P U E D E N Y D E B E N C O N T R IB U IR A L E X IT O D E L A Q U IN C E N A

P R O -“ A M A U T A ”

L o s a g e n t e s p o n ié n d o s e a l d ía e n su s c u e n t a s c o n la A d m in is tr a c ió n , c o ­
lo c a n d o lo s s a ld o s d e e d ic io n e s y e j e m p la r e s d e “ A M A U T A ” e n su p o d e r ,
a d q u ir ie n d o n u e v o s le c t o r e s p a r a n u e s t r a r e v is t a y su s lib r o s;

L o s s u s c r it o r e s , r e n o v a n d o p o r u n a ñ o su s u s c r ic ió n , r e c lu t a n d o n u e ­
v o s s u s c r it o r e s , h a c ie n d o u s o d e lo s s e r v ic io s d e n u e s t r a O f ic in a d e l L i­
b r o p a r a s u s c o m p r a s d e lib r e r ía ; lo s a m ig o s d e l e x t r a n j e r o , p r o p a g a n d o
“ A M A U T A ” e n t r e su s r e la c io n e s y g ir á n d o n o s e l im p o r te a d e la n ta d o
d e u n a o m á s s u s c r ic io n e s a n u a le s ;

L o s p r o f e s i o n a l e s s im p a t iz a n t e s , c o n t r a ta n d o u n a n u n c io p e r m a n e n ­
t e e n la s e c c ió n d e a n u n c io s p r o f e s io n a le s q u e e m p e z a r e m o s a p u b lic a r
d e s d e e l p r ó x im o n ú m e r o .

O F R E C E M O S D O S C O L E C C IO N E S E M P A S T A D A S E N C U E R O Y

T E L A , E N C IN C O T O M O S , D E L A E D I C I O N N U M E R A D A “ A M IG O S

D E “A M A U T A ”, N os. 1 A L 2 8 , A L P R E C IO D E L p . 5 .

T E N E M O S T A M B IE N D O S C O L E C C IO N E S D I S P O N IB L E S D E S ­
D E E L N o . 2 d e la e d ic ió n c o r r ie n t e a L p . 2 . 0 . 0 0 r ( e l N o . 1 c o m p le t a ­
m e n t e a g o t a d o , n o h a p o d id o s e r r e im p r e s o a ú n , y d e l é x i t o d e la q u in ­
c e n a , d e p e n d e e n t r e o t r a s c o s a s su in m e d ia t a r e im p r e s ió n ) y v a r ia s c o l e c ­
c io n e s d e sd e e l N o . 3 . C o le c c io n e s n u m e r a d a s , e n p a p e l f in o , d e s d e e l
N o . 1 0 , c o n e l q u e e m p e z ó “ A M A U T A ” su s e g u n d a época, d esp u és de
s e i s m e s e s d e in t e r d ic c ió n , a Lp. 2 .0 .0 0 .

A d q u ir ir e s t a s c o l e c c i o n e s , c o m p r a r n o s lib r o s , e s para lo s a m ig o s
u n a f o r m a d e a y u d a r a l é x i t o d e la q u in c e n a y d e p r o p a g a r “ A M A U T A ”
y s u s e d i c i o n e s . La quincena debe ser al mismo tiempo, una jornada eco­
nómica y una jornada propagandística. Quincena de cobranza, de colec­
tas, de reclutamiento de suscriciones, de agitación de nuestro nombre,
de difusión de nuestra obra.

P u b lic a r e m o s e l r e s u lt a d o d e t o d a s la s c o le c t a s , p a r a e l d e b id o c o n ­
t r a l o r . T o d o s lo s e r o g a n t e s r e c ib ir á n d ir e c t a m e n t e , o p o r in t e r m e d io d e l
o r g a n iz a d o r d e la c o le c t a , u n lib r o d e o b s e q u io , e n r e la c ió n c o n s u ó b o ­
l o . P o r c in c o s o le s , e n v ia r e m o s f r a n c o d e p o r t e , a q u ie n lo s o l i c i t e , “ L a
E sc e n a C o n tem p o rá n ea ” y “ 7 E n s a y o s d e I n t e r p r e t a c ió n d e la R e a li­
d a d P e r u a n a ” , fir m a d o s p o r e l a u t o r .

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N O S O T R O S
R evista m ensual d e Letras — A rtes — H istoria — Filosofía

Ciencias Sociales
F u n d a d a el 19. d e a g o s to d e 1 9 0 7
DIRECTORES:
A lfredo A . Bianchi y R oberto F. Giusti
SECRETARIO
Emilio Suárez C alim ano
ADMINISTRADOR:
D aniel R odolico
P R E C I O D E S U S C R IC IO N
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D O C T R IN A S S O C IA L E S

LENIN. — P A G I N A S E S C O G I D A S . — 4 VOLUM ENES

. . I— LA CAMPAÑA POR EL PROGRAMA, LA TACTICA Y L A
ORGANIZACION DEL PARTIDO
En este volumen, Lemn hace la crítica de los populista», de los economis­
tas y de los mencheviques. . Con el martillo implacable de su lógica irrebata-
ble, reduce a polvo las doctrinas de sus adversarios. -— 200 páginas. — S|. 1.20.

II. — EL PARTIDO BOLCHEVIQUE EN ACCION

Estas páginas de un valor histórico formidable, maravillosas por su cla­
ridad y por su concepción, son el prólogo anunciador de los acontecimientos
de 1917. A través de ellas se vé como Lenín, el estratega genial, va forjan­
do con persistencia y audacia el partido y la doctrina bolchevistas que más
tarde habian de encender la gran hoguera de la revolución mundial. — 320
páginas. — Soles 1.80.
JOHN REED — D I E Z D I A S Q U E E S T R E M E C I E R O N A L M U N D O
. . . .U n volúmen de más de 300 páginas, con una introducción del gran escri­
tor alemán Egon Erwin Kirsch y la fotografía de John Reed. Este libro edi­
tado en todos los idiomas y agotadas rápidamente sus ediciones ha batido el
récord del éxito. Las jornadas del noviembre rojo aparecen en las pág. de John
Reed repletas de vida, de emoción, de entusiasmo desbordante.— Más de 800 pá­
ginas. — Soles 2.00.
L I T E R A T U R A S O C I A L

A. FADEIEV. — L A D E R R O T A
La novela de Fadeiev se sale de las influencias románticas y naturalis­
tas. Un realismo profundo y una admirable pintura de los caracteres dominan
todo el relato que el lector sigue con emoción y ansiedad hasta el final. Los
dos capítulos últim os son de una fuerza tan extraordinaria que hacen recor­
dar La G u e r r a y la P a z de Tolstoy, de quien Fadeiev es un brillante continua­
dor. Lunatcharsky dijo que la novela de Fadeiev era indiscutiblemente la obra
m aestra de la literatura proletaria. — Más de 300 páginas. — Soles 2.00.

B I B L I O T E C A M A R X I 3 T A
La Biblioteca Marxista es el primer intento serio que se lleva a cabo pa­
ra dar a conocer en lengua española las obras fundam entales del marxismo.
Publicará seis volúmenes anuales de 150 a 300 páginas, esmeradamente impre­
sos, traducidos directamente y acompañados de notas explicativas para facili­
tar el estudio.
A parecerán i n m e d ia t a m e n t e :

PLEJANOV: A N A R Q U I S M O Y S O C I A L I S M O .
LENIN: E L E S T A D O Y L A R E V O L U C I O N . (Edición d e l Instituto L e n i n )
PLEJANOV: E L S O C I A L I S M O Y E L M O V I M I E N T O P O L I T I C O .
LENIN: E L I M P E R I A L I S M O , U L T I M A E T A P A D E L C A P I T A L I S M O .
LAPIDUS Y OSTROVITIANOV: T R A T A D O D E E C O N O M I A P O L I T I C A .
RIAZANOV: M A R X Y E N G E L S .
ENGELS: L A G U E R R A D E L O S C A M P E S I N O S .
STALIN: P R O B L E M A S D E L L E N I N I S M O .

O F IC IN A D E L L IB R O . — W a s h in g t o n I z q u ie r d a , 5 4 4 - 0 7 0 . — A p. 2107
A M A U T A
REVISTA MENSUAL DE BOCTRINA, LITERATURA, ARTE, POLEMI CA
DIRECTOR: JOSE CARLOS MARIATEGUI
GERENTE: RICARDO MARTINEZ D E LA TORRE
N° 2 8 ENERO 1930

S U M A R I O
L IN E A , F O R M A , C R E A C IO N IS M O , p or J o sé M . E g u r e n . — L A P A C IE N ­
C IA , por H en ri B a r b u sse. — P O P U L IS M O L IT E R A R IO Y E S T A B IL IZ A C IO N
C A P I T A L I S T A , p o r J o s é C a r lo s M a r iá t e g u i. — L A V I D A H E R O I C A D E R O S A
L U X E M B U R G O , p o r N y d ia L a m a r q u e . — M O N Z O N D E M A Y O . T A N G O D E L
V I U D O , p o r P a b lo N e r u d a . — B E N J A M I N J A R N E S Y E L M I E D O , p o r J u a n
C h a b a s . — D O N S E G U N D O S O M B R A Y E L P E R U , p o r E m ilio R o m e r o . — L A
R E V O L U C I O N M E X I C A N A , ¿ R E V O L U C I O N S O C I A L I S T A ? , p o r E s te b a n P a v -
l e t i c b . — - D I F I C I L T R A B A J O , p o r X a v ie r A b r il. — E L A M A U T A A T U S P A -
R I A , p o r E r n e s t o R e y n a . — L O S P O E M A S R U R A L E S , p o r N ic a n o r A . d e la
F u e n t e . — E L G A V I O T A , p o r J o s é D ie z C a n s e c o . — L A B A L A D A D E L A N O ­
C H E , p o r L o r e n z o M o n t e s . ---- L O S Q U E T E N I A M O S D O C E A Ñ O S , p o r E r n e s ­
t o G la e s e r . ---- C I E L O Y N A C A R D E C A R N E , p o r R ic a r d o P e ñ a B a r r e n e c b e a .
---- L A P R O C E S I O N , p o r G u ille r m o M e r c a d o .
ARTE P E R U A N O . ---- M a d e r a s , ó le o s , e t c ., por C a m ilo B la s , A r t e m io
O cañ a y C arm en Saco.
P A N O R A M A M O V IL . — C R O N I C A S : E n e l a t e l i e r d e l p i n t o r r e v o lu c io ­
n a r io F e r n a n d o L e a l, p o r T r is t ó n M a r o f . ---- E l d e s f i l e d,e b a n d e r a s , p o r C . A l ­
b e r t o E s p in o s a B r a v o . ---- M O V I M I E N T O S I N D I C A L : C o n t r a la d e s o c u p a c ió n :
M a n i f ie s t o d e la C o n f e d e r a c ió n S in d ic a l L a t in o A m e r ic a n a . — D O C U M E N ­
T O S : A lo s o b r e r o s y c a m p e s in o s d e P a r a g u a y y B o liv ia . — C A R T E L : L a
R e a c c ió n e n M é x ic o . ---- M A R G I N A L I A : N u e v o s a p o r t e s c i e n t í f i c o s a l m o n is m o
n e u t r o , p o r H u g o P e s c e . — M E M O R A N D U M : S o b r e u n t ó p ic o s u p e r a d o . —
D I S C O S : R e v i s t a d e n o v e d a d e s o r t o f ó n i c a s . — N E C R O L O G IA : E l d o c to r
H e r m ilio V a ld iz á n .

L I B R O S Y R E V I S T A S : N o t a s c r í t i c a s p o r L u is F . B u s t a m a n t e , J . D . C .,
M. W . y X. A.

O F I C I N A D E L L I B R O
L a v in c u la c ió n d e e s ta o f i c i n a c o n la s p r in c ip a le s e d it o r ia le s d e l m u n d o
p e r m i t e p o n e r a d is p o s ic ió n d e lo s l e c t o r e s la s ú lt im a s y m á s a v a n z a d a s p r o d u c ­
c i o n e s b i b l io g r á f i c a s c o n u n a c e le r id a d q u e n o a d m it e c o m p e t e n c ia d e lib r e r o s
p o r e l r á p id o a g o t a m i e n t o d e la s e d ic io n e s , a l m is m o t ie m p o q u e a lo s m á s b a ­
j o s p r e c i o s d e p la z a . L a s c o n d ic io n e s s u m a m e n t e f a v o r a b le s s o n d e t e r m in a d a s
p o r la s r e l a c i o n e s d ir e c t a s c o n lo s e d i t o r e s y p o r la c o n s id e r a b le d if u s ió n r e a ­
liz a d a .
T o d o s l o s s im p a t i z a n t e s d e “ A M A U T A ” y s u s f i n e s d e b e n a d q u ir ir la s p r in ­
c i p a l e s o b r a s t e ó r i c a s d e l m a r x is m o q u e , v e r t i d a s p o r p r im e r a v e z a l c a s t e l l a ­
n o y a u t o r iz a d a m e n t e , y a o s t á n a d is p o s ic ió n d e la O f ic in a d e l L ib r o .
L o s p e d id o s a “ O f ic in a d e l L ib r o ” . — A p a r t a d o 2 1 0 7 , a ñ a d ie n d o e l 1 0 %
s o b r e e l im p o r t e p a r a l o s g a s t o s d e e m b a l a j e y c o r r e o c e r t i f ic a d o .
 AMAUTA
as
LIMA ENERO 1930

LINEA. FORM A. CREACIONISMO,

pos? José M . Rgtwefl.
[lljK S E p jS rjA lín e a e s e m o c ió n y b e lle z a . S im p le y p a r a d o ja l, u n e y se-
1 I § « Í^ 0 S )Í IP a r a > es lim ita c ió n e in fin itu d . A leg T e c u a n d o a s c ie n d e , su -
1 re cuan£10 se c u r v a e in c lin a . L a lin e a e s la f o rm a , q u e
P l ^ P i i l c o n t i e n e el e s p ír itu ; la p r is ió n e x tT a ñ a q u e P lo tin o m ir a r ía
c o n e s p a n to . L a r e r t a es u n a lib e ra c ió n , u n a s e n d a a l in fi­
n ito . S ie m p r e ig n o r a r e m o s su p u n to d e lle g a d a y el sig n ific a d o d e la
f o r m a e n q u e se re s u e lv e . L a f o r m a filo só fic a , la m ís tic a ; s ie m p r e ig u a l
m is te rio . E m e r s o n d e c ía q u e la s fig u ra s d e lo s á r b o le s y d e lo s m o n te s
s ie m p r e fija s, c o m o u n a a firm a c ió n , p o d r í a n s e r sig n o s o c u lto s, p a l a ­
b r a s in o lv id a b le s p a r a n u e s tr a m ir a d a te r r e n a . L o m á s m is te rio s o d e
la lín e a lo lle v a m o s e n el d ib u jo d e n u e s tr o s o jo s, p r im e r v a l o r d e la
f o rm a , ta n e x p r e s iv o y a d m ir a b le q u e p o d r í a s ig n ific a r el té rm in o d e l
c r e a c io n is m o d e t o d o s lo s tie m p o s . U n d ib u ja n te p o s e e to d a s la s l í ­
n e a s , p u e d e in v e n ta r t o d a s u e r te d e b e lle z a e x p r e s iv a , d in á m ic a ; p e r o
n u n c a h a lo g r a d o r e p r e s e n ta r u n v a lo r p a r a le lo a ese s u e ñ o id e a l q u e
n o s m u e s tr a n le s o jo s c o n tr e s lín e a s u n a o v a l y d o s c irc u n fe re n c ia le s .
E s te p r o b le m a p e r te n e c e a u n p la n o s u p e r io r a n u e s tro c o n o c im ie n to .
P a r e c e ir r a c io n a b le q u e p o s e y e n d o to d a s la s lín e a s n o p u d ié s e m o s t r a ­
z a r u n e s b o z o ig u a l. E l h o m b r e c r e a p a r a le la m e n te a la N a tu r a le z a y
a lg u n a s v e c e s se e v a d e d e im ita tiv a . N o h a y sím il en el P a r te n ó n , h a y
c o in c id e n c ia e n la n a v e p o r su a r b o la d u r a y e n el a v ió n p o r su fig u ra
lib e lu la r. E l c r e a c io n is m o t r a t a d e d e s lin d a r e n el h o m b r e y la N a tu ­
r a le z a el a r t e q u e le s c o r r e s p o n d e ; a u n q u e el p r im e ro s ie n d o p a r te d e
e lla n c p u e d a lib e r a r s e e n la m a y o r ía d e su s o b ra s . L o r e la tiv o se
a d a p t a a la ló g ic a d e n u e s tr a e x is te n c ia ; p e r o la a s p ira c ió n d e l a r tis ta
es a b s o lu ta : C o r r e r el p a is a je h a s ta el a b is m o . L a s m o d e r n a s t e n d e n ­
c ia s s u r re a lis ta s so n r a m a s d e e s te e la n c re a c io n is ta . L a lín e a m u sic a l
p e r f e c ta m e n te d is tin ta e n la o n d u la c ió n d e u n a b e r c e u s e o e n la r e p e ti­
c ió n d e u n a n d a n t e es f o r m a p e r c e p tib le , c o m o la c in ta tr é m u la d e u n a
e s c a la y el c a n to m ím ic o d e l m u d o . N a d a m á s g rá fic o q u e u n a f u g a
a r m ó n i c a ; B a c h tr a z a m ú ltip le s fig u ra s g e s tic u la re s. W a g n e r es el p a r ­
n a s ia n o d e la m ú sic a . L o s a c tu a le s c o m p o s ito r e s sig u e n a e s to s c o n su
d e c o r a tiv a in a r m ó n ic a c o m o la v id a , e n o c u ltis m o s s a b io s y s e n tim ie n ­
to s n u e v o s , p r o d u c to s d e la é p o c a ; t r a t a n d e s u p e r a r o n iv e la r s e c o n lo s
p r im e r o s . L a m ú s ic a e s id io m a q u e el h o m b r e p o s e e m a rg in a lm e n te ,
s in c o m ip re n d e rlo e n su to ta lid a d , c o m o la s a v e s im ita d o r a s r e s p e c to a
la s p a la b r a s . L a m ú s ic a e n p r im e r lu g a r e s h u m a n a . L a N a tu r a le z a
l a o f re c e e le m e n ta l y f r a g m e n ta r ia , a v e c e s in te g r a l c o m o lo s b a jo s d e
2 A m au ta

la s o la s q u e a c o m p a ñ a n lo s c a n to s d e l p la y e r o . E l s o n id o es u n a f o r m a
c o m o lo es el c o lo r. E l p a is a je es u n c o m p u e s to d e sile n c io y d e lu z ;
es u n m is te rio e x te n s iv o , u n e s p íritu m o n ó to n o q u e se a d u e r m e en la
f u e n te c o n el r u m o r d e l a g u a y r e s p ir a en la s g r u ta s su a lie n to d e fre s ­
c u ra . H a y p a is a je s f e m e n in o s d o n d e d u e r m e n la s g a c e la s y p a is a je s
s a b io s q u e n o s c u e n ta n la s le y e n d a s d e lo s c e ib o s h is to ria d o s . T o d o c e i­
b o g u a r d a u n c u e n to d e a m o r. L o s á r b o le s d e l tr ó p ic o s o n m á s tie r ­
n o s y p in tu r e r o s q u e lo s d e E u ro p a . E s to s so n g u e r r e r o s o ritu a le s . L o s
v ie jo s b la n c o s a lp in o s , el á r b o l lo b o y la s e n c in a s d e lo s c a b a lle r o s . E !
á r b o l es el p e n s a m ie n to d e l p a is a je , la lo n ta n a n z a es el e s p íritu . Un
s o p lo p a n o r á m ic o , d o m in a al h o m b r e ; c a e s o b r e su q u ie tis m o , lo a t r a e
a n u e v o s s e n d e r o s . L a m o n ta ñ a h a c r e a d o al n ó m a d a . E se te ló n te n ­
d id o , e so s c a m p o s o c u lto s, la a le g r ía d e lo le ja n o a t r a jo la s p r im e r a s
trib u s. E l c a m p o in c ita al m o v im ie n to , a c o n o c e r el m u n d o , a in s tr u ir ­
se p r im a r ia m e n te en la b ib lio te c a d e l b o s q u e , a p e n e tr a r en la c a s a t e ­
r r e s tr e d o n d e tr a n s c u r r ir á la v id a . E l h o m b r e es u n a a v e m ig r a to r i a ;
h o y c o n la s a la s q u e él m is m o se h a a p lic a d o , se p e r f e c c io n a e in te g r a .
A n id a r á se g ú n la s e s ta c io n e s en v a r ia d o s c lim a s y h a r á o b r a d e b e lle z a
c o n lo s r e c u e r d o s p r im o r o s o s d e su tr á n s ito . T a m b ié n es u n a a s c e n c ió n
m ís tic a el p a is a je d e la n o c h e e s tr e lla d a , d e la s c o n s te la c io n e s ; c a m p o s
c a v ilo s o s q u e c in tila n , p á r p a d o s q u e se c ie rra n . A q u í su rg e la a p lic a ­
c ió n d e l n ú m e r o ; o tr o m is te rio y el p r im e r axiom ia. E l p a is a je g e o m é -
trio s d e la p e ñ o l e r ía y d e la s n ie v e s, el d e U c c e llo , se v e en el a b is m o
p lú m b e o y e n la s a ltu r a s a s tra le s . E l n ú m e ro , a u n q u e d e n a tu r a le z a in ­
f o rm e , es la sín te s is d e la lín e a . E s u n in fin ito d e lim ita c io n e s . Los
e g ip c io s , lo s h e b r e o s lo c o n s a g r a r o n . E l n ú m e ro es u n m is te rio n e c e s a ­
rio c a r e n te d e s im p a tía . P e r o h a y u n a b e lle z a g rie g a en la g e o m e tr ía
d e l cielo . E s u n a e s c a la d e la m e n te p a r a a lc a n z a r lo s e s p a c io s n o c t u r ­
n o s y la s in flu e n c ia s m á g ic a s q u e a c tú a n s o b r e el infundo y s o b r e la s a l ­
m a s.
E l n ú m e ro es u n a s e n te n c ia ; p e r o la s lu c es g e o m é tric a s , e s fe ra le s
s o n g r a n d io s a s p o r la s o le d a d q u e c u lm in a n . E s la le y d e l c o n tr a s te ,
c o m o el a z u l q u e v u e lv e ro s a a l b la n c o triste . E l c u b is m o es el á l g e b r a
d e la m a y o r ía d e la s fo rm a s y p u e d e se r él m is m o u n c u e r p o e m o tiv o
o f a n tá s tic o , e n a lg u n a c h e f - d ’o e u v re . E l p a is a je c re a c io n is ta es u n a r ­
cano ¿ S e r á u n o r d e n a d o r d e s c o n o c id o , u n a r tis ta le n to y ta c itu r n o ?
¿ S e c r e a r á a sí m is m o al r e n o v a r s e o r e n a c e r ¿S u e v o lu c ió n p r o v ie n e
d e u n m is tic ism o la te n te o d e u n d e te r m in is m o a r m ó n ic o ? D e s d e lu e ­
g o e x iste u n a ley, u n v ie n to q u e in c lin a lo s á r b o le s en u n s e n tid o , u n a
lu z q u e lo s r e lie v a y d e c o r a . L o s c o lo re s y sus a n a lo g ía s se a t r a e n ; la s
m a r ip o s a s r o ja s g r a v ita n s o b r e la s flo re s e n c e n d id a s ; las a v e s h o sc a s,
•d e s g a rb a d a s f r e c u e n ta n lo s á r b o le s a g re s te s . L a s p la n ta s m u e s tr a n u n a
v o lic ió n al te n d e r sus f r o n d a le s y sus c im e r a s g rá c ile s. H a y flo re s in si­
d io s a s q u e se a lim e n ta n d e in s e c to s b o b o s , q u e c a z a n c e r r a n d o s ú b ita ­
m e n t e su s c o r o la s ág iles. S e r ía p r o lijo tr a z a r la sin o p sis d e e s ta s v o ­
lu n ta d e s y a r m o n ía s . D e la e m o c ió n lib re , in d iv id u a l se d e d u c e la c o ­
le c tiv a . H a y m u r m u r io s y s ím b o lo s en la N a tu r a le z a q u e n o s d a r ía n la
c l a v e : L a d u lc e m e lo p e y a e n el c e r ta m e n d e lo s ru is e ñ o re s , la d a n z a
m o n ó to n a d e la s z o r r a s en el p le n ilu n io , la s p a l a b r a s sile n te s y el r ito r ­
n e lo d e la s g r u ta s m e lo d io s a s . U n a c r e a c ió n in c e s a n te n o s r o d e a ; la s l í ­
n e a s y la s fo rm a s se s u c e d e n , a r q u e tip o s y m o ld e s se e n tre v e n . S ie m ­
p r e el m is te rio , en el á to m o , e n el c o s m o s. R e s b a la m o s en u n a lá m in a
d e a c e r o sin a lc a n z a r u n n u e v o p la n o e s p iritu a l. N a d a s a b e m o s d e la
A m au ta 3

b e l l e z a i n m a n e n t e y a p e n a s e n t e n d e m o s la s u c e s ió n d e f e n ó m e n o s . S e n ­
t i m o s y e s to es t o d o . L a b e l l e z a e s t á t i c a s e r í a p r i m o r d i a l si c o n t u v i e ­
r a e n sí los a t r i b u t o s q u e e x t e r i o r i z a el m o v i m i e n t o . ¡Q ué herm osa y
d i v i n a l s e r í a la fa z h u m a n a si e n u n s e g u n d o e x p r e s a r a t o d a s las a l e ­
g r í a s y las triste z a s, los d e s e o s p a s io n a l e s , las c a u s a s a d i v i n a t o r i a s ! E n
s u c o n t e m p l a c i ó n s e n t i r í a m o s el e n t e r o a m o r , la e s p e r a n z a c o n s o l a d o r a .
S e r í a la c e le s te luz q u e a h u y e n t a la t i n i e b l a e x t r a ñ a ; u n c o n s t a n t e a m a ­
necer com o una nueva verdad. E s t a r í a s i e m p r e e n c e n d i d a , c o m o la
l á m p a r a d e D io s. P e r o la b e l l e z a i n m ó v i l s ó lo d u r a u n m o m e n t o c o n
s u p r í s t i n o fu lg o r, u n p a r p a d e o . E n p r i m e r lu g a r n o s e m o c i o n a ; lu e g o
n o s in c ita al e s tu d io , q u e es u n d o l o r . E l é x ta s is se a p a g a c o m o la luz
d e u n a l u c ié r n a g a , c o m o u n f u e g o v e r d e . L a e s té t ic a se f u n d a e n el m o ­
v im ien to . C u a n d o el m o v i m i e n t o es s u b j e t i v o , p r o p i o d e l o b s e r v a d o r ,
p o d r í a se r u n a n e g a c i ó n y d e n i n g u n a m a n e r a u n a p r u e b a . L a belleza
t i e n e q u e c o n s o n a r c o n la s p a l p i t a c i o n e s d e la v i d a ; p o r q u e es lo s u p e ­
r i o r q u e h a y e n é s t a y el p r i m e r m o t i v o d e a m o r , d e s d e la n u r s e r y d e
n u e s tro s sueños. L a b e l l e z a es te n u e , i m p a l p a b l e , la a z u l n e b l i n a q u e
t a m i z a los m o l i n o s d e v i e n t o y los ca s tillo s a l m e n a d o s , las m a n s i o n e s
erran tes. L a s m á s v iv a s s e n s a c i o n e s se r e c i b e n e n u n m o v i m i e n t o r á ­
p i d o , e n u n v é r t i g o . Q u e d a n c o m o u n r e c u e r d o v i v ie n te , c o m o u n n e ­
g a t i v o h a s t a el i n s t a n t e i m p r e v i s t o d e la e x te r io r iz a c ió n . H e v is to p a s a r
v e l o z m e n t e b e l l e z a s i n e x p r e s a b l e s , q u e u n a v e z q u ie ta s y fija s h a n p e r ­
d i d o su e n c a n t a d o r a c e le s tía . L a m o v i l i d a d es e t e r n a c o m o el t i e m p o ;
lo e x t á t i c o es u n a e s p e c ie d e m u e r t e . L a lí n e a e n f u g a e s u n c o n s t a n ­
te m ilagro. L o s o j o s a z u le s c u a n d o se p i e r d e n e n u n v u e l o a d q u i e r e n
un color in n o m in ad o . L a i n q u i e t u d d e la f o r m a es el m a y o r a v a n c e
e n n u e s t r o c o n c e p t o d e lo h e r m o s o ; lo h e r m o s o lle g a a lo s u b l i m e e n el
r a s g o in f in it o d e la id e a . U n a e x p r e s i ó n d e s o ñ a d a d u l z u r a es u n r e ­
f l e j o d e l p l a n o s u p e r i o r d e lo s p r in c ip io s . E l s u e ñ o s u p r i m e la d i s t a n ­
c ia , e s la m a y o r c e l e r i d a d . L a v ig ilia d i s t r a e el p e n s a m i e n t o c o m o los
c ú m u l o s q u e e m p a ñ a n la a u r o r a o lo s v i e n t o s q u e e s m e r i l a n el m a r . E n
el s u e ñ o s e v e n las f o r m a s sin lín e a , lo s c o l o r e s sin c o lo r. L as b elle­
z a s q u e p a s a n v e l o z m e n t e a n t e n u e s t r a m i r a d a , s e m e j a n f ig u ra s m á g i ­
ca s, v i d e n t e s c o m o el su e ñ o . U n g r a n a r t i s t a s a b e d a r m o v i m i e n t o fí­
sic o a su s p in tu r a s . L a s v í r g e n e s p r e r r a f a e l i s t a s b a j a n s u a v e m e n t e sus
m i r a d a s a z u l e s ; p e r o e s t a a c c i ó n s i m u l a d o r a tie n e u n t é r m i n o m á s o m e ­
n o s d i s t a n t e . L a f o r m a q u e p e r m a n e c e e n el r e c u e r d o p u e d e se r i n d e ­
l e b l e e n u n a s u c e s ió n d e r e n o v a c i o n e s , si n o p i e r d e su v i r t u d e s e n c ia l
¿ P e r d u r a r á el p r in c i p i o d e e s ta s r e p r e s e n t a c i o n e s ? S e r e p e t i r á el p a ­
s a d o correo u n p e r f u m e g r á f i c o d e u n a f lo r c r e a d o r a , d e s c o n o c i d a y
etern a ¿ H a b r á n u e v o s m o t i v o s d e a r t e q u e n o s s o r p r e n d e n in te n sa -'
m e n t e c o m o lo s p r i m e r o s q u e v i m o s al d e s p e r t a r e n la v i d a ? C iegos
d e la lu z a n t i g u a i g n o r a m o s la t r a y e c t o r i a q u e c o n d u c e a u n n u e v o
s ig n o p o é t i c o , a la e s t r e l l a r e v e l a d o r a i n m o r t a l . P e r o se su tiliz a n n u e s ­
t r o s m e d i o s y d e t a r d e e n t a r d e se a b r e u n b e l l o p ó r t i c o . L a f o r m a es
d o lo r o s a ; p o r q u e circunscribe y co n creta. U n a a r m o n í a d e d o l o r e s es
la b e l le z a , u n n u e v o p ó r t i c o es u n a v a n c e e n el p a í s se n sib le . H o y se
s u c e d e n la s t e n d e n c i a s c r e a tr ic e s . L a p o e s í a d e lo s in s t a n te s , el m o v i ­
m i e n t o c o m o l a v i d a , c o m o la m e l o d í a . S e a f i r m a la e x p r e s i ó n p o r s e ­
m e j a n z a , p o r la s im ilit u d d e la s a r te s , p o r la t r a n s p o s i c i ó n d e v a l o r e s .
S e v e v e n i r el d i b u j o m e t a f ó r i c o .
4 Amauta

LA PACIENCIA, pot Henri Barbnsse.

C o la b o r a c ió n in é d i t a . T e x to fra n cés e n v ia d o por
e l a u t o r a C a r lo s D e a m b r o s is M a r t in s , p a r a v e r t e r l o al
c a s t e l l a n o y p u b lic a r lo e n A M A U T A .

I V I A N e n m i c a sa , d ijo A r d o u in , u n a c a s a p o b r e , p u e s e n ­
to n c e s y o n o e r a m á s q u e u n e s tu d ia n te sin re c u rso s, y a ú n
n o h a b í a e m ip re n d id o e s ta b r illa n te c a r r e r a q u e la s u e rte m e
h a p r o p o r c io n a d o , a f a lta d e ta le n to . E s tr e c h a m e n te a l b e r ­
g a d o s en el p iso d e la s c r ia d a s , en u n c u a r to a b u h a r d illa d o
y , a p e s a r d e la e d a d q u e te n ía n y d e l tie m p o in m e m o r ia l q u e lle v a b a n
c a s a d o s , n o c e s a b a n d e d is p u ta r .
N o, lite r a lm e n te n o c e s a b a n . E n t o d a la c a s a se o ía n su s g rito s .
P o r la m a ñ a n a y p o r la n o c h e , se v e ía a a q u e llo s d o s s e re s a r r u g a d o s ,
c o n lo s tr a je s r a íd o s , la s c a b e z a s p e l a d a s y lo s o jo s f u rib u n d o s , b a j a r
p o r la e s c a le ra c o m o si f u e r a n p e rs ig u ié n d o s e y s ie m p r e p r e c e d id o s p o r
su s d e s te m p la d a s v o c e s.
¿ E l m o tiv o d e e s te c o n tin u o d is e n tim ie n to ? H a b r í a q u e se r s o r ­
d o p a r a ig n o r a r lo , n o ta n s ó lo e n la v iv ie n d a , sin o e n t o d o el b a r r io . L a
m u je r r e p r o c h a b a a l e s p o s o la p o b r e z a e n q u e la h a b í a s u m id o p o r su
in e p titu d , su p e r e z a , su v a g a n c ia y, sin d u d a , su s v ic io s o c u lto s.
Y o te n ía a lg u n a a m is ta d c o n ello s, y m e r e c ib ía n e n su c a s u c h a
tr is te y b o r r a s c o s a q u e s ó lo ilu m in a b a d e t a r d e e n ta r d e , la s o n ris a d e
u n a lin d a s o b r in a d e d ie z a ñ o s lla m a d a T e re s in a .
C u a n d o T e r e s in a e s ta b a a u s e n te , c u a n d o e n la s d o s p ie z a s n o h a ­
b í a mjás q u e d o s d e s v e n c ija d o s m u e b le s , lo s p is o s h ú m e d o s , la s v e n t a ­
n a s g ris e s p o r la s q u e s o p la b a u n v ie n to g la c ia l, y a q u e llo s d o s p o b r e s
e s p e c tr o s s ie m p r e r e g a ñ a n d o , ¡ la v e r d a d ! n o r e s u lta b a n a d a a le g re . P e ­
r o y o e s ta b a e n to n c e s en la e d a d e n q u e se tie n e el c o r a z ó n m u y se n s i­
b le , y e r a ta n tris te , ta n s u m a m e n te la s tim o s o el v e r a a q u e l a n tig u o m a ­
tr im o n io d e te s ta r s e h a s ta ta l e x tre m o , q u e y o lo s tr a t a b a c o n tim i­
dez.
E lla s o b r e to d o e r a la m á s e n c a r n iz a d a . ¡E l q u e n o h a y a o íd o a
a q u e lla fie ra , llo r a n d o d e r a b ia , t r a t a r a su m a r id o d e “c o b a r d e ” y d e
“ in ú til” n o h a o íd o n a d a ! E l se d e f e n d ía ja d e a n te . T a rta m u d e a b a
fra s e s in c o h e r e n te s c o m o si tu v ie s e m u c h o q u e d e c ir y te r m in a b a p o r
d e j a r e s c a p a r d e su c r is p a d a b o c a u n a e s p e c ie d e g r u ñ id o in fo rm e . E r a
u n a n a tu r a le z a d é b il.
. . . E l m e c o n tó su lastim lo sa h is to ria , u n d ía en q u e e lla h a b í a s a ­
lid o . P a r e c e q u e e s to y v ie n d o a l m is e r a b le s e p tu a g e n a r io e n c o r v a d o
e n su silla, e n v u e lto e n su b a t a r e m e n d a d a , d e d o n d e e m e r g ía su d e l g a ­
d o c u e llo s e m e ja n te a l p u ñ o d e u n p a r a g u a s . Y s a c u d ie n d o su p e q u e ­
ñ o r o s tr o s u r c a d o d e a rr u g a s , m e d e m o s tr ó c ó m o a q u e lla m u je r le h a ­
b í a a m a r g a d o su e x is te n c ia c o m p le ta m e n te .
E lla e s ta b a d e s ir v ie n ta en c a s a d e u n tío d e él. U n ric o c o m e r ­
c ia n te q u e lo h a b í a c r ia d o y q u e n o te n ía m á s p a r ie n te q u e él. R e ­
c ié n s a lid o d e l c o le g io , d irig ió a la m a rito rn e s , a p a s io n a d a s c a r ta s c o n ­
te n ie n d o su s d e c la r a c io n e s a m o r o s a s ; e lla se a p r o v e c h ó d e a q u e l m o -
m ien to d e lo c u ra p a r a e x ig ir d e s p u é s la c e le b ra c ió n d e l m a tr im o n io , m o s ­
tr á n d o s e ta n f e r o z m e n te im p la c a b le q u e a u n q u e el tío le o fre c ió u n a
 A m an ta 5

r e n ta si d e s is tía d e su e m p e ñ o , to d o fu e en v a n o . E lla n o q u iso o ír n a ­

d a — p u e s n o d e c ía m á s q u e a m a b a a l m u c h a c h o ( s e s a b ía m u y b ie n ,
a u n q u e sin te n e r p r u e b a s a b s o lu ta s , q u e la c r ia d a h a b í a te n id o a n te s ,
o tr a s a v e n tu r a s a m o ro s a s , q u e la s te n ía e n to n c e s y q u e la s tu v o d e s ­
p u é s ) ; p e r o lo q u e e lla q u e r ía e r a a p o d e r a r s e d e to d a la f o rtu n a .
S e c e d ió p o r m ie d o al e s c á n d a lo . E l tío te n ía h o r r o r a l ru id o , y
el s o b r in o , y a en a q u e lla é p o c a , e r a b a s ta n t e tím id o .
P e r o c o n t r a to d a s la s p r e v is io n e s d e l m a rim a c h o , el tío d e s h e r e ­
d ó a l s o b r in o . E n to n c e s e m p e z ó p a r a lo s c ó n y u g e s u n a v id a d e p r iv a ­
c io n e s y d e d e s d ic h a s : el e s p o so , a p e s a r su y o , n o h a b í a p o d id o c o n s e ­
g u ir m á s q u e e m p le o s irriso rio s. N a d a le s a lía b ie n . E s ta b a ca si e n la
m is e r ia . . . Y así, f u e r te m e n te u n id o s , a m b o s a r r a s t r a b a n a q u í a b a jo ,
su p e s a d a c a d e n a : él, q u e h a b í a n a c id o p a r a n o h a c e r n a d a ; e lla, q u e n o
se c o n s o la b a d e v e r d e s v a n e c e r s e sus s u e ñ o s d e o p u le n c ia .
E l h a b í a in te n ta d o u n a v e z h u ir d e l la d o d e e lla, y h a s ta en u n
ra s g o d e a u d a c ia , im p u ls a d o p o r su s a m ig o s, tr a t ó d e d iv o rc ia rs e .
V a n o s e s fu e rz o s. E lla le te n ía f é r r e a m e n te a g a r r a d o , j Por ven­
g a n z a ! V e n c id o , v o lv ió a t a d o d e p ie s y m a n o s , a la c á r c e l c o n y u g a l.
Y a s í p a s a r o n tr e in ta y o c h o a ñ o s la n g u id e c ie n d o e lla ju n to a su b u r r o
d e c a rg a .
. . . E n lo su c e siv o , y o v e ía d e v e z en c u a n d o a a q u e llo s d o s in fe ­
lices, a fin d e v e r ta m b ié n , lo c o n fie s o , a la jo v e n T e r e s in a . Y com o
c o n s e c u e n c ia d e e sto , c u a n d o T e r e s in a tu v o d ie c in u e v e a ñ o s , n o s d im o s
c u e n ta d e q u e n o s a m á b a m o s .
. . . P i d e m i m a n o a m i tío , m u r m u r ó T e r e s in a , a q u e l d ía m e m o r a ­
b le e n q u e c a m b ia m o s la s c o n f id e n c ia s m á s im p o r ta n te s y m á s s u b li­
m es . . .
. . . S e g u ía n v iv ie n d o e n la m is m a c a sa , en el m is m o m is e r a b le
a lb e r g u e . L a d e c r e p itu d h a b í a h e c h o ta le s e s tra g o s q u e p a r e c ía n d o s
m o m ia s .
L a m u je r n o p o d í a y a sa lir, p u e s se h a lla b a im p o s ib ilita d a a c a u s a
d e la 'p a r á lis i s d e sus p ie rn a s . L a e n tr e v i a tr a v é s d e u n a p u e r ta e n t o r ­
n a d a ; su m ir a d a a la v e z d e s e s p e r a d a y r e n c o r o s a b r illa b a en u n r in c ó n
d e la h a b ita c ió n . E l, e n el o tr o c u a r to , m o v ía la c a b e z a sin c e s a r c o m o
u n m u ñ e c o , y tir ita b a d e la n te d e u n a c h im e n e a sin lu m b re .
Y o le e x p u s e m i s e n tim e n ta l d e m a n d a .
— ¡ H á g a s e v u e s tr a v o lu n ta d ! , e x c la m ó c o n v o z te m b lo r o s a . ¿P e­
ro n o le a s u s ta a u s te d ese m a tr im o n io sin f o r tu n a ?
— ¡N o !, c o n te s té c o n g r a n firm e z a .
E l, e n to n c e s , m ir ó a d e r e c h a e iz q u ie r d a , y v ie n d o q u e e s tá b a m o s
so lo s , m e g u iñ ó el o jo y se in c lin ó h a c ia m í.
— E sc u c h e u s te d , m e d ijo e n v o z b a ja . T e r e s in a s e r á ric a , p o r q u e
y o le le g a r é m i f o rtu n a .
Y o m e s o n r e í c o r te s m e n te , a n te a q u e lla d u lc e iro n ía , m u y r e s p e ta ­
b le e n b o c a d e a q u e l a n c ia n o .
L e v a n tó su m a r o q u e te m b le q u e a b a y a ñ a d ió c o n s o le m n id a d , y
s ie m p r e en v o z q u e d a :
— Sí, y o s o y rico . L o h e s id o sie m p re . P e r o lo h e o c u lta d o , lo h e
o c u lta d o p o r t o d o s lo s m e d io s , p o r q u e la d e te s to y n o h e q u e r id o q u e
e lla se a p r o v e c h a s e d e m i d in e ro . H e p r e f e r id o p r iv a r m e y o d e él d u ­
r a n te t o d a m i v id a . Sí, lo h e p r e f e r id o .
E c h ó h a c ia a t r á s su c a b e z a c u b ie r ta d e e s c a s o s c a b e llo s b la n c o s ,
m o v ió sus a p a g a d o s o jo s y fijó su m ir a d a en el te c h o .
6 A m auta

¡ A h ! ¡C u á n d u r o h a sid o p a r a m í q u e tá n to m e h u b ie ra g u s ta d o
n o h a c e r n a d a , g a s ta r lu jo y v e r m e c o n s id e r a d o y a d u l a d o ! . . .
L a n z ó u n su sp iro y se c a lló . Y o m e q u e d é tr a s to r n a d o , sin s a b e r
q u é d e c ir, p u es, p o r el to n o q u e a q u e l h o m b r e h a b ía e m p le a d o c o m ­
p r e n d í q u e a q u e llo e r a v e r d a d . E ra v e r d a d q u e, d e lib e r a d a m e n te , h a ­
b ía m a ta d o su fe lic id a d , p a r a q u e su in d ig n a c o m p a ñ e r a n o p a r tic ip a ­
se d e e lla ; ¡q u e d u r a n te t o d a su v id a se h a b í a a r r o ja d o en la m is e ria
y la v e r g ü e n z a p a r a h a c e r la c a e r c o n é l!; !qué h a b í a v iv id o m is e r a b le ­
m e n te p a r a q u e e lla ta m b ié n v iv ie se así!
¡ E ra e f e c tiv a m e n te te rr ib le lo q u e h a b ía h e c h o d u r a n te casi m e d io
sig lo a q u e l se r e s tra f a la rio q u e se h a lla b a te m b lo r o s o a n te m í!
¡Q u é in s o n d a b le a b is m o es el c o r a z ó n h u m a n o y q u é r e fle x io n e s
n o h a b r ía y o h e c h o c o n r e s p e c to a a q u e l h o r r o r o s o y a h o g a d o d r a m a ,
si n o h u b ie ra e s ta d o e s p e r á n d o m e a b a jo en el z a g u á n , T e r e s in a , y si
h u b ie s e sid o p o s ib le p e n s a r e n tr a g e d ia s e s ta n d o al la d o d e e lla q u e ,
p a r a m í, e r a el m u n d o e n te r o y ju n to a la cu a l, el so l d e m e d io d ía m e
p a r e c ía el tris te a m a n e c e r d e u n d ía d e in v ie rn o !

P a rís , fin d e 19 2 9 .

