t í a q u e sentía B e n j a m i n h a c i a u n a

c o n c e p c i ó n n e t a m e n t e r e g r e s i v a del p e n s a m i e n t o filosófico. L a " n e u t r a l i z a c i ó n " d e los o p u e s
tos a p a r e c e f o r m u l a d a , d e este m o d o , e n u n o s t é r m i n o s q u e s ó l o c o n el p a s o del t i e m p o llega
rían a adquirir e n s u s escritos u n t o n o m o d e r a d a m e n t e persuasivo. P e r o a lo largo d e a q u e l l a
é p o c a , e n el p e r í o d o c o m p r e n d i d o entre 1 9 1 6 y los p r i m e r o s a ñ o s veinte, lo q u e h a l l a m o s e n
B e n j a m i n es m á s b i e n u n a clara p r o m i s c u i d a d entre m o d e l o s m í t i c o s y análisis p r e t e n d i d a m e n
te racionales. A l igual q u e r e c h a z a b a t o d a drástica escisión entre la e x p e r i e n c i a religiosa y las
a u t ó n o m a s e x i g e n c i a s filosóficas, diríase q u e n o se d e c i d í a t a m p o c o a s e p a r a r el u n i v e r s o míti
c o d e la visión del m u n d o resultante d e la 1lustración. A m b o s e x t r e m o s q u e d a b a n e n l a z a d o s e n
u n m i s m o f u n d a m e n t o nihilista q u e , b a j o diversas figuras y e n diferentes niveles d e p r o f u n d i
d a d , q u e s u c e s i v a m e n t e se n o s irán m o s t r a n d o , h a b r í a d e conferir al p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n
el q u e sería s u p a t h o s m á s característico.
E n lo q u e al m i t o se refiere, u n a d e las m a n i f e s t a c i o n e s m á s a m b i g u a s d e la p o s i c i ó n
b e n j a m i n i a n a es la q u e r e p r e s e n t a el persistente interés q u e p a r e c e h a b e r sentido p o r las "disci
plinas m á n t i c a s " y c o s a s parecidas. E s S c h o l e m q u i e n h a d a d o a e n t e n d e r h a s t a q u é p u n t o
a q u e l l a e x t r a ñ a afición p o r lo m i s t é r i c o constituía a l g o m á s q u e u n a a n é c d o t a " . Ello se h a c e
patente e n a q u e l l a críptica d e c l a r a c i ó n s e g ú n la cual " u n a filosofía q u e n o incluye, y n o p u e d e
explicar la posibilidad d e leer el futuro e n los p o s o s del c a f é n o es u n a filosofía auténtica"'6;
frases d e las q u e se d e s p r e n d e , c u a n d o m e n o s , la e v i d e n c i a del carácter ilimitado q u e atribuye
a su n o c i ó n d e la filosofía, u n a filosofía q u e d e c l i n a r e c o n o c e r fronteras i n f r a n q u e a b l e s entre
las e x i g e n c i a s d e su p r o p i a disciplina racional y las m á g i c a s c o r r e s p o n d e n c i a s q u e el m i t o d e s
c u b r e e n el universo.
H a b í a e n el interés d e B e n j a m i n p o r el m i t o u n c o m p o n e n t e d e o r d e n a p a r e n t e m e n t e
a n t r o p o l ó g i c o . D e l a ñ o 1 9 1 6 d a t a n s u s estudios a c a d é m i c o s e n t o r n o a la m i t o l o g í a del p u e b l o
a z t e c a " . F u e t a m b i é n p o r a q u e l l a é p o c a c u a n d o inició s u s lecturas d e B a c h o f e n 3 8 , q u e le incita
ron, s e g ú n el t e s t i m o n i o d e S c h o l e m , a ciertas " e s p e c u l a c i o n e s s o b r e c o s m o g o n í a y s o b r e el
m u n d o d e lo p r e h u m a n o " , así c o m o a l g u n a s d i s c u s i o n e s a c e r c a d e la l u c h a del j u d a í s m o c o n t r a
el mito39. B e n j a m i n l e y ó a S c h o l e m " u n a larga n o t a s o b r e el s u e ñ o y la clarividencia, n o t a e n la
q u e trataba d e f o r m u l a r a s i m i s m o las leyes q u e i m p e r a b a n e n el m u n d o d e los f a n t a s m a s pre-
míticos"4". E s fácil percatarse del a m p l i o a l c a n c e d e las a s p i r a c i o n e s teoréticas d e B e n j a m i n .
H a b í a e l a b o r a d o u n a teoría e n la q u e el c o n t e n i d o del m i t o sería n a d a m e n o s q u e la "colosal

4 3
 r e v o l u c i ó n " q u e h a b r í a d a d o fin a la " e d a d d e los f a n t a s m a s " e i n s t a u r a d o e n su lugar la " e d a d
d e los d e m o n i o s " , a m b a s anteriores a la " e d a d d e la Revelación"4'. L a q u e se p r e s e n t a b a c o m o
u n a v i s i ó n a n t r o p o l ó g i c a t e r m i n a p o r abrir las p u e r t a s a otra d e o r i e n t a c i ó n teológica. E l l o
tiene t o d o el a s p e c t o d e u n a típica estructura d e tríada, tantas v e c e s p r o p u e s t a e n los distintos
e n s a y o s d e p e r i o d i z a c i ó n d e la historia. B e n j a m i n p a r e c e i m a g i n a r u n a fase ancestral caracteri
z a d a p o r u n a primitiva indiferenciación entre los e x t r e m o s : e s o s " f a n t a s m a s " a los q u e a l u d e
( u n a referencia recurrente e n su o b r a ) n o e v o c a r í a n e n realidad s i n o la e v a n e s c e n c i a d e los
límites existentes entre los r u d i m e n t o s del sujeto y las cosas, entre la v i d a y la m u e r t e , entre el
s u e ñ o y la vigilia47. E n c u a n t o a la e d a d d e los " d e m o n i o s " , sería la é p o c a q u e v i o n a c e r al p e n
s a m i e n t o mítico, q u e B e n j a m i n s u p o n e c o n t e m p o r á n e o del s u r g i m i e n t o d e la escritura, prefi
g u r a d a e n el ejercicio d e "lectura" d e las " c o n f i g u r a c i o n e s d e la superficie celeste", esto es, d e
las constelaciones4'.
P e r o el v e r d a d e r o p r o b l e m a n o se p r e s e n t a sino c o n el a d v e n i m i e n t o d e la " e d a d d e la
R e v e l a c i ó n " , la d e la Escritura s a g r a d a , q u e a su v e z a c a b a r í a c o n el i m p e r i o del mito. P u e s
B e n j a m i n n o p o d í a s o s l a y a r el h e c h o d e q u e n o sólo la religión m o n o t e í s t a , s i n o t a m b i é n la
g r a n tragedia y la filosofía d e los g r i e g o s h a b í a n p r e v a l e c i d o a su m o d o s o b r e el m i t o y, c u a n
d o m e n o s , e n la m i s m a m e d i d a q u e lo h a b í a h e c h o el j u d a í s m o . T a l es la i m p r e s i ó n q u e p r o d u
c e u n e x a m e n d e los escritos e n los q u e B e n j a m i n a n d u v o o c u p a d o a lo largo del a ñ o 1916. E n
a l g u n o s d e ellos se p e r c i b e n c l a r í s i m o s e c o s d e su t o d a v í a reciente militancia juvenil. L a "feli
c i d a d del h o m b r e a n t i g u o " c o m o hybris, el ideal heroico, el triunfo e n el a g o n c o m o plenitud
del h o m b r e g r i e g o [11,126s]; o b i e n la figura d e Sócrates, " v í c t i m a sacrificial d e la filosofía a
los d i o s e s del m i t o " [11,130], s e d u c t o r d e la j u v e n t u d m e d i a n t e la r e n u n c i a , el sacrilegio d e la
c a s t r a c i ó n y la s u p e d i t a c i ó n d e la s e x u a l i d a d al espíritu, e n el q u e a q u é l l a s e p r o l o n g a . S ó c r a t e s
representaría el n a c i m i e n t o del " g e n i o " , la " i n m a c u l a d a c o n c e p c i ó n " e n la esfera d e lo m a s c u
lino, esto es, la " c o n c e p c i ó n sin p r e ñ e z " d e la q u e resulta "la e r e c c i ó n del s a b e r " c o m o u n
d e s e o c u a l i t a t i v a m e n t e n u e v o e n d o n d e " s e m i l l a y fruto, p r o c r e a c i ó n y n a c i m i e n t o " a p a r e c e n
s u m i d o s , c o m o e n el B a n q u e t e , e n u n a " i n d i f e r e n c i a c i ó n d e m o n í a c a " , d e tal m o d o q u e la figu
ra d e S ó c r a t e s se p r e s e n t a c o m o u n a "fructífera m e z c l a " , a saber, c o m o " c a s t r a d o y f a u n o " a la
v e z [11,131].
S o n e j e m p l o s e l o c u e n t e s d e c ó m o trataba B e n j a m i n d e p r e s e n t a r s e la l u c h a secular d e
la h u m a n i d a d c o n t r a los i n f o r m e s o r í g e n e s d e los q u e salió y c o n t r a los m i t o s q u e su terror le
i n d u j o a inventar. P e r o lo q u e m á s n o s h a d e interesar d e t o d o ello será, d e n u e v o , la perspecti
v a formalista q u e B e n j a m i n p a r e c í a c o n s t a n t e m e n t e d i s p u e s t o a escrutar c a d a v e z q u e su o b j e
to se lo permitía. E n u n b r e v e a p u n t e Ü b e r d a s Mittelalter, escrito t a m b i é n p o r a q u e l l a s fechas,
B e n j a m i n parte d e u n a idea d e Friedrich S c h l e g e l s o b r e la "ilimitada o r i e n t a c i ó n h a c i a el a b s o
luto" q u e h a b r í a d o m i n a d o e n la cultura m e d i e v a l . L a c o m p a r a c o n la espiritualidad oriental,
e n d o n d e la u n i d a d d e la religión y la v i d a se a s u m e c o m o p r e s u p u e s t o . E n c a m b i o , lo q u e " p o r
e n c i m a d e t o d o " sería característico del espíritu d e la E d a d M e d i a es p r e c i s a m e n t e el h e c h o d e
q u e " s u t e n d e n c i a al a b s o l u t o , c u a n t o m á s r a d i c a l m e n t e se p r e s e n t a , tanto m á s f o r m a l e s "
[11,132]. S e trataría, e n efecto, d e la d e t e r m i n a c i ó n d e "la idea f o r m a l d e la m i t o l o g í a " , d e u n a
fijación e n el u n i v e r s o d e los p o d e r e s m á g i c o s , privada, sin e m b a r g o , d e la l e g i t i m i d a d d e q u e
se h a l l a b a provista c u a n d o los d i o s e s a ú n n o h a b í a n s i d o v e n c i d o s p o r la d o c t r i n a y a u t o r i d a d
d e la 1glesia [11,132]. L a E d a d M e d i a aspiraría a la p o s e s i ó n d e u n a " m a g i a sin f u n d a m e n t a c i ó n
m i t o l ó g i c a " , u n a m a g i a q u e a la p o s t r e se c o n f i g u r a b a , s e g ú n a f i r m a B e n j a m i n , e n b a s e al
m o d e l o o f r e c i d o p o r el " e s q u e m a t i s m o " d e los p r o c e d i m i e n t o s a l q u í m i c o s d e acrisolación d e
la m a t e r i a natural, e n b u s c a d e la p u r a n o b l e z a del oro, p e r o t a m b i é n b a j o la f o r m a del o r n a

4 4
m e n t o gótico, " m e c á n i c a q u i n t a e s e n c i a d e lo s u b l i m e " , c u y a f a s c i n a c i ó n " a c t ú a s o b r e los h o m
bres, n o s o b r e los d i o s e s " [11,133].
T o d o ello p u e d e ser a d u c i d o e n a p o y o d e n u e s t r a hipótesis a c e r c a del a s p e c t o f o r m a l
q u e B e n j a m i n d e s e a b a conferir a su p r o p i o c o n c e p t o d e "doctrina". P u e s c a b e sugerir q u e , d e
igual m a n e r a q u e los r o m á n t i c o s h a b r í a n tratado d e hallar la " f o r m a " d e u n a religión c u y o s
m á s específicos c o n t e n i d o s y a se a d i v i n a b a n c a d u c o s , así t a m b i é n se h a b r í a c o n d u c i d o la reli
g i o s i d a d m e d i e v a l frente a las a n t i g u a s c r e e n c i a s míticas. N o es e n t o n c e s a v e n t u r a r s e e n e x c e
s o atribuir al m i s m o B e n j a m i n u n a i n t e n c i ó n s e m e j a n t e a p r o p ó s i t o d e la "trad ición" e n g e n e
ral, tanto la tradición m í t i c a c o m o la religiosa, e n u n n u e v o m a r c o e n el q u e a m b a s q u e d a s e n
f o r m a l m e n t e r e s c a t a d a s y, a u n n e g a t i v a m e n t e , p r o s e g u i d a s .

T R A G E D I A Y T R A U E R S P I E L :
P L E N I T U D H E R O I C A Y R E D E N C I Ó N

P o r lo d e m á s , y a e n 1 9 1 6 h a b í a f o r m u l a d o B e n j a m i n a l g u n a s d e las líneas f u n d a m e n t a
les d e lo q u e m á s tarde pasaría a ser u n o d e los principales a r g u m e n t o s d e su libro a c e r c a del
T r a u e r s p i e l barroco. E n efecto, la c o n f r o n t a c i ó n del d r a m a b a r r o c o a l e m á n y la tragedia anti
g u a , e n T r a u e r s p i e l u n d T r a g ó d i e , le p o d í a p r o p o r c i o n a r u n e x c e l e n t e c o n t e x t o e n el q u e dilu
c i d a r la relación entre el d e s p e r t a r h u m a n o del m i t o y el sentido histórico d e la tradición reli
g i o s a judeo-cristiana. T a n t o m á s c u a n t o q u e la p e r s p e c t i v a d e B e n j a m i n n o c o n t e m p l a la trage
dia e n s u específica c u a l i d a d d e f o r m a artística, sino q u e m á s b i e n la e n c u a d r a c o m o p u n t o c r u
cial e n el m a r c o d e t e r m i n a d o p o r el p a s o d e la c o n c i e n c i a m í t i c a a la c o n c i e n c i a d e la historia.
Así, la historia c o m i e n z a c o n "las a c c i o n e s d e los g r a n d e s individuos", los héroes, q u e sólo trá
g i c a m e n t e p u e d e n ser r e p r e s e n t a d o s e n el arte; p u e s t o q u e "el t i e m p o d e la historia es infinito
e n c u a l q u i e r d i r e c c i ó n e i n c o m p l e t o e n c a d a instante" [11,133s], c o s a e n la q u e se distinguiría
e s e n c i a l m e n t e del m e r o a c o n t e c e r e m p í r i c o . P a r a éste, el t i e m p o " e s ú n i c a m e n t e u n a f o r m a "
q u e p o r definición n o p u e d e ser t o m a d a sino c o m o a l g o vacío. Sería e n t o n c e s s e m e j a n t e a u n a
m e d i d a " m e c á n i c a " e n d o n d e n o se plantearía p r o p i a m e n t e la c u e s t i ó n d e su plenitud. P e r o la
n o c i ó n d e u n auténtico c u m p l i m i e n t o del t i e m p o histórico p o s e e p a r a B e n j a m i n u n a "estructu
ra" m á s c o m p l i c a d a , e n m o d o a l g u n o c o n c e b i b l e e n los t é r m i n o s del a c o n t e c e r e m p í r i c o . Así,
la r e p r e s e n t a c i ó n d e u n " t i e m p o lleno" d e la historia, d e u n a c o n t e c e r y a p l e n a m e n t e c u m p l i d o ,
"e s a l g o p o r c o m p l e t o i n d e t e r m i n a d o e m p í r i c a m e n t e , es decir, u n a idea". Y a ñ a d e B e n j a m i n :
"e s a esta idea del t i e m p o lleno a la q u e se a l u d e e n la Biblia c o m o su idea histórica d o m i n a n
te: la del t i e m p o m e s i á n i c o " , u n a " i d e a " q u e " e n n i n g ú n c a s o es c o n c e b i d a a la v e z c o m o i d e a
d e u n t i e m p o i n d i v i d u a l " [11,134]. E s a q u í d o n d e reside la f u n d a m e n t a l d i f e r e n c i a entre la
visión trágica del t i e m p o y la c o n s i d e r a c i ó n m e s i á n i c a . E s e " t i e m p o individual" es la c o n s a g r a
c i ó n del h é r o e trágico: el h é r o e trágico m u e r e p o r q u e " e n el t i e m p o lleno n a d i e sería c a p a z d e
vivir. E l h é r o e m u e r e d e i n m o r t a l i d a d . L a m u e r t e es u n a i n m o r t a l i d a d irónica" [11,134s]. T a l
es, p o r lo d e m á s , el o r i g e n d e la c u l p a trágica: y a q u e el " t i e m p o p r o p i o " del h é r o e "traza u n a
suerte d e círculo m á g i c o e n t o r n o a t o d a s s u s a c c i o n e s y s u e n t e r a existencia", q u e d e este
m o d o q u e d a r í a i n d i v i d u a l i z a d a y d e t e r m i n a d a , m á s a ú n , escribe B e n j a m i n , " s o b r e d e t e r m i n a -
da", r e c o n o c i d a c o m o u n a plenitud vital, c o n c r e t a y autosuficiente, a la cual p u e d e el h é r o e

4 5
 a b a n d o n a r s e y a e n actitud d e " c o m p l e t a p a s i v i d a d " , sin n e c e s i d a d d e o p o n e r resistencia a la
catástrofe q u e se a v e c i n a i n e x o r a b l e [11,135].
L a s c o s a s s o n diferentes e n el T r a u e r s p i e l , d o n d e la m u e r t e " n o es n i n g ú n final", sino
q u e se p r e s e n t a m á s b i e n c o m o u n a " m e t á b a s i s d e t o d a v i d a eis allo g é n o s " [11,136]. B e n j a m i n
c o m p a r a el T r a u e r s p i e l c o n u n o d e los a r c o s q u e integran la figura g e o m é t r i c a d e la hipérbola,
e n tanto q u e el otro se hallaría t e n d i d o " e n el infinito". E s t a i m a g e n c o n s t i t u y e u n claro antici
p o d e las f o r m u l a c i o n e s d e las a l g u n o s a ñ o s m á s tarde se h a b r í a d e servir p a r a su definición del
T r a u e r s p i e l p o r referencia al c o n c e p t o d e alegoría. Y lo m i s m o p u e d e decirse a p r o p ó s i t o d e la
c a r a c t e r i z a c i ó n del T r a u e r s p i e l c o m o f u n d a d o s o b r e el principio d e la "repetición": p u e s t o q u e
su m á s esencial e m p e ñ o consistiría e n h a c e r valer "la ley d e u n a v i d a e l e v a d a e n el e s p a c i o
l i m i t a d o d e la e x i s t e n c i a terrena", d e tal m o d o q u e la r e p r e s e n t a c i ó n n o c u l m i n a r í a e n la m u e r
te s i n o " e n o r d e n a tratar d e c u m p l i r e n otro m u n d o u n a repetición d e la m i s m a r e p r e s e n t a c i ó n
e s c é n i c a e n u n nivel s u p e r i o r " [11,136]. P u e s los a c o n t e c i m i e n t o s d e q u e se c o m p o n e el d r a m a
b a r r o c o serían m á s b i e n " e s q u e m a s e j e m p l a r e s , i m á g e n e s s i m b ó l i c a s e s p e c u l a r e s d e otra repre
s e n t a c i ó n e s c é n i c a [Spiel]", e n d o n d e la m u e r t e q u e d a encubierta, transfigurada: "los m u e r t o s
d e v i e n e n f a n t a s m a s " y la g r a n d e z a heroica, la c u l p a del i n d i v i d u o q u e d e s t a c a frente a los d i o
ses y m u e r e p o r ello, se d e s d i b u j a e n u n a proliferación d e r é v e n a n t s q u e n u n c a m u e r e n del
t o d o [11,136].
L a e s p e c i f i c i d a d del T r a u e r s p i e l se n o s ofrecería, p o r tanto, b a j o u n a luz t e r r i b l e m e n t e
a m b i g u a , m u y del g u s t o d e la filosofía del p r o p i o B e n j a m i n . N o h a l l a r e m o s a q u í u n espíritu
p o l é m i c o , a g o n a l , s e m e j a n t e al q u e h a c í a d e la tragedia la m á s t e m p r a n a e x p r e s i ó n d e la c o n
c i e n c i a h u m a n a q u e se o p o n e al mito. T a m p o c o se m a n i f e s t a r í a e n él interés a l g u n o , e n u n s e n
tido estricto, p o r u n a s a g r a d a c u l m i n a c i ó n d e la existencia e n la beatitud q u e la religión cristia
n a p r o m e t e al a l m a e n el e s p a c i o d e lo sobrenatural, ni la m e n o r c o n f i a n z a e n la postrera irrup
c i ó n d e u n M e s í a s a c u y a c u e n t a p u d i e s e a l i m e n t a r s e u n a v e r d a d e r a e s p e r a n z a . A s í es c o m o lo
e x p o n e B e n j a m i n : "el t i e m p o del T r a u e r s p i e l n o está c u m p l i d o y, sin e m b a r g o , es finito. N o es
individual, p e r o n o p o s e e t a m p o c o u n a u n i v e r s a l i d a d histórica. E l T r a u e r s p i e l es, e n t o d o s los
s e n t i d o s , u n a f o r m a i n t e r m e d i a . L a u n i v e r s a l i d a d d e s u t i e m p o es f a n t a s m a l , n o m í t i c a "
[11,136]. " F a n t a s m a l " , esto es, a p e n a s f u n d a d a e n la repetición d e figuras i m a g i n a r i a s y, p o r
ello m i s m o , carentes d e v i d a propia, q u e se r e m i t e n las u n a s a las otras e n u n a virtual infinidad
d e niveles d e r e p r e s e n t a c i ó n d e c u y a t r a m a n o p u e d e resultar u n a c u m p l i d a r e d e n c i ó n , s i n o q u e
se limita sólo a p o n e r l a e n j u e g o c o m o u n a c u e s t i ó n e t e r n a m e n t e abierta, c a r a c t e r í s t i c a m e n t e
irresuelta: p u e s el T r a u e r s p i e l " n o está c e r r a d o e n sí m i s m o , ni siquiera la i d e a d e su r e s o l u
c i ó n s i g u e y a c i e n d o e n el interior d e los límites del e s p a c i o d r a m á t i c o " [11,137], q u e d e este
m o d o , y a diferencia d e la tragedia, se c o n f i g u r a c o m o u n a f o r m a d e e s e n c i a f r a g m e n t a r i a ,
c o m o el torso d e u n a totalidad infinita q u e j a m á s se h a c e c a b a l y c o n s p i c u a m e n t e presente.
" E l resto del T r a u e r s p i e l es m ú s i c a " , c o n c l u y e B e n j a m i n : p u e s al igual q u e la tragedia
p o d r í a ser c o n s i d e r a d a c o m o u n a d r a m a t i z a c i ó n del t i e m p o d e la historia, lo q u e a su v e z c o n s
tituye s u p r i m e r a m a n i f e s t a c i ó n , a s i m i s m o c a b r í a interpretar el T r a u e r s p i e l c o m o la e x p r e s i ó n
del "tránsito del t i e m p o d r a m á t i c o al t i e m p o d e la m ú s i c a " [11,137], es decir, c o m o u n a subli
m e f o r m a l i z a c i ó n d e las a c c i o n e s c u y o c o n t e n i d o es u n r i t m o anterior al lenguaje, u n e t e r n o
retorno. " C i c l o y repetición, círculo y par", s o n los t é r m i n o s m e d i a n t e los c u a l e s describiría
B e n j a m i n el " o r d e n m e t a f í s i c o " del T r a u e r s p i e l [11,139]. P e r o s u d e t e r m i n a c i ó n s e g ú n u n a
estructura m u s i c a l n o s remite, a d e m á s , a ciertas e s p e c u l a c i o n e s q u e y a p o r a q u e l l a s f e c h a s
h a b í a c o m e n z a d o a d e s a r r o l l a r e n t o r n o al l e n g u a j e . E n D i e B e d e u t u n g d e r S p r a c h e in
T r a u e r s p i e l u n d T r a g ó d i e e n c o n t r a m o s a l g u n a a c l a r a c i ó n s o b r e el c a r á c t e r " m u s i c a l " d e l

4 6
 T r a u e r s p i e l : se trata d e la d i s g r e g a c i ó n e n la p a l a b r a del s e n t i d o r e s p e c t o d e s u significado: la
p a l a b r a trágica " o b r a e n virtud d e su p u r o s i g n i f i c a d o " y es, p o r c o n s i g u i e n t e , invariable, e n
tanto q u e la p a l a b r a del T r a u e r s p i e l se orientaría m á s b i e n h a c i a s u e n u n c i a c i ó n oral, d e tal
m a n e r a q u e se haría p o r e s e n c i a d e p e n d i e n t e del a c t o c o n c r e t o d e su p r o n u c i a c i ó n , diferente e n
c a d a c a s o : "la p a l a b r a e n el p r o c e s o d e s u t r a n s f o r m a c i ó n es el p r i n c i p i o lingüístico d e l
T r a u e r s p i e l " [11,138].
E s t e p r o c e s o d e t r a n s f o r m a c i ó n tendría s u p u n t o d e partida e n el o r i g e n natural q u e
B e n j a m i n a t r i b u y e al lenguaje. E l l o se a s o c i a c o n el p a t h o s del q u e se nutre la o r i e n t a c i ó n
e m o c i o n a l q u e d e m o d o c o n s u s t a n c i a l h a b r í a d e a c o m p a ñ a r al T r a u e r s p i e l : "existe u n a p u r a
v i d a s e n t i m e n t a l d e la p a l a b r a e n la q u e ésta se acrisola e n el p a s o del s o n i d o d e la n a t u r a l e z a
al p u r o s o n i d o del s e n ti m i e n t o . P a r a esta p a l a b r a el l e n g u a j e n o es sino u n estadio transitorio
e n el ciclo d e su t r a n s f o r m a c i ó n " [11,138]. T a l es, p r o s i g u e , "el c a m i n o q u e v a del s o n i d o n a t u
ral a la m ú s i c a , p o r la v í a d e la l a m e n t a c i ó n " ; p u e s t o q u e , s e g ú n r e z a la " a n t i g u a sabiduría", "la
e n t e r a n a t u r a l e z a s e p o n d r í a a l a m e n t a r s e si le f u e r a d a d o el l e n g u a j e " [11,138]. E l T r a u e r s p i e l
se constituiría c o m o e x p r e s i ó n d e s e m e j a n t e llanto universal, q u e d e tal f o r m a q u e d a r í a r e s c a
t a d o d e su d i s p e r s i ó n y t r a n s f i g u r a d o e n m ú s i c a , esto es, e n " l e n g u a j e del p u r o s e n t i m i e n t o " :
"el d u e l o [ T r a u e r ] se c o n j u r a a sí m i s m o e n el T r a u e r s p i e l , p e r o t a m b i é n se r e d i m e . E s t a ten
sión y r e s o l u c i ó n del s e n t i m i e n t o e n su p r o p i o d o m i n i o es la r e p r e s e n t a c i ó n e s c é n i c a [Spiel].
E n ella, el d u e l o n o es sino u n t o n o e n la e s c a l a d e los s e n t i m i e n t o s " [11,139s]. D e igual m a n e
ra q u e la s a l v a c i ó n adquiría, e n b u e n a o r t o d o x i a barroca, la figura irreal d e u n a i m a g e n e s p e c u
lar q u e a s u v e z se refleja e n otra i m a g e n abierta e n u n p r o c e s o iterativo d e infinitos niveles d e
ficción, así t a m b i é n el l e n g u a j e a d q u i e r e u n a c u a l i d a d natural c u y o d e s p l i e g u e se instala e n la
m u l t i p l i c i d a d d e los afectos q u e B e n j a m i n , fiel e n este p u n t o a la " s a b i d u r í a antigua", p a r e c e
atribuir a la totalidad d e la creación: "así c o m o e n la tragedia se erige la e t e r n a fijeza d e la
p a l a b r a h a b l a d a , e n el T r a u e r s p i e l se r e c o g e la i n a c a b a b l e r e s o n a n c i a d e su s o n i d o " : su e c o
[11,140].

L A V 1 D A C U L P A B L E :
D E S T I N O Y C A R Á C T E R

L o s escritos d e los q u e n o s h e m o s v e n i d o o c u p a n d o h a s t a a h o r a e n esta s e c c i ó n f u e r o n

t o d o s c o n c e b i d o s d u r a n t e el a ñ o 1 9 1 6 . N o s e r í a s i n o h a c i a f i n a l e s d e 1 9 1 9 c u a n d o , c o n o c a s i ó n
d e s u e n s a y o e n t o r n o a los c o n c e p t o s d e D e s t i n o y carácter, la m u l t i p l i c i d a d d e o s c u r i d a d e s
e n las q u e B e n j a m i n t a n t e a b a su c o n f r o n t a c i ó n c o n el u n i v e r s o del m i t o c o b r a r í a u n a f o r m a
m á s h o m o g é n e a y definida. S e trata d e u n trabajo c u y a latente p r e s e n c i a teñirá e n a d e l a n t e
b u e n a parte d e s u s reflexiones a c e r c a d e la historia, y m u y p a r t i c u l a r m e n t e su i d e a d e u n a "his
toria natural", d e tal m o d o q u e n o h a b r á d e e x t r a ñ a r n o s q u e i n c l u s o e n su fase m a t e r i a l i s t a
siguiera c o n s i d e r á n d o l o c o m o " u n a e s p e c i e d e m o d e l o teorético" del tipo d e f o r m u l a c i o n e s
h a c i a las q u e d e s d e s i e m p r e h a b í a q u e r i d o orientarse44.
U n a filosofía c o m o la q u e B e n j a m i n i m a g i n a b a , esto es, c a p a z d e a c o g e r y explicar "la
p o s i b i l i d a d d e leer el futuro e n los p o s o s del café", n o p o d í a p o r m e n o s q u e r e c h a z a r la actitud
h o y p r e d o m i n a n t e a c e r c a d e las artes adivinatorias. E n efecto, B e n j a m i n d a c o m i e n z o a su

4 7
 e x p o s i c i ó n c o n u n a crítica d e la i d e a q u e al r e s p e c t o se haría la é p o c a m o d e r n a , c u y o satisfe
c h o e s c e p t i c i s m o a p e n a s es la otra c a r a d e u n d e t e r m i n i s m o r e d u c t o r q u e n o admitiría m e j o r
t r a t a m i e n t o del a s u n t o q u e u n a d e f i n i c i ó n d e d e s t i n o y carácter e n los t é r m i n o s d e u n a relación
d e o r d e n causal: el p r i m e r o sería ú n i c a m e n t e u n a c o n s e c u e n c i a del s e g u n d o , es decir, d e la
c o n f l u e n c i a d e u n cierto carácter h u m a n o c o n u n a d e t e r m i n a d a c o y u n t u r a del f u t u r o a c o n t e c e r
c ó s m i c o [11,171]. Así, e n tanto q u e el carácter sería q u i z á "legible" a través d e u n particular
c o n j u n t o d e r a s g o s físicos actual y e f e c t i v a m e n t e p r e s e n t e s e n u n individuo, el destino, p o r el
contrario, sería e n sí m i s m o indescifrable, p u e s los detalles d e d i c h o a c o n t e c e r c ó s m i c o q u e d a
rían f u e r a del a l c a n c e del c o n o c i m i e n t o del h o m b r e , sólo susceptibles d e ser h i p o t é t i c a m e n t e
d e r i v a d o s p o r i n d u c c i ó n a partir d e tales rasgos. B e n j a m i n p r e t e n d e c o n c e b i r el d e s t i n o d e u n
m o d o distinto: a saber, c o m o u n a p r e s e n c i a d e t e r m i n a b l e , d e igual m a n e r a q u e el carácter, p o r
m e d i o d e la interpretación d e ciertos " s i g n o s " a c t u a l m e n t e perceptibles p a r a q u i e n s e p a leerlos
[11,172]. P e r o la p r o y e c c i ó n d e carácter y d e s t i n o s o b r e el e s q u e m a d e la relación causal, esto
es, la c o n c e p c i ó n del d e s t i n o c o m o referido a u n a c o n t e c e r e m p í r i c o q u e , p o r así decirlo,
a g u a r d a s e a c e c h a n t e e n a l g ú n lugar del p o r v e n i r p a r a l l e g a d o el d í a s o r p r e n d e r a u n d e t e r m i n a
d o " c a r á c t e r " i g u a l m e n t e e m p í r i c o , c o n d u c e e n el límite, tal c o m o s u g i e r e B e n j a m i n , a la p o s
tulación d e u n a virtual i d e n t i d a d d e a m b a s n o c i o n e s , q u e d e m a s i a d o f á c i l m e n t e serían s u b s u -
m i b l e s e n el p l a n o c o m ú n d e u n a m i s m a c a d e n a c a u s a l d e a c o n t e c i m i e n t o s c o n c e b i d o s s e g ú n
el o r d e n del d e t e r m i n i s m o : el d e s t i n o sería p o c o m á s q u e u n e s t a d o futuro, s u c e s i v o del c a r á c
ter, p e r o n o a l g o c u a l i t a t i v a m e n t e distinto d e este último. S e m e j a n t e d e t e r m i n a c i ó n t e m p o r a l la
e x p r e s a B e n j a m i n , e n u n giro s u y o característico, e n t é r m i n o s espaciales: la n o c i ó n d e d e s t i n o
e v o c a r í a e n t o n c e s la exterioridad natural y objetiva q u e se a b a l a n z a r í a e n t o d o m o m e n t o s o b r e
la p r e s u n t a i n t e r i o r i d a d d e l s u j e t o p o s e e d o r d e u n c a r á c t e r , c u a n d o l o c i e r t o e s q u e , s e g ú n
B e n j a m i n , e s a distinción radical c a r e c e d e f u n d a m e n t o : p u e s "entre el h o m b r e q u e o b r a y el
e n t e r o m u n d o e x t e r n o h a y m á s b i e n u n a interacción recíproca, e n la c u a l los círculos d e a c c i ó n
se e s f u m a n el u n o e n el otro; p o r m á s q u e s u s r e p r e s e n t a c i o n e s p u e d a n ser distintas, s u c o n c e p
tos n o s o n s e p a r a b l e s " [11,173].
L a posibilidad d e esclarecer estos p r o b l e m a s la cifra B e n j a m i n e n su total d e s v i n c u l a
c i ó n r e s p e c t o d e ciertas "esferas s u p e r i o r e s " e n las q u e suele otorgárseles u n l u g a r q u e , sin
e m b a r g o , n o les c o r r e s p o n d e : "el carácter, e n efecto, es p o r lo c o m ú n incluido e n u n c o n t e x t o
ético y el d e s t i n o e n u n c o n t e x t o religioso" [11,173]. E l l o constituiría u n d o b l e error. E n lo q u e
al d e s t i n o se refiere, tal error p r o c e d e r í a d e s u g e n e r a l c o n e x i ó n c o n el c o n c e p t o d e " c u l p a " ,
e n t e n d i d a ésta c o m o u n a c u l p a d e o r d e n religioso. B e n j a m i n r e c h a z a esta m a n e r a d e c o n s i d e r a r
el asunto: invita a reflexionar s o b r e el h e c h o d e q u e s e m e j a n t e p l a n t e a m i e n t o religioso a d o l e z
c a d e u n c o n c e p t o e q u i v a l e n t e al q u e la m o r a l e s t a b l e c e c o m o c o n t r a p o s i c i ó n y c o m p l e m e n t o
d e la n o c i ó n d e " c u l p a " , a saber, el c o n c e p t o d e " i n o c e n c i a " [11,174]. P u e s n o c a b e p e n s a r q u e
tal f u n c i ó n p u d i e r a ser c u m p l i d a p o r el c o n c e p t o d e "felicidad": " ¿ e s la felicidad, c o m o sin
d u d a la d e s v e n t u r a , u n a c a t e g o r í a constitutiva del d e s t i n o ? J u s t a m e n t e la felicidad es la q u e
d e s v i n c u l a al feliz del e n g r a n a j e d e los destinos y d e la r e d d e lo propio. N o p o r a z a r H ó l d e r l i n
l l a m a s i n d e s t i n o a l o s d i o s e s b i e n a v e n t u r a d o s (...). P e r o u n o r d e n c u y o s ú n i c o s c o n c e p t o s
constitutivos s o n infelicidad y culpa, y d e s d e el cual n o es c o n c e b i b l e c a m i n o a l g u n o d e libera
c i ó n ( p u e s e n la m e d i d a e n q u e a l g o está d e s t i n a d o es infelicidad y c u l p a ) n o p u e d e ser religio
s o " [11,174]. B e n j a m i n sitúa el d e s t i n o e n u n c o n t e x t o b i e n distinto, a saber, e n la esfera del
d e r e c h o , d o n d e p o r definición h a b r í a n d e confluir c u l p a y desgracia, d e s t i n o y castigo: " p o r u n
error, p u e s t o q u e h a sido c o n f u n d i d o c o n el reino d e la justicia, el o r d e n del d e r e c h o , q u e es
s ó l o u n r e s i d u o d e l e s t a d i o d e m ó n i c o d e la e x i s t e n c i a d e l o s h o m b r e s (...) s e h a c o n s e r v a d o

4 8
m á s a llá d e la é p o c a q u e i n a u g u r ó la victoria s o b r e los d e m o n i o s " [11,174]. E s t a a l u s i ó n al ori
g e n m í t i c o del d e r e c h o y a s u d i f e r e n c i a r e s p e c t o d e la justicia r e s p o n d e a u n a i d e a q u e
B e n j a m i n h a b í a c o m e n z a d o a desarrollar u n o s a ñ o s antes, h a c i a 1 9 1 6 , y d e la q u e j a m á s , c o m o
v e r e m o s , se d e s p r e n d e r í a del todo.
E l " d e s t i n o d e m ó n i c o " sería p o r v e r p r i m e r a q u e b r a n t a d o e n la tragedia, d o n d e "la
c a b e z a del g e n i o " se a l z ó al fin " d e s d e la n i e b l a d e la culpa". E l l o n o c o n d u c i r í a a purificación
a l g u n a ni reconciliación " c o n el p u r o D i o s " , p e r o " e n la tragedia el h o m b r e p a g a n o advierte
q u e es m e j o r q u e s u s dioses, p e s e a q u e este c o n o c i m i e n t o le quita la p a l a b r a y le d e j a m u d o .
S i n declararse, e s e c o n o c i m i e n t o b u s c a s e c r e t a m e n t e r e c o g e r s u s fuerzas. E s e c o n o c i m i e n t o n o
c o l o c a o r d e n a d a m e n t e la c u l p a y el castigo e n los d o s platillos d e la b a l a n z a , sino q u e los agita
j u n t o s y los c o n f u n d e " ; esta c o n f u s i ó n es "la p a r a d o j a del n a c i m i e n t o del g e n i o e n el s e n o d e la
i n c a p a c i d a d m o r a l d e hablar": el " i n f a n t i l i s m o m o r a l " e n q u e se f u n d a n "lo s u b l i m e d e la tra
g e d i a " y "lo s u b l i m e e n g e n e r a l " [11,175].
El c o n c e p t o del d e s t i n o se d e t e r m i n a , sin e m b a r g o , e n la relación q u e a p a r e c e " c u a n d o
se c o n s i d e r a u n a v i d a c o m o c o n d e n a d o " , p u e s " e n realidad se trata d e q u e p r i m e r o h a sido c o n
d e n a d a y s ó l o a c o n t i n u a c i ó n se h a c o n v e r t i d o e n c u l p a b l e " [11,175]. D e tal m o d o , la c u l p a q u e
se a c o s t u m b r a v i n c u l a r al d e s t i n o n o sería tanto el p r o d u c t o d e u n a h y b r i s particular d e la q u e
los d i o s e s e x i g i e s e n r e s p o n s a b i l i d a d e s a u n sujeto heroico, sino m á s b i e n u n principio u n i v e r
sal p o r el q u e se hallaría r e g i d o t o d o ser vivo: "el d e s t i n o es el c o n t e x t o c u l p a b l e d e lo q u e
vive", y c o r r e s p o n d e , p o r tanto, " a la c o n s t i t u c i ó n natural d e lo viviente". Así, " n o es el h o m
b r e el q u e tiene u n destino, s i n o q u e el sujeto del d e s t i n o es i n d e t e r m i n a b l e " , y c a d a g o l p e
s u y o n o afecta al h o m b r e m i s m o , sino sólo a "la d e s n u d a v i d a e n él", u n a v i d a q u e B e n j a m i n
n o p a r e c e c o n c e b i r s i n o c o m o u n a " a p a r i e n c i a " d e la q u e el h o m b r e participa, p e r o sin p o r e s o
a l c a n z a r a " s u m e r g i r s e del t o d o e n ella" ni a b a n d o n a r l a t a m p o c o [11,175]. L a c o n s i d e r a c i ó n d e
la v i d a c o m o "apariencia", la g e n e r a l i z a c i ó n del d e s t i n o c o m o " c o n d e n a " d e la v i d a a m u e r t e ,
t o d o ello atestigua la p r o x i m i d a d del u n i v e r s o del T r a u e r s p i e l .
T a l e s f o r m u l a c i o n e s e x p o n e n el n ú c l e o d e lo q u e m á s tarde representaría el c o n c e p t o
b e n j a m i n i a n o d e la historia n a t u r a l e n s u c o n e x i ó n c o n el m i t o . S e trata d e ideas q u e n o s
h a b r á n d e o c u p a r d e n u e v o e n repetidas o c a s i o n e s y e n m u y d i v e r s o s respectos, c o s a q u e a u t o
riza a dejarlas a p e n a s e s b o z a d a s , a la e s p e r a d e c o n t e m p l a r s u posterior d e s p l i e g u e . A h o r a n o s
l i m i t a r e m o s a p o n e r d e relieve la m a n e r a e n q u e B e n j a m i n h a c e u s o d e su caracterización d e la
v i d a c o m o " a p a r i e n c i a " p a r a explicar, tal c o m o h a b í a p r o m e t i d o , la p o s i b i l i d a d d e leer el p o r
venir: p u e s "el viviente p u e d e ser a c o p l a d o tanto a las cartas c o m o a los planetas, y la a d i v i n a
a p e l a a la s i m p l e t é c n i c a d e i n s e r t a r l o (...) e n el c o n t e x t o d e la c u l p a b i l i d a d " [ 1 1 , 1 7 5 ] . E l l o e s
así p o r c u a n t o q u e el t i e m p o e n c u y o m a r c o se daría tal a d i v i n a c i ó n es u n t i e m p o aparente, q u e
" e n t o d o m o m e n t o p u e d e ser c o n v e r t i d o e n c o n t e m p o r á n e o d e o t r o ( q u e n o es p r e s e n t e ) "
[11,176]. S e trata, e n efecto, d e u n a suerte d e falso t i e m p o , " n o a u t ó n o m o , q u e se a d h i e r e p a r a
s i t a r i a m e n t e al t i e m p o d e u n a v i d a superior", d e u n o r d e n espiritual q u e B e n j a m i n c o n c i b e
c o m o d e t e r m i n a d o p o r u n a p u r a presencia, c o m o u n e s t a d o d e p l e n i t u d e n el q u e p e r d e r í a t o d o
s e n t i d o la e v e n t u a l i d a d d e la a d i v i n a c i ó n [11,176].
L a s "disciplinas m á n t i c a s " p a r e c e n q u e d a r p o r tanto l e g i t i m a d a s , a u n r e l a t i v a m e n t e ,
c o m o técnicas p r o p i a s del á m b i t o mítico, aparente, al q u e p e r m a n e c e a t a d a la v i d a natural e n el
h o m b r e . A h o r a bien, es este v í n c u l o m í t i c o el q u e así m i s m o decidirá r e s p e c t o d e la p r e t e n s i ó n
d e a u t o n o m í a q u e h a d e constituir el p r o b l e m á t i c o f u n d a m e n t o del sujeto e n el p e n s a m i e n t o
m o d e r n o . E l l o se m u e s t r a c o n cierta claridad e n el análisis q u e B e n j a m i n o f r e c e d e la n o c i ó n
d e "carácter", c o m p l e m e n t a r i a d e s u i d e a del "destino", a la q u e s o m e t e a u n t r a t a m i e n t o p a r a

4 9
 lelo: t a m b i é n el c a r á c t e r c o n c i e r n e al h o m b r e e n c u a n t o ser natural, y " d e b e r á t e n e r t a n p o c o
q u e v e r c o n la ética c o m o el d e s t i n o c o n la religión" [11,176]. B e n j a m i n c o n s i d e r a p r o p i a d e u n
"intelecto débil" la distinción d e c u a l i d a d e s m o r a l e s a p r o p ó s i t o d e los r a s g o s d e carácter. L o
q u e p o s t u l a e n c a m b i o es h a c e r " a b s t r a c c i ó n " d e t o d a v a l o r a c i ó n m o r a l , i n c l u s o c u a n d o p a r e
ciera p r e s e n t a r s e i n d i s o l u b l e m e n t e i n c r u s t a d a e n tales r a s g o s d e carácter. Así, "la v e r d a d e r a
esfera a la q u e p e r t e n e c e n estos atributos p s e u d o m o r a l e s se n o s revela e n la c o m e d i a " , es decir,
e n la c o m e d i a d e caracteres, d o n d e la m i s m a p e r s o n a q u e t o m a r í a m o s p o r u n canalla e n la v i d a
real q u e d a t r a n s f i g u r a d a c o m o p e r s o n a j e c ó m i c o , libre d e v a l o r e s m o r a l e s : p u e s " s o b r e la e s c e
n a d e la c o m e d i a sus actos c o n q u i s t a n el interés d e q u e los inviste la luz del carácter", el cual
d e b e ser " o b j e t o n o d e u n a c o n d e n a m o r a l s i n o d e u n a c o n s i d e r a c i ó n a l t a m e n t e s e r e n a "
[11,177]. A s í sería c u a n d o m e n o s , e n ciertos " c a s o s clásicos" a los q u e B e n j a m i n se r e m i t e
c o m o m o d e l o s . T a l es el c a s o d e la c o m e d i a d e M o l i e r e . P u e s t o q u e éste " n o trata d e d e t e r m i
n a r a s u p e r s o n a j e a través d e u n a m u l t i p l i c i d a d d e s i g n o s característicos", sino q u e s u carácter
" s e d e s p l i e g a l u m i n o s a m e n t e e n el e s p l e n d o r d e u n ú n i c o r a s g o " abstracto, d e tal m a n e r a q u e
"el análisis p s i c o l ó g i c o e n c u e n t r a c e r r a d a t o d a e n t r a d a a su obra": ni el a v a r o ni el e n f e r m o
i m a g i n a r i o r e p r e s e n t a n la " v i d a interior" del sujeto d e la avaricia o d e la h i p o c o n d r í a , c u a l i d a
d e s q u e m á s b i e n a p a r e c e n " e n f o r m a c r u d a y s i m p l i f i c a d a " [11,177], estilizada m e d i a n t e u n
p r o c e s o d e a b s t r a c c i ó n d o n d e el o r d e n a m i e n t o intelectual i m p o n e su ley p o r e n c i m a d e t o d a
clase d e c o n s i d e r a c i ó n m o r a l o p s i c o l ó g i c a [11,178]45.
A s í c o m o el d e s t i n o carecía d e sujeto, y a q u e se c u m p l e u n i v e r s a l m e n t e e n la " v i d a d e s
n u d a " , t a m p o c o lo tendría el carácter así c o n c e b i d o . A la i m a g e n d e la c u l p a c o n f i g u r a d a c o m o
d e s t i n o trágico c o n t r a p o n e el " g e n i o " e n la c o m e d i a la visión d e la " i n o c e n c i a natural del h o m
b r e " [11,178]. A m b o s c o n c e p t o s le s i r v e n a B e n j a m i n p a r a trazar u n a d e las líneas g e n e r a l e s el
c u a d r o del p e n s a m i e n t o mítico, p a r a c o m e n z a r a delimitarlo r e s p e c t o d e la i n t e n c i ó n t e o l ó g i c a
d e s u p r o p i a doctrina. L a a b s o r c i ó n d e e s o s e l e m e n t o s m í t i c o s e n la esfera d e la religión, su
" s a l v a c i ó n " , trata B e n j a m i n d e f o r m u l a r l a y llevarla a c a b o a través d e su c o n c e p c i ó n m í s t i c a
del lenguaje, q u e m á s a d e l a n t e c o m e n t a r e m o s , así c o m o e n el desarrollo d e u n a interpretación
nihilista d e la doctrina, c o n la q u e se a s o c i a su c o n c e p c i ó n d e la historia.

M I T O Y D E R E C H O :
P A R A U N A C R Í T I C A D E L A V I O L E N C I A

El carácter m o r t a l q u e a s u m e
o t o r g a r al sujeto viviente n o s a b r e n u
zas d e c u y a t e n s i ó n se a l i m e n t a b a su
tente entre a m b o s es lo q u e B e n j a m i n
y la justicia. T a l es, e n efecto, el t r a s
c u l a c i o n e s políticas posteriores a la
S c h o l e m 4 6 , h a b í a c o m e n z a d o a intere
p o r las R é f l e x i o n s s u r la violence, d e
la s i m p a t í a q u e s i e m p r e a b r i g ó B e n j a
d e r i v a d o s . P e r o n o fue sino e n 1 9 2 1
P a r a u n a crítica d e la violencia, d o n
la ú n i c a posibilidad d e r e d e n c i ó n q u e B e n j a m i n p r o p o n e
e v a s puertas al p r o f u n d o n ú c l e o nihilista, c e n t r o d e f u e r
c o n s i d e r a c i ó n del m i t o y d e la doctrina. L a relación exis
trataba d e articular e n la c o n t r a p o s i c i ó n entre el d e r e c h o
f o n d o s o b r e el q u e se perfilarían sus m á s t e m p r a n a s e s p e
p r i m e r a g r a n g u e r r a e u r o p e a . Y a e n 1 9 1 9 , s e g ú n refiere
sarse p o r el t e m a d e la v i o l e n c i a política, y e n particular
G e o r g e s Sorel, d e c u y a i m p r o n t a brotaría b u e n a parte d e
m i n h a c i a el r a d i c a l i s m o r e v o l u c i o n a r i o y a l g u n o s d e sus
c u a n d o tales intereses fructificaron e n su e x t e n s o e n s a y o
d e su c o n c e p c i ó n del d e r e c h o c o m o u n r e s i d u o d e la e r a

5 0
 m í t i c a d e s e m b o c a b a e n u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e la d i v i n i d a d c o m o fuente a b s o l u t a d i s p e n s a d o r a
d e violencia. E l a l c a n c e d e este p r o c e s o tal v e z justifica u n a d e t e n i d a e x p o s i c i ó n del m e n c i o n a
d o escrito.
El a r g u m e n t o d e B e n j a m i n consiste e n m o s t r a r el á m b i t o e n el q u e se h a c e e v i d e n t e la
f a l s e d a d s o b r e la q u e se e r i g e n tanto el d e r e c h o natural c o m o el positivo. E s e á m b i t o es el d e la
"filosofía d e la historia", q u e d e p a r a el ú n i c o p u n t o d e vista b a j o el cual se p u e d e c o m p r e n d e r
el significado d e la distinción d e principio entre u n a violencia legítima, es decir, " s a n c i o n a d a
p o r el p o d e r " , y u n a v i o l e n c i a ilegítima, n o s a n c i o n a d a [11,181]. T a l diferenciación, q u e p r o c e
d e d e l m a r c o t e ó r i c o d e l d e r e c h o positivo, a c e r t a r í a si a c a s o a e l i m i n a r el i n s o l u b l e p r o b l e m a
q u e c o n d e n a al i u s n a t u r a l i s m o a la i n f e c u n d i d a d . P u e s t o q u e la d o c t r i n a del d e r e c h o natural
t e n d e r á s i e m p r e a remitir la violencia, q u e es s i e m p r e u n m e d i o , a la justicia o injusticia d e sus
e v e n t u a l e s finalidades, d e m o d o tal q u e la c u e s t i ó n se d i s p e r s a e n u n a casuística sin límite y
h a s t a sin f u n d a m e n t o , d a d o q u e n o es p o s i b l e establecer c o n auténtica certeza c u á l e s s o n los
fines justos y c u á l e s n o lo son. A h o r a bien, a la orientación finalista d e la teoría del d e r e c h o
natural c o r r e s p o n d e u n a visión d e o r d e n instrumentalista e n el d e r e c h o positivo: "si la justicia
es el criterio d e los fines, la legalidad es el criterio d e los m e d i o s " , escribe B e n j a m i n a este
p r o p ó s i t o [11,180]. P e r o lo cierto es q u e a m b a s e s c u e l a s a s u m i r í a n u n m i s m o d o g m a f u n d a
m e n t a l , a saber, la idea d e q u e "los fines justos p u e d e n ser a l c a n z a d o s p o r m e d i o s legítimos, y
los m e d i o s l e g í t i m o s p u e d e n ser e m p l e a d o s al servicio d e fines justos. El d e r e c h o natural tien
d e a justificar los m e d i o s l e g í t i m o s c o n la justicia d e los fines, el d e r e c h o positivo a g a r a n t i z a r
la justicia d e los fines c o n la l e g i t i m i d a d d e los m e d i o s " [11,180]. Ello es e r r ó n e o , sostiene
B e n j a m i n , p u e s lo q u e s u c e d e m á s b i e n es q u e "los m e d i o s legítimos, p o r u n a parte, y los fines
justos, p o r la otra, se h a l l a n entre sí e n t é r m i n o s d e c o n t r a d i c c i ó n irreductibles", d e tal m o d o
q u e la l e g i t i m i d a d d e los m e d i o s , c u e s t i ó n d e la q u e h a d e partir t o d a crítica d e la violencia,
requiere ser esclarecida s e g ú n u n o s criterios i n d e p e n d i e n t e s d e los q u e se aplicarían r e s p e c t o
d e la justicia d e los fines [11,181].
E s a q u í d o n d e interviene la filosofía d e la historia. B e n j a m i n a c e p t a la distinción positi
v a entre v i o l e n c i a l e g í t i m a e ilegítima, p e r o trata d e c o n d u c i r l a m á s allá d e sí m i s m a e i l u m i n a r
c o n ella los p r o p i o s c i m i e n t o s del d e r e c h o . S e m u e s t r a r a z o n a b l e e n su r e c o n o c i m i e n t o del f u n
d a m e n t a l e m p e ñ o del d e r e c h o e n la m o n o p o l i z a c i ó n d e la violencia. L a s relaciones jurídicas
" e u r o p e a s " , a c u y o á m b i t o se q u i e r e limitar su investigación, se caracterizarían " p o r la t e n d e n
cia a n o a d m i t i r fines naturales d e las p e r s o n a s e n t o d o s los c a s o s e n q u e tales fines p u d i e r a n
ser i n c i d e n t a l m e n t e p e r s e g u i d o s c o n c o h e r e n c i a m e d i a n t e la v i o l e n c i a " [11,182]. E s o s "fines
naturales" s o n a q u e l l o s a los q u e falta el " r e c o n o c i m i e n t o histórico u n i v e r s a l " p r o p i o d e los
"fines jurídicos", y la t e n d e n c i a del d e r e c h o consistiría e n a d m i n i s t r a r el m á x i m o d e la v i o l e n
cia c a n a l i z a n d o los "fines n a t u r a l e s " d e los i n d i v i d u o s a través d e "fines jurídicos" d e m á s
g e n e r a l alcance. P e r o lo q u e B e n j a m i n s u b r a y a es "la s o r p r e n d e n t e posibilidad d e q u e el inte
rés del d e r e c h o p o r m o n o p o l i z a r la v i o l e n c i a r e s p e c t o a la p e r s o n a aislada n o t e n g a c o m o
e x p l i c a c i ó n la i n t e n c i ó n d e s a l v a g u a r d a r fines jurídicos, sino m á s b i e n la d e s a l v a g u a r d a r el
d e r e c h o m i s m o " [11,183]. D e s d e e s a p e r s p e c t i v a , lo q u e el d e r e c h o recela es la s i m p l e e x i s t e n
cia d e m e d i o s violentos al m a r g e n del d o m i n i o jurídico; y a q u e "existe implícito e n t o d a v i o
lencia u n carácter d e c r e a c i ó n jurídica" [11,186], y e s t o e s l o q u e el d e r e c h o p e r c i b e c o m o a m e
naza, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e q u e los fines s e a n justos o injustos.
A h o r a bien, el d o m i n i o del q u e p r o c e d e la a m e n a z a , tanto la del p o d e r q u e c o n s e r v a el
d e r e c h o c o m o la d e la violencia q u e trata d e crear u n o n u e v o ( c o m o es el c a s o d e la " e x t o r
s i ó n " tolerada e n el ejercicio d e la huelga), es el u n i v e r s o del mito. Ello se e x p r e s a e n el princi

5 1
 p i o d e " q u e h a y u n sólo d e s t i n o y q u e j u s t a m e n t e lo q u e existe, y s o b r e t o d o lo q u e a m e n a z a ,
p e r t e n e c e i r r e v o c a b l e m e n t e a su o r d e n a m i e n t o " [11.187]. E n efecto, la a m e n a z a n o se c o n f u n d e
c o n el a c t o c o n c r e t o d e intimidación, sino q u e se e x p e r i m e n t a c o m o u n peligro i n d e t e r m i n a d o
c o m o el q u e se a s o c i a al d e s t i n o [11,188]. D e r e c h o y d e s t i n o c o n f l u y e n , p o r e j e m p l o , e n la vali
d a c i ó n positivista d e la p e n a d e m u e r t e , c u y o s e n t i d o n o es otro q u e a s e n t a r n u e v a m e n t e el
d e r e c h o c o m o u n d e s t i n o inexorable. E n efecto, la p e n a d e m u e r t e se m u e s t r a b a j o esta luz
c o m o a l g o s e m e j a n t e a u n acto d e repetición ritual m e r c e d al cual se r e m i t e el d e r e c h o v i o l a d o
al o r i g e n d e su p o d e r , esto es, a aquellas c o n d i c i o n e s primitivas e n las q u e p u d o a s u m i r las
prerrogativas q u e antes q u e d a b a n r e s e r v a d a s al destino, c u a n d o u n o r d e n e s t a b l e c i d o p o r éste
f u e p o r v e z p r i m e r a s a n c i o n a d o c o m o u n o r d e n jurídico: " p e r o e n este ejercicio, al m i s m o
t i e m p o , u n a sensibilidad m á s a f i n a d a advierte c o n la m a y o r claridad a l g o c o r r o m p i d o e n el
d e r e c h o , al percibir q u e se halla infinitamente lejos d e aquellas c o n d i c i o n e s e n las cuales, e n
u n c a s o similar, el d e s t i n o se h u b i e r a m a n i f e s t a d o e n t o d a su m a j e s t a d " [11,188]. L a i n t e r p e n e
tración d e la violencia c r e a d o r a y la c o n s e r v a d o r a d e d e r e c h o , e n c u a n t o q u e a m b a s se a m p a
r a n e n la m i s m a p r e t e n s i ó n d e t r a n s f o r m a r s e e n destino, se haría patente e n los p o d e r e s d e los
q u e h o y se halla d o t a d a la policía, t e s t i m o n i o d e "la m á x i m a d e g e n e r a c i ó n posible d e la v i o
lencia" [11,190] e n virtud del carácter i n m e d i a t o d e sus a c t u a c i o n e s , q u e obligan, p o r así decir,
a i m p r o v i s a r u n n u e v o d e c r e t o particular e i n s t a n t á n e o p a r a c a d a situación e n q u e u n policía
interviene e n d e f e n s a d e las restantes leyes: " s u p o d e r es i n f o r m e , c o m o su p r e s e n c i a es e s p e c
tral, inaferrable y d i f u s a p o r d o q u i e r , e n la v i d a d e los e s t a d o s c i v i l i z a d o s " [11,189], q u e así
revelarían la p e r v i v e n c i a del m i t o y la v i g e n c i a del d e s t i n o s u b l i m a d o e n la figura d e la institu
c i ó n jurídica.
L a c o n s i d e r a c i ó n d e la v i o l e n c i a c o m o m e d i o a r r o j a l u z s o b r e la e s e n c i a l p r o b l e m a t i c i -
d a d del d e r e c h o y. m u y p a r t i c u l a r m e n t e , a c e r c a d e su e q u i v o c i d a d m o r a l . B e n j a m i n d e s c a r t a la
posibilidad d e q u e existan otros m e d i o s , n o violentos, c o n d u c e n t e s al e s t a b l e c i m i e n t o d e u n
d e r e c h o , d a d o q u e " u n r e g l a m e n t o d e conflictos t o t a l m e n t e d e s p r o v i s t o d e v i o l e n c i a n o p u e d e
n u n c a d e s e m b o c a r e n u n c o n t r a t o jurídico" [11,190]. E s precisa t a m b i é n u n a t e n s i ó n implícita,
la e x p e c t a t i v a d e u n a a m e n a z a , la p r e s e n c i a callada d e u n p o d e r q u e garantice el contrato. M á s
a ú n , " c u a n d o d e c a e la c o n c i e n c i a latente d e la v i o l e n c i a e n u n a institución jurídica, ésta se
debilita"; B e n j a m i n a d u c e , c o m o u n e j e m p l o al respecto, el " l a s t i m o s o e s p e c t á c u l o " q u e a sus
o j o s ofrecían los p a r l a m e n t o s d e a q u e l e n t o n c e s , los c u a l e s " n o h a n c o n s e r v a d o la c o n c i e n c i a
d e las f u e r z a s r e v o l u c i o n a r i a s a las q u e d e b e n su existencia", esto es, "la v i o l e n c i a c r e a d o r a d e
d e r e c h o q u e se e n c u e n t r a r e p r e s e n t a d a e n ellos" [11.190], y h a n o p t a d o p o r el e n g a ñ o s o pacifis
m o del c o m p r o m i s o . P o r e s o c e l e b r a B e n j a m i n la crítica "radical y e n g e n e r a l e x a c t a " q u e los
p a r l a m e n t o s h a n recibido d e parte d e "los b o l c h e v i q u e s y los sindicalistas" [11,191]. P e r o e s a
d e c a d e n c i a del p a r l a m e n t a r i s m o n o sería sino u n p r o d u c t o inevitable d e t o d a práctica jurídica
q u e , o l v i d a d a d e la violencia d e la q u e s u r g i ó y e n la q u e p e r m a n e c e , aspirase a la pacífica
s o l u c i ó n d e t o d o s los conflictos entre los h o m b r e s .

L A C O L E R A D E D I O S Y L A R E V U E L T A A N A R Q U I S T A

L a ruina p a r l a m e n t a r i a sería u n a d e m o s t r a c i ó n d e la ineficacia d e q u e p a d e c e la b ú s q u e

d a sistemática d e la n e g o c i a c i ó n y el c o m p r o m i s o a t o d a costa, q u e s i e m p r e t e r m i n a r á p o r s a n

5 2
 c i o n a r j u r í d i c a m e n t e u n a s c o n d i c i o n e s e s t a b l e c i d a s p o r la violencia. L a p r u e b a del e s c e p t i c i s m o
b e n j a m i n i a n o la p o d e m o s hallar e n s u a p e l a c i ó n a la ' ' e m p r e s a a n á r q u i c a " p r e d i c a d a p o r
G e o r g e s Sorel e n su n o c i ó n d e la " h u e l g a g e n e r a l r e v o l u c i o n a r i a " c o m o auténtica vía p a r a la
s u p r e s i ó n i n m e d i a t a del E s t a d o y del d e r e c h o , esto es, c o n "la revuelta p u r a y s i m p l e " c o m o
ú n i c o p r o g r a m a [11.194]. E s t a sería e n realidad la p e r s p e c t i v a del v e r d a d e r o p a c i f i s m o , p o r
c u a n t o h a b r í a d e j a d o d e aspirar a la i m p o s i c i ó n d e n i n g ú n n u e v o o r d e n a m i e n t o jurídico. E n esta
m e d i d a , B e n j a m i n está c o n c i b i e n d o la i m a g e n a n a r q u i s t a d e la h u e l g a c o m o u n o d e los p o c o s
" m e d i o s p u r o s " d e c o n s e n s o d e los q u e a ú n se d i s p o n e c u a n d o fracasa el diálogo. L a p r e s u n t a
violencia huelguística se m a n i f e s t a r í a e n este s u p u e s t o c o m o la sola actitud c o h e r e n t e c o n la
v o l u n t a d d e paz, q u e n o p u e d e c o n f o r m a r s e c o n los f u g a c e s c o m p r o m i s o s , sino d e m a n d a r u n a
p a z p e r p e t u a , i m p e n s a b l e si n o e s m á s allá d e l o s l í m i t e s d e l d e r e c h o . P e r o e s a p a s i v i d a d p a r e c e
d e b e r t o d o su potencial e m a n c i p a d o r a su m á s q u e d u d o s a realizabilidad. Y B e n j a m i n , p o r su
parte, n o i g n o r a q u e los a s u n t o s h u m a n o s n o s o n susceptibles d e a l c a n z a r u n a s o l u c i ó n " c u a n d o
se e x c l u y e a b s o l u t a m e n t e y p o r principio t o d a y c u a l q u i e r v i o l e n c i a " [11.196].
P e r o la revuelta a n a r q u i s t a s i g u e p e r e c i é n d o l e el m á s claro p a t r ó n s o b r e el q u e se r e c o r
ta su c o n c e p c i ó n d e la f o r m a auténtica q u e e n justicia c o r r e s p o n d e a la violencia. S e trata, p o r
cierto, d e " u n a v i o l e n c i a d e otra í n d o l e " q u e n o h a b r í a d e ser e n t e n d i d a c o m o u n m e d i o legíti
m o ni ilegítimo p a r a a l c a n z a r fines justos o injustos, sino q u e s i m p l e m e n t e n o se hallaría c o n
ellos " e n relación d e m e d i o " e n a b s o l u t o [11,196]. U n a v i o l e n c i a q u e n o f u e s e m e d i o p a r a n i n
g u n a otra cosa, u n a violencia sin intención, esto p r e c i s a m e n t e sería lo m á s p a r e c i d o , e n el otro
e x t r e m o , a e s a r e v o l u c i ó n a p a c i b l e q u e B e n j a m i n p a r e c í a i m a g i n a r e n c l a v e anarquista. A h o r a
bien, n o es el h o m b r e sujeto al q u e d e b u e n a g a n a se le p u e d a c o n c e d e r el ejercicio d e tal v i o
lencia, q u e p r o n t o q u e d a r í a e n g u l l i d a p o r el u n i v e r s o j u r í d i c o al q u e a p e s a r d e t o d o aspirase a
escapar. É s t e se p r e s e n t a tan i n e x o r a b l e c o m o p r o b l e m á t i c o , e insoluble a la postre e n el m a r c o
del p e n s a m i e n t o racional: " p o r q u e lo cierto es q u e r e s p e c t o a la l e g i t i m i d a d d e los m e d i o s y a
la justicia d e los fines n o d e c i d e j a m á s la razón, s i n o la v i o l e n c i a d e s t i n a d a s o b r e la p r i m e r a , y
D i o s s o b r e la s e g u n d a " [11,196]. L a e n t e r a d e s c o n e x i ó n entre m e d i o s y fines p r o c e d e , p o r
tanto, d e la h e t e r o g e n e i d a d e s e n c i a l d e las instancias q u e r e s p e c t i v a m e n t e o s t e n t a n la ú l t i m a
palabra, a saber, el m i t o p o r u n l a d o y D i o s p o r el otro. B e n j a m i n d e n i e g a el atributo d e la jus
ticia a t o d o p o s i b l e d e r e c h o , c u y o f u n d a m e n t o será s i e m p r e la p r e v i s i ó n d e altercados, la tipifi
c a c i ó n d e las situaciones y la f o r z a d a g e n e r a l i z a c i ó n d e los fines, la a b s t r a c c i ó n e n s u m a , q u e
p a s a p o r alto el h e c h o d e q u e incluso los fines justos " u m v e r s a l m e n t e v á l i d o s y u n i v e r s a l m e n t e
r e c o n o c i b l e s p a r a u n a situación d a d a , n o lo s o n p a r a n i n g u n a otra, p e s e a lo similar q u e p u e d a
r e s u l t a r " [11, 1 9 6 ] . L o q u e B e n j a m i n p a r e c e e s t a r o b j e t a n d o al d e r e c h o e n g e n e r a l es, e n c o n s e
c u e n c i a , la i m b o r r a b l e f a l s e d a d p r e s u n t a m e n t e inscrita e n su carácter instrumental, carácter
q u e s ó l o sería l e g í t i m o d e f e n d e r e n c o n t e x t o s p a c í f i c o s c o m o el del d i á l o g o , " t é c n i c a del
e n t e n d i m i e n t o c i v i l " [11, 1 9 2 ] . P o r el c o n t r a r i o , t o d a v i o l e n c i a s e h a c e c o n d e n a b l e n o b i e n e s
i n s t r u m e n t a l i z a d a p a r a c u a l q u i e r fin.
E s a título d e " m a n i f e s t a c i ó n " , y n o e n c u a n t o q u e m e d i o , c o m o B e n j a m i n c o n c i b e la
f o r m a p u r a d e la v i o l e n c i a [11,196]. D e este m o d o se p r e s e n t a b a j o la figura d e la "cólera",
tanto h u m a n a c o m o divina, y tanto e n la cólera d e los d i o s e s c o m o e n la del ú n i c o D i o s : "la
v i o l e n c i a m í t i c a e n su f o r m a e j e m p l a r es u n a s i m p l e m a n i f e s t a c i ó n d e los dioses", e s c r i b e
[11,197], y e v o c a al r e s p e c t o la l e y e n d a d e N í o b e , c u y a protesta n o r e c l a m a b a sólo u n castigo a
c a u s a d e s u orgullo, tal c o m o e n e f e c t o p a r e c e sufrir p o r parte d e A p o l o y A r t e m i s , s i n o q u e
m á s b i e n "atrae s o b r e sí la d e s v e n t u r a , n o p o r q u e o f e n d a al d e r e c h o , sino p o r q u e desafía al
d e s t i n o a u n a l u c h a d e la cual éste sale n e c e s a r i a m e n t e victorioso y q u e sólo m e d i a n t e la victo

5 3
 ria, e n t o d o caso, e n g e n d r a u n d e r e c h o " [11,197]. T a l es el d e s a f í o del h é r o e mítico, d e c u y o
sacrificio h a b r í a d e surgir u n n u e v o d e r e c h o q u e sustituyese al d o m i n i o arbitrario, c i e g o , d e los
dioses. " L a v i o l e n c i a c a e p o r tanto s o b r e N í o b e d e s d e la incierta, a m b i g u a esfera del destino";
p e r o lo esencial p a r a B e n j a m i n es d e m o s t r a r h a s t a q u é p u n t o esta esfera r e p r e s e n t a t a m b i é n el
o r i g e n del d e r e c h o : "esta v i o l e n c i a i n m e d i a t a e n las m a n i f e s t a c i o n e s m í t i c a s es e s t r e c h a m e n t e
afín, o p o r c o m p l e t o idéntica, a la v i o l e n c i a q u e f u n d a el d e r e c h o " [11,197]. Y a q u e , s e g ú n c o n
cluye, " c r e a c i ó n d e d e r e c h o e s c r e a c i ó n d e p o d e r , y e n tal m e d i d a u n a c t o d e i n m e d i a t a m a n i
festación d e violencia". Y a ñ a d e : "Justicia es el principio d e t o d a finalidad divina; p o d e r , el
principio d e t o d o d e r e c h o m í t i c o " [11,198]. Y p o r cierto q u e n o h a b r í a otro. T o d a fijación d e
límites se le a p a r e c e a B e n j a m i n c o m o u n reparto d e p o d e r , esto es, d e violencia47.
F i n a l m e n t e n o s h a l l a m o s e n el trance d e e x a m i n a r el p r o b l e m a d e " u n a v i o l e n c i a p u r a
i n m e d i a t a q u e p u e d a d e t e n e r el c u r s o d e la v i o l e n c i a mítica", q u e retorna c o n c a d a n u e v o d e r e
c h o [11,199]. A n t e s h e m o s t e n i d o la o c a s i ó n d e c o n t e m p l a r el m i s m o p r o b l e m a p l a n t e a d o a
p r o p ó s i t o d e la v i o l e n c i a c o m o " m e d i o " , c u y a s o l u c i ó n a p u n t a b a e n la d i r e c c i ó n d e u n a
" r e v u e l t a p u r a y s i m p l e " , sin i n t e n c i o n a l i d a d jurídica. A h o r a e x p o n e B e n j a m i n el p u n t o e n q u e
tal o p c i ó n política se alía c o n la " m a n i f e s t a c i ó n " d e la v i o l e n c i a divina. E s c r i b e : "así c o m o e n
t o d o s los c a m p o s D i o s se o p o n e al mito, d e igual m o d o a la v i o l e n c i a m í t i c a se o p o n e la d i v i n a
(...). S i la v i o l e n c i a m í t i c a f u n d a el d e r e c h o , la d i v i n a l o d e s t r u y e ; si a q u é l l a e s t a b l e c e l í m i t e s ,
é s t a d e s t r u y e s i n l i m i t a c i o n e s ; si la v i o l e n c i a m í t i c a c u l p a y c a s t i g a , la d i v i n a e x c u l p a ; si a q u é
lla e s a m e n a z a n t e , é s t a e s f u l m í n e a ; si a q u é l l a e s s a n g r i e n t a , é s t a e s letal sin d e r r a m a r s a n g r e "
[11,199]. E s e s e carácter " f u l m í n e o " [ s c h l a g e n d ] , es decir, súbito, incruento, instantáneo, puri-
ficador, el q u e a la postre h a b r á d e resultar decisivo. L a v i o l e n c i a d i v i n a i r r u m p e "sin preavi-
so", sin e x p e c t a t i v a s a m e n a z a n t e s ni p r o p ó s i t o s ulteriores. M á s a ú n , tal irrupción ni siquiera es
p r e c i s o e n t e n d e r l a c o m o u n a a c c i ó n m i l a g r o s a , m á s o m e n o s espectacular, m e d i a n t e la cual
interviniese D i o s e n el m u n d o d e u n a m a n e r a directa, c o m o c u a n d o e n v í a u n a p l a g a u o b s e q u i a
c o n u n diluvio. El "juicio d e D i o s " se d e f i n e m á s b i e n " p o r la a u s e n c i a d e t o d a c r e a c i ó n d e
d e r e c h o " [11,200). Ello n o s d a u n a idea bastante clara d e su a n a l o g í a c o n la revuelta anarquista,
y n o d e j a d e ser c o h e r e n t e c o n el h e c h o d e q u e B e n j a m i n c o n s i d e r e t a m b i é n la q u e sería
" f o r m a p e r f e c t a " d e la " v i o l e n c i a e d u c a t i v a " (así p a r e c e l l a m a r a la e d u c a c i ó n e n la perspecti
v a teocrática) c o m o u n o d e los m á s e v i d e n t e s t e s t i m o n i o s d e la p r e s e n c i a efectiva d e a q u e l l a
violencia d i v i n a e n la a c t u a l i d a d [11,200].
E n c u a n t o a su e s e n c i a incruenta, B e n j a m i n la c o n s i d e r a i g u a l m e n t e d e la m a y o r i m p o r
tancia. H a b l a d e la s a n g r e c o m o " s í m b o l o d e la v i d a d e s n u d a " , y se inclina a a s o c i a r esta fór
m u l a c o n otras ideas q u e y a v i m o s e x p u e s t a s e n D e s t i n o y carácter: "la d i s o l u c i ó n d e la v i o
lencia jurídica se r e m o n t a , p o r tanto, a la c u l p a b i l i d a d d e la d e s n u d a v i d a natural, q u e c o n f í a al
viviente, i n o c e n t e e infeliz al castigo q u e " e x p í a " su culpa, y e x p u r g a t a m b i é n al culpable, p e r o
n o d e u n a culpa, s i n o del d e r e c h o . P u e s c o n la v i d a d e s n u d a c e s a el d o m i n i o del d e r e c h o s o b r e
el viviente" [11,200]. E s así c o m o p u e d e ser calificada d e " d e s t r u c t i v a " esta v i o l e n c i a divina, es
decir, destructiva " e n relación c o n los bienes, c o n el d e r e c h o , c o n la v i d a y similares", p e r o
" n u n c a a b s o l u t a m e n t e e n relación c o n el espíritu d e lo viviente"; p u e s t o q u e la p é r d i d a d e la
" v i d a d e s n u d a " , s u a n i q u i l a c i ó n n o se lleva a c a b o " e n n o m b r e d e la violencia", tal c o m o s u c e
d e e n el m i t o , s i n o q u e "la p u r a v i o l e n c i a d i v i n a es v i o l e n c i a s o b r e t o d a v i d a e n n o m b r e del
viviente. L a p r i m e r a e x i g e sacrificios, la s e g u n d a los a c e p t a " [11,200]. E s t a s ideas p a r e c e n
c o m b i n a r teocracia y n i h i l i s m o e n sabias d o s i s e n la d i r e c c i ó n d e la m á s perfecta a m b i g ü e d a d .
S e e x p l i c a su p o s i c i ó n frente al a c t i v i s m o d e s i g n o pacifista, y e n particular frente a la "falsa y
m i s e r a b l e " c o n c e p c i ó n d e K u r t Hiller, q u e sacraliza la m e r a e x i s t e n c i a e n d e t r i m e n t o d e la

5 4
 e x i s t e n c i a j u s t a : p u e s " t a n s a g r a d o e s el h o m b r e (...) c o m o p o c o s a g r a d o s s o n s u s e s t a d o s ,
c o m o p o c o lo es su v i d a física, v u l n e r a b l e p o r los otros" y, c o m o s a b e m o s , f u n d a m e n t a l m e n t e
culpable: c a r n e d e redención48.
" L a crítica d e la v i o l e n c i a es la filosofía d e su historia" [11,202]. B e n j a m i n r e c o g e las
velas y c o n c l u y e su e n s a y o a p e l a n d o a la definitiva a b o l i c i ó n d e t o d o d e r e c h o e n f a v o r del
g o b i e r n o d e D i o s . L o q u e la historia registra n o sería sino el cíclico retornar d e u n a y la m i s m a
v i o l e n c i a m í t i c a . P e r o " s o b r e la i n t e r r u p c i ó n d e e s t e c i c l o (...) s e e r i g e u n a n u e v a é p o c a h i s t ó r i
c a " q u e a d v e n d r á si a c a s o c u a n d o la " v i o l e n c i a r e v o l u c i o n a r i a " , " q u e e s el n o m b r e a a s i g n a r a
la s u p r e m a m a n i f e s t a c i ó n d e p u r a violencia p o r parte del h o m b r e " , t e r m i n e c o n el " i m p e r i o del
m i t o " y c o n t o d o p o d e r [11,202]. P o r desgracia, n o es posible establecer c o n certeza u n criterio
q u e n o s a y u d e a r e c o n o c e r e v e n t u a l m e n t e si n o s h a l l a m o s a n t e u n a m a n i f e s t a c i ó n d e v i o l e n c i a
m í t i c a o divina. S ó l o aquella, sugiere B e n j a m i n , se m u e s t r a i n e q u í v o c a c u a n d o lo hace, p e r o
n o así la v i o l e n c i a p u r a d e D i o s , a c u y a d i s p o s i c i ó n s i g u e n e s t a n d o " t o d a s las f o r m a s eternas
q u e el m i t o h a b a s t a r d e a d o c o n el d e r e c h o " : " p u e d e a p a r e c e r e n la v e r d a d e r a g u e r r a así c o m o
e n el juicio d i v i n o d e la m u l t i t u d s o b r e el d e l i n c u e n t e " , es decir, e n los e x t r e m o s , e n c u a l q u i e r
parte o situación d o n d e n o f u e s e " a d m i n i s t r a d a " la violencia, d o n d e n o sirviese a p r o p ó s i t o ni
fin a l g u n o , sino q u e aspirase a extinguirse e n sí m i s m a , sin m á s , c o m o u n a e x p l o s i v a m a n i f e s
tación d e la s u p r e m a divinidad: p u e s "la v i o l e n c i a divina, q u e es e n s e ñ a y sello, n u n c a instru
m e n t o d e sacra e j e c u c i ó n , es la violencia q u e g o b i e r n a " [11,203].

' N I H I L I S M O " C O M O " P O L I T I C A M U N D I A L "

El texto d o n d e c o n m a y o r nitidez se h a c e m a n i f i e s t o el t r a s f o n d o nihilista q u e c i m e n t a

b a las p r e o c u p a c i o n e s v a g a m e n t e teocráticas d e B e n j a m i n es tal v e z a q u e l b r e v í s i m o b o s q u e j o
q u e A d o r n o titulase F r a g m e n t o teológico-político, y del q u e p u d o llegar a decir, n o sin a l g u n a
r a z ó n , q u e "lo r e ú n e todo"49. P e r o este escrito p o s e e a d e m á s u n interés adicional s u s c i t a d o p o r
el d e s a c u e r d o entre S c h o l e m y A d o r n o a c e r c a d e su d a t a c i ó n . Así, A d o r n o lo c o n s i d e r a b a
c o m o u n trabajo "tardío"5". B e n j a m i n se lo h a b r í a leído p e r s o n a l m e n t e a él y a su m u j e r e n el
t r a n s c u r s o d e u n e n c u e n t r o q u e t u v i e r o n e n S a n R e m o , entre finales d e 1 9 3 7 y principios del
a ñ o siguiente, p r e s e n t á n d o s e l o c o m o "lo m á s n u e v o d e lo n u e v o " [11.946). P o r el contrario,
S c h o l e m h a o b s e r v a d o q u e " t o d o " e n e s e texto " c o r r e s p o n d e e x a c t a m e n t e a su m o m e n t o inte
lectual y a s u t e r m i n o l o g í a p e c u l i a r d e 1 9 2 0 - 1 9 2 1"5'. L a h i p ó t e s i s m á s p r o b a b l e , y t a m b i é n la
m á s interesante p a r a nosotros, e s la d e q u e a m b o s t e n g a n razón. E n tal c a s o h a b r á q u e p e n s a r
q u e el texto q u e B e n j a m i n l e y ó al m a t r i m o n i o A d o r n o e n S a n R e m o era el p r o d u c t o d e u n a
revisión, o s i m p l e m e n t e del "tardío" rescate d e a q u e l p a r d e p á g i n a s escritas m u c h o s a ñ o s
antes, h a c i a 1 9 2 0 o 1 9 2 1 , c u y a s f o r m u l a c i o n e s h a b í a n c o b r a d o e n e f e c t o u n a n u e v a a c t u a l i d a d
al hilo d e las m á s recientes reflexiones, e n las q u e B e n j a m i n trataba d e fijar p o r a q u e l e n t o n c e s
s u visión materialista d e la historia. D e ser cierta esta perspectiva, la c o n s e c u e n c i a se d e s p r e n
d e p o r sí m i s m a : n o s h a l l a m o s ante u n a patente d e m o s t r a c i ó n d e la c o n t i n u i d a d existente entre
las c o n c e p c i o n e s históricas del j o v e n B e n j a m i n y del B e n j a m i n m a d u r o .
L o c u a l n o p u e d e s i n o i n c r e m e n t a r c o n s i d e r a b l e m e n t e el interés q u e y a d e p o r sí m e r e
cería e s e texto fulgurante: " S ó l o el M e s í a s m i s m o c o n s u m a t o d o s u c e d e r histórico - c o m i e n z a - ,

5 5
y ello e n el s e n t i d o p r e c i s a m e n t e d e crear, redimir, c o n s u m a r s u relación c o n lo m e s i á n i c o "
[11,203]. E s t a i d e a entraña, d e m o m e n t o , la p o s t u l a c i ó n d e u n a total d i s c o n t i n u i d a d c o m o crite
rio d e la relación existente entre la historia y el m u n d o q u e h a b r í a d e i n a u g u r a r el a d v e n i m i e n
to del M e s í a s ; así, "el R e i n o d e D i o s n o es el telos d e la d y n a m i s histórica; n o p u e d e ser p r o
p u e s t o a q u é l c o m o m e t a d e ésta. V i s t o h i s t ó r i c a m e n t e n o es m e t a , s i n o final" [11,203]. E l reino
m e s i á n i c o n o p u e d e ser c o n c e b i d o c o m o u n o r d e n e f e c t i v a m e n t e realizable e n el á m b i t o p r o f a
n o d e la historia, q u e n o p u e d e ser " e d i f i c a d o " s o b r e la i d e a del R e i n o divino. M á s a ú n , a ñ a d e
B e n j a m i n entre paréntesis, "el m a y o r m é r i t o d e E l Espiritu d e la U t o p í a d e B l o c h es h a b e r
n e g a d o c o n t o d a i n t e n s i d a d la significación política d e la t e o c r a c i a " [11,203]52. P o r s u p u e s t o ,
ello n o c o n t r a d i c e s i n o a p a r e n t e m e n t e las s u g e r e n c i a s q u e v e n í a m o s h a c i e n d o d e s d e el anterior
apartado. L a teocracia b e n j a m i n i a n a n o tenía, e n efecto, "significación política" n i n g u n a , d a d o
q u e su ú n i c o s e n t i d o residía j u s t a m e n t e e n la definitiva a b o l i c i ó n d e t o d a "política".
" E l o r d e n d e lo p r o f a n o tiene q u e regirse s o b r e la i d e a d e la felicidad": el p r o p ó s i t o c e n
tral d e B e n j a m i n se orienta d e este m o d o e n la d i r e c c i ó n d e " u n a c o n c e p c i ó n histórica místi
ca", c u y o " p r o b l e m a " trata d e e x p o n e r p o r m e d i o d e u n a " i m a g e n " : "si u n a f l e c h a i n d i c a d o r a
s e ñ a l a la m e t a h a c i a la cual o p e r a la d y n a m i s d e lo p r o f a n o y otra s e ñ a l a la d i r e c c i ó n d e la
i n t e n s i d a d m e s i á n i c a , es cierto q u e la p e s q u i s a d e felicidad d e la h u m a n i d a d libre se a f a n a
a p a r t á n d o s e d e la d i r e c c i ó n m e s i á n i c a . P e r o igual q u e u n a f u e r z a es c a p a z d e f a v o r e c e r e n su
trayectoria otra o r i e n t a d a e n u n a trayectoria o p u e s t a , así t a m b i é n el o r d e n p r o f a n o d e lo p r o f a
n o p u e d e f a v o r e c e r la l l e g a d a del R e i n o m e s i á n i c o . L o p r o f a n o n o es d e s d e l u e g o u n a c a t e g o
ría del R e i n o , p e r o sí q u e es u n a categoría, y a d e m á s atinadísima, d e s u q u e d o a c e r c a m i e n t o " ,
p u e s t o q u e , a ñ a d e B e n j a m i n , " e n la felicidad aspira a su d e c a d e n c i a t o d o lo terreno, y sólo e n
la felicidad le está d e s t i n a d o e n c o n t r a r l a " [11,203]. P o r cierto q u e esta ú l t i m a s u p o s i c i ó n , la d e
q u e ú n i c a m e n t e la felicidad p u e d e c o n s u m a r las a s p i r a c i o n e s d e lo p r o f a n o a la d e c a d e n c i a , n o
es u n a i d e a d e m a s i a d o e v i d e n t e p o r sí m i s m a . E s claro, d e s d e l u e g o , q u e B e n j a m i n h a d e
excluir n e c e s a r i a m e n t e y p o r principio c u a l q u i e r posibilidad d e c o n c e b i r la felicidad c o m o u n a
c o n d i c i ó n victoriosa, tal c u a l s u c e d í a e n el p e n s a m i e n t o griego. D e s d e u n p u n t o d e vista j u d e o -
cristiano, la f e l i c i d a d n o p u e d e a p a r e c e r si n o e s d e la m a n o d e la m u e r t e . P u e s t o q u e la m u e r t e
sería la ú n i c a p u e r t a c o n d u c e n t e a la e t e r n a c o n t e m p l a c i ó n del rostro d e D i o s . A este p u n t o d e
vista o r d o d o x o a p o r t a B e n j a m i n s u p e r s o n a l c o n c e p c i ó n a c e r c a del " c o n t e x t o c u l p a b l e d e lo
q u e vive", es decir, su n o c i ó n del d e s t i n o c o m o i m a g e n d e la universal c u l p a b i l i d a d d e la v i d a
natural. P u e s la r e d e n c i ó n , c o m o y a s a b e m o s , n o se c o n s u m a r í a s i n o a partir del m i s m o instan
te e n q u e la criatura h a y a t r a s p a s a d o el u m b r a l d e la m u e r t e . S e e x p l i c a d e este m o d o q u e la
felicidad v e r d a d e r a q u e d e cifrada, e n lo q u e c o n c i e r n e al " o r d e n p r o f a n o " , e n la " d e c a d e n c i a "
natural d e las cosas: y a q u e "la n a t u r a l e z a es m e s i á n i c a p o r su e t e r n a y total f u g a c i d a d " , d e c l a
ra B e n j a m i n : " a la restitutio in i n t e g r u m d e o r d e n espiritual, q u e i n t r o d u c e a la i n m o r t a l i d a d ,
c o r r e s p o n d e otra d e o r d e n m u n d a n o q u e lleva a la e t e r n i d a d d e u n a d e c a d e n c i a , y el r i t m o d e
e s a m u n d a n e i d a d q u e es e t e r n a m e n t e f u g a z , q u e es f u g a z e n s u totalidad tanto espacial c o m o
t e m p o r a l , el r i t m o d e la n a t u r a l e z a m e s i á n i c a , es la felicidad" [11,204]. L a e t e r n a c a d u c i d a d d e
lo natural se perfila, p o r tanto, c o m o el ú n i c o p u n t o d e a p o y o q u e el o r d e n m e s i á n i c o e n c o n t r a
ría e n lo p r o f a n o . E n su p e r s e c u c i ó n d e la felicidad, el o r d e n p r o f a n o se tropieza c o n la m u e r t e ,
i n c i d e n c i a p r o v i d e n c i a l c u y o e f e c t o m á s i n m e d i a t o será, c o m o h e m o s c o m e n t a d o , n o tanto la
p u r g a c i ó n d e la c u l p a c u a n t o la liberación r e s p e c t o d e t o d a s u j e c i ó n al d e r e c h o , esto es, la
e x e n c i ó n d e la p e n a .
P a r e c e así atisbarse u n a v i s i ó n d e la historia c o m o u n á m b i t o c e r r a d o a c u a l q u i e r otra
p o s i b l e i n t e r v e n c i ó n m e s i á n i c a , s a l v o la q u e se c u e l a e n f o r m a d e " d e c a d e n c i a " natural, c o m o

5 6
 " e t e r n a f u g a c i d a d " d e t o d a s las cosas: así, c o n c l u y e B e n j a m i n , "aspirar a ésta, i n c l u s o e n e s o s
g r a d o s del h o m b r e q u e s o n naturaleza, es el c o m e t i d o d e la política m u n d i a l c u y o m é t o d o d e b e
l l a m a r s e n i h i l i s m o " [11,204]. E s a "política m u n d i a l " n o p a r e c e ser s i n o la q u e se p o n e p o r e n t e
ro al servicio d e la p u r a y s i m p l e a n i q u i l a c i ó n d e la criatura viviente. E s la política q u e se q u i e
re última, q u e p r e t e n d e t r a s c e n d e r y abolir los E s t a d o s y el d e r e c h o " m í t i c o " q u e los sustenta.
E s la "política" d e D i o s , q u e n o es m e d i o p a r a la c o n s e c u c i ó n d e o b j e t i v o político a l g u n o , q u e
ú n i c a m e n t e se h a c e m a n i f i e s t a c o m o " p u r a v i o l e n c i a " divina, la " v i o l e n c i a q u e g o b i e r n a " e n el
o r d e n p r o f a n o d e la historia, v e l a d a m e n t e , e n c u a n t o q u e e s a historia n o es tal e n v e r d a d , n o e s
el e s p a c i o e n el q u e se d e s p l i e g a la libertad h u m a n a , sino m á s b i e n el e s c e n a r i o del m i t o d o n d e
v i v e s u c u l p a la criatura natural, c u y a sola e s p e r a n z a r a di c a e n la transitoriedad e n virtud d e la
c u a l e s d e s t i n a d a p o r D i o s a la r e d e n c i ó n . E l m o m e n t o t e o c r á t i c o d e l p e n s a m i e n t o d e
B e n j a m i n se fundaría, p o r tanto, e n el m á s radical d e los nihilismos: e n el n i h i l i s m o q u e se
transfigura e n p r o g r a m a "político" d e a l c a n c e planetario p a r a u n a c o n t e c e r q u e n o es c o n t e m
p l a d o c o m o historia, s i n o c o m o naturaleza: c o m o historia natural".

5 7
 N O T A S

1. P a r a u n a v i s i ó n g e n e r a l d e la J u g e n d b e w e g u n g , cfr. 11,825s.. B . W i t t e , W a l t e r
B e n j a m i n - D e r 1ntellektueUe als Kritiker, pp. 1 5 ss.
2. Cfr. 11,827s.
3. Cfr. la carta d e B e n j a m i n a L. StrauB. 11,896.
4. S o b r e el e p i s o d i o d e su b r e v e p a s o p o r la Presidencia, cfr. 11,872s. y W i t t e , o. c ,
p.17.
5. L o s f i r m a b a c o n el s e u d ó n i m o A r d o r . 1 n c l u í a n textos e n p r o s a y p o e m a s u n tanto
" d e s a m p a r a d o s " (11,83 ls). S o b r e el A n f a n g , cfr. Siegfried B e r n f e l d , D i e S c h u l g e m e i n d e u n d
i h r e F u n k t i o n i m K l a s s e n k a m p f , cit. e n 11,844s.
6. Cfr. H e l m u t h Plessner, Diesseits d e r U t o p i e , p. 94.
7. L a s alusiones al u n i v e r s o d e las h a d a s n o serían infrecuentes e n B e n j a m i n . E n 1 9 2 5
redactaría u n b r e v e prefacio, a p a r t e del P r ó l o g o c r í t i c o - e p i s t e m o l ó g i c o , a su libro s o b r e el
T r a u e r s p i e l , q u e c o m e n z a b a c o n las siguientes palabras: " Q u i s i e r a c o n t a r u n a v e z m á s el c u e n t o
d e la bella d u r m i e n t e del b o s q u e " , a la q u e el autor h a b r í a d e despertar a b o f e t a d a s " e n la m a n
sión d e la ciencia" (B,418). A ñ o s d e s p u é s , y a c o n v e r t i d o al m a t e r i a l i s m o , B e n j a m i n tratará d e
ofrecer e n los P a s a j e s la " i m a g e n " d e la m o d e r n i d a d b a j o la figura d e u n a "féerie dialéctica".
8. M . G u m p e r t , H o l l e i m P a r o d i e s (cfr. 11,869).
9. M . G u m p e r t , o. c (cfr. 11,870).
10. Cfr. T . W . A d o r n o , " G e o r g e y H o f m a n n s t h a l " , e n P r i s m a s , p. 2 2 7 . S o b r e la relación
d e B e n j a m i n c o n la e s c u e l a d e G e o r g e , cfr. M . R u m p f , " F a s z i n a t i o n u n d D i s t a n z . Z u
B e n j a m i n s G e o r g e - R e z e p t i o n " , e n V V , A A . , W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , pp.
5 1 ss. A d o r n o -él m i s m o t o c a d o e n s u j u v e n t u d p o r el e s t e t i c i s m o g e o r g e a n o - s u g i e r e a l g u n a s
c l a v e s d e su p r e s e n c i a e n B e n j a m i n : m e n c i o n a la t e n d e n c i a h a c i a la " m o n u m e n t a l i d a d d e lo
i n s t a n t á n e o " ( N o t e n z u r Literatur, p. 5 7 1 ) , la s e d u c c i ó n del "ritual" (o. c , p. 584): y hasta su
n o c i ó n d e " i m a g e n " [Bild] la v i n c u l a c o n el t é r m i n o " D e n k b i l d " q u e e n la e s c u e l a d e G e o r g e
se utilizaba e n referencia al s i m b o l i s m o d e M a l l a r m é (o. c , p. 680).
11. A d o r n o , N o t e n z u r L i t e r a t u r , p. 5 8 7 . P a r a e n t e n d e r m e j o r s u a c t i t u d a n t e la
J u g e n d b e w e g u n g tal v e z s e a d e interés m e n c i o n a r a q u í u n a particular d e r i v a c i ó n d e este m o v i
m i e n t o q u e m e r e c i ó las m á s d u r a s críticas d e A d o r n o . S e trata del f e n ó m e n o del M u s i k a n t , u n a
c o n c e p c i ó n q u e h a c í a d e la m ú s i c a , y e n especial d e su ejecución, m e r o i n s t r u m e n t o d e u n a
p e d a g o g í a e l e v a d a al r a n g o d e "visión del m u n d o " s o b r e la q u e se p r e t e n d í a asentar u n o r d e n
"quasifascista". S e a f i r m a b a s o b r e u n a b a s e c o m u n i t a r i a e infantil d e g r u p o s d e diletantes h e r
m a n a d o s p o r el culto filisteo a u n a m ú s i c a superficial y b a l s á m i c a . Cfr. "Crítica del M u s i k a n t " ,
e n D i s o n a n c i a s , p p . 9 5 ss.; y " Z u r M u s i k p á d a g o g i k " , e n G e s a m m e l t e S c h r i f t e n , 14, p p . 1 0 8 ss.).
W y n e k e n f u e u n o d e los i n s p i r a d o r e s d e l p r o g r a m a m u s i c a l j u v e n i l d e F r i t z J o d e . C f r . J. H o d e k ,
M u s i k a l i s c h - p a d a g o g i s c h e B e w e g u n g z w i s c h e n D e m o k r a t i e u n d F a s c h i s m u s , p p . 2 8 ss.

5 8
 12. B , 4 7 . A c e r c a d e l c o m p o n e n t e k i e r k e g a a r d i a n o e n el p e n s a m i e n t o d e l j o v e n
B e n j a m i n , cfr. W i t t e , o. c , pp. 5 8 ss. N o c a b e t a m p o c o o l v i d a r la influencia d e K i e r k e g a a r d
s o b r e la o b r a d e A d o r n o , el c u a l utilizaría t o d a la batería t e r m i n o l ó g i c a d e B e n j a m i n e n s u
libro d e 1 9 3 0 a c e r c a d e la estética del t e ó l o g o d a n é s : K i e r k e g a a r d . C o n s t r u c c i ó n d e lo estético.
B e n j a m i n h i z o la c o r r e s p o n d i e n t e r e c e n s i ó n (111,380s.) c o n cierta b e n e v o l e n c i a p a r a c o n s u
j o v e n discípulo. L a o b r a f u e calificada p o r S c h o l e m c o m o " u n s u b l i m e p l a g i o " d e s u p e n s a
m i e n t o : " e n m u c h o s p a s a j e s h e p e n s a d o d i r e c t a m e n t e : u t i n a m W a l t e r i p s e scripsisset!"
( B r i e f w e c h s e l 1 9 3 3 - 1 9 4 0 , p. 109).
13. S c h o l e m , B e n j a m i n u n d sein E n g e l , p. 13.
14. S o b r e la relación entre B e n j a m i n y B u b e r . cfr. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d ,
pp. 22, 28, y 40s.
15. S o b r e el t e m a del a n t a g o n i s m o g e n e r a c i o n a l , cfr. " L a m u e r t e del p a d r e " , 1 V , 1 0 7 5 ,
a h o r a t r a d u c i d o e n H i s t o r i a s v relatos; cfr. al r e s p e c t o P. G a y , L a c u l t u r a d e W e i m a r . L a inclu
s i ó n d e lo excluido, pp. 1 2 8 ss.
16. Cfr. R o m a n t i k , u n d i s c u r s o d e 1 9 1 3 , e n 11,43s. E n este m i s m o s e n t i d o i b a n las
a d v e r t e n c i a s d e B e n j a m i n c o n t r a la d e g e n e r a c i ó n del a m o r e n el s e n o d e las prostitutas. N o
obstante, e n u n p a r d e cartas d e 19 13 a su c a m a r a d a H e r b e r t B e l m o r e se e x p r e s a B e n j a m i n c o n
e x t r a ñ a r o t u n d i d a d e n la d i r e c c i ó n d e " o t o r g a r a la actual prostitución u n s e n t i d o a b s o l u t o "
(B,69). " D e b e m o s a t r e v e r n o s a p o n e r n o s ante las prostitutas y llamarlas sacerdotisas, o b j e t o s
del t e m p l o , reinas y s í m b o l o " , d a d o q u e " o b i e n t o d o s los seres h u m a n o s s o n prostitutas o n o
l o e s n i n g u n o " (...). P e r o y o d i g o : t o d o s n o s o t r o s l o s o m o s . O d e b e m o s s e r l o . D e b e m o s s e r
c o s a y o b j e t o a n t e la cultura. E n v e r d a d : si p r e t e n d e m o s r e s e r v a r n o s p a r a n o s o t r o s m i s m o s u n a
suerte d e d i g n i d a d p e rs o n a l , j a m á s e n t e n d e r e m o s a las prostitutas. P e r o c u a n d o j u s t a m e n t e
t o d o s s e n t i m o s n u e s t r a h u m a n i d a d c o m o u n a b a n d o n a r s e al espíritu, y n o t o l e r a m o s á n i m o pri
v a d o a l g u n o , ni v o l u n t a d ni espíritu p r i v a d o s , e n t o n c e s las h o n r a r e m o s " . P u e s "la prostituta
r e p r e s e n t a la c o n s u m a c i ó n del i m p u l s o cultural: d e s a l o j a a la n a t u r a l e z a d e su ú l t i m o santuario,
el d e la s e x u a l i d a d " (B,67). L a prostituta se i n s i n u a b a y a c o m o u n o d e los p e r s o n a j e s h e r o i c o s
q u e h a b r í a n d e p o b l a r c o n los a ñ o s los escritos d e B e n j a m i n . E n e s a é p o c a , su c o n t r a f i g u r a e r a
la del " e s t u d i a n t e " (11,94); cfr. D i r e c c i ó n ú n i c a , 1 V , 109: "libros y prostitutas se h a n a m a d o
d e s d e s i e m p r e c o n u n a m o r d e s g r a c i a d o " . S o b r e los principios eróticos d e a q u e l l a s c o m u n i d a
d e s j u v e n i l e s , e n r e l a c i ó n c o n el c í r c u l o d e G e o r g e , cfr. J. R o b e r t s , W a l t e r B e n j a m i n , p p . 2 9 ss.
17. H a b e r m a s , e n Perfiles filosófico-políticos, p. 3 0 7 , cita el f r a g m e n t o , c o n r a z ó n ,
c o m o t e m p r a n a e x p r e s i ó n d e la q u e f i n a l m e n t e sería la teoría d e la historia d e B e n j a m i n e n s u
fase d e m a d u r e z materialista.
18. E s e m i s m o texto d e F i c h t e d a r í a p i e a u n a d e las m á s discutibles d e f e n s a s q u e
A d o r n o h a y a o f r e c i d o d e lo q u e él d e n o m i n a b a " h o m b r e d e espíritu" c o m o figura o p u e s t a a la
del "especialista"; tras citar u n p á r r a f o d e F i c h t e a c e r c a d e la filosofía c o m o C i e n c i a universal
a la q u e h a b r í a n d e s u b o r d i n a r s e t o d a s las disciplinas particulares, A d o r n o sostiene q u e tales
p l a n t e a m i e n t o s " v a l e n h o y tanto c o m o h a c e c i e n t o c i n c u e n t a a ñ o s " ("Filosofía y m a e s t r o s "
( 1 9 6 1 ) , e n 1 n t e r v e n c i o n e s , pp. 2 8 ss.). P a r a u n t r a t a m i e n t o m á s reciente d e e s e m i s m o p r o b l e
m a , cfr. J.F. L y o t a r d , L a c o n d i c i ó n p o s t m o d e r n a , pp. 6 3 ss.
1 9 . S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p p . 4 4 s.
20. S c h o l e m , o. c , p. 4 6 .
21. S c h o l e m , o. c , p. 67.
22. 1bid.
23. 1bid.

5 9
 24. S c h o l e m , o. c , p. 68.
25. 1bid.
26. A d o r n o , N o t e n z u r Literatur, p. 5 7 6 .
27. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 26.
2 8 . C f r . S c h o l e m , o. c p p . 7 3 s.
29. S c h o l e m , o. c , p. 71.
30. Cfr. F . G . F r i e d m a n n , V o n C o h e n z u B e n j a m i n . Z u m P r o b l e m d e u t s c h - j ü d i s c h e r
Existenz, p. 19. L a influencia d e la filosofía d e la religión d e C o h e n seguiría s i e n d o perceptible
d u r a n t e los a ñ o s siguientes e n las reflexiones teológicas b e n j a m i n i a n a s s o b r e el u n i v e r s o del
m i t o . Cfr. W i t t e , o. c , p p . 1 0 y 4 8 ss. L o c o n s t a t a i g u a l m e n t e T i e d e m a n n , S t u d i e n z u r
P h i l o s o p h i e W a l t e r B e n j a m i n s , pp. 2 4 ss.
31. P a r a h a c e r s e u n a idea s o b r e la "infinita plasticidad" d e los c o n t e n i d o s d e la m í s t i c a
judía, cfr. S c h o l e m , " E l s e n t i d o d e la T o r á e n la m í s t i c a judía", e n L a C á b a l a y s u s i m b o l i s m o ,
pp. 3 5 ss. H a s t a q u é p u n t o interesaron a S c h o l e m -e i n f l u y e r o n e n B e n j a m i n - e s a s ideas, p u e d e
d e d u c i r s e del texto d e H a b e r m a s , " L a T o r á disfrazada", e n Perfiles filosófico-políticos, pp. 3 3 3
ss. B e n j a m i n c o m e n z ó a interesarse p o r la t e o l o g í a j u d í a h a c i a 1 9 1 7 . E n las 1 9 B r i e f e ü b e r d a s
J u d e n t u m d e S a m s o n R a p h a e l H i s r c h e n c o n t r ó la v e r s i ó n o r t o d o x a , así c o m o e n escritos d e
M o s e s H e s s y A c h a d H a a m ( S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 49). P o c o d e s p u é s t o m ó
c o n t a c t o c o n la o b r a d e F r a n z v o n B a a d e r y d e F r a n z J o s e p h Molitor, d i s c í p u l o d e S c h e l l i n g y
del p r o p i o B a a d e r , a u t o r d e u n e s t u d i o s o b r e la C á b a l a - P h i l o s o p h i e d e r G e s c h i c h t e o d e r ü b e r
die T r a d i t i o n - q u e daría o c a s i ó n a las p r i m e r a s c o n v e r s a c i o n e s entre B e n j a m i n y S c h o l e m a
e s t e r e s p e c t o ( S c h o l e m , o. c , p p . 5 1 s.).
3 2 . U n a r e l i g i o s i d a d " f o r m a l " e s la q u e p r o p o n e S i m m e l e n E l i n d i v i d u o y la l i b e r t a d ,
pp. 1 4 2 y 152. S u a s p e c t o nihilista es e f e c t i v a m e n t e r e m a r c a d o p o r L u k á c s e n E l a s a l t o a la
r a z ó n , p p . 3 6 2 s. S o b r e las i n t e n c i o n e s d e S i m m e l , p o r c u y o p e n s a m i e n t o s i e m p r e s i n t i ó
B e n j a m i n u n a perceptible simpatía, cfr. t a m b i é n H . S c h e i b l e , W a h r h e i t u n d Subjekt. Á s t h e t i k
i m b ü r g e r l i c h e n Z e i t a l t e r , p. 3 9 4 s.
33. C o m o H e g e l . escribe A d o r n o , B e n j a m i n "tiene la e s p e r a n z a d e " c o n s i d e r a r la c o s a
tal c o m o es e n sí y p a r a sí", esto es, sin r e c o n o c e r u m b r a l i n e l i m i n a b l e entre c o n c i e n c i a y c o s a
e n sí. P e r o s e h a d e s p l a z a d o la d i s t a n c i a d e u n a tal c o n s i d e r a c i ó n . A d i f e r e n c i a d e H e g e l , s u j e t o
y o b j e t o n o se desarrollan c o m o ú l t i m a m e n t e idénticos, s i n o q u e , m á s bien, la i n t e n c i ó n s u b j e
t i v a s e r e p r e s e n t a c o m o a p a g a d a e n el o b j e t o " . P r i s m a s , p p . 2 5 7 s.
34. L a t e n d e n c i a b e n j a m i n i a n a a la i n d i f e r e n c i a c i ó n le a p r o x i m a q u i z á s a la p r o b l e m á t i
c a d e Schelling, d e c u y o p e n s a m i e n t o , sin e m b a r g o , a p e n a s se ocuparía.
35. E n su H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , S c h o l e m r e c u e r d a el interés d e B e n j a m i n p o r ciertas
e x p e r i e n c i a s " o c u l t a s " c o m o las q u e A l f r e d K u b i n describía e n D i e a n d e r e Seite (o. c , p. 59).
D u r a n t e su estancia e n 1biza llegó a d a r noticia d e u n a teoría s o b r e el espiritismo q u e , " d e u n a
m a n e r a p o r c o m p l e t o e m b o s c a d a y p a r a m i d i v e r s i ó n p e r s o n a l " , se h a b í a m o l e s t a d o e n e l a b o
rar y q u e u n día p e n s a b a desarrollar a s u a m i g o " a n t e u n a botella d e B o r g o ñ a " ( S c h o l e m , o. c ,
p. 197). T a l v e z el u n i v e r s o d e lo o c u l t o le ofrecía u n terreno i d ó n e o p a r a rizar el rizo e s p e c u
lativo y, p o r así decir, ejercitarse e n el j u e g o del p e n s a m i e n t o sin p r e t e n s i o n e s d e v e r d a d p a r a
l u e g o a p r o v e c h a r e s e training e n c o n t e x t o s m á s sensatos.
36. S c h o l e m , o. c , p. 70.
37. S c h o l e m , o. c , p. 47. B e n j a m i n se a g e n c i ó p a r a la o c a s i ó n el d i c c i o n a r i o azteca-
e s p a ñ o l d e M o l i n o s . P e r o f i n a l m e n t e , c o m o e r a d e prever, j a m á s a p r e n d i ó la l e n g u a azteca. N i

6 0
 t a m p o c o , p o r cierto, el castellano, c o m o lo d e m u e s t r a q u e leyese a C a l d e r ó n - c u y a o b r a p o n
dría e n el c e n t r o d e su e s t u d i o s o b r e el T r a u e r s p i e l b a r r o c o - e n t r a d u c c i o n e s a l e m a n a s .
38. S c h o l e m , o. c , p. 45. S o b r e la lectura b e n j a m i n i a n a d e B a c h o f e n , cfr. G . P l u m p e ,
" D i e E n t d e c k u n g d e r V o r w e l t " , e n T e x t + Kritik, 3 1 - 3 2 , pp. 1 9 ss. A l g u n a s d e las s u g e r e n c i a s
d e B a c h o f e n p e r d u r a r í a n hasta la fase materialista d e B e n j a m i n .
39. S c h o l e m . o. c , p. 72. S o b r e la c o n t r a p o s i c i ó n entre el m i t o y el j u d a í s m o , cfr. " E l
s e n t i d o d e la T o r á e n la m í s t i c a j u d í a " , e n L a C á b a l a y s u s i m b o l i s m o , p p . 9 6 s. L a C á b a l a t r a
t a b a d e c o m p e n s a r c o n n u e v o s c o n t e n i d o s m í t i c o s e s a e x t r e m a " p u r e z a " e n q u e la o r t o d o x i a
t e o l ó g i c a j u d í a trataba d e m a n t e n e r el c o n c e p t o d e D i o s , o b j e t o d e u n culto sin i m á g e n e s , q u e
n e c e s a r i a m e n t e t e n d í a a c a e r e n u n cierto v a c i a m i e n t o .
40. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 72.
41. 1bid.
42. L a f a s c i n a c i ó n b e n j a m i n i a n a p o r lo q u e S c h o l e m d e n o m i n a "el e s p e c t r o d e los siste
m a s i n t e r m e d i o s " (ibid) se v i n c u l a c o n su t e n d e n c i a a la b ú s q u e d a d e u n a suerte d e "indiferen
cia c r e a d o r a " , t é r m i n o q u e extrajo del título d e la o b r a d e S a l o m o Friedlander, S c h ó p f e r i s c h e
1ndifferenz ( S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , pp. 5 9 y 1 10) y q u e utilizaría c o m o f ó r m u l a
p r o p i a e n n u m e r o s a s o c a s i o n e s (11,1 194, 111,51. 1 V , 3 5 2 y 1000).
43. S c h o l e m , o. c , p. 72. E n este p u n t o s i m p a t i z a b a B e n j a m i n c o n L u d w i g K l a g e s , otro
g e o r g e a n o , c u y a s teorías a c e r c a d e la p r i m i t i v a " p a n m i x i a " d e t o d a s las c o s a s c o i n c i d í a n c o n
s u s p r e o c u p a c i o n e s s o b r e el m u n d o p r i m i t i v o . Cfr. B l o c h , " R o m a n t i k d e s D i l u v i u m " , e n
E r b s c h a f t d i e s e r Zeit, pp. 3 3 4 ss., y e n particular p. 3 3 9 . S o b r e la influencia d e K l a g e s e n
B e n j a m i n , cfr. J. R o b e r t s , o. c , p p . 1 0 4 ss.
44. A d o r n o , N o t e n z u r Literatur, p. 5 7 6 . Cfr. t a m b i é n el c o m e n t a r i o d e W i t t e e n o. c ,
pp. 4 7 - 9 ss.
45. B e n j a m i n se h a b í a o c u p a d o u n a ñ o antes d e estos t e m a s e n M o l i e r e : D e r eingebil-
d e t e K r a n k e , 11, p p . 6 1 2 s.
46. S c h o l e m (o. c , p. 9 5 ) atribuye el d e s p e r t a r d e este interés b e n j a m i n i a n o a las c o n
v e r s a c i o n e s q u e p o r e n t o n c e s h a b í a m a n t e n i d o c o n B l o c h y H u g o Ball. E s t e último, p i o n e r o
del C a b a r e t Voltaire, fue q u i e n le p r e s e n t ó a B l o c h . A m b o s a d o p t a b a n p o s t u r a s radicales y m á s
activas e n el á m b i t o d e la i n t e r v e n c i ó n política, e n tanto q u e B e n j a m i n " c o n t e m p l ó c o n indife
r e n c i a " la R e p ú b l i c a d e los C o n s e j o s d e O b r e r o s y S o l d a d o s e n la p r i m a v e r a d e 1 9 1 9 , p o c o
d e s p u é s d e la f u n d a c i ó n d e la R e p ú b l i c a d e W e i m a r ( S c h o l e m , o. c , p. 90).
47. B e n j a m i n se r e m i t e a H e r m a n n C o h e n , del q u e cita su definición del destino c o m o
u n " c o n o c i m i e n t o inevitable", a q u e l " c u y o s o r d e n a m i e n t o s m i s m o s p a r e c e n o c a s i o n a r y p r o d u
cir esta infracción, este a p a r t a m i e n t o " : 11,199. S o b r e la c o n t r a p o s i c i ó n entre religión y m i t o e n
la R e l i g i o n d e r V e r n u n f t a u s d e n Q u e l l e n d e s J u d e n t u m s d e C o h e n , cfr. W i t t e , o. c . p p . 4 8 s.).
4 8 . Cfr. H . M a r c u s e , " R e v o l u t i o n u n d K r i t i k d e r G e w a l t " , e n P. B u l t h a u p (ed.),
M a t e r i a l e n z u B e n j a m i n s T h e s e n ' U h e r d e n B e g r i f f d e r G e s c h i c h t e ' , pp. 2 3 ss. M a r c u s e se
m u e s t r a c o m e d i d o y trata d e interpretar esta y otras c h o c a n t e s ideas d e B e n j a m i n e n c l a v e u t ó
pica. E n realidad, B e n j a m i n e s t a b a a p r o v e c h a n d o su hilo a r g u m e n t a l p a r a p o l e m i z a r c o n el
p a c i f i s m o del "activista" K u r t Hiller, c u y a tesis, s e g ú n la cual " a ú n m á s alto q u e la felicidad y
la justicia d e u n a existencia se halla la existencia c o m o tal", califica d e " i n n o b l e " (K. Hiller,
" A n t i - K a i n " , e n D a s Ziel. J a h r b ü c h e r f ü r geistige Politik, B d . 3, M ü n c h e n , 1 9 1 9 (11,201). L a
actitud d e B e n j a m i n c o n r e s p e c t o a Hiller p a s ó d e la c o l a b o r a c i ó n , distante, e n el a l m a n a q u e
D a s Ziel d e 1 9 1 6 , al d e c i d i d o r e c h a z o d e s u " u t o p í a erística", d e su " d o n q u i j o t e r í a " pacifista,
q u e B e n j a m i n trataba d e d e s a r m a r c o n a r g u m e n t o s d e T r o t s k y ; se trataba d e u n a r e c e n s i ó n d e

61
 la o b r a d e Hiller D e r S p r u n g ins Helle, r e c o p i l a c i ó n q u e incluía, entre otras cosas, " p a n f l e t o s
c o n t r a la guerra, el clero y el c a p i t a l i s m o " : D e r 1 r r t u m d e s A k t i v i s m u s , 111,350s.
49. A d o r n o , P r i s m a s , p. 2 5 8 .
50. 1bid.
5 1 . S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 101.
52. 1bid. S o b r e la p o s i c i ó n d e B e n j a m i n a c e r c a del libro d e B l o c h , cfr. S c h o l e m , o. c
p p . 9 7 s., y B , 2 3 4 s .
53. L a v e r d a d e r a s i t u a c i ó n e n q u e el F r a g m e n t o se halla c o n r e s p e c t o a la filosofía
materialista d e la historia d e f e n d i d a p o r el B e n j a m i n tardío, la e x p u e s t a e n las T e s i s y e n la
o b r a d e los P a s a j e s , d i o l u g a r a u n a p u n z a n t e p o l é m i c a e n t r e G e h r a r d K a i s e r y R o l f
T i e d e m a n n . E l p r i m e r o lo interpreta e n el c o n t e x t o d e las Tesis c o m o e x p r e s i ó n d e u n p r o c e d i
m i e n t o d e positiva t e o l o g i z a c i ó n del m a r x i s m o , del q u e resultaría u n a c o n c e p c i ó n t e o l ó g i c a e n
la q u e el " o r d e n p r o f a n o " y el " r e i n o d e D i o s " c o n f o r m a r í a n e n su o p o s i c i ó n u n a totalidad ( G .
K a i s e r , " W a l t e r B e n j a m i n s G e s c h i c h t s p h i l o s o p h i s c h e T h e s e n " , e n B e n j a m i n , A d o r n o . Z w e i
Studien, pp. 5 8 ss). E n c a m b i o , T i e d e m a n n c o n t e m p l a el F r a g m e n t o c o m o u n texto p r e - m a r -
xista i n d e p e n d i e n t e d e las Tesis, q u e interpreta e n la d i r e c c i ó n m á s secular d e u n " m e s i a n i s m o
político" a l i m e n t a d o d e u t o p í a (R. T i e d e m a n n , G e s c h i c h t e i m Stillstand, pp. 1 0 4 ss.). E l d e b a t e
se e n c u e n t r a r e u n i d o e n P . B u l t h a u p , o. c , pp. 4 3 ss.