♦♦❖ «>♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦❖ ♦♦*«>❖ ♦♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦

POPULISM O LITERARIO Y ES­

TABILIZACION CA PITA LISTA ,
por José Carlos Maríáteg»?.
O es r a r o q u e en u n p e r ío d o d e e s ta b iliz a c ió n y d e p o in c a -

I
rism o — el m in is te rio d e T a r d ie u , c o m o lo r e m a r c a n sus m á s
e x a c to s c rític o s, n o r e n ie g a a b s o lu ta m e n te el e s p íritu p o m -
c a ris ta sin o lo c o n tin ú a in s e r ta n d o en él su té c n ic a p o li­
c ia l,— a p a r e z c a en la lite r a tu r a fra n c e s a u n a c o r r ie n te o
una m oda com o el “p o p u lis m o ’’ ig u a lm e n te d is ta n te del e s­
te tis m o u ltr a d e c a d e n t e y d e la d e s e s p e r a n z a n ih ilis ta y a n á r q u i c a . E l
’p o p u lis m o ’ c u e n ta p a r a a s e g u r a r s e u n a b u e n a c o tiz a c ió n en la b o ls a
lite r a r ia c o n la c o o p e r a c ió n d e o s te n s ib le s f a c to re s p sic o ló g ic o s y p o lí­
tic o s . L a d e s c rip c ió n n a tu r a lis ta d e l te n d e r o , d e l c o n s e rje , d e l p e q u e ­
ñ o e m p le a d o , d e l a r te s a n o , d e l o b r e r o m ism o , o b s e r v a d o en a p r e s u ­
r a d a s v isita s a lo s s u b u r b io s o e n la s h o r a s m á s to r r e n to s a s d e l “m e tr o ’ ,
r e c o b r a su r o l en la lite r a tu r a d e la T e r c e r a R e p ú b lic a .
U n m o v im ie n to q u e re c o n o c e su m e n to r en M r . A n d r é T h e r iv e ,
su c e so r d e M . P a u l S o u d a y e n la c r ític a lite r a r ia d e “ L e T e m p s ”, n o
p o d r í a c ie r ta m e n te a s ig n a rs e n in g u n a fu n ció n ' r e n o v a d o r a so c ia l ni p o ­
lític a m e n te . E l “ p o p u lis m o ” p r o c la m a su a g n o s tic is m o , su n e u tr a li­
d a d p o l í t i c a . P r e te n d e c o in c id ir c o n la lite r a tu r a r e v o lu c io n a r ia d e R u ­
sia y A le m a n ia e n el re a lis m o y la o b j e t i v i d a d , j u e g a a la a lz a d e e s to s
v a lo re s , en u n in s ta n te en q u e se p r e s ie n te la b a j a d e lo s q u e d e c id e n
la m o d a d e la s n o v e la s d e G ir a u d o u x o M o r a n d .
A m au ta 7

¿ P o r q u é, e n to n c e s , A g u s tín H a b a r u en “ M o n d e ’ d e c la r a m á s
i m p o r ta n te el a c ta b a u tis m a l d e l “ p o p u lis m o " q u e el m a n ifie s to en q u e
A n d r é B r e to n h a c e en el ú ltim o n ú m e r o d e “ L a R e v o lu c ió n S u rr e a lis te ”
e l b a la n c e d e e x p e r ie n c ia s u p r a r r e a lis ta ? H a b a r u a d m ite q u e “ el p o p u ­
lis m o es u n p o b r e fe to c u y o fra s c o o c u p a r á en lo s a n a q u e le s d e la h is­
to r ia lite r a r ia m e n o s sitio q u e la b o la d e v id r io s u p r a r re a lis ta . D a d a y
e l s u p r a r r e a lis m o , p r o lo n g a d o en u n p e r ío d o d e d e r r u m b a m ie n to y d e
c a o s la lite r a tu r a d e a n á lis is p sic o ló g ic o , h a n s id o m a n if e s ta c io n e s f u e r ­
te m e n t e r e p r e s e n ta tiv a s d e u n a é p o c a . L a p e r e z o s a f ó rm u la : “ p in ta r
e l p u e b l o ” n o o f re c e h o y d ía n a d a d e p a r e c id o ” . D e f in ie n d o el e s p í­
r itu d e l “ p o p u lis m o ” , H a b a r u a g r e g a : " A n d r é T h e r iv e , q u e h a h e c h o
u n lo a b le e s fu e rz o p o r a p r o x im a r s e al a lm a d e lo s p e q u e ñ o s e m p le a d o s ,
b u s c a la v id a d e l p u e b lo e n la p la ta f o r m a d e lo s a u t o b u s e s . H a c e el
e f e c to d e u n tu r is ta d e la A g e n c ia C o o k e n b u s c a d e la s “ c u r io s id a d e s ”
d e B e lle v ille . L a s a l ta s e s fe ra s y lo s b a jo s f o n d o s d e la s o c ie d a d so n
a s u n to s d e s v a s ta d o s p o r el tr á f ic o d e v e in te a ñ o s d e l i t e r a t u r a . S e b u s ­
c a o tr a c o s a en la s re g io n e s p o b la d a s d e p e q u e ñ a s g e n te s . O tr a c o sa , es
d e c ir o tr o s te m a s d e lit e r a tu r a ” .
F r e n te a u n a te n ta tiv a , o m e jo r f r e n te a u n a e s p e c u la c ió n , d e e s te
g é n e r o , la c r ític a r e v o lu c io n a r ia n o p u e d e a s u m ir sin o u n a a c titu d d e
in e x o r a b le r e p u d io . E x c e siv o y u ltr a ís ta , el s u p r a r re a lis m o es u n a f u e r ­
z a r e v o lu c io n a r ia q u e e x ig e y m e re c e u n a a v a lu a c ió n b ie n d is tin ­
ta . A c e p ta n d o la v a lid e z del m a rx is m o en el p la n o so­
c ia l y p o lític o , h a h e c h o el m á s h o n r a d o e s fu e rz o p o r im p o n e r s e , c o n ­
t r a su im p u ls o c e n tr íf u g o y a n á r q u ic o , u n a d is c ip lin a en la lu c h a c o n
e l o r d e n c a p ita lis t a . E l “ p o p u lis m o ” , e n ta n to , n o es sin o la m á s e s­
p e c io s a m a n io b r a p o r re c o n c ilia r la s le tr a s b u r g u e s a s c o n u n a c u a n tio s a
c lie n te la d e “ p e q u e ñ a s g e n te s ” , con' u n in g e n te p ú b lic o q u e les h a b r ía
e n a g e n a d o el e m p le o e x c lu siv o d e lo s “ p o n c ifs " d e tr a s g u e rra , el a p o ­
g e o in d e fin id o d e la s m o d a s p o s t- p r o u s tia n a s y p o s t-g id ia n a s .
L a d e m a g o g ia es el p e o r e n e m ig o d e la R e v o lu c ió n , lo m is m o e n
la p o lític a q u e en la lite r a tu r a . E l " p o p u lis m o ” es e s e n c ia lm e n te d e ­
m a g ó g ic o . L a n o v e la y la c r ític a b u r g u e s a s s ie n te n en F ra n c ia q u e a la s
g r a n d e s m a s a s d e le c to r e s d e l “ d e m o s ” in d if e r e n c ia d o m ita d c o n s e r ­
v a d o r m ita d “ f r o n d e u r ” , n o le s q u e d a r ía n e n b r e v e p la z o m á s o b r a s
p r e s tig io s a s q u e la s d e Z o la , si la lite r a tu r a se o b s tin a r a en se g u ir la s
h u e lla s d e lo s m a e s tro s d e l p sic o a n á lis is m o r o s o y d e la p r o s a p r e c io ­
s is ta . D e a q u í n a c e la d e c is ió n d e f o m e n ta r la p r o d u c c ió n en g r a n e s­
c a la d e n o v e la s q u e , r e c la m á n d o s e p r e c is a m e n te d e Z o la , a b a s te z c a n al
p u e b lo d e u n a lite r a tu r a q u e se a d a p t e a sus g u s to s e in d a g u e c o n s im ­
p a t í a sus s e n tim i e n to s . S e r ía s u m a m e n te p e lig ro s o , p a r a lo s in te re s e s
e le c to r a le s y lite r a r io s d e la b u r g u e s ía f ra n c e s a , q u e c o n c lu y e s e n p o r
a c a p a r a r a e s te p ú b lic o , d e s a lo ja n d o al m is m o Z o la , la s n o v e la s d e la
r e v o lu c ió n r u s a . S e tr a z a el p la n d e u n a lite r a tu r a “ p o p u lis ta ” e x a c ­
ta m e n t e c o m o se tr a z a r ía u n p la n m a n u f a c tu r e r o , a l a b r ig o d e ta rifa s
p r o te c c io n is ta s y a t e n d ie n d o a la d e m a n d a y a la s n e c e s id a d e s d e l m e r ­
c a d o in te r n o . E l “ p o p u lis m o ” se p r e s e n ta , d e e s te la d o , en e x tric ta
c o r r e s p o n d e n c ia c o n la p o lític a d e e s ta b iliz a c ió n d e l f r a n c o . N o es si­
n o u n a s p e c to d e la r e o r g a n iz a c ió n d e la e c o n o m ía f ra n c e s a , d e n tr o d e
¡o s p r u d e n te s p rin c ip io s “ p o in c a r is ta s ” . P a r a la b u r g u e s ía , s u b c o n s c ie n ­
te m e n t e o c o n s c ie n te m e n te , la n o v e la n o es sin o u n a r a m a d e la in d u s ­
tr ia , u n s e c to r d e la p r o d u c c ió n . P o r c ie rto r e la ja m ie n to d e la o rg a n i-
8 Amautc?

z a c ió n in d u s tria l, se e s ta b a p r o d u c ie n d o ca si ú n ic a m e n te u n a n o v e la d©
lu jo . L a n o v e la p o p u la r e r a a b a n d o n a d a a lo s a u to r e s re v o lu c io n a ^
rio s o f a b r ic a d a c o n v ie jo s m o ld e s , c o n g a s ta d a s m a tr ic e s . H a y q u e p r e -
v e n ir la p é r d i d a d e u n a p a r te d e l m e r c a d o la n z a n d o u n a n u e v a m a n u -
f a c tu r a , q u e te n g a e n c u e n ta la e v o lu c ió n d e l g u s to y las n e c e s id a d e s
d e lo s c o n s u m a d o r e s .
N o es a c a u s a d e u n h o n e s to r e to r n o a la o b je tiv id a d y al re a lis m o 1
q u e s u rg e el p o p u lis m o ’’ . E n te n d e r lo así, s e r ía c a e r v o lu n ta r ia o d is -
tr a í d a m e n t e en u n e n g a ñ o . E l ’ ’p o p u lis m o ’’ se c a r a c te r iz a ín te g r a m e n ­
te c o m o u n r e to r n o a u n o d e lo s m á s v ie jo s p r o c e d im ie n to s d e la lite ­
r a t u r a b u rg u e s a . U n c r ític o d e “ L e T e m p s ” n o p o d r ía a m p a r a r o tra
c o s a . N in g u n a to le r a n c ia , n in g u n a e s p e r a n z a so n , p o r e n d e , c o n c e b i­
b le s r e s p e c to a e s te m o v i m i e n t o .
N o s in te r e s a la s in c e r id a d , la d e s n u d e z d e la lite r a tu r a b u rg u e s a .
M á s a ú n , n o s in te r e s a su c in ism o . Q u e n o s h a g a c o n o c e r t o d a la p e r p le ­
jid a d , to d o s lo s d e s fa lle c im ie n to s , t o d o s lo s d e liq u io s d e l e s p íritu b u r ­
gués . S o c ia l o h is tó ric a m e n te , n o s im p o r ta r á s ie m p r e m á s u n a p á g i­
n a d e P r o u s t y d e G id e , q u e t o d o s lo s v o lú m e n e s d e lo s v a r io s T h e r i-
v e d e l “ p o p u lis m o ” y d e l “ T e m p s ” . A r tís tic a , e s té tic a m e n te , la ú n i­
c a p o s ib ilid a d d e p e r d u r a c ió n d e e s ta lite r a tu r a e s tá en la m á s r ig u ­
r o s a — y e s c a n d a lo s a ----s in c e r id a d . S o b r e la m e s a d e tr a b a j o d e l c r íti­
co r e v o lu c io n a r io , in d e p e n d ie n te m e n te d e to d a c o n s id e r a c ió n je r á r q u i­
c a , u n lib ro d e J o y c e s e rá e n to d o in s ta n te u n d o c u m e n to m á s v a lio s o
q u e el d e c u a lq u ie r n e o - Z o la .
Z o la , el v ie jo , el g r a n d e , fu é c o m o y a h e e s c rito la s u b lim a c ió n d e
la p e q u e ñ a b u r g u e s ía . P e q u e ñ o b u rg u e s a , p e r o c o n lo s m á s d e s p r e c ia ­
b le s e s tim a s d e d e g e n e r a c ió n y u tilita ris m o , es to d a e s p e c u la c ió n p o ­
p u lis ta en la lite r a tu r a y e n la p o litic : c o n t e m p o r á n e a s .
E r n s t G la e s s e r, q u e a to d o s lo s q u e c o n s id e r a m o s y e n te n d e m o s
la é p o c a d e s d e el m is m o á n g u lo so c ia l, n o s m e re c e sin d u d a m á s a t e n ­
c ió n q u e M. A n d r é T h eriv e , n o s h a b l a d e l " h o m b r e sin c la s e ” y lo d e ­
fin e a s í: “ E l h o m b r e q u e , a c a u s a d e la g u e r r a , h a p e r d id o su fe en
la s id e a s d e su e d u c a c ió n , el h o m b r e q u e n o c r é e y a en n in g u n a f ó r ­
m u la ; el h o m b r e q u e e n v a n o h a c o m b a tid o u n d ía p o r id e a le s ; el h o m ­
b r e q u e , p o r e s to , n o se e n tr e g a m á s a u n p r o g r a m " a u n a te o r í a d e l
u n iv e r s o ; q u e se m a n tie n e c o n s c ie n te m e n te a l e ja d o d e t o d a i n te r p r e ta ­
c ió n d e la v i d a . L o s p a r ti d o s lla m a n a e s to s h o m b r e s la g r a n m a s a d e
lo s a b s te n c io n is ta s ; n o s o tr o s lo s lla m a m o s la g r a n m a s a d e lo s d e s e s ­
p e r a d o s ” . E s e s te el tip o d e h o m b r e q u e im p o r ta h o y , p u e s se c u e n ta
p o r m illo n e s . E s el g r a n e n ig m a err el p u e b lo ; c o n s titu y e u n a g ra n c a ­
p a a n á r q u ic a a la q u e n a d a p r o te g e ni d o c tr in a u n iv e rs a l n i p r o g r a m a í
e s in s ta b le , es la m a te r ia p r im a d e n u e s tro tie m p o ” . C u a n d o i n te n ta
p r e c is a r la c la s ific a c ió n so c ia l d e e s ta c a p a , G la e s s e r n o s a b e d e c ir n o s
s in o q u e se e n c u e n tr a e n tr e el p r o le t a r ia d o y la p e q u e ñ a b u rg u e s ía .
A ú n a c e p t a n d o la e x is te n c ia d e u n a c a n tid a d in n u m e r a b le d e “ d e c la s -
s é s ” , el e s tr a to en q u e p ie n s a G la e s s e r n o es o tr o q u e la p e q u e ñ a b u r ­
g u e s ía m is m a . G la e s s e r q u ie re q u e el a r te tr a d u z c a el “ h o m b r e sin c la ­
s e ” , p e r o n o s e g ú n el m é to d o n a tu r a lis ta d e d e s c r ip c ió n d e u n a v a r ie ­
d a d , d e u n g é n e r o so c ia l, sin o c o m o in tr o s p e c c ió n en lo m á s p a té tic o ©
in d iv id u a l d e su d r a m a d e h o m b r e sin e s p e r a n z a , d e a l m a c e n tr íf u g a
y sin m e ta . Y lo s lib r o s en q u e p ie n s a G la e s s e r a p r o p ó s ito d e e s ta t a ­
r e a a c tu a l d e l a r te n o so n , p o r c ie rto , la s m e d io c r e s e s p e c u la c io n e s n e o -
Amauta 9

n a tu ra lis ta s , sin o el “ U ly s s e s ” d e J o y c e y el B e rlín A le x a n d e r p la tz

d e D o e b l i n . A q u í, la in te n c ió n es o tra . G la e s s e r e x a g e r a el v a lo r
c u a lita tiv o y c u a n titiv o d e l “ h o m b r e sin c la s e ” . S u e s p e r a n z a ----m e siá n i-
c a , u to p is ta — se a lim e n ta d e d e s e s p e ra n z a s . P e r o G la e s s e r, en e s ta e m ­
p r e s a , to m a p o s ic ió n n e ta y c a te g ó r ic a c o n t r a el o r d e n s o c ia l r e in a n ­
te . Y a s ig n a al a r te la fu n c ió n n o d e m a n te n e r en la p e q u e ñ a b u r ­
g u e s ía la a fic ió n a la p in tu r a n a tu r a lis ta d e su s c o s tu m b r e s , sin o d e e x c i­
ta r l a d e e s p e r a d a al c o m b a te c o n el e s p e c tá c u lo tr e m e n d o d e su s o le ­
d a d y d e su v a c ío .

LA VIDA HEROICA DE ROSA

LUXEMBURGO, po* Nydía Lamar-
que.
E n e l X I o . a n iv e r s a r io d e la m u e r t e d e R o s a L u x e m -
b u r g o , in s e r t a m o s e s t e e n s a y o d e la p o e t i s a a r g e n t i n a
N y d ia L a m a r q u e c o m o e l h o m e n a j e d e la m u j e r a m e r ic a -
c a n a a la g r a n r e v o lu c io n a r ia a s e s in a d a e l 1 4 d e e n e r o
de 1919.

E S D E q u e to m ó su p u e s to d e lu c h a h a s ta la j o r n a d a tr á g ic a
d e su m u e rte , la v id a d e R o s a L u x e m b u rg o es la le c c ió n d e
e n e r g ía m á s c o m p le ta y m á s p e r s is te n te q u e p u e d a c o n c e ­
b irse. C o m b a tió s ie m p re , n o c o n o c ió el d e s fa lle c im ie n to ,
n o d e s c a n s ó ja m á s . E s el e je m p lo im p r e s io n a n te d e u n d e s ­
tin o s o m e tid o ín te g r a m e n te a u n a id e a , c o n u n c o n v e n c im ie n to a b s o lu ­
to , c o n u n a te n a c id a d q u e a s o m b ra . S ig u ió su c a m in o p o r la lín e a r e c ta
d e su a p a s io n a d a c o n v ic c ió n , y n o se d e s v ió d e e lla n u n c a , n i s iq u ie ra
c u a n d o lo s ú ltim o s d ía s v e ía y a c la r a m e n te al fin a l la m u e r te q u e la e s ­
p e r a b a . L a c o n s id e r ó sin te m b la r , y fu e h a c ia e lla c o m b a tie n d o , s e g u ­
r a d e c ó m o h a b í a v iv id o y c ó m o d e b í a m o rir.
H a y e n el P ro m eteo en c ad en ad o d e E sq u ilo , u n m o m e n to en q u e
el c o r o d e la s O c e á n id a s r o d e a al T itá n v e n c id o y m a r tir iz a d o p o r Z eus
e n c a s tig o d e h a b e r a m a d o y p r o te g id o a lo s h o m b r e s c o n t r a lo s d io se s.
“ ¡O h , a m ig o ! ” ----d ic e n e lla s— “ m ir a c u á n f u n e s to es el r e s u lta d o ! ¿ Q u é
s o c o rr o , q u é p r o te c c ió n e s p e r a s d e lo s E fím e r o s ? ¿ N o v e s la im b e c ili­
d a d in e rte , s e m e ja n te a l su e ñ o , q u e o p r im e a la c ie g a r a z a d e lo s m o r ­
ta le s ? N u n c a la v o lu n ta d d e lo s h o m b r e s p e r tu r b a r á el o r d e n s e ñ a la ­
d o p o r Z e u s ” . A s í h a b l a el c o ro a P r o m e te o , el r e v o lu c io n a r io . P ero
el T itá n n o lo e sc u c h a . E l s a b e q u e e s a d e r r o ta n o es m á s q u e u n a e t a ­
p a d e su tr iu n f o le ja n o e in e v ita b le , y d e s d e el a b is m o d e su t o r tu r a y
d e su m is e ria , c o n te s ta c o n o rg u llo o b s tin a d o : “ N a d a p o d r á d o b le g a r ­
m e ” . N a d a p o d r á d o b le g a r m e : p a la b r a s d e E sq u ilo q u e h u b ie r a n s i­
d o la d iv is a y s o n el s ím b o lo y el re s u m e n m á s p e r f e c to d e la v id a d e
e s ta m u je r e x tr a o r d in a r ia . N o se d o b le g ó c u a n d o lo s g o b ie rn o s la e n ­
c a r c e la r a n v ie n d o e n e lla u n a e n e m ig a p e lig r o s a p o r la fu e r z a d e su t a ­
le n to y la e n e r g ía tr iu n f a d o r a d e su v o lu n ta d ; n o se d o b le g ó e n sus lu -
10 A m auta

c h a s c o n lo s p r o p io s h o m b r e s d e su id e o lo g ía , a p a r ta d o s d e lo q u e e lla
p e n s a b a la ú n ic a s e n d a p o s ib le ; n o se d o b le g ó a n te la a m is ta d , c u a n d o
tu v o q u e e le g ir e n tr e e lla y la id e a tr a ic io n a d a ; n o se d o b le g ó a n te el
d o lo r , c u a n d o v ió c a e r b a j o la s b a la s d e la g u e r r a lo s a f e c to s m á s c a ­
r o s d e su a lm a ; n o se d o b le g ó a n te su p r o p ia d e b ilid a d física, c u a n d o el
e s p íritu , in v e n c ib le , se e r g u ía c o m o sie m p re , p e r o el c u e r p o c la m a b a
y a p o r el d e s c a n s o , e se d e s c a n s o q u e b ie n p r o n to h a b í a n d e d a r le lo s
g o lp e s d e su s a s e sin o s . N a d a p u d o d o b le g a r la . E s ta b a s o s te n id a p o r
la f o r ta le z a in d e s tr u c tib le d e la p a s ió n a b s tr a c t a en la q u e in c e s a n te m e n ­
t e a r d ió . L a id e a d e la r e v o lu c ió n so c ia l e r a l a e s tre lla p o la r s ie m p re
f ija e n el c ie lo d e e s ta a lm a e x c e s iv a . V iv ió p a r a e lla y m u rió p o r e lla ;
t o d a su e x is te n c ia e s tá a h í, y to d o c u a n to a la r e v o lu c ió n n o se r e f ir ie r a
f u é e n su e x is te n c ia s e c u n d a rio .
P a r a c ie r to s se re s el lím ite d e u n d e s tin o in d iv id u a l re s u lta c á r c e l
d e m a s ia d o e s tre c h a , y n e c e s ita n a b a r c a r en sí m is m o s v id a s in n u m e r a ­
b le s , id e n tif ic a r s e c o n el d e s tin o d e u n p u e b lo , d e u n a c la se so c ia l, d e a l ­
g o q u e s u p e re el y o e g o ís ta , a f e r r a d o a su r a c ió n d e v id a c o m o el a n i­
m a l a su p re s a . A l c o lo c a r el o b je tiv o m á x im o fu e r a d e lo s té rm in o s
d e su p r o p ia v id a , e s a s g r a n d e s a lm a s se s itú a n d e in m e d ia to p o r e n c im a
d e to d a s la s v ic is itu d e s v u lg a re s . D o ta d o s d e u n a v o lu n ta d p o d e r o s a ,
e llo s a r r a n c a n d e su p ie el p e s a d o g r ille te d e l p r o p io d e s tin o , q u e to d o s
a r r a s t r a n , y lib re s, se e n tr e g a n d e lle n o a la o b r a q u e se h a n im p u e s to .
S o n lo s ú n ic o s lib re s. E v a d id o s d e la c e ld a d e sí m ism o s, lo s p o s e e
c o n t in u a d a m e n te la e m b r ia g u e z a r d ie n te d e la lu c h a , la se n s a c ió n d e
f u e r z a s o b e r a n a q u e d e b e e x p e r im e n ta r a q u e l q u e se s ie n te y se s a b e
d u e ñ o ú n ic o d e su v id a . ¡ V ic to r ia s u p r e m a ! E l q u e a sí m is m o se h a
v e n c id o h a s ta ese e x tre m o , es y a p o r e llo só lo , el m á s g r a n d e d e lo s
tr iu n f a d o r e s . Y e s ta fu é la v ic to r ia d e R o s a L u x e m b u rg o .
F rá g il d e c u e r p o , c o m o si to d a s sus r e s e rv a s v ita le s h u b ie r a n e s ta ­
d o d e d ic a d a s a n u tr ir su e q u ilib r a d o y p o d e r o s o c e r e b r o , lo s o jo s r e s ­
p la n d e c ie n te s , ir r a d ia n d o d e sí m is m a u n jú b ilo p e r p e tu o y u n a s e d u c ­
c ió n irre s is tib le , a sí la d e s c r ib e n lo s q u e la c o n o c ie ro n en su ju v e n tu d ,
c u a n d o la R o s a R o j a se h a lla b a en su flo ra c ió n p le n a . D e s p u é s lo s r e ­
p e t id o s e n c a r c e la m ie n to s , el e x c e s o d e tr a b a jo , la s p e n u r ia s y la s a g i ta ­
c io n e s, h a b í a n to r n a d o sus c a b e llo s to ta lm e n te b la n c o s a lo s c in c u e n ta
a ñ o s n o c u m p lid o s . P e r o n a d a p u e d e h a c e r la a b d ic a r d e su c o n c e p ­
c ió n a c tiv a y ju b ilo s a d e la v id a . A tr a v e s a b a lo s a ñ o s q u e d e b ie r o n
s e r y a c a lm a d o s d e la m a d u r e z , c o n el e s p íritu d e s b o r d a n te d e u n a j u ­
v e n t u d in m o r ta l. E n m a rz o d e 1 9 1 7 , e s c r ib ía a L u isa K a u ts k y d e s d e
la p ris ió n d o n d e el g o b ie rn o a le m á n la h a b ía a r r o j a d o ca si d e s d e el c o ­
m ie n z o d e la g u e r r a : “ L a p r im a v e r a , s o b r e to d o , p r o d u c e m ila g ro s en
m í. Y o n o sé c ó m o es e s to : m ie n tr a s m á s y m á s c o n s c ie n te m e n te v iv o ,
e x p e r im e n to c o n m á s p r o f u n d id a d to d o s lo s a ñ o s el m ila g r o d e la p r i­
m a v e r a , d e s p u é s el d e l v e r a n o , lu e g o el d e l o to ñ o . C a d a d ía m e es u n
m ila g r o e s p lé n d id o , y la m e n to so la rrie n te n o te n e r ni tie m p o n i lu g a r
p a r a d a r m e t o d a e n te r a a la c o n te m p la c ió n . M e jo r d ic h o , d e s d e h a c e
d o s a ñ o s , te n g o p o r c ie rto b a s ta n t e tie m p o y o c a sió n , p e r o a h o r a n o v e o
m á s q u e ta n p o c o s d e to d o s e so s e s p le n d o r e s ! P e r o e r r a r e n lib e r ta d ,
a llá a b a jo , p o r lo s c a m p o s , a u n p o r la s c a lle s, d e te n e r m e en a b r il o m a ­
y o d e l a n te d e c a d a ja r d in c ito , m ir a r c o n la b o c a a b ie r ta r e v e r d e c e r s e
lo s a r b u s to s , q u e tie n e n c a d a u n o sus y e m a s to r c id a s a su m a n e r a , v e r
a l a b e to s e m b r a r su s e s tre llita s a m a r illo - v e rd o s a s , y a p a r e c e r h u n d id o s
e n la h ie r b a lo s p r im e ro s a s te rs , las p r im e ra s v e ró n ic a s , e s to m e s e ría
Amanta 11

h o y la d ic h a s u p r e m a , y y o n o p e d ir ía , n o q u e r r ía , n o e x t r a ñ a r ía n a d a
m á s, s ie m p r e q u e p u d ie r a p a s a r a s í n o m á s q u e u n a p e q u e ñ a h o r a p o r
d ía ” . ( 1) P e r o in m e d ia ta m e n te d e s p u é s d e e s te lla m a d o a r d ie n te al
g o c e d e v iv ir en su f o r m a m á s s im p le y m á s h u m ild e , su in te lig e n c ia
s ie m p r e v ig ila n te se in te r p o n e y a p r e s u r a d a m e n te a g r e g a : “ C o m p ré n ­
d e m e b ie n ! Y o n o p r e te n d o d e c ir q u e q u e r r ía lim ita rm e a e s ta c o n ­
te m p la c ió n y r e n u n c ia r a la v id a a c tiv a y p e n s a n te . Q u ie r o s o la m e n te
d e c ir q u e mi dicha p e r s o n a l e n c o n tr a r ía a llí su p a r te y q u e e n to n c e s y o
e s ta r ía a r m a d a p a r a to d o s lo s c o m b a te s y r e s a r c id a d e to d a s la s p r i v a ­
c io n e s ” . E s te e q u ilib rio p e r f e c to ta n d ifíc il d e h a lla r e n tr e la s e n s ib i­
lid a d y la m e n ta lid a d , e r a er> e lla in a lte r a b le . E n o tr a c a r ta , d e su j u ­
v e n tu d , d e c ía : “ T ú tie n e s a llí el sol, la c a lm a , la lib e r ta d — la s m á s
b e lla s c o s a s d e l m u n d o ” y en s e g u id a e n tr e u n p a r é n te s is : “ ( s a lv o el
so l, la te m p e s ta d y la l i b e r t a d ) ” . ( 2 ) E n c u a lq u ie r o tr a , e s ta in c lin a ­
c ió n d o b le , e s te c o m p le jo p s ic o ló g ic o d e a c c ió n y d e c o n te m p la c ió n ,
d e é x ta s is y d e lu c h a , se h u b ie r a re s u e lto , f a ta lm e n te , en a n g u s tia tr á g i­
c a ; p e r o en R o s a L u x e m b u rg o a q u e llo e r a s ó lo u n a p o s ib ilid a d m á s d e
ir al e n c u e n tro d e la v id a , b a j o to d a s sus p e r s p e c tiv a s , a lo la rg o d e t o ­
d o s sus h o riz o n te s .
S ie m p r e el m is m o im p u ls o im p e tu o s o , el m is m o a r d o r d e g e n e r o ­
s id a d p a r a e n tr e g a r s e p o r c o m p le to a la r e a lid a d v iv id a e n c a d a u n o
d e lo s in s ta n te s ; y a f u e r a el p la c e r lig e ro d e u n a n o c h e d e c a r n a v a l, d u ­
r a n te la q u e e lla y sus a m ig o s r e c o r r ie r o n e n m a s c a r a d o s la s c a lle s d e
F rie d e n a u , “ m o le s ta n d o a lo s b u rg u e s e s d o r m id o s ” ; ( 3 ) y a f u e r a n la s
s e s io n e s tu m u ltu o s a s d e u n C o n g re s o s o c ia lista , “ e n tr e d o s b a ta lla s , d o n ­
d e se p r u e b a la d ic h a d e v iv ir ” ; ( 4 ) y a la d u lz u ra p e n e tr a n te d e c o n ­
te m p la r u n a flo r a m a d a q u e lle g a h a s ta la p r is ió n en u n a c a r ta , y c u i­
d a r a m o r o s a m e n te u n p á ja r o , c o m p a ñ e r o ú n ic o d e c e ld a ( 5 ) o el e n g o l­
f a r s e e n m o n ta ñ a s d e v o lú m e n e s d e á r id a c ie n c ia , y e s c rib ir L a acum u­
lación d e l C ap ital en " a lg u n o s d ía s d e d ic h a ” , ( 6 ) c o m o e lla m is m a
lo d ic e c o n fra s e a d m ir a b le .
E ra n e c e s a rio q u e m u c h a s y m u y g r a v e s tr is te z a s h u b ie r a n p a s a d o
s o b r e a q u e lla a lm a , p a r a h a c e r le m u r rr iu r a r la fra s e m e la n c ó lic a d e u n a
d e sus c a r ta s a S o n ia L ie b k n e c h t: “ E n su c a r ta u s te d p r e g u n ta : ¿ p a r
q u é to d o e s to ? S o n iu s k a , la v id a h a s id o s ie m p r e así, d o lo r , s e p a r a ­
c ió n , d e s e o ” . Y a u n e n to n c e s , d e s p u é s d e e s te ju ic io c o n s a b o r d e
a m a r g u ra , v ie n e la r e b e lió n a a c e p ta r lo así, la a c o s tu m b r a d a m á x im a
d e a f ir m a c ió n a d e s p e c h o d e to d o : “ H a y q u e p r o c u r a r e n c o n tr a r en
c a d a s itu a c ió n su b e lle z a , su la d o m e jo r . P o r lo m e n o s y o s ie m p r e lo h e
h e c h o . Y n o p o r s a b id u r ía e l a b o r a d a , sin o s im p le m e n te p o r q u e m e s a ­
lía d e d e n t r o ” . ( 7 ) T e n ía r a z ó n al d e c ir e s to R o s a L u x e m b u r g o : p o r ­
q u e es p r e c is o u n a s u e rte d e v o c a c ió n in n a ta , p a r a v e r la v id a e n t o d a
su d e s c a r n a d a r e a lid a d y c o n tin u a r sin e m b a r g o a m á n d o la y b u s c a n d o
en e lla el p la n o d e b e lle z a q u e n u n c a f a lta d e a c u e r d o a la a r m o n ía d e

(1 ) — ROSA LUXEMBURGO: Lettres a K a r l et Louise K a u t s k y . París,

1925, pág. 233 y sig.
( 2 ) — ROSA LUXEMBURGO: Op. cit., pág. 149.
(3) tt ft „ „ pág. 249.
(4) tt „„ „ pág. 80.
(5) ft ft „ „ Ver págs. 86, 214, 224 y 265.
(6) ft ft „ „ pág. 192.
( 7 ) — ALVAREZ DEL YAYO: L a s e n d a r o j a . Madrid 1928, pág. 81.
 12 Amauta

lo e x iste n te . P e r o el h e r o ís m o e s tá a h í, en la n z a rs e a e sa b ú s q u e d a
y n o c a p itu la r , n o e n tre g a r s e c o b a r d e m e n te , d e j a n d o c a e r lo s b r a z o s
e n u n g e s to d e r e n u n c ia m ie n to s u p re m o . E lla n o c a p itu ló . “ H ay que
s e r c o m o u n a b u jía a u e a r d e p o r lo s d o s e x tre m o s ” , ( 8 ) e r a su m á x im a
fa v o r ita . P e r o en e lla e s ta lla m a c o n s ta n te tu v o to d o s lo s m a tic e s : d e s ­
d e la tím id a lu z d e la ir o n ía tie rn a , e n q u e se c o m p la c e p a r a c o n su s í n ­
tim o s su jo v ia lid a d p e r f e c ta , h a s ta el p o te n te r e s p la n d o r d e su c la r iv i­
d e n c ia p o lític a , ig u a lm e n te a le r ta en sus p rim ie ro s e n s a y o s d e lo s v e in -,
te a ñ o s y en su s ú ltim a s p a la b r a s s o b r e la R e v o lu c ió n R u s a , d u r a n te lo s
d ía s in m e d ia to s y a a las j o r n a d a s d e l a ñ o 19. P o r q u e e s ta d o c to r a
r e v o lu c io n a ria , q u e n o se s a c ia b a d e c o n te m p la r el m a r y a m a b a la s f lo ­
re s n a c ie n te s d e la p r im a v e r a , p o s e ía el m á s a g u d o ta le n to p o lític o d e
to d o s su s c o n te m p o r á n e o s so c ia lista s, e x c e p c ió n h e c h a d e L e n ín . “La
p o lític a e r a el e le m e n to e n q u e e lla se m o v ía c o m o el p e z en el a g u a ” ,
( 9 ) d ic e a e s te r e s p e c to su a m ig a L u isa K a u ts k y . Y en s e g u id a h a c e
n o ta r su in tra n s ig e n c ia , su in to le r a n c ia a b s o lu ta en e sa m a te r ia , b ie n q u e
fu e r a a m a b le y a c c e s ib le en t o d o s lo s d e m á s a s p e c to s d e la v id a , su
d e s e s p e r a d o a f e r r a r s e a la lín e a d e u n a id e a p a r a se g u irla sin v a c ila r
e n t o d a la lo n g itu d d e su tr a y e c to r ia . P e r o s e m e ja n te m o d a lid a d , b ie n
q u e c ie rta , n o e r a en m a n e r a a lg u n a la r e s u lta n te d e u n f a n a tis m o c ie ­
g o , c o m o se d ijo y se r e p itió en to d o el m u n d o a l c o n o c e r s e la n o tic ia
d e su m u e rte . N a d a m á s a l e ja d o d e l a m o r sin p o r q u é d e lo s fa n á tic o s ,
q u e e s ta c la r ís im a in te lig e n c ia , r a z o n a d o r a h a s ta el lím ite d e la d ia lé c ­
tic a , in v e s tig a d o ra , e r u d ita y p r o f u n d a . P o r e n c im a d e la h o g u e r a d e fe
e n q u e se a g ita b a su a lm a , su e n te n d im ie n to p e r m a n e c e s ie m p r e in a lte ­
r a b le m e n te s e re n o y p e rs p ic a z , y al r e f le ja r s e el u n o e n la o tr a , d a n a su
p e r s o n a lid a d p o lític a e s a e x tr a ñ a a r m o n ía d e e x a lta c ió n y d e s e g u rid a d ,
c o n q u e se d e s ta c a p o r e n c im a d e to d a s la s o tr a s fig u ra s d e la r e v o lu ­
ció n a le m a n a , a u n m u y p o r e n c im a d e la d e C a rlo s L ie b k n e c h t, su c o m ­
p a ñ e r o d e c a u s a y d e m a rtirio .
E lla h a b ía c o m p r e n d id o p e r f e c ta m e n te , en n o v ie m b r e d e 1 9 1 8 ,
q u e A le m a n ia no e s ta b a a ú n p r e p a r a d a p a r a el g o lp e d e e s ta d o c o m u ­
n ista . Y en la se sió n p r e lim in a r al e s ta llid o d e la r e v o lu c ió n , h a b í a fi­
ja d o u n p r o g r a m a m ín im o p a r a ir c o n él a la lu c h a , p o r se r a su ju ic io
el so lo q u e p e r m itía n la s c irc u n sta n c ia s.
P a r a e lla n o fu é n u n c a el m a rx is m o la p a l a b r a s a g r a d a d e la n te d e
la c u a l es p re c is o p e r m a n e c e r en a d o r a c ió n p e r p e tu a . C o m p r e n d ía q u e
a llí e s ta b a el p u n to d e a p o y o s ie m p r e se g u ro , p e r o al m is m o tie m p o se
d a b a c u e n ta q u e el b r a z o d e p a la n c a d e b í a te n e r t o d a la lo n g itu d d e los
a ñ o s tr a n s c u r rid o s , q u e m o d if ic a b a n la s c o n d ic io n e s e n m e d io d e las
c u a le s la d o c tr in a f u e r a f o rm u la d a . S ie m p r e te n ía a la m a n o lo s te x to s
d e M a rx , p e r o n o p a r a e n tr e te n e r s e e n la rg a s y te o ló g ic a s d isc u sio n e s
a l e s tilo d e la s g r a n d e s fig u ra s d el s o c ia lism o a le m á n , sin o p a r a to m a r
el im p u ls o y s e g u ir lu e g o p o r su c u e n ta h a c ia la r e a lid a d v iv ie n te q u e en
to r n o d e e lla se m io v ía y a le n ta b a . J a m á s se n u tr ió c o n la ilu sió n d e
u n a v ic to r ia f u lm in a n te d e l so c ia lism o , a r a íz d e u n a d e c is iv a r e v o lu c ió n
so c ial. P e r o la id e a d e u n a d e r r o ta n o la a t e r r o r iz a b a ; p a r a su c rite rio ,
la m e jo r m a n e r a d e m a n te n e r p o te n te y e fic a z la a c c ió n r e v o lu c io n a r ia ,
e s la in te r v e n c ió n c o n tin u a , el a v a n z a r y el r e tr o c e d e r , el tr iu n f a r y el
c a e r. S u p e r s p ic a c ia p o lític a v a h a s ta s o n d e a r a lo s h o m b r e s y c o n u n a

( 8 ) — LUISA KAUTSKY: Prefacio de la obra citada de R. L., pág. 11.

(9) a j> >> » t) t> j> >> >> P á g - 13
 A m auta 13

c e r te z a a g u d ís im a , a d v ie r te en e llo s el g e r m e n d e l m a ñ a n a a u n d e s c o ­
n o c id o . A s í c u a n d o c o n o c e a L e n ín , e s tá d is p u e s ta in m e d ia ta m e n te a
c o n c e d e rle to d a la im p o r ta n c ia q u e e lla a d iv in a en a q u e l a m ig o ta c it u r ­
n o y p o c o sim p á tic o . E n 1 9 0 9 , e s c rib e a e s te r e s p e c to a C a rlo s K a u ts -
ky: “ A d ju n to el títu lo d e u n n u e v o lib ro d e L e n ín ; o c ú p a te d e q u e
el lib ro s e a m e n c io n a d o e n tr e la s o b r a s re c ib id a s . E n lo q u e c o n c ie rn e
a la c rític a , n o se la p id a s to d a v ía a n a d ie ; y o p o d r é q u iz á s r e c o m e n ­
d a r te a a lg u n o ; p o r lo d e m á s , tú c o r r e r ía s el rie sg o d e m o le s ta r, sin q u e ­
r e r, al a u to r. P e r o m e n c io n a el lib ro in m ediatam ente e n t r e la s o b r a s
re c ib id a s , y ta m b ié n en la b ib lio g r a f ía d e l s o c ia lis m o ” . ( 10 ) .
D e s d e lo s c o m ie n z o s d e su c a r r e r a p o lític a , c u a n d o e r a a ú n u n a
o s c u ra e s tu d ia n te d e la U n iv e r s id a d d e Z u ric h , y a se m u e s tr a c o n la
m is m a p re c isió n m a te m á tic a p a r a c o m p r e n d e r la tr a m a d e lo s a c o n te c i­
m ie n to s y a b a r c a r lo s h a s ta en su s m á s le ja n a s p ro y e c c io n e s . P o rq u e
e so fu é e lla a n te to d o : u n p o d e r o s o ta le n to p o lític o , d a n d o f r e n te a la
v e z a la te o r í a y a la p r á c tic a y d o m in á n d o la s a am ibas. A c a s o e lla m is ­
m a n o lo c o m p r e n d ió n u n c a , p o r q u e ca si n u n c a se c o m p r e n d e la v e r ­
d a d m á s ín tim a d e l p r o p io ser. Y e s c r ib ía c o n su f a n tá s tic o h u m o r q u e
ni la c á rc e l e r a m o tiv o s u fic ie n te a a p a g a r : “ E s n e c e s a rio s ie m p r e q u e
te n g a y o a lg u n a c o s a q u e se a p o d e r e d e m í to d a e n te r a , p o r p o c o c o n ­
v e n ie n te q u e e s to se a p a r a u n a p e r s o n a s e ria d e la c u a l ----p a r a su d e s ­
g ra c ia — se e s p e r a c o n tin u a m e n te a lg u n a c o s a in te lig e n te . T ú m is m a ,
q u e r id a , n o q u ie re s s a b e r n a d a d e m i “ d ic h a en u n r in c o n c ito ” y n o h a ­
c e s m á s q u e re irte . M e es m u y n e c e s a rio , sin e m b a r g o , a lg u ie n q u e m e
c re a , c u a n d o y o d ig o q u e es s o la m e n te p o r e r r o r q u e g iro en el to r b e lli­
n o d e la h is to ria m u n d ia l, p e r o q u e en r e a lid a d , y o h a b í a n a c id o p a r a
g u ard a r ocas” . ( 1 1 ) Y m á s t a r d e lo v u e lv e a a f ir m a r s ie m p r e e n su s
c a r ta s d e s d e la c á r c e l: “ P e r s o n a lm e n te m e s ie n to m u y b ie n . En un
tr o z o d e ja r d ín , a q u í o en el c a m p o m e e n c u e n tro m á s e n m i m e d io
q u e . . . en u n c o n g r e s o d e l p a r tid o . A u s te d se lo p u e d e d e c ir sin q u e
m e s o s p e c h e a p u n to d e tr a ic io n a r a l so c ia lism o . U s te d s a b e q u e a p e ­
s a r d e to d o , m o r ir é e n mfi p u e s to , en u n a c o n tie n d a c a lle je r a o e n p r e -
s d io . P e r o m i m á s ín tim o y o , p e r te n e c e m á s a la s h o r m ig a s q u e a lo s
c o m p a ñ e ro s” . ( 1 2 ) A s í d e c ía , p e r o se e n g a ñ a b a . S u v id a fu é lo q u e
d e b ió ser. Q u ita rle la a c c ió n , la te m p e s ta d , el s u f rim ie n to e x c ita n te
d e la lu c h a , h u b ie r a sid o a r r a n c a r le su p r o p ia a lm a . E s sin e m b a r g o u n a
ilu sió n c o m ú n a to d o s a q u e llo s c u y a v id a h a s id o f u rio s a m e n te a r r e b a ­
t a d a p o r el to r b e llin o d e lo s a c o n te c im ie n to s , p a r a d e c irlo c o n su s m is ­
m a s p a la b r a s , el fig u ra rs e q u e su v e r d a d e r a v o c a c ió n es o tr a d is tin ta d e
a q u e lla a q u e h a n s id o lle v a d o s . T a m b ié n R o b e s p ie r r e , e n p le n a t o r ­
m e n ta re v o lu c io n a r ia , s o ñ a b a c o n u n r e tir o c a m p e s tr e , c o n d ía s p a s a d o s
en la q u ie tu d , r o d e a d o d e la p la c id e z d e lo s a f e c to s d o m é s tic o s . V a n o s
e s p e jis m o s q u e n o a lc a n z a n a p r e v a le c e r s o b r e el v e r d a d e r o im p u ls o
q u e lo s c o n d u c e , f a ta lm e n te , al e n c u e n tro d e su m isió n .
Y a l la d o d e e so s f a n ta s e o s sin tr a s c e n d e n c ia , q u e te s tim o n ia n sin
e m b a r g o u n a r a r a e x q u is ite z d e a lm a , e s tá n su s ju ic io s d e la m is m a é p o ­
ca, s o b r e la r e v o lu c ió n ru sa , e n lo s q u e t o d a su p e r s p ic a c ia p o lític a se
m u e s tr a n u e v a m e n te : “ ¿ T e a le g r a s d e lo s ru s o s ? B ien e n te n d id o ,
e llo s n o p o d r á n s o s te n e r s e e n ese s á b a d o in f e r n a l — n o a c a u s a d e la

(1 0 ) — ROSA LUXEMBURGO: Op. cit., pág. 173 y sig.

(1 1 ) — ROSA LUXEMBURGO: Op. cit., pág. 197.
(1 2 ) — ALVAREZ DEL YAYO: Op. cit. pág. 83.
14 Amanta

e s ta d ís tic a q u e a c u s a u n d e s e n v o lv im ie n to e c o n ó m ic o r e t a r d a d o e n R u ­
sia, c o m o lo h a c a lc u la d o tu d is c re to e s p o s o ---- sin o p o r q u e la s o c ia l-d e -
m o c r a c ia d e e s te O c c id e n te , s u p e r io r m e n te d e s e n v u e lto , e s tá c o m p u e s ­
ta d e a b y e c to s c o b a r d e s q u e , c o m o a p a c ib le s e s p e c ta d o r e s , d e j a r á n a
lo s ru so s p e r d e r to d a su s a n g r e ” . Y a c o n tin u a c ió n a f ir m a d e la r e v o ­
lu c ió n ru s a q u e 'e s u n a c to d e u n a e n v e r g a d u r a h is tó ric a m u n d ia l, c u ­
y a s h u e lla s q u e d a r á n m a r c a d a s a tr a v é s d e lo s sig lo s. Y o esp ero , p o r
c ie rto , g r a n d e s c o s a s p a r a el c u rso d e lo s p r ó x im o s a ñ o s ; s o la m e n te
m e g u s ta r ía a d m ir a r la h is to ria d e l m u n d o d e o tr o m o d o q u e a tr a v é s
d e la s r e ja s ” . ( 13 ) P o r a h o r a n o h a y m á s q u e el s a rc a s m o , lle n o d e
a m a r g u r a , d e h a lla r s e en el f o n d o d e u n a c e ld a m ie n tr a s el m u n d o se
c o n m u e v e c o n a c o n te c im ie n to s q u e a b r e n u n n u e v o p e r ío d o e n la h is to ­
ria . P e r o e n la c a r ta s ig u ie n te la n o ta se a c e n tú a , se a g r a v a : "¡A h,
sí, lo s b o l c h e v ik i s ! . . . P e ro , en fin d e c u e n ta s , la c u lp a n o es d e
e llo s . . . O tr o s so n lo s r e s p o n s a b le s d e q u e el d ia b lo se lle v e el p r o ­
v e c h o d e la r e v o lu c ió n r u s a . . . L a s c o s a s s o n g r a n d io s a s e n c o n ju n to
y te n d r á n t o d a v í a c o n s e c u e n c ia s in c a lc u la b le s . Si y o p u d ie r a al m e ­
n o s . . . si p u d ie r a m o v e r m e ! P e r o g e m ir n o es a b s o lu ta m e n te m i v o ­
c a c ió n ; e s to y e s p e r a n d o lo s a c o n te c im ie n to s , y c o n f ío m u c h o e n p o d e r
t o d a v í a v iv ir a lg u n a c o s a ” . ( 1 4 ) E s el g r ito d e la fu e r z a c o n d e n a d a
a la in m o v ilid a d , e s te r iliz a d a , a h e r r o ja d a , a n s io s a p o r d e s e n v o lv e r su
p o te n c ia y q u e tie n e q u e a r r a s t r a r s e sin e m b a r g o e n t r e la s c u a tr o p a r e ­
d e s d e u n c a la b o z o . P e r o su n a t u r a le z a es d e m a s ia d o f u e r te p a r a c o n ­
s u m irs e en la m e n ta c io n e s v a n a s ; y e n to n c e s m a ta su tie m p o e n la p r i­
sió n s u m ié n d o s e “ h a s ta la s o r e ja s ” e n la g e o lo g ía , q u e le p r o c u r a “ m u ­
c h ís im o c o n t e n to ” . (13) Y e s to s e s tu d io s , e m p r e n d id o s ta n f o r z o d a
y ta r d í a m e n te , le a r r a n c a n la r e f le x ió n q u e s ig u e : “ M e s o b r e c o jo d e
e s p a n to , c u a n d o p ie n s o lo p o c o q u e m e q u e d a p o r v iv ir y lo m u c h ís i­
m o q u e h a b r í a t o d a v í a p a r a a p r e n d e r ” . E s la tr is te z a ir r e m e d ia b le d e
to d a s la s m e n te s á v id a s , c a p a c e s d e e x p e r im e n t a r la c l a r a v o lu p tu o s i­
d a d in te le c tu a l d e l c o n o c im ie n to , a n te la t e r r a in c ó g n ita q u e y a n o p o ­
d r á n n u n c a e x p lo r a r , p o r q u e el tie m p o v u e la y la v id a se a c a b a y d e
t o d a la v a s te d a d d e l u n iv e rs o só lo se h a s o n s e g u id o d e s c if r a r u n a p e q u e ­
ñ ís im a p a la b r a . ¿ P e r o e r a r e a lm e n te e lla u n a in te le c tu a l? N o lo e ra ,
p o r q u e el s e r u n in te le c tu a l es y a p o r e s o s o lo se r u n d e f o r m a d o , q u e
v é to d a s las c o s a s a tr a v é s d e l p r is m a r íg id o d e u n a c e r e b r a c ió n a b s t r a c ­
ta , 7 vosa L u x e m b u r g o fu é u n a m u je r e n la q u e to d a s la s f a c u lta d e s
h u m a n a s se h a lla b a n p a r e ja m e n te d e s a r r o lla d a s . C o n s a g r a d a c o m o e s­
tu v o t o d a su v id a a la lu c h a p o lític a y al a p a s io n a d o s e rv ic io d e la ju s tic ia
so c ia l, tie n e sin e m b a r g o e s te c r ite r io n o b le m e n t e in d e p e n d ie n te p a r a
ju z g a r en el te r r e n o lite r a r io : “ M e h a g u s ta d o m e n o s q u e el H o m b r e
R ic o , y c la r o q u e e n e llo n o tie n e n a d a q u e v e r la te n d e n c ia . C u a n d o
le o u n a n o v e la , só lo m e in te r e s a su v a l o r a r tí s tic o ” . ( 1 6 ) S ie m p r e se
la e n c u e n tr a e n la r u ta v e r d a d e r a ; a q u e lla s e n s ib ilid a d y a q u e lla m e n te
n o se e x tr a v ia b a n .
P o le m iz a b a c o n B e rn s te in s o b r e d o c t r i n a y tá c tic a s o c ia lis ta s ; p r o ­
n u n c ia b a d is c u rs o s d e fu e g o a n te m ile s d e o y e n te s ; z a h e r ía c o n s a r c a s ­
m o s c r u e le s y s a b io s a lo s e n e m ig o s ; e s tu d ia b a c o n la p a s ió n h a b itu a l

( 1 3 ) — R. L .: Op. cit., pág. 244.

(14) „ „ „ „ pág. 255.
(15) „ „ „ „ Ver pág. 243 y sig.
( 1 6 ) — ALVAREZ DEL V A Y O : Op. cit., pág. 82.
 A m au ta 15

e n e lla a S ó fo c le s y a C a ld e r ó n , la b o tá n ic a y la o r n ito lo g ía ; y lu e g o
c o n v e n c ía a u n o b r e r o c o n la s p a l a b r a s d e fá c il c o m p re n s ió n n e c e s a r ia s
p a r a el c a so , y ju g a b a lo c a m e n te , e n tr e risa s y c a r re ra s d e c r ia tu r a , c o n
lo s n iñ o s, q u e la a d o r a b a n . E n e la se c u m p lía r e a lm e n te la d ifíc il e x ­
h o r ta c ió n d e l E v a n g e lio : “S e d p r u d e n te s c o m o s e rp ie n te s y se n c illo s
c o m o p a lo m a s ”.
A sí, a r d ie n d o s ie m p r e c o n c la r a y a lta lla m a d e in te lig e n c ia y d e
p a s ió n , a tr a v e s ó c o m o u n a a n to r c h a lo s la rg o s a ñ o s a n te r io r e s a la g u e ­
r ra , a lz á n d o s e m á s v iv a tr a s la r e ja d e la s c á rc e le s im p e ria le s o z a r is ­
ta s, p a r a q u e a u n a llí p u d ie r a n d is tin g u ir la lo s m illa re s d e o jo s a n s io ­
so s q u e en e lla c if r a b a n su e s p e r a n z r ; d e s p u é s lo s c u a tr o a ñ o s tr á g ic o s ;
lu e g o la s p e r s e c u c io n e s d e la R e p ú b lic a ; m á s t a r d e lo s d ía s d e c is iv o s
d e e n e r o d e 1 9 1 9 , en q u e su lu m b r e se h iz o r o jiz o y a m e n a z a n te re s ­
p l a n d o r d e p u r if ic a d o r in c e n d io ; h a s ta q u e fin a lm e n te m a n o s e n e m ig a s
to m a r o n la a n t o r c h a y a s e m ic o n s u m id a y la h u n d ie r o n e n tr e el p o lv o
p a r a a p a g a r su Harria.
( C o n c lu ir á e n el p r ó x im o n ú m e r o )

M o n z o n de M a y o
L v ie n to d e la e s ta c ió n , el v ie n to v e r d e ,
c a r g a d o d e e s p a c io y a g u a , e n te n d id o en d e s d ic h a s ,
a r r o lla su b a n d e r a d e lú g u b r e c u e ro ,
y d e u n a d e s v a n e c id a su s ta n c ia , c o m o d in e ro d e lim o s n a
así, p la te a d o , frío , se h a c o b ija d o u n d ía ,
frá g il c o m o la e s p a d a d e c ris ta l d e u n g ig a n te ,
e n t r e ta n ta s fu e r z a s q u e a m p a r a n su s u s p iro q u e te m e ,
su lá g r im a a l c a e r, su a r e n a in ú til,
r o d e a d o d e p o d e r e s q u e c r u z a n y c ru je n ,
c o m o u n h o m b r e d e s n u d o en u n a b a ta lla ,
le v a n ta n d o su r a m o b la n c o , su c e r tid u m b r e in c ie rta ,
su g o ta d e sal tr é m u la e n tr e lo in v a d id o .
¿ Q u é r e p o s o e m p r e n d e r , q u é p o b r e e s p e r a n z a a m a r,
c o n ta n d é b il lla m a y ta n fu g itiv o fu e g o ?
¿ C o n tr a q u é le v a n ta r el h a c h a h a m b r ie n ta ?
¿ D e q u é m a te r ia d e s p o s e e r, h u ir d e q u é r a y o ?
S u lu z a p e n a s h e c h a d e lo n g itu d y te m b lo r
a r r a s a ra c o m o c o la d e tr a j e d e n o v ia tris te
a d e r e z a d a d e s u e ñ o m o r ta l y p a lid e z ;
p o r q u e to d o a q u e llo q u e la s o m b r a to c ó y a m b ic io n ó el d e s o rd e n ,
g r a v ita , líq u id o , s u s p e n d id o , d e s p r o v is to d e p a z ,
in d e f e n s o e n tr e e s p a c io s, v e n c id o d e m u e r t e .

A y , y es el d e s tin o d e u n d ía q u e fu é e s p e r a d o ,
h a c ia el q u e c o r r ía n c a r ta s , e m b a r c a c io n e s , n e g o c io s,
m o r ir , s e d e n ta r io y h ú m e d o , sin su p r o p io cielo .
¿ D ó n d e e s tá su to ld o d e o lo r, su p r o f u n d o fo lla je ,
su r á p id o c e la je d e b r a s a , su r e s p ir a c ió n v iv a ?
In m ó v il, v e s tid o d e u n fu lg o r m o r ib u n d o y u n a e s c a m a o p a c a ,
v e r á p a r ti r la llu v ia sus m ita d e s v a c ía s ,
p o r q u e el v ie n to n u tr id o d e a g u a s, el la rg o v ie n to lle g a .
16 Amauta

T a n g o d e l V i u d o
H M a lig n a , y a h a b r á s h a l la d o la c a r ta , y a h a b r á s llo r a d o
( d e fu ria ,
y h a b r á s in s u lta d o el r e c u e r d o d e m i m a d r e
lla m á n d o la p e r r a p o d r i d a y m a d r e d e p e r r o s ;
y a h a b r á s b e b i d o so la , s o lita ria , el te d e l a t a r d e c e r
m ir a n d o m is v ie jo s z a p a t o s v a c ío s p a r a s ie m p re ,
y y a n o p o d r á s r e c o r d a r m is e n f e r m e d a d e s , m is s u e ñ o s n o c tu rn o s , m is
c o m id a s .
sin m a ld e c ir m e e n v o z a l t a c o m o si e s tu v ie r a a llí a ú n
q u e j á n d o m e d e l T r ó p ic o , d e lo s c o o lie s c o rin g h is,
d e la s v e n e n o s a s f ie b r e s q u e m e h ic ie r o n ta n to d a ñ o
y d e lo s e s p a n to s o s in g le s e s q u e o d io t o d a v í a .

M a lig n a , la v e r d a d , ¡ q u é n o c h e ta n g r a n d e , q u é tie r r a ta n so la !
H e lle g a d o o t r a v e z a lo s d o r m ito r io s s o lita rio s ,
a a l m o r z a r e n lo s r e s ta u r a n e s c o m id a fría , y o t r a v e z
tir o a l su e lo lo s p a n t a lo n e s y la s c a m is a s,
n o h a y p e r c h a s e n m i h a b ita c ió n , n i r e t r a t o s d e n a d i e e n la s p a r e d e s .
C u á n ta s o m b r a d e la q u e h a y e n m i a lm a d a r í a p o r r e c o b r a r te ,
y q u é a m e n a z a d o r e s m e p a r e c e n lo s n o m b r e s d e lo s m e se s,
y la p a l a b r a in v ie r n o q u é s o n id o d e t a m b o r lú g u b r e t i e n e .

E n te r r a d o ju n to a l c o c o te r o h a lla r á s m á s ta r d e
e l c u c h illo q u e e s c o n d í a llí p o r te m o r d e q u e m e m a ta r a s ,
y a h o r a r e p e n tin a m e n te q u is ie ra o le r su a c e r o d e c o c in a
a c o s tu m b r a d o a l p e s o d e tu m a n o y a l b r illo d e tu p ie ;
b a j o la h u m e d a d d e la tie rra , e n tr e la s s o r d a s ra íc e s ,
d e lo s le n g u a je s h u m a n o s el p o b r e só lo s a b r ía tu n o m b r e
y la e s p e s a tie r r a n o c o m p r e n d e tu n o m b r e
h e c h o d e im p e n e t r a b le s s u s ta n c ia s d i v i n a s .

A s í c o m o m e a flig e p e n s a r e n el c la r o d ía d e tu s p ie rn a s
r e c o s ta d a s c o m o d e t e n id a s y d u r a s a g u a s so la re s ,
y la g o lo n d r in a q u e d u r m ie n d o y v o la n d o v iv e en! tu s o jo s,
y el p e r r o d e f u ria q u e a s ila s en el c o r a z ó n ,
a s í ta m b ié n v e o la s m u e r te s q u e e s tá n e n tr e n o s o tr o s d e s d e a h o r a ,
y r e s p ir o en el a ire la c e n iz a y lo d e s tr u id o ,
e l la rg o , s o lita r io e s p a c io q u e m e r o d e a p a r a s i e m p r e .

D a r í a e s te v ie n to d e l m a r g ig a n te p o r tu b r u s c a r e s p ir a c ió n
o í d a e n la r g a s n o c h e s sin m e z c la d e o lv id o ,
u n ié n d o s e a la a t m ó s f e r a c o m o el lá tig o a la p ie l d e l c a b a llo .
Y p o r o ír te o r in a r , e n la o s c u rid a d , e n el f o n d o d e la c a sa ,
c o m o v e r ti e n d o u n a m ie l d e lg a d a , tr é m u la , a r g e n tin a , o b s tin a d a ,
c u á n ta s v e c e s e n t r e g a r ía e s te c o r o d e s o m b r a s q u e p o se o ,
y la p a l o m a d e s a n g re q u e e s tá s o lita r ia e n m i f re n te
lla m a n d o c o s a s d e s a p a r e c id a s , se re s d e s a p a re c id o s ,
s u s ta n c ia s e x t r a ñ a m e n te in s e p a r a b le s y p e r d i d a s .

P ab lo N ER U D A .
A m an ta 17

A R T E P E R U A N O

“L A T R I L L A ”, ó le o p o r C a m ilo B la 3 . ( C a j a m a r c a 1 9 2 9 ) .
18 Amauta

♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ »❖ <>

JP o e m a s C a i m a
3. —

M a ñ a n ita s e rr a n a . D io s en el a lb a . M a ñ a n ita s e r r a n a : ta n ­
c a g a l a n te a d o r a e n la flo r d e l d u r a z n o ; p o lv o d e l c a m in o b la n c o d e lo s
c a r n e r o s ; p o r v e n ir e n la s la m p a s d e lo s p e o n e s . E l m a ñ a n a en lo s s u r ­
cos. C h a r a n g u ito te m p r a n e r o q u e a c o m o d a u n a m o r en y a r a v í. M a­
ñ a n ita , m a ñ a n ita s e r r a n a , r e ta m a a l so l q u e flo re c e en m is o jo s.

4. —

D e s o r d e n a d o c u e n to c e le s te p a r a tu s o jo s c o le g ia le s : q u in c e a ñ o s :
a n é m ic o s e s tu d io s le n to s d e p ia n o ; flo re s en el m e s d e M a r ía ; re z o s c a n ­
s a d o s en la s o je r a s d e la m o n j a ; c o r r e d o r e s : c a n to s q u e se q u is ie ra o ír ;
 Arnautg
19

P A IS A J E . D ib u j o p o r C a m ilo B la « .

♦♦ ♦ ■>♦♦♦♦♦*♦♦»♦♦>♦♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦♦ ♦♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ *

p a l a b r a s n u e v a s q u e se q u is ie ra p a l p a r ; lla n to s y risa s sin c a m in o ; en

lo s r o s tr o s m a y o r e s s o m b r a s y g e s t o s . . . y el s e c r e to y la amiga. . . y
la p r o m e s a d is e c a d a e n la f lo r e n tr e la s p á g in a s d e u n lib ro y lo q u e n o
se s a b e q u e se q u ie re c a m in o a to d o el m u n d o en la s a la s d e u n p a ja -
ro .
D e s o r d e n a d o c u e n to c e le s te p a r a Id a .

A r e q u ip a , 1 9 2 9 .

Blanca del Prado.

20 A m au ta

M adera por C a m ilo B la s .

 A m au ta 21

BENJAMIN JARNES Y EL MIEDO,

por Joan Chabas.

E N J A M IN j a r n é s es u n e s c r ito r jo v e n . P o r su e stilo , p o r su
o r ie n ta c ió n , p o r su s g u sto s , m u c h o m á s jo v e n q u e p o r su
edad. L o s a m ig o s d e la “ R e v is ta d e O c c id e n te ” , d e M a ­
d r id e s tá n a c o s tu m b r a d o s a v e r e n el s a ló n d o n d e se c e le ­
b r a la te r tu lia d e e s ta R e v is ta a u n h o m b r e se n c illo , v e s tid o
d e n e g r o , a l to ; g ru e s o , p e r o n o g o r d o . P a s a e s te h o m b r e d e lo s c u a ­
r e n ta a ñ o s ; p e r o e n su s o jo s , v iv a c e s a tr a v é s d e u n o s le n te s d e m a r i p o ­
sa, se a d iv in a m a y o r ju v e n tu d . L a f r e n te es a lta , te rs a y d e s p e ja d a .
L a s m lejillas tie n e n s u a v e s y g o r d e z u e lo s m o f le te s d e in f a n te . A u n l a ­
d o y o tr o d e la c a b e z a , le c a e n b l a n d a m e n te u n o s b a n d o s d e p e lo flá -
c id o , d ó c il. S u s g e s to s, su s p a la b r a s , su s sile n c io s, tie n e n s ie m p r e le n ­
t i t u d a m a b le , t e r n u r a p a c a t a y d is c re c ió n lle n a d e b e a tit u d d e p r e la d o
S i e s te jo v e n e n l u ta d o f u e r a s a c e r d o te ---- c o m o lo p a r e c e ---- p r e d ic ir ía is
f á c ilm e n te q u e lle g a r ía a o b is p o d e u n a v ie ja c iu d a d e s p a ñ o la : T o le d o ,
S a la m a n c a o Z a r a g o z a .
T a l B e n ja m ín J a r n é s , te j e d o r d e u n a p r o s a s a b ia , m u y p u lid a
m u y lin d a ; b e l la s la s m e tá f o r a s , b e l la s la s p a la b r a s , a r m o n io s o y d u l­
c e el r itm o d e la s fra se s. T a n d u lc e s a v e c e s , q u e le y e n d o la p r o s a d e
J a r n é s te n é is f r e c u e n te m e n te la s e n s a c ió n d e q u e u n c a r a m e lo d e f ru ­
ta s s a z o n a d a s se o s d e s líe e n la b o c a le n ta m e n te .
Y e s te e s c r ito r ta n p u lc ro , ta n c u id a d o s o d e su d ic c ió n , es, a l m is ­
m o tie m p o , u n e s c r ito r f e c u n d o . E n la “ R e v is ta d e O c c id e n te ” , e n
“ S ín te s is ” , e n “ C r i t e r o ” , en “ D ia r io d e la M a r in a ” , en “ L a N a c ió n ”
d e R u e ñ o s A ire s , a p a r e c e n c o n f re c u e n c ia a r tíc u lo s s u y o s . Y a ú n le
q u e d a tie m p o , lu e g o d e s a tis f a c e r ta n a m p lia s c o la b o r a c io n e s , p a r a es­
c r ib ir su s l i b r o s .
E l ú ltim o , lu e g o d e la o c h o c e n tis ta b io g r a f ía d e “ S o r P a tr o c in io ” ,
q u e h a p u b lic a d o e n C a lp e , es u n a n o v e la , “ P a u la y P a u lita ” d e la q u e
c o n o c ía m o s y a a lg u n a s f r a g m e n to s p u b lic a d o s e n d iv e rs a s r e v is ta s j u ­
v e n ile s y e n la m is m a m a d r i le ñ a y e u r o p e a R evista d e O ccidente,
e d i to r a , c o n e s m e r o , d e l lib r o .
M u c h a s v e c e s se h a in s is tid o e n la s d if ic u lta d e s q u e e x is te n h o y
p a r a e s c r ib ir u n a b u e n a n o v e l a . A l m is m o tie m p o q u e e s te g é n e r o p a ­
r e c e a g o t a d o , o f r e c e m ú ltip le s p o s ib ilid a d e s d e r e n o v a c ió n q u e se e n ­
tr e v é n e n u n p o r v e n ir n o m u y b ie n d e t e r m i n a d o . E s ta r e n o v a c ió n n o
e m p ie c e p a r a q u e c o n s ta n te m e n te , q u ie n le e u n a n o v e la , h a y a d e s e n ­
tir q u e le c u e n ta n a lg o a c o n te c id o e n v e r d a d . P o r su p a r te , q u ie n la
e s c r ib e a ú n h a d e e x p e r im e n t a r m á s v iv a m e n te esa s e n s a c ió n , a u n q u e
s e p a q u e n a d a d e lo q u e él r e la ta s u c e d ió , o te n g a c o n c ie n c ia d e q u e
s u c e d ió d e m o d o d iv e r s o a l q u e él lo r e la ta .
P o r q u e la im a g in a c ió n es u n a v e r d a d e r a a v e n t u r a . U n a a v e n tu r a
q u e c o n v ie n e n o a n o t a r d e m a s ia d o d e p r is a p o r q u e se c o r r e el rie s g o
d e e n s o m b r e c e r l a . L a im a g in a c ió n d e b e s e r f lu id a com ,o la v id a m is ­
m a. H a y q u e c r e e r e n la r e a lid a d d e la im a g in a c ió n ; p e r o e s a r e a li­
d a d se h a c e c l a r a e n el r e c u e r d o . Y c o n la m e m o r ia s u r g e n e n to n c e s ,
32 Am auta

c o m o d e l f o n d o d e n u e s tr o se r, u n s o n id o , u n a c e n to , u n r e s id u o d e
a l g o q u e n o es p u r o s e n tim ie n to , q u e n o es p u r o p e n s a m ie n to ta m p o c o ,
s in o b iz a r r í a y n o s ta lg ia , o d o l o r . Y to d o e llo , s in c e ra y p o é tic a m e n ­
te a n a to m i z a d o , a n a liz a d o , o d e s c o m p u e s to y c o m p u e s to d e n u e v o , e s
d e c ir , s e n tid o e i n v e n t a d o . L a b o r flu id a , p e r o l e n t a .
D e e s ta m a n e r a , y c o n s e r v a n d o a q u e l m ín im u m d e a n é c d o ta q u e
O r t e g a y G a s s e t e x ig ía h a b l a n d o d e la o b r a d e P ro u s t, h a c o m p u e s to
su n o v e la B e n ja m ín J a r n é s . H a s t a a h o r a e s te lib r o es lo m e jo r q u e él
h a e s c rito y d e lo m e jo r q u e h a n e s c rito lo s jó v e n e s d e n u e s tro tie m p o .
P o r el to n o y p o r la m a n e r a r e c u e r d a su “p r o f e s o r in ú til” y
e s tá m á s c e r c a d e la v ir tu d d e e s ta n a r r a c ió n q u e d e su c o n v id a d o d e
p a p e l . L o s p e r s o n a je s tie n e n to d o s a q u e lla m is m a b o n d a d s u a v e y
a lg o in g é n u a , d e c o le g ia le s c la u s tr a d o s , q u e se h a c ía te r n u r a p o e m á ti­
c a e n la d is c íp u la y el p r o f e s o r d e la c i ta d a n a r r a c ió n .
T ie n e ta m b ié n u n a s e n s u a lid a d h ú m e d a y d u lc e , d e z u m o f r u ta l,
s a z o n a d o c o m o a q u e llo s m e lo c o to n e s y a q u e lla s p e r a s q u e c o n ta n
d e lic io s a y a c a r ic ia d a p r o s a p in ta J a r n é s e n el ta b a q u e q u e h a y s o b r e
el o p e r a d o r d e u n o d e su s p e r s o n a je s .
S o lo le p e d i r í a m o s a e s ta n o v e la , d e c u a n d o e n c u a n d o , m a y o r
d u r e z a y m á s b r í o . B río y d u r e z a d e l e s tilo y d e l c o n te n id o h u m a n o .
L e p e d i r í a m o s q u e el c a r a m e lo d e la p r o s a ja rn e s ia n a -^ —y p a r n a s ia n a ----
s e t o r n a r a a lg u n a v e z á s p e r o y á c id o lim ó n o d u r a y a p r e t a d a a lm e n ­
d ra am a rg a . Y q u e lo s p e r s o n a je s f u e r a n m á s d e h u e s o y c a r n e h ú ­
ndanos .
Y a h o r a q u e h e m o s h a b l a d o d e la n o v e la , r e f ir á m o n o s a su p r ó
lo g o . T ie n e e s te p r e f a c io u n e n tu s ia s m o c la m o r o s o d e m a n if ie s to li­
te ra rio . J a r n é s p o n e su g r ito d e a u d a c ia e n el a c tu a l a ire d e n u e s ­
tr a s l e t r a s . A él le p a r e c e e se a ire ta n d e p u r a d o y f río q u e se le
t o r n a ir r e s p ir a b le . T o d a s e s a s v ir tu d e s in n e g a b le s a n u e s tr o s jó v e n e s
e s c r ito r e s : p ro b id a d , b u e n g u s to , tr a b a jo , p a c ie n c ia , p u lc ritu d , se
v e r id a d , a J a r n é s le in s p ira n u n r e c e lo s o s p e c h o s o . E n el f o n d o , la s c r e e
tím id é z , m ie d o m á s b ie n . P a ra Ja rn é s, el a r te n u e v o es u n m u r o
e n b la n c o : y el a r tis ta , a q u ie n el m ie d o c o h ib e é in h ib e , se r e tr a e y
f a lto d e a u d a c ia , n o se a t r e v e a e s c rib ir o a p in ta r s o b r e el m u r o c á n d i­
d o . “E s e s ta u n a é p o c a ----n o s d ic e — q u e n a d a tie n e d e h e ro ic a , a m e ­
n o s q u e p o d a m o s lla m a r h e r o ic o , u n e x c e s o d e c a u t e l a . E l a r tis ta n o
tie n e c o n q u e c u b r ir su d e s n u d e z , a r r o j a d o d e l fé r til p a r a ís o d e la e x -
h u b e r a n t e f a n ta s ía , d e l c a p r ic h o d e s m e le n a d o . S e s ie n te q u e e sa f a ­
c h a d a , q u e e s a te la , q u e e s a p á g i n a r e c h a z a r ía n el m e n o s s o s p e c h o s o
re lie v e , a u n el m á s s o b r i o . Y to d o p o r m ie d o ” . Y es d e v e r , s o b r e t o ­
d o , c o m o c r e y e n d o a lo s p o e t a s m á s m ie d o s o s q u e a lo s o tr o s a r tis ­
ta s, a r r e m e te c o n t r a e llo s : ‘‘A b r o u n lib ro d e v e r s o s ----n o s c o n f ie s a ----
lín e a s á g ile s d e lg a d a s , c h o r r o s líric o s, s o te r r a d o p a te tis m o , e m o c io n e s
e s tr a n g u la d a s p o r el im p la c a b le la s o iró n ic o , d is e ñ o d e s o n r is a s . Y
d e tr á s , a m e n a z a d o r a , c e ñ id a , la p a l m e t a d e l d ó m in e , el e n o r m e a p a r a ­
to tr a d i c io n a l q u e a m e n a z a c a e r s o b r e la d e s n u d a c o n s tr u c c ió n ” . H e
a q u í u n f e r v o r o s o g r ito d e p r o t e s t a y c o m b a te , u n c o r n e tín q u e c o n ­
v o c a c a s i e s tr i d e n te m e n te , si su v o z n o fu e se u n p o c o a z u c a r a d a , a la
r e b e ld ía , a l a s a lto im p e tu o s o d e la e n e r g ía a u d á z .
¿ P e r o e se m ie d o c o n t r a el c u a l J a r n é s a r m a su p r o s a , e x is te r e a l
m e n te ? c ie r to su ju ic io s in té tic o d e n u e s tr a p o e s ía c o n t e m p o r á n e a ?
C r e o q u e se e q u iv o c a el jo v e n m a e s tr o d e la p r o s a l i n d a . L o
q u e él c o n s id e r a m ie d o , es— si se a n a liz a h o n d a m e n te n u e s tr a p ro d u c -
A m a u ta 2T

c ió n c o n t e m p o r á n e a p u e d e a d v e r tir s e — p e r p l e j i d a d . Y n o p e r p le jid a d
n a c id a d e f a lta d e v a lo r, sin o d e c o n c ie n c ia c la r a d e l m o m e n to lite ­
r a r io a c t u a l . E n u n S a lin a s, u n J o r g e G u illé n , un A lb e r ti, un:
G a r c í a L o rc a , u n G e r a r d o D ie g o , e sa p e r p le jid a d ( lle n a d e a u d a c ia p a ­
r a q u ie n c o n s id e r e q u e e llo s h a n r e n o v a d o c o m p le ta m e n te la líric a
e s p a ñ o la , h a c ié n d o la a v a n z a r m á s a llá d e lo q u e la lle v a r o n A . M a c h a ­
d o y J . R . J i m é n e z ) , n o h a s id o m á s q u e s e n tid o h is tó ric o d e n u e s ­
t r a lit e r a tu r a y a f á n d e c o m p r e n s ió n f u tu r a d e n u e s tro a r t e . { C ó m o n e ­
g a r a u d a c ia , v a l e n tí a lite r a r ia y h u m a n a a lib ro s c o m o “ S e g u ro A z a r " ,
“ C á n tic o ” , “ S o b r e lo s á n g e le s ” , p a r a n o c ita r m á s q u e lo s r e c ie n te s ?
Y n o se d ig a q u e e r a n a u d a c ia s su p e rfic ia le s , q u e so lo se a tr e v ía n
a e s c o r z a r el d ib u jo d e u n o s a r a b e s c o s líric o s. E so s p o e ta s h a n b u s c a d o
u n a v o z n u e v a a l c o r a z ó n h u m a n o y es b ie n c ie r to q u e m u c h a s v e c e s
la e n c o n tr a r o n . J a r n é s d e s e a q u e el a r te n u e v o r e a lic e o tr a v e z la c o n ­
ju n c ió n d e l m u n d o y d e l e s p ír i tu . P u e s b ie n : le a las p o e s ía s d e eso s
jó v e n e s , a q u ie n e s él a c u s a d e c o b a r d ía , sin q u e a su o íd o e x tr a ñ e el
p r e c is o r ig o r b ie n h a l la d o d e u n a f o r m a ju s ta , c o n s e g u id a a fu e rz a
d e s a b id u r ía , y v e r á c o m o e sa c o n ju n c ió n se h a s o ld a d o in te n s a m e n te
c o n n u e v o s v e r s o s . N o le p a r e c e r á e n to n c e s d e s n u d a c o n s tru c c ió n u n a
p o e s ía q u e d a r á a n u e s tr a é p o c a la p le n itu d líric a d e l X V II. Y si d e s ­
p u é s d e e s tu d io s a le c tu r a n o lo ju z g a r a a s í su d e s d é n p o r la e s tro fa ,
su m e n o s p r e c io y b u r la d e la p e r f e c c ió n d ifíc il y c o n s e g u id a d e la té c ­
n ic a p o é tic a n o s e r ía p r u e b a c o n tr a r ia a la a u d a c ia y al v a lo r — y al
v a l o r — d e n u e s tro s líric o s, q u ie n e s a ta n p o c o p u e d e n y a a tr e v e r s e p o r
h a b e r s e a t r e v id o m u c h o c o n f o r t u n a . ¡ C o s to s o tr a b a jo h a n d e j a d o a
lo s p o e t a s v e n id e r o s !
Y v e n g a m o s a h o r a a to d o a q u e llo d e l “ fé rtil p a r a ís o d e la e x u b e ­
r a n t e f a n t a s í a ” y d e l “ c a p r ic h o d e s m e le n a d o ” . B ien d e m u e s tr a a q u í
J a r n é s q u e c o n in q u ie tu d y a tr e v im ie n to p o r él n e g a d o s e s tá b u s c a n d o
c a m in o s n u e v o s . S o lo q u e lu e g o d e h a b e r c a íd o c o n fe d e m a s ia d o
d ó c il e n c o n g r e g a n te d e a q u e lla p a s a je r a c o f r a d ía d e la d e s h u m a n iz a ­
c ió n d e l a r te , a h o r a se n o s a p a r e c e , h e r o ic a m e n te e n tu s ia s ta , d e s lu m b r a d o
p o r u n tu r b u le n to n e o - r o m a n tic is m o q u e h a c e y a 5 a ñ o s v o c e a r o n u n o s
c u a n to s e s c r ito r e s f ra n c e s e s jó v e n e s ----n o m uy a fin e s, p re c is a m e n te ,
a l te m p e r a m e n to d e l n u e s tr o ,— r e a c c io n a n d o c o n tr a u n id e a lis m o in-
te le c tu a lis ta a n te r io r , q u e a ú n s o b r e v i v e . M á s a c e r ta d a m e n te q u e d e
c a p r ic h o s d e s m e le n a d o s y d e f a n ta s ía e x u b e r a n te h a b l a ta m b ié n J a r n é s
d e e s p íritu s sin c e ro s c u y a v ita lid a d es u n a c o n tin u a c re a c ió n . E ste v i­
ta lis m o , c o m o a q u e lla e x u b e r a n c ia , so n d e la m is m a e sc u e la , r e n o v a d a ,
q u e te o riz ó s o b r e la d e s h u m a n iz a c ió n y a la q u e J a r n é s p r e s ta a lu c i­
n a d a fé, m á s q u e d e a p r e n d iz d e filo s o fía , d e v e r d a d e r o d e v o to d e l a r ­
tific io e s tilís tic o y d e la p o s tu r a in te l e c t u a l .
E n s u m a , y o c re o q u e el jo v e n n o v e lis ta J a r n é s h a t o p a d o co n
c ie r to c a r á c t e r c o m ú n a casi to d a s la s lite r a tu r a s ju v e n ile s d e h o y y
e n g e n e r a l a to d a s la s d e m o m e n to s lite r a r io s m u y g r a n a d o s c o n te m p o ­
r á n e o s d e in s ta n te s d e v id a m u y p le n a y a g i ta d a ----e je m p lo el se is­
c ie n to s e n E u r o p a — y n o h a s a b id o c a lific a rlo n i in te r p r e ta r . L e h a p a ­
r e c id o c o b a r d í a lo q u e m á s b ie n e r a in te le c tu a liz a c ió n , e s te tic is m o d e l
a rte .
N o se n e c e s ita r ía t a n t a d e c isió n , n i ta n ta e n e rg ía , n i ta n to ro m á n tic o
g r ito d e e x a lta c ió n d e l c a p r ic h o y d e la f a n ta s ía “ d e s m e le n a d o s ” . S e ­
r ía ta l v e z n e c e s a rio , c o n P a s c a l, r e c o r d a r q u e el c o r a z ó n tie n e r a z o n e s
q u e la r a z ó n n o c o m p r e n d e . N o se n e c e s ita m u c h a v a le n tía p a r a ese re-
24 Amauta
c u e r d o . B a s ta c o n v o lv e r a e s c u c h a r, c o n o íd o d e p o e ta , n a tu r a lm e n te
( o d iv in a m e n te ) el c o r a z ó n n u e s tro y el d e t o d o s . Y c o m o q u e r ía
e n su s b u e n o s tie m p o s “ X e n iu s ” , sin o lv id a r ta m p o c o q u e a su v e z la
r a z ó n tie n e r a z o n e s q u e el c o r a z ó n n o c o m p r e n d e .
♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

DON SEGUNDO SOMBRA Y EL

PERU, poi? Emilio Remeso.
O N S e g u n d o S o m b r a a r m ó c a b a lle r o a F é lix C a s tr o , d á n ­
d o le u n r e b e n c a z o e n el lo m o y d ic ié n d o le :
— H a c e te d u r o m u c h a c h o !
A lg u n o s sig lo s a n te s u n a n ó n im o v e n t e r o c o n u n e s p a ld a ­
r a z o h iz o c a b a lle r o a n d a n te a d o n A lf o n s o Q u ija n o , q u ie n
se lla m ó d e s d e e se in s ta n te D o n Q u ijo te d e la M a n c h a .
E l C a b a lle r o d e la T r is te F ig u r a fu e a n te to d o u n h o m b r e lib r e y
e n la p o s e s ió n c o m p le ta d e la lib e r ta d r e s id e su m a y o r g l o r i a . L ib e r ­
tó g a le o te s , b u r ló le y e s d e l E s ta d o sin te n e r e n c u e n ta o tr a s q u e la s d e
la a n d a n te s c a c a b a l l e r í a .
D o n S e g u n d o S o m b r a ’’ es a d m ir a b le ta m b ié n p o r su lib e r ta d s a l­
v a je . N o lo e n c a d e n a ni el a m o r, ú n ic a e s c la v itu d to l e r a b l e . H o m ­
b r e f u e r te e s te g a u c h o b u e n o , r e p r e s e n ta al tip o f e n e c id o d e la p a m p a
a r g e n tin a , q u e d o m in ó a lo s h o m b r e s , c o n q u is tó el p a is a je y s e n tó la s
b a s e s d e la g r a n d e z a a r g e n tin a q u e m á s t a r d e ib a se r p a r a o t r o s . P a ­
r a lo s in g le s e s q u e b u s c a n re s e s p a r a lo s frig o rífic o s , p a r a lo s ita lia n o s
c e r e a lis ta s , p a r a lo s a le m a n e s h a c e d o r e s d e e m b u t i d o s . D o n S e g u n d o
S o m b r a y su s g a u c h o s te n ía n e n c a d a p a g o y en c a d a e s ta n c ia u n a
v e n t a . D o m a b a n e n e lla la s c a b a lle r ía s b r a v ia s , a r r e a b a n m a s a s i n ­
m e n s a s d e re s e s . N o te n ía n m o lin o s d e v ie n to , n i e n c a n ta d o r e s , n i c u r ­
sis d u q u e s a s o d u e ñ a s . T e n í a n q u e h a c e r s e d u r o s a l so l y a l r e b e n q u e .
E n d u r e c e r la p ie l p a r a lo s c u e r n o s d e lo s b u e y e s y el p e lle jo p a r a lo s
p u n ta z o s d e lo s p u ñ a l e s . N i s iq u ie ra g u a r d a b a n m u c h o tie m p o el r e ­
c u e r d o d e a lg u n a m o z a d ig n a d e a m a r , p a r a e s ta r s ie m p r e lib re s y
s o lo s .
P a r o h a y e n e s ta h e r m o s a n o v e la a r g e n tin a d e R ic a r d o G u ir a ld e s
a lg o q u e n o s in te r e s a s in g u la r m e n te y es c o m p a r a r el e s fu e rz o d e l c a m ­
p e s in o b r a v o p o r d o m in a r a l a m b ie n te e n el p a is a je a r g e n tin o y e n el
p a is a je d e l P e r ú .
E l r e la to d e la s a v e n tu r a s d e d o n S e g u n d o S o m b r a e m p ie z a en la
s a lid a q u e h ic ie r o n lo s r e s e r o s g a u c h o s , a r r e a n d o g a n a d o s p o r la p a m ­
p a . E n a q u e lla c a m p a ñ a se p o n e a p r u e b a el v a lo r, la in te lig e n c ia y
la f u e r z a d e l h o m b r e . E l q u e tr iu n f a d e e s a g r a n p r u e b a se h a c e g a u ­
c h o , es d e c ir se h a c e h o m b r e , r e s p e ta d o y a d m ir a d o p o r to d o s lo s d e
lo s p a g o s . A q u e llo s h o m b r e s , a d e m á s d e su r e s is te n c ia a la s in c le m e n ­
c ia s d e la p a m p a , a l so l q u e h in c h a sus e s p a ld a s y a g r ie ta lo s r o s tr o s ,
m ie n tr a s la s r ie n d a s h a c e n h u e lla s s a n g r ie n ta s e n la s m a n o s ; tie n e n q u e
c u m p lir su c a r r e r a , a p r e n d ie n d o u n a se rie d e m e n u d o s o ficio s, p a r a lle ­
g a r a ser b a q u ia n o s.
“ A n te s a e a n d a r h a c ié n d o m e el “ t a ita ”, d ic e G u ir a ld e s ,----te n ía
p o r c ie r to q u e a p r e n d e r a c a r n e a r , e n la z a r , p ia la r , d o m a r , c o r r e r c o m o
l a g e n t e e n el r o d e o , h a c e r r ie n d a s , b o z a le s y c a b e s tro s , lo n je a r , s a c a r
A m au fa 25

tie n to s , e c h a r b o to n e s , e s q u ila r, tu s a r, b o le a r , c u r a r el m a l d e l b a z o , el
a b a , lo s h o r m ig u e r o s y q u e se y o c u a n ta s c o s a s m á s ” .
P in to r e s c a y m a r a v illo s a e s ta v id a d e e s fu e rz o d e l c a m p e s in o a r ­
g e n tin o , p e r o n o s o la m e n te d e l a r g e n tin o . P o r eso S e g u n d o S o m b r a es
u n a n o v e la d e a lm a a m e r ic a n a , h o n d a y fu e rte . P o r q u e n o es a llá s o ­
la m e n t e d o n d e el h o m b r e tie n e q u e se r f u e r te y v a lie n te a n te la n a t u r a ­
le z a y lo s h o m b r e s . E n el P e rú , p o r e je m p lo , se p r e s e n ta el p r o b le m a
d e la lu c h a c o n el a m b ie n te en f o r m a m á s in te n s a , si se c o n s id e r a q u e
a llá se p e le a c o n la p a m p a y se la c o n q u i s t a . M ie n tra s e n el P e rú , la
lu c h a d u r a es e n la m o n ta ñ a a n d in a , r o c a llo s a y b r a v i a .
N u e s tro s p a is a n o s d o m a n c a b a llo s , a q u e llo s “ s u n ic h o s ” e n a n o s y
v e lo c e s , e n la s f a ld a s d e lo s c e rro s . P r e n d id o s a la s c rin e s d e lo s c a ­
b a l lo s s a lv a je s n u e s tro s c h a la n e s s u e lta n la r ie n d a p o r lo s c a m in o s q u e
s u b e n a la s m o n ta ñ a s , d o n d e a c a d a p a s o se a lz a u n a a f ila d a r o c a en
e s p e r a d e l c r á n e o d e l d o m a d o r . Y o h e v is to en la m e s e ta p u n e ñ a a-
q u e llo s c a b a lle jo s c h ú c a r o s tr a í d o s d e las lo m a s m o q u e g u a n a s . A q u e ­
llo s a s n o s q u e n u n c a h a n r e c ib id o c a r g a e n lo s l o m o s . Y ta m b ié n a q u e ­
lla s c r u z a d a s d e la s rp e s e ta s y d e la s c o r d ille r a s q u e n u e s tra s a r r ia d a s
e f e c tú a n , lle v a n d o g a n a d o s a la c o s ta o la s m in a s b o liv ia n a s
Y es q u e te n e m o s e n la v id a d e n u e s tro s p a is a n o s , u n v e n e r o in a ­
g o ta b le q u e e x p l o t a r . L a v id a p e r u a n a n o es s o la m e n te a q u e l “ p u e b lo
sin D io s ” d e s c r ip to p o r C é s a r F a l c ó n . L a v id a p e r u a n a h a y q u e v i­
v ir la en la in m e n s id a d d e l c a m p o , p o r d o n d e m o r a n lo s “ m o z o s tr e -
j o s ” , d o m a d o r e s , c a s tr a d o r e s , v e te r in a r io s , c u r a n d e r o s , q u e tie n e n q u e
lu c h a r a d e m á s c o n la m o n ta ñ a d e 5 ,0 0 0 m e tr o s d e a ltitu d e n r a r e c id a
d e o x íg e n o , a la c o n q u is ta d e l p a n .
L a v id a p e r u a n a e s tá n o s o la m e n te en lo s p a is a n o s g a n a d e r o s d e
la s ie rra , q u e d u e r m e n en la p a s c a n a a la lu z d e la s e s tre lla s y h a c e n
h e r v ir el c h a r q u i y la s lo n ja s r e c o n f o r ta n te s al c a lo r d e la b o s ta h u ­
m e a n te d e la s p u n a s . E s tá ta m b ié n e n a q u e l tip o d e c o n q u is ta d o r t r e ­
m e n d o q u e es el c a u c h e ro , m a c h e te lim p io , d e s b r o z a n d o e s p e s o s r a m a ­
le s e n la s se lv a s, a b r ie n d o c a m in o s q u e se p ie r d e n c o m o la h u e lla d e lo s
n a v io s e n la m a r . E s tá a sí m is m o en la d e a q u e llo s b u s c a d o r e s d e
m in a s , “ c a te a d o r e s d e m in a s ” , ta c itu rn o s , o b s e s io n a d o s , q u e d u e r m e n
e n la s c u m b r a s s o b r e s á b a n a s n iv e a s y b a j o la lá m p a r a d e la v í a .
A l le e r D o n S e g u n d o S o m b ra , la c é le b r e n o v e la d e R ic a r d o G u i-
r a ld e s , y o h e r e c o r d a d o c o n h o n d a e m o c ió n m is p r im e ro s a ñ o s s e r r a ­
n o s, lo e x p r e s o a c á sin v a n i d a d , m á s s o la m e n te p a r a d a r u n a m u e s tr a
d e lo q u e es la v id a d e e s fu e rz o en n u e s tra s s e rr a n ía s .
E n la m e s e ta p u n e ñ a el in d io a c a r r e a lo s fla c o s g a n a d o s p o r m u ­
c h a s le g u a s, a c a m p a n d o f u r tiv a m e n te en b o f e d a le s v e r d e s p a r a a h o r r a r
f o r r a j e s . J u n to al h o g a r h e c h o en p le n a a ltip a m p a , a l c r e p ita r d e la
“ t o l a ” , h e v is to d e s o lla r c a r n e r o s , a r r a n c á n d o le s el p e lle jo r a s g a n d o c o ­
m o u n a s e d a , c o n el p u ñ o a p r e t a d o e n tr e el c o s tilla r y el c u e ro , d e s ­
p u é s d e h a b e r a b ie r to u n o ja l al ta jo filu d o d e u n a c u c h illa . H e s e n ti­
d o b a j o el c ie lo f río d e la s n o c h e s d e p u n a , el o lo rc illo d e lo s “ c h u n -
c h u lís ” , d e la s “ q u íu c h a s ” , “ a j a r a n a s ” , s o b r e la s p a r r illa s c a n d e n t e s .
S o b r e el “ c h u ñ a w i” h e la d o , la s c a r n e s a g r ie ta d a s p o r el a z o te d e la
te m p e s ta d , h e v is to a r d e r la s h o g u e r a s d e S a n J u a n p a r a q u e p r o t e j a
lo s g a n a d o s . E n el la g o , e n c r e s p a d o in c r e íb le m e n te e n la s ló b r e g a s n o ­
c h e s d e a g o s to , im p e lid o a la fu e r z a d e l in te n s o v ie n to , la d im in u ta b a l ­
s a d e to to r a , c o n d o s p ie s d e c a la d o s o b r e la s u p e rfic ie o s c u ra y a b is-
26 Am auta

m a l, se m e c ió c u a n ta s v e c e s c o m o u n a p lu m a q u e a r r a s t r a el h u r a c á n .
— “ H a c e te d u r o m u c h a c h o ” !
E s ta n o v e la d e l c a m p o s e rá p o r e s to b ie n g u s ta d a p o r to d a s a q u e ­
lla s p o b la c io n e s a n d in a s d e l P e rú , d o n d e la v id a es d u r a . D o n d e c a d a
u n o tie n e q u e h a c e r s e d u r o b a j o el sol, c o n tr a el v ie n to y s o b r e la h e ­
la d a . D o n d e tie n e q u e h a c e r s e d u r o en la a ld e a , c o n t r a el a lc o h o l y c o n ­
tr a el o d io . T o d o a q u e l q u e en lo s c e n tr o s p o b la d o s a n d in o s d e l P e -
rrú , h a y a te n id o q u e h a c e r su v id a e n tr e la s c h a c r ita s y las v a c a s , e n
m e d io d e e s a lib e r ta d s a lv a je y c a r a d e lo s c a m p o s , r e c ib ir á la o b r a d e
R ic a r d o G u ir a ld e s , " D o n S e g u n d o S o m b r a ” c o n la m á s h o n d a e m o ­
c ió n .
Si el " p u e b lo sin D io s ” n o s h a c e m e d ita r h o n d a m e n te e n e s ta v i­
d a " s in D io s ” d e q u e e s c rib e C é s a r F a lc ó n , c u á n to b ie n n o s h a r á en
c a m b io en el P e r ú a t o d a la p a i s a n a d a de c h a c a re ro s , g a n a d e r o s ,
“ chalweros” o p e s c a d o re s d e l T itic a c a y c h a la n e s d e to d a s la s c o r d i­
lle ra s, a q u e l lib ro q u e n o s r e c o n f o r te e n e s ta v id a c a m p e s in a ta n ig ­
n o r a d a d e l P e rú . ¿ Q u ié n s e rá el feliz m o r ta l q u e lo e s c r ib a ? . . .
T e n e m o s ta m b ié n u n a lm a n a c io n a l y p o r n u e s tro s p a g o s , p a s a
u n a s o m b r a , c o m o la d e D o n S e g u n d o ; s e a el c o m p a d r e d o n P a b lo ,
s e a el a n c ia n o in d io M e lc h o , q u e e n c a r n a n u e s tro s su frim ie n to s , n u e s ­
tr a a c c ió n e n é r g ic a en la c o n q u is ta d e la m o n ta ñ a , m á s tr e m e n d a q u e
la c o n q u is ta d e la p a m p a .
E n el " p u e b lo sin D io s ” e s tá a q u e lla m in o r ía q u e n o h a c e m á s
q u e h a b l a r y se a v o c a la r e p r e s e n ta c ió n n a c i o n a l . P e r o n o e s tá r e p r e ­
s e n ta d o a h í e n el c u ra , en el g o b e r n a d o r n i e n el c u ria l n u e s tro p u e ­
b lo . E se es el la d o f l a c o . E l la d o g o r d o , f u e r te y n e r v u d o e s tá e n e l
r u d o h o m b r e d e n u e s tr o s c a m p o s , a q u e l q u e c ru z a la s c o r d ille r a s c o ­
m o a r r ie r o , a b r e b o c a m in a s a 5 ,0 0 0 m e tr o s o d e s tr o z a la m a r a ñ a d e
la s s e lv a s p a r a a b r ir s e p a s o . T o d o ese p u e b lo tie n e D i o s .
D o n S e g u n d o S o m b ra , sig n ific a la e x a lta c ió n d e l v a lo r c a m p e s in o ,
d e l p a is a n a je . E n v e z d e d e p r im ir, e x a lta , c o n s u e la . Y el q u e e s to e sc ri­
b e , h a v is to r e v iv ir d ía s d e la m e s e ta c o n la m á s h o n d a e m o c ió n s in ­
tie n d o la n o s ta lg ia d e la s g r a n iz a d a s tr e m e n d a s , m ie n tr a s la v a c a d a m u ­
g ía m a n s a m e n te ju n to a la c a b a ñ a .
A m a u ta 27

DIFICIL TRABAJO, po* Xa vie* Abril.

P E N E T R A C IO N , A G U JA , PELO , SU R M EN A JE, A B A N D O N O , Z A ­
P A T O S , A R E N A , CIELO, IN FIER N O , LU Z, SO M B RA , ESQ U E­
L E T O , P A R P A D O S , UÑAS, F A L T A D E G A R G A N T A D E
CHARLOT

“ R ad io g rafía de C haplin” ( 1 )

3 9 . — L a cena d e C h a rio t.

L A c e n a d e C h a r io t— p a r a lo s q u e n o te n e m o s tr a d ic ió n d e e s ­
t a m p a c a tó lic a g a s tro n ó m ic a — es m á s in te r e s a n te y m á s p r o f u n d a m e n ­
t e h u m a n a q u e la c e n a d e Je sú s, q u e fu e e s p e c ta c u la r c e n a d e h a m b r i e n ­
to s , d e h o m b r e s q u e e s p e r a b a n m il a g r o s . E n c a m b io , en la d e C h a r ­
lie C h a p lin , c e n a d e p u r a p a s c u a ju d ía , d e s o le d a d , d e h o m b r e a g ó n i­
c o , él se q u e d a so lo en la c a b a ñ a , e n tr e la o s c u rid a d d e v e la s a p a g a d a s ,
d o r m id o s lo s n u e v o s o jo s d e c e lu lo id e d e l h o m b r e .
E n la c e n a d e C h a r io t n o se p u e d e e s p e r a r m ila g r o s d e s ­
p u é s d e la d a n z a d e lo s p a n e s : p u r o ju e g o h u m a n o . C h a r­
io t, g o b e r n a d o r d e la p siq u is, d e l l i b i d o , n o p u e d e h a c e r m ila ­
g r o s . E l s o la m e n te o p e r a c ó s m ic a m e n te p o r q u e c o n o c e la m ú sic a d e la
f o r m a q u e v a d e l e s q u e le to a la v is ió n : a la c a r n e . C h a rio t, es el
m e n sa je d e lo s o jo s h u m a n o s . E s la c re a c ió n ó p tic a m á s g e n ia l
q u e h a d a d o el m u n d o . E l c u e r p o d e la c u ltu r a n u e v a tie n e en C h a r ­
i o t el s e n tid o d e la s c ó r n e a s . T a n to q u e p u e d o a v e n tu r a r a d e c ir q u e
lo q u e C h a p lin n o v e n o lo h a c r e a d o t o d a v í a . E l m u n d o es te r r ib le ­
m e n te o s c u ro e n sus o jo s . S o la m e n te su lu z y s a lm o p u e d e d a r esa
c a l i d a d am jo ro sa d e re c ié n n a c id o , q u e es su c re a c ió n .
C h a rlie C h a p lin , h a c r e a d o d e n tr o d e l p u r o s e n tim ie n to m a r x is ta
d e la s o c ie d a d n u e v a , la c e n a d e n u e s tro tie m p o r e v o lu c io n a r io . S u es­
c e n o g r a f ía , su a m b ie n te , g u a r d a u n fiel itin e r a r io h is tó ric o d e la p r i­
m itiv a p a s c u a ju d ía . E l e s p íritu c o n te m p o r á n e o r e c la m a b a e sa le v a ­
d u r a p a r a su s e n tid o e c u m é n ic o .

4 0 . — El sentido se x u a l.

L A o r ie n ta c ió n s e x u a l en C h a rio t, es d e lo m á s im p o r ta n te p a r a el
e s tu d io d e su g e n ia l c r e a c i ó n . S u in d u m e n ta r ia m e d ite r r á n e a , n e g ra ,
q u e tie n e n o sé q u é c o s a d e a n tig u a d e s g ra c ia , es la c r o s a m e n te s e x u a l;
su m á s c a r a p a d e c e e n f e r m e d a d e s te r r ib le s . T r a s d e su d is f r a z m e lo
f ig u r o m o r a d o n a ú f r a g o d e la s p la y a s d e l e s p a n to . S u d is frá z lo tr a e d e
lo m á s a n tig u o d e l m u n d o a lo m á s n u e v o . S u o sc ila c ió n es u n e te r n o
e q u ilib r io en el v a c ío , d e d o n d e p a r e c e q u e n o s tr a e ese to n o d e n u e ­
v a h u m a n id a d , d e p ie l tie r n a y tr á g ic a a la v e z . E s e n el v a c ío d o n d e
C h a p lin h a o íd o la n u e v a v o z a n g u s tio s a d e l m u n d o . E l h iz o en el c ir­
c o la s p r im e r a s e x p e rie n c ia s , b ú s q u e d a s ; lu e g o , en el c o r d e l d e la v i­
d a p a r a su ju e g o c ó sm ic o . E l v a c ío es la ú n ic a d im e n s ió n q u e h a c e
e l e q u ilib rio e n el a r te d e C h a p l i n . E l h a s a lv a d o d e lo s a c c id e n te s a t-

( 1 ) . — (V éase el número XX de A m au ta).

28 A m au ta

m o s f é r ic o s ; p a r e c e p o r eso s e r u n tr á n f u g a d e l cielo . S u fo togenism o»

e s tá a c o n d ic io n a d o a la v e lo c id a d d e la luz, q u e él o b s e r v a en lo s p a -
r a j e s m á s s o lita rio s , en lo s b l a n c o s a la n a d a . C h a p lin , ¿ a c a s o ’
ig n o r a d ó n d e y a n o n a c e el h o m b r e , d ó n d e n o n a c e la flo r?

41 . — C h ario t tip o .
L A s e n s a c ió n d e C h a r io t, es la d e u n h o m b r e p r o d u c id o en u n o r"
d e n e c o n ó m ic o y u n a c iv iliz a c ió n d e p r im id a p o r u n f u e r te in te r é s h u ­
m ano .
L a d e s e s p e r a n z a d e C h a r io t, n o es in d iv id u a l c o m o e n N ie tz c h e -
E n la d e s e s p e r a n z a d e l g e n io d e l c in e m a , se h o s p e d a b u e n a p a r te d e l
e s p ír itu c o n te n id o y p o lític o d e h o y . A l m e n o s, lo s s e re s d e e v a sió n ,
h e r o ic o s , lo s m ís tic o s n u e v o s , v iv e n p le n a m e n te en e so s lin d e s d e la
c ir c u n f e r e n c ia q u e se o s c u re c e a u n la d o d e l cielo , e n el C irc o . E sa m a ­
te m á tic a s e n s a c ió n al la d o d e l tie m p o , d e la v id a , es m a g n ífic a , e x a c ­
t a : filo s ó fic o y p o é tic o fin d e la o r ie n ta c ió n e r r á til d e l j u d í o .
E l a r te n u e v o h a d a d o su tip o e n C h a r io t ( 2 ) . E l tie m p o a n ti­
g u o , s a lid o d e l m e d io e v o , d ió a l n e r v io s o H a m le t. C o n él se r e a liz a
fis io ló g ic a m e n te la m e n ta l id a d n e r c io s a e n o p o s ic ió n al te m p e r a m e n to
c lá s ic o , g r i e g o . L o s la tin o s y la r e v o lu c ió n f ra n c e s a n o d ie r o n sin o a
b u f o n e s y t í t e r e s . C h a p lin e n c a r n a la c o n tr a r ia d e l b u fó n , y en id e a
r e v o lu c io n r ia : su lib e r ta d . C o n él p r in c ip ia en la h is to ria la e lim in a ­
c ió n d e l h o m b r e g r o te s c o q u e es la fig u ra d e l ju g l a r . C h a p lin m u e s ­
t r a a v e c e s ----c o m o al tr a v é s d e r a y o s X : en b la n c o y n e g r o te rr ib le s ,—
su e s q u e le to , m á s n o lo r a b e le s ia n o , tu d e s c o y e p id é r m ic o d e la c a r n e
t a t u a d a , q u e e r a la té c n ic a p ir a t a y p r im itiv a d e l ju g l a r .

4 2 . — El m ovim iento del a lm a .