6 2
 II

E L C A M I N O D E L A C R Í T I C A
 1, D O C T R I N A D E L L E N G U A J E

" M A G I A " Y R E V E L A C I O N

El p r i m e r territorio e n el q u e B e n j a m i n se a p r e s t ó a delimitar e s e " c a m p o d e total n e u

tralidad" entre sujeto y objeto, d o n d e h a b í a d e h a c e r s e p o s i b l e a q u e l l a " e x p e r i e n c i a 'auténtica",
n o p o d í a ser otro q u e el u n i v e r s o del lenguaje'. S u c o n c e p c i ó n al r e s p e c t o e s t u v o p r e s i d i d a e n
t o d o m o m e n t o p o r el atisbo q u e e n 1 9 2 4 c o n f i a s e a H o f m a n n s t h a l : " t o d a v e r d a d tiene su casa,
su m á s a p r o p i a d o p a l a c i o e n el l e n g u a j e " [ B , 3 2 9 ] . D e a l g u n a m a n e r a , B e n j a m i n r e p r e s e n t a u n
tercero e n d i s c o r d i a r e s p e c t o a la c o n t r a p u e s t a o r i e n t a c i ó n d e H e i d e g g e r y W i t t g e n s t e i n h a c i a
el l e n g u a j e c o m o l u g a r d e la v e r d a d ; p e r o su v e r s i ó n q u e d ó f u n d a m e n t a l m e n t e d e t e r m i n a d a p o r
u n a c a r g a d e o r d e n teológico, d e t e n d e n c i a mística, q u e c o n s e r v a r í a sin a p e n a s alteraciones
sustanciales i n c l u s o tras su a d h e s i ó n al c r e d o c o m u n i s t a ^ El l e n g u a j e se le p r e s e n t a b a c o m o el
e s p a c i o v e l a d o d e u n a R e v e l a c i ó n c u y o c o n t e n i d o se agotaría e n el d e s p l i e g u e histórico del
l e n g u a j e m i s m o . L a filosofía se inserta e n la d o c t r i n a e n tanto q u e se o c u p a d e la i n a c a b a b l e
interpretación d e las m a n i f e s t a c i o n e s del lenguaje. E n este c o n t e x t o , el p r o y e c t o b e n j a m i n i a n o
d e b í a f u n d a r s e e n u n a v i s i ó n d o n d e se h i c i e s e n d e t e r m i n a b l e s t a n t o los a s p e c t o s s a g r a d o s
c o m o los a s p e c t o s p r o f a n o s d e e s e u n i v e r s o lingüístico.
L a n e c e s i d a d d e e s a d e l i m i t a c i ó n es la q u e se e n c u e n t r a e n el o r i g e n d e u n a i n t e m p e s t i
v a carta q u e dirigió a M a r t i n B u b e r e n julio d e 1 9 1 6 . E n ella trataba d e p o n e r e n claro sus dis
c r e p a n c i a s a p r o p ó s i t o del discreto p r a g m a t i s m o d o m i n a n t e e n la publicística d e inspiración
b u b e r i a n a . E n p o c a s p á g i n a s , B e n j a m i n le e x p o n e su p r o f u n d o d e s a c u e r d o r e s p e c t o del trata
m i e n t o q u e se d a b a al l e n g u a j e e n su revista, D e r J u d e , e n la q u e h a b í a s i d o i n v i t a d o a c o l a b o
rar3. L o q u e le m u e v e es, c i e r t a m e n t e , el l o g r o d e " u n a escritura p o l í t i c a m e n t e eficaz", a u n q u e
e n t e n d i e n d o el c o n c e p t o d e política " e n su m á s a m p l i o sentido", es decir, e n u n s e n t i d o ético
[B,126]. N o obstante, B e n j a m i n se o p o n e a la e x t e n d i d a o p i n i ó n s e g ú n la c u a l el l e n g u a j e sería
sólo u n " m e d i o " p a r a u n a " m á s o m e n o s s u g e s t i v a d i s p o s i c i ó n d e los m o t i v o s " q u e h a b r í a n d e
inducir a u n a d e t e r m i n a d a a c c i ó n ética: a e s a relación c o r r e s p o n d e u n a c o n c e p c i ó n del l e n g u a
je y d e la escritura e n la q u e a m b o s s o n " e n v i l e c i d o s " , c o n v e r t i d o s e n i n s t r u m e n t o s p a r a otra
cosa, s o m e t i d o s a u n a " m í s e r a a c c i ó n c u y a f u e n t e n o reside e n ella m i s m a , sino e n c u a l e s q u i e
ra m o t i v o s decibles y e x p r e s a b l e s " [B,126].
B e n j a m i n f o r m u l a s u p o s i c i ó n c o m o sigue: " L a escritura e n g e n e r a l p u e d o e n t e n d e r l a
poética, profética u o b j e t i v a m e n t e , s e g ú n c o n v e n g a al efecto, p e r o e n t o d o c a s o sólo p u e d o
e n t e n d e r l a m á g i c a m e n t e , esto es, c o m o i n - m e d i a - t a " [ B , 1 2 6 ] . D e tal m a n e r a , la eficacia del
l e n g u a j e n o p r o c e d e r í a tanto a partir d e u n a " m e d i a c i ó n d e c o n t e n i d o s " , sino q u e d e s c a n s a r í a

6 7
 m á s b i e n " e n el misterio", e n lo indecible, q u e ú n i c a m e n t e se p r e s e n t a e n el l e n g u a j e a través
d e "la m á s p u r a a p e r t u r a d e su d i g n i d a d y d e s u e s e n c i a " [B,126s]. L a idea d e "escritura" res
p o n d e a la i n t e n c i ó n d e "llevar al l e n g u a j e " j u s t a m e n t e "lo q u e se sustrae a la palabra": " s ó l o
allí d o n d e esta esfera d e lo c a r e n t e d e p a l a b r a se d e s p l i e g a e n u n p u r o p o d e r indecible p u e d e
saltar la c h i s p a m á g i c a entre p a l a b r a y a c c i ó n i n d u c t o r a , d o n d e se h a c e real la u n i d a d d e
a m b a s " . P o r lo m i s m o , p r o s i g u e B e n j a m i n , " s ó l o la intensa o r i e n t a c i ó n d e las p a l a b r a s h a c i a el
n ú c l e o del m á s í n t i m o e n m u d e c i m i e n t o a l c a n z a a o b t e n e r a u t é n t i c o e f e c t o " [ B , 1 2 7 ] .
E r a difícil q u e B u b e r a c e p t a s e e s a s p r o p u e s t a s d e v i r t u o s i s m o m á g i c o e n m a t e r i a d e
publicística4. 1dentificar la a u t é n t i c a eficacia m o r a l d e la p a l a b r a c o n s u r e p l i e g u e h a s t a el
" e n m u d e c i m i e n t o " , tal era, sin e m b a r g o , la f o r m a e n q u e B e n j a m i n se atenía a s u principio d e
"neutralidad", s e g ú n el c u a l h a b r á q u e r e c h a z a r la r e d u c c i ó n del l e n g u a j e a i n s t r u m e n t o al ser
vicio d e los fines e s p ú r e o s del sujeto. L o s ú n i c o s fines q u e B e n j a m i n r e c o n o c e s o n los q u e
c o n c i e r n e n a la R e v e l a c i ó n del a b s o l u t o , c u y o c o n t e n i d o n o es e n n i n g ú n c a s o p l e n a m e n t e
d e t e r m i n a b l e m e d i a n t e c o n c e p t o s y n o se c o m p r e n d e , p o r tanto, s i n o c o m o lo i n e x p r e s a b l e q u e
sólo se h a c e m a n i f i e s t o e n f o r m a d e "misterio". F r e n t e a la " m a g i a " positiva c o m o e x p e d i e n t e
d e o r d e n instrumental, q u e limita el p o d e r del l e n g u a j e a su eficacia externa, d e o r d e n e m p í r i
co. B e n j a m i n se r e c l a m a d e u n a " m a g i a " q u e s u p o n e i n m a n e n t e al l e n g u a j e m i s m o a título d e
realidad " \ n - m e d i a - l a " d e la R e v e l a c i ó n 5 .

T E O R Í A D K L " N O M B R E '

B e n j a m i n desarrolló estas ideas e n su crucial e n s a y o S o b r e el l e n g u a j e e n g e n e r a l y

s o b r e el l e n g u a j e d e los h o m b r e s , r e d a c t a d o a q u e l m i s m o a ñ o d e 1 9 1 6 y c o n c e b i d o , s e g ú n
d e c l a r a b a , " e n r e l a c i ó n i n m a n e n t e c o n el j u d a í s m o y e n r e f e r e n c i a al p r i m e r c a p í t u l o del
G é n e s i s " [ B , 1 2 8 ] \ E l l o n o s p e r m i t e atisbar la c o n s i d e r a b l e a m p l i t u d del e s p e c t r o q u e a s p i r a b a
a cubrir. E l carácter m i s m o del escrito, c o n c e b i d o p o r B e n j a m i n c o m o u n a instancia e n la q u e
objetivar y p o n e r e n claro sus p r o p i a s ideas e n desarrollo, c o n t r i b u y e i g u a l m e n t e a h a c e r l o casi
ininteligible e n a l g u n o s d e sus pasajes. D e h e c h o , el e n s a y o se a b r e c o n u n a d e s i n h i b i d a g e n e
ralización del á m b i t o d e lo lingüístico: " L a c o m u n i c a c i ó n m e d i a n t e la p a l a b r a c o n s t i t u y e s ó l o
u n c a s o particular", p e r o "la realidad del l e n g u a j e se e x t i e n d e n o s ó l o a t o d o s los c a m p o s d e
e x p r e s i ó n espiritual del h o m b r e -a q u i e n e n u n s e n t i d o u otro le es i n h e r e n t e s i e m p r e el l e n g u a
je-, s i n o a t o d o sin e x c e p c i ó n . N o h a y a c o n t e c i m i e n t o o c o s a e n la n a t u r a l e z a a n i m a d a o inani
m a d a q u e n o participe d e a l g u n a f o r m a del lenguaje, p u e s es esencial a t o d a c o s a c o m u n i c a r s u
p r o p i o c o n t e n i d o espiritual. Y la p a l a b r a " l e n g u a j e " e n esta a c e p c i ó n n o es e n m o d o a l g u n o
u n a m e t á f o r a " , tal c o m o se d e s p r e n d e r í a del h e c h o d e q u e " n o p o d e m o s r e p r e s e n t a r n o s e n n i n
g u n a c o s a u n a c o m p l e t a a u s e n c i a d e l e n g u a j e " [11,140s]7. E n estas frases v e m o s d o s tesis entre
m e z c l a d a s : la idea d e q u e el á m b i t o del l e n g u a j e d e t e r m i n a los límites e x t e r n o s e internos del
m u n d o , e n tanto q u e n a d a es c o n c e b i b l e f u e r a d e su estructura, y la idea, d e m a y o r alcance,
s e g ú n la c u a l " t o d o sin e x c e p c i ó n " tiene s u p r o p i a " l e n g u a " o " s e r lingüístico" distinto del
i m p l i c a d o p o r su p e r t e n e n c i a a la p a l a b r a h u m a n a . B e n j a m i n se m a n t i e n e c o n s c i e n t e m e n t e e n
e s a a m b i g ü e d a d . S e trata d e v i n c u l a r el l e n g u a j e h u m a n o a u n " l e n g u a j e " p r e v i o d e las cosas, a
u n a cierta " c o m u n i c a b i l i d a d " q u e es a la v e z c o n d i c i ó n d e su posibilidad d e ser c o n o c i d a s .

6 8
 E n efecto, u n a " l e n g u a " e n e s e a m p l i o sentido es la " e x p r e s i ó n i n m e d i a t a d e lo q u e e n
ella se c o m u n i c a " , q u e B e n j a m i n d e f i n e c o m o u n a " e s e n c i a espiritual" [11,141]. El p r o b l e m a ,
p o r tanto, será d e t e r m i n a r e n q u é relación se e n c u e n t r a n el "ser espiritual" y el "ser lingüísti
c o " d e las cosas. L a relación n o se c o r r e s p o n d e c o n la existente entre p e n s a m i e n t o y lenguaje.
A este respecto, " e s f u n d a m e n t a l s a b e r q u e esta e s e n c i a espiritual se c o m u n i c a e n la l e n g u a y
n o a t r a v é s d e la l e n g u a . N o h a y , p o r tanto, u n sujeto h a b l a n t e d e las l e n g u a s , si c o n ello se
e n t i e n d e a q u i e n se c o m u n i c a a través d e tales l e n g u a s " [11,142]. A s í pues, lo q u e la " l e n g u a "
c o m u n i c a n o p u e d e ser r e p r e s e n t a d o c o m o a l g o exterior a ella m i s m a , frente a lo cual se c o m
p o r t a s e d ó c i l m e n t e c o m o u n i n s t r u m e n t o neutral. P o r otro lado, "el ser espiritual se identifica
c o n el lingüístico s ó l o e n c u a n t o es c o m u n i c a b l e . L o q u e e n u n ser espiritual es c o m u n i c a b l e es
su ser lingüístico", o bien: "la l e n g u a d e u n ser espiritual es i n m e d i a t a m e n t e a q u e l l o q u e e n él
es c o m u n i c a b l e " [11,142]. C a b e p e n s a r e n t o n c e s q u e n o t o d o es " c o m u n i c a b l e " e n s e m e j a n t e
" s e r espiritual" q u e se n o s ofrece, d e tal m o d o , n o s ó l o c o m o el c o n t e n i d o q u e se h a c e p r e s e n t e
e n el "ser lingüístico" d e las cosas, sino t a m b i é n c o m o e s e resto d e o p a c i d a d q u e y a c e e n lo
q u e tienen d e " c o m u n i c a b l e " . P o r e s o B e n j a m i n p u e d e f i n a l m e n t e a f i r m a r q u e " c a d a l e n g u a se
c o m u n i c a e n sí m i s m a " , q u e " c a d a l e n g u a e s (...) el m e d i u m d e la c o m u n i c a c i ó n . L o m e d i a n t e ,
es decir, lo i n m e d i a t o d e c a d a c o m u n i c a c i ó n espiritual, es el p r o b l e m a f u n d a m e n t a l d e la teoría
lingüística, y si s e q u i e r e l l a m a r m á g i c a a e s t a i n m e d i a t e z , el p r o b l e m a o r i g i n a r i o d e la l e n g u a
e s s u m a g i a " [11,142s]. E n efecto, p r o s i g u e , " j u s t a m e n t e d e b i d o a q u e n a d a se c o m u n i c a a tra
v é s d e la l e n g u a , lo q u e se c o m u n i c a e n la l e n g u a n o p u e d e ser d e l i m i t a d o o m e d i d o d e s d e el
exterior, y p o r ello es característica d e c a d a l e n g u a u n a i n c o n m e n s u r a b l e y específica infini
d a d " [11,143]. L a " m a g i a " del lenguaje, q u e y a v i m o s e v o c a d a e n la carta a B u b e r a p r o p ó s i t o
d e la escritura, se p r e s e n t a a h o r a g e n e r a l i z a d a c o m o e s e c o m p o n e n t e d e infinitud q u e efectiva
m e n t e se ocultaría e n la i n m e d i a t e z inanalizable q u e B e n j a m i n p a r e c e d e s c u b r i r e n la " c o m u n i
c a b i l i d a d " d e " t o d o sin e x c e p c i ó n " 8 .
P e r o e s a m á g i c a " i n f i n i d a d " sólo a d q u i e r e s e n t i d o c u a n d o es c o n t e m p l a d a a la luz del
l e n g u a j e h u m a n o , c u y a p o t e n c i a le c o n v e r t i r á e n el m e d i u m a b s o l u t o d e " c o m u n i c a c i ó n " d e las
cosas. E n efecto, la " e s e n c i a lingüística" del ser h u m a n o , su l e n g u a j e " h a b l a e n palabras": "el
h o m b r e c o m u n i c a p o r tanto su p r o p i a e s e n c i a espiritual (en la m e d i d a e n q u e es c o m u n i c a b l e )
n o m b r a n d o t o d a s las otras c o s a s " [11,143]. L l e g a m o s c o n ello a u n p u n t o central e n el p e n s a
m i e n t o d e B e n j a m i n : su teoría del " n o m b r e " . El n o m b r e q u e d a d e f i n i d o c o m o "el l e n g u a j e del
l e n g u a j e " , y r e p r e s e n t a "la e s e n c i a m á s í n t i m a del l e n g u a j e m i s m o " , y a q u e "el n o m b r e es
a q u e l l o a través d e lo cual n o se c o m u n i c a y a n a d a y e n lo cual la l e n g u a m i s m a se c o m u n i c a
a b s o l u t a m e n t e " [11,144]. El l e n g u a j e d e n o m i n a t i v o , es decir, la ú n i c a " l e n g u a perfecta e n uni
v e r s a l i d a d e i n t e n s i d a d " , c u m p l e así la f u n c i ó n d e d a r e x p r e s i ó n a las restantes " l e n g u a s "
i m p e r f e c t a s [11, 1 4 5 ] . E s t e p r i v i l e g i o d e la l e n g u a d e l o s h o m b r e s t i e n e u n f u n d a m e n t o t e o l ó g i
co. E l h u m a n o p o d e r d e n o m b r a r las c o s a s es el reflejo d e la o m n i p o t e n c i a c r e a d o r a del V e r b o
divino. L a c r e a c i ó n " s e c o m p l e t a c u a n d o las c o s a s r e c i b e n su n o m b r e del h o m b r e " [11.144]".
P u e s el h o m b r e , c o m o q u e d ó c o n s i g n a d o e n el G é n e s i s , n o f u e c r e a d o c o m o el resto d e los
seres. S e g ú n la historia bíblica d e la creación, D i o s n o c r e ó al h o m b r e m e d i a n t e la palabra,
s i n o q u e le o t o r g ó , e n c a m b i o , el d o n d e n o m b r a r las d e m á s c o s a s , h a c i é n d o l o d e tal m o d o a s u
i m a g e n y s e m e j a n z a [11,147]. A h o r a bien, "la relación a b s o l u t a del n o m b r e c o n el c o n o c i m i e n
to subsiste sólo e n D i o s , sólo e n É l el n o m b r e , p o r ser í n t i m a m e n t e idéntico al v e r b o creador,
es el p u r o m e d i o del c o n o c i m i e n t o " [11,148]. Q u e d a así d e t e r m i n a d a tanto la distancia c o m o la
c o m u n i d a d del h o m b r e r e s p e c t o a D i o s : p u e s " D i o s r e p o s ó c u a n d o h u b o c o n f i a d o a sí m i s m a ,
e n el h o m b r e , su f u e r z a creadora. E s t a fuerza, p r i v a d a d e su a c t u a l i d a d divina, se h a c o n v e r t i d o

6 9
e n c o n o c i m i ento. El h o m b r e es el c o n o c e d o r d e la m i s m a l e n g u a c o n la cual D i o s es c r e a d o r "
[1 1,149] . S ó l o d e este m o d o se justifica s u carácter m e d i a d o r c o m o c o l a b o r a d o r d e D i o s y
d e t e n t a d o r d e lo " c o m u n i c a b l e " d e las c o s a s [11, 1 4 5 s ] , c o n las c u a l e s el h o m b r e a l c a n z a a e s t a
bl ecer, a s e g u r a B e n j a m i n , u n a " c o m u n i d a d m á g i c a " , s i m b ó l i c a , inmaterial [11,147].
El privilegio del l e n g u a j e d e n o m i n a t i v o se haría m a n i f i e s t o d e m a n e r a p a r a d i g m á t i c a e n
el c a r á c t e r " c r e a d o r " del a c t o d e a s i g n a c i ó n d e los n o m b r e s h u m a n o s : los n o m b r e s propios.
B e n j a m i v i se r e m i t e d e n u e v o al G é n e s i s e v o c a n d o al p a d r e A d á n e n el trance d e d a r n o m b r e a
E v a y a s u s hijos: " c o n la a s i g n a c i ó n del n o m b r e , los p r o g e n i t o r e s c o n s a g r a n s u s hijos a D i o s ;
al n o m b r e q u e d a n n o le c o r r e s p o n d e - e n s e n t i d o m e t a f í s i c o y n o e t i m o l ó g i c o - n i n g ú n c o n o c i -
mien'io, c o m o lo p r u e b a el h e c h o d e q u e n o m b r a n a sus hijos e n s e g u i d a al n a c e r " [11,150]. El
n o m b r e p r o p i o es " V e r b o d e D i o s e n s o n i d o s h u m a n o s " , " c o m u n i d a d del h o m b r e c o n la p a l a
b r a c r e a d o r a d e D i o s " ; el n o m b r e p r o p i o es " c r e a d o r " e n c u a n t o q u e m e r a m e n t e i m p r i m e e n
qu'.en lo recibe el sello d e su o r i g e n divino, s u c o n d i c i ó n d e criatura: " m e d i a n t e el n o m b r e se
g a r a n t i z a a c a d a h o m b r e su c r e a c i ó n p o r o b r a d e D i o s " [11,150]. P e r o ello n o significa q u e
B e n j a m i n a c e p t e sin reservas u n a teoría m í s t i c a del lenguaje. El f u n d a m e n t o arbitrarista q u e
s u b y a c e a "la c o n c e p c i ó n b u r g u e s a d e la l e n g u a " , s e g ú n la cual el l e n g u a j e n o sería s i n o u n
i n s t r u m e n t o d e c o m u n i c a c i ó n i n t e g r a d o p o r m e r o s s i g n o s c o n v e n c i o n a l e s , sin m a y o r a n a l o g í a
c o n r e s p e c t o a la realidad q u e a b a r c a n , n o p u e d e ser r e f u t a d o p o r m e d i o d e u n a s i m p l e identifi
c a c i ó n entre la p a l a b r a y "la e s e n c i a d e la c o s a " . E l l o sería " i n e x a c t o , p o r q u e la c o s a e n sí n o
tiene palabra: la c o s a es c r e a d a p o r el v e r b o d e D i o s y c o n o c i d a e n s u n o m b r e s e g ú n la p a l a b r a
h u m a n a " [11,150]. P e r o este c o n o c i m i e n t o n o p r o c e d e d e u n a " c r e a c i ó n e s p o n t á n e a " , d e u n a
l e n g u a i n c o n d i c i o n a d a e infinita, " s i n o q u e el n o m b r e q u e el h o m b r e d a a la c o s a d e p e n d e d e la
f o r m a e n q u e la c o s a se c o m u n i c a c o n él. E n el n o m b r e la p a l a b r a d e D i o s n o h a s e g u i d o s i e n
d o c r e a d o r a ; s e h a c o n v e r t i d o e n p a r t e r e c e p t i v a (...). E s t a r e c e p t i v i d a d s e d i r i g e a la l e n g u a d e
las c o s a s m i s m a s , d e s d e d o n d e a su v e z se irradia, sin s o n i d o y e n la m u d a m a g i a d e la n a t u r a
leza, la p a l a b r a d i v i n a " [11.150).
L a teoría del n o m b r e c o m o s u p r e m a figura del l e n g u a j e se c o r r e s p o n d e c o n u n a teoría
d e la t r a d u c c i ó n c o m o f o r m a u n i v e r s a l d e c o m u n i c a c i ó n y c o m o l u g a r d o n d e c o n v e r g e n
" r e c e p t i v i d a d y e s p o n t a n e i d a d " . E n realidad, el acto d e a s i g n a c i ó n d e u n n o m b r e n o sería s i n o
"la t r a d u c c i ó n d e la l e n g u a d e las c o s a s a la d e los h o m b r e s " [11,150], E n efecto, " t o d a l e n g u a
s u p e r i o r ( c o n e x c e p c i ó n d e la p a l a b r a d e D i o s ) p u e d e ser c o n s i d e r a d a c o m o u n a t r a d u c c i ó n d e
t o d a s las otras" [11.151]. Estas ideas s o n e x p l í c i t a m e n t e a s o c i a d a s a u n a c o n c e p c i ó n e n la q u e
se h a c e d e n u e v o patente la característica estrategia b e n j a m i n i a n a d e r e d u c c i ó n d e los e x t r e m o s
a diferencias cuantitativas: y a q u e , d e s d e el p u n t o d e vista d e a q u e l l a " c o m u n i d a d m á g i c a " del
h o m b r e c o n las cosas, "las diferencias d e las l e n g u a s s o n diferencias d e m e d i o s q u e se distin
g u e n , p o r así decir, p o r su espesor, es decir, d e m o d o g r a d u a l " , ello c o n d u c e a B e n j a m i n a p o s
tular " u n a g r a d a c i ó n d e t o d a la realidad espiritual e n g r a d o s s u c e s i v o s " [11,146], tantos c o m o
l e n g u a s integrasen el m u n d o . Y así, " m e d i a n t e d i c h a relación d e las l e n g u a s c o m o c e n t r o s d e
e s p e s o r d i v e r s o se p r o d u c e t a m b i é n la traducibilidad r e c í p r o c a d e las l e n g u a s " ; p u e s "la tra
d u c c i ó n es la t r a n s p o s i c i ó n d e u n a l e n g u a a otra m e d i a n t e u n a c o n t i n u i d a d d e t r a n s f o r m a c i o
n e s " y "rige e s p a c i o s c o n t i n u o s d e t r a n s f o r m a c i ó n y n o abstractas r e g i o n e s d e i g u a l d a d y
s e m e j a n z a " [11,151]. E n virtud d e la a s i g n a c i ó n d e u n n o m b r e , p o r lo tanto, el h o m b r e " t r a d u
c e " la l e n g u a d e la c o s a a su p r o p i a l e n g u a s u p e r i o r y la e x p r e s a e n u n a f o r m a " m á s perfecta".
" P e r o la o b j e t i v i d a d d e esta t r a d u c c i ó n tiene su garantía e n D i o s " , advierte B e n j a m i n ; " p u e s t o
q u e D i o s h a c r e a d o las cosas, el v e r b o c r e a d o r e n ellas es el g e r m e n del n o m b r e q u e las c o n o
ce", a saber, la p a l a b r a h u m a n a ; e n efecto, la tarea q u e D i o s e n c o m i e n d a al h o m b r e , la d e n o m

7 0
 bra r las c o s a s , " s e r í a i n s o l u o l e si la l e n g u a d e n o m b r e s d e l h o m b r e y a q u e l l a sin n o m b r e s d e
las c o s a s n o e s t u v i e s e n e m p a r e n t a d a s e n D i o s , e m i t i d a s p o r el m i s m o v e r b o creador, q u e se h a
c o n v e r t i d o , e n las cosas, e n c o m u n i c a c i ó n d e la m a t e r i a e n m á g i c a afinidad, y, e n el h o m b r e ,
e n l e n g u a del c o n o c e r y del n o m b r e e n espíritu b i e n a v e n t u r a d o " [11,151].
A la vista d e lo q u e h e m o s v e n i d o e x p o n i e n d o , el e n t e r o u n i v e r s o se le a p a r e c e c o m o
u n a infinita m u l t i p l i c i d a d d e " l e n g u a s " o niveles d e " e x p r e s i ó n " , c o m o u n a " p r o c e s i ó n " al esti
l o d e las e n é a d a s n e o p l a t ó n i c a s , e n t o d o s c u y o s g r a d o s se haría manifiesta, d e u n m o d o m á s o
m e n o s r e m o t o , la p r e s e n c i a del o r i g e n d i v i n o sellado p o r su " n o m b r e " . L a totalidad d e la c r e a
c i ó n sería el e s c e n a r i o d e las distintas " e s p e s u r a s " e n las q u e se r e v e l a s e e n s u p l e n i t u d la
P a l a b r a d e D i o s (es decir, el V e r b o e n tanto q u e a c c i ó n creadora). L a R e v e l a c i ó n es precisa
m e n t e lo q u e se c u m p l e e n el p r o c e s o d e n o m i n a c i ó n originaria p a r a la q u e n a d a sería " i n e x
p resable", d o n d e n o h a b r í a a ú n diferencia entre el "ser lingüístico" y el "ser espiritual" d e las
c o s a s [ 1 1 , 1 4 6 ] l0.
P e r o tal e s t a d o d e b i e n a v e n t u r a n z a s ó l o p o d r í a ser c o n c e b i d o a p r o p ó s i t o d e la " l e n g u a
paradisíaca", la l e n g u a " c o n o c e d o r a " , e n tanto q u e el a c t o d e n o m i n a d o r d e las c o s a s t o d a v í a se
f u n d a b a e n u n a i n m e d i a t a " r e c e p t i v i d a d " y u n a p u r a " e s p o n t a n e i d a d " d e la " t r a d u c c i ó n " d e las
" l e n g u a s " d e las c o s a s a la h u m a n a , c o m ú n a la d e D i o s . P e r o esta t e m p r a n a p u r e z a e c h ó s e a
perder, c o m o es notorio, c o n el p e c a d o original. E s t e n o consistiría, p o r cierto, e n el p r i m e r
a c c e s o al c o n o c i m i e n t o c o m o tal, s i n o al c o n o c i m i e n t o d e l b i e n y d e l m a l . E n efecto, e n el
G é n e s i s se i n d i c a c o n claridad q u e la creación, o b r a d e D i o s , h a b í a sido e x p l í c i t a m e n t e r e c o n o
c i d a c o m o " b u e n a " p o r s u p r o p i o creador. P e r o "el c o n o c i m i e n t o q u e d a la serpiente c o n s u
s e d u c c i ó n , el s a b e r d e lo q u e es b i e n y m a l , c a r e c e d e n o m b r e " [11,152], S e trata d e " u n c o n o c i
m i e n t o extrínseco", u n a " i m i t a c i ó n i m p r o d u c t i v a del v e r b o c r e a d o r " , c u y a c o n s e c u e n c i a i n m e
diata n o p u e d e ser otra q u e la p e r v e r s i ó n del lenguaje: "el n o m b r e sale d e sí m i s m o e n este
c o n o c i m i e n t o : el p e c a d o original es el a c t o d e n a c i m i e n t o d e la p a l a b r a h u m a n a , e n la cual el
h o m b r e n o v i v e y a intacto; es la p a l a b r a q u e h a salido fuera d e la l e n g u a n o m i n a l , c o n o c e d o r a
y, casi se p o d r í a decir, q u e h a salido d e la p r o p i a m a g i a i n m a n e n t e p a r a convertirse e n e x p r e s a
m e n t e m á g i c a . L a p a l a b r a d e b e c o m u n i c a r a l g o (fuera d e sí m i s m a ) . T a l es el v e r d a d e r o p e c a
d o original del espíritu lingüístico" [11,153]. E n efecto, " e n c u a n t o el h o m b r e sale d e la p u r a
l e n g u a d e l n o m b r e , h a c e d e la l e n g u a u n m e d i o (...) y p o r l o t a n t o t a m b i é n -al m e n o s e n p a r t e -
u n a s i m p l e señal, lo c u a l tiene l u e g o c o m o c o n s e c u e n c i a la p l u r a l i d a d d e las l e n g u a s " . D e tal
m o d o , " d e l p e c a d o original -y c o m o repristinación d e la i n m e d i a t e z e n él v i o l a d a del n o m b r e -
s u r g e u n a n u e v a m a g i a , la del juicio, q u e y a n o r e p o s a b i e n a v e n t u r a d a m e n t e e n sí m i s m a " : se
trata d e u n a " m a g i a " diferente e n la q u e c o n f l u y e n el "juicio" e n s e n t i d o g n o s e o l ó g i c o y el
"juicio" e n s e n t i d o m o r a l , entre los c u a l e s a d v i e r t e B e n j a m í n " u n a f u n d a m e n t a l i d e n t i d a d "
[11,153]. P o r e l l o p u e d e B e n j a m i n a r r i e s g a r u n a ú l t i m a h i p ó t e s i s a c e r c a d e l s e n t i d o d e l p e c a d o
original, s e g ú n la cual, escribe, éste sería t a m b i é n el o r i g e n d e la " a b s t r a c c i ó n " , es decir, d e la
r u p t u r a d e la c o n c r e t a i n m e d i a t e z d e la relación del h o m b r e c o n las c o s a s b a j o el s i g n o d e len
g u a j e d e n o m i n a t i v o . P u e s n o es sino e n el juicio, e n "la p a l a b r a j u z g a d o r a " , d o n d e " t i e n e n s u s
raíces los e l e m e n t o s abstractos del l e n g u a j e " [11,154].
E n s u m a , "el h o m b r e a b a n d o n ó , e n la caída, la i n m e d i a t e z e n la c o m u n i c a c i ó n d e lo
c o n c r e t o , del n o m b r e , y c a y ó e n el a b i s m o d e la m e d i a t i z a c i ó n d e t o d a c o m u n i c a c i ó n , d e la
p a l a b r a c o m o m e d i o , d e la p a l a b r a v a n a : e n el a b i s m o d e la c h a r l a " [11,154]. S u r g e n así "las
c i e n l e n g u a s " d e B a b e l y el c o n s i g u i e n t e " e n m u d e c i m i e n t o " d e la naturaleza". C o n la r u p t u r a
d e la i n m e d i a t e z originaria, las c o s a s q u e d a n cubiertas p o r la " s u p e r d e n o m i n a c i ó n " a q u e se
v e n s o m e t i d a s . L a "corriente i n i n t e r r u m p i d a " d e c o m u n i c a c i ó n q u e , a f i r m a B e n j a m i n , "atra

7 1
 viesa t o d a la naturaleza, d e s d e el í n f i m o existente hasta el h o m b r e y d e s d e el h o m b r e h a s t a
D i o s " , h a q u e d a d o e s t a n c a d a c o m o c o n s e c u e n c i a del p e c a d o original. Restarían, p o r ta nto, los
vestigios, los f r a g m e n t o s d e i n m e d i a t e z q u e c a d a l e n g u a h u m a n a h a y a c o n s e r v a d o e n sí
m i s m a . B e n j a m i n c o n c l u y e s u escrito c o n estas palabras: "la l e n g u a d e la n a t u r a l e z a p u e d e ser
c o m p a r a d a c o n u n a c o n s i g n a secreta q u e c a d a p u e s t o t r a n s m i t e al otro e n su p r o p i a l e n g u a ,
a u n q u e el c o n t e n i d o d e la c o n s i g n a es la l e n g u a del p u e s t o m i s m o " [11,157]. C o n la p e r v e r s i ó n
originaria del l e n g u a j e n o m i n a l e n su c o n v e r s i ó n e n m e d i o p a r a el juicio abstracto y c o n la
m u l t i p l i c a c i ó n d e los l e n g u a j e s h u m a n o s , la R e v e l a c i ó n q u e d a o s c u r e c i d a . El a u t é n t i c o " n o m
b r e " d e las cosas, la p u r a " e x p e r i e n c i a " del lenguaje, h a b r á d e ser b u s c a d a a través d e u n largo
r o d e o .

L A T A R E A D E L T R A D U C T O R

N o es difícil percibir e n e s e m a r c o la i m p o r t a n c i a q u e n e c e s a r i a m e n t e h a b í a d e o t o r g a r
B e n j a m i n a s u s reflexiones s o b r e el s e n t i d o q u e le c o r r e s p o n d e a e s a f o r m a particular d e escri
tura q u e constituiría la traducción. E s t a s reflexiones se h a l l a n c o n t e n i d a s e n u n esotérico p r ó l o
g o , D i e A u f g a b e d e s Ü b e r s e t z e r s , d e l q u e h i z o p r e c e d e r s u s v e r s i o n e s d e p o e m a s d e
B a u d e l a i r e , e n las q u e se h a b í a v e n i d o o c u p a n d o d e s d e los p r i m e r o s m e s e s d e la guerra, c u a n
d o h a c i a 1 9 2 1 inició las g e s t i o n e s q u e d o s a ñ o s m á s tarde c u l m i n a r í a n c o n su p u b l i c a c i ó n
[1V,883]'2. E s e p r ó l o g o , e n efecto, p o n í a e n j u e g o y d e s a r r o l l a b a c o n s u m a c o n v i c c i ó n a l g u n a s
d e las m á s a r r i e s g a d a s ideas d e entre las q u e a c a b a m o s d e e x p o n e r , o f r e c i e n d o u n a p r i m e r a
i n d i c a c i ó n d e la m a n e r a e n q u e t o d a v í a sería p o s i b l e h a c e r u n a v e r d a d e r a " e x p e r i e n c i a " del
lenguaje, esto es, b a j o las c o n d i c i o n e s d e r i v a d a s d e la s u p u e s t a p e r v e r s i ó n d e la p a l a b r a h u m a
na. Así, la "tarea del traductor" v e n d r í a j u s t a m e n t e a consistir e n h a c e r frente a la m a l d i c i ó n
r e p r e s e n t a d a p o r la m u l t i p l i c a c i ó n b a b é l i c a d e las l e n g u a s , y a l c a n z a r a d a r e x p r e s i ó n a lo q u e
d e n o m i n a el " p u r o l e n g u a j e " , u n o p a r a t o d o s los h o m b r e s , q u e y a c e r í a o c u l t o b a j o la c o n f u s a
disparidad.
L a traducción, sostiene B e n j a m i n , es u n a " f o r m a " r e g i d a p o r u n a " l e y " y a c e n t e e n la
" t r a d u c i b i l i d a d " q u e p o r e s e n c i a h a d e p e r t e n e c e r a ciertas o b r a s [1V,9s], a saber, a t o d a s a q u e
llas q u e h a n s i d o literalmente c o n s a g r a d a s p o r la historia. D e h e c h o , la c o n e x i ó n existente
entre el original y la t r a d u c c i ó n " p o d r í a ser calificada c o m o natural" e n c u a n t o d e lo q u e se
trata es d e la " s u p e r v i v e n c i a " d e la o b r a e n cuestión, es decir, d e su " p e r v i v e n c i a " e n la historia
c o m o "criatura", sin e m b a r g o , p e r e c e d e r a [1V,10s]. El c o m e t i d o d e las v e r d a d e r a s t r a d u c c i o n e s
será n o tanto p o n e r s e al servicio d e e s a gloria a la q u e d e b e n s u existencia, c o m o p r o c u r a r el
á m b i t o e n el q u e "la v i d a del original a l c a n z a s u s i e m p r e r e n o v a d o , s u p o s t r e r o y m á s a m p l i o
d e s p l i e g u e " [1V, 11]". L a b u e n a traducción, p o r tanto, n o h a d e afrontar el original c o m o u n
o b j e t o d e t e n i d o e n la gloria eterna, sino q u e a s u m e su carácter histórico, es decir, su n a t u r a l e z a
e n desarrollo.
T a l e s s u p u e s t o s c o n d u c e n a d e s e s t i m a r la i d e a d e q u e la relación entre la o b r a original y
la t r a d u c c i ó n p u d i e r a ser c o n c e b i d a m e d i a n t e el e s q u e m a simplista del m o d e l o y la copia. Y a
q u e la p e r v i v e n c i a d e la o b r a s ó l o m e r e c e tal n o m b r e e n la m e d i d a e n q u e i m p l i q u e t a m b i é n s u
t r a n s f o r m a c i ó n , c o m o s u c e d e c o n t o d o ser v i v o [1V, 12]. L a traducción, p o r tanto, n o d e b e ser

7 2
 u n a r e p r o d u c c i ó n del original p o r otros m e d i o s , sino u n a f o r m a a u t ó n o m a e n la q u e s e a n p u e s
tas d e relieve las " t e n d e n c i a s i n m a n e n t e s " m e r c e d a las c u a l e s se r e n u e v a u n a o b r a e n la histo
ria; m á s a ú n , a ñ a d e B e n j a m i n , "igual q u e el s o n i d o y el significado d e las g r a n d e s p o e s í a s se
t r a n s f o r m a p l e n a m e n t e c o n los siglos, así t a m b i é n se m o d i f i c a la l e n g u a m a t e r n a del traductor"
[1V, 13], d e m o d o q u e p u e d e a f i r m a r s e q u e u n a b u e n a t r a d u c c i ó n h a c e " c r e c e r " la p r o p i a len
g u a y " a m p l í a s u s límites" a la v e z q u e los del l e n g u a j e d e la o b r a original [1V, 19]. P o r eso, la
" a d e c u a c i ó n " r e s p e c t o del original n o se m a n i f e s t a r í a e n u n a "superficial e indefinible s e m e
j a n z a " entre a m b o s , s i n o q u e se h a b r í a d e m e d i r p o r "la e x p r e s i ó n d e la m á s í n t i m a relación
e n t r e los r e s p e c t i v o s l e n g u a j e s " [1V, 12]. E s a " o c u l t a r e l a c i ó n " p u e d e ser r e p r e s e n t a d a d e
m a n e r a " g e r m i n a l o intensiva", s e g ú n p o s t u l a B e n j a m i n , e n virtud d e " u n a peculiar c o n v e r g e n
cia", c u y o s e n t i d o se f u n d a e n la tesis d e q u e "los l e n g u a j e s n o s o n e x t r a ñ o s los u n o s a los
otros, s i n o q u e a priori, y al m a r g e n d e t o d a s s u s relaciones históricas, se hallan e m p a r e n t a d o s
entre sí p o r a q u e l l o q u e q u i e r e n decir" [1V, 12]. C o n ello n o a l u d e B e n j a m i n a lo q u e p u d i é r a
m o s l l a m a r su significado referencial. P u e s t o q u e e s a c o m u n i d a d í n t i m a entre los distintos len
g u a j e s p r o c e d e , c o m o y a i n d i c á b a m o s , d e lo q u e d e n o m i n a " p u r o lenguaje": " t o d a a f i n i d a d
suprahistórica entre los l e n g u a j e s d e s c a n s a m á s b i e n e n q u e e n t o d o s ellos e n c o n j u n t o s i e m p r e
se significa u n a y la m i s m a cosa, la cual, sin e m b a r g o , n o es a l c a n z a b l e p o r n i n g u n o e n s u sin
gularidad, s i n o s ó l o p o r la totalidad d e s u s i n t e n c i o n e s r e c í p r o c a m e n t e c o m p l e m e n t a r i a s : el
p u r o l e n g u a j e " [1V, 13] q u e se ocultaría e n c a d a d i s c u r s o particular y d e c u y a p r e s e n c i a d e b e
t o d a t r a d u c c i ó n ofrecer u n testimonio: p u e s e n efecto, p r o s i g u e B e n j a m i n , e n tanto los l e n g u a
jes " c r e c e n " d e e s e m o d o " h a s t a el m e s i á n i c o final d e s u historia", c o r r e s p o n d e a la t r a d u c c i ó n
" h a c e r u n a y otra v e z la p r u e b a d e tal s a g r a d o desarrollo d e los lenguajes", m o s t r a n d o " e n q u é
m e d i d a lo e n c u b i e r t o e n ellos se halla lejos d e la revelación, o c u á l p o d r í a ser s u a c t u a l i d a d e n
el s a b e r d e tal a l e j a m i e n t o " [1V, 14]. L a p e r s p e c t i v a d e B e n j a m i n d e r i v a e n la p o s t u l a c i ó n d e u n
" l e n g u a j e d e la v e r d a d " , "depósito, libre d e t e n s i o n e s e incluso silencioso, d e los m á s p r o f u n
d o s secretos e n q u e se o c u p a t o d o p e n s a m i e n t o " [1V, 16], u n l e n g u a j e q u e , a m a n e r a d e u n a
corriente subterránea, guiaría u n secular p r o c e s o e n d i r e c c i ó n al estadio final d e " p l e n i t u d y
r e c o n c i l i a c i ó n " d e t o d o s los l e n g u a j e s h u m a n o s [1V,14s]'4.
E n esta p e r s p e c t i v a m e s i á n i c a se c o m p r e n d e la irrelevancia q u e B e n j a m i n atribuye al
a s p e c t o c o m u n i c a t i v o del l e n g u a j e literario y d e la escritura e n general. L a v o l u n t a d d e infor
m a c i ó n p e r m a n e c e a t a d a al interés instrumental, subjetivo, d o n d e el l e n g u a j e q u e d a e n v i l e c i d o
y o l v i d a d o su potencial revelador. É s t e h a d e ser b u s c a d o p o r el arte e n la resistencia a la m e r a
c o m u n i c a c i ó n ; B e n j a m i n lo f o r m u l a u n tanto p r o v o c a t i v a m e n t e : " n i n g ú n p o e m a v a dirigido al
lector, n i n g ú n c u a d r o al c o n t e m p l a d o r , n i n g u n a sinfonía al o y e n t e " [1V,9]. M á s a d e l a n t e cita el
o s c u r o pa s a j e d e M a l l a r m é a p r o p ó s i t o d e " l ' i m m o r t e l l e parole", la s u p r e m a l e n g u a del p e n s a
m i e n t o , c u y a p u e s t a e n j u e g o representaría la ú l t i m a y objetiva intentio d e t o d a o b r a literaria
v e r d a d e r a m e n t e c o n s e c u e n t e c o n las e x i g e n c i a s d e la escritura [1V, 17]. P o r e s o la t r a d u c c i ó n
se v e r á libre d e la e x i g e n c i a d e ajustarse a la " p r i m e r a , intuitiva, i n g e n u a " i n t e n c i ó n del a u t o r
del texto original. L a intentio o b l i c u a del traductor d e b e g u a r d a r s u p r e m a fidelidad n o tanto al
s e n t i d o particular d e la o b r a c o m o , e n la m e d i d a d e lo posible, al " p u r o l e n g u a j e " e n el q u e
n i n g u n a particular y subjetiva " i n t e n c i ó n " será y a restituida: "la v e r d a d e r a t r a d u c c i ó n es trans
parente, n o c u b r e el original, n o lo ilumina, sino q u e h a c e v e r al p u r o l e n g u a j e c o m o r e f o r z a d o
a través d e su p r o p i o m e d i u m , p e r o sólo p a r a realzar tanto m á s p l e n a m e n t e el original" [1V, 18].
L o q u e e n estas f ó r m u l a s se d e s c r i b e es u n p r o c e s o d e t r a d u c c i ó n e n t e n d i d o c o m o u n a
auténtica d e p u r a c i ó n q u e exigiría u n a r i g u r o s a "literalidad e n la transcripción d e la sintaxis",
p r o c e d e r e n el c u a l " e s la palabra, y n o la frase, la q u e se m u e s t r a c o m o el e l e m e n t o p r i m o r d i a l

7 3
 del traductor" [1V,18]'5. B e n j a m i n n o p a r e c e d u d a r e n p r o p u g n a r el sacrificio del explícito s e n
tido del texto e n aras d e su "realce" e n la d i r e c c i ó n d e u n " p u r o l e n g u a j e " lleno d e r e s o n a n c i a s ,
d e igual m a n e r a q u e s u c e d i e s e e n las " m o d é l i c a s " t r a d u c c i o n e s d e S ó f o c l e s realizadas p o r
H o l d e r l i n [ B , 1 4 2 ] , d o n d e "el s e n t i d o se precipita d e a b i s m o e n a b i s m o " [1V,21,17]. El " p u r o
l e n g u a j e " h a b r í a d e surgir e n la figura d e u n a suerte d e " v e r s i ó n interlinear" d e u n texto s a g r a
d o [1V,21]'6, c o m o u n discurso, p o r cierto, q u e " y a n a d a significa ni n a d a e x p r e s a , sino q u e es
lo significado e n t o d o s los l e n g u a j e s c o m o p a l a b r a c r e a d o r a y c a r e n t e d e e x p r e s i ó n " , y d o n d e
" t o d a c o m u n i c a c i ó n , t o d o s e n t i d o y t o d a i n t e n c i ó n " a l c a n z a n f i n a l m e n t e " u n p l a n o e n el q u e
están d e s t i n a d a s a e x t i n g u i r s e " [1V, 19].
E s t a s c o n s i d e r a c i o n e s n o s c o n d u c e n a u n a s p o c a s c o n c l u s i o n e s provisionales. B e n j a m i n
b u s c a b a u n a suerte d e " e x p e r i e n c i a " e n u n " l u g a r d e total n e u t r a l i d a d " d o n d e la m e t a f í s i c a
c o n t r a p o s i c i ó n entre sujeto y o b j e t o q u e d a s e sin efecto. S u t e n d e n c i a a la sacralización d e la
escritura le i n d u j o a c o n t e m p l a r e n el l e n g u a j e d e l i m i t a d a e s a e x p e r i e n c i a . E n la E s c r i t u r a
sagrada, e n la " c r e a c i ó n " artística, e n la " t r a d u c c i ó n " d e p u r a d o r a , B e n j a m i n v i s l u m b r ó la exis
tencia d e u n p o d e r e n el l e n g u a j e q u e n a d a tenía q u e v e r c o n su eficacia instrumental, p e r o q u e ,
p o r otro lado, se n e g a b a a d e s e c h a r c o m o subjetivo. A l contrario, lo q u e él c r e e r e c o n o c e r e n
e s a s m a n i f e s t a c i o n e s es el resto d e u n j u e g o del l e n g u a j e ancestral c u y o valor d e v e r d a d p r e
t e n d e reivindicar. S u s reflexiones p a r t e n d e la m á s a n t i g u a a u t o r i d a d d e la Biblia, d o n d e p o r
v e z p r i m e r a q u e d ó e x p u e s t a la idea del p o d e r c r e a d o r del lenguaje, y llegan a postular la n e g a
ción, e n el límite, d e t o d a huella del sujeto e n aquél. El m o d e l o es el del " n o m b r e " , p e r o el
c a m i n o t e n d r á q u e discurrir p o r las calles d e B a b e l : la i n m e d i a t a " t r a d u c c i ó n " q u e B e n j a m i n
i m a g i n a b a se c o n v i e r t e e n p r o b l e m á t i c a interpretación'7.

7 4
 2, E L A S P E C T O R O M Á N T I C O

L A C R I T I C A C O M O C O M E N T A R I O E S O T E R I C O

C o m o es fácil s u p o n e r , la i d e a b e n j a m i n i a n a d e la crítica, y d e la crítica d e arte e n parti

cular, t u v o q u e f o r m a r s e a partir d e a q u e l l a inclinación t e o l ó g i c a q u e h a b í a v e n i d o c o n f i r i e n d o
a su p e n s a m i e n t o . P e r o lo cierto es q u e la transfiguración d e la filosofía e n " d o c t r i n a " d e la
e x p e r i e n c i a "auténtica", j u n t o c o n su c o n s i d e r a b l e m e n t e a u d a z c o n c e p c i ó n a c e r c a del lenguaje,
d e s u " m a g i a " y s u carácter s a g r a d o , f o r m a b a u n c o n j u n t o teorético p o c o f a v o r a b l e al análisis
crítico. L a s u b l i m a c i ó n del " n o m b r e " a la c a t e g o r í a d e m o d e l o d e v e r d a d e n la e x p r e s i ó n p l a n
t e a b a d e i n m e d i a t o el conflicto: p u e s t o q u e a s i g n a r u n n o m b r e n o es p r e c i s a m e n t e lo m i s m o
q u e juzgar, s i n o m á s b i e n t o d o lo contrario, y n o p a r e c e p o s i b l e c o n c e b i r el ejercicio d e la críti
c a s i n o e n e s e c o n t e x t o q u e se s u p o n e m a l d i t o : el del juicio, la " p a l a b r a e v a l u a d o r a " y la
" c o m u n i c a c i ó n " . D e d i c a r e m o s las p á g i n a s q u e s i g u e n a e x p o n e r la m a n e r a e n q u e B e n j a m i n
h i z o frente a e s e p r o b l e m a . Así, d e s c r i b i r e m o s u n a trayectoria c u y o p u n t o d e partida p o d e m o s
hallar e n s u s t e m p r a n o s e s t u d i o s s o b r e el u n i v e r s o del r o m a n t i c i s m o y c u y o p u n t o final n o s
d e j a r á e n las p u e r t a s del b a r r o c o , del q u e B e n j a m i n se o c u p ó d e m a n e r a p r e d o m i n a n t e d u r a n t e
los inicios d e la d é c a d a d e los veinte: del r o m a n t i c i s m o extrajo u n c o n c e p t o d e crítica c o m o u n
p r o c e d e r " i n m a n e n t e " al l e n g u a j e p r e v i a m e n t e m i t o l o g i z a d o , y e n su libro s o b r e el d r a m a
b a r r o c o q u e d a r í a f o r m u l a d a e s a i n m a n e n c i a c o m o " r e d e n c i ó n " alegórica. E n t r e a m b o s polos,
su g r a n e n s a y o a c e r c a d e L a s a f i n i d a d e s electivas d e G o e t h e n o s o f r e c e r á la m e d i a c i ó n d e u n
e j e m p l o m o d é l i c o .
L a h u e l l a q u e i m p r i m i ó el r o m a n t i c i s m o e n el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n f u e tan e v i d e n
te c o m o d e c i s i v a y a d e s d e s u s a ñ o s d e j u v e n t u d . F u e h a c i a 1 9 1 5 c u a n d o escribió su " c o m e n t a
rio estético", e n realidad u n a "crítica" e n el s e n t i d o q u e l u e g o daría al c o n c e p t o , s o b r e d o s p o e
m a s d e Hólderlin: D i c h t e r m u t ( " A n i m o d e poeta"), del q u e existen d o s versiones, y B l o d i g k e i t
( " E s t u p i d e z " ) . D e h e c h o , este ú l t i m o e r a t a m b i é n u n a tercera v e r s i ó n del p r i m e r o , d e m o d o q u e
el á n i m o d e l p o e t a se r e s o l v í a f i n a l m e n t e e n el e s t u p o r del s u j e t o a n i q u i l a d o c o m o tal, p o s e í d o
e n c u e r p o y a l m a p o r el lenguaje. E n efecto, el o b j e t i v o del e n s a y o consistía e n la d e t e r m i n a
c i ó n d e la " f o r m a interna" d e tales p o e m a s , p a r a lo cual sería p r e c i s o i n d a g a r la "tarea p o é t i c a "
d e la q u e las o b r a s d a r í a n c u e n t a [11,105]. L a o b j e t i v i d a d q u e B e n j a m i n a t r i b u y e a d i c h a tarea
se r e m i t e a la del m é t o d o q u e h a b r í a d e llevar a su d e s c u b r i m i e n t o : " n a d a se investiga s o b r e el
p r o c e s o d e la c r e a c i ó n lírica, ni s o b r e la p e r s o n a o visión del m u n d o del creador". S e interesa
sólo p o r la "específica y singular esfera" e n la q u e p r e s u n t a m e n t e se c u m p l e la "tarea" poética.
" E s t a esfera - a ñ a d e - es a la v e z p r o d u c t o y o b j e t o d e la investigación", y es e n ella d o n d e se

7 5
hallaría c o n t e n i d a la " v e r d a d " del p o e m a , v e r d a d ésta q u e " d e b e ser e n t e n d i d a c o m o la objeti
v i d a d del p r o c e d e r c r e a d o r , c o m o el c u m p l i m i e n t o d e la tarea artística q u e c o r r e s p o n d a "
[11,105]. A q u í se refiere B e n j a m i n p o r v e z p r i m e r a a la f ó r m u l a d e N o v a l i s ( f r a g m e n t o 4 7 4 d e
los S t u d i e n z u r b i l d e n d e n K u n s t ) : " c a d a o b r a d e arte lleva e n sí u n ideal a priori, u n a n e c e s i d a d
interna p a r a existir". E l l o h a c e d e la o b r a literaria u n a m a n i f e s t a c i ó n d e u n a "idea", u n c o n t e n i
d o q u e la i n v e s t i g a c i ó n d e b e r á d e s e n t r a ñ a r e n c a d a caso: "lo p o e t i z a d o " , es decir, e s a " e s f e r a "
e n la q u e se daría c o n c r e t a m e n t e "la u n i d a d sintética del o r d e n espiritual e intuitivo", la c u a l
" r e c i b e s u c o n f i g u r a c i ó n p r o p i a e n c u a n t o q u e f o r m a interna d e la c r e a c i ó n particular" [11,106].
A h o r a bien, "lo p o e t i z a d o " es u n " c o n c e p t o límite", e n p r i m e r lugar r e s p e c t o d e la p o e
sía m i s m a : la c a t e g o r í a d e "lo p o e t i z a d o " le sirve así p a r a n o dejarse atrapar e n la s i m p l e z a del
" e s q u e m a f o r m a - c o n t e n i d o " , c u y o i m p r o d u c t i v o d u a l i s m o q u e d a r í a resuelto e n virtud d e la
" n e c e s a r i a v i n c u l a c i ó n i n m a n e n t e " entre a m b o s p o l o s e x p r e s a d a e n la " f o r m a interna" d e la
o b r a [11,106]. P e r o "lo p o e t i z a d o " limita p o r igual c o n el e x t r e m o q u e r e p r e s e n t a "la i d e a d e la
tarea" y la d e s u " r e s o l u c i ó n " poética: " p a r a el c r e a d o r , esta i d e a d e la tarea es s i e m p r e la
vida"; esto es, n o la existencia p e r s o n a l del artista, s i n o " u n c o n t e x t o vital d e t e r m i n a d o p o r el
arte" y q u e B e n j a m i n n o p a r e c e c o n c e b i r , s i g u i e n d o e n ello al p r o p i o Hólderlin, s i n o e n f u n
c i ó n d e la n o c i ó n d e " m i t o " [11,107]. A través d e su c o n t e m p l a c i ó n b a j o el s i g n o del m i t o , " l o
p o e t i z a d o " recibe s u f o r m a : m e d i a n t e la t r a n s f o r m a c i ó n d e la " v i d a " e n " p o e s í a " , es decir, e n
escritura p o é t i c a [11,108]: "la c o n v e r s i ó n d e la d u a l i d a d d e m u e r t e y p o e t a e n la u n i d a d d e u n
m u n d o p o é t i c a m e n t e m u e r t o , s a t u r a d o d e p e l i g r o " [11,124], tal es la relación e n q u e se hallaría
"lo p o e t i z a d o " e n los p o e m a s d e H ó l d e r l i n , e n d o n d e el " p e l i g r o " n o es otro q u e la d i s o l u c i ó n
del sujeto p o é t i c o e n la m í t i c a u n i d a d c o n f i g u r a d a p o r m u n d o , el d e s t i n o y la vida. P u e s d o n d e
el m i t o se r e c o n o c e es e n la c o n j u n c i ó n , e n la " u n i d a d í n t i m a entre D i o s y d e s t i n o " [11,109]. E s
la " v i d a " del p o e t a la q u e se p o n e e n j u e g o e n la "tarea poética", y es el " á n i m o " el q u e t e r m i
n a s o m e t i é n d o s e a ella, r e d u c i d a a la actitud d e u n a perfecta "docilidad", d e " p a s i v i d a d " frente
al lenguaje: es la s u m i s i ó n del e s t u p o r a n t e u n l e n g u a j e v i v i d o c o m o d e s t i n o " .
El interés d e B e n j a m i n p o r H ó l d e r l i n se h i z o m a n i f i e s t o n u e v a m e n t e e n 1 9 1 6 . E s e a ñ o ,
casi e n las m i s m a s f e c h a s e n las q u e se o c u p a b a e n la r e d a c c i ó n d e s u p r i m e r trabajo s o b r e el
lenguaje, h a b l a b a e n u n a carta d e la " g r a n d e z a a b s o l u t a " del H ó l d e r l i n tardío [B,129]. S e refe
ría c o n c r e t a m e n t e a los F r a g m e n t o s d e P i n d a r o , q u e c o n s i d e r a b a c o m o textos c a n ó n i c o s . Y n o
es difícil advertir q u é f u e lo q u e tanto le fascinase e n ellos: se trataba d e f r a g m e n t o s , c o m o
f r a g m e n t a r i o es el n o m b r e r e s p e c t o d e la c o n t i n u i d a d del hilo a r g u m e n t a l del discurso; e r a n
t r a d u c c i o n e s , esto es, e n s a y o s d e e x p o s i c i ó n del " p u r o l e n g u a j e " universal; y, e n fin, los textos
p i n d á r i c o s i b a n a c o m p a ñ a d o s d e c o m e n t a r i o s d e H ó l d e r l i n e n los q u e se p r o l o n g a b a n a q u é l l o s
e n la m á s s o b r i a prosa, s e g ú n el m o d e l o " i n m a n e n t e " q u e B e n j a m i n celebraría d o s a ñ o s d e s
p u é s c o m o c a r a c t e r i z a c i ó n esencial del p r o c e d e r crítico del r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o ' 9 .
E n c u a l q u i e r caso, la m i s m a f o r m a literaria q u e a p r o p ó s i t o d e H ó l d e r l i n p r e s e n t a b a
B e n j a m i n c o m o " c o m e n t a r i o " e r a y a d e n o m i n a d a "crítica" d o s a ñ o s d e s p u é s , e n 1 9 1 7 , e n s u
b r e v e e s t u d i o a c e r c a del 1diota d e D o s t o i e w s k y : t a m b i é n a q u í p o n í a el a c e n t o e n su o p o s i c i ó n
al s u b j e t i v i s m o , e n este c a s o al s u b j e t i v i s m o d e las h a b i t u a l e s a p r o x i m a c i o n e s psicologistas
alusivas al " a l m a " del p u e b l o ruso, o b i e n a la p e r s o n a l i d a d torturada del a u t o r o d e s u s p e r s o
najes. E l l o iría c o n t r a la e x i g e n c i a d e o b j e t i v i d a d p a r a c o n el texto m i s m o e n q u e se f u n d a la
crítica. Y a q u e "la crítica l e g i t i m a su d e r e c h o a dirigirse a la o b r a d e arte s ó l o p o r el h e c h o d e
q u e r e s p e t a el s u e l o q u e le es p r o p i o y se g u a r d a d e pisarlo" [11,237], frases c u y o s e n t i d o r e m i
te B e n j a m i n a la y a c o n o c i d a e x p r e s i ó n d e N o v a l i s , q u e v u e l v e a citar t e x t u a l m e n t e [11,238],
p a r a otra v e z d e r i v a r e n u n c o m e n t a r i o p u r a m e n t e m e t a f í s i c o e n t o r n o al c o n c e p t o d e la

7 6
 " i n m o r t a l i d a d " d e la vida, c o n v e r t i d a e n " i n o l v i d a b l e " m e r c e d a s u m í t i c a t r a n s p o s i c i ó n e n la
o b r a d e arte [11,239]. A s í pues, n o m e n o s esotéricos h a b r i á n d e resultar los s u c e s i v o s escritos
q u e B e n j a m i n iría r e d a c t a n d o a m o d o d e críticas d u r a n t e a q u e l l o s a ñ o s e n los q u e e s t u v o traba
j a n d o e n s u e s t u d i o s o b r e la crítica d e arte r o m á n t i c a . S u v o l u n t a d d e huir d e t o d a c o n s i d e r a
c i ó n d e la o b r a c o m o sujeto, o c o m o s u p r o d u c t o , le c o n d u c e a trasladar e s e c o m p o n e n t e s u b j e
tivo al a z a r o s o e n c u e n t r o d e la o b r a literaria c o n la p e c u l i a r idiosincrasia del crítico, c u y a o b j e
tividad sería m á s p r o c l a m a d a q u e ejercida. B a l z a c , Stifter, S h a k e s p e a r e , M o l i e r e , B e r n a r d
S h a w , G i d e , S c h e e r b a r t [11,602-20] se le a p a r e c e n así c o m o otros tantos pretextos e n los q u e
a p o y a r u n a m e t a f í s i c a plural, e l a b o r a d a p a r a c a d a o b r a e n la f o r m a d e u n c o m e n t a r i o d e a l c a n
c e indefinido.

L A C R I T I C A R O M A N T I C A

E s t a s originales o s c u r i d a d e s q u e d a r í a n s e n s i b l e m e n t e i l u m i n a d a s e n su estudio, r e d a c t a
d o entre la p r i m a v e r a d e 1 9 1 8 y el v e r a n o del a ñ o siguiente c o m o D i s s e r t a t i o n a c a d é m i c a ,
s o b r e E l c o n c e p t o d e la crítica d e arte e n el r o m a n t i c i s m o a l e m á n . E n este libro, la t e m p r a n a
o r i e n t a c i ó n histórico-teológica d e su interés p o r el m o v i m i e n t o r o m á n t i c o se desarrolla e n u n
n u e v o c o n t e x t o m á s c e n t r a d o e n la relación entre el arte y el lenguaje. L o q u e i n i c i a l m e n t e le
atraía era, c o m o y a h e m o s t e n i d o o c a s i ó n d e c o m e n t a r , e s a particular i m b r i c a c i ó n e n q u e allí se
p r e s e n t a b a n la teología y la historia, e n p o s d e la " f o r m a " , decía, d e la e x p e r i e n c i a religiosa.
B e n j a m i n q u i s o perseguirla j u s t a m e n t e a través del " m e s i a n i s m o " q u e c o n s i d e r a b a c o m o " c e n
tro" del m o v i m i e n t o r o m á n t i c o [B,208]. M á s tarde, al c o m i e n z o d e s u e x p o s i c i ó n s o b r e la crí
tica d e arte, cita estas frases d e F. S c h l e g e l : " L a religión, m i q u e r i d o a m i g o , n o n o s la t o m a
m o s a b r o m a e n absoluto, sino q u e la p u r a v e r d a d es q u e n o s p a r e c e l l e g a d o el t i e m p o d e f u n
d a r u n a " [1,12]. L a i m p o r t a n c i a q u e S c h l e g e l c o n c e d í a a e s a n u e v a religión está, e n efecto,
f u e r a d e t o d a d u d a . L a religión es " e n t o d a s partes lo p r i m e r o y lo m á s alto, lo a b s o l u t a m e n t e
originario" d e la cultura2". D e este m o d o r e s p o n d í a S c h l e g e l al m u n d o d e s e n c a n t a d o s u r g i d o
d e la criba ilustrada d e t o d o c o n t e n i d o irracional o regresivo. El arte, c o m o B a u d e l a i r e p o n d r í a
e n e v i d e n c i a , n e c e s i t a b a d e e s o s e l e m e n t o s primitivos. L o s b u s c a r o n i g u a l m e n t e H ó l d e r l i n y
N o v a l i s . El p r i m e r o , e n el c o n t e x t o d e u n a m o d e r n a reinterpretación d e los c o n t e n i d o s m í t i c o s
del m u n d o griego, m e d i a n t e u n a virtual identificación entre religión y poesía; el s e g u n d o , e n el
c o n t e x t o d e u n a p r o d u c t i v a mistificación d e la m i t o l o g í a católica, m e d i a n t e u n a d e c i d i d a a p r o
x i m a c i ó n entre la c i e n c i a y la magia21. S e trataba d e f o r m u l a r , s e g ú n la e x p r e s i ó n d e S c h l e g e l ,
u n a " n u e v a m i t o l o g í a " ; d e construir u n a ciencia q u e f u e s e arte a la vez, u n s a b e r c o n el q u e
" p r o d u c i r lo d i v i n o " e n u n o s t i e m p o s d e i n d i g e n c i a religiosa, u n s a b e r q u e " n o p o d r í a ser
d e s i g n a d o c o n otro n o m b r e q u e el d e m a g i a " 2 2 . E s e n el c o n t e x t o d e e s a " m a g i a " d o n d e h a y
q u e b u s c a r el c o n c e p t o r o m á n t i c o d e la crítica d e arte.
P e r o B e n j a m i n n o s h a c e describir ante u n largo r e c o r r i d o a través d e a l g u n o s d e los
f u n d a m e n t o s f i c h t e a n o s d e los q u e derivaría el p e n s a m i e n t o r o m á n t i c o . E x p l i c a c u á l e r a la
i n t e n c i ó n principal d e Fichte: r e c u p e r a r la "intuición intelectual" d e s e s t i m a d a p o r K a n t y a p r o
v e c h a r l a c o m o f u n d a m e n t o del c o n c e p t o d e u n a "reflexión absoluta". S e trataba d e c o n c e b i r
u n a i n m e d i a t e z activa p o r principio, u n a i n m e d i a t e z q u e s ó l o p o d í a ser u b i c a d a e n la c o n c i e n

7 7
 cia subjetiva y q u e sólo p o d í a q u e d a r d e t e r m i n a d a , d e l i m i t a d a p a r a h a c e r p o s i b l e la relación d e
la reflexión, e n su interno d e s d o b l a m i e n t o , esto es, a través d e la " p o s i c i ó n " o "tesis" a b s o l u t a
del " y o " y su c o n t r a p o s i c i ó n d e u n " n o - y o " , h a c i a u n a síntesis e n la q u e el " y o " r e t o r n a a sí
m i s m o b a j o la figura d e u n a " a u t o c o n c i e n c i a " [1,18].
A h o r a bien, "si el r o m a n t i c i s m o c i m e n t ó su teoría del c o n o c i m i e n t o s o b r e el c o n c e p t o
d e reflexión, f u e p o r q u e n o s ó l o g a r a n t i z a b a la i n m e d i a t e z del c o n o c i m i e n t o , sino t a m b i é n , e n
la m i s m a m e d i d a , u n a peculiar infinitud d e s u p r o c e s o " , es decir, el p r o c e s o " q u e h a c e d e c a d a
reflexión p r e c e d e n t e u n o b j e t o d e la siguiente r e f l e x i ó n " [1,21]. L o s r o m á n t i c o s p u d i e r o n c o m
partir la p r e f e r e n c i a f i c h t e a n a p o r la i n m e d i a t e z intuitiva, p e r o n o n e c e s i t a r o n o p o n e r resisten
cias a la c o n s i g u i e n t e infinitud: " P a r a S c h l e g e l y N o v a l i s , la infinitud d e la reflexión n o es e n
p r i m e r t é r m i n o u n a infinitud del p r o c e s o , s i n o u n a infinitud d e la r e l a c i ó n " [1,26]. B e n j a m i n se
r e m i t e a u n o d e los F r a g m e n t o s d e P i n d a r o , d o n d e H ó l d e r l i n e v o c a la síntesis d e las d e t e r m i
n a c i o n e s o p u e s t a s c o m o el l u g a r e n q u e " s e r e l a c i o n a n ( e x a c t a m e n t e ) d e m o d o infinito" [1,26],
es decir: c o m o el p u n t o d o n d e " t o d o d e b í a c o n e c t a r s e e n u n a infinita m u l t i p l i c i d a d d e m o d o s :
s i s t e m á t i c a m e n t e , c o m o d i r í a m o s h o y ; " e x a c t a m e n t e " , c o m o d i c e H ó l d e r l i n c o n m a y o r senci
llez". Y p r o s i g u e : "esta relación p u e d e ser c o n c e b i d a a partir d e u n a infinita m u l t i p l i c i d a d d e
n i v e l e s d e la r e f l e x i ó n . (...) S i n e m b a r g o , e n l a m e d i a c i ó n a t r a v é s d e l a s r e f l e x i o n e s n o e x i s t e
o p o s i c i ó n d e principio a la i n m e d i a t e z del a p r e h e n d e r e n el p e n s a m i e n t o , y a q u e t o d a reflexión
es i n m e d i a t a e n sí", d e tal m o d o q u e " s e trata d e u n a m e d i a c i ó n a través d e la i n m e d i a t e z reite
r a d a [1,27]. C a d a p a s o e n el p r o c e s o d e la reflexión r e p r e s e n t a u n "salto" p a r a S c h l e g e l , u n a
d i s o l u c i ó n d e la c o n t i n u i d a d del p e n s a m i e n t o e n u n a o m n i d i r e c c i o n a l pluralidad d e niveles e n
c a d a u n o d e los c u a l e s se alcanzaría u n a n u e v a i n m e d i a t e z .
E s a infinitud resultante y a n o se f u n d a e n la a c c i ó n positiva d e u n " y o " , s i n o q u e se arti
c u l a c o m o u n a r e f l e x i ó n del " m e r o p e n s a r s e - a - s í - m i s m o c o m o f e n ó m e n o " . " P a r a Fichte, la
c o n c i e n c i a es y o , p a r a los r o m á n t i c o s es m i s m i d a d [Selbst]" [1,29]. " L a intuición intelectual es
p e n s a m i e n t o q u e e n g e n d r a su objeto; p o r el contrario, la reflexión e n el s e n t i d o d e los r o m á n t i
c o s es p e n s a m i e n t o q u e e n g e n d r a su f o r m a " [1,30]. L a " f o r m a " se c o n s t r u y e p e r m a n e n t e m e n t e
e n c a d a salto d e la reflexión, esto es, al t i e m p o q u e se o b r a su " d i s o l u c i ó n e n el a b s o l u t o "
[1,31]. D e tal m a n e r a , sostiene B e n j a m i n , los r o m á n t i c o s e s t a b l e c e n c o m o principio m e t ó d i c o y
s i s t e m á t i c o el ilimitado m o v i m i e n t o d e r e t o r n o d e la reflexión a sí m i s m a - u n " p e n s a m i e n t o
del p e n s a m i e n t o del p e n s a m i e n t o " [1,26]- c u r s a d o e n u n a b s o l u t o q u e es u n " m e d i u m " f o r m a l
[1,36s], u n " p u n t o d e indiferencia" [1,39] originario e n c u y o s e n o surgiría la " r e f l e x i ó n e x e n t a
d e y o " [1,40]. P u e s t o q u e " t o d o c o n o c i m i e n t o es a u t o c o n o c i m i e n t o d e u n a e s e n c i a p e n s a n t e "
[1,55], p e r o n o d e u n sujeto e n f r e n t a d o a u n o b j e t o correlativo [1,56]. D i c h o d e otro m o d o : " N o
h a y c o n o c i m i e n t o d e u n o b j e t o a través d e u n sujeto. T o d o c o n o c i m i e n t o es u n a c o n e x i ó n
i n m a n e n t e e n el a b s o l u t o , o, si se q u i e r e , e n el sujeto. E l t é r m i n o o b j e t o n o d e s i g n a u n a rela
c i ó n e n el c o n o c i m i e n t o , s i n o m á s b i e n u n a falta d e r e l ac i ó n " [1,58].

" A N 1 Q U 1 L A C 1 O N " Y " C O N S U M A C I O N '

E s e m e d i u m a b s o l u t o p a r a u n a reflexión libre d e " y o " , n o p o d í a ser sino el l e n g u a j e

m i s m o . E n él e n c o n t r ó S c h l e g e l e s p a c i o p a r a u n " i d e a l i s m o m á g i c o " [1,50s]. A s p i r a b a a la
c o n s t r u c c i ó n d e u n s i s t e m a c o n c e b i d o c o m o u n " i n d i v i d u o " particular [1,46], esto es, u n siste

7 8
 m a a b s o l u t o d o n d e se c o n c e n t r a r í a la totalidad e n la u n i d a d d e u n c o n c e p t o global, c o n c e p t o d e
t o d o s los c o n c e p t o s , q u e j u s t a m e n t e sería la e x p r e s i ó n d e s u " n o m b r e " c i f r a d o [1,48].
R e s u l t a d o d e t o d o ello sería la c r e a c i ó n d e u n a " t e r m i n o l o g í a m í s t i c a " [1,47], u n a n u e v a
" C á b a l a " f u n d a d a e n las p r o p i e d a d e s " m á g i c a s " del l e n g u a j e q u e H a m a n n h a b í a d e s t a c a d o , o
b i e n e n la " s i m p a t í a del s i g n o c o n el significado", s e g ú n la e x p r e s i ó n d e N o v a l i s , p a r a así
e x p l o r a r las p o t e n c i a s ocultas del lenguaje, a través d e las c u a l e s se r e v e l a el absoluto2'.
U n a d e las v o c e s d e e s a " t e r m i n o l o g í a m í s t i c a " e r a p r e c i s a m e n t e la p a l a b r a crítica. N o
d e j a d e l l a m a r la atención, p o r cierto, q u e B e n j a m i n a t r i b u y a a K a n t u n a parte d e la r e s p o n s a
bilidad d e e s e " i d e a l i s m o m á g i c o " : " a través d e la o b r a filosófica d e K a n t , el c o n c e p t o d e críti
c a h a b í a a d q u i r i d o p a r a la n u e v a g e n e r a c i ó n u n a suerte d e significado m á g i c o " [1,51]. P e r o el
s e n t i d o q u e se le a s o c i a b a n o era, p o r cierto, el d e " u n a actitud espiritual m e r a m e n t e enjuicia-
dora, n o p r o d u c t i v a " , s i n o q u e tanto p a r a los r o m á n t i c o s c o m o p a r a la filosofía e s p e c u l a t i v a "el
t é r m i n o crítico significaba: o b j e t i v a m e n t e p r o d u c t i v o , c r e a d o r a partir d e la p r u d e n c i a . S e r crí
tico q u e r í a decir i m p u l s a r la e l e v a c i ó n del p e n s a m i e n t o s o b r e t o d a s las a t a d u r a s h a s t a el p u n t o
q u e el c o n o c i m i e n t o d e la v e r d a d se a g i t a b a c o m o e m b r u j a d o a partir d e la inteligencia d e lo
falso d e las a t a d u r a s " [1,51]. S e c o n f i e r e así u n " s i g n i f i c a d o p o s i t i v o " al p r o c e d e r crítico, el
cual es sin m á s identificado c o n la reflexión y c o n la a b s t r a c c i ó n - q u e a fin d e c u e n t a s " n a d a es
s i n o crítica", d i c e S c h l e g e l . S e llega d e tal m o d o a la i d e a d e u n " v e r d a d e r o m i s t i c i s m o " e n
c u y o m a r c o " t o d o f r a g m e n t o sería crítica", p u e s t o d o f r a g m e n t o n o es, a la postre, s i n o u n
" m e d i u m d e la r e f l e x i ó n " [1,5 ls]. " P o d r í a p o r tanto decirse - c o n c l u y e B e n j a m i n - q u e el c o n
c e p t o d e crítica f u n c i o n a y a e n K a n t e n u n d o b l e sentido", q u e los r o m á n t i c o s se limitarían a
p o t e n c i a r [1,52]. E l " s e n t i d o n e g a t i v o " q u e d a r í a e n t o n c e s p r e s e r v a d o e n el carácter n o c o n c l u
y e m e q u e s a b í a n r e c o n o c e r c o m o e l e m e n t o esencial d e t o d a o b r a crítica. " E n tal sentido, b a j o
el n o m b r e d e crítica, los r o m á n t i c o s a s u m í a n a u n t i e m p o la inevitable insuficiencia d e s u s
esfuerzos, trataban d e definirla c o m o u n a insuficiencia n e c e s a r i a y, a la postre, e v o c a b a n c o n
este c o n c e p t o lo q u e p o d r í a m o s l l a m a r la n e c e s a r i a i m p e r f e c c i ó n d e la infalibilidad" [1,52].
T o d o esto p u e d e p a r e c e r extraño. P e r o d e s d e e s a p e r s p e c t i v a se c o m p r e n d e m e j o r la
c o n c e p c i ó n t e m p r a n o r r o m á n t i c a d e la crítica c o m o "crítica i n m a n e n t e " [1,77]. P u e s t a m b i é n el
arte es " u n a d e t e r m i n a c i ó n del m e d i u m d e la r e f l e x i ó n " [1,62]; d e m a n e r a q u e , " e n la m e d i d a
e n q u e la crítica es c o n o c i m i e n t o d e la o b r a d e arte, es su a u t o c o n o c i m i e n t o " [1,66]. A s í d a
c o m i e n z o u n p r o c e s o g r a d u a l d e reflexión e n el m e d i u m del arte: " t o d o c o n o c i m i e n t o crítico d e
u n p r o d u c t o , e n c u a n t o q u e reflexión e n él, n o es otra c o s a q u e u n g r a d o m á s alto d e su c o n
ciencia, e s p o n t á n e a m e n t e surgido. E s t e i n c r e m e n t o d e la c o n c i e n c i a e n la crítica es infinito p o r
principio, d e tal m o d o q u e la crítica es el m e d i u m e n el q u e la limitación d e la o b r a singular se
refiere m e t o d o l ó g i c a m e n t e a la infinitud del arte y, e n fin, es a ella r e m i t i d a " [1,67]. El arte
a p a r e c e c o m o u n " m e d i u m d e r e f l e x i ó n " a b s o l u t o c u y o " c e n t r o " q u e d a d e t e r m i n a d o p o r la o b r a
singular [1,72]. L a crítica n o consistirá tanto e n la v a l o r a c i ó n d e la o b r a singular c o m o e n la
" r e p r e s e n t a c i ó n d e s u s relaciones c o n t o d a s las d e m á s o b r a s y, f i n a l m e n t e , c o n la idea del arte"
[1,78]".
" P a r a los r o m á n t i c o s , la crítica es m u c h o m e n o s el juicio s o b r e u n a o b r a q u e el m é t o d o
d e su c o n s u m a c i ó n " [1,69]. S e trata d e u n a " a b s o l u t i z a c i ó n , universalización", u n a " r o m a n t i z a -
c i ó n " [1,67] del m o m e n t o individual del p r o d u c t o q u e es a la v e z s u " a n i q u i l a m i e n t o " y su
" d e s t r u c c i ó n irónica" [1,80s]25. L a crítica es el " c u m p l i m i e n t o , c o m p l e m e n t o y s i s t e m a t i z a c i ó n "
d e la obra, así c o m o s u " d i s o l u c i ó n e n el a b s o l u t o " [1,78]. E l l o significa q u e la crítica d e arte
h a d e e s f o r z a r s e e n representar e n t o d a s u p u r e z a la " f o r m a s i m b ó l i c a " a través d e la cual se
e x p r e s a la " p o e s í a trascendental", la " p o e s í a d e la p o e s í a " e n la q u e , s e g ú n la interpretación d e

7 9
 B e n j a m i n , cifra S c h l e g e l la n a t u r a l e z a reflexiva del a b s o l u t o [1,96]. N o se trata, p o r tanto, d e
q u e el crítico j u z g u e el éxito o f r a c a s o d e u n a o b r a d e arte individual, s i n o q u e m á s b i e n es el
p r o p i o a b s o l u t o el q u e r e f l e x i o n a -se refleja a sí m i s m o - p o r m e d i a c i ó n del artista y, c o m o s u
c o m p l e m e n t o , t a m b i é n a través del crítico. L a crítica d e v i e n e u n m o m e n t o interno del á m b i t o
artístico, a saber, s u m o m e n t o d e autorreflexión, q u e se d e s p l i e g a e n la historia e n el c o n t e x t o
d e u n a " p o e s í a universal e n p r o g r e s i ó n " [1,91] d o n d e los críticos, c o m o los p r o p i o s poetas, " s e
r e l e v a n " e n el t i e m p o , p e r o n o e n tanto q u e "intelectos e m p í r i c o s " , s i n o c o m o " n i v e l e s d e
reflexión p e r s o n i f i c a d o s " [1,68].
" L a i d e a d e la p o e s í a es la prosa", escribe S c h l e g e l ; la prosa, " s u e l o c r e a d o r d e las for
m a s poéticas", se erige c o m o el p u n t o d e r e t o r n o e n el q u e al fin h a d e r e s o l v e r s e t o d o arte
[ 1 , 1 0 2 ] ; " l a c r í t i c a e s la r e p r e s e n t a c i ó n d e l n ú c l e o p r o s a i c o e n c a d a o b r a " [ 1 , 1 0 9 ] .
" R e p r e s e n t a c i ó n " , aclara B e n j a m i n , e n t e n d i d a e n u n s e n t i d o " q u í m i c o " , c o m o r e s u l t a d o d e u n
p r o c e s o m e d i a n t e el cual u n a cierta m a t e r i a es p r o d u c i d a a partir d e otras, tras ser " a n i q u i l a d a "
s u substancialidad; " p r o s a i c o " , e n fin, e n la d o b l e vertiente del c o n c e p t o , a saber, c o m o f o r m a
d e e x p r e s i ó n y c o m o o b j e t o d e la crítica: c o m o d e t e r m i n a c i ó n del " e t e r n o c o m p o n e n t e d e
s o b r i e d a d " y d e " p u r e z a " e n el lenguaje, d e o b j e t i v o p r o s a í s m o d e la o b r a [1,109]. E l p r o c e d e r
d e la crítica sería p a r a S c h l e g e l c o m o la " p r o d u c c i ó n del d e s l u m b r a m i e n t o e n la obra. Y este
d e s l u m b r a m i e n t o -la luz p r o s a i c a - h a c e q u e se e x t i n g a la p l u r a l i d a d d e las obras. E s la i d e a "
[1,119]. E s e " d e s l u m b r a m i e n t o " e s la " m i s t i f i c a c i ó n " d e la o b r a singular26: la crítica e s la
d e s i n t e g r a c i ó n d e s u s e l e m e n t o s " p r o f a n o s " , d e s u bella apariencia, y u n a restitución " p r o s a i
c a " d e s u c o n t e n i d o d e v e r d a d . L a " a n i q u i l a c i ó n " p r e c e d e a la " s a l v a c i ó n " m e d i a n t e la c u a l se
inserta la o b r a e n la t r a d i c i ó n d e la escritura, d o n d e se m a n i f e s t a r í a la historia s a g r a d a del len
guaje27.

T R A N S I C I O N A G O E T H K

P a r e c e e n t o n c e s o b v i o q u e "la m e r a criticabilidad d e u n a o b r a r e p r e s e n t a el juicio p o s i

tivo a c e r c a d e ella" [1,79]. L a i n m a n e n c i a d e la crítica c o n d u c e a la i d e a d e q u e s ó l o es p r o p i a
m e n t e arte la o b r a s u s c e p t i b l e d e ser criticada, "disuelta e n el a b s o l u t o " . A s í lo f o r m u l a b a
N o v a l i s : "la crítica d e la p o e s í a es u n a b s u r d o . T a n difícil es decidir, q u e la ú n i c a p o s i b l e es la
d e c i s i ó n a c e r c a d e si a l g o e s p o e s í a o n o lo e s " [1,79]. L a o b r a d e arte fallida n o e s m a l a , s i n o
q u e s e n c i l l a m e n t e n o es u n a o b r a d e arte y n o c o r r e s p o n d e , p o r tanto, p r o y e c t a r l a e n el c o m e n
tario crítico. C a d a o b r a es su p r o p i o m o d e l o , y n o h a y otro rasero q u e el del absoluto. A l res
pecto, B e n j a m i n a g r e g ó a su trabajo u n ú l t i m o capítulo e n el q u e se e x t e n d í a e n u n a c o n t r a p o
sición entre G o e t h e y los r o m á n t i c o s .
El c o n c e p t o central e n la c o n c e p c i ó n estética d e G o e t h e n o sería el d e "idea", s i n o el d e
"ideal", c u y a f u n c i ó n es diferente. " 1 d e a l " es u n a e s p e c i e d e m o d e l o , " s u m a g l o b a l d e t o d o s los
contenidos** del arte, c o m o las m u s a s p a r a los griegos. E s t o s m o d e l o s a r q u e t í p i c o s s o n "invisi
bles - p e r o intuibles". " A s í c o m o la estructura interna del ideal es inconstante, al contrario q u e
la d e la idea, así t a m b i é n la c o n e x i ó n d e este ideal c o n el arte n o está d a d o e n u n m e d i o , s i n o
q u e se c a r a c t e r i z a m e d i a n t e u n a r u p t u r a " , s e ñ a l a B e n j a m i n [1,1 1 1]. P o r ello, " e n r e l a c i ó n c o n
el ideal, la o b r a d e arte s i n g u l a r p e r m a n e c e c o m o u n a suerte d e t o r s o " [1,1 14]. " L a i d e a del arte

8 0
 e s la i d e a d e s u f o r m a , d e la m i s m a m a n e r a q u e s u ideal es el ideal d e s u c o n t e n i d o " [1,1 17].
D e a h í q u e la "crítica i n m a n e n t e " , la crítica a b s o l u t i z a d o r a d e la o b r a d e arte n o s e a p a r a
G o e t h e "ni n e c e s a r i a ni posible": p u e s " n e c e s a r i a p o d r í a ser la i n d i c a c i ó n d e lo b u e n o , la alerta
ante lo m a l o , y posible es, p a r a el artista q u e p o s e e u n a intuición del m o d e l o , el juicio apodícti-
c o s o b r e las obras. P e r o G o e t h e r e c h a z a la criticabilidad c o m o u n m o m e n t o esencial d e la o b r a
d e arte" [1,1 19].
B e n j a m i n s e ñ a l a q u e "la c u e s t i ó n s i s t e m á t i c a f u n d a m e n t a l d e la filosofía del arte se
d e j a f o r m u l a r t a m b i é n c o m o la c u e s t i ó n d e la r e l a c i ó n e n t r e i d e a e i d e a l " [1,1 17]. E x i s t e n indi
cios p a r a p e n s a r q u e la p o s i c i ó n h a c i a la q u e él m i s m o tendía a inclinarse o s c i l a b a a ú n entre la
d e G o e t h e y la del t e m p r a n o r o m a n t i c i s m o , entre la c o n s i d e r a c i ó n d e la o b r a d e arte c o m o u n
"torso", c o m o f r a g m e n t o d e u n a totalidad irrestañable, y su r o m á n t i c a " a b s o l u t i z a c i ó n " a título
d e " m e d i u m " e n el q u e m i s t e r i o s a m e n t e se reflejaría d i c h a totalidad espiritual. S e trata, e n
efecto, d e u n a " s e c u l a r i z a c i ó n d e la tradición mística"28 e n el e s p a c i o del arte y, e n ú l t i m o tér
m i n o , del lenguaje, e n c u y a " f o r m a " -su arquitectura mística, s u carácter d e R e v e l a c i ó n e n la
historia- residiría e n t o n c e s e s a " f o r m a d e la religión" tras d e la c u a l a n d a b a n los p r i m e r o s
r o m á n t i c o s . L a a p a r e n t e afinidad d e las ideas d e B e n j a m i n c o n las d e éstos n o s lleva a p r e g u n
tarnos h a s t a q u é p u n t o se identificaba c o n tales p l a n t e a m i e n t o s , y e n q u é m e d i d a se distancia
ría l u e g o d e ellos.

8 1
 3. E L M O D E L O D E L A C R I T I C A :
L A S A F I N I D A D E S E L E C T I V A S .

" C O M E N T A R 1 O " Y " C R 1 T I C A "

D e su c o n f r o n t a c i ó n c o n el u n i v e r s o del p e n s a m i e n t o r o m á n t i c o p u d o B e n j a m i n extraer
u n m o d e l o d e crítica d e arte " i n m a n e n t e " r e l a t i v a m e n t e articulado, i n c l u s o l e g i t i m a d o p o r la
tradición literaria, f u n d a d o e n u n a c o n c e p c i ó n " m á g i c a " d e la escritura, e n c u y o á m b i t o asentar
su h e r m e n é u t i c a " s a l v a d o r a " d e i m p r o n t a histórico-teológica. P o c o t i e m p o d e s p u é s , e n 1 9 2 1 ,
se a p r e s t ó a llevar a la práctica y, a su m o d o , s o m e t e r a p r u e b a e s a f o r m a d e p r o c e d e r . S e trata
d e su largo e n s a y o s o b r e L a s a f i n i d a d e s electivas d e G o e t h e , u n trabajo c i e r t a m e n t e extraordi
n a r i o y u n o d e a q u e l l o s e n d o n d e B e n j a m i n c o n d e n s a b a d e tanto e n tanto s u s ideas dispersas,
r e u n i e n d o e n u n a sola c o n s t r u c c i ó n la pluralidad d e m o t i v o s teoréticos q u e m á s le interesaban.
S c h o l e m , p o r s u parte, q u i s o r e c o n o c e r e n este escrito u n p u n t o d e inflexión e n la trayectoria
intelectual d e s u a m i g o , u n " g i r o " d e c i s i v o q u e le h a b r í a c o n d u c i d o d e s d e u n p e n s a m i e n t o
" o r i e n t a d o h a c i a el s i s t e m a " a la a d o p c i ó n d e " u n a actitud d e c o m e n t a d o r " d e textos c o n c r e
tos29. C o n todo, lo cierto es q u e el p r o p i o B e n j a m i n n o s ó l o c o n s i d e r a b a el e n s a y o c o m o u n a
"crítica", y n o " c o m e n t a r i o " , sino q u e , m á s a ú n , llegó a calificarlo p r e c i s a m e n t e d e "crítica
ejemplar"30.
B e n j a m i n c o m i e n z a p o r h a c e r u n a distinción entre " c o m e n t a r i o " y "crítica": "la crítica -
escribe- b u s c a el c o n t e n i d o d e v e r d a d [ W a h r h e i t s g e h a l t ] d e u n a o b r a d e arte, m i e n t r a s q u e el
c o m e n t a r i o se limita a e x p o n e r su c o n t e n i d o o b j e t i v o [ S a c h g e h a l t ] " [1,125]. L a relación entre
a m b o s es m á s b i e n d e o p o s i c i ó n , p u e s el p r o p i o B e n j a m i n establece, a título d e " l e y b á s i c a d e
la literatura", q u e "el c o n t e n i d o d e v e r d a d d e u n a obra, c u a n d o m á s i m p o r t a n t e es, tanto m e n o s
se e n c u e n t r a ligado, e n u n a f o r m a í n t i m a y n o aparente, a su c o n t e n i d o o b j e t i v o " [1,125]. E s t a
o p o s i c i ó n es, p o r así decir, i n v e r s a m e n t e p r o p o r c i o n a l al p a s o del t i e m p o p o r la obra, d e m o d o
q u e "los e l e m e n t o s reales" [Realien], a saber, a q u e l l o s q u e c o n s t i t u y e n su " c o n t e n i d o d e v e r
d a d " , " a p a r e c e r á n c o n m a y o r a c u i d a d e n la o b r a al o b s e r v a d o r c u a n d o m á s h a y a n d e s a p a r e c i d o
del m u n d o " [1,125]. El crítico es, p o r tanto, c o m p a r a b l e al " p a l e ó g r a f o " , q u e " d e b e c o m e n z a r
c o n la lectura del texto s u p e r p u e s t o " h a s t a d e s v e l a r las escrituras ocultas, c o n la i m p o r t a n t e
p r e c i s i ó n d e q u e el o b j e t o d e c a d a u n a d e tales escrituras sería, e n cierto m o d o , u n a escritura
anterior c u y o s caracteres q u e d a r í a n recubiertos y e n m a s c a r a d o s e n el m i s m o a c t o d e s u inter
pretación. B e n j a m i n a g r e g a e n s e g u i d a otras m e t á f o r a s a título ilustrativo: la o b r a sería c o m o
u n "atanor", d e tal m o d o q u e "la actitud del c o m e n t a r i s t a frente a la m i s m a es c o m o la del q u í
m i c o , e n tanto q u e el crítico se p a r e c e al alquimista. M i e n t r a s q u e p a r a a q u é l sólo la m a t e r i a y

8 3
 la c e n i z a s o n los ú n i c o s o b j e t o s q u e restan p a r a su análisis, p a r a éste la l l a m a m i s m a es el p e r
m a n e n t e e n i g m a , el e n i g m a d e la v i d a " [1,126]" q u e se p l a n t e a c o n la m á x i m a claridad allí
d o n d e m á s patente es la a p a r i e n c i a d e i n m o r t a l i d a d d e la obra, su a p a r e n t e p e r m a n e n c i a e n el
t i e m p o " . S ó l o e n t o n c e s p o d r í a ser o p o r t u n a m e n t e p l a n t e a d a la q u e B e n j a m i n d e n o m i n a "la
c u e s t i ó n crítica f u n d a m e n t a l " , i n a c c e s i b l e a la crítica c o n t e m p o r á n e a d e la o b r a : " l a d e s a b e r si
la a p a r i e n c i a d e u n c o n t e n i d o d e v e r d a d e s d e b i d a al c o n t e n i d o o b j e t i v o , o si la v i d a q u e el
c o n t e n i d o objetivo p u e d a tener p r o v i e n e del c o n t e n i d o d e v e r d a d " [1,126].
" C o n t e n i d o d e v e r d a d " y " c o n t e n i d o o b j e t i v o " serían, e n principio, inderivables el u n o
del otro. El " c o n t e n i d o objetivo", sin e m b a r g o , p o d r í a ser c o n s i d e r a d o c o m o el "sello" c o n el
q u e la c o s a se e x p o n e , d e m o d o q u e su a u t é n t i c o y o c u l t o c o n t e n i d o , sostiene B e n j a m i n , " e s
ú n i c a m e n t e c o n c e b i b l e e n la e x p e r i e n c i a filosófica d e su c r e a c i ó n p o r la divinidad, y e v i d e n t e
ú n i c a m e n t e e n la c o n t e m p l a c i ó n b i e n a v e n t u r a d a del n o m b r e d i v i n o " [1,128], S ó l o así "la c o n
s i d e r a c i ó n perfecta del c o n t e n i d o objetivo d e las c o s a s existentes t e r m i n a c o i n c i d i e n d o c o n su
c o n t e n i d o d e v e r d a d . El c o n t e n i d o d e v e r d a d -la v e r d a d del objeto- se r e v e l a c o m o el c o n t e n i
d o o b j e t i v o m i s m o " [1,128]. Ello c o n s t i t u y e u n a b a s t a n t e clara e v o c a c i ó n d e la p e r s p e c t i v a
ideal q u e h a b r á d e g u i a r al crítico e n su tarea d e f o r m u l a r el " c o n t e n i d o d e v e r d a d " , e n c u y o
m a r c o t e o l ó g i c o t e n d e r á a q u e d a r i n t e g r a d o el " c o n t e n i d o objetivo", es decir, los e l e m e n t o s
p r o f a n o s q u e la o b r a e x p o n e " .
E s a " e x p e r i e n c i a filosófica" n o es e n a b s o l u t o i n m e d i a t a . P u e s t o q u e el crítico, e n parti
cular, h a d e enfrentarse c o n la m e d i a c i ó n d e la técnica d e la obra. Ella "sirve p a r a establecer e n
la o b r a el límite entre u n estrato superior, libre, y u n estrato p r o f u n d o , e s c o n d i d o " [1,145].
E s c o n d i d o , p o r cierto, incluso p a r a su p r o p i o autor, G o e t h e e n este caso: "lo q u e el p o e t a t u v o
e n claro c o n r e s p e c t o a su técnica, r e c o n o c i d o y a e n su parte f u n d a m e n t a l p o r la crítica c o e t á
nea, se refiere a los d a t o s objetivos del t e m a desarrollado, p e r o s e ñ a l a los límites r e s p e c t o a su
c o n t e n i d o d e v e r d a d , del cual ni el escritor ni los críticos d e a q u e l e n t o n c e s p u d i e r o n tener c o n
c i e n c i a " [1,145]. B e n j a m i n alude, p o r tanto, a u n cierto material o c o m p o n e n t e " n o intencio
nal", e x t r a ñ o al sujeto, q u e d e j a s u huella e n el " c o n t e n i d o o b j e t i v o " al q u e se s o m e t e la técni
ca: " p u e s t o q u e p a r a el p o e t a el e n i g m a m i s m o reside e n la e x p o s i c i ó n del c o n t e n i d o objetivo,
e n i g m a c u y a s o l u c i ó n h a d e b u s c a r e n la t é c n i c a " [1,146]. B e n j a m i n atribuye a la técnica la
f u n c i ó n d e a s e g u r a r la s a l v a g u a r d i a del " s e c r e t o " d e q u e se halla e n v u e l t o el a u t é n t i c o " c o n t e
n i d o d e v e r d a d " d e la n o v e l a g o e t h i a n a . L a técnica d e la o b r a literaria se n o s a p a r e c e c o m o u n
r e c u r s o d e e n c u b r i m i e n t o , u n "sello" b a j o c u y a figura d e e x p o n e u n " c o n t e n i d o o b j e t i v o " a la
v e z q u e se o c u l t a u n " c o n t e n i d o d e v e r d a d " . El " c o n t e n i d o objetivo", c u y a d e t e r m i n a c i ó n
c o n s t i t u y e la tarea del " c o m e n t a r i o " , sería e n t o n c e s a c c e s i b l e tanto al a u t o r d e la o b r a c o m o a
sus m á s p e r s p i c a c e s c o n t e m p o r á n e o s . P e r o n o así el " c o n t e n i d o d e v e r d a d " , q u e haría d e a q u é l
s u p r e s u p u e s t o y q u e p o d r í a tal v e z ser c a r a c t e r i z a d o , p o r el m o m e n t o , c o m o a q u e l c o n t e x t o d e
sentido q u e la historia, a m o d o d e s e d i m e n t o , h a ido c o n f i r i e n d o a u n a o b r a c o n s a g r a d a p o r el
t i e m p o . E s t e c o n t e n i d o es el q u e d e t e r m i n a lo q u e p o d r í a m o s d e s i g n a r c o m o la f e c u n d i d a d
m e t a f í s i c a d e la o b r a . O . si s e q u i e r e , e n la p e r s p e c t i v a d e B e n j a m i n , c o m o s u d e n s i d a d t e o l ó
gica'4.

8 4
 E L M I T O C O M O " T E S I S " ;
L A R E D E N C I Ó N C O M O " A N T Í T E S I S "

S e g ú n B e n j a m i n , el t e m a central d e las A f i n i d a d e s electivas n o sería, c o m o u n a m i r a d a

superficial p u d i e r a llevar a creer, el m a t r i m o n i o , sino el mito. M á s a ú n , el m a t r i m o n i o n o se
p r e s e n t a e n la n o v e l a sino e n el m o m e n t o d e su crisis, es decir, c u a n d o el a m o r q u e lo h a b r í a
d e legitimar resulta v e n c i d o p o r atracciones irresistibles q u e lo p e r t u r b a n d e s d e el m u n d o e x t e
rior. E s e n t o n c e s c u a n d o p a s a a u n p r i m e r p l a n o la d i m e n s i ó n ético-jurídica s o b r e c u y a b a s e
f o r m u l ó K a n t su célebre definición del m a t r i m o n i o [1,127]. E s o s lazos institucionales r e s p o n
derían, c o m o s a b e m o s , a "las f u e r z a s m í t i c a s del d e r e c h o " [1,130]. P r e c i s a m e n t e c o n ellas
e n t r a n e n conflicto esas otras a f i n i d a d e s m á s p r o f u n d a s y originarias q u e el p r o p i o d e r e c h o tra
taría d e e x o r c i s a r a través del m a t r i m o n i o .
L a r e p r e s e n t a c i ó n d e tales fuerzas s u b t e r r á n e a s i n t r o d u c e e n la n o v e l a u n a i m a g e n d e la
naturaleza, e n c u y o m a r c o se d e b a t e n los personajes, c o m o u n d o m i n i o " m í t i c o " lleno d e p o d e
res o c u l t o s q u e p e r m a n e n t e m e n t e a m e n a z a n c o n la catástrofe. B e n j a m i n a s o c i a esta i m a g e n a
la notoria a m b i g ü e d a d d e la idea g o e t h i a n a d e la naturaleza, oscilante entre su d e t e r m i n a c i ó n
c o m o " p r o t o f e n ó m e n o " - e x p r e s i ó n d e u n a totalidad arquetípica e n el f e n ó m e n o particular y s u
c o n s i g u i e n t e d i s p e r s i ó n e n u n c a o s d e " s í m b o l o s " - " p u e s c o m o tales se le a p a r e c e n los protofe-
n ó m e n o s " [1,148]- d o n d e c a d a a c o n t e c i m i e n t o natural es e l e v a d o al r a n g o d e p r o t o t i p o mítico,
p l e n o d e s i g n i f i c a c i ó n m á g i c a ; la n a t u r a l e z a a d q u i e r e así el a s p e c t o " d e m o n í a c o " d e u n a
" p a n a r q u í a i n f o r m e " d o n d e v i d a y m u e r t e se c o n f u n d e n [1,150]. " T r a t é d e s a l v a r m e d e e s e ser
terrible", d e c l a r ó G o e t h e " . S e trata, pues, d e la visión d e la n a t u r a l e z a c o m o "destino": b a j o el
p r i s m a d e l a " a n g u s t i a a n t e l a m u e r t e " [ 1 , 1 5 1 ].
El d e s t i n o es d e f i n i d o p o r B e n j a m i n , d e la m i s m a m a n e r a q u e e n el escrito d e 1 9 1 9 ,
c o m o "el s i s t e m a d e c u l p a s entre los seres v i v o s " [1,137], E s t o significa q u e h a y e n ellos, e n
tanto q u e "criaturas" e x p u l s a d a s del paraíso, u n a c u l p a b i l i d a d natural q u e n o se f u n d a e n la
e s f e r a d e la m o r a l i d a d , s i n o q u e m á s b i e n la i n c l u y e e n sí. L a s s i g u i e n t e s frases, r e f e r i d a s a l o s
p e r s o n a j e s d e la n o v e l a , p u e d e n aplicarse así m i s m o a t o d a criatura h u m a n a e n general, c u a n d o
m e n o s e n el s e n t i d o e n t r a ñ a d o p o r las o r i e n t a c i o n e s y referencias bíblicas s u g e r i d a s p o r el p r o
p i o B e n j a m i n : " c u a n d o ellos c a e n , p o r d e s a t e n d e r lo h u m a n o , b a j o el p o d e r d e la naturaleza, la
v i d a natural los e m p u j a h a c i a a b a j o , u n a v i d a natural frente a la c u a l los h o m b r e s n o se
e n c u e n t r a n p r o t e g i d o s p o r u n a i n o c e n c i a q u e la s u b o r d i n a a a l g o superior. C o n la d e s a p a r i c i ó n
d e la v i d a s o b r e n a t u r a l e n los h o m b r e s , la v i d a natural m i s m a se c o n v i e r t e e n culpable, sin q u e
p o r ello se p r o d u z c a n actos c o n t r a la m o r a l i d a d . P u e s t o q u e es c o n s e c u e n c i a del m e r o vivir q u e
el h o m b r e se m a n i f i e s t e c o m o culpable. L a d e s g r a c i a q u e se e x t i e n d e s o b r e él n o es contrarres
t a d a " [1,139]. E s fácil advertir c ó m o se e s f u e r z a B e n j a m i n e n desligar la n o v e l a d e G o e t h e res
p e c t o d e t o d a c o n t e m p l a c i ó n d e s i g n o e x c l u s i v a m e n t e ético, q u e la interpretase, p o r e j e m p l o ,
c o m o u n a e x p o s i c i ó n del conflicto entre la c o n d i c i ó n m o r a l del m a t r i m o n i o y las inclinaciones
sensuales. S e orienta d e c i d i d a m e n t e h a c i a la teología. Si el " f u n d a m e n t o " e s c o n d i d o d e las
A f i n i d a d e s electivas era la n a t u r a l e z a mítica, su v í c t i m a es la criatura c u l p a b l e ante D i o s . Si el
" m i t o " era la "tesis" d e la crítica, la " r e d e n c i ó n " constituirá su "antítesis".
A h o r a bien, s u c e d e q u e las A f i n i d a d e s electivas, in i c i a l m e n t e c o n c e b i d a s c o m o u n rela
to breve, t e r m i n a r o n p o r adquirir la f o r m a d e n o v e l a . P e r o su carácter d e relato h a b r í a p e r d u r a

8 5
 d o e n ella, s e g ú n a p u n t a B e n j a m i n , d e u n a m a n e r a encubierta. B e n j a m i n b a s a su interpretación
e n la enfática "actitud d e n a r r a d o r " - d e s o b r i o "relator"- q u e a d o p t a G o e t h e r e s p e c t o a los
a c o n t e c i m i e n t o s c o n s i g n a d o s . G o e t h e " r e n u n c i ó a introducir la participación del lector c o m o
parte central d e la a c c i ó n " [1,167], la cual p e r m a n e c e " i n a c c e s i b l e " a sus " i n t e n c i o n e s i n m e d i a
tas". E n ello se m a n i f i e s t a la t e n d e n c i a d e relato s u b y a c e n t e a la n o v e l a : " p u e s t o q u e m i e n t r a s
u n a n o v e l a arrastra al lector c o n t r a su v o l u n t a d h a c i a su interior, c o m o u n vórtice, el relato, e n
c a m b i o , s a c a d e s u m e d i o , e x c l u y e d e su círculo m á g i c o , a t o d o lo v i v i e n t e " [1,168]. L a dife
r e n c i a c i ó n entre relato y n o v e l a d e s e m p e ñ a r í a d e s p u é s , y a e n s u s a ñ o s d e "materialista históri
co", u n i m p o r t a n t e p a p e l e n la c o n c e p c i ó n b e n j a m i n i a n a d e la " p é r d i d a d e e x p e r i e n c i a " c o m o
característica esencial d e la m o d e r n i d a d , y d e " p é r d i d a d e a u r a " c o m o principal a r g u m e n t o
h e r m e n é u t i c o e n la c o n f r o n t a c i ó n del arte m o d e r n o . E n s u s C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e N i k o l a i
L e s k o v , d e 1 9 3 6 , B e n j a m i n traza u n c u a d r o s u m a r i o d e la historia del "arte d e narrar". E x p o n e
su desarrollo d e s d e los a n t i g u o s relatos d e t r a n s m i s i ó n oral, y su d e c a d e n c i a d e s d e el surgi
m i e n t o d e la n o v e l a h a s t a el triunfo d e la i n f o r m a c i ó n e n n u e s t r o s días. L a d e c a d e n c i a d e la
tradición narrativa n o sería sino u n e p i s o d i o d e la p é r d i d a d e s e n t i d o d e la tradición e n general,
d e la e x p e r i e n c i a preilustrada del universo. L a f a m i l i a r i d a d d e G o e t h e c o n d i c h a e x p e r i e n c i a ,
d e la q u e es t e s t i m o n i o su c o n c e p c i ó n m í t i c a d e la naturaleza, y a c e , p o r tanto, e n la b a s e d e la
o r i e n t a c i ó n d e la n o v e l a h a c i a la f o r m a d e relato.
P e r o la interpretación d e B e n j a m i n se c e n t r a s o b r e t o d o e n la v a l o r a c i ó n del b r e v e c u e n
to q u e e f e c t i v a m e n t e a p a r e c e e n la n o v e l a , inserto e n su acción, c o m o depositario d e e s a c l a v e
o c u l t a q u e , d e s p l e g a d a e n la técnica d e la obra, e x p o n d r í a e n u n " e n i g m a " su a u t é n t i c o " c o n t e
n i d o objetivo". E s e relato es el d e L o s e x t r a ñ o s vecinitos, d o n d e se n a r r a la historia d e u n a m o r
m a n t e n i d o e n secreto d u r a n t e largo t i e m p o , y q u e sólo c o n o c a s i ó n del intento d e suicidio d e la
p r o t a g o n i s t a sale f i n a l m e n t e a la luz. L a c o s a t e r m i n a así, a diferencia d e lo q u e o c u r r e e n la
n o v e l a , entre b e n d i c i o n e s y parabienes. S e g ú n B e n j a m i n , este relato n o s o f r e c e la figura ideali
z a d a d e la afinidad electiva. S u s p e r s o n a j e s v i v e n e n la inocencia, " m á s allá d e la libertad o el
d e s t i n o " [1,170]. N o s o n v e r d a d e r o s sujetos. P o r el contrario, los a m a n t e s d e la n o v e l a se d e b a
ten sin r e m e d i o entre su c o n d i c i ó n d e sujetos s o b e r a n o s y su i n e x o r a b l e d e p e n d e n c i a r e s p e c t o
d e u n d e s t i n o natural. V i v e n c u l p a b l e m e n t e p o r q u e se c r e e n c o n d e r e c h o a b u s c a r su libertad
e n u n m e d i o q u e n o s a b e n r e c o n o c e r c o m o mítico, y así t r a s p a s a n los límites i m p u e s t o s p o r el
m a t r i m o n i o , p r o d u c t o d e e s a s u p u e s t a libertad. E s a e s a c o n t r a d i c c i ó n a la q u e r e s p o n d e el
carácter a p a r e n t e d e la f o r m a novelística e n la obra. E n tanto q u e n o v e l a , p r e s e n t a la estructura
d r a m á t i c a i m p l i c a d a p o r la i n t e r v e n c i ó n d e la libre c o n c i e n c i a individual d e los personajes, d e
c u y a interioridad se h a c e partícipe el lector; e n tanto q u e relato, sin e m b a r g o , la o b r a q u e d a
p r e s a e n el "círculo m á g i c o " d e la a c c i ó n é p i c a d o t a d a d e la a u t o r i d a d l e g e n d a r i a d e la tradi
ción.
E s t a s i d e a s se c o n j u g a n c o n la i n t e n c i ó n b e n j a m i n i a n a d e situar las A f i n i d a d e s
electivas, es decir, tanto el c u e r p o p s e u d o n o v e l í s t i c o principal c o m o el b r e v e c u e n t o intercala
do, e n u n m i s m o p l a n o narrativo -el d e la f o r m a "relato"-, a fin d e facilitar la d e t e r m i n a c i ó n d e
s u s c o r r e s p o n d e n c i a s c o m o figuras e x t r e m a s d e u n o r d e n mítico: p o r u n lado, la figura tética
d e su positividad a p a r e n t e m e n t e inapelable, i m a g e n d e la c u l p a b i l i d a d q u e la " d o c t r i n a " atribu
y e a la criatura "caída"; p o r otro, la figura o p u e s t a d e la i n o c e n c i a ideal, del originario " e s t a d o
d e la c r e a c i ó n " . D e h e c h o , B e n j a m i n c o n s i d e r a "indiscutible" q u e "los m o t i v o s m í t i c o s d e la
n o v e l a c o r r e s p o n d e n a los del relato c o m o m o t i v o s d e r e d e n c i ó n " , d e m o d o q u e "si se p r e t e n d e
d e s i g n a r lo m í t i c o c o m o tesis d e la n o v e l a , d e b e v e r s e e n el relato la antítesis" [1,171], "el jui
cio final q u e brota del infierno o s c u r o " d e la falsa n o v e l a [1,169]*.