E L m o v im ie n to d e n u e s tr o sig lo m e c á n ic o , tie n e su g é n e sis en el
s a lm o h e b r e o . E s te m e s iá n ic o m o v im ie n to in te r io r d e la h is to ria , a -
s is te en p u r a r a íz d e c a n to la s o le d a d r e d o n d a , le ja n a , d e C h a r i o t. L a
s o le d a d c o n te m p e r a tu r a , c o n s itu a c ió n g e o g r á fic a y p a té tic a , n a d ie n o s
la h a d a d o m e jo r q u e e s te h o m b r e c ito o sc u ro d e l c e lu lo id e . L a b r ú j u ­
la d e C h a r io t, s e ñ a la d e s e s p e r a d a m e n te el P o lo . E l h a h e c h o n a c e r la
f lo r d e l lím ite ; h a v is to en su d o lo r o s o o sc ila r la f lo r m o n s tr u o s a d e
lo s a b d ó m e n e s h in c h a d o s , c o n c á n c e r ; lo s m ie m b r o s q u e r u e d a n en
la s s a la s d e c ir u jía ; lo s se x o s p o d r id o s , lo s se n o s v a c ío s , sin h ijo s . L a
s e n s ib ilid a d d e C h a p lin tie n e la s p r o p ie d a d e s d e lo s r a y o s X . S u s o jo s
s u b e n d e su c o r a z ó n y p e r f o r a n r e a lid a d e s p e n u m b r a d a s e n la s c iu d a d e s
(N u ev a Y o rk , P a r ís , L o n d r e s ) en que lo s a s c e n s o re s se lle ­
van b u e n a p a r t e d e la v isió n so lo e c o n ó m ic a d e sus h o m ­
b res s ta n d a rd . C h a p lin es u n ascen so r que sube la s a l­
m as de lo s m á s c o m p lic a d o s y le ja n o s cu e rp o s del m un­
d o . A p e s a r d e su s m illo n e s , d e su in d u s tr ia ,----y lo c u a l n o es sin o u n a
p a r a d o j a p a r a el c a p ita lis m o — la té c n ic a p s íq u ic a d e C h a p lin r e a c c io n a
m e j o r a n te el a lm a d e la m is e ria , ta n to q u e él es el p r im e ro q u e h a

(2 ) . — Es muy posible que Chaplin, en lo que significa su imágen, sea el

Mesías esperado por los Judíos. Y yo lo creo, porque de llegar él,
tendría que ser por el cinema. Y el Mesías ha llegado, el es Char­
iot. Ya no es la parábola, sino el cine: el ojo del subconciente. (N o­
ta del autor).
 A m au ta 29

s e ñ a la d o , im p u e s to a l m u n d o lo s v a lo r e s m o r a le s - e s té tic o s d e la s c a ­
p a s s u b te r r á n e a s d e la s o c ie d a d .

* *

C O M O e x a c ta W a ld o F r a n k , la c re a c ió n d e C h a p lin , n a c e d e la
m e d id a d e su r itm o c a r d iá c o , p e r o m e jo r c o m o el m is m o d ic e : “ C u a n ­
d o C h a p lin se a p r e s ta a e n s a y a r u n a e s c e n a y a h a s id o m e d id o su lu g a r
en la a r q u ite c tu r a d e l a s u n to a sí c o m o el te m a m is m o h a s id o m e d id o
p o r la v id a d e C h a p lin , d e m o d o q u e é s te c u a n d o e n s a y a , s a b e lo q u e
s u c e d e ” . E s a sí c o m o la o b r a es su p r o y e c c ió n físic a, o r g á n ic a . T o ­
d o en él, d e s d e su s a lid a a la s lín e a s m a te m á tic a s d e su a rte , es u n r it­
m o en q u e se c o n s e r v a in ta c ta la v ib r a c ió n p lá s tic a d e su a n a to m í a
n u e v a . E s a lu z m is te rio s a , fis o n ó m ic a — d e p u r a lu z a v e c e s s o m b r a —
q u e ir r a d ia sus g e s to s, sus a r tic u la c io n e s , s o n d e su p o te n c ia : L u z y
S o m b r a d e su e s q u e l e t o . S o la m e n te en su s to n a lid a d e s es q u e c o l a b o ­
r a lo c a m b ia n te d e la v id a , le m ouvem ent de l ’a m e , q u e d ir ía V a lé r y ,
y en lo q u e se p u e d e p r e c is a r la s ín te s is d e l a d m ir a b le ritm o d e E u p a li-
nos . C h a rio t, es a d e m á s d e l r itm o d e la té sis g r ie g a :— e x te r io r id a d , s e ­
r e n id a d , tie m p o — v a g a n c ia a u t ó m a t a d e l ritm o h u m a n o . E n e s ta
f o rm a es q u e e x c e d e al tie m p o e n su s e n tid o fijo , a n tig u o , g r ie g o . E l
F ris o n o es sin o la id e a e x tá tic a d e l tie m p o d e n t r o d e l s e n tid o d e c o r a ­
tiv o ; q u ie n n o a c ie r ta a v e r sin o lo ú ltim o , n o lo g r a la c a te g o r ía d e l r it­
m o a r q u ite c tó n ic o a n tig u o en el q u e e s tá c o n te n id o , c e r r a d o el tie m p o .
P e r o C h a rio t, h a b i ta n t e d e l c ie lo , es im á g e n , fig u ra m o v id a , s u b -
c o n c ie n te . E n él a ju s ta n la s r a z a s su s m o v im ie n to s te r r e s tr e s . C o m o
g ita n o q u e es, h a p o d id o lle v a r al c in e m a ese c o n tin u o m o ­
v im ie n to d e fig u ra s — c o lo re s — y d e im á g e n e s q u e c a p ta del
m u n d o el n ó m a d e . P o r eso su c a r a e s tá to d a v ía en la e t a p a d e e se
r e m o lin o d e p a s a je s , d e c ie lo s c a íd o s , q u e so n lo s o jo s d e C h a p lin . S u s
m is m o s z a p a to s n o so n m á s q u e lo s c o tu r n o s g rie g o s e n n e g r e c id o s , h u ­
m a n iz a d o s p o r u n la rg o y s u d o r o s o p e r e g r in a je m e d ite r r á n e o . T o d o e n
él e s tá s o m e tid o a su r itm o c a r d ia c o e x c e p c io n a l, q u e in c ita a l m u n d o
a u n a ta q u ic a r d ia e m o tiv a , a n g u s tio s a , en film q u e a n e g a el s u e ñ o y
la s p e s ta ñ a s . C h a rio t, es el p e r s o n a je d e la a n g u s tia . S u a r te n o se
h a b r ía d a d o sin el a p o r te d e l s u r n re n a g e d e la P o s t- G u e r r a . E n él, s in ­
e m b a r g o , lo ú n ic o c u e r d o , ló g ic o , es su b a s to n c ito q u e es u n a e s p e c ie
d e S a n c h o a d e lg a z a d o p o r u n r ig u ro s o r á g im e n v e g e ta ria n o . Su
b a s to n c ito se m u e v e d e a c u e r d o s o la m e n te c o n la g ra c ia d e su b ig o te
o d e su h o n g o q u a p e r e c e v e r d a d e r a m e n te c r e c id o en tie r r a f a n g o s a .
E l b a s to n c ito se r íe en su s m o v im ie n to á g ile s en e s c e n a s e n q u e C h a p lin
n o d e b e r ía in te r v e n ir . H a y m o m e n to s e n q u e p a r e c e q u e su c a ñ a a c tu a r a
d e a c u e r d o tá c ito conl el m o v im ie n to d e sus h u e so s. E n e s te p u n to ,
to d o in s tru m e n to se h u m a n iz a al c o n ta c to c o n C h a r i o t . E l d e v u e lv e t e r ­
n u ra a l p a is a je , a l a n im a l, a lo s m á s fe r o c e s c o m o el o so , e n la s m o n ­
ta ñ a s p a s c u a le s d e A l a s k a .

4 3 . — C h ap lin y la h istoria.

P H I L I P P E S o u p a u lt, n ie g a el o r ig e n ju d ío d e C h a p lin , p e r o e llo n o

a f ir m a n a d a m á s q u e u n a p e q u e ñ a n e c e d a d b io g r á f ic a . A l c o n tr a r io .
30 A m au ta

m e s u g e s tio n a q u e su m e n ta l id a d s e a ju d í a sin e s ta r él v in c u la d o a la
g ra n d e z a d e I s ra e l.
E S ta m b ié n d e n t r o d e l s e n tid o d e la C u ltu r a q u e se p u e d e c a p ­
t a r c o m o a p o r te b io ló g ic o la o r ie n ta c ió n m e n ta l d e u n a r a z a . E s to es
lo q u e h a s u c e d id o c o n C h a p lin . S u c r e a c ió n , su tip o , es u n a g e n ia l c o m ­
p r e n s ió n d e la h i s t o r i a . L a in d u m e n ta r ia m is m a d e C h a rio t, es ta n in ­
te r e s a n te ---- v ié n d o la en su v e r d a d e r a to p o g r a f ía c ó s m ic a ---- c o m o la té -
s is h is tó ric a d e S p e n g le r, p o r e je m p lo . T a n t o el u n o c o m o el o tro , p e ­
r o s o b r e p a s a n d o C h a p lin p o r su g e n io e s té tic o -s o c ia l, a y u d a n a d a r la
s ín te s is d e la h is t o r ia . E l u n o , C h a p lin : s ic o ló g ic a ; el o tro , S p e n g le r :
s o c io ló g ic a .
C h a p lin e s tá ta n c o n te n id o d e h u m a n id a d , q u e c u a n d o m u e r a
s e p o d r á h a c e r u n m a p a d e su e s q u e le to p a r a la f u tu ra , h is to ria , p u e s y a
e n to n c e s n o se h a r á sin o e n m a p a s a n a tó m ic o s . P a r a c o n o c e r a N a p o ­
le ó n , n o se n e c e s ita r á r e c u r r ir a la h is to ria im b é c il d e C a n tú sin o q u e h a ­
b r á n m a p a s d e él c o n su s r e a c c io n e s q u ím ic a s, e x á m e n h is to ló g ic o , c r á ­
n e o , la titu d , lo n g itu d ,e tc . P e r o ta m b ié n N a p o le o n e s a c a b a llo p a r a lo s
d e p o c a im a g in a c ió n .

1929.

LA REVOLUCION MEXICANA ¿RE­

VOLUCION SOCALISTA?, por Es­
teban Pavíetích.
(C ontinuación. — V éase “ A M A U T A ” , núm ero 2 6 )

D O L E C E R I A d e u n a d e p l o r a b le s im p lic id a d la a f ir m a c ió n
™d e q u e la r e v o lu c ió n m e x ic a n a h a s id o ú n ic a y e x c lu siv a -
j m e n te u n a d e la s r e s u lta n te s d e la lu c h a e m p e ñ a d a e n tr e la s
g r a n d e s p o te n c ia s in d u s tria le s y fin a n c ie r a s p o r el a p o d e r a -
I m ie n to h e g e m ó n ic o d e lo s m e r c a d o s m u n d ia le s , o só lo la e x ­
p r e s ió n ta n g ib le d e l in te n to d e u n a c u a lq u ie r a d e e lla s p a r a a b s o r v e r
y c o n t r o l a r a M é x ic o e c o n ó m ic a m e n te . E l im p e r ia lis m o h a sid o , d e t o ­
d a e v id e n c ia , f a c to r e s e n c ia l p a r a su a c u n a m ie n to e irru p c ió n , p e r o n o
e l ú n ic o . ílu
C o n t r a r i a n d o el p a n o r a m a f in g id a m e n te f lo re c ie n te d e la fe u d a -
lid a d , b u llía n e n su s e n t r a ñ a s h o n d a s n e c e s id a d e s so c ia le s im p e d id a s d e
h a l l a r su c a b a l s a tis f a c c ió n d e n t r o d e l e s tr e c h o c e rc o d e la s in s titu c io ­
n e s g a s ta d a s y a n a c r ó n ic a s . A l la d o d e u n a p l a s t a n te p o r c e n ta je d e
p o b la c ió n c a m p e s in a e in d íg e n a , o r illa d a a la m á s tr á g ic a e im p ia d o s a
c o n d ic ió n d e s e r v id u m b r e a to d a s la s c o y u n d a s , a p u n t a b a n y a su p r e ­
s e n c ia n ú c le o s d is p e r s o s d e t r a b a j a d o r e s in d u s tr ia le s a t r a íd o s p o r la u r ­
b e e n su d e s e s p e r a d o a f á n p o r lib e r a r s e d e la o p r e s ió n a g r a ria , a u n q u e
c a íd o s e n u n a n u e v a y n o m e n o s d u r a s u e r te d e o p r e s ió n ; y , p o r s o b r e
d e e llo s, e l s e c to r m á s d e s a r r o l la d o d e la p e q u e ñ a b u r g u e s ía , lo s h o m ­
b r e s d e n e g o c io s , y la p e q u e ñ a b u r g u e s ía , e s tr e m e c id o s p o r a s p ira c io n e s
d e m o - lib e r a le s , d e m o c r á tic o - b u rg u e s a s . A h o ra q u e, h u r ta d o el ro l
 A m auta 31

d e s e m p e ñ a d o p o r el im p e ria lis m o , q u iz á si el a n ta g o n is m o d e c la se s se
h u b ie r a r e s u e lto en u n c u e r p o d e r e f o r m a s m á s o m e n o s p a c ífic a s , m á s o
m e n o s d e m o c r á tic a s , m á s o m e n o s fo rm a le s . L o c o m p r u e b a el h e c h o
d e q u e, a n te s d e p r e c is a rs e el a p o y o c o n d ic io n a l d e l im p e r ia lis m o n o r ­
te a m e ric a n o a la r e v o lu c ió n m a d e r is ta , é s ta , en la d e b ilid a d d e su s in ic io s,
se a v e n ía a c ie rta s y lim ita d a s c o n c e s io n e s p o lític a s d e l a n tig u o ré g im e n ,
ta le s c o m o la e le c c ió n d e u n v ic e p r e s id e n te d e la R e p ú b lic a , d e a lg u n o s
g o b e r n a d o r e s y s e c r e ta rio s d e E s ta d o , p r o v e n ie n te s d e l P a r tid o N a c io ­
n a l A n ti- re e le c c io n is ta .
E m p e ro , c a b e la in te r ro g a c ió n d e si el im p e ria lis m o in te r v in o to n i­
f ic a n d o y a p r e s u r a n d o el d e s e n la c e r e v o lu c io n a r io e n tr e la a r is to c r a c ia
te r r a te n ie n te y la b u r g u e s ía m e rc a n til ¿ p o r c u á l ra z ó n , e n to n c e s , la r e ­
v o lu c ió n f ru te c e e n p a r te d e su c u rso m e d id a s c ie r ta m e n te a n tiim p e r ia ­
listas, d e f r a u d a n d o así, siq u ie ra tr a n s ito r ia m e n te , lo s fin e s y la s e s p e c -
ta tiv a s f in c a d a s en e lla s p o r el c a p ita lis m o lle g a d o a su e s ta d io p o s tr e ­
ro ?
E s q u e la b u r g u e s ía m e rc a n til, lo s h o m b r e s d e n e g o c io s m e x ic a ­
n o s, se e n r o la n en la r e v o lu c ió n p o r ta n d o su s p r o p io s e in tr a n s f e r ib le s
in te r e s e s típ ic o s d e clase . L a v ic to ria , r e la tiv a m e n te fácil, o b te n id a s o ­
b r e la a s iá tic a d ic ta d u r a p o r fir is ta , s o b r e el E s ta d o f e u d a l, p e n s a d o s s ó ­
lid o s e in c o n m o v ib le s , c o n f o r ta y a f ir m a sus a s p ira c io n e s d e p o d e r y d e
d o m in io . S us líd e r e s a c e p ta n tr a n s ito r ia m e n te el a p o r te im p e r ia lis ta en
h o r a s á lg id a s , p a s a n d o d e s p u é s p o r s o b r e lo s c o m p ro m is o s a d q u ir id o s
a l h a c e r lo , o b e d ie n te s al im p u ls o e n c a m in a d o al g o c e e x c lu siv o d e l in ­
g e n te b o tín c a p tu r a d o y q u e, d e o tr o m o d o , h a b r ía n d e c o m p a r tir c o n
su a f a n o s o y v o r a z a lia d o c irc u n s ta n c ia l. E l s e c to r m á s v ita liz a d o d e
la p e q u e ñ a b u r g u e s ía n o p o d í a c o n te m p la r en el im p e ria lis m o o tr a c o s a
q u e u n e n e m ig o a c e r b o d e su p r o p io y a u tó n o m o e n c u m b r a m ie n to .
C o m p r e n d ía q u e p a r a u n a a c tu a c ió n su y a , p r o v e c h o s a e in d e p e n d ie n ­
te ; p a r a el d is f r u te in te g r a l d e la n u e v a r e a lid a d d e b i d a a sus e s fu e rz o s,
p r e c is a b a n o ú n ic a m e n te la liq u id a c ió n d e lo s v a lo re s y s is te m a f e u d a ­
les, sin o ta m b ié n la e lim in a c ió n d e la tu te la im p e ria lis ta . E r a la s u y a
u n a lu c h a b if r o n te , c o n t r a d o s e n e m ig o s te n ta c u la r e s e ig u a lm e n te p o ­
d e ro s o s . L a c la se f e u d a l n o p o d í a a c e p t a r p a s iv a m e n te su d e r r o ta . E l
im p e r ia lis m o n o se s o m e tía al d e s e m p e ñ o , d e u n p u e s to s u b s id ia r io en
la f o r m id a b le p r o m e s a c o n s titu id a p o r e s ta z o n a d e A m é r ic a L a tin a ,
g e o g r á f ic a m e n te s u y a p o r el im p e r a tiv o d e l m o n r o is m o e c o n ó m ic o . L a
C o n s titu c ió n d e l 1 7, en lo q u e le s io n a el c o n c e p to tr a d ic io n a l e in fle x i­
b le d e la p r o p ie d a d , lo h a c e o b e d e c ie n d o a e s te d o b le fin p e r s e g u id o
p o r la b u r g u e s ía m e rc a n til, e n c u m b r a d a y v ic to rio s a . S u p r a x is se e n ­
m a r c a p o r u n a c o n c o r d e tr a y e c to r ia .
L a r e v o lu c ió n h a b í a v e n c id o p e r o n o a n iq u ila d o a la f e u d a lid a d .
C o m o en to d o o rg a n is m o v iv ie n te lle g a d o a su o c a so , s ig n a d o p o r la
p r o x im id a d d e u n a m u e r te s e g u ra , la s m a n if e s ta c io n e s d e a c tiv id a d d e
su s p a r te s lle g a b a n a l p a r o x is m o , se a g ita b a n en u n a d e f e n s a d e s e s p e ­
r a d a d e su a n s ia d e p e r v iv ir d e n tr o d e lo s lím ite s p r o p io s d e su s v ie jo s
m o ld e s .
D e to d o s lo s f re n te s fe u d a le s , e r a n el c le ro y la Ig le sia q u ie n e s m á s
a c tiv a , m ilita n te m e n te , e x p r e s a b a n e s to s e s fu e rz o s , c o n s titu y é n d o s e e n
p o r ta - e s ta n d a r t e s d e l M e d io E v o . E x is tía n r a z o n e s e s p e c ia le s p a r a e s­
te su ro l c o m o p io n e r o s d e la re a c c ió n . L a Ig le sia y el c le ro , p a r c ia l­
m e n te d e b ilita d o s e n el c u rs o d e la s lu c h a s s u s c ita d a s p o r la s L e y e s d e
R e f o r m a , h a b í a n r e a d q u ir id o su s p o s ic io n e s p rim a ria s , p o lític a s y e c o -
32 A m au ta

n ó m ic a s , en el p r o lo n g a d o r e n g ló n lle n a d o p o r el p o r fir is m o . L a a r is ­
to c r a c ia c r io lla y la tif u n d a r ia , lib r a d a d e lo s c u id a d o s y p r e o c u p a c io n e s
p r o p io s d e l e je rc ic io d e l p o d e r p o lític o — ta r e a e n c o m e n d a d a a D ía z y
lo s “ c ie n tífic o s ” ---- h a b í a p e r d id o m a y o r m e n te , p o r é s te h e c h o , e x p e ­
rie n c ia s .d in a m is m o s , e s p íritu d e c o m b a tiv id a d , c a p a c id a d d e in ic ia tiv a
y d e a c c ió n . S u a b s e n tis m o , su r e p u g n a n c ia p o r t o d o lo m e x ic a n o , la
h a c ía n d o m in a d a p o r u n a c ú b ic a ig n o r a n c ia d e l c lim a e n q u e d e b í a a c ­
tu a r. L a Ig lesia, e n c a m b io , in s titu c ió n o rg á n ic a , d is c ip lin a d a , p r e s ti­
g ia d a p o r su s fu n c io n e s re lig io sa s , c u id a d o s a d e su f é r r e a u n id a d i n t e ­
r io r, e n r a iz a d a e n lo s m á s p r o f u n d o s re s q u ic io s d e l a lm a p o p u la r , e r a la
h is tó r ic a m e n te lla m a d a a r e s p o n s a b iliz a r s e d e la d e f e n s a d e l r é g im e n
e n q u e h a b í a s id o r e s o r te p r in c ip a lís im o , a c o n s titu irs e en v a n g u a r d ia
d e la r e s ta u r a c ió n . D e e s te m o d o , la Ig lesia, h e c h a c a b e z a v is ib le d e
la g u e r r a s a n ta c o n t r a la p e q u e ñ a b u r g u e s ía r e v o lu c io n a r ia , a m á s d e
s o ld a r lo s n e r v io s t o d o s d e la f e u d a lid a d en u n ú n ic o c o n ju n to y b a jo
su d ir e c c ió n c e n tr a liz a d a , se a q u is ta b a la a d h e s ió n d e la s m a s a s n a c io ­
n a le s f a n a tiz a d a s y el a p o y o e fe c tiv o d e la c a to lic id a d in te r n a c io n a l.
P r o n to , el c u rs o m is m o d e la re v o lu c ió n m e x ic a n a te n ía q u e la n ­
z a r a la s fu e rz a s d e la r e s ta u r a c ió n n a c io n a l e n b r a z o s d e l im p e ria lis m o ,
u n ió n c u a ja d a te n ie n d o c o m o n e x o , p r in c ip a lm e n te , el a r tíc u lo 2 7 d e la
C o n s titu c ió n d e Q u e r é ta r o , c ris ta liz a c ió n m á x im a d e lo s fin e s p e r s e g u i­
d o s p o r la b u r g u e s ía m e r c a n til: liq u id a c ió n d e l f e u d a lis m o , d e s p la z a ­
m ie n to d e l im p e r ia lis m o , a r q u ite c tu r a d e u n a c la se c a p ita lis ta o r g á n ic a
n a c io n a l.
E n su s p á r r a f o s p r im e r o , s e g u n d o y te rc e r o , el a r tíc u lo 2 7 c o n s ti­
tu c io n a l tie n d e a la e x tir p a c ió n d e l la tif u n d io c o m o e s tr u c tu r a fe u d a l,
a s e n ta n d o q u e : “ la p r o p ie d a d d e la s tie r r a s y a g u a s c o m p r e n d id a s d e n ­
tr o d e lo s lím ite s d e l te r r ito r io n a c io n a l, c o r r e s p o n d e o r ig in a r ia m e n te
a la n a c ió n , la c u a l h a te n id o y tie n e el d e r e c h o d e tr a n s m itir el d o m in io
d e e lla s a lo s p a r tic u la re s , c o n s titu y e n d o la p r o p ie d a d p r iv a d a . L a s e x ­
p r o p ia c io n e s só lo p o d r á n h a c e r s e p o r c a u s a d e u tilid a d p ú b lic a y m e ­
d ia n te in d e m n iz a c ió n . L a n a c ió n t e n d r á e n to d o tie m p o el d e r e c h o d e
im p o n e r a la p r o p ie d a d p r i v a d a la s m o d a lid a d e s q u e d ic te el in te r é s p ú ­
b lic o , a sí c o m o el d e r e g u la r el a p r o v e c h a m ie n to d e lo s e le m e n to s n a ­
tu r a le s s u s c e p tib le s d e a p r o p ia c ió n , p a r a h a c e r u n a d is trib u c ió n e q u ita ­
tiv a d e la r iq u e z a p ú b lic a y p a r a c u id a r d e su c o n s e r v a c ió n . C o n e s te
o b je to se d ic ta r á n la s m e d id a s n e c e s a r ia s p a r a el f ra c c io n a m ie n to d e lo s
la tif u n d io s ; p a r a el d e s a r r o llo d e la p e q u e ñ a p r o p i e d a d ; p a r a la c r e a ­
c ió n d e n u e v o s c e n tr o s d e p o b la c ió n a g r íc o la c o n la s tie r r a s y a g u a s q u e
le s e a n in d is p e n s a b le s ; p a r a el f o m e n to d e la a g r ic u ltu r a y p a r a e v ita r
la d e s tru c c ió n d e lo s b ie n e s n a tu r a le s y lo s d a ñ o s q u e la p r o p ie d a d p u e ­
d a s u frir e n p e r ju ic io d e la s o c ie d a d . L o s p u e b lo s , r a n c h e r ía s y c o m u ­
n id a d e s q u e c a r e z c a n d e tie r ra s y a g u a s , o n o la s te n g a n e n c a n tid a d s u ­
f ic ie n te p a r a la s n e c e s id a d e s d e su p o b la c ió n , te n d r á n d e r e c h o a q u e
se la s d o te d e e llas, to m á n d o la s d e la s p r o p ie d a d e s in m e d ia ta s , r e s p e ­
ta n d o s ie m p r e la p e q u e ñ a p r o p i e d a d " .
Y e n el p á r r a f o c u a r to d e l p r o p io a r tíc u lo se tie n d e a la n a c io n a ­
liz a c ió n d e l s u b s u e lo , p r e te n d ié n d o s e s u s tra e r , p o r e n d e , u n a d e la s
f u e n te s p r im a r ia s d e a tr a c c ió n im p e r ia lis ta . “ C o r r e s p o n d e a la n a c ió n
----e x p r e s a ---- el d o m in io d ir e c to d e t o d o s lo s m jin erale s o s u b s ta n c ia s
q u e e n v e ta s , m a n to s , m a s a s o y a c im ie n to s , c o n s titu y e n d e p ó s ito s c u y a
n a t u r a le z a s e a d is tin ta d e lo s c o m p o n e n te s d e lo s te rr e n o s , ta le s c o m o
lo s m in e r a le s d e lo s q u e se e x tr a ig a n m e ta le s y m e ta lo id e s u tiliz a d o s e n
 A m a n ta 33

la in d u s tr ia ; lo s y a c im ie n to s d e p ie d r a s p re c io s a s , d e sa l d e g e m a y la s
s a lin a s f o r m a d a s d ir e c ta m e n te p o r la s a g u a s m a r in a s ; lo s p r o d u c to s d e ­
r iv a d o s d e la d e s c o m p o s ic ió n d e la s ro c a s , c u a n d o su e x p lo ta c ió n n e c e ­
s ite tr a b a j o s s u b te r r á n e o s ; lo s f o s fa to s s u s c e p tib le s d e s e r u s a d o s c o m o
f e r tiliz a n te s ; lo s com S bustibles m in e r a le s s ó lid o s ; el p e t r ó l e o y to d o s lo s
c a r b u r o s d e h id r ó g e n o , s ó lid o s , líq u id o s o g a s e o s o s ” . Y m á s a d e la n ­
te a g r e g a : “ S ó lo lo s m e x ic a n o s p o r n a c im ie n to o p o r n a tu r a liz a c ió n y
la s s o c ie d a d e s m e x ic a n a s , tie n e n d e r e c h o p a r a a d q u ir ir el d o m in io d e
la s tie r ra s , a g u a s y su s a c c e sio n e s, o p a r a o b te n e r c o n c e s io n e s d e e x ­
p lo ta c ió n d e m in a s , a g u a s o c o m b u s tib le s m in e r a le s d e la R e p ú b lic a
M e x ic a n a . E l E s ta d o p o d r á c o n c e d e r el m is m o d e r e c h o a lo s e x t r a n je ­
r o s s ie m p r e q u e c o n v e n g a n a n te la S e c r e ta r ía d e R e la c io n e s e n c o n s i­
d e r a r s e c o m o n a c io n a le s r e s p e c to a d ic h o s b ie n e s y e n n o in v o c a r , p o r
lo m is m o , la p r o te c c ió n d e sus g o b ie r n o s p o r lo q u e se r e f ie r e a a q u e ­
llo s ; b a j o la p e n a , e n c a s o d e f a lt a r al c o n v e n io , d e p e r d e r e n b e n e f i­
cio d e la n a c ió n lo s b ie n e s q u e h u b ie r a n a d q u ir id o e n v ir tu d d e l m is ­
m o” .
L a C o n s titu c ió n d e l 1 7, a m á s d e le s io n a r lo s in te r e s e s m a te r ia ­
le s d e l c le ro y d e la Ig le sia e n su c a lid a d d e g r a n d e s p r o p ie ta r io s te r r i­
to ria le s , e n g lo b a d o s en la o f e n s iv a c o n t r a el la tif u n d io fe u d a l, tie n d e a
d e b ilita r lo s p a r tic u la r m e n te , a tr a v é s d e lo s a r tíc u lo s 39, 5g, y 1 3 0 , c o ­
m o f u e r z a s p o lític a s in c o n tr a s ta b le s , e lim in a n d o lo s m e d io s in c o n tr o la ­
d o s d e s u je c ió n m o r a l d e q u e so n p r o p ie t a r io s y su s p lu r a le s tr ib u n a s
d e s u b v e rs ió n y p r o p a g a n d a te n d e n c io s a . D e a h í, p u e s , la d e s ta c a d a
m ilita n c ia d e l c le ro y d e la Ig le sia c a tó lic o s e n la s a v e n tu r a s c o n t r a r r e ­
v o lu c io n a r ia s , y d e a h í q u e la lig a z ó n d e l f r e n te ú n ic o f e u d a l-im p e r ia -
lis ta , d e m o s tr a d a e n o c a s io n e s m ú ltip le s , se e s tre c h e y c o n s o lid e e n o p o r ­
tu n id a d d e l C o n g r e s o E u c a rís tic o d e C h ic a g o — d o n d e la s fu e r z a s in te ­
g r a n te s d e la r e s ta u r a c ió n se h a l la b a n r e p r e s e n ta d a s p o r lo s a lto s d ig ­
n a t a r io s d e l a Ig le sia ---- c e le b r a d o al a m p a r o d e l o fic ia lis m o p r o te s t a n ­
te n o r te m e r ic a n o y a l c a lo r p a t e r n o d e la g r a n b u r g u e s ía y a n q u i.
* *
T o d a s la s r e v o lu c io n e s ----la ru s a , la m e x ic a n a — p o s e e n c a r a c te r ís ­
tic a s f o rm a le s q u e le s s o n c o m u n e s ; a lg o q u e la s e s tr e c h a y u n e d u r a n ­
te, p r in c ip a lm e n te , el d e s a r r o llo d e la lu c h a a r m a d a .
L a re v o lu c ió n m e x ic a n a , v e r b ig r a c ia , h a a s u m id o e n in s ta n te s a c ­
tit u d e s ic o n o c la s ta s , h a a r r ib a d o a lím ite s e x tre m o s . P e r o n o h a y q u e
c o n f u n d ir c ie r ta s y d e t e r m in a d a s p r o v id e n c ia s r e v o lu c io n a r ia s a d o p t a ­
d a s e n el c u rs o á lg id o d e la a c c ió n — o b e d e c ie n d o , la s m á s d e la s v e ­
ces, a la p r e s ió n d e la s fu e rz a s so c ia le s d e s e n c a d e n a d a s ---- c o n el e s p íri­
tu m is m o d e la re v o lu c ió n , c o n su á n im a y su c o n te n id o a u té n tic o .
L a r e v o lu c ió n m e x ic a n a , r e v o lu c ió n d e la jo v e n b u r g u e s ía m e r ­
c a n til y d e la p e q u e ñ a b u r g u e s ía a g r a r ia , h u b o d e d e c o r a r su tr a y e c to
c o n e v id e n te s ja lo n e s h a c ia la s iz q u ie rd a s , g r a c ia s a tr e s r a z o n e s f u n d a ­
m e n ta le s :
a). P o r su in te r é s e s p e c ífic o en la liq u id a c ió n d e l a f e u d a -
lid a d ----o f e n s iv a c o n t r a el la tif u n d io fe u d a l, a c c ió n a n ti-c le ric a l, d is tri­
b u c ió n d e tie r r a s e n tr e c ie r to s s e c to r e s c a m p e s in o s , etc.
b ) .— P o r su n a c io n a lis m o e c o n ó m ic o -- lu c h a c o n t r a el im ­
p e r ia lis m o .—
c ) .--P o r la n e c e s id a d im p e r a tiv a d e a r r a s t r a r e n d e r r e d o r d e
s u ó r b ita a la s c la s e s o p r im id a s —- o b r e r o s y c a m p e s in o s — v e h íc u lo s im ­
p r e s c in d ib le s p a r a su e n c u m b r a m ie n to y su v ic to ria .
34 Amauta
D o s so n , p u e s, la s c a u s a s d e te r m in a n te s d e la s a c titu d e s r e v o lu c io ­
n a r ia s a s u m id a s p o r lo s g e s to re s d e la re v o lu c ió n p e q u e ñ o b u r g u e s a :
d e s p e ja r la r u ta h a c ia sus r e a liz a c io n e s e c o n ó m ic a s d e c la se , c o n la a b o ­
lic ió n d e la s s u p e rv iv e n c ia s f e u d a le s y c o n la e lim in a c ió n d e l c o n tr o l
im p e r ia lis ta , p r im e r o ; y e v ita r , s e g u id a m e n te , la p o s ib ilid a d d e u n a in ­
te rs e c c ió n c o r r o s iv a y a u t ó n o m a e n s u r e v o lu c ió n d e la s j e r a r q u í a s s o ­
c ia le s p r o le t a r ia s — o b r e r a s y c a m p e s in a s — e n a r b o la n d o sus p r o p ia s
r e iv in d ic a c io n e s y d e s e r ta n d o d e la s fila s d e la r e v o lu c ió n p e q u e ñ o b u r ­
guesa.
P o r e llo , el e s p e c tá c u lo p r e s e n ta d o p o r el m o v im ie n to z a p a tis ta ,
q u e a l c o n c ita r a r r o lla d o r a m e n t e la p r e s e n c ia y el f e r v o r b a j o lo s a r c o s
d e su s s ím b o lo s d e la s m a s a s c a m p e s in a s d e p a u p e r a d a s a m e n a z a c o n
d e s v ia r el d e s a r r o llo fe liz d e la r e v o lu c ió n p e q u e ñ o b u r g u e s a , o b lig a a
l a p r o m u lg a c ió n o fic ia l d e la L e y a g r a r ia d e l 6 d e e n e r o d e 1 9 1 5 — q u e
e n 1 9 1 7 p a s a a la c a te g o r ía d e a r tíc u lo 2 7 c o n s titu c io n a l---- lo g r a n d o
a s í, lo s a d e la n ta d o s d e la p e q u e ñ a b u r g u e s ía , f ija r e n t r e lo s c o lo re s d e
s u s b a n d e r a s el m u y a t r a y e n t e a r r a n c a d o a la tr e m o la d a p o r lo s n e r v u ­
d o s b r a z o s d e lo s c a m p e s in o s p o b r e s y q u e p u d o h a b e r im p lic a d o , d e
o tr o m o d o , u n d e s e n la c e a m a n e c id o y d if e r e n te d e la r e v o lu c ió n m e x i­
cana. P r e c is a m e n te e n r e la c ió n c o n é s to a n o t a J. S ilv a H e r z o g , te o r i­
z a n te s o c ia l-lib e r a l, en su s “ C o n f e r e n c ia s ” : “ E l tr iu n f o d e la f u n c ió n
c a r r a n c is t a se d e b ió a la e s tr a te g ia d e l G e n e r a l O b r e g ó n y a la le y d e l
6 d e e n e r o . S u e jé r c ito a u m e n tó r á p i d a m e n t e ; y V illa , a p e s a r d e su
g e n io y v a lo r , y A n g e le s , n o o b s ta n te sus p r o f u n d o s c o n o c im ie n to s e n
el a rte d e la g u erra, fu e ro n d e rro ta d o s ” .
D e e s e m o d o ta m b ié n se h a c ía p o s ib le a la p e q u e ñ a b u r g u e s ía ,
a lo s h o m b r e s d e n e g o c io s , a y u d a d o s p o r el ja c o b in is m o v e r b a l y la
f r a s e o lo g ía in c e n d ia r ia d e su s v o c e r o s , a p a r e n t a r el r o l q u e a p a r e n t a ­
r o n c o m o r e p r e s e n ta n t e s m e s iá n ic o s d e u n a n u e v a h u m a n id a d , c o m o
p o r t a d o r e s d e u n a n u e v a v id a lib r e y ju s ta , h u id a d e e x p l o ta d o s y e x ­
p lo ta d o r e s .
D e o tr o la d o , el p r o p io y ló g ic o d e s e n v o lv im ie n to d e la r e v o lu ­
c ió n , la e f e c tu a c ió n d e su p r o g r a m a en lo q u e h a s id o r e a liz a d o , h a b r í a
d e c o a d y u v a r e f ic a z m e n te a la d e s o r ie n ta c ió n , e n tr e la s m a s a s e x p l o ta ­
d a s , s o b r e su s fin e s y su s d e s tin o s . S e c o n te m p ló , p o r e je m p lo , e n la
le g is la c ió n a g r a r ia , u n a m e d id a r e v o lu c io n a r ia y s o c ia lista . El hecho
d e q u e ta l le g is la c ió n h a y a te n d i d o a a c tu a l la s p r e s c rip c io n e s d e c a r á c ­
t e r lib e r a l c o n t e n id a s e n la R e a l C é d u la d e l 1 5 d e o c tu b r e d e 1 7 1 3 , e x ­
p e d i d a p o r la C o r o n a E s p a ñ o la p a r a la c r e a c ió n d e lo s e jid o s , e r a y a
g a r a n t í a s u fic ie n te p a r a d e m o s tr a r el a n ti- s o c ia lis m o d e l e s p íritu y d e la
p r á c tic a d e la r e f o r m a a g r a r ia m e x ic a n a . C la r o q u e e n el e s ta d o d e á n i­
m o , a c o d a d o a u n a s e r v id u m b r e tr a d ic io n a l e im p la c a b le , d e la s c a p a s
c a m p e s in a s b e n e f ic ia d a s p o r la r e f o r m a a g r a r ia , te n ía q u e f o r ja r s e u n
c o m o m ito s o b r e la r e v o lu c ió n y su s c o n s e c u e n c ia s , m ito a m p lia m e n te
f o r tif ic a d o y d i f u n d id o e n t r e la s m a s a s d e l c a m p o y d e la c i u d a d m e ­
x ic a n a s , e n t r e lo s h o m b r e s c u r io s o s d e A m é r ic a L a tin a , y a l e n ta d o p o r
lo s a p o lo g is ta s d e la p e q u e ñ a b u r g u e s ía ---- ta n to p r o p io s c o m o e x t r a ­
ñ o s , m e x ic a n o s c o m o e x t r a n je r o s ---- a s í c o m o p o r el r e g a te o y la s a p a ­
r a to s a s p r o te s t a s d e la a r is to c r a c ia c r io lla a f e c ta d a .
L a s r e v o lu c io n e s b u r g u e s a s d e I n g la t e r r a y F r a n c ia tu v ie r o n a lo s
“ n iv e la d o r e s ” , c o n E v e r a r d y W in s ta n le y , la p r i m e r a ; a lo s “ ig u a le s ” ,
c o n B a b e u f y D a r th é , la ú ltim a . C o n s e r v a n d o la s n e c e s a r ia s p r o p o r c io ­
n e s h is tó ric a s , la d iv e r s i d a d d e e s c e n a r io s y c irc u n s ta n c ia s e n q u e fu e -
Amauta 35
ro n a c tu a d a s , la re v o lu c ió n m e x ic a n a h a te n id o a lo s “ s u r ia n o s ” c o n
E m ilia n o Z a p a ta .
¿ C u á l h a sid o , en ú ltim a in s ta n c ia , la s ig n ific a c ió n a u té n tic a d e
E m ilia n o Z a p a t a en el p r o c e s o d e la r e v o lu c ió n m e x ic a n a ?
E n el p r ó lo g o a la s e g u n d a e d ic ió n d e l lib r o “ M é x ic o S o v ie t” d e
J. C u a d r o s C a ld a s , V íc t o r R a ú l H a y a d e la T o r r e , h ila n d o u n a m a lic io ­
sa e in te n c i o n a d a d ia lé c tic a m e ta f ís ic a , a s ie n ta q u e “ la te n d e n c ia s in t é ­
tic a — d e la r e v o lu c ió n m e x ic a n a ---- e s tá r e p r e s e n ta d a p o r el a g r a r is m o
y e n c a r n a b ie n en Z a p a ta . . . . E l a g r a r is m o es la te n d e n c ia so c ia l, e c o ­
n ó m ic a , d e la R e v o lu c ió n . A n te la te sis d e m o c r á tic a ----M a d e r o ---- y
la a n títe s is a n á r q u ic a ----V illa ---- a p a r e c e la sín te s is s o c ia lis ta ---- Z a p a ­
ta — . . . E lla c o n s titu y e la e s e n c ia so c ia l, e c o n ó m ic a , d e la R e v o lu c ió n
y la lib e r a c ió n d e l c a m p e s in o m e x ic a n o su m á s g r a n d e c o n q u is ta ” .
D e s d o b la n d o , d is e c c io n a n d o e s ta a fir m a c ió n a v e n tu r a d a y t e n d e n ­
cio sa, c a b e a s e g u r a r q u e :
a) .— E l a g r a r is m o o fic ia l d e la r e v o lu c ió n m e x ic a n a n o es el
a g r a ris m o d e Z a p a t a ; y
b ). A ú n s ié n d o lo , el a g r a r is m o d e Z a p a t a n o e ra , n o p o d í a
se r so c ia lista .
a ) . ----V ic to r io s a la r e v o lu c ió n m a d e r is ta , h a c e p o r o lv id a r y
e s c a m o te a r el ú n ic o p u n to d e su p r o g r a m a q u e im p lic a b a u n a g a s e o s a
r e iv in d ic a c ió n e c o n ó m ic a , in s c rita en el P la n d e S a n L u is c o n el o b j e ­
to p r e c is o d e a r r a s t r a r en su a v e n tu r a a la s m a s a s c a m p e s in a s d e s p o s e í­
d a s. “ A b u s a n d o d e la L e y d e te r r e n o s b a l d ío s — e x p r e s a b a el P la n
d e S a n L u is---- n u m e r o s o s p e q u e ñ o s p r o p ie ta r io s e n su m a y o r í a in d íg e ­
n as, h a n s id o d e s p o ja d o s d e te rr e n o s , p o r a c u e r d o s d e la S e c r e ta r ía d e
F o m e n to o p o r fa llo s d e lo s tr ib u n a le s d e la R e p ú b lic a , s ie n d o d e t o d a
ju s tic ia r e s titu ir a su s a n tig u o s p o s e e d o r e s lo s te r r e n o s d e q u e se les d e s ­
p o jó d e u n m o d o ta n a r b itr a r io , se d e c la r a s u je to s a re v is ió n ta le s d is ­
p o s ic io n e s y fa llo s y se le s e x ig ir á a lo s q u e a d q u ir ie r o n d e u n m o d o
ta n in m o r a l o a su s h e r e d e r o s , q u e lo s r e s titu y a n a su s p r im itiv o s p r o p ie ­
ta rio s , a q u ie n e s p a g a r á n ta m b ié n u n a in d e m n iz a c ió n p o r lo s p e r ju ic io s
s u frid o s . S ó lo e n c a so d e q u e e so s te r r e n o s h a y a n p a s a d o a te r c e r a
p e r s o n a a n te s d e la p r o m u lg a c ió n d e e s te P la n lo s a n tig u o s p r o p ie t a ­
rio s r e c ib ir á n in d e m n iz a c ió n d e a q u e llo s e n c u y o b e n e f ic io se v e r if ic ó
el d e s p o j o ” .
F u é e n to n c e s c u a n d o , a c u n a d a en M o re lo s , e n t id a d f e d e r a tiv a e n
la c u a l la f e u d a lid a d h a b í a im p r e s o m á s a c e n t u a d a m e n te a ú n , si c a b e ,
q u e en o tr a r e g ió n c u a lq u ie ra sus c a r a c te r e s to ta liz a d o r e s , ir r u m p e la r e ­
b e lió n c a m p e s in a , j e f a t u r a d a p o r E m ilia n o Z a p a ta , u r g ie n d o el c u m ­
p lim ie n to d e lo e s ta tu id o en el P la n d e S a n L u is, c u y o tr iu n f o h a b í a
c o n t a d o c o n su a p o r t e Ju b ilo so .
L a s e x ig e n c ia s d e la r e v o lu c ió n a g r a r ia d e l s u r se c r is ta liz a n y c o n ­
c r e ta n en el P la n d e A y a la , g o n f a ló n id e o ló g ic o d e la s m a s a s c a m p e s i­
n a s en su a c c ió n a u tó n o m a , q u e c o m b a te n p a r e j a e im p la c a b le m e n te d e
M a d e r o a C a r r a n z a , v a le d e c ir h a s ta el a s e s in a to to r v o y s o m b r ío d e Z a ­
p a ta , lo s d ir ig e n te s d e la p e q u e ñ a b u r g u e s ía r e v o lu c io n a r ia , ta n to c o ­
m o lo s d e la c o n tr a r r e v o lu c ió n . L a s p a l a b r a s d e o r d e n d e l z a p a tis m o
— “ T ie r r a lib r e p a r a to d o s ! T ie r r a sin c a p a ta c e s y sin a m o s ! ” — hacer»
d e la s u y a u n a te n d e n c ia p e lig r o s a p a r a el tr á n s ito no rm fal y c ó m o d o d e
la c la s e b u r g u e s a m e r c a n til a l P o d e r . T a n t o q u e a ú n lo s m á s c a n d e n ­
te s f r a s e ó lo g o s a g r a r io s d e e n t r e lo s c o n d o t tie r i d e la r e v o lu c ió n tr iu n ­
fa n te , la h a b r ía n c o m b a ti d o y liq u id a d o e n s a n g re , c o m o h a n c o m b a ti­
d o y f a ls ific a d o su e s p íritu . Y a m uerto, la p e q u e ñ a b urguesía victorio-
36 Amauta

s a se a p r o p ió d e l n o m b r e p r o c e r d e l “ b a n d o l e r o ” Z a p a t a c o m o v e h íc u ­
lo p a r a su fá c il d e m a g o g ia . “ D u r a n te la v id a d e lo s g r a n d e s r e v o lu ­
c io n a r io s ----a p u n t a V la d im ir o Ilich L e n ín — e s to s tie n e n q u e s o b r e p o ­
n e r s e a la s p e rs e c u s io n e s . S u e n s e ñ a n z a in s p ira o d io s fu rio so s. E n la
g u e r r a q u e se le s d e c la r a e n t r a c o m o e le m e n to p r in c ip a l la c a lu m n ia .
P e r o c u a n d o m u e re n , su s e n e m ig o s p r o c u r a n c o n v e r tir lo s en p a c íf ic o s
c o r d e r o s , y si es p o s ib le , se le s c a n o n iz a . E l n im b o c o n q u e se le s a d o r ­
n a es u n a e s p e c ie d e c o n s u e lo p a r a lo s o p r im id o s ; p e r o , tie n e s o b r e t o ­
d o p o r o b je to r e a liz a r rrte jo r u n a o b r a d e e n g a ñ o ” . T a l lo a c o n te c id o
c o n la c la r a y lim p ia f ig u ra d e E m ilia n o Z a p a ta .
b ) . ----L a s itu a c ió n o b je tiv a d e M é x ic o , su r e a lid a d e c o n ó m i­
c a y s o c ia l f u n d a m e n ta l m e n t e fe u d a le s , n o p o d ía n p e r m itir el d e s a r r o ­
llo d e u n s is te m a d e id e a s m o d e r n a s , e s p e c ia lm e n te e n t r e la s m a s a s
c a m p e s in a s , d e s v in c u la d a s d e la re g e n c ia id e o ló g ic a d e lo s m á s c o n s ­
c ie n te s , a u n q u e in c ip ie n te s , n ú c le o s d e t r a b a j a d o r e s u r b a n o s . D ic e b ie n
e l c o m p a ñ e r o E u d o c io R a b in e s c u a n d o a f ir m a q u e “ el so c ia lis m o es el
e n g e n d r o d ir e c to , el h ijo le g ítim o , la n e g a c ió n d in á m ic a y d ia lé c tic a
d e l c a p ita lis m o . E l s o c ia lis m o h a s a lid o d e la f á b r ic a , h a s id o n u tr id o
p o r el m a q u in is m o , h a s u r g id o c o m o te o r í a y c o m o p r a x is g e n u in a s d e l
p r o le t a r ia d o . C u a lq u ie r h o m b r e h o n r a d o , c u a lq u ie r e s p íritu n o b le y
lib re , c u a lq u ie r ja c o b in o a d v e n e d ix o , c u a lq u ie r c a u d illo d e m a g o g o , p u e ­
d e n e n u n c ia r y p r e d ic a r el s o c ia lism o , p e r o s ó lo el p r o le t a r ia d o p u e d e
r e a liz a r lo . E l h o g a r d e l so c ia lis m o e s la u r b e , el h o g a r p r o le ta r io , c o m o
el d e l lib e r a lis m o fu é el b u r g o . E l a g r o p u e d e s e r c o n t a g ia d o y te ñ id o
p o r el so c ia lis m o , p e r o n o p u e d e g e s ta r lo n i e f e c tu a r lo ” .
E m ilia n o Z a p a t a , in s tin tiv o , a p a s io n a d o y e n n o b le c id o g u ía d e la s
m a s a s c a m p e s in a s e s c la v iz a d a s , a n te s d e n o r m a r el c o n te n id o d e su
p r o g r a m a r e iv i n d ic a d o r e n la s e n s e ñ a n z a s y p o s tu la d o s s o c ia lis ta s ----q u e
p o r o tr a p a r t e n o c o n o c ía ----p r e te n d e h a lla r e n el p a s a d o la f ó rm u la s a l­
v a d o r a p a r a su s h u e s te s h a m b r e a d a s e in s u r r e c ta s . L o p r im e r o q u e se
d e s ta c a d e su y a c é le b r e P la n d e A y a la es el c o n c e p to d e “ e x p r o p ia c ió n ,
p r e v ia in d e m n iz a c ió n ” d e lo s m o n o p o lio s te rr ito r ia le s , f ó r m u la d e s e c h a ­
d a a ú n p o r lo s id e ó lo g o s m á s e s c u r rid iz o s y a u s e n te s d e l so c ia lis m o . H e n ­
r y G e o r g e v e r b ig r a c ia . P a r a lo g r a r ta l f in a lid a d , in v o c a la a p lic a c ió n
d e la s le y e s d e D e s a m o r tiz a c ió n “ s e g ú n la f o r m a y el e je m p lo p u e s to s
e n v ig o r p o r el in m o r ta l J u á r e z a lo s b ie n e s e c le s iá s tic o s q u e e s c a r m e n ­
ta r o n a lo s d é s p o ta s y c o n s e r v a d o r e s q u e e n to d o tie m p o h a n p r e t e n d i ­
d o im p o n e r n o s el y u g o ig n o m in io s o d e la o p r e s ió n y d e l r e tr o c e s o ” . V a ­
le d e c ir, se a c o g ía a u n a in s p ira c ió n y a u n a m e d id a lib e ra le s , r e m o z a d a s
y a y s u p e r a d a s p o r el p r o p io lib e ra lis m o .
C ie r to q u e c o m o E m ilia n o Z a p a t a n o o b r a b a p r e s io n a d o p o r fin e s
b a s ta r d o s , n i o b lig a d o a in m o v iliz a r s e e n el c u rs o d e ta l o c u a l d e r r o te r o
d e f in i d o ; c o m o n o e x is tía n in te r e s e s c r e a d o s c a p a c e s d e c o n t e n e r su s im ­
p u ls o s ju s tic ie ro s , ta m p o c o f u e r z a h u m a n a s u f ic ie n te p a r a d e s v ia r lo d e
su s g e n e r o s o s a f a n e s , e n l a p r á c tic a s u p e r ó y r e b a s ó lo s m a r c o s e s tr e ­
c h o s d e l P la n d e A y a la , e x p r o p ia n d o r e v o lu c io n a r ia m e n te la s tie r r a s d e ­
t e n t a d a s y r e in t e g r á n d o la s a l d o m in io d e q u ie n e s la s f e c u n d a b a n y h a ­
c ía n p r o d u c ir c o n su s e s fu e rz o s . P e r o f u e r o n e s a s e x ig e n c ia s p r o p ia s d e
la a c c ió n v io le n ta , m e d id a s d e t e r m in a d a s p o r in c id e n c ia s im p r e v is ta s
d e la lu c h a y n u n c a c o n e s p ír itu y m é d u la so c ia lis ta s .
E m ilia n o Z a p a t a , m á s q u e u n f a c to r d e l s o c ia lis m o es, p u e s , u n o d e
a q u e llo s “ a id u c s ” s itu a d o s e n la s p á g in a s f a s c in a n te s y tr e m e n d a s d e
P a t n a i t I n s tr a ti. U n “ a i d u c ” in d o a m e r ic a n o s u r g id o e n h o r a s d e h o n d o s
s a c u d im ie n to s r e v o lu c io n a r io s .
A m auta 37

EL AMAUTA ATUSPARIA, pot Er­

nesto Reyna.
H IS T O R IA D E L A SU B LEV A C IO N IN D IG EN A
D E H U A R A S EN 1885

(C onclusión. V éase los Nos. 26 y 27 d e “ A M A U T A ” )

E l ocaso d e A tusparia.

H u a r á s . F ie s ta d e l S e ñ o r d e la S o le d a d .
3 d e m a y o . P la z a m a v o r. A t r 'o d e la C a te d r a l. C o n f u s a g r ite ­
r ía . M u ltitu d d e s o r d e n a d a . B ra z o s a m e n a z a n te s . C a ra s c o n g e s tio n a d a s .
S a lv a je s r u g id o s d e o d io : ¡In c e d ie m o s H u a r á s ! ¡M u e ra n lo s b la n c a s !
¡ O r d e n a el s a q u e o , A t u s p a r i a ! . . .
E l je f e d e l le v a n ta m ie n to in d io , se re n o , d o m in a d o r d e su c a rn e ,
n i u n m ú s c u lo le tie m b la d e e m o c i ó n . N o b le en su p e rfil d e in c a ,
p á l id o p o r la s a n g re p e r d id a , la m a n o firm e s o b r e el b a s tó n d e m a n ­
d o ( la p l a t e a d a v a r a d e lo s a lc a ld e s ) . . . L o r o d e a n su s fie le s d e M a ­
rió n a r m a d o s d e fu sile s, q u e e s p e r a n u n a o r d e n p a r a a m e tr a lla r a lo s
in s u b o rd in a d o s . . . .
N o se h a b í a p o d id o o r g a n iz a r a la s c h u s m a s . F a lta s d e id e a le s
te n ía n s ó lo el in s tin to s a lv a je d e l b o t í n . R e p r im id o e ste , se s u b le v a r o n
c o n t r a la h o n r a d e z d e A t u s p a r i a . N o v ie ro n en la te n a z p ro h ib ic ió n
d e l s a q u e o , la p r e - id e a d e u n A m a u ta in c a ; lo ju z g a r o n c o m o u n a c to
d e c o b a r d í a y tr a ic ió n : “ A tu s p a r ia e s tá v e n d id o a lo s b la n c o s , p o r eso
e s q u e n o o r d e n a el s a q u e o ” se d i j e r o n . . .
A n te s d e o rg a n iz a r s e , p r e f e r ía n b e b e r . R e n e g a b a n d e la f é r re a a u ­
to r id a d d e A tu s p a r ia , y c la m a b a n p o r M o s q u e ra q u e les d a b a “ c h a c ta y
to ro s ” .
L a m a n o o c u lta d e c u r a s y p a tro n e s , en p e lig ro s o m a la b a r , u r d í a
tr a ic io n e s . T e n d í a a r te r a te la d e a r a ñ a p a r a h a c e r c a e r a l J e f e In d io ,
a l m a e id e a ú n ic a d e la r e b e lió n .
. . . F r e n t e a lo s o jo s d e A tu s p a r ia se p la n tó ja d e a n te , m a n c h a d o
d e s a n g re n e g r a , U c h c u P e d r o , el D e s tr ip a d o r : ¡ ¡ D e r r o ta d o s c o m p le t a ­
m e n t e . . . E l C o r o n e l C a llirg o s e s tá p o r lle g a r!!
A l o ir la n o tic ia , la m u ltitu d se a r r e m o lin ó s o b r e A tu s p a r ia : “ ¡ T r a i­
c io n a d o s ! ” ¡D e u n m o m e n to a o tr o lle g a C a llirg o s ! ¡A l s a q u e o ! ¡A l
saqueo!
¡S ile n c io !----g r itó c o m o u n c la r ín A tu s p a r ia , y c o n u n só lo g e s to
c o n tu v o a la tu r b a : “ O íd m e p r im e ro y d e s p u é s m a tá d m e ” . . . . D e b e ­
m o s p r o c e d e r c o m o g e n te s y n o c o m o a n i m a l e s . . . E n lu g a r d e l s a ­
q u e o a p r e s té m o n o s a la d e f e n s a . . . E n lu g a r d e e m b o r r a c h a r n o s y s a ­
c a r p r o c e s io n e s d e S a n to s , c o n s tru y a m o s b a r r i c a d a s . . .
P o r m is c h a s q u is s u p e la d e r r o t a d e Y u n g a y . E m is a rio s m a n d é a
C a llirg o s p a r a p e d ir le m e d io d ía d e t r e g u a . L a ha c o n c e d id o . . .
A p r o v e c h e m o s e s ta t r e g u a . Si n o q u e ré is lu c h a r, r e tira o s a la s a l ­
tu ra s, q u e y o c o n m is s o ld a d o s c u b r ir é v u e s tr a r e ti r a d a : A s í o s s a lv a ­
réis t o d o s . . . Y o y m is s o ld a d o s s e re m o s lo s ú n ic o s s a c r if ic a d o s . . .
¡ M e n tira ! ¡ A tu s p a r ia e s tá v e n d id o a lo s b la n c o s !
¡A l s a q u e o !
L a m u ltitu d a tr o p e lló a lo s d e A tu s p a r ia . E l je f e c a y ó a l s u e lo .
38 A m au ta

U n a v o z p o te n te ¿ d e a lg ú n s a c r is tá n ? ¡ S a q u e m o s la P r o c e s ió n . . .
C u m p la m o s c o n D io s p r im e r o y d e s p u é s d e s tr u y a m o s H u a r á s ü
L a in d ia d a c o m o u n to r r e n te in c o n te n ib le s u b ió h a c ia la c a p illa d e
la S o le d a d , d ó n d e se v e n e r a la m ila g r o s a im a g e n d e l S e ñ o r .

L a P ro cesió n .

E n tr e n u b e s d e in c ie n s o y p ó lv o r a , lirio s y c in ta s , el S e ñ o r c la ­
v a d o e n la c r u z . M ú sic a d e “ r a y a n o s ” . ----V ír g e n e s in d ia s d a n z a n ­
d o . U n a “ p a l la ” d e m a c r a d a h a b í a a y u n a d o tr e s d í a s . — U n h o m b r e
c o n u n c a m is ó n b la n c o y u n a s o g a e n el c u e llo , r e p r e s e n ta b a al “ in c a
c a u tiv o ” . . . A v a n z a b a le n ta m e n te la P r o c e s ió n .
¡ F a lta u n a h o r a p a r a q u e lle g u e C a llirg o s ! a v is ó u n c h a s q u i. H a y
q u e a p r e s u r a r s e a te r m in a r c o n la fie s ta ! ¡ C o r te m o s la c a lle ! Q u e l a
P r o c e s ió n n o h a g a su r e c o r r id o d e c o s tu m b r e ! . . .
¡ P e s a m u c h o el S e ñ o r ! . . . ¡ M a ld ic ió n ! ¡S e h a n c a íd o lo s r a y o s
d e p la ta q u e c ir c u n d a n su c a b e z a ! ¡ E s p e r e n u n m o m e n to , h a y q u e c o ­
lo c a r lo s d e n u e v o ! ¡ P e r d e m o s m u c h o tie m p o ! ¡ H a y q u e p r in c ip ia r e i
s a q u e o ! ¡N o ! h a y q u e p e le a r c o n C a llirg o s . L a m is m a v o z p o te n te , q u e
el p r in c ip io in c itó a lo s in d io s “ a c u m p lir co m D io s p r im e r o ” : ¡D e r o d i­
lla s! ¡ P id a m o s a l S e ñ o r q u e n o s d e la v ic to r ia !
E l r u id o c e só p o r u n in s ta n te : L a m is m a voz c la m ó : “ ¡ D io s
m í o . .;. D a n o s la v ic to r ia ! ! " Y m á s im p o n e n te y lú g u b r e , q u e im p r e ­
s io n ó a lo s in d io s , h iz o e s ta p r e g u n ta : ¿ Q u é g a n a r e m o s s e ñ o r m ío ? . . .
¡ ¡M ila g r o ! ! E l s e ñ o r m o v ió la c a b e z a n e g a tiv a m e n te . ¡E l S e ñ o r
d ic e ¡ ¡ n ó ü a u lló la m u ltitu d , d e s p a v o r i d a . M u c h o s se d ie r o n a la fu ­
g a . — S ó lo u n in d io m a n c h a d o d e s a n g re n e g r a , se e n f r e n tó c o n la im a ­
gen:
¡ T r a i d o r ! ----le in ju r ió ---- e s tá s v e n d i d o a lo s b la n c o s ! ¡ C o n m i h a ­
c h a h e d e h a c e r te a ñ ic o s !!
A n te ta le s “ b la s f e m ia s ” lo s in d io s se a te m o r iz a r o n m á s . . . “ ¡Su-
p a y ! " ¡ “ S u p a y ! ! lo c o n ju r a b a n , h a c ie n d o la s e ñ a l d e la c r u z . “ E s P e ­
d r o C o c h a c h in el U c h c u , q u e t r a b a j a e n la s m in a s n e g ra s , en lo s s o c a -
b o n e s p r o f u n d o s q u e se c o m u n ic a n c o n el in f ie r n o ” .
¡ H u y a m o s ! ¡¡E l S e ñ o r n o s v a a c a s tig a r !!
E l U c h c u , e n a r b o ló su h a c h a . . .
U n a d e to n a c ió n t e r r i b l e . . . L o s c a ñ o n e s d e C a llirg o s , r o m p ie n ­
d o la tr e g u a p a c ta d a , a m e tr a l la b a la c i u d a d .
L a m a s a c r e e s p a n to s a e m p e z a b a . ----B a ta llo n e s d e c h in o s e n r o la ­
d o s en C a s m a , d e n e g r o s y c h o lo s c o s te ñ o s , h a c ía n u n a te r r ib le c a r n ic e ­
r ía e n la m a s a q u e c o b a r d e b u s c a b a ¡a s a lv a c ió n en la h u i d a . . .
U n a m a n o p o d e r o s a c o n tu v o el b r a z o d e P e d r o . El arm a se
a b a tió sin fu e r z a s o b r e la im a g e n . . . V o lv ió la c a b e z a c o m o u n tig r e . . .
E r a A tu s p a r ia : “ E s la h o r a d e lu c h a r y n o d e d e s tr u ir im á g e n e s " .
¡ ¡M u e ra el c r is to !! le e s c u p ió lla m e a n te el P e d r o . Y A tu s p a r ia s e
irg u ió s o le m n e : ¡ ¡ M u e r a ! ! ! ¡M i p a d r e es el S o l y m i m a d r e la T ie r r a ! !
E l U c h c u c o n m o v ió s e : “ A tu s p a r ia , e re s u n a m a u t a ” . Y la m a n o
q u e ib a a a s e s in a r lo d ió s e f ra n c a .
A m b o s je f e s c o n su s p o c a s tr o p a s , lo g r a r o n c o n te n e r a lo s g o ­
b ie rn is ta s , m ie n tr a s la s m a s a s se s a lv a b a n . C a y ó A tu s p a r ia . . . . S u
g u a r d ia fiel d e f e n d ió el c u e r p o c a íd o d e l j e f e . C o n su s c a d á v e r e s lo
e s c o n d ie ro n .— U chcu h u y ó . . .
Amauta 39

E l C o r o n e l C a llirg o s , e b r io d e s a n g re . C o n u n a f e r o z s o n ris a en
lo s la b io s e n tr ó tr iu n f a n te e n H u a r á s .

A tu s p a r ia s e r ia m e n te h e r id o fu é e s c o n d id o p o r lo s su y o s e n c a s a
d e u n s e ñ o r M a g u iñ a . L o s b la n c o s d e H u a r á s p id ie r o n g r a c ia p a r a e s te
in d io . E l p r e f e c to I r a o la le e x p id ió u n “ s a lv o c o n d u c to ” . . . El
m is m o fu é a v i s i t a r l o . L a s d a m a s d e H u a r á s le p r e p a r a r o n h ila s p a r a
s u s h e r id a s . T o d o s lo a c la m a b a n a p o r f ía c o m o el s a lv a d o r d e H u a r á s ,
y lo s m á s e x a lta d o s p id ie r o n h a s ta se le v a n ta r a u n m o n u m e n to . . .
M ie n tr a s t a n to en la p la z a p r in c ip a l y e n el c e m e n te r io , m á s d e
c ie n in d io s e r a n f u s ila d o s ; e n tr e e llo s m u r ie r o n lo s jó v e n e s C a m in o y
D o r a d o d e l s é q u ito d e M o s q u e r a .

Sigue la su b lev ació n . L a T raición d e Solis.

C a íd o A tu s p a r ia , P e d r o C o c h a c h ín el U c h c u , to m ó el m a n d o d e
la s h o r d a s .
E s c o g ió a lo s m á s v a lie n te s , y a. lo s d e m á s , q u e p o r su g r a n n ú m e ­
r o le s e r v ía n d e e s to r b o , lo s lic e n c ió , h a c ié n d o lo s r e ti r a r a sus e s ta n c ia s .
E l 7 d e m a y o , s ig ilo s a m e n te c o n su s g u e rrille ro s , e s c o n d id o s e n tre
lo s s e m b r ío s y a r b o le d a s , p u d o in g r e s a r a H u a r á s y s o r p r e n d e r de
im p r o v is o al b a t a ll ó n C a n ta q u e se h a l la b a a c u a r te la d o en el C o le g io
d e la L i b e r t a d . D e s p u é s d e h a c e r m u c h a s b a j a s e n tr e lo s s o ld a d o s ,
se r e tir a r o n . C u a n d o la s tr o p a s se a r m a r o n y a lo s in d io s se h a b ía n
h e c h o h u m o .----M a s se v e n g a r o n a s e s in a n d o a u n a g r a n c a n tid a d d e
m u je r e s y n iñ o s q u e b a j a b a n d e P u m a c a y á n a v e n d e r su s p r o d u c to s
al m e rc a d o .
E s te a s e s in a to c o b a r d e e x a s p e r ó a lo s in d io s , q u e n u e v a m e n te b a ­
j a r o n d e su s e s ta n c ia s y o b lig a r o n a U c h c u P e d r o a c e r c a r H u a r á s , c o n
el p e n s a m ie n to d e e x te r m in a r a t o d o s lo s b l a n c o s .
U c h c u P e d r o d iv id ió su e jé r c ito ; u n a m ita d c o lo c ó e n la C o r d ille ­
r a B la n c a y la o tr a e n la C o r d ill e r a N e g r a .— H u a r á s en m e d io d e e s to s
d o s f o r m id a b le s e jé r c ito s e s ta b a m ie d o s a .----E l p la n d e P e d r o e r a in ­
c e n d ia r y d e s tr u ir H u a r á s p a r a o b lig a r a lo s G o b ie r n is ta s a lu c h a r en
la s a ltu r a s y p u n a s , d o n d e lo s c o s te ñ o s se " a s o r o c h a b a n ” .
C o m a n d a n te d e la s tr o p a s d e la C o r d ille r a B la n c a e r a J u s to S o lis
u n m e s tiz o , q u e c o m o M o s q u e ra se h a b í a in s u f la d o d e n tr o d e la in s u ­
r r e c c ió n c o n fin e s p o lític o s . A s u s ta d o c o n la o r d e n d e P e d r o , e s c rib ió
a l P r e f e c to u n a n o ta e n la q u e le p e d í a u n a r r e g lo d e p a z .
E l P r e f e c to m a n d ó al c a m p a m e n t o d e S o lís, c o m o su s D e le g a d o s
a l s e ñ o r R o d u l f o S a n ta G a d e a y al P r e s b íte r o F id e l O liv a s E s c u d e ro ,
lo s q u e lo g r a r o n c o n v e n c e r , ju n to c o n S o lís, a to d o s lo s c a c iq u e s in ­
d io s d e n o p r e s ta r a y u d a a P e d r o . — S e firm ó la s ig u ie n te c a p itu la c ió n :
“ R e u n id o s p o r u n a p a r te R o d u lf o S a n ta G a d e a y F id e l O liv a s E sc u ­
d e r o , d e l e g a d o s d e la P r e f e c tu r a y C o m a n d a n c ia G e n e r a l, y p o r o tr a
p a r t e J u s to S o lís, c o m a n d a n te e n J e f e d e la s fu e r z a s g u e r r ille ra s d e
e s ta b a n d a , y lo s a lc a ld e s L o r e n z o E n riq u e z d e la e s ta n c ia d e C a n tu ,
P e d r o P a b lo d e M a riá n , L u c ia n o S h u a n d e U k ia , M a n u e l C a s im iro R o ­
s a le s d e P a r ia , M a r ia n o V a le n tín , d e C a rh u á s , J u a n P a lb a d e A c o -v í-
c h a y , C a rlo s R o m e r o d e c h a c a y á n . E s p ír itu C á c e re s d e C h ik iá n , L e ó n
d e P a z d e S e c se , F r u c tu o s o C a u s c h i d e A c lla , M a n u e l P ío y A s e n c io
P a lm a p o r Q u illa s . A d e m á s lo s A lc a ld e s o r d in a r io s y d e c a m ­
p o J u a n A p o lin a r io N o r a b u e n a y M a n u e l C o r p u s , d e s p u é s d e u n a la r-
40 A m au ta

g a d isc u sió n a c o r d a r o n : 1"— A c e p ta r el o f re c im ie n to d e g a r a n tía s en

la v id a y h a c ie n d a s h e c h o p o r el P r e fe c to . 2 . . — C o m p r o m e te r s e a la
e n t r e g a in m e d ia ta d e la s a r m a s d e l E s ta d o q u ita d a s a lo s s o ld a d o s p o r
la s e s ta n c ia s d e K o y lla r, M a k a s , H u m a r ín y S h u to . 3 .----I m p lo r a r la
e x o n e r a c ió n d e la C o n tr ib u c ió n In d íg e n a , q u e lo tie n e y a o f re c id o el
P r e f e c to a n o m b r e d e l G o b ie r n o . 4 P. — E n c a m b io se o b lig a n lo s in d í­
g e n a s a p r e s ta r c o m o a n te s o b e d ie n te m e n te su s s e rv ic io s p e r s o n a le s ,
lla m a d o s d e la R e p ú b lic a . 5 P— A c e p ta r t o d o s lo s c o n c e p to s e m itid o s
p o r la a l u d id a c o n te s ta c ió n d e l s e ñ o r P r e f e c to ” .----L o s d e le g a d o s a n t e ­
d ic h o s ju z g a n d o c o n v e n ie n te s la s a n te r io r e s c o n c lu s io n e s f ir m a r o n el
a c ta c o n lo s r e p r e s e n ta n te s i n d í g e n a s .

L a respuesta d e P edro.

T e r m in a d a la m is ió n c o n c ilia d o r a c o n lo s in d io s d e S o lís, el P r e ­
fe c to , m a n d ó al m is m o O liv a s E s c u d e ro , com o p a r la m e n ta r io a n te
U c h c u P e d r o . C o n o c ie n d o la f e r o c id a d d e l c a u d illo in d io , al p r e s e n ­
ta r s e en e l c a m p o , d e s p le g ó la b a n d e r a b la n c a .— L o s in d io s v e n d á r o n ­
le lo s o jo s, y a sí lo c o n d u je r o n a n t e el j e f e .
— ¿ Q u é es lo q u e tr á e , p a r la m e n ta r io ? in te r r o g ó le s e v e r a m e n te .
----A lto je f e ---- c o n te s tó le O liv a s — u n h u m ild e e n v ia d o d e C ris to
N u e s tro S e ñ o r y d e la V ir g e n M a r ía S a n tís im a , v ie n e a d e c ir te a tí,
c o m a n d a n te g e n e r a l d e la s g u e r r illa s d e A n c a s h , q u e n o d e r r a m e s m á s
s a n g r e h e r m a n a . I n d io s o y y ó , y to d o s lo s m istis d e H u a r á s h ijo s d e
in d ia , ¿ p o r q u é ir c o n t r a tu s a n g r e ? ”
— L o s “ m is tis ” n o s o n m is h e r m a n o s . S a n m is v e r d u g o s . Y lo s h i­
jo s d e in d ia : lo s r e n e g a d o s , so n lo s p e o r e s . . .
N o q u ie ro tu s s e r m o n e s . . . L a r g a d e u n a v e z d o c t o r lo q u e tie n e s
m e tid o a d e n t r o . . . ”
— P u e s b ie n . . . si n o q u ie re s o irm e e n n o m b r e d e D io s . . .
---- E l d io s d e lo s b la n c o s n o es m i d io s .
— . . . o irá s lo q u e d ic e el P r e f e c to I r a o la : S i te rin d e s , a c e p t a r á
la s u p re s ió n d e l im p u e s to p e r s o n a l, y to d o s lo s d e m á s re c la m o s p r e ­
s e n ta d o s e n el m e m o r ia l d e A tu s p a r ia . S i n o te r in d e s : te h a r á u n a
g u e r r a s in c u á r t e l .
E l U c h c u c o n te s tó : ‘E s to y c a n s a d o d e s e r e n g a ñ a d o c o n p a la b r a s
f a ls a s . . . P o r c a d a in d io q u e c a ig a e n la b a t a ll a : h a y d ie z in d io s q u e
o c u p a r á n su p u e s t o . Y c u a n d o m u e r a n lo s h o m b r e s , p e le a r á n c o n lo s
b la n c o s la s m u je r e s . . . A d e m á s , la v ic to r ia es m í a . . . H u a r á s tie m ­
b la e n m e d io d e m is d o s e jé rc ito s , el d e la C o r d ille r a B la n c a , a l m a n ­
d o d e S o lís . . .
— Y a n o es t u y o . . . S e r in d ie r o n .— O liv a s E s c u d e ro , m o s tr ó el
a c t a f ir m a d a .
----¡ T r a id o r e s ! ru g ió el U c h c u , v ie n d o d e r r u m b a r s e su s s u e ñ o s d e
to m a r H u a r á s . D a m e u n d ía d e tre g u a . A n te s d e p e le a r q u ie ro c o n ­
s u lta r c o n m is c a p ita n e s . D e n tr o d e v e in tic u a tr o h o ra s , o le v a n to b a n ­
d e r a b la n c a e n s e ñ a l d e r e n d ic ió n , o d is p a r o u n m o s q u e te c o n t r a la p l a ­
za d e arm a s en señ al d e g u e r r a .
E n u n p r o m o n to r io d e r u in a s in c a ic a s se r e u n ie ro n to d o s lo s c a ­
c iq u e s in d io s y la f lo r d e lo s v a l i e n t e s .
U c h c u P e d r o les e x p u s o la s itu a c ió n : L a tr a ic ió n d e S o lís. L a s
p r o m e s a s d e l P r e f e c to y la s a m e n a z a s .
A m au ta 41

— ¡ Q u é p r e f e r ís — les g ritó a r r o g a n te .— H u ir c o m o r a to n e s , o m o ­
r ir c o m o p e r r o s q u e d e f ie n d e n el r e b a ñ o !
— ¡ ¡S e r e m o s p e r r o s r a b io s o s ! ! ¡ ¡P u m s a h a m b r ie n to s ! ! ¡ ¡K u n tu -
r e s d e a la s f u e r te s ! ! S e a e x te r m in a d a n u e s tr a r a z a , a n te s q u e n o s m e ­
ta n e n ja u la s , y n o s m u r a m o s d e tr is te z a c o m o lo s tu c tu p ille n ! . .
----¡ ¡ A m o r i r . . . p e r o m a ta n d o , in c e n d ia n d o y d e s tr u y e n d o ! ! E sa
n o c h e , fu é n o c h e d e d e s p e d id a s e n el c a m p a m e n to in d io . . . T o d o s j u ­
r a b a n m o r ir a n te s d e v o lv e r la s e s p a l d a s .

D erro tas d e los Indios y m uerte d e U chcu P ed ro .

E l o n c e d e m a y o u n tiro d e fu sil a n u n c ió a lo s b la n c o s d e H u a r á s
el p r in c ip io d e l c o m b a te .
E l e jé r c ito d e Ira o la , c o n t a n d o c o n la “ g u a r d ia u r b a n a ” , se c o m ­
p o n ía d e m il h o m ib re s p e r f e c ta m e n te a r m a d o s . L o s in d io s e r a n d ie z
v e c e s m á s, p e r o c a r e c ía n d e a r m a s d e f u e g o . MUy p o c o s e r a n lo s
q u e te n ía n f u s ile s .
A l v e r b a j a r a lo s in d io s c o m o to r r e n te s s o b r e el S a n ta , el C o r o ­
n e l C a llirg o s o r d e n ó q u e el B a ta lló n C e la d o r e s fu e r a a c o n te n e rlo s ,
m ie n tr a s lo s d e m á s b a ta llo n e s C a n ta , A r te s a n o s y la “ G u a r d ia U r b a ­
n a ” ( c o m p u e s ta d e jó v e n e s h u a r a s in o s ) , se e s c o n d ía n en H u a r u p a m p a ,
p a r a c a e r en el m o m e n to o p o r tu n o s o b r e lo s in d io s .
L o s in d io s a r r o lla r o n a lo s “ C e la d o r e s ” , y v ie n d o el p u e n te li­
b r e , ( ú n ic o sitio d e e n t r a d a a H u a r á s p o r e se la d o , p u e s el c a u c e d e l
r ío es in f r a n q u e a b le p o r lo a b r u p to d e la s p a r e d e s y la m u c h a c o r r e n ­
t a d a ) lo s in d io s in g r e s a r o n a H u a r u p a m p a , d o n d e in c e n d ia r o n la c a s a
d e P a lo m o y s a q u e a r o n o tr a s .
C a llirg o s c u a n d o v ió a lo s in d io s e n e s ta “ tr a m p a d e r a ta s ” , se
a v a la n z ó p o r to d o s lo s la d o s c o n su s tr o p a s , h a c ie n d o m o r tíf e r o fu e ­
g o . — D e s p u é s d e u n a e s p a n to s a lu c h a d e s d e la s d o s h a s ta la s c in c o d e
la ta r d e , lo s in d io s se r e tir a r o n d e r r o t a d o s . E n e s ta a c c ió n m u rió el
in d io A le g r e , v a lie n te e n tr e lo s v a lie n te s .— C o m o h a c ía u n a lu n a es­
p lé n d id a C a llirg o s p e rs ig u ió a lo s in d io s h a s ta la s n u e v e d e la n o c h e .
N o se h ic ie ro n p r is io n e r o s . L o s c h in o s y n e g r o s se e n c a r g a b a n d e
a c u c h illa rlo s . F u é u n a v e r d a d e r a c a r n ic e r í a . . .
C a llirg o s a l o tr o d ía , la n z ó e s ta p r o c la m a a sus s o ld a d o s : “ L a s
tu r b a s d e in d io s q u e h a b é is v is to , y q u e e n e s tú p id a in s e n s a te z , se h a n
d e j a d o c o n d u c ir p o r lo s m a lv a d o s , h a n p a g a d o b ie n c a r a su im p r u ­
d e n c ia y te m e r id a d . L o s m ile s d e c a d á v e r e s q u e se h a lla n en la s f a l­
d a s d e l P a n g o r , s o n el e je m p lo y el e s c a rm ie n to d e lo s r e b e ld e s . V u e s ­
tr o C o r o n e l y C o m a n d a n te .— M a n u e l C a llirg o s Q u ir o g a " . ( C o p ia d a d e l
“ R e g is tr o O fic ia l” L i m a . ----J u n io 1 8 8 5 ) .
E l 12 d e m a y o se p r e s e n ta r o n m ile s d e in d io s : E ra n lo s fe ro c e s
c o n c h u c a n o s , y m o n ta ñ e s e s d e l M a ra ñ ó n , r e tr a s a d o s p o r la s n ie v e s q u e
c e r r a b a n lo s p o r t a c h u e l o s .
S e e s ta c io n a r o n e n lo s c e r ro s d e H u a n c h a c ; p o r s e ñ a s y fo g a ta s
s e c o m u n ic a ro n c o n U c h c u P e d r o q u e se h a lla b a r e f u g ia d o en la o tr a
C o r d ille r a y q u e in s tig a b a a c o m b a tir ; p e r o lo s c a c iq u e s d e C o n c h u c o s,
v ie n d o q u e la s in d ia d a s d e H u a r á s , .h a b ía n s id o c o m p le ta m e n te a n iq u i­
la d a s y d is p e rs a s , r e s o lv ie r o n v o lv e r a su s p ro v in c ia s .
L a a r tille r ía e m p la z a d a en la c iu d a d , le s h a c ía f re c u e n te s d is p a ­
r o s p a r a a te m o r iz a r lo s . A l d ía sig u ie n te tr a s m o n ta r o n la C o r d i l l e r a .
E l 2 5 d e m a y o , F e d e r ic o C á c e re s s u b - p r e f e c to d e H u a r i, n o m b r a -
42 Amauta

d o p o r A tu s p a r ia , d e s d e U c h u p a ta , d o n d e se h a lla b a c o n tr o p a s , e n v ió
u n o ficio a l P r e f e c to a m p a r á n d o s e e n la le y d e a m n is tía , d a d a p o r el
G o b ie r n o . D ic e ‘q u e h a d e f e n d id o lo s in te re s e s d e la s c o m u n id a d e s
d e H u a r i, v íc tim a s d e la s tir a n ía s d e lo s g a m o n a le s y d e la s a u t o r i d a ­
d e s tirá n ic a s , p e r o q u e h a b ié n d o s e a n u la d o el D e c re to d e la C o n tr ib u ­
c ió n P e r s o n a l y d a d o a m p lia s g a r a n tía s a lo s in d íg e n a s , el se r e tira -
d e l m o v im ie n to ” .
U c h c u P e d r o je f e d e u n a p a r t i d a d e g u e r r ille ro s se d e d ic ó a in -
c u r s io n a r p o r la C o r d ille r a N e g r a . E l 2 7 y el 2 9 d e ju n io e n la s m in a s
d e U c h c u y e n A ta q u e r o tu v o v a r io s e n c u e n tro s c o n la s tr o p a s d e l G o ­
b ie r n o . — L e s h a c ía b a ja s , y d e s p u é s c o m o p o r e n c a n to d e s a p a r e c ía e n
la s a g r e s te s p u n a s .
S a b e d o r U c h c u P e d r o q u e el m a y o r Z a m u d io e n v ia d o p o r el G e ­
n e r a l C á c e re s v e n ía s o b r e H u a r á s c o n g r a n c a n tid a d d e in d io s h u a n u -
q u e ñ o s , fu é a d a r le a lc a n c e , y a in s tig a rle q u e a s a lt a r a el c o n tin g e n te
d e d in e r o q u e d e C a s m a lle v a b a n a H u a r á s . C o m o Z a m u d io se n e g a r a ,
lo s in d io s lo a b a n d o n a r o n . E l m a y o r fu é h e c h o p r is io n e ro p o r lo s g o ­
b ie r n i s ta s . E n el a s a lto , lo s in d io s f u e r o n r e c h a z a d o s c o n g r a n d e s p é r ­
d id a s . . v L o s h u a n u q u e ñ o s se r e tir a r o n a H u a m a líe s y D o s d e M a y o
d e d ó n d e e r a n o r iu n d o s . E n el m e s d e J u lio , U c h c u P e d r o y su h ijo
H ila rio C o c h a c h ín a y u d a d o p o r lo s m o n to n e r o s d e T ru jillo , s a q u e a
H u a y la s , a d u e ñ á n d o s e d e e s ta c i u d a d . — E l P r e f e c to I ra o la d e s d e H u a ­
rá s e m p r e n d e u n a m a r c h a r á p id a s o b r e la c iu d a d t o m a d a . — E n la v i­
lla d e M a to lo s in d io s se a tr in c h e r a r o n
E l 2 4 d e a g o s to , d e s p u é s d e u n s a n g r ie n to c o m b a te el P r e f e c to
I r a o la to m a M a to y d e s p u é s H u a y la s . L a s “ G u a r d ia s U r b a n a s ” d e
C a rá s y Y u n g a y , q u e a c o m p a ñ a r o n a la s tr o p a s d e l G o b ie r n o , a l e n t r a r
en H u a y la s , s a q u e a n el c o m e r c io y se lle v a n lo p o c o q u e d e j a r o n lo s
in d io s y m o n to n e r o s .
E l P r e f e c to I ra o la v o lv ió d e H u a y la s tr iu n f a n te , to d a s la s c iu d a ­
d e s d e l C a lle jó n le le v a n ta r o n a rc o s triu n fa le s , y la s c r ó n ic a s p a la c ie ­
g a s d e lo s p e r ió d ic o s d e H u a r á s y q u e tr a s c r ib ie r o n lo s d e L im a , h a ­
b la n d e ta lla d a m e n te , d e lo s b a n q u e te s , b a ile s y m e d a lla s q u e o f re c ie ro n
a I ra o la . H a s ta p id ie r o n a l G o b ie r n o q u e se le d ie r a el G e n e r a la to p o r
lo s d ía s d e g lo r ia ” q u e h a b í a d a d o al P e r ú . . . m a s a c r a n d o a m á s d e
d ie z mlil in d io s . . .
“ L a O p in ió n N a c io n a l” d e L im a , se b u r la b a d e e s to s “ d ía s d e g lo ­
r ia ” , q u e h a b í a n s id o la s p á g in a s m á s tris te s d e n u e s tr a h is to ria r e p u ­
b lic a n a . . . .
U c h c u P e d r o , f a lto d e m u n ic io n e s , se r e tir ó a Q u illo , c o n la in te n ­
ció n d e p r o p o r c io n á r s e la s en C a s m a . C o m o las tr o p a s g o b ie rn is ta s r o n ­
d a b a n p o r e so s lu g a re s , el in d io p id ió h o s p ita lid a d en c a s a d e u n c o m ­
p a d r e d e c o n f i a n z a . — E ste lo v e n d ió , y en u n a fie s ta ín tim a , lo s o r ­
p r e n d ie r o n lo s s o ld a d o s , sin tie m p o p a r a d e f e n d e r s e . A l v e r s e p r e s o el
U c h c u P e d r o les d ijo a lo s s o ld a d o s : “ A sí c o n tra ic ió n , n o v a l e ” .
L o fu s ila ro n en u n a d e la s p a r e d e s d e la ig le sia d e C a s m a . A n te s
d e m o r ir v o lv ió s e d e e s p a ld a s y le v a n tá n d o s e la c h a q u e ta les m o s tró el
tr a s e r o , c o m o s ig n o d e d e s p re c io . . .

A tu sp aria en L im a.

D e s p u é s d e u n a s a n g r ie n ta lu c h a el G e n e r a l C á c e re s d e r r o c ó d e l
p o d e r a l G e n e r a l Ig le s ia s .
A m a u ta 43

H a b ie n d o e s ta d o a l ta n to d e la s u b le v a c ió n in d íg e n a d e A n c a s h ,
h iz o lla m a r a L im a a l c a b e c illa A tu s p a r ia .
E l in d io q u e se h a b í a r e ti r a d o a su e s ta n c ia a c o n v a le c e r d e sus m u ­
c h a s h e r id a s , al se r n o tif ic a d o p o r la a u to r id a d , q u e le d ió lo s e m o lu m e n ­
to s p a r a el v ia je , e m lp re n d ió la m a rc h a , a c o m p a ñ a d o d e su m e n o r h ijo
M a n u e l C e fe r in o .
L le g a d o s a L im a , el P r e s id e n te d e la R e p ú b lic a lo s re c ib ió c a r i­
ñ o s a m e n te , les d ijo q u e él, c o m o d e s c e n d ie n te d e u n a Ñ u sta lla m a d a
C a ta lin a , ú ltim o v á s ta g o d e lo s In ca s, q u e r ía a to d o s lo s in d io s c o m o
s i f u e r a n su s p r o p io s h ijo s . Q u e h a b ía c a s tig a d o al P re fe c to I ra o la
y al C o r o n e l C a llirg o s , p o r la s in ic u a s m a t a n z a s . — Q u e el im p u e s to
p e r s o n a l y lo s tr a b a jo s lla m a d o s “ d e la R e p ú b lic a ” q u e d a b a n a b o l id o s .
Q u e h a b í a o r d e n a d o a la s a u t o r i d a d e s p r e s ta r t o d a c la se d e g a r a n tía s
y d e f e n d e r lo s d e r e c h o s d e lo s - in d íg e n a s . — E l P r e s id e n te le o fre c ió al
in d io u n p u e s to p ú b lic o en H u a r á s .
A tu s p a r ia r e h u s ó : “ T a ita , n o p u e d o a c e p ta r lo p o r q u e n o sé le e r
n i e s c r ib ir . . . Q u ie r o r e tir a r m e a m i e s ta n c ia , d ó n d e v iv iré o b s c u ra ­
m e n te , llo r a n d o p o r s ie m p re , la m u e rte d e m is c o m p a ñ e r o s c a íd o s e n
l a S u b le v a c ió n ” .
E l G e n e r a l C á c e re s q u e d ó a d m ir a d o d e l e n te n d im ie n to d e e s te in ­
d io a n a lf a b e to .
— P íd e m e lo q u e q u ie r a s . . . ( m e n o s p l a t a ) le d i j o .
— Y o n o q u ie ro n a d a p a r a m i, T a i t a . M a s b ie n . . . te e n tre g o
a m i h ijo . H a z d e él u n h o m b r e d e p r o v e c h o ” .
A n te s d e r e tir a r s e d e L im a , el p in to r P a la s , h iz o u n r e tr a t o d e
A tu s p a r ia , e n el q u e a p a r e c í a c o n u n fusil en la m a n o en a c titu d d e
a t a c a r . — A d e m á s le s a c a ro n u n a f o to g r a f ía ju n to c o n el P r e s id e n t e .

U n p e r ió d ic o d e L im a h a c e el s ig u ie n te r e tr a t o de A tu s p a r iá :
"‘P e d r o P a b lo A tu s p a r ia , “ el R e y In c a ” , tie n e 4 3 a ñ o s d e e d a d . E s­
t a t u r a m e d ia n a , a s p e c to e n fe rm iz o , e s c a so b ig o te , sin tre n z a , h a b la el
c a s te lla n a y el q u e c h u a , y se v iste c o m o lo s d e m á s d e su r a z a . — H a
s id o tin t o r e r o d ó n d e d o n M a n u e l A lz a m o r a d e H u a r á s . — E n la s u b le ­
v a c ió n d e A jncash, se titu la b a “ d e l e g a d o ” y a u n q u e n o s a b ía le e r n i
e s c rib ir, v is a b a to d o s lo s d o c u m e n t o s . A tu s p a r ia n o es d e la te la d e
lo s R e s ta u r a d o r e s d e Im p e rio s , ni se le h a o c u r r id o se r el f u n d a d o r d e
u n a d in a s tía . T ie n e b u e n ju ic io n a tu r a l y se m a n if ie s ta c e lo so d e la ju s ­
tic ia .----A tu s p a r ia c r é e q u e lo s in d io s s u fre n in ju s ta m e n te , sin q u e n a ­
d ie se a c u e r d e d e e l l o s . S in lo s d e r e c h o s q u e to d o s lo s p e r u a n o s
g o z a n , y m á s b ie n , si, c o n to d a s la s o b lig a c io n e s ” .

L a s u b le v a c ió n d e A n c a s h , h iz o n a c e r u n a o la in d ió f ila en L im a .
L o s e d ito r ia le s d e “ E l C o m e r c io ” y d e “ L a O p in ió n N a c io n a l” se
m u e s tr a n h u m a n ita rio s , d o lié n d o s e d e la s m a s a c re s d e in d íg e n a s . S e
p u b lic a n a lg u n o s e s tu d io s s o b r e la r a z a q u e c h u a , y u n a n ó n im o e sc ri­
t o r s e rr a n o , d á la s g ra c ia s , en u n r e m itid o q u e p r in c ip ia a s í: “ C o n s u e ­
l a el a lm a , q u e m ie n tr a s e s c rito re s se o c u p a n d e l A fg a n is tá n , d e T o n -
k in g y d e l S u d á n , h a y a q u ié n se o c u p e d e l P e r ú y d e lo s in d io s p e ­
r u a n o s .— M u c h o d e b e m o s a g r a d e c e r al a u to r p o r el a m o r q u e r e v e la
a n u e s tr a ra z a , p o r lo m is m o , q u e h o y se h a c e a l a r d e d e m a ta r lo s a
m illa re s , al m is m o tie m p o q u e se h a c e n e s fu e rz o s p o r tr a e r u n a s c u a n ­
t a s c e n te n a s d e c h in o s .— C ó m o n o a g r a d e c e r a n u e s tro b e n e f a c t o r
in c ó g n ito , c u á n d o h a c e d ía s , u n o d e lo s m á s g r a n d e s c a p ita lis ta s , q u e
44 A m a u ta

q u ie re im p o r ta r ch in o s, o y e n d o le e r el p a r te q u e se h a b í a n fusilado»
d o s m il in d io s , d ijo : “ L o s in d io s e s tá n d e m á s e n el P e r ú ” .
E n lo s p e r ió d ic o s d e L im a , m e s e s d e m a y o , ju n io y ju lio d e l 8 5
( “ E l C o m e r c io ” , “ L a O p in ió n N a c io n a l” , “ E l P a ís ” , “ E l N a c io n a l” ,
“ L a T r i b u n a ” , “ E l C a m p e ó n ” y “ E l B ien P ú b lic o ” ) a d e m á s d e la s
c o r r e s p o n d e n c ia s d e H u a r á s r e la ta n d o lo s su c eso s, se e n c u e n tr a n r e ­
m itid o s d e l P r e f e c to N o rie g a , s in c e r á n d o s e d e lo s a c o n te c im ie n to s , y
e c h a n d o la c u lp a a lo s b la n c o s d e H u a r á s q u e in c ita ro n a lo s in ­
d io s c o n t r a su a u t o r i d a d , p a r a s u frir d e s p u é s la s c o n s e c u e n c ia s d e u n a
lu c h a d e r a z a s .
L o s b la n c o s d e H u a r á s c o n te s ta r o n in c u lp a n d o ú n ic a m e n te a l e x ­
p r e f e c to d e s e r el c a u s a n te d e la s u b le v a c ió n , p o r h a b e r q u e r id o c o ­
b r a r el im p u e s to p e r s o n a l y c o m e tid o m il a b u s o s c o n lo s in d íg e n a s .
E n e s ta r iñ a d e c o m a d r e s , se se c a n lo s tr a p ito s a l s o l . L a h isto ria ,
r e c o g e v a lio s o s d a t o s . Y lle g a a la tr is te c o n c lu s ió n “ q u e en la s s ie -
r a s d e l P e r ú lo s in d io s s o n e s c la v o s ” . — “ Q u e lo s b la n c o s lo s c o n s id e ­
r a n n o c o m o p e r s o n a s sin o c o m o a n im a le s ” .

L a m u erte d e A tusparia.

E l m á s v ie jo d e lo s a n c ia n o s , r e p r e s e n ta n t e d e la s c u a r e n ta e s ta n ­
cia s d e H u a r á s , c o n su v o z p a u s a d a , d irig ió s e a A tu s p a r ia :
“ T e dam (os e s ta g r a n c o m id a d e d e s p e d id a , se g ú n n u e s tra s c o s ­
tu m b r e s d e tie m p o a n t ig u o . . . C u á n d o u n o se v á p a r a sie m p re , h a y
q u e d e s p e d ir lo . . . T e lla m a d e la C iu d a d G r a n d e , el A lto J e fe , p a r a
c o n c e d e r t e h o n o r e s y m e r c e d e s . T e s e n ta r á s p r e e m in e n te en la m e s a
del E m p e ra d o r. U s a rá s b o r la e n c a r n a d a y p lu m a s d e c o r e q u e n q u e .
V é , A tu s p a r ia , fu iste s a b io y b u e n o . E l S o l te lla m a h ijo . T o m a . E n
c o p a d e o ro , c o m o n u e s tro s p a d r e s in c a s b e b e r á s la s a g r a d a c h i c h a .
B e b e d e e lla q u e en el f o n d o e n c o n tr a r á s la v e r d a d d e m i d e s p e d i d a . . .
A tu s p a r ia r e c ib ió c o n g r a n d e s r e v e r e n c ia s el v a s o d e c h ic h a y
a n te s d e a c e r c á rs e lo a lo s la b io s : “ Q u ie r o — d ijo c o n su v o z sin c e ra ----
ah o ra que m i cab eza no s ie n te el s u e ñ o d iv in o d e la s a g r a d a c h i­
c h a , d a r m i c o r a z ó n , p o r e n te r o a v o s o tr o s , p a r a q u e c o n o z c á is la v e r ­
d a d . . . E n el a b is m o m is te rio s o d e la s m ir a d a s v ie ja s d e lo s A n c ia ­
n o s, c o n o c í m i d e s p e d id a p o s t r e r a . . . ¿ M e h a b é is lla m a d o tr a i d o r y
v e n d i d o ? . . . N o q u ise d e s tru ir ni a s o la r c iu d a d e s , n i v io la r m u je re s , n i
c h a n c a r n iñ o s s o b r e la s p i e d r a s . ----S o lo U c h c u P e d r o e r a el q u e c o n e l
r e jó n e n s a r ta b a p o r el a n o a lo s s o ld a d o s m is tis . E l q u e b e b í a la s a n ­
g r e y m a c h a c a b a lo s h u e s o s . E l q u e c la v a b a c a b e z a s b a r b u d a s en el c a ­
m in o . E l q u e v io la b a d o n c e lla s .
M e lla m a s te is tr a id o r , p o r q u e a m p a r a b a m u je r e s in d e fe n s a s , p r o
te g ía n iñ o s y e r a m is e r ic o r d io s o c o n lo s e n e m ig o s . . .
¡ A n c ia n o s d e m i tr ib u ! ¡ P o r m is v e n a s c o r r e s a n g re d e In c a s!
S o y el a m a u ta q u e h a c e lim p ia r lo s c a m in o s , c o n s tru ir lo s a c u e d u c to s
p a r a él r e g a d ío , t r a b a j a r la tie r r a y a d o r a r al D io s B u e n o .
M e h a c é is b e b e r la d u lc e c h ic h a d e lo s e n s u e ñ o s e n v a s o d e o r o . . ,
D e m a íz e s c o g id o fu é h e c h a , c o n s u m o s a g r a d o d e c o c a fu é m e z c la ­
d a . . . . V e n s a g r a d a c h ic h a , e n t r a p o r m i p a l a d a r , q u e en el f o n d o d e l
v a s o d e o r o e s tá mS v e r d a d . . .
D e p ié , la c a b e z a in c lin a d a , litú rg ic o , m o jó su s d e d o s e n la c h ic h a
y o f r e n d ó a lo s c u a tr o p u n to s d e l h o r iz o n te “ A p u H u a s c a r á n , A p u W il-
c a n o ta , P a c h a te r a m a n a , C o c h a te r a m a m a ” .
A m au ta 45

B e b ió la rg o , sin a p r e s u ra rs e , p a l a d e a n d o la d u lc e c h ic h a e m p o n ­
zoñada . . .
S ile n c io so s c h a c c h a b a n lo s i n d i o s . . . S u s c a r a s e r a n e n i g m a s . . .
S o lo el m á s a n c ia n o m u r m u r ó a l o íd o d e A tu s p a r ia : “ E s la J u s tic ia
d e l S o l” . O fre c ió le el “ h u a llq u i” d e la c o c a “ C h a c c h a je fe , p a d r e -
c ito m ío ” . “ M i c o c a tie n e m a n c h a s r o ja s ” . . . M ir a . . . y o ta m b ié n
la to m o , q u ie ro a c o m p a ñ a r a l A m a u t a A tu s p a r ia en el v ia je a la tie r r a
d e l S o l, p a r a d e c ir a n u e s tro p a d r e , q u e c u m p lí c o n sus m a n d a to s in e x o ­
ra b le s . . . . C h a c c h a ta itito m ío . . . q u e m i c a tip a e s tá d u l c e . . . M e
p r e d ic e q u e lle g a r á el d ía q u e tu n o m b r e s e rá r e v e r e n c i a d o . . . S e m e
n u b la n lo s o jo s . . . m is c ie n a ñ o s se a b a t e n . . . V e o m is r u tila n te s E m ­
p e r a d o r e s q u e te e s p e r a n : “ H e r m a n o te lla m a n ” . . . O h ! m á s a llá , e n
su tr o n o d e o r o . . . I n t i . . . P a c h a k a m a c . . . W i r a k o c h a . . .

R esponsos.

M u e rto A tu s p a r ia , lo s b la n c o s h ic ié r o n le un s o le m n e e n t i e r r o .
F o rm a c ió n m ilita r, b a n d a d e m ú s ic o s y d is c u rs o s .
E l c h o lo L a d is la o F . M e z a d e H u a r á s d ic e : “ A tu s p a r ia v in o a se r
el N e s to r d e l m o v im ie n to , el h o m b r e d e r a z ó n c la ra , el n e c e s a rio ev i-
t a d o r d e la c o n s u m a c ió n d e lo s g r a n d e s d i s p a r a t e s . S u p re s tig io n o
e r a fa lso al d e c ir d e q u ie n e s c o n o c ie ro n a e s te b u e n in d io . P o s e ía u n
ta le n to f ra n c o , q u e en o c a s io n e s a n te r io r e s , le h a b í a v a lid o a lg u n o s
triu n fo s e n tr e lo s in d io s d e U n c h o s y d e M a ria n , p rin c ip a le s a u to re s d e
la in s u r r e c c ió n . S u c o n s e jo e r a e s c u c h a d o c o m o b u e n o y casi n u n c a
p r o c e d ía c o n t r a su v o l u n t a d ” E l A ijin o A n tu n e z d e M o y o lo d ic e : " L o s
in d io s s u s p ic a c e s c r e y e r o n q u e A tu s p a r ia lo s h a b í a tr a ic io n a d o d u r a n ­
te la s u b le v a c ió n , p o r eso c u a n d o v o lv ió a su e s ta n c ia lo e n v e n e n a ­
r o n . . . T a l fu e el fin d e e s te in d io n o ta b le q u e , a u n q u e n o s a b ía le e r
ni e s c rib ir y n o p o s e ía en c o n s e c u e n c ia in s tru c c ió n a lg u n a , r e v e ló te ­
n e r g r a n d e s d o te s in te le c tu a le s y u n a g r a n s a g a c id a d . L o s p u e b lo s d e l
C a lle jó n , y e n e s p e c ia l H u a r á s , c u y o s a q u e o im p id ió , tie n e n c o n t r a íd a
p a r a c o n A tu s p a r ia , u n a d e u d a d e g r a t i t u d ; y p o r eso — a lg ú n d í a —
te n d r á n q u e le v a n ta r e n H u a r á s u n a e s tá tu a a P e d r o P a b lo A tu s p a r ia ,
en r e c u e r d o d e su a c tu a c ió n , y c o m o s ím b o lo d e u n ió n d e d o s ra z a s , p a ­
r a f o r m a r u n só lo p u e b l o ” .
V íc to r M . P h illip s d e C a rá s d i c e : . . . “ L o s a c tu a le s h a c e n d a d o s ,
fie le s e n c a r n a c io n e s d e lo s te r r ib le s c o r r e g id o r e s d e la é p o c a v irre y -
n a l . . . ¿ q u ié n ig n o r a c o m o so n tr a t a d o s lo s in d io s e n la s h a c ie n d a s
d e la s ie rr a ? T a l v e z p e o r q u e b e s tia s . T r a b a j o s f o rz a d o s , r e n u m e r a ­
c ió n m is e ra b le , o n u la , fla g e la c io n e s , a r r e b a to d e sus tie r n o s h ijo s p a ­
r a el se rv ic io d o m é s t i c o . . . y o tr a s m il b a r b a r id a d e s q u e s e ría la rg o
e n u m e r a r la s . P o r o tr a p a r te , lo s fra ile s, e so s e te r n o s s u c c io n a d o re s d e l
p o b r e in fe liz p a r i a . . . y p o r ú ltim o , h a s ta el tin te r illo q u e m e d r a c o n
la s lá g rim a s , s u f rim ie n to s y m is e ria s d e e s ta m il v e c e s d e s v e n tu r a d a
raz a!”