8 6
 L A E S P E R A N Z A C O M O " S I N T E S I S " ;
B E L L E Z A Y A P A R I E N C I A

L a u b i c a c i ó n del e s p a c i o " r e d e n t o r " e n e s e i n g e n u o relato, c u y o carácter f i n a l m e n t e

u t ó p i c o se h a c e tanto m á s ostensible c u a n t o q u e s u s p r o t a g o n i s t a s a p a r e c e n fuera d e la historia,
c o m o a r q u e t i p o s inaccesibles d e s d e el c o n t e x t o c u l p a b l e d e la n a r r a c i ó n principal, p o n e a u n
t i e m p o e n e v i d e n c i a la i m p o s i b i l i d a d d e " r e c o n c i l i a c i ó n " d e n t r o d e los límites del mito. A q u í
s ó l o h a b r í a l u g a r p a r a la r e s i g n a c i ó n a n t e el d e s t i n o y el "sacrificio". E n esta p e r s p e c t i v a .
G o e t h e e n t r e m e z c l a r í a m o t i v o s m í t i c o s c o n e l e m e n t o s extraídos del u n i v e r s o cristiano: Ottilie,
la h e r m o s a d o n c e l l a c u y a i n o c e n t e a p a r i e n c i a d e s e n c a d e n a la catástrofe e n la n o v e l a , estaría
d e s t i n a d a a e x p i a r las c u l p a s d e t o d o s d e j á n d o s e m o r i r sin o p o n e r la m e n o r resistencia. L a
ú n i c a o p o r t u n i d a d d e " r e d e n c i ó n " se presenta, e n efecto, b a j o la f o r m a d e la "antítesis"".
P a r e c e claro q u e s e m e j a n t e " r e d e n c i ó n " n o p o d í a c u m p l i r s e e n sí m i s m a , sino q u e n e c e
sitaba d e u n a p r o l o n g a c i ó n e n la q u e "tesis" y "antítesis" e n c o n t r a s e n la "síntesis" c o r r e s p o n
diente. D e h e c h o , es e n ella d o n d e se d e s v e l a el s e n t i d o d e la crítica y se i l u m i n a la relación
entre ésta y la obra. E n efecto, s e ñ a l a B e n j a m i n , "la crítica b u s c a los h e r m a n o s d e u n a o b r a d e
arte. Y t o d a o b r a d e arte auténtica tiene u n h e r m a n o e n el terreno d e la filosofía" [1,172]. E s e
p a r e n t e s c o indica el p u n t o d e c o n f l u e n c i a d e arte y filosofía. El n ú c l e o d e e s a " h e r m a n d a d " es
lo q u e B e n j a m i n d e n o m i n a "ideal del p r o b l e m a " q u e y a c e o c u l t o e n la m u l t i p l i c i d a d d e las
o b r a s d e arte, y la tarea d e la crítica consistirá p r e c i s a m e n t e e n e x p o n e r l o a la luz. Así, lo q u e
la crítica d e s t a c a e n la o b r a es "la posibilidad virtual d e la f o r m u l a c i ó n d e su c o n t e n i d o d e v e r
d a d c o m o u n s u p r e m o p r o b l e m a filosófico; p r e t e n d i e n d o , p o r r e s p e t o a la p r o p i a obra, y asi
m i s m o p o r r e s p e t o a la v e r d a d q u e contiene, q u e e s a v e r d a d consista e n la f o r m u l a c i ó n m i s m a "
[1,173], E s c l a r o q u e tal i n d i f e r e n c i a c i ó n entre el " c o n t e n i d o d e v e r d a d " y s u f o r m u l a c i ó n e n la
c r í t i c a f i l o s ó f i c a r e s p o n d e al e s p í r i t u d e " i n m a n e n c i a " q u e g u í a el p r o c e d i m i e n t o
b e n j a m i n i a n o ' 8 .
A s í , el " i d e a l d e l p r o b l e m a " n o e s o t r o q u e el d e la r e a l i d a d d e la " r e d e n c i ó n " .
B e n j a m i n lo f o r m u l a a partir d e u n e x a m e n del p e r s o n a j e d e Ottilie, v í c t i m a principal, c u y o
fatal e s p l e n d o r p e r m i t e t e m a t i z a r el p r o b l e m a crucial d e la relación entre v e r d a d y belleza e n el
arte. D e s c r i b e a Ottilie c o m o u n a figura llena d e a m b i g ü e d a d e s . H a b l a d e la " m a g i a p e l i g r o s a
d e s u i n o c e n c i a " [1,175], del s ó l o a p a r e n t e carácter d e s u p u r e z a y su h e r m o s u r a , q u e privaría
d e v a l o r a su sacrificio [1,184]. A esta i m a g e n c o n t r a p o n e B e n j a m i n la del p e r f e c t o a m o r , "sal
v a d o p o r la p r e s e n c i a d e D i o s " [1,187], d e la p a r e j a del relato. L a s " a f i n i d a d e s " d e la n o v e l a se
hallarían, p o r cierto, m u y p o r d e b a j o d e s e m e j a n t e s i m p u l s o s . E n la belleza d e Ottilie d o m i n a
u n e l e m e n t o p r o f a n o , al q u e d e b e su f u e r z a d e s e d u c c i ó n , q u e B e n j a m i n c o n t e m p l a c o m o e s e
m o m e n t o d e m e r a a p a r i e n c i a " d e m o n í a c a " q u e alejaría la belleza d e la v e r d a d [1,829s].
E n efecto, " t o d o lo e s e n c i a l m e n t e h e r m o s o está s i e m p r e y n e c e s a r i a m e n t e , p e r o e n g r a
d o s i n f i n i t a m e n t e diferentes, u n i d o a la a p a r i e n c i a " [1,194]. E s t a v i n c u l a c i ó n c o n la a p a r i e n c i a
se m a n i f e s t a r í a c o n la m a y o r i n t e n s i d a d e n el c o n t e x t o d e lo viviente, p u e s " t o d o lo viviente
(...) e s t á e x c l u i d o d e l r e i n o d e l o e s e n c i a l m e n t e h e r m o s o , y, p o r l o t a n t o , la b e l l e z a e s e n c i a l
s ó l o se r e v e l a e n él c o m o a p a r i e n c i a " [1,194]. L a i n c o m p a t i b i l i d a d entre v i d a y b e l l e z a se
f u n d a e n la n e g a t i v a d e B e n j a m i n a c o n s i d e r a r el m u n d o -es decir, e n t é r m i n o s d e la "doctri
na", la " c r e a c i ó n " - c o m o u n f e n ó m e n o e s e n c i a l m e n t e "estético". N i n g u n a "criatura" es e s e n

8 7
 c i a l m e n t e bella e n tanto se m a n t e n g a e n vida. P o r e s o d e b e r á p a g a r Ottilie p o r su h e r m o s u r a ,
q u e n o sería lo esencial e n el a m o r , sino s ó l o su a s p e c t o i n m e d i a t o , i m p u r o .
A s í m i s m o , " n i n g u n a o b r a d e arte p u e d e p a r e c e r v i v a e n f o r m a directa sin c o n v e r t i r s e
e n p u r a a p a r i e n c i a y c e s a r d e ser u n a o b r a d e arte. L a v i d a q u e late e n ella d e b e c o n g e l a r s e y
p a r e c e r c o m o si h u b i e s e s i d o e l i m i n a d a m o m e n t á n e a m e n t e " [1,180s]. El " l e n g u a j e " e n q u e se
m a n i f i e s t a e s a " e s e n c i a " , "lo q u e o t o r g a c o n t e n i d o a e s a a p a r i e n c i a q u e e x c l u y e el m o v i m i e n
t o " es, s u g i e r e B e n j a m i n , "lo c a r e n t e d e e x p r e s i ó n " [ A u s d r u c k l o s e ] . S e trata d e "la f u e r z a críti
c a q u e n o a l c a n z a a escindir, e n la o b r a d e arte, la a p a r i e n c i a d e lo esencial, p e r o sí le i m p i d e
c o n f u n d i r s e " [1,181]. " E n lo i n e x p r e s i v o a p a r e c e la f u e r z a s u b l i m e d e lo v e r d a d e r o , e n c u a n t o
d e t e r m i n a el l e n g u a j e d e la v e r d a d c o n f o r m e a las leyes del m u n d o m o r a l . E s e l e n g u a j e destru
y e t o d o lo q u e , e n las h e r m o s a s apariencias, subsiste c o m o h e r e n c i a del caos: la totalidad falsa,
extraviante -la totalidad absoluta. S ó l o la l o g r a la o b r a q u e es d e s t r o z a d a , c o n v i r t i é n d o s e e n
f r a g m e n t o d e l m u n d o v e r d a d e r o , e n el t o r s o d e u n s í m b o l o " [1,181], tal c o m o h a d e p o n e r s e e n
e v i d e n c i a m e d i a n t e su d i s g r e g a c i ó n e n el c o n t e x t o d e la crítica. " E x p r e s i ó n " es a q u í la p r e s e n
cia d e la t r a m a d e a p a r i e n c i a vital, d e totalidad o r g á n i c a , d e c o n t i n u i d a d e n el desarrollo d e la
obra, q u e se n o s o f r e c e c o m o " s í m b o l o " o perfecta r e p r e s e n t a c i ó n d e u n " m u n d o v e r d a d e r o " ;
e s t o es, c o m o si se tratase e f e c t i v a m e n t e d e u n a v i v a " c r e a c i ó n " a partir d e la n a d a , o a c a s o u n
s i m p l e " c o n j u r o " m á g i c o [1,180s]. L a " e x p r e s i ó n " es a q u í el a s p e c t o positivo d e la belleza, q u e
la v i n c u l a a la e x i g e n c i a subjetiva d e " r e c o n c i l i a c i ó n " e n el s e n o d e lo viviente. P o r su parte,
"lo i n e x p r e s i v o " interviene e s e n c i a l m e n t e e n la f o r m a d e u n a " c e s u r a " o " i n t e r r u p c i ó n " d e e s a
t r a m a . B e n j a m i n se r e m i t e d e n u e v o a H ó l d e r l i n , q u i e n , a p r o p ó s i t o d e la tragedia, h a c e d e e s a
" c e s u r a " o " i n t e r r u p c i ó n c o n t r a r r í t m i c a " el p u n t o d o n d e tiene l u g a r la " p u r a p a l a b r a " , "la
r e p r e s e n t a c i ó n m i s m a " , y n o el fluir del d i s c u r s o p u e s t o al servicio d e los fines s u b j e t i v o s
[1,181]. P u e s "la v e r d a d se r e v e l a e n la e s e n c i a del l e n g u a j e " [1,197], q u e se m o s t r a r í a ú n i c a
m e n t e e n los intersticios d e j a d o s p o r la " e x p r e s i ó n " del sujeto, r e p u t a d o c o m o mítico, o d e la
c e r r a d a totalidad d e la o b r a d e arte, d o n d e la belleza se a p r o x i m a a la " m a g i a " .
L a s i n u o s a c o n s t r u c c i ó n m e t a f í s i c a d e B e n j a m i n se c o m p l e t a c o n u n a h e r m é t i c a c o n s i
d e r a c i ó n d e la b e l l e z a c o m o "esencia". " L o i n e x p r e s i v o " es la n e g a c i ó n d e la a p a r i e n c i a e n el
s e n o m i s m o d e la apariencia. O m e j o r : es la m a n i f e s t a c i ó n d e "lo i n e x p r e s a b l e " . P u e s la belle
z a se c o n c i b e c o m o " u n a e s e n c i a " q u e " e s e n c i a l m e n t e p e r m a n e c e e n c u b i e r t a " [1,195]. Así, "la
h e r m o s a a p a r i e n c i a es la c o b e r t u r a d e lo m á s n e c e s a r i a m e n t e e n c u b i e r t o . P u e s t o q u e ni la
c o b e r t u r a ni el o b j e t o e n c u b i e r t o es la h e r m o s u r a m i s m a , sino q u e consiste e n el o b j e t o e n s u
c o b e r t u r a . Si f u e r a d e s c u b i e r t o , d e m o s t r a r í a ser i n f i n i t a m e n t e d e s l u c i d o " [1,195]. P o r esta
r a z ó n , la crítica " n o d e b e levantar la c o b e r t u r a q u e e n c u b r e el objeto, sino m á s b i e n constituir
lo, m e d i a n t e u n c o n o c i m i e n t o preciso, e n el e n c u b r i m i e n t o q u e h a c e p o s i b l e la v e r d a d e r a intui
c i ó n d e lo h e r m o s o " , c u y o " f u n d a m e n t o o n t o l ó g i c o " n o es otro q u e el " m i s t e r i o d e la divini
d a d " , inasequible, p o r s u p u e s t o , a la "criatura" [1,1 9 5 ] " .
F i n a l m e n t e , la crítica sólo p u e d e ofrecer la " f o r m u l a c i ó n " del " c o n t e n i d o d e v e r d a d " a
título d e e n i g m a , b a j o la figura d e u n d i s c u r s o q u e f r a g m e n t a la o b r a al t i e m p o q u e p r o c e d e a
s u " r e d e n c i ó n " : la p r e s e n t a c o m o " t o r s o " y así m u e s t r a e n ella la e n c u b i e r t a p r e s e n c i a d e " l o
c a r e n t e d e e x p r e s i ó n " c o m o f u n d a m e n t o s a l v a d o r d e la bella apariencia. B e n j a m i n b u s c a e n la
p r o p i a o b r a u n a i m a g e n del m o m e n t o d e "interrupción", la " c e s u r a " e n q u e se q u i e b r a la a p a
riencia d e totalidad. Y e n c u e n t r a e s e p u n t o r e v e l a d o r e n u n a o b s e r v a c i ó n e m b l e m á t i c a referida
al a b r a z o fatídico d e E d u a r d y Ottilie, los a m a n t e s culpables: " L a e s p e r a n z a p a s ó s o b r e s u s
c a b e z a s c o m o u n a estrella f u g a z " [1,200]. S i n d e m a s i a d o s e s c r ú p u l o s , B e n j a m i n e x t r a e la frase
d e s u c o n t e x t o e n la n o v e l a d e G o e t h e , la interpreta a s u m a n e r a y apostilla: " N o p o d í a n a d v e r

8 8
 tirla, y n o p o d í a d e c i r s e m á s c l a r a m e n t e q u e la ú l t i m a e s p e r a n z a n o c o r r e s p o n d e a q u i e n la
abrigue, s i n o s ó l o a a q u é l l o s p a r a los c u a l e s h a s i d o a b r i g a d a " [1,200]. S e explicaría d e este
m o d o la "actitud d e n a r r a d o r " e n la q u e G o e t h e se m a n t i e n e , p u e s s ó l o el n a r r a d o r p u e d e " c o n
s u m a r el s e n t i d o d e los a c o n t e c i m i e n t o s " y así h a c e r q u e s u s m a l o g r a d o s protagonistas, v e n c i
d o s p o r el m e d i o m í t i c o e n el q u e b r e g a b a n , participen t o d a v í a d e la e s p e r a n z a , es decir, d e la
n u e s t r a r e s p e c t o a ellos. L a s A f i n i d a d e s electivas a c a b a , e n efecto, c o n u n a a l u s i ó n e n la q u e se
n i e g a a la m u e r t e la ú l t i m a p a l a b r a e n lo q u e c o n c i e r n e a los a m a n t e s c u y o d r a m a se n o s h a
descrito: " ¡ q u é d i c h o s o m o m e n t o será a q u e l e n q u e se v u e l v a n a d e s p e r t a r juntos!". Y el e n s a
y o d e B e n j a m i n se cierra, e n c o n s e c u e n c i a , c o n la c o n o c i d a f ó r m u l a p a r a d ó j i c a , d e o r i g e n
p a t e n t e m e n t e k i e r k e g a a r d i a n o , a la q u e tantas v e c e s se remitiría l u e g o A d o r n o : "la e s p e r a n z a
sólo n o s h a sido d a d a p a r a los d e s e s p e r a d o s " [1,201].
P e r o e s la a m b i g ü e d a d , y n o la p a r a d o j a , la f i g u r a d o m i n a n t e e n e s t a s f ó r m u l a s .
" F i n a l m e n t e , la e s p e r a n z a se justifica e n la a p a r i e n c i a d e reconciliación, y la frase d e Platón,
p o r contradictoria q u e sea, s e g ú n la c u a l d e b e q u e r e r s e la a p a r i e n c i a del bien, e n c u e n t r a su
ú n i c a e x c e p c i ó n . P u e s t o q u e es necesario, m á s a ú n , d e b e q u e r e r s e a la a p a r i e n c i a d e reconcilia
ción: e n ella s o l a m e n t e h a b i t a la e s p e r a n z a p o s t r e r a " [1,200]. L a " a p a r i e n c i a d e r e c o n c i l i a c i ó n "
es la q u e p r o c u r a r í a la c u l p a b l e belleza del arte, r e p r e s e n t a d a p a r a los a m a n t e s e n la m e t á f o r a
d e la estrella f u g a z c o m o p u n t o d e luz q u e se p i e r d e i n a l c a n z a b l e e n la lejanía. D e este m o d o , a
la d e s e s p e r a c i ó n p r o p i a del á m b i t o mítico, d e s d e d o n d e n o se atisbaría otra salida q u e el sacri
ficio -"tesis"-, c o n t r a p o n e B e n j a m i n la " a p a r i e n c i a d e r e c o n c i l i a c i ó n " estética -"antítesis"-,
q u e a b r e las p u e r t a s a u n a d i m e n s i ó n " s a l v a d o r a " d e o r d e n t e o l ó g i c o -"síntesis"- d o n d e se
c u m p l i r í a , e n su f r a g m e n t a c i ó n c o m o "torso", la " f o r m u l a c i ó n " del " c o n t e n i d o d e v e r d a d " d e
e s a apariencia.
E n e s a estructura se advierte la a m b i v a l e n c i a c o n q u e B e n j a m i n a f r o n t a b a t o d a v í a el
u n i v e r s o del mito. E n u n p a s a j e d e t o n o p o l é m i c o , e n el q u e a j u s t a b a s u s c u e n t a s c o n la inter
p r e t a c i ó n q u e el g e o r g e a n o G u n d o l f h a b í a h e c h o d e la o b r a d e G o e t h e , p r e s e n t a n d o al p o e t a
b a j o la figura del " h é r o e mítico"4", e n c o n t r a m o s u n a s p o c a s frases e n las q u e el p r o b l e m a p a r e
c e a d q u i r i r u n a f o r m a m á s precisa. B e n j a m i n s u b r a y a la relación d e " e x c l u s i ó n r e c í p r o c a "
existente entre la v e r d a d y el mito: "allí d o n d e a la v e r d a d le s e a p o s i b l e presentarse, ello sólo
es factible a c o n d i c i ó n del r e c o n o c i m i e n t o del m i t o , a saber, r e c o n o c i e n d o su destructiva indi
ferencia frente a la v e r d a d " [1,162]. El p r o c e s o d e la crítica es, p o r tanto, el del " r e c o n o c i m i e n
to del m i t o " e n el c o n t e x t o d e la e x p r e s i ó n estética, e n el " m e d i u m del arte", c o m o p r o p o n í a n
los r o m á n t i c o s . P e r o e s e " r e c o n o c i m i e n t o " lo e x p o n e B e n j a m i n e n u n l e n g u a j e c u y o s t é r m i n o s
a d m i t e n s i e m p r e u n a d o b l e lectura, p r o f a n a y sagrada. El f u n d a m e n t o d e esta a m b i g ü e d a d resi
de, d e s d e luego, e n su indistinción entre la "tradición" cultural y la religiosa, entre la historia
d e lo escrito y la Escritura sagrada. L a o b r a d e arte, q u e el crítico a b o r d a b a j o la figura del
m i t o , se c o n v i e r t e e n el e s p a c i o d e u n a R e v e l a c i ó n q u e se p r e s e n t a e n f o r m a d e " e n i g m a " :
c o m o u n "misterio". El mito, m a r c a d o p o r su "destructiva indiferencia" r e s p e c t o a la v e r d a d ,
participaría f i n a l m e n t e d e ella p o r la vía indirecta del u n i v e r s o estético e n el q u e se refugia4'.
 4. C R I T I C A T E O L O G I C A

E L A N G E L U S N O V U S

El " c o n t e n i d o d e v e r d a d " n o sería, p o r tanto, sino la interpretación del " c o n t e n i d o o b j e

tivo" d e la obra, p r e v i a m e n t e d e s i n t e g r a d a p o r la crítica, e n e s a p e c u l i a r c l a v e t e o l ó g i c a e n la
q u e B e n j a m i n trataba d e m o v e r s e . L a "crítica" literaria se a p r o x i m a b a así, c o m o h a s u g e r i d o
S c h o l e m , al " c o m e n t a r i o " d e textos e n el m a r c o d e la tradición r a b í n i c a d e e s t u d i o d e las
Escrituras. E n efecto, S c h o l e m n o s i n f o r m a d e la fuerte i m p r e s i ó n q u e p o r a q u e l l a é p o c a ,
1 9 2 1 , p r o d u j o e n B e n j a m i n la lectura d e u n trabajo d e Bialik titulado H a g a d a h u n d H a l a c h a ,
q u e a q u é l h a b í a t r a d u c i d o del h e b r e o d o s a ñ o s antes42. El p r o p i o B e n j a m i n se h a c í a e c o d e ello
t o d a v í a veinte a ñ o s d e s p u é s , e n u n a carta s o b r e K a f k a e n la q u e p a r a n g o n a b a los escritos d e
este ú l t i m o c o n e s a tradición d e la h a l a c h a , c o m p u e s t a p o r las b r e v e s n a r r a c i o n e s q u e a c o m p a
ñ a n a la t r a n s m i s i ó n del T a l m u d a lo largo d e las g e n e r a c i o n e s , "historias y a n é c d o t a s d e la
literatura rabínica, q u e sirven d e ilustración y c o n f i r m a c i ó n d e la d o c t r i n a ( d e la h a l a c h a ) "
[11,679]. E n el c a s o d e K a f k a , c o m o e n el d e B e n j a m i n , se trataría m á s b i e n d e " u n a h a g g a d a h
sin h a l a c h a " , u n " c o m e n t a r i o " f o r m a l m e n t e teológico, sin c o n t e n i d o doctrinal d e t e r m i n a d o .
E s a o r i e n t a c i ó n h e r m e n é u t i c a se d e j a b a e n t r e v e r i g u a l m e n t e e n s u p r o y e c t o d e revista
q u e , b a j o el significativo título d e A n g e l u s N o v u s , h a b r í a d e constituir el c e n t r o d e s u s e s f u e r
z o s e n el m u n d o d e la p u b l i c í s t i c a e n t r e los a ñ o s 1 9 2 1 y 1 9 2 2 . E n el " A n u n c i o " d o n d e
B e n j a m i n e x p o n í a la línea y el p r o g r a m a q u e h a b í a d e d e f e n d e r su e m p r e s a p o d e m o s hallar, e n
efecto, u n a e x c e l e n t e visión d e c o n j u n t o a p r o p ó s i t o d e la i d e a d e crítica q u e p o r e n t o n c e s se
hacía. L o p r i m e r o q u e l l a m a la a t e n c i ó n es su reiterada m e n c i ó n del A t h e n á u m d e los p r i m e r o s
r o m á n t i c o s , q u e s i g u e a p a r e c i é n d o s e l e c o m o u n e j e m p l o e m i n e n t e d e lo q u e u n a revista d e b e
ría ser, es decir, u n m e d i o c u y a d e t e r m i n a c i ó n esencial d e " t e s t i m o n i a r el espíritu d e s u é p o c a "
[11,242] y atenerse a lo actual n o le i m p i d i e s e , p o r otro lado, p e r m a n e c e r e n la m á s c o m p l e t a
i n d e p e n d e n c i a r e s p e c t o del lector sin t e m o r a l g u n o a convertirse e n u n a p u b l i c a c i ó n esotérica
d e á m b i t o p r i v a d o . L a "crítica" la e n t i e n d e B e n j a m i n c o m o " g u a r d a d e los u m b r a l e s " [11,242]
y protectora d e los recintos s a g r a d o s . S u f u e r z a p r o c e d e r á , p o r lo tanto, d e la n e c e s a r i a duplici
d a d q u e c o r r e s p o n d e a su carácter liminar. Así, la crítica se orientará p o r igual, c o m o e n el
r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o , e n u n s e n t i d o n e g a t i v o y e n otro positivo: h a y , p o r u n a parte, lo q u e
B e n j a m i n d e n o m i n a "crítica a n i q u i l a d o r a " o r i e n t a d a a "la r e p r e s e n t a c i ó n d e los g r a n d e s c o n
juntos"; y h a y t a m b i é n , p o r otra parte, u n a "crítica positiva" c u y o ejercicio q u e r í a d e f i n i d o p o r
s u " l i m i t a c i ó n a la o b r a d e arte s i n g u l a r " [11,242]. A m b o s a s p e c t o s h a n d e ser c o n c i l i a d o s e n
e s a " g r a n crítica" e n c u y o m a r c o a s p i r a b a el A n g e l u s a ubicarse: " p u e s la g r a n crítica n o h a d e

9 1
 instruir m e d i a n t e la d e s c r i p c i ó n histórica o f o r m a r p o r m e d i o d e e j e m p l o s , tal c o m o p r o b a b l e
m e n t e se piensa, sino r e c o n o c e r e n virtud d e u n a i n m e r s i ó n . H a d e d a r c u e n t a d e la v e r d a d d e
las obras, v e r d a d q u e el arte e x i g e n o m e n o s q u e la filosofía" [11,242].
U n o y otra q u e d a n p r o n t o r e m i t i d o s a u n a m i s m a esfera q u e les es c o m ú n y q u e les
sirve d e f u n d a m e n t o . T a l esfera es, p o r s u p u e s t o , la v i d a del lenguaje, d e c u y o d e s t i n o d e p e n
d e n tanto la literatura c o m o el p e n s a m i e n t o filosófico. E s otra v e z su religiosa c o n c e p c i ó n del
l e n g u a j e la q u e sustenta el p r o y e c t o d e B e n j a m i n , y ella m i s m a sería, p o r tanto, el ú n i c o v e r d a
d e r o criterio. U n e x a m e n r á p i d o d e las c o l a b o r a c i o n e s q u e tenía la i n t e n c i ó n d e s e l e c c i o n a r
p a r a su revista n o s bastaría p a r a advertir e n ellas el t o n o d e lo esotérico a s o c i a d o a u n a s e m e
jante actitud entre m á g i c a y m í s t i c a frente al lenguaje: el trabajo d e s u a m i g o F l o r e n s C h r i s t i a n
R a n g , u n "cristiano g n o s t i c o " s e g ú n lo definiría S c h o l e m 4 ' , a c e r c a d e los c a r n a v a l e s babilóni
c o s y la " p a s i ó n del espíritu"44; la o b r a p o é t i c a d e Fritz H e i n l e , el a n t i g u o c a m a r a d a d e la
J u g e n d b e w e g u n g , y la d e su h e r m a n o W o l f , a las q u e B e n j a m i n tenía i n t e n c i ó n d e c o n c e d e r u n
l u g a r principal45; o el relato d e A g n o n q u e S c h o l e m h a b í a t r a d u c i d o del hebreo46. El p r o p i o
B e n j a m i n e s p e r a b a contribuir c o n su críptica A u f g a b e d e s Ü b e r s e t z e r s , c o s a q u e se c o m p a d e c e
c o n la a d v e r t e n c i a q u e e n el " A n u n c i o " se i n c l u y e a p r o p ó s i t o del auténtico s e n t i d o d e la tra
d u c c i ó n [11,243]. E s e m i s m o interés p u e d e ser r e c o n o c i d o e n otros d o s trabajos q u e B e n j a m i n
h a b í a solicitado al lingüista Ernst L e w y y a su p r o p i o a m i g o S c h o l e m 4 7 . E s t e ú l t i m o refiere
c ó m o d e b a t í a n e n c a s a d e L e w y a c e r c a d e filosofía del l e n g u a j e y del u n i v e r s o judío, a c e r c a d e
K a r l K r a u s y d e su actitud d e " s u m i s i ó n " ante el lenguaje, actitud c u y a p r o c e d e n c i a v i s l u m b r a
b a S c h o l e m " e n la p r o s a h e b r a i c a y la p o e s í a del j u d a í s m o m e d i e v a l , e n el l e n g u a j e d e los
g r a n d e s a u t o r e s d e la h a l a c h a y e n el " e s t i l o - m o s a i c o " , la p r o s a r i m a d a e n la q u e los retazos d e
l e n g u a j e d e los textos s a c r o s se a r r e m o l i n a n los u n o s a través d e los otros a la m a n e r a d e u n
c a l e i d o s c o p i o y s o n p r o f a n a d o s e n el p l a n o publicístico, p o l é m i c o , descriptivo e incluso eróti
co"48.
P e r o la " o b j e t i v a u n i v e r s a l i d a d " del p r o g r a m a del A n g e l u s corre f i n a l m e n t e a c u e n t a d e
la filosofía: "esta u n i v e r s a l i d a d filosófica es la f o r m a e n c u y a c l a v e interpretativa p o d r á la
revista m o s t r a r u n s e n t i d o p a r a la v e r d a d e r a actualidad". " L a v a l i d e z universal d e las m a n i f e s
t a c i o n e s d e la v i d a espiritual", p r o s i g u e B e n j a m i n , a p a r e c e e n d i c h a u n i v e r s a l i d a d a s o c i a d o a
u n p o s t r e r i n t e r r o g a n t e al q u e la p r o p i a f i l o s o f í a q u e d a r á s u b o r d i n a d a , a s a b e r , la c u e s t i ó n d e si
tales m a n i f e s t a c i o n e s " e st á n e n c o n d i c i o n e s d e aspirar a u n lugar e n el c o n t e x t o del d e v e n i r d e
las c a t e g o r í a s religiosas" [11,244]. E s e n el d e v e n i r d e la " d o c t r i n a " e n d o n d e el A n g e l u s
N o v u s , a título d e n u e v o m e n s a j e r o y ó r g a n o d e la R e v e l a c i ó n , aspira a ofrecer la i m a g e n e s o
térica d e la religión q u e se a v e c i n a y q u e v e l a d a m e n t e se a n u n c i a e n t o d a " v e r d a d e r a actuali
d a d " . B e n j a m i n a s u m e d e este m o d o el carácter e f í m e r o d e la revista y se c o m p l a c e e n c o m p a
rarla c o n u n o d e a q u e l l o s á n g e l e s d e cierta l e y e n d a t a l m ú d i c a , q u e " a c a d a instante s o n c r e a d o s
d e n u e v o e n m u l t i t u d e s i n c o n t a b l e s p a r a e n s e g u i d a , d e s p u é s d e h a b e r e n t o n a d o s u s h i m n o s
a n t e D i o s , a c a b a r y deslizarse e n la n a d a " [11,246]. S ó l o q u e el á n g e l y a n o se dirige a los h o m
bres, a los q u e d a la e s p a l d a , s i n o al m i s m o D i o s , c u y a gloria celebra. D e tal m o d o , la "crítica"
n o sólo se h a c e " c o m e n t a r i o " teológico, sino q u e , se diría, d e v i e n e d i r e c t a m e n t e a l a b a n z a d e la
d i v i n a creación49.

9 2
 L A C R I T I C A C O M O " M O R T I F I C A C I Ó N '

H a c i a finales d e 1 9 2 3 , y a e m b a r c a d o B e n j a m i n e n la p r e p a r a c i ó n d e su e s t u d i o s o b r e el
T r a u e r s p i e l , s u idealista c o n c e p c i ó n d e la crítica se e n c o n t r a b a y a v i r t u a l m e n t e f o r m a d a e n
t o d o s sus a s p e c t o s f u n d a m e n t a l e s . E s t o es, al m e n o s , lo q u e se i n d u c e a partir d e s u carta del 9
d e d i c i e m b r e a R a n g , a q u i e n trataba d e explicar e n u n a s p o c a s p á g i n a s , e n f o r m u l a c i o n e s q u e
r e c o n o c e a ú n c o m o "insuficientes", su p o s i c i ó n a este propósito. L a visión del á n g e l e f í m e r o
c e d e a q u í su lugar, p o r e x t r a ñ o q u e p a r e z c a , a u n a teoría d e las " i d e a s " d e corte v a g a m e n t e pla
tónico, a s o c i a d a a u n a " d o c t r i n a " d e la crítica d e arte c o m o e s p e c i e particular d e la técnica uni
versal d e "interpretación" [1nterpretation], q u e constituiría la " f o r m a " ú n i c a e n la q u e h a b r í a
d e d a r s e " t o d o s a b e r h u m a n o " [B,323].
B e n j a m i n c o m i e n z a s u s reflexiones c o n u n a o b s e r v a c i ó n s o b r e la particular relación e n
q u e se e n c u e n t r a n las o b r a s d e arte r e s p e c t o a la historia. F r e n t e al h i s t o r i c i s m o m á s routinier,
q u e t e r m i n a r í a p o r convertirse e n u n o d e s u s principales e n e m i g o s , e n u n c i a la a r r i e s g a d a tesis
d e q u e " n o h a y historia del arte", esto es, q u e n o existe e n el arte tal c o s a c o m o u n a s u c e s i ó n
d e m o m e n t o s e n c a d e n a d o s e n u n a línea unitaria susceptible d e ser d e t e r m i n a d a , p o r así decir,
o r g á n i c a m e n t e , b a j o la figura d e u n a totalidad e n desarrollo. E n este sentido, la o b r a d e arte
" c a r e c e d e historia". L a historia q u e B e n j a m i n está d i s p u e s t o a r e c o n o c e r n o es, p o r tanto, e s a
"historia del arte" e n la q u e se e s t a b l e c e n lazos g e n e a l ó g i c o s entre las o b r a s o m e r a s c o n e x i o
n e s c a u s a l e s entre éstas y los a c o n t e c i m i e n t o s e m p í r i c o s externos, sino m á s b i e n la q u e y a c e
s e d i m e n t a d a e n c a d a u n a d e las o b r a s d e arte. S u "específica historicidad" sería d i s c o n t i n u a e
"intensiva", y n o c u l m i n a r í a e n u n a "historia del arte" universal d e la q u e las o b r a s singulares
c o n s t i t u y e s e n otros tantos " e j e m p l o s " o m a n i f e s t a c i o n e s , sino q u e s ó l o se c u m p l i r í a e n u n a
"interpretación" c u y o r es u l t a d o f u e s e i m a g e n d e las diversas interrelaciones q u e se e s t a b l e c e n
entre las obras, " q u e s o n i n t e m p o r a l e s y, sin e m b a r g o , n o c a r e c e n d e significación histórica"
i n m a n e n t e [ B , 3 2 2 ] . H a y q u e a ñ a d i r q u e la historia es a q u í d e f i n i d a p o r B e n j a m i n c o m o el
" m u n d o d e la R e v e l a c i ó n " , e n tanto q u e la naturaleza, p o r el contrario, q u e d a u b i c a d a c o n el
arte e n el " m u n d o d e la r e s e r v a " [Verschlossenheit]. L a s m i s m a s " f u e r z a s " q u e a c t ú a n e n el
d e v e n i r t e m p o r a l d e la historia e n f o r m a " e x p l o s i v a y extensiva", esto es, d e m a n e r a abierta y
e m p í r i c a , se d e s t a c a n " i n t e n s i v a m e n t e " e n el u n i v e r s o " r e s e r v a d o " d e la n a t u r a l e z a y el arte.
B e n j a m i n p o n e e n el c e n t r o d e s u a r g u m e n t a c i ó n u n a teoría d e las " i d e a s " d o n d e a p a r e
c e y a n í t i d a m e n t e d e l i n e a d a la " c o n s t e l a c i ó n " t e r m i n o l ó g i c a , el c o n j u n t o d e los m o t i v o s q u e
l u e g o f o r m u l a r í a e n el p r ó l o g o d e su libro s o b r e el Trauerspiel. P e r o el carácter p r i v a d o d e la
carta e s t i m u l a s u d e s e n v o l t u r a esotérica. " L a s ideas -escribe- s o n las estrellas e n c o n t r a p o s i
c i ó n al sol d e la R e v e l a c i ó n . N o l u c e n e n el día d e la historia s i n o q u e s ó l o a c t ú a n e n él, invisi
bles. L u c e n ú n i c a m e n t e e n la n o c h e d e la naturaleza". E n este c o n t e x t o , a g r e g a , "las o b r a s d e
arte se d e f i n e n c o m o m o d e l o s d e u n a n a t u r a l e z a q u e n o e s p e r a el día, ni t a m p o c o , p o r tanto, el
dí a del juicio; c o m o m o d e l o s d e u n a n a t u r a l e z a q u e n o es e s c e n a r i o d e la historia ni m o r a d a d e
los h o m b r e s . L a n o c h e r e d i m i d a " [ B , 3 2 3 ] . E s t a s s o r p r e n d e n t e s d e c l a r a c i o n e s p o d r í a n ser
e n t e n d i d a s , a p r i m e r a vista, c o m o u n a e v o c a c i ó n d e e s a d i m e n s i ó n u t ó p i c a tantas v e c e s atribui
d a a la o b r a d e arte. P o r cierto q u e la " n o c h e r e d i m i d a " , la i m a g e n d e u n a n a t u r a l e z a purificada
d e t o d a c o n e x i ó n histórica, p a r e c e remitir al " e s t a d o d e la c r e a c i ó n " p r e v i o a la c a í d a originaria
c o n s i g n a d a p o r la Biblia. P e r o esto n o significa q u e las o b r a s d e arte s e a n r e a l m e n t e inocentes.

9 3
 C o m o s a b e m o s , n o s o n v e r d a d e r a s " c r i a t u r a s " , así c o m o el artista n o es u n " c r e a d o r " .
Participan d e la c u l p a d e la "criatura", sin e m b a r g o , p o r su carácter d e apariencia: p o r s u a p a
riencia d e o r g á n i c a a u t o n o m í a , d e la q u e p r o c e d e la belleza q u e s u p u e s t a m e n t e e x h i b e n .
L a crítica consiste e n la " e x p o s i c i ó n d e u n a idea". E s t o es, la f o r m u l a c i ó n d e la " i d e a "
singular, d e t e r m i n a d a c o m o " m ó n a d a " , q u e c a d a o b r a d e arte lleva e n sí m i s m a : s u irreductible
" c o n t e n i d o d e v e r d a d " . E s t o e q u i v a l e a identificar el p r o c e d i m i e n t o d e la crítica c o n el d e la
"interpretación". " L a tarea d e interpretación d e las o b r a s d e arte consiste e n reunir e n la idea la
v i d a d e la criatura", escribe. El arte a p a r e c e , p o r tanto, c o m o u n m e d i u m d e la " r e d e n c i ó n " q u e
j u s t a m e n t e el crítico h a b r á d e llevar a c a b o . P a r a ello p r o c e d e r á , e n principio, d e s t r u c t i v a m e n
te, tal c o m o h u b o d e h a c e r l o a n t e las A f i n i d a d e s electivas y c o m o se d e s p r e n d e d e la d e f i n i c i ó n
d e B e n j a m i n : " L a crítica es la m o r t i f i c a c i ó n d e las obras". N o se tratará tanto d e u n a subjetiva
" p o t e n c i a c i ó n " o " a c r e c e n t a m i e n t o d e la c o n c i e n c i a " e n la v i d a d e las o b r a s , a la m a n e r a
r o m á n t i c a , c o m o m á s b i e n d e la " i n s t a u r a c i ó n " o " a s e n t a m i e n t o del s a b e r e n las o b r a s m u e r
tas" [B,323]. E s t a s f ó r m u l a s r e a p a r e c e n casi t e x t u a l m e n t e e n su libro s o b r e el Trauerspiel. E n
este c a s o insiste e n la f u n c i ó n e p i s t e m o l ó g i c a d e la o b r a d e arte, e incluso d e la belleza, q u e
sólo p e r d u r a c u a n d o h a y e n ella " a l g o d i g n o d e ser sabido", y n o sólo " e n s o ñ a c i ó n " . L a crítica,
e n efecto, d e b e r á afrontar el análisis d e "detalle y estructura", a m b o s " s i e m p r e c a r g a d o s d e
historia", p a r a así " m o s t r a r q u e la f u n c i ó n d e la f o r m a artística es j u s t a m e n t e la siguiente:
h a c e r d e los c o n t e n i d o s históricos objetivos, tal c o m o s u b y a c e n a t o d a o b r a i m p o r t a n t e y la
f u n d a m e n t a n , c o n t e n i d o s d e v e r d a d filosófica" [1,358). E s a t r a n s f o r m a c i ó n d e los " c o n t e n i d o s
o b j e t i v o s " e n " c o n t e n i d o s d e v e r d a d " es la q u e d e b e el crítico p r e s e n t a r e n la " i d e a " d e la obra,
d o n d e t o d a " e x p r e s i ó n " subjetiva, t o d a e f í m e r a belleza o a p a r i e n c i a d e " v i d a d e la criatura"
q u e d a d e s i n t e g r a d a , " m o r t i f i c a d a " y f i n a l m e n t e " r e u n i d a " e n u n a n u e v a figura d o n d e s ó l o
h a b r í a sitio p a r a lo esencial. N o p u e d e c a u s a r el m e n o r a s o m b r o q u e B e n j a m i n c o n c i b a la
" e x p o s i c i ó n " d e la " i d e a " c o m o el acto d e a s i g n a c i ó n d e u n " n o m b r e " . L a " i d e a " es la i m a g e n
d e la n a t u r a l e z a " r e d i m i d a " p o r la crítica e n el m e d i u m del arte, la " t r a d u c c i ó n " d e la historia
o b j e t i v a ( e n tanto q u e p r o d u c t o d e la n a t u r a l e z a c u l p a b l e q u e n e c e s a r i a m e n t e p e n e t r a e n la
o b r a ) al " p u r o l e n g u a j e " del c o m e n t a r i o teológico. L a lejanía del i m p o l u t o " e s t a d o d e la c r e a
ción", la " c a í d a " del l e n g u a j e a d á m i c o , i m p i d e a l c a n z a r e s e " n o m b r e " d e u n a m a n e r a i n m e d i a
ta. E s p r e c i s o p e r s e g u i r la v e r d a d del o b j e t o a través d e u n r o d e o y s o m e t e r l o , p o r tanto, a u n
p r o c e s o d e "interpretación". El c e n t r o d e e s e p r o c e s o es la o b r a d e arte5".
N o s h a l l a m o s así ante el p u n t o c u l m i n a n t e d e n u e s t r a e x p o s i c i ó n del desarrollo s e g u i d o
p o r el c o n c e p t o q u e el j o v e n B e n j a m i n se h a c í a d e la crítica filosófica. Y a t e n e m o s a la vista
casi t o d o s los datos: h e m o s partido d e s u s primitivas y t o d a v í a c o n f u s a s c o n f r o n t a c i o n e s c o n el
u n i v e r s o del r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o . E n ellas sobresalía ante t o d o su a c e n d r a d o e s o t e r i s m o ,
c u y a p r e s u n t a o b j e t i v i d a d s ó l o p a r e c í a d e s c a n s a r , si c a b e , e n u n a c o n t e m p l a c i ó n d e l l e n g u a j e
c o m o c e n t r o m á g i c o y f ue n t e c o m ú n i n m a n e n t e a t o d a m a n i f e s t a c i ó n espiritual. El c o n c e p t o d e
" i d e a l " d e la obra, c u y a d e t e r m i n a c i ó n h a b í a d e ser el c o m e t i d o d e la crítica, q u e d a l u e g o
m e j o r d e l i m i t a d o e n la disciplina r e q u e r i d a p o r el t r a t a m i e n t o a c a d é m i c o e n el q u e B e n j a m i n
p r o s i g u i ó s u s e s t u d i o s a c e r c a del r o m a n t i c i s m o . E n efecto, s u s persistentes a p e l a c i o n e s a
Holderlin, a N o v a l i s y a S c h l e g e l c o n f i g u r a n y a u n a visión d e la crítica provista d e u n a cierta
c o h e r e n c i a , tanta c o m o la d e los r o m á n t i c o s , a u n q u e n o m á s . P u e s t o q u e , se diría, B e n j a m i n
a s u m e u n a b u e n a parte d e los r a s g o s f u n d a m e n t a l e s q u e p r e c i s a m e n t e h a b í a r e c o n o c i d o e n la
teoría y la práctica del arte e n el r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o . L o q u e d e éste le s e p a r a p o d e m o s tal
v e z c o n s i d e r a r l o e x p u e s t o e n su e n s a y o s o b r e las A f i n i d a d e s electivas. Y a e n e s e p u n t o h a b í a
m a d u r a d o s u c o n c e p c i ó n d e la crítica c o m o interpretación " r e d e n t o r a " d e la obra: c o m o su

9 4
 " t r a d u c c i ó n " al p r e s u n t o l e n g u a j e d e la v e r d a d . E n virtud d e s e m e j a n t e transposición, la o b r a
es a la v e z " m o r t i f i c a d a " , esto es, d e s t r u i d a c o m o bella a p a r i e n c i a y r e s c a t a d a p a r a la "tradi
c i ó n " q u e trasciende lo e f í m e r o . El "crítico" se c o n v i e r t e así e n el c o m e n t a r i s t a d e u n a "doctri
n a " d o n d e los c o n t e n i d o s p r o f a n o s se interpenetran c o n los s a g r a d o s ; u n a " d o c t r i n a " q u e se
pr es entaría d o n d e q u i e r a q u e u n f r a g m e n t o d e l e n g u a j e s e a c o n s i d e r a d o susceptible d e ser rein-
te rp retado e n e s e o r d e n f o r m a l m e n t e t e o l ó g i c o e n el q u e se inscribe la auténtica " e x p e r i e n c i a " .

9 5
 N O T A S

1. H a s i d o H a b e r m a s ( P e r f i l e s f i l o s ó f i c o - p o l í t i c o s , p p . 3 1 8 ss.) el p r i m e r o e n p o n e r l o d e
m a n i f i e s t o y t o m a r l o c o m o p u n t o d e partida d e su interpretación.
2. H a n n a h A r e n d t h a s u b r a y a d o la a f i n i d a d existente entre B e n j a m i n y H e i d e g g e r , c o n
q u i e n " t e n í a m á s c o s a s e n c o m ú n (...) d e las q u e t e n í a c o n las s u t i l e z a s d i a l é c t i c a s d e s u s a m i
g o s m a r x i s t a s " ( W a l t e r B e n j a m i n ; Bertolt B r e c h t ; H e r m a n n B r o c h , R o s a L u x e m b u r g o , p. 65).
E l p r o p i o B e n j a m i n , sin e m b a r g o , j a m á s p e r c i b i ó e s a relación; antes bien, n o d e j ó d e m a r c a r
las distancias c o n r e s p e c t o a la o r i e n t a c i ó n a p a r e n t e m e n t e paralela d e H e i d e g g e r (B, 2 4 6 , 2 5 2 ) .
E n c u a n t o a W i t t g e n s t e i n , p a r e c e v a n o a p r o x i m a r su filosofía del l e n g u a j e - p o r " m í s t i c a s " q u e
f u e r a n s u s i m p l i c a c i o n e s - a u n a d o c t r i n a c o m o la d e B e n j a m i n , f u n d a d a e n la tradición teológi
c a y p o r c o m p l e t o c a r e n t e d e c o n e x i ó n objetiva c o n el desarrollo del c o n o c i m i e n t o científico y
filosófico d e la é p o c a . N o obstante, Y v e s K o b r y h a i n d i c a d o a l g ú n p o s i b l e p u n t o d e c o n t a c t o
i n c l u s o entre la " s e g u n d a filosofía" d e W i t t g e n s t e i n y la d o c t r i n a b e n j a m i n i a n a d e lo i n d e c i b l e
( Y . K o b r y , " W a l t e r B e n j a m i n et le l a n g a g e " , e n R e v u e d' e s t h é t i q u e n a 1, p. 1 7 4 ) . U n n e x o
entre B e n j a m i n y H e i d e g g e r o W i t t g e n s t e i n lo e n c o n t r a m o s e n la situación g e n e r a l d e la é p o c a ,
d o m i n a d a p o r u n a f u e r t e c o n c i e n c i a d e crisis d e l l e n g u a j e , tal c o m o se h i z o p a t e n t e e n
H o f m a n n s t h a l o e n K r a u s . Cfr. A . J a n i k y S. T o u l m i n , L a V i e n a d e Wittgenstein; G . Steiner,
" L e l a n g a g e et F i n h u m a i n " , e n R e v u e d' esthétique, n° 9, pp. 5 3 ss.
3. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p p . 3 9 s.
4. A p r o p ó s i t o d e la c o n c e p c i ó n b u b e r i a n a del lenguaje, cfr. K . Pestalozzi, " L a Lettre d e
C h a n d o s d a n s le c o n t e x t e d e s o n é p o q u e " , e n R e v u e d ' e s t h é t i q u e , n e 9, p p . 9 9 s. P o r c i e r t o q u e
el c é l e b r e escrito d e H o f m a n n s t h a l , p u b l i c a d o e n 1 9 0 2 , n o d e s e m p e ñ a r í a n i n g ú n p a p e l relevante
e n la c o n c e p c i ó n d e B e n j a m i n a c e r c a d e l l e n g u a j e . E n la é p o c a d e s u a m i s t a d c o n
H o f m a n n s t h a l , t a m p o c o éste p o d í a m a n t e n e r s e y a e n las p o s i c i o n e s radicales d e L o r d C h a n d o s .
5. W . M e n n i n g h a u s advierte c o n t r a el peligro d e s o b r e v a l o r a r e s a " e x t r e m a a p o t e o s i s d e
la m a g i a del l e n g u a j e " q u e sería la carta a B u b e r . B e n j a m i n m a t i z a r í a l u e g o e n o r m e m e n t e s u
p r o p e n s i ó n a la " m a g i a " ( M e n n i n g h a u s , W a l t e r B e n j a m i n s T h e o r i e d e r S p r a c h m a g i e , p p . 2 4 5 s.).
6. A c e r c a del "estatus" del r e c u r s o b e n j a m i n i a n o a la Biblia, cfr. M e n n i n g h a u s , o. c ,
p p . 3 3 s.
7. F r e n t e a la explícita d e c l a r a c i ó n d e B e n j a m i n e n el s e n t i d o d e q u e s u s f o r m u l a c i o n e s
n o s o n m e t a f ó r i c a s , cfr. K . R . Geffrath, M e t a p h o r i s c h e s M a t e r i a l i s m u s , pp. 1 10, 164.
8. P a r a u n c o m e n t a r i o d e las a n t e r i o r e s c o n s i d e r a c i o n e s ( " i n m e d i a t e z " , " m é d i u m " ,
" m a g i a " ) , cfr. M e n n i n g h a u s , o. c pp. 17-9. L a teoría d e la " m a g i a " del l e n g u a j e c o n s t i t u y ó u n a
d e los n ú c l e o s d e la c o n c e p c i ó n r o m a n t i c a ( H a m a n n , S c h l e g e l , N o v a l i s ) , d e la q u e e n b u e n a
m e d i d a p r o c e d e la del p r o p i o B e n j a m i n . Cfr. M e n n i n g h a u s , o. c , pp. 2 2 ss.
9. S o b r e la c o n c e p c i ó n del l e n g u a j e c o m o " V e r b o " creador, c o m o u n " a c o n t e c e r " q u e
h a d e f o r m a r parte d e la p a l a b r a m i s m a , cfr. H . G . G a d a m e r , V e r d a d y m é t o d o , pp. 5 0 2 ss.

9 6
 10. L a teoría del l e n g u a j e c o m o " r e v e l a c i ó n " p u e d e ser r e m i t i d a i g u a l m e n t e a las c o n
c e p c i o n e s d e H a m a n n y los r o m á n t i c o s , c o m o lo h a c e M e n n i n g h a u s (o. c pp. 2 2 ss.). P e r o es
d u d o s o q u e , c o m o sugiere, el significado d e e s a " r e v e l a c i ó n " h u b i e s e p e r d i d o e n B e n j a m i n su
carácter d e " t e s t i m o n i o d e lo d i v i n o " y n o e v o c a s e m á s q u e " u n a c u a l i d a d e x p r e s i v a " p r e s e n t e
e n t o d o l e n g u a j e (o. c , p. 22).
1 1 . A c e r c a d e l " e n m u d e c i m i e n t o " d e l a n a t u r a l e z a t r a s l a " c a í d a " , c f r . 1. W o h l f a r t h ,
" S u r q u e l q u e s m o t i v e s juifs c h e z B e n j a m i n " , e n R e v u e d'esthétique, ne 1 , pp. 1 4 5 ss.
12. P a r a u n a v i s i ó n m á s a m p l i a d e la a c t i v i d a d d e B e n j a m i n c o m o traductor, cfr. B.
Kleiner, S p r a c h e u n d E n t f r e m d u n g , D i e P r o u s t - Ü b e r s e t z u n g e n W a l t e r B e n j a m i n s i n n e r h a l b
s e i n e r S p r a c h - u n d U b e r s e t z u n g s t h e o r i e , pp. 4 9 ss.
13. E s t a c o n t e m p l a c i ó n histórica del l e n g u a j e d e b e m u c h o a H u m b o l d t , c u y o influjo
a l c a n z ó a B e n j a m i n a través d e los e s t u d i o s d e E r n s t L e w y q u e , s e g ú n su p r o p i a d e c l a r a c i ó n e n
u n C u r r i c u l u m vitae, " d e s p e r t a r o n " e n él s u s "intereses filosófico-lingüísticos" (S. U n s e l d
(ed.), Z u r A k t u a l i t á t W a l t e r B e n j a m i n s , p p . 5 1 s.). C f r . S c h o l e m . o. c , p p . 1 1 4 ss. y K l e i n e r , o.
c , pp. 9 2 ss.
14. P a r a u n c o m e n t a r i o a c e r c a d e la n o c i ó n d e " p u r o lenguaje", cfr. M e n n i n g h a u s , o. c ,
pp. 5 5 ss.
15. E s t a i d e a n o h a d e ser interpretada e n u n s e n t i d o " a t o m i s t a " , s i n o " m o n a d o l ó g i c o "
( M e n n i n g h a u s , o. c , p. 59).
16. Cfr. el artículo d e J.R. L a d m i r a l , " E n t r e les lignes, entre les l a n g u e s " (en R e v u e
d ' e s t h é t i q u e , n s 1, p p . 6 7 - 7 5 ) , d o n d e s e r e m i t e a la t r a d i c i ó n d e la l i n g ü í s t i c a j u d í a y a las " v e r
s i o n e s interlineares" q u e i n t e r c a l a b a n e n los textos h e b r e o s paráfrasis " p r o f a n a s " e n las otras
l e n g u a s a p r e n d i d a s e n la d i á s p o r a (o. c , p. 73).
17. E n t é r m i n o s generales, la p r i m i t i v a c o n c e p c i ó n b e n j a m i n i a n a del l e n g u a j e h a sido
i n t e r p r e t a d a c o m o u n a e v i d e n c i a d e las p r o p e n s i o n e s " m í s t i c a s " d e s u p e n s a m i e n t o .
H a b i t u a l m e n t e se h a a l u d i d o a la tradición cabalística, q u e B e n j a m i n h a b r í a c o n o c i d o e n sus
lecturas d e F r a n z J o s e f M o l i t o r y a través d e s u e s t r e c h o c o n t a c t o c o n el i n i c i a d o q u e e r a
S c h o l e m . Así, W i t t e , W a l t e r B e n j a m i n - D e r 1ntelllektuelle als Kritiker, p. 9: " S c h o l e m descri
b e la teoría d e la C á b a l a c o n c o n c e p t o s q u e p o d r í a n h a b e r s i d o e x t r a í d o s d e l artículo d e
B e n j a m i n s o b r e el l e n g u a j e " ; G e f f r a t h , o. c p p . 1 3 0 s., m e n c i o n a c o m o " f u e n t e " la n o c i ó n d e
"escritura" c o m o " e x p r e s i ó n i n m e d i a t a entre interior y exterior, d e lo espiritual y lo corporal",
f o r m u l a d a p o r M o l i t o r e n su P h i l o s o p h i e d e r G e s c h i c h t e o d e r ü b e r die Tradition; e s e m i s m o
tipo d e r e f e r e n c i a s e n c o n t r a m o s e n L a d m i r a l , o. c , W o h l f a r t h , o. c , o e n el e s c r i t o d e
E r n e s t i n a P a l u m b o - L i o u , " L e narrateur: e x p é r i e n c e , m é d i a t i o n et v é t e m e n t " , e n R e v u e d ' e s t h é
t i q u e , n s 1, p p . 1 6 3 - 9 , c u y o s a r g u m e n t o s s e a l i m e n t a n d e l o s d e H a r o l d B l o o m e n K a b b a l a h
a n d Criticism, N e w Y o r k , 1 9 7 5 . M e n n i n g h a u s , p o r el contrario, se o p o n e r e s u e l t a m e n t e a esta
m a n e r a d e c o n s i d e r a r el p r o b l e m a . L o s e l e m e n t o s d e tradición cabalística e f e c t i v a m e n t e p r e
s e n t e s e n la t e o r í a d e B e n j a m i n n o p u e d e n d e j a r d e o f r e c e r u n a s p e c t o b a s t a n t e v a g o .
1nterpretar s u d o c t r i n a s o b r e u n a b a s e s e m e j a n t e n o lleva, p o r cierto, m u y lejos (o tal v e z lleve
d e m a s i a d o lejos, lo q u e p a r a el c a s o es lo m i s m o ) . E l p r o p i o S c h o l e m , m i e n t r a s le r e p r o c h a b a
s u c o n v e r s i ó n al c r e d o m a r x i s t a , q u e r í a v e r a s u a m i g o c o m o "el l e g í t i m o c o n t i n u a d o r d e las
m á s fructíferas y auténticas tradiciones d e u n H a m a n n y u n H u m b o l d t " ( S c h o l e m , o. c , p.
2 3 3 ) , y n o c o m o u n e s p ú r e o s e g u i d o r d e 1saac L u r i a o d e M o i s é s d e L e ó n . E n c o n s e c u e n c i a ,
M e n n i n g h a u s acierta al a m p l i a r el p a n o r a m a y remitir las ideas d e B e n j a m i n a e s a " s e g u n d a
C á b a l a " q u e fue la visión r o m á n t i c a del lenguaje, q u e se f u n d a e n J a k o b B ó h m e , se d e s p l i e g a

9 7
e n el b a r r o c o y e n L e i b n i z , se f o r m u l a a b i e r t a m e n t e e n H a m a n n y c u l m i n a e n S c h l e g e l y e n
N o v a l i s ( M e n n i n g h a u s . o. c , pp. 1 9 9 - 2 2 6 ) .
18. L a interpretación q u e m u c h o m á s tarde haría A d o r n o d e la lírica d e H ó l d e r l i n p r o
l o n g a b a e n lo sustancial s u s a r g u m e n t o s , a u n c u a n d o l i m a n d o s u s m a y o r e s a s p e r e z a s metafísi
c a s y o r i e n t á n d o l a s " p a r a t á c t i c a m e n t e " h a c i a el c o n c e p t o d e "utopía". E n e s a r e p r e s e n t a c i ó n
n e g a t i v a p o d í a n confluir t o d a s las p a r a d o j a s estéticas m e d i a n t e las q u e d e t e r m i n a b a s u o b j e t o
( A d o r n o , "Parataxis. Z u r s p á t e n L y r i k H ó l d e r l i n s " , e n N o t e n z u r Literatur, pp. 4 4 7 - 9 1 ) ; así
q u e d a b a d e p a s o f o r m u l a d o el p r o c e d e r " p a r a t á c t i c o " - c e n t r a d o e n la interrupción, e n la indis
tinción entre la "tesis" y el " a r g u m e n t o " , e n la " c o n s t e l a c i ó n " d e f r a g m e n t o s (cfr. T e o r í a esté
tica, 1 n t r o d u c c i ó n , p. 4 7 0 ) . E n su e n s a y o s o b r e H ó l d e r l i n , A d o r n o se e m p l e a b a c o n acritud
c o n t r a la interpretación h e i d e g g e r i a n a . R e p r o c h a b a a H e i d e g g e r su o n t o l o g i z a c i ó n d e la o b r a
d e arte c o m o a c o n t e c i m i e n t o " f u n d a c i o n a l " y su correlativa m a g n i f i c a c i ó n d e lo idéntico - e n el
sujeto poético, e n el " s e r " d e n o m i n a d o "patria" (o. c , pp. 2 5 2 ss.). E n realidad, las i d e a s d e
H e i d e g g e r n o e r a n s i n o la otra c a r a d e las d e A d o r n o ( H e r m a n n M ó r c h e n , A d o r n o u n d
H e i d e g g e r , pp. 9 9 ss), y ni u n a s ni otras se h a l l a b a n d e m a s i a d o lejos d e las q u e el j o v e n
B e n j a m i n trataba d e f o r m u l a r , p o r e n t o n c e s a ú n c o n f u s a m e n t e , a c e r c a d e la caracterización del
l e n g u a j e c o m o instancia s u p r e m a d e la poesía, a c u y a "tarea" q u e d a b a t o d o s u b o r d i n a d o . E s a
"tarea" consistía e n " n o m b r a r " u n c o n t e n i d o d e " v e r d a d " ( H e i d e g g e r , " H ó l d e r l i n y la e s e n c i a
d e la p o e s í a " , e n 1 n t e r p r e t a c i o n e s d e la p o e s i a d e H o l d e r l i n , p p . 6 1 ss.). Q u e e s e " n o m b r e " s e a
u n a " f u n d a c i ó n " o q u e e s a " f u n d a c i ó n " s e a sólo u n a " t r a d u c c i ó n " d e v e l a d o r a d e u n c o n t e x t o
p e r v e r s o , mítico, tal e s e n síntesis lo q u e s e p a r a a B e n j a m i n y A d o r n o r e s p e c t o d e H e i d e g g e r
(Cfr., n o obstante, G i a n n i V a t t i m o , " E l q u e b r a n t a m i e n t o d e la p a l a b r a poética", e n E l fin d e la
m o d e r n i d a d , p p . 6 1 ss.).
19. B e n j a m i n c o n s i d e r a b a la escritura d e H ó l d e r l i n c o m o u n "texto s a g r a d o " a la m i s m a
altura q u e la Biblia ( S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 71). E n e s a actitud h a b í a u n a c a r g a
d e radicalidad q u e t e r m i n a r í a p o r alejarle d e la visión q u e d e H ó l d e r l i n se h i c i e r o n G e o r g e y su
e s c u e l a ( M . R u m p f , " F a s z i n a t i o n u n d Distanz. Z u B e n j a m i n s G e o r g e - R e z e p t i o n " , e n V V . A A . ,
W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , p p . 5 3 s.).
2 0 . S c h l e g e l , " 1 d e e n " ; e n J. A r n a l d o (ed.), F r a g m e n t o s p a r a u n a t e o r i a r o m á n t i c a d e l
arte, p. 2 3 2 .
21. Hólderlin, " S o b r e la religión", e n E n s a y o s , p. 96. Cfr. f r a g m e n t o s 18, 22, 4 8 y 1 8 2
d e l o s " F r a g m e n t o s y e s t u d i o s , 1", e n A r n a l d o , o. c , p p . 1 6 2 s.
2 2 . C f r . B . L y p p , Á s t h e t i s c h e r A b s o l u t i s m u s u n d p o l i t i s c h e V e r n u n f t , p p . 3 2 s.
23. M e n n i n g h a u s , o. c , pp. 2 1 5 ss. A c e r c a d e la filosofía del l e n g u a j e d e S c h l e g e l e n
particular, cfr. V a l e r i o V e r r a , " P e n s i e r o , L i n g u a g g i o e D i a l o g o nella P h i l o s o p h i e d e r S p r a c h e
u n d d e s W o r t e s di F. S c h l e g e l " , e n R . B u b n e r - K . C r a m e r - R . W i e h l (eds.), H e r m e n e u t i k u n d
D i a l e k t i k , 11, p p . 9 7 ss.
24. E n u n a carta d e 1 9 1 8 , B e n j a m i n escribió a S c h o l e m : " L a relativa a u t o n o m í a d e la
o b r a d e arte, o m á s b i e n s u d e p e n d e n c i a e x c l u s i v a m e n t e trascendental r e s p e c t o del arte, d e v i n o
c o n d i c i ó n d e la crítica d e arte r o m á n t i c a " ( B , 1 8 0 ) .
25. S o b r e la interpretación b e n j a m i n i a n a del c o n c e p t o d e "ironía", cfr. L y p p , o. c , pp.
6 0 ss.
26. L y p p , o. c , p. 84.
27. P a r a u n c o m e n t a r i o g e n e r a l s o b r e el t r a t a m i e n t o b e n j a m i n i a n o d e la crítica d e arte
r o m á n t i c a , Cfr. P. G e b h a r d t , " Ü b e r einige V o r a u s s e t z u n g e n d e r Literaturkritik B e n j a m i n s " , e n
V V . A A . , W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , pp. 7 3 ss.
 28. Cfr. la r e c e n s i ó n b e n j a m i n i a n a del libro d e A l b e r t B é g u i n , E l a l m a r o m á n t i c a y el
s u e ñ o , e n 1 9 3 9 (111,557-60).
29. S c h o l e m , o. c , p. 121.
3 0 . A c e r c a d e los a v a t a r e s d e s u p u b l i c a c i ó n e n los N e u e D e u t s c h e B e i t r á g e d e
H o f m a n n s t h a l , cfr. W i t t e , o. c , pp. 9 9 ss.
3 1 . L a i d e a d e la crítica c o m o u n a e s p e c i e d e análisis q u í m i c o la f o r m u l ó B e n j a m i n p o r
v e z p r i m e r a e n u n a carta a 1 9 1 6 : "la v e r d a d e r a crítica n o v a c o n t r a su objeto: es c o m o u n a
m a t e r i a q u í m i c a q u e sólo ataca a otra e n el s e n t i d o d e q u e , al d e s c o m p o n e r l a , r e v e l a s u n a t u r a
leza interior, p e r o n o la d e s t r u y e ( B , 1 3 1 s ) .
32. Cfr. U . S c h o d l b a u e r , " D e r T e x t als M a t e r i a l . Z u B e n j a m i n s 1nterpretation v o n
G o e t h e s W a h l v e r w a n d t s c h a f t e n " , e n V V . A A . , W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , p.
94; J.F. Y v a r s , M o d o s d e p e r s u a s i ó n . N o t a s d e crítica, pp. 1 6 0 ss.
33. S o b r e la diferencia entre " c o m e n t a r i o " y "crítica" e n la c o n f r o n t a c i ó n del " c o n t e n i
d o d e v e r d a d " , cfr. W i t t e , o. c , pp. 3 8 ss.
34. El c o n c e p t o del " c o n t e n i d o del v e r d a d " d e la o b r a d e arte sería d e s p u é s d e s a r r o l l a d o
p o r A d o r n o e n u n a d i r e c c i ó n i g u a l m e n t e t e o l ó g i c a a u n q u e , c l a r o está, n e g a t i v a ( T e o r i a
estética, pp. 1 7 1 ss.).
3 5 . P o e s í a y v e r d a d , p p . 6 1 8 s. A c e r c a d e l c o n c e p t o g o e t h i a n o d e n a t u r a l e z a , cfr. H .
W i e g m a n n , U t o p i e als K a t e g o r i e d e r Asthetik, pp. 1 3 3 ss.
36. E s t a f o r m a b e n j a m i n i a n a d e p r o c e d e r se f u n d a , sin d u d a , e n el a p r o v e c h a m i e n t o d e
ciertas " a n a l o g í a s f o r m a l e s " q u e n o s i e m p r e r e s p o n d í a n a u n " c o n t e n i d o o b j e t i v o " efectiva
m e n t e p r e s e n t e e n la o b r a d e G o e t h e . Cfr. Witte, o. c , p. 66; W i t t e c o m e n t a i g u a l m e n t e el s e n
tido del tejido m e t a f ó r i c o s o b r e el q u e B e n j a m i n c o n s t r u y e s u interpretación (o. c , pp. 8 5 ss.).
37. T h o m a s M a n n h a s u b r a y a d o el t r a s f o n d o cristiano q u e p r e d o m i n a e n esta o b r a
c o m o e n n i n g u n a otra d e G o e t h e ( G o e t h e s L a u f b a h n als Schriftsteller, pp. 1 7 4 ss.). D e Ottilie
d i c e q u e " e s u n a s a n t a " (o. c , p. 177).
38. A c e r c a d e la relación entre la o b r a y la crítica filosófica e n f u n c i ó n del esotérico
"ideal del p r o b l e m a " , cfr. W i t t e , o. c , p. 45.
39. A d o r n o r e c o g e r í a y p r o l o n g a r í a l u e g o estas ideas e n su d e t e r m i n a c i ó n del "carácter
e n i g m á t i c o " c o m o c u a l i d a d e s e n c i a l d e la o b r a d e arte ( T e o r í a estética, pp. 1 5 9 ss.).
40. E n efecto, la c o n c e p c i ó n b e n j a m i n i a n a del sujeto artístico trató s i e m p r e d e rehuir su
mitificación h e r o i c a a la m a n e r a e n q u e se a c o s t u m b r a b a h a c e r e n el á m b i t o d e la e s c u e l a d e
G e o r g e . Cfr., entre otras referencias, su r e c e n s i ó n d e 1 9 3 0 del libro d e M a x K o m m e r e l l , D e r
D i c h t e r a l s F ü h r e r in d e r d e u t s c h e n K l a s s i k ( " W i d e r e i n M e i s t e r w e r k " , e n 111, p p . 2 5 2 - 9 ) ;
M . R u m p f , o. c , p p . 5 3 s. A c e r c a d e la p o s i c i ó n b e n j a m i n i a n a f r e n t e a G u n d o l f , cfr. R u m p f , o.
c , p p . 6 4 s., S c h o d l b a u e r , o. c , p p . 1 0 1 ss., y W i t t e , o. c , p p . 4 0 ss.
41. W i t t e r e m i t e f i n a l m e n t e su interpretación del e n s a y o b e n j a m i n i a n o a la c o y u n t u r a
crítica e n q u e se v e e n v u e l t o el p e n s a m i e n t o estético tras la r e s a c a d e las n u m e r o s a s t e m p e s t a
d e s v a g u a r d i s t a s ; d e tal m o d o , lo sitúa e n e s a t r a d i c i ó n " q u e c o n c i b e la crítica c o m o o b r a d e
arte a u t ó n o m a , a n u n c i a n d o c o n ello la crisis d e la teoría clásica d e la a u t o n o m í a del arte" (o. c ,
p. 95). C a b e s u p o n e r q u e e s e n este p u n t o e n el q u e p o d r í a tal v e z c o b r a r a c t u a l i d a d , p o r d i s c u
tible q u e sea, la p u e r t a q u e B e n j a m i n a b r e a la teología.
42. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 92.
43. S c h o l e m , o. c , p. 124.
44. Witte, o. c , p. 33.
45. S c h o l e m , o. c , p. 1 15.

9 9
 46. S c h o l e m , o. c , pp. 111-3.
47. S c h o l e m , o. c , p. 115.
4 8 . S c h o l e m , o. c , p. 1 1 5 s.
49. E n s u c o m e n t a r i o d e u n h e r m é t i c o f r a g m e n t o q u e B e n j a m i n escribió d u r a n t e s u
es tancia e n 1biza, A g e s i l a u s S a n t a n d e r , S c h o l e m h a p r o f u n d i z a d o e n la diferente significación
d e las e v o c a c i o n e s a n g e l o l ó g i c a s , n o i n f r e c u e n t e s e n su a m i g o ( B e n j a m i n u n d sein E n g e l , pp.
3 5 - 7 2 ) . E l A n g e l u s N o v u s -la a c u a r e l a d e K l e e - r e a p a r e c e r á e n las Tesis s o b r e el c o n c e p t o d e
hi storia (vid. infr p.). L a i m a g e n del á n g e l e f í m e r o la aplicará m á s tarde a K a r l K r a u s (vid.
in fra p.).
50. A c e r c a del s u b j e t i v i s m o q u e i n e v i t a b l e m e n t e p a r e c e teñir esta c o n c e p c i ó n b e n j a m i -
n i a n a d e la crítica, cfr. W i t t e , o. c , p p 3 3 ss., y P. G e b h a r d t , o. c , p. 7 8 : " n o se trata d e subjeti
v i s m o , s i n o d e lo contrario: el crítico r e n u n c i a p o r c o m p l e t o a sí m i s m o y se p o n e al servicio
d e s u objeto; se s u m e r g e e n el o b j e t o d e la crítica a fin d e p o n e r d e m a n i f i e s t o su v e r d a d . S e
c o n v i e r t e e n ó r g a n o d e s u objeto". P o r s u p u e s t o , tal " e x p e r i e n c i a " s i e m p r e p o d r á ser c o n s i d e
r a d a c o m o utópica, c u a n d o n o c o m o i n t e l e c t u a l m e n t e suicida.

1 0 0
 III

L A E S T E T I C A C O M O T E O L O G Í A
E L L I B R O S O B R E E L T R A U E R S P I E L
 1, L A F O R M A " C O N S T E L A C I O N '

C O N C E P T O D E " T R A T A D O '

T r a s la c u l m i n a c i ó n d e s u trabajo s o b r e el r o m a n t i c i s m o t e m p r a n o , u n a cierta u r g e n c i a
p o r g a n a r p o s i c i o n e s e n el m u n d o a c a d é m i c o - u n á m b i t o , p o r lo d e m á s , q u e n o p o d í a s i n o
r e v e l a r s e c o m o e s c a s a m e n t e i d ó n e o p a r a el m e j o r d e s a r r o l l o d e s u p e r s o n a l m a n e r a d e
filosofar'- e m p u j ó a B e n j a m i n a la c o n c e p c i ó n del q u e sería el p r i m e r o d e sus p r o y e c t o s d e
"Habilitación". P o r a q u e l e n t o n c e s , h a b l a m o s del a ñ o 1 9 1 9 , s u i n t e n c i ó n e r a t o d a v í a orientar
s u i n v e s t i g a c i ó n e n t o r n o al t e m a q u e m á s se e s t i m a b a , es decir, el d e la relación existente
entre " p a l a b r a y c o n c e p t o ( l e n g u a j e y l o g o s ) " [B,230]. A z a r e s d i v e r s o s y o b s t á c u l o s i m p r e v i s
tos le o b l i g a r o n a r e n u n c i a r a tal p r o y e c t o . P e r o c u a n d o se r e s o l v i e s e f i n a l m e n t e , h a c i a 1 9 2 2 , a
centrar su e s t u d i o e n el m a r c o d e la g e r m a n í s t i c a y d e d i c a r s e a la interpretación del d r a m a
b a r r o c o a l e m á n , el T r a u e r s p i e l , a q u e l l o s p r i m i t i v o s intereses n o dejarían d e o c u p a r u n l u g a r
d e c i s i v o e n la peculiar p e r s p e c t i v a q u e h a b r í a d e conferir a su trabajo. M á s a ú n , éste constitui
ría e n m u y a m p l i a m e d i d a u n a e s p e c i e d e a r m a z ó n e n el q u e B e n j a m i n n o q u i s o o n o p u d o
resistirse a introducir, c o m o e n otras o c a s i o n e s , la práctica totalidad d e las ideas y los m o t i v o s
q u e hasta e s e m i s m o instante le h a b í a n v e n i d o p r e o c u p a n d o . Y p o r cierto q u e s u d o c t r i n a teo
lógica del l e n g u a j e n o p o d í a sino d e s e m p e ñ a r u n a v e z m á s el p a p e l estelar q u e p o r definición
le h a b í a d e c o r r e s p o n d e r . Ello se h a c e del t o d o e v i d e n t e e n el tan d e s l u m b r a n t e c o m o inusita
d a m e n t e a b s t r u s o P r ó l o g o c r í t i c o - e p i s t e m o l ó g i c o c o n el q u e abría su e n s a y o , u n a i n t r o d u c c i ó n
q u e el p r o p i o B e n j a m i n calificaba c o m o u n a " d e s m e s u r a d a o s a d í a " q u e h a b í a d e constituir " u n
s e g u n d o e s t a d i o , n o sé si m e j o r " , d e las c o n c e p c i o n e s d e s a r r o l l a d a s e n s u a n t i g u o escrito s o b r e
el lenguaje, y q u e , añadía, " s e p e i n a c o m o d o c t r i n a d e las i d e a s " [B,372].
A s í era, e n v e r d a d , y y a las p r i m e r a s frases se m u e s t r a n o r i e n t a d a s e n tal sentido: " e s
p r o p i o d e la escritura filosófica el d e b e r c o n f r o n t a r d e n u e v o a c a d a p a s o la c u e s t i ó n d e la
f o r m a d e e x p o s i c i ó n " , c o m i e n z a B e n j a m i n [1,207]. P u e s t o q u e la filosofía, c o m o e s n o t o r i o , s e
halla e n efecto investida d e u n a insoluble t e n s i ó n entre la i n c o n d i c i o n a l i d a d d e sus m á s p r o p i a s
a s p i r a c i o n e s y la realidad d e su precario carácter. El d i s c u r s o filosófico, c u a n d o m e n o s " e n s u
f o r m a c o n c l u s a " , p o d r á sin d u d a a s u m i r la c a l i d a d d e la "doctrina", m a s el p o d e r d e adquirir
s e m e j a n t e f o r m a s u p r e m a , p r o s i g u e , " n o d e s c a n s a e n la f u e r z a del m e r o p e n s a m i e n t o " , s i n o
q u e m á s b i e n d e p e n d e r á d e lo q u e d e n o m i n a u n a " c o d i f i c a c i ó n histórica" [1,207]. Q u e d a , e n
c o n s e c u e n c i a , e x c l u i d a p a r a la filosofía t o d a posibilidad d e recurrir a u n a e x p o s i c i ó n " m o r e
g e o m e t r i c o " , al estilo d e la ciencia, e n d o n d e el p r o b l e m a d e la " e x p o s i c i ó n " sería inesencial y
s e c u n d a r i o , a saber, u n m e r o a s u n t o d e " d i s p o s i c i ó n didáctica" [1,207]. N o s u c e d e lo m i s m o e n
filosofía. P a r a ella, la f o r m a d e la e x p o s i c i ó n y el " c o n t e n i d o d e v e r d a d " se interpenetran d e

1 0 5
 m a n e r a i n e x o r a b l e y se hallan a m b o s , a d e m á s , e n situación d e a b s o l u t a d e p e n d e n c i a r e s p e c t o a
la historia. A l contrario d e lo q u e se a c e p t a c o m o ideal e n la ciencia, y c o m o r a s g o esencial e n
las m a t e m á t i c a s , el " o r d e n d e las r a z o n e s " n o p u e d e j a m á s q u e d a r a u t ó n o m a y s u f i c i e n t e m e n t e
d e t e r m i n a d o p o r el e n t e n d i m i e n t o . El d i s c u r s o filosófico e x i g e m á s b i e n la c o n s i d e r a c i ó n d e u n
á m b i t o c u y o c o n t e n i d o t r a s c i e n d e los límites del l e n g u a j e e n el q u e a l c a n z a a e x p r e s a r s e , d e tal
m o d o q u e n o le será p o s i b l e sustraerse a la n e c e s i d a d d e integrar y a c o g e r e n sí u n cierto ele
m e n t o " e s o t é r i c o " del q u e , dice B e n j a m i n , "le está p r o h i b i d o r e n e g a r " y del q u e " n o p o d r í a jac
tarse i m p u n e m e n t e " [1,207]. E s t a c u a l i d a d esotérica es, p o r tanto, el índice d e su particular rela
c i ó n c o n el absoluto, u n a b s o l u t o q u e se d e s p l i e g a e n la historia y q u e a ú n n o h a b r í a t e r m i n a d o
d e hacerlo, así c o m o c o n s u " d o c t r i n a " c o r r e s p o n d i e n t e . P u e s t o q u e la filosofía se f u n d a e n la
o b l i g a d a tesitura d e h a c e r p a t e n t e la e x p e r i e n c i a d e u n a b s o l u t o q u e p o r d e s g r a c i a n o p o s e e .
L a filosofía es e n t o n c e s el r e s u l t a d o d e u n a t e n s i ó n entre d o s e x t r e m o s o p u e s t o s y a p e
n a s conciliables, a saber, entre la perfecta v e r d a d q u e sería la p r o p i a d e u n a " d o c t r i n a " final
m e n t e m a n i f i e s t a y, p o r el otro lado, la v u l n e r a b l e p r o v i s i o n a l i d a d del " e n s a y o e s o t é r i c o " e n
q u e i r r e m e d i a b l e m e n t e h a d e c o n f o r m a r s e la e s c r i t u r a filosófica, al m e n o s e n t a n t o la
R e v e l a c i ó n n o h a y a c o n c l u i d o . M u y fácil es r e c o n o c e r e n esta p o l a r i d a d la y a referida distin
c i ó n entre la h a l a c h a y la h a g a d a h , d o c t r i n a y c o m e n t a r i o , e n c u y o s t é r m i n o s h a b í a d e c i d i d o
B e n j a m i n establecer el m a r c o e n el q u e h a b r í a d e m o v e r s e . E s d e la t e n s i ó n q u e p o r n e c e s i d a d
i m p e r a e n s e m e j a n t e c a m p o d e f u e r z a s d e lo q u e p r e t e n d e r í a escapar, e n c u a n t o m á s l o g r a d a
s o l u c i ó n d e c o m p r o m i s o , la d e c i m o n ó n i c a o r i e n t a c i ó n h a c i a el c o n c e p t o d e sistema: " e n tanto
q u e d e t e r m i n a d a p o r él, la filosofía c o r r e el p e l i g r o d e a c o m o d a r s e a u n s i n c r e t i s m o q u e teje
u n a tela d e a r a ñ a e n t r e distintos c o n o c i m i e n t o s , e n u n i n t e n t o d e a t r a p a r la v e r d a d c o m o si é s t a
f u e s e a l g o q u e v i n i e r a v o l a n d o d e s d e el e x t e r i o r " [1,207). L a f o r m a f i l o s ó f i c a n o d e b e r í a s e r
" a n t i c i p a d a " e n el s i s t e m a , c o m o si a q u é l l a h u b i e s e a l c a n z a d o y a p l e n a m e n t e la c o n d i c i ó n y
a u t o r i d a d d e la "doctrina", s i n o q u e m á s b i e n h a b r í a d e ser d e t e r m i n a d a e n el c o n t e x t o d e su
real y e f e c t i v o "ejercicio", y b a j o la figura d e u n a cierta " p r o p e d é u t i c a " q u e B e n j a m i n , e n
g e s t o notable, o p t a p o r d e s i g n a r m e d i a n t e el t é r m i n o escolástico d e "tratado". P o r "tratado", e n
efecto, e n t i e n d e u n a suerte d e c o m e n t a r i o d e a p a r i e n c i a m a r g i n a l , u n a " d i g r e s i ó n " o " e x c u r s o "
[ B , 3 3 0 ] sostenido, sin e m b a r g o , e n "referencia latente" a t o d o s " a q u e l l o s o b j e t o s d e la teología
sin los q u e la v e r d a d es i n c o n c e b i b l e " [1,208]. A l "tratado", p o r ello, le s o n i g u a l m e n t e a j e n a s
las p r e t e n s i o n e s d e perfecta i n c u e s t i o n a b i l i d a d p r o p i a s d e la " d o c t r i n a " c o m o los requisitos
d e m o s t r a t i v o s del d i s c u r s o d e la ciencia. S u s t a n c i a l m e n t e , p o r tanto, el "tratado n o s a b e d e
otro m é t o d o q u e la " e x p o s i c i ó n " m i s m a e n q u e se constituye: " m é t o d o es digresión", escribe
B e n j a m i n , "la e x p o s i c i ó n c o m o d i g r e s i ó n -tal es la n a t u r a l e z a m e t o d o l ó g i c a del tratado. L a
r e n u n c i a al c u r s o i n i n t e r r u m p i d o d e la i n t e n c i ó n es su característica p r i m a r i a " [1,208].
L a t r a n s f o r m a c i ó n del d i s c u r s o filosófico e n " e x c u r s o " t e o l ó g i c o se ajusta b i e n a la m á s
f u n d a m e n t a l d e las a s p i r a c i o n e s q u e d e f i n e n el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n , a saber, la d e b o r r a r
t o d a huella del sujeto y d a r así e x p r e s i ó n a u n a " e x p e r i e n c i a " q u e se s u p o n e i n c o n d i c i o n a d a ,
"neutral". L a " d i g r e s i ó n " e n q u e se r e s u e l v e la f o r m a " t r a t a d o " e x i g e u n a p r e v i a " m o r t i f i c a
c i ó n " del sujeto, del filósofo, q u e se h a b r á d e limitar a dejarse llevar allí d o n d e la c o s a m i s m a
se d i s p e r s e e n f r a g m e n t o s , sin dirigirlos h a c i a n i n g ú n l u g a r s u b j e t i v a m e n t e p r e d e t e r m i n a d o .
E l l o h a d e tener, c o m o es o b v i o , i m p o r t a n t e s c o n s e c u e n c i a s e n lo q u e se refiere a la estructura
l ó g i c a particular d e la e x p o s i c i ó n filosófica. P u e s m i e n t r a s q u e e n u n a a r g u m e n t a c i ó n al u s o
c a d a e n u n c i a d o h a b r í a d e p o d e r d e r i v a r s e del anterior, al m e n o s v i r t u a l m e n t e , sin s o l u c i ó n d e
c o n t i n u i d a d , la o b j e t i v i d a d estricta d e la " e x p e r i e n c i a " q u e a B e n j a m i n le interesa e x i g e m á s
b i e n u n desarrollo d i s c o n t i n u o e n d o n d e n i n g ú n p o s t u l a d o p u e d e a p a r e c e r y a ni c o m o " p r i m e

1 0 6
 r o " ni c o m o " ú l t i m o " ; e n efecto, escribe, "el p r o c e s o del p e n s a m i e n t o e s t a b l e c e i n c a n s a b l e
m e n t e n u e v o s p u n t o s d e partida, v o l v i e n d o tras u n r o d e o a su o b j e t o original. E s t a c o n t i n u a
d e t e n c i ó n p a r a t o m a r aliento es la f o r m a m á s p r o p i a del p r o c e s o d e c o n t e m p l a c i ó n . P u e s , d e la
b ú s q u e d a d e diferentes niveles d e significado e n s u e x a m e n d e u n o b j e t o singular, el p e n s a
m i e n t o recibe tanto el i n c e n t i v o p a r a r e c o m e n z a r d e n u e v o c o m o la justificación d e s u irregu
lar r i t m o " [1,208]. E n este p a s a j e se e n c u e n t r a f o r m u l a d o p o r v e z p r i m e r a lo q u e p o c o t i e m p o
d e s p u é s , e n el B e n j a m i n "materialista", y a se m a n i f e s t a r í a d e m a n e r a explícita c o m o "dialécti
c a e n d e t e n c i ó n " . E s a q u í b a s t a n t e claro el t r a s f o n d o anti-iluminista e n el q u e se a p o y a n sus
ideas, su a c e p t a c i ó n del retorno, d e la estructura d e círculos entre c o n c é n t r i c o s y e x c é n t r i c o s
e n los q u e c a d a repetición se d a s i e m p r e - s e g ú n es regla e n la tradición h e r m e n é u t i c a judía, a
la q u e B e n j a m i n se remitiría e n u n a carta- e n u n diferente nivel d e s e n t i d o [1,926].
P r e v a l e c e , d e este m o d o , la figura d i s c o n t i n u a q u e resulta d e la d i s g r e g a c i ó n d e la tota
lidad e n i n n u m e r a b l e s p e q u e ñ o s f r a g m e n t o s e l e m e n t a l e s , q u e la c o m p o n e n a la m a n e r a d e u n
" m o s a i c o " : "al igual q u e los m o s a i c o s p r e s e r v a n s u m a j e s t a d a p e s a r d e su f r a g m e n t a c i ó n e n
c a p r i c h o s a s partículas, a s i m i s m o la c o n t e m p l a c i ó n f d o s ó f i c a n o está a u s e n t e d e lo distinto y
desigual; y n a d a p u e d e m o s t r a r u n m á s p o d e r o s o t e s t i m o n i o d e la f u e r z a t r a s c e n d e n t e d e la
i m a g e n s a g r a d a y d e la m i s m a v e r d a d (..). L a r e l a c i ó n e n t r e la m i n u c i o s a p r e c i s i ó n d e la o b r a y
las p r o p o r c i o n e s d e la t o t a l i d a d (...) d e m u e s t r a q u e el c o n t e n i d o d e v e r d a d s ó l o e s a l c a n z a b l e
p o r m e d i o d e la i n m e r s i ó n e n los m á s p e q u e ñ o s detalles del t e m a " [1,208]. A la estructura e n
f o r m a d e " m o s a i c o " c o r r e s p o n d e u n a " t é c n i c a m i c r o l ó g i c a " [1,927], u n p r o c e d e r q u e B e n j a m i n
califica d e " e s c e p t i c i s m o p r o d u c t i v o " y c u y o r a s g o m á s f u n d a m e n t a l es la resuelta d e s c o n f i a n
z a r e s p e c t o d e t o d a regla d e d u c t i v a , d e t o d o p r i n c i p i o g e n e r a l o d e s a r r o l l o a partir d e u n a
"tesis". L a r e p o s a d a c o n c e n t r a c i ó n e n los detalles, lo q u e A d o r n o h a b r í a d e describir l u e g o
c o m o " e x t r a p o l a c i ó n " o " i n t e r p o l a c i ó n e n lo m í n i m o " 2 , e n t r a ñ a e n c o n s e c u e n c i a u n a p e r m a
n e n t e " s u s p e n s i ó n " del c u r s o d e la a r g u m e n t a c i ó n , la a d o p c i ó n d e u n a p o s i c i ó n estacionaria e n
virtud d e la cual p o d r í a el p e n s a m i e n t o " c o n c e n t r a r s e total y r e p o s a d a m e n t e i n c l u s o e n el m á s
m í n i m o objeto, sin la m e n o r i n h i b i c i ó n " [1,225].
P o r cierto q u e s e m e j a n t e a u s e n c i a d e i n h i b i c i o n e s p u e d e f á c i l m e n t e d e s p e r t a r la s o s p e
c h a d e arbitrariedad. A v e c e s p a r e c e B e n j a m i n d e r i v a r i n c l u s o e n f o r m u l a c i o n e s d e a p a r i e n c i a
esteticista. Así, p o r e j e m p l o , e n D i r e c c i ó n ú n i c a p o d e m o s leer a este respecto: "el tratado es
u n a f o r m a a r á b i g a " [1V, 1 1 1]. S u a r q u i t e c t u r a interior, la r e l a c i ó n e n q u e se h a l l a n el t o d o y la
parte, se articularía u n tanto al m o d o d e las f a c h a d a s d e las e d i f i c a c i o n e s árabes, esto es, c o m o
u n a estructura q u e " s ó l o se h a c e m a n i f i e s t a d e s d e dentro", p o r así decir, e n la i n t i m i d a d d e su
patio central, y n o e n la p e r s p e c t i v a d e la e x t e r n a a p r e c i a c i ó n del c o n j u n t o : "la superficie d e
s u s d e l i b e r a c i o n e s n o se a n i m a p i c t ó r i c a m e n t e , s i n o q u e es m á s b i e n recubierta c o n las r e d e s
d e l o r n a m e n t o q u e s e e n t r e l a z a s i n s o l u c i ó n d e c o n t i n u i d a d . E n la e s p e s u r a o r n a m e n t a l d e e s t a
r e p r e s e n t a c i ó n q u e d a s u p r i m i d a la diferencia entre las e x p l i c a c i o n e s t e m á t i c a s y las e x c u r s i
v a s " [1V, 1 11]. L a f o r m a " t r a t a d o " se revela, d e esta m a n e r a , e n e s t r e c h a a f i n i d a d c o n u n a cier
ta estructura d e " a r a b e s c o " c u y a " e s p e s u r a o r n a m e n t a l " se haría p o r c o m p l e t o indistinta res
p e c t o d e la d e n s i d a d m i s m a e n q u e se d e s p l i e g a el a r g u m e n t o . Y a q u e lo a p a r e n t e m e n t e acci
dental se c o n v i e r t e e n esencial, y viceversa.
El p r o p i o B e n j a m i n se h a p r e o c u p a d o p o r d e l im i t a r la f o r m a d e la escritura filosófica
r e s p e c t o del arte y del d i s c u r s o científico. Y lo h a c e r e m i t i é n d o s e a la p l a t ó n i c a identificación
e n t r e v e r d a d y belleza: e n t a n t o q u e " e x p o s i c i ó n d e sí m i s m a " , la v e r d a d e s el " c o n t e n i d o "
esencial d e la belleza d e la a p a r i e n c i a [1,210]. El intelecto, sostiene, p e r s i g u e la v e r d a d c o m o
E r o s se a f a n a b a e n el B a n q u e t e e n p o s d e la b e l l e z a ideal. L a " b e l l e z a filosófica" n o es, p o r

1 0 7
 tanto, la m i s m a q u e la del arte. El c o m e t i d o q u e se r e s e r v a el filósofo, la d e s c r i p c i ó n del u n i
v e r s o d e las "ideas", le situaría m á s b i e n e n " u n a e l e v a d a p o s i c i ó n i n t e r m e d i a entre el investi
g a d o r y el artista" [1,212]. E s t e ú l t i m o c o n v e r g e c o n el filósofo e n su c o m ú n y f u n d a m e n t a l
interés p o r la r e p r e s e n t a c i ó n o f o r m a d e e x p o s i c i ó n ; el científico, p o r su parte, será s i e m p r e
solidario d e s u p r o c e d e r d e s t r u c t i v o d e lo m e r a m e n t e e m p í r i c o . D e este m o d o , c o n c l u y e
B e n j a m i n , "el c o n c e p t o d e estilo filosófico se e n c u e n t r a libre d e p a r a d o j a . T i e n e s u s p o s t u l a
dos. S o n los siguientes: el arte d e la interrupción frente a la c a d e n a d e la d e d u c c i ó n ; la tenaci
d a d del tratado frente al g e s t o del f r a g m e n t o ; la repetición d e los m o t i v o s frente al s o m e r o u n i
v e r s a l i s m o ; la p l e n i t u d d e c o n c e n t r a d a p o s i t i v i d a d frente al carácter n e g a t i v o d e la p o l é m i c a "
[1,212]. S e trata d e los " p o s t u l a d o s " p a t e n t e m e n t e a n á l o g o s a lo q u e B e n j a m i n e n t e n d í a c o m o
la estructura p r o p i a del c o m e n t a r i o d e textos s a g r a d o s , e n c u y o d o m i n i o n o p u e d e la belleza y a
constituir s i n o el f u l g o r q u e d e s p i d e n las apariencias e n el p r o c e s o d e su destrucción: "el a r d o r
d e la e n v o l t u r a " f e n o m é n i c a , dice B e n j a m i n , e n el m o m e n t o e n q u e se i n f l a m a c u a n d o p e n e t r a
e n e l r e i n o d e l a s i d e a s [ 1 , 2 1 1 ]'.

V E R D A D " N O I N T E N C I O N A L " ;
L A " I D E A " C O M O " N O M B R E "

L o q u e p u e d e a c a s o p r e s e r v a r a B e n j a m i n d e u n a irreparable c a í d a e n el e s t e t i c i s m o n o
es s i n o la d e r i v a c i ó n t e o l ó g i c a e n c u y o m a r c o tiende a d i s o l v e r d e u n a m a n e r a s i s t e m á t i c a
t o d a s las diferencias. Si el a r g u m e n t o c o n v e r g e c o n el o r n a m e n t o , si la tesis se c o n f u n d e c o n
s u d e s a r r o l l o , si el d i s c u r s o se d e t i e n e " p a r a t o m a r a l i e n t o " y la t o t a l i d a d n o se i n d a g a s i n o e n
el detalle f r a g m e n t a r i o , ello a c o n t e c e ú n i c a m e n t e e n v i r t u d d e a q u e l l a " e x p e r i e n c i a " q u e
B e n j a m i n calificaba d e "auténtica", e n o r d e n a la cual h a b r í a n d e q u e d a r sacrificados tanto el
sujeto c o m o el objeto. P a r a ello, e m p e r o , bastará e n realidad c o n la a n u l a c i ó n del p r i m e r o :
p u e s t o q u e el " c o n t e n i d o d e v e r d a d " p r o p i o d e tal " e x p e r i e n c i a " d e s c a n s a p r e c i s a m e n t e e n la
" m u e r t e d e la i n t e n c i ó n " [1,216], esto es, entre otras cosas, e n la d e r o g a c i ó n d e las e x i g e n c i a s
intelectuales e n las q u e p o r n e c e s i d a d h a d e f u n d a r s e la i d e n t i d a d del sujeto. T a l e s e x i g e n c i a s
p u e d e n c o n d u c i r , e n efecto, al " c o n o c i m i e n t o " , p e r o éste n o sería e n a b s o l u t o idéntico a la
" v e r d a d " . Y a q u e la e x p o s i c i ó n d e la v e r d a d sólo es susceptible d e ser a l c a n z a d a e n la m e d i d a
e n q u e n o f u e s e p r e f o r m a d a o p r e d e t e r m i n a d a p o r las " i n t e n c i o n e s " del sujeto, c u y a m á s a p r o
p i a d a actitud n o será y a la d e " i n t e n c i ó n y c o n o c i m i e n t o " , sino la d e " u n a total i n m e r s i ó n y
a b s o r c i ó n " e n la c o s a [1,216]. A l contrario q u e el " c o n o c i m i e n t o " , la " v e r d a d " n o es a l g o q u e
p u e d a ser " p o s e í d o " p o r el sujeto. P u e s " p a r a la c o s a poseída, la e x p o s i c i ó n es s e c u n d a r i a " ,
m i e n t r a s q u e " p a r a la v e r d a d , el m é t o d o es la a u t o e x p o s i c i ó n , y es p o r lo tanto i n m a n e n t e a
ella c o m o f o r m a " [1,209]. E n efecto, d i c e B e n j a m i n , "el o b j e t o del c o n o c i m i e n t o , d e t e r m i n a d o
c o m o está p o r la i n t e n c i ó n i n h e r e n t e al c o n c e p t o , n o es la v e r d a d . L a v e r d a d es u n e s t a d o n o
intencional del ser, c o n f i g u r a d o p o r las i d e a s " [1,216]. E s la "idea", p o r tanto, y n o el c o n c e p t o ,
lo q u e c o n s t i t u y e el o b j e t o p r o p i o del d i s c u r s o filosófico, la figura d e la " v e r d a d n o intencio
n a l " e n su i n m a c u l a d a i n d e p e n d e n c i a r e s p e c t o d e t o d a c o n d i c i ó n subjetiva; a saber, la " i d e a "
e n tanto q u e " e s e n c i a p r e e x i s t e n t e " al m o d o p r o p u e s t o p o r la d o c t r i n a platónica, d e la q u e
B e n j a m i n se r e c l a m a , p o r lo d e m á s , n o sin cierta e x t r a ñ a n a t u r a l i d a d [1,210].

1 0 8
 El p u n t o e n el q u e se e n l a z a n estas teorías c o n la c o n c e p c i ó n b e n j a m i n i a n a del l e n g u a j e
radica e n su d e t e r m i n a c i ó n d e la idea c o m o " n o m b r e " . El p l a n t e a m i e n t o y a n o s es familiar. El
a r g u m e n t o e s el s i g u i e n t e : p u e s t o q u e " l a e s t r u c t u r a d e la v e r d a d (...) p i d e u n m o d o d e s e r tal
q u e e n su falta d e i n t e n c i o n a l i d a d se a s e m e j e al s i m p l e existir d e las c o s a s " , la relación entre la
v e r d a d y lo m e r a m e n t e positivo es a n á l o g a a la q u e se d a entre el n o m b r e y lo p o r él d e n o m i
n a d o : "la v e r d a d n o es u n a i n t e n c i ó n q u e se realiza e n el m u n d o e m p í r i c o ; es el p o d e r q u e
d e t e r m i n a la e s e n c i a d e e s a realidad e m p í r i c a . El e s t a d o d e ser m á s allá d e t o d a f e n o m e n a l i d a d ,
el ú n i c o al q u e e s e p o d e r p e r t e n e c e , es el del n o m b r e . E s t e d e t e r m i n a la m a n e r a e n q u e se d a n
las i d e a s " [1,216]. T a l es el m o d e l o al q u e se r e m i t e la f o r m a "tratado", esto es, la " s o b r i a
p r o s a " del " p u r o l e n g u a j e " al q u e d e b e tratar d e a p r o x i m a r s e el estilo e x p o s i t i v o d e c u a l q u i e r
i n v e s t i g a c i ó n filosófica q u e aspire a t r a s c e n d e r los límites d e las " i n t e n c i o n e s " s u b j e t i v a s
[1,209]. E n el a c t o d e n o m i n a t i v o , c o m o y a s a b e m o s , se r e c u p e r a n d e a l g ú n m o d o las c u a l i d a
d e s del l e n g u a j e del paraíso, c u a n d o el h o m b r e se h a l l a b a a ú n o c u p a d o e n las p r e s u n t a m e n t e
g o z o s a s tareas d e a c a b a d o y p e r f e c c i o n a m i e n t o d e la " c r e a c i ó n " divina, antes d e ser p e r v e r t i d o
p o r el "juicio" y la " c o m u n i c a c i ó n " 4 . A s í pues, e n tanto q u e " n o m b r e s inalterados p o r el signi
f i c a d o c o g n o s c i t i v o " , las ideas p o n e n i g u a l m e n t e e n j u e g o u n a suerte d e " p e r c e p c i ó n o r i g i n a
ria" d e las c o s a s m i s m a s , u n a " r e s t a u r a c i ó n " d e su a u t e n t i c i d a d encubierta: p u e s t o q u e " e s
tarea del filósofo restaurar m e d i a n t e s u e x p o s i c i ó n la p r i m a c í a del carácter s i m b ó l i c o d e la
palabra, e n la cual se h a c e c o n s c i e n t e la idea, y q u e es lo contrario d e t o d a c o m u n i c a c i ó n d e s
viada", d e t o d o significado "intencional", es decir, " p r o f a n o " 5 ; se e n t i e n d e así q u e B e n j a m i n
a d j u d i q u e a A d á n el d o b l e título d e " p a d r e d e la r a z a h u m a n a y p a d r e d e la filosofía" (1,217]\
L a s ideas " s o n m o s t r a d a s , sin intención, e n el a c t o d e n o m b r a r , y h a n d e ser r e n o v a d a s
e n la c o n t e m p l a c i ó n filosófica. E n esta r e n o v a c i ó n es r e s t a u r a d o el m o d o originario d e p e r c e p
c i ó n d e las p a l a b r a s " [1,217]. S e c o n j u g a así lo n u e v o c o n lo originario, y e n t r a m o s c o n ello e n
el c a m p o d e lo histórico. A h o r a bien, la filosofía es h i s t ó r i c a m e n t e "la e x p o s i c i ó n d e u n limita
d o n ú m e r o d e p a l a b r a s q u e s i e m p r e p e r m a n e c e n igual - u n a l u c h a p o r la e x p o s i c i ó n d e las
i d e a s " [1,217]. D e tal m o d o , B e n j a m i n se v e l l e v a d o r e c h a z a r las tentativas q u e , al estilo d e
H e i d e g g e r , p e r s i g u e n u n a r e s t a u r a c i ó n del o r i g e n s a l t a n d o p o r e n c i m a d e la historia y r e c u s a n
d o la e n t e r a tradición "metafísica": e n el á m b i t o d e la filosofía, escribe, " e s e m p r e s a d u d o s a la
i n t r o d u c c i ó n d e n u e v a s t e r m i n o l o g í a s q u e n o se limitan al d o m i n i o d e lo c o n c e p t u a l s i n o q u e
dirigen s u s m i r a s h a c i a los ú l t i m o s o b j e t o s d e la c o n t e m p l a c i ó n . T a l e s t e r m i n o l o g í a s -fallidos
p r o c e s o s d e n o m i n a t i v o s e n los q u e p e s a m á s la i n t e n c i ó n q u e el l e n g u a j e - c a r e c e n d e la objeti
v i d a d d e q u e la historia h a d o t a d o a las principales f o r m u l a c i o n e s d e la reflexión filosófica"
[1,217]. Así, la " i d e a " a l c a n z a su l e g i t i m i d a d m e d i a n t e s u inserción e n el o b j e t i v o d e c u r s o his
tórico, esto es, e n virtud d e su s e d i m e n t a c i ó n e n la historia. E s decir: a través d e la s e d i m e n t a
c i ó n d e la historia e n la "idea"'.

" S A L V A C 1 O N " D E L O S F E N O M E N O S

Si la tarea q u e B e n j a m i n e n c o m i e n d a al filósofo consiste e n la d e s c r i p c i ó n del " m u n d o

d e las ideas", e s t o es, s u " n o m i n a c i ó n " a través d e la f o r m a del "tratado", c a b e sugerir q u e tal
c o s a s ó l o s e r á p o s i b l e si y a s e h a b i t a d e a l g ú n m o d o , p o r así decir, e n el s e n o m i s m o d e la v e r

1 0 9
 d a d . E l l o entraña, e n efecto, q u e el " m u n d o d e las i d e a s " n o se halla s e p a r a d o d e lo f e n o m é n i
c o c o m o p o r u n a b i s m o . A l contrario, los f e n ó m e n o s q u e d a n p o r definición incluidos y a b s o r
b i d o s e n la u n i d a d d e la "idea", q u e e n a b s o l u t o los trasciende, sino q u e m á s b i e n los " s a l v a "
i n m a n e n t e m e n t e : " l o s f e n ó m e n o s n o p e n e t r a n (...) e n la t o t a l i d a d d e l m u n d o d e l a s i d e a s e n s u
c r u d o e s t a d o e m p í r i c o , a d u l t e r a d o p o r las apariencias, sino sólo e n sus e l e m e n t o s básicos, redi
m i d o s . S o n d e s p o j a d o s d e su falsa u n i d a d h a s t a q u e , así divididos, p u e d a n participar d e la
g e n u i n a u n i d a d d e la v e r d a d " . L a vía d e la " r e d e n c i ó n " tiene c o m o v e h í c u l o al c o n c e p t o : " e n
esta s u división, los f e n ó m e n o s s o n s u b o r d i n a d o s a los c o n c e p t o s , p u e s t o q u e s o n estos ú l t i m o s
los q u e e f e c t ú a n la r e s o l u c i ó n d e los objetos e n sus e l e m e n t o s constitutivos. L a s distinciones
c o n c e p t u a l e s están p o r e n c i m a d e t o d a s o s p e c h a d e sofistería destructiva sólo c u a n d o su p r o p ó
sito es la s a l v a c i ó n d e los f e n ó m e n o s e n las ideas, el p l a t ó n i c o ta p h a i n o m e n a sojein. A través
d e su p a p e l m e d i a d o r , los c o n c e p t o s h a c e n posible a los f e n ó m e n o s participar e n la existencia
d e las i d e a s " [1,213].
El s e n t i d o d e la filosofía, y n o sólo el d e la crítica e n general, será p o r tanto esencial
m e n t e "redentor". " S a l v a r " los f e n ó m e n o s es m o s t r a r , c o n a y u d a d e los c o n c e p t o s , su " c o n t e
n i d o d e v e r d a d " . L a " i d e a " se h a c e así m a n i f i e s t a c o m o u n a cierta " c o n f i g u r a c i ó n " d e e l e m e n
tos c o n c e p t u a l e s e m p í r i c a m e n t e d e t e r m i n a d o s . Así, "el g r u p o d e c o n c e p t o s q u e asisten a la
e x p o s i c i ó n d e u n a i d e a le presta a c t u a l i d a d a u n a tal c o n f i g u r a c i ó n . P u e s los f e n ó m e n o s n o
están i n c o r p o r a d o s e n las ideas. N o están c o n t e n i d o s e n ellas. L a s ideas son, m á s bien, su o b j e
tiva, virtual o r g a n i z a c i ó n " , es decir, " s u objetiva interpretación" [1,214]. El a s p e c t o "virtual"
d e d i c h a i m a g e n , esto es, s u carácter "ideal", q u e d a ilustrado p r e c i s a m e n t e p o r m e d i o d e la
a n a l o g í a e n la q u e d e s c a n s a e s e c o n c e p t o d e " c o n s t e l a c i ó n " q u e tan i m p o r t a n t e p a p e l h a b r í a d e
d e s e m p e ñ a r m á s tarde e n el p e n s a m i e n t o antisistemático d e su discípulo A d o r n o " : e n efecto,
" l a s i d e a s s o n a l o s o b j e t o s lo q u e las c o n s t e l a c i o n e s s o n a las estrellas. E s t o s i g n i f i c a (...) q u e
a q u é l l a s n o s o n ni s u s c o n c e p t o s n i s u s l e y e s (...). L a s i d e a s s o n c o n s t e l a c i o n e s i n t e m p o r a l e s , y
e n virtud d e la p r e s e n c i a d e los e l e m e n t o s c o m o p u n t o s e n esas constelaciones, los f e n ó m e n o s
s o n s u b d i v i d i d o s y al m i s m o t i e m p o r e d i m i d o s " [1,214]. L a "idea", e n c u a l q u i e r caso, n o se
c o m p r e n d e c u a n d o es c o n t e m p l a d a c o m o s e p a r a b l e del o r d e n d e los f e n ó m e n o s , ni p u e d e t a m
p o c o ser c o n c e b i d a c o m o u n abstracto " p r o m e d i o " g e n e r a l o b t e n i d o a través d e u n rutinario
p r o c e s o d e i n d u c c i ó n a partir d e u n o s p o c o s r a s g o s c o m u n e s p r e s e n t e s e n u n a i m a g i n a r i a
c o l e c c i ó n d e c a s o s singulares. T a l f o r m a d e p r o c e d e r fiaría t o d o su rigor e n los criterios s u b j e
tivos y m o d o s d e r e a c c i o n a r del " c i u d a d a n o o r d i n a r i o c o n t e m p o r á n e o " ante a q u e l l o s f e n ó m e
n o s p r e s u n t a m e n t e a b a r c a d o s p o r la " i d e a " [1,219]. P e r o las "ideas", a f i r m a B e n j a m i n , se dife
r e n c i a n d e los c o n c e p t o s p o r el h e c h o d e q u e " n o h a c e n idéntico lo similar, sino q u e e f e c t ú a n
u n a s í n t e s i s e n t r e l o s e x t r e m o s " [ 1 , 2 2 1 ]. M á s a ú n , l a " c o n s t e l a c i ó n " m i s m a s e h a c e n o t a r c o n l a
m á x i m a nitidez p r e c i s a m e n t e e n los e x t r e m o s , e n sus límites, e n los p u n t o s m á s a l e j a d o s del
s u p u e s t o centro, allí d o n d e su figura a d q u i e r e u n p r e c i s o c o n t o r n o [1,215]. El c o m e t i d o del
filósofo consistirá, p o r tanto, e n c o n t e m p l a r c a d a f e n ó m e n o c o m o u n c a s o e x t r e m o , c a d a p u n t o
singular c o m o el lugar p o r el q u e p a s a la línea q u e constituye, e n su c o n j u n t o , la i m a g e n d e la
" c o n s t e l a c i ó n " d i b u j a d a e n la " d i s c o n t i n u a finitud" d e lo e m p í r i c o . E s así c o m o B e n j a m i n ,
s e g ú n escribiese A d o r n o , h a b r í a " s a l v a d o la inducción'"': l l e v a n d o hasta sus ú l t i m a s c o n s e
c u e n c i a s su r e c h a z o del c o n c e p t o k a n t i a n o d e e x p e r i e n c i a e n la d i r e c c i ó n d e u n a " e x p e r i e n c i a "
d e lo inteligible.
L a s " i d e a s " s o n c o m p a r a d a s p o r B e n j a m i n a las " m a d r e s fáusticas", las c u a l e s " p e r m a
n e c e n e n la o s c u r i d a d m i e n t r a s los f e n ó m e n o s n o d e c l a r a n su fe e n ellas y e n t o r n o a ellas se
r e c o g e n " [1,215]. C o m o las m a d r e s , t a m b i é n las ideas p r e s e n t a n u n d o b l e aspecto, a m b i g u o ,

1 1 0
 a c o g e d o r y d e s t r u c t i v o a la vez. S ó l o s o n tales c u a n d o se las r e c o n o c e e n la i n m a n e n c i a del
f e n ó m e n o , p e r o éste, a c a m b i o , es e n g u l l i d o e n s u p r o p i a r e d e n c i ó n y d e s i n t e g r a d o p o r el c o n
c e p t o m e d i a d o r . D e u n tal p r o c e s o d e r u m i a y d i g e s t i ó n resultará u n a r e o r g a n i z a c i ó n del m a t e
rial f e n o m é n i c o , la cual n o es otra c o s a q u e la "idea". L a c o n s t e l a c i ó n se hallaría, p o r tanto,
e s c o n d i d a e n el s e n o m i s m o d e los f e n ó m e n o s a título d e i m a g e n "virtual" d e los m i s m o s , q u e
n u n c a se h a b r á d e m a n i f e s t a r al sujeto e n f o r m a e m p í r i c a o i n m e d i a t a m e n t e patente, sino a tra
v é s d e a q u e l l o q u e H e g e l d e n o m i n a b a "trabajo del c o n c e p t o " . S ó l o q u e el análisis c o n c e p t u a l
n o c o n d u c e a q u í a la claridad del s a b e r absoluto, s i n o a u n a " c o n s t e l a c i ó n " q u e s ó l o brilla e n la
n o c h e . L a f o r m a d e la q u e resulta la " c o n s t e l a c i ó n " es la d e u n a figura e n i g m á t i c a , u n a suerte
d e acertijo o V e x i e r b i l d descifrable tan sólo a partir d e u n a r e d i s p o s i c i ó n d e los d i s p e r s o s ele
m e n t o s f e n o m é n i c o s . P u e s , c o m o " e x p o s i c i ó n d e sí m i s m a " , "la v e r d a d n o es u n d e s e n c u b r i
m i e n t o q u e d e s t r u y e el s e c r e t o , s i n o u n a r e v e l a c i ó n q u e le h a c e justicia" [1,21 1). E n ello e s t r i b a
su c u a l i d a d esotérica.
P o r cierto q u e B e n j a m i n a c e n t ú a d e c i s i v a m e n t e el a s p e c t o histórico e n q u e se d e t e r m i n a
el c o n c e p t o d e " c o n s t e l a c i ó n " . P a r e c e , sin e m b a r g o , c o m o si ello h u b i e r a d e c o n t r a s t a r sin
r e m e d i o c o n su c a r a c t e r i z a c i ó n c o m o u n a " i d e a " eterna, u n a " e s e n c i a p r e e x i s t e n t e " d o t a d a ,
claro está, d e u n a perfecta i n m u t a b i l i d a d . B e n j a m i n se remite, a este propósito, a la n o c i ó n d e
" o r i g e n " [ U r s p r u n g ] , c u y a a p a r i c i ó n e n el título del libro s o b r e el d r a m a b a r r o c o es c u a l q u i e r
cosa, m e n o s u n o p c i ó n gratuita. L a " s a l v a c i ó n " d e los f e n ó m e n o s n o es sino el r e c o n o c i m i e n t o
d e s u "autenticidad", d e su carácter originario y, p r e c i s a m e n t e p o r ello, esencial: "lo a u t é n t i c o
-la m a r c a del o r i g e n e n los f e n ó m e n o s - es el o b j e t o del d e s c u b r i m i e n t o , u n d e s c u b r i m i e n t o q u e
está c o n e c t a d o d e u n a m a n e r a ú n i c a c o n el p r o c e s o d e r e c o n o c i m i e n t o " [1,227]. Q u e exista,
q u e p u e d a ser c o n s t r u i d o u n " o r i g e n " del d r a m a a l e m á n significa q u e es redimible, q u e confi
g u r a u n a "idea", u n " n o m b r e " p r o p i o p a r a u n a d e t e r m i n a d a t r a m a d e e x p e r i e n c i a " a b s o l u t a "
t e n d i d a entre d o s é p o c a s históricas q u e arrojan luz la u n a s o b r e la otra. L a " e t e r n i d a d " d e la
"idea", p o r tanto, n o p r o c e d e s i n o d e la irrepetibilidad d e la " c o n s t e l a c i ó n " e n la q u e se p r o d u
ciría tal e n c u e n t r o [1,936].
A h o r a bien, advierte B e n j a m i n , " a u n c u a n d o es u n a c a t e g o r í a e n t e r a m e n t e histórica, el
t é r m i n o " o r i g e n " n a d a tiene q u e ver, sin e m b a r g o , c o n el d e " n a c i m i e n t o " o " g é n e s i s "
[ E n t s t e h u n g ] . El c o n c e p t o d e " o r i g e n " n o p r e t e n d e e v o c a r el p r o c e s o p o r m e d i o del cual lo
existente llega a ser, sino describir m á s b i e n a q u e l l o q u e e m e r g e del p r o c e s o d e d e v e n i r y d e s a
p a r e c e r " [1,225]. C o m o si f u e s e u n " t o r b e l l i n o " , p r o s i g u e B e n j a m i n , el " o r i g e n " e n g u l l e y d e s
truye el material e n v u e l t o e n el p r o c e s o d e su génesis, hasta el p u n t o d e q u e , a la postre, se
trata d e a l g o q u e n o es f á c t i c a m e n t e localizable c o m o tal e n el d e c u r s o histórico: p u e s " l o q u e
es original n o se revela e n la d e s n u d a y m a n i f i e s t a existencia d e lo fáctico; su r i t m o es a p a r e n t e
s ó l o p a r a u n a p e r s p e c t i v a d u a l . P o r u n l a d o q u i e r e s e r r e c o n o c i d o c o m o u n a r e s t a u r a c i ó n ,
c o m o restablecimiento, m a s p o r otro lado, y p r e c i s a m e n t e a c a u s a d e ello, c o m o a l g o i m p e r f e c
to e i n c o m p l e t o " [1,226] d o n d e las d e t e r m i n a c i o n e s n o se h a b r í a n d e s p l e g a d o a ú n s i n o e n
f o r m a e m b r i o n a r i a . E n tanto q u e " o r i g e n " , la " i d e a " es t a m b i é n u n a " e n t e l e q u i a " [1,946] q u e
s ó l o al final d e u n p r o c e s o se c u m p l e c o m o s u " a c t o " , p e r o q u e n o d e j a e n n i n g ú n m o m e n t o d e
h a c e r s e p r e s e n t e b a j o u n a f o r m a tensa. T r á t a s e d e u n a cierta "dialéctica" i n h e r e n t e al origen,
s e g ú n la cual " s i n g u l a r i d a d y repetición" se hallan m u t u a m e n t e c o n d i c i o n a d a s . " E l origen, p o r
tanto, n o s u r g e d e d e s c u b r i m i e n t o s positivos, s i n o q u e es relativo a su prehistoria y a su p o s t
historia" [1,226]. Así, el " o r i g e n " n o es a l g o histórico e n r a z ó n d e q u e a c o n t e c i e r a u n a v e z in
illo t e m p o r e , s i n o al revés, e n virtud d e la historia a c u m u l a d a , esto es, d e u n d e v e n i r p o s t r e r o
e n el q u e se c o n t e m p l a el ser del f e n ó m e n o , la "idea""'.

1 1 1
 E n e s a g r a v i d e z histórica d e la " i d e a " se f u n d a i g u a l m e n t e su r e m i s i ó n a la totalidad. L a
b ú s q u e d a d e la u n i v e r s a l i d a d e n el detalle infinitesimal -res in universale, n o u n i v e r s a l e in re
[1,946]- c o n d u c e a B e n j a m i n a la tardía rehabilitación d e la m o n a d o l o g í a d e Leibniz. P u e s la
" i d e a " se d e t e r m i n a e n la m e d i d a q u e a b s o r b e la pluralidad d e sus m a n i f e s t a c i o n e s históricas y
las i m p r i m e , p o r así decir, s e d i m e n t a d a s e n su interior a título d e u n a s e g u n d a naturaleza,
c o m o s u "historia n a t u r a l " [1,227]. E n ella se e x p r e s a , p o r tanto, la totalidad "virtual" del
d e c u r s o histórico c o n t e m p l a d a d e s d e la p e r s p e c t i v a d e u n a "idea". Ésta, sostiene e f e c t i v a m e n t e
B e n j a m i n , es u n a " m ó n a d a " e n la q u e se encierra la " r e p r e s e n t a c i ó n objetiva" d e u n c o n j u n t o
d e f e n ó m e n o s , u n a " a b r e v i a t u r a " d e la i m a g e n total del m u n d o [1,228]. E n tanto q u e m ó n a d a s ,
p o r cierto, las " i d e a s " se m a n t i e n e n " e n perfecto a i s l a m i e n t o " y existen " e n c o m p l e t a e i n m a
c u l a d a i n d e p e n d e n c i a , n o s ó l o r e s p e c t o d e los f e n ó m e n o s , s i n o p a r t i c u l a r m e n t e r e s p e c t o d e
c a d a otra. A s í c o m o la a r m o n í a d e las esferas d e p e n d e d e las órbitas d e las estrellas q u e n o
t o m a n c o n t a c t o c o n las d e m á s , a s i m i s m o la existencia del m u n d u s intelligibilis d e p e n d e d e la
insalvable distancia entre las p u r a s e s e n c i a s " [1,217]. Así, e n fin, la característica a m b i g ü e d a d
d e B e n j a m i n q u i e r e q u e la estructura d e " c o n s t e l a c i ó n " se d é n o sólo e n la relación entre c a d a
" i d e a " y los f e n ó m e n o s q u e a b a r c a y " r e d i m e " , sino t a m b i é n , d e m a n e r a a n á l o g a , entre las p r o
pias "ideas": " c a d a idea es u n sol y sólo se c o m p o r t a r e s p e c t o d e las otras ideas c o m o los soles
s e r e l a c i o n a n e n t r e sí. L a a r m o n i o s a r e l a c i ó n e n t r e t a l e s e s e n c i a s e s l o q u e c o n s t i t u y e la v e r
d a d " [1,218].
L a " v e r d a d " , p o r tanto, a p a r e c e c o m o u n a suerte d e a r m o n í a p r e e s t a b l e c i d a entre los
distantes c e n t r o s d e f u e r z a s q u e r e p r e s e n t a n las e s e n c i a s autosuficientes. E s tal celestial a r m o
nía la q u e h a b r á d e ser reflejada e n la d e s c r i p c i ó n filosófica d e las "ideas". E s t a s s o n m ó n a d a s
e n el u n i v e r s o c o m o los n o m b r e s lo s o n e n el lenguaje. P u e s las "ideas", cita B e n j a m i n , " n o
s o n otra c o s a q u e p a l a b r a s d e i f i c a d a s " [1,216]. D e igual m o d o q u e la o p c i ó n p o r el n o m b r e n o
e q u i v a l í a sino a la n e g a c i ó n del hilo a r g u m e n t a l c o m o criterio a b s o l u t o del discurso, y el esta
b l e c i m i e n t o , c o n ello, d e la interrupción y el retorno, la d i s c o n t i n u i d a d c o m o b á s i c a estrategia
d e a c c e s o a la v e r d a d , así t a m b i é n las " i d e a s " m o d e l a n u n m u n d o a t r a v e s a d o p o r g r a n d e s e s p a
cios v a c í o s entre los p u n t o s d e la " c o n s t e l a c i ó n " . E n la " i n t e r r u p c i ó n " del d i s c u r s o se a b r e u n
paréntesis d o n d e se aflojan los lazos q u e m a n t i e n e n f i r m e la i d e n t i d a d del sujeto del c o n o c i
m i e n t o , q u e , p o r así decir, c e d e la iniciativa al o b j e t o y p e r m i t e q u e d e s t a q u e la " v e r d a d n o
intencional".
T r a t a d o , d e t e n c i ó n , detalle, m o s a i c o , idea, n o m b r e , o r i g e n , m ó n a d a : tales serían los
e l e m e n t o s b á s i c o s d e la c o n s t e l a c i ó n e n la q u e el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n p a r e c e definirse".
E s t e c o n j u n t o , c o n v e n i e n t e m e n t e traducido, d e s e m p e ñ a r á u n p a p e l crucial e n s u posterior fase
materialista. P a r a e s e m o m e n t o , su a p a r e n t e inclinación h a c i a el sacrificio del intelecto h a b r á
c o n s e g u i d o , a c a s o , lo q u e e n su libro s o b r e el T r a u e r s p i e l t o d a v í a le faltaba: u n c o n t e x t o m a t e
rial e n d o n d e e s a " e x p e r i e n c i a neutral" d e la q u e B e n j a m i n a s p i r a b a a d a r c u e n t a e n el "trata
d o " e n c o n t r a s e a l g ú n f u n d a m e n t o q u e disolviese su a p a r i e n c i a d e c a p r i c h o s o " p s e u d o - p l a t o n i s -
mo " ' 2 . P e r o los c i m i e n t o s p a r a u n a transición h a c i a e s e m a t e r i a l i s m o y a e s t a b a n d a d o s , e n cier
to m o d o , e n la singular c o m p e n e t r a c i ó n e n q u e a p a r e c e n el lenguaje, el m u n d o d e las ideas y la
realidad e m p í r i c a . L a " i n t e r r u p c i ó n " es e n t o d o s los c a s o s el m o d e l o d e su estructura, y a ella
d e b e ajustarse la f u n c i ó n h e r m e n é u t i c a d e la filosofía. N o cabe, p o r tanto, e x t r a ñ a r s e d e las
siguientes frases, e n las q u e B e n j a m i n extrae las c o n s e c u e n c i a s d e su m o n a d o l o g í a : " y así, el
m u n d o real p o d r í a m u y b i e n constituir u n a tarea, e n el s e n t i d o d e q u e p u d i e r a ser c u e s t i ó n d e
p e n e t r a r tan p r o f u n d a m e n t e e n t o d o lo real c o m o p a r a revelar c o n ello u n a interpretación o b j e
tiva del m u n d o " [1,228]. L a c o n c e p c i ó n del " m u n d o real" c o m o u n a " t a r e a " h e r m e n é u t i c a

1 1 2
- c o m o u n a suerte d e praxis d e n o m i n a d o r a - r e m i t e al p u n t o e n q u e el sujeto y el o b j e t o d e s a p a
r e c e n e n la " n e u t r a l i d a d " d e u n a " c o n s t e l a c i ó n " , e n tanto q u e ésta se o f r e c e c o m o m a r c o d e
u n a cierta " e x p e r i e n c i a " -la i n d u c c i ó n " r e d i m i d a " - c u y o p r o c e s o c o n f i e r e realidad al m u n d o
s a l v á n d o l o m e d i a n t e s u f r a g m e n t a c i ó n y n o m b r á n d o l o p a r a transfigurarlo c o m o l u g a r d e la
"doctrina". N o p u e d e t a m p o c o s o r p r e n d e r q u e B e n j a m i n advierta del " s e n t i m i e n t o d e vértigo"
q u e d i c h a p e r s p e c t i v a p r o d u c e , y r e c o n o z c a , p r o d o m o , la incalculable dificultad d e su e m p r e
sa, la cual exigirá, s e g ú n dice, " a b a r c a r el e n t e r o p a n o r a m a y m a n t e n e r t o d a v í a el control d e
u n o m i s m o " [1,237].

1 1 3
 2. T R A G E D I A Y T R A U E R S P I E L

L O S " E X T R E M O S " D E L T R A U E R S P 1 E L

N o c a b í a e s p e r a r q u e B e n j a m i n f u e s e a c o n f o r m a r s e c o n m a n t e n e r s u i n v e s t i g a c i ó n
d e n t r o d e los límites q u e s u e l e n ser c o n s i g n a d o s c o m o los p r o p i o s d e la estética. P o r ello su
e x p l o r a c i ó n n o se i n t e r e s a p o r la d e t e r m i n a c i ó n d e los e v e n t u a l e s v a l o r e s e s t é t i c o s d e l
T r a u e r s p i e l e n c u a n t o q u e " g é n e r o " d e l arte b a r r o c o e n s u c o n j u n t o . L a i n t e n c i o n a l i d a d
" r e d e n t o r a " d e s b o r d a resuelta y a m p l i a m e n t e los p a r á m e t r o s disciplinares d e la estética c o m o
s p e c i e s filosófica, p e r o n o p a r a recusarla, s i n o a fin d e orientarla m á s b i e n h a c i a la esfera d e
u n a suerte d e teología del arte. E s esta i n t e n c i ó n la q u e s u b y a c e a la m a t i z a d a solidaridad d e la
q u e B e n j a m i n h a c e g a l a r e s p e c t o d e la identificación p l a t ó n i c a entre v e r d a d y belleza: n o h a y
auténtica belleza sin el cifrado m a r c h a m o d e la v e r d a d , ni bella a p a r i e n c i a sin " c o n t e n i d o d e
v e r d a d " i n m a n e n t e [1,210s], c o n t e n i d o e n virtud del c u a l participa a s u m o d o del d i v i n o p l a n
d e salvación. C o m o es sabido, v e r d a d y b e l l e z a se a l i a b a n e n P l a t ó n p a r a hostilizar al arte.
B e n j a m i n las c o n t e m p l a c o m o s e n d a s c a r a s d e u n a m i s m a m o n e d a teológica, e n c u y o m a r c o se
inscribe el o r d e n estético c o n j u n t a m e n t e c o n los ó r d e n e s m e t a f í s i c o s d e la historia y del len
guaje, sin q u e n i n g u n o d e ellos a l c a n c e a i m p o n e r s e s o b r e los d e m á s .
L a e x p o s i c i ó n del T r a u e r s p i e l e n c u a n t o "idea", q u e n o " c o n c e p t o " , requiere su i n d a g a
c i ó n e n los " e x t r e m o s " . E s t o h a d e traducirse e n la a s u n c i ó n d e u n a p e r s p e c t i v a n e u t r a l y
desinteresada, tan a m p l i a c o m o p a r a a c o g e r e n s u s e n o i n c l u s o "lo m á s d i f u s o y dispar", las
p i e z a s teatrales y los r a s g o s m á s contradictorios a título d e " e l e m e n t o s d e u n a síntesis" [1,238].
D e tal m o d o , advierte B e n j a m i n , "los t e s t i m o n i o s d e los escritores inferiores, e n c u y a s o b r a s
a b u n d a lo m á s e x c é n t r i c o , s e r á n e s t i m a d o s n o m e n o s q u e las d e los m a y o r e s . U n a c o s a es
e n c a r n a r u n a f o r m a , o t r a e s a c u ñ a r l a " ; y a q u e " l a f o r m a m i s m a (...) s e h a c e m á s e v i d e n t e p r e c i
s a m e n t e e n el e n d e b l e c u e r p o d e la o b r a p o é t i c a insuficiente, p o r así decir: c o m o e n su e s q u e
leto" [1,238]. P u e s e n tanto q u e las p i e z a s m á s logradas, las g r a n d e s o b r a s m a e s t r a s , constitu
y e n c i e r t a m e n t e otras tantas figuras " e j e m p l a r e s " e n las q u e u n p r e s u n t o g é n e r o artístico se
h a c e c o n c r e t o [1,224], es j u s t a m e n t e p o r esto, a saber, d e b i d o a q u e e n ellas n o se m a n i f i e s t a el
g é n e r o m e r a m e n t e c o m o u n "ideal", s i n o q u e m á s b i e n lo e n c a r n a r í a n d e u n a f o r m a efectiva,
p o r lo q u e t r a s p a s a n a u n t i e m p o s u s límites y se e r i g e n ellas m i s m a s e n e s o q u e C r o c e , n o m i
nalista, d e n o m i n a b a " g é n e r o singular": " u n a o b r a i m p o r t a n t e -escribe B e n j a m i n - , o b i e n f u n d a
el g é n e r o o b i e n lo supera; e n la o b r a perfecta se a ú n a n a m b a s c o s a s " [1,225]. T o d a g r a n o b r a
se presenta, p o r tanto, c o m o u n " e x t r e m o " p o r el q u e la i n v e s t i g a c i ó n t e n d r á q u e pasar. P e r o la
realidad es q u e la é p o c a del b a r r o c o e n A l e m a n i a n o f u e p r e c i s a m e n t e u n p e r í o d o p r ó d i g o e n

1 1 5
g r a n d e s o b r a s m a e s t r a s . Así, el p r o p i o B e n j a m i n h a d e remitirse a C a l d e r ó n p a r a m e n c i o n a r u n
a u t é n t i c o m o d e l o d e d r a m a b a r r o c o , p r o v i s t o del " t o q u e d e v i r t u o s o " y d e la flexibilidad for
m a l d e q u e h a b r í a n a d o l e c i d o i n c l u s o los a p l i c a d o s e s f u e r z o s d e u n G r y p h i u s o u n H a l l m a n n
[1,229], t e s t i m o n i a n d o así p a t é t i c a m e n t e el h e c h o d e q u e la e r a b a r r o c a f u e e n A l e m a n i a
m u c h o m e n o s u n a é p o c a gloriosa q u e u n a d e e s a s q u e s u e l e n d e s i g n a r s e c o m o f a s e s d e d e c a
d e n c i a y, p o r ello m i s m o , u n m o m e n t o d o m i n a d o a n t e t o d o p o r a q u e l l o q u e A l o i s Riegl, a
q u i e n B e n j a m i n se remite, d e m o n i n a b a " v o l u n t a d d e arte" [1,235]".
Ello n o p u e d e sino i n c r e m e n t a r el interés p o r los " e x t r e m o s " d e u n r a n g o inferior, p o r
las o b r a s e n las q u e se h a r í a n p a r t i c u l a r m e n t e perceptibles los e l e m e n t o s n o r m a t i v o s , los m á s
c o n v e n c i o n a l e s e s q u e m a s , c o s a q u e i n d u c e a s i m i s m o a a t e n d e r a las c o n t e m p o r á n e a s teorías
a c e r c a del d r a m a , a las p r e s c r i p c i o n e s d e los m a n u a l e s y poéticas del b a r r o c o , c u y a s reglas,
a f i r m a B e n j a m i n , " s o n e x t r e m a s p o r la s i m p l e r a z ó n d e q u e se o f r e c e n c o m o m á s o m e n o s v i n
c u l a n t e s " [1, 2 3 9 ) . D e h e c h o , p r o s i g u e , e s o s m a n u a l e s p a r t i c i p a b a n d e a q u e l l a " a c t i t u d n o p o l é
m i c a " q u e h u b o d e caracterizar al b a r r o c o e n su c o n j u n t o , y la reflejaban e n la f o r m a d e u n a
total a u s e n c i a d e a l g o s e m e j a n t e a lo q u e a partir d e la 1lustración p u d i e r a c o n s i d e r a r s e c o m o
a c t i t u d crítica. E l l o se v i n c u l a , sin d u d a , c o n la " i n t e n c i ó n d i d á c t i c a " q u e g u i a r í a al
T r a u e r s p i e l , c o n s u p l e n a d i s p o s i c i ó n a ilustrar los p r i n c i p i o s h e r e d a d o s d e la tradición e n
lugar d e cuestionarlos[1,277s]. B e n j a m i n insiste e n e s e r a s g o típico y b i e n c o n o c i d o del u n i v e r
s o estético del b a r r o c o y del espíritu c o n t r a r r e f o r m i s t a e n general. E n efecto, lo q u e le interesa
es s u b r a y a r el a s p e c t o f o r m a l m e n t e conciliatorio q u e el d r a m a b a r r o c o a l e m á n p a r e c í a m a n i
festar c o n r e s p e c t o a t o d a instancia q u e p u d i e r a p r e s e n t a r s e c o m o autoridad.

C A T H A R S I S T R A G I C A Y E D I F I C A C I O N B A R R O C A

E s t o afecta e n p r i m e r t é r m i n o a la c o n f u s a p o s t u r a d e a q u e l l o s d r a m a t u r g o s , y d e u n a
b u e n a parte d e s u s c o m e n t a d o r e s e historiadores literarios, frente a la f o r m a p r e s u n t a m e n t e
c a n ó n i c a d e la tragedia clásica. P o r e s o a l u d e B e n j a m i n a la "insignificancia del influjo d e
A r i s t ó t e l e s " y d e la estricta p o é t i c a d e la t r a g e d i a [1,241]: p o r q u e n o p u e d e atribuirse al
T r a u e r s p i e l a q u e l l a f u e r z a c o n t r a el m i t o q u e definía la tragedia c o m o u n a victoria p a r a d ó j i c a
frente al destino. M a s b i e n se tiende a r e e m p l a z a r los c o n c e p t o s d e catharsis, d e " t e m o r y pie
d a d " , p o r "la glorificación d e D i o s y la e d i f i c a c i ó n del c o n c i u d a d a n o " c o m o finalidad m á s
d e t e r m i n a n t e p a r a el T r a u e r s p i e l ; i n c l u s o la virtud a n t i g u a d e la a p a t h e i a se t r a n s f o r m a r í a a q u í
e n m i s e r i c o r d i a frente al sufrimiento, q u e e n el b a r r o c o se p r e s e n t a c o m o u n a priori universal
[1,242]. C o n todo, es e n la c o n t r a p o s i c i ó n entre la tragedia y el T r a u e r s p i e l d o n d e B e n j a m i n ,
r e c o g i e n d o y d e s a r r o l l a n d o sus p r o p i a s ideas d e 1 9 1 6 , trata d e perfilar la figura d e este último.
P a r a así h a c e r l o c o n s i d e r a o p o r t u n o r e c h a z a r la c o m p l e t a m i o p í a histórica d e ciertas v i s i o n e s
d e la tragedia p o r e n t o n c e s e x t e n d i d a s , a saber, las d e V o l k e l t y N i e t z s c h e , a las c u a l e s o p o n e
B e n j a m i n la m a y o r f e c u n d i d a d del p e n s a m i e n t o del j u d í o R o s e n z w e i g y del L u k á c s del A l m a y
las f o r m a s , m á s c o n s c i e n t e s a m b o s d e la insalvable distancia q u e p o r n e c e s i d a d h a d e m e d i a r
entre " n u e s t r a d e m o c r á t i c a é p o c a " y los t i e m p o s del h e r o í s m o trágico [1,279s]'4.
P o r su parte, B e n j a m i n f o r m u l a d e n u e v o , esta v e z m á s m a t i z a d a m e n t e , su y a c o n o c i d a
c o n c e p c i ó n d e la tragedia c o m o r e p r e s e n t a c i ó n d e a q u e l sacrificio h e r o i c o e n virtud del cual se

1 1 6
 e m a n c i p a r í a la c o m u n i d a d r e s p e c t o d e las p o t e n c i a s míticas. E s t a s ideas se v i n c u l a n , a d e m á s ,
c o n otras q u e h a b í a c o n c e b i d o al hilo d e ciertos p l a n t e a m i e n t o s d e s u a m i g o F l o r e n s C h r i s t i a n
R a n g a p r o p ó s i t o del u n i v e r s o del p r o t e s t a n t i s m o y, m u y e n particular, a c e r c a d e la tragedia
c o m o " r u p t u r a d e la astrología" e n el a g o n , c a m p o d e batalla entre los d i o s e s y el héroe, c u y o
v e r e d i c t o p e r t e n e c e f i n a l m e n t e a la c o m u n i d a d [ B , 3 3 3 s ] : e n la tragedia, sostiene, "el h o m b r e
p a g a n o se siente m e j o r q u e sus dioses, p e r o este c o n o c i m i e n t o le priva del l e n g u a j e y p e r m a n e
c e m u d o " [1,288]. E n efecto, escribe, "la p o e s í a trágica d e s c a n s a e n la idea del sacrificio", s ó l o
q u e se trata d e u n sacrificio " p r i m e r o y ú l t i m o " al m i s m o t i e m p o , p u e s t o q u e , p r o s i g u e , "la
m u e r t e trágica tiene u n a significación dual: el d e b i l i t a m i e n t o d e los a n t i g u o s d e r e c h o s d e los
o l í m p i c o s y el o f r e c i m i e n t o del h é r o e al d i o s d e s c o n o c i d o c o m o el fruto t e m p r a n o d e u n a
n u e v a c o s e c h a d e la h u m a n i d a d " (1,285s). Así, "la m u e r t e d e v i e n e salvación: crisis d e la m u e r
te", d o n d e "el altar d e v i e n e lugar d e asilo, el d i o s colérico u n d i o s d o n a d o r d e gracia, y la vícti
m a , p r i s i o n e r o y s i e r v o del d i o s " [1,286]. B e n j a m i n se r e m i t e al análisis q u e h a b í a h e c h o
R o s e n z w e i g a p r o p ó s i t o del h é r o e trágico c o m o " h o m b r e m e t a é t i c o " q u e e n t a b l a c o n los d i o
ses u n a " c o n t i e n d a sin lenguaje", u n a g o n sin u n a f o r m a l i n g ü í s t i c a m e n t e articulada; p u e s "el
h é r o e trágico tan sólo tiene u n l e n g u a j e q u e le c o r r e s p o n d e p o r entero: p r e c i s a m e n t e el silen
c i o " [1,286]. El silencio del h é r o e " q u i e b r a los p u e n t e s q u e le u n e n c o n dios y c o n el m u n d o y
se e l e v a p o r e n c i m a del c a m p o d e la p e r s o n a l i d a d , q u e e n el l e n g u a j e se d e l i m i t a c o n r e s p e c t o
a n o s o t r o s y se individualiza, e n la fría s o l e d a d del sí m i s m o " , d e m o d o tal q u e " s u s o l e d a d e s
a b s o l u t a " [1,287]. L o es, c i e r t a m e n t e , frente a los d i o s e s y frente a los h o m b r e s . Y es ésta la
r a z ó n d e su originario y e j e m p l a r silencio: "el c o n t e n i d o d e las o b r a s d e los h é r o e s p e r t e n e c e a
la c o m u n i d a d , al igual q u e el lenguaje. P u e s t o q u e la c o m u n i d a d del p u e b l o lo rechaza, p e r m a
n e c e inarticulado e n el h é r o e " [1,287]. S e trata u n a v e z m á s d e la y a c o m e n t a d a " p a r a d o j a del
n a c i m i e n t o del g e n i o e n el e n m u d e c i m i e n t o m o r a l " , e n e s e " i n f a n t i l i s m o m o r a l " q u e "constitu
y e el e l e m e n t o s u b l i m e d e la t r a g e d i a " [1,289]. E n efecto, "lo trágico es a lo d e m o n í a c o lo q u e
la p a r a d o j a es a la a m b i g ü e d a d . E n t o d a s las p a r a d o j a s d e la tragedia -a saber, e n el sacrificio,
q u e e n el c u m p l i m i e n t o d e los a n t i g u o s estatutos f u n d a otros n u e v o s ; e n la m u e r t e , q u e es u n
acto d e e x p i a c i ó n p e r o q u e sin e m b a r g o ú n i c a m e n t e arrebata la m i s m i d a d ; e n el final trágico
q u e d e c r e t a la victoria del h o m b r e y del d i o s a la v e z - la a m b i g ü e d a d , el e s t i g m a d e los d e m o
nios, se atrofia" [1,258].
T a n t o la figura del h é r o e trágico c o m o su m u d o sacrificio a d q u i e r e n u n a s p e c t o del t o d o
distinto e n el m a r c o del Trauerspiel. El h é r o e d e v i e n e u n santo, y su s a n t i d a d se le atribuye a
título d e mártir. B e n j a m i n e n c u e n t r a esta transición y a casi p l e n a m e n t e e s b o z a d a e n la figura
d e Sócrates. L a l e y e n d a d e S ó c r a t e s se p r e s e n t a e n este c o n t e x t o c o m o " u n a c o n s u m a d a p r o f a
n a c i ó n d e la l e y e n d a h e r o i c a p o r m e d i o d e la s u m i s i ó n d e s u s p a r a d o j a s d e m o n í a c a s a la
r a z ó n " [1,292]. Y a q u e su trayectoria, e n d o n d e la m u e r t e p e r m a n e c e r í a p a r a él c o m o a l g o
externo, c o m o su " f o r m a " , p e r o n o c o m o su "fin", se caracteriza m á s b i e n p o r la e n t e r a e x c l u
sión d e c u a l q u i e r e l e m e n t o a g o n a l p a r a así c o n f i r m a r s e c o m o u n a " p a r o d i a d e la t r a g e d i a "
[1,292s[. Ello p r e c i s a m e n t e s u c e d e p o r m e d i o d e la palabra, el l o g o s q u e S ó c r a t e s h a b r í a d e s c u
bierto c o m o r e m e d i o p a r a el destino; así, a f i r m a B e n j a m i n , "el silencio del filósofo, el e s q u i v o ,
histriónico silencio, es consciente. E n lugar d e la m u e r t e sacrificial del héroe, o f r e c e S ó c r a t e s
el e j e m p l o del p e d a g o g o " [1,297].
El p a r a d ó j i c o " i n f a n t i l i s m o m o r a l " del h é r o e y el a m b i g u o y d e m o n í a c o l o g o s socrático
se c o n d u c e n , el u n o frente al otro, d e m a n e r a s e m e j a n t e a la q u e B e n j a m i n h a b í a s u p u e s t o e n
sus p r i m e r o s escritos al respecto. A n á l o g a es i g u a l m e n t e su n o c i ó n del d e s t i n o c o m o la d e u n
a c o n t e c e r c u y a significación n o p o d r í a ser e n c u a d r a d a e n c a t e g o r í a s m e r a m e n t e históricas,

1 1 7
 c o m o t a m p o c o d e u n o r d e n m e r a m e n t e natural. S ó l o q u e e n esta o c a s i ó n e s e n el b a r r o c o
m i s m o , " e n el espíritu d e la teología r e s t a u r a d o r a p r o p i a d e la c o n t r a r r e f o r m a " , d o n d e tales
ideas a d q u i e r e n s u perfil: p u e s el destino, escribe, " p o r m u y p a g a n a o m i t o l ó g i c a m e n t e q u e
p u e d a s e r d i s f r a z a d o , s ó l o a d q u i e r e s u p l e n o s e n t i d o (...) e n c u a n t o c a t e g o r í a d e la h i s t o r i a
natural. E s la f u e r z a natural e l e m e n t a l e n el a c o n t e c e r histórico, q u e e n sí m i s m o n o es e n t e r a
m e n t e naturaleza, p o r q u e t o d a v í a e n él se refleja el sol d e la g r a c i a q u e p r o c e d e del e s t a d o d e
c r e a c i ó n " [1,308]. B e n j a m i n advierte c o n t r a la t e n t a c i ó n d e identificar el d e s t i n o c o n la ineluc
table c a d e n a d e la causalidad. M á s b i e n "el d e s t i n o es la e n t e l e q u i a del a c o n t e c e r e n el terreno
d e la c u l p a " [1,308]. N o s h a l l a m o s e n definitiva frente a las m i s m a s ideas c o n las q u e y a n o s
h a b í a m o s f a m i l i a r i z a d o d e s d e D e s t i n o y c a r á c t e r h a s t a el e n s a y o s o b r e las A f i n i d a d e s
electivas. L a p a r a d o j a del sacrificio trágico e n c u e n t r a u n f u n d a m e n t o e n "la o r g u l l o s a c o n c i e n
cia d e la culpa", e n virtud d e la cual se libera el carácter h e r o i c o d e "la s e r v i d u m b r e del i n o
c e n t e b a j o la c u l p a d e m o n í a c a " [1,310]. P e r o c u a n d o el o r g u l l o a n t e la c u l p a se c o n t e m p l a
d e s d e el m a r c o judeo-cristiano, tal c o m o p o r f u e r z a h a b r á d e s u c e d e r e n el m u n d o b a r r o c o , s u
f u n c i ó n a g o n a l y l i b e r a d o r a n o p o d r í a s i n o p e r d e r t o d o s e n t i d o y convertirse e n b l a s f e m i a . P o r
e s o insiste B e n j a m i n e n c o n c e b i r el d e s t i n o b a j o el p r i s m a d e la c u l p a b i l i d a d natural, q u e n o
trágica, del " c o n t e x t o d e lo q u e vive"; "el d e s t i n o c o n d u c e a la m u e r t e " , dice, p e r o "la m u e r t e
n o es castigo, s i n o e x p i a c i ó n , u n a e x p r e s i ó n del d e s m o r o n a m i e n t o d e la v i d a c u l p a b l e e n la ley
d e la v i d a natural" [1,310]. Así, r e c u e r d a B e n j a m i n , "el sujeto del d e s t i n o n o p u e d e ser deter
m i n a d o " ; "el T r a u e r s p i e l , p o r tanto, n o tiene u n h é r o e individual, s i n o sólo c o n s t e l a c i o n e s d e
ellos" [1,311].

D E S T R U C C I O N D E L E T H O S H I S T Ó R I C O "

L a i m p l i c a c i ó n d e la c u l p a y el d e s t i n o e n u n tejido a la v e z histórico y natural p a r e c e

convertirse e n el f u n d a m e n t o d e la interpretación q u e B e n j a m i n h a c e del T r a u e r s p i e l . S u dife
r e n c i a c i ó n r e s p e c t o d e la tragedia c o b r a f o r m a e n el contraste q u e p r e s e n t a e n s u actitud frente
al m i t o , q u e al b a r r o c o se le colaría, p o r así decir, p o r d e b a j o d e la puerta. B e n j a m i n c o m e n t a
u n a s f o r m u l a c i o n e s d e O p i t z e n las q u e este ú l t i m o se e s f u e r z a e n d e l i m i t a r la " m a j e s t a d " d e la
tragedia e n relación a la p r o p i a d e la p o e s í a heroica: e n efecto, s o n iguales e n m a j e s t a d , p e r o
aquélla, m a t i z a O p i t z , "rara v e z p a d e c e a c a u s a d e la i n t r o d u c c i ó n d e caracteres d e b a j a e x t r a c
c i ó n y a s u n t o s innobles", cual seria el c a s o d e la épica, sino q u e "trata sólo d e la v o l u n t a d d e
los reyes, d e asesinatos, d e s e s p e r a c i ó n , infanticidio y parricidio, incendios, incestos, g u e r r a y
c o n m o c i ó n , del l a m e n t o y del llanto, del g e m i r y d e c o s a s p a r e c i d a s " [1,242]. H e a q u í u n a d e s
c r i p c i ó n e n v e r d a d e s p a n t o s a del q u e sería s u a l c a n c e t e m á t i c o . P e r o e s o m i s m o , s u g i e r e
B e n j a m i n , p u e d e ser d i c h o c o n m a y o r r a z ó n a p r o p ó s i t o del p r o p i o T r a u e r s p i e l , a u n q u e n o
tanto a título d e repertorio d e a s u n t o s tratados c u a n t o m á s b i e n a título d e " n ú c l e o " s u y o , c o m o
s u b s t a n c i a d e su e x p e r i e n c i a histórica. El T r a u e r s p i e l se diferencia d e la tragedia s o b r e t o d o e n
r a z ó n d e su " c o n t e n i d o " y " a u t é n t i c o objeto", q u e n o es otro q u e "la v i d a histórica tal c o m o e r a
c o n c e b i d a e n a q u e l l a é p o c a " . E n c a m b i o , el t e m a central e n t o r n o al c u a l gira la tragedia, c o m o
y a s a b e m o s , " n o es la historia, sino el m i t o , y la trágica estatura d e las d r a m a t i s p e r s o n a e n o
v i e n e c o n s i g n a d a p o r el r a n g o -la m o n a r q u í a absoluta-, s i n o p o r la é p o c a prehistórica d e su

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 e x i s t e n c i a -el p a s a d o h e r o i c o " [1,242s]. D i c h o d e o t r o m o d o , el d r a m a b a r r o c o a l e m á n se
h a b r í a c o n s t r u i d o s o b r e u n a d e t e r m i n a d a e x p e r i e n c i a histórica q u e n o se p r e s e n t a b a ya, tal
c o m o s u c e d i e r a e n la tragedia, c o m o el "fruto t e m p r a n o " d e u n a h u m a n i d a d q u e se erige e n
sujeto frente al mito, sino casi ú n i c a m e n t e c o m o u n a s u c e s i ó n d e catástrofes y d e f u n e s t o s inci
d e n t e s p r o t a g o n i z a d o s p o r los p o d e r o s o s e n u n a c o n t e c e r d o n d e n a d i e resiste al destino, u n
d e s t i n o g e n e r a l i z a d o , c a b e recordarlo, c o m o e x p r e s i ó n d e la c u l p a u n i v e r s a l q u e s o m e t e lo
viviente a la desgracia. Y es ésta, s e g ú n se c o m p r e n d e , la vía q u e f i n a l m e n t e n o s h a b r á d e c o n
d u c i r a la c o n c e p c i ó n d e la historia c o m o indistinta r e s p e c t o del m i t o , es decir, c o m o "historia
natural".
El m á s ilustre y representativo carácter d e entre los m u c h o s q u e p u e b l a n el T r a u e r s p i e l
será, e n c o n s e c u e n c i a , el m o n a r c a : "el s o b e r a n o , e n tanto q u e principal e x p o n e n t e d e la histo
ria, v a l e p r á c t i c a m e n t e c o m o su e n c a r n a c i ó n " [1,243]. El s o b e r a n o " a s e el a c o n t e c e r histórico
e n s u m a n o c o m o si f u e r a u n c e t r o " [1,245]. E s t o d e b e s e r p u e s t o e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n el
c o n c e p t o b a r r o c o d e la soberanía, el cual, p r o s i g u e , " s e desarrolla a partir d e u n a d i s c u s i ó n
s o b r e el e s t a d o d e e x c e p c i ó n , y h a c e d e su e x c l u s i ó n la m á s i m p o r t a n t e f u n c i ó n del príncipe. El
g o b e r n a n t e está p o r principio d e s t i n a d o a ser el d e t e n t a d o r del p o d e r dictatorial e n el e s t a d o d e
e x c e p c i ó n c u a n d o la guerra, la revuelta u otras catástrofes c o n d u c e n a él" [1,245s]. E n realidad,
esta c o n c e p c i ó n autoritaria d e la s o b e r a n í a n o se i n s p i r a b a tanto e n el e s t u d i o directo d e las
d o c t r i n a s barrocas, c o m o e n las ideas d e C a r l S c h m i t t , p o r a q u e l e n t o n c e s a u t o r reciente d e la
P o l i t i s c h e T h e o l o g i e y d e D i e D i k t a t u r , a q u i e n B e n j a m i n se r e m i t e e x p l í c i t a m e n t e e n u n a
nota. P u e t o q u e el h e c h o d e q u e S c h m i t t t e r m i n a s e p o r erigirse e n u n o d e los m á s brillantes
i d e ó l o g o s del f a s c i s m o n o h a b í a d e i m p e d i r a B e n j a m i n r e c o n o c e r y, d e a l g u n a m a n e r a , "sal
v a r " la radicalidad d e su heterodoxia'5.
E n c u a l q u i e r caso, la visión b a r r o c a d e la historia se h a l l a b a d o m i n a d a s o b r e t o d o p o r
"la i d e a d e la catástrofe": "el h o m b r e religioso del b a r r o c o se aferra tanto al m u n d o p o r q u e se
siente arrastrado c o n él e n u n a catarata. N o existe e s c a t o l o g í a a l g u n a e n el b a r r o c o " [1.246], ni
la m e n o r e s p e r a n z a : la e n t e r a historia p a s a a ser c o n s i d e r a d a c o m o u n e s t a d o d e e x c e p c i ó n p e r
m a n e n t e . E n esta perspectiva, el s o b e r a n o a p a r e c e c o m o el tirano, c u y o esencial c o m e t i d o n o
es otro q u e "la r e s t a u r a c i ó n del o r d e n e n el e s t a d o d e e x c e p c i ó n " , es decir, la instauración d e
u n a " d i c t a d u r a " o r i e n t a d a s e g ú n el u t ó p i c o d e s i g n i o d e " p o n e r la férrea c o n s t i t u c i ó n d e la ley
natural e n el lugar del v e l e i d o s o a c o n t e c e r histórico" [1,253].
E s B e n j a m i n q u i e n califica d e " u t o p í a " s e m e j a n t e e m p r e s a . E n el m u n d o del b a r r o c o , la
"férrea c o n s t i t u c i ó n " d e lo natural n o c o n s i g u e triunfar s o b r e la "catarata" d e la historia. E s t o
se haría m a n i f i e s t o p r e c i s a m e n t e e n la p r o f u n d a a m b i g ü e d a d q u e q u e d a revestida la figura del
s o b e r a n o : "el tirano y el m á r t i r s o n las d o s caras d e J a n o del m o n a r c a . C o n s t i t u y e n las n e c e s a
r i a m e n t e e x t r e m a s e n c a r n a c i o n e s d e la e s e n c i a p r i n c i p e s c a " (1, 2 4 9 ] . E n e f e c t o , al t i r a n o s e le
v e c a e r s i e m p r e " v í c t i m a d e u n a d e s p r o p o r c i ó n entre la d i g n i d a d j e r á r q u i c a ilimitada, c o n la
c u a l le h a i n v e s t i d o D i o s , y el e s t a d o d e s u m i s e r a b l e c o n d i c i ó n h u m a n a " ; d e tal c i r c u n s t a n c i a
p r o c e d e r í a t a m b i é n la c a r a c t e r í s t i c a " i n d e c i s i ó n d e l t i r a n o " [1,250]. N i él m i s m o p a r e c e s a b e r si
es u n Cristo o b i e n u n R e y , u n m á r t i r o u n dictador, o a c a s o a m b a s c o s a s a la v e z [1,251]. A l
fin, el s o b e r a n o a p a r e c e c o m o u n a s i m p l e "criatura": " p o r m u y a l t a m e n t e q u e se e n t r o n i c e
s o b r e los s u b d i t o s y el estado, su r a n g o q u e d a l i m i t a d o al u n i v e r s o d e la creación: él es el s e ñ o r
d e las criaturas, p e r o s i g u e s i e n d o criatura" [1,264]. 1 n c l u s o el d e s t a c a d o p a p e l j u g a d o p o r el
t e m a del h o n o r , y bastante p a r t i c u l a r m e n t e e n las c o m e d i a s e s p a ñ o l a s d e c a p a y e s p a d a , n o
revelaría sino u n a d i f u s a c o n c i e n c i a d e la esencial " v i o l a b i l i d a d " q u e p o r n e c e s i d a d i n c o r p o r a
la criatura física [1,265s],

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 T o d o ello h a b r á d e c o n d u c i r f i n a l m e n t e a u n a " d e s t r u c c i ó n del e t h o s histórico"; e n efec
to, "el d r a m a c o n s t a n t e m e n t e r e p e t i d o d e la e l e v a c i ó n y la c a í d a del príncipe, la t e n a c i d a d d e la
virtud i n q u e b r a n t a b l e a p a r e c í a a los escritores n o tanto c o m o u n a m a n i f e s t a c i ó n d e m o r a l i d a d ,
c u a n t o c o m o u n a s p e c t o natural del d e c u r s o histórico, esencial e n su p e r m a n e n c i a " [1,267]. L a
r e p r e s e n t a c i ó n d e la historia se t r a n s f o r m a así e n u n a suerte d e " c r ó n i c a " d e s u c e s o s , distancia
d o relato d e u n a serie d e a c o n t e c i m i e n t o s q u e i r r u m p e n d e pronto, d e s p r o v i s t o s d e t o d a conti
n u i d a d o desarrollo. E s t o se h a c e c o r r e s p o n d e r c o n la e v o l u c i ó n catastrófica d e los a v a t a r e s
políticos, c u y a i m a g e n b a r r o c a r e c o r d a r á la q u e G o e t h e ofrecería m á s tarde, c u a n d o a este p r o
pósito, s e g ú n a f i r m a B e n j a m i n , " n o h a b l a b a s i n o del h o r r o r d e u n a v o l u n t a d destructiva q u e
p e r i ó d i c a m e n t e despierta a la m a n e r a d e las f u e r z a s d e la n a t u r a l e z a " [1,268]. S e c o m p r e n d e
así la i m p o r t a n c i a del p e r s o n a j e q u e B e n j a m i n p a r e c e p r e s e n t a r c o m o la c o n t r a f i g u r a l ó g i c a del
s o b e r a n o , a saber, el tipo del "intrigante". Y es q u e "el d r a m a b a r r o c o n o c o n o c e otra a c t i v i d a d
histórica q u e la c o r r u p t a actividad del intrigante" [1,267], q u e se perfila c o m o el a g e n t e princi
pal d e la catástrofe política q u e i n e v i t a b l e m e n t e se cierne y c o n s p i r a e n c a d a m o m e n t o históri
co, c o m o e x p r e s i ó n d e u n d e s t i n o natural, d e u n a c u l p a universal q u e y a n o p u e d e ser c o n s e
c u e n t e m e n t e atribuida a la particular c r u e l d a d o s o b e r b i a del tirano ni a las p e r v e r s a s a m b i c i o
n e s del intrigante; y a q u e " n o es la t r a n s g r e s i ó n m o r a l , sino el p r o p i o e s t a d o d e criatura el q u e
c o n s t i t u y e la r a z ó n d e la catástrofe" [1,268]. D e tal m o d o q u e la v i d a entera, histórica y natural,
a p a r e c e c o m o u n a h y b r i s d e s c o m u n a l y g e n e r a l i z a d a q u e sólo la m u e r t e p a r e c e p o d e r expiar.

E L D R A M A C A L D E R O N I A N O ;
S U E Ñ O Y R E P R E S E N T A C I Ó N

E s t e d e s c o n c i e r t o b a r r o c o se c o r r e s p o n d e bastante b i e n c o n u n a e x p e r i e n c i a religiosa
p a r t i c u l a r m e n t e d o m i n a d a p o r la d e s e s p e r a c i ó n . S e p r o c e d e así a u n a resuelta " s e c u l a r i z a c i ó n
del misterio", es decir, d e la e s c e n i f i c a c i ó n d e los a s u n t o s bíblicos e n el a u t o s a c r a m e n t a l . Y a
q u e tanto a las e s c u e l a s y a u t o r e s del m u n d o protestante c o m o del católico, sostiene B e n j a m i n ,
" e r a p r e c i s a m e n t e la r e d e n c i ó n religiosa lo q u e el siglo les d e n e g a b a , p a r a e n su l u g a r exigirles
o i m p o n e r l e s otra d e o r d e n m u n d a n o " [1,258]. P e r o e s a t r a n s p o s i c i ó n era p o r c o m p l e t o ajena,
c o m o b i e n p u e d e s u p o n e r s e e n el p u r o espíritu d e la c o n t r a r r e f o r m a , a c u a l q u i e r e x p e c t a t i v a
m e s i á n i c a o r e v o l u c i o n a r i a ; su "ideal histórico-filosófico" sería m á s b i e n el del " a c m é " , e s
decir, " u n a e d a d d e o r o d e p a z y d e cultura, lejos d e t o d o r a s g o apocalíptico, constituida y
g a r a n t i z a d a in a e t e r n u m p o r la e s p a d a d e la 1glesia" [1,259]. E l m a y o r a n h e l o se cifra, p o r
tanto, e n la definitiva d e s a c t i v a c i ó n d e t o d a f u e r z a o a m e n a z a catastrófica, e n la final d e t e n
c i ó n d e a q u e l l a "catarata" d e la historia e n la q u e se h u n d í a n incluso los príncipes d e s t i n a d o s a
e n c a u z a r l a sin sobresaltos.
L a c o n f o r m a c i ó n del l e n g u a j e del T r a u e r s p i e l se d e s p l i e g a e n f u n c i ó n d e ciertas " n e c e
s i d a d e s c o n t e m p l a t i v a s " q u e y a c e r í a n implícitas, s e g ú n s u g i e r e B e n j a m i n , e n lo q u e d e n o m i n a
la " s i t u a c i ó n t e o l ó g i c a " d e la é p o c a . E r a u n a d e tales urgencias, a s u v e z c o n s e c u e n c i a d e u n a
resuelta " e l i m i n a c i ó n d e la e s c a t o l o g í a " , la q u e h a b í a d e q u e d a r satisfecha m e d i a n t e " u n a
r e v e r s i ó n al m e r o e s t a d o d e c r e a c i ó n " , e n d o n d e el h o m b r e b a r r o c o e s p e r a b a " e n c o n t r a r c o n
s u e l o p o r la r e n u n c i a a u n e s t a d o d e g r a c i a " [1,260]. P u e s r e n u n c i a r al e s t a d o d e g r a c i a signifi

1 2 0
 ca, p o r u n lado, d e s e s p e r a r d e la historia c o m o l u g a r d e r e d e n c i ó n : " e n tanto q u e la E d a d
M e d i a p r e s e n t a la futilidad del a c o n t e c e r m u n d a n o y la f u g a c i d a d d e la criatura c o m o estacio
n e s e n el c a m i n o d e la salvación, el T r a u e r s p i e l a l e m á n se r e c l u y e t o t a l m e n t e e n la d e s e s p e r a
c i ó n d e la c o n d i c i ó n terrena. Si c o n o c e u n a r e d e n c i ó n , ésta reside m á s b i e n e n las p r o f u n d i d a
d e s d e su destino, q u e n o e n el c u m p l i m i e n t o d e u n d i v i n o p l a n d e s a l v a c i ó n " [1,260], P o r otro
lado, este " p l a n " a largo p l a z o a c a b a c e d i e n d o s u r a z ó n d e ser a u n " e s t a d o d e c r e a c i ó n " q u e se
c o n c i b e sin historia, m í t i c a m e n t e fuera del t i e m p o , e n virtud d e u n a " t r a n s p o s i c i ó n d e los d a t o s
o r i g i n a l m e n t e t e m p o r a l e s e n u n a ficticia s i m u l t a n e i d a d e s p a c i a l " [1,260], q u e q u i e r e ser el
recinto del E d é n p e r o q u e t e r m i n a p a r e c i é n d o s e al 1nfierno.
T a m b i é n estas ideas las h a b í a m o s visto y a f o r m u l a d a s p o r B e n j a m i n e n su p r i m e r traba
jo s o b r e el T r a u e r s p i e l . Allí h a b í a n q u e d a d o s ó l o e s b o z a d a s . A h o r a r e a p a r e c e n p l e n a m e n t e
desarrolladas e n u n o d e los n ú c l e o s q u e a n i m a n su libro. S e trata del p a r á g r a f o titulado " J u e g o
o r e p r e s e n t a c i ó n e s c é n i c a [Spiel] y reflexión", d e d i c a d o a la q u e c o n s i d e r a c o m o " f o r m a artís
tica p e r f e c t a " e n la q u e p u e d e ser e s t u d i a d o el T r a u e r s p i e l , a saber, el d r a m a c a l d e r o n i a n o . E n
efecto. C a l d e r ó n n o se c o n f o r m ó c o n a q u e l l a " f u g a p r e c i p i t a d a a u n a n a t u r a l e z a p r i v a d a d e
g r a c i a " q u e h a b r í a c a r a c t e r i z a d o al c o n j u n t o d e la p r o d u c c i ó n d r a m á t i c a a l e m a n a d e la é p o c a .
E n la católica E s p a ñ a , p r o s i g u e B e n j a m i n , "los conflictos p r o p i o s d e u n e s t a d o d e c r e a c i ó n
d e s p r o v i s t o d e g r a c i a s o n e n cierta m e d i d a resueltos p o r m e d i o d e u n a r e d u c c i ó n , a m a n e r a d e
j u e g o , al a m b i e n t e c o r t e s a n o c i r c u n d a n t e d e u n a r e a l e z a q u e y a se m u e s t r a c o m o u n p o d e r
r e d e n t o r s e c u l a r i z a d o " [1,260]. E s t a i m a g i n a r i a c o n c e n t r a c i ó n d e los atributos d i v i n o s e n el
m o n a r c a t e r m i n a c o n u n a " i n c l u s i ó n indirecta d e la t r a s c e n d e n c i a " , a la cual n o r e n u n c i a r í a la
d r a m a t u r g i a c a l d e r o n i a n a ; y así f i n a l m e n t e , " a u n c u a n d o el d r a m a secular n o d e b e traspasar los
límites d e la t r a s c e n d e n c i a , trata d e a s e g u r á r s e l a p o r m e d i o d e u n r o d e o , a m o d o d e r e p r e s e n t a
c i ó n e s c é n i c a [spielhaft]" [1,260]. Ello se haría p a r t i c u l a r m e n t e e v i d e n t e e n u n a p i e z a c o m o L a
v i d a es s u e ñ o , d o n d e "el s u e ñ o a b o v e d a , c o m o u n alto cielo, la v i d a d e s p i e r t a " [1,260],
c u b r i é n d o l a d e irrealidad: el m u n d o c o m o r e p r e s e n t a c i ó n , c o m o teatro. B e n j a m i n c o n t r a p o n e a
c o n t i n u a c i ó n la visión clasicista del c o n c e p t o d e " j u e g o " , y e n c o n c r e t o la d o c t r i n a schilleria-
na, c e n t r a d a e n el a s p e c t o subjetivo del i m p u l s o l ú d i c o y d e su relación c o n el arte, a la t e n d e n
cia p r o p i a del r o m a n t i c i s m o y, d e u n m o d o p r e p o n d e r a n t e , t a m b i é n del d r a m a barroco. P u e s ,
e n efecto, e s e " m o m e n t o r e p r e s e n t a c i ó n q u e d a b a o s t e n s i b l e m e n t e enfatizado, y s ó l o la trascen
dencia, m u n d a n a m e n t e t r a n s f i g u r a d a c o m o r e p r e s e n t a c i ó n d e n t r o d e la r e p r e s e n t a c i ó n , tenía la
ú l t i m a p a l a b r a " [1,261].
R e p r e s e n t a c i n , a p a r i e n c i a y reflejo c o n c e n t r a n t o d o el p o d e r d e r e d e n c i ó n : " e n el artifi
c i o r e c o n o c í a e l n u e v o t e a t r o a s u d i o s " [ 1 , 2 6 1 ]. T a l c o m o y a s e h a s u g e r i d o , d e e n t r e t a l e s a r t i
ficios d e s t a c a s o b r e t o d o el c o n c e r n i e n t e a "las técnicas d e e n c u a d r a r y reducir", esto es, "las
d e la reflexión" [1,262]. L a i m a g e n q u e se p r e s e n t a c o m o a p a r i e n c i a lo h a c e d e l i m i t a d a c o m o
e n el m a r c o d e u n espejo, e n tanto q u e la realidad q u e d a e n c e r r a d a e n el e s p a c i o c o n f i g u r a d o
p o r ella m i s m a y su reflejo. B e n j a m i n ilustra su idea m e d i a n t e u n a s referencias al " d r a m a d e
d e s t i n o " e n el r o m a n t i c i s m o y e n C a l d e r ó n . El artificio d e la " r e f l e x i ó n " c o r r e s p o n d e e n este
ú l t i m o a la f o r m a d e la " v o l u t a " e n la arquitectura d e su t i e m p o : " s e repite a sí m i s m a h a s t a el
infinito, y r e d u c e h a s t a lo i n c o n m e s u r a b l e el círculo q u e encierra. A m b o s a s p e c t o s d e la refle
x i ó n - a ñ a d e - s o n i g u a l m e n t e esenciales: la r e d u c c i ó n d e lo real p o r o b r a d e la representación, y
la i n t r o d u c c i ó n d e u n a infinitud refleja del p e n s a m i e n t o e n la c e r r a d a finitud del e s p a c i o p r o f a
n o d e l d e s t i n o . P u e s t o q u e el m u n d o d e l d r a m a d e d e s t i n o e s (...) u n m u n d o a u t o i n c l u s i v o "
[1,262]. C o m o " a u t o i n c l u s i v o " sería e n g e n e r a l el u n i v e r s o mítico, c e r r a d o p o r definición al
p r o g r e s i v o d e s p l i e g u e q u e se atribuye al a c o n t e c e r e s t r i c t a m e n t e histórico, c u y o ú n i c o f u n d a

1 2 1
 m e n t o h a d e b u s c a r s e e n la r u p t u r a del e t e r n o ciclo d e la repetición natural y, p o r c o n s i g u i e n t e ,
e n s u p r e s u n t a d i s p o n i b i l i d a d p a r a lo n u e v o y lo diferente. L o q u e B e n j a m i n r e c o n o c e e n
C a l d e r ó n n o es, p o r tanto, s i n o la m á s c o n s p i c u a figura d e s u s p r o p i a s ideas a c e r c a d e la cuali
tativa indistinción entre n a t u r a l e z a e historia. E s claro q u e la u n i v e r s a l g e n e r a l i z a c i ó n d e la
culpa, q u e tanto el m u n d o b a r r o c o , al decir d e B e n j a m i n , c o m o t a m b i é n él m i s m o , d e m a n e r a
explícita, t i e n d e n a i m p u t a r a t o d a "criatura" viviente, se c o r r e s p o n d e c o n u n a i n v o l u c i ó n d e la
historia e n naturaleza: u n a d r a m á t i c a r e c a í d a e n las a t a d u r a s m í t i c a s frente a las c u a l e s se h a b í a
erigido la tragedia. A h o r a la c u l p a es el d e s t i n o c o m o catástrofe p e r m a n e n t e d e la historia.
P e r o la r e d u c c i ó n d e la t r a s c e n d e n c i a y su t r a n s f i g u r a c i ó n c o m o infinito j u e g o d e r e p e
ticiones e s p e c u l a r e s c o m p o r t a u n a d o b l e referencia. H a y u n a s p e c t o destructivo: la n a t u r a l e z a
i r r u m p e e n la historia c o m o e t e r n o r e t o r n o d e la catástrofe, c o m o la p e r i ó d i c a c o n m o c i ó n q u e
d e r r u m b a E s t a d o s y m o n a r q u í a s . H a y t a m b i é n u n a s p e c t o " c o n t e m p l a t i v o " e n el q u e se trata d e
prevenir, c o m b a t i r o s i m p l e m e n t e i g n o r a r el c a t a c l i s m o : la historia se disfraza d e n a t u r a l e z a y
se p r e s e n t a c o m o u n d e v e n i r " e n d e t e n c i ó n " , u n a c m é p e r p e t u o , u n a e d a d d e o r o p r o t e g i d a y
a v a l a d a p o r la a u t o r i d a d s u p r e m a d e q u i e n e s se s u p o n e r e p r e s e n t a n t e s o e n c a r n a c i o n e s d e la
d i v i n a m a j e s t a d . D e este m o d o , a m b a s p e r s p e c t i v a s d e s e m b o c a n e n u n a m i s m a n e g a c i ó n d e la
e s e n c i a histórica, c o n v e r t i d a e n m i t o . Y las d o s c o n f l u y e n y e n c u e n t r a n su síntesis e n u n a
" r e v e r s i ó n al e s t a d o d e c r e a c i ó n " : "la s e c u e n c i a d e las a c c i o n e s d r a m á t i c a s se desarrolla c o m o
e n los días d e la creación, c u a n d o n o era historia lo q u e a c o n t e c í a " [1,270]. N o se trata, c o m o
d e m a s i a d a s v e c e s se h a d i c h o , d e u n s i m p l e a n h e l o escapista d e r e g r e s o a la n a t u r a l e z a p o r
salir del t i e m p o , p a r a d e esta m a n e r a h u i r d e la i n e x o r a b l e transitoriedad q u e tanto e s p a n t a b a a
la c o n c i e n c i a d e la e r a barroca: p u e s t o q u e "la ú l t i m a p a l a b r a e n el e s c a p i s m o b a r r o c o r e s p e c t o
del m u n d o n o la tiene la antítesis entre historia y naturaleza, s i n o la s e c u l a r i z a c i ó n sin r e s i d u o s
d e lo histórico e n el e s t a d o d e creación. N o es la e t e r n i d a d lo q u e se c o n t r a p o n e a la d e s c o n s o
lada c r ó n i c a d e la historia universal, s i n o la r e s t a u r a c i ó n d e la p a r a d i s í a c a a t e m p o r a l i d a d . L a
historia se a d e n t r a e n el e s c e n a r i o " [1,270s]. P e r o lo h a c e p r e c i s a m e n t e m e d i a n t e u n a e l u s i ó n
d e s u s atributos esenciales: a d q u i e r e u n a s p e c t o " p a n o r á m i c o " : "el m o v i m i e n t o del discurrir
t e m p o r a l es c a p t u r a d o y a n a l i z a d o e n u n a i m a g e n e s p a c i a l " [1,271]. P i e r d e , p o r tanto, s u
d i m e n s i ó n t e m p o r a l y p a s a a r e m e d a r el estadio i n m u t a b l e del s é p t i m o día, c u a n d o D i o s r e p o
s a b a [111,60]. A s í p a r e c i ó r e c o n o c e r l o S c h l e g e l , s e g ú n n o s r e c u e r d a B e n j a m i n , c u a n d o escribió
a p r o p ó s i t o d e C a l d e r ó n : " s u poesía, c u a l q u i e r a q u e s e a su a p a r e n t e objeto, es u n i n c a n s a b l e
h i m n o d e júbilo ante la m a j e s t a d d e la c r e a c i ó n ; así c e l e b r a los p r o d u c t o s d e la n a t u r a l e z a y del
arte h u m a n o c o n u n a s o m b r o s i e m p r e g o z o s o y s i e m p r e n u e v o , c o m o si los c o n t e m p l a s e p o r
v e z p r i m e r a e n u n a s o l e m n e m a g n i f i c e n c i a a ú n n o d e s g a s t a d a . E s el p r i m e r d e s p e r t a r d e
A d á n " ; y así, p r o s i g u e , " c u a n d o c o m p a r a los o b j e t o s m á s r e m o t o s , el m á s g r a n d e y el m á s
d i m i n u t o , las estrellas y las flores, el s e n t i d o d e t o d a s s u s m e t á f o r a s es la a t r a c c i ó n r e c í p r o c a
existente entre t o d a s las c o s a s c r e a d a s e n virtud d e s u c o m ú n o r i g e n " [1,272].
" L a criatura es el e s p e j o e n c u y o m a r c o , y s ó l o e n él, se r e v e l a e n el b a r r o c o el m u n d o
m o r a l . U n e s p e j o c ó n c a v o ; p u e s esto ú n i c a m e n t e era p o s i b l e c o n distorsiones" [1,270]. E s t a s
frases e x p o n e n u n a precisión bastante o b v i a : la "criatura" prehistórica n o a c c e d e r e c t a m e n t e al
m u n d o m o r a l . Y a resulta p a r a d ó j i c o i n c l u s o el h e c h o d e q u e p u e d a a c c e d e r . E n realidad n o lo
h a c e . E n v a n o e v o c a B e n j a m i n , c o m o d e m o s t r a c i ó n d e la v i g e n c i a d e la m o r a l i d a d e n el
m u n d o del s u e ñ o , los v e r s o s p r o n u n c i a d o s p o r S e g i s m u n d o : " m a s , s e a v e r d a d o s u e ñ o , / o b r a r
b i e n e s lo q u e i m p o r t a : / si f u e s e v e r d a d , p o r serlo;/ si n o , p o r g a n a r a m i g o s p a r a c u a n d o d e s
p e r t e m o s " . N o se trata s ó l o d e q u e j a m á s " g a n a r a m i g o s " p u e d a bastar c o m o p r o p ó s i t o m o r a l .
L o q u e s u c e d e m á s b i e n es q u e la p e r s p e c t i v a del b a r r o c o e x c l u y e casi p o r d e f i n i c i ó n t o d a

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 po sibilidad d e percibir clara y d i s t i n t a m e n t e la frontera entre el s u e ñ o y la vigilia'6. L a c o m
p r e n s i ó n d e la m o r a l i d a d oscila entre la p r e m i s a d e la c u l p a b i l i d a d universal ( " p u e s el delito
m a y o r / del h o m b r e es h a b e r n a c i d o " ) y la a l u c i n a c i ó n d e la "criatura" i m p o l u t a del e s t a d i o
an terior al p e c a d o original. E s t e conflicto d a c o m o r e s u l t a d o u n a m o r a l i d a d a m b i g u a , d e m o
n í a c a , forjada e n u n l u g a r i n t e r m e d i o entre la i d e a d e la p r e s u n t a libertad h u m a n a , d e la q u e
p o c o se s a b e y a la q u e e n c u a l q u i e r c a s o se r e n u n c i a , y la total e x e n c i ó n d e r e s p o n s a b i l i d a d e s
q u e se d e r i v a d e la r e d u c c i ó n d e la "criatura" q u e es el h o m b r e al e s t a d o d e los brutos, a la m á s
a r c a n a prehistoria. P u e s t o q u e la c o n t e m p l a c i ó n del d e s t i n o c o m o l e g a l i d a d m o r a l d e la n a t u r a
le za c o m p o r t a , c i e r t a m e n t e , u n a i n d i f e r e n c i a c i ó n entre la c u l p a y la vida, entre la e x p i a c i ó n y
la m u e r t e , p e r o c o n d u c e t a m b i é n a la s u s p e n s i ó n d e t o d a o r d e n a c i ó n m o r a l q u e n o se a s u m a
c o m o u n a f u n c i ó n m e r a m e n t e i m a g i n a r i a : e n la i d e a d e " g a n a r a m i g o s " e n el á m b i t o del s u e ñ o
" p a r a c u a n d o d e s p e r t e m o s " está S e g i s m u n d o a d m i t i e n d o d e m o d o implícito la p r o s e c u c i ó n del
s u e ñ o e n la vigilia. L a m o r a l i d a d se d i l u y e e n la infinita m u l t i p l i c a c i ó n d e los niveles d e repre
sentación, e n el repetitivo j u e g o d e los e s p e j o s " c ó n c a v o s " .
" L a i m a g e n del e s c e n a r i o o, m á s e x a c t a m e n t e , d e la corte, d e v i e n e la c l a v e d e la c o m
p r e n s i ó n histórica. P u e s la corte es el e s c e n a r i o p o r a n t o n o m a s i a " [1,271]. 1 n c l u s o el p r o p i o
S e g i s m u n d o es calificado d e "cortesano... d e las m o n t a ñ a s " [1,272]. A l igual q u e la figura del
s o b e r a n o se m a n i f e s t a b a c o m o la e n c a r n a c i ó n d e la historia, q u e e m p u ñ a b a e n s u cetro, así
t a m b i é n la r e p r e s e n t a c i ó n d e la v i d a e n la corte a p a r e c e c o m o teatro del m u n d o . E n este m a r c o
se h a c e valer d e n u e v o la característica a m b i v a l e n c i a d e la visión barroca. Si el d e s t i n o q u e
sufre el s o b e r a n o se d e b a t e entre las ilimitadas a t r i b u c i o n e s p r o p i a s d e su r a n g o y la i m p o t e n
cia q u e p o r n e c e s i d a d d e r i v a d e s u c o n d i c i ó n d e frágil "criatura", n o será m e n o r la c o m p l i c a
c i ó n d e su e n t o r n o , la corte, d o n d e proliferan los intrigantes h u r d i e n d o c o n s p i r a c i o n e s sin
c u e n t o y a b r i e n d o c a m i n o a la p r ó x i m a c o n v u l s i ó n política. D e m o d o q u e el e s c e n a r i o históri
c o se c o n f i g u r a c o m o "la corte d e la c o n f u s i ó n " , el P a l a c i o c o n f u s o d e L o p e d e V e g a , d o n d e
m i d e n s u s f u e r z a s los a g e n t e s i n n u m e r a b l e s del destino.
Y así, d e m a n e r a i n e s p e r a d a , B e n j a m i n se r e m i t e d e n u e v o al a s p e c t o m u s i c a l e n q u e
f i n a l m e n t e d e s e m b o c a r í a el d r a m a b a r r o c o : y a q u e , sugiere, "el t é r m i n o c o n f u s i ó n d e b e ser
e n t e n d i d o n o s ó l o m o r a l , s i n o t a m b i é n p r a g m á t i c a m e n t e . E n contraste c o n el e s p a s m ó d i c o dis
currir t e m p o r a l , tal c o m o lo r e p r e s e n t a la tragedia, el T r a u e r s p i e l a c o n t e c e e n u n c o n t i n u o
espacial - q u e se p o d r í a d e n o m i n a r c o r e o g r á f i c o . El o r g a n i z a d o r d e s u e n r e d o , el p r e c u r s o r del
c o r e ó g r a f o , es el intrigante" [1,274]: el d r a m a b a r r o c o d e r i v a g r a d u a l m e n t e h a c i a el ballet
[1,273]. Y es el intrigante -tercero entre el d é s p o t a y el mártir- el q u e h a b r á d e a s u m i r a la p o s
tre la c o n d i c i ó n d e p r o t a g o n i s t a estelar. P u e s lo q u e p e r s i g u e el c o r t e s a n o c o n sus intrigas n o
será s i n o el p o d e r , esto es, la m á s e x c e l s a e x p r e s i ó n d e la e s e n c i a divina: p u e s "el espíritu -tal
e r a la tesis del siglo- se m a n i f i e s t a c o m o p o d e r ; el espíritu es la c a p a c i d a d p a r a ejercer la dicta
d u r a " [1,276]. E s t a c a p a c i d a d se c o n t e m p l a c o m o la s u p r e m a virtud e n el a m b i g u o u n i v e r s o
m o r a l e n q u e se ejerce: p u e s t o q u e n o e x i g e n a d a m e n o s q u e la d o b l e d i s p o s i c i ó n d e u n a
"estricta disciplina interior" u n i d a a la d i c t a d u r a "sin e s c r ú p u l o s " e n la a c c i ó n o r i e n t a d a h a c i a
el exterior. S e e x p l i c a así q u e el intrigante f u e s e d e c l a r a d o santo, c o m o lo h a c e G r a c i á n
[1,276], sin q u e ello i m p i d a q u e el m i s m o C a í n resulte t r a n s f i g u r a d o e n p e r s o n a j e d e la corte,
c o m o e n F r a y A n t o n i o d e G u e v a r a , q u e h a c e d e n u e s t r o infeliz a n c e s t r o "el p r i m e r c o r t e s a n o ,
p u e s t o q u e , m a l d i t o d e D i o s , carecía d e c a s a p r o p i a " [1.275].

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 I N T E R I O R M E L A N C O L I C O

L a r e d u c c i ó n d e la historia y del e n t e r o u n i v e r s o al e s t a d o d e i m a g i n a r i a r e p r e s e n t a c i ó n
p a r e c e c o n d u c i r d e u n a m a n e r a i n e x o r a b l e a s u d e p r e c i a c i ó n . P e r o ésta c o b r a r á u n m a t i z parti
cular e n la E u r o p a protestante, e n d o n d e , c o m o es notorio, las e n s e ñ a n z a s d e L u t e r o h a b í a n
p r o p i c i a d o u n a d e c i s i v a s e c u l a r i z a c i ó n d e las " b u e n a s obras", a las q u e f i n a l m e n t e se n e g a b a
t o d a virtualidad m i l a g r o s a y t o d a efectividad espiritual: "las a c c i o n e s h u m a n a s q u e d a r o n p r i v a
d a s d e c u a l q u i e r valor. A l g o n u e v o surgió: u n m u n d o v a c í o " [1,317]. U n m u n d o e n c u y o h u e c o
h u b o d e instalarse c o m o p u d o u n sujeto religioso r e p l e g a d o e n su interior, y triste. B e n j a m i n
s u b r a y a la e n o r m e diferencia existente entre la p e n a q u e s u p u e s t a m e n t e p r o d u c i r í a e n el e s p e c
t a d o r la c o n t e m p l a c i ó n d e u n a tragedia y la tristeza q u e d e f i n e y d a n o m b r e al T r a u e r s p i e l , q u e
n o sería tanto u n e f e c t o c u a n t o m á s b i e n u n a p r e s u p o s i c i ó n d e partida: " n o se trata d e p i e z a s
q u e p r o d u z c a n tristeza, sino d e p i e z a s e n virtud d e las c u a l e s e n c u e n t r a ésta u n a satisfacción:
p i e z a s p a r a tristes" [1,298]. E n efecto, d e s p r o v i s t o d e s u s p r e c e d e n t e s c u a l i d a d e s m á g i c a s ,
d e s e n c a n t a d o , tanto el u n i v e r s o c o m o la v i d a e n él p a r e c e n h a b e r p e r d i d o i g u a l m e n t e t o d a su
p r o f u n d i d a d . E s t a se r e c u p e r a d e a l g ú n m o d o e n el e s t a d o m e l a n c ó l i c o , d o n d e el espíritu "revi
vifica el m u n d o v a c í o b a j o la f o r m a d e u n a m á s c a r a , p a r a g o z a r así d e la e n i g m á t i c a satisfac
c i ó n d e tenerlo a la vista"; p u e s la tristeza " c a p a c i t a p a r a u n a especial intensificación, u n a c o n
tinua p r o f u n d i z a c i ó n " d e la " i n t e n c i ó n subjetiva p a r a c o n s u o b j e t o " [1,318]. P e r o ello s u c e d e
s ó l o a c o s t a del a l e j a m i e n t o r e s p e c t o d e este ú l t i m o y el c o n s i g u i e n t e h u n d i m i e n t o del sujeto
e n u n a suerte d e "parálisis c o n t e m p l a t i v a " , v e r s i ó n cristiana d e la a n t i g u a a p a t h e i a : "la m o r t i
ficación d e los afectos, c o n el q u e r e f l u y e n las olas d e la v i d a e n virtud d e las c u a l e s se d e s t a
c a n aquéllos, p u e d e a c r e c e n t a r la distancia r e s p e c t o del m u n d o c i r c u n d a n t e h a s t a llegar a la
a l i e n a c i ó n del p r o p i o c u e r p o " [1,319]. E n esta p a t o l ó g i c a " d e s p e r s o n a l i z a c i ó n " q u e d a trastoca
d o el o r d e n , y fetichizado el u n i v e r s o : " e n a u s e n c i a d e relación natural y p r o d u c t i v a c o n ella, la
c o s a m á s insignificante a p a r e c e c o m o cifra d e u n a e n i g m á t i c a s a b i d u r í a " [1,319]. B e n j a m i n
ilustra s u c o n c e p t o e v o c a n d o la c é l e b r e M e l a n c o l i a d e D u r e r o , q u e y a e n 1 9 1 3 le h a b í a fasci
n a d o e n u n a visita a B a s i l e a [B,76]: e n ella, dice, "los utensilios d e la v i d a activa y a c e n p o r el
s u e l o sin ser u s a d o s , cual o b j e t o s p a r a la m e d i t a c i ó n " [1,3 19].
E n c o n s o n a n c i a c o n el fuerte c o m p o n e n t e m e d i e v a l s o b r e el q u e se perfilaría la d o c t r i n a
protestante e n s u c o n j u n t o [ B , 3 1 2 ] , B e n j a m i n p r o p o n e i n d a g a r u n a p r i m e r a " c o d i f i c a c i ó n " del
p a t h o s m e l a n c ó l i c o e n el c o n t e x t o d e la ciencia m é d i c a d e la alta E d a d M e d i a , d o n d e p r e v a l e
cía u n a interpretación e n t é r m i n o s s o m á t i c o s , f u n d a d a s o b r e la a n t i g u a teoría d e los diferentes
h u m o r e s c o r p o r a l e s -se h a b l a b a i n c l u s o del h u m o r m e l a n c h o l i c u s - y m u y apta, p o r tanto, p a r a
s u b r a y a r su etiología natural. L a m e l a n c o l í a " e m e r g e d e las p r o f u n d i d a d e s del reino creatural"
[1,324] y se m a n i f i e s t a j u s t a m e n t e a través d e u n espíritu q u e se siente e n c e r r a d o e n e s e d o m i
nio. E s decir, e n el d o m i n i o del destino. E s a es la r a z ó n d e la característica a m b i g ü e d a d d e la
m e l a n c o l í a . P u e s el espíritu r e n u n c i a d e este m o d o a c o m b a t i r el d e s t i n o y se limita, c o m p l a c i
d o , a c o n t e m p l a r l o . T a l es s u sabiduría, la c u a l i d a d profética del " g e n i o m e l a n c ó l i c o " , q u e
" s u e l e t e s t i m o n i a r s e p a r t i c u l a r m e n t e e n el á m b i t o d e lo adivinatorio", y q u e n o vaticina, p o r lo
d e m á s , s i n o n u e v o s infortunios [1,325]. A este propósito, B e n j a m i n se r e m o n t a i n c l u s o al viejo
Aristóteles, y al p r o p i o K a n t , q u i e n i g u a l m e n t e refiere c ó m o s o n adscritos a los m e l a n c ó l i c o s

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 l o s m á s r a r o s c a r a c t e r e s y c a p a c i d a d e s , t a l e s c o m o " l o s i m p u l s o s d e v e n g a n z a (...), i n s p i r a c i o
n e s , v i s i o n e s , t e n t a c i o n e s (...), s u e ñ o s s i m b ó l i c o s , p r e s e n t i m i e n t o s y p o r t e n t o s m i l a g r o s o s "
[1,326]: r a s g o s q u e solían atribuirse a la p r e s i o n a n t e influencia d e ciertas c o n s t e l a c i o n e s estela
res, y m u y e n particular a la d e S a t u r n o . B e n j a m i n se r e m i t e a q u í a la i m a g e n p r e s e n t a d a p o r
S a x l y P a n o f s k y e n s u a d m i r a b l e análisis d e la M e l a n c o l i a 1 d e D u r e r o , e n d o n d e los discípulos
d e W a r b u r g s u b r a y a b a n la peculiar afinidad existente entre a q u e l astro y la h u m a n a disposi
c i ó n m e l a n c ó l i c a : "al igual q u e la m e l a n c o l í a , así t a m b i é n S a t u r n o , d e m o n i o d e la c o n t r a d i c
ción, confiere al a l m a , p o r u n lado, p e r e z a y estupidez, y, p o r otro, la f u e r z a d e la inteligencia
y la c o n t e m p l a c i ó n ; al igual q u e aquélla, t a m b i é n S a t u r n o a m e n a z a c o n s t a n t e m e n t e a q u i e n e s
d o m i n a , p o r m u y ilustres q u e s e a n e n sí y p a r a sí m i s m o s , c o n los peligros d e la h o s q u e d a d y
el delirio del é x t a s i s " [1,327] ". S a t u r n o , c o n f u n d i d o c o n C r o n o s , a p a r e c í a d e este m o d o c o m o
"el d i o s d e los e x t r e m o s " , y la m á s d e c i s i v a c u e s t i ó n q u e la i m a g e n del g e n i o m e l a n c ó l i c o
h a b í a d e suscitar se perfila, p o r tanto, e n la e x i g e n c i a d e a l c a n z a r p e s e a t o d o u n equilibrio,
esto es, hallar la m a n e r a d e " a p r e n d e r a r e m e d a r las fuerzas espirituales d e S a t u r n o y escapar,
sin e m b a r g o , a la locura"; y así, f i n a l m e n t e , "el p r o b l e m a residía e n s e p a r a r la s u b l i m e m e l a n
colía, la m e l e n c o l i a illa h e r o i c a d e M a r s i l i o Ficino, y d e M e l a n c h t o n , r e s p e c t o d e la f o r m a
ordinaria y p e r n i c i o s a " [1,329]. E n efecto, u n o d e los r a s g o s q u e m á s f r e c u e n t e m e n t e a p a r e c í a n
e n t o n c e s a s o c i a d o s al s í n d r o m e m e l a n c ó l i c o era el p e c a d o capital d e la pereza, e n t e n d i d a ésta,
s e g ú n el c o n c e p t o m e d i e v a l d e la a c e d i a , c o m o " d e s i d i a del c o r a z ó n " , c o m o u n e s t a d o saturnal
d e apatía o i n d o l e n c i a q u e B e n j a m i n c o n s i g n a c o m o la c a u s a m a y o r d e la indecisión del tirano,
d e la c u a l se a p r o v e c h a r á s i e m p r e el c o r t e s a n o p a r a p r o p i c i a r su c a í d a [1,332s]. A u n q u e lo
cierto es q u e el intrigante, p o r su parte, n o se e n c u e n t r a m e n o s q u e el príncipe b a j o el s i g n o
e x t r e m a d o d e S a t u r n o , q u e e n él se m a n i f i e s t a m á s b i e n e n la f o r m a d e su característica falta
d e lealtad: p u e s "la traición es su e l e m e n t o " . E s e n c i a l m e n t e variable, inconstante, el c o n s p i r a
d o r c o r t e s a n o n o se s o m e t e m á s q u e al destino, q u e r e c o n o c e e n los s í m b o l o s representativos
d e la m a j e s t a d : " c o r o n a , p ú r p u r a , cetro"... " s u infidelidad r e s p e c t o del h o m b r e se c o r r e s p o n d e
c o n u n a lealtad casi a b s o r t a e n c o n t e m p l a t i v a d e v o c i ó n h a c i a estas c o s a s " [1,333]. P a r a él,
f i n a l m e n t e , " t o d a s las d e c i s i o n e s esenciales r e s p e c t o d e los h o m b r e s p u e d e n c h o c a r c o n t r a la
fidelidad; e n ellas d o m i n a n m á s altas leyes. L a fidelidad sólo es c o m p l e t a m e n t e a d e c u a d a e n la
relación del h o m b r e c o n el m u n d o d e las cosas. E s t e ú l t i m o n o c o n o c e ley d e m a y o r r a n g o , y la
fidelidad n o c o n o c e o b j e t o a l g u n o al q u e p u d i e r a p e r t e n e c e r m á s e x c l u s i v a m e n t e q u e al m u n d o
d e las c o s a s " [1,333].
L o s i n c e s a n t e s e s f u e r z o s del l a b o r i o s o intrigante a p a r e c e n a c a s o v a n o s e i n d i g n o s al
l a d o d e la p r o f u n d i d a d m e l a n c ó l i c a e n la q u e se d e j a h u n d i r el principe [1,320]. E s t a p r e d i s p o
sición h a c i a la tristeza s u b r a y a r í a su c o n d i c i ó n d e criatura i m p o t e n t e a la q u e el d e s t i n o h a ins
talado e n la c u m b r e . B e n j a m i n t e r m i n a su e x c u r s o e v o c a n d o la figura d e H a m l e t c o m o s u p r e
m a e n c a r n a c i ó n del príncipe m e l a n c ó l i c o , i n d e c i s o y c o n t e m p l a t i v o [1,315]. T a m b i é n el s o b e
r a n o insuficiente se m u e s t r a fiel p a r a c o n las cosas, p e r o desleal p a r a c o n los h o m b r e s : p u e s al
fin "la m e l a n c o l í a traiciona al m u n d o p o r m o r del saber. P e r o e n su t e n a z a u t o i n m e r s i ó n a c o g e
las c o s a s m u e r t a s e n s u c o n t e m p l a c i ó n , a fin d e r e d i m i r l a s " [1,334]. A h o r a bien, es e n e s a c o n
t u m a z " a u t o i n m e r s i ó n " del sujeto b a r r o c o e n s u s p r o p i a s e n s o ñ a c i o n e s y f a n t a s m a s , e n s u
aflicción, s u a l e j a m i e n t o del m u n d o y su c o n s i g u i e n t e familiarización c o n lo m u e r t o , c o n los
e s p e c t r o s [1,313], d o n d e p o d e m o s t a m b i é n r e c o n o c e r u n a d e las m á s consistentes raíces d e la
q u e h a b r í a d e ser su f o r m a d e e x p r e s i ó n característica, y p o r cierto q u e la favorita d e e s e g r a n
m e l a n c ó l i c o q u e así m i s m o f u e B e n j a m i n : la r e p r e s e n t a c i ó n alegórica'".

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 3. D O C T R I N A D E L A A L E G O R I A

s í m b o l o y a l e g o r í a

A l e s t a d o d e p r o m i s c u i d a d e n q u e B e n j a m i n p a r e c e e m p e ñ a d o e n a b i s m a r las c o m p l e j a s
relaciones entre m i t o , historia y n a t u r a l e z a e n el T r a u e r s p i e l , d o n d e los r e s p e c t i v o s c o n t e n i d o s
se i n t e r p e n e t r a n d e m ú l t i p l e s m a n e r a s e n el m u n d o d e la "criatura" s o m e t i d a al destino, n o
p u e d e j a m á s c o r r e s p o n d e r u n a f o r m a e x p r e s i v a e q u i l i b r a d a y conciliadora, c a r e n t e d e tensio
nes. P o r el contrario, es p r e c i s a m e n t e e n la alegoría, e n tanto q u e c o n s t r u i d a s o b r e la m á s v i o
lenta y u x t a p o s i c i ó n d e los " e x t r e m o s " , d o n d e B e n j a m i n c r e e p o d e r hallar la estructura esencial
q u e h a d e caracterizar la e x p r e s i ó n d r a m á t i c a del b a r r o c o a l e m á n . E n u n intento d e p o n e r fin a
los n u m e r o s o s m a l e n t e n d i d o s p r o p i o s d e la tradición estética, q u e s i e m p r e se h a m o s t r a d o p r o
clive a s u b e s t i m a r l a y apartarla a u n l a d o a título d e " m e d i o artístico d e s e g u n d o o r d e n " , lo q u e
B e n j a m i n se p r o p o n e n o es otra c o s a q u e " s a l v a r " [ B , 3 6 6 ] la f o r m a a l e g ó r i c a p a r a la filosofía
del arte y a u n c o n s a g r a r l a c o m o c a t e g o r í a s u y a f u n d a m e n t a l , c o m o u n a f o r m a l e g í t i m a d e "alto
v a l o r " e i n c l u s o c o m o " u n a f o r m a peculiar", t o d a v í a vigente, d e la " p e r c e p c i ó n artística" e n
g e n e r a l [1,879]. A s í es c o m o n o s e n c o n t r a m o s al fin, frente a frente, a n t e la figura n u c l e a r del
p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n , q u e d e l i m i t a el terreno e n el q u e se m o v e r í a d e s p u é s , c o m o p r o n t o
v e r e m o s , s u visión materialista d e la m o d e r n i d a d y del u n i v e r s o d e lo estético e n su c o n j u n t o " .
P e r o el rescate d e la alegoría se c u m p l e tan sólo a c o s t a d e la t r a n s f o r m a c i ó n d e la esté
tica e n teología del arte. E l l o se h a c e p a t e n t e e n el m i s m o instante e n q u e B e n j a m i n e x p o n e su
d i a g n ó s t i c o r e s p e c t o d e la i n c o m p r e n s i ó n d e q u e h a s i d o v í c t i m a la e x p r e s i ó n a l e g ó r i c a :
" d u r a n t e m á s d e c i e n a ñ o s -afirma- la filosofía del arte se h a visto lastrada p o r la tiranía d e u n
u s u r p a d o r q u e se h i z o c o n el p o d e r e n c a o s del r o m a n t i c i s m o " [1,336]. D e este m o d o califica
B e n j a m i n la falsa n o c i ó n d e " s í m b o l o " q u e y a p o r a q u e l e n t o n c e s h a b r í a c o m e n z a d o a o c u p a r
e n los d e b a t e s estéticos el lugar q u e h u b i e r a d e b i d o c o r r e s p o n d e r a la n o c i ó n g e n u i n a . P u e s t o
q u e "esta última, q u e i n c u m b e al d o m i n i o d e la teología, n u n c a j a m á s h a b r í a p o d i d o p r o p a g a r
e n la filosofía d e lo bello a q u e l c r e p ú s c u l o s e n t i m e n t a l q u e d e s d e el fin del r o m a n t i c i s m o t e m
p r a n o se h a i d o h a c i e n d o c a d a v e z m á s d e n s o " [1,336]. E s e " c r e p ú s c u l o " n o era otro q u e la
o s c u r i d a d del s u b j e t i v i s m o estético, q u e m a r r a el a u t é n t i c o s e n t i d o del c o n c e p t o d e s í m b o l o e n
tanto q u e p o s t u l a casi i m p e r a t i v a m e n t e la " u n i d a d indivisible d e f o r m a y c o n t e n i d o " , d e j a n d o
así e s c a p a r su i n h e r e n t e "dialéctica". E s este m a l u s o el q u e se daría, s o b r e todo, " c a d a v e z q u e
la m a n i f e s t a c i ó n d e u n a i d e a e n la o b r a d e arte es d e c l a r a d a s i m b o l o " ; p u e s d e esta m a n e r a
s u c e d e q u e "la u n i d a d del o b j e t o sensible y suprasensible, q u e c o n s t i t u y e la p a r a d o j a del s í m
b o l o teológico, q u e d a d i s t o r s i o n a d a e n u n a relación entre e s e n c i a y a p a r i e n c i a " [1,336]. L o q u e

1 2 7
 B e n j a m i n d e s e a c o m b a t i r e n tal " d e s t r u c t i v a e x t r a v a g a n c i a " , c u y o s e f e c t o s h a b r í a n s i d o d e v a s
t a d o r e s e n la m o d e r n a crítica d e arte, es la v a n a s u p o s i c i ó n q u e "lo bello se p u e d e c o n v e r t i r sin
r u p t u r a s e n lo divino", h a c i e n d o d e la " i m a g e n s i m b ó l i c a " u n a totalidad unitaria y a r m o n i o s a
e n la q u e serían u b i c a d o s tanto el o r d e n estético c o m o el o r d e n m o r a l , e n c u a n t o q u e p l e n a
m e n t e i n m a n e n t e s a ella. El f u n d a m e n t o d e e s a c o n f u s i ó n h a d e b u s c a r s e , s e g ú n B e n j a m i n , e n
la d i v i n i z a c i ó n r o m á n t i c a del i n d i v i d u o , q u e a s u m e las f u n c i o n e s del sujeto ético y las r e b l a n
d e c e , p o r así decir, p r i v á n d o l a s d e su "perfil m a s c u l i n o " h a s t a q u e " s u c o r a z ó n se p i e r d e e n el
a l m a bella" [1,337].
T o d a esta c o n f u s i ó n la c o n s i d e r a B e n j a m i n u n p r o d u c t o residual d e las ideas clasicistas
a c e r c a d e la i n d i v i d u a l i d a d perfecta c o m o " a p o t e o s i s d e la existencia"; p o r el contrario, afirma,
"la a p o t e o s i s b a r r o c a es dialéctica. S e c u m p l e e n el p r o c e s o d e i n v e r s i ó n d e los e x t r e m o s . E n
este m o v i m i e n t o e x c é n t r i c o y dialéctico n o j u e g a y a n i n g ú n papel, p o r c o n s i g u i e n t e , a q u e l l a
interioridad sin o p o s i c i ó n p r o p i a del clasicismo, d a d o q u e los p r o b l e m a s i n m e d i a t o s del b a r r o
co, e n tanto q u e político-religiosos, n o c o n c i e r n e n tanto al i n d i v i d u o y a su ética c o m o a su
c o m u n i d a d eclesial" [1,337], d e tal m o d o q u e n o h a b í a p r o p i a m e n t e l u g a r p a r a u n a c o n c e p c i ó n
p r o f a n a d e las i m á g e n e s s i m b ó l i c a s . L a exterioridad implícita e n la i n m e d i a t e z d e la c o m u n i
d a d religiosa, q u e n e c e s a r i a m e n t e se p r e s e n t a c o m o autoridad, a p e n a s permitiría c o n t e m p l a r
a q u e l l a c o n c i l i a c i ó n sin t e n s i o n e s d e lo particular y lo universal q u e , s e g ú n la b i e n c o n o c i d a
f o r m u l a c i ó n g o e t h i a n a , q u e B e n j a m i n r e p r o d u c e , h a b r í a d e caracterizar al " s í m b o l o p o é t i c o "
[1,338]. L a i d e a d e la alegoría se d e s p l e g a b a e n este c o n t e x t o c o m o u n a teoría " e s p e c u l a t i v a "
d e s t i n a d a tan sólo a p r o p o r c i o n a r el t r a s f o n d o s o b r e el q u e h a b r í a d e d e s t a c a r s e la n o c i ó n d e
s í m b o l o . A l e g ó r i c a sería la s i m p l e ilustración d e u n c o n c e p t o abstracto a través d e u n o b j e t o
singular. G o e t h e n o le c o n c e d e m á s v a l o r q u e el d e u n " e x e m p l u m " 2 0 . B e n j a m i n i n d a g a t a m
b i é n e n S c h o p e n h a u e r , y e n Y e a t s : d e n u e v o la m i s m a c o n c e p c i ó n d e la alegoría c o m o i m a g e n
abstracta, c o m o " u n a o b r a d e arte q u e significa u n a c o s a diferente d e la q u e r e p r e s e n t a " y q u e ,
p o r tanto, p o d r í a i g u a l m e n t e lograrlo " c o n u n a s i m p l e i n s c r i p c i ó n " del concepto2'. S e perfila d e
este m o d o la p e r s p e c t i v a q u e a B e n j a m i n le interesa: la f o r m a a l e g ó r i c a se d i s t i n g u e p o r s u ten
d e n c i a a convertirse e n "escritura", a saber, e n escritura jeroglífica, cifrada e n u n s i s t e m a c o n
v e n c i o n a l d e s i g n o s [1,339]. P e r o lo q u e se le e s c a p a a S c h o p e n h a u e r es q u e la alegoría n o se
d e t e r m i n a sólo c o m o " u n a técnica ilustrativa m á s o m e n o s intrascendente", sino q u e es " e x p r e
sión, al igual q u e el l e n g u a j e es e x p r e s i ó n , y al igual, p o r cierto, q u e lo es la escritura" [1,339].
P u e d e e n t o n c e s decirse q u e B e n j a m i n r e c o g e el reto. Q u i e r e " s a l v a r " la alegoría e s t i m a n d o
j u s t a m e n t e c o m o virtud a q u e l l o q u e le suele ser r e p r o c h a d o c o m o defecto: su v e l e i d a d "inte
lectual", su carácter abstracto, su afinidad c o n la "escritura". P u e s ello es t a m b i é n lo q u e le
c o n f i e r e su carácter " d i n á m i c o " , la d i m e n s i ó n t e m p o r a l e n virtud d e la c u a l se d i s t i n g u e del
" s í m b o l o " y se c o n v i e r t e e n u n a f o r m a particular d e " e x p r e s i ó n " ( e n c u y o m a r c o h a b r í a d e
i r r u m p i r el e l e m e n t o " i n e x p r e s i v o " e n q u e se a p o y a r á el p r o c e s o d e " r e d e n c i ó n " crítica).
E s e n la M y t h o l o g i e del r o m á n t i c o F r i e d r i c h C r e u z e r d o n d e halla B e n j a m i n los e l e m e n
tos q u e p o d r í a n c o n d u c i r a tales apreciaciones. B a j o el influjo d e W i n c k e l m a n n , C r e u z e r t i e n d e
a privilegiar el a s p e c t o plástico del s í m b o l o artístico, e n c o n t r a p o s i c i ó n a la o s c u r i d a d infinita
del religioso, q u e n o d e j a l u g a r sino al " a s o m b r o sin lenguaje". El s í m b o l o artístico r e p r e s e n t a
e n la figura h u m a n a u n a c o n c r e t a " p l e n i t u d del ser", la m i s m a d e la q u e a d o l e c e la alegoría.
E s t a p a r e c e m á s b i e n a s e m e j a r s e al s í m b o l o místico, al m e n o s e n c u a n t o se m u e s t r a d o m i n a d a
p o r la t e n s i ó n q u e p o r n e c e s i d a d i n t r o d u c e la infinitud trascendente, siquiera s e a a título d e
a p a r i e n c i a [1,341]. P o r lo d e m á s , e n el s í m b o l o artístico q u i e r e r e c o n o c e r C r e u z e r u n "factor d e
instantaneidad", a l g o así c o m o "la r e p e n t i n a a p a r i c i ó n d e u n f a n t a s m a , o c o m o u n r e l á m p a g o

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 q u e i l u m i n a d e p r o n t o las tinieblas d e la n o c h e " [1,340]. E s t a s ideas c o m p l a c e n a B e n j a m i n
p o r q u e p r o c u r a n u n a salida q u e v a m á s allá d e la a c o s t u m b r a d a e insuficiente d i f e r e n c i a c i ó n
entre s í m b o l o y alegoría e n a t e n c i ó n a su carácter r e s p e c t i v a m e n t e c o n c r e t o y abstracto; m e j o r
sería, e n t o n c e s , t o m a r e n c u e n t a esta otra: q u e e n el s í m b o l o se o f r e c e u n a " m o m e n t á n e a totali
d a d " , e n tanto q u e e n la alegoría se trataría, p o r el contrario, d e la " p r o g r e s i ó n d e u n a serie d e
m o m e n t o s " [1,341]. E n estos m i s m o s t é r m i n o s discurre u n a carta d e G ó r r e s , e n la q u e r e c h a z a
la c o n c e p c i ó n d e la alegoría e n los t é r m i n o s q u e le a t r i b u y e n u n a m e r a "significación" frente a
la q u e se hallaría el "ser" p r e s e n t e del s í m b o l o ; m e j o r le p a r e c e c o n s i d e r a r a éste ú l t i m o c o m o
" u n s i g n o d e las ideas, c e r r a d o s o b r e sí m i s m o , c o n c e n t r a d o , e t e r n a m e n t e p e r s e v e r a n t e e n sí",
e n tanto q u e p e r c i b e la alegoría c o m o " u n a r e p r e s e n t a c i ó n d i n á m i c a " d e tales ideas, esto es,
u n a r e p r e s e n t a c i ó n " c o n s e c u e n t e m e n t e progresiva, d r a m á t i c a m e n t e m ó v i l , d o t a d a d e la fluidez
del p r o p i o t i e m p o " . A m b o s , s í m b o l o y alegoría, se r e l a c i o n a n el u n o c o n la otra c o m o "la n a t u
raleza d e las m o n t a ñ a s y las plantas, m u d a , g r a n d e y p o d e r o s a , y la viviente p r o g r e s i ó n d e la
historia h u m a n a " . " E s t o p o n e m u c h a s c o s a s e n su sitio", p r o c l a m a B e n j a m i n c o n satisfacción
[1,342]. P u e s t o q u e , e n efecto, "la m e d i d a del t i e m p o p a r a la e x p e r i e n c i a s i m b ó l i c a es el místi
c o N u [instante], d o n d e el s í m b o l o c o b r a el s e n t i d o e n s u o c u l t o y, si p u e d e d e c i r s e así, selváti
c o interior. P o r su parte, la alegoría n o está libre d e u n a c o r r e s p o n d i e n t e dialéctica, y e s a c o n
t e m p l a t i v a serenidad, c o n la cual se a b i s m a e n el precipicio q u e se a b r e entre el e n t e f i g u r a d o y
la significación, n a d a tiene d e la d e s i n t e r e s a d a suficiencia q u e se p r e s e n t a e n la intención, a p a
r e n t e m e n t e afín, del s i g n o " [1,342]. L a diferencia entre el s í m b o l o y la alegoría q u e d a así r e m i
tida a la d e t e r m i n a c i ó n histórica e n la q u e se constituiría la s e g u n d a , frente al carácter i n t e m
poral del primero22.

L A " H I S T O R I A N A T U R A L "
C O M O F A C I E S H I P P O C R A T I C A

E s a particular "dialéctica" d e la alegoría se n o s o f r e c e f i n a l m e n t e c o m o u n a "dialéctica

d e la historia natural" q u e es t a m b i é n la "protohistoria del significado o d e la intención". E s así
c o m o B e n j a m i n f o r m u l a e n p o c a s p a l a b r a s la c l a v e d e la q u e fue s u " d o c t r i n a " d e la historia
c o m o naturaleza, el p u n t o e n el q u e c o n f l u y e c o n sus ideas a c e r c a del l e n g u a j e y d o n d e se
d e t e r m i n a la e s e n c i a d e lo a l e g ó r i c o c o m o " e x p r e s i ó n " : " e n tanto q u e e n el s í m b o l o , c o n la
transfiguración d e la ruina, el s e m b l a n t e t r a n s f i g u r a d o d e la n a t u r a l e z a se m a n i f i e s t a fugitiva
m e n t e a la luz d e la r e d e n c i ó n , e n la alegoría se v e el o b s e r v a d o r c o n f r o n t a d o c o n la f a c i e s hip-
p o c r a t i c a d e la historia c o m o u n paisaje p r i m o r d i a l petrificado. T o d o a q u e l l o q u e h a h a b i d o e n
la historia, d e s d e u n principio, d e i n t e m p e s t i v o , d o l o r o s o , fallido, q u e d a e x p r e s a d o e n u n rostro
- o m á s b i e n e n u n a c a b e z a d e m u e r t o " [1,343]. D e tal m a n e r a se d e l i m i t a el f u n d a m e n t o d e la
" c o n t e m p l a c i ó n a l e g ó r i c a " y del b a r r o c o e n general, q u e se c e n t r a e n "la e x p o s i c i ó n secular d e
la historia c o m o historia d e la p a s i ó n del m u n d o " , d o n d e " s ó l o s o n significativas las e s t a c i o n e s
d e su ruina". E n efecto, "tanto significado h a b r á c u a n t o m o r t a l d e s m o r o n a m i e n t o , p u e s t o q u e
e s la m u e r t e la q u e g r a b a c o n la m á x i m a p r o f u n d i d a d la d e n t a d a línea d e d e m a r c a c i ó n entre
p h y s i s y significado". " M u e r t e y significado", p o r tanto, " m a d u r a n e n el d e s p l i e g u e histórico,
al igual q u e se hallan e s t r e c h a m e n t e e n g r a n a d o s , c o m o g é r m e n e s , e n el e s t a d o d e p e c a d o d e la

1 2 9
 criatura" [1,343]. A p e n a s p u e d e ser f o r m u l a d o c o n m a y o r claridad el v í n c u l o q u e B e n j a m i n
trata d e e s t a b l e c e r entre la " s i g n i f i c a c i ó n " y la " r e d e n c i ó n " . C o n c e b i d a la historia c o m o el
á m b i t o d e la "criatura" natural e n e s t a d o d e p e c a m i n o s i d a d c o n s u m a d a , q u e d a r á i g u a l m e n t e
d e t e r m i n a d a su m u e r t e c o m o el sello q u e inscribe y. se diría, certifica su t r a n s f o r m a c i ó n e n
lenguaje, d o t á n d o l a d e este m o d o del ú n i c o s e n t i d o q u e la h a c e susceptible d e ser " r e d i m i d a " :
e n virtud p r e c i s a m e n t e d e la c o n t e m p l a c i ó n alegórica''.
L a r e p r e s e n t a c i ó n a l e g ó r i c a o b e d e c e , p o r tanto, a u n a suerte d e i n t e n c i ó n " r e d e n t o r a " e n
virtud d e la cual se aspira a rescatar a las "criaturas" d e su a c i a g o destino, histórico y natural a
u n t i e m p o . E s t a s ideas arrojan n u e v a luz s o b r e la p e r s p e c t i v a q u e tiende a c o n s i d e r a r la a l e g o
ría e n singular relación c o n el mito, d e c u y o u n i v e r s o se nutriría. P u e s la f o r m a a l e g ó r i c a n o
seria, e n efecto, sino "la historia d e la n a t u r a l e z a significante", c u y a v e r s i ó n clásica p o d e m o s
hallar e n la p o e s í a épica. A m b o s m o m e n t o s t e n d i e r o n a a p a r e c e r r e u n i d o s e n el r o m a n t i c i s m o ,
" y es así c o m o S c h e l l i n g f o r m u l ó el p r o g r a m a d e la interpretación a l e g ó r i c a del e p o s e n el
c é l e b r e dictunr. la O d i s e a es la historia del espíritu h u m a n o , la ll i a d a es la historia d e la n a t u
raleza" [1,344].
D e e s e m o d o , la historia h a c e su a p a r i c i ó n e n el e s c e n a r i o del T r a u e r s p i e l b a j o la f o r m a
d e "escritura", es decir, c o m o u n a inscripción g r a b a d a " e n la faz d e la naturaleza". P e r o lo
cierto es q u e el ú n i c o l e n g u a j e e n el q u e r e a l m e n t e p o d r í a n confluir la historia y la naturaleza,
y a c a s o hasta e n t e n d e r s e , sería a q u e l e n el q u e se diese e x p r e s i ó n a su c o m ú n , esencial y defi
nitiva transitoriedad. " L a f i s o n o m í a a l e g ó r i c a d e la historia natural", s u g i e r e B e n j a m i n , " s e
h a c e e f e c t i v a m e n t e p r e s e n t e c o m o r u i n a " [1,353]. Así, la e x p r e s i ó n a l e g ó r i c a " s e r e c o n o c e m á s
allá d e la belleza", m á s allá d e la a r m o n í a . P u e s t o q u e "las alegorías s o n e n el reino del p e n s a
m i e n t o lo q u e las ruinas e n el reino d e las cosas. Ello e x p l i c a el culto del b a r r o c o a las r u i n a s "
[1,354], P a r e c e c o m o si la v i v a c o n c i e n c i a d e lo transitorio se c o r r e s p o n d i e s e e n el m u n d o
b a r r o c o c o n la b ú s q u e d a d e la e t e r n i d a d b a j o la figura d e lo a r r u i n a d o p o r el t i e m p o [1.397]. N o
h a y d u d a , p o r tanto, al respecto: la e n t e r a v i d a d e la "criatura" e n el c u l p a b l e m a r c o d e la "his
toria natural" es así c o n c e b i d a c o m o u n d o l o r o s o itinerario j a l o n a d o p o r catástrofes, " c o m o el
s u c e d e r s e d e u n a i r r e s i s t i b l e d e c a d e n c i a " [ 1 , 3 5 3 ).
L a c o n c l u s i ó n q u e p a r e c e d e s p r e n d e r s e d e s e m e j a n t e s c o n s i d e r a c i o n e s p u e d e q u e d a r
a n t i c i p a d a c o m o sigue: la estructura esencial d e la e x p r e s i ó n p r o p i a d e la alegoría n o se c o m
p r e n d e sino e n u n a p e r s p e c t i v a d e o r d e n teológico, y a q u e religioso es s u " c o n t e n i d o d e v e r
d a d " : " p u e s u n a c o m p r e n s i ó n crítica del T r a u e r s p i e l e n su f o r m a e x t r e m a , alegórica, n o es
posible sino a partir del m á s e l e v a d o d o m i n i o d e la teología, e n tanto q u e e n la c o n t e m p l a c i ó n
p u r a m e n t e estética será la p a r a d o j a la q u e p o r n e c e s i d a d t e n d r á la ú l t i m a palabra". A h o r a bien,
a ñ a d e a c o n t i n u a c i ó n , " u n a tal r e s o l u c i ó n , al igual q u e la r e s o l u c i ó n d e c u a l q u i e r o b j e t o p r o f a
n o e n el á m b i t o d e lo s a g r a d o , sólo p u e d e ser llevada a c a b o h i s t ó r i c a m e n t e , e n t é r m i n o s d e
u n a teología d e la historia, y sólo d i n á m i c a m e n t e , n o e s t á t i c a m e n t e , e n el s e n t i d o d e u n a g a r a n
tizada e c o n o m í a d e la s a l v a c i ó n " [1.390]. L a p e r s p e c t i v a d e la teología se manifiesta, e n c o n s e
c u e n c i a , c o m o el ú n i c o á m b i t o e n el q u e n o s es d a d o c o n c e b i r , m á s allá d e la " c o n t e m p l a c i ó n
estética", u n a r e s o l u c i ó n d e las p a r a d o j a s a q u e d a lugar la r e c í p r o c a i m b r i c a c i ó n d e historia y
naturaleza. Y a q u e n a d a h a b r í a m á s o p u e s t o a la p r e s u n t a "totalidad o r g á n i c a " del " s í m b o l o
artístico" q u e " e s e a m o r f o f r a g m e n t o " q u e se o f r e c e c o m o i m a g e n e n la escritura alegórica.
É s t a se m o s t r a r á e n t o n c e s c o m o u n "torso", c o m o u n a " r u n a " c u y a " b e l l e z a s i m b ó l i c a se d e s
v a n e c e c u a n d o la luz d i v i n a v i e n e a informarla", e n tanto q u e "la falsa a p a r i e n c i a d e totalidad
se e x t i n g u e " [1,352). E n su c a l i d a d d e "torso", la figura d e la alegoría se d e f i n e s i e m p r e p o r lo
q u e le falta, p o r e s o m i s m o a lo q u e tan d r a m á t i c a m e n t e apela24.

1 3 0
 E n este c o n t e x t o , B e n j a m i n se d i s p o n e a r o m p e r u n a l a n z a e n f a v o r d e la esencial a m b i
g ü e d a d , p u e s t o q u e n o paradoja, d e la o r i e n t a c i ó n a l e g ó r i c a h a c i a la c o m p o s i c i ó n d e lo i n o r g á
n i c o a la luz d e la teología. P o r esta r a z ó n r e p r o c h a a H e r m a n n C o h e n , y a los n e o k a n t i a n o s e n
ge neral, la falta d e p e r s p i c a c i a dialéctica q u e se revelaría e n su interpretación d e la alegoría
b a r r o c a c o m o u n a s i m p l e " m u l t i p l i c a c i ó n " e x t r a v a g a n t e d e significados, sin m á s s e n t i d o q u e el
p u r o ejercicio retórico; q u i e n así piensa, sentencia, " n o es c a p a z d e c o n c e b i r la síntesis q u e e n
la escritura a l e g ó r i c a resulta d e la l u c h a entre la i n t e n c i ón teológica y la artística, síntesis q u e
n o se c o m p r e n d e tanto e n el sentido d e u n a p a z c u a n t o d e u n a t r e g u a d e i entre las a c e p c i o n e s
e n conflicto": es decir, c o m o u n a suerte d e p a c t o a m b i g u o y e s e n c i a l m e n t e p r o v i s o r i o entre la
significación s a g r a d a y la p r o f a n a [1,353].

' E S C R I T U R A " J E R O G L I F I C A Y " F R A G M E N T A C I O N "

L a r e p r e s e n t a c i ó n alegórica, B e n j a m i n insiste e n ello, d e b e r í a ser c o m p r e n d i d a c o m o

u n a f o r m a d e "escritura", a u n c u a n d o e n i g m á t i c a . T i e n d e a presentarse c o m o u n " e s q u e m a " ,
esto es, " i m a g e n fija y s i g n o fijante a la v e z " [1,359]. S e trataría d e u n o r d e n s e c u n d a r i o del
lenguaje, q u e se a l i m e n t a d e los significados y a e s t a b l e c i d o s p o r u n o r d e n a m i e n t o anterior.
P e r o la e s p e c i f i c i d a d d e la "escritura" alegórica, e n tanto q u e " i m a g e n " , resulta del c o m p r o m i
s o entre d o s líneas d e orientación paralelas y, sin e m b a r g o , m a n i f i e s t a m e n t e c o n t r a p u e s t a s a la
"escritura" e n general: p o r u n lado, el d o m i n i o del cual extrae a q u e l l o s m a t e r i a l e s q u e aspira a
"fijar" c o m o signos, p o r n o ser la l e n g u a h a b l a d a , n o es otro q u e el del e n t e r o u n i v e r s o , el "len
g u a j e d e t o d a s las c o s a s sin e x c e p c i ó n " . P o r otro lado, el c o n t e n i d o q u e e n la e x p r e s i ó n a l e g ó
rica se les a t r i b u y e p e r t e n e c e f i n a l m e n t e , s e g ú n es n o r m a e n las e x é g e s i s b e n j a m i n i a n a s , al
á m b i t o d e la e x p e r i e n c i a religiosa del m u n d o .
L a alegoría sirve al ideal b a r r o c o del c o n o c i m i e n t o : el " a l m a c e n a j e " . A l m a c e n a objetos
y c o m p o n e c o n ellos u n a figura: e n tanto q u e "escritura", tiende m á s b i e n a c o n f o r m a r s e c o n
s u carácter d e a p a r i e n c i a c o m o " i m a g e n " visual, sugiere B e n j a m i n , a la m a n e r a d e la escritura
pictográfica d e los c h i n o s [1,360]. P o r t o d o ello, e n s u m a , la estructura d e la alegoría se deter
m i n a c o m o la p r o p i a d e u n "jeroglífico". E s j u s t a m e n t e e n esta clase d e figuras, h a c i a las q u e
la e r a b a r r o c a m o s t r ó e n e f e c t o u n a peculiar predilección, d o n d e B e n j a m i n r e c o n o c e los oríge
n e s d e la m o d e r n a alegoría. S i g u i e n d o las o b s e r v a c i o n e s d e K a r l G i e h l o w al respecto, los
r e m i t e a las i m á g e n e s jeroglíficas d e los eruditos h u m a n i s t a s , a los rebus, e m b l e m a s , e i m p r e s a
q u e tanto llegaron a proliferar e n la cultura del r e n a c i m i e n t o tardío. P u e s t o q u e e n aquellas
r e p r e s e n t a c i o n e s a p a r e c í a n los o b j e t o s naturales c o m o v e h í c u l o s p o r t a d o r e s d e significados
ocultos, a los q u e f r e c u e n t e m e n t e se atribuía u n carácter d i v i n o [1,344s].
P e r o es t a m b i é n e n este c o n t e x t o d o n d e p o d e m o s hallar el f u n d a m e n t o del a m b i g u o
d e s t i n o q u e p a d e c e la f o r m a d e e x p r e s i ó n alegórica. E s e d e s t i n o se p e r c i b e c o n bastante clari
d a d e n el p a s a j e q u e B e n j a m i n c o n s a g r a a la f o r m u l a c i ó n d e lo q u e d e n o m i n a s u s " a n t i n o
m i a s " , d o n d e q u e d a el a s u n t o p l a n t e a d o e n los siguientes t é r m i n o s : " c u a l q u i e r p e r s o n a , cual
q u i e r objeto, c u a l q u i e r relación p u e d e significar c u a l q u i e r a otra cosa. E s t a posibilidad p r o n u n
cia u n juicio aniquilador, p e r o justo, s o b r e el m u n d o p r o f a n o : es c a r a c t e r i z a d o c o m o u n m u n d o
p a r a el cual el detalle n o resulta d e m a s i a d o i m p o r t a n t e " [1,350]. E n efecto, p r o s i g u e , " t o d o s los

1 3 1
 a c c e s o r i o s d e la significación a d q u i e r e n , e n virtud j u s t a m e n t e d e s u r e m i s i ó n a otro, u n p o d e r
q u e los h a c e a p a r e c e r c o m o i n c o n m e n s u r a b l e s c o n las c o s a s p r o f a n a s , q u e los alza h a s t a u n
p l a n o m á s e l e v a d o , e i n c l u s o p u e d e santificarlos. Y a q u e e n la c o n t e m p l a c i ó n a l e g ó r i c a el
m u n d o p r o f a n o es tanto r e a l z a d o c o m o d e v a l u a d o " [1,351]. L o s e l e m e n t o s d e la i m a g e n a l e g ó
rica transfiguran el m u n d o p o r m e d i o d e su p r e s e n t a c i ó n c o m o escritura, c o m o u n m u n d o d e
p u r o s significados: d e tal m a n e r a , las c o s a s q u e d a n sacralizadas e n el m o m e n t o m i s m o e n q u e
m u e r e n c o m o tales p a r a p a s a r a convertirse e n signos. T a l sería el e s q u e m a d e la " a p o t e o s i s "
alegórica, q u e s i e m p r e h a b r á d e llevar "el sello d e lo d e m a s i a d o terrenal" [1,356]. S e tiende a
r e e m p l a z a r el auténtico " m i s t e r i o " religioso p o r "lo e n i g m á t i c o y lo e s c o n d i d o " [1,356], q u e se
i m a g i n a c o n los ú n i c o s m a t e r i a l e s disponibles: los del m u n d o p r o f a n o mistificado.
B e n j a m i n f o r m u l a así m i s m o el "correlato f o r m a l " d e e s a "dialéctica religiosa". E n este
caso, d e lo q u e se trata es d e u n a dialéctica entre " e x p r e s i ó n " y " c o n v e n c i ó n " : " p u e s la a l e g o
ría es a m b a s cosas: c o n v e n c i ó n y e x p r e s i ó n ; y a m b a s s o n í n t i m a m e n t e contradictorias". E n
efecto, escribe, " d e la m i s m a m a n e r a q u e la d o c t r i n a b a r r o c a c o n c i b e la historia e n g e n e r a l
c o m o u n a c o n t e c e r c r e a d o , a la alegoría e n particular, a u n c u a n d o p r o d u c t o d e u n a c o n v e n c i ó n
al igual q u e t o d a clase d e escritura, se la c o n s i d e r a c o m o creada, c o m o la escritura sagrada. L a
alegoría del siglo X V 1 1 n o es c o n v e n c i ó n d e la e x p r e s i ó n , sino e x p r e s i ó n d e la c o n v e n c i ó n . Y ,
c o n ello, e x p r e s i ó n d e la autoridad, secreta e n virtud d e la d i g n i d a d d e su origen, p ú b l i c a s e g ú n
el a l c a n c e d e su v i g e n c i a " [1,351]. S e h a c e m a n i f i e s t o el a s p e c t o " n o p o l é m i c o " d e la c o n c e p
c i ó n d e la historia c o m o naturaleza. Y e n v e r d a d q u e B e n j a m i n n o p a r e c e c o n f o r m a r s e c o n
h a c e r l a valer tan sólo d e n t r o d e los límites del m u n d o barroco. E n realidad, a ñ a d e , e s a dialécti
c a d e la alegoría " y a c e e n la e s e n c i a d e la escritura m i s m a " , p u e s "la s a n t i d a d d e la escritura es
i n s e p a r a b l e d e la i d e a d e s u estricta c o d i f i c a c i ó n " , al t i e m p o q u e la n e c e s i d a d d e p r e s e r v a r s u
carácter sacral entra e n conflicto c o n la e x i g e n c i a d e " c o m p r e n s i b i l i d a d p r o f a n a " , d e tal m o d o
q u e a q u é l l a m o s t r a r á s i e m p r e u n a inclinación h a c i a los " c o m p l e j o s " d e signos, es decir, h a c i a
la f o r m a del jeroglífico [1,351].
N o s o l a m e n t e existe u n a b i s m o entre la figura a l e g ó r i c a y su significación e n el o r d e n
d e lo s a g r a d o . E n s u c a l i d a d d e escritura cifrada, tiende p o r n e c e s i d a d a excluir c u a l q u i e r lazo
d e o r d e n o r g á n i c o entre sus distintos e l e m e n t o s . E s t o s f o r m a n u n a totalidad s ó l o e n c u a n t o se
r e m i t e n , s u m i s o s , a u n a significación q u e les trasciende, q u e les es exterior y m u y lejana. E n el
interior d e la o b r a a l e g ó r i c a reina i g u a l m e n t e la d i s c o n t i n u i d a d : las suturas s o n groseras, v i o
lentas, c u a n d o n o siniestras: p u e s t o q u e los objetos se p r e s e n t a n m á s b i e n c o m o u n a c o l e c c i ó n
arbitraria d e m i e m b r o s a m p u t a d o s d e diferentes c u e r p o s . D e este m o d o , el principio q u e los
r e ú n e n o p u e d e ser otro q u e el d e la " f r a g m e n t a c i ó n " [1,361]: su e s q u e m a es el d e la " d i s p e r
sión y r e c o l e c c i ó n " posterior d e los o b j e t o s [1,364]. E s habitual e n la literatura barroca, o b s e r
v a B e n j a m i n , el r e c u r s o al " a m o n t o n a m i e n t o i n c e s a n t e d e f r a g m e n t o s " sin u n a finalidad m a n i
fiesta, o "la r e p e t i c i ó n d e e s t e r e o t i p o s " c o m o p r o c e d i m i e n t o d e i n t e n s i f i c a c i ó n e x p r e s i v a
[1,354]. S e p e r s i g u e d e este m o d o el m i l a g r o , la o b t e n c i ó n del sentido a partir d e la a c u m u l a
c i ó n d e d e t a l l e s q u e n o s e s o s t i e n e n p o r sí, p e r o t a m b i é n s e p e r c i b e c l a r a m e n t e s u artificio. S i
los distintos e l e m e n t o s del m u n d o s o n s o m e t i d o s a u n p r o c e s o d e " p e r s o n i f i c a c i ó n " alegórica,
ello sirve ú n i c a m e n t e al fin d e "privar d e su a l m a " a las c o s a s y conferirles, d e esta m a n e r a , u n
a s p e c t o m á s " i m p o n e n t e " [1,363], j u s t a m e n t e c o m o f r a g m e n t o s d e u n a totalidad d e u n o r d e n
superior.
S e trata d e u n a f o r m a d e p r o c e d e r e x t r e m a d a m e n t e a m b i g u a , d o n d e p o r cierto se r e c o
n o c e u n a i n t e n c i ó n sacralizadora, p e r o q u e se h a c e a c o m p a ñ a r d e u n a s i m u l t á n e a v o l u n t a d d e
" s e c u l a r i z a c i ó n " e n v i r t u d d e la c u a l p r e c i s a m e n t e se c u m p l e aquélla. " 1 n c l u s o la historia

1 3 2
 s a g r a d a " , casi e x c l a m a B e n j a m i n , "tenía q u e afrontar e n a m p l i a m e d i d a la t r a n s p o s i c i ó n d e la
historia e n naturaleza". E n efecto, "el m í s t i c o n u se c o n v i e r t e e n el a h o r a d e la c o n t e m p o r á n e a
actualidad; lo s i m b ó l i c o se distorsiona e n lo a l e g ó r i c o " [1,358]; la e t e r n i d a d d e los a c o n t e c i
m i e n t o s s a g r a d o s c e d e s u p u e s t o al r i t m o f u g a z d e la "criatura" viviente histórico-natural. E s
así c ó m o , al hilo d e tales c o n s i d e r a c i o n e s , B e n j a m i n f o r m u l a u n a d e las m á s f e c u n d a s ideas d e
entre las m u c h a s q u e p u d o c o n s e r v a r , a la postre, c u a n d o s u c o n c e p c i ó n d e la historia y d e la
e x p e r i e n c i a estética c o r r e s p o n d i e n t e f u e s e c o n m o v i d a p o r s u s n u e v a s c o n v i c c i o n e s " m a t e r i a
listas". E n r a z ó n d e s u d e p e n d e n c i a r e s p e c t o d e la actualidad, la e x p r e s i ó n a l e g ó r i c a tiene q u e
" d e s p l e g a r s e c o n s t a n t e m e n t e e n f o r m a s n u e v a s y s o r p r e n d e n t e s " . D e tal m o d o , s u g i e r e
B e n j a m i n , "las alegorías e n v e j e c e n p o r q u e el e l e m e n t o d e c h o q u e f o r m a parte d e su esencia.
A s í c o m o el o b j e t o se h a c e a l e g ó r i c o b a j o la m i r a d a d e la m e l a n c o l í a , q u e h a c e salir la v i d a d e
él, y q u e d a c o m o m u e r t o , p e r o t a m b i é n a s e g u r a d o e n la eternidad, así e s c ó m o q u e d a e x p u e s t o
a n t e el alegorista, al q u e se r e m i t e p a r a b i e n y p a r a m a l " . P e r o " e s t o es lo m i s m o q u e decir q u e
a partir d e e s e m o m e n t o es p o r c o m p l e t o i n c a p a z d e irradiar s e n t i d o o significado a l g u n o p o r sí
m i s m o ; a s u m e c o m o significado a q u e l q u e le o t o r g a el alegorista" [1,359]. E l o b j e t o q u e d a
e n t e r a m e n t e s o m e t i d o a su arbitrio, p e r o "la v o l u p t u o s i d a d c o n la q u e d o m i n a la significación
c o m o u n triste s u l t á n e n el h a r é n d e los o b j e t o s " c o n f i e r e a la n a t u r a l e z a " u n a e x p r e s i ó n
i n c o m p a r a b l e " , s e m e j a n t e , al parecer, a la d e u n a criatura e n el trance d e ser v u l n e r a d a p o r s u
señor: " e n efecto, es p r o p i o del s á d i c o e n v i l e c e r su o b j e t o y c o n ello -o m e r c e d a ello- darle
satisfacción" [1,360]. L a actitud del alegorista se a s e m e j a p o r tanto a la d e s u p r e m a a u t o r i d a d
ante la q u e desfilan las criaturas q u e h a b r á n d e ser " d e s n u d a d a s " [1,361], h u m i l l a d a s , j u z g a d a s
y r e d i m i d a s a u n tiempo25.

" 1 M A G E N " , A L E G O R I A Y L E N G U A J E

L a peculiar o r i e n t a c i ó n del T r a u e r s p i e l h a c i a la r e p r e s e n t a c i ó n a l e g ó r i c a se h a c e m a n i
fiesta c o n la m a y o r a c u i d a d , s e g ú n s u g i e r e B e n j a m i n , e n ciertos m o m e n t o s e n los q u e la a c c i ó n
d r a m á t i c a q u e d a i n t e r r u m p i d a . S e refiere a la p r e s e n c i a d e r e c u r s o s t é c n i c o s tales c o m o el c o r o
y el interludio. L o q u e e n a m b o s c a s o s se p e r s i g u e n o es otra c o s a q u e la i n t r o d u c c i ó n d e u n a
p a u s a e n la r e p r e s e n t a c i ó n p a r a o f r e c e r así, e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n s u s intereses didácticos,
u n a suerte d e ilustración explicativa del s e n t i d o e n c e r r a d o p o r la c o m p l e j a t r a m a d e a c o n t e c i
m i e n t o s q u e se s u c e d e n s o b r e el e s c e n a r i o . U n a v e z m á s a p e l a B e n j a m i n a s u e s t i m a d o
N o v a l i s , del q u e cita las siguientes frases: "las e s c e n a s p r o p i a m e n t e visuales s o n las ú n i c a s q u e
p e r t e n e c e n al teatro. L o s p e r s o n a j e s alegóricos, los ú n i c o s q u e atisba la m a y o r í a . L o s n i ñ o s s o n
e s p e r a n z a s , las d o n c e l l a s s o n a n h e l o s y r u e g o s " . Y e n s e g u i d a apostilla: "ello a d v i e r t e c o n
s u m a inteligencia s o b r e la c o n e x i ó n d e la auténtica p u e s t a e n e s c e n a c o n la a l e g o r í a " [1,367].
E n la m e d i d a e n q u e la r e p r e s e n t a c i ó n teatral c o n v i e r t e u n texto escrito e n u n e s p e c t á c u l o
visual, la e x p r e s i ó n a l e g ó r i c a p u d o e n e f e c t o h a b e r e n c o n t r a d o e n ella u n m e d i o i d ó n e o p a r a
d e s p l e g a r s e , s e g ú n c o n v i e n e a s u c o n d i c i ó n jeroglífica, c o m o u n a escritura e n f o r m a d e " i m a
g e n " . N o s ó l o las e n c a r n a c i o n e s d e los c o n c e p t o s m o r a l e s , sino q u e , " d e h e c h o , p r á c t i c a m e n t e
c u a l q u i e r p e r s o n a j e característico p u e d e ser e n r o l a d o e n la i m a g e n viviente d e u n a a p o t e o s i s
a l e g ó r i c a " [1,367]. E n la m i s m a d i r e c c i ó n a p u n t a n sus c o n s i d e r a c i o n e s a p r o p ó s i t o del coro.