“ El Sol d e los Incas”

E l p e r io d is ta h u a r a s in o D r F e r n a n d o S u á re z O liv o s, en u n a r tí c u ­
lo q u e p u b lic ó e n 1 9 2 3 , en el p e r ió d ic o “ L a A u to n o m ía ” d e H u a r á s ,
b a j o el títu lo d e R e m in is c e n c ia s ” , d ic e , r e f ir ié n d o s e a la s u b le v a c ió n
46 A m auta

in d íg e n a d e l 8 5 : “ E l in d io M a n u e l A tu s p a r ia d o m in a n d o la s itu a c ió n
c o m o je f e s u p r e m o , n o m b r ó p r e f e c to a l d o c to r M a n u e l M o s q u e ra ; y
e n v ió c irc u la re s a to d o s lo s c e n tr o s in d íg e n a s d e la R e p ú b lic a , c o n el
fin d e r e s ta b le c e r el im p e rio in c a ic o . P o r a q u e lla é p o c a , el a d m in is tr a ­
d o r d e “ L a A u to n o m ía ” —- d o n A b e la r d o P . d e L a R o c h a — se v ió o-
b lig a d o a p u b lic a r “ E l S o l d e lo s In c a s ” r e d a c ta d o p o r L u is L e lip e
M o n te s tr u q u e , s e c r e ta rio g e n e r a l d e A tu s p a r ia , m u e r to p o c o d e s p u é s , e n
u n o d e lo s a ta q u e s a la c i u d a d d e Y u n g a y . . . T o m a d o H u a r á s p o r las
tr o p a s d e l o r d e n “ E l S o l d e lo s In c a s ” d e s a p a re c ió , p e r o R o c h a p u d o
s e g u ir d e s p u é s c o n la p u b lic a c ió n , d a n d o a l p e r ió d ic o el n o m b r e d e
“ L a L e d e r a c ió n ” . ----E n el a ñ o d e 1 8 9 2 r e a p a r e c ió " L a A u to n o m ía ’ ,
s ie m p r e b a j o la a d m in is tr a c ió n d e R o c h a . A p o c o , e n f e r m ó y m u rió é s te ,
q u e fu é el tip o d e l p e r f e c to c r o n is ta d e a q u e llo s t i e m p o s .
L o s a z a r e s d e la g u e r r a s d e l P a c ífic o d e j a r o n en H u a r á s a M o n ­
t e s tr u q u e . L u é s e c r e ta rio d e l C o r o n e l S e c a d a , y p r o f e s o r d e l C o le g io
d e la L ib e r ta d .

E l hijo d e A tu sparia

A c o m p a ñ a d o d e l h is to r ia d o r “ d e l m o v im ie n to o b r e r o d e l 1 9 ” ,
el c o m p a ñ e r o M a r tín e z d e la T o r r e , v is ita m o s en el C a lla o a M a n u e l C e-
f e rin o A tu s p a r ia , h ijo d e l f a m o s o P e d r o P a b l o . V iv ía en la c a lle d e
A p u r í m a c 4 3 5 . U n a v iv ie n d a d e o b r e r o s . ----M a n u e l C e fe rin o , u n h o m ­
b r e c o r p u le n to , d e u n o s c in c u e n ta a ñ o s de e d a d , a lto , c o b riz o , d e
g r a n d e s m o s ta c h o s , n o s r e c ib ió m u y a m a b l e m e n t e . C h a r la m o s s o b r e la
a c tu a c ió n d e su p a d r e ; M a n u e l C e fe r in o n o s r e la tó , m á s o m e n o s , to ­
d o lo q u e el a u to r, y a c o n o c ía , p o r lo s p e r ió d ic o s d e l 8 5 y lo s r e la to s
v e r b a le s d e lo s in d io s h u a r a s in o s s o b r e v iv ie n te s d e la s u b le v a c ió n .
S u s im p r e s io n ts p e r s o n a le s s o n m u y v a g a s ; te n ía d ie z a ñ o s c u a n d o
e s ta lló el m o v im ie n to .
R e c u e r d a a su p a d r e , d a n d o ó r d e n e s p a r a q u e tr a je s e n r a m a s d e
s a u c e . Q u e e s ta n d o en la p u e r ta d e la c a sa , d ó n d e su p a d r e t r a b a j a b a
v ió p a s a r a m u c h a s m u je r e s c o n c a jo n e s d e f id e o s y sa c o s d e a z ú c a r, y
q u e le d ije r o n q u e e s ta b a n s a q u e a n d o a lo s ch in o s. Q u e él e n to n c e s se
f u é a la c h a c r a d e M a riá n , d ó n d e su m a d r e d o ñ a M a r ía P e r n a n d a L la u -
r i . . . Q u e d e s p u é s r e c u e r d a , v e r p a s a r a su p a d r e e n u n a c a m illa . Q u e
n u e v a m e n te en c a s a d e d o n P a b ia n o , v ió a su p a d r e m u y e n f e rm o , r o ­
d e a d o d e s e ñ o rita s . Q u e r e c u e r d a h a b e r d e s e m b a r c a d o e n el C a lla o
c o n su p a d r e . Y h a b e r a s is tid o “ a la e n tr e g a d e l m a n d o " al G e n e r a l
C á c e re s , en el P a la c io d e G o b ie r n o .
R e c u e r d a la c o n v e r s a c ió n d e su p a d r e c o n el P r e s id e n te d e la R e p ú ­
b l i c a . ----D ic e q u e él, se q u e d ó en c a s a d e l G e n e r a l . Q u e lo m a n d a r o n
a e s tu d ia r e n u n o d e lo s m e jo r e s c o le g io s . Q u e d e s p u é s e s tu v o e n el
E jé r c ito . Y q u e h a c e v e in tic in c o a ñ o s se r a d ic ó en el C a lla o , d o n d e h a
f o r m a d o u n h o n r a d o h o g a r . T ie n e d o s h ija s , b e lla s m u c h a c h a s , q u e c o n ­
s e r v a n lo s ra s g o s fin o s d e la s p r in c e s a s d e l in c a n a to . C o m o c o s a c u r io ­
s a n o s d ic e q u e d e s d e q u e se e s ta b le c ió en el C a lla o h a v iv id o e n la
m is m a c a sa , y c o n lo s a lq u ile re s p a g a d o s d u r a n te lo s v e in tic in c o a ñ o s
h u b ie r a p o d id o c o m p r a r to d o el “ C a lle jó n ” .
M a n u e l C e fe r in o n o s m u e s tr a su p a r t i d a d e b a u tis m o , q u e lo a-
c r e d ita c o m o h ijo le g ítim o d e P e d r o P a b lo A tu s p a r ia y d e M a r ía L e r-
n a n d a L l a u r i . ----A d e m á s n o s m u e s tr a c o p ia s d e la s s o lic itu d e s q u e
p r e s e n tó a l P r e f e c to d e H u a r á s , p id ie n d o c ie n so le s p a r a a t e n d e r a lo s
A m au ta 47

f u n e r a le s d e su a n c ia n a m a d r e q u e h a b í a m u e r to . S e b a s a e s te p e d i ­
d o , en la a c tu a c ió n h o n r a d a d e A tu s p a r ia , e n la s u b le v a c ió n d e l 8 5 ,
s a lv a n d o d e l s a q u e o a H u a r á s y d e m á s p o b la c io n e s d e A n c a s h .
Q u e d o ñ a F e r n a n d a L la u ri a l m o r ir le d ijo : “ A tu p a d r e lo e n v e ­
n e n a r o n en u n b a n q u e te ; ( la s e n c ía s se le p u s ie ro n m o r a d a s ) . Si tu
n o te v a s p r o n to d e la e s ta n c ia , ta m b ié n te m a t a r á n .

Final

E l a ñ o d e 1 9 2 5 h u b o en H u a r á s u n a p r o te s t a i n d í g e n a . ----L o s c a ­
m in o s d e la c o s ta h a b í a n s id o d e s tr u id o s p o r la s f u e r te s llu v ia s, y a lo s
in d io s se le s o b lig a b a a r e p a r a r lo s sin r e n u m e r a c ió n a lg u n a , so p r e te x ­
to d e c u m p lir la “ L e y V ia l” .
L o s in d io s se r e u n ie ro n en g r a n d e s g ru p o s , en la P la z a d e A rm a s .
H a b la r o n c o n el A lc a ld e m u n ic ip a l, le d e c ía n q u e n o p o d ía n t r a b a j a r
en lo s cam linos d e la C o s ta , p o r q u e e s ta b a n en p le n a s la b o r e s a g r íc o la s ,
y a d e m á s h a b í a n c u m p lid o c o n la “ le y v ia l” p o r d o s a ñ o s a d e la n ta d o s .
E l A lc a ld e m a n d ó a lo s in d io s a q u e ja r s e d ó n d e el P r e f e c to . L o s
a y u d a n te s en la P r e f e c tu r a , les c o n te s ta r o n , q u e n o p o d ía n e n tr e v is ­
ta rs e c o n el P r e f e c to p o r q u e e s ta b a d u r m ie n d o la s i e s t a . — L o s in d io s
se d irig ie ro n e n to n c e s d o n d e el O b is p o , p r e s id e n te d e la " P r o - in d í g e ­
na” .
E l s u sc rito q u e e r a r e d a c to r d e u n p e r ió d ic o d e H u a r á s , se m e z ­
cló e n tr e la m a n if e s ta c ió n in d íg e n a , c o n el fin d e to m a r d a t o s . — El
p e r io d is ta v a g a b u n d o — M a rtín M ir a n d a — u n tip o e s c a p a d o d e u n a d e
la s n o v e la s d e M á x im o G o rk i, h a b ló c o n lo s a lto s je fe s q u e c h u a s . . .
“ H a b ía q u e p r o t e s t a r ” . . .
C u á n d o . . . ¡ G e n d a r m e s ! E n to d a s la s b o c a c a lle s a rm ,a d o s d e fu ­
s ile s . . . N o s q u is ie ro n to m a r p r e s o s . Y o p u d e e s c a p a r . M a rtín c a y ó .
E n la n o c h e , f la g e la r o n al h e r o ic o M a r tín . A m í, se m e b u s ­
c a b a p a r a d e p o r ta r m e a e s a fa m o s a isla d e S a n L o re n z o .
( L o s a z o te s d a d o s al c o m p a ñ e r o M a rtín , lo s s e n tí en c a r n e v iv a :
m e h ic ie ro n m á s r e b e ld e ) .
E s ta a v e n tu r a m e d ió c ie r ta p o p u la r i d a d e n tr e la i n d i a d a . C u a n ­
do cazando p a is a je s p o r la s e s ta n c ia s h u a r a s in a s , b u s q u é d a to s p a r a
la h is to ria d e l A m a u t a A tu s p a r ia , lo s c o n s e g u í sin r e s e r v a s . . .

E rnesto R EY N A
S e tie m b r e — 1 9 2 9 .
48 Amauta

LOS POEM AS Ft U P A L E S
1. c o m o u n v ie jo c o lo n o e b r io d e v ie n to
el d o m in g o se fu e s o b r e la g r u p a
c a s ta ñ a d e la ta r d e . . .

la b io s to s t a d o s d e a le g r ía y d e a lc o h o l
c a n ta b a n e n lo s b a r r io s s e rr a n o s d e la fie sta .

m á s le jo s
la n o c h e se te r c ia b a
su “ v ic u ñ a ” d e s o m b r a .

a lg u n a s p u e r ta s
c e r r a r o n sus p e s ta ñ a s h u m ild e s
y o tr a s ¡a h , o tra s ! a j u s ta d a s la s 9 p . m .
b o s te z a b a n c o m p a s e s d e c a ja y d e g u ita r r a . . .

2. . . . y p o r la s c a lle s
r e g a d a s c o n s a b ro s o s a b o r a m ie l d e c a ñ a
p a s ó la r o n d a c ie g a
r u b r ic a n d o lo s r o s tr o s d e lo s c h o lo s b o r r a c h o s
y h a c ie n d o f u e r te s n u d o s
a su s la m e n to s y p r o te s ta s .

y p o r t o d o s lo s rin c o n e s d e la n o c h e
e n c a r c e la n d o r e b e ld ía s s e rr a n a s
v io le n ta n d o a la r id o s
fu e la a r r o g a n te ju s tic ia d e la h a c ie n d a

“ c ie r ra e s a p u e r t a . . . a p a g a la lu z in d io b o r r a c h o . . .

y al c o n d u c to r d e c a ñ a d ie r o n lo s c a la b o z o s
e n la m a d r u g a d a
su c o n tin g e n te d e fa tig a s e b ria s
m il c a r r o s sin s a la rio
se v o lc a r o n e se lu n e s
y en la s e s p a ld a s p e s a b a n c o m o c u lp a s
lo s v ig ila n te s o jo s d e l c a p a t a z c r io llo . . .
. . . a lo le jo s p ita b a n su p r o te s t a d e h u m o
l a s l o c o m o t o r a s

nicanor a. déla fuente

c h ic la y o .
Amauta 49

EL GAVIOTA, por José Dies-Canseco.

(Conclusión. Véase el No. 27 de ‘'Amauta”)

IV

N á c a r a z u l u n á n im e la m a r p r e n d id a en el t r a m o n t o . ¿D e
d ó n d e v e n d r á n lo s tu m b o s ? S e m a r c h a n h a c ia el e s te , h a c ia la c o s ­
ta q u e n o se a d iv in a e n el h o r iz o n te c la r o . H a c ia a llá to d a s la s o l a s .
C a n ta el m a r u llo e n lo s fla n c o s d e l b u q u e . L a e s te la se r e tu e rc e sin
espum as. C a e el so l s o b r e el m a r . Ni un p á ja ro . S o lo la p a r v a
d e n u b e s tin ta s e n r o jo q u e v ia ja n c o n el b u q u e . S e v e v e n ir lo s
tu m b o s . P a u s a d a m e n te , le n ta m e n te , v a n a c e r c á n d o s e h a s ta el b u ­
que. L o a lz a n u n in s ta n te , lo d e j a n c a e r, y p r o s ig u e n el v ia je lent®
y sin o b j e t o . A s í c a d a tr e s m in u t o s . ¿ N o se c a n s a n n u n c a ? La
b r is a z u m b a e n ja r c ia s y e n d r iz a s . U n a b r is a p e s a d a , tib ia , y o d a d a .
L e jo s q u e d ó C a b o B la n c o . S e n a v e g a a la c u a d r a d e C o lo m b ia . L o s
tra jm o n to s y la s a lb a s a le g r e s r u tila n c o m o p a p a g a y o s c o lo rin o s y m u ­
dos . D e r a to e n r a to , u n e s c u a lo a s o m a el d o r s o a s p a d o y p lo m o
¡M a r, m a r a m ig a y lo c u a z , m a d r i n a d e v a g a b u n d o s !
N u n c a v ie r a a s í la m a r a b s o l u t a . S ie m p r e p a r c e la a z u l e n m a r ­
c a d a p o r la Isla y la h e r r a d u r a d e l p u e r t o . L o s o jo s d e G a v io t a se
d o lía n e n el e s fu e rz o d e a d iv in a r d is t a n c ia s . S ie m p r e e te r n a , c o n s ­
ta n te , n u m e ro s a , p e r e n n e , la m a r a n tig u a y n u e v a . ¿S o b re qué p ro ­
f u n d id a d n a v e g a r ía n ? G a v io t a im a g in ó la m a s a d e n s a , u n id a h a s ta
lo in fin ito , in e r te d e c u a r e n ta b r a z o s p a r a a b a jo . ¡D e m o n io , ¿ c ó m o
s e ría e s o ? L a m a r !
A p r o a d e l A lb a tr o s , u n o s d e lfin o s ju g u e te a b a n s e ñ a la n d o e l
ru m b o . N a v e g a r o n u n in s ta n te ju n to a l c a sc o . L uego d e s a p a re ­
c ie ro n . A h o r a , la s o le d a d a b s o lu ta . A b s o l u t a . P o r el e s te se
a lz a b a la n o c h e a t o d o t r a p o . V e n u s r ie la b a p la ta e n tu m b o s . Y
o tr a v e z , y m u c h a s o tr a s , la c a n c ió n d e la b r is a e n tr e la s ja r c ia s .
N o h u b o fie s ta s a l p a s a r la l í n e a . A la h o r a d e l b a ld e o , K a -
lú a , el m u la to d e H a w a i, le e n d ilg ó u n c u b o d e a g u a su c ia . E s e fu é
el b a u tiz o . C o n f ir m a r o n el n o m b r e d e G a v i o t a . El m uchacho re­
g a ñ ó d e la b ro m ja y to d o s la o lv id a r o n d e s p u é s . P o r la s m a ñ a ­
n a s, p o l i c í a . A la m a d r u g a d a , b a l d e o . R e fre g a r b r o n c e s . L im ­
p ia r la c á m a r a y l i t e r a s . D e s p u é s , la s ta r d e s a b u r r id a s , c h a r la n d o
d e ig u a l a ig u a l c o n lo s tr ip u la n te s q u e c o n t a b a n d e tie r ra s lo n ta n a s :
M a rse lla , S a n ta n d e r , N e w Y o rk , G é n o v a . L uego lo s p u e r to s d e l
A d r iá tic o . L a s g e n te s b u lla n g u e r a s d e L e v a n t e . L as b ru m as d e
B re ta ñ a . F j o r d s e s c a n d in a v o s p o b la d o s d e a l b a tr o s le n to s . Los
p u e r to s d e O r ie n te : Y o k o h a m a , K o b e , S h a n g - H a i . C o s ta s d e P e rs ia ,
h a c ia B a b -e l- M a n d e b , p o r el M a r R o j o . L o s h o r iz o n te s d e m é d a n o s
g r is e s .
A sí se fu é te jie n d o la a m is ta d e n tr e e so s h o m b r e s y el m u c h a c h o .
P e r o e r a el n u e v o . A él la s b r o m a s y la s p u lla s a q u e c o n te s ta b a , r á ­
p id o y p re c is o , c o n su in g e n io d e c r i o l l o . P e r o s ie m p re la b a r r e r a
d e r e s p e to e n t r e lo s v ie jo s y el n u e v o . N u n c a se tr a n s g r e d ió . V ié n ­
d o le v o lu n ta r io s o y f u e r te p a r a r e s is tir t o d o s lo s tr a b a j o s d e a b o r d o .
50 A m auta

e m p e z a r o n a v e r, e n él, u n c a m a r a d a d ig n o . Y así, c u a n d o d e s e m ­
b a r c a r o n en B a lb o a y f u e r o n a P a n a m á , L e v e c q , el in m e n s o b r e tó n ,
c o m p r ó u n p le ito p r o m o v id o p o r u n p u n ta p ié d e G a v io ta a la c a r a d e
u n m u la to y q u e r e s ta lló c o m o u n a c a c h e ta d a . A l p a s a r el C a n a l t o ­
d o s le f u e ro n in s tr u y e n d o s o b r e lo s lu g a re s q u e v e í a n : A n c ó n , B e lla -
v ista , G a tú n .
D o n C h a rle s , q u e ta n to g u s ta b a d e g u a r d a r d is ta n c ia s , y a a c e p t a ­
b a la c o m p a ñ ía d e l g r u m e te en la s h o r a s te d io s a s d e la n o c h e . Y
a llá , en el p u e n te , m ie n tr a s el g rin g o m a n ip u la b a e n las c a rta s , el m u ­
c h a c h o e r a c o m p a ñ a a le g r e d e l m a rin o .
C a si e r a o t r o . L a s f a e n a s d e a b o r d o , r u d a s y v io le n ta s , h a ­
b ía n le a n c h a d o , s o li d if i c a d o . Y , y a en tie rra , a lg u n o s co m p a ñ e ro s
r e ía n d e l a f e c ta d o b a la n c e a r d e l to r s o c o n q u e el m u c h a c h o q u e r ía
h a c e r v e r su s tr a z a s m a r i n e r a s . N o d e c ía “ m i b u q u e ” . D e c ía “ m i
cacho” . L a f a b la c r u d a d e l G o v io ta to m ó n u e v o s in g r e d ie n te s d e la
j e r g a m a r in a y, e n tr e a jo s, m e z c la b a a v e c e s u n ¡ G o d d a m ! q u e h a c ía
s o n r e ir a lo s g r in g o s . S ie m p r e la ca lm iseta d e je r s e y a z u l. D e l c in tu ró n ,
u n e n o r m e c u c h illo d e m u e lle r e m a ta b a el a v ío m a r in e r o . C o m e n z ó a
m a s c a r ta b a c o y a f u m a r en p i p a . S e a f e ita b a m u y d e v e z en c u a n ­
d o y el b o z o c r e s p o q u e le c r e c ía le d a b a u n a s p e c to d e c h iq u illo d is ­
fra z a d o d e h o m b r e .
C u a n d o d o n C h a rle s le s e ñ a ló tr a b a jo fijo en el p u e n te , ca si t r e ­
p ó a u n a c o fa el G a v io ta d e a l e g r ía . I P ilo tín ! i E n te n d e r s e c o n la
caña! ¡Y a e r a u n v ie jo a b o r d o ! L o s o tr o s le fu e ro n in s tr u y e n d o
s o b r e la b r ú ju la y en s a b e r g u a r d a r el r u m b o . L a a d v e r te n c ia d e n o
lle v a r n u n c a c u c h illa s, ni lla v e s , n a d a q u e f u e r a a c e ro , p u e s la a g u ­
j a se d is f u e r z a . Y p a r t i d a p o r la p r o a d e l b u q u e , la m a r in n u m e r a b le
y se re n a .
A lg u n o s r e f u n fu ñ a ro n , sin e m b a r g o , d e q u e ta n p r o n to se le d ie se
p u e s to en el p u e n te . P e r o el m u c h a c h o , o rg u llo s o d e sus tr a z a s , s o ­
p o r t a b a tr a n q u ila m e n te d o s c u a r to s d e g u a r d ia se g u id o s , c o n ta l d e
m e te r s e b ie n a d e n tr o la s e n s e ñ a n z a s d e lo s v ie jo s c a m a r a d a s .
N oches d e a b o rd o . A lta s y b r illa d o r a s la s c o n s te la c io n e s c a ­
m in a n te s . L e jo s al o e s te , d o s p u n to s q u e a r a to s b r illa n y a r a to s se
p ie rd e n . A lg ú n b a r c o . L u e g o la g u ir n a ld a f o s fo r e s c e n te d e lo s
d e lfin e s q u e h u y e n en z ig -z a g s r a u d o s . D e la s lu m b r e ra s , lo s r a y o s
d e la s lu c e s e n c e n d id a s . E n e sa s m a n c h a s d e luz, m a n c h a s d e p e c e s
q u e e s c a p a n d e la a n g u r r ia d e lo s d o r a d o s . A lg u n a v e z el b u f id o d e
un lo b o . L u e g o el r e to z o d e lo s e s c u a lo s p a c ie n te s y v o r a c e s , q u e
s ig u e n a lo s b u q u e s c o m o u n a e s te la d e n t a d a d e p e lig ro s . Y el r u ­
m o r in a lte r a b le d e la m a r p a u s a d a . T a n t o se o y e e s te r u m o r q u e y a
n i se le p e r c ib e . Y a llá , en el p u e n te , d e d o c e a c u a tr o , p r e n d id o en
la c a ñ a d e l tim ó n , el m u c h a c h o r o m p e n ie b la s q u e r u tila n en la m a r
p a r s im o n io s a . D e s p u é s , la s a lb a s sin p á j a r o s . A lb a s m u d a s , c la ­
ra s, tra n q u ila s , s o b r e la m a r q u e se e n tin ta t o d a c o n la s g a la s d e L e ­
v a n te .
G a v ir ia , el G a v io ta , n o te n ía p e r r o q u e le l a d r a s e . T am poco
d o n C h a rle s. P e r d id a la m a d r e z a m b a y el p a d r e m a rin e r o , n o
h u b o h o g a r p o rq u e no h u b o n u n c a m u je r. D e u n a c a s ti d a d f o rz a d a ,
d e s f o g a d a en lo s d e lirio s d e lo s p u e r to s d is ta n te s y d is tin to s , so lo el m i­
m o d e las p u ta s q u e lu e g o se o lv id a n c o m o lib ro s a b u r r i d o s . P o r e n ­
d e , f a lta r o n h ijo s . S o lo d e s c a n s o s b r e v e s en lo s p u e r to s , d e s c a n s o s
a g i ta d o s en la s ta b e r n a s m a r i n e r a s . N o p r o f u n d iz ó ja m á s e n la s ciu -
A m an ta 51

d a d e s q u e d e c o r a b a n sus r e c u e r d o s . N u n c a la h e m b r a h o n e s ta q u e
fu e ra n o v ia a b s o r ta en p la y a s p a r le r a s . N u n c a le e s p e r a b a n . J a m á s
tu v o c a r ta q u e n o fu e se d e lo s A r m a d o r e s o d e la s A g e n c ia s e s p a r c i­
d a s p o r el m u n d o . J a m á s la le tr a a p r e s u r a d a d e la m u je r q u e e s­
p era .
Y v iv ie n d o so lo , sin .m ás r e c u e r d o s q u e r id o s q u e lo s q u e g u a r d a ­
b a d e P a ita , sin te n e r q u é e s p e r a r ni q u é q u e re r, el g rin g o p u s o t o d a
su in c o n s c ie n te c a p a c id a d p a t e r n a e n el c rio llo c h a la c o . H u b o m i­
m o y c o m p la c e n c ia s m a l c o m e n ta d a s p o r la trip u la c ió n s e v e r a y c e l o s a .
Y m á s d e u n a v e z , in e x p lic a b le d e s o b e d ie n c ia d e la d isc ip lin a , el m u ­
c h a c h o fu é a p a s a r a lg u n a s h o r a s d e la ta r d e a la C á m a r a d e l C a p itá n ,
y a c a r ic ia r o n p o r ig u a l u n a b o te lla d e g i n e b r a . O tr a ta r d e , p u e s to s
u n o s d ó la r e s s o b r e u n p e r ió d ic o a t r a s a d o e n u n a ñ o , C a illa u x , el m a r -
se llé s b ig o tu d o , h a b í a lim p ia d o lo s b o ls illo s d e d o n C h a rle s , B ro w n ,
L e v e c q , B o ssio y G a v i o t a . E s d e c ir, el c rio llo a l te r n a b a y a c o n la
p la n a m a y o r d e l b u q u e . L e v e c q y B o ssio e r a n m a rin o s d e la s flotéis
m e r c a n te s d e su s r e s p e c tiv o s p a í s e s . A m b o s o fic ia le s a g r e g a d o s a l
e s c a la f ó n m il ita r . A b a jo , la s g e n te s d e m á q u in a s q u e m ir a b a n al G a ­
v io ta d e ig u a l a ig u a l, se h a b r ía n p a s m a d o d e e n c o n tr a r e s ta f a m ilia r i­
d a d a l c a b o d e seis m e s e s d e c a m a r a d e r ía .
P e r o el m u c h a c h o , in s tin tiv a m e n te , s u p o g u a r d a r d is ta n c ia s sin
p e r m itir s e c o n fia n z a s . Y a la v e z q u e s u p o te n e r c h u n g a s y a s ­
p a v ie n to s d e b u r la s , su p o , ta m b ié n , te n e r m a n e r a s d e r e s p e to . E sto
le a c r e c e n tó a m is ta d e s . P e r o n u n c a f a lta r o n h o s tile s d e s c o n f ia d o s y d ís ­
co lo s.
D o s n u e v o s m u c h a c h o s se e m b a r c a r o n . U n o , en C u b a , el o tr o
en el H a v r e . A lo s d o s le s fu é e n s e ñ a n d o p a c ie n te m e n te la s ta r e a s
s im p le s q u e a a m b o s c o m p e tía n . Y p o r in m e d ia n ía s d e e d a d e s , lo s
tre s m o c o s o s a n u d a b a n c o m p a ñ ía . Y a q u e lla n o c h e , n o se s a b ía c u á l
p o r q u e la s fe c h a s a b o r d o so n to d a s ig u a le s, se e s tu v ie ro n ju g a n d o u n
poker b a ra tito . L e s s o r p r e n d ió C a illa u x . G a lo y c u b a n o tu v ie ­
ro n a r r e s t o s . A l c h a la c o , ni h o s ti a .

M a re s e s c a n d in a v o s . M a re s d e lo s tr ó p ic o s p a r le r o s . C o s ta s
a z u le s d e c o n to r n o s v a g o s e n tr e la s n ie b le c ita s v a g a b u n d a s . P u e r to s
s o m b r ío s d e v a h o s p e t r o l e r o s . C isco d e C a r d i f f . A c id o s y s a le s
d e lo s ríg id o s c u e ro s a r g e n t i n o s . M é n s tru o a c id a lio d e la m a r e n f e r ­
m a en p e r ío d o s f e m e n in o s . S e lv a s e s p e s a s d e C e n tr o A m é r ic a .
P u e r to s a r o m a d o s d e té y s á n d a lo : C e y lá n , S a ig ó n . T o d o s lo s o lo ­
re s d e to d a s la s la titu d e s e n la s n a ric e s a b s o r ta s d e lo s h o m b r e s s a b u e ­
sos. M o d o r r a s e s p e s a s d e lo s m u la to s ja m a i c a n o s . T o d a la g a m a
d e l h e d o r h u m a n o en la p itu ita r ia d e l c h a la c o a v e n tu r e r o .
D e sp u é s, la s b o r r a c h e r a s en el a p r e s u r a m ie n to d e un descan so
f ic tic io . T a b e r n a s d e h u m o s e s p e s o s q u e se c o g e n c o n la m a n o , y
q u e a lto s a b a n ic o s d e p a lm e r a s r e m u e v e n ju n to c o n las c o r tin a s in d ia ­
n a s y c o lo r ín a s . P re c o c e s d e s c o n f ia n z a s p o r las m u je r e s q u e c o r r e n ,
d e m a n o en m a n o , c o m o m o n e d a s fa ls a s y e n o jo s a s .
Y así, v iv ir, v iv ir sin a fe c to s , sin tr a b a s d e s e n tim ie n to s n i a r r u llo s
d e m u je ril z a n d u n g a e n a m o r a d a . S ó lo el f a v o r f u e r te d e d o n C h a r ­
les. Y , las d e s c o n f ia n z a s d e lo s c a m a r a d a s q u e v ie ro n e so s f a ­
v o r e s c o m o in ju s to s , p o r q u e el m u c h a c h o n o h a c ía m á s q u e lo s o tr o s .
52 Am auta
P o r q u e n o v ie r o n a m o r e s q u e a m b o s d is im u la b a n en la in f le x ib ilid a d
d e u n a c o n s ig n a . P o r q u e n o s u p ie ro n h a s ta d o n d e f u e ro n h ijo y p a ­
d r e , n i h a s ta d o n d e e x a s p e r a r a la s o le d a d e n t r a m b o s .
---- 1P ic a , p ic a , p ic a !
---- ¡N o jo r o b e s !
B o ssio d e jó c a e r la c u c h illa c o n q u e p ic a b a ta b a c o y a p u n tó a l
G a v io t a c o n u n ta c o d e m a d e r a q u e el o tr o e s q u iv ó e n u n g u iñ o :
----¡ R á p id o p a ’l b o c h e !
----¡ P e r D i o !
----D é ja te d e f a r o le s y p á s a m e p i c a ú r a . . .
----¿ C u a n d o v a s a c o m p r a r ?
— E n c u a n tito lle g a a p u e r t o .
Y a h a b í a p a s a d o u n o tr o d ía sin h is to ria y m a n s o . E l tr a m o n to
se e n c e n d í a d e v e r d e s , r o ja s , m o r a s tin t a s . Y a a p a r e c í a V e n u s , la
C o j o n u d a al d e c ir d e l G a v io ta , llo r a n d o p l a t a s o b r e la m a r, en ese
d ía , p ic a d ita . S e acercó C a illa u x . L a c h a r la se h iz o e n tr e lo s tres,
a r r a s t r a n d o la s p a l a b r a s y p r o c u r a n d o b r o m je a r . R á p id o , c o r r ía u n
v ie n to e s p e s o a r r a s t r a n d o h u m o s d e l c o s m o s . A llá , s o b r e el h o r i­
z o n te ca si, la e s tre lla s o lita r ia d e la s n i e v e s .
---- P a r e c e q u e se a lz a la m a r . . .
----M is m o q u e le c h e h e r v i d a . . .
— P arec e . . .
L o s tr e s h o m b r e s c a l l a r o n . E ra , a c a s o , la v ís p e r a d e u n te m -
p o ra lito . C a lla ro n . E l v ie n to sig u ió e n su r ito r n e llo d e m a l a u ­
g u r io . E sp e s o s, c o r r ía n ta m b ié n lo s n u b a r r o n e s e n s u c ia n d o a la m a r
p o r re fle jo . P a s ó el C a p itá n :
---- ¡A ll h a n d s o n d e c k !
----¿ B a ile ?
---- H a b a j a d o el b a r ó m e t r o . . .
A su s p u e s to s d e m a n i o b r a . S e g u id o d e l G a v io ta , el C a p itá n al
p u e n te . T r e p ó p o r la p r o a u n c h ic o ta z o d e e s p u m a . A t o d a p r i­
sa , t a p a a la s e s c o tilla s . E l m u c h a c h o a r r u g ó el g e s to :
----E s ta si es ja r a n a , m í s t e r . . .
— N ot y e t.
D e s a te n ta d a s , la s o la s s e g u ía n en u n a p r e s u r a m ie n to a b s u r d o .
¡ C la r o q u e e r a j a r a n a ! E l A lb a t r o s s e a lz a b a c r u jie n d o y q u e j á n d o s e .
L o s p a lo s d e c ía n , en u n g e s to d e s o la d o , q u e n o . P e r o la m a r s e g u ía
im p la c a b le c h ic o te a n d o d e f la n c o a l b u q u e p a l o m ill a . R e d u je r o n
v e lo c id a d y , c a r a al v ie n to e s p e so , la f u g a h a c ia o tr o la d o m á s tr a n q u i­
lo . V o lv ie r o n a a lz a r s e la s o la s . T o d a s lo c a s, d e s m e le n a d a s d e
esp u m as. ¿ D e q u é a c ic a te h u ir ía n ta m b ié n e lla s ? Y s ie m p r e a llá ,
h a c ia a l l á . . . ¿ D ó n d e es “ a l l á ? ” . ¡ V a y a u s té a s a b e r lo ! Y so rd o ,
p r o lo n g a d o , a b s u r d o , e s tú p id o , v o ra z , el r u m o r d e la m a r c o m o d e u n
g a to ju g u e tó n y d ia b lo .
F e liz m e n te n o p a s ó a m a y o r e s . E s d e c ir, s i. H ubo una y
g o rd a. T e m p o r a la z o g r u e s o el d e l d ía e s e . P e r o n o lo h iz o el
v ie n to ni la m a r t u r b i o n e r a . L o h iz o el G a v i o t a .
U n o s m in u to s la m a r sig u ió c o r r e t e a n d o . T o d a v í a c a n tó el v ie n ­
to a m e n a z a s y te m o s su c io s, a lo s q u e lo s h o m b r e s d e a b o r d o r e s p o n ­
d ía n c o n to d a s la s g r o s e r ía s d e t o d o s lo s p a í s e s . A l p a s a r, u n tip o
in d e f in ib le ,----tr a z a s f r a n c e s a s ,— se a p o y ó en u n p ie d e l G a v io ta y, c o ­
m o la m a r, se a lz ó ta m b ié n el m u c h a c h o “ m is m o q u e le c h e h e r v id a ” .

(Sigue en la página 57)

A m au ta 53

C I T Y B L O C K
A W A L D O FR A N K

¿P o r qué esas negras y m editerráneas calles solitarias d e m áqui­

nas y llenas d e so led ad d e árboles? C alles salidas del salm o, y los
v ag abundos y las casas deshabitadas. El cielo ya d e la últim a calle del
m undo. L as calles d e C harlie C haplin, so b re to d o , o el acantilado
de los o p rim id o s. ¡O h, W a ld o F rank, m agnífico y antiguo transeúnte
de las calles d e la som bra, d e la antigua calle d e la sangre del puebleci-
to judío que está tan cerca aún d e los pasos del hom bre! ¡Oh, esas ca­
lles de C harlie C haplin, caíd as en los crepúsculos, en sus oscurecidos
ojos que ven la procesión a d o lo rid a del m undo! C alles con piedrecitas
 54 A m auta

C A B E Z A , por C arm en S aco (L im a ,

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦>❖ ♦♦♦' ♦♦♦

o rn o e n la s a l d e a s d e la B i b l i a . C a lle s d e l a lm a , sin lu z, p o r la s q u e
c á s o lo W a l d o F r a n k . L a a m is ta d d e M r . F r a n k es c o n C h a p lin y su s
c a lle s . M e g a n a p o r c o m p le t o e s a a c tit u d d e F r a n k , a n t e el m u n d o
la r g o d e la s c a lle s . E s a m a n e r a s ie m p r e d e u b ic a r a l h o m b r e en la c a ­
lle , d e v e r lo y s e n tir lo e n la c a l l e . P a r a F r a n k , in d u d a b le m e n te , el p u n ­
to o s itu a c ió n d e l h o m b r e e t e r n o es e n la c a lle . E n F r a n k , h a y u n a t r a ­
d ic ió n h is t ó r ic a d e la c a lle , q u e es el s e n tid o e r r á til d e su r a z a . Ye
ta m b ié n c r e o m u c h o e n el d e s tin o d e la s c a lle s , e n su c o n t e n id o h-
m a n o ; c r e o q u e la m ís tic a y a h a f iltr a d o la s c a lle s . ¡O h , e s a s c a lle s
d e T o le d o , h ú m e d a s d e m ís tic a y d e la c e r a d o s a lm o ! E n lo s te m p lo s
A m a iP a 55

M E R C E D E S P A D R O S A , b u s t o p o r A r t e m io O c a ñ a .

d e - T o le d o , e n lo s a lta r e s , e n lo s á n g e le s , n o h a y a tm ó s f e r a m ís tic a . E s­
tá y a en la s c a lle s, b a j o el a c a n tila d o d e la s c a lle s d o n d e e s tá n lo s es
q u e le to s d e c u a n d o la I n q u is ic ió n . Y o ta m b ié n lle v o u n a c a lle d e te r
m in a d a e n m i a l m a . S o la m e n te te n g o d e e lla d a to s d e s o m b r a , d e o s ­
c u r id a d , d e e m jb ria g u e z d i c h o s a . A s í m is m o te n g o ta m b ié n u n a c a lle
o lv i d a d a . E s p o r la q u e h e e n c o n tr a d o a W a ld o F r a n k , h u id o d e
sus m a lo s a m ig o s , d e su s a m ig o s p o c o in te r e s a n te s , q u e su e le n se r m a lo s
a m ig o s .
¡O h , c a lle s d e L o n d re s , d e P a rís , d e P r a g a ----; c a lle s d e las f o to ­
g r a f ía s ; c a lle s le ja n a s d e l p o lo ----; c a lle s d e M a d rid , d o n d e no se
p u e d e h a b l a r m a l d e D io s----; c a lle s d e P a já s c o n m a la s m u je re s , co n
g o z o d e u n m o m e n to y c o n s u lta s d e rméiiicOí.j. e n f e r m e d a d e s v e n é r e a -
e t c . P e r o m a g n íf ic a s c a lle s c o n s e rv ic io s se x u a le s, q u e e x ig e n el m á s
ín tim o r itm o d e n u e s tro s h u e s o s — ; c a lle s c o n p e n a a lo s la d o s , en lo s
v id r io s r o to s d e la s a lta s v e n ta n a s , ¡ h o r r ib le d o lo r d e las a lta s v e n t a ­
n a s d e P a r ís , d e la s b u h a r d illa s d e l in v ie rn o d o n d e v iv e n lo s d e s a m p a ­
r a d o s a lu m n o s d e l d o lo r c o g ie n d o lo s to n o s q u e h a n d e s a lv a r al m u n ­
d o s! C a lle s a l ta s d e lo s p in to r e s , d e lo s m á s p u r o s q u e a p r e h e n d e n el
c ie lo . ¡ O h , la s c a lle s d e lo s m ís tic o s m o d e r n o s ;: d e lo s tr a t a n te s d e b la n -
56 A m a u ta

M adera por C a m ilo B la s .

cas y de los p oetas! C alles d e W ald o F rank, con una sola som bra, hui­
d a y b ulto en el viaje d e la so le d a d . Calles d e W ald o F rank, direc­
tas a la so ledad, a su h o m b re de s o le d a d . Calles p o r d o n d e han ro ­
d a d o los epilépticos. M aravillosas calles d e huesos sin asfalto en el
itinerario d e W ald o F ra n k .
X a v ie r A B R IL .
A m auta 57
(Viene de la página 52)

•C erro el p u ñ o y el f r a n c h u te fu é a d a r c o n tr a u n p a lo . E s to , a v is ta
d e l C a p itá n , ¡d e l C a p itá n ! B o ssio in te n tó c o n te n e r a l m u c h a c h o y
é l, sin s a b e r a q u ie n , c r e y e n d o a c a s o q u e le a g r e d ía n , a lz ó el p ié ,— ¡ p a ­
ta c h a la c a ! — y lo a v e n tó a la s c o s tilla s d e l ita lia n o q u e se q u e b r ó en
el g o lp e . H a s ta q u e le a p e r c o lla r o n . B a r b o tó d o n C h a rle s :
----¡A l p a ñ o l d e c a d e n a s !
Y a llá , en d o s m e tr o s c u a d r a d o s , la rg o s m in u to s r e q u in tó
a to d o s : a B o ssio y a d o n C h a rle s , a su " c a c h o ” y al f ra n c h u te , a to d o s ,
¡ a to d o s ! O d io y m a ld ijo h a s ta c a n s a r s e . S e e n tr e d u r m ió u n r a t o .
U n a v o z le s o r p r e n d ió r is u e ñ a m e n te :
— G a v io ta , sa l p ’a j u e r a . . .
— N o p u e d o : m i’a n c a s tig a o .
----¿ S a b e s q u i’o r e s ? L as o ch o . . .
— ¿Y m i ran ch o ?
— P o r eso v e n g o . D o n C h a r le s d ic e q u e h a s id o u n a m u c h a c h a d a y
d ic e q u e y a s a lg a s d e l c a stig o , y a . . .
— T á b ie n . Y d esp u és, ¿ re g re só ?
— N o m i’a d ic h o n a d a . . .
— V am os.
I b a n n a v e g a n d o c o n la m a r lig e r a m e n te a t r a v e s a d a . E l A lb a -
t r o s c o r r ía c o n s u a v e s b a n d a z o s , c o m o si en c a d a u n o d e e llo s h u r ta r a
e l c u e r p ito p a r a n o a g u a n ta r p o r r a z o s . L a n o c h e c la r a y c a l m a . L a
b r is a e s ta b a y a f re s c a y s u a v e . A lta s la s e s tre lla s v ia ja b a n ta m b ié n ,
p r e n d id a s e n la s p u n ta s d e lo s m á s t i l e s . E l v o lta je b a j o a m a r illa b a
la s e s c a sa s lu c e s d e la c u b i e r t a . E n la to ld illa d e p o p a d o s s o m b r a s
c a m in a b a n e n c o r to p a s e o d e e s tr ib o r a b a b o r . A l b a j a r p o r la e s ­
c a le rilla q u e c o n d u c e a la C á m a ra , o y ó su n o m b r e . P aró la o r e ja
p r u d e n te :
----¡ E n g r e íd o ! ¡S i d o n C h a rle s lo c o n s ie n te ! ¡ T e n ía q u e e n g r e ír ­
se !
----¡ P e r o h a c e r b o c h e e n la c u b ie r ta ?
----L o d e b e n h a b e r z a m p a o al p a ñ o l a p a n y a g u a . . .
— ¡ Q u é p a ñ o l ni q u e n iñ o m u e r t o ! A h o r i ta o r d e n ó d o n C h a rle s
q u e lo s a c a ra n , p o r q u e d ic e q u e n o ju é su in te n c ió n d e o f e n d e r a n a ­
d ie s . . .
----D o n C h a r le s lo q u ie re : d e b e se r su h i j o . . .
— ¡ Q u é h ijo ! L o q u e tie n e es q u e se le h a a c o d e r a o a l g r in g o c o n
c a r iñ ito s y a c e i t e . . .
----¡N o frie g u e n ! E se m u c h a c h o es u n b u e n g r u m e t e .
¿ G r u m e te ? ¡ A y a y a y ! ¿ G r u m e te ? D e m a s ia o b o n ito pa g ru m e­
te . . .
G a v ir ia p a lid e c ió c o m o si se m a r e a r a . N o le im p o r ta b a q u e s u ­
p u s ie ro n d e él, ¡ to d o ! ¡ C u a lq u ie r c o s a ! P e ro , ¿ e s o ? ¿ D e m a s ia d o b o ­
n ito p a r a g r u m e te ? ¿ Y d o n C h a rle s ? S e a v e n tó a la C á m a r a . Por
las m ir a d a s se d ió c u e n ta d e q u ie n h a b í a s id o el c a n a lla q u e ta l se le
o c u r r ie r a . A lz ó u n b a n q u illo y lo e s tre lló s o b r e el c o b a r d e . U na
b a r a ú n d a d e v a s o s y p la to s d e e s ta ñ o , la s in te r je c c io n e s s o r d a s y el g r i­
to fu rio so , d e s te m p la d o , fe m e n in o , s ilb a n te , d e l m o c o s o q u e se a b r ió a
p u ñ e te s . E n el p r im e r in s ta n te la s o r p r e s a d esarlm ó a lo s o t r o s . K a -
lú a se to rc ió c o n u n c a b e z a z o e n el p e c h o . C a r r iz a le s s e r e s ta ñ a b a la
s a n g re d e u n a m e jilla q u e u n p u n ta p ié d e l G a v io t a a b r i e r a . Los cua­
tr o o c in c o r e s ta n te s te n ía n g o lp e s sin im p o r ta n c ia y y a c o m e n z a b a n a
d e v o lv e r lo s a l m u c h a c h o q u e r e s p ir a b a f u ria :
58 A m a u ta

— ¿ Y o , m a r ic ó n ? ¿ Y o , m a r ic ó n ?
A la b u lla lle g ó d o n C h a r l e s . S u a lta fig u ra se m jarcó e n la s o m ­
b r a d e la e s c a le r illa :
— ¡E l C a p itá n !
— ¡ A h á ! ----b a r b o tó el G a v i o t a . — ¡D e c ía n e s to s c a r a jo s q u e s o y
d e m a s ia d o b o n ito p a g r u m e te ! ¡Y d e c ía n ,— -p ro sig u ió en u n h ip o d e
lla n to ,— q u e u sté , d o n C h a r le s se a p r o v e c h a b a d ’eso ! ¡Y a m i, n a d ie ,
¿ e n tie n d e ? n a d ie si’a t r e v id o n u n c ’a d e c ir m e eso !
Y c o m o u n lo c o , sin q u é ni a q u é , a b r ió su e n o r m e c u c h illo d e
m u e lle . Y a c a s o c o n el v a g o d e s e o d e p r o b a r q u e c o n e se g r in g o
n o te n ía n a d a , se p r e c ip itó s o b r e él, m o n ta n d o el p u lg a r s o b r e el lo m o
d e la h o ja , p a r a r a ja r l o d e a b a jo a a r r i b a . D o n C h a rle s , le n ta m e n ­
te, e s q u iv ó el g o lp e al v ie n tr e y lo re c ib ió en la m a n o t a t u a d a , — a n c la
c o n d o s c o r o n a s ,----q u e en u n in s ta n te se tiñ ó d e u n a s a n g re q u e c e g ó
a l G a v io t a y a a t o n t a d o . E l g r in g o le d e s a r m ó y , a n u d á n d o s e u n p a ­
ñ u e lo , o r d e n ó tr a n q u ilo :
— O tr a v e z , ¡a l p a ñ o l d e c a d e n a s !
* * *

D e L a G u a y r a a l C a lla o , q u in c e d í a á . Q u in c e d ía s le n to s , e s­
p e so s, in ú tile s p a r a el tr a b a jo , in ú tile s p a r a el d e s c a n s o . G a v ir ia n o
sa lió d e su e n c ie rr o n a d a m á s q u e p a r a ir a lo s lu g a r e s . Y eso , a c o m ­
p a ñ a d o d e c e n tin e la . D e sp u é s, a l p a ñ o l d e c a d e n a s . A lg u n a q u e
o t r a v e z p r e g u n tó c ó m o s e g u ía el C a p itá n d e su c o r te :
----H e 's a ll r i g h t . . .
U n p o c o d e y o d o y o tr o p o c o d e g in e b r a s o b r e la c a r n e c o r t a d a .
U n v e n d a j e q u e n o se c a m b ia b a sin o d e t a r d e e n ta r d e , y la c o s tr a fu é
c r e c ie n d o , e s p e s á n d o s e , h a s ta q u e u n d ía se c a y ó . U n a la r g a c ic a ­
triz r o s a d a le q u e d ó s o b r e la m a n o fu e rte , a t r a v e s a n d o el d o r s o d e s d e
a l p u lg a r aj rrie ñ iq u e . Y a l ju n ta r s e la b o c a d e la h e r id a , se h a b í a n ,
ta m b ié n , ju n ta d o , p o r s o b r e el a n c la ta tu a d o , lo s d o s c o r a z o n e s q u e e l
g r in g o lle v a b a c o m o la e n s e ñ a d e u n a in q u ie tu d le ja n a y y a p e r d i d a .
U n a ta r d e , a la s c in c o , a s o m ó L e v e c q :
— C o m e h ere .
— ¿Q ué pasa
— L le g a m o s a l C a lla o . V a s a d e s e m b a r c a r . D a g ra c ia s a q u e d o n
C h a rle s n o te m e te p r e s o . S a l .
F u é a su lite r a . E n la c á m a r a u n o s h o m b r e s c h a r la b a n v a g a m e n ­
te a l r e d e d o r d e u n a te te r a h u m e a n t e . A l e n t r a r el G a v io ta , e n m u d e ­
c ie r o n . E l m u c h a c h o a r r e g ló su s c o s a s y fu é a v e r a d o n C h a r l e s . E l
g r in g o h a b í a p u e s to s o b r e su m e s a u n o s m o n to n c ito s d e so le s y m e d io s
s o le s . S in m ir a r le a lo s o jo s, o r d e n ó :
----A h í e s tá su p a g a . V e a si e s tá c o n f o r m íe . ¡C u é n te la , c u é n te la !
E l o tr o c o n tó la s m o n e d a s :
— T á b ie n , s e ñ o r .
----A ll r i g h t . Y o cre í q u e eras u n h o m b re . N o e re s sin o u n
m uchacho. O tr o te h u b ie r a d e j a d o se c o d e u n t i r o . T u v e c a lm a .
N o m e lo a g r a d e z c a s . D e se m b a rc a . L o e v y te lle v a r á e n el c h in ­
c h o rro . Y , ¡ n u n c a c o m p r e s c u c h illo !
— M ire, s e ñ o r, y o n o q u ise o f e n d e r lo . J u é la s a n g re q u e m e q u e ­
m a b a . . . A b a j o d ijie r o n u n a c o s a q u e n o p u d e a g u a n t a r . . . Y o n o q u i­
s e o f e n d e r l o . . . Si a lc é el c u c h illo , ¡ s a b e D io s p o r q u é ju é ! B u r r a d a s
q u e u n o h a c e . . . D is c u lp e y a d i ó s . Y o s id m p re . . .
Amauta 59

N o p u d o c o n t in u a r . A lg o se le a n u d ó e n la g a r g a n ta a l m u c h a ­
c h o q u e le e s tr a n g u ló la v o z y se la h iz o f e m e n in a y f l a c a . E l g rin g o
v o lv ió a o tr a e s q u in a la c a b e z a , p e r o to d a v ía se le p u d o v e r q u e lo s o jo s
le b r illa b a n e x t r a ñ a m e n te y la b a r b a , c o n b la n c o , y a , e n tr e e l r u b io o s ­
c u ro , le te m b la b a c o n a lg o q u e e r a ,— a p u e s to lo q u e q u ie ra n ! — u n a c o ­
s a a sí c o m o l l a n t o .
G a v io ta a r r ió f u e r te la p u e r ta y llo r a n d o , llo r a n d o , se tiró al c h in ­
c h o r r o en q u e le e s p e r a b a L o e v y m u d o y g r a v e .
C o m e n z a b a a e n c e n d e r s e la I s la .