1 3 3
É s t e s e c o n t r a p o n e a la a c c i ó n d r a m á t i c a c o m o u n m u n d o s e p a r a d o q u e B e n j a m i n , e n a p l i c a
c i ó n d e las i d e a s q u e h a b í a d e s a r r o l l a d o e n t o r n o a C a l d e r ó n , i d e n t i f i c a c o m o " e l m u n d o d e l
s u e ñ o y l o s s i g n i f i c a d o s " [1,368]. E l c o r o t i e n d e a a s u m i r , c o m o s u c e d e e n G r y p h i u s y e n
H a l l m a n n , la f u n c i ó n d e l a u g u r q u e v a t i c i n a la c a t á s t r o f e q u e p r o n t o s a c u d i r á la e s c e n a [1,368].
O t r a s v e c e s s o n " f a n t a s m a s " q u i e n e s d e s e m p e ñ a n e s t e p a p e l e n el i n t e r i o r d e la p r o p i a a c c i ó n .
P o r e s o p u e d e d e c i r s e q u e , si a p a r e c e n e s p e c t r o s , n o s e trata d e p e r s o n a s m u e r t a s , s i n o m á s
b i e n d e o t r a s t a n t a s e n c a r n a c i o n e s d e la m u e r t e [1,370].
P e r o el b u e n l e c t o r n o h a b r á d e j a d o d e p r e s e n t i r la p e r s p e c t i v a q u e d e r i v a d e tales d u a l i
d a d e s e s c e n o g r á f i c a s : e n e f e c t o , el e s c e n a r i o r e p r e s e n t a el u n i v e r s o d e la " c r i a t u r a " , y las inte
r r u p c i o n e s q u e j a l o n a n la serie d e los a c o n t e c i m i e n t o s d r a m á t i c o s sirve, a n t e t o d o , p r e c i s a m e n
te p a r a c o n f i r m a r l o c o m o a l e g o r í a . E l d i s c u r r i r t e m p o r a l t i e n d e a q u e d a r c o m o c o n t r a í d o e n
u n a s o l a i m a g e n d e c o n t e n i d o s d i v e r s o s p e r o s i m u l t á n e o s : " p u e s c u a n d o s e trata d e la p r e s e n t i -
z a c i ó n d e l t i e m p o e n el e s p a c i o - ¿ y q u é o t r a c o s a e s s u s e c u l a r i z a c i ó n s i n o s u t r a n s f o r m a c i ó n
e n e s t r i cto p r e s e n t e ? - , el p r o c e d e r f u n d a m e n t a l e s la s i m u l t a n e i z a c i ó n d e l a c o n t e c e r " [1,370]. O
d i c h o d e o t r o m o d o : s u t r a n s f o r m a c i ó n e n e s p a c i o , e n " i m a g e n " . L a t r a m a d r a m á t i c a s e v a
h a c i e n d o t a n c o m p l e j a , i n s i n ú a B e n j a m i n , c o m o si e n e f e c t o d e b i e s e s u u r d i m b r e , o m á s b i e n
s u o r q u e s t a c i ó n , al i n t r i g a n t e ( a n t e s f u e d e n o m i n a d o " p r e c u r s o r d e l c o r e ó g r a f o " , d e s p u é s lo
e n s a l z a r á c o m o " s e ñ o r d e los s i g n i f i c a d o s " [1,383]). E l s e n t i d o d e la a c c i ó n " s e h a c e m a n i f i e s
to e n u n a c o m p l i c a d a c o n f i g u r a c i ó n , c o m o e n las letras d e u n m o n o g r a m a " [1,371]. O b i e n
c o m o e n u n a d e a q u e l l a s m á x i m a s q u e a v e c e s a c o m p a ñ a b a n al título d e la o b r a , d a n d o a s í a
e n t e n d e r j u s t a m e n t e s u s i g n i f i c a c i ó n e n c u a n t o q u e a l e g o r í a . S e r í a e n t o n c e s , s e g ú n e s c r i b e
B e n j a m i n , " u n d e s t e l l o d e s l u m b r a n t e e n la t i n i e b l a d e la m a r a ñ a a l e g ó r i c a " , q u e h a r í a d e la
s e n t e n c i a u n a f i g u r a " c o m p a r a b l e al letrero", a u n t i e m p o i m a g e n y e s c r i t u r a [1,373].
B e n j a m i n c o n f r o n t a e s t a s i d e a s c o n a l g u n a s d o c t r i n a s b a r r o c a s a c e r c a d e l l e n g u a j e . A l
i g u a l q u e la e x p r e s i ó n a l e g ó r i c a s e p r e s e n t a b a c o m o u n a f o r m a f r a g m e n t a r i a d e " e s c r i t u r a " , a s í
m i s m o la e s c r i t u r a d e b e r á s e r c o n c e b i d a c o m o u n f r a g m e n t o . P e r o lo q u e a B e n j a m i n le i n t e r e
s a p o n e r d e r e l i e v e e n la v i s i ó n b a r r o c a d e l u n i v e r s o l i n g ü í s t i c o , y e l l o t a n t o e n s u a s p e c t o
e s p e c u l a t i v o c o m o e n los u s o s literarios, e s a n t e t o d o el p r e d o m i n i o d e u n a b á s i c a a c t i t u d d e
m e n o s p r e c i o r e s p e c t o d e s u f u n c i ó n i n s t r u m e n t a l . S u v a l o r e n t a n t o q u e v e h í c u l o d e c o n o c i
m i e n t o y d e c o m u n i c a c i ó n , s u p e r v e r s i ó n c o m o m e r o o b j e t o d e i n t e r c a m b i o , t o d o e l l o e r a e n el
b a r r o c o n o t a b l e m e n t e r e l a t i v i z a d o e n f a v o r d e u n a t e o r í a " m i m é t i c a " , n a t u r a l i s t a , e n la q u e el
l e n g u a j e a p a r e c e c o m o f e t i c h i z a d o , t r a n s f i g u r a d o e n e t e r n o e s c e n a r i o d e la c r e a c i ó n , d o n d e ,
p o r a s í d e c i r , t o d a p a l a b r a sería p a l a b r a m á g i c a . B e n j a m i n s e r e m i t e a las c o n c e p c i o n e s d e
a u t o r e s c o m o S c a l i g e r o , B u c h n e r , O p i t z o, m u y p a r t i c u l a r m e n t e , J a k o b B o h m e [ 1 , 3 7 8 s ] . E n
t o d o s e l los d e s c u b r e u n a c l a r a i n c l i n a c i ó n a p o n e r el a c e n t o e n el a s p e c t o p h y s e i d e l l e n g u a j e ,
e n d e t r i m e n t o d e s u c u a l i d a d d e thései. E s t o significa, d e s d e l u e g o , q u e s u v i s i ó n d e l l e n g u a j e
p r e s u p o n í a la e x i s t e n c i a d e u n a u o t r a f o r m a d e c o n t i n u i d a d p r e c o n c e p t u a l , m á g i c a , d e u n v í n
c u l o p r o f u n d o q u e h u n d i r í a s u s r a í c e s e n la n a t u r a l e z a . E n el c a s o d e B ó h m e , d i c h o v í n c u l o
a s u m í a la f i g u r a p r o p i a d e u n a t e o r í a " s e n s u a l i s t a " e n la q u e p r i m a b a el o r i g i n a r i o c a r á c t e r d e
los e l e m e n t o s físicos d e la l e n g u a , la m a t e r i a l i d a d d e la p a l a b r a h a b l a d a , s o b r e la v e r t i e n t e s i m
b ó l i c a r e p r e s e n t a d a p o r la escritura. B e n j a m i n e v o c a la " e t e r n a R e s o n a n c i a " d e la " V o z " d i v i
n a , q u e a r m o n i z a r í a , s e g ú n B ó h m e . la t o t a l i d a d d e l o s s o n i d o s e n t o n a d o s p o r el a b i g a r r a d o
c o r o d e la C r e a c i ó n [1,377]. A s í , "el l e n g u a j e d e la c r i a t u r a e s d e s c r i t o d e m a n e r a n a t u r a l i s t a
c o m o u n a c o n f i g u r a c i ó n o n o m a t o p é y i c a " [1,379]. A h o r a b i e n , u n a v e z h a s i d o p o s t u l a d o el
c a r á c t e r n a t u r a l d e l l e n g u a j e , n o e s difícil a s u m i r t a m b i é n el c o r r e l a t i v o c a r á c t e r l i n g ü í s t i c o d e
la n a t u r a l e z a . D e tal m o d o , si e s ella e n v e r d a d la q u e s e e x p r e s a e n las p a l a b r a s , n o s e r á m e n o s

1 3 4
 cierto q u e es el espíritu el q u e se revela a través d e las cosas: " c a d a c o s a tiene su b o c a p a r a la
r e v e l a c i ó n ; y éste es el l e n g u a j e d e la naturaleza, d o n d e c a d a c o s a h a b l a a partir d e lo q u e le es
p r o p i o y se revela c o n t i n u a m e n t e a sí m i s m a " [1,377].
P e r o e s a c o m u n i d a d mística d e l e n g u a j e y n a t u r a l e z a resulta g e n e r a l m e n t e q u e b r a d a e n
el d r a m a b a r r o c o , d o n d e , c o m o r e c o n o c e B e n j a m i n , "la tensión entre p a l a b r a h a b l a d a y escritu
ra es i n c o n m e n s u r a b l e . P o d r í a decirse q u e la p a l a b r a es el éxtasis d e la criatura, su p u e s t a al
d e s n u d o , su t e m e r i d a d e i m p o t e n c i a ante D i o s ; la escritura es s u r e c o g i m i e n t o , es d i g n i d a d ,
s u p e r i o r i d a d , o m n i p o t e n c i a s o b r e las c o s a s del m u n d o " [1,377). E s t a rígida c o n t r a p o s i c i ó n
entre lo s a c r o y lo p r o f a n o del l e n g u a j e f a v o r e c e j u s t a m e n t e la d i s o l u c i ó n d e sus e l e m e n t o s e n
f r a g m e n t o s aislados: e n los c a s o s m á s e x t r e m o s , " e n los a n a g r a m a s , las frases o n o m a t o p é y i c a s
y m u c h o s otros e j e m p l o s d e v i r t u o s i s m o lingüístico, la palabra, la sílaba y el s o n i d o se e m a n c i
p a n d e c u a l q u i e r v i n c u l a c i ó n a u n s e n t i d o c o n v e n i d o y se v a n a g l o r í a n c o m o c o s a s susceptibles
d e ser e x p l o t a d a s a l e g ó r i c a m e n t e . El l e n g u a j e del b a r r o c o se halla s i e m p r e e s t r e m e c i d o p o r las
r e b e l i o n e s d e s u s e l e m e n t o s " [ 1 , 3 8 1 ). P e r o a s í t a m b i é n , f i n a l m e n t e , " e l l e n g u a j e d i s g r e g a d o e n
s u s f r a g m e n t o s c e s a d e servir a la m e r a c o m u n i c a c i ó n y a d q u i e r e , c o m o u n o b j e t o recién naci
d o , u n a d i g n i d a d j u n t o a l o s d i o s e s , ríos, v i r t u d e s y s i m i l a r e s f o r m a s n a t u r a l e s , d e a s p e c t o iri
s a d o e n lo a l e g ó r i c o " [1,382]. El lenguaje, p o r tanto, p a r e c e convertirse e n c o s a (así c o m o las
c o s a s se t r a n s f o r m a n e n alegorías), p r e s c i n d e d e su potencial significación, e l u d e su virtuali
d a d c o m u n i c a t i v a y la c o m p e n s a p o n i e n d o e n j u e g o d e f o r m a explícita su m á g i c a i n m e d i a t e z .
D e tal m a n e r a , o b s e r v a B e n j a m i n , los s o n i d o s p a r e c e n aspirar a p r o l o n g a r s e e n el e c o , a c o n
vertirse e n m ú s i c a : "la t e n s i ó n fonética e n el l e n g u a j e del siglo X V 1 1 c o n d u c e d i r e c t a m e n t e a la
m ú s i c a e n t a n t o q u e c o n t r a p a r t i d a del d i s c u r s o c a r g a d o d e s e n t i d o " [1.384s). 1 g u a l m e n t e
e m p i e z a n a c o b r a r a u t o n o m í a los e l e m e n t o s plásticos d e la escritura, su c o n f i g u r a c i ó n visual:
e s así c o m o B e n j a m i n interpreta la p r e f e r e n c i a b a r r o c a p o r el v e r s o alejandrino, del q u e s u b r a
y a su " t e n d e n c i a a s i m u l a r la o c u p a c i ó n del e s p a c i o " [1,38()[.
N o s o n difíciles d e percibir las a n a l o g í a s q u e a p r o x i m a n tales i d e a s a la c o n c e p c i ó n
r o m á n t i c a s o b r e el lenguaje. B e n j a m i n h a c e d e J e a n P a u l "el m á s g r a n d e alegorista d e la litera
tura a l e m a n a " ; las v e r s i o n e s d e S ó f o c l e s p o r H ó l d e r l i n presentan, c o m o y a s a b e m o s , el m i s m o
a s p e c t o f r a g m e n t a r i o q u e p r e d o m i n a r í a e n la literatura del b a r r o c o [1.364]. P e r o t o d o ello p a r e
c e prestar a d e m á s u n a p o y o indirecto a la d o c t r i n a b e n j a m i n i a n a d e la p r i o r i d a d del u s o d e n o
m i n a t i v o del lenguaje. E n efecto, el n o m b r e se caracteriza p r e c i s a m e n t e p o r su total d e s v i n c u
lación r e s p e c t o d e los intereses c o m u n i c a t i v o s e n los q u e la criatura h u m a n a trataría d e a c o m o
d a r el l e n g u a j e a s u s p r o p i o s fines subjetivos, abstractos e "intencionales". "Allí d o n d e el s í m
b o l o del h o m b r e se dibuja, la alegoría e m e r g e d e s d e lo p r o f u n d o del ser p a r a interceptar la
i n t e n c i ó n y p r e v a l e c e r s o b r e ella" [1,359]. L a r e p r e s e n t a c i ó n a l e g ó r i c a se manifiesta, p o r tanto,
c o m o la f o r m a q u e m e j o r se c o r r e s p o n d e c o n la i m p e c a b l e " o b j e t i v i d a d " q u e B e n j a m i n atribu
y e al a c t o d e la d e n o m i n a c i ó n . L a " i n t e r c e p c i ó n " d e las " i n t e n c i o n e s " d e v u e l v e al l e n g u a j e s u s
c u a l i d a d e s p r e s u n t a m e n t e originarias, su " m a g i a " primitiva, a ú n n o pervertida p o r el d e s p e r t a r
del juicio y la c o n s i g u i e n t e c a í d a e n la abstracción. P e r o e s a " m a g i a " y a n u n c a m á s p o d r á ser
auténtica, es decir, a u t é n t i c a m e n t e inocente. El f r a g m e n t o a l e g ó r i c o se p r e s e n t a c o m o la f o r m a
del " n o m b r e " p a r a u n c o n t e x t o c u l p a b l e . L a arbitrariedad d e la a l e g o r í a p a r e c e p o n e r s e al ser
vicio d e u n a e x p e r i e n c i a presubjetiva2\

1 3 5
 L A S U B J E T I V I D A D S A T Á N I C A

L a r e m i s i ó n a la idea d e c u l p a n o s sitúa d e n u e v o e n el c e n t r o m i s m o d e la p e r s p e c t i v a
q u e h a b í a m o s a n u n c i a d o : la r e s o l u c i ó n d e las antítesis c o n las q u e n o s h e m o s e n c o n t r a d o
exige, s e g ú n B e n j a m i n , traspasar sin inhibiciones los límites d e la estética y a d e n t r a r s e h a s t a el
n ú c l e o d e los d o m i n i o s d e la teología. L a c u l p a b i l i d a d d e la "criatura" n o a d m i t e " r e d e n c i ó n "
a l g u n a q u e n o la h a g a p a s a r p o r la m u e r t e . E n a u s e n c i a d e la m u e r t e n o h a y , p o r tanto, signifi
c a d o p a r a u n a vida. E n u n a f o r i s m o d e D i r e c c i ó n única, p r o b a b l e m e n t e escrito p o r las m i s m a s
f e c h a s e n q u e se o c u p a b a d e la r e d a c c i ó n d e su libro s o b r e el T r a u e r s p i e l , B e n j a m i n e v o c a b a el
" i n c o m p a r a b l e l e n g u a j e d e la c a b e z a d e m u e r t o : la c a r e n c i a a b s o l u t a d e e x p r e s i ó n -el n e g r o d e
sus c u e n c a s vacías- u n i d a a la e x p r e s i ó n m á s salvaje -el s a r c a s m o d e sus hileras d e d i e n t e s "
[1V, 112]. E n efecto, sostiene, "la a l e g o r i z a c i ó n d e la p h y s i s ú n i c a m e n t e p u e d e i m p o n e r s e c o n
t o d o su v i g o r e n el c a d á v e r " , q u e al fin " d e v i e n e ni m á s ni m e n o s q u e el s u p r e m o a c c e s o r i o
e m b l e m á t i c o . L a s a p o t e o s i s a p e n a s s o n c o n c e b i b l e s sin él" [1,392s]. 1 n d i c a B e n j a m i n q u e la
er a b a r r o c a c o m p a r t e c o n la E d a d M e d i a la i d e a o b s e s i v a del martirio, del " t o r m e n t o d e la
c a r n e " c o m o vía d e c o m b a t e c o n t r a el " p o d e r d e m o n í a c o " d e los a n t i g u o s d i o s e s [1,390s]. L a
purificación d e la "criatura" se c o n c i b e así d e m a n e r a característicamente cristiana, e n la f o r m a
d e u n a " m o r t i f i c a c i ó n " d e t o d o i m p u l s o subjetivo, terrenal y transitorio. E n efecto, el p r o c e d e r
a l e g ó r i c o se h a b r í a d e s p l e g a d o e s e n c i a l m e n t e e n el m a r c o del u n i v e r s o cristiano, " p u e s t o q u e
p a r a el d e s a r r o l l o d e e s t a f o r m a d e p e n s a m i e n t o r e s u l t a b a p o r c o m p l e t o d e c i s i v o el h e c h o d e
q u e n o s ó l o la transitoriedad, s i n o t a m b i é n la c u l p a d e b í a a p a r e c e r s e n s i b l e m e n t e a s e n t a d a
tanto e n el d o m i n i o d e los d i o s e s c o m o e n el d e los c u e r p o s " . Y es p o r esto j u s t a m e n t e p o r lo
q u e s u " e x p r e s i ó n " d e b e ser c o n c e b i d a c o m o la p r o p i a d e u n "torso": "al significante a l e g ó r i c o
le está n e g a d o , e n virtud d e la culpa, hallar e n sí m i s m o el c u m p l i m i e n t o d e su sentido. L a
c u l p a n o h a b i t a sólo e n el c o n t e m p l a d o r a l e g ó r i c o q u e traiciona al m u n d o p o r m o r del saber,
sino t a m b i é n e n el o b j e t o d e su c o n t e m p l a c i ó n " [1,398). E s el p r o p i o B e n j a m i n q u i e n h a c e d e s
c a n s a r e s a d e t e r m i n a c i ó n e n la d o c t r i n a d e la " c a í d a d e la criatura", d e la q u e sale triste, m u d a
y cubierta d e c u l p a la e n t e r a naturaleza.
E s o p o r t u n o r e c o r d a r a h o r a la relación q u e B e n j a m i n h a b í a e s t a b l e c i d o entre la p a r a d o
ja del sacrificio trágico, q u e logra triunfar s o b r e las f u e r z a s d e la n a t u r a l e z a mítica, y la c a r a c
terística a m b i g ü e d a d d e "lo d e m o n í a c o " , q u e p e r m a n e c e r í a s o m e t i d o al destino. S a b e m o s q u e
el c o m p o n e n t e " d e m o n í a c o " d e la tradición p a g a n a p e r d u r ó t á c i t a m e n t e a lo largo d e la E d a d
M e d i a , sin e s p e r a r al R e n a c i m i e n t o . S ó l o q u e los a n t i g u o s d i o s e s e r a n s e c u l a r i z a d o s y repre
s e n t a d o s a l e g ó r i c a m e n t e , e n tanto q u e e x p o n e n t e s d e la " c a r n e " , c o m o "criaturas" [1,399]. E n
estas circunstancias t u v o q u e ser el p r o p i o S a t á n el q u e a s u m i e s e t o d a la r e s p o n s a b i l i d a d d e la
m a l é f i c a e m p r e s a . B e n j a m i n le c o n c e d e el título d e "figura alegórica originaria" [1,401]. E n su
c o n d i c i ó n d e "Anticristo", la i m a g e n d e S a t á n e n t r a ñ a s o b r e t o d o "la c o n c e n t r a c i ó n d e n u m e
r o s o s p o d e r e s p a g a n o s e n u n o solo, r i g u r o s a m e n t e d e f i n i d o e n el p l a n o t e o l ó g i c o " [1,400]. A s í
le f u e p o s i b l e al h o m b r e d e la cristiandad h a b e r frente a las o s c u r a s y p o r tanto a m b i g u a s fuer
z a s d e la naturaleza; a saber, a n u d a n d o d e m a n e r a inextricable "lo material y lo d e m o n í a c o " .
B e n j a m i n a l u d e a la n o t a b l e d o c t r i n a g n ó s t i c o - m a n i q u e a d e la "destartarización" del m u n d o ,
c u y a esfera material h a b r í a sido c r e a d a c o n el ú n i c o fin d e a b s o r b e r el m a l , es decir, b a j o la
d e t e r m i n a c i ó n d e " a s u m i r e n s í l o d i a b ó l i c o " [ 1 , 4 0 1 ]. L a m a t e r i a r e s u l t a í n t e g r a m e n t e d e m o n i

1 3 6
 zada. D e s d e el p u n t o d e vista d e la criatura alegórica, la " m u d e z " d e la n a t u r a l e z a q u e d a r á
f i n a l m e n t e rota, p e r o sólo, s u g i e r e B e n j a m i n , p o r "la c a r c a j a d a del infierno", la e s p e l u z n a n t e
risa d e S a t á n , q u e se b u r l a del pírrico triunfo del h o m b r e d e espíritu s o b r e la triste m a t e r i a
[1,401].
A c a s o estas ideas m e r e z c a n ser e x p u e s t a s y c o m e n t a d a s c o n u n p o c o m á s d e detalle,
a u n c u a n d o n o f u e r a s i n o e n a t e n c i ó n a la g r a n i m p o r t a n c i a q u e el p r o p i o B e n j a m i n les h a b r í a
d e c o n c e d e r a ñ o s m á s tarde, c o n o c a s i ó n d e s u e s t u d i o s o b r e B a u d e l a i r e . E n efecto, e n n i n g ú n
l u g a r m e j o r q u e e n la figura d e S a t á n p o d r í a q u e d a r e n c a r n a d a la p r o f u n d a a m b i g ü e d a d e n la
q u e d e s d e s i e m p r e h a b í a tratado B e n j a m i n d e penetrar. P u e s t o q u e S a t á n n o s o l a m e n t e repre
s e n t a la n u e v a i m a g e n d e la n a t u r a l e z a y d e la c a r n e p a r a la cristiandad: es a la v e z el m a y o r
aliado del espíritu del h o m b r e . " S a t á n tienta"; " e n c u a n t o iniciador, c o n d u c e a u n s a b e r q u e
y a c e e n el f u n d a m e n t o d e s u c o n d u c t a c u l p a b l e " [1,402]. B e n j a m i n r e t o r n a s o b r e s u s ideas
a c e r c a d e la i n o c e n c i a d e la a c c i ó n y la c u l p a b i l i d a d del c o n o c i m i e n t o : "el saber, y n o la
acción, es la f o r m a m á s p r o p i a d e la existencia del m a l " [1,403]. P u e s la t e n t a c i ó n n o p r o v i e n e
del m u n d o d e los g o c e s sensibles, s i n o q u e s u r g e m á s b i e n " c o m o f a t a m o r g a n a d e u n reino d e
a b s o l u t a espiritualidad, esto es, c a r e n t e d e D i o s , ligada al á m b i t o m a t e r i a l c o m o su contraparti
da, tal c o m o se d e j a e x p e r i m e n t a r ú n i c a m e n t e m e r c e d al m a l . E l e s t a d o d e á n i m o e n él d o m i
n a n t e es la tristeza, m a d r e d e las alegorías y c o n t e n i d o s u y o a u n t i e m p o " [1,403]. S a t á n se
a c e r c a p o r tanto al m e l a n c ó l i c o , o b i e n al s a b i o e s t u d i o s o d e los p r o f u n d o s secretos d e la n a t u
raleza, al p e n s a d o r q u e se a b i s m a e n la c o n t e m p l a c i ó n y q u e , c o m o el r e y M i d a s , " t o d o lo
t r a n s f o r m a e n a l g o significativo". S u " e s q u e m a " n o es otro q u e la alegoría, principio d e c o n
vertibilidad universal d e u n a s c o s a s e n otras [1,403]. Y así, B e n j a m i n e x p o n e las "tres p r o m e
s a s " d e S a t á n , t o d a ellas d e í n d o l e espiritual: "lo q u e tienta es la ilusión d e libertad - e n la
e x p l o r a c i ó n d e lo p r o h i b i d o ; la ilusión d e i n d e p e n d e n c i a - e n la s e c e s i ó n r e s p e c t o d e la c o m u n i
d a d d e los p i a d o s o s ; la ilusión d e infinitud - e n el v a c í o precipicio del m a l " [1,404], P e r o e s a
"espiritualidad a b s o l u t a " q u e S a t á n r e p r e s e n t a " s e d e s t r u y e a sí m i s m a e n su e m a n c i p a c i ó n d e
lo s a g r a d o . L a m a t e r i a l i d a d -sólo q u e e n este c a s o p r i v a d a d e a l m a - se c o n v i e r t e e n su casa. L o
p u r a m e n t e material y este a b s o l u t o espiritual s o n los p o l o s del reino satánico: y la c o n c i e n c i a
es su ilusoria síntesis, q u e r e m e d a la auténtica, la d e la v i d a " [1,404].
L a c o n c i e n c i a es u n a síntesis ilusoria entre la v i d a y la m u e r t e . P e r o es a ella j u s t a m e n t e
a la q u e se h a d e remitir p o r f u e r z a la alegoría. B e n j a m i n c o n c l u i r á su libro a p e l a n d o al u n i v e r
s o irreal c o n c e b i d o p o r C a l d e r ó n . El alegorista p a r e c e c a e r p r e s a d e s u s p r o p i a s f a n t a s m a g o r í a s
contradictorias. L a o p c i ó n b a r r o c a p o r la mistificación d e la historia c o n d u c e a la p u e s t a e n
e s c e n a d e t r a n s f o r m a c i o n e s m á g i c a s e i n e s p e r a d a s q u e n o l o g r a n ocultar, sin e m b a r g o , su p r o
p i a insuficiencia. E l l o se percibiría s o b r e t o d o e n las r e p r e s e n t a c i o n e s d e t e m a catastrófico, e n
las visiones d e la r u i n a d e las "criaturas". El s e n t i d o d e la c o n d i c i ó n mortal, la a u s e n c i a d e
e s p e r a n z a , q u e d a e n c u b i e r t a e n el m i s m o instante e n q u e se p r e s e n t a c o m o alegoría, d e m o d o
q u e h a s t a la transitoriedad p u d o hallar su " a p o t e o s i s " e n la alegoría d e la r e s u r r e c c i ó n [1,405].
" E l t i e m p o del infierno es s e c u l a r i z a d o e n el e s p a c i o " , escribe B e n j a m i n , y el alegorista " d e s
pierta e n el m u n d o d e D i o s " [1,406]. " E s t o r e s u e l v e la cifra d e lo m á s f r a g m e n t a d o , lo m á s
difunto, lo m á s disperso", a ñ a d e . " L a alegoría p i e r d e d e este m o d o t o d o a q u e l l o q u e le e r a m á s
propio: el secreto, privilegiado saber, la regla arbitraria e n el r e i n o d e las c o s a s m u e r t a s , la p r e
s u n t a infinidad d e u n m u n d o sin e s p e r a n z a . T o d o ello se d e s v a n e c e c o n esta ú n i c a r e v o l u c i ó n
e n la q u e la i n m e r s i ó n a l e g ó r i c a d e b e a c e p t a r la postrera f a n t a s m a g o r í a d e lo o b j e t i v o y, e n
e n t e r a d i s p o s i c i ó n d e s u s p r o p i o s recursos, se e n c u e n t r a d e n u e v o a sí m i s m a , n o al m o d o d e
u n j u e g o e n el terrenal m u n d o d e las cosas, s i n o s e r i a m e n t e , b a j o el cielo". L a i m a g e n alegóri

1 3 7
c a se v e así c o n f r o n t a d a c o n s u p r o p i a v e r d a d h a s t a d e s e s p e r a r d e sí m i s m a . E s t o lo e x p l i c a
B e n j a m i n e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n la " e s e n c i a d e la i n m e r s i ó n m e l a n c ó l i c a " : a saber, " q u e sus
ú l t i m o s objetos, e n los c u a l e s cree p o d e r a s e g u r a r s e p l e n a m e n t e d e la a b y e c c i ó n , se trastuecan
s ú b i t a m e n t e e n alegorías, y q u e estas alegorías c u m p l e n y d e n i e g a n la n a d a e n la q u e se e x p o
n e n , al igual q u e la intención, a la postre, n o persiste fiel e n la c o n t e m p l a c i ó n d e los restos
m o r t a l e s , sino q u e salta desleal h a c i a la r e s u r r e c c i ó n " [1,406). P e r o s e m e j a n t e falta d e lealtad
n o revela otra c o s a q u e la p r o f u n d a irrealidad e n la q u e se c o n s t i t u y e la c o n t e m p l a c i ó n alegóri
c a del m u n d o . L a " s a l v a c i ó n " d e la a l e g o r í a r e c l a m a la " s a l v a c i ó n " s i m u l t á n e a d e tal irreali
da d.
N o c a b e , p o r tanto, e s c a n d a l i z a r s e ante el h e c h o d e q u e s e a j u s t a m e n t e la f a n t a s m a g o r í a
la q u e disfrute d e la ú l t i m a p a l a b r a e n el libro d e B e n j a m i n . É s t e t u v o a b i e n c o n c e d é r s e l a p o r
la sencilla r a z ó n d e q u e e n n i n g ú n otro l u g a r p o d í a n confluir tantos m o t i v o s y tan d i s p a r e s
c o m o los q u e perfilan, s e g ú n h e m o s visto, la d e n s a c o n s t e l a c i ó n del T r a u e r s p i e l . P u e s t o q u e a
fin d e c u e n t a s , e s c r i b e , " l a a l e g o r í a s e m a r c h a c o n las m a n o s v a c í a s . E l m a l e n sí, q u e a b r i g a b a
c o m o u n a d u r a d e r a p r o f u n d i d a d , es ú n i c a y e x c l u s i v a m e n t e alegoría, n o existe sino e n ella y
significa otra c o s a q u e lo q u e es". E n efecto, p r o s i g u e , "lo q u e significa es p r e c i s a m e n t e la n o
existencia d e lo q u e representa. L o s vicios absolutos, tal c o m o e n c a r n a d o s p o r los tiranos y los
intrigantes, s o n alegorías. N o s o n reales, y lo q u e h a y e n ellos n o lo p o s e e n sino ante la m i r a d a
subjetiva d e la m e l a n c o l í a " ; e n virtud d e su r e p r e s e n t a c i ó n c o m o alegoría, p o r tanto, "el m a l se
revela c o m o u n f e n ó m e n o s u b j e t i v o " [1,406]. O m e j o r : c o m o u n a e s p e c i e privilegiada d e aluci
n a c i ó n .
L a f u n d a m e n t a c i ó n q u e B e n j a m i n o f r e c e d e tales ideas v u e l v e a c o n d u c i r n o s a su anti
g u o escrito a c e r c a del l e n g u a j e " e n general". E n este c o n t e x t o se h a c e m á s claro el s e n t i d o d e
la e x t r a ñ a c o n v e r g e n c i a d e " m u e r t e y s i g n i f i c a d o " e n el d o m i n i o d e la "historia natural". E l
n ú c l e o del a r g u m e n t o d e r i v a n u e v a m e n t e d e u n a referencia bíblica, del G é n e s i s : " s e h a d i c h o
d e D i o s tras la c r e a c i ó n : Y D i o s vio t o d o lo q u e h a b i a h e c h o , v vio q u e e r a m u y b u e n o " .
B e n j a m i n extrae c o n cierto rigor las i m p l i c a c i o n e s teológicas d e a q u e l l a originaria c o n s t a t a
c i ó n divina: "el c o n o c i m i e n t o del m a l c a r e c e p o r tanto d e objeto. N o existe e n el m u n d o . N o
s u r g e sino e n el h o m b r e m i s m o , c o n el d e s e o d e c o n o c i m i e n t o , o m á s p r e c i s a m e n t e : d e juicio".
P u e s "el c o n o c i m i e n t o del bien, e n c u a n t o c o n o c i m i e n t o , es s e c u n d a r i o . E s el r e s u l t a d o d e la
praxis. El c o n o c i m i e n t o del m a l , e n c u a n t o c o n o c i m i e n t o , es lo p r i m a r i o . E s el r e s u l t a d o d e la
c o n t e m p l a c i ó n . El c o n o c i m i e n t o del b i e n y del m a l es, p o r tanto, lo contrario d e t o d o c o n o c i
m i e n t o objetivo. R e l a c i o n a d o c o m o está c o n las p r o f u n d i d a d e s d e lo subjetivo, es sólo, e n el
f o n d o , c o n o c i m i e n t o del m a l " [1,407]. E s incluso, a ñ a d e e n s e g u i d a , " c h á c h a r a " [ G e s c h w á t z ]
e n el e s p e c í f i c o y " p r o f u n d o s e n t i d o " q u e el t é r m i n o a d q u i e r e e n la filosofía d e K i e r k e g a a r d .
L a " u n i d a d d e c u l p a y s i g n i f i c a d o " se r e m o n t a , pues, a los a l b o r e s d e la h u m a n i d a d , hasta el
m o m e n t o m i s m o del p e c a d o original, q u e n o es otro, c o m o s a b e m o s , q u e la ruina del p u r o len
g u a j e d e n o m i n a t i v o e n virtud del juicio y la abstracción: p r e c i s a m e n t e " e n las a b s t r a c c i o n e s
v i v e lo alegórico; c o m o abstracción, c o m o facultad del espíritu m i s m o del lenguaje, se e n c u e n
tra e n c a s a e n la c a í d a original. P u e s el b i e n y el m a l n o s o n m e n c i o n a b l e s , e n c u a n t o q u e s o n
e n t i d a d e s sin n o m b r e , exteriores al l e n g u a j e d e los n o m b r e s , e n el c u a l n o m b r a b a el h o m b r e
las c o s a s e n el paraíso, y q u e a b a n d o n ó e n el a b i s m o d e a q u e l l a p u e s t a e n c u e s t i ó n " [1,407].
L a s " p r o m e s a s d e S a t á n " a p a r e c e n así a la p l e n a luz del lenguaje. E s e n "el espíritu
m i s m o del l e n g u a j e " d o n d e p o d e m o s hallar la o c a s i ó n del p e c a d o y su c o n s u m a c i ó n a la vez.
L o q u e tienta es el c u e s t i o n á m i e n t o d e la o b r a d e D i o s . L a "criatura" h u m a n a n o se c o n f o r m a
y a c o n s e g u i r a s i g n a n d o n o m b r e s y c o n s a g r a n d o las c o s a s a su h a c e d o r , sino q u e se d e j a llevar

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 p o r las p o t e n c i a s d i v i n a s q u e atisba inscritas e n la l e n g u a d e q u e h a sido d o t a d o . " L o s e l e m e n
tos abstractos del l e n g u a j e tienen sus raíces e n la p a l a b r a e v a l u a d o r a , e n el juicio. P e r o m i e n
tras q u e e n el tribunal terreno la oscilante subjetividad del juicio q u e d a , c o n los castigos, fir
m e m e n t e a n c l a d a e n la realidad, e n el tribunal celeste se h a c e p l e n a justicia a la a p a r i e n c i a del
m a l . L a c o n f e s a subjetividad logra triunfar a q u í s o b r e t o d a ilusoria o b j e t i v i d a d d e la justicia y
se a c o m o d a a la o m n i p o t e n c i a d i v i n a c o m o u n a o b r a d e s u p r e m a s a b i d u r í a y d e a m o r p r i m o r
dial: c o m o infierno. N o es apariencia, al igual q u e n o es t a m p o c o u n ente saciado, sino el refle
j o real d e la v a c í a s u b j e t i v i d a d e n el bien. E n el m a l e n c u a n t o q u e tal a s e la s u b j e t i v i d a d lo
q u e h a y e n ella d e real, y lo v e c o m o el s i m p l e reflejo d e sí m i s m a e n D i o s " [1,407].
El principio d e la e x p r e s i ó n alegórica es la s u b s u n c i ó n d e la " p e r s p e c t i v a subjetiva" e n
la " e c o n o m í a del t o d o " [1,407]. P u e s e n ella q u e d a r e d u c i d a la c u l p a b l e subjetividad a su v e r
d a d e r a c o n d i c i ó n d e i m a g e n e r r a d a d e D i o s : " Y es así c o m o el f u e g o del éxtasis, sin q u e se
p i e r d a ni u n a sola d e sus chispas, es s a l v a d o , s e c u l a r i z a d o e n lo prosaico, tal c o m o h a d e ser:
e n u n a a l u c i n a c i ó n " [1,408]. E n el e x t r e m o p a t o l ó g i c o d e la r e p r e s e n t a c i ó n i r r e d u c t i b l e m e n t e
subjetiva r e c o n o c í a el b a r r o c o la i n t e r v e n c i ó n m i l a g r o s a d e la divinidad. A s í c o m o la p r u e b a
d e q u e S a n t a T e r e s a recibía rosas d e la V i r g e n p a r e c í a residir p r e c i s a m e n t e e n el h e c h o d e q u e
n a d i e m á s q u e ella p o d í a verlas, así t a m b i é n se esperaría el m i l a g r o e n la o b r a d e arte, la " p o n
d e r a c i ó n m i s t e r i o s a " d e la q u e h a b l a b a C a l d e r ó n , e n virtud d e la cual, escribe B e n j a m i n , "la
subjetividad, c o m o u n á n g e l c a í d o e n lo p r o f u n d o , es r e c o g i d a p o r las alegorías y retenida e n el
cielo, e n D i o s " [1,408]. O a s í h u b i e r a d e b i d o s u c e d e r , si n o f u e s e p o r las i n c u r a b l e s i n s u f i c i e n
cias q u e el T r a u e r s p i e l a l e m á n h u b o d e p a d e c e r y q u e le d e j a r o n a la postre a m i t a d d e c a m i n o .
P e r o B e n j a m i n rescata i g u a l m e n t e su c o n t e n i d o d e v e r d a d ; y a q u e " e n el espíritu d e la a l e g o
ría, d e s d e u n principio se c o n c i b i ó c o m o ruina, c o m o f r a g m e n t o . Si otros r e s p l a n d e c e n c o n la
m a g n i f i c e n c i a del día p r i m e r o , esta f o r m a p r e s e r v a la i m a g e n d e la belleza p a r a el ú l t i m o d í a "
[1,409].

R E D E N C I O N A L E G O R I C A
C O M O S A L V A C I Ó N D E L A A M B I G Ü E D A D

B a j o su a p a r i e n c i a e x t r a v a g a n t e , estas f o r m u l a c i o n e s se n o s p r e s e n t a n c o m o u n a a u t é n
tica a p o t e o s i s del p r o c e d e r h e r m e n é u t i c o b e n j a m i n i a n o . L o m á s c ó m o d o sería c o n t e m p l a r l a s
c o m o u n brillante d e s p l i e g u e d e m e t á f o r a s centradas, a u n c o n o c a s i ó n d e u n o b j e t o estético
e m p í r i c a m e n t e d e t e r m i n a b l e , e n t o r n o a u n a s p o c a s c o n v i c c i o n e s m e t a f í s i c a s d e a l c a n c e teoló
g i c o y m u y b a j o nivel d e definición. El s e n t i d o d e la intención " r e d e n t o r a " d e la crítica, c u y o s
p r i n c i p i o s desarrolla B e n j a m i n h a s t a el límite e n el p r ó l o g o del T r a u e r s p i e l , se n o s r e v e l a
f i n a l m e n t e e n t o d a s u a m b i g ü e d a d . É s t a p r o v i e n e , ante todo, d e la c a l c u l a d a irresolución e n
q u e p e r m a n e c e la d i m e n s i ó n d o c t r i n a l e n c u y a c l a v e r e s u e n a n esas m e t á f o r a s s o b r e las q u e se
c o n s t r u y e el discurso. S e diría q u e el p e n s a m i e n t o filosófico p a g a su orientación " r e d e n t o r a "
c o n su definitivo e s t a n c a m i e n t o e n el p l a n o del " c o m e n t a r i o " esotérico p r o p i a m e n t e ininteligi
ble. É s t e es el l u g a r o p o r t u n o p a r a m e n c i o n a r aquellas llamativas d e c l a r a c i o n e s d e B e n j a m i n a
M a x R y c h n e r y al p r o p i o A d o r n o e n el s e n t i d o d e q u e su libro s o b r e el T r a u e r s p i e l sólo p o d í a
ser c o m p r e n d i d o p o r a q u e l q u e c o n o c i e s e la Cábala27. A c a s o se trataba d e u n a a l u s i ó n a la p r o

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 c e d e n c i a j u d a i c a q u e p a r e c í a atribuir, tal v e z i n n e c e s a r i a m e n t e , a s u n o c i ó n d e " o r i g e n "
[1,954]. C a b e r e c o r d a r a este r e s p e c t o a q u e l l a otra frase q u e B e n j a m i n escribió tras la m u e r t e
d e s u a m i g o R a n g , s e g ú n la c u a l el libro h a b í a " p e r d i d o s u m á s a p r o p i a d o lector" [ B , 3 7 4 ] .
A h o r a bien, el protestante R a n g , d e c u y a teoría d e la tragedia se sirvió B e n j a m i n e n la p r i m e r a
parte d e s u libro, n o e r a p r e c i s a m e n t e v e r s a d o e n la C á b a l a . L o q u e B e n j a m i n p a r e c í a r e c l a m a r
d e s u e v e n t u a l lector era, e n c u a l q u i e r caso, u n a p l e n a d i s p o s i c i ó n p a r a afrontar u n a d o b l e tarea
h e r m e n é u t i c a d e s i g n o esotérico: la c u m p l i d a p o r el texto r e s p e c t o a su objeto, el T r a u e r s p i e l ,
y la e x i g i d a p o r el p r o p i o texto e n tanto q u e s u p u e s t o f r a g m e n t o d e u n a " d o c t r i n a " c u y o s prin
cipios e l u d e n t o d a posibilidad d e c o n c r e t a f o r m u l a c i ó n . P o r e s o n o p r o d u c e a s o m b r o n i n g u n o
la e s c a s a f o r t u n a o b t e n i d a p o r el libro. N o s ó l o d e j ó p e r p l e j o s a los m i e m b r o s del tribunal q u e
h a b í a d e validarlo c o m o " H a b i l i t a c i ó n " -"el espíritu n o p u e d e ser habilitado", se dijo2*-, s i n o
q u e a p e n a s g o z a r í a luego, c u a n d o f u e p u b l i c a d o el a ñ o 1 9 2 7 , d e u n e c o crítico p a s a b l e m e n t e
significativo2".
P o r n u e s t r a parte, sin e m b a r g o , n o p o d e m o s sino e s f o r z a r n o s e n e x p o n e r a q u e l l o s p u n
tos e n los q u e r e c o n o c e m o s p e s e a t o d o u n a cierta claridad, p o r e x i g u a q u e sea, q u e n o s sirva
d e c o n c l u s i ó n . S a b e m o s q u e la " r e d e n c i ó n " consiste e n la r e p r e s e n t a c i ó n del " c o n t e n i d o d e
v e r d a d " q u e , m á s allá d e las " i n t e n c i o n e s " del p r e s u n t o " c r e a d o r " , q u e d a o c u l t o f r a g m e n t a r i a
m e n t e e n la bella a p a r i e n c i a del arte. E n el e n s a y o s o b r e L a s a f i n i d a d e s electivas, e s a v e r d a d la
o b t e n í a el crítico e n virtud d e u n a i n t e r c e p c i ó n d e los e l e m e n t o s histórico-teológicos q u e se
m a n i f e s t a b a n c o m o "lo c a r e n t e d e e x p r e s i ó n " e n los intersticios d e la o r g á n i c a c o n t i n u i d a d d e
la obra. L a " m o r t i f i c a c i ó n " , la d i s g r e g a c i ó n d e la bella apariencia, h a c e del arte el m e d i u m d e
u n e x t r a ñ o a b s o l u t o c u y o s e n t i d o d e j a B e n j a m i n sin otro carácter q u e el d e su inscripción e n el
d e s a r r o l l o d e l l e n g u a j e a lo l a r g o d e la historia, e s t o es, e n t a n t o q u e " t r a d i c i ó n " . E n el
T r a u e r s p i e l e n c u e n t r a B e n j a m i n u n a n u e v a o c a s i ó n d e ejercitarse e n su e m p r e s a " r e d e n t o r a " .
A h o r a se trata d e f o r m u l a r la " i d e a " d e t o d o u n u n i v e r s o estético, el del d r a m a b a r r o c o a l e m á n ,
d e d u d o s o prestigio e n el c o n t e x t o d e la tradición literaria. D e h e c h o , ni el m é t o d o ni la orien
tación resultan f u n d a m e n t a l m e n t e diferentes d e los q u e h a b í a tratado d e d e s p l e g a r e n s u traba
j o s o b r e la n o v e l a d e G o e t h e . C i e r t a m e n t e , el o b j e t o d e e s t u d i o e r a e n este c a s o u n a ú n i c a o b r a
y a c o n s a g r a d a p o r la historia, c u y o análisis r e c l a m a b a t o d a v í a u n a cierta dosis d e fidelidad a la
letra y u n a cierta c o n t e n c i ó n p o r parte del crítico e n su p r o g r a m a d e m a n i p u l a c i ó n del texto.
P e r o e n el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l t o d a s e s a s cautelas q u e d a n e n t e r a m e n t e disueltas
e n aras d e u n p r o c e d e r c u y o l i b é r r i m o carácter se a n u n c i a y a c o n d e c i s i ó n e n los p á r r a f o s ini
ciales. E n efecto, el c o n t e n i d o d o c t r i n a l del P r ó l o g o c r i t i c o - e p i s t e m o l ó g i c o n o c o n d u c e s i n o a
c o n c e d e r al a u t o r el n o t a b l e privilegio d e s o b r e v o l a r el p a n o r a m a del T r a u e r s p i e l , su d i m e n
sión e m p í r i c a , c o m o u n á g u i l a i m p e r i a l q u e d e tanto e n tanto discierne u n detalle q u e se m u e v e
e n el paisaje, el rastro d e u n a "criatura", p a r a precipitarse e n p i c a d o s o b r e s u víctima. E s la
" m o r t i f i c a c i ó n " d e la a p a r i e n c i a o r g á n i c a d e la belleza. B e n j a m i n r e ú n e u n c o n j u n t o d e frag
m e n t o s aislados y c o n s t r u y e c o n ellos u n a " i d e a " e n la q u e r e a p a r e c e n b a j o la figura d e u n a
q u i e t a " c o n s t e l a c i ó n " . L a historia q u e d a a b s o r b i d a e n e s a " i d e a " a título d e " o r i g e n " , c o m o
historia "virtual" q u e y a c e e n las o b r a s e n la f o r m a d e u n s e d i m e n t o q u e c o n s t i t u y e s u destino.
El c o n t e n i d o m í t i c o s o b r e el q u e se a s e n t a b a la interpretación d e L a s a f i n i d a d e s electivas, el
atisbo d e u n a n a t u r a l e z a d e m o n í a c a , a p a r e c e a q u í n í t i d a m e n t e p r o y e c t a d o e n la n o c i ó n d e "his
toria natural". El e l e m e n t o d e m o n í a c o d e j a d e ser u n g u i ñ o m á g i c o d e la n a t u r a l e z a y q u e d a
t r a n s f i g u r a d o e n a g e n t e principal d e la historia, c u y a " e x p r e s i ó n " contradictoria es la alegoría.
" L a o b r a d e arte a l e g ór i c a lleva e n sí e n cierta m e d i d a su p r o p i a d e s c o m p o s i c i ó n crítica; e n
ella se c u m p l e el n a c i m i e n t o d e la crítica a partir del espíritu del arte" [1,952]. E n esta f ó r m u l a

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 e n c o n t r a m o s la raíz del p r o c e d e r i n m a n e n t e q u e B e n j a m i n p o n e e n o b r a e n su T r a u e r s p i e l . L a
" c o n s t e l a c i ó n " se n o s o f r e c e c o m o u n f r a g m e n t o a l e g ó r i c o d o m i n a d o p o r la s i m u l t á n e a p r e s e n
ci a del e x t r e m o subjetivo, la " e x p r e s i ó n " , y el e x t r e m o " n o i n t e n c i o n a l " p o r el cual r e m i t e a la
v e r d a d . L a " s a l v a c i ó n " d e la alegoría e n el T r a u e r s p i e l n o es sino el a c t o d e a f i r m a c i ó n d e la
p r o p i a interpretación c o m o alegoría. E n la c o n f i g u r a c i ó n a l e g ó r i c a se define, p o r tanto, la
es tructura n u c l e a r del p r o c e d i m i e n t o d e B e n j a m i n . E n ella e n c o n t r a m o s t a m b i é n lo q u e d e n o
m i n a r í a m o s , p a r a f r a s e a n d o su peculiar t e r m i n o l o g í a , el "ideal" d e n u e s t r o p r o b l e m a : es decir,
el p r o b l e m a d e establecer hasta q u é p u n t o q u e d a B e n j a m i n p r e s o del e x a c e r b a d o s u b j e t i v i s m o
q u e él m i s m o a t r i b u y e a la significación alegórica, y q u e a m e n a z a c o n d i s o l v e r e n el m e r o
e s t e t i c i s m o d e la m e l a n c o l í a t o d a e s a c a r g a t e o l ó g i c a q u e p r e s u n t a m e n t e le m u e v e , o si m á s
b i e n es p o s i b l e trazar u n a línea q u e d e l i m i t e u n e s p a c i o e n el q u e tales ideas a d q u i e r a n t o d a v í a
a l g u n a f e c u n d i d a d filosófica3".
N u e s t r a r e s p u e s t a d e p e n d e r á , p o r s u p u e s t o , del m o d o e n q u e e s e p r o c e d e r a l e g ó r i c o
h u b i e r a d e m a d u r a r y d e s p l e g a r s e d e s p u é s e n el c o n t e x t o del m a t e r i a l i s m o . Entretanto, la atroz
a m b i g ü e d a d b e n j a m i n i a n a se n o s p r e s e n t a c o m o la p r o p i a d e u n a " d o c t r i n a " q u e a s p i r a a
s o b r e v i v i r tras la m u e r t e d e D i o s . S u filosofía p u e d e ser c o n t e m p l a d a c o m o u n a d e v o t a contri
b u c i ó n al incierto d e s p l i e g u e histórico d e u n a R e v e l a c i ó n q u e n o se m a n i f e s t a r í a s i n o b a j o la
f o r m a e q u í v o c a del l e n g u a j e p e r v e r t i d o d e la "criatura", c o m o " E s c r i t u r a " cifrada e n f o r m a d e
" tradición". L a d e t e r m i n a c i ó n d e la historia c o m o n a t u r a l e z a e q u i v a l e a la definición del sujeto
c o m o m i t o y c o m o v í c t i m a del mito. L a p r e s e n c i a d e la m u e r t e , m o t i v o u n a y otra v e z r e c u
r rente e n s u p e n s a m i e n t o , d e s i g n a el l u g a r d o n d e B e n j a m i n p e r s i g u e el s e n t i d o p o r el q u e las
" criaturas" p u e d e n ser " r e d i m i d a s " . L a historia se c u m p l e , e n e s a p e r s p e c t i v a nihilista, c o m o
u n a " r e p r e s e n t a c i ó n " e n el e s p a c i o " n a t u r a l " d e u n a m í t i c a c o n t i e n d a entre u n D i o s a n i q u i l a d o r
y u n sujeto q u e se le o p o n e sin e s p e r a n z a . L a alegoría d e las alegorías será, p o r tanto, la f a c i e s
h i p p o c r a t i c a , la figura d e la r u i n a y la d e s c o m p o s i c i ó n : el " l e n g u a j e i n c o m p a r a b l e d e la c a b e z a
d e m u e r t o " d o n d e c o n f l u y e n "la e x p r e s i ó n m á s salvaje" y "la m á s a b s o l u t a c a r e n c i a d e e x p r e
s ión", el sujeto m í t i c o y la "criatura" n a t u r a l m e n t e i n e r m e e n u n a sola i m a g e n a m b i v a l e n t e .
E s o q u e B e n j a m i n l l a m a D i o s n o p a r e c e c o n c e b i b l e s i n o c o m o el n o m b r e d e u n p o d e r u b i c u o e
i n f o r m e q u e s i e m p r e i r r u m p e c o m o a g e n t e destructivo e n la v i d a del sujeto. P o r e s o la " e x p e
r iencia" se d e f i n e c o m o catástrofe y el s í n d r o m e d e la "identificación c o n el a g r e s o r " , q u e
A d o r n o le r e p r o c h a s e , se r e v e l a c o m o r e n u n c i a del sujeto a c o m p l a c e r s e e n la a p a r i e n c i a d e su
a u t o n o m í a . E s a r e n u n c i a es t a m b i é n la " s a l v a c i ó n del m i t o " , q u e se c o n s u m a e n la "interrup
c i ó n " del d i s c u r s o racional, e n la n e g a c i ó n a través d e la cual p u e d e el sujeto d e s p e r t a r a la rea
l idad. E n e s a s u h e t e r o n o m í a q u e d a f i n a l m e n t e t r a z a d a la " f o r m a d e la religión". N o h a y e n
e lla p a ra d o j a ; s ó l o a m b i g ü e d a d : la a m b i g ü e d a d d e u n p e n s a m i e n t o q u e , e n s u crítica del c o n
c e p t o iluminista d e sujeto, a s u m e el riesgo del r e g r e s o a u n a e x p e r i e n c i a q u e n o p u e d e darse,
p a r a b i e n y p a r a m a l , sino m á s allá d e los límites d e la razón.

1 4 1
 N O T A S

1. B . 3 7 9 : " L a e s t é t i c a e s u n o d e l o s p e o r e s p u n t o s d e p a r t i d a p a r a e s a c a r r e r a " (i. e., l a

carrera a c a d é m i c a ) .
2. A d o r n o , P r i s m a s , p. 2 5 7 y N o t e n z u r Literatur, p. 5 7 0 r e s p e c t i v a m e n t e .
3. D e s p r o v i s t o del m a n t o d e la t e r m i n o l o g í a p l a t ó n i c a q u e a ú n le e n v o l v í a e n B e n j a m i n ,
el c o n c e p t o d e " t r a t a d o " fue a d o p t a d o t a m b i é n p o r A d o r n o c o m o c a n o n d e la escritura filosófi
ca: b a j o la figura del " e n s a y o " . L a f o r m a " e n s a y o " se c o n s t i t u y ó e n r e s p u e s t a frontal a las p r e
t e n s i o n e s s i s t e m á t i c a s d e la "filosofía d e la i d e n t i d a d " ( A d o r n o , " D e r E s s a y als F o r m " , e n
N o t e n z u r L i t e r a t u r , p p 9 - 3 3 ; trad. cast., N o t a s d e literatura, pp. 1 1-36). S e a p o y a b a e n
B e n j a m i n , a q u i e n c o n s i d e r a b a c o m o " m a e s t r o i n a l c a n z a b l e " d e la e x p o s i c i ó n d e la v e r d a d
" c o n c r e t a " (o. c. p. 2 0 , trad. cast. p. 23), tanto c o m o citaba al j o v e n L u k á c s del p r i m e r e n s a y o
d e E l a l m a y las f o r m a s ( c u y o influjo e n el p r o p i o B e n j a m i n se n o s a p a r e c e c o m o bastante p r o
f u n d o ) .
4. Cfr. T i e d e m a n n , S t u d i e n z u r P h i l o s o p h i e W a l t e r B e n j a m i n , pp. 4 8 ss. L a d e t e r m i n a
c i ó n d e la b ú s q u e d a del " n o m b r e " c o m o tarea característica d e la filosofía, q u e así h a b r á d e
r e n u n c i a r a la " c o m u n i c a c i ó n " instrumental, f u e i g u a l m e n t e a c o g i d a p o r A d o r n o e n su p e n s a
m i e n t o t e m p r a n o (cfr. las " T h e s e n ü b e r d i e S p r a c h e d e s P h i l o s o p h e n " , e n G e s a m m e l t e
S c h r i f t e n , 1, p p . 3 6 6 - 7 1 ). P e r o m u y p r o n t o s e l e r e v e l a r í a c o m o u n a t a r e a u t ó p i c a ( T i e d e m a n n ,
" B e g r i f f B i l d N a m e " , e n M . L ó b i g - G . S c h w e p p e n h á u s e r (eds.), H a m h u r g e r A d o r n o - S y m p o s i o n ,
pp. 6 7 - 7 8 ) .
5. L a n o c i ó n d e " s í m b o l o " e v o c a e n B e n j a m i n la figura d e la p a l a b r a originaria, el
" n o m b r e " , y se carga, p o r tanto, d e c o n t e n i d o teológico. P e r o n o h a d e o l v i d a r s e la c o n d i c i ó n
b a b é l i c a del m u n d o . El " s í m b o l o " , e n e s e estado, sería el c o n c e p t o del s i s t e m a q u e B e n j a m i n
c o m b a t e . E s t e d o b l e v a l o r del c o n c e p t o d e " s í m b o l o " , auténtica R e v e l a c i ó n y a p a r i e n c i a d e
reconciliación, c o n d u c e h a c i a la alegoría (cfr. T i e d e m a n n , o. c , p. 52).
6. S c h l e g e l h a b í a f o r m u l a d o a l g o s e m e j a n t e : " E l a u t é n t i c o crítico es u n A d á n , q u e d a
n o m b r e a los a n i m a l e s " (cfr. M e n n i n g h a u s , W a l t e r B e n j a m i n s T h e o r i e d e r S p r a c h m a g i e , p.
93).
7. S o b r e la p o s i c i ó n d e B e n j a m i n ante H e i d e g g e r e n este p e r í o d o , cfr. T i e d e m a n n , o. c ,
p p . 4 3 s.
8. F u e A d o r n o , p r e c i s a m e n t e , q u i e n d i o carta d e n a t u r a l e z a e introdujo el c o n c e p t o d e
" c o n s t e l a c i ó n " e n la tradición del p e n s a m i e n t o filosófico, p o n i é n d o l o a s a l v o d e las o p a c i d a d e s
b e n j a m i n i a n a s . D e s d e s u b r e v e e n s a y o D i e A k t u a l i t a t d e r P h i l o s o p h i e ( e n G e s a m m e l t e
S c h r i f t e n , 1, p p . 3 3 4 ss.) h a s t a la D i a l é c t i c a N e g a t i v a ( p p . 1 6 5 ss.). la f o r m a " c o n s t e l a c i ó n " s e
n o s p r e s e n t a c o m o c e n t r o n u c l e a r d e la filosofía e n c o m b a t e c o n t r a el sistema. U n a historia
intelectual d e la p e n e t r a c i ó n d e este c o n c e p t o e n A d o r n o , d e su " r e s c a t e " p a r a la utopía, p u e d e
seguirse a lo largo del libro d e S. B u c k - M o r s s , O r i g e n d e la dialéctica negativa).

1 4 2
 9. S e g ú n A d o r n o , e n el libro s o b r e el b a r r o c o B e n j a m i n h a b r í a " r e d i m i d o la i n d u c c i ó n "
( V . 1 1 0 8 ) .
10. A c e r c a del c o n c e p t o d e "origen'" [ U r s p r u n g ] , cfr. T i e d e m a n n . o. c , pp. 7 7 ss.
11. Cfr. la " c o n s t e l a c i ó n " e x c u r s i v a d e R . F a b e r , e n D e r C o l l a g e - E s s a y , d o n d e t o d o s
estos m o t i v o s q u e d a n r e u n i d o s e n h o m e n a j e a B e n j a m i n . A s í m i s m o , D . T h i e r k o p f , " N á h e u n d
F e r n e . K o m m e n t a r e z u B e n j a m i n s D e n k v e r f a h r e n " , e n T e x t + Kritik, 3 1 / 3 2 , pp. 3-17.
12. L a e x p r e s i ó n p r o c e d e d e u n a c a r t a d e l o r i e n t a l i s t a H a n s H e i n z S c h a e d e r a
H o f m a n n s t h a l , e x c u s á n d o s e d e r e d a c t a r u n a r e c e n s i ó n del libro d e B e n j a m i n ( S c h o l e m ,
H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 154.).
13. E n e s a c o y u n t u r a crítica cifraba B e n j a m i n el v í n c u l o entre b a r r o c o y e x p r e s i o n i s m o .
S o b r e la influencia d e R i e g l e n su p e n s a m i e n t o , cfr. el c o m e n t a r i o d e T h . Y . L e v i n - " W a l t e r
B e n j a m i n y la teoría d e la historia del arte"- s o b r e S t r e n g e K u n s t w i s s e n s c h a f t (111,369-74), su
r e c e n s i ó n al p r i m e r v o l u m e n d e las K u n s t w i s s e n s c h a f t l i c h e F o r s c h u n g e n , e d i t a d o p o r O t t o
P á c h t e n 1 9 3 1 .
14. Cfr. L u k á c s , " M e t a f í s i c a d e la tragedia", e n (ed. cat.) L á n i m a i les f o r m e s , pp. 2 0 9
ss. A c e r c a del infujo del j o v e n L u k á c s e n B e n j a m i n , R a i n e r R o c h l i t z , " D e la p h i l o s o p h i e
c o m m e c r i t i q u e littéraire", e n R e m e d ' e s t h é t i q u e , n " 1, p p . 2 1 - 8 ; W i t t e , W a l t e r B e n j a m i n - D e r
1ntellektuelle als Kritiker, pp. 1 17-8.
15. L o s p l a n t e a m i e n t o s d e S c h m i t t le p u d i e r o n servir a B e n j a m i n , c u a n d o m e n o s , c o m o
u n t e s t i m o n i o d e la c o n d i c i ó n m í t i c a del d e r e c h o e n general. L a dictadura, escribía S c h m i t t , es
"el p u n t o d o n d e el d e r e c h o revela su v e r d a d e r a n a t u r a l e z a y d o n d e , p o r m o t i v o s d e c o n v e n i e n
cia, a c a b a n las a t e n u a c i o n e s d e su carácter teleológico p u r o " , d o b l e m e n t e d e t e r m i n a d o p o r "la
g u e r r a c o n t r a el e n e m i g o exterior y la r e p r e s i ó n d e u n a s u b l e v a c i ó n interior" ( L a d i c t a d u r a ,
p. 27). S o b r e la relación entre B e n j a m i n y S c h m i t t . a q u i e n a m a b l e m e n t e r e m i t i ó u n e j e m p l a r
d e s u libro s o b r e el T r a u e r s p i e l , cfr. M . R u m p f , " R a d i k a l e T h e o l o g i e . B e n j a m i n s B e z i e h u n g
z u r C a r l S c h m i t t " , e n V V . A A . . W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , p p . 3 7 - 5 0 .
R. G u t i é r r e z G i r a r d o t h a insistido t a m b i é n e n e s a y otras " a f i n i d a d e s " q u e B e n j a m i n d e s c u b r í a
entre s u s p r o p i a s ideas y el p e n s a m i e n t o c o n s e r v a d o r d e la é p o c a (R. G . G i r a r d o t , " W a l t e r
B e n j a m i n y sus a f i n i d a d e s electivas", e n Q u i m e r a ns 9 - 1 0 , pp. 23-7. U n a visión g e n e r a l del
c o n t e x t o del p r o y e c t o d e la " r e v o l u c i ó n c o n s e r v a d o r a " e n la é p o c a d e W e i m a r . u n p r o y e c t o al
q u e B e n j a m i n n o f u e d e l t o d o a j e n o , cfr. N . A l t e n h o f e r , " D i e z e r s t o r t e Ü b e r l i e f e r u n g .
G e s c h i c h t s p h i l o s o p h i e d e r D i s k o n t i n u i t á t u n d T r a d i t i o n s b e w u K t s e i n z w i s c h e n A n a r c h i s m u s
u n d k o n s e r v a t i v e r R e v o l u t i o n " , e n T h . K o e b n e r (ed.), W e i m a r s E n d e , pp. 3 3 0 - 4 7 ) .
16. C o m o es sabido, e s a c o n c i e n c i a b a r r o c a p e n e t r ó e n la tradición filosófica a través d e
l a hipótesis cartesiana del " g e n i o m a l i g n o " , c u y a r a d i c a l i d a d n o q u e d a r í a p u e s t a d e relieve
h a s t a la p o s t u l a c i ó n e l e c t i v a d e u n " a b s o l u t o p e r v e r s o " ( c o m o lo d e n o m i n a H o r k h e i m e r
- S o c i o l ó g i c a , p. 1 4 3 ) p o r parte d e S c h o p e n h a u e r . c u y o n i h i l i s m o es u n a d e las fuentes s u b t e
r ráneas d e las q u e b e b e el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n (cfr. E l m u n d o c o m o v o l u n t a d y r e p r e s e n
t ación, libro p r i m e r o , cap. V).
17. A c e r c a d e la tradicional relación entre S a t u r n o y la m e l a n c o l í a , cfr. el e s t u d i o d e
R u d o l f y M a r g o t W i t t k o w e r , N a c i d o s b a j o el s i g n o d e S a t u r n o , pp. 1 0 0 ss.; E. P a n o f s k y .
E s t u d i o s s o b r e i c o n o l o g í a , pp. 9 3 ss.
18. L a p r o p e n s i ó n b e n j a m i n i a n a h a c i a la m e l a n c o l í a , su d e t e r m i n a c i ó n c o m o e s t a d o
c r e a d o r p o r a n t o n o m a s i a e n el m u n d o del p e n s a m i e n t o m o d e r n o , así c o m o la e v i d e n c i a d e q u e
l as c u a l i d a d e s q u e B e n j a m i n atribuye al m e l a n c ó l i c o b a r r o c o se c o r r e s p o n d e n c o n las s u y a s

1 4 3
 propias, t o d o ello h a s i d o p u e s t o d e m a n i f i e s t o p o r d i v e r s o s c o m e n t a r i s t a s . Cfr. W i t t e , o. c , pp.
1 3 3 ss.; S. S o n t a g , B a j o el s i g n o d e S a t u r n o , p p . 1 2 5 ss.
19. A c e r c a d e la r e c u p e r a c i ó n d e la alegoría e n la teoría b e n j a m i n i a n a d e la m o d e r n i
d a d , cfr. infra p. .
2 0 . L u k á c s , E s t é t i c a , 1, t o m o 1 V , p p . 4 2 3 ss. C o m o e s s a b i d o , L u k á c s e n c o n t r a b a e n
G o e t h e u n m o d e l o del equilibrio dialéctico d e lo particular y lo universal e n el " t i p o " s i m b ó l i
co, frente a la escisión d e a m b o s e x t r e m o s e n la r e p r e s e n t a c i ó n alegórica.
21. S c h o p e n h a u e r , E l m u n d o c o m o v o l u n t a d y r e p r e s e n t a c i ó n , libro tercero, cap. L.
22. E s a i n t e m p o r a l i d a d derivaría d e su f u n d a m e n t a c i ó n idealista, a b s t r a c t a m e n t e s u b j e
tiva. G a d a m e r h a v i n c u l a d o la s u p e r a c i ó n d e los límites d e lo q u e él l l a m a "arte v i v e n c i a l "
- p r o d u c t o d e la subjetivización k a n t i a n a d e la e x p e r i e n c i a estética- c o n la "rehabilitación" del
c o n c e p t o d e alegoría c o m o r e s p u e s t a a la p r e s u n c i ó n d e a r m o n í a q u e d e t e r m i n a r í a la n o c i ó n d e
s í m b o l o . V e r d a d y m é t o d o , pp. 1 0 8 ss.
23. E n e s a c o n t e m p l a c i ó n se p r o d u c e lo q u e A d o r n o d e n o m i n a r í a , e n u n a carta d e 1 9 3 8
a p r o p ó s i t o del c o n c e p t o d e " i m a g e n dialéctica", el "instante d e indiferencia entre m u e r t e y
s i g n i f i c a d o " (citado p o r B e n j a m i n , V , 5 8 2 ) . E n general, la n o c i ó n d e alegoría c o m o "facies hip-
p o c r a t i c a d e la historia" f u e b i e n recibida y f r e c u e n t e m e n t e m e n c i o n a d a p o r A d o r n o . E n esta
i m a g e n y e n s u posterior t r a d u c c i ó n b e n j a m i n i a n a a los t é r m i n o s del m a t e r i a l i s m o f u n d ó su
p r o p i a v i s i ó n " m o d e r n a " d e la historia c o m o n a t u r a l e z a , y v i c e v e r s a (cfr. D i e 1 d e e d e r
N a t u r g e s c h i c h t e , e n G e s a m m e l t e S c h r i f t e n , 1, p p . 358.); cfr. t a m b i é n la D i a l é c t i c a n e g a t i v a ,
pp. 3 5 2 ss.
24. E s decir, e s a m i s m a d e t e r m i n a c i ó n q u e e n el e n s a y o s o b r e L a s a f i n i d a d e s electivas
atribuía B e n j a m i n a la n o v e l a d e G o e t h e . Cfr. supra., p. 120, nota. 46. A d o r n o h a b l a r á d e la
" t r a s c e n d e n c i a q u e b r a d a " q u e c o n v i e r t e el " m i s t e r i o " d e la o b r a d e arte e n " e n i g m a " ( T e o r í a
estética, p. 170).
25. S o b r e la arbitrariedad alegórica, cfr., U . S c h w a r z , R e t t e n d e Kritik u n d antizipierte
U t o p i e , p. 1 1 7 s. D e t e r m i n a la a l e g o r í a b e n j a m i n i a n a e n la d i r e c c i ó n d e u n a " h e r m e n é u t i c a crí
tico-utópica" d o n d e el " p o t e n c i a l s e m á n t i c o " liberado p o r la alegoría q u e d a q u e d a r e m i t i d o a
u n a " e x p e r i e n c i a " histórica objetiva. E s u n b u e n e j e m p l o d e interpretación b e n e v o l e n t e .
26. L a v o l u n t a d d e " s a l v a r " la alegoría c o n d u j o a B e n j a m i n a a d o p t a r ante el l e n g u a j e
p e r v e r t i d o u n a actitud m á s a m b i g u a q u e la q u e h a b í a a s u m i d o e n s u s p r i m e r o s escritos s o b r e el
l e n g u a j e (cfr. M e n n i n g h a u s , W a l t e r B e n j a m i n s T h e o r i e d e r S p r a c h m a g i e , p. 1 2 7 ; p a r a u n
c o m e n t a r i o g e n e r a l d e la d o c t r i n a d e la alegoría d e s d e el p u n t o d e vista d e la teoría del l e n g u a
je, o. c , pp. 1 1 0 ss.).
2 7 . S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p p . 1 3 2 s.
28. S c h o l e m , o. c , p. 127.
29. S o b r e el f r a c a s o d e la " H a b i l i t a c i ó n " y el e s c a s o e c o q u e el libro o b t u v o e n los
m e d i o s i n t e l e c t u a l e s a l e m a n e s , cfr. l a s N o t a s d e l o s e d i t o r e s e n 1, p p 9 0 3 ss. L a ú n i c a p a l a b r a
v e r d a d e r a m e n t e a l e n t a d o r a la recibiría B e n j a m i n d e K r a c a u e r . N o obstante, y a u n r e c o n o c i e n
d o la significación t e o l ó g i c a del e n s a y o , s u c o n c l u s i ó n lo ubicaría, c i t a n d o la e x p r e s i ó n d e p r o
p i o B e n j a m i n , e n el " p u n t o m e d i o entre el i n v e s t i g a d o r y el artista" ( D a s O r n a m e n t d e r M a s s e ,
p p . 2 4 9 ss).
30. A c e r c a d e la f u n c i o n a l i d a d m e t o d o l ó g i c a d e la n o c i ó n d e alegoría y d e s u carácter
d e "estructura p u r a m e n t e f o r m a l " q u e B e n j a m i n trata d e actualizar e n la p r o p i a f o r m a d e la crí
tica, cfr. W i t t e , o. c , pp. 121. L a p r o d u c t i v i d a d del c o n c e p t o h a d e ser i n d a g a d a i g u a l m e n t e e n
s u a p l i c a c i ó n al p r o c e d i m i e n t o p o é t i c o d e B a u d e l a i r e y, e n general, a la o b r a d e arte v a n g u a r

1 4 4
 dista. C a b e r e c o r d a r q u e f u e e n la teoría b e n j a m i n i a n a d e la alegoría d o n d e L u k á c s a p o y ó s u
d e s c r i p c i ó n d e la v a n g u a r d i a r a d i c a l ( E s t é t i c a , 1, p p . 4 5 7 ss). A u n q u e e n u n s e n t i d o t o t a l m e n t e
o p u e s t o , e s o m i s m o es lo q u e h a h e c h o P e t e r B ü r g e r e n su T e o r í a d e la v a n g u a r d i a (pp. 1 3 0 -
6): e n este libro se n o s p r e s e n t a la alegoría c o m o u n m o d e l o d e la " o b r a d e arte inorgánica" .
A . H i l l a c h ( " A l l e g o r i e , B i l d r a u m , M o n t a g e " , e n W . M a r t i n L ü d k e (ed.) " T h e o r i e d e r
A v a n t g a r d e " . A n t w o r t e n a u f P e t e r B ü r g e r s B e s t i m m u n g v o n K u n s t u n d b ü r g e r l i c h e r
G e s e l l s c h a f t , pp. 1 0 5 ss) h a e x a m i n a d o p o r m e n o r i z a d a m e n t e e s a p e r s p e c t i v a d e utilizació n
v a n g u a r d i s t a d e la alegoría, q u e es t a m b i é n u n a r e d u c c i ó n d e la m u l t i p l i c i d a d d e c o n t e x t o s q u e
la e n r i q u e c í a n e n el e n s a y o s o b r e el T r a u e r s p i e l .

1 4 5
 I V

L A P E R S P E C T I V A M A T E R I A L I S T A
 1, t e o l o g í a y p o l í t i c a

E L " G I R O M A T E R I A L I S T A " :
L A P R A X I S C O M O P E N I T E N C I A

B e n j a m i n a t r a v e s a b a las m á s e n o r m e s distancias, d e u n e x t r e m o al otro d e su p e n s a

m i e n t o , c o n u n a n a t u r a l i d a d e n v e r d a d a s o m b r o s a . A lo largo d e n u e s t r a e x p o s i c i ó n h e m o s
t e n i d o s o b r a d a o p o r t u n i d a d d e seguirle d e c e r c a e n tales trances, y h a s t a p u e d e q u e n o s h a y a
m o s a c o s t u m b r a d o u n p o c o a ellos. P e r o t o d a v í a resulta difícil c o m p r e n d e r c ó m o le f u e p o s i
ble, d e s d e las altísimas c u m b r e s e s p e c u l a t i v a s a las q u e se h a b í a e n c a r a m a d o e n su libro s o b r e
el b a r r o c o , atisbar p e s e a t o d o e n el h o r i z o n t e u n a i n v e r s i ó n radical d e su filosofía e n u n a
d i r e c c i ó n materialista, y ello h a s t a el p u n t o d e t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n m u y s e r i a m e n t e , a u n
q u e n u n c a sin e s c e p t i c i s m o , la e v e n t u a l i d a d d e u n i n g r e s o e n las filas d e P a r t i d o c o m u n i s t a
a l e m á n . El a s p e c t o a p a r e n t e m e n t e o s c u r o d e s e m e j a n t e t r a n s f o r m a c i ó n invita, quizás, a intro
d u c i r a l g u n a r e f e r e n c i a b i o g r á f i c a q u e arroje, si n o luz, sí al m e n o s u n a s o m b r a s o b r e la q u e
p u e d a recortarse el discurrir d e la teoría: h a c i a el a ñ o 1 9 2 4 , e n Capri, t o d a v í a i n m e r s o e n la
r e d a c c i ó n d e su T r a u e r s p i e l , el espíritu d e B e n j a m i n se v i o s e n s i b l e m e n t e c o n m o v i d o p o r u n a
n u e v a e i m p o r t a n t e a m i s t a d . S e trataba d e A s i a Lacis, r e v o l u c i o n a r i a r u s a q u e h a b í a t o m a d o
parte e n la D u m a y d e la q u e h a b l a b a c o n d e s a c o s t u m b r a d o e n t u s i a s m o [ B , 3 5 1 ] . A s i a fue
q u i e n le abrió a B e n j a m i n , h a s t a e s e m o m e n t o a l e j a d o p o r e n t e r o d e t o d a v e l e i d a d c o n d u c e n t e
a u n a i n t e r v e n c i ó n política efectiva, la u r g e n t e p e r s p e c t i v a d e "la a c t u a l i d a d d e u n c o m u n i s m o
radical", y ella q u i e n facilitaría, h a c i a el a ñ o 1 9 2 9 , su posterior a m i s t a d c o n Bertolt Brecht'.
N o h a d e extrañar, p u e s , q u e la influencia d e a q u e l l a m u j e r figurase incluida entre los d i v e r s o s
" p e l i g r o s " [ B , 3 5 3 ] q u e a m e n a z a b a n la feliz c o n c l u s i ó n d e s u s p l a t ó n i c o s e s f u e r z o s e n t o r n o al
b a r r o c o , q u e n a d a tenían q u e ver, al m e n o s e n apariencia, c o n s e m e j a n t e p u n t o d e vista2. P e r o
l o s p e l i g r o s e r a n otros, y s e h a l l a b a n e n el p r o p i o B e n j a m i n .
El s e n t i d o q u e d e s e a b a o t o r g a r a su i m p r e v i s t o " g i r o " h a c i a el m a t e r i a l i s m o d e b e ser
i n d a g a d o p r i m e r a m e n t e a t e n d i e n d o a la d e n s a c o r r e s p o n d e n c i a q u e B e n j a m i n m a n t u v o c o n
S c h o l e m . É s t e h a d o c u m e n t a d o s o b r a d a m e n t e el t e n o r d e a q u e l l a d i s c u s i ó n epistolar, tanto m á s
c o m p l i c a d a c u a n t o e n ella entraría e n j u e g o t a m b i é n la o p c i ó n p o r el j u d a í s m o , el p r o y e c t o d e
la e m i g r a c i ó n a P a l e s t i n a y la d e d i c a c i ó n a la e n s e ñ a n z a e n la U n i v e r s i d a d H e b r e a d e
Jerusalén, d o n d e su a m i g o se h a b í a instalad o y a e n el a ñ o 1 9 2 3 . N o p o d e m o s r e c r e a r n o s e n la
historia d e las reiteradas d e c i s i o n e s s e g u i d a s d e otras tantas a n u l a c i o n e s , d e las d e m o r a s y
v a c i l a c i o n e s e n las q u e B e n j a m i n e n c e n a g a b a t o d o lo referente al e s t u d i o d e la l e n g u a h e b r e a y
a su efectivo d e s e m b a r c o e n Jerusalén. q u e n u n c a , p o r lo d e m á s , llevaría a término'. P e r o e s a

1 4 9
 historia o b l i g a a r e c o n o c e r el h e c h o d e q u e el u n i v e r s o j u d í o v e n d r í a a representar, d u r a n t e
a q u e l l o s años, u n a instancia t e o l ó g i c a c o n la q u e h a b í a d e ser c o n f r o n t a d a la n u e v a o r i e n t a c i ó n
política. D e m o m e n t o interesa d e t e r m i n a r e n q u é m e d i d a e r a cierta la f r a n c a " d u p l i c i d a d " q u e
él m i s m o a d m i t í a frente a S c h o l e m y q u e éste le solía r e p r o c h a r , e s e a s p e c t o a m b i v a l e n t e al
m o d o d e u n a " c a b e z a d e J a n o " [B,489], c o n u n rostro materialista, e n cierta m a n e r a c o m u n i s t a ,
o c a s i o n a l m e n t e pro-soviético; y el otro religioso, p r e s u n t a m e n t e j u d í o y, e n m u y raros m o m e n
tos, v a g a m e n t e sionista.
B e n j a m i n advirtió d e s d e el p r i m e r m o m e n t o los p o s i b l e s e l e m e n t o s d e c o n t i n u i d a d
existentes entre la n u e v a p e r s p e c t i v a c o m u n i s t a y su p r e c e d e n t e p o s i c i ó n metafísica. E s t o s ele
m e n t o s le h a b í a n d e permitir establecer a l g u n a vía d e t r a d u c c i ó n d e los p r o b l e m a s t e o l ó g i c o s
q u e le i n t e r e s a b a n a u n o s t é r m i n o s q u e s u p o n í a p r o p i o s del m a t e r i a l i s m o . P e r o s u característi
c o r e c u r s o a la y u x t a p o s i c i ó n d e los e x t r e m o s y el b o r r a d o d e los límites, e n p o s d e u n e s t a d o
d e "indiferencia c r e a d o r a " , c o n v e r t í a e s a t r a n s p o s i c i ó n e n u n ejercicio tan v i o l e n t o c o m o extra
o r d i n a r i a m e n t e sutil. L a s frases q u e s i g u e n se e n c u e n t r a n e n u n a carta d e finales d e 1 9 2 4 , e n la
q u e a l u d e a la c o n c e p c i ó n d e la praxis e n H i s t o r i a y c o n c i e n c i a d e clase: " m u c h o m e e q u i v o c o
si e n la d i s c u s i ó n crítica d e los c o n c e p t o s h e g e l i a n o s y las tesis d e la d i a l é c t i c a h a c i a el c o m u
n i s m o n o se h a n d e m a n i f e s t a r los f u n d a m e n t o s d e m i n i h i l i s m o " [B,355]. S a b e m o s cuál p o d í a
llegar a ser el a l c a n c e d e e s e " n i h i l i s m o " , "política m u n d i a l " q u e se c o n c r e t a b a e n u n a e x p l o s i
v a c o m b i n a c i ó n d e a n a r q u i s m o y teocracia, s e g ú n la p o s i c i ó n h a s t a e s e m o m e n t o c o m p a r t i d a ,
si b i e n s ó l o p a r c i a l m e n t e , c o n el p r o p i o S c h o l e m 4 . P o c o d e s p u é s , e n d i c i e m b r e d e l m i s m o a ñ o ,
le h a b l a d e s u v o l u n t a d d e n o s e g u i r " e n m a s c a r a n d o e n lo a n c e s t r a l " los " a s p e c t o s a c t u a l e s y
políticos" d e s u p e n s a m i e n t o , s i n o d e "desarrollarlos, a m a n e r a d e e n s a y o , h a s t a el e x t r e m o "
[B,368], esto es, h a s t a el p u n t o e n q u e la teoría se c o n f u n d e c o n la praxis.
P e r o e s e d e s p l i e g u e h a c i a la praxis e s t a b a d e s t i n a d o a satisfacer, e n t o d o caso, u n a exi
g e n c i a d e o r d e n teológico. " A b a n d o n a r la esfera p u r a m e n t e teorética", escribía e n 1 9 2 6 , " e s
h u m a n a m e n t e p o s i b l e s ó l o d e d o s m a n e r a s : e n la o b s e r v a n c i a religiosa o e n la política. N o
a d m i t o diferencia entre estas d o s o b s e r v a n c i a s e n c u a n t o a s u q u i n t a e s e n c i a . P e r o t a m p o c o u n a
m e d i a c i ó n . M e e s t o y refiriendo a u n a i d e n t i d a d q u e ú n i c a m e n t e se d e m u e s t r a e n el p a r a d ó j i c o
v u e l c o d e la u n a e n la o t r a ( e n la d i r e c c i ó n q u e s e a ) (...). L a t a r e a n o e s a q u í d e c i d i r s e d e u n a
v e z p o r todas, sino a c a d a instante. P e r o d e c i d i r s e " [B,425]. E s claro e n estas frases el t o n o
c a t e g ó r i c o del i m p e r a t i v o d e la " d e c i s i ó n " , c o m o s u p e r e n t o r i a o r i e n t a c i ó n h a c i a la a c t u a l i d a d
d e lo instantáneo. " S i e m p r e radical, j a m á s c o n s e c u e n t e " [B,425]: así d e f i n e B e n j a m i n su acti
t u d p a r a c o n la praxis c o m u n i s t a . Si d e a l g u n a m a n e r a q u i s o e f e c t i v a m e n t e h a c e r l a s u y a , e s a
o p c i ó n se d e b i ó s e g u r a m e n t e a la privilegiada c o n e x i ó n del P a r t i d o c o n las m a s a s , frente a las
c u a l e s p o d í a d e s e m p e ñ a r el p a p e l d e " v a n g u a r d i a " . Y a q u e el intelectual, escribía, " n o p u e d e
r e n u n c i a r al estudio, a la praxis d e e s e m e c a n i s m o e n virtud del c u a l se a f e c t a n m u t u a m e n t e las
c o s a s (y las relaciones) y las m a s a s " [B,426]. P u e s sólo a través d e tal e x p e r i e n c i a p u e d e la
filosofía c o n c e b i r el "instante histórico", m á s allá d e la habitual "fraseología", c o m o u n a v e r
d a d e r a "lucha". E n e s a m i s m a carta d e c l a r a n o a v e r g o n z a r s e d e su " a n t i g u o " a n a r q u i s m o , del
q u e r e c h a z a sólo s u s m é t o d o s " i n a d e c u a d o s " , p e r o c o n f i e s a q u e los "fines del c o m u n i s m o " los
tiene, e n el f o n d o , p o r " u n sinsentido", e i n c l u s o los califica d e p r o p i a m e n t e "inexistentes", p o r
c u a n t o q u e la estricta esfera d e los fines e x c e d e los límites d e la política. M á s a ú n : la " a c c i ó n
c o m u n i s t a " sería j u s t a m e n t e "el c o r r e c t i v o d e s u s fines" [B,426]. A c a s o n o s e n c o n t r a m o s ante
u n a variante d e la i d e a d e la a c c i ó n c o m o esfera d e i n o c e n c i a e n la q u e e n j u g a r la c u l p a del
c o n o c i m i e n t o . E s a práctica se d e f i n e c o m o u n a o b s e r v a n c i a , es decir, u n a disciplina. T i e n e
casi el a s p e c t o d e u n a penitencia: el p e c a d o d e la teoría es s u abstracción, q u e B e n j a m i n trata

1 5 0
ría d e r e d i m i r p o r m e d i o d e u n sacrificio e n aras d e la praxis. Y a q u e sólo e n ella recibe la teo
ría s u a c t u a l i d a d y su c o n c r e c i ó n . L a o b s e r v a n c i a c o m u n i s t a se le p r e s e n t a b a , p o r tanto, c o m o
u n a v í a regia p a r a d o t a r d e c o n t e n i d o histórico s u p e n s a m i e n t o , el s u y o d e s i e m p r e , q u e s e g u í a
s i e n d o f u n d a m e n t a l m e n t e nihil ista5.

L A C R I S I S D E L A I N T E L I G E N C I A :
D I R E C C I Ó N Ú N I C A

A l t i e m p o q u e r e d a c t a b a s u tesis a c e r c a del T r a u e r s p i e l , su i n c o n t e n i b l e v o l u n t a d d e
d i s p e r s i ó n e m p u j a b a a B e n j a m i n a o c u p a r s e e n el t r a z a d o d e u n a n u e v a vía p a r a llegar a e x p r e
sión e n f o r m a d e escritura. S e trataba d e u n c a m i n o u r b a n o , q u e l l a m a r í a m o s m o d e r n o , p e r o
m a r c a d o i g u a l m e n t e p o r el e s t i g m a d e las o r d e n a c i o n e s míticas: E i n h a h n s t r a f i e , calle d e direc
c i ó n única, i n a p e l a b l e y sin retorno, d o n d e e x p o n í a e n p o c a s p á g i n a s la situación g e n e r a l del
intelecto e n las h o r a s bajas del capitalismo. 1niciado e n 1 9 2 3 , antes d e su e n c u e n t r o c o n A s i a
Lacis, y t e r m i n a d o e n 1 9 2 6 , e n vísperas d e su viaje a M o s c ú , este libro constituye, a d e m á s ,
u n o d e los m á s i m p o r t a n t e s d o c u m e n t o s e n t e s t i m o n i o del " g i r o " q u e h a b í a sufrido el p e n s a
m i e n t o d e B e n j a m i n . S e g ú n d e c l a r a b a , la i d e a consistía e n c o m p o n e r u n a " p l a q u e t t e p a r a los
a m i g o s " , u n c u a d e r n o d e p l i e g o s e n los q u e se p r o p o n í a reunir sus " s u e ñ o s , scherzi, aforis
m o s " [ B , 3 6 7 ] , c o l e c c i ó n d e v a r i a d o s y h e t e r o g é n e o s " m o t i v o s p r o f a n o s " , d e f r a g m e n t o s d e
t o d a clase y e n u n a m u l t i p l i c i d a d d e tonos. E r a lo q u e B l o c h calificaría c o m o "filosofía e n
f o r m a d e revista"6, u n a s u c e s i ó n d e s k e t c h e s d e patética m a t e r i a l i d a d d o n d e la c a r n e d e la cria
tura se e x h i b í a o b s c e n a m e n t e , d i g á m o s l o así, c o m o u n v e h í c u l o m a t e d e o r o p e l e s d e s l u m b r a n
tes. Así, trataba d e " c o m p r e n d e r la a c t u a l i d a d c o m o el r e v e r s o d e lo e t e r n o e n la historia",
s e g ú n e x p l i c a b a a H o f m a n n s t h a l [B,459], a la b ú s q u e d a d e "la m á s e x t r e m a c o n c r e c i ó n " e n s u
e x p o s i c i ó n del c u r s o y d e s t i n o d e la é p o c a [B,491], y su interés se acrecienta e n la m e d i d a e n
q u e esta p e r s p e c t i v a límite n o sólo d e s e m b o c ó , c o m o v e r e m o s , s u p r o y e c t o d e los P a s a j e s ,
sino q u e se convertiría i n c l u s o e n u n a c o n s t a n t e d e b u e n a parte d e la p r o d u c c i ó n b e n j a m i n i a n a ,
m u y c o n s c i e n t e m e n t e d e s p l e g a d a e n el m e d i o del c a m i n o q u e v a del e n s a y o a la " s o b r i a " p r o s a
c o m o p u r o y s i m p l e ejercicio d e la escritura. D e tal m o d o , a lo l a r g o d e los a ñ o s f u e a ñ a d i e n d o
" s o m b r a s b r e v e s " , s u e ñ o s y e s b o z o s , c o m e n t a r i o s , i m á g e n e s q u e i n c l u y ó e n u n a lista adicional
d e escritos d e d i v e r s o s i g n o q u e c o n s i d e r a r í a c o n t i n u a c i ó n d e su D i r e c c i ó n única7.
E s t e c o n j u n t o d e f r a g m e n t o s r e p r e s e n t a p r o b a b l e m e n t e la i m a g e n m á s d i s p e r s a d e
B e n j a m i n , p e r o t a m b i é n u n a d e las m á s exactas. S u telón d e f o n d o h a y q u e b u s c a r l o e n la c o n
c i e n c i a d e la crisis d e la tradición cultural y, p o r tanto, del i m p o s i b l e futuro q u e se a n u n c i a b a
p a r a el p r o y e c t o d e la 1lustración. E s a r u i n a d e la inteligencia p a r e c e h a b e r c o i n c i d i d o e n el
t i e m p o c o n la irrupción del c a p i t a l i s m o d e m a s a s . U n o d e los f r a g m e n t o s m á s t e m p r a n o s d e
D i r e c c i ó n única, P a n o r a m a imperial, subtitulado V i a j e a través d e la inflación a l e m a n a , se
c o m p o n e d e u n a p e q u e ñ a serie d e c u a d r o s q u e n o s ofrecen, e n c o n j u n t o , la m á s s o m b r í a y
h a s t a d e s e s p e r a d a d e s c r i p c i ó n del a b i s m o q u e p a r e c í a cernirse s o b r e la E u r o p a d e c o m i e n z o s
d e los a ñ o s veinte. B e n j a m i n m e d i t a b a s o b r e t o d o a c e r c a d e u n a " s i n g u l a r p a r a d o j a " : "la g e n t e
se p r o p o n e ú n i c a m e n t e a c t u a r s e g ú n el m á s m e z q u i n o interés privado, pero, al m i s m o t i e m p o ,
se v e m á s q u e n u n c a d e t e r m i n a d a e n s u c o n d u c t a p o r los instintos d e la m a s a . Y m á s q u e

151
 n u n c a y e r r a n tales instintos y se h a n h e c h o e x t r a ñ o s a la vida". E n tanto q u e "el o s c u r o i m p u l
so d e la bestia - c o m o i n c o n t a b l e s a n é c d o t a s relatan- e n c u e n t r a la salida d e u n peligro p r ó x i m o
q u e se siente t o d a v í a invisible", la s o c i e d a d h u m a n a se h u n d e e n "la e s t u p i d e z a n i m a l , p e r o sin
el e s t ú p i d o s a b e r d e las bestias". Peligraría, p o r tanto, "el e m p l e o p r o p i a m e n t e h u m a n o del
intelecto", q u e se a d e n t r a e n u n a o s c u r a fase d e " d e c a d e n c i a " [1V,95s] e n m e d i o d e u n " o d i o
frenético c o n t r a lo espiritual" [1V, 105].
P e r o esta e s p e l u z n a n t e visión del r e g r e s o a la barbarie - e n u n d i s c u r s o n o s i e m p r e dis
tante d e la v a g a a p a r i e n c i a d e j e r e m í a d a - t e r m i n a r í a p o r a s u m i r u n o s t o n o s a l g o m á s o p t i m i s t a s
y constructivos8. D e h e c h o , f u e j u s t a m e n t e e n e s e m i s m o libro d o n d e e n c o n t r a r o n s u l u g a r los
p r i m e r o s c o q u e t e o s b e n j a m i n i a n o s c o n a l g u n o s d e los m á s significativos " m o t i v o s p r o f a n o s "
d e la civilización d e las m e r c a n c í a s y los h o m b r e s e n m a s a . E l c u r i o s o a f o r i s m o c o n el q u e
c o m i e n z a su D i r e c c i ó n única, a m o d o d e a d v e r t e n c i a p r e v i a p a r a el lector, p o d r á ser c o n s i d e r a
d o c o m o u n auténtico p r o d i g i o d e a m b i g ü e d a d : " L a c o n s t r u c c i ó n d e la v i d a reside h o y m u c h o
m á s e n la f u e r z a d e los h e c h o s q u e d e las c o n v i c c i o n e s " . " B a j o tales circunstancias, la activi
d a d literaria v e r d a d e r a n o p u e d e aspirar a d e s e m p e ñ a r s e e n el á m b i t o literario -sino q u e esto es
m á s b i e n la e x p r e s i ó n u s u a l d e su i n f e c u n d i d a d " [1V, 85]. B e n j a m i n d a p o r s u p u e s t o q u e la
escritura n o d e b e r e n u n c i a r e n n i n g ú n c a s o a la " c o n s t r u c c i ó n d e la vida". P e r o " u n a eficacia
literaria d e i m p o r t a n c i a p u e d e c u m p l i r s e ú n i c a m e n t e a través d e la r i g u r o s a t r a n s f o r m a c i ó n del
o b r a r y el escribir". E l " u n i v e r s a l g e s t o del libro, lleno d e pretensiones", c o n c u r r e así e n d e s
v e n t a j a r e s p e c t o a ciertas " f o r m a s i n a p a r e n t e s " q u e se c o n f i g u r a n e n " h o j a s volantes, folletos,
artículos periodísticos, letreros" [1V,85]. " C o n v e n c e r es i n f e c u n d o " [1V,87], escribe p o c o d e s
pués. B e n j a m i n r e c o n o c e la d e b i l i d a d d e la h e r e n c i a ilustrada q u e p e r s i g u e u n c o n s e n s o racio
nal c o m o r e m e d i o p a r a los m a l e s d e la h u m a n i d a d . L o q u e h o y p a r e c e c o n t a r s o n los " h e c h o s "
dispersos, los efectos i n m e d i a t o s q u e se o b t i e n e n a s a l t a n d o al destinatario y p r e s e n t á n d o l e , p o r
tanto, n o a r g u m e n t a c i o n e s , s i n o violentas evidencias.
N a d a indica q u e tales c o s a s se le a n t o j e n n e c e s a r i a m e n t e deplorables. D e h e c h o , m u y
b i e n p o d r í a ser al revés, al m e n o s c u a n d o se c o n s i d e r a la i n d i s i m u l a d a f a s c i n a c i ó n d e q u e
B e n j a m i n h a c e g a l a frente al e s p e c t a c u l a r f e n ó m e n o d e los a n u n c i o s publicitarios, u n a d e las
m á s n o t a b l e s e x p r e s i o n e s del h u n d i m i e n t o del d i s c u r s o y d e la escritura e n f a v o r d e la i m a g e n y
la s e n s a c i ó n acuciante: " L o c o s s o n los q u e l a m e n t a n la d e c a d e n c i a d e la crítica. P u e s h a c e y a
m u c h o t i e m p o q u e p a s ó su hora. L a crítica es u n a s u n t o d e la justa distancia. S u c a s a está e n u n
m u n d o d o n d e i m p o r t a n las p e r s p e c t i v a s y los p r o s p e c t o s , d o n d e a ú n s e a p o s i b l e a d o p t a r u n
p u n t o d e vista" [1V, 131]. E n n u e s t r o s días, e s a distancia esencial q u e d a v e r t i g i n o s a m e n t e aboli
d a p o r la " m i r a d a m e r c a n t i l " q u e se h a instalado e n el " c o r a z ó n d e las cosas": tal es la m i r a d a
c o n q u e n o s o b s e q u i a el r e c l a m o publicitario. P u e s t o q u e el r e c l a m o "derriba el libre c a m p o d e
j u e g o d e la c o n t e m p l a c i ó n y n o s p o n e las c o s a s c o m o a q u e m a r r o p a , tan p e l i g r o s a m e n t e c e r c a
c o m o el a u t o q u e se a g i g a n t a e n la pantalla d e u n cine, d e m a s i a d o trepidante p a r a n o s o t r o s "
[1V,132]. Ello propicia el d e s p i d o final d e la "objetividad", la p é r d i d a d e las p r o p o r c i o n e s : " a n t e
las e n o r m e s i m á g e n e s e n los m u r o s d e los edificios, d o n d e " C h l o r o d o n t " y "Sleipnir" a p a r e c e n
c o m o g i g a n t e s al a l c a n c e d e la m a n o , se libera el s a l u d a b l e s e n t i m e n t a l i s m o al estilo a m e r i c a
no", a la v e z q u e los h o m b r e s , e n el cine, " a p r e n d e n otra v e z a llorar". " ¿ Q u é es lo q u e , a la p o s
tre, h a c e al r e c l a m o tan s u p e r i o r a la crítica?. N o lo q u e dice la luz roja del a n u n c i o d e n e ó n -
sino el c h a r c o e n c e n d i d o q u e la refleja e n el asfalto" [1V, 132]. E s e c h a r c o es el q u e h a r e s p l a n
d e c i d o s o b r e t o d o e n el cine, c u y o " t e m p o " , d i c e B e n j a m i n , vale i g u a l m e n t e p a r a el letrero
publicitario. S e trata d e u n r i t m o c r i s p a d o e i n t e r r u m p i d o , c o m o d e síncopa, e n contraste c o n la
c o n t i n u i d a d y la s o s e g a d a c o n c e n t r a c i ó n p r e s u n t a m e n t e r e q u e r i d a s p o r el d i s c u r s o escrito.

1 5 2
 E s a M a l l a r m é a q u i e n atribuye el m é r i t o d e h a b e r s e a n t i c i p a d o a su é p o c a : j u s t a m e n t e
e n el C o u p d e dés, d o n d e " a s i m i l a las t e n s i o n e s gráficas del r e c l a m o publicitario e n la i m a g e n
d e la escritura" [1V, 102]. L a t r a n s f o r m a c i ó n del p o e m a e n i m a g e n visual se c o r r e s p o n d e , p o r
tanto, c o n su n u e v a c o n d i c i ó n dispersa: "la escritura, q u e h a b í a e n c o n t r a d o u n asilo e n el libro
i m p r e s o , d o n d e d o m i n a b a su existencia a u t ó n o m a , es d e s p e r d i g a d a sin e n c o n o p o r los a n u n
cios e n las calles, y s u b o r d i n a d a a la brutal h e t e r o n o m í a del c a o s e c o n ó m i c o " [1V, 103]. E n
p e r i ó d i c o s y revistas, e n el cine y e n los g r a n d e s letreros se tiende a i m p o n e r la "dictatorial
verticalidad" d e la lectura, frente a la r e p o s a d a h o r i z o n t a l i d a d e x i g i d a p o r "la q u i e t u d arcaica
del libro", a la q u e y a n o p a r e c e p o s i b l e retornar. B e n j a m i n llega i n c l u s o a e s p e c u l a r s o b r e el
m o m e n t o e n q u e "la c a n t i d a d se c o n v i e r t a e n c a l i d a d " y e s a n u e v a f o r m a d e escritura e n i m á
g e n e s s e a r e c o g i d a p o r los poetas, c o m o d e s d e s i e m p r e h a s u c e d i d o , y se a b r a n al á m b i t o e n el
q u e m e j o r se c u m p l i r í a s u v o l u n t a d d e " c o n s t r u c c i ó n " : e n los " d i a g r a m a s técnicos y estadísti
cos". S e instaurará d e esta m a n e r a , c o n c l u y e , u n a "escritura d e c a m b i o internacional", m e r c e d
a la cual los p o e t a s " r e n o v a r á n su a u t o r i d a d e n la v i d a d e los p u e b l o s " y v o l v e r á n a o c u p a r el
l u g a r q u e u n a v e z les c o r r e s p o n d i ó c o m o " e x p e r t o s e n escritura" [1V, 104]. El t o n o e x a g e r a d o
e n el q u e se e s c u d a n estas frases d e B e n j a m i n a p e n a s logra e n c u b r i r la i n c u e s t i o n a b l e realidad
d e c u y a e v i d e n c i a p r o c e d e n .
P e r o n o es difícil e n t r e v e r b a j o tan radicales ideas u n cierto p a t h o s c l a r a m e n t e fatalista.
P a r a B e n j a m i n , el d e s t i n o d e n u e s t r a é p o c a es el i m p u e s t o p o r la técnica. E s la técnica la q u e
a m e n a z a c o n destruir la a u t o r i d a d q u e t o d a v í a p u d i e s e c o n s e r v a r la escritura, s o c a v a n d o inclu
s o s u p o s i b i l i d a d m i s m a d e sobrevivir. D i r e c c i ó n ú n i c a c o n c l u y e c o n u n a f o r i s m o titulado
H a c i a el planetario. " L a tierra sólo p e r t e n e c e r á a q u i e n e s v i v a n d e las f u e r z a s del c o s m o s " : e n
esta frase h a b r í a r e s u m i d o el h e b r e o Hillel el n ú c l e o m á s esencial d e la d o c t r i n a judía. E s a tra
d i c i ó n religiosa n o s h a l e g a d o inapreciables vestigios d e la f o r m a a n t i g u a d e trato c o n el uni
verso, q u e se d e t e r m i n a b a , ante todo, p o r u n a actitud d e " a b a n d o n o a u n a e x p e r i e n c i a c ó s m i
ca". E n la é p o c a m o d e r n a , e s a e x p e r i e n c i a y a n o se c o n o c e ni se c u m p l e s i n o " e n la e m b r i a
g u e z " . S ó l o e n ella e s t a b l e c e m o s u n a c o m u n i c a c i ó n c o n "lo m á s p r ó x i m o y lo m á s lejano, y
n u n c a lo u n o sin lo o t r o " [1V, 146]. P e r o su carácter es n e c e s a r i a m e n t e colectivo. L a r e c l u s i ó n
d e la e m b r i a g u e z e n la esfera d e la e n s o ñ a c i ó n privada, su r e d u c c i ó n a v i v e n c i a individual,
sería u n o d e los m a y o r e s errores del m o d e r n o p r a g m a t i s m o . L a e x p e r i e n c i a colectiva del uni
v e r s o t e r m i n a d e g e n e r a n d o e n súbita e x p l o s i ó n d e violencia. B e n j a m i n se r e m i t e al e s p e c t a c u
lar d e s p l i e g u e d e m e d i o s t é c n i c o s d u r a n t e la p r i m e r a g u e r r a m u n d i a l , p o r tierra, m a r y aire:
" E s t e e n o r m e g a l a n t e o c o n el c o s m o s se realizó p o r v e z p r i m e r a a e s c a l a planetaria, es decir,
e n el espíritu d e la t é c n i c a " [1V, 147). Y a q u e la h u m a n i d a d h a sido traicionada p o r la técnica
e n la m e d i d a e n q u e ésta q u e d ó e n m a n o s d e la clase d o m i n a n t e , q u e la t r a n s f o r m ó e n s u prin
cipal i n s t r u m e n t o : " E l d o m i n i o d e la naturaleza, e n s e ñ a n los imperialistas, es el s e n t i d o d e t o d a
técnica". " D o m i n i o d e la relación entre la n a t u r a l e z a y la h u m a n i d a d " , p r o p o n e B e n j a m i n p o r
su lado. " E l h o m b r e , c o m o especie, está d e s d e h a c e siglos al final d e su desarrollo; la h u m a n i
d a d , sin e m b a r g o , está e n s u s c o m i e n z o s " [ 1 V , 1 4 7 ] . L a t é c n i c a m o d i f i c a p o r c o m p l e t o la
"estructura" del ser h u m a n o . L a g u e r r a imperialista f u e c o m o u n e s p a s m o e n el q u e se h i z o
e v i d e n t e la " m a l a r e c e p c i ó n " d e los a v a n c e s d e la c i e n c i a e r r a d a m e n t e a s i m i l a d o s p o r n u e s t r a
n u e v a naturaleza9. L a s " r e v u e l t a s " q u e s i g u i e r o n a la g u e r r a fueron, dice B e n j a m i n , "el p r i m e r
intento d e d o m i n a r al n u e v o c u e r p o e n t o d a su fuerza. El p o d e r del proletariado es el t e r m ó m e
tro d e su c o n v a l e c e n c i a " . P u e s "el vértigo del a n i q u i l a m i e n t o s ó l o es v e n c i d o p o r el ser v i v i e n
te e n la e m b r i a g u e z d e la p r o c r e a c i ó n " [1V, 148].

1 5 3
 L a c o n s t r u c c i ó n del c o m u n i s m o aparece, p o r tanto, c o m o u n a e m p r e s a d e carácter " c ó s
m i c o " , u n a "política m u n d i a l " e n la q u e d e a l g ú n m o d o se trata se restituir a q u e l l a p r i m i t i v a
relación del h o m b r e c o n la naturaleza. A s í lo sugiere B e n j a m i n e n s e n d o s artículos d e 1 9 2 0 y
1 9 3 0 s o b r e L e s a b é n d i o , n o v e l a d e P a u l S c h e e r b a r t e n la cual se e x p o n d r í a la i m a g e n , cierta
m e n t e utópica, d e " u n a h u m a n i d a d q u e n o bailase al r i t m o m a r c a d o p o r el d i a p a s ó n d e su téc
nica", sino q u e se sirviera d e ella " d e u n a f o r m a h u m a n a " : los h o m b r e s a b a n d o n a r í a n p o r fin el
" g r o s e r o " e m p e ñ o e n " e x p l o t a r " la naturaleza, y se decidirían a "liberar f r a t e r n a l m e n t e " las
p o t e n c i a s d e l u n i v e r s o e n t e r o y a b r a z a r " l a c a u s a d e la c r e a c i ó n " c o m o la s u y a p r o p i a
[11,618,630]. B e n j a m i n n o s r e c u e r d a " q u e la tierra es u n astro", n a d a m á s q u e u n p l a n e t a erran
te e n el i n m e n s o e s p a c i o d e la creación. Así, la m e m o r i a del e s t a d o d e "criatura" e n q u e el
h o m b r e se e n c u e n t r a e n el m u n d o t é c n i c o se n o s r e v e l a c o m o la p u e r t a d e e m e r g e n c i a p o r
d o n d e p o d r í a n q u i z á s hallar u n a salida los atolladeros d e n u e s t r a civilización.
T r i u n f a n , p o r tanto, los h e c h o s s o b r e las c o n v i c c i o n e s , la m a s a s o b r e el intelecto, el
letrero l u m i n o s o s o b r e la crítica, la técnica s o b r e la e x p e r i e n c i a del c o s m o s . B e n j a m i n se halla
b a sin d u d a e n u n a e n c r u c i j a d a s u m a m e n t e c o m p r o m e t i d a . E n a q u e l l a tesitura, la "crisis d e la
inteligencia" b u r g u e s a p a r e c í a ser a u n t i e m p o la crisis d e la escritura m i s m a , el p u n t o final d e
la "tradición". S i n e m b a r g o , B e n j a m i n se c u i d a b a m u c h o d e n o limitarse a llorar el s i g n o d e
los t i e m p o s y responsabilizar del desastre a la n u e v a criatura t e c n o l ó g i c a s e d u c i d a p o r el posi
tivismo. E s éste u n o d e los r a s g o s q u e h a b r í a n d e distanciarle d e la q u e a ñ o s d e s p u é s se i m p o n
dría c o m o actitud característica d e la l l a m a d a E s c u e l a d e F r a n k f u r t y d e A d o r n o e n particular"'.
P a r a B e n j a m i n , la c u l p a se e n c u e n t r a s i e m p r e del l a d o d e q u i e n p o s e e el c o n o c i m i e n t o . L a s
a t a d u r a s q u e p r e t e n d í a establecer entre su p e n s a m i e n t o y las u r g e n c i a s d e la p r a x i s r e s p o n d í a n ,
c o n s e c u e n t e m e n t e , a u n a n e c e s i d a d m o r a l e n la q u e se h a l l a b a e n v u e l t a i g u a l m e n t e la c u e s t i ó n
d e la s u p e r v i v e n c i a . L a p e r s p e c t i v a c o m u n i s t a p o d í a representar u n c l a v o ardiente al q u e , n o
obstante, p a r e c í a n e c e s a r i o ü f e r r a r s e .

I N V I E R N O E N M O S C Ú ;
" M E L A N C O L Í A D E I Z Q U I E R D A S '

P u e s t o q u e "el crítico es el estratega d e la l u c h a literaria", " q u i e n n o p u e d e t o m a r parti

do, d e b e callar"; "la o b j e t i v i d a d d e b e r á sacrificarse s i e m p r e al espíritu d e partido": tal e r a el
t o n o d e las trece tesis e n las q u e B e n j a m i n c o n d e n s a b a "la técnica del crítico", b a j o u n a a p a
riencia i r ó n i c a m e n t e categórica, e n u n o d e los a f o r i s m o s d e D i r e c c i ó n ú n i c a [1V, 108]. A pri
m e r a vista, éste p a r e c e h a b e r sido el espíritu q u e h a b r í a d e presidir su a z a r o s a actividad, cierta
m e n t e irregular y n o m u y c o n v i n c e n t e , d e s p l e g a d a e n el terreno d e la publicística d e s d e m e d i a
d o s d e los a ñ o s veinte h a s t a el final d e s u s días". E n t r e e s a s n u m e r o s a s críticas, r e s e ñ a s y
c o m e n t a r i o s d e s i g n o d i v e r s o se e n c u e n t r a n u n o s c u a n t o s escritos e n los q u e B e n j a m i n testi
m o n i a b a su interés p o r la cultura soviética. A q u í n o s r e f e r i r e m o s tan sólo a u n o d e los m á s sig
nificativos. E n efecto, la revista d e B u b e r , D i e K r e a t u r , le d i o f i n a l m e n t e la o p o r t u n i d a d d e
rendir u n a visita a M o s c ú , capital d e la r e v o l u c i ó n y p i e d r a d e t o q u e d e c i s i v a e n o r d e n a c e n
trar e f e c t i v a m e n t e su n u e v a perspectiva. Allí pasó, e n efecto, el frío i n v i e r n o d e 1 9 2 6 - 2 7 . L a
m i s i ó n consistía e n p o n e r p o r escrito sus i m p r e s i o n e s del viaje. B e n j a m i n interpretaba su tarea

1 5 4
 c o m o sigue: " T o d a teoría q u e d a r á lejos d e m i e x p o s i c i ó n . D e este m o d o m e será posible, c o m o
espero, dejar h a b l a r d i r e c t a m e n t e a la criatura", y añadía: "trato d e o f r e c e r u n a r e p r e s e n t a c i ó n
d e la c i u d a d d e M o s c ú e n el m o m e n t o actual, e n el q u e t o d o l o f á c t i c o es y a teoría" [B,442s].
E n este m i s m o s e n t i d o a p u n t a n las frases q u e d e s d e allí escribió a s u a m i g a J u l a R a d t : " E l
m o m e n t o p r e s e n t e (...) t i e n e u n v a l o r e x t r a o r d i n a r i o . T o d o e s t á e n c o n s t r u c c i ó n o e n r e c o n s
trucción, y casi c a d a instante p l a n t e a c u e s t i o n e s n o t a b l e m e n t e críticas. L a s t e n s i o n e s e n la v i d a
p ú b l i c a - q u e tienen, e n g r a n parte, u n carácter f r a n c a m e n t e t e o l ó g i c o - s o n tan g r a n d e s , q u e b l o
q u e a n t o d o lo p r i v a d o e n u n a d i m e n s i ó n i n i m a g i n a b l e " [ B , 4 3 9 ] . B e n j a m i n e n t e n d í a la v i d a
m o s c o v i t a c o m o u n e n o r m e e x p e r i m e n t o histórico d o n d e se j u z g a b a , d e a l g ú n m o d o , el d e s t i n o
m i s m o d e la e x p e r i e n c i a religiosa: " c a d a idea, c a d a d í a y c a d a v i d a y a c e n a q u í c o m o e n la
m e s a d e u n laboratorio" [1V, 325], escribiría e n el texto d e s t i n a d o a D i e K r e a t u r . T o d o h e c h o
singular se d e t e r m i n a c o m o instancia d e u n g r a n d i o s o ejercicio d e t r a n s f o r m a c i ó n histórica,
ella m i s m a incierta, e n c u y o m a r c o totalizador n o es i m p o s i b l e justificar, d e a l g ú n m o d o , tanto
los errores parciales c o m o los sacrificios individuales. B e n j a m i n se m u e s t r a i m p r e s i o n a d o p o r
la s u p r e s i ó n b o l c h e v i q u e d e la v i d a p r i v a d a y d e la p r e s u n t a " l i b e r t a d " d e la inteligencia
[1V,327s], p e r o lo cierto es q u e n o p a r e c e l a m e n t a r l o e n e x c e s o [1V,337s]. P o r el contrario, se
a f a n a p o r ser " o b j e t i v o " r e s p e c t o al " a c o n t e c e r t e m p o r a l " . P a r a ello, dice, n o h a y q u e p r e g u n
tarse q u é realidad o q u é d e s i g n i o s o n los m e j o r e s c a m i n o s , sino m á s b i e n interrogarse a c e r c a
d e esto otro: " Q u é realidad es í n t i m a m e n t e c o n v e r g e n t e c o n la v e r d a d ? Q u é v e r d a d f a v o r e c e
í n t i m a m e n t e s u c o n v e r g e n c i a c o n lo real?". " S ó l o a q u e l q u e , e n su decisión, h a h e c h o las p a c e s
dialécticas c o n el m u n d o p u e d e c o n c e b i r lo c o n c r e t o " [1V,317]. F i r m a r las " p a c e s dialécticas
c o n el m u n d o " significaba, d e a l g u n a m a n e r a , n e g o c i a r p a r a el p e n s a m i e n t o u n a r e n d i c i ó n
h o n o r a b l e : s o m e t e r l o a las e x i g e n c i a s del c o l e c t i v o c o m o ú n i c o m e d i o p a r a facilitar s u s u p e r v i
vencia. P u e s ú n i c a m e n t e a través d e la realidad colectiva p u e d e la teoría, p o r así decir, c a r g a r
se d e c o n t e n i d o histórico. D e este m o d o , lo "fáctico" del o r d e n social r e v o l u c i o n a r i o y d e la
l u c h a c o m u n i s t a q u e d a b a e l e v a d o a la d i g n i d a d d e la "teoría", a d q u i r í a u n a peculiar c u a l i d a d
e n el m a r c o del p r o c e d e r h e r m e n é u t i c o b e n j a m i n i a n o y se c o n v e r t í a e n f u n d a m e n t o positivo d e
u n a teología p r o f a n a , d e u n a d o c t r i n a d e la q u e p r á c t i c a m e n t e pasaría a f o r m a r parte.
C i e r t a m e n t e , B e n j a m i n n o se h a c í a d e m a s i a d a s ilusiones a c e r c a d e s u futuro c o m o mili
tante del Partido. F u e e n M o s c ú d o n d e el p r o b l e m a se le p r e s e n t ó e n los t é r m i n o s m á s claros.
S e g ú n lo f o r m u l a e n su D i a r i o d e a q u e l viaje, p a r a él se trataba d e u n a c u e s t i ó n tanto m á s
u r g e n t e c u a n t o q u e n o e r a s i n o a l g o "secundario"'2. P e r o ¿ p o d r í a "transferir" la "estructura" d e
su habitual p r o d u c c i ó n , "sin r u p t u r a " , a e s a n u e v a situación?: " E i n c l u s o e n este c a s o "la
estructura" h a b r í a d e ser s o s t e n i d a p o r c i r c u n s t a n c i a s exteriores, u n a p l a z a d e redactor, p o r
e j e m p l o " " . T a l es, sin d u d a , el a s p e c t o " m a t e r i a l " del p r o b l e m a , q u e B e n j a m i n n u n c a p u d o
permitirse el lujo d e d e s e s t i m a r . P e r o la v e r d a d es q u e el e v e n t u a l i n g r e s o e n el P a r t i d o tendía
a c o n t e m p l a r l o ante t o d o c o m o u n e x p e d i e n t e f o r m a l c u y a m a y o r v e n t a j a sería la d e " p o d e r
p r o y e c t a r los p r o p i o s p e n s a m i e n t o s , p o r así decir, e n u n c a m p o d e f u e r z a s p r e v i a m e n t e d a d o "
[V1, 136], esto es, e n u n á m b i t o social h i s t ó r i c a m e n t e vivo, tenso, activo, d o n d e la teoría p u d i e
ra recibir su a l i m e n t o diario.
E n c u a l q u i e r caso, sí e s v e r d a d q u e e n a q u e l l o s a ñ o s n o a b r i g a b a y a d u d a a l g u n a res
p e c t o al s e n t i d o c a t e g ó r i c o d e la e x i g e n c i a d e u n c o m p r o m i s o p o r parte del intelectual. L a
r u i n a d e la inteligencia "libre" p a r e c í a h a b e r s e c o n s u m a d o . E l p a p e l q u e los intelectuales
h a b í a n v e n i d o d e s e m p e ñ a n d o d u r a n t e la fase d e a s c e n s o d e la b u r g u e s í a , q u e les c o n c e d i ó u n
i m p o r t a n t e p r o t a g o n i s m o , h a b í a periclitado p o r c o m p l e t o e n los r e p l i e g u e s del c a p i t a l i s m o tar
dío; c i e r t a m e n t e , el intelectual d e s p e c h a d o r e a c c i o n a b a e n o c a s i o n e s a d o p t a n d o "el r e m e d o

1 5 5
 [ M i m i k r y ] d e la existencia proletaria, sin p o r ello e n c o n t r a r s e l i g a d o ni lo m á s m í n i m o a la
clase t r a b a j a d o r a " [111,175]. P e r o la cultura es u n privilegio del q u e n i n g ú n intelectual p u e d e
j a m á s d e s p r e n d e r s e . Y a e n 1 9 3 0 , e n s u c o m e n t a r i o al libro d e K r a c a u e r , D i e A n g e s t e l l t e n ,
B e n j a m i n a m p l i a r í a e s a idea: "la proletarización del intelectual casi n u n c a h a c e u n proletario",
y sus p a l a b r a s finales s o n u n e l o g i o d e K r a c a u e r , el cual se h a b r í a a l e j a d o d e "los radicales
p r o d u c t o s a la m o d a " p a r a o p t a r m á s c o r r e c t a m e n t e p o r u n a "politización d e la inteligencia",
esto es, " d e la p r o p i a clase", ú n i c a esfera e n la q u e u n intelectual p u e d e e s p e r a r o b t e n e r a l g u n a
e f i c a c i a " i n d i r e c t a " [ 1 1 1 , 2 2 4 ] '4. E s a p o s e r a d i c a l d e l a q u e r e n i e g a e r a l a d e l " g e s t o r e v o l u c i o n a
r i o " e n " p a p i e r - m a c h é " ', d e l i n t e l e c t u a l q u e s e u b i c a e l e g a n t e m e n t e " a l a i z q u i e r d a d e l o p o s i
ble e n g e n e r a l " , e n la v a n a d e f e n s a d e " u n r a d i c a l i s m o al q u e y a n o le c o r r e s p o n d e e n a b s o l u t o
n i n g u n a a c c i ó n p o l í t i c a " [ 1 1 1 , 2 8 1 ]. T a l e r a e l p a t h o s q u e B e n j a m i n d e n o m i n a b a " m e l a n c o l í a d e
izquierdas", " u n r e m e d o proletario d e la b u r g u e s í a d e c a d e n t e " : " s u f u n c i ó n es producir, d e s d e
el p u n t o d e vista político, n o partidos, s i n o cliques; d e s d e el p u n t o d e vista literario, n o e s c u e
las, sino m o d a s : d e s d e el p u n t o d e vista e c o n ó m i c o , n o p r o d u c t o r e s , sino a g e n t e s " [111,280],
hasta t r a n s f o r m a r la l u c h a política d e " m e d i o d e p r o d u c c i ó n " e n " m e d i o d e c o n s u m o " ' 5 .

' L A C I M A D E L A A M B I V A L E N C I A "

L a p o s t u l a c i ó n a p a r e n t e d e u n a e n t r e g a del espíritu a la positividad del colectivo, s u

o p u e s t o , c o n f i r m a el a s p e c t o penitencial d e la c o n v e r s i ó n d e B e n j a m i n a la praxis. A s í lo s o s
p e c h a b a S c h o l e m . S u d i s c u s i ó n c o n B e n j a m i n a l c a n z ó su p u n t o á l g i d o e n la p r i m a v e r a d e
1 9 3 1 , e n u n c r u c e d e cartas a p r o p ó s i t o del K a r l K r a u s , e n s a y o s o b r e el q u e i n m e d i a t a m e n t e
a ñ a d i r e m o s a l g ú n c o m e n t a r i o . B e n j a m i n le h a b í a e n v i a d o la c o p i a d e u n escrito dirigido a M a x
R y c h n e r , e n el q u e e x p o n í a los p u n t o s esenciales d e su actual p o s i c i ó n e n el f l a n c o materialis
ta. P a r a e m p e z a r , ello n o p a r e c í a e n t r a ñ a r u n a b a n d o n o d e l m é t o d o q u e h a b í a e m p l e a d o e n el
libro s o b r e el T r a u e r s p i e l , el cual, s e g ú n dice, " n o e r a c i e r t a m e n t e materialista, p e r o sí e r a y a
d i a l é c t i c o " y c o m p a t i b l e , se s u p o n e , c o n la c o n c e p c i ó n dialéctica d e M a r x . E n realidad,
B e n j a m i n se refiere m á s b i e n al atisbo siguiente: q u e "existe u n a m e d i a c i ó n - a u n c u a n d o m u y
t e n s a y p r o b l e m á t i c a - d e s d e m i m u y particular p o s i c i ó n filosófico-lingüística a la f o r m a d e
c o n t e m p l a c i ó n p r o p i a del m a t e r i a l i s m o dialéctico" [B.523]. L a " p o s i c i ó n " a la q u e se refiere
n o es sino su o r i e n t a c i ó n h e r m e n é u t i c a religiosa: " n u n c a h e p o d i d o investigar ni p e n s a r d e otro
m o d o q u e e n u n s e n t i d o t e o l ó g i c o , si s e m e p e r m i t e d e c i r l o así -a s a b e r , e n c o n f o r m i d a d c o n la
d o c t r i n a t a l m ú d i c a d e los c u a r e n t a y n u e v e niveles d e s e n t i d o d e c a d a p a s a j e d e la T o r a h "
[B,524],
E s t e tipo d e a l u s i o n e s místicas n o p o d í a satisfacer a S c h o l e m . L a tradición cabalística
constituía p a r a él u n á m b i t o d e m a s i a d o serio q u e n o d e b í a ser f r í v o l a m e n t e p r o y e c t a d o e n
m e t á f o r a s p r o f a n a s aptas p a r a ser a c e p t a d a s p o r los gentiles. L a lectura del e n s a y o s o b r e K r a u s
le h a b í a c o n v e n c i d o d e q u e B e n j a m i n e s t a b a s i e n d o v í c t i m a d e " u n a e s p e c i e s i n g u l a r m e n t e
a g u d a d e a u t o e n g a ñ o " [B.525]. S e trataba d e la " c o n f u s i ó n entre religión y política" [ B , 5 2 9 ] ,
q u e se m a n i f e s t a b a c o m o u n a identificación i n m e d i a t a d e su m e t a f í s i c a del l e n g u a j e c o n los
m é t o d o s d e la dialéctica materialista. E n tanto q u e p r o d u c t o d e u n a e x t r a p o l a c i ó n ilegítima, el
c o m p o n e n t e materialista n o se m o s t r a b a e n s u s escritos sino c o m o u n " e l e m e n t o f o r m a l " artifi

1 5 6
 cioso, u n a m e r a " f r a s e o l o g í a " v e n i d a d e f u e r a q u e i n e x o r a b l e m e n t e h a b í a d e e n t o r p e c e r el d e s
p l i e g u e d e s u " f o r m a real d e p e n s a r " , sin d u d a i n c o m p a t i b l e c o n la t o s q u e d a d d e la visión b o l
c h e v i q u e del m u n d o y d e la s o c i e d a d . S c h o l e m le r e p r o c h a b a s u error d e " j u g a r c o n las a m b i
v a l e n c i a s y los f e n ó m e n o s d e interferencia" resultantes d e tal c o n j u n c i ó n d e m é t o d o s d i s p a r e s
[B,526]. E n su respuesta, B e n j a m i n d a b a p r u e b a s d e u n a característica t e n d e n c i a a h a c e r d e la
n e c e s i d a d virtud y t e r m i n a r a s u m i e n d o e s a efectiva a m b i v a l e n c i a c o m o e l e m e n t o f u n d a m e n t a l
d e s u p o s i c i ó n teórica: así, n o q u i e r e a r r o g a r s e otro acierto q u e "el d e la f a l s e d a d necesaria,
sintomática, p r o d u c t i v a " ; " e s t o y d e c i d i d o a llevar a d e l a n t e m i e m p e ñ o e n t o d a s las c i r c u n s t a n
cias, p e r o el e m p e ñ o n o es el m i s m o b a j o c u a l q u i e r circunstancia. D e lo q u e se trata es, m á s
bien, d e u n a c u e s t i ó n d e c o r r e s p o n d e n c i a . Y r e s p o n d e r c o r r e c t a m e n t e -esto es, d e m o d o
" c o r r e c t o " - a u n a falsa situación, esto es a l g o q u e n o m e h a s i d o c o n c e d i d o . N i es d e s e a b l e e n
absoluto, e n la m e d i d a e n q u e u n o subsiste c o m o i n d i v i d u o y se halla d e t e r m i n a d o a s e g u i r
h a c i é n d o l o " [ B , 5 3 0 s ] . A p e n a s c a b e i m a g i n a r u n a d e f e n s a m á s a m b i g u a . B e n j a m i n a d m i t e
i n c l u s o el carácter " c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i o " q u e s u s escritos p o d í a n revestir d e s d e el p u n t o d e
vista d e la o r t o d o x i a c o m u n i s t a ; s u g i e r e q u e e n tal c a s o sería o p o r t u n o "desnaturalizarlos,
c o m o el alcohol", a fin d e " h a c e r l o s resuelta y a u t é n t i c a m e n t e i n a c e p t a b l e s p a r a ser c o n s u m i
d o s " p o r la b u r g u e s í a : s ó l o esta actitud haría p o s i b l e "la m a y o r claridad", a saber, "la d e a q u e l
q u e se distancia d e la c o m u n i c a c i ó n " [B,531]. N o p u e d e n e x t r a ñ a r e n t o n c e s s u s p a l a b r a s fina
les: "así p u e s , n o te faltarán r a z o n e s p a r a calificar lo q u e y o l l a m o i n e q u í v o c o c o m o la c i m a d e
la a m b i v a l e n c i a . B i e n está: h e a l c a n z a d o u n e x t r e m o . U n n á u f r a g o a la d e r i v a s o b r e los restos
del n a u f r a g i o , m i e n t r a s trepa h a s t a la p u n t a del mástil q u e y a se h u n d e . P e r o le q u e d a la posibi
lidad d e l a n z a r d e s d e allí u n a señal p a r a su rescate" [B,532]. E n efecto, "la p u n t a del m á s t i l "
e r a "la c i m a d e la a m b i v a l e n c i a " , d o n d e , s e g ú n le replicaría S c h o l e m , "la m o r a l i d a d d e las
c o n c e p c i o n e s n o p o d r í a s i n o d e g r a d a r s e " b a j o a q u e l l a i n m e n s a tensión, hasta t e r m i n a r p o r h u n
dirse d e f i n i t i v a m e n t e ; y es e n este c o n t e x t o e n el q u e le advierte c o n t r a el peligro d e u n suici
d i o del intelecto, p r e v i n i é n d o l e e n particular c o n t r a su " a n h e l o d e c o m u n i d a d " , i n c l u s o d e la
" c o m u n i d a d apocalíptica d e la r e v o l u c i ó n " , m e d i a n t e el cual trataría d e c o m p e n s a r su " h o r r o r a
la s o l e d a d " [B,533].
A m p l i a m e n t e c o n d i c i o n a d a p o r la indecisa actitud d e B e n j a m i n r e s p e c t o a su d e d i c a
c i ó n al u n i v e r s o h e b r a i c o , q u e p a r e c i ó descartar d e u n a m a n e r a definitiva tras s u e s t r e c h a t o m a
d e c o n t a c t o c o n B r e c h t e n 1 9 2 9 , su d i s p u t a c o n S c h o l e m d e s e m b o c a r í a p o r n e c e s i d a d e n u n
callejón sin salida. E n 1 9 3 4 , d e c e p c i o n a d o p o r el estilo d e p e n s a m i e n t o r e p r e s e n t a d o p o r el tra
b a j o S o b r e la p o s i c i ó n social q u e el escritor f r a n c é s o c u p a a c t u a l m e n t e , q u e B e n j a m i n h a b í a
t e n i d o q u e r e d a c t a r e n 1 b i z a e n c o n d i c i o n e s p r e c a r i a s , S c h o l e m le p r e g u n t a b a si e r a é s a la f i g u
ra e n q u e h a b í a d e r e c o n o c e r s e u n " c r e d o c o m u n i s t a " [B,604]. P e r o e s e r e p r o c h e n o e r a del
t o d o justo. B e n j a m i n n o h a b í a d e j a d o n u n c a d e insistir e n el carácter " e x p e r i m e n t a l " d e s u
n u e v a p o s i c i ó n [ B , 3 8 2 , 4 2 5 ] . El c o m u n i s m o n o e r a p a r a él u n o b j e t o d e fe, s i n o u n i n s t r u m e n t o
d e c o n e x i ó n c o n la praxis, u n a "infraestructura político-filosófica" p a r a sus e n s a y o s , casi u n
e x p e d i e n t e d e o r d e n t é c n i c o [1,987]. P e r o la ú l t i m a p a l a b r a d e B e n j a m i n al r e s p e c t o la e n c o n
t r a r e m o s e n la p r i m e r a d e las Tesis s o b r e la historia, d e 1 9 4 0 , d o n d e n o s p r e s e n t a la figura d e
" u n m u ñ e c o trajeado a la t u r c a " q u e , s e n t a d o ante u n a m e s a d e ajedrez, e r a c a p a z d e v e n c e r a
cualquiera. E n realidad, b a j o la m e s a se e s c o n d í a " u n e n a n o j o r o b a d o q u e e r a m a e s t r o e n el
j u e g o del a j e d r e z y q u e g u i a b a m e d i a n t e hilos la m a n o del m u ñ e c o . P o d e m o s i m a g i n a r n o s u n
e q u i v a l e n t e d e este a p a r a t o e n la filosofía. S i e m p r e t e n d r á q u e g a n a r el m u ñ e c o q u e l l a m a m o s
" m a t e r i a l i s m o histórico". P o d r á h a b é r s e l a s sin m á s c o n c u a l q u i e r a , si t o m a a s u s e r v i c i o a la
teología q u e , c o m o es sabido, es h o y p e q u e ñ a y fea y n o d e b e dejarse v e r e n m o d o a l g u n o "

1 5 7
 [1,693]. P e r o esta i m a g e n exigirá d e t e r m i n a r q u i é n es e n v e r d a d el a m o y q u i é n el servidor.
P u e s t o q u e , c i e r t a m e n t e , es el " e n a n o j o r o b a d o " q u i e n m u e v e los hilos, p e r o s i g u e s i e n d o a fin
d e c u e n t a s u n e n a n o i m p r e s e n t a b l e , c o n d e n a d o a la s o l e d a d d e su e s c o n d i t e , m i e n t r a s el
" m u ñ e c o " l e " t o m a a su servicio" y él solo se a p u n t a lo s tr iunfos'6.

1 5 8
 2. M A T E R I A L I S M O Y L E N G U A J E

K A R L K R A U S ,
O L A C R I S I S D E L L E N G U A J E

L a c o n c i e n c i a d e la crítica situación d e la cultura occidental, y del c o n s i g u i e n t e deterio

ro d e la tradición d e la escritura, n o p o d í a sino exigir d e B e n j a m i n u n a seria r e c o n s i d e r a c i ó n d e
su d o c t r i n a s o b r e el lenguaje. Y tanto m á s c u a n t o q u e - y a lo h e m o s a n u n c i a d o - él insistía e n
r e c o n o c e r u n a " t e n s a y p r o b l e m á t i c a " , p e r o n o p o r ello m e n o s real m e d i a c i ó n entre su " p o s i
c i ó n filosófico-lingüística" y el m a t e r i a l i s m o dialéctico [B,523]. E n efecto, la m o d e r n a c o n d i
c i ó n técnica d e la criatura h u m a n a , la d i s p e r s i ó n c o m u n i c a t i v a i m p u e s t a p o r los n u e v o s m e d i o s
p a r e c í a r e d u c i r la a n t i g u a c o n f u s i ó n b a b é l i c a al m o d e s t o r a n g o d e la m e r a a n é c d o t a . ¿ C ó m o ,
e n t o n c e s , s e g u i r s o s t e n i e n d o a q u e l l a bíblica c o n c e p c i ó n a c e r c a del " n o m b r e " , a q u e l l a i d e a d e
la " t r a d u c c i ó n " c o m o e x p r e s i ó n del " l e n g u a j e p u r o " ? ¿ C ó m o p e r s e v e r a r e n u n a visión del len
g u a j e c o m o u n á m b i t o s a g r a d o q u e se v a d e s p l e g a n d o e n la historia p a r a así d a r f o r m a a la
R e v e l a c i ó n ? . L a figura central e n t o r n o a la cual se articularía e s a incierta m e d i a c i ó n la consti
t u y ó e n el B e n j a m i n "materialista" el c o n c e p t o d e " m í m e s i s " . E s e n este m a r c o e n el q u e se
a b r e a la n u e v a o r i e n t a c i ó n su anterior p e r s p e c t i v a espiritualista s o b r e la " m a g i a " del lenguaje.
A lo largo d e s u s escritos d e los a ñ o s treinta, a q u e l l a m á g i c a "infinitud" d e la c o n t e m p l a c i ó n
te o l ó g i c a q u e d a r í a e n cierta f o r m a delimitada, p e r o n o o lv i d a d a , e n u n a a p r o x i m a c i ó n d e a c e n
to nihilista d o n d e la relación originaria entre el h o m b r e y la palabra, la i n m e d i a t e z n o m i n a l ,
p a r e c e q u e d a r p r e s e r v a d a e n la a f i r m a c i ó n d e u n a suerte d e a b s o l u t a i n m a n e n c i a del l e n g u a j e
r e s p e c t o a la n a t u r a l e z a y d e la p a l a b r a r e s p e c t o a s u objeto. E s t a d o c t r i n a " m i m é t i c a " r e c u p e r a
p a r a el " m a t e r i a l i s m o " casi t o d o s los m o t i v o s j u d í o s m á s f u n d a m e n t a l e s q u e y a h e m o s t e n i d o
o c a s i ó n d e e x a m i n a r , p e r o e s o s m o t i v o s se n o s a p a r e c e n a h o r a m u y m a t i z a d o s p o r otros n o
m e n o s i m p o r t a n t e s e l e m e n t o s e x t r a í d o s d e l u n i v e r s o b a r r o c o tal c o m o el p r o p i o B e n j a m i n l o
interpretaba, y p a t e n t e m e n t e d e s u d o c t r i n a d e la alegoría.
M í s t i c a ju día, m a t e r i a l i s m o a n t r o p o l ó g i c o y visión b a r r o c a del l e n g u a j e y d e la historia:
éstas s o n las tres d i m e n s i o n e s principales e n las q u e se h a d e p r e s e n t a r el c o n c e p t o b e n j a m i n i a -
n o d e " m í m e s i s " . Y las tres e n t r a b a n e n j u e g o e n a q u e l p r i m e r intento s u y o d e e x p o n e r , d e u n
m o d o e l a b o r a d o , el s e n t i d o d e s u p r o y e c t a d a t r a d u c c i ó n d e los " a n t i g u o s m o t i v o s " t e o l ó g i c o s a
u n c o n t e x t o q u e se p r e t e n d í a materialista: e n el e n s a y o s o b r e K a r l K r a u s ( 1 9 3 1 ) , q u e tanto
e s c a n d a l i z a s e a S c h o l e m p o r su c o n f u s i ó n y c o m p l a c i e n t e a m b i v a l e n c i a . D e h e c h o , la trayecto
ria intelectual d e K r a u s p o d í a ofrecer a B e n j a m i n u n e x c e l e n t e m o d e l o d e r e s p u e s t a crítica a la
triste situación d e la cultura y u n talante q u e le e r a bastante afín e n m á s d e u n respecto. E l

1 5 9
 largo escrito q u e le d e d i c ó , u n o d e los m á s brillantes, lo p r e s e n t a b a c o m o u n " h o m b r e u n i v e r
sal", u n fiero " c o m b a t i e n t e " del espíritu [1V, 121] q u e f a t a l m e n t e h a b í a d e t e r m i n a r c h o c a n d o
c o n el m u n d o . N a t u r a l m e n t e , el eje central e n t o r n o al cual gira s u c o m e n t a r i o es el t e m a del
lenguaje. L o f u n d a m e n t a l es el m o d o e n q u e K r a u s , a juicio d e B e n j a m i n , v i v e y c o n t e m p l a el
l e n g u a j e d e s d e u n a p e r s p e c t i v a e n la q u e se hallan i n v o l u c r a d a s las esferas d e la historia y la
teología, es decir, e n la actitud del q u e p e r c i b e ante t o d o el d e v e n i r d e la p a l a b r a e n tanto q u e
depositaria d e la v e r d a d r e v e l a d a a los h o m b r e s .
T a l sería el s e n t i d o del " o d i o " d e K r a u s h a c i a la p r e n s a y los periodistas, o b j e t o princi
pal d e sus virulentas p o l é m i c a s e n D i e F a c k e l . B e n j a m i n a d m i r a su " l u c h a c o n t r a la fraseolo
gía", c o n t r a la d e g e n e r a c i ó n del d i s c u r s o e n cliché, e n "frase h e c h a " . L a "fraseología", escribe,
" n o es s i n o m a n i f e s t a c i ó n d e u n a arbitrariedad lingüística, utilizada e n el p e r i o d i s m o p a r a
e n t r o n i z a r la a c t u a l i d a d s o b r e las c o s a s " [11, 3 3 5 ] . P a r a K r a u s , " e l p e r i o d i s m o e s e n t e r a m e n t e
la e x p r e s i ó n d e la f u n c i ó n alterada del l e n g u a j e e n el m u n d o del alto capitalismo. L a fraseolo
g í a (...) e s el s i g n o m e r c a n t i l q u e h a c e p o s i b l e el c o m e r c i o c o n el p e n s a m i e n t o , y q u e , c o m o
o r n a m e n t o d e c o r a t i v o , recibe su v a l o r del a f i c i o n a d o " [11,337]. El triunfo d e la a c t u a l i d a d o b e
d e c e , p u e s , a m o t i v o s p r o f a n o s , i m p u r o s , mercantiles. L a c o s a se c o n v i e r t e e n a c o n t e c i m i e n t o
periodístico, y el l e n g u a j e se desarticula e n u n repertorio d e frases cosificadas, prestas a ser
i n v o c a d a s al r i t m o m a r c a d o p o r los h e c h o s : " L o s q u e a h o r a n a d a tienen q u e decir, p u e s t o q u e
los h e c h o s h a n t o m a d o la palabra, s i g u e n h a b l a n d o . ¡El q u e t e n g a a l g o q u e decir, q u e se a d e
lante y calle!" [11,338].
D e tal m o d o , el m u n d o d e la p r e n s a r e p r e s e n t a la c o n s a g r a c i ó n d e la " i n a u t e n t i c i d a d " ,
el e s t a d o d e f a l s e d a d universal c o n t r a el q u e se r e v u e l v e K r a u s e n su e s f u e r z o d e " d e s e n m a s c a
r a m i e n t o " . P e r o es e n v a n o . P u e s la " i n a u t e n t i c i d a d " d e la p r e n s a es " u n a d e r i v a c i ó n d e la téc
nica", frente a la cual n o c a b e s i n o el r e c o n o c i m i e n t o d e la i m p o t e n c i a . " L a m a q u i n a r i a d e u n
p e r i ó d i c o necesita d e frases c o m o u n a fábrica necesita m a n o d e o b r a y u n m e r c a d o " [11,336].
1 n c l u s o los " h e c h o s " q u e d a n s o m e t i d o s a la a v i d e z d e e s a m á q u i n a . P u e s t o q u e la p r e n s a " n o
s ó l o p r e t e n d e q u e los a c o n t e c i m i e n t o s v e r d a d e r o s c o n s i s t e n e n las noticias s o b r e e s o s a c o n t e c i
m i e n t o s , sino q u e p r o d u c e e s a m i s t e r i o s a i d e n t i d a d p o r la cual s i e m p r e s u r g e la a p a r i e n c i a d e
q u e los h e c h o s d e b e n ser p r e v i a m e n t e c o m u n i c a d o s antes d e p o d e r ser c u m p l i d o s , e i n c l u s o
a n t e s d e p r e s e n t a r s e s u p o s i b i l i d a d m i s m a . (...) N u e v a m e n t e la m a q u i n a r i a n o s h a s u p e r a d o "
[11,344].
E s e s a i m p o t e n c i a la q u e p a r e c e c o n d u c i r a K r a u s a erigir su d i s c u r s o s o b r e la radicali-
d a d d e u n " p a t e t i s m o bíblico" c u y o " p a t r ó n " t e r m i n a siendo, c o m o e n B e n j a m i n , d e o r d e n teo
lógico. K r a u s r e p r e s e n t a el " a s p e c t o d e s t r u c t i v o " d e la " p r e s e n c i a d e á n i m o " q u e m o r a l m e n t e
" s ó l o d i s t i n g u e entre m o n s t r u o s i d a d e s " [11,339]. E s lo q u e B e n j a m i n d e n o m i n a "tacto". El
"tacto", e n efecto, n o es el arte del trato h u m a n o r e s p e t u o s o d e la c o n v e n c i ó n social. " P o r el
contrario, el tacto es la facultad d e e n c a r a r las relaciones sociales, sin eludirlas, c o m o relacio
n e s naturales, m á s a ú n , c o m o relaciones paradisíacas, p a r a s a b e r h a c e r frente n o s ó l o al rey,
c o m o si l l e v a r a la c o r o n a e n la c a b e z a d e s d e el n a c i m i e n t o , s i n o t a m b i é n al l a c a y o , c o m o si
f u e r a u n A d á n e n librea" [11,339]. N o p u e d e a s o m b r a r n o s q u e e n este p u n t o h a g a s u triunfal
reaparición el c o n c e p t o d e "criatura". E n realidad, el tacto n o es sino " e x p r e s i ó n d e u n a c o n
v e n c i ó n d e s c o n o c i d a " , u n o r i g e n o l v i d a d o e n c u y o o l v i d o reside la culpa: la c o n d i c i ó n natural,
la secular e i n s o s l a y a b l e v u l n e r a b i l i d a d d e la criatura. B e n j a m i n cita u n largo e i l u m i n a d o r
f r a g m e n t o d e Stifter e n el q u e se v a l o r a la ley m o r a l c o m o la m a n i f e s t a c i ó n d e u n a l e g a l i d a d
universal a la q u e se s o m e t e la n a t u r a l e z a e n s u c o n j u n t o . " E l r a y o q u e d e s t r o z a u n a casa, la
t o r m e n t a q u e p r o d u c e u n incendio, la m o n t a ñ a q u e e s c u p e llamas, el t e r r e m o t o q u e agita p a í s e s

1 6 0
 enteros", t o d o esto n o serían s i n o p e q u e ñ a s c o s a s s u c e d i d a s e n o b e d i e n c i a a " l e y e s m u y s u p e
riores". " C u a n d o los h o m b r e s se e n c o n t r a b a n e n su n i ñ e z - p r o s i g u e Stifter-, y su visión espiri
tual n o e s t a b a a ú n a f e c t a d a p o r la ciencia, e r a n i m p r e s i o n a d o s p o r lo m á s c e r c a n o y c o n t i n g e n
te, y l l e v a d o s al terror y la a d m i r a c i ó n ; p e r o c u a n d o s u inteligencia se a b r i ó y c o m e n z a r o n a
advertir las c o n e x i o n e s existentes, los f e n ó m e n o s i n d i v i d u a l e s se h u n d i e r o n e n la p r o f u n d i d a d ,
m i e n t r a s q u e la l e g a l i d a d g a n a b a c a d a v e z m a y o r altura, c e s a n d o las m a r a v i l l a s y d o m i n a n d o ,
e n c a m b i o , la a d m i r a c i ó n " [11,340]. Q u e d a así descrito, al m o d o ilustrado, el p r o c e s o d e s e c u
larización histórica d e la n a t u r a l e z a sagrada. " Y e s o s c h u b a s c o s y rayos, t o r m e n t a s , i n c e n d i o s
y t e r r e m o t o s v i l m e n t e s e c u l a r i z a d o s " - c o n c l u y e B e n j a m i n - , K r a u s "los h a v u e l t o a r e c u p e r a r
d e la creación, al convertirlos e n su r e s p u e s t a histórica universal frente a la c o n d i c i ó n sacrílega
del h o m b r e " [11,340]. D e tal m o d o , el c o n c e p t o d e "criatura" a p a r e c e c l a r a m e n t e referido a la
"historia natural", a la v i s i ó n d e la historia c o m o u n a s u c e s i ó n i n e x o r a b l e d e terrores y catás
trofes. E l " d e r r o t i s m o planetario" d e K r a u s se a p o y a e n su nostalgia d e lo t o d a v í a i n h u m a n o
- " a n i m a l e s , plantas, n i ñ o s " - a la vista d e lo m a l a m e n t e h u m a n o : la historia se le p r e s e n t a sólo
c o m o "el p á r a m o q u e s e p a r a a s u r a z a d e la creación, c u y o ú l t i m o a c t o será u n a c o n f l a g r a c i ó n
u n i v e r s a l " [11,341]. L a p r e s e n c i a d e m o t i v o s e x t r a í d o s p o r B e n j a m i n del libro s o b r e el b a r r o c o ,
y a p e n a s " t r a d u c i d o s " , es evidente.
Así, K r a u s " h i z o oficio del d e s c u b r i m i e n t o d e n u e v o s e n e m i g o s " [11,342]. T a l e r a su
m a n e r a d e e n t e n d e r el "tacto". D e s u i m p o t e n c i a c o m o " h o m b r e p r i v a d o " , d e su v u l n e r a b i l i d a d
frente al d o m i n i o t é c n i c o e n el q u e se a p o y a la historia y su sujeto colectivo, K r a u s h i z o u n a
f o r m a d e vida. S u feroz i n d i v i d u a l i s m o , sin e m b a r g o , le c o n f i n ó e n la s o l e d a d y le d e s t i n ó a la
derrota. B e n j a m i n h a b l a del " j u e g o e x t r a ñ o entre u n a teoría r e a c c i o n a r i a y la p r a x i s r e v o l u c i o
naria" [11,342]. A h o r a bien, era p r e c i s a m e n t e e s e " j u e g o e x t r a ñ o " y a m b i g u o el q u e B e n j a m i n
d e s e a b a d o m i n a r . É s t a es la r a z ó n p o r la q u e , e n o c a s i o n e s , resulta tan clara la relación q u e
B e n j a m i n e s t a b l e c e entre sí m i s m o y la i m a g e n q u e se f o r m a d e K r a u s , s o b r e el q u e u n a y otra
v e z p r o y e c t a s u s p r o p i a s ideas y estrategias. B e n j a m i n d e s t a c a e n f á t i c a m e n t e su " g e n i o m í m i
c o " , s u c a p a c i d a d m i m é t i c a p a r a d e s e n m a s c a r a r p o r m e d i o d e la m á s c a r a [11,346s] y rizar el
rizo d e la r e p r e s e n t a c i ó n . " S o y - d e c í a K r a u s - q u i z á s el p r i m e r c a s o d e u n escritor q u e v i v e
s i m u l t á n e a m e n t e lo q u e escribe c o m o u n actor d e teatro" [11,346]. B e n j a m i n v e a K r a u s c o m o
u n " d e m o n i o " gesticulante y fingidor q u e imita los r a s g o s d e su e n e m i g o y los p o n e e n e v i d e n
cia para, d e este m o d o , revelar su falsedad. H e a q u í q u e la d e m o n í a c a a m b i g ü e d a d d e K r a u s
residiría p r e c i s a m e n t e e n s u facultad d e identificación c o n el a g r e s o r . " 1 n c l i n á n d o s e ante el
o t r o (...) e s c o m o a c t ú a K r a u s , p e r o p a r a d e s t r u i r l o " . S u t é c n i c a e s la d e l r e m e d o : a p a r e n t a n d o
p o n e r s e e n el l u g a r del e n e m i g o , lo t r a n s f o r m a e n caricatura. S e trata d e "ritos d e d e s e n m a s c a
r a m i e n t o m í m i c o " [11,347], c o m o lo s o n la cita -la m e n c i ó n e n D i e F a c k e l - o la p o e s í a m i s m a
d e K r a u s .
D e tal m a n e r a se h a c e m a n i f i e s t a la e s t r e c h a r e l a c i ó n existente entre el s u p u e s t o " g e n i o
m í m i c o " y la d o c t r i n a del l e n g u a j e q u e B e n j a m i n e s p e r a b a extraer d e K r a u s . El p u n t o e n el q u e
c o n f l u y e n a m b o s a s p e c t o s - m í m e s i s y l e n g u a j e - n o es sino su p r o f u n d o n ú c l e o mítico, su gravi
tar e n t o r n o al m u n d o d e la e x p e r i e n c i a sin sujeto racional. B e n j a m i n s u b r a y a la d e b i l i d a d d e
K r a u s p o r ciertas figuras culturales c a r g a d a s d e u n a peculiar p e r v e r s i d a d , c l a r a m e n t e r e p r e s e n
tativas d e otros tantos m o t i v o s arcaicos t o d a v í a p r e s e n t e s e n la e r a d e la prensa. A s í c o m o la
g e n i a l i d a d d e K r a u s c o m o satírico es interpretada p o r B e n j a m i n c o m o u n a f o r m a m o d e r n a d e
a v i d e z a n t r o p o f á g i c a [11, 3 5 5 ] , s u f a s c i n a c i ó n a n t e la o p e r e t a d e O f f e n b a c h s e le a p a r e c e c o m o
u n a m u e s t r a d e s u a m o r p o r los fetiches. K r a u s atisbaba e n ella u n m u n d o a n á r q u i c o , u n a suerte
d e p a n d e m o n i u m erótico d e s u e ñ o s y f a n t a s m a g o r í a s d e c o n m o v e d o r a i m b e c i l i d a d . B e n j a m i n le

161
 c o m p a r a c o n u n a n u n c i a d o r d e c a s e t a d e feria q u e d e p r o n t o l e v a n t a el telón y d e j a v e r u n " g a b i
nete d e los horrores". L e i m a g i n a c o n " u n a m i r a d a d e p r o x e n e t a , u n a m i r a d a q u e corta el alien
to, m e d i o a p a g a d a y m e d i o brillante, c o n la q u e invita a las b o d a s d e s e a d a s c o n los f a n t a s m a s ,
entre los c u a l e s él m i s m o n o se r e c o n o c e , u s a n d o así, p o r ú l t i m a vez, el o d i o s o privilegio d e la
a m b i g ü e d a d " [11,357]. E s e m i s m o privilegio es el q u e inviste la solidaria c o m p l i c i d a d d e K r a u s
c o n r e s p e c t o al m u n d o d e la prostitución. "Espíritu y s e x o se m u e v e n e n u n a solidaridad c u y a
ley es la a m b i g ü e d a d " [11,350]. L a s prostitutas s o n las m á s c a r a s q u e p o n e n ante los o j o s la h i p ó
crita f a l s e d a d del a m o r b u r g u é s , el i g n o r a n t e d e la culpa, c u y a v e r d a d n o sería sino "lascivia";
tal es i g u a l m e n t e la " a m b i g ü e d a d d e m o n í a c a " d e la prostitución [11,352]. L a prostituta es la
periodista del a m o r , así c o m o el periodista es la prostituta del lenguaje'7.
" E l d e m o n i o , e m p e r o , q u e arroja a la p u t a a la calle, c o n d e n a al literato al tribunal"
[11,353]. E s e "tribunal" n o es otro q u e el l e n g u a j e m i s m o . " A d o r a r la i m a g e n d e la justicia
d i v i n a c o m o l e n g u a j e -incluso e n el p r o p i o i d i o m a a l e m á n - es el a u t é n t i c o salto m o r t a l judío,
c o n e l c u a l t r a t a d e e s c a p a r a l a v í a t r a z a d a p o r e l d e m o n i o " [ 1 1 , 3 4 9 ] l*. E l " s a l t o m o r t a l " e n s a
y a d o p o r K r a u s n o lleva a u n a d e s e s p e r a d a c o n c e n t r a c i ó n e n la infinitud subjetiva, c o m o e n
K i e r k e g a a r d , sin o a u n a e n t r e g a al l e n g u a j e c o m o "el l u g a r d o n d e se p r o d u c e la santificación
del n o m b r e " , p u e s " s ó l o c o n e s a v e r d a d del j u d a í s m o " se o p o n e K r a u s a "la teurgia d e la p a l a
b r a e n c a r n a d a " [11,359]. B e n j a m i n p a r e c e r e c o r d a r así la c o n t r a p o s i c i ó n entre la l e n g u a pura,
n o m i n a l , del e s t a d o d e la creación, " i m a g e n d e la justicia divina ", y s u d e g e n e r a c i ó n instru
m e n t a l tras la c a í d a originaria. L a c o r r e s p o n d e n c i a entre L e y y Justicia se r e s q u e b r a j a e n la
esfera m í t i c a d e la c u l p a y el d e r e c h o . T a l es la c o n s t e l a c i ó n e n la q u e se m u e v e K r a u s . S u
" a m o r p l a t ó n i c o al l e n g u a j e " [11,362] le i n d u c e a b u s c a r e n él e s e " o r i g e n " p e r d i d o y o l v i d a d o
p o r el m u n d o t é c n i c o . " P r o v i e n e s d e l o s o r í g e n e s -el o r i g e n e s la m e t a " , c i t a B e n j a m i n
[11,360]; e s e " o r i g e n " es "el r a s g o d e a u t e n t i c i d a d e n los f e n ó m e n o s " , " o b j e t o d e u n d e s c u b r i
m i e n t o q u e , d e m a n e r a peculiar, se u n e al r e c o n o c i m i e n t o " [11,360], y q u e e n c u e n t r a su e x p r e
sión e n el " n o m b r e " .
P e r o el " n o m b r e " d e los f e n ó m e n o s n o se m u e s t r a i n m e d i a t a m e n t e , s i n o q u e h a d e ser
c o n s t r u i d o e n el á m b i t o m i s m o d e su p e r v e r s a c o n d i c i ó n . " N o m b r a r " las c o s a s e q u i v a l e a n o
juzgarlas, p e r o n o p o r q u e s e a n inocentes, s i n o sólo p o r q u e c a r e c e m o s , e n tanto q u e "criaturas",
d e v e r d a d e r o s e l e m e n t o s d e juicio. El sujeto, p o r así decir, h a d e r e n u n c i a r a su p r o p i a s u b s t a n -
cialidad y c e d e r la p a l a b r a e n t e r a m e n t e al f e n ó m e n o lingüístico, q u e d e este m o d o i n c o r p o r a
ría, r e d i m i é n d o l o s , los ancestrales p o d e r e s m á g i c o s " . B e n j a m i n s e ñ a l a e n K r a u s d o s vías prin
cipales, y a m e n c i o n a d a s , h a c i a la " a u t e n t i c i d a d " d e l l e n g u a j e . L a p r i m e r a es la lírica, la
" r i m a " . E s la e x p r e s i ó n d e la criatura q u e se d e j a d o m i n a r p o r el lenguaje. S u v e r d a d e r o sujeto
es el niño, q u e s a b e j u g a r c o n las p a l a b r a s p o r q u e t o d a v í a n o las necesita c o m o h e r r a m i e n t a s
[11,361]. " C u a n t o m á s d e c e r c a se o b s e r v a u n a palabra, d e s d e m á s lejos p a r e c e q u e n o s m i r a " ,
h a b í a d e c l a r a d o K r a u s . " A s í se h a c e m a n i f i e s t a e n s u l e n g u a j e la p r i m i t i v a relación erótica
entre c e r c a n í a y lejanía: c o m o r i m a y c o m o n o m b r e . E n c u a n t o r i m a , el l e n g u a j e b r o t a del
m u n d o d e las criaturas; e n c u a n t o n o m b r e , a b s o r b e a t o d a s las criaturas e n sí"; p e r o la figura
principal d e la l e n g u a " n o m i n a l " e n K r a u s es la r e p r e s e n t a d a p o r la "cita": " C i t a r u n a p a l a b r a
q u i e r e decir c o n v o c a r l a c o n su n o m b r e " [11,362], c o n d u c i r l a a n t e el tribunal s u p r e m o d e la jus
ticia lingüística. " E n la cita r e d e n t o r a y s a n c i o n a d o r a , el l e n g u a j e se m a n i f i e s t a c o m o la m a d r e
d e la justicia. E l l e n g u a j e l l a m a a la p a l a b r a p o r su n o m b r e ; la extrae v i o l e n t a m e n t e del c o n t e x
to; y al h a c e r l o la lleva n u e v a m e n t e a s u origen". B e n j a m i n c o m p a r a la cita c o n "el l e n g u a j e d e
los á n g e l e s " , del q u e sería reflejo, " d o n d e t o d a s las palabras, s e p a r a d a s d e su relación idílica
c o n el sentido, se c o n v i e r t e n e n l e m a s d e L i b r o d e la C r e a c i ó n " [11,363]2".

1 6 2
 K r a u s a p a r e c e f i n a l m e n t e c o m o u n ángel, u n h e r a l d o d e D i o s q u e a n u n c i a la purificado-
ra d e s t r u c c i ó n d e lo "inauténtico". Y a q u e " n o h a y u n a liberación idealista del mito, sino u n a
liberación materialista", así c o m o " n o h a y p u r e z a a l g u n a e n el o r i g e n d e la criatura, sino sólo
u n a purificación" [11,365]. L a r e d e n c i ó n q u e d a c o n f i r m a d a c o m o u n p r o c e d e r " m i m é t i c o " - u n a
r i m a , u n a cita, u n n o m b r e - e n el q u e se c u m p l e n la r e n u n c i a y la d i s o l u c i ó n del sujeto e n el
lenguaje. E s e p r o c e d e r se c o l o c a p o r e n c i m a d e "las a m b i g ü e d a d e s constructivas del d e r e c h o " .
S e erige e n b r a z o d e la violencia d i v i n a y n o sirve sino a la destrucción. B e n j a m i n se r e m i t e a
la figura del A n g e l u s N o v u s d e K l e e , q u e , s e g ú n dice, "prefiere liberar a los h o m b r e s al quitar
les algo, e n l u g a r d e satisfacerlos d á n d o l e s algo", y t e r m i n a e v o c a n d o a e s o s á n g e l e s q u e .
s e g ú n el T a l m u d , s o n c r e a d o s a c a d a instante e n i n n u m e r a b l e s cantidades, para, l u e g o d e h a b e r
e l e v a d o t a m b i é n s u v o z a n t e D i o s , c e s a r d e ser y d e s a p a r e c e r e n la n a d a " [11,367]. D e tal
m o d o , la suerte d e la victoria s o b r e el m i t o se d i r i m e e n la posibilidad d e su d i s o l u c i ó n e n u n a
teología nihilista. El " n o m b r e " d e las c o s a s e n el e s t a d o m í t i c o se d e t e r m i n a c o m o s u e x p r e
sión " m i m é t i c a " . L a " m a g i a " del l e n g u a j e es r e d i m i d a c o m o m i s t e r i o r e s c a t a d o d e s u m a l a
a p a r i e n c i a d e m o n í a c a .

E L L E N G U A J E C O M O " M I M E S I S "

N o pasaría m u c h o t i e m p o d e s d e el e n s a y o s o b r e K r a u s hasta q u e la n u e v a d o c t r i n a del

l e n g u a j e a p a r e c i e s e y a e x p l í c i t a m e n t e e l a b o r a d a e n sus líneas f u n d a m e n t a l e s . El trabajo m á s
d e c i s i v o al r e s p e c t o es su escrito S o b r e la f a c u l t a d m i m é t i c a (1933). S e trataba d e u n a s e g u n d a
v e r s i ó n e n la q u e B e n j a m i n recogía, c o n p o c a s variaciones, las ideas y f o r m u l a c i o n e s f u n d a
m e n t a l e s d e u n a noticia r e d a c t a d a m e s e s antes - L e h r e v o m Á h n l i c h e n - , y a la q u e atribuiría, sin
d u d a , u n a e n o r m e i m p o r t a n c i a . S u p u n t o d e partida era e n a m b o s c a s o s el m i s m o : " L a n a t u r a
le za p r o d u c e s e m e j a n z a s . B a s t a c o n p e n s a r e n el m i m e t i s m o a n i m a l . P e r o la m á s alta c a p a c i
d a d d e p r o d u c i r s e m e j a n z a s es característica del h o m b r e . El d o n d e percibir s e m e j a n z a s , q u e
p o s e e , n o es m á s q u e el resto r u d i m e n t a r i o d e la o b l i g a c i ó n e n u n t i e m p o violenta d e asimilar
se y d e c o n d u c i r s e d e c o n f o r m i d a d c o n ello" [11,210]. E s a e x i g e n c i a d e a c o m o d a c i ó n sería la
p r i m e r a a la q u e h a d e h a c e r frente t o d a criatura v i v a q u e t o d a v í a n o h a y a a l c a n z a d o el r a n g o y
lo s h o n o r e s d e l s u j e t o . E n e s t e s e n t i d o , la f a c u l t a d m i m é t i c a " t i e n e u n a h i s t o r i a " .
O n t o g e n é t i c a m e n t e , e s a historia c o m i e n z a e n el m u n d o infantil, e n c u y o s j u e g o s r e c o n o c e
B e n j a m i n la " e s c u e l a " p r i m a r i a d e l m i m e t i s m o , el á m b i t o e n el c u a l el n i ñ o a p r e n d e a " h a c e r "
d e otr a cosa, a o l v i d a r su incipiente i d e n t i d a d y t r a n s f o r m a r s e incluso e n m o l i n o d e v i e n t o o e n
l o c o m o t o r a [11,210]. F i l o g e n é t i c a m e n t e , s u s o r í g e n e s se r e m o n t a n al m u n d o a n i m a l y, r e c u e r d a
B e n j a m i n , se d e s p l e g a r í a n e n el h o m b r e a n t i g u o e n prácticas c o m o la d a n z a o c r e e n c i a s c o m o
las d e la astrología o la m a g i a .
E s t a s c o n s i d e r a c i o n e s c o n d u c e n i n m e d i a t a m e n t e al p r o b l e m a q u e a B e n j a m i n le intere
sa c o m e n t a r . E n efecto, ¿ q u é s u c e d e e n el adulto, q u é s u c e d e e n el h o m b r e e v o l u c i o n a d o c o n
e s e p r i m i t i v o d o n ? E n efecto, se diría, e n el h o m b r e m o d e r n o p a r e c e p r o d u c i r s e u n "debilita
m i e n t o " d e tal facultad, " p u e s t o q u e es e v i d e n t e q u e el m u n d o p e r c e p t i v o del h o m b r e m o d e r n o
n o c o n t i e n e m á s q u e e s c a s o s restos d e aquellas c o r r e s p o n d e n c i a s y a n a l o g í a s m á g i c a s q u e e r a n
f a m i l i a r e s a los p u e b l o s a n t i g u o s " [11,211]. S i n e m b a r g o , m á s q u e u n a " d e c a d e n c i a " real,

1 6 3
 B e n j a m i n c o n t e m p l a e n ello u n a " t r a n s f o r m a c i ó n " del m e d i o e n el q u e se c u m p l e la m í m e s i s ,
q u e p a s a r í a a c e n t r a r s e e n las " s e m e j a n z a s n o sensibles": las p r e s e r v a d a s e n la l e n g u a , s u
" c a n o n " . " D e tal suerte -concluirá-, la l e n g u a sería el e s t a d i o s u p r e m o del c o m p o r t a m i e n t o
m i m é t i c o y el m á s p e r f e c t o a r c h i v o d e s e m e j a n z a s n o sensibles: u n m e d i o al cual e m i g r a r o n
sin r e s i d u o s las m á s a n t i g u a s f u e r z a s d e p r o d u c c i ó n y r e c e p c i ó n m i m é t i c a , h a s t a a c a b a r c o n las
d e la m a g i a " [11,213].
B e n j a m i n a p e l a a tales s e m e j a n z a s sin d e t e n e r s e e n m a y o r e s e x p l i c a c i o n e s . E l carácter
" n o sensible" d e e s a relación m i m é t i c a p r e s e r v a d a e n el l e n g u a j e n o s p r e v i e n e , sin e m b a r g o ,
r e s p e c t o d e t o d a interpretación a p r e s u r a d a q u e viese e n ella u n a c o r r e s p o n d e n c i a i n m e d i a t a
m e n t e a n a l ó g i c a entre c a d a r e p r e s e n t a c i ó n lingüística y s u objeto. L a s s e m e j a n z a s entre el len
g u a j e y el m u n d o d e b e r í a n ser e n t e n d i d a s m á s b i e n c o m o u n resto d i s p e r s o d e u n a p r i m i t i v a
i n d i f e r e n c i a c i ó n anterior al s u r g i m i e n t o del sujeto. E n este c o n t e x t o , el s e s g o a n t r o p o l ó g i c o
perceptible e n el a r r a n q u e d e su escrito p a r e c e orientarse f i n a l m e n t e h a c i a u n a d i m e n s i ó n entre
m e t a f í s i c a y teológica: la d e a q u e l l a e x p e r i e n c i a e n la q u e se haría m a n i f i e s t a u n a v e r d a d n o
i n t e n c i o n a l q u e B e n j a m i n trataba d e "salvar"2'.
D o s a ñ o s m á s tarde, e n su noticia s o b r e E l p r o b l e m a d e la s o c i o l o g i a d e l l e n g u a j e
(1934), B e n j a m i n a b o r d a r í a d e n u e v o el t e m a p a r a ofrecer, e n actitud d e " a p r e n d i z " [ B , 6 3 8 ] ,
u n a s o m e r a e x p o s i c i ó n d e a l g u n a s d e las m á s relevantes c o n c e p c i o n e s s o b r e el o r i g e n y el f u n
d a m e n t o d e la l e n g u a , e n u n f u g a z intento d e a p r o x i m a r s u s ideas a las i n v e s t i g a c i o n e s científi
c a s especializadas. P o d e m o s describir e s e r e p a s o t o m a n d o c o m o p u n t o d e partida la crítica d e
B ü h l e r a la c o n c e p c i ó n o n o m a t o p é y i c a del o r i g e n del l e n g u a j e [111,454], q u e B e n j a m i n califica
d e "teoría m i m é t i c a e n s e n t i d o estricto", p e r o c u y a s u p e r a c i ó n n o h a c e sino p o n e r e n j u e g o
otra teoría m i m é t i c a " e n u n s e n t i d o m u c h o m á s a m p l i o " [111,478], q u e se hallaría p r e s e n t e d e
a l g u n a m a n e r a e n las ideas d e L é v y - B r u h l a c e r c a d e la m e n t a l i d a d primitiva, c u y o l e n g u a j e
sería c o n c e b i d o s o b r e la b a s e d e u n " c o m p o r t a m i e n t o v o c a l d e s c r i p t i v o " del q u e d e r i v a r í a n sus
c u a l i d a d e s m á g i c a s [111,455s], o e n los p l a n t e a m i e n t o s d e C a s s i r e r a c e r c a d e los " c o n c e p t o s -
i m á g e n e s " e n los q u e se p l a s m a r í a el " i m p u l s o d e c o n c e n t r a c i ó n " característico del p e n s a m i e n
to m í t i c o [111,456s], e incluso e n la q u e d e n o m i n a " c o n t e m p l a c i ó n objetiva del l e n g u a j e " f u n
d a d a p o r P l a t ó n y Aristóteles [111,468]. E s n o t a b l e q u e B e n j a m i n a p r o v e c h e d e n u e v o u n a s fra
ses d e M a l l a r m é p a r a d a r e n t r a d a a los párrafos c o n c l u s i v o s d e su e x p o s i c i ó n : " L a d a n z a r i n a
n o es u n a m u j e r , sino u n a m e t á f o r a q u e e x p r e s a u n a s p e c t o d e f o r m a s e l e m e n t a l e s d e n u e s t r a
existencia: u n a e s p a d a , u n a c o p a , u n a flor". Y a ñ a d e B e n j a m i n : " C o n esta c o n s i d e r a c i ó n , q u e
p e r c i b e las raíces d e la e x p r e s i ó n lingüística y d a n z a n t e e n u n a m i s m a c a p a c i d a d m i m é t i c a , se
traspasa el u m b r a l d e u n a f i s i o n o m í a del l e n g u a j e q u e , tanto p o r s u a l c a n c e c o m o p o r su digni
d a d científica, l l e v a m u c h o m á s allá d e los p r i m i t i v o s i n t e n t o s d e los o n o m a t o p é y i c o s "
[111,478]. S e perfila así u n a " f i s i o n o m í a del l e n g u a j e " e n la q u e se haría p a t e n t e su esencial
carácter m i m é t i c o , tal c o m o se p e r c i b e i g u a l m e n t e e n a l g u n a s d e s u s particulares m a n i f e s t a c i o
nes, c o m o e n el l e n g u a j e gestual [111,461] o e n el a r g o t [111,464], y B e n j a m i n a c a b a l a m e n t a n
d o la unilateral c o n s i d e r a c i ó n del l e n g u a j e c o m o u n m e r o i n s t r u m e n t o d e c o m u n i c a c i ó n , el
o l v i d o d e e s a otra d i m e n s i ó n e n virtud d e la c u a l el l e n g u a j e " d e j a d e ser n a d a m á s q u e u n
m e d i o " y p a s a ser " u n a m a n i f e s t a c i ó n , u n a r e v e l a c i ó n d e n u e s t r o ser m á s í n t i m o y d e los lazos
s o c i o l ó g i c o s q u e n o s v i n c u l a n c o n n o s o t r o s m i s m o s y c o n n u e s t r o s s e m e j a n t e s " [111,480].
P e r o es e v i d e n t e q u e las ideas d e B e n j a m i n i b a n m á s allá d e lo q u e p u d i e r a d e d u c i r s e d e
e s a s t í m i d a s c o n s i d e r a c i o n e s . U n o s a ñ o s antes, e n el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l , su a t e n c i ó n se
h a b í a c e n t r a d o e n aquellas d o c t r i n a s q u e a c e n t u a b a n el a s p e c t o p h y s e i e n relación al e l e m e n t o
thései del lenguaje. E n su trabajo S o b r e la f a c u l t a d m i m é t i c a se r e m i t í a d i r e c t a m e n t e a las

1 6 4
 " s e m e j a n z a s n o s e n s i b l e s " p r e s e n t e s n o s ó l o e n la p a l a b r a h a b l a d a , sino, s o b r e todo, e n la
escritura. E n la p r i m e r a versión, L e h r e v o m A h n l i c h e n , s e ñ a l a el " e s t r e c h o p a r e n t e s c o " existen
te entre s u p r o p i a c o n c e p c i ó n y "las teorías m í s t i c a s o t e o l ó g i c a s " del lenguaje, caracterizadas
p r e c i s a m e n t e p o r su e n f a t i z a c i ó n del l e n g u a j e escrito. E n e s a perspectiva, "la s e m e j a n z a n o
sensible f u n d a m e n t a las t e n s i o n e s n o sólo entre lo d i c h o y lo e n t e n d i d o , sino t a m b i é n entre lo
escrito y lo e n t e n d i d o y t a m b i é n entre lo d i c h o y lo escrito" [11,212], B e n j a m i n p a r e c e estar
p e n s a n d o e n u n a c o r r e s p o n d e n c i a g e n e r a l d e o r d e n i n c o n s c i e n t e a la m a n e r a d e la "escritura d e
i m á g e n e s jeroglíficas" q u e e n s e ñ a a leer "la m á s reciente g r a f o l o g í a " [11,208]", y p r e s e n t e así
m i s m o e n la e m b r i a g u e z d e los " e x p e r i m e n t o s m á g i c o s c o n p a l a b r a s " a los q u e se e n t r e g a b a n
los surrealistas [11,302], e i n c l u s o e n la fuerte c a r g a e x p r e s i v a d e e s a "corriente e n e r g é t i c a " q u e
es el l e n g u a j e p o r n o g r á f i c o [1V,456s]. E s u n e l e m e n t o inconsciente, t á c i t a m e n t e p r o y e c t a d o
p o r B e n j a m i n s o b r e u n a d i m e n s i ó n colectiva, el q u e p r e s e r v a la " s e m e j a n z a n o sensible" y la
c o n f r o n t a c o n la o r i e n t a c i ó n c o m u n i c a t i v a o i n s t r u m e n t a l del l e n g u a j e h u m a n o . P u e s " t o d o lo
q u e es m i m é t i c o del l e n g u a j e p u e d e revelarse s ó l o - c o m o la l l a m a - e n u n a e s p e c i e d e soporte.
E s t e s o p o r t e es el e l e m e n t o s e m i ó t i c o " , es decir, "lo i n f o r m a t i v o " del l e n g u a j e [11,213]. Así,
"el texto literal d e la escritura c o n s t i t u y e el ú n i c o material a partir del cual p u e d e f o r m a r s e la
i m a g e n jeroglífica" [11.208s]. El " e l e m e n t o d e s e m e j a n z a " se a p a r e c e s ú b i t a m e n t e , " c o m o u n
r a y o " q u e i r r u m p e e n el " n e x o significativo" d e la p a l a b r a s y m u e s t r a p o r u n m o m e n t o la figu
ra e n i g m á t i c a d e u n s e g u n d o s e n t i d o d e s l i z a d o e n el texto p o r a l g o q u e n o es sujeto, p u e s n o es
c o n s c i e n c i a [11,213].
E n L e h r e v o m A h n l i c h e n se n o s h a b l a d e u n a s p e c t o " m á g i c o " q u e s i e m p r e a c o m p a ñ a al
s e n t i d o " p r o f a n o " d e la lectura. " L e e r lo q u e n u n c a h a sido escrito" -cita B e n j a m i n . " T a l lectu
ra es la m á s antigua: anterior a t o d a l e n g u a -la lectura d e las vísceras, d e las estrellas o d e las
d a n z a s . M á s tarde se c o n s t i t u y e r o n anillos i n t e r m e d i o s d e u n a n u e v a lectura, r u n a s y jeroglífi
cos. E s l ó g i c o s u p o n e r q u e f u e r o n éstas las fases a través d e las c u a l e s a q u e l l a facultad m i m é t i -
c a q u e h a b í a s i d o el f u n d a m e n t o d e la praxis o c u l t a h i z o su i n g r e s o e n la escritura y e n la len
g u a " [11,213]. L a " p r a x i s o c u l t a " era j u s t a m e n t e la tarea d e los m a g o s y adivinos, q u e s a b í a n
leer "lo n o escrito" e n las infinitas c o r r e s p o n d e n c i a s m a n i f i e s t a s p a r a ellos e n la naturaleza. L a
" m a g i a " del l e n g u a j e n o es sino su c u a l i d a d e n tanto q u e m e d i o d e e x p r e s i ó n d e la criatura
natural y d e s u c o n d i c i ó n m i m é t i c a : " u n m e d i u m e n el cual se h a b r í a n f u n d i d o sin r e s i d u o las
a n t i g u a s c a p a c i d a d e s p a r a percibir lo s e m e j a n t e " , h a s t a convertirse e n "el m e d i u m e n el q u e las
c o s a s e n c u e n t r a n y a n o d i r e c t a m e n t e , c o m o a n t a ñ o e n el espíritu del v i d e n t e o del sacerdote,
sino e n sus esencias, s u s m á s fugitivas y sutiles sustancias, incluso e n sus a r o m a s , y e n t r a n e n
relación las u n a s c o n las otras" [11,209].
Percibir tales c o r r e s p o n d e n c i a s e x i g e r e n u n c i a r a la p e c a m i n o s a i n s t r u m e n t a l i d a d del
lenguaje, a s u c a r g a d e a b s t r a c c i ó n y falsa subjetividad, a t e n d e r al "ser lingüístico" d e las c o s a s
y traducirlo al ser c o s a del l e n g u a j e d e la criatura. L o q u e se n o s p r o p o n e es rescatar n o tanto
u n " l e n g u a j e p u r o " al estilo del Paraíso, s i n o la m a t e r i a l i d a d inscrita e n el l e n g u a j e n e c e s a r i a
m e n t e perverso. T o d a v í a se trata d e r e c u p e r a r la i n m e d i a t e z d e la l e n g u a n o m i n a l , p e r o e s a
i n m e d i a t e z h a d e p a s a r p o r la n e g a c i ó n del sujeto e n el l e n g u a j e y la r e d e n c i ó n d e la m a g i a e n
él; es decir, c u a n d o esta m a g i a , c o m o la del " n o m b r e " , n o sirve y a c o m o i n s t r u m e n t o d e p o d e r ,
c o m o " p r a x i s oculta", s i n o c o m o u n sacrificio d a n z a n t e e n el q u e se e n t r e g a el sujeto a su c o n
d i c i ó n d e criatura. L a teoría d e la " m í m e s i s " a p a r e c e , p o r tanto, c o m o la v e r s i ó n materialista
d e la d o c t r i n a t e o l ó g i c a del " n o m b r e " 2 3 .

1 6 5
 E L M O D E L O K A F K A :
L A T E O L O G Í A P R O F A N A

F u e la lectura d e K a f k a la q u e p r o p o r c i o n ó a B e n j a m i n el c o n t e x t o m á s i d ó n e o p a r a
c o n c e n t r a r el m á x i m o d e m o t i v o s f u n d a m e n t a l e s y d e t e r m i n a r el s e n t i d o d e s u n u e v a teología
d e la historia. S u e n o r m e interés p o r la o b r a d e K a f k a q u e d ó d o c u m e n t a d o y a e n 1 9 2 5 e n u n
p a s a j e d e u n a carta a S c h o l e m . E n ella m e n c i o n a la c é l e b r e p a r á b o l a A n t e la L e y , q u e m á s
tarde h a b r í a d e f o r m a r parte d e u n capítulo del P r o c e s o , c o m o u n a d e las m e j o r e s historias
escritas e n l e n g u a a l e m a n a [B,39]. H a c i a 1 9 2 7 , B e n j a m i n se m u e s t r a enfático: " E n la c a b e z e r a
d e m i c a m a t e n g o a K a f k a , c o m o á n g e l g u a r d i á n . E s t o y l e y e n d o E l Proceso"2*. E n este c o n t e x
to, s u s p r i m e r a s reflexiones d e r i v a r o n h a c i a u n a visión d e la historia c o m o u n a u t o s a c r a m e n
tal, c o m o la r e p r e s e n t a c i ó n d e u n "juicio d e D i o s " e n el q u e , sin e m b a r g o , n o q u e d a b a e n a b s o
luto claro q u i é n e r a el r e o y q u i é n el a c u s a d o r . T a l era el t r a s f o n d o d o m i n a n t e e n u n a b r e v e
noticia q u e B e n j a m i n a d j u n t ó a la ú l t i m a carta citada, la 1 d e a d e u n misterio: " s e trata d e r e p r e
sentar la historia c o m o u n p r o c e s o e n el q u e el h o m b r e , al t i e m p o q u e a c t ú a c o m o p o r t a v o z d e
la n a t u r a l e z a m u d a , se l a m e n t a d e la C r e a c i ó n y d e la a u s e n c i a del M e s í a s p r o m e t i d o " 2 5 . E s e
p r o c e s o , e n e f e c t o , se c o n v e r t í a e n u n a d i s p u t a c u y a s o l u c i ó n p a r e c í a i n d e f i n i d a m e n t e
aplazada26.
E n este m a r c o t e o l ó g i c o la influencia d e S c h o l e m se h i z o n o t a r d e m a n e r a particular
m e n t e f e c u n d a , tanto m á s c u a n t o q u e a l g u n a s d e sus ideas p a r e c í a n c o n v e r g e r r e c í p r o c a m e n t e .
P e r o n o faltaron los d e s a c u e r d o s . E n a g o s t o d e 1 9 3 1 , B e n j a m i n e r a a d v e r t i d o p o r S c h o l e m d e
la i m p o r t a n c i a del c o n c e p t o d e la L e y j u d í a c o m o n ú c l e o a partir del cual e n t e n d e r el juicio
histórico d e D i o s y el desarrollo paralelo d e la doctrina. U n a s s e m a n a s antes, sin e m b a r g o , e n
el escrito titulado C o n s t r u y e n d o la m u r a l l a c h i n a , B e n j a m i n se i n t e r r o g a b a a c e r c a d e la f e c u n
d i d a d d e u n a interpretación d e la o b r a d e K a f k a l i m i t a d a al á m b i t o d e la teología tradicional
judía. El la c o n t e m p l a b a c o m o u n a " o b r a profética" encubierta, p e r o t a m b i é n c o m o u n frag
m e n t o d e escritura alegórica: " T o d o lo q u e d e s c r i b e e n u n c i a otra c o s a " [11,678]. Y esto q u e se
e n u n c i a , u n a v e z m á s , n o es s i n o la catástrofe i n a p e l a b l e q u e d e f i n e el m u n d o m í t i c o d e la
"historia natural" q u e f u e s e el o b j e t o d e la alegoría barroca: " S e v e q u e los s u p e r i o r e s t a m p o c o
tienen L e y , q u e a p a r e c e n e n el m i s m o g r a d o q u e los inferiores, q u e las criaturas d e t o d o s los
ó r d e n e s p u l u l a n e n m o n t o n e s sin p a r e d e s divisorias, f u r t i v a m e n t e solidarias s ó l o e n u n ú n i c o
s e n t i m i e n t o , el m i e d o " ; este m i e d o " n o es reacción, s i n o ó r g a n o " , " e s a la p a r y p o r partes
iguales m i e d o ante lo m u y antiguo, a n t e lo i n m e m o r i a l , y m i e d o ante lo m á s p r ó x i m o , a n t e lo
q u e está s u r g i e n d o . P a r a decirlo e n u n a frase: es m i e d o a n t e la c u l p a d e s c o n o c i d a y su e x p i a
ción, c u y a única, i m p e r i o s a b e n d i c i ó n es q u e se d é a c o n o c e r la c u l p a " [11,68 ls].
B e n j a m i n trataba d e remitir la idea d e la L e y a la p r i m i t i v a c u l p a b i l i d a d n a t u r a l d e la
criatura h u m a n a , d i f u m i n a r la R e v e l a c i ó n y el Juicio d e D i o s e n u n u n i v e r s o m í t i c o p o r el c u a l
se e s c a p a b a n , c o m o p o r u n agujero, los c o n t e n i d o s d e la teología judía, p a r a r e a p a r e c e r dilui
d o s e n e s e m u n d o entre b a r r o c o y materialista q u e se v e n í a c o n s t r u y e n d o lejos d e S c h o l e m .
C i e r t a m e n t e , B e n j a m i n n o d e j ó d e a s e g u r a r s e d e la " p o s i t i v a " actitud d e su a d m i r a d o B r e c h t
frente a K a f k a , m a n i f i e s t a e n su c o n s i d e r a c i ó n d e este ú l t i m o c o m o "el ú n i c o escritor auténti
c a m e n t e b o l c h e v i q u e " [1,1204], P e r o e s e b o l c h e v i s m o e r a s ó l o n e g a t i v o : e n las m i s m a s f e c h a s
e n q u e se h a l l a b a r e d a c t a n d o su F r a n z K a f k a , d e 1 9 3 4 , B e n j a m i n r e c o r d a b a a S c h o l e m q u e s u
o b r a " n o a s u m e ni u n a sola d e las p o s i c i o n e s q u e c o n r a z ó n c o m b a t e el c o m u n i s m o " [B,605].

1 6 6
 E l c o n t e n i d o positivo del m a t e r i a l i s m o k a f k i a n o p r o c e d í a n o tanto del á m b i t o d e la l u c h a polí
tica c o m o d e u n a sensibilidad nihilista q u e B e n j a m i n c o m p a r t í a c o n él y q u e alejaba a a m b o s
d e la o r t o d o x i a j u d í a - p e r o n o d e sus tradiciones h e t e r o d o x a s .
N o f u e sino hasta el e n s a y o d e 19 3 4 c u a n d o e s a s tres d i m e n s i o n e s -la judía, la m a t e r i a
lista, la b a r r o c a - q u e d a r o n e x p u e s t a s j u n t a s e n u n a estructura p a s a b l e m e n t e c o h e r e n t e . El p u n t o
d e partida era s e m e j a n t e al q u e y a c o n o c e m o s d e su anterior escrito d e 1 9 3 1 : la v i g e n c i a secre
ta d e u n a L e y d e s c o n o c i d a u o l v i d a d a c u y a t r a n s g r e s i ó n inevitable c o n s t i t u y e el destino, e x p e
r i m e n t a d o c o m o castigo, d e la criatura q u e n o es c a p a z d e r e c o n o c e r su c o n d i c i ó n t o d a v í a míti
ca. P u e s el u n i v e r s o d e K a f k a es el d e la prehistoria, la era d e las leyes n o escritas, q u e retorna
e n el p r e s e n t e b a j o la figura d e u n p o d e r irrebatible. L a s " f u e r z a s prehistóricas" q u e a f r o n t ó
" p u e d e n s e r c o n s i d e r a d a s c o m o l a s p o t e n c i a s h i s t ó r i c a s d e n u e s t r o s d í a s . (...) N o l a s c o n o c i ó .
Ú n i c a m e n t e v i o a p a r e c e r , e n el e s p e j o q u e la prehistoria le p r e s e n t a b a e n la f o r m a d e la culpa,
el p o r v e n i r e n f o r m a d e juicio" [11,427]. E n la justicia q u e p r o c e d e c o n t r a K., indica B e n j a m i n ,
"el d e r e c h o escrito se e n c u e n t r a p o r cierto e n los c ó d i g o s , p e r o s e c r e t a m e n t e , y e n b a s e a ellos
la prehistoria ejerce u n d o m i n i o tanto m á s ilimitado" [11,412]. " C r e e r e n el p r o g r e s o n o signifi
c a creer q u e se h a y a p r o d u c i d o y a u n p r o g r e s o . E s t a n o sería u n a fe"27: r e c o n o c e r la p e r v i v e n -
cia d e los p o d e r e s m í t i c o s es lo m i s m o q u e c o n f e s a r la culpa, la h e r e n c i a prehistórica t r a n s m i
tida e n f o r m a d e o l v i d o s o b r e el q u e se h a erigido el d o m i n i o racional. E n K a f k a e s a c u l p a se
d e f i n e p o r u n a p a r t i c u l a r m e n t e a m b i g u a relación frente al p o d e r : la a c u s a c i ó n se e x p r e s a c o m o
s u m i s i ó n a la autoridad, al padre, d e la cual es p r o d u c t o el s u p u e s t o sujeto, el hijo, t e s t i m o n i o
y literal e n c a r n a c i ó n d e la culpa: " E r a s r e a l m e n t e u n niñito inocente, p e r o m á s r e a l m e n t e a ú n
¡eras u n a c r i a t u r a d i a b ó l i c a ! " , cita B e n j a m i n [11,41 1].
L a criatura a p a r e c e e n K a f k a " e n el estadio q u e B a c h o f e n d e f i n e c o m o d e las hetairas".
E s u n m u n d o i n t e r m e d i o entre lo i n f o r m e y lo f o r m a d o , el e s t a d o d e la c r e a c i ó n c o n c e b i d o e n
la p e r s p e c t i v a del m i t o m á s q u e d e s d e el p u n t o d e vista religioso [11,428]28. P e r o es e n e s a p r e
s e n c i a d e lo p r i m i t i v o d o n d e reside la ú l t i m a e s p e r a n z a . P u e s lo p r i m i t i v o n o es sino el o r i g e n
o l v i d a d o q u e r e g r e s a i n s a n a m e n t e c o m o u n resto palustre e n la m o d e r n a e x p e r i e n c i a histórica:
su perfecta e x p r e s i ó n es la figura a b o r t i v a d e O d r a d e k , u n a "criatura e m b r i o n a r i a " , u n ser difu
so, indistinto. P u e s " O d r a d e k es la f o r m a q u e las c o s a s a s u m e n e n el olvido. S e d e f o r m a n , se
v u e l v e n i r r e c o n o c i b l e s " [11,43 1]29. E n e s e m u n d o m í t i c o t o d a s las s i m p a t í a s d e B e n j a m i n s e
dirigen h a c i a este tipo d e figuras ineptas, desvalidas, inferiores, c u y a patética inutilidad a c a b a
p o r sabotear, a b a s e d e u n e x c e s o d e diligencia, los p l a n e s d e los p o d e r o s o s ; se trata d e " m e n
sajeros" q u e c o m u n i c a n entre sí las distintas esferas d e p o d e r [11,414]. E n t r e tales p e r s o n a j e s
a p a r e n t e m e n t e s e c u n d a r i o s y s o m e t i d o s , los ú n i c o s p a r a los q u e t o d a v í a q u e d a e s p e r a n z a y
son, p o r tanto, susceptibles d e r e d e n c i ó n , B e n j a m i n i n c l u y e a los q u e d e n o m i n a " a y u d a n t e s " , a
"los e m p l e a d o s " , "los a l d e a n o s " (en el Castillo), "los a b o g a d o s " ( e n el P r o c e s o ) , "los estu
d i a n t e s " ( e n A m é r i c a ) , a los q u e se h a d e a ñ a d i r la figura del hijo, m o d e l o d e p e r s o n a j e heteró-
n o m o s u b o r d i n a d o a la a u t o r i d a d del padre. Si t o d o s estos p e r s o n a j e s le p a r e c e n a B e n j a m i n
r e d i m i b l e s , si s ó l o p a r a ellos h a y e s p e r a n z a s , e s p o r u n a sencilla r a z ó n q u e n o n o s p u e d e y a
resultar d e m a s i a d o s o r p r e n d e n t e : a saber, p o r q u e n o s o n sujetos, es decir, n o c o n s t i t u y e n i d e n
t i d a d e s a u t ó n o m a s y p r e s u n t a m e n t e libres, s i n o criaturas i n d e f e n s a s y s o m e t i d a s al i m p e r i o del
m i t o , c u y a f a l s e d a d y d e s m e s u r a p o n e n d e m a n i f i e s t o p r e c i s a m e n t e e n virtud d e su s o m e t i
m i e n t o e indefensión3": p u e s " h a y infinita e s p e r a n z a , p e r o n o p a r a n o s o t r o s " [11,4 13s], s i n o
p a r a lo o l v i d a d o : " e n el s e d i m e n t o d e la criatura, entre las ratas, escarabajos, topos, se p r e p a r a
la n u e v a c o n c e p c i ó n d e los h o m b r e s , el n u e v o o í d o p a r a las n u e v a s leyes, la n u e v a m i r a d a p a r a
las n u e v a s c i r c u n s t a n c i a s " [11,1201].

1 6 7
 L a v i s i ó n d e este m u n d o palustre la c o m p l e m e n t a B e n j a m i n c o n u n giro interesante. E l
m o t i v o d e la m í m e s i s se c o n j u g a c o n el carácter d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e el b a r r o c o atribuía al
u n i v e r s o entero. E n K a f k a , e s a c o n j u n c i ó n se m a n i f i e s t a p a r a d i g m á t i c a m e n t e e n el " G r a n
T e a t r o 1ntegral d e O k l a h o m a " [11,417]: "el m u n d o d e K a f k a es u n Teatro. U n i v e r s a l . P a r a él, el
h o m b r e se e n c u e n t r a n a t u r a l m e n t e e n e s c e n a . Y la p r u e b a está e n q u e e n el teatro natural d e
O k l a h o m a t o d o s s o n t o m a d o s . R e s u l t a i m p o s i b l e c o m p r e n d e r los criterios s e g ú n los c u a l e s se
los t o m a . L a aptitud p a r a d e c l a m a r , q u e al principio p u e d e p a r e c e r decisiva, c a r e c e sin e m b a r
g o d e t o d a i m p o r t a n c i a . P e r o ello p u e d e t a m b i é n ser e x p r e s a d o e n los siguientes t é r m i n o s : a
los c a n d i d a t o s sólo se les p i d e q u e reciten el p a p e l d e sí m i s m o s " , el p a p e l d e s u v i d a p r e c e
d e n t e [11,422]. E n virtud d e este carácter f a n t a s m a g ó r i c o , d e t e r m i n a d o e n realidad p o r la c o n
d i c i ó n "prehistórica" d e las f u e r z a s a las q u e se v e n s o m e t i d o s los p e r s o n a j e s q u e p u e b l a n las
n o v e l a s y relatos d e K a f k a , e s e teatro a p a r e c e c o m o el ú l t i m o refugio, a c a s o el l u g a r d e la
r e d e n c i ó n , p u e s "la r e d e n c i ó n n o es u n p r e m i o a la vida, sino m á s b i e n el ú l t i m o r e f u g i o " p a r a
el h o m b r e m o d e r n o , p u e s t o q u e c a r e c e d e salidas [11,423].
L a historia m i s m a se n o s ofrece, p o r tanto, c o m o u n a i n m e n s a r e p r e s e n t a c i ó n m i m é t i -
ca. P o r e s o a B e n j a m i n le c o s t a b a diferenciar c o n nitidez "los niveles d e s e n t i d o d e la teolo
g í a " r e s p e c t o d e "los niveles d e v i v e n c i a del s u e ñ o " , esto es, el juicio d e D i o s r e s p e c t o d e la
v i d a c u l p a b l e d e la criatura e n la irrealidad d e la historia [11,1 190]. P e r o si la historia f u e r a u n
s u e ñ o , si e s q u e lo a r c a i c o p e r d u r a e n el o l v i d o , e n t o n c e s la R e v e l a c i ó n p a r e c e q u e d a r a b o l i d a
y la E s c r i t u r a p r i v a d a d e sentido. ¿ C u á l e r a e n t o n c e s el e s p a c i o q u e q u e d a b a p a r a la t e o l o g í a ?
E s t e f u e u n o d e los t e m a s c e n t r a l e s d e la c o r r e s p o n d e n c i a q u e s i g u i ó al e n v í o q u e h i z o
B e n j a m i n d e su trabajo a S c h o l e m . " L a existencia d e la L e y o c u l t a d e s t r u y e tu interpretación
l e e s c r i b e el a m i g o : n o p o d r í a e x i s t i r e n la q u i m é r i c a m e z c o l a n z a d e u n m u n d o
premítico"''. S c h o l e m trataba d e atraer a B e n j a m i n h a c i a u n a f o r m a j u d í a d e n i h i l i s m o q u e a
él m i s m o le tenía f a s c i n a d o : el d e la herética h e b r e a , el m i s t i c i s m o n e g a t i v o del m o v i m i e n t o
sabatiánico. E s t a secta partía, c o m o S c h o l e m , d e "la N a d a d e la R e v e l a c i ó n " , el r e p l i e g u e o
a u t o c o n t r a c c i ó n d e D i o s del q u e h a b r í a d e surgir el m u n d o . Así, D i o s se r e v e l a a través d e s u
destierro, y la r e d e n c i ó n consiste e n s u r e e n c u e n t r o c o n e s a " n a d a " q u e a h o r a s o n s u s criatu
ras. E n t r e t a n t o s ó l o q u e d a r í a e v o c a r su N o m b r e , i n d a g a r l o p o r la vía n e g a t i v a y e s p e r a r c o n t r a
t o d a e s p e r a n z a : " L a i m p o s i b i l i d a d d e r e a l i z a c i ó n d e lo r e v e l a d o " , p e r o n o su total a u s e n c i a ,
es el p u n t o u t ó p i c o e n el q u e se a p o y a S c h o l e m 3 2 . S u " N a d a d e la R e v e l a c i ó n " r e p r e s e n t a " u n
e s t a d o e n el q u e é s t a a p a r e c e v a c í a d e s i g n i f i c a d o , e n el q u e , si b i e n a f i r m a y e s v á l i d a , s i n
e m b a r g o n o significa"".
P a r a S c h o l e m , p o r tanto, n o e s lo m i s m o a f i r m a r la i n e x i s t e n c i a o p é r d i d a d e la
Escritura q u e r e c o n o c e r m e r a m e n t e su esencial i n c o m p r e n s i b i l i d a d . S ó l o e n este s e g u n d o c a s o
es p o s i b l e p e r m a n e c e r e n el m a r c o del j u d a í s m o . B e n j a m i n , p o r s u parte, n o p a r e c í a i n t e r e s a d o
e n a q u e l l a distinción. " V i e n e a s e r lo m i s m o si a los e s t u d i a n t e s se les h a p e r d i d o la E s c r i t u r a o
si s o n i n c a p a c e s d e d e s c i f r a r l a , p o r q u e la E s c r i t u r a , s i n s u c l a v e c o r r e s p o n d i e n t e , n o e s
Escritura sino vida"'4. N o obstante, la e x p o s i c i ó n d e B e n j a m i n p o s e í a t a m b i é n " u n a s p e c t o teo
l ó g i c o , si b i e n s o m b r e a d o ' " 5 . L a c o n s i d e r a c i ó n d e la v i d a c o m o E s c r i t u r a y v i c e v e r s a , tal e r a la
" i n v e r s i ó n " t e o l ó g i c a c o n s u m a d a p o r K a f k a [11,437]. L a L e y q u e d a f u n d i d a c o n la c u l p a y c o n
vertida e n el " a b s u r d o " q u e refleja c a d a u n a d e las criaturas. 1 n c l u s o la " N a d a " se d e s d i b u j a b a .
" K a f k a h a i n t e n t a d o p l a n t e a r la r e d e n c i ó n e n el r e v e r s o d e e s t a " N a d a " , e n s u forro, si p u e d o
decirlo así"'6, e x p l i c ó a S c h o l e m . L o s t h e o l o g u m e n a j u d í o s p a r e c í a n diluirse e n e s a a t m ó s f e r a
palustre e n la q u e B e n j a m i n trataba d e situar la a c c i ó n y la e x p e r i e n c i a históricas. A q u e l l a
" t e o l o g í a invertida", q u e tanto c e l e b r a b a A d o r n o e n el e n s a y o q u e c o m e n t a m o s , q u e d a b a atra

1 6 8
 p a d a e n u n a o r i e n t a c i ó n regresiva, t a n n e c e s i t a d a d e "dialéctica", s e g ú n diría a q u é l , c o m o
infiel al j u d a í s m o le p a r e c í a a S c h o l e m " .
B e n j a m i n n o d e j a b a d e c o n s i d e r a r la escritura d e K a f k a c o m o u n f r a g m e n t o d e la d o c
trina. 1nsiste e n la distinción, q u e y a h e m o s e x a m i n a d o , entre la h a l a c h a y la h a g a d a h , p a r a
definir la escritura k a f k i a n a c o m o u n c o m e n t a r i o d e textos s a g r a d o s e n u n a é p o c a e n la q u e
tales textos se h a n e c h a d o d e f i n i t i v a m e n t e a perder. L a ú l t i m a p a l a b r a d e B e n j a m i n a c e r c a d e
K a f k a la e n c o n t r a m o s e n u n a carta d e 1 9 3 8 a p r o p ó s i t o d e la insuficiente interpretación d e
M a x B r o d : " L a o b r a d e K a f k a es u n a elipse c u y o s focos, m u y alejados el u n o del otro, e s t á n
d e t e r m i n a d o s d e u n l a d o p o r la e x p e r i e n c i a m í s t i c a ( q u e es s o b r e t o d o la e x p e r i e n c i a d e la tra
dición) y d e otro p o r la e x p e r i e n c i a del h o m b r e m o d e r n o d e la g r a n c i u d a d " [B,760]. L a h a g a -
d a h se h a b r í a q u e d a d o sin h a l a c h a : la d o c t r i n a se h a b í a diluido e n su m e r a t r a n s m i s i ó n f o r m a l .
K a f k a " e x p o n e u n a e n f e r m e d a d d e la tradición" [ B , 7 6 3 ] , esto es, la p é r d i d a d e la " c o n s i s t e n
cia" d e la v e r d a d e n el s e n t i d o m á s enfático, el deterioro d e la e x p e r i e n c i a e n la é p o c a d e la
m o d e r n i d a d . " L o v e r d a d e r a m e n t e genial e n K a f k a f u e q u e p r o b ó a l g o n u e v o p o r entero: a b a n
d o n ó la v e r d a d p a r a a t e n e r s e a s u transmisibilidad, a s u e l e m e n t o h a d á g i c o " , e x p l i c a B e n j a m i n .
" P o r e s o K a f k a n o h a b l a d e sabiduría. S ó l o le q u e d a n los p r o d u c t o s d e s u ruina". E s decir: "el
r u m o r d e las c o s a s v e r d a d e r a s ( u n a e s p e c i e d e p e r i ó d i c o d e c u c h i c h e o s t e o l ó g i c o s ) " y, p o r el
otro lado, la l o c u r a [B,763]. E x p r e s a d o e n los p r o p i o s t é r m i n o s d e B e n j a m i n : la alegoría y la
m e l a n c o l í a " .

1 6 9
 N O T A S

1. C f r . A s i a L a c i s , R e v o l u t i o n a r i m B e r u f . E l c a p í t u l o q u e n o s i n t e r e s a h a s i d o t r a d u c i d o
al castellano c o n el título: " B e n j a m i n e n N á p o l e s " , Q u i m e r a , n" 4 2 , pp. 33-6.
2. L a s a l e g a c i o n e s d e B e n j a m i n ante A s i a L a c i s e n d e f e n s a del interés d e su e s t u d i o
s o b r e a q u e l l a "literatura m u e r t a " , entre las q u e d e s t a c a su c o n e x i ó n entre la alegoría b a r r o c a y
la p r o b l e m á t i c a v a n g u a r d i s t a del e x p r e s i o n i s m o , d a n t e s t i m o n i o del calibre del "giro m a t e r i a
lista" ( A . Lacis, o. c , p. 34).
3. R e c o r d a r e m o s t a n s ó l o a l g u n o s m o m e n t o s p a r t i c u l a r m e n t e significativos. E n u n a
carta del a ñ o 1 9 2 3 d e c l a r a b a a R a n g : " e n lo q u e c o n c i e r n e a Palestina, n o existe p a r a m í , d e
m o m e n t o , ni p o s i b i l i d a d p r á c t i c a ni n e c e s i d a d t e ó r i c a d e ir allí" ( B , 3 1 1 ) . E n 1 9 2 5 p l a n t e a b a
c l a r a m e n t e s u i n d e c i s i ó n entre las d o s " e x p e r i e n c i a s " (la c o m u n i s t a y la h e b r e a ) entre las c u a
les h a b í a d e definirse e n a d e l a n t e s u h o r i z o n t e intelectual ( B . 3 8 2 ) . E n 1 9 2 8 , tras el f r a c a s o d e
su " H a b i l i t a c i ó n " y ante la falta d e p e r s p e c t i v a s d e trabajo e n E u r o p a , B e n j a m i n p a r e c e m á s
d i s p u e s t o a h a c e r la p r u e b a d e u n a estancia p r o l o n g a d a e n Palestina ( B , 4 7 3 ) . P e r o el p r o y e c t o
d e la o b r a d e los P a s a j e s h i z o q u e el viaje f u e s e u n a y otra v e z p o s p u e s t o , así c o m o el e s t u d i o
del h e b r e o . El inicio d e su c o l a b o r a c i ó n c o n la Zeitschrift f ü r S o z i a l f o r s c h u n g n o le i m p i d i ó
s e g u i r c o n s i d e r a n d o la posibilidad d e la e m i g r a c i ó n a Palestina. E n 1 9 3 3 , d e s d e 1biza, v u e l v e a
c o m e n t a r l e a S c h o l e m e s a posibilidad, p e r o la v e r d a d es q u e la r e s p u e s t a d e su a m i g o descri
b i é n d o l e la difícil s i t u a c i ó n q u e h a b r í a d e afrontar n o r e s u l t a b a d e m a s i a d o alentadora. L a s
d u d a s c o n t i n u a r o n p r á c t i c a m e n t e h a s t a el ú l t i m o m o m e n t o . Cfr. B r i e f w e c h s e l 1 9 3 3 - 1 9 4 0 , pp.
8 7 ss. E n el p r ó l o g o a esta edición, S c h o l e m h a m a t i z a d o e x p l í c i t a m e n t e su p o s i c i ó n a n t e el
asunto, q u e n o e r a e n a b s o l u t o la d e tratar d e " p e r s u a d i r " a B e n j a m i n a u n viaje p a r a el q u e ,
c i e r t a m e n t e , se n e c e s i t a b a n b a s t a n t e s alforjas (o. c , p. 11). C a b e decir, e n g e n e r a l , q u e
B e n j a m i n se sentía tan atraído p o r el u n i v e r s o j u d í o c o m o p o c o i n t e r e s a d o p o r la realidad del
s i o n i s m o , q u e i n c l u s o su a m i g o c o n t e m p l a b a c o n e n o r m e p r e o c u p a c i ó n . S c h o l e m h a relatado
los h e c h o s m á s relevantes y e x p l i c a d o el p r o b l e m a e n los ú l t i m o s capítulos d e su H i s t o r i a d e
u n a a m i s t a d . P e r o tal v e z t o d o q u e d e r e s u m i d o e n u n a b r e v e o b s e r v a c i ó n q u e el p r o p i o
S c h o l e m h i z o a B e n j a m i n e n u n a carta d e 1 9 3 3 : " P o r otro l a d o -reconocía-, el h e b r e o n o se
a d a p t a m u y bien, ni siquiera d e s d e el p u n t o d e vista p u r a m e n t e lingüístico, a tu m o d o d e
e x p r e s i ó n " (pues, c o m o a ñ a d e e n u n a n o t a d e la m e n c i o n a d a edición, "el h e b r e o literario n o
h a b í a a l c a n z a d o a ú n la d u c t i l i d a d q u e p o s e e h o y d í a " (o. c , p. 1 0 2 ) . P a r e c e q u e , si s e r e p a r a e n
la f u n c i ó n q u e B e n j a m i n atribuía al l e n g u a j e e n s u doctrina, el o b s t á c u l o i d i o m á t i c o b a s t a b a
p a r a imposibilitar u n a o p c i ó n d e c i d i d a p o r la " e x p e r i e n c i a " palestina. ( L o c u a l n o significa,
s e g ú n a f i r m a S c h o l e m , q u e B e n j a m i n d e b a ser c o n s i d e r a d o c o m o u n p u r o " a l e m á n " ; cfr.
S c h o l e m , W a l t e r B e n j a m i n u n d sein E n g e l , pp. 1 8 0 ss.).
4. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 130.

1 7 0
 5. P a r a u n a b u e n a d e s c r i p c i ó n g e n e r a l d e los a s p e c t o s m a t e r i a l e s d e l " g i r o " d e
B e n j a m i n , cfr. W i t t e , W a l t e r B e n j a m i n - D e r 1ntellektuelle als Kritiker, pp. 1 3 7 ss., y R . W o l i n ,
W a l t e r B e n j a m i n . A n A e s t h e t i c o f R e d e m p t i o n , pp. 1 0 8 ss.
6. B l o c h , E r b s c h a f t d i e s e r Zeit, p. 3 6 8 .
7. 1 V , 9 1 1 s . A l g u n o s d e e s o s f r a g m e n t o s h a n s i d o t r a d u c i d o s e n D i s c u r s o s i n t e r r u m p i
d o s 1, p p . 1 4 1 ss.
8. L a a l u s i ó n al p r o f e t a J e r e m í a s n o es e n este c a s o u n r e c u r s o m e r a m e n t e retórico. L a
c o n t e m p l a c i ó n d e la s o c i e d a d d e m a s a s c o n d u j o a m u c h o s intelectuales e u r o p e o s a u n callejón
sin salida entre la m á s i n f e c u n d a l a m e n t a c i ó n y la m á s v u l g a r fantasía apocalíptica. E n u n a
carta d e 1 9 3 8 a B e n j a m i n , el p r o p i o A d o r n o r e c o n o c í a e n e s a " t e n d e n c i a a la j e r e m í a d a " la
d e b i l i d a d f u n d a m e n t a l d e su trabajo " S o b r e el carácter fetichista e n la m ú s i c a y la r e g r e s i ó n del
o í d o " ( e n D i s o n a n c i a s ) , q u e a la v e z constituía su r e s p u e s t a a la p o s i c i ó n b e n j a m i n i a n a d e L a
o b r a d e arte e n la é p o c a d e s u r e p r o d u c t i b i l i d a d t é c n i c a (1,1034).
9. L a i d e a d e la " m a l a r e c e p c i ó n d e la t é c n i c a " f u e u n o d e los m o t i v o s teóricos e n t o r n o
a los c u a l e s se articularía el p e n s a m i e n t o del B e n j a m i n materialista. B a j o tal s i g n o interpretó
el carácter contradictorio d e la cultura d e W e i m a r e i n c l u s o el f e n ó m e n o del f a s c i s m o e n parti
cular. E n D i e W a f f e n v o n m o r g e n ( 1 9 2 5 ) B e n j a m i n e x p o n í a sus f u n e s t o s a u g u r i o s a c e r c a d e la
p r ó x i m a guerra: el desarrollo d e la t é c n i c a propiciaría la utilización d e n u e v o s m e d i o s d e s t r u c
tivos, c o m o los g a s e s letales, e n virtud d e los c u a l e s la c o n t i e n d a sufriría u n c a m b i o cualitati
vo; e n e s a g u e r r a q u í m i c a n o se hallaría e n j u e g o p r i n c i p a l m e n t e la v i d a d e u n cierto n ú m e r o
d e h o m b r e s , sino el d e s t i n o m i s m o d e la civilización (1V,473ss). E n su T h e o r i e n d e s d e u t s c h e n
F a s c h i s m u s ( 1 9 3 0 ) , u n a r e s e ñ a del K r i e g u n d K r i e g e r c o m p i l a d o p o r E r n s t J ü n g e r , p r o l o n g a b a
e s o s a r g u m e n t o s y v i n c u l a b a d i r e c t a m e n t e el f a s c i s m o c o n la fetichización d e la técnica y la
s i m u l t á n e a estetización d e la g u e r r a b a j o la e n s e ñ a del F r o n t e r l e b n i s ( u n a v i v e n c i a q u e la
n u e v a g u e r r a técnica h a b r í a d e h a c e r i m p o s i b l e , s e g ú n la p r o f e c í a d e B e n j a m i n , al a n u l a r t o d a
diferencia f u n d a m e n t a l entre el frente d e batalla y la r e t a g u a r d i a civil, así c o m o entre el terror
y la p s i c o s i s (111,238 ss.). Cfr, al r e s p e c t o el artículo d e R . - P . J a n z , " D a s E n d e W e i m a r s - a u s
d e r P e r s p e k t i v e W a l t e r B e n j a m i n s " , e n T h . K o e b n e r (ed.) W e i m a r s E n d e , pp. 2 6 5 ss.
10. L a p o s i c i ó n d e A d o r n o frente a la técnica e s t u v o d e t e r m i n a d a , e n principio, n o sólo
p o r la crítica d e B e n j a m i n al c o n c e p t o iluminista d e " p r o g r e s o " e n q u e se a p o y a b a el r e f o r m i s -
m o s o c i a l d e m ó c r a t a , s i n o t a m b i é n p o r la radicalidad d e s u r e c h a z o d e a q u e l l o q u e H o r k h e i m e r
d e n o m i n a r í a , m á s g e n é r i c a m e n t e , p e n s a m i e n t o instrumental. A m b o s a s p e c t o s se a u n a b a n e n la
filosofía d e la historia y e n la teoría del arte d e B e n j a m i n . A m b o s se h i c i e r o n patentes e n la
D i a l é c t i c a d e la 1lustración, p e r o y a e n e s e texto p r o g r a m á t i c o se p e r c i b e el s e s g o e s t r e c h a
m e n t e antipositivista e n c u y a m a n i á t i c a fijación a c a s o d e s p e r d i c i a s e A d o r n o m á s e s f u e r z o s d e
los necesarios. P o r otro lado, la d e s c o n f i a n z a r e s p e c t o d e la técnica e n g e n e r a l c o m o a g e n t e d e
la m o d e r n i d a d le c o n d u j o p r o b a b l e m e n t e , al contrario q u e a B e n j a m i n , a u n a s o b r e v a l o r a c i ó n
d e la técnica artística c o m o u n a suerte d e l o g o s a u t ó n o m o , c o m o u n o r d e n estético d o t a d o d e
u n a legalidad i n d e p e n d i e n t e del g r o s e r o a c o n t e c e r histórico. Cfr. p r á c t i c a m e n t e c u a l q u i e r a d e
los artículos c o n t e n i d o s e n B . L i n d n e r - W . M a r t i n L ü d k e (eds.), M a t e r i a l e n z u r á s t h e t i s c h e
T h e o r i e T h e o d o r W . A d o r n o s . K o n s t r u k t i o n d e r M o d e r n e , d o n d e u n a y otra v e z a p a r e c e
B e n j a m i n c o m o p u n t o d e referencia.
11. S u a c t i v i d a d c o m o crítico y c o m o r e c e n s o r le h a v a l i d o a B e n j a m i n m á s d e u n
r e p r o c h e . Así, se h a a f i r m a d o ( M a r c e l R e i c h - R a n i c k i , Fritz R a d d a t z ) q u e c a r e c í a p o r c o m p l e t o
d e criterios d e f i n i d o s y q u e la e l e c c i ó n d e s u s t e m a s , entre los q u e se e c h a a faltar b u e n a parte
d e lo m e j o r q u e la literatura d e la é p o c a le d e p a r a b a ( M u s i l , p o r e j e m p l o ) , o b e d e c í a m á s b i e n a

1 7 1
 su c a p r i c h o subjetivo o a u n a "sectaria" c o n c e p c i ó n d e la literatura. W i t t e (o. c , pp. 1 4 6 ss.)
discute y m a t i z a estos r e p r o c h e s n o del t o d o i n f u n d a d o s .
12. T r a d . catalana: D i a r i d e M o s c o u , p. 135.
13. O . c , p . 136.
14. E s t a e r a la m i s m a línea d e "crítica f u n c i o n a l " q u e h a c i a 1 9 3 0 p r e t e n d i ó B e n j a m i n
p o n e r e n práctica e n la revista q u e , c o n el título d e K r i s e u n d Kritik, p r o y e c t a b a f u n d a r c o n
B r e c h t ( B , 5 2 0 s ) . Cfr. W i t t e , o . c , p p . 1 5 9 - 7 7 ; id., " K r i s e u n d Kritik. Z u r Z u s a m m e n a r b e i t
B e n j a m i n s m i t B r e c h t in d e r J a h r e n 1 9 2 9 b i s 1 9 3 3 " , e n V V . A A . , W a l t e r B e n j a m i n
- Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , pp. 9-36; p a r a u n a visión "materialista" del p r o b l e m a , C h . H e r i n g ,
D e r 1ntellektuele als R e v o l u t i o n á r , pp. 4 4 ss.
15. E l o b j e t o d e la r e s e ñ a d e B e n j a m i n e r a el libro d e E r i c h K á s t n e r , E i n M a n n gibt
A u s k u n f t , p e r o e n ella a p r o v e c h a b a p a r a fustigar al e n t e r o círculo d e la revista D i e W e l t b ü h n e ,
i n t e g r a d o p o r g e n t e s c o m o K u r t T u c h o l s k y , W a l t e r M e h r i n g , el p r o p i o K á s t n e r y el "activista"
K u r t Hiller. C f r . J. R a d k a u , " D i e W e l t b ü h n e als f a l s c h e r P r o p h e t ? " , e n K o e b n e r , o. c , p p . 5 7
ss. P a r a u n a b r e v e d e s c r i p c i ó n d e l a m b i e n t e publicístico e n el B e r l í n d e a q u e l l o s a ñ o s , cfr. F.
R a d d a t z , " E n s a y o s o b r e la diacronía", e n D e b a t s , ns 2 2 (Berlín, 1 9 0 5 - 1 9 3 3 ) .
16. L a a m b i g ü e d a d d e esta i m a g e n h a c o n d u c i d o a las interpretaciones m á s dispares,
entre las q u e resulta p o c o f e c u n d o elegir. P f o t e n h a u e r ( Á s t h e t i s c h e E r f a h r u n g u n d gesellschaf-
tliches S y s t e m , p p . 2 6 s.) h a h e c h o n o t a r la c o n t r a d i c c i ó n e x i s t e n t e e n t r e el c a r á c t e r m e c á n i c o e
i n a n i m a d o del " m u ñ e c o " q u e sería el m a t e r i a l i s m o histórico y el h e c h o d e q u e " t o m a a su ser
vicio" al o c u l t o " e n a n o j o r o b a d o " ( q u e m á s b i e n sería q u i e n se sirve del m u ñ e c o c o m o instru
m e n t o ) , d e tal m o d o q u e a m b o s p e r s o n a j e s s ó l o p u e d e n ser a r m o n i z a d o s e n f o r m a d e p a r a d o j a .
G e r h a r d K a i s e r ( B e n j a m i n . A d o r n o . Z w e i Studien, pp. 15-7) e n t i e n d e q u e e s a teología e s c o n d i
d a y d e s f i g u r a d a " e s el m a t e r i a l i s m o histórico" m i s m o al q u e B e n j a m i n p r e t e n d e remitirse e n
s u s Tesis s o b r e la historia. T i e d e m a n n (Dialektik i m Stillstand, pp. 1 1 6 ss) v i s l u m b r a e n e s a
i m a g e n la i n t e n c i ó n b e n j a m i n i a n a d e hallar " u n a f o r m a d e c o o p e r a c i ó n " entre a m b a s instancias
e n la d i r e c c i ó n d e " u n a n u e v a u n i d a d entre teoría y praxis".
17. A c e r c a d e la p o s i c i ó n d e K r a u s a n t e el l e n g u a j e e n el c o n t e x t o d e su é p o c a , d e s d e
M a c h h a s t a W i t t g e n s t e i n , cfr. A l l a n Janik, " L e s crises d u l a n g a g e " , e n R e v u e d'esthétique, n-
9, pp. 5 3 - 6 4 ; y a s i m i s m o el y a clásico e s t u d i o del p r o p i o J a n i k y S. T o u l m i n , L a V i e n a d e
Wittgenstein, capítulo tercero ( e s p e c i a l m e n t e pp. 9 6 - 1 12) y siguientes.
18. S o b r e la e x p e r i e n c i a j u d í a d e la l e n g u a a l e m a n a , cfr. G . Stieg, " L a n g u e m a t e r n e l l e ,
l a n g u e m a r á t r e ; K a r l K r a u s , F r a n z K a f k a " , e n R e v u e d ' e s t h é t i q u e , n " 9, p p . 7 2 s.; E l i a s C a n e t t i
h a e v o c a d o i g u a l m e n t e e s e a s p e c t o jurídico b a j o c u y o rasero, n o e x e n t o d e u n cierto c o m p o
n e n t e d e c r u e l d a d , c o n t e m p l a b a K r a u s tanto el m u n d o c o m o el l e n g u a j e ( L a c o n c i e n c i a d e las
p a l a b r a s , p p . 5 8 ss. y 6 6 s.).
19. " Y o g o b i e r n o el l e n g u a j e d e los otros. E l m í o h a c e c o n m i g o lo q u e quiere", escribió
K r a u s (cit. e n J a n i k - T o u l m i n , o. c , p. 109). O bien: " M i e x p r e s i ó n e s d e l t o d o el c a p r i c h o d e l
e n t o r n o , e n c u y o s torrentes y e s p e s u r a s se m e o c u r r e el t é r m i n o e x a c t o p a r a n o m b r e s y e s p e
cies, v o c e s y gestos, f e n ó m e n o s y r e c u e r d o s , citas y a n u n c i o s , p e r i ó d i c o s y r u m o r e s , a z a r y
desperdicios; c a d a letra p u e d e tornarse e n catástrofe" ( K r a u s , C o n t r a los p e r i o d i s t a s y o t r o s
c o n t r a s , p p . 1 4 6 s.).
2 0 . " E r a la m á s e x t r a ñ a d e t o d a s l a s p a r a d o j a s : a q u e l h o m b r e q u e d e s p r e c i a b a t a n t o (...),
e s a e s p e c i e d e a z o t e d e D i o s q u e se abatía s o b r e la h u m a n i d a d culpable, d e j a b a la p a l a b r a a
todos. N o e s t a b a e n c o n d i c i o n e s d e sacrificar la v o z m á s ínfima, n u l a o v a c u a " (Canetti, o. c ,
p. 61).

1 7 2
 2 1 . H a b e r m a s h a interpretado la teoría m i m é t i c a c o m o u n intento d e rescatar "el estrato
s e m á n t i c o m á s a r c a i c o " del lenguaje, e n el q u e se d a la v i n c u l a c i ó n m á s i n m e d i a t a c o n su o b j e
to. P e r o e s e e s f u e r z o n o p o d r í a ser c o n j u g a d o c o n las e x i g e n c i a s del m a t e r i a l i s m o histórico
(Perfiles filosófico-políticos, pp. 3 1 8 - 2 1 ) . H . H . H o l z c o n s i d e r a el c o n c e p t o b e n j a m i n i a n o d e
m í m e s i s c o m o u n a " t r a d u c c i ó n d e s u s t e m p r a n a s reflexiones d e s d e u n l e n g u a j e t e o l ó g i c o a u n o
a n t r o p o l ó g i c o " ( " P h i l o s o p h i e als 1nterpretation. T h e s e n z u m t h e o l o g i s c h e n H o r i z o n t d e r
M e t a p h y s i k B e n j a m i n s " , e n Alternative, 5 6 / 5 7 , p. 239). E s a d i m e n s i ó n a n t r o p o l ó g i c a es inter
p r e t a d a p o r el p r o p i o H o l z e n el s e n t i d o del h u m a n i s m o c o s m o l ó g i c o d e B l o c h (o. c , p. 241).
U . S c h w a r z ( R e t t e n d e Kritik u n d antizipierte U o p i e , pp. 8 0 ss.) parte del p l a n t e a m i e n t o d e
H a b e r m a s , p e r o el a p o y o d e H o l z y d e B l o c h le p e r m i t e orillar s u s e s c é p t i c a s c o n c l u s i o n e s ; la
e x p e r i e n c i a m i m é t i c a q u e d a r e m i t i d a a u n a cierta " c o m u n i c a c i ó n m e t a h u m a n a " q u e S c h w a r z
se resiste a c o n c e b i r e n t é r m i n o s t e o l ó g i c o s y q u e d e t e r m i n a , e n c o n s e c u e n c i a , c o m o u n a i m a
g e n d e la u t o p í a (o. c , p p . 1 0 1 s.). A c e r c a d e la d i s o l u c i ó n d e l s u j e t o d e l c o n o c i m i e n t o e n la
e x p e r i e n c i a m i m é t i c a , cfr. K . G e f f r a t h M e t a p h o r i s c h e r M a t e r i a l i s m u s , p p . 1 2 0 ss.; B . K l e i n e r ,
S p r a c h e u n d E n t f r e m d u n g , pp. 1 9 ss. y J - M . G a g n e b i n , Z u r G e s c h i c h t s p h i l o s o p h i e W a l t e r
B e n j a m i n s , pp. 1 0 3 ss. c o m e n t a n la p o s i c i ó n b e n j a m i n i n a n a a la luz d e la " a r q u e o l o g í a " d e
F o u c a u l t , c o n c u y a s reflexiones es p o s i b l e establecer u n relativo p a r a l e l i s m o .
22. B e n j a m i n e s c r i b i ó v a r i o s artículos d e t e m a g r a f o l ó g i c o , e n particular a c e r c a d e
K l a g e s , A n j a M e n d e l s s o h n y C r é p i e u x - J a m i n (111,135-9; 1 V , 5 9 6 - 8 ) . S e g ú n el t e s t i m o n i o d e
S c h o l e m , el p r o p i o B e n j a m i n llegó a a l c a n z a r u n a cierta h a b i l i d a d e n m a t e r i a d e g r a f o l o g í a
( H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p p . 9 9 s.), t é c n i c a p o r la q u e s e m o s t r ó i n t e r e s a d o d e s d e s u s a ñ o s e n
la J u g e n d b e w e g u n g (11,879). Cfr. M e n n i n g h a u s , B e n j a m i n s T h e o r i e d e r S p r a c h m a g i e , pp. 6 6
ss.
2 3 . E s difícil d e c i d i r si este p r o c e d e r p u e d e r e a l m e n t e s e r c o n s i d e r a d o c o m o u n a "liqui
d a c i ó n d e la m a g i a " , s o b r e t o d o c u a n d o se r e p a r a e n el d o b l e s e n t i d o q u e el t é r m i n o solía tener
e n el f r e c u e n t e u s o q u e d e él h a c í a B e n j a m i n . Cfr. M e n n i n g h a u s , o. c , pp. 75-7. E s a m i s m a
a m b i g ü e d a d h a b r í a d e teñir d e s p u é s , e n f o r m a d e p a r a d o j a , el c o n c e p t o d e m í m e s i s e n el c o n
texto estético d o n d e A d o r n o lo i n t r o d u j o (cfr. A . A l l k e m p e r , R e t t u n g u n d U t o p i e , pp. 1 4 4 ss.).
24. S c h o l e m , H i s t o r i a d e u n a a m i s t a d , p. 151.
25. 1bid.
2 6 . C f r . 1. W o h l f a r t , " S u r q u e l q u e s m o t i f s j u i f s c h e z B e n j a m i n " , e n R e v u e d ' e s t h é t i q u e
n s l , p p . 1 5 4 ss.
27. Cit. e n 11,428.
2 8 . E n a q u e l l o s m e s e s a n d u v o B e n j a m i n o c u p a d o t a m b i é n e n u n e s t u d i o s o b r e
B a c h o f e n , d e c u y o u n i v e r s o m í t i c o extraería u n o s c u a n t o s e l e m e n t o s q u e n e c e s i t a b a p a r a
revestir d e u n a cubierta a n t r o p o l ó g i c a sus p r o p i a s e s p e c u l a c i o n e s nihilistas (cfr. " J o h a n n J a k o b
B a c h o f e n " , e n 11,219-33). E n el p a s a j e citado, B e n j a m i n se refiere al p e r í o d o d e " h e t a i r i s m o
d e s o r d e n a d o " , del " p u r o t e l u r i s m o e n t r e g a d o a sí m i s m o " q u e h a b r í a p r e c e d i d o al " n a t u r a l i s m o
o r d e n a d o " d e la g i n e c o c r a c i a , el principio " d e m e t r í a c o " c o n el q u e p r o p i a m e n t e s u r g i ó el d e r e
c h o ( B a c h o f e n , E l m a t r i a r c a d o , pp. 4 8 ss.).
29. L a figura m o n s t r u o s a d e O d r a d e k es, s e g u n A d o r n o , la i m a g e n cifrada d e "la p r o
m e s a d e e s p e r a n z a " (carta a B e n j a m i n , 1 7 - 1 2 - 1 9 3 4 , cit. e n 1,1 176).
30. " S u s o r d o grito c o n t r a el m i t o dice: n o resistirle" ( A d o r n o , P r i s m a s , p. 284). O bien:
" p a r a él, la única, débil, m í n i m a posibilidad d e i m p e d i r q u e el m u n d o t e n g a al final la r a z ó n
consiste e n dársela. C o m o el m á s p e q u e ñ o d e los hijos e n los c u e n t o s , h a y q u e h a c e r s e i n a p a -
r e n t e , p e q u e ñ o , v í c t i m a i n d e f e n s a (...) E l h u m o r d e K a f k a a s p i r a a la r e c o n c i l i a c i ó n d e l m i t o

1 7 3
 m e d i a n t e u n a e s p e c i e d e m i m e t i s m o (...). P r e t e n d e r o m p e r l a m a l d i c i ó n d e la c o s i f i c a c i ó n p o r
el p r o c e d i m i e n t o d e q u e el m i s m o sujeto se c o s i f i q u e " (o. c , p. 290). E n el p l a n t e a m i e n t o d e
A d o r n o , repleto d e m o t i v o s b e n j a m i n i a n o s , se h a c e e v i d e n t e c o m o p a r a d o j a lo q u e el p r o p i o
B e n j a m i n r e u n í a a m b i g u a m e n t e . Cfr., e n el m i s m o sentido, su escrito d e 1 9 2 9 s o b r e R o b e r t
W a l s e r (11,324-8; trad. cast. e n S o b r e el p r o g r a m a d e la filosofía f u t u r a y o t r o s e n s a y o s , pp.
1 5 5 - 8 y e n el p r ó l o g o a J a k o b v o n G u n t e n ) ; i g u a l m e n t e , cfr. Canetti, o. c , pp. 1 3 2 ss.
31. B r i e f w e c h s e l 1 9 3 3 - 1 9 4 0 , p. 154.
3 2 . 1 b i d , p p . 1 5 7 s. A c e r c a d e las c o n c e p c i o n e s t e o l ó g i c a s d e S c h o l e m , cfr. H a b e r m a s ,
" L a T o r a disfrazada", e n o. c , pp. 3 4 0 - 5 . A c e r c a d e la herejía sabatiánica, cfr. S c h o l e m , L a
C á b a l a y s u s i m b o l i s m o , p p . 1 2 0 ss. S o b r e la r e l a c i ó n d e K a f k a c o n e s t a s i d e a s , cfr.
W . H o f f m a n n , L o s a f o r i s m o s d e K a f k a , p p . 1 2 8 ss.; y F. G . F r i e d m a n n , V o n C o h e n z u
B e n j a m i n , pp. 4 4 ss.
33. B r i e f w e c h s e l 1 9 3 3 - 1 9 4 0 , p. 175.
34. 1bid., p. 167.
35. 1bid., p. 159.
36. 1bid., p. 1 6 0
37. C a b e r e c o r d a r el e n t u s i a s m o q u e d e s p e r t ó e n A d o r n o el e n s a y o s o b r e K a f k a . E n la
c arta del 16 d e d i c i e m b r e d e 1 9 3 4 p r o c l a m a b a s u " p l e n o a c u e r d o " c o n el n ú c l e o filosófico q u e
s e m a n i f e s t a b a e n e s e trabajo (11,1 174). A l d í a siguiente le escribiría u n a larga carta e n la q u e
b a u t i z a b a " n u e s t r a t e o lo g í a " c o m o u n a " t e o l o g í a invertida" q u e i m p l í c i t a m e n t e e n t e n d í a c o m o
u n a r e p r e s e n t a c i ó n del a b s o l u t o d e s d e el p u n t o d e vista del " i n f i e r n o " -tal c o m o d e b í a d e a p a
r ecer a la luz d e la m o d e r n i d a d . E r a e n este p u n t o , q u e c o n e c t a b a c o n la o b r a d e los P a s a j e s ,
d o n d e A d o r n o p e r c i b í a la n e c e s i d a d d e u n a m e j o r a r t i c u l a c i ó n d i a l é c t i c a (11,1 1 7 4 s.). C f r . S.
B u c k - M o r s s , O r i g e n d e la dialéctica n e g a t i v a , p p . 2 8 6 s.
38. E s decir: la visión d e la f a c i e s h i p o c c r a t i c a d e la histori a y el d e s f a l l e c i m i e n t o de l
sujeto mítico, los d o s p o l o s s o b r e lo s q u e B e n j a m i n c o n s t r u í a s u te ología profana. " C a d a u n a
d e s u s n o v e l a s y s u s n a r r a c i o n e s s o n u n triunfo s o b r e la p a r a d o j a d e K i e r k e g a a r d " , escribi ó e n
u n a variante d e su texto s o b r e K a f k a (11, 12 6 8 ) . E s e " t r i u n f o " e r a el q u e B e n j a m i n e s p e r a b a d e
la a m b i g u a s a l v a c i ó n a l e g ó r i c a c o m o r e s p u e s t a ú n i c a a la p a r a d o j a .

1 7 4
C O N S T R U C C I O N D E L A M O D E R N I D A D
 1. L A M O D E R N I D A D C O M O P R E H I S T O R I A "

E L P R O Y E C T O D E L O S P A S A J E S .

El c e n t r o d e f u e r z a s d e la a c t i v i d a d intelectual d e B e n j a m i n d e s d e 19 2 7 hasta el día d e

s u m u e r t e lo c o n s t i t u y ó s u g r a n d i o s o p r o y e c t o d e la o b r a s o b r e los P a s a j e s parisinos. El traba
j o h a b í a s i d o c o n c e b i d o c o m o " u n a / ¿ e n e d i a l e c t i q u e " [ B , 4 5 5 ] e n la q u e se p r o p o n í a o f r e c e r
u n a " i m a g e n histórica" c o n c r e t a d e la m o d e r n i d a d , q u e d e b í a aparecer, e n línea s e m e j a n t e a la
d e s u e n s a y o s o b r e K a f k a , c o m o u n a c o n j u n c i ó n d e lo a r c a i c o y lo n u e v o b a j o la figura d e u n a
"prehistoria del siglo X 1 X " [ B , 6 6 4 ] . E l p r o p ó s i t o d e B e n j a m i n e r a c u l m i n a r s u s e s f u e r z o s ,
c o m e n z a d o s e n D i r e c c i ó n única, e n o r d e n a a l c a n z a r "la m á s e x t r e m a c o n c r e c i ó n " e n su escri
tura, s ó l o q u e esta v e z a p l i c a d a a t o d a u n a é p o c a histórica [B,483]. P e r o la obra, i n i c i a l m e n t e
entrevista c o m o " u n trabajo d e u n a s p o c a s s e m a n a s " [ B , 4 5 5 ] , a c a b ó c o n v i r t i é n d o s e l e e n " u n a
p e q u e ñ a bestia" [ B , 4 7 5 ] c u y o s e m b a t e s d a r í a n o c a s i ó n a u n a m u y n u m e r o s a serie d e p r o l e g o -
m e n a y p a r a l i p o m e n a , e n los c u a l e s q u e d a r o n así m i s m o d e p o s i t a d a s las ideas d e los P a s a j e s .
E n t r e tales p i e z a s a p a r e n t e m e n t e colaterales se i n c l u y e n s u s e s t u d i o s s o b r e el s u r r e a l i s m o , la
fotografía, L a o b r a d e arte e n la é p o c a d e s u r e p r o d u c t i b i l i d a d técnica, su e n s a y o s o b r e F u c h s ,
sus Tesis s o b r e el c o n c e p t o d e historia y s u s escritos s o b r e B a u d e l a i r e . L a o b r a d e los P a s a j e s
q u e d a r í a f i n a l m e n t e i n a c a b a d a , p e r o f u e al hilo s u y o c o m o se f u e d e s p l e g a n d o el p e n s a m i e n t o
d e B e n j a m i n , lleno d e tensiones, a lo largo d e s u fase materialista. P o r s u p u e s t o , él era b i e n
c o n s c i e n t e del p r o b l e m a q u e se le p r e s e n t a b a : " d e b í a atravesar u n a m a s a d e i m á g e n e s e ideas
p r o c e d e n t e s d e m i p e n s a m i e n t o i n m e d i a t a m e n t e m e t a f í s i c o , si n o t e o l ó g i c o , q u e d a t a d e h a c e
y a m u c h o t i e m p o , p a r a nutrir c o n t o d a su f u e r z a m i c o n c e p c i ó n actual" [B,659). Entretanto, el
d e c i s i v o e n c u e n t r o c o n B r e c h t s u p u s o , c o m o r e c o n o c í a B e n j a m i n , el " p u n t o c u l m i n a n t e d e
t o d a s las a p o r í a s p a r a este trabajo" [B,664].
P e r o es p r e c i s o advertir i g u a l m e n t e la esencial c o n t i n u i d a d d e la n u e v a p e r s p e c t i v a c o n
r e s p e c t o a la d e s u fase n o materialista. E r a el p r o p i o B e n j a m i n q u i e n s u b r a y a b a d i c h a conti
n u i d a d e n a l g u n a s cartas y noticias e n las q u e p r e s e n t a b a s u p r o y e c t o d e los P a s a j e s c o m o
" p e n d a n t " del libro s o b r e el T r a u e r s p i e l [V,l 124]. L a s a n a l o g í a s c o n c i e r n e n , a d e m á s , a c u e s
tiones d e i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l : "lo q u e allí el c o n c e p t o d e T r a u e r s p i e l -escribe a S c h o l e m
e n 1 9 3 5 - , h a b r í a d e ser a q u í el c o n c e p t o del carácter fetichista d e la m e r c a n c í a " [B,654]; d e la
m i s m a m a n e r a q u e el c o n t e x t o b a r r o c o p r o p i c i a b a la r e c u p e r a c i ó n del c o n c e p t o d e alegoría
c o m o c a t e g o r í a central d e s u interpretación estetico-teológica, así t a m b i é n h a b í a d e s u c e d e r e n
este c a s o a partir d e la c o n j u n c i ó n d e o b r a d e arte y m e r c a n c í a e n la p o é t i c a d e B a u d e l a i r e ; a la
estructuración t e m á t i c a s o b r e la b a s e d e u n a " c o n s t e l a c i ó n " d e p e r s o n a j e s p r o t a g o n i s t a s -los

1 7 9
 "tipos" del m á r t i r y el tirano e n el Trauerspiel-, c o r r e s p o n d e r í a e n los P a s a j e s u n n o t a b l e d e s
p l i e g u e d e figuras h e r o i c a s - B e n j a m i n m e n c i o n a a q u í las d e la prostituta y el e s p e c u l a d o r
[ V , 1 0 2 3 ] . E n fin, así c o m o el libro s o b r e el b a r r o c o trataba d e describir el siglo X V 1 1 e n la
p e r s p e c t i v a d e u n a " t e o l o g í a del infierno" q u e h a b í a d e i l u m i n a r los inicios d e la era m o d e r n a ,
así m i s m o la o b r a d e los P a s a j e s h a b r í a d e o f r e c e r u n a i m a g e n d e e s a " é p o c a del infierno"
[ V , 6 7 6 ] q u e definiría el siglo X 1 X , es decir, la m o d e r n i d a d c o n s c i e n t e d e sí e n el p e r í o d o d e
m a d u r e z del capitalismo.
M á s a ú n : al igual q u e el libro s o b r e el b a r r o c o e x i g í a la f o r m u l a c i ó n d e s u s p r o p i o s f u n
d a m e n t o s e p i s t e m o l ó g i c o s , los q u e B e n j a m i n h a b í a c o n s i g n a d o e n el o s c u r í s i m o p r ó l o g o , así
t a m b i é n la o b r a s o b r e los P a s a j e s r e c l a m a b a la d e t e r m i n a c i ó n d e tales principios, e n este c a s o
e n la d i r e c c i ó n d e u n a m e t o d o l o g í a materialista d e la escritura d e la historia [B,654], A u n q u e
lo cierto es q u e , lejos d e c o n t r a d e c i r a p o s i c i ó n a s u m i d a e n el escrito d e 1 9 2 5 , la n u e v a teoría
del c o n o c i m i e n t o n o p a r e c e s i n o u n a particular a p l i c a c i ó n d e aquélla, q u e p o r su p r o p i a n a t u r a
l e z a n o m i n a l h a b r í a d e a j u s t a r s e d i f e r e n t e m e n t e á s u d i f e r e n t e o b j e t o . C o m o s a b e m o s ,
B e n j a m i n se p r o p o n e e x p o n e r "la prehistoria del siglo X 1 X " . P e r o el t é r m i n o "prehistoria"
[ U r g e s c h i c h t e ] n o r e m i t e p r e c i s a m e n t e a a q u e l l o s a ñ o s e n q u e los h o m b r e s h a b i t a b a n las
c a v e r n a s : " p r e h i s t o r i a d e l s i g l o d i e c i n u e v e " , a f i r m a : e s t o " c a r e c e r í a d e i n t e r é s " si n o se tratase
m á s q u e d e " r e e n c o n t r a r f o r m a s prehistóricas" c o m o e l e m e n t o s residuales, a r c a n o s s u p e r v i
vientes e n la era m o d e r n a . N o es q u e B e n j a m i n f u e s e del t o d o a j e n o a s e m e j a n t e perspectiva,
c o m o lo p r u e b a s u persistente interés p o r las c o n c e p c i o n e s d e J u n g a c e r c a d e las " i m á g e n e s
a r q u e t í p i c a s " [ U r b i l d e r ] y d e s u p r e s e n c i a e n el i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o d e t o d o t i e m p o ' . P e r o
su interés m a y o r e r a el d e ofrecer la i m a g e n d e u n a prehistoria r i g u r o s a m e n t e " a c t u a l " d e la
m o d e r n i d a d . Así, el c o n c e p t o d e u n a "prehistoria del siglo X 1 X " sólo tendría v e r d a d e r o senti
d o " c u a n d o el siglo X 1 X f u e s e r e p r e s e n t a d o c o m o u n a f o r m a originaria d e prehistoria", c o m o
u n e s p a c i o d o n d e "la e n t e r a prehistoria se c o n j u g a d e u n m o d o n u e v o " h a s t a c o n f i g u r a r u n a
n u e v a c o n s t e l a c i ó n ; y a q u e la prehistoria, e n efecto, se e n c u e n t r a e n u n p r o c e s o d e "transfor
m a c i ó n c o n s t a n t e " [ V , 5 7 9 ] . D e m a n e r a q u e s u c o n c e p t o n o remitiría a u n o b j e t o r e m o t o e n el
t i e m p o , s i n o al c o r a z ó n m i s m o del m é t o d o materialista: " p a r a el materialista histórico, t o d a
é p o c a d e la q u e se o c u p a n o es s i n o la prehistoria d e la s u y a p r o p i a " [ V , 5 9 3 ] .
L a " p r e h i s t o r i a " [ U r g e s c h i c h t e ] q u e d a así d e f i n i d a c o m o " f o r m a originaria", c o m o
"protohistoria". E s decir, c o m o " o r i g e n " [ U r s p r u n g ] e n el m i s m o s e n t i d o e n q u e B e n j a m i n
e m p l e a b a este t é r m i n o e n el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l . " O r i g e n -tal es el c o n c e p t o d e protofe-
n ó m e n o [ U r p h á n o m e n ] t r a s l a d a d o del c o n t e x t o d e la n a t u r a l e z a p a g a n a al c o n t e x t o j u d í o d e la
historia" [ V , 5 7 7 ] . D e igual m o d o q u e el " p r o t o f e n ó m e n o " g o e t h i a n o se o f r e c í a c o m o u n
" h e c h o " natural q u e e n sí m i s m o h a b r í a d e c o n t e n e r , in n u c e , la e n t e r a " d o c t r i n a " del u n i v e r s o ,
lo q u e B e n j a m i n b u s c a b a era el " p r o t o f e n ó m e n o " d e la m o d e r n i d a d , el " f e n ó m e n o originario"
e n el q u e se p u s i e r a d e m a n i f i e s t o su d o b l e carácter: tanto su c o n d i c i ó n prehistórica, primitiva,
natural, c o m o s u c a l i d a d d e i m a g e n m o d e l o d o n d e se e x p r e s a la totalidad d e la historia.
E s t a m a n e r a d e v e r las c o s a s e x i g í a r e a l m e n t e u n a p r o f u n d a r e c o n s i d e r a c i ó n del tradi
cional p r o c e d e r del m a t e r i a l i s m o histórico. Así, los " h e c h o s e c o n ó m i c o s " , e n los q u e el m a t e
r i a l i s m o está sin d u d a o b l i g a d o a v e r el f u n d a m e n t o d e la historia, p a s a n a ser c o n t e m p l a d o s n o
y a c o m o " c a u s a s " , sino c o m o e l e m e n t o s g e r m i n a l e s d e lo q u e B e n j a m i n d e n o m i n a " e x p r e s i ó n "
histórica. E s t a es la f o r m u l a c i ó n m á s clara: " M a r x e x p u s o la c o n e x i ó n c a u s a l entre la e c o n o
m í a y la cultura. L o q u e a q u í i m p o r t a es la c o n e x i ó n d e e x p r e s i ó n . N o e x p o n e r el s u r g i m i e n t o
d e la cultura e n la e c o n o m í a , s i n o la e x p r e s i ó n d e la e c o n o m í a e n su cultura. D i c h o d e otro
m o d o , se trata del intento d e c o m p r e n d e r u n p r o c e s o e c o n ó m i c o c o m o u n p r o t o f e n ó m e n o

1 8 0
 intuible, u n p r o t o f e n ó m e n o del cual p r o c e d e n las m a n i f e s t a c i o n e s vitales d e los p a s a j e s (y, e n
la m i s m a m e d i d a , del siglo X 1 X ) " [ V , 5 7 3 s ] . L o s " h e c h o s e c o n ó m i c o s " se c o n v i e r t e n e n " p r o -
t o f e n ó m e n o s " , escribe, " e n la m e d i d a e n q u e e n su a u t ó n o m o desarrollo -sería m e j o r decir d e s
p l i e g u e - h a c e n surgir la serie d e c o n c r e t a s f o r m a s históricas d e los pasajes, c o m o la h o j a d e s
pliega e n sí m i s m a el e n t e r o reino v e g e t a l " [ V , 5 7 7 ] .
L a sustitución del n e x o d e c o n s e c u e n c i a p o r el d e e x p r e s i ó n constituye, sin d u d a , u n o
d e los p u n t o s c u l m i n a n t e s d e la trayectoria filosófica del B e n j a m i n materialista. L a historia
q u e d a así c o n v e r t i d a e n o b j e t o d e u n a "lectura", e n u n texto q u e d e b e ser interpretado. P u e d e
p a r e c e r q u e la i d e a d e B e n j a m i n consistiera m e r a m e n t e e n "leer" los " h e c h o s e c o n ó m i c o s " ras
treándolos, p o r así decir, e n el p l a n o d e sus c o r r e s p o n d i e n t e s m a n i f e s t a c i o n e s e n el á m b i t o d e
la cultura. T o d a figura cultural seria e n t o n c e s " e x p r e s i ó n " d e la realidad e c o n ó m i c a d e la q u e
p r o c e d e r í a c o m o s u " d e s p l i e g u e " natural, i n m a n e n t e , m i m é t i c o . P e r o e s a m i s m a i n m a n e n c i a es
la q u e p e r m i t e a B e n j a m i n a p r o x i m a r a m b o s e x t r e m o s y n o r e c o n o c e r entre ellos sino diferen
cias d e g r a d o . E n los P a s a j e s se e n t r e m e z c l a n , e n u n o r d e n c o m p l e j o , las referencias e c o n ó m i
c a s m á s b r u t a s y los atisbos m á s espirituales. E l " p r o t o f e n ó m e n o " a p a r e c e e n el c a m p o d e
j u e g o v a g a m e n t e d e l i m i t a d o p o r la t r a m a d e intersecciones y c o n j u n c i o n e s q u e B e n j a m i n vis
l u m b r a entre la n a t u r a l e z a e c o n ó m i c a y la realidad histórica b r o t a d a d e aquélla, c o m o la h o j a
del reino vegetal: " T o d a s las categorías históricas h a n d e t e n d e r a q u í h a c i a u n p u n t o d e indife
rencia. N i n g u n a c a t e g o r í a histórica sin su s u s t a n c i a natural, n i n g u n a c a t e g o r í a natural sin su
filtrado histórico" [ V , 1 0 3 4 ] . L a relación d e " e x p r e s i ó n " h a c e p o s i b l e c o n c e b i r la "infraestruc
tura" e c o n ó m i c a c o m o u n c o n t e x t o natural q u e se " d e s p l i e g a " c o n c r e t a m e n t e e n la historia y le
otorga, d e p a s o , su ú n i c o sentido. L a " e x p r e s i ó n " n o es sólo, y n o tanto, e x p r e s i ó n d e la e c o n o
m í a e n la cultura, sino d e la n a t u r a l e z a e n a m b a s , e n tanto q u e a s p e c t o s d i v e r s o s d e u n a totali
d a d histórica e n la q u e se m a n i f i e s t a u n a v e r d a d universal. L a e c o n o m í a es la n a t u r a l e z a m u d a
q u e h a b l a p o r b o c a d e la historia. B e n j a m i n se p r o p o n e , e n efecto, "leer" la historia y e x p o n e r
la e n f o r m a d e " c o m e n t a r i o " . P e r o "el c o m e n t a r i o d e u n a realidad ( p u e s d e lo q u e a q u í se trata
es del c o m e n t a r i o , d e la interpretación d e los detalles) requiere u n m é t o d o e n t e r a m e n t e distinto
al d e u n texto. E n u n c a s o es la t e o l o g í a la c i e n c i a f u n d a m e n t a l , e n el otro es la filología"
[ V , 5 7 4 ] . D e tal m o d o , el " p r o t o f e n ó m e n o " histórico a p a r e c e c o m o u n t e x t o s a g r a d o , o m á s
b i e n c o m o f r a g m e n t o d e la "historia natural" d e la R e v e l a c i ó n .
A h o r a b i e n , si e s q u e la historia e s u n a s u e r t e d e escritura, n o c a b e e x t r a ñ a r s e d e q u e
B e n j a m i n m o v i l i c e al r e s p e c t o su peculiar c o n c e p c i ó n del l e n g u a j e c o m o m í m e s i s e i n c l u s o
trate d e orientarse h a c i a u n a " f i s i o n o m í a " d e la historia [ V , 6 7 4 ] . L a i d e a central es d e n u e v o la
"cita": "escribir historia significa citar la historia" [ V , 5 9 5 ] . E s a escritura se c o n v i e r t e así e n
u n a " c o n s t r u c c i ó n a partir d e h e c h o s " , u n a " c o n s t r u c c i ó n b a j o el principio d e la total e l i m i n a
c i ó n d e la teoría" [ V , 1 0 3 3 ] , e n el m i s m o espíritu d e s o b r i e d a d q u e p a r e c í a d e m a n d a r el c o n
c e p t o d e " p r o t o f e n ó m e n o " y q u e y a se h a b í a p r o p u e s t o e n su i n f o r m e m o s c o v i t a . El principio
c o n s t r u c t i v o será, p o r tanto, el del " m o n t a j e " : " M é t o d o d e este trabajo: m o n t a j e literario. N o
t e n g o n a d a q u e decir. S ó l o q u e m o s t r a r " [ V , 5 7 4 ] . O bien: " E l m é t o d o dialéctico se caracteriza
p o r el h e c h o d e q u e al a b o r d a r n u e v o s o b j e t o s desarrolla n u e v o s m é t o d o s . U n a f o r m a , es decir,
s ó l o u n a , tiene u n a o b r a d e arte; u n m é t o d o , es decir, s ó l o u n o , tiene u n tratado dialéctico [dia-
l e k t i s c h e A b h a n d l u n g ] " [ V , 5 9 1 s ] . N o e s p o s i b l e d e t e r m i n a r c o n s e g u r i d a d si el " m o n t a j e " e n el
q u e B e n j a m i n p e n s a b a d e b í a " c o m p o n e r s e ú n i c a m e n t e a b a s e d e citas" o a c a s o h a b í a d e incluir
t a m b i é n c o m e n t a r i o s o textos p r o p i o s , tal c o m o f i n a l m e n t e h a s i d o e d i t a d o a partir d e los m a t e
riales c o n s e r v a d o s 2 . P e r o la diferencia es m e n o s relevante d e lo q u e a p r i m e r a vista parece. E n
a m b o s c a s o s se trata d e u n m i s m o m o d e l o d e c o n s t r u c c i ó n i n t e r r u m p i d a , " n o intencional",

1 8 1
 d o n d e c u l m i n a la o r i e n t a c i ó n n o m i n a l y m i m é t i c a q u e h a b í a v e n i d o p r e s i d i e n d o la c o n c e p c i ó n
b e n j a m i n i a n a del lenguaje. P o r lo d e m á s , es i m p o s i b l e n o r e c o n o c e r la a n a l o g í a existente entre
e s e " m o n t a j e " materialista y a q u e l l a " c o n s t e l a c i ó n " q u e se h a b í a t r a z a d o a ñ o s atrás e n t o r n o al
T r a u e r s p i e l . L a " v e r d a d n o i n t e n c i o n a l " se n o s o f r e c e c o m o u n a i n m e n s a c o l e c c i ó n d e "citas"
- a u n q u e a l g u n a s lo s e a n del p r o p i o B e n j a m i n - d o n d e el a u s t e r o sujeto, r e n u n c i a n d o al c u r s o
a r g u m e n t a l , se limitaría a transcribir m i m é t i c a m e n t e las c o r r e s p o n d e n c i a s y s e m e j a n z a s , m a t e
riales e inmateriales, p r e s e n t e s e n la historia c o n t e m p l a d a c o m o naturaleza. L a " i m a g e n dialéc
tica" d e la m o d e r n i d a d a p a r e c e así c o m o u n a t r a d u c c i ó n del " o r i g e n " - q u e y a n o s r e v e l ó u n a
v e z su carácter alegórico- a los t é r m i n o s del m a t e r i a l i s m o 3 .