SEGUNDA PA R TE

U E V O h a b í a n d e j a d o el h á b ito d e N u e s tra S e ñ o r a d e l C a r ­
m en. E n u n a p e a n a , c e r a s p r e n d id a s y f lo rc ita s d e p a p e l.
D o s fo c o s e lé c tric o s h e r m a n a b a n la fe y la c ie n c ia , y u n m i-
la g rito , d e c o b r e n o m á s, a te s tig u a b a la in flu e n c ia p a r c a d e
la S a n ta V ir g e n e n la C o r te C e le s te . E l c a ñ o , v ie jo a m ig o
d e l G a v io ta , n o lo h a b í a n c a m b ia d o . S u c o b r e se e n v e r d e c ía d e o rín .
E l b o t a d e r o d e fie rro , o x id a d o y m u g r ie n to , re c ib ía , c o m o s ie m p re , la s
c o n f id e n c ia s c la r a s d e l a g u a q u e c a n ta b a sus fre s c o s in s ta n te s , d e la la-
b a z a tu r b ia d e la s b a te a s , d e lo s d e s p e r d ic io s in m u n d o s d e b a l d e s y b a ­
c in e s. P o r el c e n tr o d e l s o la r, u n n u e v o s e n d e r ito d e la d rillo s c h a to s
y a n c h o s . Y e n t r e lo s c a n to s m e n u d o s , u n m u s g o ra lo , v e r d e c in o , m u s ­
tio . A llí e s ta b a su v ie jo c u a r to . M isia F ra n c is c a to d a v ía o f ic ia b a d e
p o r te r a , g o r d a y c h a ta a n te la b a t e a d e a g u a a z u lin a . Y el m is m o c a n ­
t a r p e n d í a d e su s g r u e s o s b e lfo s , m ie n tr a s r e s tr e g a b a s o b r e la ta b la la s
p ie z a s d e r o p a q u e e n t r e su s m a n o s m u d a b a n d e c o lo r.
¡ N u e v ito h a b í a n d e j a d o el h á b ito d e N u e s tra S e ñ o r a d e l C a rm e n !
O tr a v e z lo p in ta r a n a l te m p le y o tr a v e z r e lu c ía la c o r o n a in m e n s a d e la
V ir g e n a b o g a d a . A su d e r e c h a e iz q u ie r d a , d o s a n g e lo n e s s a c a b a n A n i ­
m a s B e n d ita s d e u n p u r g a to r io d e y e m a d e h u e v o . E l N iñ o , en el r e ­
g a z o d e la M a d re , m o s t r a b a lo s e s c a p u la r io s e fic a c ís im o s a la h o r a d e
la m u e rte . O tr o s p a tr ia r c a s y o tr a s a lm a s t o d a v í a se c h a m u s c a b a n en
e l c a s tig o te m p o r a l y tr e m e n d o .
P o r e n t r e la s c a ñ a s q u e s u je ta b a n c o r d e le s en q u e se s e c a b a r o p a
r e c ié n la v a d a , u n a p a r v a d a d e p a lo m illa s ---- h e m b r a s y m a c h o s ---- , r e ­
t o z a b a c o n b u lla n g a s . D e n tr o , s a b e D io s q u é o c io so , r a s q u e a b a e n
u n a g u ita r r a u n a n u e v a c a n c ió n tr is to n a . Y e s ta c a n c ió n , c a n t a d a a sí
ta n a d e s h o r a , c o n ta g ió d e n o s ta lg ia s a l m u c h a c h o q u e, g u ia d o p o r M i­
s ia F ra n c is c a , p e n e tr ó a l c u a r tu c h o d o n d e v iv ie r a a n te s d e l v ia je .
¡ M a la p a ta , G a v io ta ! E l, q u e p e n s a r a v iv ir, p a r a s ie m p r e y a , a b o r ­
d o d e l c a c h o v a g a b u n d o ; él, q u e p e n s a r a n o v o lv e r a la tie r r a q u e r id a
y a ñ o r a d a , q u e s u p u s ie r a v o lv e r s e u n h o m b r e , u n h o m b r e d e m a r q u e
e s s e r d o b le m e n t e h o m b r e ; q u e im a g in ó v a g a r p o r lo s m a r e s d e s c o n o ­
c id o s y a n h e la d o s y q u e , a l fin — ¡D io s lo h a b r í a q u e r id o ! — tu v ie r a
su c a c h o d o n d e m a n d a r y v iv ir, v e n ía , o tr a v e z , a la s ó r d id a v i d a d e
t o d o s lo s d ía s , lle v a n d o e n el a lm a la v is ió n d e lo s p u e r to s e n tr e v is to s
e n t r e u n tr a g o y u n lío , p a r a v e r p a s a r , o tr a m a ld ita v e z , la s h o r a s m u e r ­
t a s o f r e c ie n d o n ú m e r o s d e lo te r ía y d ia r io s a b u r r id o s . ¡M a la p a ta , p o r
lo s c la v o s !
60 A m auta

¿ V o lv e r a e m b a r c a r s e ? ¡N i d e v a in a s ! ¿ D ó n d e e n c o n tr a r ía o tr o s
a m ag o s f u e r te s y d u r o s p a r a v ia ja r e n su c o m p a ñ ía ? Y , ad e m á s, h a b ría
d e se r, c o m o a n te s , el n u e v o . N o p o d r í a c o m e n z a r sin o d e g r u m e te ,
s ie n d o el ú ltim o , “ tr in c a n d o el c o y ” , d u r m ie n d o e n c u b ie r ta y a g u a n ­
t a n d o c a lo r e s y frío s sin u n a q u e ja , d e n tr o d e la m á s d u r a d is c ip lin a
y s ie n d o el p r im e r o e n el tr a b a jo sin o q u e r ía m o r ir d e h a m b r e e n lo s
d o s m e tr o s c u a d r a d o s d e u n p a ñ o l c u a lq u ie ra .
E s tiró su c o lc h ó n , d is p u s o su sa c o y fu e r e p a r ti e n d o p o r la s e s q u i­
n a s d e la p ie z a la s c h u c h e r ía s c o m p r a d a s e n ta l o c u a l p u e r to . C o n d o s
c la v ito s p u s o la f o to g r a f ía q u e le to m a r a n e n A m s te r d a m : a p a r e c í a c o n
g o r r a , c a m is e ta d e je r s e y y e n c o m p a ñ ía d e él, d e d o n C h a rle s . L u e g o
c o lg ó la im a g e n d e l S e ñ o r d e lo s M ila g ro s y b a j o la o le o g r a f ía d e l C r is ­
to p u s o u n a j a r r i t a d e lo z a c o m p r a d a e n V ig o , q u e m á s t a r d e p o r t a r í a
f lo re s q u e a r o m a r a n la s a g o n ía s d e l s a n to s e ñ o r. D e s p u é s sa lió a c o m ­
p r a r u n b a ú l.
P o r la c a lle L im a e s tu v o v a g a n d o u n r a to . U n a se n s a c ió n d e e x tra -
ñ e z a le to m ó a l e n c o n tr a r s e , o tr a v e z , en su tie rra , e n su C a lla o , v ie n ­
d o r o s tr o s fa m ilia re s , d e v o lv ie n d o lo s s a lu d o s d e b ie n v e n id a d e lo s
a m ig o s a p o s ta d o s e n la s p u e r ta s d e lo s b a r e s y f o n d a s ja p o n e s a s .
A llí, e n la p u e r ta d e “ E l D e s c a n s o d e L iv o r n o " e s ta b a n C e p e d a ,
e l c h in o N a rv á e z , E v a r is to C o n tre ra s . V ie jo s c a m a r a d a s d e s d e la in ­
fa n c ia . C o n g r a n d e s a s p a v ie n to s le lla m a r o n . B ro m a s y a b r a z o s . C o n ­
tr e r a s s a c ó u n a c a je tilla d e E s ta n c o O b r e r o . O fre c ió ta b a c o :
— ¿ T á s t r a b a j a n d o e ’n e l E s ta n c o ?
----Sí, p e r ’es p o r la p a t a d a . D e n tr é a t r a b a j a r á h i p a ju g a r p o r el
p r im e r e q u ip o . T r a b a j o c o m o to d o s , si, p e r o p a g a n m á s . . .
— ¡A h á !
----¿ Y tú ?
— N o h e g ü e lto a ju g a r. A b o r d o n u ’a y c ó m o . D e m a s ia o t r a ­
b a j o p a g u a r d a r tie m p o p al fú rb o l.
L u e g o p r e g u n ta s , la rg a s p r e g u n ta s s o b r e lo s v ia je s d e l G a v io ta .
E s te c o n tó lío s y b a r a ú n d a s . A v e n tu r a s c o n m u je re s . C a lo r e s d e C e n ­
tr o A m é r ic a . F r ío s d e la a l ta E u ro p a . T o ro s d e E sp añ a. T o d a la
h is to ria d e l tr a b a j o a b o r d o . L o s te d io s d e la n a v e g a c ió n , la s a le g r ía s
d e l a rr ib o .
— D e n tr e irío s a to m a r a l g o . . . — in v itó C o n tre ra s .
----Y a q u e . . .
D o n N ic o la s irv ió m e d ia d o c e n a d e c e r v e z a . S o b r e el m á r m o l d e
la m e s a , fó s fo r o s y c ig a rrillo s . J u n to a l z ó c a lo se a p ila b a n b o te lla s y
b o te lla s . L o s c u a tr o a m ig o s c h a r la b a n y c h a r la b a n . E l c h in o N a r v á e z
c o n fe s ó q u e n o te n ía tr a b a j o p e r o e r a c a m o te d e u n a m u je r d e la c a lle
C o n s titu c ió n .
— ¡U n a h e m b r a ! ¡C ó m o se d e p i, c o m p a d r e !
C e p e d a ju s tific ó la h ip é r b o le d e l o tro . N a r v á e z o fre c ió a G a v ir ia
p r e s e n tá r s e la .
— ¡ C o n ta l q u e n o m i’a g a s la c o n tr a !
— ¡ C o ju d a z o !
P id ie r o n m á s c e rv e z a .
S e a c h is p a r o n r á p id o . D o c e n a y m e d ia d e P ils e n C a lla o se a li­
n e a b a n e n el su e lo y s o b r e la m e sa . C o n t o d a e x a c titu d c a d a c u a l p a ­
g ó lo q u e h a b í a p e d id o . H a b la n d o f u e r te y b r o m e a n d o , m a r c h a r o n a
l a P la z a d e l M e rc a d o , a c o m e r e n la f o n d a d e u n c h in o . U n b u llic io
s o r d o a m b u la b a p o r b a r e s y c a fe se s. U n a s v ic tr o la s e s tr u e n d o s a s p ía -
A m au ta 61

ñ ía n ta n g o s y r e ía n m a rin e r a s . D o s v o c e s se ju n ta b a n e n el ¡a y ! la rg o
d e u n tr is te c r io llo y la s g u ita r r a s r e to z a b a n b a j o lo s d e d o s d e s a b e D io s
q u é z a m b o s f a r o le r o s .
E r a la h o r a en q u e s a lía n a q u e lla s m u je r e s d e tr a je s c o lo rin e sc o s.
S in s o m b r e r o , c o n u n a lig e ra m a n tita s o b r e lo s h o m b r o s , a v iv a d o s lo s
la b io s y m e jilla s , in v ita n d o c o n el b r illo d e lo s o jo s r á p id o s , p a s a b a n
p o r la s c a lle s t a c o n e a n d o f u e r te p a r a m o v e r la s a n c a s.
L le g a r o n a la f o n d a . T o d a v ía p id ie r o n u n o s p isc o s. L u e g o c e n a ­
ro n . D e s o b r e m e s a c h a r la r o n e x te n d ié n d o s e e n r e c u e r d o s . ¿ C u á n to s
a ñ o s f a lt a b a G a v ir ia ? ¡ D ia b lo , si se e m b a r c ó el a ñ o 2 7 !
----¡ C o m p a d r e , si p a r e c e q u e ju é a y e r!
----¡Q u ié n l ib a a c re r!
¡ D o s a ñ o s la rg o s ! ¿ Q u ié n lo ib a a c r e e r ? ¡D o s a ñ o s ! Y , sin
e m b a r g o , e so s a ñ o s p a s a r o n , q u é p r o n to . D o s a ñ o s se e s tu v o v a g a ­
b u n d e a n d o p o r tie r r a s le ja n a s y d e s c o n o c id a s y a l v o lv e r n a d a c a m b ia ­
b a : ni lo s h o m b r e s n i la s c a lle s. L a m is m a fis o n o m ía , u n p o c o m á s
d u r a , e n u n o s ; la m is m a f is o n o m ía , m á s tie r n a , e n o tra s . L o s a m ig o s
q u e d e j a r a ta r n á r o n s e m á s c u r ti d o s ; la s c a lle s g u a r d a b a n s ie m p r e su
m is m o a s p e c to h o s p ita la r io y d u lc e . E n ello s, ----C e p e d a , C o n tre ra s ,
N a r v á e z ,— el c in is m o p r á c tic o d e q u ie n e s te n ía n q u e lu c h a r s a lv a j e ­
m e n te c o n t r a l a v id a . L a c a lle L im a , la C o n s titu c ió n , la C a s tilla , la
A d o lf o K ing, to d a s ig u a le s . A lg u n o q u e o tr o e d ific io n u e v o , p e r o lo s
r e s ta n te s , v ie je c ito s , m o h o s o s , c a r c o m id o s , p a tin o s o s d e tie m p o , c o n
la m is m a tr a z a s o c a r r o n a y tris te . Y p a r a q u e n o e n te r n e c ie s e n r e c u e r ­
d o s ni a g o b ia s e n s a u d a d e s , p a g a r o n y se fu e ro n .

I I

V o la b a d e p ra d o en p ra d o o o ,
v o la b a d e lo m a e n lo m a a a ,
v o la b a d e p r a d o e n p r a d o ,
v o l a b a d e lo m a e n lo m a ,
u n p a lo m o e n a m o r a d o
q u e sin tió s e p a r a d o
d e su in o c e e e n te p a lo m a a a !

E n el f o n d o d e la s a la r o ja , u n p ia n o , u n c a jó n , u n a v ih u e la , u n a
b a n d u r r ia . P ia n o , v ih u e la y b a n d u r r ia llo r a b a n c o n u n d lin - d o n tie r ­
n o , p r o lo n g a d o , m e la n c ó lic o . E l c a jó n , b a j o la s m a n o s s á p id a s y m u ­
s ic a le s d e u n z a m b ito m e le n u d o y tu e r to , c a n ta b a en m o n o r r ítm ic o s
g o lp e s r e d o b la d o s . E r a el ú n ic o r e iló n e n la j a r a n a p a r c a , ¡ c a jo n c ito
p eru a n o !
A l r e d e d o r d e la s a la , u n a b a n c a la rg a , f o r r a d a d e te r c io p e lo r o jo
y y a r a íd o . U n o s e s p e jo s , f a lto s d e a z o g u e lo s p o b r e s , m u ltip lic a b a n
la s d o s ú n ic a s p a r e ja s q u e m a r i n e a b a n f a r o lo n a s y p ir u e te r a s . U n a lá m ­
p a r a q u e fu é d e g a s b r illa b a a h o r a c o n e lé c tric o s fo c o s p a v o n a d o s . L a s
m u je r e s b o s te z a b a n e n la e s p e r a d e c lie n te s. E n u n a h a b ita c ió n in m e ­
d ia ta , ----la c a n tin a ,— ■ se e s c a p a b a el g a s d e la s c e r v e z a s en ta p o n a z o s
s o r d o s . U n a b u lla d e v a s o s y ris a s d e l a t a b a u n jo lg o r io b o r r a c h ín .
E r a n lo s c u a tr o a m ig o s , C e p e d a , G a v ir ia , C o n tr e r a s , el c h in o N a r v á e z
y D ia n a , el c a m o te d e l c h in o . L a h e m b r a se m o s t r a b a d e n t r o d e u n
t r a j e r o jo q u e se p le g a b a a la s c u r v a s lle n a s y f u e r te s d e su c u e r p o e s b e l-
62 A m a uta

to . L a c ia la m e le n a , a c h in a d o s lo s o jo s, a lto el b u s to y lo s la b io s p in ­
ta d o s , te n ía u n a s p e c to r e f in a d o y h a b l a b a c o n “ e lle s ” f u e r te s im ita n d o
a lo s a rg e n tin o s . N a tiv a d e C h im b ó te , sin e m b a r g o . G a v ir ia h a b í a
a p ro b a d o :
— ¡G ü eñ a, p a que!
C u a n d o la o r q u e s ta c o m e n z ó ese v a ls :

S a l, m o r e n a a tu b a lc ó n . . . !

el G a v io ta in v itó , c o n p e r m is o d e l C h in o , a D ia n a . N o e r a el v a ls le n ­
to , a r m o n io s o , lá n g u id o q u e h e m o s v is to en las p e líc u la s c o n m o tiv o s d e
o p e r e ta s v ie n e sa s, n o . E ra u n a d a n z a c o r ta d a , r á p id a , c o n u n a a g r e s i­
v id a d se n su a l, p r o p ia d e e s to s c rio llo s v io le n to s y c a m o tu d o s .
P o c o a p o c o f u e r o n lle g a n d o f le te s r u b io s y a c h is p a d o s . S in d e s ­
to c a r s e , e n t r a b a n d ir e c ta m e n te a la c a n tin a . D o ñ a M e rc e d e s , p r o p ie t a ­
r ia d e e s te p a l o m a r n o c tu rn o , s a lu d a b a c o n u n a in m e n s a s o n r is a q u e
m o s t r a b a las c a rie s d e la d e n t a d u r a r u tila n te en o ro . C o ñ a q u e s y v in o s
fu e rte s . D ó la r e s y flo rin e s. D e sp u é s, d o s m u je r e s d e s o m b r e r o . Se
d e l a ta b a n c o m o n iñ a s d e r a n g o . L a s g u ió d o ñ a M e rc e d e s a l in te r io r d e
la c a sa . T o r n a r o n m á s p in ta d a s y sin s o m b r e r o . L a ja r a n a a r d ie n d o
y lo s g rin g o s b o r r a c h o s . S e g e n e r a liz ó el b a ile . E n u n r e v u e lo , el c h i­
n o N a r v á e z se a c e r c ó a D ia n a q u e s e g u ía el v a ls c o n G a v ir ia :
— P e rd o n a, co m p ad re. D ia n a , p é g a te a ese tr á id o d e la c a c h im ­
b a . T ie n e g u illa y ’s tá en b o m b a . . .
L a o tr a se d e s a s ió d e l m o z o y fu é a d o n d e el c a m o te le s e ñ a la b a .
O n d u ló u n p o c o , le e c h o el h u m o d e l c ig a r ro y le s o n rió c o n p ic a r d ía s :
— B uenas n o c h e s. . .
N a r v á e z y el G a v io ta f u e ro n a la c a n tin a . E l c h in o se s e n tó e n
el m o s t r a d o r :
----U n a P ilse n . . .
----N o, p a ’m i u n w h is k e y c o n a g u a . . .
— T ás fin o . . .
— C o s tu m b r e s . . .
A n te su w h is k e y . G a v io ta c o m e n z ó a h a b l a r al o tr o d e la v id a q u e
lle v a b a . ¡V iv ir d e u n a m u je r ! ¡ H á g a m e el f a v o r ! E l c h in o b e b í a a
tr a g u ito s su c e r v e z a . D e p r o n to , le c o r tó la p a l a b r a :
— ¡ D é ja te d e v a in a s ! ¡V o a tr a b a j a r ? ¿ A g a n a r tr e s so le s, ¡y
e so !, p o ’a c a r r e a r a d o b e s ? ¡N o m e v e n g a s ! Y el d ía q u e u n o se d u e r ­
m e p o r q u i’a ja r a n ia o u n p o c o , n o se c o m e . . . ¡N o m e v e n g a s ! O
z a m p a r s e a u n a f á b r ic a o a l V u lc a n o a o n d e le s a c a n a u n o el q u ilo . . .
¡A y a y a y !
Y e n m u d e c ie r o n . L a s c e n iz a s d e a m b o s c ig a r ro s e s ta b a n c re c id a s .
C o n el m e ñ iq u e s a c u d ió la su y a el G a v io ta y m u r m u r ó :
— Tá m añana. . .
----¿ T e v a s ?
— Si. Y a ’s to y b o r r a c h o . . .
Y se fué. E n la sa la , tu m u ltu o s a d e la ja r a n a , le d e tu v ie r o n C e p e ­
d a y E v a r is to . E l o tr o le s p r o m e tió e n c o n tr a r s e c o n ello s, a l d ía si­
g u ie n te , en E l D e s c a n s o d e L iv o rn o . ¡N o , q u é se ib a a q u e d a r ! ¡ H a s ­
ta m a ñ a n a !
F u e r a , la c a lle y a en sile n c io . U n p o lic ía p ita b a la h o r a . L u e g o
el c ig a rrillo ilu m in ó sus á n g u lo s d e b r o n c e c h o lo . S e d ie r o n la s b u e -
A m auta 63

Tías n o c h e s . U n a g a r ú a f in ita e s tr ia b a lo s fo c o s p ú b lic o s . U n tr a n v í a

p a s ó d e s o c u p a d o . E l G a v io ta , e n lu g a r d e m a r c h a r a su c u a rto , se d iri­
g ió a l M a le c ó n . U n p o c o d e a ire q u e le d e s p e ja r a . E n el M u e lle d e
G u e r r a , p o r el la d o q u e m ir a a C h u c u ito , se re c o s tó c o n lo s c o d o s s o b r e
e l m u r o y la c a r a e n tr e la s m a n o s . L a s lu c e s d e lo s b a r c o s s u b ía n y b a ­
ja b a n . L o s re m o s , e x a c ta m e n te e s p a c ia d o s , d e u n a b a r c a p e s q u e r a le ­
v a n t a b a n a g u a d e p la ta . C o r r ía u n v ie n to fre sc o . Y a llí, f r e n te al
m a r , r e c o r d ó ru s m a la s a n d a n z a s , sus e n tu s ia s m o s , sus a le g ría s , sus tr is ­
te z a s , su s a p u r o s p o r m o n e d a s . E s a m a r, e s a m a r ta n q u e r id a y ta n
o d i a d a le s e p a r a b a d e su v id a d e a n te s , d e las tie r ra s p o r la s q u e v a g a ­
r a , s e d ie n d o d e a v e n tu r a s , lo c o d e d is ta n c ia s . A llá v iv ir ía s ie m p r e d o n
C h a rle s , e s e d o n C h a r le s q u e ta n to le q u iso y a q u ie n ta n to a m a r a . E se
v ie jo q u e s u p o te n e r c o n él te r n u r a s q u e n u n c a g u s ta ra a n te s . E se v ie ­
j o q u e le r e g a la b a p r e n d a s y se e q u iv o c a b a a la h o r a d e l p a g o c o n u n o s
s o le s d e m á s q u e a liv ia b a n al m u c h a c h o d e p e s a re s . E se v ie jo , ese g rin ­
g o p e r u a n o q u e le m a n d a b a a c o s ta rs e p o r q u e s u p o n ía q u e e s ta b a m a r e a ­
d o y q u e lu e g o le lle v a b a té y lim ó n q u e le p a s a s e n la s n á u s e a s. E se
g r in g o ta n b u e n o y ta n n o b ló n , ese g rin g o . . .
Y , q u ié n s a b e p o r q u é, si p o r la b r is a o las c o p a s , lo s o jo s d e l G a ­
v i o t a se h u m e d e c ie r o n to n ta m e n te . P r e n d ió u n c ig a r ro y se m a rc h ó zig ­
z a g u e a n te :
----¡L a g r a n p e r r a !
* *
*

E n el V u lc a n o , la e n o r m e f a c to r ía r e tu m b a n te , p e r d ió el p u e s to .
P a r a a lb a ñ il n o te n ía g a n a s . U n ta lle r d e c a r p in te r ía , ¡ e r a ta n s ó r d id o !
E s tib a d o r en lo s m u e lle s e r a tr a b a j o d u r o y m a l p a g a d o . ¿A d ó n d e
ir? E r a n y a m u c h o s su s a ñ o s p a r a v o lv e r a irrip o rtu n a r a la s g e n te s c o n
e l p r e g ó n e t e r n o : ¡la d e a m il! L a v e n t a d e p e r ió d ic o s d e j a b a p o c o s
c h u y o s y v e n d e r b o le to s en u n tr a n v í a o e n u n c in e m a e r a e s c la v iz a rs e
to n ta m e n te . A d e m á s , t o d o s e so s tr a b a jo s e s ta b a n d is ta n te s d e la m a r
q u e , u n a v e z g u s ta d a ín tim a m e n te , n o se p u e d e a b a n d o n a r a p e s a r d e
su s fu ria s, p o r q u e tie n e ta m b ié n sus e n c a n to s . E s a m a r v ie n e a se r p a ­
r a su s g e n te s lo m is m o q u e u n a c h in a z a n d u n g u e r a , e n g r e íd a , q u e r e n d o ­
n a . Y a la m a r v o lv ió . E s d e c ir, a m e d ia s . E n el R e s g u a r d o le d ie ro n
u n p u e s to ín fim o p e r o al m e n o s h a b í a la c o m p e n s a c ió n d e v e r g e n te s ,
d e ir a b o r d o d e lo s b a r c o s q u e lle g a b a n , d e d e s p a c h a r e q u ip a je s . A llí,
e n el R e s g u a r d o , te n ía al m e n o s la fru ic ió n m ín im a d e t r a t a r t o d a v í a a
lo s v a g a b u n d o s d e to d o s lo s p a ís e s y d e v e z en c u a n d o m e te r d e c o n ­
t r a b a n d o u n c ie n to d e c a je tilla s d e c ig a rrillo s o u n a p ie z a d e s e d a . L e
u n if o r m a r o n d e az u l. Y a sí c o m e n z ó su n u e v a v id a , a n c la d o o tr a v e z , q u i­
z á si p a r a s ie m p re , en la r u tin a d e l p u e r to e s tre p ito s o .
L e n to s p a s a r o n u n o s m e ses, u n a ñ o y o tr o a ñ o . Y a s u p o h a c e r s e
a to d a s la s e x ig e n c ia s d e esa v id a y a p r e n d ió m a ñ a s d e la s g e n te s q u e,
p o r la b o c a d e l río , m e tía n z a p a to s , le n c e r ía y d r o g a s d e c o n tr a b a n d o .
A e so s h o m b r e s , m e d io la d r o n e s y m e d io ju s tic ie r o s ; a e so s c o n t r a b a n ­
d is ta s , ú ltim o s p r o te s t a n te s d e la d u r a in f le x ib ilid a d d e C ó d ig o s y O r ­
d e n a n z a s , a p r e n d ió a p e r s e g u ir lo s c o n u n a s a ñ a q u e c u a lq u ie ra h a b r ía
d ic h o v e n g a n z a . Si, u n a v e n g a n z a in c o n s c ie n te c o n tr a e so s h o m b r e s
q u e v iv ía n en el m a r. C o n tr a e so s m is e r a b le s q u e, p o r u n o s so le s, se
e x p o n í a n a u n tiro o al p re s id io . U n a v e n g a n z a q u e e r a d e s p e c h o y e r a
64 A m an ta

e n v id ia , p o r q u e e so s v iv ía n to d a v ía a su a n to jo , h a c ie n d o d e su s v id a s
lo q u e le s v e n ía en g a n a . P o r q u e él. G a v io ta , v iv ía a m a r r a d o a u n d e '
b e r a b s u r d o , m e tid o d e n t r o d e la c á r c e l a z u l d e su u n if o rm e y m a ld i-,
c ie n d o la m a la , la p e r r a p a t a q u e lo tr a j o o tr a v e z a la p e r e z o s a in d if e ­
r e n c ia d e lo s d ía s p o r te ñ o s .
P e r o ¡ q u é d ia b lo ! D e s p u é s d e ta n to s m e s e s y d e ta n ta r u tin a no*
h a y v o lu n ta d q u e a g u a n te , ni n o s ta lg ia q u e n o m u e ra . C u a n d o la v id a
se e n c a u z a d e f in itiv a m e n te , sin p e r s p e c tiv a s le a g re s, el a b a n d o n o es u n
r e c u rs o y u n c o n s u e lo . Y p a s a r s e la v id a p e n a n d o p o r q u e n o h u b o b u ­
q u e en q u é m a rc h a r s e , e r a to n to y sin o b je to , ¿ n o es c ie r to ? Y a s í,
u n a v e z d is tr ib u id o el tie m p o e n tr e u n q u e h a c e r y u n a ilu sió n , n a d a n o s
h a c e v o lv e r la m e m o r ia , in ú til y a y a d o r m e c id a . Y e n tr e ja r a n a s y c o ­
p a s , v o lv ie r o n lo s d ía s ta r a m b a n a s d e la B o c a ’e C h a p a y las e m p r e s a s
r u m b o s a s d e a r r u n z a r c o n p in d o n g a s .
L o s p r im e ro s d ía s d e r e g r e s o en el C a lla o f u e ro n u n p o c o d u ro s.
A n te s d e e m b a r s e , G a v ir ia n o e r a sin o u n p a lo m illa , m a l tr a t a d o p o r el
m e d io , sin a m ig o s, p o r q u e n o e r a n ta le s lo s c o m p a ñ e r o s c o n q u ie n e s
h a b í a q u e c o m p e tir, sin m á s c o n s u e lo q u e la s n o c h e s tu r b a d o r a s d e l
p r o s tíb u lo , a r r u lla d o p o r el c a m o te d e u n a n iñ a p e c a d o r a . Y t o d a v ía ,
e se c a m o te e r a u n p e lig r o q u e h a b í a q u e a f r o n t a r to d o s lo s d ía s . Se
e m b a r c ó , p u e s , y só lo tu v o , a l p ric ip io , el te m o r a n te u n a n u e v a v id a .
E l te m o r d e h a b e r d e j a d o su C a lla o q u e ta n to y ta n b ie n c o n o c ía , p a r a
e m p r e n d e r u n a a v e n tu r a d e la q u e n o te n ía a n te c e d e n te s . P e r o u n a v e z
a b o r d o , f a m ilia r iz a d o c o n e s a s g e n te s , n o se p r e o c u p ó m á s y se a c o m o ­
d ó a la s c irc u n sta n c ia s. A h o r a q u e d e s e m b a r c a b a , e x tr a ñ ó u n ta n to la
v ie ja v id a d e l b a r c o , p e r o c o m o a l v o lv e r e n c o n tr a r a o tr a v e z su t i e r r a
y su s g e n te s , s ó lo tu v o la n o s ta lg ia d e lo s p r im e r o s d ía s . A c a s o le c o n ­
tr a r ió el s e n tirs e a m a r r a d o a u n a o b lig a c ió n , ¿ p e r o n o e r a n la s b o r d a s
d e l A lb a s tr o s u n a c á r c e l im p o s ib le d e e v a d ir ? ¡ Q u é d ia b lo !
D ía s d e s p u é s d e c a lz a r lo s v e in tiú n a ñ o s , le p r e n d ie r o n lo s g a l o ­
n e s d e S a r g e n to d e R e s g u a r d o . D o s tirita s p la te a d a s . E n el B a r K o s-
m o s se to m a r o n u n o s tra g o s , él y u n a p a r t i d a d e a m ig o s. D o n N é s to r
G a v ir ia n o p a g ó ni u n a ta n d a . P o r eso to m ó w h isk e y .

I I I

— A s í q u e , ¿ u s tí’a ’s ta o e n P a r ís ?
— N o , e n P a r ís , n o , s e ñ o ra . D e F r a n c ia n o c o n o z c o m á s q u e M a r ­
se lla , el H a v r e , la P a llise . T a m b ié n h e e s ta o en T o lo n . P e r o a P a r ís
n u n c a ju í.
----A h á . C o m o d ijo q u e h a b í a ’s ta o en F r a n c ia . . . C o n su p e r m i­
so.
M isia L o la se p e r d ió tr a s u n a c o r tin ita v e r d e . E n la s a lita m in ú s c u ­
la s ,— m u e b le s d e e s te rilla , r e tr a t o s y p o s ta le s , m a c e ta s c o n h e lé c h o s , d i ­
je s d e c o n c h a s m a rin a s , e s te r a s y p e t a te s s o b r e el p is o d e m a d e r a r a í d a ,----
q u e d a r o n G a v ir ia y T e re s a .
¿ T e re sa ? S í, la c h in a T e r e s a G ó m e z , a q u e lla q u e t r a b a j a e n el
C o r r e o . F u é en el C in e B a d e ll. V e n c id a d d e a s ie n to s y c o q u e te r ía d e
A m an ta 65

la m u c h a c h a . G a v ir ia la sig u ió h a s ta su c a s a y c u a n d o y a ib a a a b o r ­
d a r la , la o tr a le d ió c o n la p u e r ta e n la s n a ric e s. A s í la p e rs ig u ió d ía s
y s e m a n a s . E so fu e p d r lo s p r im e ro s d ía s d e D ic ie m b re . A l a ñ o n u e v o
la c a s u a lid a d le p u s o d e la n te d e la m u c h a c h a . A l s a lir d e l T e a tr o C o ­
ló n , fe liz m e n te él t r a j e a d o d e civil, a lg u ie n tu v o u n a im p e r tin e n c ia q u e
la s o n r o jó d u r a m e n te . E l g r u p o t a r a m b a n a d e p ir o p e r o s p ro s ig u ió e n
su s f lo re o s e n f a d o s o s h a s ta q u e te rc ió el G a v io t a p o r q u e q u iso y p o r q u e
p u d o . Y , ¡c h in , p u n , C a lla o !, se h iz o el b o c h e . U n z a m b o c a n o c o ­
m e n tó s o n r ie n te :
----¡C ó m o m e g u s ta ese g a llo q u ’e n el r e v u e lo p ic a !
M a d re , h ija y d o s a m ig a s h u y e r o n p r o n ta m e n te . A l d ía sig u ie n te ,
se c r u z a r o n e n u n a c a lle . T e r e s a se p a r ó a n te él y e n m u y b u e n o s d e c i­
re s le d ijo su g r a titu d y q u e “ se h a b í a p o r t a d o c o m o u n c a b a lle r o ” . E l
m o z o e n r o je c ió h a s ta lo s o jo s. S u a u d a c ia se le fu é a lo s ta lo n e s y e lla
rió d e to d o el e m b r o llo q u e al o tr o se le h a c ía el e s ta r s e a n te u n a m u ­
je r q u e le c o q u e te a b a . C u a n d o se s e p a r a r o n , te n ie n d o e n tr e la su y a la
m a n o b a s ta d e l m u c h a c h o , e lla le p r e g u n tó si se v e r ía n o tr a v e z :
— C u a n d o u s té q u ie ra , s e ñ o r i t a . . .
----E l m ié r c o le s v o y al B a d e ll a v e r “ P a r ís a M e d ia n o c h e " . . .
Y d e v e r P a r ís v e n ía n . D u r a n te lo s e n tre a c to s , la m u c h a c h a h a b í a
v u e lto lo s o jo s p ic a r o s y re ilo n e s . G a v ir ia r e c ib ía el c o q u e te o c o n u n a
v a g a s o n ris a e n tr e el h u m o d e l c ig a rrillo . A q u e l d ía se p u s o u n u n if o r ­
m e n u e v o c u y o s b o to n e s r e s tr e g ó h a s ta c a si g a s ta r . A la s a lid a se le s
a c e r c ó y la m u c h a c h a lo p r e s e n tó a su m a d r e . D ije ro n q u e m u c h o g u s ­
to y la s e ñ o r a G ó m e z se e x p lá y ó e n u n a s e rie d e c o n s id e r a c io n e s so c io ­
ló g ic a s y c a lif ic a n d o d e “ d e s g r a c ia o s ” a e so s tip o s q u e a s a lta n c o n p ir o ­
p o s a la s m u je r e s q u e n o h a n d e fe n s a .
----F e liz m e n te u sté , f e liz m e n te . . .
C u a n d o lle g a r o n a la p u e r ta d e la c a s ita e n ja b e lg a d a , le in v ita r o n
a p a s a r . M isia L o la s a c ó c o p a s y u n a b o te lla d e g u in d a . B e b ie ro n y
a s í q u e d ó a n u d a d a la a m is ta d . L a s d o s m u je r e s to r n a r o n c o n m im o s
a g r a d e c id o s . G a v ir ia e x c u só g r a titu d e s y d ijo q u e h ic ie ra su d e b e r .
M isia L o la , p r u d e n te , in q u irió :
----U sté , ¿ e s d e l C a lla o ?
----S í, s e ñ o ra .
— C ó m o n o lo h a b í a v is to a n t e s . . .
E l m e z o c o n tó e n to n c e s q u e e s tu v ie ra e m b a r c a d o . H a b ló d e sus
a n d a n z a s y c o m o d e tie r r a s e x tra ñ a s . L a c h a r la se h iz o la r g a p o r e s a
c u a lid a d d e n ’ie s tr o s m o z o s b ie n h a b la d o s . C o n tó ta m b ié n c o m o , a l
p a s a r la lín e a , a llá e n el E c u a d o r , le b a u tiz a r o n c o n u n b a l d a z o d e a g u a
y le im p u s ie r a n el n o m b r e d e G a v io ta . L u e g o lo s lío s y b r o m a s ju g a ­
d o s a c u a l ta b e r n o d e c u a l c iu d a d le ja n a , p e r d i d a y a , e n el r e c u e r d o d e l
m uchacho:
— ¡ Q u é c o s te o . . . !
C u a n d o M isia L o la p e n e tr ó a l in te r io r d e la c a sa , G a v ir ia p r e g u n ­
tó a la m o z a si v o lv e r í a a l c in e m a y c u á n d o . E lla s o n rió h a s ta p o r lo s
o ja z o s r a s g a d o s y m u r m u r ó a p e n a s b a j a n d o la c a b e c ita p r ie ta y r iz o ­
sa:
----M a ñ a n a . . .
Y c a lla ro n . V o lv ió M isia L o la . G a v ir ia se d e s p id ió o f re c ie n d o , p a ­
r a s ie m p re , su s se rv ic io s. L a S ra . G ó m e z sa c ó d e b a jo d e la m a n ta b o r ­
d a d a u n b r a z o r e g o r d e te y m o r e n o u n id o a la m a n o p o r u n a p u ls e ra d e
66 A m a uta

q u in to s d e lib ra , r e g a lo d e su f in a d o . T e r e s a le a c o m p a ñ ó h a s ta la
p u e r ta . Y , y a in s in u a n te , se d e s p id ió el m u c h a c h o :
---- S tá m a ñ a n a , c h i n a . . .
L a c h in a , to d a s o n r o s a d a y s o n r e íd a , p ic a r d e ó ta m b ié n in s in u a c io ­
nes:
— H a s t a m a ñ a n a , G a v io ta . . .

I V

G a v ir ia c a m b ió d e h a b ita c ió n . N o p o d í a y a , a d e c e n ta d o y p r e ­
te n c io s o , s e g u ir e n el S o la r d e N u e s tra S e ñ o r a d e l C a rm e n . U n a “ tie n -
d e c i t a ” e n la c a lle L im a le a l b e r g a b a a h o r a . E n la s a lita c o lg ó lo s c h is ­
m e s y a b a lo r io s , r e c u e r d o s d e su s v ia je s . E n u n a m e sa , tin t a y p lu m a s .
M a n ifie s to s d e l R e s g u a r d o . C ó d ig o s y A ra n c e le s . C o m e d o r , to d a v ía
sin m u e b le s . E l d o r m ito r io , c o n c a m a a n c h a y a , q u e e s p e r a b a a la e s ­
posa.
E n la sa lita , e n m a rc o h e c h o p o r él y p o r él ta r a c e a d o , s o n r e ía la
n o v ia . E n o tr o m a rc o , d o n C h a rle s y él, a llá en A m s te r d a m , c u a n d o
t o d a v í a e r a n a m ig o s . U n a f o to g r a f ía d e l A b a tr o s . O le o g r a f ía s c o n m a ­
r in a s c h illo n a s y e s c e n a s d e n a u f r a g io s y b a t a ll a s n a v a le s . E n u n te s ­
te ro , el H u á s c a r c o n el p a b e lló n a l to p e y d e s e s p e r á n d o s e en A n g a m o s .
L u e g o , la s p a tilla s d e b o c a d e h a c h a d e u n M ig u e l G r a u u n ta n to h ip o ­
té tic o .
P e r o to d a v ía , se d e c ía él, f a lt a b a la m a n o d e la c h in a q u e a r r e ­
g la s e to d o c o n o r d e n y c o n c ie rto . T o d a v í a f a lta b a , en e f e c to , la p r o ­
lija in q u ie tu d d e la c o m p a ñ e r a q u e p u s ie s e la n o ta ín tim a d e h o g a r en
lo s c u a r to s u n p o c o d e s o la d o s d e la c a sa .
— ¡L o s h o m b r e s n o s a b e m o s e s ta s c o s a s!
— P a c e n c i a . . . — h a b í a b o s te z a d o M isia L o la .
Y lo s d ía s f u e r o n d is c u rr ie n d o m a n s o s , tr a n q u ilo s , sin h is to ria . E l
n o v ia z g o v u lg a r, s e re n o , sin a lte r n a tiv a s , e n q u e G a v ir ia p o n ía su a r r e ­
b a t o e n a m o r a d o y T e r e s a se d e j a b a a r r u lla r m im o s a y q u e r e n d o n a . L a r ­
g o s p a s e o s n o c tu r n o s p o r el M a le c ó n . A m b o s lle g a b a n c o n v e r s a n d o .
U n a v e z ju n to a l m a r, p a s e a b a n e n sile n c io , e s c u c h a n d o el n o z o a la m a r
c a r iñ o s a , o y e n d o la n o v ia c ó m o el n o v io o ía . D e sp u é s, d e r e g r e s o y a ,
u n o s m in u to s b r e v e s d e d e s p e d id a . Y a n te s d e irse , G e-viria la b e s a b a
e n la b o c a , en lo s o jo s , c o n e s a v io le n c ia a p a s io n a d a y c o d ic io s a d e q u e
ta n to g u s ta n la s m o z a s e n g r e íd a s d e l P e rú .
E lla le fu é v u lg a r m e n te le al. P rim e r o , p o r q u e el m o z o s u p o e n a ­
m o r a r la c o m o u n m a c h o , sin a r r u m a c o s n i d e n g u e s . S egundo, p o rq u e
a lg u n a v e z q u e se h a b ló d e la F u la n a q u e e n g a ñ a b a a su m a r id o , h a b í a
m u r m u r a d o el G a v io t a :
— Z a m b o flo jo . . . ¡ P a q u e s e rá n la s c h a v e ta s ? . . .
Y así, d ía s m á s, d ía s m e n o s , lle g ó a q u e l e n q u e s e ñ a la r o n fe c h a
p a r a la b o d a :el s e g u n d o s á b a d o d e A b ril.
* *

*
A-nauta 67

----M ira , T e r e s a , u n a v e z y u ’ice, u n d a ñ o . J u é sin q u e r e r p e r o l’h i-

ce. A lg o d ijie r o n en el b u q u e en q u e n a v e g a b a y s a q u é el c u c h illo c o n ­
t r a el h o m b r e m á s g ü e n o ’e la tie r ra . T u m i’a s ó id o h a b l a r d e d o n
C h a rle s . A él lo c o r t é . . . E n la m a n o , n o m á s, fe liz m e n te , p o r q u e
l ’ib a a v a c ia r. N o h e g ü e lto a v e rlo , n i q u is ie r a . . . Y o e s ta b a m u c h a ­
c h o , m u y m u c h a c h o . . . T e lo h e q u e r id o c o n t a r p a q u e s e p a s to d o lo
q u ’e h e c h o e n m i v id a . A s í es m e jo r , ¿ n o es c ie r to ? Q u ié n s a b e si
a lg ú n d ía lo h a b r ía s s a b id o p o r o tr a g e n te y m e jo r q u e y o te lo c o n t a ­
ra , ¿ n o es c ie r to ? E se h o m b r e m e q u is o . . . ¡ c o m o n a d ie m í a q u e ­
r id o ! N o e n r i ó tú, c la ro , e r a d is t in to . . . E l ju é c o m o m i p a d r e . . .
J u é la p r im e r a p e r s o n a q u e n o m e tr a t ó m a l y q u e s u p o se r a m ig o . . .
U n d ía m e p e r d o n ó u n a r r e s to q u e te n ía p o r h a b e r m e tid o u n lío d e l
s e n tim ie n to y lo s o tr o s d ijie r o n u n a b a r b a r i d á . . . M e se ju é la m a ­
n o . . . Y q u e r ía p e d i r t e u n f a v o r : al p r im e r h ijo q u e te n g a m o s le p o ­
n e m o s C a rlo s, ¿ q u ié re s ?
— B u e n o . . . — se s o n r o jó la m o z a .
Q u e d a r o n e n silen c io . U n su rc o h o n d o se h iz o en la f r e n te d e l
m uchacho. U n r a to p e r m a n e c ió m u d o , m ir a n d o sin v e r, p e n s a n d o e n
el v ie jo a m ig o , p a r a s ie m p r e p e r d id o y a c a s o e v o c ó t o d a la a m a r g u r a
d e l tra n c e , p o r q u e , c o n lo s o jo s h ú m e d o s , a b a tió la c a b e z a p r ie ta .
— Y a ’s tá , G a v io ta , y a ’s t á . . . ----c o n s o ló T e re s a .
Y p o r p r im e r a v e z en su v id a , fu é e lla la q u e le to m ó la c a b e z a p a ­
r a d e ja r le e n la b o c a , c o n lo s la b io s e n tr e a b ie r to s , u n b e s o p r o f u n d o ,
te m b lo r o s o , h ú m e d o :
----¡M i v id a !