C R I T I C A D E L H I S T O R I C I S M O :
P R O G R E S O Y C A T Á S T R O F E .

L a i m a g e n materialista d e la "historia natural" se c o n s t r u y e s o b r e la b a s e d e u n a crítica

frontal al c o n c e p t o d e p r o g r e s o tal c o m o h a b í a sido d e f e n d i d o p o r la tradición historicista y
a s u m i d o c o m o propio, c o m o fácil c o a r t a d a teórica p a r a o b v i a r la r e v o l u c i ó n , p o r las h u e s t e s d e
la s o c i a l d e m o c r a c i a e u r o p e a . T a n p r o n t o c o m o el p r o g r e s o d e v i e n e " s i g n a t u r a " d e la historia
c o m o totalidad, a f i r m a B e n j a m i n , se c o n v i e r t e e n u n a " h i p o s t a t i z a c i ó n acrítica" [ V , 5 9 9 ] s e g ú n
la c u a l s i e m p r e es q u i e n d a el ú l t i m o g o l p e el q u e tiene la r a z ó n , y el ú l t i m o s u p e r v i v i e n t e el
q u e d a s e n t i d o a la historia. L a r e p r e s e n t a c i ó n iluminista d e u n a c o n t i n u i d a d a s c e n d e n t e e n el
d e c u r s o histórico p r o c e d e r í a m á s b i e n d e la secular "tradición d e las clases d o m i n a n t e s " , y res
p o n d e r í a e n particular al a u t o c o m p l a c i e n t e p u n t o d e vista d e la b u r g u e s í a q u e e n el siglo X 1 X
a c a b a b a d e instalarse e n el p o d e r [ V . 5 9 6 ] . B e n j a m i n p a r e c e c o m b a t i r n o t a n t o el espíritu
m i s m o d e la 1lustración - a u n q u e t a m b i é n a él c o n c e r n í a su o b j e c i ó n - c o m o a su a c a s o inevita
ble traición e n el p o s i t i v i s m o , su deterioro e n el m u n d o del c a p i t a l i s m o d e s b o r d a d o p o r la téc
n i c a [1,698s].
D o n d e los h e r e d e r o s d e los v e n c e d o r e s v e n u n a triunfal c o n t i n u i d a d , "la tradición d e los
o p r i m i d o s " v e s ó l o u n a i m p a r a b l e s u c e s i ó n d e catástrofes. E s t e es el p u n t o d e vista q u e
B e n j a m i n e v o c a e n la n o v e n a d e sus tardías T e s i s s o b r e el c o n c e p t o d e historia4. E l c é l e b r e
f r a g m e n t o se inspira e n u n a p e q u e ñ a a c u a r e l a d e K l e e , A n g e l u s N o v u s , q u e " r e p r e s e n t a a u n
á n g e l q u e p a r e c e c o m o si e s t u v i e r a a p u n t o d e alejarse d e a l g o q u e le t i e n e p a s m a d o . S u s o j o s
e s t á n d e s m e s u r a d a m e n t e abiertos, la b o c a abierta y e x t e n d i d a s las alas. Y éste d e b e r á ser el
a s p e c t o del á n g e l d e la historia. H a v u e l t o el rostro h a c i a el p a s a d o . D o n d e a n o s o t r o s se n o s
m a n i f i e s t a u n a c a d e n a d e datos, él v e u n a catástrofe ú n i c a q u e a m o n t o n a i n c a n s a b l e m e n t e
r u i n a s o b r e ruina, a r r o j á n d o l a s a sus pies". N a d a p u e d e hacer, p u e s " d e s d e el p a r a í s o s o p l a u n
h u r a c á n " incontenible, e s e h u r a c á n " q u e n o s o t r o s l l a m a m o s progreso"5. L a i d e a d e B e n j a m i n
es clara: la c o n t i n u i d a d m i s m a , el r e t o r n o d e u n a idéntica d o m i n a c i ó n c a d a v e z ejercida e n
f o r m a distinta, é s a e s la " c a t á s t r o f e ú n i c a " [ V , 5 9 2 ] . L a r e g l a es el " e s t a d o d e e x c e p c i ó n "
[1,697]: la historia i n c e s a n t e m e n t e s o m e t i d a a u n a b á r b a r a f u e r z a natural, el h u r a c á n q u e lla
m a m o s p r o g r e s o , q u e h a c e al s u j e t o i m p o t e n t e frente a la v i o l e n c i a d e s u s p r o p i o s m i t o s
prehistóricos .

1 8 2
 " L a r e p r e s e n t a c i ó n d e u n p r o g r e s o del g é n e r o h u m a n o e n la historia es i n s e p a r a b l e d e la
r e p r e s e n t a c i ó n d e la p r o s e c u c i ó n d e ésta a lo largo d e u n t i e m p o h o m o g é n e o y v a c í o " [1,701].
E s e v a c i a m i e n t o cualitativo d e r i v a d e la c o n t e m p l a c i ó n d e la historia c o m o u n m e r o discurrir
t e m p o r a l d o n d e los h e c h o s , e n l a z a d o s e n u n a irreversible c a d e n a causal, n a d a significan p o r sí
m i s m o s , sino s ó l o e n tanto q u e e s t a c i o n e s d e u n desarrollo sin fin, c o m o m o m e n t o s m á s o
m e n o s p r ó x i m o s a u n telos c u y o efectivo c o n t e n i d o h a b r á d e q u e d a r p a r a d ó j i c a m e n t e sin deter
m i n a c i ó n . P o r el contrario, "el materialista histórico n o p u e d e r e n u n c i a r al c o n c e p t o d e u n p r e
s e n t e q u e n o e s t r a n s i c i ó n , s i n o q u e h a l l e g a d o a d e t e n e r s e e n el t i e m p o . [...] E l h i s t o r i c i s m o
p l a n t e a la i m a g e n " e t e r n a " del p a s a d o , el materialista histórico e n c a m b i o p l a n t e a u n a e x p e
riencia c o n él q u e es única". N o c o n c i b e la historia e n su l a d o " é p i c o " , c o m o u n a s u c e s i ó n d e
h e c h o s , c o m o a l g o q u e " s e d e j a narrar" e n la c o n t i n u i d a d d e u n d i s c u r s o m e r a m e n t e a c u m u l a t i
vo. M á s bien, s u g i e r e B e n j a m i n , tratará v a l i e n t e m e n t e d e " h a c e r saltar el c o n t i n u u m d e la his
toria" y presentarla c o m o " o b j e t o d e u n a c o n s t r u c c i ó n " e n la i m a g e n d e " u n t i e m p o p l e n o " , u n
" t i e m p o - a h o r a " d o n d e c o n f l u y e n p a s a d o y p r e s e n t e [1,702]. A m b o s c o n f i g u r a n u n a " c o n s t e l a
c i ó n " m e r c e d a la cual u n c o n t e n i d o histórico del p a s a d o se h a c e p r o v i d e n c i a l m e n t e "legible"
p a r a u n a é p o c a posterior y sólo p a r a ella. P u e s t o q u e " t o d o a h o r a es el a h o r a d e u n a d e t e r m i n a
d a c o g n o s c i b i l i d a d " [ V , 5 7 7 ] , o b j e t o d e u n a p o s i b l e c o n s t r u c c i ó n p a r a la q u e h a y u n a h o r a
r e s e r v a d a e n el porvenir, u n a "cita secreta" entre g e n e r a c i o n e s r e m o t a s , s e p a r a d a s p o r u n abis
m o d e t i e m p o [1,694]6.
Solidario del " o d i o d e clase" del proletariado h a c i a el p r o g r e s o [ V , 4 3 7 ] , el materialista
histórico se orientará n a t u r a l m e n t e h a c i a la r e p r e s e n t a c i ó n d e la d i s c o n t i n u i d a d . S u " i d e a r e g u
lativa" es la i n t e r r u p c i ó n d e la serie i n t e r m i n a b l e d e incurias y o f e n s a s q u e h a n v e n i d o d a n d o
su c o n t e n i d o a la historia: la catástrofe d e la catástrofe [ V , 4 6 0 ] . L a " q u i n t a e s e n c i a " d e s u
m é t o d o es la "dialéctica e n d e t e n c i ó n " : " N o sólo el m o v i m i e n t o d e las ideas, sino t a m b i é n su
d e t e n c i ó n f o r m a parte del p e n s a m i e n t o . C u a n d o éste se p a r a d e p r o n t o e n u n a c o n s t e l a c i ó n
s a t u r a d a d e tensiones, le p r o p i n a a ésta u n g o l p e p o r el cual cristaliza e n m ó n a d a " ; el m a t e r i a
lista histórico se e n f r e n t a r á s i e m p r e a u n a " m ó n a d a " s e m e j a n t e : " E n e s a estructura r e c o n o c e el
s i g n o d e u n a d e t e n c i ó n m e s i á n i c a del acaecer, o d i c h o d e otra m a n e r a : d e u n a c o y u n t u r a r e v o
lucionaria e n la l u c h a e n f a v o r del p a s a d o o p r i m i d o . L a p e r c i b e p a r a h a c e r q u e u n a d e t e r m i n a
d a é p o c a salte del c u r s o h o m o g é n e o d e la historia; y del m i s m o m o d o h a c e saltar a u n a deter
m i n a d a v i d a d e u n a é p o c a y a u n a o b r a d e t e r m i n a d a d e la o b r a d e u n a vida. El a l c a n c e d e s u
p r o c e d i m i e n t o consiste e n q u e la o b r a d e u n a v i d a está c o n s e r v a d a y s u s p e n d i d a e n la obra, e n
la o b r a d e u n a v i d a la é p o c a y e n la é p o c a e n d e c u r s o c o m p l e t o d e la historia" [1,702]. S i n
d u d a , estas f o r m u l a c i o n e s r e s u m e n el n ú c l e o central d e la i d e a b e n j a m i n i a n a d e la " i m a g e n
dialéctica" c o m o p r o t o t i p o d e la r e p r e s e n t a c i ó n histórica. P e r o n o es difícil atisbar la s o m b r a
del p u n t o d e indiferencia e n el q u e se sustenta: la " d e t e n c i ó n m e s i á n i c a " se refiere i g u a l m e n t e
a la interrupción del d i s c u r s o a r g u m e n t a l , d e m o d o s e m e j a n t e a c o m o se c o n s t r u í a la " i d e a " e n
el T r a u e r s p i e l , y a la r u p t u r a del e n c a d e n a m i e n t o c a u s a l d e c u y o tejido resultaría el p r o g r e s o .
C o m o i n d i c a c i ó n del l u g a r e n d o n d e se h a d e e n c e n d e r e s a " i m a g e n dialéctica". B e n j a m i n se
r e m i t e p o r i g u a l a las " i n t e r f e r e n c i a s " d e l p r o g r e s o y a los " i n t e r v a l o s d e la r e f l e x i ó n "
[ V , 5 9 3 , 5 7 0 ] , y e n a m b o s c a s o s se trata d e la m i s m a " m u e r t e d e la intentio": la r e n u n c i a del
sujeto a la i m p o s i c i ó n d e u n sentido, tanto e n el c u r s o del a r g u m e n t o racional c o m o e n el d e la
historia e n tanto q u e e x p e r i e n c i a [ V , 4 7 8 ] .

1 8 3
 R E D E N C I O N , R E V O L U C I O N , R E M E M O R A C I O N

E s t a s c o n s i d e r a c i o n e s n o s h a n d e p o n e r s o b r e a v i s o a c e r c a d e la a m b i g ü e d a d c o n la q u e
j u e g a B e n j a m i n e n la d e t e r m i n a c i ó n d e su c o n c e p t o d e r e d e n c i ó n . E n la p r i m e r a tesis s o b r e el
c o n c e p t o d e historia, q u e y a c o n o c e m o s , f o r m u l a b a a b i e r t a m e n t e e s a e x t r a ñ a alianza entre "el
m u ñ e c o q u e l l a m a m o s m a t e r i a l i s m o histórico" y u n " e n a n o j o r o b a d o " q u e , o c u l t o b a j o la
m e s a , m u e v e los hilos d e la partida d e a j e d r e z e n la q u e se d i r i m e la l u c h a p o r la e m a n c i p a
ción. L a teología " e s h o y p e q u e ñ a y fea y n o d e b e dejarse v e r e n m o d o a l g u n o " , p e r o s i g u e
s i e n d o la instancia directriz y el principio h e r m e n é u t i c o f u n d a m e n t a l . L a s alas del A n g e l u s
N o v u s , a n o t a B e n j a m i n , s o n las velas d e la n a v e g a c i ó n histórica, y su e s p e r a n z a es i n e q u í v o c a :
la d e c o n t a r c o n " e l v i e n t o d e l a b s o l u t o e n l a s a l a s d e l c o n c e p t o " [ V , 5 9 1 ].
L a " d e t e n c i ó n " , p o r tanto, es " m e s i á n i c a " , c o m o lo h a d e ser el e n c u e n t r o d e p a s a d o y
p r e s e n t e e n la " c o n s t e l a c i ó n crítica" d e u n " t i e m p o - a h o r a " : p u e s t o q u e "el p a s a d o lleva c o n s i
g o u n índice t e m p o r a l m e d i a n t e el cual q u e d a r e m i t i d o a la r e d e n c i ó n . E x i s t e u n a cita secreta
entre las g e n e r a c i o n e s q u e f u e r o n y la nuestra. Y c o m o a c a d a g e n e r a c i ó n q u e vivió antes q u e
nosotros, n o s h a s i d o d a d a u n a f l a c a f u e r z a m e s i á n i c a s o b r e la q u e el p a s a d o e x i g e d e r e c h o s "
[1,694]. N o s ó l o la " i m a g e n dialéctica", sino i n c l u s o la r e v o l u c i ó n h a d e h a c e r s e e n n o m b r e d e
e s o s " d e r e c h o s " . B e n j a m i n insiste d e m a n e r a s diferentes e n e s a d i r e c c i ó n a u d a z m e n t e regresi
va. " L a clase q u e lucha", escribe, " e n M a r x a p a r e c e c o m o la ú l t i m a q u e h a sido e s c l a v i z a d a ,
c o m o la clase v e n g a d o r a q u e lleva hasta el final la o b r a d e liberación e n n o m b r e d e las g e n e r a
c i o n e s v e n c i d a s " . L a s o c i a l d e m o c r a c i a , sin e m b a r g o , h a b r í a d e s c a r t a d o esta p e r s p e c t i v a p o r
" c h a b a c a n a " : " S e h a c o m p l a c i d o e n c a m b i o e n a s i g n a r a la clase o b r e r a el p a p e l d e r e d e n t o r a
d e las g e n e r a c i o n e s futuras. C o n ello h a c o r t a d o los n e r v i o s d e su f u e r z a m e j o r . L a clase d e s a
p r e n d i ó e n esta e s c u e l a tanto el o d i o c o m o la v o l u n t a d d e sacrificio. P u e s t o q u e a m b o s se ali
m e n t a n d e la i m a g e n d e los a n t e c e s o r e s e s c l a v i z a d o s y n o del ideal d e los d e s c e n d i e n t e s libera
d o s " [1,700]. E n este m i s m o s e n t i d o h a n d e e n t e n d e r s e las siguientes a n o t a c i o n e s extraídas d e
los p a r a l i p o m e n a relativos a las Tesis s o b r e la historia: " M a r x h a s e c u l a r i z a d o la r e p r e s e n t a
c i ó n del t i e m p o m e s i á n i c o e n la r e p r e s e n t a c i ó n d e la s o c i e d a d sin clases. E h i z o bien". Pero,
d e s g r a c i a d a m e n t e , la s o c i a l d e m o c r a c i a convirtió esta idea e n u n "ideal", u n a "tarea infinita"
c o m o la del p r o g r e s o m i s m o , p a r a c u y a i m p o s i b l e c u l m i n a c i ó n se habilitaría u n a e s p e c i e d e
"sala d e e s p e r a " d e " t i e m p o vacío": " E n realidad, n o h a y instante q u e n o lleve c o n s i g o s u
c h a n c e r e v o l u c i o n a r i a " particular, su c o n d i c i ó n m e s i á n i c a , su potencial plenitud c o m o e l e m e n
to d e u n a c o n s t e l a c i ó n irrepetible, es decir, c o m o o b j e t o d e u n a auténtica e x p e r i e n c i a histórica.
" L a s o c i e d a d sin clases n o es el fin ú l t i m o del p r o g r e s o e n la historia, sino su tan f r e c u e n t e
m e n t e d e s a f o r t u n a d a interrupción, al fin p u e s t a e n obra"7. " M a r x d i c e q u e las r e v o l u c i o n e s s o n
las l o c o m o t o r a s d e la historia universal. P e r o a c a s o se trate d e a l g o t o t a l m e n t e distinto. Q u i z á
las r e v o l u c i o n e s s o n el tirador q u e activa el f r e n o d e a l a r m a d e e s e tren e n el q u e viaja el g é n e
ro h u m a n o " [1,1232]. L a r e v o l u c i ó n es u n a d e t e n c i ó n del c u r s o m í t i c o del p r o g r e s o . E s u n
"salto d e tigre" b a j o el cielo d e la historia [1,701], u n a interrupción d e la catástrofe, q u e esta
b l e c e las c o n d i c i o n e s e n las q u e h a b r á d e h a c e r s e p o s i b l e la e x p e r i e n c i a del "origen".
F r e n a z o del tren, salto d e tigre, v e n g a n z a : es o b v i o q u e B e n j a m i n tenía su p r o p i a m a n e
ra d e f o r m u l a r el sentido d e la e x p l o s i ó n revolucionaria. J u g a b a , c o m o dijera S c h o l e m , c o n
" f e n ó m e n o s d e interferencia". C o n c e p t o s e x t r a í d o s del m a t e r i a l i s m o histórico, o b s e r v a c i o n e s

1 8 4
 i n d u c i d a s d e la práctica política d e la é p o c a , o s c u r o s e i m p r o b a b l e s e l e m e n t o s metafísicos,
n o c i o n e s r e c o g i d a s d e la tradición t e o l ó g i c a del j u d a í s m o , frescas m e t á f o r a s recién b r o t a d a s d e
la fértil i m a g i n a c i ó n d e B e n j a m i n : t o d o se alía e n e s a s s e n t e n c i a s p a r a m a n t e n e r la teoría e n
m á s o s c u r o n i m b o d e lo e n i g m á t i c o * . P e r o el n ú c l e o esencial d e la " i m a g e n dialéctica" s i g u e
siendo, d e h e c h o , la idea d e la " s a l v a c i ó n " d e u n c o n t e n i d o histórico e n tanto q u e lugar d e u n a
" e x p e r i e n c i a " . L a " i m a g e n dialéctica" es " v e l o z " , instantánea: " A l p a s a d o sólo p u e d e retenér
sele e n c u a n t o i m a g e n q u e r e l a m p a g u e a , p a r a n u n c a m á s ser vista, e n el instante d e su c o g n o s
cibilidad. " L a v e r d a d n o se n o s e s c a p a r á " ; esta frase, q u e p r o c e d e d e G o t t f r i e d Keller, d e s i g n a
el l u g a r p r e c i s o e n el q u e el m a t e r i a l i s m o histórico atraviesa la i m a g e n del p a s a d o q u e a m e n a
z a d e s a p a r e c e r c o n c a d a p r e s e n t e q u e n o se r e c o n o z c a m e n t a d o e n ella" [1,695]. B e n j a m i n
o f r e c e u n a m á s clara d e t e r m i n a c i ó n d e esta idea: " A r t i c u l a r h i s t ó r i c a m e n t e lo p a s a d o " significa
" a d u e ñ a r s e d e u n r e c u e r d o tal y c o m o r e l u m b r a e n el i n s t a n t e d e u n p e l i g r o . (...) E l p e l i g r o
a m e n a z a tanto al p a t r i m o n i o d e la tradición c o m o a los q u e lo reciben. E n a m b o s c a s o s es u n o
y el m i s m o : prestarse a ser i n s t r u m e n t o d e la clase d o m i n a n t e . E n t o d a é p o c a h a d e intentarse
a r r a n c a r la tradición al r e s p e c t i v o c o n f o r m i s m o q u e está a p u n t o d e s u b y u g a r l a . El M e s í a s n o
v i e n e ú n i c a m e n t e c o m o redentor; v i e n e c o m o v e n c e d o r del Anticristo. El d o n d e e n c e n d e r e n
lo p a s a d o la c h i s p a d e e s p e r a n z a s ó l o es i n h e r e n t e al h i s t o r i a d o r q u e está p e n e t r a d o d e lo
siguiente: t a m p o c o los m u e r t o s estarán s e g u r o s a n t e el e n e m i g o c u a n d o éste v e n z a . Y este e n e
m i g o n o h a c e s a d o d e v e n c e r " [1,695]. B e n j a m i n e v o c a así la "tradición d e los v e n c e d o r e s " ,
c o n los q u e "entra e n e m p a t í a " el historicista c r e y e n t e e n el p r o g r e s o , f a s c i n a d o ante el " c o r t e
j o triunfal" q u e lleva c o n s i g o la m e j o r h e r e n c i a del p a s a d o c o n v e r t i d a e n " b i e n cultural", e n
"botín", e n a l g o m u e r t o , cosificado. E s así c o m o se le p r e s e n t a al materialista, c o m o las c o n
quistas del p r o g r e s o al á n g e l d e la historia: " Y a q u e los b i e n e s culturales q u e a b a r c a c o n la
m i r a d a tienen t o d o s y c a d a u n o u n o r i g e n q u e n o p o d r á c o n s i d e r a r sin horror. D e b e n su exis
tencia n o sólo al e s f u e r z o d e los g r a n d e s g e n i o s q u e los h a n c r e a d o , sino t a m b i é n a la servi
d u m b r e a n ó n i m a d e sus c o n t e m p o r á n e o s . J a m á s se d a u n d o c u m e n t o d e cultura sin q u e lo s e a a
la v e z d e la barbarie. E igual q u e él m i s m o n o está libre d e barbarie, t a m p o c o lo está el p r o c e s o
d e t r a n s m i s i ó n e n el q u e p a s a d e u n o a otro. P o r e s o el materialista histórico se distancia d e él
e n la m e d i d a d e lo posible. C o n s i d e r a c o m e t i d o s u y o pasarle a la historia el cepillo a c o n t r a p e
lo" [1,696s].
T e n e m o s así a la vista los d o s e x t r e m o s d e u n a r c o i n m e n s o : la r e v o l u c i ó n y la r e d e n
ción. El fin del o r d e n capitalista r e p r e s e n t a p a r a B e n j a m i n la ú n i c a y definitiva posibilidad d e
rescatar p a r a s i e m p r e la tradición e n f e r m a , a m e n a z a d a d e u n peligro mortal, c u y a transmisibi-
lidad h a b í a s i d o el p r o b l e m a central d e la escritura " a u t é n t i c a m e n t e b o l c h e v i q u e " d e K a f k a . L a
civilización -el espíritu y la técnica- es u n " b o t í n " s e c u e s t r a d o p o r la b u r g u e s í a , y la historia
e n t e r a , la h e r e n c i a ' d e la h u m a n i d a d , el p r o d u c t o y la e x p l o t a c i ó n d e u n i n i n t e r r u m p i d o pillaje.
" S a l v a r " el p a s a d o es r e c u p e r a r la tradición civilizatoria p a r a q u i e n e s la h a n v e n i d o s u f r i e n d o
d e s d e s i e m p r e : los p e r d e d o r e s e n d é m i c o s . L a " r e d e n c i ó n " es u n a c t o d e r e s a r c i m i e n t o e n vir
t u d del cual q u e d a r í a justificada t o d a e s a barbarie, t o d o e s e sacrificio i m p u e s t o p o r la h u m a n i
d a d triunfante, c o m o p r e c i o del p r o g r e s o , a u n a m u c h e d u m b r e a n ó n i m a , sin n o m b r e , secular
m e n t e olvidada. P u e s los g r a n d e s l o g r o s se r e c o r t a n s o b r e el perfil a m o r f o d e los "detritus d e la
historia" [ V , 5 7 2 ] q u e B e n j a m i n se p r o p o n e salvar. E s o s "detritus" s o n t o d o a q u e l l o q u e el v e n
d a v a l civilizador h a i d o d e j a n d o e n el c a m i n o : las i m á g e n e s d e los s u e ñ o s q u e fracasaron, los
d e s e o s d e u n a felicidad frustrada, las figuras s o m e t i d a s al p a s o del "cortejo triunfal", los testi
m o n i o s d e u n a barbarie q u e p r o l o n g a la v i o l e n c i a m í t i c a e n el s e n o d e la historia y la d e t e r m i
n a c o m o p r e h i s t o r i a i g n o r a n t e d e sí m i s m a .

1 8 5
 El materialista c o n f r o n t a el p a s a d o p r o v i s t o d e " u n ardiente interés" p o r s u c o n d i c i ó n
d e "transcurrido, t e r m i n a d o y f u n d a m e n t a l m e n t e m u e r t o " . P u e s ú n i c a m e n t e lo m u e r t o , c o m o
s a b e m o s , p u e d e ser r e d i m i d o . B e n j a m i n d e t e r m i n a e s a " r e d e n c i ó n " c o m o u n r e c o n o c i m i e n t o
del p a s a d o p o r parte del presente. S e trata d e u n a " r e m e m o r a c i ó n " e n la q u e ciertos f r a g m e n t o s
d e a n t i g u a s i m á g e n e s q u e d a n "actualizados", r e s c a t a d o s del o l v i d o y r e c o g i d o s c o m o e l e m e n
tos d e u n a tardía c o n s t e l a c i ó n histórica e n la q u e c o b r a n n u e v a v i d a [ V , 4 5 9 ] . L o p e r d i d o , lo
e s t r o p e a d o , lo c a r e n t e d e futuro r e n a c e c o m o figura e n la q u e el p r e s e n t e se r e c o n o c e todavía,
p u e s a ú n n o h a h a b i d o p r o g r e s o . El m o n t a j e d e los P a s a j e s se a n u n c i a c o m o u n a s u m m a d e
tales o s c u r o s d e s e c h o s . P e r o c o n u n i m p o r t a n t e matiz: "los andrajos, los d e s p e r d i c i o s -explica
B e n j a m i n - n o q u i e r o inventariarlos, sino hacerles justicia d e la ú n i c a m a n e r a posible: e m p l e á n
d o l o s " [ V , 5 7 4 j . E s decir: citándolos.
Así, este p r o c e d e r anticipa la c o n c i e n c i a q u e a l g ú n día h a b r á d e a l c a n z a r la h u m a n i d a d
r e d i m i d a . El " t i e m p o - a h o r a " c o n s t r u i d o c o m o " i m a g e n dialéctica" es " m o d e l o " del t i e m p o
m e s i á n i c o p o r c u a n t o q u e " r e s u m e e n u n a a b r e v i a t u r a e n o r m e la historia d e t o d a la h u m a n i
d a d " [1,703]. F r e n t e al relato historicista d e u n p r o g r e s o i n t e r m i n a b l e y v i r t u a l m e n t e universal,
d o n d e los h e c h o s q u e d a n s o m e t i d o s a la criba d e u n s e n t i d o a s c e n d e n t e y victorioso, B e n j a m i n
se r e m i t e al m o d e l o m á s s o b r i o del "cronista", q u e " n a r r a los a c o n t e c i m i e n t o s sin distinguir
entre los g r a n d e s y los p e q u e ñ o s " . D e tal m o d o " d a c u e n t a d e u n a v e r d a d : q u e n a d a d e lo q u e
u n a v e z h a y a a c o n t e c i d o h a d e d a r s e p o r p e r d i d o p a r a la historia. P o r cierto, q u e s ó l o a la
h u m a n i d a d r e d i m i d a le c a b e p o r c o m p l e t o e n suerte s u p a s a d o . L o c u a l q u i e r e decir: s ó l o p a r a
la h u m a n i d a d r e d i m i d a se h a h e c h o su p a s a d o citable e n c a d a u n o d e sus m o m e n t o s . C a d a u n o
d e los instantes v i v i d o s se c o n v i e r t e e n u n a citation a l'ordre d u jour, p e r o p r e c i s a m e n t e del
d í a f i n a l " [1,694]9. T a l sería la " a p o k a k á s t a s i s " h i s t ó r i c a , la r e s t a u r a c i ó n final d e l o r i g e n , la
"restitutio in i n t e g r u m " , la p r e s e n c i a a b s o l u t a d e la totalidad e n el instante. P u e s "el m u n d o
m e s i á n i c o es el m u n d o d e la a c t u a l i d a d integral y universal". S ó l o e n t o n c e s , sugiere B e n j a m i n
(en u n f r a g m e n t o q u e d e s p u é s tacharía), p o d r á h a b l a r s e d e u n a auténtica "historia universal",
" p e r o n o e n t a n t o q u e e s c r i t a , s i n o e n t a n t o q u e f e s t i v a m e n t e c e l e b r a d a . (...) S u l e n g u a j e e s la
p r o s a liberada q u e h a h e c h o saltar las c a d e n a s d e la escritura"; así c u l m i n a la idea d e la historia
c o m o "texto": pues, "la m u l t i p l i c i d a d d e las historias es a n á l o g a a la m u l t i p l i c i d a d d e los len
g u a j e s " [1,1235]. L a c o n f u s i ó n b a b é l i c a , q u e B e n j a m i n a s o c i a al c o n t e x t o c u l p a b l e d e lo
viviente, se c o r r e s p o n d e , p o r tanto, c o n la c o n d i c i ó n m í t i c a d e la historia, c u y o día final h a b r á
d e coincidir c o n la irrupción d e la totalidad del p a s a d o e n la plenitud d e u n p r e s e n t e d o n d e
c a d a e x p e r i e n c i a sería R e v e l a c i ó n y c a d a c o s a sería l l a m a d a p o r su v e r d a d e r o n o m b r e .

" M I T O L O G I A " S U R R E A L I S T A

E s t a a p o t e ó s i c a c o n s t e l a c i ó n d e figura s c o n c e p t u a l e s y r e p r e s e n t a c i o n e s m á s o m e n o s
m e t a f ó r i c a s indica el lugar e n el q u e se h a c e m á s c o m p r e n s i b l e el interés q u e B e n j a m i n llegó a
sentir p o r l a e x p e r i e n c i a surrealista, q u e t u v o o c a s i ó n d e c o n o c e r d e c e r c a d u r a n t e s u estancia
e n París e n 1 9 2 7 . E n efecto, la lectura d e las o b r a s y revistas d e A r a g o n y d e B r e t o n d e j ó e n él
u n a h u e l l a tan p r o f u n d a , q u e fue p r e c i s a m e n t e el s u r r e a l i s m o u n o d e los principale s m o t i v o s
q u e inspira ron el p r o y e c t o d e los P a s a j e s , su " féerie dialéctica". E n ellos trataba d e c o n t e m p l a r

1 8 6
 el siglo X 1 X n o sólo c o m o " Z e i t - R a u m " , sino t a m b i é n c o m o u n " Z e i t - T r a u m " , " e n el q u e la
c o n c i e n c i a individual se sustenta d e m o d o c a d a v e z m á s reflejo, frente a la cual se h u n d e e n u n
s u e ñ o c a d a v e z m á s p r o f u n d o la c o n c i e n c i a c o l e c t i v a " [ V . 4 9 1 ] , E l t e s t i m o n i o lo b u s c a
B e n j a m i n e n el " c o l e c t i v o s o ñ a d o r " , d e m o d o q u e h a b r á q u e interpretar la m o d a y la publici
d a d , los edificios y la política c o m o la c o n s e c u e n c i a d e la historia d e su s u e ñ o . C a d a é p o c a trae
al m u n d o n u e v o s s u e ñ o s q u e se i n c o r p o r a n al " t e s o r o d e i m á g e n e s d e la h u m a n i d a d " [ V . 4 9 3 ] ,
s u e ñ o s a través d e los c u a l e s se c o n f i g u r a d e m a n e r a i n c o n s c i e n t e la c o n c i e n c i a del colectivo.
P u e s , "el c a p i t a l i s m o f u e u n a m a n i f e s t a c i ó n natural c o n la q u e s o b r e v i n o e n E u r o p a u n n u e v o
s u e ñ o [ T r a u m s c h l a f ] y u n a r e a c t i v a c i ó n d e las f u e r z a s m í t i c a s e n él" [ V , 4 9 4 ] . S o n e s o s s u e ñ o s
los q u e q u e d a n d e p o s i t a d o s e n i m á g e n e s d e la arquitectura colectiva, e n los p a s a j e s c o m e r c i a
les y los g r a n d e s a l m a c e n e s , e n las fábricas, e s t a c i o n e s ("usines d e reves"), m u s e o s , casinos,
e n la d e c o r a c i ó n d e los interiores: e n t o d a s partes.
S e g ú n B e n j a m i n , los surrealistas f u e r o n los p r i m e r o s e n percatarse del s e n t i d o q u e tales
i m á g e n e s e s c o n d í a n . S u visión del m u n d o era c o m p a r a b l e a la d e u n a r e p e n t i n a c o n c i e n c i a del
d e s p e r t a r d e u n s u e ñ o , al m o m e n t o e n q u e el s o ñ a d o r se frota los ojos, y constituía p o r tanto u n
m o m e n t o i n e x c u s a b l e p a r a su posterior tarea d e interpretación. L a s i m á g e n e s surrealistas redi
m í a n a su m o d o e s e m u n d o kitsch, lleno d e las " c o s a s m u e r t a s " q u e c a d a g e n e r a c i ó n h a reteni
d o d e su t e m p r a n a e x p e r i e n c i a infantil [11.620s]. P e r o el p u n t o d e vista del s u r r e a l i s m o n o e r a
p a r a B e n j a m i n sino u n p r i m e r m o m e n t o , t o d a v í a insuficiente, q u e d e b í a ser c o m p l e t a d o c o n la
interpretación "dialéctica" e n virtud d e la cual f u e s e c o n j u r a d o el p u n t o m í t i c o e n el q u e los
surrealistas, p e s e a todo, t e n d í a n a d e t e n e r s e [ V , 5 7 1 s ] . L a a m b i g u a actitud d e B e n j a m i n frente
al s u r r e a l i s m o se h a c e e v i d e n t e e n el c o n o c i d o artículo d o n d e lo c o n f r o n t a c o m o la U l t i m a ins
t a n t a n e a d e la inteligencia e u r o p e a . " C o m o a l e m á n " , escribe, se e n c u e n t r a " f a m i l i a r i z a d o c o n
la crisis d e la inteligencia, o d i c h o m á s e x a c t a m e n t e , c o n la del c o n c e p t o h u m a n i s t a d e la liber
t a d " [11,295]. E n este m a r c o , el s u r r e a l i s m o a p a r e c e c o m o u n a b u e n a r e s p u e s t a e n la perspecti
v a d e u n a r e c u p e r a c i ó n r e v o l u c i o n a r i a d e las f u e r z a s irracionales, d e " g a n a r las fuerzas d e la
e b r i e d a d p a r a la r e v o l u c i ó n " [11,307]. L a e b r i e d a d , e n efecto, es el a b a n d o n o del sujeto, el rela
j a m i e n t o d e la c u l p a b l e identidad"'. C o n todo, "la v e r d a d e r a s u p e r a c i ó n d e la i l u m i n a c i ó n reli
g i o s a n o está, d e s d e luego, e n los estupefacientes. E s t á e n u n a i l u m i n a c i ó n p r o f a n a d e inspira
c i ó n materialista, a n t r o p o l ó g i c a , d e la q u e el h a s c h i s c h , el o p i o u otra d r o g a n o s o n m á s q u e la
e s c u e l a p r i m a r i a " [11,297]. L o q u e B e n j a m i n b u s c a b a e n los " e x p e r i m e n t o s m á g i c o s c o n p a l a
b r a s " d e la literatura surrealista era p r e c i s a m e n t e e s a " i l u m i n a c i ó n p r o f a n a " , u n a " r e v e l a c i ó n "
a través d e la escritura c o n c e b i d a c o m o el e s p a c i o d e u n a e x p e r i e n c i a a b s o l u t a [1,1021].
P u e s " t a m b i é n lo c o l e c t i v o es c o r p ó r e o . Y la physis, q u e se o r g a n i z a e n la técnica, sólo
se g e n e r a s e g ú n su realidad política y objetiva e n el á m b i t o d e i m á g e n e s del q u e la i l u m i n a c i ó n
p r o f a n a h a c e n u e s t r a casa". E s e n t o n c e s " c u a n d o c u e r p o e i m a g e n se interpenetran tan h o n d a
m e n t e , q u e t o d a t e n s i ó n r e v o l u c i o n a r i a se h a c e e x c i t a c i ó n c o r p o r a l colectiva y t o d a s las excita
c i o n e s c o r p o r a l e s d e lo c o l e c t i v o se h a c e n d e s c a r g a r e v o l u c i o n a r i a " [11,310]. El s u r r e a l i s m o es
" n i h i l i s m o r e v o l u c i o n a r i o " [11,299], es " o r g a n i z a c i ó n del p e s i m i s m o " - " e n t o d a línea"- e n soli
d a r i d a d c o n los intereses c o m u n i s t a s [11,308]. P o r cierto q u e a B e n j a m i n n o se le e s c a p a b a el
carácter p r o b l e m á t i c o d e tal c o n v e r g e n c i a [ V . 8 5 2 ] . E n u n a d e sus n o t a s p r e p a r a t o r i a s d e s u
o b r a d e los P a s a j e s f o r m u l a la " d e l i m i t a c i ó n " d e su trabajo frente al p u n t o d e vista d e A r a g o n :
e n tanto q u e éste " p e r s e v e r a e n el á m b i t o del s u e ñ o " , él se p r o p o n e hallar "la c o n s t e l a c i ó n del
d e s p e r t a r " ; " e n t a n t o q u e e n A r a g o n p e r d u r a u n e l e m e n t o i m p r e s i o n i s t a -la " M y t h o l o g i e " - (...)
a q u í se trata d e la d i s o l u c i ó n d e la " M y t h o l o g i e " e n el e s p a c i o histórico", q u e n o es sólo el del
s u e ñ o , sino t a m b i é n el del d e s p e r t a r [ V , 5 7 1 s ] . D e lo q u e se trata a c o n t i n u a c i ó n es d e e x a m i n a r

1 8 7
e n q u é m e d i d a l o g r ó B e n j a m i n a l c a n z a r e s e e s p a c i o d e la vigilia y, s o b r e todo, hasta q u é p u n t o
lo b u s c ó c o n auténtico c o n v e n c i m i e n t o .

S U E N O Y D E S P E R T A R

E n t r a m o s así n u e v a m e n t e e n u n o d e e s o s p u n t o s d e l i c a d o s e n los q u e el p e n s a m i e n t o
d e B e n j a m i n - e n f o r m a discreta y fugaz, p e r o n o p o r ello m e n o s efectiva- r e v e l a s u s c l a v e s y
c o n f i e s a su m á s p r o f u n d a intención. E s e n estas e n c r u c i j a d a s , se diría, d o n d e p u e d e n ser r e c o
n o c i d o s los a u t é n t i c o s "intervalos d e la reflexión", los l u g a r e s d e "total n e u t r a l i d a d " e n los
q u e el a r g u m e n t o se d e t i e n e p o r q u e el p e n s a m i e n t o se a b s t i e n e d e actuar. P u e s la " i n t e r r u p
c i ó n d e la r e f l e x i ó n " n o es ú n i c a m e n t e el m é t o d o d e la filosofía d e B e n j a m i n , sino t a m b i é n el
p r e c i o q u e h a d e pagar. S u s trazos a m b i g u a m e n t e r e g r e s i v o s se a p o y a b a n d e s d e el principio,
c o m o h e m o s e x p u e s t o , e n u n a o s c u r a teología p e r s o n a l d o n d e se d a b a n cita m o t i v o s p r o c e
d e n t e s d e la religión judía, la tradición filosófica y la estética del t e m p r a n o r o m a n t i c i s m o ,
h a s t a c u a j a r e n u n n ú c l e o d e n i h i l i s m o v e r d a d e r a m e n t e e x p l o s i v o . El r e c u r s o a la indiferen-
ciación, c o m o vía regia p a r a la d i s o l u c i ó n d e las d e t e r m i n a c i o n e s contradictorias q u e se le
p r e s e n t a n al intelecto, q u e d a b a así justificado e n u n a p e r s p e c t i v a d e p r o f u n d a raíz religiosa.
P u e s bien: e s a m i s m a indiferenciación, esta v e z s u s t e n t a d a e n u n m a t e r i a l i s m o i g u a l m e n t e
nihilista, a p a r e c e d e n u e v o c o m o estrategia principal e n la c o n s t r u c c i ó n del c o n c e p t o d e la
" i m a g e n dialéctica".
E n efecto, B e n j a m i n se d e c l a r a resuelto a distanciarse r e s p e c t o d e la " m y t h o l o g i e "
surrealista: trata d e g a n a r p a r a la teoría el e s p a c i o del " d e s p e r t a r " , la vigilia d e s d e la c u a l
p o d r í a el s u e ñ o q u e d a r i l u m i n a d o . N o d e j a d e ser c u r i o s o q u e s e a j u s t a m e n t e e n P r o u s t d o n d e
e n c u e n t r e el m o d e l o m á s i n m e d i a t o d e e s e "despertar". A s í c o m o la o b r a d e P r o u s t se d e f i n e
c o m o u n a g r a n d i o s a o p e r a c i ó n r e d e n t o r a d e u n m u n d o c o m p u e s t o d e e x p e r i e n c i a s y c o s a s
m u e r t a s - E n b u s c a d e l t i e m p o p e r d i d o - , u n e s f u e r z o q u e se f u n d a e n la " r e m e m o r a c i ó n " del
p a s a d o e n virtud d e u n a " m e m o r i a involuntaria", esto es, libre d e t o d o plan, d e t o d a intencio
n a l i d a d subjetiva", así t a m b i é n h a b r á d e ser e n t e n d i d o el " d e s p e r t a r dialéctico" c o m o e l e v a
c i ó n a c o n c i e n c i a d e lo s o ñ a d o , c o n t e n i d o d e las f a n t a s m a g o r í a s q u e p u e b l a n la p r e h i s t ó r i c a
civilización b u r g u e s a . D e lo q u e se trata es d e p r o c e d e r a la " i n v e r s i ó n dialéctica" d e lo pretéri
to, r e m e m o r á n d o l o y r e c u p e r á n d o l o c o m o u n " a v a t a r d e la c o n c i e n c i a despierta". " E l d e s p e r
tar, e n efecto, es u n c a s o especial del recordar: el c a s o e n el q u e l o g r a m o s a c o r d a r n o s d e lo
m á s i n m e d i a t o , lo m á s banal, lo m á s p r ó x i m o " , q u e es t a m b i é n , p o r q u e f u e v i v i d o o s c u r a m e n
te, c o m o p r e d e s t i n a d o al o l v i d o , lo m á s n e c e s i t a d o d e u n rescate [ V , 4 9 1 ] .
Así, lo q u e P r o u s t vivió e n el f e n ó m e n o d e la r e m e m o r a c i ó n individual trata B e n j a m i n
d e h a c é r n o s l o e x p e r i m e n t a r e n las "corrientes", " m o d a s " y " o r i e n t a c i o n e s " q u e c o n s t i t u y e n los
"detritus", lo c u l p a b l e m e n t e o l v i d a d o , lo periclitado del siglo X 1 X [ V , 4 9 7 ] . " A la f o r m a d e los
n u e v o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , e n el c o m i e n z o d o m i n a d a a ú n p o r los a n t i g u o s ( M a r x ) , corres
p o n d e n e n la c o n s c i e n c i a colectiva i m á g e n e s e n las q u e lo n u e v o se interpenetra c o n lo viejo.
E s a s i m á g e n e s s o n optativas, y e n ellas la c o l e c t i v i d a d b u s c a tanto s u p r i m i r c o m o transfigurar
las deficiencias del o r d e n social d e p r o d u c c i ó n y la i m p e r f e c c i ó n del p r o d u c t o social" [V,46).
S e trata d e s u e ñ o s , d e c o n f i g u r a c i o n e s ilusorias d o n d e el sujeto c o l e c t i v o e x p o n e s u p a t h o s

1 8 8
 histórico particular, la d e s g r a c i a e n la q u e el p o r v e n i r h a b r á d e leer su b á r b a r a h e r e n c i a natural,
s u destino. E n efecto, los c o n d i c i o n a m i e n t o s e c o n ó m i c o s " e n c u e n t r a n e n el s u e ñ o su e x p r e s i ó n
y e n el d e s p e r t a r s u i n t e r p r e t a c i ó n " [ V , 1 0 2 3 ] . L o s p a s a j e s y los interiores, los p a n o r a m a s y los
p a b e l l o n e s d e las e x p o s i c i o n e s " s o n r e s i d u o s d e u n m u n d o i m a g i n a r i o . V a l o r a r e n la vigilia
estos e l e m e n t o s d e e n s u e ñ o es u n ejercicio e s c o l a r del p e n s a m i e n t o dialéctico. P o r e s o el p e n
s a m i e n t o dialéctico es el ó r g a n o del d e s p e r t a r histórico. C a d a é p o c a n o s ó l o s u e ñ a la siguiente,
s i n o q u e s o ñ a d o r a m e n t e a p r e m i a su despertar. L l e v a e n sí m i s m a s u final y lo d e s p l i e g a - s e g ú n
H e g e l - c o n a r g u c i a " [V,59].
E s t a s ú l t i m a s frases m a t i z a n la s e n t e n c i a d e M i c h e l e t q u e B e n j a m i n h a b í a p u e s t o a títu
lo d e m o t t o al frente d e las m i s m a s : " C h a q u e é p o q u e r é v e la suivante". S u s e n t i d o es a m b i g u o ,
c o m o el d e la f ó r m u l a q u e r e p r o d u c i m o s a c o n t i n u a c i ó n : " E n el c o n t e x t o del s u e ñ o b u s c a m o s
u n m o m e n t o ieleológico. E s e m o m e n t o es la espera. El s u e ñ o e s p e r a s e c r e t a m e n t e al d e s p e r
tar" [ V , 4 9 2 ] . O bien: " E l d e s p e r t a r q u e se a v e c i n a es c o m o el c a b a l l o d e m a d e r a d e los g r i e g o s
e n la T r o y a del s u e ñ o " [ V , 4 9 5 ] . T a l es s u " a r g u c i a " . P e r o lo cierto es q u e , c o m o A d o r n o le
r e p r o c h a s e , la s u p o s i c i ó n d e e s e " m o m e n t o t e l e o l ó g i c o " n o sólo p a r e c e conferir a la historia u n
o r i e n t a c i ó n "casi desarrolista", e n u n a línea u t ó p i c a i n c o n g r u e n t e c o n su crítica d e principio al
e v o l u c i o n i s m o historicista, sino q u e , a la postre, abolía t o d a diferencia a b s o l u t a entre " s u e ñ o "
y "despertar", entre la c o n d i c i ó n m í t i c a y la interpretación critica: la " i m a g e n dialéctica", s u r
g i d a c o m o v e r d a d " n o intencional", d e t e r m i n a d a c o m o p r o d u c t o i n c o n s c i e n t e del c o l e c t i v o
histórico, p a r e c í a q u e d a r f i n a l m e n t e e n c e r r a d a e n los límites del sujeto, c o m o a p l a s t a d a p o r su
p r o p i a " i n m a n e n c i a " ' 2 .
E n efecto, el "despertar", c o m o los niveles del s u e ñ o , es u n p r o c e s o " g r a d u a l " , relativo,
h a s t a el p u n t o d e q u e p a r e c e v i r t u a l m e n t e i m p o s i b l e efectuar u n a clara s e p a r a c i ó n entre a m b o s
estados: " E s u n a tácita s u p o s i c i ó n del psicoanálisis q u e la c o n t r a p o s i c i ó n d e s u e ñ o y vigilia n o
tiene v a l i d e z a l g u n a p a r a la f o r m a e m p í r i c a d e la c o n c i e n c i a h u m a n a , s i n o q u e m á s b i e n c e d e
a n t e u n a infinita v a r i e d a d d e c o n c r e t o s e s t a d o s d e c o n c i e n c i a q u e e s t á n c o n d i c i o n a d o s p o r
t o d o s los niveles c o n c e b i b l e s d e la existencia d e la vigilia" [ V , 4 9 2 ] . P e r o ello se p u e d e a f i r m a r
i g u a l m e n t e a p r o p ó s i t o del colectivo, al cual "le s o n i n h e r e n t e s m u c h a s c o s a s q u e al i n d i v i d u o
le s o n exteriores", d e m o d o q u e "las arquitecturas, las m o d a s , y h a s t a el t i e m p o a t m o s f é r i c o
s o n e n el interior del c o l e c t i v o lo q u e los ó r g a n o s sensoriales, el s e n t i m i e n t o d e la e n f e r m e d a d
o d e la s a l u d e n el interior del i n d i v i d u o " . M á s a ú n : " e n la m e d i d a e n q u e persisten e n la figura
i n c o n s c i e n t e y a m o r f a del s u e ñ o , s o n c a b a l m e n t e a c o n t e c i m i e n t o s naturales, c o m o el p r o c e s o
d e digestión, la respiración, e t c " [ V , 4 9 2 ] . P u e s "el s o ñ a d o r c o l e c t i v o n o c o n o c e historia a l g u
n a " [ V , 6 7 8 ] , s i n o s ó l o n a t u r a l e z a , p r e h i s t o r i a , h i s t o r i a i n c o n s c i e n t e d e sí.
E s t a s ideas, q u e B e n j a m i n c o n s i g n a e n los P a s a j e s sin d e m a s i a d o énfasis ni m a y o r
insistencia, c o n s t i t u y e n , sin e m b a r g o , u n n a d a d e s d e ñ a b l e t e s t i m o n i o d e a l g o q u e o s c u r a y
d i f u s a m e n t e le r o n d a b a p o r la c a b e z a e n la f o r m u l a c i ó n del c o n c e p t o d e " i m a g e n dialéctica".
Ésta, q u e d e b í a ser la interpretación del s u e ñ o , la s u p e r a c i ó n d e la falsa c o n c i e n c i a d e u n a s u b
jetividad histórica a l i e n a d a e n la barbarie, m u e s t r a u n a i n e q u í v o c a t e n d e n c i a a c o n f u n d i r s e
m i m é t i c a m e n t e c o n e s a falsa c o n c i e n c i a y t e r m i n a r p o r h a c e r s e "idéntica al o b j e t o histórico"
m i s m o [ V , 5 9 5 ] y q u e d a r p r e s a e n el d o m i n i o d e l " s u e ñ o " [1,1 174], e s t o es, a d e s e s p e r a r d e
t o d a f o r m a d e t r a s c e n d e n c i a r e s p e c t o del m u n d o a p a r e n t e y y u x t a p o n e r el o r d e n s a g r a d o y el
o r d e n p r o f a n o c o m o d o s caras d e u n a m i s m a m o n e d a . E n este c o n t e x t o n o h a d e e x t r a ñ a r n o s
q u e B e n j a m i n r e c u p e r a s e al final d e su v i d a las i m p r o b a b l e s f o r m u l a c i o n e s d e s i g n o nihilista
c o n t e n i d a s e n su F r a g m e n t o teológico-politico, c u y a h u e l l a se h a c e e v i d e n t e e n n o p o c a s d e
las n o t a s q u e c o n s t i t u y e n los p a r a l i p o m e n a d e las tardías Tesis s o b r e la historia.

1 8 9
 " E l M e s í a s i n t e r r u m p e la historia; n o a d v i e n e al final d e u n desarrollo" [1,1243]. E s a
interrupción trae c o n s i g o la m u e r t e , o m e j o r la t o m a c o m o su m á s í n t i m a aliada: "la m u e r t e es
la e s t a c i ó n central d e la dialéctica", su p u n t o d e partida y su d e s t i n o final [ V , 9 9 7 ] . " E s t a b l e c e r
la e t e r n i d a d d e los a c o n t e c i m i e n t o s históricos significa p r o p i a m e n t e atenerse a la e t e r n i d a d d e
s u c a d u c i d a d " [1,1246], a su c o n d i c i ó n d e n a t u r a l e z a p e r e c e d e r a . Y a q u e "lo e t e r n o es m á s b i e n
u n a a r r u g a e n el v e s t i d o q u e u n a i d e a " [ V , 5 7 8 ] . E s u n instante e n el q u e u n a p e q u e ñ a n a d a
r e l a m p a g u e a p a r a i n m e d i a t a m e n t e d e s a p a r e c e r , i m a g e n p r o f a n a d e e s o s á n g e l e s e f í m e r o s q u e
B e n j a m i n e v o c a b a e n su e n s a y o s o b r e K r a u s . A h o r a bien, salvar el p a s a d o es rescatarlo d e la
m u e r t e r e c o n o c i é n d o l o c o m o actual p a r a u n d e t e r m i n a d o presente. " E l a h o r a d e la c o g n o s c i b i
lidad es el instante del d e s p e r t a r " [ V , 6 0 8 ] : lo o l v i d a d o es r e c o r d a d o c o m o " s u e ñ o " del q u e p r o
c e d e t e l e o l ó g i c a m e n t e n u e s t r o relativo d e s p e r t a r a título d e interpretación. El intérprete sólo
está d e s p i e r t o e n la m e d i d a e n q u e p u e d e r e c o r d a r s u s u e ñ o . E s e s u e ñ o t e r m i n ó : p o r e s o c a b e
i n d a g a r e n él u n a significación postrera. P e r o el t i e m p o d e vigilia, el p r e s e n t e d e s d e el q u e se
e m p r e n d e la interpretación, c a r e c e r á p o r su parte d e t o d o s e n t i d o e n tanto e n c u a n t o n o s e a
r e c o n o c i d o , r e c o r d a d o e i n t e r p r e t a d o a s u v e z c o m o u n s u e ñ o , si a c a s o , p o r o b r a d e u n a h u m a
n i d a d m á s despierta, u n día c u a l q u i e r a d e e s e p o r v e n i r e n el q u e , b i e n e n t e n d i d o , " c a d a s e g u n
d o es la p e q u e ñ a p u e r t a p o r la q u e p u e d e entrar el M e s í a s " [1,704]. E n ello cifra B e n j a m i n n o
y a n u e s t r a e s p e r a n z a , s i n o m á s b i e n n u e s t r o c o n s u e l o : p u e s " n o r e c l a m a m o s d e n u e s t r o s s u c e
s o r e s a g r a d e c i m i e n t o p o r n u e s t r a victoria, s i n o la c o n m e m o r a c i ó n d e n u e s t r a derrota". Y
a ñ a d e : " E s t o es c o n s u e l o : el c o n s u e l o , p o r cierto, q u e ú n i c a m e n t e p u e d e h a b e r p a r a a q u e l l o s
q u e y a n o tienen e s p e r a n z a a l g u n a d e c o n s u e l o " [1,1240]. L a " i m a g e n dialéctica" se n o s p r e
senta, e n c u a l q u i e r caso, c o m o la e x p r e s i ó n f r a g m e n t a r i a d e la v i d a d e la criatura e n el c o n t e x
to d e la "historia natural". E s o m i s m o q u e el p r o p i o B e n j a m i n , e n la é p o c a del T r a u e r s p i e l ,
h a b í a d e n o m i n a d o "alegoría".

1 9 0
 2. A L E G O R I A S d e l a m o d e r n i d a d

' 1 N F I E R N O " Y " F A N T A S M A G O R I A "

H a c i a finales d e 1 9 3 7 , e n el c o n t e x t o d e s u s i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e el m u n d o d e
B a u d e l a i r e , B e n j a m i n d e s c u b r e u n a l u c i n a d o libro d e B l a n q u i , L'éternité p a r les astres, e n el
q u e a p a r e c í a n s i g n i f i c a t i v a m e n t e r e u n i d o s a l g u n o s d e los m á s i m p o r t a n t e s m o t i v o s a c e r c a d e
los q u e v e n í a r e f l e x i o n a n d o d u r a n t e años. S e trataba, decía, d e u n a " e s p e c u l a c i ó n c o s m o l ó g i
c a " f o r m u l a d a d e s d e el p u n t o d e vista del " i n f i e r n o " y, p o r ello m i s m o , p r e ñ a d a d e i m p l i c a c i o
n e s d e o r d e n t e o l ó g i c o [ B , 7 4 1 ] : " t o d o lo q u e se h u b i e r a p o d i d o ser a q u í abajo, se es e n a l g ú n
otro lugar"; "lo n u e v o s i e m p r e viejo, lo viejo s i e m p r e n u e v o " ; " t o d a s las c o s a s bellas q u e v e r á
n u e s t r o g l o b o , n u e s t r o s futuros d e s c e n d i e n t e s las h a n visto ya", escribía B l a n q u i [ V , 1 7 1 ] . E l
c o m e n t a r i o d e B e n j a m i n al r e s p e c t o lo h a l l a m o s e n la c o n c l u s i ó n d e la v e r s i ó n f r a n c e s a del
e x p o s é : " E s t e libro c o n s u m a la c o n s t e l a c i ó n d e las f a n t a s m a g o r í a s del siglo e n u n a postrera
f a n t a s m a g o r í a , d e carácter c ó s m i c o , q u e i m p l í c i t a m e n t e c o m p r e n d e la m á s a c e r b a crítica d e
t o d a s las d e m á s " [V,75]. L a interpreta, e n efecto, c o m o u n a visión del infierno d e s d e la pers
p e c t i v a d e la ciencia natural m e c a n i c i s t a , e n la q u e se p o n í a e n j u e g o la i d e a del e t e r n o r e t o r n o
d i e z a ñ o s antes del Z a r a t u s t r a d e N i e t z s c h e . E r a " u n a i m a g e n del p r o g r e s o q u e - a n t i g ü e d a d
i n m e m o r i a l p a v o n e á n d o s e e n u n a p a r a t o d e ú l t i m a n o v e d a d - se r e v e l a c o m o la f a n t a s m a g o r í a
d e la historia m i s m a " : "el u n i v e r s o se repite y piafa sin m o v e r s e d e s u sitio"; y "esta r e s i g n a
c i ó n sin e s p e r a n z a es la ú l t i m a p a l a b r a del r e v o l u c i o n a r i o . El siglo n o h a s a b i d o r e s p o n d e r a las
n u e v a s virtualidades técnicas c o n u n n u e v o o r d e n social. A s í es c o m o la ú l t i m a p a l a b r a se
q u e d a e n los t r u j a m o n e s extraviantes d e lo a n t i g u o y lo n u e v o , q u e se e n c u e n t r a n e n el c o r a z ó n
d e estas f a n t a s m a g o r í a s . El m u n d o d o m i n a d o p o r s u s f a n t a s m a g o r í a s : e s o es - p o r servirnos d e
la e x p r e s i ó n d e B a u d e l a i r e - la m o d e r n i d a d " [ V , 7 6 ] . U n m u n d o d o n d e la n o v e d a d a p a r e c e
" c o m o el atributo d e lo q u e p e r t e n e c e al b a n d o d e la c o n d e n a c i ó n " [V,77], el u n i v e r s o c o m o
lugar infernal s a c u d i d o p o r "catástrofes p e r m a n e n t e s " [ V , 1 6 8 ] , h e n c h i d o d e " p e n a s eternas y
s i e m p r e n u e v a s " [V,77].
T e n e m o s así u n a a b r e v i a t u r a d e la e n t e r a c o n c e p c i ó n b e n j a m i n i a n a d e la m o d e r n i d a d .
L a i d e a del e t e r n o r e t o r n o es "la f o r m a f u n d a m e n t a l d e la c o n c i e n c i a m í t i c a p r e h i s t ó r i c a "
[ V , 1 7 7 ] , la i d e a e n la q u e " s e invierte a sí m i s m o el h i s t o r i c i s m o del siglo X 1 X " : "la tradición
a d q u i e r e c o n ello el c a r á c t e r d e u n a f a n t a s m a g o r í a c o n la q u e la prehistoria, b a j o los m á s
m o d e r n o s atavíos, sale a la palestra" [ V , 1 7 4 ] . P u e s t o q u e "la fe e n el p r o g r e s o , e n u n a infinita
perfectibilidad - u n a tarea infinita e n la m o r a l - y la r e p r e s e n t a c i ó n del e t e r n o r e t o r n o s o n c o m
p l e m e n t a r i a s " , y a m b a s p e r t e n e c e n al á m b i t o del p e n s a m i e n t o m í t i c o [ V , 1 7 8 ] . A h o r a bien, lo

1 9 1
 característico d e la m o d e r n i d a d es la a c e n t u a c i ó n del a s p e c t o punitivo, catastrófico, del a c o n t e
c e r histórico v i v i d o c o m o destino: " L a fatalidad d e las p e n a s infernales h a q u e b r a d o tal v e z la
p u n t a m á s f e c u n d a d e la a n t i g u a i d e a del e t e r n o retorno. P o n e la e t e r n i d a d d e los t o r m e n t o s e n
el l u g a r d e la e t e r n i d a d d e u n c u r s o circular" [ V , 1 7 8 ] . L a m o d e r n i d a d es e n t o n c e s la " é p o c a del
infierno": "las p e n a s infernales s o n s i e m p r e r e s p e c t i v a m e n t e lo m á s n u e v o q u e h a y e n este
á m b i t o . N o s e t r a t a d e q u e s u c e d a " s i e m p r e o t r a v e z l o m i s m o " (...), s i n o d e q u e el r o s t r o d e l
m u n d o , la c a b e z a hipertrofiada, p r e c i s a m e n t e n o se altera n u n c a e n lo n o v í s i m o , q u e lo novísi
m o p e r m a n e c e s i e m p r e igual e n t o d o s s u s f r a g m e n t o s . E s t o c o n s t i t u y e la e t e r n i d a d del infierno
y el g o c e s á d i c o d e la r e n o v a c i ó n . D e t e r m i n a r la totalidad d e los e l e m e n t o s e n los q u e se
e x p r e s a lo " m o d e r n o " significa representar el infierno" [ V , 1 0 1 0 s ] . L a m o d e r n i d a d a p a r e c e , p o r
tanto, c o m o la " d i s l o c a c i ó n del infierno" [ V , 1 7 6 ] ; y se v i v e c o m o " u n a existencia i r r e v o c a b l e
tras el juicio final" [11,131].
E l e l e m e n t o f u n d a m e n t a l d e esta interpretación h a y q u e b u s c a r l o e n la i d e a del triunfo
d e la técnica. A p a r t e d e las f ó r m u l a c i o n e s críticas r e s p e c t o d e la falsa idea d e p r o g r e s o c o n t e
n i d a s e n las Tesis s o b r e el c o n c e p t o d e historia, q u e y a h e m o s c o m e n t a d o , s o n n u m e r o s a s las
referencias d e B e n j a m i n a la técnica c o m o u n a d e las c a u s a s principales d e la e s e n c i a f a n t a s
m a g ó r i c a d e lo m o d e r n o [ V , 5 7 6 ] . L a arquitectura d e hierro y d e cristal, q u e h i z o p o s i b l e los
p a s a j e s c o m e r c i a l e s [ V , 2 1 ls], las n u e v a s f o r m a s d e u r b a n i s m o y d e i l u m i n a c i ó n [ V , 6 9 8 s ] , la
" p a r n a s i z a c i ó n " d e la E c o l e p o l y t e c h n i q u e [ V , 9 8 5 ] , la m u l t i p l i c a c i ó n d e los o b j e t o s y d e los
h o m b r e s , c o n v e r t i d o s e n m a s a , t o d o ello se le a p a r e c e a B e n j a m i n e n el o r i g e n d e las fantasías
catastróficas q u e proliferaron e n la s e g u n d a m i t a d del siglo X 1 X , claros s í n t o m a s d e la " d e s a
f o r t u n a d a r e c e p c i ó n d e la t é c n i c a " [ V , 8 1 2 ] q u e p r o p i c i ó la c o n f i g u r a c i ó n d e u n m u n d o lleno d e
m o t i v o s a r c a i c o s [ V . 5 7 6 ] . El " s u e ñ o " d e la m o d e r n i d a d , q u e la " i m a g e n dialéctica" h a d e inter
pretar, p a r e c e así d e t e r m i n a r s e c o m o u n s u e ñ o d e o m n i p o t e n c i a c u y o inevitable f r a c a s o d e s e m
b o c a e n e s a c o n c i e n c i a d e s e s p e r a d a q u e se e x p e r i m e n t a e n la v i s i ó n d e la historia c o m o l u g a r
d e la c o n d e n a c i ó n " .

F E T I C H I S M O , M E R C A N C I A , M O D A

El f u n d a m e n t o del a s p e c t o f a n t a s m a g ó r i c o d e la m o d e r n i d a d , c o m o p r i m e r a y principal
c o n s e c u e n c i a d e la técnica, lo e n c u e n t r a B e n j a m i n , s i g u i e n d o las explícitas i n d i c a c i o n e s d e
M a r x al respecto, e n el c a r á c t e r fetichista d e la m e r c a n c í a . D e tal f e t i c h i s m o derivaría la n u e v a
m i t o l o g i z a c i ó n d e u n a s o c i e d a d q u e d e j a d e r e c o n o c e r s e e n s u s p r o p i o s p r o d u c t o s . L a m e r c a n
cía es la f a n t a s m a g o r í a p o r a n t o n o m a s i a : el carácter fetichista d e la m e r c a n c í a " s e a d h i e r e a la
p r o p i a s o c i e d a d p r o d u c t o r a d e m e r c a n c í a s , n o p o r cierto tal c o m o es e n sí m i s m a , p e r o sí tal
c o m o se r e p r e s e n t a y c r e e e n t e n d e r s e e n c u a n t o se abstrae del h e c h o d e q u e p r e c i s a m e n t e p r o
d u c e m e r c a n c í a s . L a i m a g e n q u e d e tal m a n e r a p r o d u c e d e sí m i s m a , y q u e s u e l e etiquetar
c o m o s u cultura, c o r r e s p o n d e al c o n c e p t o d e f a n t a s m a g o r í a " [ V , 6 2 2 ] . B e n j a m i n cita al r e s p e c
to u n p a s a j e d e A d o r n o s o b r e W a g n e r , d o n d e la f a n t a s m a g o r í a a p a r e c e " d e f i n i d a c o m o u n b i e n
d e c o n s u m o e n el q u e y a n a d a se d e b e advertir a c e r c a d e c ó m o h a s i d o realizado. S e h a c e
m á g i c o , e n la m e d i d a e n q u e el trabajo e n él a c u m u l a d o a p a r e c e e n el m i s m o instante c o m o
sobrenatural y c o m o s a g r a d o , p u e s y a n o p u e d e ser r e c o n o c i d o c o m o trabajo"... " E n el o b j e t o

1 9 2
 d e c o n s u m o h a d e h a c e r s e o l v i d a r la h u e l l a d e s u p r o d u c c i ó n . D e b e a p a r e c e r c o m o si n o f u e s e
e n a b s o l u t o a l g o h e c h o , a fin d e n o delatar q u e el q u e lo i n t e r c a m b i a j u s t a m e n t e n o lo hizo,
sino q u e se a p r o p i ó del trabajo c o n t e n i d o e n él" [ V , 8 2 2 s ] u .
B e n j a m i n e n l a z a e s a fetichista f a s c i n a c i ó n c o n la a p a r i c i ó n e s p e c t a c u l a r d e la " m a s a "
e n el e s c e n a r i o histórico. M a s a es, e n principio, la d e los c o n s u m i d o r e s , ante los q u e las m e r
c a n c í a s se p r e s e n t a n c o m o "artículos d e m a s a s " [1,1 158]. A ello se v i n c u l a el factor " n o v e
d a d " , q u e o b r a c o m o u n a f a n t a s m a g o r í a d e lo v e r d a d e r a m e n t e n u e v o : "la n o v e d a d del p r o d u c
to recibe (en tanto q u e e s t i m u l a n t e d e la d e m a n d a ) u n significado h a s t a e n t o n c e s d e s c o n o c i d o ;
l o - o t r a - v e z - y - s i e m p r e - i g u a l se h a c e p a t e n t e p o r v e z p r i m e r a e n la p r o d u c c i ó n m a s i v a " (1,680).
L a s m e r c a n c í a s se p r e s e n t a n c o m o o b j e t o s d e c o n t e m p l a c i ó n y d e a d o r a c i ó n , a n t i c i p á n d o s e a
la f u n c i ó n q u e l u e g o d e s e m p e ñ a r í a la industria del e n t r e t e n i m i e n t o y la cultura d e m a s a s e n
general. B e n j a m i n e v o c a r e p e t i d a m e n t e el f e n ó m e n o d e las e x p o s i c i o n e s universales, " l u g a r e s
d e p e r e g r i n a c i ó n " d o n d e los trabajadores, al t i e m p o q u e r i n d e n culto a la m e r c a n c í a , e n c u e n
tran u n a suerte d e anticipo d e lo q u e m á s tarde les h a b r í a d e o f r e c e r la industria d e la d i v e r
sión: " L a s E x p o s i c i o n e s U n i v e r s a l e s transfiguran el v a l o r d e c a m b i o d e las m e r c a n c í a s . C r e a n
u n m a r c o e n el q u e su valor d e u s o r e m i t e c l a r a m e n t e . 1 n a u g u r a n u n a f a n t a s m a g o r í a e n la q u e
se a d e n t r a el h o m b r e p a r a dejarse disipar" [V,50]. P r e d o m i n a el " v a l o r e x h i b i t i v o " d e las m e r
cancías, e n las q u e se c u m p l i r í a u n a suerte d e p r o y e c c i ó n e m p á t i c a m e d i a n t e la cual el sujeto
h u y e d e sí m i s m o y se c o m p l a c e i d e n t i f i c á n d o s e c o n las p r o p i e d a d e s d e la c o s a , r e n d i d o a n t e
la " m a g i a d e la i n d u s t r i a " [V , 8 2 6 ] , c o m o e n los e s c a p a r a t e s d e los p a s a j e s , " t e m p l o s del capital
m e r c a n t i l " [V,86], o e n los g r a n d e s a l m a c e n e s d o n d e "los c o n s u m i d o r e s se sienten m a s a p o r
v e z p r i m e r a e n la historia" [V,93]. Así, "la c o s a ejerce p o r v e z p r i m e r a su efecto e n los h o m
bres m u t u a m e n t e e x t r a ñ a d o s c o m o m e r c a n c í a . L o ejerce a través d e su precio. L a e m p a t í a c o n
el v a l o r d e c a m b i o d e la m e r c a n c í a , c o n s u substrato d e i g u a l d a d - e n ello estriba lo d e c i s i v o "
[ V . 4 8 8 ] . L a m e r c a n c í a p r o p i c i a la c o n t e m p l a c i ó n del m u n d o b a j o el e s q u e m a del e t e r n o retor
no, d e lo n u e v o c o m o lo-siempre-igual. B a j o la p r o d u c c i ó n e n m a s a se i m p o n e la repetición y
el estereotipo: el principio m i s m o del mito. A h o r a bien, es p r e c i s a m e n t e p o r e s o p o r lo q u e la
m e r c a n c í a " p a s a a o c u p a r el l u g a r d e la f o r m a a l e g ó r i c a d e c o n t e m p l a c i ó n " [1,686], c o m o su
figura invertida, p r o f a n a , m o d e r n a .
E n efecto, la m e r c a n c í a se articula e n el t i e m p o s e g ú n el m o d e l o d e la " n o v e d a d " , c u y o
c a n o n e n c o n t r a m o s e n la m o d a . B e n j a m i n le d e d i c a u n e n t e r o c a p í t u l o d e s u o b r a s o b r e los
P a s a j e s parisinos. " E l m á s ardiente interés d e la m o d a p a r a los filósofos reside e n s u s e x t r a o r
dinarias anticipaciones", escribe. Ello es así " e n virtud del olfato i n c o m p a r a b l e q u e el colecti
v o f e m e n i n o tiene p a r a lo q u e se p r e p a r a e n el futuro. C a d a t e m p o r a d a lleva e n s u s m á s n u e v a s
c r e a c i o n e s ciertas señales secretas c o m o b a n d e r a d e las c o s a s futuras. Q u i e n f u e s e c a p a z d e
l e e r l a s n o s ó l o c o n o c e r í a p o r a n t i c i p a d o las n u e v a s c o r r i e n t e s d e l arte, s i n o l i b r o s d e l e y e s ,
g u e r r a s y r e v o l u c i o n e s " [V,l 12]. L a m o d a se le a p a r e c e a B e n j a m i n c o m o u n a variante típica
m e n t e m o d e r n a d e la " p r a x i s o c u l t a " d e los a n t i g u o s adivinos, a q u e l l a m a g i a m i m é t i c a e n la
q u e se p o n í a n e n j u e g o las " s e m e j a n z a s i n m a t e r i a l e s " p r e s e n t e s e n el u n i v e r s o : u n a h e r e n c i a
del mito. F i n a l m e n t e , la c o n e x i ó n q u e B e n j a m i n e s t a b l e c e entre s u interpretación d e la m o d a y
su idea d e la alegoría se h a c e tan e v i d e n t e c o m o c a b í a esperar. E n la m o d a se p o n e n e n j u e g o
los e x t r e m o s : se m u e s t r a lo n u e v o c o m o lo s i e m p r e igual, lo m á s reciente c o m o p o r t a d o r d e los
e s t i g m a s d e lo e f í m e r o , d e la m u e r t e [ V , 5 5 ] , a p a r e c e la historia c o m o historia natural. " L a
m o d a prescribe el ritual s e g ú n el q u e e l fetiche q u e es la m e r c a n c í a q u i e r e ser v e n e r a d o " , escri
b e [ V , 5 1 ]. " H a y e n t o d a m o d a a l g o d e a m a r g a sátira del a m o r ; e n ella s i e m p r e h a y d e p o s i t a d a s ,
del m o d o m á s d e s p i a d a d o , t o d a clase d e p e r v e r s i o n e s sexuales; s i e m p r e está llena d e secretas

1 9 3
 resistencias c o n t r a el a m o r " [V,l 13]. S u n a t u r a l e z a consiste e n la " o p o s i c i ó n a lo o r g á n i c o .
A c o p l a el c u e r p o v i v o al m u n d o inorgánico. S u n e r v i o vital es el f e t i c h i s m o q u e está s o m e t i d o
al s e x - a p p e a l d e lo i n o r g á n i c o " [V,51]. D e h e c h o , la m o d a n o p u e d e ser s e p a r a d a d e la p e r v e r
sión, d e la cosificación y el fetichismo, d o n d e se h a c e n valer e n lo viviente "los d e r e c h o s del
c a d á v e r " [ V . 1 3 0 ] . E l c u e r p o es f r a g m e n t a d o y r e c o m p u e s t o a u n t i e m p o c o m o inerte m a n i q u í :
" p u e s n u n c a f u e la m o d a s i n o la p a r o d i a del c a d á v e r multicolor, p r o v o c a c i ó n d e la m u e r t e a
t r a v é s d e la m u j e r " [ V , l 1 1], i m a g e n d e s a f i a n t e p a r a u n t i e m p o d e s e s p e r a d o . P u e s t o q u e , r e c o r
d e m o s , "lo e t e r n o es m á s b i e n u n a a r r u g a e n el v e s t i d o q u e u n a idea". E n la m o d a , p o r tanto, se
m a n i f i e s t a la e s e n c i a d e la m e r c a n c í a c o m o " f a n t a s m a g o r í a " , c o m o e n s o ñ a c i ó n c o l e c t i v a d e la
e t e r n i d a d b a j o la figura o p u e s t a d e la c a d u c i d a d y la m u e r t e ; u n a v e z m á s , c a b r í a decir, c o m o
i m a g e n a l e g ó r i c a d e la "historia natural" d e la m o d e r n i d a d .

" P E R D I D A D E E X P E R I E N C I A " :
E L S U J E T O C O M O H É R O E Y C O M O 1 N M U N D I C 1 A

El carácter f a n t a s m a g ó r i c o d e la m o d e r n i d a d q u e d a e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d o a la " p é r
d i d a d e e x p e r i e n c i a " o b j e t i v a , e s decir, a s u c o n v e r s i ó n e n m e r a " v i v e n c i a " s u b j e t i v a .
B e n j a m i n a b o r d a t a m b i é n este p r o b l e m a e n el m a r c o d e s u s e s t u d i o s b a u d e l a i r i a n o s , p i e z a
f u n d a m e n t a l d e la o b r a d e l o s P a s a j e s . L a p o e s í a d e B a u d e l a i r e p a r t e d e la m o d i f i c a c i ó n d e la
e s t r u c t u r a d e la e x p e r i e n c i a q u e se p r o d u j o a partir d e la s e g u n d a m i t a d d e l siglo X 1 X .
B e n j a m i n se r e m i t e a la c o n c i e n c i a q u e se r e v e l a e n el B e r g s o n d e M a t e r i a y m e m o r i a : " S u
título m a n i f i e s t a q u e c o n s i d e r a d e c i s i v a p a r a la e x p e r i e n c i a filosófica la e s t r u c t u r a d e la
m e m o r i a . D e h e c h o la e x p e r i e n c i a , tanto e n la v i d a c o le c t i v a c o m o e n la p r i v a d a , es u n a s u n t o
d e la tradición. S e f o r m a m e n o s d e d a t o s r i g u r o s a m e n t e fijos e n el r e c u e r d o q u e d e los q u e
a c u m u l a d o s , c o n f r e c u e n c i a n o c o n s c i e n t e s , c o n f l u y e n e n la m e m o r i a " [1,608]. L a p é r d i d a d e
e x p e r i e n c i a p r o c e d e d e la d i s c o n t i n u i d a d i m p u e s t a p o r la e x i s t e n c i a e n el c a p i t a l i s m o tardío.
" E l p r o c e s o d e d i s m i n u c i ó n d e la e x p e r i e n c i a c o m i e n z a y a c o n la m a n u f a c t u r a . D i c h o d e otro
m o d o , s u s inicios c o i n c i d e n c o n los inicios d e la p r o d u c c i ó n d e m e r c a n c í a s " [ V , 9 6 6 ] , c o n la
i r r u p c i ó n d e "la e x p e r i e n c i a inhospitalaria, d e s l u m b r a d o r a d e la é p o c a d e la g r a n industria",
d e las g r a n d e s a g l o m e r a c i o n e s u r b a n a s , los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n y m e r c a n c í a s e n m a s a
[1,609].
E l l o c o n d u c e a la figura b a j o la cual "la e x p e r i e n c i a a p a r e c e t r a d u c i d a al l e n g u a j e d e la
vivencia". E n efecto, "lo q u e d i s t i n g u e la e x p e r i e n c i a d e la v i v e n c i a es q u e e n a q u e l l a n o se d a
u n a s o l u c i ó n d e la c o n t i n u i d a d , d e u n a c o n s e c u e n c i a " [ V , 9 6 4 ] . L a " e x p e r i e n c i a " se convierte,
p o r lo tanto, e n d i s c o n t i n u a " v i v e n c i a " del s h o c k , s u c e s i v a y u x t a p o s i c i ó n d e u n n ú m e r o infini
to d e p e q u e ñ a s catástrofes e n las q u e el sujeto q u e d a e n c e r r a d o c o m o e n s u p r o p i a f a n t a s m a g o
ría. P u e s t o q u e "la f a n t a s m a g o r í a es el correlato intencional d e la v i v e n c i a " [ V , 9 6 6 ] . P e r o e s e
correlato " n o se h a m a n t e n i d o invariable. E n el siglo X 1 X e r a la a v e n t u r a . E n n u e s t r o s días se
p r e s e n t a c o m o destino. E n el d e s t i n o se e s c o n d e el c o n c e p t o d e la v i v e n c i a total, q u e fuera d e
c a s a es m o r t a l " [ V , 9 6 2 ] . E l e s c e n a r i o d e e s a v i v e n c i a q u e B e n j a m i n e n t i e n d e c o m o " a v e n t u r a "
n o e r a y a la n a t u r a l e z a estricta, sino su reflejo histórico e n la selva d e la c i u d a d , entretanto
m i t o l o g i z a d a c o m o a r c a n o "laberinto" q u e se e x t i e n d e e n t o r n o al m e r c a d o [1,668s].

1 9 4
 L a falsa s i t u a c i ó n q u e c o m p o r t a el d e t e r i o r o d e la " e x p e r i e n c i a " es c o n t e s t a d a d e
m a n e r a i g u a l m e n t e falsa p o r el sujeto colectivo, q u e se atiene a las " v i v e n c i a s " subjetivas. A
este propósito, B e n j a m i n e x p l o r a las raíces del m o v i m i e n t o social y la protesta política e n los
recintos m a r g i n a l e s e n los q u e prolifera la m í t i c a b o h e m i a . E l m u n d o d e la b o h e m i a r e p r e s e n
taría, s e g ú n B e n j a m i n , el principal c a l d o d e cultivo d e t o d a clase d e i n v e r o s í m i l e s " f a n t a s m a
g o r í a s " d e r e f o r m a social e n u n a é p o c a e n la q u e la clase proletaria c a r e c e t o d a v í a d e u n a
o r g a n i z a c i ó n a u t o c o n s c i e n t e al m o d o e n q u e f u n c i o n a r í a l u e g o b a j o la figura bifronte del p a r
tido c o m u n i s t a y los sindicatos. E n la b o h e m i a se d a n cita las figuras m á s dispares: d e s d e los
c o n s p i r a d o r e s p r o f e s i o n a l e s al estilo d e B l a n q u i h a s t a los m á s s e ñ a l a d o s r e p r e s e n t a n t e s del
l u m p e n p r o l e t a r i a d o , c o m o lo sería el t r a p e r o c a n t a d o p o r B a u d e l a i r e y c e l e b r a d o i g u a l m e n t e
p o r B e n j a m i n c o m o p e r s o n a j e a l e g ó r i c o r e d e n t o r d e los "detritus" d e la historia [ V , 5 1 9 s ] . E n
general, el h e r o í s m o c o l e c t i v o se m a n i f i e s t a e n la l u c h a política, d o n d e u n a infinidad d e s b o r
d a n t e d e m o v i m i e n t o s u t ó p i c o s y sectas d e i l u m i n a d o s c o n s p i r a d o r e s se d i s p u t a n la v a n g u a r
d i a d e la c r u z a d a r e v o l u c i o n a r i a [ V , 7 4 5 s ] . B e n j a m i n se detiene, f a s c i n a d o , e n las fantasías
a p o c a l í p t i c a s q u e l l e v a r o n d e s d e las teorías d e P r o u d h o n [ V , 8 9 1 ] , S a i n t - S i m o n [ V , 7 0 8 s ] y
F o u r i e r [ V , 7 6 4 s ] h a s t a la é p i c a e x p l o s i ó n d e las b a r r i c a d a s e n los días d e la C o m u n a parisina
[ V , 9 5 6 ] .
E n este m u l t i f o r m e c o n t e x t o u r b a n o , el f l á n e u r es tal v e z la figura h e r o i c a m á s rica y
d e t a l l a d a m e n t e p r e s e n t a d a p o r B e n j a m i n . E n s u e x t e n s o y brillante t r a t a m i e n t o del p a s e a n t e
distraído y disperso, h e c h i z a d o , c o m o B a u d e l a i r e , p o r la " e b r i e d a d religiosa d e las g r a n d e s ciu
d a d e s " [ V , 1 0 9 ] , la m a s a se c o n f i g u r a c o m o el r e f u g i o p e r f e c t o d o n d e trata d e p e r d e r s e el indi
v i d u o asocial ( " b o r r a las huellas", h a b í a escrito Brecht). " L a m u l t i t u d n o es sólo el asilo m á s
reciente p a r a el desterrado; a d e m á s es el n a r c ó t i c o m á s reciente p a r a el a b a n d o n a d o . El f l á n e u r
es u n a b a n d o n a d o e n la multitud. Y así es c o m o c o m p a r t e la situación d e las m e r c a n c í a s "
[1,558]. El a s p e c t o e m b r i a g a d o r d e la m u l t i t u d p r o c e d e , a d e m á s , del g o c e p e r v e r s o d e la m u l t i
p l i c a c i ó n del n ú m e r o y la d e v a l u a c i ó n d e la i d e n t i d a d individual. P a r a el f l á n e u r , la c i u d a d se
c o n v i e r t e literalmente e n u n laberinto c u y a salida ú n i c a sería el m e r c a d o [ V , 4 2 7 ] . B e n j a m i n
c o m p a r a el f l á n e u r c o n el h o m b r e a n u n c i o , es decir, c o n la i m a g e n m i s m a d e la cosificación,
d e la " e m p a t í a " c o n el s e r - c o s a d e la m e r c a n c í a [ V , 5 6 2 s ] . " ¿ N o será la e m p a t í a c o n el v a l o r d e
c a m b i o la q u e p o r e n c i m a d e t o d o c a p a c i t a a los h o m b r e s p a r a la v i v e n c i a total?" [ V , 9 6 3 ] , se
p r e g u n t a . Así, el f l á n e u r es el p r o t o t i p o d e la m e r c a n c í a h u m a n a , c u y a i d e n t i d a d se f u n d a e n la
m e r a e q u i v a l e n c i a abstracta (su precio), q u e le p e r m i t e g o z a r del e s t a d o d e a b s o l u t a d i s p o n i b i
lidad, d e la e m b r i a g a d o r a posibilidad d e p o n e r s e e v e n t u a l m e n t e e n el l u g a r d e c u a l q u i e r a q u e
se c r u c e e n su c a m i n o [1,558s]
A la " f a n t a s m a g o r í a " del f l á n e u r , c u y o á m b i t o es el espacio, se c o n t r a p o n e la "fantas
m a g o r í a " del t i e m p o : la del j u g a d o r d e azar. E n efecto, la teoría d e B e n j a m i n s o b r e el j u e g o se
v i n c u l a d i r e c t a m e n t e c o n s u n o c i ó n d e la " p é r d i d a d e e x p e r i e n c i a " c o m o r e i n a d o d e la d i s c o n
t i n u i d a d e n la c o n c i e n c i a del sujeto [ V , 6 3 8 ] . El j u g a d o r aspira a la " e b r i e d a d " del instante.
C o n v i e r t e al t i e m p o e n u n "estupefaciente", d i s t o r s i o n á n d o l o c o m o e n la e m b r i a g u e z [ V , 6 1 8 ] .
R e c h a z a , p o r tanto, la v a c í a c o n t i n u i d a d del discurrir t e m p o r a l . C a d a j u g a d a , c a d a apuesta,
s u p o n e u n a cualitativa interrupción, u n s h o c k : c a d a m o m e n t o del j u e g o es u n a v i v e n c i a d e s c o
n e c t a d a d e t o d a s las d e m á s . P u e s "el ideal d e la v i v e n c i a b a j o la f o r m a del s h o c k es la catástro
fe. E s t o se h a c e e v i d e n t e e n el j u e g o : m e d i a n t e a p u e s t a s c a d a v e z m a y o r e s , q u e d e b e n salvar lo
p e r d i d o , el j u g a d o r t o m a el r u m b o d e la r u i n a a b s o l u t a " [ V , 6 4 2 ] . E s t o conlleva, e n efecto, u n
c o m p o n e n t e regresivo: el j u g a d o r p e r m a n e c e e n u n a esfera d e falsa o m n i p o t e n c i a narcisista e n
c u y a s o l e d a d se c e d e a la superstición y a la r e s i g n a c i ó n frente al d e s t i n o [ V , 6 3 5 s ] .

1 9 5
 " E n el b u r d e l y e n la sala d e j u e g o " , d i c e B e n j a m i n , " s e trata d e la m i s m a delicia, la
m á s p e c a m i n o s a : situar el d e s t i n o e n el goce"... P u e s "la v e r d a d e r a lascivia n o tiene otro f u n
d a m e n t o q u e este h u r t o del g o c e al d e c u r s o d e la v i d a c o n D i o s , la u n i ó n c o n el c u a l h a b i t a e n
el n o m b r e . El n o m b r e m i s m o es el grito del g o c e d e s n u d o . E s t e e l e m e n t o d e s o b r i e d a d , c a r e n t e
e n sí d e d e s t i n o -el n o m b r e - n o c o n o c e otro e n e m i g o q u e el destino, q u e sienta p l a z a e n el
p u t e r í o y se p r o c u r a su a r s e n a l e n la s u p e r s t i c i ó n " [ V , 6 1 2 s ] . L a prostituta es e l e v a d a p o r
B e n j a m i n a la c o n d i c i ó n d e h e r o í n a d e la v i d a m o d e r n a y e x p r e s i ó n característica del i m p e r i o
d e la m e r c a n c í a . D e h e c h o , e n la prostitución a p a r e c e la m u j e r " n o sólo c o m o m e r c a n c í a , s i n o
c o m o artículo d e m a s a s " [ V , 4 3 7 ] . P o r lo d e m á s , el p e r s o n a j e d e la prostituta fue, c o m o y a
s a b e m o s , u n a d e los p r o t a g o n i s t a s e n los escritos d e B e n j a m i n i n c l u s o d e s d e los p r i m e r o s a ñ o s
e n la J u g e n d b e w e g u n g . C o n el t i e m p o , sin e m b a r g o , f u e s o b r e t o d o B a u d e l a i r e q u i e n d e t e r m i
n ó s u m a n e r a d e a b o r d a r el asunto. E n las a n o t a c i o n e s d e B e n j a m i n , el b a u d e l a i r i a n o " g u s t o
p o r la prostitución" [ V , 3 7 0 ] , q u e es "la a p o t e o s i s d e la e m p a t í a c o n la m e r c a n c í a " [ V , 4 7 5 ] , se
v a p r o g r e s i v a m e n t e t o r n a n d o i m a g e n d e la prostituta c o m o " a l e g o r í a " y h a s t a c o m o " i m a g e n
dialéctica" e n c a r n a d a , " a la v e z v e n d e d o r a y m e r c a n c í a " [V,55]. L a prostituta q u e d a así redi
m i d a p o r la teoría e n su c a l i d a d d e m á s i d ó n e a y perfecta e x p r e s i ó n d e la c o s a c o m o fetiche
alegórico, es decir, c o m o criatura culpable, c o m o e x p r e s i ó n d e "la v i d a c u y o significado es la
m u e r t e " [1,667].
L a c o n t r a f i g u r a d e la i m a g e n c i u d a d a n a del f l á n e u r es la r e p r e s e n t a d a p o r el tipo del
coleccionista. A l g o c e p ú b l i c o d e a q u é l le c o r r e s p o n d e el g o c e p r i v a d o d e éste. L o q u e b u s c a
es "la felicidad del solitario": el "tete á tete c o n las c o s a s " [ V , 1 0 3 6 ] . P o r otro lado, el c o l e c c i o
nista, e n tanto q u e fetichista, sería t a m b i é n u n c o m p l e m e n t o d e la i m a g e n d e la prostituta. S e
afanaría, s e g ú n B e n j a m i n , e n p o s d e u n a p e c u l i a r e x p e r i e n c i a (si e s q u e n o se q u e d a e n v i v e n
cia) f u n d a d a s o b r e u n a relación d e a m o r y fidelidad h a c i a el ser-objeto d e las cosas. L o decisi
v o e n el coleccionista consiste e n r e s c a t a r a las c o s a s d e su " d e s t i n o " e n la esfera d e la circula
ción, e n el m e r c a d o . L a s e x t r a e d e s u c o n t e x t o e n el m u n d o m e r c a n t i l y las aísla e n u n a n u e v a
o r d e n a c i ó n (la c o l e c c i ó n ) , d o n d e s o n s u s t r a í d a s a t o d o u s o , s a l v o el d e la c o n t e m p l a c i ó n
m e l a n c ó l i c a [V,53,271]'5. E s t e d e v e n i r o b j e t o d e c o n t e m p l a c i ó n se a n u n c i a e n la c o n v e r s i ó n d e
la m e r c a n c í a e n alegoria, es decir, e n o b j e t o i n t e r r u m p i d o , d e s g a j a d o , m u e r t o , m e r o f r a g m e n t o
d e u n a c o l e c c i ó n q u e n u n c a se c o m p l e t a ; a la v e z q u e , p o r ello m i s m o , el o b j e t o se c o n v i e r t e
e n " u n a e n c i c l o p e d i a m á g i c a " , u n a totalidad q u e es e x p r e s i ó n d e la v e r d a d e n t e r a [ V , 2 7 4 ] .
P u e s " e n t o d o coleccionista se e s c o n d e u n alegorista, y e n t o d o alegorista u n c o l e c c i o n i s t a "
[ V , 2 8 0 ] . D e este m o d o v e m o s c o n f i r m a d a la a d o r a c i ó n fetichista d e las c o s a s m u e r t a s c o m o
f o r m a l e g í t i m a d e la actitud r e d e n t o r a : acaso, e n el f o n d o , la ú n i c a f o r m a p o s i b l e e n la m o d e r
n i d a d .
E s claro q u e t o d a s estas figuras n o a p a r e c e n e n B e n j a m i n sino c o m o otras tantas ilustra
c i o n e s del carácter " h e r o i c o " del sujeto d e la m o d e r n i d a d . S e r m o d e r n o entrañaría, p o r tanto,
hallarse e n p o s e s i ó n d e u n a c o n s t i t u c i ó n " h e r o i c a " [1,577]. S ó l o q u e tal h e r o í s m o se c o n c i b e
c o m o h e r o í s m o invertido, secularizado, a c o m o d a d o a su fase d e d e c a d e n c i a . E s el d a n d y el q u e
r e p r e s e n t a el m o d e l o al respecto. N o s ó l o a c a u s a d e su v i n c u l a c i ó n c o n la o c i o s i d a d (el d a n d y
es " u n H é r c u l e s sin trabajos" [1,599]), q u e protesta i n c o n s c i e n t e m e n t e c o n t r a la p r o d u c t i v i d a d
b u r g u e s a , s i n o t a m b i é n p o r q u e su e s e n c i a d e s c a n s a e n el carácter d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e c o n f i e
re a s u existencia. E n efecto, la s u b l i m i d a d del d a n d y p r o c e d e r í a d e q u e " v i v e y d u e r m e d e l a n
te d e u n e s p e j o " [ V , 3 1 9 ] . Y es este m i s m o carácter d e r e p r e s e n t a c i ó n el q u e indica el f u n d a
m e n t o d e l h é r o e m o d e r n o q u e f i n a l m e n t e , s i g u i e n d o a B a u d e l a i r e , q u e d a d e t e r m i n a d o p o r
B e n j a m i n c o m o u n c o n j u n t o d e " p a p e l e s " h e r o i c o s q u e p u e d e el sujeto d e s e m p e ñ a r : v a r i a c i o

1 9 6
 n e s d e la d i s o l u c i ó n d e la e x p e r i e n c i a e n las d i v e r s a s v i v e n c i a s i m a g i n a r i a s q u e n o s ó l o se
h a l l a n a d i s p o s i c i ó n del sujeto, s i n o q u e i n c l u s o lo c o n s t i t u y e n . " L a h e r o i c i d a d m o d e r n a se
acredita c o m o u n d r a m a e n el q u e el p a p e l del h é r o e está d i s p o n i b l e " [ V , 6 0 0 ] . El sujeto d e la
m o d e r n i d a d se c o n v i e r t e así e n u n repertorio d e papeles: el " v a l o r e x h i b i t i v o " del fetiche h a c e
del sujeto, o m á s b i e n d e sus restos, u n e s p e c t á c u l o .
B e n j a m i n r e s p o n d e a s í a la p r e g u n t a c r u c i a l a c e r c a d e si t o d o s e s t o s p e r s o n a j e s q u e
h e m o s v e n i d o c o n s i d e r a n d o n o s o n otra c o s a q u e " i n m u n d i c i a " c i u d a d a n a , m e r o s p r o d u c t o s d e
la falsa c o n c i e n c i a , o si m á s b i e n s u c e d e q u e el h é r o e e s a q u e l q u e " e d i f i c a " s u o b r a c o n tales
d e s e c h o s c o m o materiales. U n a v e z m á s es la a m b i g ü e d a d d e c l a r a d a la q u e v i e n e e n su s o c o
rro: a m b a s c o s a s , dice, serían v e r d a d e r a s [1,583]. E s t a a m b i g ü e d a d era, a la postre, la q u e
A d o r n o le a c o n s e j a b a e l i m i n a r m e d i a n t e u n a m a y o r articulación dialéctica c u a n d o le advertía
c o n t r a el peligro d e u n a a c o m o d a c i ó n d e la teoría, p r e s u n t a m e n t e " n o intencional", a la subjeti
v i d a d e x t r e m a d e las " f a n t a s m a g o r í a s " colectivas. S e hallaría e n t o n c e s e n " u n lugar e m b r u j a
d o " , a saber, " e n la e n c r u c i j a d a entre la m a g i a y el p o s i t i v i s m o " : u n l u g a r d o n d e la " i m a g e n
dialéctica" p e r d e r í a t o d a s u f u e r z a crítica e n aras d e u n a s a l v a c i ó n imaginaria'6. P e r o B e n j a m i n
n o p o d í a r e n u n c i a r a e s a a m b i v a l e n c i a . El m i s m o se h a b í a c o l o c a d o s u b r e p t i c i a m e n t e e n t o d o s
y c a d a u n o d e a q u e l l o s p a p e l e s heroicos: n o sólo trapero d e la historia, sino t a m b i é n r e v o l u c i o
n a r i o sin e s p e r a n z a objetiva, f l á n e u r q u e se p i e r d e p o r las calles del laberinto, a m a n t e d e los
a z a r e s ocultos, a l e g ó r i c o del a m o r v e n a l y c o n s t r u c t o r d e i m a g i n a r i o s fetiches, coleccionista
r e d e n t o r y hasta, si n o d a n d y p r o p i a m e n t e , sí o c i o s o e s c o l a r , k a f k i a n o " e s t u d i a n t e " d e los t e x
tos s a g r a d o s , figura q u e B e n j a m i n r e c u p e r a t a m b i é n e n los P a s a j e s c o m o c o m p a ñ e r o d e viaje
d e la m o d e r n i d a d heroica, c o m o intérprete p a r a el cual "el texto es u n a s e l v a " lleno d e p i e z a s
d e c a z a e s c o n d i d a s [ V , 9 6 3 ] : a v e n t u r e r o a u d a z e n el m u n d o del espíritu natural.

1 9 7
 3. L A D I S P E R S I O N D E L A R T E

E L M O D E L O B A U D E L A 1 R E :
S P L E E N Y A L E G O R Í A

Si h u b o e n B e n j a m i n u n t e m a recurrente y a u t é n t i c a m e n t e f u n d a m e n t a l , u n c e n t r o d e
f u e r z a s c o n la suficiente p o t e n c i a c o m o p a r a fijar e n t o r n o s u y o la m a s a e n o r m e d e p e n s a m i e n
tos q u e le o c u p a r o n e n su p e r í o d o tardío, e s e c e n t r o n o sería otro q u e el r e p r e s e n t a d o p o r la
o b r a y, m á s p r e c i s a m e n t e , el m u n d o d e B a u d e l a i r e . A s í f u e c ó m o la o b r a e n t e r a d e los P a s a j e s
q u e d ó teñida e n t o d o s sus p u n t o s , directa o i n d i r e c t a m e n t e , p o r las reflexiones d e B e n j a m i n iba
d e s a r r o l l a n d o a ñ o tras a ñ o al hilo d e B a u d e l a i r e c o m o p i e z a c l a v e d o n d e a p a r e c í a n r e u n i d o s ,
c o m o e n u n a d e n s a c o n s t e l a c i ó n , la i n m e n s a m a y o r í a d e los m o t i v o s teóricos q u e la perspecti
v a materialista le d e p a r a b a . C o m o es o b v i o , n o s o t r o s n o p o d e m o s ofrecer a q u í el p o r m e n o r i
z a d o t r a t a m i e n t o q u e el t e m a requeriría'7. P e r o sería d e u n a frivolidad i m p e r d o n a b l e n o e x p o
ner, al m e n o s , a q u e l l o s p u n t o s e n los q u e m á s p a t e n t e se h a c e la c o n t i n u i d a d q u e b u s c a m o s
entre el B e n j a m i n b a r r o c o , t e ó l o g o y platonizante, y el tardío b o l c h e v i q u e d e f e n s o r d e u n a
" n u e v a barbarie".
L a c o n c e p c i ó n del " h é r o e " c o m o sujeto d e la m o d e r n i d a d - e n l a z a m o s así c o n el varia
d o e l e n c o d e p e r s o n a j e s e x p u e s t o s e n el anterior a p a r t a d o - e n c u e n t r a su m e j o r y m á s c o n s p i
c u o m o d e l o e n la actitud " h e r o i c a " q u e d e t e r m i n a la o b r a d e B a u d e l a i r e . E l l o se m a n i f i e s t a
a n t e t o d o e n s u m o d o d e a f r o n t a r la t a r e a d e l p o e t a , a s a b e r , n o c o m o u n a s a c r o s a n t a
" m i s i ó n " , s i n o m á s b i e n c o m o u n a " f a n t a s q u e e s c r i m e " [1,571], u n a l u c h a entre f a n t a s m a s .
E n efecto, la " s i g n a t u r a " esencial del h e r o í s m o d e B a u d e l a i r e residiría e n su f i r m e r e s o l u c i ó n
d e "vivir e n el c o r a z ó n d e la irrealidad ( d e la a p a r i e n c i a ) " [1,673] y d a r e x p r e s i ó n a e s a " f a n
t a s m a g o r í a " c o l e c t i v a e s c o n d i d a e n la c o n v e r s i ó n del p ú b l i c o tradicional e n m a s a i n f o r m e , e n
e s a " m u l t i t u d e n f e r m i z a " frente a la q u e se erige p r e c i s a m e n t e la irreductible i n d i v i d u a l i d a d
del poeta.
B e n j a m i n c r e e r e c o n o c e r a q u í los e l e m e n t o s d e u n a r e a c c i ó n d e f e n s i v a p o r parte d e
B a u d e l a i r e ante los e m b a t e s del c a p i t a l i s m o tardío, es decir, ante la m e r c a n t i l i z a c i ó n y la c o n
siguiente r u i n a del arte, y d e la literatura e n particular. T r a s el m o v i m i e n t o r o m á n t i c o , las
e s c u e l a s artísticas p i e r d e n t o d a su a u t o r i d a d c o m o f o r m a c a n ó n i c a d e o r g a n i z a c i ó n y tienden,
p o r tanto, a disolverse. E n u n principio, B a u d e l a i r e q u i e r e h a c e r s u y o el carácter i n s t r u m e n t a l
q u e el arte h a b í a a s u m i d o e n la l l a m a d a " p o e s í a social", h o y o l v i d a d a , al estilo d e D u p o n t .
P e r o n o p a r a p o n e r l a al servicio d e la colectividad, sino m á s b i e n p a r a elevarla h a s t a el p l a n o
del arte p o r el arte y, p a r a d ó j i c a m e n t e , envilecerla a u n t i e m p o c o m o p r o d u c t o c u y o c a m p o

1 9 9
 vital n o es otro q u e el m e r c a d o . Así, B a u d e l a i r e se e n f r e n t a a s u s rivales artísticos c o m o c o m
petidores e n el m e r c a d o abierto: calcula, e l a b o r a estrategias c o n t r a ellos [1,665] y, s o b r e t o d o
" i m p r i m e el s i g n o d e la m e r c a n c í a " e n la o b r a [ V , 4 7 0 ] .
" L a i m p o r t a n c i a singular d e B a u d e l a i r e consiste e n q u e fue el p r i m e r o e n a p r e h e n d e r al
h o m b r e a u t o a l i e n a d o " , tanto r e s p e c t o d e sí m i s m o c o m o r e s p e c t o d e las c o s a s [ V , 4 0 5 ] . E n
tanto q u e e x p r e s i ó n d e e s a a l i e n a c i ó n y e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n su f u n c i o n a l i d a d mercantil, el
artista p o n e e n j u e g o su " v a l o r d e e x h i b i c i ó n " [1,665]. P e r s i g u e la originalidad y la e x t r a v a g a n
cia c o m o s i g n o distintivo p a r a facilitar la circulación d e su m e r c a n c í a artística [ V , 6 8 8 ] . E l s n o
b i s m o , la e x c e n t r i c i d a d y la m i s t i f i c a c i ó n se c o n v i e r t e n e n v a l o r e s d e c a m b i o e n los q u e
B a u d e l a i r e e x p l o t a su i m p u l s o destructivo, s u carácter asocial. S e p r e s e n t a c o m o e s p a n t o del
b u r g u é s y se c o m p l a c e e n a d o p t a r p o s e s satánicas a m o d o d e " p u e s t a e n e s c e n a " del p o e t a
[ V , 3 2 4 ] . E n tanto q u e f e t i c h i s m o y p e r v e r s i ó n se r e v e l a n c o m o los n u e v o s c o n t e n i d o s d e u n
arte d e g r a d a d o a m e r c a n c í a , B a u d e l a i r e llega a r e c o n o c e r la "ineludible n e c e s i d a d d e la prosti
t u c i ó n p a r a el p o e t a " [1,687]. El a s p e c t o s a t á n i c o sería, p o r tanto, u n a c o n s e c u e n c i a d e r i v a d a
d e la i m p o t e n c i a del p o e t a p u r o frente al i m p e r i o d e la m e r c a n c í a , a la q u e n o es c a p a z d e c o m
batir sino m i m e t i z á n d o l a y c o n v i r t i é n d o s e t a m b i é n él e n m e r c a n c í a .
E s t a n u e v a situación del arte se c o r r e s p o n d e c o n u n n u e v o ideal d e belleza. E n p r i m e r
lugar, c o m o h e m o s visto, la belleza m o d e r n a i n c l u y e e n sí u n ineludible c o m p o n e n t e "satáni
co". Característica d e B a u d e l a i r e es s u inclinación a " p e t r a r q u i z a r s o b r e lo horrible" [ V , 3 7 5 ] ,
a p e g á n d o s e a lo f e o y lo n o c o n f o r m e . E n las i m á g e n e s d e la i n m u n d i c i a y d e lo i m p r e s e n t a b l e
se m a n i f i e s t a n , a la vez, la intensa c o n c i e n c i a d e c u l p a d e la m o d e r n i d a d y la " s e d d e lo d e s c o
n o c i d o " [ V , 3 2 1 ] . E l v a l o r e s la e b r i e d a d d e lo n u e v o [ V , 3 1 2 ] , el vértigo d e la a t r a c c i ó n h a c i a el
abismo'". E s t e a s p e c t o n e g a t i v o se c u m p l e e n u n a esencial relación c o n la m u e r t e . L a b e l l e z a
m o d e r n a se a l i m e n t a d e lo f u g a z , lo pasajero, lo c o n d e n a d o , e n u n a peculiar apocalíptica d o n d e
se p e r c i b e n , o p o r t u n a m e n t e d e s p l e g a d o s e n s u m á s m o d e r n a versión, los m i s m o s r a s g o s d r a
m á t i c o s d e la "historia natural"'9. E n efecto, B a u d e l a i r e t e n d í a a c o n t e m p l a r lo n u e v o (la e x p e
riencia d e t e r m i n a d a p o r la m a s a y la g r a n c i u d a d , p o r la m e r c a n c í a y la técnica) b a j o la figura
d e lo p a s a d o , d e la a n t i g ü e d a d y la ruina, c o m o d e s t r u i d o p o r s u c e s i v a s catástrofes [1,593]. L a
belleza m o d e r n a c o m p o r t a s i m p a t í a p o r el suicidio, q u e se m u e s t r a c o m o c o n c i e n c i a del n u e v o
d e s c o n s u e l o d e la h u m a n i d a d u r b a n a , m a n i f e s t a c i ó n d e s u s p l e e n y p r o f u n d a m e l a n c o l í a ,
" q u i n t a e s e n c i a d e lo m o d e r n o " [ V , 4 5 4 s ] y c o n t r a p u n t o d e s u s h e r o i c a s exigencias. E n efecto,
la i d e a q u e B a u d e l a i r e se h a c e del arte m o d e r n o se e x p r e s a f i n a l m e n t e d e m a n e r a p a r a d i g m á t i
c a e n s u s frases a c e r c a del a u t é n t i c o pintor, a saber, el " q u e s e p a a r r a n c a r a la v i d a actual s u
l a d o é p i c o " [1,579] y se apreste a " c e l e b r a r el a d v e n i m i e n t o d e lo n u e v o " [ V , 3 7 8 ] s o b r e las rui
n a s d e lo viejo, c o m o u n v e n d a v a l destructivo y purificador.
T o d o ello c o n f l u y e e n la c o n t e m p l a c i ó n d e B a u d e l a i r e c o m o "alegórico", y d e la a l e g o
ría c o m o " a n t í d o t o c o n t r a el m i t o " [1,677] y " a r m a z ó n " d e lo m o d e r n o [1,681]. E n este p u n t o ,
B e n j a m i n se r e m i t e e x p l í c i t a m e n t e a las m i s m a s doctrinas q u e h a b í a d e s a r r o l l a d o e n su libro
s o b r e el T r a u e r s p i e l . " L a e x p r e s i ó n d e M e l a n c h t h o n : M e l e n c o l i a illa h e r o i c a , caracteriza a la
p e r f e c c i ó n el i n g e n i o d e B a u d e l a i r e " . S e m e j a n t e p e r s p e c t i v a se h a c e accesible, e n u n a p r i m e r a
m i r a d a , a partir d e la efectiva a b u n d a n c i a d e figuras a l e g ó r i c a s e n su obra. B e n j a m i n p a s a
revista y c o m e n t a a l g u n a s d e ellas. P e r o el p r o b l e m a n o se revela e n t o d a su p r o f u n d i d a d s i n o
c u a n d o se e x a m i n a el q u e sería su p r o c e d e r p o é t i c o habitual. S e p e r c i b e e n t o n c e s hasta q u é
p u n t o el principio a l e g ó r i c o f u e p a r a B a u d e l a i r e el principio c o n s t r u c t i v o f u n d a m e n t a l . E n él
se le a p a r e c e n a B e n j a m i n , b a j o u n a s p e c t o n u e v o , los r a s g o s m á s e m i n e n t e s d e la alegoría
b a r r o c a e n tanto q u e r e p r e s e n t a c i ó n d e la historia c o m o naturaleza: su f a c i e s h i p p o c r a t i c a

2 0 0
 c o m o d o m i n i o d e lo e f í m e r o , b a j o la i m a g e n d e la d e c a d e n c i a y d e la ruina. " L a e x p e r i e n c i a d e
la alegoría, q u e se a g a r r a a los e s c o m b r o s , es p r o p i a m e n t e la d e la e t e r n a t r a n s i t o r i e d a d "
[ V , 4 3 9 ] , r e c u e r d a B e n j a m i n . O bien: " L a alegoría v e la existencia b a j o el s i g n o d e lo q u e b r a d o
y d e l o s e s c o m b r o s (...). E l a r t p o u r l ' a r t e r i g e el r e i n o d e l a r t e f u e r a d e la e x i s t e n c i a p r o f a n a .
A a m b o s les es c o m ú n la r e n u n c i a a la idea d e la totalidad a r m ó n i c a " [ V , 4 1 6 ] . D e a h í su c a r á c
ter f r a g m e n t a r i o y a n t i n ó m i c o , su p r i n c i p i o d e y u x t a p o s i c i ó n d e p o l a r i d a d e s e x t r e m a s , s u
r e c u r s o p r e f e r e n t e al e f e c t o d e s h o c k
B e n j a m i n r e c o n o c e q u e la a l e g o r í a a d q u i e r e e n el siglo X 1 X u n c a r á c t e r diferente al q u e
t u v o e n el siglo X V 1 1 . L a a l e g o r í a m o d e r n a se c o n f i g u r a e n B a u d e l a i r e , m á s allá d e lo q u e le
era accesible al b a r r o c o , s e g ú n el " c a n o n " q u e o f r e c e la m e r c a n c í a c o m o principio del fetichis
m o [ V , 4 3 6 ] . E n este c o n t e x t o desarrolla B e n j a m i n ideas q u e y a c o n o c e m o s . " L a f o r m a m e r
c a n c í a -escribe- se m a n i f i e s t a e n B a u d e l a i r e c o m o el c o n t e n i d o social d e la f o r m a d e c o n t e m
p l a c i ó n alegórica"; y a ñ a d e : " f o r m a y c o n t e n i d o se unifican s i n t é t i c a m e n t e e n la p u t a " [ V , 4 2 2 ] .
P u e s " a la i n t e n c i ó n alegórica le es e x t r a ñ a t o d a i n t i m i d a d c o n las cosas. S u c o n t a c t o c o n ellas
consiste e n violarlas. C o n o c e r l a s significa: atravesarlas c o n la m i r a d a " . Así, "la p u t a es la m á s
p r e c i o s a p i e z a del botín e n el triunfo d e la alegoría -la v i d a c u y o significado es la m u e r t e "
[ V , 4 2 4 ] , el p u r o fetiche p e r v e r s o e n el q u e se e x p o n e a sí m i s m a la " i m a g e n dialéctica". L a
prostituta r e p r e s e n t a la " h u m a n i z a c i ó n " d e la m e r c a n c í a [1,671], su transfiguración alegórica,
e n la m i s m a línea d e la q u e sería, s e g ú n B e n j a m i n , la intención ú l t i m a d e B a u d e l a i r e . S u deri
v a c i ó n patológica, su a s p e c t o sádico, n o sería sino u n a c o n s e c u e n c i a del s e n t i m i e n t o d e i m p o
tencia q u e i n e v i t a b l e m e n t e a c o m p a ñ a a d i c h a intención [ V , 4 3 8 s ] .
" L a d e s v a l o r i z a c i ó n del m u n d o d e las c o s a s e n la alegoría es s o b r e p a s a d a e n el p r o p i o
m u n d o d e las c o s a s p o r la m e r c a n c í a " [1,660]. " E l alegorista extrae, o r a aquí, o r a allá, u n a
p i e z a del f o n d o d e s o r d e n a d o q u e su s a b e r le p o n e a s u d i s p o s i c i ó n , la p o n e j u n t o a otra y trata
d e v e r si se a j u s t a n r e c í p r o c a m e n t e : a q u e l s i g n i f i c a d o a e s t a i m a g e n , o e s t a i m a g e n a a q u e l sig
nificado. El resultado n o se d e j a n u n c a predecir; p u e s n o h a y m e d i a c i ó n a l g u n a entre a m b o s .
L o m i s m o , e m p e r o , s u c e d e c o n la m e r c a n c í a y el p r e c i o (...). N o s e p u e d e j a m á s p r e v e r e n
a b s o l u t o q u é p r e c i o v a a a l c a n z a r la m e r c a n c í a , ni e n el c u r s o d e su p r o d u c c i ó n ni m á s tarde,
c u a n d o y a se e n c u e n t r a e n el m e r c a d o " [ V , 4 6 6 ] . El o b j e t o alegórico, e n efecto, q u e d a b a y a
c a r a c t e r i z a d o e n el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l c o m o provisto d e u n sentido c o n v e n c i o n a l , c u a n
d o n o s e n c i l l a m e n t e arbitrario, r e l a t i v a m e n t e i n d e p e n d i e n t e r e s p e c t o d e s u s p r o p i e d a d e s e s e n
ciales. B e n j a m i n se m a n t i e n e f i r m e e n esta idea: la relación entre el o b j e t o a l e g ó r i c o y su signi
f i c a d o es s e m e j a n t e a la existente entre la m e r c a n c í a y el p r e c i o q u e se le asigna. E s fruto del
azar, d e la m o d a , q u i z á del a f á n d e n o v e d a d e s del q u e hablaría H e i d e g g e r , o del d e s c o n s u e l o
q u e y a c e s i e m p r e e n el f o n d o del fetichismo. " D e h e c h o , el significado d e la m e r c a n c í a e q u i v a
le al precio; e n c u a n t o m e r c a n c í a n o tiene otro. P o r ello el alegorista se e n c u e n t r a e n la m e r
c a n c í a c o m o e n su e l e m e n t o " [ V , 4 6 6 ] .
E n el u n i v e r s o b a r r o c o "la figura c l a v e es el c a d á v e r " ; e n la é p o c a m o d e r n a lo es la
" r e m e m o r a c i ó n " [1,689]. P o r otro lado, advierte B e n j a m i n , "la alegoría b a r r o c a v e el c a d á v e r
s ó l o d e s d e el exterior; B a u d e l a i r e lo p r e s e n t a d e s d e el interior" [ V , 4 1 5 ] . D a testimonio, p o r
tanto, d e la interiorización subjetiva d e la f u g a c i d a d . El a l e g o r i s m o d e B a u d e l a i r e p r o c e d e ,
s e g ú n B e n j a m i n , d e su c o n t e m p l a c i ó n m e l a n c ó l i c a del m u n d o . P u e s la m e l a n c o l í a es "la f u e n t e
d e t o d a p o e s í a sincera" [ V , 3 1 5 ] , c o m o lo era el " t a e d i u m vitae" o la " a c e d i a " q u e p a r a l i z a b a a
los m o n j e s y al m e l a n c ó l i c o b a r r o c o [ V , 3 7 2 ] , c o n f i r i é n d o l e s a c a m b i o el p o d e r d e la e x p r e s i ó n
alegórica. E n B a u d e l a i r e , e s a m e l a n c o l í a se m a n i f i e s t a c o m o spleen, d e s c o n s o l a d o hastío ante
u n a realidad histórica d o n d e y a n o es posible la auténtica " e x p e r i e n c i a " [ V , 3 6 3 ] .

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 S e g ú n B e n j a m i n , B a u d e l a i r e trató d e fijar e s a e x p e r i e n c i a enfática e n el c o n c e p t o d e las
" c o r r e s p o n d e n c i a s " . L a " i m a g i n a c i ó n " del m e l a n c ó l i c o n o es la m e r a "fantasía", sino m á s b i e n
u n a particular y a c a s o p a t o l ó g i c a intensificación d e la facultad m i m é t i c a , " u n a facultad casi
d i v i n a q u e percibe... las relaciones í n t i m a s y secretas d e las cosas, las c o r r e s p o n d e n c i a s y las
a n a l o g í a s " [ V , 3 1 5 ] . L a s " c o r r e s p o n d e n c i a s " c o n f i g u r a n así u n a " a n a l o g í a u n i v e r s a l " q u e se
a p r o x i m a casi a u n a suerte d e "religión m í s t i c a " [1,689]. L o q u e B a u d e l a i r e d e n o m i n a " c o r r e s
p o n d e n c i a s " serían las c o s a s m i s m a s tal c o m o a p a r e c e n e n la " i n f i n i t a m e n t e m ú l t i p l e r e s o n a n
cia" d e c a d a u n a d e ellas e n t o d a s las d e m á s [ V , 4 6 4 ] , e n u n p r o c e s o d e m í m e s i s g e n e r a l i z a d a
q u e se d e s p l i e g a c o m o u n " t i e m p o lleno", c a r g a d o d e r e m i n i s c e n c i a s [1,640]. " L a s c o r r e s p o n
d e n c i a s s o n las f e c h a s d e la r e m i n i s c e n c i a . N o s o n f e c h a s históricas, s i n o f e c h a s d e la prehisto
ria", m u r m u l l o s d e u n a " v i d a anterior" [1,637] q u e se e n t r e c r u z a n c o n el presente, q u e r e v e l a n
lo s e m e j a n t e entre lo m u e r t o y lo viviente. L a " r e m e m o r a c i ó n " d e las c o r r e s p o n d e n c i a s es el
r e t o r n o d e los días sin historia, q u e " n o están s e ñ a l a d o s p o r n i n g u n a vivencia. N o se u n e n a los
r e s t a n t e s , s i n o q u e m á s b i e n s e d e s t a c a n d e l t i e m p o " [ 1 1 , 3 2 1 ]. S o n o b j e t o d e u n a e x p e r i e n c i a d e
lo n o idéntico q u e se p e r d i ó e n el i n c o n s c i e n t e b a j o el p e s o d e la v i v e n c i a i n t e n c i o n a l del suje
to. S o n c o n t e n i d o s " q u e n o s visitaron c u a n d o n o s o t r o s , los señores, n o e s t á b a m o s e n c a s a "
[1,638], los m i s m o s q u e P r o u s t r e c o b r a r í a a través d e la " m e m o r i a involuntaria".
P e r o s e m e j a n t e e x p e r i e n c i a n o es p o s i b l e s i n o e n el á m b i t o d e lo cultual, o e n el del arte
c o n v e r t i d o e n o b j e t o d e culto. B a u d e l a i r e n o p o d í a e n g a ñ a r s e al respecto. S u s e d d e infinitud
n o q u e d ó satisfecha s i n o e n la e x p l o t a c i ó n d e la r e n u n ci a . " Q u e e n la d u r é e b e r g s o n i a n a brille
la m u e r t e p o r s u a u s e n c i a " es lo q u e la h a c e i m p e r m e a b l e a u n o r d e n histórico (y prehistórico).
(...) E s la v i v e n c i a p o r a n t o n o m a s i a q u e s e p a v o n e a c o n el traje p r e s t a d o d e la e x p e r i e n c i a . E l
spleen, p o r el contrario, e x p o n e la v i v e n c i a e n s u d e s n u d e z . El m e l a n c ó l i c o v e c o n terror q u e la
tierra r e c a e e n u n e s t a d o m e r a m e n t e natural. N o e x h a l a n i n g ú n hálito d e prehistoria. N i n g ú n
a u r a " [1,65 ls]. E s a e s a pérdida, e n efecto, a la q u e trataría d e r e s p o n d e r la m o d e r n a c o n t e m
p l a c i ó n alegórica2".

' P E R D I D A D E L A U R A "

El m á s p r o f u n d o sentido d e la p o é t i c a d e B a u d e l a i r e q u i s o B e n j a m i n e x p o n e r l o sintéti
c a m e n t e e n s u s M o t i v e , d e 1 9 3 9 , a través d e s u interpretación del e p i s o d i o d e la P e r t e d' a u r é o
le, u n a d e las p e q u e ñ a s p i e z a s e n p r o s a c o n t e n i d a s e n el S p l e e n d e P a r i s . E l d i g n o artista
" b e b e d o r d e q u i n t a e s e n c i a s " , v e n í a a decir B a u d e l a i r e , p i e r d e s u " a u r e o l a " e n u n c h a r c o calle
jero y se siente d e p r o n t o c o m o l i b e r a d o d e u n p e s o e n o r m e . " A h o r a p u e d o p a s e a r m e d e i n c ó g
nito, c o m e t e r bajas a c c i o n e s y e n t r e g a r m e a la c r á p u l a c o m o los s i m p l e s m o r t a l e s " , e x p l i c a el
a u t o r recién d e p r a v a d o . El p u n t o d e vista p r e d o m i n a n t e es el d e la d e g r a d a c i ó n del arte, s u
c o n v e r s i ó n e n m e r c a n c í a espiritual. E n t r a b a e n la línea del g u s t o del p o e t a p o r la p r o f a n a c i ó n y
su s i m p a t í a p o r lo a b y e c t o . P e r o c o n c e r n í a m á s a m p l i a m e n t e a la c o n c i e n c i a d e u n a "liquida
c i ó n g e n e r a l " d e la tradición e n la n u e v a b a r b a r i e q u e triunfa e n n u e s t r o s días: " B a u d e l a i r e
s e ñ a l ó el p r e c i o al q u e p u e d e tenerse la s e n s a c i ó n d e lo m o d e r n o : la trituración del a u r a e n la
v i v e n c i a del s h o c k " [1,653], p a r a l u e g o r e c o m p o n e r sus d i s p e r s o s p e d a z o s e n la i m a g e n d e u n a
alegoría.

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 L a i d e a d e la " p é r d i d a del a u r a " f u e la p i e z a f u n d a m e n t a l e n t o r n o a la c u a l se articuló
s u teoría m a t e r i a l i s t a d e l arte. L a e x p u s o p o r v e z p r i m e r a c o n a l g u n a e x t e n s i ó n e n s u
P e q u e ñ a historia d e la fotografia, del a ñ o 1 9 3 1 , d o n d e a p a r e c í a d e r i v a d a d e la tesitura e n q u e
se v e e n v u e l t o el arte a n t e el d e s a r r o l l o d e los n u e v o s m e d i o s t é c n i c o s d e r e p r o d u c c i ó n . L o
q u e h a c e " i n c o m p a r a b l e s " a las p r i m e r a s fotografías es q u e " o f r e c e n la p r i m e r a i m a g e n del
e n c u e n t r o d e la m á q u i n a y el h o m b r e " [ V , 8 3 2 ] , es decir, lo m i s m o q u e se p r e s e n t a b a c o m o
a r g u m e n t o principal c o n t r a la l e g i t i m a c i ó n d e la fotografía c o m o arte. " E l intento d e llevar a
c a b o u n a c o n f r o n t a c i ó n s i s t e m á t i c a entre arte y fotografía d e b í a d e fracasar d e i n m e d i a t o .
T e n í a q u e ser u n m o m e n t o d e la c o n f r o n t a c i ó n entre arte y técnica, q u e e f e c t ú a la historia"
[ V , 8 2 8 ] . P u e s d e lo q u e se trata e n v e r d a d es d e la radical m o d i f i c a c i ó n del c o n c e p t o m i s m o
d e arte.
D e h e c h o , e n el f a m o s o e n s a y o s o b r e L a o b r a d e arte e n la é p o c a d e s u reproductibili-
d a d t é c n i c a d e 1 9 3 5 , el p r o p ó s i t o d e B e n j a m i n e r a "fijar e n u n a serie d e reflexiones provisio
nales la signatura fatal del arte" [ B , 6 9 0 ] y presentarla e n u n a p e r s p e c t i v a utilizable e n la o r g a
n i z a c i ó n d e la l u c h a revolucionaria. S u p u n t o d e partida e r a el m i s m o q u e el d e su e s t u d i o
s o b r e la fotografía: lo q u e d e s t r u y e el " a u r a " es la posibilidad ilimitada d e r e p r o d u c c i ó n d e la
i m a g e n , q u e n o s o l a m e n t e a n u l a t o d a distinción entre el original y la copia, s i n o q u e r e d u c e las
distancias y facilita el d o m i n i o s o b r e las c o s a s al p o n e r l a s , d e s a c r a l i z a d a s , al a l c a n c e d e c u a l
quiera. D e este m o d o , las c o s a s e n g e n e r a l y las o b r a s e n particular s o n p r i v a d a s del v a l o r d e
s u " a u t e n t i c i d a d " , d e la irreductibilidad d e s u " a q u í y a h o r a " [1,477]. El " a u r a " sería " u n a
t r a m a m u y particular d e e s p a c i o y t i e m p o : irrepetible a p a r i c i ó n d e u n a lejanía, p o r c e r c a n a q u e
p u e d a estar"2'. E s a "lejanía" p o d r í a ser el índice d e su carácter " n o intencional", d e su e x t r a ñ a
m i e n t o r e s p e c t o del actual sujeto. P e r o la n o c i ó n d e " a u r a " n o se d e j a encerrar, c o m o era previ
sible, e n u n a interpretación unidireccional. " E x p e r i m e n t a r el a u r a d e u n f e n ó m e n o significa
dotarle d e la c a p a c i d a d d e alzar la vista", l e e m o s e n los M o t i v e s o b r e B a u d e l a i r e [1,644]. E n
este caso, B e n j a m i n p a r e c e referirse m á s b i e n a u n a relación m á g i c a , d e r a s g o s a n i m i s t a s ,
d o n d e el sujeto a ú n n o h a a l c a n z a d o p l e n a m e n t e la p o s i c i ó n d e la a u t o c o n c i e n c i a d e s d e la q u e
p u e d e el m u n d o ser c o n t e m p l a d o d e m a n e r a racional22. E n estos sentidos d e a p a r i e n c i a d i s p a r -
es decir, c o m o " e x p e r i e n c i a " d e lo " n o i n t e n c i o n a l " y c o m o r e g r e s o n u m é r i c o al " o r i g e n " o
" p r e h i s t o r i a " del sujeto, c o m o v e r d a d y c o m o h e c h i z o - d e b e ser e n t e n d i d o el c o n c e p t o d e
"aura". L a a m b i g ü e d a d es patente, y p o r cierto q u e insoluble2'.
E n el escrito s o b r e L a o b r a d e arte e x p l i c a B e n j a m i n el e n g a r c e existente entre el d e t e
rioro del " a u r a " y la crisis g e n e r a l i z a d a d e la " e x p e r i e n c i a " originaria s u p u e s t a m e n t e transmiti
d a c o m o "tradición". " L a a u t e n t i c i d a d d e u n a c o s a es la cifra d e t o d o lo q u e d e s d e el o r i g e n
p u e d e transmitirse e n ella d e s d e su d u r a c i ó n material h a s t a su testificación histórica". E n n u e s
tros días, sin e m b a r g o , "la técnica r e p r o d u c t i v a d e s v i n c u l a lo r e p r o d u c i d o del á m b i t o d e la tra
dición. A l multiplicar las r e p r o d u c c i o n e s p o n e su p r e s e n c i a m a s i v a e n el lugar d e u n a p r e s e n
cia irrepetible. Y c o n f i e r e a c t u a l i d a d a lo r e p r o d u c i d o al permitirle salir, d e s d e su situación
respectiva, al e n c u e n t r o d e c a d a destinatario" [1,477]. E s a a p r o x i m a c i ó n a p a r e c e , así, c o m o
u n a suerte d e p r o f a n a c i ó n t é c n i c a del espíritu p u e s t o e n m a n o s d e las m a s a s . B e n j a m i n insiste
e n ello: " E s d e d e c i s i v a i m p o r t a n c i a q u e el m o d o aurático d e la existencia d e la o b r a d e arte
j a m á s se d e s l i g u e d e la f u n c i ó n ritual. C o n otras palabras: el valor ú n i c o d e la auténtica o b r a
artística se f u n d a e n el ritual e n el q u e t u v o s u p r i m e r y original v a l o r útil. D i c h a f u n d a m e n t a -
c i ó n estará t o d o lo m e d i a d a q u e se quiera, p e r o i n c l u s o e n las f o r m a s p r o f a n a s del servicio a la
belleza resulta perceptible e n c u a n t o ritual s e c u l a r i z a d o " [1,480]. F r e n t e a e s e p r i m i t i v o " v a l o r
cultual", e n la o b r a d e arte p r e d o m i n a h o y s u " v a l o r exhibitivo", d o n d e las c u a l i d a d e s estricta

2 0 3
m e n t e "artísticas" y espirituales n o p u e d e n sino q u e d a r r e l e g a d a s a u n s e g u n d o p l a n o [1,484].
S e trata, e n fin, d e " u n a liquidación g e n e r a l " d e la h e r e n c i a cultural24.
B e n j a m i n se interesa m u y p a r t i c u l a r m e n t e p o r las i m p l i c a c i o n e s políticas d e este f e n ó
m e n o . " L a s m a s a s b u s c a n disipación, p e r o el arte r e c l a m a r e c o g i m i e n t o . E s u n l u g a r c o m ú n " .
E n efecto, " q u i e n se r e c o g e ante u n a o b r a d e arte, se s u m e r g e e n ella; se a d e n t r a e n e s a o b r a
(...). P o r el c o n t r a r i o , la m a s a d i s p e r s a s u m e r g e e n sí m i s m a a la o b r a a r t í s t i c a " [ 1 , 5 0 4 ] . C o n
todo, "la r e p r o d u c t i b i l i d a d técnica d e la o b r a artística m o d i f i c a la relación d e la m a s a p a r a c o n
el arte. D e retrógrada, frente a u n P i c a s s o p o r e j e m p l o , se t r a n s f o r m a e n progresiva, p o r e j e m
p l o c a r a a u n C h a p l i n " [1,496s]. L a r e c e p c i ó n colectiva d e las o b r a s d e arte " t é c n i c a s " h a c e d e
c a d a u n o u n "especialista", u n e x p e r t o [1,492], p r e c i s a m e n t e p o r q u e el p u n t o d e partida es la
tabla rasa d e la tradición liquidada. P o r otro lado, las i m á g e n e s d e la fotografía y el c i n e m a n
t i e n e n u n a relación d e e x t r e m a p r o x i m i d a d a la realidad c o t i d i a n a c o n o c i d a p o r todos. S e h a c e
u n " i n v e n t a r i o " d e los o b j e t o s d e n u e s t r o m u n d o y d e n u e s t r o s destinos, q u e i r r u m p e n a n t e
n u e s t r o s ojos y t r a n s f o r m a n a u t o m á t i c a m e n t e la p e r c e p c i ó n d e lo real [1,499], q u e se c o n f u n d e
así c o n u n a realidad d e s e g u n d o g r a d o , p r o d u c t o d e u n m o n t a j e d e f r a g m e n t o s d i s c o n t i n u o s , d e
v i v e n c i a s e n f o r m a d e s h o c k [1,495].
P o r cierto q u e a B e n j a m i n n o se le e s c a p a el carácter a m b i v a l e n t e d e la situación. " A la
atrofia del a u r a el c i n e r e s p o n d e c o n u n a c o n s t r u c c i ó n artificial d e la p e r s o n a l i t y f u e r a d e los
estudios; el culto a las estrellas, f o m e n t a d o p o r el capital c i n e m a t o g r á f i c o , c o n s e r v a a q u e l l a
m a g i a d e la p e r s o n a l i d a d , p e r o r e d u c i d a , d e s d e h a c e y a t i e m p o , a la m a g i a a v e r i a d a d e s u
carácter d e m e r c a n c í a . M i e n t r a s s e a el capital q u i e n d e e n él el tono, n o p o d r á a d j u d i c á r s e l e al
c i n e actual otro m é r i t o r e v o l u c i o n a r i o q u e el d e a p o y a r u n a crítica r e v o l u c i o n a r i a d e las c o n
c e p c i o n e s q u e h e m o s h e r e d a d o s o b r e el arte" [1,492]. E n general, la irrupción d e los m e d i o s d e
c o m u n i c a c i ó n m a s i v o s f a v o r e c e las c o n d i c i o n e s e n las q u e p r o s p e r a n las t e n d e n c i a s r e g r e s i v a s
e n q u e se a p o y a n los totalitarismos: " L o s m o v i m i e n t o s d e m a s a s se e x p o n e n m á s c l a r a m e n t e
ante los a p a r a t o s q u e ante el o j o h u m a n o " [1,506]; es la f a s c i n a c i ó n ante la m o v i l i z a c i ó n g e n e
ral, c u y a i m a g e n m á s sintética se e x p o n e e n el i n m e n s o d e s p l i e g u e t é c n i c o y h u m a n o q u e
r e p r e s e n t a la g u e r r a q u e los futuristas d e c l a r a r o n "bella"74. " F i a t ais, p e r e a t m u n d u s , d i c e el
f a s c i s m o (...). R e s u l t a p a t e n t e q u e e s t o e s la r e a l i z a c i ó n a c a b a d a d e l a r t p o u r l'ari. L a h u m a n i
d a d , q u e a n t a ñ o , e n H o m e r o , e r a u n o b j e t o d e e s p e c t á c u l o p a r a los d i o s e s o l í m p i c o s , se h a c o n
vertido a h o r a e n e s p e c t á c u l o d e sí m i s m a . S u a u t o a l i e n a c i ó n h a a l c a n z a d o u n g r a d o q u e le p e r
m i t e vivir su p r o p i a d e s t r u c c i ó n c o m o u n g o c e estético d e p r i m e r o r d e n . E s t e es el e s t e t i c i s m o
d e la política q u e el f a s c i s m o p r o p u g n a . El c o m u n i s m o le c o n t e s t a c o n la politización del arte"
[1.508]25.
P e r o e s a politización era, c o m o es o b v i o , e n o r m e m e n t e problemática26. L a r e c e p c i ó n e n
la d i s p e r s i ó n es i n t r í n s e c a m e n t e a m b i g u a . B e n j a m i n la a s o c i a a la r e c e p c i ó n "táctil", m á s q u e
"óptica": su f u n d a m e n t o estriba e n la i n m e d i a t e z , la p r o x i m i d a d , la c o s t u m b r e e n la a p r e h e n
sión d e la cosa. D e s d e s i e m p r e , sostiene, h a n s i d o las artes ligadas a la arquitectura las q u e h a n
c o n s t i t u i d o el m o d e l o a este respecto: h o y , n u e s t r o s edificios " s e h a n c o n v e r t i d o , c o m o se
p u e d e p e r c i b i r e n la g r a n c i u d a d , e n p o r t a d o r e s d e a n u n c i o s . L a r e c e p c i ó n e n l a d i s p e r s i ó n (...)
tiene u n o d e s u s m á s i m p o r t a n t e s a g e n t e s e n la p u b l i c i d a d " . E n efecto, p r o s i g u e B e n j a m i n ,
" d e s d e la p r o p a g a n d a gráfica h a s t a la p u b l i c i d a d d e la radio, p a s a n d o p o r el s i m p l e a n u n c i o ,
p u e d e seguirse la creciente a m a l g a m a d e i m p o r t a n t e s e l e m e n t o s del arte c o n los intereses del
capital". " E n la publicidad, q u e se dirije a la m a s a d e los i n d i v i d u o s dispersos, h a c e el arte la
p r u e b a m e r c a n t i l e n u n c a s o e j e m p l a r del q u e se h a r á la p r u e b a h u m a n a c o n la r e v o l u c i ó n del
proletariado: el e j e m p l o d e su r e c e p c i ó n p o r las m a s a s . E s t o e n t r a ñ a q u e p r e t e n d e r fijar límites

2 0 4
 d e principio entre la p u b l i c i d a d y el arte es i n f e c u n d o " . P o r el contrario, " f e c u n d o " es apreciar
el carácter p r o f a n o d e tales i m á g e n e s , e n d o n d e se f u n d a su irónica s u p e r i o r i d a d s o b r e la a d o
r a d a o b r a d e arte " a u t é n t i c a " [1,1043s].
A h o r a bien, o b s e r v a B e n j a m i n , "la c o n c e p c i ó n del arte será tanto m á s m í s t i c a c u a n t o
m á s se aleje el arte d e la a u t é n t i c a utilidad m á g i c a ; p o r el contrario, c u a n t o m a y o r es esta utili
d a d m á g i c a (y e n la é p o c a p r i m i t i v a lo es e n g r a d o s u m o ) , tanto m e n o s m í s t i c a es la c o n c e p
c i ó n del arte" [1,1050]. E s t a s frases, q u e p r o c e d e n d e los p a r a l i p o n e m a d e L a o b r a d e arte e n
la é p o c a d e s u r e p r o d u c t i b i l i d a d técnica, d a n c u e n t a del a l c a n c e v e r d a d e r o del p r o b l e m a al
q u e se e n f r e n t a b a el e n s a y o . A s í c o m o el " a u r a " se n o s m u e s t r a c l a r a m e n t e v i n c u l a d a a la pri
m i t i v a " e x p e r i e n c i a " m á g i c a a r r u i n a d a e n el m o d e r n o p r o c e s o d e d e s e n c a n t a m i e n t o del
m u n d o , la o b r a q u e aspirase t o d a v í a a resistirse a estas n u e v a s c o n d i c i o n e s técnicas, c o m o
s u c e d e r í a e n el c o n t e x t o d e la " t e o l o g í a del arte" s o b r e la q u e se erige la teoría del art p o u r
l'art [1,481], n o p o d r í a sino h u n d i r s e e n el m á s i m p r o c e d e n t e m i s t i c i s m o . P e r o el á m b i t o " p r o
f a n o " d e los m e d i o s d e m a s a s , d o n d e i m p e r a la p r e s u n t a a l i e n a c i ó n del sujeto, d i f í c i l m e n t e
p o d r á e n t o n c e s v e r s e libre d e a l g u n a variante d e a q u e l l a " m a g i a " q u e el arte a u t é n t i c o h a p e r
dido. L o q u e e n s e ñ a r í a la o b r a d e D u c h a m p es p r e c i s a m e n t e q u e " t a n p r o n t o c o m o u n o b j e t o
e s v i s t o p o r n o s o t r o s c o m o u n a o b r a d e arte, y a n o p u e d e a p e n a s s e g u i r f u n c i o n a n d o c o m o tal.
P o r tanto, el e f e c t o e s p e c í f i c o d e la o b r a d e arte p u e d e e x p e r i m e n t a r l o el h o m b r e actual m u c h o
m á s e n o b j e t o s sueltos o aislados [degagisierten] q u e e n o b r a s d e arte certificadas" [1,1046].
E s o s " o b j e t o s sueltos" s o n f r a g m e n t o s a l e g ó r i c o s e n los q u e se d i s p e r s a el " s í m b o l o " aurático.
L a " d e c a d e n c i a del a u r a " n o es s i n o u n a d e t e r m i n a c i ó n correlativa d e la " p é r d i d a d e e x p e r i e n
cia" q u e B e n j a m i n d e s i g n a c o m o r a s g o distintivo d e la c o n d i c i ó n m o d e r n a : la c o n v e r s i ó n d e la
e x p e r i e n c i a enfática e n v i v e n c i a f a n t a s m a g ó r i c a u r d i d a p o r los restos del sujeto a l i e n a d o e n u n
o c é a n o d e fetiches. B e n j a m i n se p r o p o n í a n a v e g a r e n e s e o c é a n o -y s u f r a c a s o n o h a d e ser u n
a r g u m e n t o e n f a v o r d e la o p c i ó n d e A d o r n o , q u e trató d e s o b r e v o l a r l o " d i a l é c t i c a m e n t e " e n
b u s c a d e islas desiertas27.

C R I S I S D E L A E S C R I T U R A :
" H U M I L L A C I Ó N D E L A P A L A B R A '

L a teoría b e n j a m i n i a n a d e la " p é r d i d a del a u r a " se halla c l a r a m e n t e v i n c u l a d a al dete

rioro d e la " e x p e r i e n c i a " enfática del l e n g u a j e c o m o lugar d e la v e r d a d y v e h í c u l o d e la tradi
ción. E s t o se p e r c i b e c u a n d o a t e n d e m o s a s u s radicales o b s e r v a c i o n e s a c e r c a d e la p r e n s a y del
p a p e l d e c i s i v o q u e h a b r í a d e d e s e m p e ñ a r e n la f o r m a c i ó n d e la barbarie m o d e r n a . Y a h e m o s
c o m e n t a d o a l g ú n a s p e c t o del p r o b l e m a e n el c o n t e x t o del e n s a y o s o b r e K r a u s . E n los P a s a j e s ,
la p r e n s a a p a r e c e i g u a l m e n t e c o m o u n o d e los factores d e t e r m i n a n t e s d e la m e r c a n t i l i z a c i ó n d e
la escritura e n el n a c i m i e n t o d e la "littérature industrielle" h a c i a m e d i a d o s d e siglo2*. El perió
d i c o es " i n d i c i o " del e m p o b r e c i m i e n t o d e la " e x p e r i e n c i a " . P u e s t o q u e , e n efecto, "si la p r e n s a
se h u b i e s e p r o p u e s t o q u e el lector h a g a s u y a s las i n f o r m a c i o n e s c o m o parte d e su p r o p i a e x p e
r i e n c i a , n o c o n s e g u i r í a s u o b j e t i v o . P e r o s u i n t e n c i ó n e s la i n v e r s a (...). C o n s i s t e e n i m p e r m e a
bilizar los a c o n t e c i m i e n t o s frente al á m b i t o e n q u e p u d i e r a hallarse la e x p e r i e n c i a del lector".
A tal fin sirven c o n eficacia s u s principios f u n d a m e n t a l e s : " C u r i o s i d a d , b r e v e d a d , fácil c o m

2 0 5
 p r e n s i ó n y s o b r e t o d o d e s c o n e x i ó n d e las noticias entre sí" [1,610]. L a " s e n s a c i ó n " , la " v i v e n
cia" del s h o c k , se erige así e n criterio s u p r e m o d e la " i n f o r m a c i ó n " , e n tanto q u e d e c l i n a la
" n a r r a c i ó n " c o m o f o r m a t r a d i c i o n a l d e t r a n s m i s i ó n d e la " e x p e r i e n c i a " [1,61 1].
E n E l n a r r a d o r , u n e n s a y o d e 1 9 3 6 p r e s u n t a m e n t e d e d i c a d o a N i k o l a i L e s k o v , p e r o e n
el q u e éste a p e n a s a p a r e c e s i n o c o m o pretexto, B e n j a m i n e x p o n e estas ideas c o n m a y o r a m p l i
tud. " E l arte d e narrar -escribe- se a c e r c a a su fin, p o r q u e el l a d o é p i c o d e la v e r d a d , la s a b i d u
ría, está e n trance d e d e s a p a r e c e r " [11,442]. E s o q u e d e n o m i n a " s a b i d u r í a " es el espíritu trans
m i t i d o y h e r e d a d o e n f o r m a d e tradición, q u e h a d e f u n d a r s e e n la m e m o r i a : y a q u e "la m e m o
ria es la c a p a c i d a d é p i c a p o r s o b r e t o d a s las cosas. S ó l o gracias a u n a m e m o r i a g e n e r o s a p u e d e
la é p i c a h a c e r s e d u e ñ a , p o r u n a parte, del c u r s o d e las c o s a s y, p o r la otra, q u e d a r e n p a z c o n
su d e s a p a r i c i ó n , c o n el p o d e r í o d e la m u e r t e " [11,453]. P u e s "la m u e r t e es el sello d e t o d o lo
q u e el n a r r a d o r p u e d e relatar"; " s u a u t o r i d a d h a s i d o t o m a d a e n p r é s t a m o a la m u e r t e . E n otras
palabras: ella es la historia natural a la q u e r e m i t e n s u s relatos" [11,450]. E n c a m b i o , la infor
m a c i ó n se a l i m e n t a d e la a c t u a l i d a d p u n t u a l del instante m i s m o e n q u e se p r e s e n t a c o m o n o v e
d a d : " v i v e s ó l o e n e s e instante" y, d e a l g ú n m o d o , instaura u n a p e r c e p c i ó n del t i e m p o e n la
q u e se d e s d i b u j a t o d a diferencia entre lo v i v o y lo m u e r t o y, p o r c o n s i g u i e n t e , d e s d e el p u n t o
d e vista d e B e n j a m i n , q u e d a o b v i a d a c u a l q u i e r o p o r t u n i d a d d e salvación. L a i n f o r m a c i ó n n o
p u e d e ser a s i m i l a d a p o r el sujeto e n el c o n ü n u u m d e su e x p e r i e n c i a , sino q u e es éste el q u e se
d i s p e r s a e n u n t i e m p o d e v i v e n c i a s i n c o n e x a s , s i n m e m o r i a n i c o n c i e n c i a d e sí.
E n u n c o n t e x t o m á s d e c i d i d a m e n t e b o l c h e v i q u e , B e n j a m i n llegó a f o r m u l a r estas ideas
e n u n o s t é r m i n o s tan e n é r g i c o s y radicales, q u e n o p u e d e n dejar d e p r o v o c a r cierto a s o m b r o .
L a m e j o r m u e s t r a d e ello la e n c o n t r a m o s , sin d u d a , e n su c o n f e r e n c i a s o b r e E l a u t o r c o m o p r o
ductor, d e 1 9 3 4 . E n ella e m p r e n d í a u n a reflexión e n t o r n o a la e s p i n o s a c u e s t i ó n d e la hetero-
n o m í a q u e , e n b u e n a lógica, h a b r í a d e s o b r e d e t e r m i n a r la a c t i v i d a d d e t o d o intelectual decidi
d o a participar e n v e r d a d d e la l u c h a proletaria. " S e h a a c a b a d o e n t o n c e s su a u t o n o m í a " , afir
m a B e n j a m i n sin a p a r e n t a r d i s g u s t o [11,684]. P e r o e n s e g u i d a se e s f u e r z a e n clarificar las
auténticas i m p l i c a c i o n e s d e e s e i m p e r a t i v o . El a s u n t o lo p l a n t e a e n f u n c i ó n d e la relación exis
tente entre las p r o p i e d a d e s e s p e c í f i c a m e n t e "estéticas" y la " t e n d e n c i a " política objetiva d e la
o b r a d e arte. D e h e c h o , las frases q u e s i g u e n c o n s t i t u y e n u n fascinante e j e m p l o d e s u t o r t u o s o
y e s c a s a m e n t e d i d á c t i c o b o l c h e v i s m o : " S e p u e d e declarar: u n a o b r a q u e p r e s e n t e la t e n d e n c i a
correcta, n o necesita p r e s e n t a r otra calidad. P e r o t a m b i é n p u e d e decretarse: u n a o b r a q u e p r e
s e n t e la t e n d e n c i a correcta, d e b e n e c e s a r i a m e n t e p r e s e n t a r c u a l q u i e r otra c a l i d a d " . " E s t a
s e g u n d a f o r m u l a c i ó n - p r o s i g u e - n o es ininteresante, m á s a ú n : es correcta. Y o la h a g o m í a
[11,684]. Y d e h e c h o la h a c í a suya, p e r o n o sin i m p o r t a n t e s m a t i c e s : " E l c o n c e p t o d e t e n d e n c i a ,
e n la f o r m a s u m a r i a e n q u e g e n e r a l m e n t e se e n c u e n t r a e n el d e b a t e al q u e a c a b a m o s d e aludir,
es u n i n s t r u m e n t o p o r c o m p l e t o i n a d e c u a d o p a r a la crítica literaria política" [11,684]. P u e s "la
t e n d e n c i a política correcta i n c l u y e u n a t e n d e n c i a literaria. Y a ñ a d i r e m o s e n s e g u i d a : e s a ten
d e n c i a literaria, c o n t e n i d a d e m a n e r a implícita o explícita e n c a d a t e n d e n c i a política correcta,
es la q u e constituye, y n o otra cosa, la c a l i d a d d e la obra. P o r e s o la t e n d e n c i a política correcta
d e u n a o b r a i n c l u y e su c a l i d a d literaria, y a q u e i n c l u y e su t e n d e n c i a literaria" [11,685].
P o d e m o s d a r p o r b u e n a s estas e x p l i c a c i o n e s . L o q u e a n o s o t r o s n o s interesa es m á s
b i e n la m a n e r a e n q u e B e n j a m i n a c a b a r e m i t i é n d o l o t o d o al p r o b l e m a d e la técnica: p u e s "la
f u n c i ó n q u e tiene la o b r a d e n t r o d e las c o n d i c i o n e s literarias d e p r o d u c c i ó n d e u n t i e m p o a p u n
ta i n m e d i a t a m e n t e a la técnica literaria d e las obras". A h o r a bien, c o n t i n ú a , " c o n el c o n c e p t o
d e la técnica h e n o m b r a d o e s e c o n c e p t o q u e h a c e q u e los p r o d u c t o s resulten a c c e s i b l e s a u n
análisis social i n m e d i a t o , p o r tanto materialista" [11,686]. E n este m a r c o se h a c e p o s i b l e a f r o n

2 0 6
 tar el h e c h o crucial d e q u e " e s t a m o s d e n t r o y e n m e d i o d e u n v i g o r o s o p r o c e s o d e r e f u n d i c i ó n
d e las f o r m a s literarias, u n p r o c e s o e n el q u e m u c h a s c o n t r a p o s i c i o n e s , e n las c u a l e s e s t a m o s
h a b i t u a d o s a pensar, p u d i e r a n p e r d e r s u c a p a c i d a d d e i m p a c t o " [11,687]. E n t r e tales e n v e j e c i
d a s c o n t r a p o s i c i o n e s h a y q u e contar, p o r s u p u e s t o , la q u e c o n c i e r n e a la i n s e p a r a b l e p a r e j a
f o r m a - c o n t e n i d o , así c o m o a la distinción entre los g é n e r o s , entre "escritor y p o e t a " , entre
" i n v e s t i g a d o r y d i v u l g a d o r " e incluso entre " a u t o r y lector" [11,689]. E n efecto, "la c o m p e t e n
cia literaria n o se b a s a y a e n u n a e d u c a c i ó n especializada, sino e n otra politécnica; así es c o m o
se c o n v i e r t e e n p a t r i m o n i o c o m ú n . D i c h o b r e v e m e n t e , se trata d e la literarización d e las c o n d i
c i o n e s d e vida, q u e se e n s e ñ o r e a d e las a n t i n o m i a s insolubles p o r otra vía, y se trata t a m b i é n
del e s c e n a r i o -el p e r i ó d i c o - d e la h u m i l l a c i ó n sin barreras d e la palabra, e s c e n a r i o e n el cual se
p r e p a r a su s a l v a c i ó n " [11,688].
T o d o ello se m a n i f e s t a r í a c a n ó n i c a m e n t e e n el m e d i o d e la prensa. E s decir, e n la p r e n
sa soviética. Y a q u e e n E u r o p a o c c i d e n t a l s i g u e el p e r i ó d i c o - q u e "representa, h a b l a n d o técni
c a m e n t e , la p o s i c i ó n literaria m á s i m p o r t a n t e " - " e n m a n o s del e n e m i g o " , al servicio del capital
[11,689]. E s t o es f u e n t e d e c o n f u s i ó n entre a q u e l l o s intelectuales q u e , tratando d e e n c o n t r a r u n
l u g a r j u n t o al proletariado, t e r m i n a n a s u m i e n d o el i m p o s i b l e p a p e l d e " m e c e n a s i d e o l ó g i c o "
[11,691]: p u e s t o q u e , c o m o s a b e m o s , "la proletarización d e u n intelectual casi n u n c a c r e a u n
proletario" [11,700]. E n realidad, d e lo q u e se trata es d e a b a n d o n a r la esfera del " p e n s a m i e n t o
p r i v a d o " , p o l í t i c a m e n t e irrelevante, y a p r e n d e r , c o m o Brecht, "el arte d e p e n s a r c o n las c a b e
zas d e otras g e n t e s " [11.690]. E n c o n s e c u e n c i a , el intelectual r e v o l u c i o n a r i o d e b e r í a r e c o n o c e r
la ineficacia d e su b i e n i n t e n c i o n a d o m e c e n a z g o y a c e p t a r sin reticencias su c o n d i c i ó n d e "trai
d o r a su clase d e o r i g e n " [11,701]. P o r ello, la e x i g e n c i a principal es " n o pertrechar el a p a r a t o
d e p r o d u c c i ó n sin, e n la m e d i d a d e lo posible, m o d i f i c a r l o e n u n s e n t i d o socialista", tal y c o m o
j u s t a m e n t e se p r o p o n í a B r e c h t [11,691].
P o d e m o s h a c e r n o s u n a idea d e lo q u e significaba la " h u m i l l a c i ó n d e la palabra", q u e
" p r e p a r a su s a l v a c i ó n " b a j o u n a n u e v a f o r m a p r o f a n a . S a b e m o s q u e la figura del intelectual
c u l t i v a d o e n s u diferencia, e n q u i s t a d o e n s u individualidad, r e p r e s e n t a b a p a r a él u n a suerte d e
periclitado residuo, f a n t a s m a e s p e c i a l i z a d o e n u n a disciplina t é c n i c a m e n t e insuficiente, d e j a d a
atrás p o r los n u e v o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n colectiva. P e r o q u i z á s se sienta u n s u a v e e s c a l o
frío al leer las frases finales q u e B e n j a m i n e s p e t ó a su auditorio e n a q u e l l a m e m o r a b l e c o n f e
rencia. H a b l a b a del intelectual, y decía: " C u a n t o c o n m a y o r exactitud c o n o z c a d e este m o d o su
p u e s t o e n el p r o c e s o d e p r o d u c c i ó n , m e n o s se le ocurrirá p e n s a r e n h a c e r s e p a s a r p o r u n espiri
tual. E l espíritu q u e se h a c e perceptible e n n o m b r e del f a s c i s m o tiene q u e d e s a p a r e c e r . El espí
ritu q u e se le e n f r e n t a c o n la c o n f i a n z a d e su p r o p i a virtud m i l a g r o s a d e s a p a r e c e r á " [11,701].
S o n p a l a b r a s m a y o r e s , p e r o i n e q u í v o c a s : s ó l o al espíritu " h u m i l l a d o " e n el u n i v e r s o p r o f a n o
d e las m a s a s d i s p e r s a s se le c o n c e d e u n a ú l t i m a posibilidad d e s u p e r v i v e n c i a ^ .

B R E C H T , O L A E P I C A D E L M A T E R I A L I S M O

D e s d e q u e B e n j a m i n c o n o c i e s e a B r e c h t e n 1 9 2 9 , su inextinguible fidelidad a la o b r a
del d r a m a t u r g o r e v o l u c i o n a r i o constituiría u n c a s o n o t a b l e d e a p e g o a u n a cierta f o r m a d e

2 0 7
 e n t e n d e r el arte materialista, p e r o t a m b i é n u n a f u e n t e p e r m a n e n t e d e r e p r o c h e s y d i s g u s t o s p o r
el l a d o d e S c h o l e m y A d o r n o , q u e n o v e í a n e n e s a singular q u e r e n c i a sino u n a influencia e x t e r
n a y n e f a s t a q u e n e c e s a r i a m e n t e h a b í a d e d e s n a t u r a l i z a r el p e n s a m i e n t o d e s u a m i g o . Y a
h e m o s a l u d i d o a estas tensiones, q u e n o p o d e m o s a q u í analizar e n profundidad30. E n c a m b i o ,
n o s l i m i t a r e m o s a e x p o n e r a q u e l l o s a s p e c t o s q u e m á s o s t e n s i b l e m e n t e p o n e n d e m a n i f i e s t o el
s e n t i d o del interés q u e e n B e n j a m i n d e s p e r t a b a la o b r a d e B r e c h t . V e r e m o s e n t o n c e s h a s t a q u é
p u n t o s u interpretación del "teatro é p i c o " se e n c o n t r a b a p l a g a d a d e las m i s m a s ideas q u e a c a
b a m o s d e c o m e n t a r e n los capítulos anteriores.
E n efecto, el teatro b r e c h t i a n o es a f r o n t a d o p o r B e n j a m i n c o m o u n a c o n c r e t a e x p r e s i ó n
y u n m o d e l o d e a p r o v e c h a m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o d e la n u e v a situación del arte, esto es, d e la
inevitable " p é r d i d a del a u r a " e n la é p o c a d e los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s : " L a s for
m a s del teatro é p i c o c o r r e s p o n d e n a las n u e v a s f o r m a s técnicas, al c i n e y a la radio. E s t á e n la
c u m b r e d e la técnica. E n el c i n e se h a i m p u e s t o y a m á s y m á s el principio s e g ú n el cual d e b e
serle al p ú b l i c o p o s i b l e e n c a d a m o m e n t o e n g a n c h a r s e , y q u e , p o r tanto, h a y q u e evitar
s u p u e s t o s e m b r o l l a d o s , así c o m o c a d a parte d e b e poseer, j u n t o a su v a l o r e n c u a n t o al c o n j u n
to, otro propio, e p i s ó d i c o ; t o d o lo cual se h a h e c h o estricta n e c e s i d a d e n la r a d i o frente a u n
p ú b l i c o q u e e n c i e n d e y a p a g a su r e c e p t o r a c a d a m o m e n t o c a p r i c h o s a m e n t e . El teatro é p i c o
trae a la e s c e n a idéntico logro. P o r principio, n o h a y e n él n a d i e q u e llegue d e m a s i a d o tarde"
[11,524].
L o s h e c h o s , explica, " t i e n e n q u e ser tales q u e p u e d a el público, e n p a s a j e s decisivos,
controlarlos p o r su p r o p i a e x p e r i e n c i a " ; la r e p r e s e n t a c i ó n " d e b e ser m o n t a d a t r a n s p a r e n t e m e n
te" [11,532], d e m o d o q u e p u e d a ser c o n t e m p l a d a p o r la c o l e c t i v i d a d sin e s f u e r z o . Así, la
a c c i ó n d e b e ajustarse a e s a visión p r o v e r b i a l del m u n d o q u e sería la p r o p i a d e las clases p o p u
lares: su " p e n s a m i e n t o tosco", q u e el a u t o r materialista h a d e a p r e n d e r y m a n e j a r [111,445]. E l
público, dice, h a d e e n c o n t r a r s e "relajado", disperso, libre d e t o d a actitud reverencial. P u e s t o
q u e , e n tanto q u e n e g a c i ó n del aura, el teatro é p i c o se caracteriza p o r su " c e r c a n í a r e s p e c t o d e
la v i d a " [11,520]. P o r c o n s i g u i e n t e , "el f o s o q u e s e p a r a a los actores del p ú b l i c o c o m o a los
m u e r t o s d e l o s v i v o s , e s e a b i s m o (...) q u e c o m p o r t a m á s i m b o r r a b l e m e n t e q u e c u a l q u i e r o t r o
e l e m e n t o d e la e s c e n a las huellas d e su o r i g e n sacral, h a p e r d i d o su f u n c i ó n . L a e s c e n a esta
t o d a v í a e l e v a d a , p e r o y a n o e m e r g e d e u n a h o n d u r a inescrutable; se h a c o n v e r t d o e n p o d i o "
[11,519]. El p ú b l i c o d e B r e c h t " y a n o significa p a r a su e s c e n a u n a m a s a d e p e r s o n a s e n las q u e
se e n s a y a el h i p n o t i s m o , sino u n a r e u n i ó n d e interesados c u y a s e x i g e n c i a s h a d e satisfacer"
[11,520]. D e este m o d o , el teatro é p i c o " a m e n a z a a la crítica e n sus privilegios": la r e p r e s e n t a
c i ó n n o sirve a la "estética del teatro", sino q u e m á s b i e n se dirige a u n c o l e c t i v o d e " e s p e c i a
listas" dispersos, i n t e l e c t u a l m e n t e "toscos", c u y a " o r g a n i z a c i ó n " d e b e e s f o r z a r s e e n facilitar
[11,527].
El c é l e b r e principio b r e c h t i a n o del " e x t r a ñ a m i e n t o " lo r e m i t e B e n j a m i n , p r e v i s i b l e m e n -
te, a u n p r o c e d i m i e n t o d e " i n t e r r u p c i ó n " d e la a c c i ó n : s e trata d e u n " d e s m o n t a j e "
[ U m m o n t i e r u n g ] d e su falsa a p a r i e n c i a aurática d e totalidad cerrada, h o m o g é n e a y autosufi-
ciente. E s decir, u n " m o n t a j e " tal, q u e " l o m o n t a d o i n t e r r u m p e el c o n t e x t o e n el c u a l se m o n t a "
[11,697s]. C o m o es notorio, el h é r o e del "teatro é p i c o " es u n " h é r o e n o trágico": " L o q u e se h a
e l i m i n a d o e n la d r a m a t u r g i a b r e c h t i a n a es la catharsis aristotélica, la e x o n e r a c i ó n d e las p a s i o
n e s p o r m e d i o d e la c o m p e n e t r a c i ó n c o n la suerte c o n m o v e d o r a del h é r o e " [11,535]". P u e s "el
arte del teatro é p i c o consiste m á s b i e n e n p r o v o c a r el a s o m b r o e n l u g a r d e la c o m p e n e t r a c i ó n .
E x p r e s á n d o l o c o m o u n a f ó r m u l a : e n l u g a r d e c o m p e n e t r a r s e c o n el h é r o e , d e b e el p ú b l i c o
a p r e n d e r el a s o m b r o a c e r c a d e las circunstancias e n las q u e a q u é l se m u e v e " . E n efecto, e s a

2 0 8
 r u p t u r a d e la e m p a t í a , " e s e d e s c u b r i m i e n t o ( e x t r a ñ a m i e n t o ) d e situaciones se realiza p o r m e d i o
d e la i n t e r r u p c i ó n del p r o c e s o d e la a c c i ó n " [11,535]: el teatro é p i c o " a v a n z a , d e m a n e r a pareci
d a a las i m á g e n e s d e u n a cinta c i n e m a t o g r á f i c a , a e m p e l l o n e s . S u f o r m a f u n d a m e n t a l es la del
s h o c k , p o r el q u e se e n c u e n t r a n u n a s c o n otras las situaciones b i e n d i f e r e n c i a d a s d e la pieza.
L a s c a n c i o n e s , los títulos e n el c u a d r o e s c é n i c o , los c o n v e n c i o n a l i s m o s g e s t u a l e s d e los a c t o
res d i f e r e n c i a n u n a situación d e otra. S u r g e n así p o r d o q u i e r intervalos q u e m á s b i e n perjudi
c a n la ilusión del público. D i c h o s intervalos e s t á n r e s e r v a d o s p a r a u n a t o m a d e p o s i c i ó n crítica
p o r s u parte, p a r a q u e m e d i t e " [11,5 15s]. E n ello p r e c i s a m e n t e reside s u v a l o r "didáctico".
E l p r o c e d i m i e n t o d e la " i n t e r r u p c i ó n " se d e t e r m i n a e n g e n e r a l c o m o la i n t r o d u c c i ó n d e
e l e m e n t o s h e t e r o g é n e o s e n el c u r s o d e la acción. E s su "literarización", e n virtud d e la c u a l "lo
f i g u r a d o se m e z c l a c o n lo f o r m u l a d o , d a n d o así al teatro la posibilidad d e establecer u n a c o n e
x i ó n c o n otras instituciones p a r a la v i d a del espíritu" [11,524s]. S e trata, p u e s , d e u n a c e r c a
m i e n t o d e la p u r a f o r m a teatral a otras f o r m a s d i v e r a s d e c o m u n i c a c i ó n : carteles, cifras, infor
m e s , f o r m u l a c i o n e s "toscas", i m á g e n e s t o d a s ellas q u e i n t e r r u m p e n la c o n t i n u i d a d del fluir d e
la a c c i ó n e n la e s c e n a , q u i e b r a n s u o r g a n i c i d a d , su carácter s i m b ó l i c o : c o n f i e r e n a la o b r a la
estructura d e u n a suerte d e a l e g o r í a materialista. U n a s p e c t o p a r t i c u l a r m e n t e n o t a b l e d e e s e
p r o c e d e r interruptor se m a n i f i e s t a e n el carácter " g e s t u a l " q u e B e n j a m i n a t r i b u y e al teatro
épico; e n él, a f i r m a , "la e j e c u c i ó n m á s i m p o r t a n t e del actor es h a c e r q u e los g e s t o s p u e d a n ser
citados; d e b e p o d e r e s p a c i a r s u s g e s t i c u l a c i o n e s igual q u e el linotipista las p a l a b r a s " [11,529].
G e s t o y cita c o n f i g u r a n , p o r m á s q u e d i s c r e t a m e n t e , la i m a g e n correlativa d e m í m e s i s y n o m
bre. Y h a s t a la "dialéctica e n d e t e n c i ó n " e n c o n t r a r á e n e s a g e s t u a l i d a d u n a figura i n m a n e n t e ;
p u e s , dice, "la dialéctica a la q u e a p u n t a el teatro é p i c o n o está referida a u n a s u c e s i ó n e s c é n i c a
e n el t i e m p o , s i n o q u e m á s b i e n se a n u n c i a e n los e l e m e n t o s gestuales, q u e s o n la b a s e d e c u a l
q u i e r s u c e s i ó n t e m p o r a l (...). U n c o m p o r t a m i e n t o d i a l é c t i c o i n m a n e n t e e s l o q u e a m o d o d e
r e l á m p a g o se p o n e e n claro e n u n a situación - c o m o r e p r o d u c c i ó n d e palabras, a c c i o n e s y g e s
tos h u m a n o s - . L a situación q u e el teatro é p i c o d e s c u b r e es la dialéctica e n e s t a d o d e d e t e n
c i ó n " [11,530].
E s claro q u e B e n j a m i n se e s f o r z a b a e n r e e n c o n t r a r s u s p r o p i a s ideas materialistas p r o
y e c t a d a s e n B r e c h t . Y ello, p o r cierto, i n c l u s o e n lo q u e c o n c i e r n e a m o t i v o s a p a r e n t e m e n t e
s e c u n d a r i o s o m e t a f ó r i c o s ; tal es el c a s o d e su c a r a c t e r i z a c i ó n del c a p i t a l i s m o c o m o " i n f i e r n o "
[11,546], o d e e s a singular inclinación s u y a h a c i a e s e m u n d o a b i g a r r a d o d o n d e se e n c a r n a n los
detritus d e la historia, h a c i a e s o s p e r s o n a j e s m a r g i n a l e s q u e , c o m o la prostituta o el trapero d e
B a u d e l a i r e , e r a n e l e v a d o s al r a n g o d e alegorías. B r e c h t , dice, q u i e r e m o s t r a r al r e v o l u c i o n a r i o
s u r g i e n d o del asocial, del h o o l i g a n , del d e l i n c u e n t e d e p o c a m o n t a , del l u m p e n : " A s í c o m o
W a g n e r p r e t e n d í a desarrollar el h o m ú n c u l o e n la retorta a partir d e u n a m á g i c a m e z c l a , B r e c h t
p r e t e n d e d e s p l e g a r al r e v o l u c i o n a r i o e n la r e t o r t a a partir d e la b a j e z a y la v u l g a r i d a d " [11,665].
El teatro é p i c o parte d e la c o n c i e n c i a d e la situación d e crisis e n q u e h a e n t r a d o el inte
lecto e n n u e s t r a civilización: " S a b e q u e la ú n i c a suerte es ésta: convertirse e n p r o d u c t o c o n c o
m i t a n t e e n u n p r o c e s o m u y r a m i f i c a d o d e m o d i f i c a c i ó n del m u n d o " [11,506]. " S o n los g e s t o s
d e la p o b r e z a , d e la ignorancia, d e la i m p o t e n c i a " los q u e se citan e n la o b r a d e B r e c h t [11,507].
Y a q u e d e lo q u e se trata es d e " h a c e r pie e n la d e s e s p e r a c i ó n " , d i c e B e n j a m i n ; y a ñ a d e :
" H a c e r pie, q u e n o e s p e r a n z a " , p u e s "el c o n s u e l o n a d a tiene q u e v e r c o n la e s p e r a n z a " .
" C o n s u e l o " , p o r tanto, es lo ú n i c o q u e B r e c h t ofrece; a saber, el c o n s u e l o d e q u e "el h o m b r e es
c a p a z d e v i v i r e n la d e s e s p e r a c i ó n , si s a b e c ó m o h a l l e g a d o a ella. E n t o n c e s p u e d e v i v i r e n
ella, p u e s t o q u e s u v i d a d e s e s p e r a d a es e n t o n c e s i m p o r t a n t e . 1rse a p i q u e significa a q u í s i e m
pre: llegar al f o n d o d e las c o s a s " [11,509]. El arte del m a t e r i a l i s m o a s u m e así las e x i g e n c i a s d e

2 0 9
u n a singular tarea: llevar a la c o n c i e n c i a las p r o f u n d a s r a z o n e s q u e asisten y d a n f u n d a m e n t o a
u n a v i d a sin e s p e r a n z a , y así m o s t r a r el e n o r m e v a l o r q u e t o d a v í a e n c i e r r a n las existencias
derrotadas, arrojadas del "cortejo triunfal" d e la historia. S ó l o la d e s e s p e r a c i ó n se le a p a r e c e a
B e n j a m i n c a r g a d a d e p o d e r o s a s r a z o n e s : es decir, c u a n d o la derrota se e x p e r i m e n t a -y se justi
fica- c o m o p r o d u c t o del m i t o i n c o n s c i e n t e d e sí m i s m o y. p o r tanto, c o m o u n d e s t i n o c u y a ina-
pelabilidad subjetiva n o e x c l u y e , sino q u e j u s t a m e n t e d e m a n d a su i l u m i n a c i ó n colectiva, q u e
h a b r á d e p r e p a r a r su abolición. E n ello estribaría la ú n i c a posibilidad d e " s a l v a c i ó n del m i t o "
e n la p e r s p e c t i v a m a t e r i a l i s t a . " B r e c h t s e e s f u e r z a (...) p o r d e s c o m p o n e r el e s p e c t r o d e la
v i v e n c i a p a r a o b t e n e r d e él los c o l o r e s d e la e x p e r i e n c i a " [11,537]. C o m o la d e B e n j a m i n , ésta
sería u n a s a l v a c i ó n alegórica: el sujeto d e s c o m p u e s t o y f r a g m e n t a d o , p o b r e e n " e x p e r i e n c i a " ,
p u e d e a ú n a c o m o d a r s e entre los jirones del " a u r a " triturada d e las cosas.

E P I L O G O : L A N U E V A B A R B A R I E

E n ci erto m o d o n o s e n c o n t r a m o s d e n u e v o an te el p r o b l e m a q u e e l e g i m o s c o m o p u n t o
d e partida : e s, d e s d e l uego, m u y difícil e n t e n d e r q u e u n p e n s a d o r tan i r r e d u c t i b l e m e n t e origi
nal p u e d a se r a c u s a d o , y n o sin f u n d a m e n t o , d e " c e d e r su f u e r z a es piritu al" y sacrificar s u inte
lecto a la s e x i g e n c i a s d e u n a a u t o r i d a d colecti va. N o se c o n c i b e sin m á s q u e u n a m a n t e tan
p l a t ó n i c o d e l l e n g u a j e p u e d a t e r m i n a r p r e d i c a n d o -y p r a c t i c a n d o - la d i s p e r s i ó n d e la e s c r i t u r a
q u e s i e m p r e h a b í a c o n s i d e r a d o c o m o sagrada. A lo largo d e n u e s t r a e x p o s i c i ó n h e m o s t e n i d o
la o c a s i ó n d e analizar a l g u n a s d e las t e n d e n c i a s q u e , y a c e n t e s e n B e n j a m i n d e s d e s u s p r i m e r o s
p a s o s filosóficos, le h a b r í a n c o n d u c i d o h a s t a e s a s p o s i c i o n e s radicales. El n ú c l e o r e p r e s e n t a d o
p o r el libro s o b r e el T r a u e r s p i e l c o n t e n í a t o d a s e s a s tendencias, c u a n d o m e n o s in n u c e , c o n
c e n t r a d a s e n la figura d e la alegoría c o m o e x p r e s i ó n d e l a f a c i e s h i p p o c r a t i c a b a j o c u y o s i g n o
in terpretaba el s e n t i d o d e la historia p r o f a n a d e la q u e birlaría la m o d e r n i d a d , ella m i s m a ale
g o r i z a d a e n f o r m a d e " i m a g e n dialéctica". L o q u e h a b r í a d e aportar a s u p e n s a m i e n t o la n u e v a
d i m e n s i ó n del m a t e r i a l i s m o , f o r m a l m e n t e b o l c h e v i q u e p e r o e n realidad nihilista, fue u n a cierta
c o n c i e n c i a d e los m á s recientes derroteros p o r los q u e seguiría d i s c u r r i e n d o el m i t o . E n la e r a
m o d e r n a , b a j o la d e t e r m i n a c i ó n catastrófica del p r o g r e s o y la f a n t a s m a g ó r i c a d e la m e r c a n c í a ,
el m i t o reviste la fascinante a p a r i e n c i a d e la técnica. E s la i n e x o r a b i l i d a d d e la técnica, se diría,
y n o tanto la i m p i e d a d e n g a ñ o s a d e u n a e x p l o t a c i ó n i n m e m o r i a l , lo q u e m u e v e r e a l m e n t e a
B e n j a m i n a p o n e r s e del l a d o del m a t e r i a l i s m o . L a técnica, e n efecto, se le p r e s e n t a c o m o el
a g e n t e vicario d e la historia, c o m o u n a f u e r z a natural i n e v i t a b l e m e n t e p e r v e r s a b a j o las c o n d i
c i o n e s d e la p r o d u c c i ó n capitalista y a la q u e s ó l o la a c c i ó n colectiva, la l u c h a p o r el c o m u n i s
m o , p a r e c í a p o d e r h a c e r frente c o n a l g u n a garantía.
L a s anteriores c o n s i d e r a c i o n e s n o s h a n s i t u a d o ante las p u e r t a s d e la q u e h a b r á d e ser
n u e s t r a c o n c l u s i ó n . L a s u p u e s t a f u n c i o n a l i d a d r e v o l u c i o n a r i a q u e B e n j a m i n p r e t e n d í a conferir
a su p e n s a m i e n t o se n o s tiene q u e a p a r e c e r h o y , a la luz d e n u e s t r o actual e s c e p t i c i s m o políti
c o, d e m a s i a d o e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d a a las c i r c u n s t a n c i a s p a r t i c u l a r e s d e a q u e l a g i t a d o
p e r í o d o histórico d o n d e t o d a v í a era posible a l i m e n t a r e s p e r a n z a s -o h a c e r s e ilusiones- a c e r c a
d e la r e v o l u c i ó n b o l c h e v i q u e y el m o v i m i e n t o c o m u n i s t a internacional. P e r o e n e s e m a t e r i a l i s
m o b e n j a m i n i a n o se r e c o n o c e t a m b i é n su p r o f u n d a intención, q u e n o e r a otra q u e la d e c o m e n

2 1 0
 zar a extraer c o n s e c u e n c i a s d e la n u e v a situación d e la tradición cultural, o d e la tradición sin
m á s , e n u n m u n d o p a t e n t e m e n t e " d o m i n a d o p o r s u s f a n t a s m a g o r í a s " : la s o c i e d a d d e la t e c n o
l o g í a d e m a s a s , n o i m p o r t a si b u r g u e s a o proletaria, f r e n t e a la c u a l n a d a p u e d e la crítica ilus
t r a d a si n o e s c a p a z d e a p r e n d e r e s a h u m i l d a d q u e h a s t a la f e c h a n o h a b í a n e c e s i t a d o e n s u
c o m b a t e secular c o n t r a el mito. L a "crisis d e la inteligencia" se n o s presenta, d e igual m o d o
q u e la " p é r d i d a del aura", c o m o u n a s p e c t o d e la crisis g e n e r a l d e la tradición d e la escritura,
q u e n o es sino el m a r c o d e e s o q u e B e n j a m i n d e n o m i n a e x p e r i e n c i a . L o q u e a d v i e n e d e s p u é s
n o p u e d e ser sino u n a n u e v a barbarie, y el r a s g o h e r o i c o del p e n s a m i e n t o b e n j a m i n i a n o reside
j u s t a m e n t e e n s u d e s e s p e r a d o e s f u e r z o p o r salvar e s e u n i v e r s o b á r b a r o m o s t r a n d o , p e s e a todo,
su potencial e m a n c i p a d o r .
D o n d e c o n m a y o r claridad se m a n i f i e s t a e s a intención es e n E x p e r i e n c i a y p o b r e z a , u n
b r e v e escrito d e 1 9 3 3 e n el q u e B e n j a m i n trata d e f o r m u l a r los p r i n c i p i o s d e s u c o n c e p t o
" n u e v o , positivo" d e barbarie [11,215]. S u p u n t o d e partida es la inflexión civilizatoria r e p r e s e n
t a d a p o r el e s p e c t a c u l a r d e s p l i e g u e técnico p u e s t o al servicio d e la d e s t r u c c i ó n d u r a n t e la p r i m e
ra g u e r r a m u n d i a l , d e c u y a s a t r o c i d a d e s h a b r í a s u r g i d o la m o d e r n i d a d tardía. " L a s g e n t e s volví
a n m u d a s del c a m p o d e batalla. N o e n r i q u e c i d a s , s i n o m á s p o b r e s e n c u a n t o a e x p e r i e n c i a
c o m u n i c a b l e " [11,214]: n o e r a n c a p a c e s d e n a r r a r lo q u e h a b í a n e x p e r i m e n t a d o . " U n a p o b r e z a
d e l t o d o n u e v a h a c a í d o s o b r e el h o m b r e al t i e m p o q u e e s e e n o r m e d e s a r r o l l o d e la t é c n i c a . (...)
S e trata d e u n a e s p e c i e d e n u e v a b a r b a r i e " [11,2 14s]. " H a c e largo t i e m p o q u e las m e j o r e s c a b e
zas h a n e m p e z a d o a q u í y allá a h a c e r v e r s o s a estas cosas. T o t a l falta d e ilusión s o b r e la é p o c a y
sin e m b a r g o u n a c o n f e s i ó n sin reticencias e n su favor: es característico" [11,216]. E n t r e esas
c a b e z a s " m e j o r e s " se i n c l u y e la d e B e r t Brecht. P e r o B e n j a m i n se r e m i t e t a m b i é n a otras esferas
m á s a m p l i a s : " U n artista tan intrincado c o m o el pintor P a u l K l e e y otro tan p r o g r a m á t i c o c o m o
L o o s , a m b o s r e c h a z a n la i m a g e n tradicional, s o l e m n e , n o b l e del h o m b r e , i m a g e n a d o r n a d a c o n
t o d a s las o f r e n d a s del p a s a d o , p a r a v o l v e r s e h a c i a el c o n t e m p o r á n e o d e s n u d o q u e grita, c o m o
u n recién n a c i d o e n los p a ñ a l e s sucios d e esta é p o c a " . R e a p a r e c e el c o n c e p t o e n el m o m e n t o
clave: la n u e v a h u m a n i d a d es u n a "criatura" i n c a p a z d e d o m i n a r p o r sí m i s m a sus p r o p i a s fuer
zas, d e p o s i t a d a s e n la técnica. B e n j a m i n r e c u e r d a d e n u e v o la i m a g e n u t ó p i c a d e Scheerbart,
q u e n o s h a b r í a m o s t r a d o " c ó m o n u e s t r o s telescopios, n u e s t r o s a v i o n e s y c o h e t e s c o n v i e r t e n al
h o m b r e d e a n t a ñ o e n u n a criatura n u e v a d i g n a d e a t e n c i ó n y r e s p e t o " [11,216], u n a criatura q u e ,
p o r cierto, t o d a v í a t e n d r á q u e a p r e n d e r a h a b l a r el n u e v o l e n g u a j e del m u n d o técnico.
" P o b r e z a d e e x p e r i e n c i a " , p r o s i g u e B e n j a m i n : " n o h a y q u e e n t e n d e r l a c o m o si l o s h o m
b r e s a ñ o r a s e n u n a e x p e r i e n c i a n u e v a . N o ; a ñ o r a n liberarse d e las e x p e r i e n c i a s , a ñ o r a n u n
m u n d o e n t o r n o e n el q u e p u e d a n h a c e r q u e s u p o b r e z a , la e x t e r n a y p o r ú l t i m o t a m b i é n la
interna, c o b r e v i g e n c i a tan clara, tan l i m p i a m e n t e q u e salga d e ella a l g o d e c o r o s o . N o s i e m p r e
s o n i g n o r a n t e s o i n e x p e r t o s . C o n f r e c u e n c i a e s p o s i b l e d e c i r t o d o lo c o n t r a r i o : lo h a n d e v o r a d o
todo, la c u l t u r a y el h o m b r e , y e s t á n s o b r e s a t u r a d o s y c a n s a d o s " . A h o r a bien, "al c a n s a n c i o le
s i g u e el s u e ñ o , y n o es raro p o r tanto q u e el e n s u e ñ o i n d e m n i c e d e la tristeza y el c a n s a n c i o del
d í a y q u e m u e s t r e r e a li z a d a e s a e x i s t e n c i a e n t e r a m e n t e s i m p l e , p e r o e n t e r a m e n t e g r a n d i o s a
p a r a la q u e faltan f u e r z a s e n la vigilia. L a existencia del ratón M i c k e y es e s e e n s u e ñ o d e los
h o m b r e s actuales. E s u n a existencia llena d e p r o d i g i o s " [11,218]. L a s frases d e B e n j a m i n se
c o m e n t a n p o r sí m i s m a s . P o r cierto q u e e s a " p o b r e z a d e e x p e r i e n c i a " n o es la q u e m u c h o s
a ñ o s antes r e p r o c h a s e a la filosofía kantiana, sino u n a " p o b r e z a " dialéctica, c o n s t r u i d a s o b r e
n e g a c i o n e s . T r a d i c i ó n , n a r r a c i ó n , a u r a y e x p e r i e n c i a c e d e n p o r f u e r z a ante n o v e d a d , i n f o r m a
ción, a l e g o r í a y vivencia; el sujeto revela e n e s e p r o c e s o el f u n d a m e n t o m í t i c o s o b r e el q u e se
h a erigido. A h o r a se m a n i f i e s t a c o m o "criatura".

2 1 1
 P e r o la v o l u n t a d crítica d e ilustración fracasa c u a n d o n o c u e n t a c o n e s e n u e v o h e c h i z o
p r o d u c t o d e la p e r v e r s a alianza d e la técnica y la s o c i e d a d d e m a s a s ; p u e s t o q u e "la m a s a n o
d e s e a ser instruida. N o p u e d e a c o g e r e n sí el s a b e r sino c o n el p e q u e ñ o s h o c k q u e se c l a v a e n
el interior del viviente. S u f o r m a c i ó n es u n a serie d e catástrofes q u e le s o r p r e n d e n , e n el a l b o
roto d e las p l a z a s del m e r c a d o y e n la ferias, e n f o r m a d e e n t o l d a d o s d e s l u c i d o s d o n d e su a n a
t o m í a p a r e c e c o n d u c i r l a a las gradas, o a la pista d e circo d o n d e se enlaza, c o n el p r i m e r l e ó n
q u e c o n s i g u i ó ver, la i m a g e n i m b o r r a b l e del d o m a d o r q u e e s c o n d e al F a u s t o e n s u s f a u c e s "
[1V,528]. P o r lo d e m á s , " i m a g i n a r n o s las f o r m a s d e existencia d e la s o c i e d a d sin clases s e g ú n
la i m a g e n d e la h u m a n i d a d culta sería u n c o n t r a s e n t i d o " [ V , 5 2 8 ] . L a c u l t u r a d e m a s a s n o
p u e d e ser v e n c i d a p o r el "espíritu". E s e "espíritu", c o m o s a b e m o s , es el sujeto d e la e x p e r i e n
cia aurática, es decir, el sujeto d e la cultura tradicional, q u e B e n j a m i n c o n d e n a c o m o privile
g i o y c o m o b a r b a r i e i n c o n s c i e n t e d e sí. D e e s t e m o d o a b o g a f i n a l m e n t e p o r la m o r t i f i c a c i ó n
materialista del "espíritu", p o r su p r o f a n a c i ó n c o m o ú n i c o m o d o d e v e r p r e s e r v a d a la posibili
d a d d e su salvación.
El "espíritu" se dispersa, c o m o el arte, e n el m a r d e las e n s o ñ a c i o n e s técnicas d e la
s o c i e d a d d e m a s a s . " L o e n t e n d e r á m e j o r q u i e n c o m i e n c e d e j á n d o s e c a e r " [11,554]. El e s f u e r z o
b e n j a m i n i a n o d e resistencia se c u m p l i ó c o m o salto m o r t a l h a c i a el lugar del " a g r e s o r " colecti
v o . P u e s "la h u m a n i d a d se p r e p a r a a s o b r e v i v i r , si e s p r e c i s o , a la cultura. Y lo q u e resulta pri
m o r d i a l , lo h a c e riéndose. T a l v e z esta risa s u e n e a a l g o bárbaro. B i e n está. Q u e c a d a u n o c e d a
a ratos u n p o c o d e h u m a n i d a d a e s a m a s a q u e u n día se la d e v o l v e r á c o n intereses, incluso c o n
interés c o m p u e s t o " [11,219]. Si fuese posible traducir e s a e s p e r a n z a a ñ e j a y t r a n s p o n e r l a e n la
p e r s p e c t i v a d e n u e s t r o fin d e siglo, e n t o n c e s -y sólo e n t o n c e s - e s a brillante c o n s t e l a c i ó n d e
m e t á f o r a s q u e es el p e n s a m i e n t o d e B e n j a m i n a l c a n z a r í a tal v e z el p u n t o d e s u m a y o r f e c u n d i
d a d . E f e c t u a r e s a t r a d u c c i ó n es la tarea ante la q u e se d e t i e n e el p r e s e n t e trabajo.

2 1 2
 N O T A S

1 . B e n j a m i n se refiere a J u n g -del q u e e n realidad p o c o sabía- e n repetidas o c a s i o n e s .

H a c i a 1 9 3 6 c o n c i b i ó u n p l a n p a r a escribir u n e s t u d i o a c e r c a d e J u n g y d e K l a g e s (V,l 156s), e n
el q u e se trataría d e c o n f r o n t a r el c o n c e p t o d e " i m a g e n dialéctica", c o n t o d a su c a r g a d e prehis
toria, c o n el d e " i m a g e n a r c a i c a " del i n c o n s c i e n t e c o l e c t i v o ( B , 7 3 1 ; cfr. las cartas d e A d o r n o
del 5 - 1 2 - 1 9 3 4 y 1 2 - 5 - 1 9 3 7 , e n V , 1 1 0 7 y V , 1 1 6 0 r e s p e c t i v a m e n t e ) . P o r lo d e m á s , B e n j a m i n
e n c u a d r a b a a J u n g , e n c o m p a ñ í a d e G o t t f r i e d B e n n y Céline, d e n t r o d e lo q u e d e n o m i n a b a
" n i h i l i s m o m é d i c o " ( B , 7 3 1 ) , q u e t e r m i n a r í a e n las p r o x i m i d a d e s del f a s c i s m o ( V , 5 9 0 ) .
2. E l p r o p i o A d o r n o , q u e fue q u i e n c o n s i g n ó la i n t e n c i ó n b e n j a m i n i a n a d e escribir el
libro e x c l u s i v a m e n t e a b a s e d e citas, h a s u g e r i d o t a m b i é n e n cierta o c a s i ó n q u e el t é r m i n o
" m o n t a j e " n o h a b r í a q u e e n t e n d e r l o e n c u a l q u i e r c a s o " á la lettre" (carta a S c h o l e m , 9 d e m a y o
d e 1 9 4 9 , cit. e n V , p p . 1 0 7 2 s.). P e r o lo c i e r t o e s q u e e n s u e x p o s é d e 1 9 3 5 { P a r í s , d i e
H a u p t s t a d t d e s X 1 X J a h r h u n d e r t s -trad. cast. e n 1 l u m i n a c i o n e s , 11), u n t r a b a j o d o n d e la efecti
v a y u x t a p o s i c i ó n d e m o t i v o s n o l l e g a b a al e x t r e m o d e la m e r a c o l e c c i ó n d e citas, B e n j a m i n
o b s e r v ó la " t e n d e n c i a " a constituirse c o m o u n " m o d e l o e n m i n i a t u r a " d e la o b r a d e los P a s a j e s
( B , 7 5 0 ) . P o r último, n o h a y q u e olvidar su fuerte p r o p e n s i ó n a citarse v e l a d a m e n t e a sí m i s m o
(cfr. P. M i s s a c , P a s s a g e d e W a l t e r B e n j a m i n , p. 71).
3. E l m á s brillante y p o r m e n o r i z a d o análisis d e la o b r a d e los P a s a j e s lo h a l l e v a d o a
c a b o S u s a n B u c k - M o r s s e n T h e D i a l e c t i c s o f S e e i n g . W a l t e r B e n j a m i n a n d T h e A r c a d e s
Project.
4. V , 6 9 7 s . S e g ú n h a d e c l a r a d o S c h o l e m , las "tesis" s o b r e el c o n c e p t o d e historia (el
título n o es d e B e n j a m i n ) las escribió e n 1 9 4 0 , b a j o los efectos del s h o c k q u e le p r o d u j o el
p a c t o entre Hitler y Stalin ( S c h o l e m , W a l t e r B e n j a m i n u n d sein E n g e l , p. 64); e n su c o n f i g u r a
c i ó n f r a g m e n t a r i a r e c o g e n , sin e m b a r g o , t o d o s los m o t i v o s f u n d a m e n t a l e s d e las reflexiones
m e t o d o l ó g i c a s s o b r e la historia q u e f o r m a b a n parte d e los P a s a j e s . Cfr. las n o t a s del editor e n
1,1223ss. A c e r c a del carácter "tético" d e los f r a g m e n t o s , cfr. Pierre M i s s a c , " C e sont d e s m e
ses. S o n t - c e d e s théses?", e n R e v u e d'esthétique, ns 8, pp. 1 9 9 - 2 0 9 .
5. T e s i s 1 X , 1,697s. L a tesis del A n g e l u s N o v u s h a p r o v o c a d o la p o l é m i c a entre s u s
intérpretes (cfr. T i e d e m a n n , D i a l e k t i k ¡ m Stillstand, p. 104). G e r h a r d K a i s e r e n l a z a la i m a g e n
b e n j a m i n i a n a c o n u n a p o e s í a d e S c h o l e m ( " G r u B v o m A n g e l u s " , e n B , 2 6 9 ) c a r g a d a d e misti
c i s m o nihilista (G. Kaiser, B e n j a m i n . A d o r n o . Z w e i Studien, pp. 32-5). T i e d e m a n n lo e n t i e n d e
c o m o " u n a alegoría d e la historia c o m o n a t u r a l e z a " (o. c , p. 105). A c e r c a d e la relación entre
B e n j a m i n y K l e e , cfr. O . K . W e r k m e i s t e r , V e r s u c h e ü b e r P a u l K l e e , pp. 9 8 - 1 2 3 . El a u t o r parte
d e u n c o t e j o del texto b e n j a m i n i a n o c o n d o s b r e v e s a n o t a c i o n e s d e 1 9 1 5 del diario d e K l e e . E l
ángel, e x p l i c a W e r c k m e i s t e r , es la i m a g e n a m b i g u a del artista, u n " a b s t r a c t o c o n r e c u e r d o s "
q u e s ó l o p o d í a " v o l a r " s o b r e la visión catastrófica d e la historia ( K l e e , D i a r i o s 1 8 0 8 / 1 9 1 8 ,
f r a g m e n t o s 9 5 1 - 2 ) . Cfr. P. v. H a s e l b e r g , " B e n j a m i n s E n g e l " , e n P. B u l t h a u p (ed.) M a t e r i a l e n

2 1 3
 z u B e n j a m i n s T h e s e n ' Ü b e r d e n B e g r i f f d e r G e s c h i c h t e ' , pp. 3 3 7 ss. A s í c o m o , p o r s u p u e s t o ,
S c h o l e m , o. c , pp. 6 5 ss.
6. L a crítica b e n j a m i n i a n a del h i s t o r i c i s m o e r a q u i z á s u n tanto a m b i g u a . S u s o b j e c i o n e s
se dirigían c o n t r a d o s b l a n c o s b i e n distintos: p o r u n lado, la teoría d e la e m p a t í a y la v i v e n c i a
d e la historia f o r m u l a d a p o r Dilthey. P o r otro lado, el p o s i t i v i s m o histórico d e la s o c i a l d e m o -
c r a c i a (cfr. T i e d e m a n n , S t u d i e n z u r P h i l o s o p h i e W a l t e r B e n j a m i n s , p p . 1 3 8 ss.; J. M .
G a g n e b i n , Z u r G e s c h i c h t s p h i l o s o p h i e W a l t e r B e n j a m i n s , p p . 6 5 ss; K . G e f f r a t h ,
M e t a p h o r i s c h e s M a t e r i a l i s m u s , pp. 1 1-17.
7. S e trata d e u n a tesis t a c h a d a p o r B e n j a m i n y n o i n c o r p o r a d a al t e x t o definitivo
[1,1231].
8. P o r e s o la c o r r e s p o n d i e n t e tarea h e r m e n é u t i c a p a r e c e p e r d e r s e e n la q u i m e r a d e lo
i n t e r m i n a b l e , h a s t a el p u n t o d e q u e , p o r v a l i o s a s q u e e n sí m i s m a s resulten las o p u e s t a s inter
p r e t a c i o n e s y los c u i d a d o s m a t i c e s d e los c o m e n t a r i s t a s , t o d a s esas variantes a c a b a n p o r d e s
pertar u n cierto desaliento. P r o f a n i z a c i ó n o d e s c o n s t r u c c i ó n d e la teología ( A d o r n o , P r i s m a s ,
p p . 2 5 0 ss) o m a t e r i a l i s m o m e s i á n i c o d e t r a s f o n d o a n a r q u i s t a ( T i e d e m a n n , S t u d i e n z u r
P h i l o s o p h i e W a l t e r B e n j a m i n s , p p . 1 4 6 ss.; D i a l e k t i k i m Stillstand, 1 3 0 ss.); t e o l o g í a s e c u l a r i
z a d a e n f o r m a d e u t o p í a ( H o l z , " P r i s m a t i s c h e s D e n k e n " , e n V V , A A . , Ü b e r W a l t e r B e n j a m i n ,
p p . 6 2 - 1 1 0 ) o d i s o l u c i ó n d e la t e o l o g í a e n u n a e s p e c i e d e r a b i n i s m o m a r x i s t a ( H o l z ,
" P h i l o s o p h i e als 1nterpretation", e n Alternative, 10, 1 9 6 7 , p. 106); estetización r o m á n t i c a d e la
historia ( G e f f r a t h , o. c. p p . 2 6 ss.), n i h i l i s m o h i s t ó r i c o - t e o l ó g i c o ( K a i s e r , o. c , pp. 6 3 ss.;
H a r t m u t E n g e l h a r d t . " D e r historische G e g e n s t a n d als M o n a d e " , e n P. B u l t h a u p , o. c , p. 302),
h i s t o r i c i s m o i n v e r t i d o ( J . M . G a g n e b i n , o. c , pp. 9 7 s.) e t c T a l e s s o n a l g u n o s d e los calificati
v o s q u e , casi s i e m p r e c o n b u e n a s razones, m á s o m e n o s c o n v i n c e n t e s , h a m e r e c i d o la d o c t r i n a
b e n j a m i n i a n a d e la historia. S e g u r a m e n t e n i n g u n o d e ellos basta p a r a describirla, p e r o a c a s o
t o d o s j u n t o s n o s p e r m i t e n atisbar la p r e s e n c i a d e los a n t i g u o s m o t i v o s b a r r o c o s e n e s a n u e v a
c o n c e p c i ó n histórica e f e c t i v a m e n t e d o m i n a d a , s e g ú n c r e e m o s , p o r u n a m e t a f í s i c a nihilista.
9. T e s i s 111. S o b r e el c o n c e p t o b e n j a m i n i a n o d e " c r ó n i c a " c o m o r e l a c i ó n " n o i n t e n c i o
nal", cfr. 111,620 y B , 2 5 7 .
10. E n efecto, B e n j a m i n c o n s i d e r ó e n a l g ú n m o m e n t o la e b r i e d a d c o m o u n a f o r m a d e
c o n c i e n c i a e n la q u e se j u g a b a " a l g o m á s q u e u n a m e r a a l u c i n a c i ó n " ( S c h o l e m , H i s t o r i a d e
u n a a m i s t a d , p p . 1 8 2 s.), h a s t a el p u n t o d e q u e p r o y e c t ó e s c r i b i r u n l i b r o al r e s p e c t o , d e l q u e
n o s h a n q u e d a d o u n o s c u a n t o s p r o t o c o l o s y otros f r a g m e n t o s ; cfr. e n H a s c h i s c h los " R a s g o s
capitales d e la s e g u n d a i m p r e s i ó n d e h a s c h i s c h " (pp. 5 1 - 7 ) y la d e s c r i p c i ó n d e m a r z o d e 1 9 3 0
(pp. 8 4 ss.), d o n d e n o es difícil r e c o n o c e r b a s t a n t e s d e los m o t i v o s y m e t á f o r a s c o n q u e
B e n j a m i n a b o r d a b a la c u e s t i ó n d e la e x p e r i e n c i a enfática, y el t e m a del a u r a e n particular. L a
e m b r i a g u e z d e s e m p e ñ a a d e m á s u n i m p o r t a n t e p a p e l e n su interpretación d e B a u d e l a i r e .
1 1. P a r a u n a i m a g e n d e P r o u s t , 11,31 1, a s í c o m o S o b r e a l g u n o s t e m a s e n B a u d e l a i r e ,
1,609 ss.
12. Cfr. la d u r a carta d e A d o r n o del 2 d e a g o s t o d e 1 9 3 5 e n r e s p u e s t a al p r i m e r e x p o s é ,
a raíz del c u a l s u s d i f e r e n c i a s c o n B e n j a m i n c o m e n z a r o n a h a c e r s e d e m a s i a d o e v i d e n t e s
( B , 6 7 2 s ) . Cfr. al r e s p e c t o B u c k - M o r s s , O r i g e n d e la dialéctica n e g a t i v a , pp. 2 8 8 ss. P a r a esta
b l e c er la e q u i v a l e n c i a entre r e m e m o r a c i ó n y despertar, B e n j a m i n se a p o y a b a e n B l o c h , e n s u
i m a g e n d e u n " s a b e r a ú n n o c o n s c i e n t e " ( G e i s t d e r U t o p i e , pp. 2 4 1 ss.). Cfr. V , 4 9 1 ; G e f f r a t h ,
o. c , pp. 7 7 ss. y B u c k - M o r s s , T h e D i a l e c t i c s o f S e e i n g , pp. 1 1 0 ss.
13. " L a m o d e r n i d a d e s la c a í d a libre d e la historia", e s c r i b e 1 r v i n g W o h l f a r t h .
R e p r e s e n t a , p o r tanto, la auténtica c o n s u m a c i ó n d e la c a í d a originaria, el m o m e n t o e n q u e se

2 1 4
 p i e r d e t o d a e s p e r a n z a d e retorno, p u e s " n o se trata tanto d e u n a transición histórica c o m o d e
u n a c a í d a e n la historia" ( " S u r q u e l q u e s m o t i f s juifs c h e z B e n j a m i n " , e n R e v u e d'esthétique, n-
l,p. 144.
14. V , 8 2 2 s . El p a s a j e citado p o r B e n j a m i n se e n c u e n t r a e n el p á r r a f o final del r e s u m é
d e los capítulos 2 al 5 del V e r s u c h ü b e r W a g n e r , q u e A d o r n o intercaló entre los F r a g m e n t e
ü b e r W a g n e r e n el Zeitschrift f ü r S o z i a l f o r s c h u n g , 1/2 ( 1 9 3 9 ) , p. 17, h o y e n G e s a m m e l t e
S c h r i f t e n , 1 3 , p p . 5 0 0 s. C f r . t a m b i é n el c o m e n t a r i o s o b r e la " f a n t a s m a g o r í a " , c a p í t u l o V 1 d e l
V e r s u c h ü b e r W a g n e r , G e s a m m e l t e Schriften, 13, pp. 8 2 - 9 1 . M . Z e n c k h a c o t e j a d o la c o n c e p
c i ó n a d o r n i a n a d e la " f a n t a s m a g o r í a " - c e n t r a d a e n W a g n e r - c o n la v e r s i ó n d e B e n j a m i n -inspi
r a d a e n B a u d e l a i r e ( " P h a n t a s m a g o r i e - A u s d r u c k - E x t r e m " , e n O . Kolleritsch (ed.). A d o r n o u n d
die M u s i k , pp. 2 0 1 - 1 2 ) .
15. P o r cierto q u e a B e n j a m i n n o le f u e a j e n a e n la v i d a real la p a s i ó n p o r el c o l e c c i o
n i s m o , n o s ó l o d e libros m á s o m e n o s raros, s i n o t a m b i é n d e o b j e t o s d i v e r s o s y hasta d e p r o
d u c t o s kitsch. Cfr., e n c u a l q u i e r caso, 1 c h p a c k e m e i n e B i b l i o t h e k aus, 1 , 3 8 8 - 9 6 (trad. cast. e n
Q u i m e r a , n° 58, pp. 2 8 - 3 2 ) ; M i s s a c , o. c , pp. 5 1 ss.
16. L a lectura del p r i m e r e n s a y o s o b r e B a u d e l a i r e (El P a r i s d e l S e g u n d o 1 m p e r i o e n
B a u d e l a i r e , d e 1 9 3 8 ) d e j ó a A d o r n o tan c o n s t e r n a d o c o m o insatisfecho le h a b í a d e j a d o el pri
m e r e x p o s é d e los P a s a j e s (Paris. capital d e l siglo X 1 X , d e 1935). S ó l o el e n s a y o S o b r e a l g u
n o s t e m a s e n B a u d e l a i r e , d e 1 9 3 9 , p r o v o c ó el e n t u s i a s m o d e A d o r n o . Y ello, p o r cierto, p a r a
s o r p r e s a d e u n B e n j a m i n y a casi a c o s t u m b r a d o a h a c e r frente a los n u m e r o s o s r e p r o c h e s q u e
tanto A d o r n o ( p a r c i a l m e n t e e n n o m b r e del 1nstitut) c o m o S c h o l e m ( d e s d e Palestina) m o v i l i z a
b a n e n c o n t r a d e s u e q u í v o c o m a t e r i a l i s m o . A d o r n o le r e p r o c h a b a s u " a s c e t i s m o " teórico, s u
r e n u n c i a a la c a t e g o r i z a c i ó n , y le p e d í a " m e d i a c i ó n " dialéctica, i n c l u s o h a s t a e n el " n ú c l e o
ardiente d e la t e o l o g í a " ( B , 7 8 2 s ) . E n su respuesta, B e n j a m i n se justificaba a d u c i e n d o q u e el
texto e n c u e s t i ó n -escrito e n c l a v e d e "filología"- n o era s i n o u n a p r i m e r a e n t r e g a d e u n trabajo
q u e h a b r í a d e c o n s t a r d e otras d o s partes d o n d e t o d o s e s o s p u n t o s o s c u r o s , los e l e m e n t o s
" m á g i c o s " i n i c i a l m e n t e e x p u e s t o s , q u e d a r í a n f i l o s ó f i c a m e n t e i l u m i n a d o s ( B , 7 9 0 s ) . S o b r e este
d e b a t e entre A d o r n o y B e n j a m i n , cfr. B u c k - M o r s s , O r i g e n d e la dialéctica n e g a t i v a , pp. 3 0 8
ss; R . W o l i n , W a l t e r B e n j a m i n . A n A e s t h e t i c o f R e d e m p t i o n , p p . 1 6 5 ss.; P f o t e n h a u e r , o. c , p p .
4 4 ss. A c e r c a d e la d i s p o s i t i o d i a l é c t i c o - b e n j a m i n i a n a e n los e n s a y o s s o b r e B a u d e l a i r e ,
M i s s a c , o. c , pp. 1 3 8 ss.
17. W i t t e h a s u b r a y a d o s o b r e t o d o la d e t e r m i n a c i ó n p o l í t i c a d e los e s c r i t o s d e
B e n j a m i n a c e r c a d e B a u d e l a i r e y el p a r a l e l i s m o existente entre la é p o c a del S e g u n d o 1 m p e r i o
d e L u i s B o n a p a r t e y el p e r í o d o c o n t r a r r e v o l u c i o n a r i o e n el q u e p r o s p e r ó el f a s c i s m o
( " B e n j a m i n s B a u d e l a i r e . R e k o n s t r u k t i o n e i n e T o r s o s " , e n T e x t + K r i t i k , 3 1 / 3 2 1 m p e r i o , pp. 8 1
ss.; T i e d e m a n n h a l l a m a d o la a t e n c i ó n s o b r e el t r a s f o n d o nihilista e n el q u e se f u n d a b a la afi
n i d a d e n t r e el filósofo y el p o e t a y el s e n t i d o d e s u a c c i d e n t a d a s a l v a c i ó n d e B a u d e l a i r e
( " B a u d e l a i r e , Z e u g e g e g e n d i e B ü r g e r k l a s s e " , e n D i a l e k t i k i m S t i l l s t a n d , p p . 7 4 ss.;
P f o t e n h a u e r h a e x p u e s t o la relación entre crítica social e interpretación estética e n E l P a r i s
d e l S e g u n d o 1 m p e r i o e n B a u d e l a i r e ( A s t h e t i s c h e E r f a h r i m g u n d gesellschaftliches S y s t e m , pp.
2 9 ss.); f i n a l m e n t e , M e n n i n g h a u s h a m o s t r a d o c o n detalle la p e r s p e c t i v a a l e g ó r i c a e n la q u e
se d e t e r m i n a el interés b e n j a m i n i a n o p o r el u n i v e r s o d e B a u d e l a i r e ( W a l t e r B e n j a m i n s
T h e o r i e d e r S p r a c h m a g i e , pp. 1 3 4 ss.).
18. Z e n t r a l p a r k , 1,657. Cfr. la v e r s i ó n a d o r n i a n a del a s u n t o e n su T e o r í a estética, pp.
36-8, 4 5 - 5 1 , u n a interpretación d e "lo n u e v o " c u y a t e r m i n o l o g í a dialéctica n o i m p i d e r e c o n o
c e r los e l e m e n t o s b e n j a m i n i a n o s q u e le s i r v e n d e t r a s f o n d o .

2 1 5
 19. 1,585. Cfr. " L e peintre d e la vie m o d e r n e " ( s o b r e C o n s t a n t i n G u y s ) , C u r i o s i t é s
esthétiques, e n O e u v r e s , p. 5 0 2 . " L o bello está h e c h o d e u n e l e m e n t o eterno, invariable... y d e
u n e l e m e n t o relativo, c i r c u n s t a n c i a l q u e será, si s e q u i e r e , e n p a r t e o t o d o e n t e r o , la é p o c a , la
m o d a , la m o r a l , la p a s i ó n " , s u g e r í a B a u d e l a i r e e n e s e m i s m o e s c r i t o ( p p . 4 5 5 s.). " N o p u e d e
a f i r m a r s e q u e e s t o s e a c o s a p r o f u n d a " , c o m e n t a B e n j a m i n . Él, q u e t a n t o e s t i m a b a d e
B a u d e l a i r e su visión d e lo m o d e r n o , c o n s i d e r a b a su teoría del arte m o d e r n o c o m o "el p u n t o
m á s d é b i l " d e a q u é l l a (ibid.). E s t o se lo h a r e p r o c h a d o H . R . J a u B , P o u r u n e e s t h é t i q u e d e la
réception, pp. 2 0 1 ss.
20. S o b r e la relación entre alegoría y m o d e r n i d a d e n B e n j a m i n , cfr. B u c k - M o r s s , T h e
D i a l e c t i c s o f S e e i n g , pp. 1 6 5 ss. U n p a s o m á s allá, s o b r e la p r o b l e m á t i c a d e la a l e g o r í a e n c o n e
x i ó n c o n la estética p o s t m o d e r n a , e n c u y o c o n t e x t o h a n p o d i d o ser a p r o v e c h a d a s las ideas d e
B e n j a m i n , cfr. las A l l e g o r i e s o f R e a d i n g s , del f a m o s o P a u l d e M a n . L a revista O c t o b e r se o c u p ó
d e este a s u n t o e n d i v e r s o s n ú m e r o s entre 1 9 7 9 y 1 9 8 1 , c o n textos d e D o u g l a s C r i m p (nos. 8 / 7 9
y 13/80, Joel F i n e m a n (ns 12/80), C r a i g O w e n s (nos. 1 2 - 1 3 / 8 0 ) y S t e p h e n M e l v i l l e (19/81).
21. P e q u e ñ a historia d e la fotografía, 11,378 y L a o b r a d e arte e n la é p o c a d e s u r e p r o -
d u c t i b i l i d a d técnica, 1,479.
22. E s t e a s p e c t o q u e d a p a r t i c u l a r m e n t e s u b r a y a d o e n la a p l i c a c i ó n del c o n c e p t o d e
" a u r a " a los f e n ó m e n o s u o b j e t o s naturales. E n efecto, B e n j a m i n insiste e n q u e t a m b i é n h a y u n
" a u r a " e n la n a t u r a l e z a (1,79), y es ello lo q u e le o b j e t a a A d o r n o c u a n d o éste interpreta el
" a u r a " c o m o la h u e l l a del trabajo h u m a n o d e p o s i t a d o y l u e g o o l v i d a d o e n los o b j e t o s ( s e g ú n la
teoría m a r x i a n a del f e t i c h i s m o ) (1,1 130s. y B , 8 4 9 ) . H a b e r m a s localiza el " f e n ó m e n o aurático"
" e n la relación intersubjetiva del y o c o n su alter, el alter e g o " (Perfiles f i l o s ó fico-políticos, pp.
3 1 4 s.).
2 3 . P a r a u n a v i s i ó n g e n e r a l d e l a s u n t o , cfr. B . L i n d n e r , " N a t u r - G e s c h i c h t e -
G e s c h i c h t s p h i l o s o p h i e u n d W e l t e r f a h r u n g in B e n j a m i n s Schriften", e n T e x t + K r i t i k , 3 1 / 3 2 , pp.
4 1 - 5 8 . Cfr. t a m b i é n D . H a r t h , M . G r z i m e k , " A u r a u n d Aktualitat als asthetische Begriffe", e n
V V . A A . , W a l t e r B e n j a m i n - Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , pp. 1 1 0 - 4 5 , d o n d e e f e c t i v a m e n t e se
desarrolla la idea c o n t e n i d a e n el título y se d e s l i g a el c o n c e p t o d e " a u r a " d e t o d a p r e t e n s i ó n d e
s e r i e d a d m e t a f í s i c a (p. 139); s o b r e la d u p l i c i d a d del c o n c e p t o , cfr. Geffrath, M e t a p h o r i s c h e r
M a t e r i a l i s m u s , pp. 9 7 - 1 0 2 .
24. 1,478. L o s t é r m i n o s radicales e n q u e B e n j a m i n p l a n t e a e s a " l i q u i d a c i ó n " i m p i d e n
s e g u r a m e n t e c o n f o r m a r s e c o n interpretaciones c o m o la d e S c h w a r z , q u e r e p r o c h a a H a b e r m a s
h a b e r identificado e n el c i n e el m o d e l o d e la o b r a " p o s t a u r á t i c a " y p r o p o n e , e n c a m b i o , el
s u r r e a l i s m o y, s i g u i e n d o a C h a r l e s R o s e n , el s i m b o l i s m o d e M a l l a r m é ( R e t t e n d e Kritik u n d
antizipierte U t o p i e , pp. 171-3). E n u n a d i r e c c i ó n diferente, Lieselotte W i e s e n t h a l h a c e n t r a d o
s u análisis e n la p r o g r e s i v a p e n e t r a c i ó n d e la r a c i o n a l i d a d científica e n el arte ( " D i e K r i s e d e r
K u n s t i m P r o z e B ihrer V e r w i s s e n s c h a f t l i c h u n g " , e n T e x t + K r i t i k , 3 1 / 3 2 , pp. 5 9 - 7 1 ) . P o r s u
parte, B ü r g e r h a v i n c u l a d o el atisbo b e n j a m i n i a n o c o n su p r o p i a teoría d e la v a n g u a r d i a c o m o
a t a q u e a la o b r a d e arte " o r g á n i c a " , a u t ó n o m a , p r o t e g i d a e n la "institución arte" ( T e o r í a d e la
v a n g u a r d i a , pp. 7 1 - 8 1 ) .
25. S o b r e el t e m a d e la " e s t e t i z a c i ó n d e la g u e r r a " , cfr. s u T h e o r i e d e s d e u t s c h e n
F a s c h i s m u s , u n a larga r e s e ñ a del v o l u m e n K r i e g u n d K r i e g e r , d e 1 9 3 0 , e d i t a d o p o r E r n s t
J ü n g e r (111,238-50); cfr. R o l f - P e t e r Janz, " D a s E n d e W e i m a r s - a u s d e r P e r s p e k t i v e W a l t e r
B e n j a m i n s " , e n T h . K o e b n e r ( e d . ) W e i m a r s E n d e , p p . 2 6 5 s.
26. H a b e r m a s escribe: " L a d e c i d i d a politización del arte es u n c o n c e p t o q u e B e n j a m i n
se e n c o n t r ó y a ahí. P u d o tener m u y b u e n a s r a z o n e s p a r a h a c e r l o s u y o , p e r o n o g u a r d a n i n g u n a

2 1 6
 re lac ión sistemática c o n su p r o p i a teoría del arte y d e la historia" (o. c , p. 327). L a politiza
ci ón, la h u i d a h a c i a la praxis, sería el resultado del fracaso d e la teoría. P a r a u n a visión m a r x i s -
ta -e i n g e n u a m e n t e a p o l o g é t i c a - d e e s a politización, cfr. C h r . H e r i n g , D e r 1ntellektuelle als
R e v o l u t i o n a r , pp. 8 6 ss.
27. L a p o s t u r a d e A d o r n o ante el c o n c e p t o d e "aura", del q u e se h a s e r v i d o c o n p r o f u
sión, explícita o i m p l í c i t a m e n t e , e n su reflexión estética, n o es m e n o s a m b i g u a q u e la d o c t r i n a
d e B e n j a m i n . Cfr. la carta d e A d o r n o s o b r e L a o b r a d e arte e n la é p o c a d e s u reproductibili-
d a d t é c n i c a ( 1 8 d e m a r z o d e 1 9 3 6 ) e n 1,1000ss, d o n d e le r e c o m i e n d a la " c o m p l e t a liquidación
d e los m o t i v o s b r e c h t i a n o s " ; T e o r í a estética, p p . 1 1 0 ss., 4 0 4 , d o n d e se las a r r e g l a p a r a d e s c a r
g a r s o b r e la o b r a d e arte " r e b a j a d a " -la cultura d e m a s a s e n general, política o m e r c a n t i l - el
a s p e c t o aurático q u e B e n j a m i n atribuía a la o b r a d e arte "auténtica". C o n todo, A d o r n o sigue
r e p r e s e n t a n d o u n m o m e n t o principal e n t o d o e x a m e n crítico del c o n c e p t o d e "aura". Y a q u e n o
p u e d e s e r é s e e l a l c a n c e d e n u e s t r o c o m e n t a r i o , c f r . H . P a e t z o l d , N e o m a r x i s t i s c h e A s t h e t i k , 1,
p p . 1 3 0 ss.; P f o t e n h a u e r . o. c , p p . 8 4 ss.; A . A l l k e m p e r , R e t t u n g u n d U t o p i e , p p . 1 5 8 - 6 9 .
2 8 . C f r . P . B ü r g e r , " L i t e r a r i s c h e r M a r k t u n d a u t o n o m e r K u n s t b e g r i f f ', e n C h . B ü r g e r -
P . B ü r g e r - J . S c h u l t e - S a s s e , Z u r D i c h o t o m i s i e r u n g v o n h o h e r u n d n i e d e r e r Literatur, pp. 2 4 1 -
65.
29. P a r a u n c o m e n t a r i o g e n e r a l d e esta p o s i c i ó n b e n j a m i n i a n a y d e s u s aporías, cfr.
T i e d e m a n n , D i a l e k t i k i m Stillstand, p p . 5 3 ss., y 6 6 ss.; H e r i n g , o. c , p p . 5 9 ss.; P f o t e n h a u e r ,
o. c , pp. 1 0 7 ss.
3 0 . L a c u e s t i ó n d e si el c o m p o n e n t e b r e c h t i a n o f o r m a b a o n o p a r t e real d e l " a u t é n t i c o "
B e n j a m i n la d a r e m o s p o r m a l p l a n t e a d a - p u e s su r e s o l u c i ó n d e p e n d e d e la identificación del
" a u t é n t i c o " B e n j a m i n , e m p r e s a q u e se n o s v i e n e r e v e l a n d o c o m o p o c o m e n o s q u e i m p o s i b l e .
P a r a u n análisis d e los intereses teóricos e n j u e g o , cfr. B. L i n d n e r , " B r e c h t / B e n j a m i n / A d o r n o -
Ü b e r V e r a n d e r u n g e n d e r K u n s t p r o d u k t i o n i m w i s s e n s c h a f t l i c h - t e c h n i s c h e n Zeitalter", e n T e x t
+ Kritik, Bertolt B r e c h t , 1 ( 1 9 7 8 ) , pp. 1 4 ss. E l s e n t i d o d e la a p r o x i m a c i ó n b e n j a m i n i a n a a la
o b r a d e B r e c h t h a s i d o c o m e n t a d o e n d i r e c c i o n e s diferentes p o r T i e d e m a n n , D i a l e k t i k i m
Stillstand, p p . 4 2 - 7 3 ; P. M a y e r , " D i e W a h r h e i t ist k o n k r e t " , e n T e x t + K r i t i k , v o l . cit., p p . 5 - 1 3 ;
W i t t e , D e r 1ntellektuelle als Kritiker, pp. 1 6 8 - 7 7 y " K r i s e u n d Kritik. Z u r Z u s a m m e n a r b e i t
B e n j a m i n s m i t B r e c h t in d e n J a h r e n 1 9 2 9 b i s 1 9 3 3 " , e n V V . A A . , W a l t e r B e n j a m i n
- Z e i t g e n o s s e d e r M o d e r n e , p p . 9 - 3 6 ; P f o t e n h a u e r , o. c , p p . 1 0 3 - 1 3 ; y W o l i n , W a l t e r
B e n j a m i n . A n A e s t h e t i c o f R e d e m p t i o n , p p 1 3 9 ss..
3 1 . L a b ú s q u e d a del " h é r o e n o trágico" m á s allá d e la d r a m a t u r g i a b u r g u e s a c o n d u c e
n a t u r a l m e n t e a la tradición m e d i e v a l y barroca, c o n su f o n d o "didáctico", e n la q u e B e n j a m i n
h a b í a r e c o n o c i d o e l p r o t a g o n i s m o d e l a a l e g o r í a . C f r . B r e c h t , E s c r i t o s s o b r e t e a t r o , t. 1 , p p .
1 2 6 ss.; P a o l o C h i a r i n i , B e r t o l t B r e c h t , p. l 1 1 s.

2 1 7
 B I B L I O G R A F I A

L a bibliografía m á s c o m p l e t a s o b r e B e n j a m i n p u e d e hallarse e n M o m m e B r o d e r s e n , W a l t e r
B e n j a m i n . B i b l i o g r a f i a c r i t i c a g e n e r a l e ( 1 9 1 3 - 1 9 8 3 ) , A e s t h e t i c a P r e - p r i n t , n'J 6 , d i c i e m b r e ,
1 9 8 4 . 1 g u a l m e n t e p u e d e c o n s u l t a r s e la r e c o p i l a c i ó n d e B u r k h a r d t L i n d n e r e n el n ú m e r o d e
T e x t + K r i t i k , nfi 3 1 / 3 2 , 1 9 7 9 , d e d i c a d o a B e n j a m i n , p p . 1 0 3 - 2 0 .

1
O B R A S D E W A L T E R B E N J A M I N

G e s a m m e h e Schrifte
S u h r k a m p , Frankfurt,
Briefe. E d i c i ó n y n o t
1 9 6 6 .
B r i e f w e c h s e l 1 9 3 3 - 1 9
n, 1 - V 1 L E d i c i ó n d e R o l f T i e d e m a n n y H e r m a n n S c h w e p p e n h a u s e r .
1 9 8 0 .
a s d e G e r s h o m S c h o l e m y T h e o d o r W . A d o r n o . S u h r k a m p , Frankfurt,
4 0 ( c o n G . S c h o l e m ) . E d . d e G e r s h o m S c h o l e m . Frankfurt, 1 9 8 0 .

T r a d u c c i o n e s

E l a u t o r c o m o p r o d u c t o r . Cfr. 1 l u m i n a c i o n e s 111
E l B e r l i n d e m ó n i c o . R e l a t o s radiofónicos. T r a d . J o a n P a r r a C o n t r e r a s . Icaria. B a r c e l o n a , 1 9 8 7 .
C i e n c i a d e l a r t e estricta. T r a d . V i c e n t e J a r q u e . K a l í a s , n s 3/4. O c t u b r e , 1 9 9 0 . 1 V A M ,
V a l e n c i a .
E l c o n c e p t o d e critica d e arte e n el R o m a n t i c i s m o a l e m á n . T r a d . d e J.F. Y v a r s y V . Jarque.
P e n í n s u l a . B a r c e l o n a , 1 9 8 8 .
C o r r e s p o n d e n c i a 1 9 3 3 - 1 9 4 0 . C o n G . S c h o l e m . T r a d . R a f a e l L u p i a n i y B e g o ñ a L l o v e t . T a u r u s .
M a d r i d , 1 9 8 7 .
D e s e m b a l a n d o m i bibliot eca. E n Q u i m e r a , n- 58. B a r c e l o n a .
D e s t i n o y carácter. Cfr. P a r a u n a critica d e la v i o l e n c i a
D i a r i d e M o s c o u . E d . G a r y S m i t h . T r a d . R i c a r d W i l s h u s e n . E d s . d e la M a g r a n a / E d . 6 2 .
B a
r c e l o n a , 1 9 8 7 .
D i
r e c c i ó n única. T r a d . J u a n J. d el S o l a r y M e r c e d e s A l l e n d e s a l a z a r . A l f a g u a r a . M a d r i d , 1 9 8 7 .
D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1 E d . y trad. J e s ú s A g u i r r e . T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 3 .
D o s i l u m i n a c i o n e s s o b r e A n d r é G i d e . Cfr. 1 l u m i n a c i o n e s 1
D o s i l u m i n a c i o n e s s o b r e K a f k a ( " U n a carta s o b r e K a f k a " y " C o n s t r u y e n d o la m u r a l l a china").

2 1 9
 C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
E x p e r i e n c i a y p o b r e z a . C f r . D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1.
F r a g m e n t o teológico-político. Cfr. D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1
H a s c h i s c h . T r a d . J e s ú s A g u i r r e . T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 4 .
H i s t o r i a y c o l e c c i o n i s m o : E d u a r d F u c h s . Cfr. D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1
H i s t o r i a s y relatos. T r a d . G o n z a l o H e r n á n d e z O r t e g a . P e n í n s u l a . B a r c e l o n a , 1 9 9 1 .
1 l u m i n a c i o n e s 1. T r a d . J e s ú s A g u i r r e . T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 1 .
1 l u m i n a c i o n e s 11. B a u d e l a i r e . U n p o e t a e n el e s p l e n d o r d e l c a p i t a l i s m o . T r a d . J e s ú s A g u i r r e .
T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 2 .
1 l u m i n a c i o n e s 111. T e n t a t i v a s s o b r e B r e c h t . T r a d . J e s ú s A g u i r r e . T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 5 .
U n a i m a g e n d e P r o u s t . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
1 n f a n c i a e n B e r l i n h a c i a 1 9 0 0 . T r a d . K l a u s W a g n e r . A l f a g u a r a . M a d r i d , 1 9 8 2 .
K a r l K r a u s , h o m b r e universal. Cfr. S o b r e el p r o g r a m a d e la filosofía f u t u r a y otros e n s a y o s .
E l n a r r a d o r . C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la o b r a d e N i c o l a i L e s k o v . Cfr. S o b r e el p r o g r a m a d e la
filosofía f u t u r a y o t r o s e n s a y o s .
L a o b r a d e a r t e e n l a é p o c a d e s u r e p r o d u c t i b i l i d a d t é c n i c a . C f r . D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1.
E l o r i g e n d e l d r a m a b a r r o c o a l e m á n . T r a d . J o s é M u ñ o z M i l l a n e s . T a u r u s , M a d r i d , 1 9 9 0 .
P a r a u n a critica d e la violencia. T r a d . M a r c o A u r e l i o S a n d o v a l . P r e m i a . M é x i c o , 1 9 7 7 .
P a r í s , c a p i t a l d e l s i g l o X 1 X C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 11.
E l P a r í s d e l S e g u n d o 1 m p e r i o e n B a u d e l a i r e . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s ll.
P e q u e ñ a h i s t o r i a d e l a f o t o g r a f í a . C f r . D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1.
P e r s p e c t i v a s d e l libro infantil. E n C a m p d e l'arpa, n" 73. M a r z o , 1 9 8 0 . B a r c e l o n a .
E l p r o b l e m a d e l a s o c i o l o g i a d e l l e n g u a j e . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
¿ Q u é e s el t e a t r o é p i c o ? (1, 11). C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 111.
R o b e r t W a l s e r . Cfr. S o b r e el p r o g r a m a d e la filosofia f u t u r a y otros e n s a y o s .
S o b r e a l g u n o s t e m a s e n B a u d e l a i r e . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 11.
S o b r e el l e n g u a j e e n g e n e r a l y s o b r e el l e n g u a j e d e los h o m b r e s . Cfr. S o b r e el p r o g r a m a d e la
filosofia f u t u r a y o t r o s e n s a y o s .
S o b r e el p r o g r a m a d e la f i l o s o f i a f u t u r a y o t r o s e n s a y o s . T r a d . R o b e r t o J. V e r n e n g o . M o n t e
A v i l a / P l a n e t a - A g o s t i n i . B a r c e l o n a , 1 9 8 6 .
S o b r e la f a c u l t a d m i m é t i c a . Cfr. P a r a u n a crítica d e la violencia.
S o b r e l a p o s i c i ó n s o c i a l q u e e l e s c r i t o r f r a n c é s o c u p a a c t u a l m e n t e . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
S o m b r a s b r e v e s . C f r . D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1.
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E l s u r r e a l i s m o . U l t i m a i n s t a n t á n e a d e l a i n t e l i g e n c i a e u r o p e a . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
T e s i s d e f i l o s o f i a d e l a h i s t o r i a . C f r . D i s c u r s o s i n t e r r u m p i d o s 1.
T r e s i l u m i n a c i o n e s s o b r e J u l i e n G r e e n . C f r . 1 l u m i n a c i o n e s 1.
D i e W a h l v e r w a n d t s c h a f t e r í d e G o e t h e . Cfr. S o b r e el p r o g r a m a d e la filosofia f u t u r a y o t r o s
e n s a y o s .

2 2 0
 2
B 1 B L 1 O G R A F Í A C O M P L E M E N T A R 1 A
Y O T R O S T E X T O S C I T A D O S

A d o r n o . T h e o d o r W . D i a l é c t i c a n e g a t i v a . T a u r u s . M a d r i d , 1 9 7 5 .
D i e A k t u a l i t a t d e r P h i l o s o p h i e . C f r . G e s a m m e l t e S c h l i f t e n , 1.
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2 2 1
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2 2 6
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L a r e b e l i ó n m i l i t a r e n D e r e c h o
P e n a l . ( 1 4 )
N i c o l á s G a r c í a R i v a s
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 5 0 0 p t a s .

L a o t r a e s c r i t u r a . ( 1 5 )
J o s é A n t o n i o S a r m i e n t o
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 8 0 0 p t a s .

L a f i l o s o f í a d e l e s t a d o d e vigilia. ( 1 6 )
E r n e s t o B a l l e s t e r o s
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 8 0 0 p t a s .

D e m o g r a f í a d e l a p r o v i n c i a d e
A l b a c e t e . ( 1 7 )
F r a n c i s c o D í a z M a r t í n e z
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 5 0 0 p t a s .

L a p r e n s a e n C a s t i l l a - L a M a n c h a . ( 1 8 )
Isidro S á n c h e z S á n c h e z
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 0 0 0 p t a s .

M a x W e b e r . P r e c e d e n t e s y c l a v e s
m e t o d o l ó g i c a s . ( 1 9 )
J u a n d e D i o s I z q u i e r d o
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 5 0 0 p t a s .

I n n o v a d o r e s d e la e d u c a c i ó n e n
E s p a ñ a . ( 2 0 )
T e r e s a M a r í n E c e d
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 8 0 0 p t a s .

L a i m a g e n s u s t a n t i v a . ( 2 1 )
I g n a c i o O l i v a M o n p e á n
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 5 0 0 p t a s .

L o s G ó m e z , u n a d i n a s t í a d e p i n t o r e s
d e l R e n a c i m i e n t o . ( 2 2 )
P e d r o M i g u e l I b á ñ e z
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 2 0 0 0 p t a s .

B r e c h t y el e x p r e s i o n i s m o ( 2 4 )
J o s é A . S á n c h e z
E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d d e
C a s t i l l a - L a M a n c h a . P . V . P . 1 0 0 0 p t a s .
 a f i g u r a d e W a l t e r B e n j a m í n h a
v e n i d o a d q u i r i e n d o e n los ú l t i m o s
a ñ o s u n a i n e s p e r a d a a c t u a l i d a d . S u c o n
t r i b u c i ó n al p e n s a m i e n t o d e n u e s t r o siglo
a p a r e c e h o y c o m o u n a i n t e r v e n c i ó n sin
g u l a r e i r r e p e t i b l e , p r o d u c t o d e u n a
e n c r u c i j a d a cultural p a t e n t e m e n t e d e t e r
m i n a d a p o r la c o n c i e n c i a d e crisis g e n e
r a l i z a d a d e la m o d e r n i d a d . E n e s t e c o n
texto, la p r e s e n t e i n v e s t i g a c i ó n trata d e
o f r e c e r u n a a p r o x i m a c i ó n i n f o r m a t i v a y
a j u s t a d a al c o n j u n t o d e la o b r a d e
B e n j a m í n , e n u n a l e c t u r a e f e c t u a d a
d e s d e el p u n t o d e vista d e la E s t é t i c a . E n
c o n s e c u e n c i a , el libro r e c o r r e p u n t u a l
m e n t e la s i n u o s a t r a y e c t o r i a d e B e n j a m í n
d e s d e s u s t e m p r a n o s e s c r i t o s j u v e n i l e s ,
p a s a n d o p o r s u m a d u r a c i ó n crítica e n
s u s t r a b a j o s e n t o r n o al u n i v e r s o r o m á n
tico y el b a r r o c o , h a s t a s u c o n v e r s i ó n al
m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o y s u e x p l o s i v a dis
p e r s i ó n e n la o b r a d e los P a s a j e s .

E d i c i o n e s d e la U n i v e r s i d a d
d e C a s t i l l a - L a M a n c h a 7 8 8 4 8 8 " 2 5 5 0 0 6