* *

D e m a ñ a n ita G a v ir ia fu é a to m a r su g u a r d ia . L e to c a b a el tu r n o
d e c u a tr o a o c h o . E n f u n d a d o d e n tr o d e su c a p o te , la g o r r a h a s ta la s
o r e ja s y c u b ie r ta la b o c a p o r la b u f a n d a , lle g ó a l R e s g u a r d o c a n tu r r e a n ­
d o u n a s c o p la s.
E n las O fic in a s u n a a n im a c ió n in u s ita d a . E l J e fe , d e s p ie r to t o d a ­
v ía , te n ía en la s m a n o s u n o s p a p e le s . O fic ia le s d e a l ta g r a d u a c ió n fu ­
m a b a n a l r e d e d o r d e l J e f e c o m e n ta n d o c o n b r o m a s la n o tic ia :
— ¡Q u é ch asco ! ¡B ie n h e c h o !
A lz ó la v o z el J e f e :
— ¿ Q u ié n e s tá d e g u a r d ia ? ¿ G a v ir ia ?
— Sí, s e ñ o r. Y o ’s to y d e g u a r d ia .
— B ien. V a U d . a ir c o n e s to s h o m b r e s . Y a tie n e n la la n c h a
p re p a ra d a . D e P a ita h a n c a b le g r a f ia d o q u e e n u n b u q u e , ¿ c ó m o se
lla m a . C é s p e d e s ?
— L a S y b il, s e ñ o r. M a tríc u la d e L iv e rp o o l.
— P u e s en e se S y b il se h a e m b a r c a d o u n c o n t r a b a n d o f o r m id a b le
d e s e d a s y o p io . L a d e n u n c ia v ie n e d e la C a p ita n ía d e P a ita . U d . v a
a d e c o m is a r eso . . .
----B ien, se ñ o r.
A b o r d a r o n la la n c h a . D e l c in to , la B ro w n in g . L o s o tr o s h o m -
68 A m au ta

b r e s , d o c e e n to ta l, ib a n ta m b ié n a r m a d o s . G a v ir ia p r e g u n tó a u n o d e
su s h o m b r e s :
----¿ Q u é b u q u e es e s e ? ¿ In g lé s ?
— S í, m i S a r g e n to . N o se q u é b u q u e s e r á . . .
L a r g o r a to e s tu v ie ra fu e ra , m á s a llá d e la p r im e r a b o y a . E l v ie n ­
to r iz a b a tu m b o s y m á s tu m b o s s o b r e lo s q u e s u b ía la la n c h a sin lu ­
ces. L o s h o m b r e s se a c u r r u c a b a n u n o s c o n t r a o tr o s c u b r ié n d o s e d e l
frío . L a c a n d e lilla d e l c ig a r ro a l u m b r a b a en G a v ir ia u n a e x p re s ió n d u ­
r a , c ru e l, a le g re .
C ie lo fo sc o y b a jo . U n a n ie b la e s p e s a se e x te n d ió so b re el
m a r . U n o d e lo s h o m b r e s d is tin g u ió sin e m b a r g o :
----¡ A llá d e n tr a !
Y fu e ro n . L a la n c h a s a lta b a s o b r e la s o la s en u n a p r e s te z a p o li­
c ía c a y o d io s a . S e p u s ie ro n a l p a iro . L o s tr ip u la n te s d e la la n c h a a b o r ­
d a r o n el b u q u e .
P o r la c u b ie r ta , r e s to s d e c o m id a , d e s p e r d ic io s y sa c o s a p ila d o s .
E l h e d o r c a r a c te r ís tic o d e lo s b u q u e s m a l c u id a d o s . L os h o m b res de
g u a r d ia a b o r d o se s o r p r e n d ie r o n a n te la a m e n a z a d e lo s d e l R e s g u a r ­
do :
----¡ O r d e n d e p ris ió n ! ¡ N a d ie se m u e v a !
E n tr e la n ie b la o sc u ra , m a l se d is tin g u ía n lo s r o s tr o s b a r b u d o s d e
lo s tr ip u la n te s . S e a d e la n tó u n o :
----¿ P o r q u é e s a o r d e n ?
----H a s t a q u e e n tr e g u e n el c o n t r a b a n d o e m b a r c a d o en P a ita . D e ­
n u n c ia d e la C a p ita n ía d e e se p u e r to .
— E l C a p itá n s a b r á . . . ----d e la tó u n c o b a r d e .
----D e fijo .
G a v ir ia d e jó a l r e s to d e sus h o m b r e s q u e c u s to d ia s e n a lo s o tr o s y
g u a r d a s e n la s e sc o tilla s . S e d irig ió a p o p a , a la C á m a r a d e l C a p itá n ,
q u e s e g u r a m e n te e s ta r ía l e v a n ta d o e s c o n d ie n d o la s m e r c a d e r ía s , p u e s
e l a lto n o le ib a a p a s a r d e s a p e r c ib id o . L a cá m ía ra e s ta b a , en e fe c to , c o n
lu z.
C o n la c a c h a d e la p is to la lla m ó e n la p u e r ta :
— ¡C o m e in !
Y e n tr ó a d e la n ta n d o la B r o w n in g :
---- ¡ O r d e n d e p ris ió n !
E l C a p itá n se v o lv ió , c la r o el r o s tr o a n te la lá m p a r a v iv ís im a :
— ¡ D o n C h a rle s !
— ¡ G a v io ta !
P o r e n tr e la b a r b a c a n a y d e s c u id a d a , el v ie jo se a s o m b r a b a d e
p e n a . R e p a r ó e n el u n if o rm e q u e lu c ía e n el m a r c o a b ie r to d e la p u e r ­
ta :
— ¿T ú? ¿ P o lic ía ?
L a v o z se le q u e b r ó al m u c h a c h o :
----¡ D o n C h a rle s ! ¡ D o n C h a rle s !
----¿ Q u é b u s c a s a q u í? -----e n d u r e c ió el to n o el v ie jo .
G a v ir ia n o p u d o r e s p o n d e r al p r o n to . V o lv ió el r o s tr o h a c ia la
c u b ie r ta . S u s h o m b r e s , d e s n u d a s la s m o r e n a s p a v o n a d a s p is to la s , c e r ­
c a b a n a lo s tr ip u la n te s fo sc o s. E n tr e a lg u n a s d u r a s e x p r e s io n e s c re y ó
r e c o n o c e r : L e v e c q , B o ssio , el f r a n c h u te a q u ie n p a t e a r a d e s p u é s d e l
te m p o r a l ese, a llá p o r la s A z o r e s . L o s o jo s , d e u n a z u l d e a c e ro , se h in ­
c a b a n e n la s p u p ila s h ú m e d a s d e l G a v io ta . T o m ó c o r a je :
A m au ta 69

— D isc u lp e , c a p i t á n . . . H a y u n a d e n u n c ia d e P a i t a . . . C o n t r a ­
bando a b o rd o . . .
----P o lic ía . . . ---- d e s p re c ió el v ie jo .
L o s tr ip u la n te s se ir g u ie ro n c o n la s a tis f a c c ió n d e la a r r o g a n c ia
d e l p a t r ó n d e a b o r d o . S e e n c r e s p ó el o tr o :
— ¡ A q u í n o h a y p o lic ía , ni p o lic ía , n i n a d a ! ¡ A q u í h a y u n h o m b r e
q u e c u m p le c o n su d e b e r ! ¡O e n tr e g a el c o n t r a b a n d o o . . .!
----¿ E l c o n t r a b a n d o ?
----Sí, el c o n t r a b a n d o ! ¿ D ó n d e e s tá ? — s o llo z ó e n u n a l a r id o
el m o z o .
N o r e s p o n d ió el v ie jo . C o n u n a c a lm a fría , tr a n q u ila , v o lv ió le n ­
ta m e n t e la c a b e z a y fijó la m ir a d a e n u n p u n to d e la p a r e d d e l c a m a r o ­
te. L a e s c e n a e r a c la r a c o n la lu m b r e d e l c a r b u r o . L a m a n o d e l G a ­
v io ta se a g a r r o t a b a s o b r e la c a c h a d e la p is to la . M u d o , el c a p itá n se
q u e d ó m ir a n d o h a c ia ese p u n to , e n la p a r e d . L o s o jo s d e l s a r g e n to d e l
R e s g u a r d o s ig u ie ro n la m ir a d a d e d o n C h a r le s : a llí, en e s a p a r e d , g u a r ­
d a d o c o m o u n a re liq u ia , m o h o s o y su c io , el c u c h illo c o n q u e él, el G a ­
v io ta , h ir ie r a a l p o b r e g rin g o .
N o d ije r o n n a d a . A m b o s q u e d a r o n m u d o s , a lto el fie ro a m o r d e
d o n C h a rle s , r o ta la a r r o g a n c ia d e l G a v io ta . L a tr ip u la c ió n r is o te ó c o n
la r g a y z a f ia c a c h a . S in d e c ir p a l a b r a , G a v ir ia se d irig ió al e n t r e ­
p u e n te , a la s e s c o tilla s p a r a b a j a r a la s b o d e g a s . D o s h o m b r e s d e a b o r ­
d o le s ig u ie ro n p a r a a y u d a r le p o r lo s v e r ic u e te s d e la s e n tin a . N o c l a ­
r e a b a to d a v ía . E l G a v io ta , a d e la n te , c o n la B ro w n in g e n la m a n o . U n o
d e lo s h o m b r e s p o r t a b a lu m b r e . E l o tr o , c e ñ u d o , a la e s p a ld a d e l p o ­
lic ía q u e a t is b a b a rin c o n e s . D e p r o n to , u n p u ñ o se a lz ó a m a n s a lv a y
G a v ir ia r o d ó a t o n t a d o :
— ¡ C a r a jo !
E n c im a d e él, a tr a v é s d e la n ie b la q u e el g o lp e le p u s o e n lo s o jo s ,
v ió el r o s tr o p r ie to d e p e t r ó l e o y b a r b a g ru e s a d e su a g r e s o r a n tig u o .
N o se p u d o d e f e n d e r . E l o tr o le p a t e ó e n el su e lo y el m u c h a c h o se
d e s m a y ó sin v e r y a n a d a , s in tie n d o ta n s ó lo el p ie d e l f r a n c h u te q u e le
m o lía la s c o s tilla s . P r e te n d ió g r ita r p e r o el d e l fa r o l, c o n p r o n to g o lp e ,
le r o m p ió la b io s y g rito . D e s d e a trá s , d e s d e el d u r o f o n d o h o s til d e l
b u q u e e n q u e h a b í a v iv id o , sin tió q u e , d e n u e v o , le a g r e d ía , o s c u ra e
ir ra c io n a l, la v o lu n ta d m a la d e lo s re c io s c r im in a le s d e l m a r. Y g o l­
p e a r o n , g o lp e a r o n , g o lp e a r o n . L u e g o , p o r s o b r e la b o r d a , a l z a r o n e l
c u e r p o y a fo fo y, ¡ p la f ! , lo a r r ia r o n a l a g u a .
E l v ie n to p a r le r o y c h a la c o , lo s tu m b o s m a n s o s y d o r m id o s le f u e ­
r o n lle v a n d o h a c ia la r ía , a llá p o r el n o r te . H a c ia a llá d e r iv ó , m e d io
h u n d id o y tr a g a n d o a g u a , p o b r e G a v io t a m is e r a b le d e l p u e r to g u a p o ,
d e s h e c h a a g o lp e s p o r su s fo s c o s h e r m a n o s d e a b o r d o , — d ís c o lo s y
d e s c a s ta d o s h e r m a n o s — , to r v a m e n te c o n f a b u la d o s c o n t r a la d iá f a n a
a l e g r ía in o f e n s iv a d e l m u c h a c h o .
D e s d e le jo s , u n a l b a c la r ita d e la tó el c a d á v e r , y o tr a s g a v io ta s se
a lb o r o t a r o n c o n p a r la n c h ín a s e s trid e n c ia s s o b r e el c u e r p o d e l m u c h a c h o
m u e r to e n la m a r y e n su le y .

José D IE Z-C A N SEC O .

70 A m a uta

La H a l a d a de l a N o c h e
E l a l b a a m a n e c ía m á s te m p r a n o e n tu f r e n te ;
a c a s o e l v a iv é n d e tu g r a c ia h a c ía d u lc e
el v u e lo d e lo s p á ja r o s .
L a llu v ia d e tu s m ie le s e r a c o m o la s fie s ta s
d e l r o c ío .

L a s n u b e s tie n e .; la g im n a s ia d e la e s p e r a n z a ,
ig u a l q u e la s h o ja s d e u n s u e ñ o se m e c a e n tu s

le ja n o s so n id o s .
T e n g o la m ir a d a q u e se d e f ie n d e e n c im a d e l c o r a z ó n
y el e s p e jo q u e g u a r d a su te s o ro e v a d id o d e
t o d o s lo s r o s tr o s d e l d e le ite .
E l c o lo r d e lo s r e z o s se n u b la , p e s a d e m a s ia d o el la tid o d e
(tu v o z ;
p o r q u e a lg o se a p r ie ta y q u e m a m i d u d a
y a tr a v ie s a m i s ie m b r a p r e c ip ita d a .
P u e d e s e r lo q u e p e r f u m a lo s su e ñ o s,
lo q u e h a c e la a l e g r ía e n la s lla m a s ;
p o r q u e el r e c u e r d o d e s c ie n d e c o m o flo r
o es el m e n d ig o te n d id o a la s o m b r a
d e su r e s p la n d o r a p a g a d o .

L le v o la p a l a b r a q u e c o r ta su p r o p io filo ;
la im a g e n q u e q u ie b r a su lu z e n e l v ie n to
q u e h a m u e rto ;
b a r q u e r o d e tu n o m b r e p e r d id o en el h u m o
d e u n n a u f r a g io ,
t e b u s c o e n la o n d a d e l trig o , en la c a r r e r a
d e l cielo .
H e a h í la s e n d a r e p e n tin a y la n o c h e a b i e r ta
p a r a d e r r a m a r s e c o m o u n lic o r d is tr a íd o .

L orenzo M ontes.
Aynauta 71

L O S Q U E T E N IA M O S DOCE A-
N O S , por Ernesto Glaeser.
(V éase los Nos. 26 y 27 de “Amauta” )

F e r d y y o n o s q u e d a m o s s o lo s e n el p a tio . V em os pasar a K a-
tin k a c o n u n c u b o lle n o d e le c h e r e c ié n o r d e ñ a d a .
---- ¿ Q u ie r e s q u e v a y a m o s a la c u a d r a a v e r lo s c a b a l lo s ? — m e p r e ­
g u n ta F e r d .
---- V a m o s ----le d ig o , y a llá n o s d irig im o s.
L o s c a b a llo s , m e tid o s c a d a u n o e n su ja u la , s a c u d e n c o n la c o la
la s p r im e r a s m o s c a s d e la te m p o r a d a . U n c r ia d o se a c e r c a a F e r d c o n
u n c e p illo d e p ú a s e n la m a n o y le d ic e a lg o a l o íd o .
— O y e , m e d ic e q u e e s tá n a c ie n d o u n p o tr illo . ¿ Q u ie r e s q u e n o s
a c e r q u e m o s a v e r lo ?
---- ¡ N o !---- le d ig o r e s u e lta m e n te .
— N o te n g a s m ie d o , to n to . L o s a n im a le s n o so n c o m o la s p e r s o ­
n a s ; n o tie n e n p o r q u é r e c a ta rs e .
V o y con F erd .
E n la p e n ú ltim a ja u la e s tá u n h o m b r e c o n u n a b lu s a b la n c a .
A su la d o , d o s m o z o s d e c u a d r a s o s tie n e n u n o s p a ñ o s .
— E s la “ F r i d a ” — g r ita F e r d .
Y v a c o r r ie n d o .
E n e s te m o m e n to c r u z a lo s a ire s u n re lin c h o , u n g r ito d ir ía m o s sí
se t r a t a s e d e u n a p e r s o n a ; la ta r im a tie m b la ; se o y e n tr e s c o c e s r e s o n a r
c o n t r a la p a r e d . E l h o m b r e d e la b lu s a b la n c a a c u d e c o n u n a s tije r a s
re lu c ie n te s , y g r ita : ¡ C u id a d o ! L o s m o z o s e x tie n d e n p a j a e n el s u e ­
lo, y u n o d e e llo s v a a b u s c a r a g u a e n u n c u b o . ¡ S u je te u s te d f u e r te ! —
o ig o q u e d ic e el v e te r in a r io . F e r d c o n te m p la la o p e r a c ió n a la e n t r a d a
d e la ja u la , a p o y a d o c o n tr a u n a p ila d e p a ja . S e le n o ta u n te m b lo r
c o n v u ls iv o d e a n s i e d a d . . . Y o m e s ie n to e n u n c o c h e c ito , c e r c a d e la
p u e r ta , y m e t a p o lo s o íd o s , p u e s n o c e s a n d e lle g a r d e la ja u la n u e v o s
g e m id o s y la m e n to s , c o m o si la y e g u a e s tu v ie ra m u r ié n d o s e .
M iro a la c a r a d e F e r d . E s g ris y se to r n a d e l c o lo r b la n c o d e c a l
d e la p a r e d q u e tie n e d e tr á s . N e rv io s o , d e s g a r r a la s p a j a s c o n la s m a ­
n o s. M e a p r ie to la c a b e z a h a s ta q u e la s a n g re m e z u m b a e n lo s o í d o s .
O b s e r v o q u e lo s o tr o s a n im a le s d e la c u a d r a e m p ie z a n a d e s a s o s e g a r s e
y se f r o ta n la c a b e z a c o n t r a lo s b a r r o te s . U n g a r a ñ ó n n e g r o q u e e s tá
a m i d e r e c h a , en u n a ja u la s e p a r a d a d e la s d e m á s , le v a n ta la c a b e z a , ti ­
r a u n p a r d e c o c e s, in t e n t a a lz a rs e s o b r e la s p a t a s tr a s e r a s , se e n c u e n tr a
s u je to p o r la tir a n te c a d e n a , y r e lin c h a . Y es ta n f u e r te su a lie n to , q u e
h a c e v o la r la a v e n a d e l p e s e b r e . T ie n e lo s o jo s in y e c ta d o s d e s a n g re ,
r o jo s c o m o to m a te s m o n d a d o s . L a le n g u a , q u e le a s o m a d e v e z e n
c u a n d o , e s tá c u b ie r ta d e e s p u m a a m a r illa . Y to d o s lo s c a b a llo s d e la
c u a d r a s a lta n , s a c u d e n la s c a d e n a s , c o c e a n h a s ta h a c e r s e s a n g re , d e r r i ­
b a n lo s c a jo n e s d e l p ie n s o y r e lin c h a n .
----¡ D e p r is a ; tr a e d la s s o g a s ! ---- g r ita el v e te r in a r io , e m p u ja n d o a
u n c r ia d o c o n m a n o n e r v io s a p o r d e t r á s d e la c a b e z a . E l c r ia d o s a le
c o r r ie n d o , tr o p ie z a c o n u n c u b o lle n o d e p a p illa d e s a lv a d o , q u e se d e ­
r r a m a , f o r m a n d o u n c h a r c o v isc o so , c u b ie r to a l in ta n te d e m o sc a s. D e
72 A m au ta

u n m o n tó n d e p a j a sa le , v iv a z , u n r a tó n y se a c e r c a a la m e r la p a p illa
a m a r ille n ta .
E n el a ire re s u e n a n lo s r e lin c h o s d e lo s c a b a llo s .
R e tir o la s m a n o s d e lo s o íd o s , p u e s el r u id o es a h o r a ta n g r a n d e
q u e y a n o se d is tin g u e n a d a .
S ó lo v e o a F e r d . I n m ó v il en su sitio , c o n te m p la c o n o jo s a b u l ta ­
d o s el m is te rio .
D e p r o n to , o ím o s q u e el v e te r in a r io d a u n a p a l m a d a y g r ita : ¡B ra ­
v o ! E n e s te m o m e n to e n t r a c o r r ie n d o el c r ia d o c o n la s so g a s.
----¡Y a n o h a c e n f a lta ! ---- le g r ita el v e te r in a r io , r ie n d o — ¡U n p o ­
tr o h e rm o s ís im o !
— ( D e v e r a s ? — e x c la m a el c r ia d o , tir a n d o la s c u e rd a s .
— ¡ V iv a ! — g r ita F e r d , e c h a n d o la g o r r a p o r a lto .
— ¡B ie n p o r n u e s tr a “ F r i d a ” ! — p r o r r u m p e el c r ia d o , b a i la n d o d e
a le g r ía s o b r e el su e lo r e s b a la d iz o .
— ¡ Y a se p o d í a u s te d ir a tr a n q u iliz a r a lo s p o t r o s . . . !— le g r u ñ e
el v e te r in a r io .
Y el c r ia d o c o r r e c o n su s o jo s c la r o s a lo s c a b a llo s re b e ld e s , y lo s
a c a ric ia . C o m o y a n o o y e n lo s g r ito s d e la y e g u a p a r tu r ie n ta , lo s a n i­
m a le s se a q u ie ta n . J u n to a e lla só lo h a q u e d a d o el v e te r in a r io , r e f r e ­
g á n d o s e la s m a n o s .
F e rd m e h ace señ as d e que vay a.
D e s p a c io , v o y a c e r c á n d o m e a d o n d e e s tá él.
T e n d i d a e n su ja u la , e n t r e p a j a y m a n ta s a m a rilla s , v e o a " F r i d a ” ,
la y e g u a m a d r e . T ie n e lo s o jo s a p a g a d o s , c o m o b a la s u s a d a s . H u e le
a s a n g re y a s u d o r. A su d e r e c h a , en u n m o n tó n d e p a ja , h e n o y m a n ­
ta s, se m u e v e el p o tr illo re c ié n n a c id o .
T ie n e la c a b e z a b la n c a c o m o la le c h e y lo s o jo s u n p o c o le g a ñ o ­
so s.
— E s te p o tr ito es p a r a m í — m e d ic e F e r d — . M i p a d r e m e lo
r e g a ló a n te s d e q u e n a c ie s e . . .
M e r o d e a el c u e llo c o n el b r a z o y m ir a c o n te r n u r a a la b e s te z u e la
a c a b a d a d e n a c e r , q u e se a g ita e n tr e la p a ja .
E l v e te r in a r io n o s d ic e :
— A h o r a , m a rc h a o s .
— F a y e g u a n e c e s ita d e s c a n s o — m e e x p lic a F e r d c o n to n o d e in i­
c ia d o ---- . F e p o n d r é “ H a n s ” .
C u a n d o n o s m a r c h á b a m o s , v im o s q u e “ F r id s ” se re v o lv ía . A l a r ­
g ó el c u e llo , s a c ó tr a b a jo s a m e n t e sus p a t a s d e l a n te r a s d e d e b a jo d e la
p a ja , te n tó a l p o tr illo y c o m e n z ó a la m e rlo .
----¡M ira q u é h e r m o s o ! — m e d ic e F e r d .
H a s t a el v e t e r in a r io c o n te m p la el c u a d r o c o n c ie rto a m o r.
— A tr a v e s a m o s la c u a d r a y s a lim o s al p a tio .
S u b r a z o sig u e r o d e á n d o m e el c u e llo .
E l so l lu c e fa tig a d o .
E s ta m o s ju n to a la v e r ja .
D e la s tie r r a s c ir c u n d a n te s s u b e u n a c o lu m n a d e h u m o .
E n la c a s a d e la s e r v id u m b r e c a n ta n la s m o z a s p o la c a s .
— E s v ís p e r a d e fie s ta — m e d ic e F e r d .

* *

*
A m a u ta 73

V o y c a m in o d e c a sa . E l fre s c o r b la n c o - a z u lin o d e la ta r d e se p o ­
s a s o b r e lo s c a m p o s . E n lo s s e to s d e z a r z a m o r a s s a lta n lo s p a j a r i ­
llos.
L a h ie r b a q u e c re c e ju n to a l c a m in o e s tá h ú m e d a . Si m e te u n o
la s b o ta s e n tr e e lla, s a le n n e g r a s y b r illa n te s c o m o el c h a ro l.
F e r d m e h a e n c a r g a d o d e ir a c a s a d e L e ó n e s ta m is m a n o c h e a
c o m u n ic a r le n u e s tro a c u e r d o . ¡E n n o m b r e d e la G u a r d ia ro ja !,, m e h a
d ic h o , p r o h ib ié n d o m e te r m in a n te m e n te q u e a c e p ta s e n in g ú n r e g a lo d e
F r a u S ilb e rs te in , a u n q u e só lo fu e se u n a m a n z a n a . ¡E l h o n o r lo v e d a ! ,
m e d ijo .
P e r o n o m e d ijo n a d a d e l m is te rio , n i u n a p a l a b r a ; n i p o r q u é h a ­
b í a m e n tid o a su p a d r e ; n i m e d ió n in g u n a e x p lic a c ió n a c e r c a d e l b e s o ,
n i s o b r e el p a r to d e la y e g u a , q u e ta n to m ie d o m e m e tió . S ó lo m e d ió
u n a o r d e n y u n a p ro h ib ic ió n .
C la r o q u e y o le e n g a ñ é c u a n d o c e r r e lo s o jo s y m e im a g in é q u e sus
la b io s e r a n lo s la b io s d e u n a m u c h a c h a .
P e r o q u iz á el m is te r io r e q u ie r a m e n tir .
F e r d n o q u ie re q u e se le h a b le d e l m is te rio . E l n o h a m ir a d o en
e l D ic c io n a rio , c o m o y o , c ie r ta s p a la b r a s , n i se h a e s c o n d id o e n u n a c a ­
s a d e b a ñ o s , m ir a n d o p o r la s r e n d ij a s p a r a v e r a la s c h ic a s b a ñ a r s e . N i
h a e n s e ñ a d o ta m p o c o a u n a m u c h a c h a a m o n ta r en b ic ic le ta p o r u n a
c a r r e te r a , a la c a í d a d e la ta r d e , s o s te n ié n d o la e n el sillín , m ie n tr a s el
a i r e la l e v a n ta b a la f a ld a . N i h a lu c h a d o e n el p r a d o c o n u n a c h ic a ,
p o r b r o m a , n i n o t a d o q u e la b r o m a se c o n v e r tía d e p r o n to e n v e r a s , y
u n o n o se q u e d a b a c o n t e n to h a s ta q u e n o la d e r r ib a b a y la h a c ía c a e r
d e e s p a ld a s .
F e r d n o s a b ía n i q u e r ía s a b e r n a d a d e e sto . F e rd e ra u n h éro e .
U n id e a l. P e r o sin m is te r io . . .
Y o ju r é s e g u irle la s h u e lla s a e s te m is te r io q u e f lo ta e n el a ir e y lo
lle n a to d o , h a s ta d e s c u b r ir lo , a u n q u e t o d o s lo s m a y o r e s se ju r a m e n ta s e n
p a r a o c u ltá r m e lo . S e g u r a m e n te es u n m is te r io m a lo . P e r o el s a b e r u n a
c o s a m a la e s m á s to le r a b le q u e el s o s p e c h a rla .
— ¿ D e m o d o q u e v o y a r o m p e r el ju r a m e n to q u e le h e h e c h o a m i
a m ig o ?
P e r o n o ----p e n s é p a r a m í---- ; n o n e c e s ito f a lt a r a él, p o r q u e lo q u e
y o q u ie ro n o es te n e r u n a m u c h a c h a , sin o v e r c o n m is p r o p io s o jo s c ó m o
e s c u a n d o se t i e n e . . .
Y m u y c o n t e n to d e e s te r a z o n a m ie n to , q u e m e lib r a b a d e la d e s ­
h o n r a d e u n p e r ju r io sin im p e d ir m e a v e r ig u a r lo q u e q u e r ía s a b e r , e n tr é
s il b a n d o p o r la s c a lle s a d e n tr o .

En el c a p ítu lo s i g u i e n t e , ---- q u e o m it im o s p a r a li­

m it a r n u e s t r a t r a s c r ip c i ó n a l o s c a p í t u l o s e s e n c i a l e s d e
la n o v e la — se cu en ta la v isita d e l p r o ta g o n is ta a su
c o n d is c íp u lo L e ó n S ilb e r s te in . D e s c r ip c ió n d e l a m b ie n ­
t e d e l h o g a r j u d ío d e lo s S i l b e r s t e i n , m u y c o n t e n t o s d e
q u e s u h ij o e n f e r m o t e n g a u n a m ig o e n l a c iu d a d . El
p e q u e ñ o S i l b e r s t e i n r e m a r c a a s u a m ig o e l t o n o d e p r o ­
t e c c i ó n d e s u a m is t a d . L o s S i l b e r s t e i n lo o b s e q u ia n c o n
u n a s g a lle ta s.
 74 Amauta

Sabotaje

C ru z o le n ta m e n te la p la z a . L a s g r á v id a s c o p a s d e lo s c a s ta ñ o s
e se e n s o m b re c e n .
M e p a r o d e l a n te d e l m o n u m e n to a la g u e rra , u n o b e lisc o d e p ie d r a
a r e n iz a , d e c o lo r gris, c e r c a d o p o r u n a v e r ja d e b a r r o te s b r o n c e a d o s e n
f o r m a d e la n z a s , y, b a j o la s o m b r a g r a s a d e la p ie d r a v e n e r a b le , v u e lv o
a s a c a r el p a q u e te d e l b o ls illo y c o n te m p lo a m o r o s a m e n te la s g a lle ­
ta s.
T o d a v í a h u e le n .
D o y d o s v u e lta s a l r e d e d o r d e l m o n u m e n to y d o s v e c e s m e la s lle ­
v o a la b o c a , p e r o sin d e c id ir m e a h in c a r la s el d ie n te .
A p o y a d o c o n tr a la v e r ja , c o n la m ir a d a fija en la p a l a b r a Grave-
lotte, g r a b a d a e n la p ie d r a e n le tr a s d e o ro , y el p e n s a m ie n to p u e s to e n
la s g a lle ta s , c o n te n to d e h a b e r e n c o n tr a d o , a l fin, u n a so lu c ió n al d ile m a
a t o d o c o r r e r . P e r o n o c o m o o tr a s v e c e s, c o n ese a v a n c e s e re n o y c a l­
c u la d o r , e x a c to e n lo s m o v im ie n to s q u e h a c e d e él u n o d e lo s d e la n te r o s
m á s te m ib le s d e n u e s tr o e q u ip o d e f ú lb o l; su c a r r e r a es v e lo z , p re c ip i­
t a d a ; el b u s to a v a n z a c o n m á s r a p id e z q u e la s p ie rn a s .
C o r r o a su e n c u e n tr o , a g u a r d o a q u e p a s e y le g rito , a l a r g á n d o le
la s g a lle ta s f a ta le s , v e o a A u g u s to K re m m e lb e in q u e v ie n e c a lle a b a jo
to r t u r a n t e :
----¡A u g u s to , A u g u s to , to m a e s ta s g a lle ta s , p a r a tí!
P e r o él n o la s m ir a s iq u ie r a ; p a s a sin d e te n e r s e p o r d e la n te d e m í;
su r e s p ir a c ió n m e r o z a la c a r a ; m e tr o p ie z a c o n el c o d o en el p e c h o .
- —¡ A u g u s to ! — sig o g r itá n d o le . Y c o r r o tr a s él. C o n g r a n d e s e s­
f u e r z o s lo g r o d a r le a lc a n c e . C o m o n e c e s ito to d o el a ire p a r a c o r r e r ,
le h a g o s e ñ a s d e s e s p e r a d a s , e n s e ñ á n d o le la s g a lle ta s . I n te n to d e t e n e r ­
le, y p o r p o c o m e d e r r ib a .
Y sig o c o r r ie n d o d e tr á s d e él, sin s a b e r el p o r q u é d e ta n ta p r i­
sa.
A l c r u z a r la te r c e r a b o c a c a lle lo g ro s a c a rle u n o a r d e m e tr o s d e
v e n t a j a ; m e v u e lv o , y m is p ie s d a n z a n lo c a m e n te r e tr o c e d ie n d o c a r a a
él. C o n el ú ltim o r e s to d e te r n u r a d e q u e d is p o n g o , e n d u lz o la v o z :
— A u g u s to , to m a , te r e g a lo e s ta s g a l l e t a s . . .
P e r o A u g u s to m e n e a la c a b e z a , h a c ié n d o m e s e ñ a d e q u e n o .
A l fin, le v e o la c a ra , r o ja , c o n lo s o jo s h in c h a d o s d e llo ra r, y p e ­
g a d o s e n la s m e jilla s , r e s to s d e lá g rim a s a m a s a d a s c o n p o lv o y c o n s u ­
d o r . L a b o c a , e n tr e a b ie r ta . L o s la b io s, azu les.
----c Q u é te p a s a , A u g u s to ? ---- le g rito , tr e m o la n d o , y a sin e s p e r a n ­
z a , el r e g a lo .
----¡M i p a d r e ! — c h illa . M e d a u n e m p e lló n y d o b la c o r r ie n d o la
e s q u in a d e la c a lle d o n d e v iv e , sin q u e h a y a fu e rz a h u m a n a q u e le su ­
je te .
O t r a v e z a so la s e in d e c is o c o n la s g a lle ta s d ic h o sa s.
L a s re c ia s p is a d a s d e la s b o ta s f e r r e te a d a s d e A u g u s to r e s u e n a n
e n tr e la s c a s a s sile n c io sa s.
----A lg u n a d e s g ra c ia h a o c u r r id o — d ig o p a r a m í en v o z a lta , y m e
e s p a n to a l o írm e . M e im a g in o al p a d r e d e A u g u s to , q u e t r a b a ja d e f o ­
g o n e r o e n la f á b r ic a d e a z ú c a r, c a y e n d o en u n a c a ld e r a y te n d id o en u n
c o b e r tiz o c o n la rig id e z d e la m u e r te y e s c a ld a d o , o q u ié n s a a e si m e ti­
d o y a s o le m n e m e n te e n el a t a ú d y r o d e a d o d e v e la s, en el m e jo r c u a r to
d e la c a sa .
Amanta 75

Y e c h o a c o r r e r , p e r o c o n p re c a u c ió n , s o b r e la s p u n ta s d e lo s pies;,»
p u e s a ú n n o h a b í a v is to n in g ú n m u e rto .
Y v u e lv o la s g a lle ta s al b o ls illo c o n u n g e s to d e s d e ñ o s o .

¥ ¥
¥

L a fa m ilia d e A u g u s to v iv ía en el “ C a l e r á n " , c o m o d e s p e c tiv a ­

m e n te lo lla m a b a n lo s q u e te n ía n c a s a p r o p i a. E s ta b a s itu a d o d e p r o ­
p ó s ito e n u n e x tr e m o d e la v illa ; h a b ía sido, c o n s tr u id o h a c ía u n o s d o s
a ñ o s p o r la C o m p a ñ ía p r o p ie t a r ia d e la f á b r i c a d e a z ú c a r, y e n c e r r a b a
d ie c io c h o v iv ie n d a s . D o s d e la s s itu a d a s e n el p iso b a j o se r e s e r v a b a n
p a r a lo s o b r e r o s d e m á s c a te g o r ía ; en la s d e m á s , c a d a fa m ilia te n ía q u e
c o n t e n ta r s e c o n d o s p ie z a s. E n el c a s e r ó n v iv ía u n a n u b e d e ch iq u illo s.
S e s itu a b a n p o r b a n d a d a s en la e s c a le r a , y c u a n d o a s o m a b a a lg ú n d e s ­
c o n o c id o a r m a b a n u n a g r ite r ía e s p a n to s a . L a m a y o r p a r te d e l tie m p o
lo p a s a b a n p e g á n d o s e ; a to d a s la s m u je r e s q u e v e ía n q u e n o fu e se n sus
m a d r e s , les s a c a b a n la le n g u a . P o r lo g e n e r a l, tr a ía n en la m a n o u n
tr o z o á s p e r o d e p a n u n ta d o c o n u n a c a p a d e m e r m e la d a n e g ru z c a , q u e
c u a n d o lo lle v a b a n a la b o c a se m e z c la b a c o n lo s m o c o s. S o lía e n c o n ­
tr á r s e le s ta m b ié n e n el p a tio , f o r m a d o s e n c o r r o y a p o s tá n d o s e a c u á l
m e a b a m á s a lto . E l c a m p e ó n o b te n ía c o m o p r e m io u n a c a ja d e c e rilla s
v a c ía d e la s q u e m e n d ig a b a n p o r la s tie n d a s . O tr a s v ec es, se ib a n a ju ­
g a r ju n to a u n a c h a r c a c u y a s a g u a s e s ta n c a d a s te n ía n u n c o lo r b la n c o
le c h o s o y o lía n a p e s to s a m e n te . E n lo s b o r d e s d e la c h a r c a c r e c ía n u n a s
h ie r b a s m ís e r a s y p o r a llí c e r c a u n lilo d a b a s o m b r a . Y c u a n d o la d u l-
z o n e r ía d e su s f lo re s se m e z c la b a a la s e m a n a c io n e s d e las a g u a s p u tr e ­
fa c ta s , el a ir e se h a c ía ir re s p ir a b le .
L o s in q u ilin o s d e l c a s e ró n lla m a b a n a a q u e llo — a la c h a rc a , a las
h ie r b a s y a l lilo ----el “ p a r q u e ” , p u e s la d ire c c ió n lo h a b í a m a n d a d o a b r ir
p a r a q u e su s o b r e r o s se r e p o s a s e n lo s d ía s d e fie sta . H a b ía ta m b ié n
d o s b a n c o s d e m a d e r a d e p in o , c o n u n o s c a r te lito s d o n d e se le ía : “ P r o ­
h ib id o te r m in a n te m e n te e n s u c ia r en e s to s lu g a re s ” . D e e s to s b a n c o s
d is f r u ta b a n p o r tu r n o lo s v a r io s p iso s d e l c a s e o ró n , y c a d a p a r te se cu i­
d a b a c e lo s a m e n te d e q u e la s d e m á s n o p e r m a n e c ie r a n s e n ta d a s m á s
tie m p o d e l q u e les c o r r e s p o n d ía . L a f á b r ic a h a b í a p u e s to d e g u a r d iá n
y p o r te r o d e la c a s a a u n s a r g e n to r e tir a d o , al q u e le g u s ta b a m u c h o el
a g u a r d ie n te y q u e g o z a b a p e g a n d o a lo s c h ico s. L es lla m a b a g o lfo s y
p u e r c o s , y a c a d a p a s o lo s d e j a b a e n c e r r a d o s en lo s s ó ta n o s sin ra z ó n n i
m o tiv o , a lo m e jo r p o r q u e le h a b í a n s a c a d o la le n g u a . L o s m u c h a c h o s
s e v e n g a b a n e n s u c ia n d o p o r la s n o c h e s en el p o r ta l.
E l s a r g e n to h a b í a h e r e d a d o a lg ú n d in e ro d e u n a p a r ie n te d e l c a m ­
p o , y al f in a l d e la s e m a n a s ie m p r e h a b í a a lg u n a m u je r, in q u ilin a d e la
c a s a , q u e le p e d í a p r e s ta d o s u n p a r d e m a rc o s . E l a c c e d ía al p r é s ta m o
s ie m p r e q u e la s o lic ita n te n o tu v ie s e in c o n v e n ie n te en p a s a r u n a h o r a
c o n él a p u e r ta s c e r r a d a s . A v e c e s, o c u r r ía q u e, d e s p u é s d e a lg u n o s m i­
n u to s , la m u je r tu v ie s e q u e s u b ir y m a n d a r en su lu g a r a la h ija a b u s c a r
e l d in e r o . S eis d e lo s c h iq u illo s d e l c a s e ró n se p a r e c ía n e x tr a o r d in a r ia ­
m e n te a l s a r g e n to ; d e ello s, c u a tr o e r a n id io ta s .
L a g e n te lla m a b a a e s te c a s e ró n “ L a V a la q u ia ” , p o r q u e la fá b r ic a
e n la s é p o c a s d e m á s tr a b a jo , s o lía a l b e r g a r en lo s p iso s a lto s a u n t r o ­
p e l d e o b r e r o s ru m a n o s , q u e las fa m ilia s te n ía n q u e a d m itir a d o r m ir
76 Amauta

c o m o h u é s p e d e s fo rz o so s. D e p a s o , la s a y u d a b a n a m u ltip lic a rs e , y
p e r m i tía n a n o p o c a s m u je r e s u n a p e q u e ñ a v a r ie d a d y u n p o c o d e d e s ­
c a n s o a su s m a r id o s , f a tig a d o s d e l tr a b a jo y d e l m a tr im o n io . A sí se e x ­
p lic a b a q u e e n tr e lo s c h iq u illo s q u e p o b la b a n el c a s e ró n h u b ie s e m u ­
c h o s m o r e n o s y riz o so s. G e n e r a lm e n te , e r a n m á s listo s q u e lo s d e m á s
y le s p o d ía n en lo s ju e g o s . E ra n lo s n iñ o s m im a d o s d e la c a s a ; a n d a b a n
m e j o r v e s tid o s q u e lo s o tr o s y c o m ía n d e v e z e n c u a n d o p a n u n ta d o c o n
m a n te c a y a z ú c a r.
L e s lla m a b a n "los c u c ú s ” , y r e s a lta b a n c o m o p in ta s r o jo -a m a rille n ­
ta s e n lo s m u r o s g rise s d e l c a s e ró n .
C a n ta b a n m u y b ie n y e r a n g r a n d e s b a ila r in e s ; m u c h a s v ec es, se
s o lt a b a n a b a i la r e n m e d io d e sus ju e g o s. L o s h e r m a n ito s ru b io s les h a ­
c í a n c o r r o y a d m ir a b a n su s m o v im ie n to s ág iles, en lo s q u e h a b la b a u n a
s a n g r e e x ó tic a y lib re . C u a n d o b a ila b a n “ lo s c u c ú s ” , n o se o ía en el
p a t io u n a p a l a b r a fe a , y h a s ta el s a r g e n to lo s m ir a b a p lá c id a m e n te , s e n ­
t a d o y s o n r ie n d o , c o n su s o jo s h ú m e d o s d e a lc o h ó lic o . A lg u n o q u e o tr o
lu c ía u n c o r b a t a m e r id io n a l, d e c o lo re s d e to n a n te s , la ú n ic a h e re n c ia d e
su p a d r e . Y e s to , p o r q u e a l m a r c h a r la h a b í a d e j a d o o lv id a d a .
L o s c u c ú s s o lía n s e r la rrla r d e a s tu to s y u n o s la d ro n z u e lo s . S e d a ­
b a n m a ñ a p a r a r o b a r d in e r o y g o lo s in a s d e la s tie n d a s y h a c e r r e c a e r in ­
g e n u a m e n te la s s o s p e c h a s s o b r e sus to r p e s h e r m a n ito s , y c u a n d o se s e n ­
tía n o b s e r v a d o s , d e s liz a b a n e n lo s b o ls illo s d e é s to s el c u e r p o d e l d e li­
to . S i se d e s c u b r ía , a d o p t a b a n u n m a g n íf ic o a ire d e in o c e n c ia ; si la c o ­
s a s a lía b ie n , se la s a r r e g la b a n s ie m p r e p a r a d e s p o ja r le s en c a sa d e l b o ­
tín .
E r a n lo s á r b itr o s d ir im id o r e s d e to d a s la s p e le a s. N o te n ía n q u e
m a ta r s e t r a b a j a n d o . L a s m a d r e s , q u e p a r a su s c h ic o s le g ítim o s n o te ­
n í a n c a si n u n c a m á s q u e p a l a b r a s in s u lta n te s , a é s to s le s d a b a n a v e c e s
n o m b r e s q u e p a r e c ía n to m a d o s d e c u e n to s a n tig u o s. N u n c a le s p e g a ­
b a n . Y lo s h o m b r e s q u e le s h a b í a n d a d o el a p e llid o n o se a tr e v ía n ta m ­
p o c o a in c r e p a r lo s c u a n d o , d e m a y o re s , v o lv ía n a c a s a b o r r a c h o s lo s
d ía s d e p a g a . L o s t r a t a b a n c o m o si fu e s e n b a s ta r d o s d e m is te rio s o o ri­
g e n , c u a n d o , e n r e a lid a d , n o e r a n m á s q u e la s im ie n te e s p u ria d e m ís e ­
r o s p e o n e s m e rid io n a le s .
L a f a m ilia d e A u g u s to K re m m e lb e in v iv ía e n el p r im e r p iso , p u e s
e l p a d r e lle v a b a y a m á s d e q u in c e a ñ o s e m p le a d o en la f á b r ic a c o m o
o b r e r o fijo . E r a u n h o m b r e tr a n q u ilo y p a r c o e n p a la b r a s . L o s r a to s
q u e te n ía lib r e s lo s d e d i c a b a a h a c e r ta lla s e n m a d e r a y tr a b a jo s d e
m a r q u e te r ía o a la le c tu r a d e lib io s q u e s a c a b a p r e s ta d o s d e la B ib lio te c a
p ú b lic a . L a s e d d e '" ilu s tra rs e ” le r o b a b a a l d e s c a n s o n o p o c a s n o c h e s.
L e í a c a si e x c lu s iv a m e n te o b r a s c ie n tífic a s , lib r o s d e M e d ic in a , d e té c n i­
c a o d e E c o n o m ía . D e s p u é s d e e s tu d ia r p e s a d a m e n te y p o r sus p a s o s
c o n t a d o s la s o b r a s d e M a rx , E n g e ls y B e b e l, se a filió al p a r tid o so c ia l-
d e m ó c r a ta . S u s c o n v ic c io n e s , a d if e r e n c ia d e la s d e m u c h o s, te n ía n ,
c o m o él se c o m p la c ía en p o n e r d e r e lie v e , u n a b a s e c ie n tífic a , p u e s a n ­
te s d e a b r a z a r la c a u s a h a b í a a n a liz a d o m e tic u lo s a m e n te el sis te m a y
s o p e s a d o el p r o y el c o n tra . K re m m e lb e in e r a u n h o m b r e se g u ro . A
é l se d e b í a la h á b il o rg a n iz a c ió n d e l m o v im ie n to s o c ie ta r io en n u e s tr a v i­
lla . F u n d ó u n c lu b o b r e r o d e d e p o r te s y u n o s c o r o s o b re ro s , y c o n
lo s e s c a s o s m e d io s d e q u e d is p o n ía f o rm ó u n a p e q u e ñ a b ib lio te c a c ir­
c u la n te , e n la q u e s ó lo se a d m itía n lib r o s d e c ie n c ia y la s o b r a s d e lo s
c a u d illo s y f u n d a d o r e s d e l s o c ia lism o . D e s d e ñ a b a lo s lib ro s d e a m e n a
l i t e r a t u r a q u e , a su p a r e c e r , d e s v ia b a n el e s p íritu d e la s id e a s f u n d a -
A m au ta 77

m e n ta le s , in s p ir a n d o p e n s a m ie n to s a je n o s a la c r u z a d a d e l p r o le t a r ia ­
do. E s ta lib r á b a s e , s e g ú n él, e n u n te r r e n o e s tr ic ta m e n te e c o n ó m ic o .
U n a e s ta d ís tic a s o b r e la crisis d e la v iv ie n d a , o s o b r e la m o r ta lid a d in ­
f a n til e n la s fa m ilia s o b r e r a s : la s e s ta d ís tic a s d e a c c id e n te s en la s f á b r i­
c a s y la s m in a s ; la s c u r v a s a c e n s io n a le s d e la tu b e rc u lo s is ; u n e s tu d io
c o m p a r a ti v o a c e r c a d e l lím ite n o r m a l d e v id a en lo s d is tin to s o ficio s
— m in e r o s , in d u s tr ia s q u ím ic a s , te je d o r e s ----; lo s b a la n c e s d e lo s g r a n ­
d e s c o n s o r c io s ; lo s d iv id e n d o s d e la s S o c ie d a d e s a n ó n im a s ; lo s s u e ld o s
d e lo s d ir e c to r e s ; la s c u r v a s d e la B o ls a ; lo s m a te r ia le s e s ta d ís tic o s s o b r e
c u a lq u ie r p ie z a d e l a p a r a t o so c ial, c a u tiv a b a n a K re m m e lb e in el f o g o ­
n e r o m á s q u e la m e jo r n o v e la .
'L a v e r d a d e s tá e n lo s n ú m e r o s ” , d ijo u n d ía en u n a se sió n d e l
C o m ité d e c u ltu r a d e l p a r ti d o .
K r e m m e lb e in v iv ía e n t r e g a d o c o n c e lo d e p r o p a g a n d is ta a la o r ­
g a n iz a c ió n y e d u c a c ió n so c ia l d e sus c o m p a ñ e ro s . S u tá c tic a e r a r a z o ­
n a r c o n h e c h o s , y d o n d e o tr o s s a c a b a n a r e lu c ir la rg a s tir a d a s re tó ric a s ,
é l se lim ita b a a d e s c r ib ir la r e a lid a d d e la s itu a c ió n . R e v o lu c io n a b a
c o n e je m p lo s . E n v e z d e fó rm u la s y tó p ic o s , e s g rim ía e s ta d ís tic a s . E n
v e z d e d e c la m a r m e tá f o r a s , m a n e ja b a n n ú m e ro s . L a s v e la d a s c u ltu ra le s
q u e él p r e s id í a te n ía n el r ig o r y la s o b r ie d a d d e u n a c la se d e m a te m á ti­
c a s. D e la n te d e g r a n d e s c a r te le s d ib u ja d o s c o n tin ta c h in a , a lo s q u e
t r a s l a d a b a n sus e s ta d ís tic a s c o n im p e c a b le p u lc ritu d , e x p o n ía a g u isa
d e c o m e n ta r io s su s d o c trin a s , q u e lo s b u e n o s b u r g u e s e s d e la lo c a lid a d
n o p o d í a n a c e p t a r c o m o b u e n a s , c ie n tífic a m e n te , p o r q u e K re m m e lb e in
n o p o s e ía n in g ú n títu lo a c a d é m ic o . P e r o lo s tr a b a ja d o r e s le a d o r a b a n ,
p u e s ja m á s h a b l a b a d e u n a c o s a sin te n e r la s p r u e b a s en el b o lsillo . E r a
u n r e v o lu c io n a r io d e b u e n a le y . N o te n ía m á s o rg u llo n i o tr a a m b ic ió n
q u e la v e r d a d .
L a D ir e c c ió n d e la f á b r ic a s e g u ía d e c e rc a , c o n c ie rta a te n c ió n , la s
a n d a n z a s d e e s te m a g n íf ic o o b r e r o . I n s p ir á b a le m ie d o su a b s o lu to d e s ­
d é n h a c ia t o d o lo q u e fu e se f r a s e o lo g ía . Y m á s d e u n a v e z h a b í a h e c h o
l l e g a r a o íd o s d e su m u je r , p o r c o n d u c to d e c ie r to s m e d ia d o r e s , q u e
K r e m m e lb e in p o d í a a s c e n d e r ta n p r o n to c o m o q u isie se a c a p a ta z , sin
m á s q u e a p a r ta r s e d e la p o lític a . P e r o el fo g o n e r o , le jo s d e s o m e te rs e
a la s s u g e s tio n e s d e la E m p r e s a , o r g a n iz ó u n a h u e lg a m o d e lo en q u e lo s
o b r e r o s tr iu n f a r o n e n t o d a la lín e a , g r a c ia s a él, q u e e x c itó a q u e 3e
u n ie s e a l m o v im ie n to al p e r s o n a l d e to d a s la s f á b r ic a s d e l d is trito . L a
ú n ic a e s p e r a n z a q u e a ú n a l im e n ta b a la D ire c c ió n d e r e d u c ir a e s te o b r e ­
r o r e b e ld e e r a su m u je r , u n a b á v a r a q u e se p a s a b a la s h o r a s en la ig le ­
sia . S in e m b a r g o , la s s u a v e s a m o n e s ta c io n e s d e l c o n f e s o n a r io n o p o ­
d í a n c o n la s e s ta d ís tic a s d e K r e m m e lb e in el f o g o n e r o , y c u a n d o la m u ­
j e r le in v o c a b a a D io s y el o r d e n s a b ia m e n te e s ta b le c id o p o r la P r o v i­
d e n c ia , s a c a b a d e l c a jó n d e la m e s a sus m a te r ia le s y s o s te n ía q u e si la
v o l u n t a d d iv in a e r a é sa , él n o e s ta b a d e a c u e r d o c o n D io s. L a m u je r
s e v e í a c o g i d a e n t r e la f u e r z a c o n t u n d e n te d e su s a r g u m e n to s y la a u ­
t o r i d a d d e la fe h e r e d a d a . Y n o s a b ía p o r c u á l d e lo s d o s c a m in o s
d e c id ir s e . E r a u n a b u e n a m a d r e .
1 o d o e s to lo s a b ía y o p o r A u g u s to , q u e s e n tía p o r su p a d r e u n a
d e v o c ió n r e n d id a , c o m o si fu e se u n s é r s u p e r io r ; a lg o a s í c o m o u n li­
b r o e n c u a d e r n a d o e n p a s ta . E te r n o . . .

* *
*
78 A r lauta

C u a n d o y a v o y a c e r c á n d o m e al c a s e ró n , c a ig o en la c u e n ta d e q u e
el p a d r e d e A u g u s to n o p u e d e h a b e r s u f rid o n in g ú n a c c id e n te en la f á ­
b ric a , c o m o y o p e n s a b a , p o r q u e e s tá n en h u e lg a d e s d e h a c e c in c o d ía s.
L a s in ta la c io n e s d e s e g u r id a d a d o p t a d a s en m á q u in a s y c a ld e r a s e r a n
n o to r ia m e n te in su fic ie n te s. L o s o b r e r o s p id ie r o n q u e se m e jo r a s e n ; p e ­
ro la D ire c c ió n , m e d ia tiz a d a p o r u n o s c u a n to s a ld e a n o s rico s, n o a c c e ­
d ió a la s ú p lic a y e s ta lló la h u e lg a , d irig id a , c o m o sie m p re , p o r K re m -
m e lb e in .
L o s p a tr o n o s , d is p u e s to s a n o tra n s ig ir, c o n t r a ta r o n a u n tr o p e l d e
p e o n e s e x tr a n je r o s p a r a q u e tr a b a ja s e n c o m o e s q u iro le s ; p e r o lo s j e ­
fe s d e la h u e lg a , e n te r a d o s d e ello , o r g a n iz a r o n r e te n e s e n c a r g a d o s d e
im p e d ir le s p o r la fu e r z a la e n t r a d a en la fá b ric a .
E l a c c id e n te e n q u e h a b í a m u e r to el p a d r e d e A u g u s to te n ía q u e
se r, p o r ta n to , d e o tr a clase . L o h a b r ía a r r o lla d o u n tre n .
E n la s in m e d ia c io n e s d e la c a s a v e o u n a m a s a d e g e n te , a p e lo to n a ­
d a en g r u p o s so rríb río s e in q u ie to s. T o d o s lle v a n g o r r a ; so n , p o r c o n ­
s ig u ie n te , o b r e r o s . M a s c u lla n s o r d a m e n te n o sé q u é y a lg u n o s le v a n ­
ta n el p u ñ o c o n tr a la f a c h a d a d e l c a s e ró n , c o n sus v e n ta n a s ilu m in a d a s ,
s o b r e la q u e c a e n , a m e n a z a d o r a s , la s s o m b r a s a z u le s d e lo s á r b o le s c ir ­
c u n d a n t e s . E l p o r tó n d e l p a tio e s tá a b ie r to d e p a r en p a r ; u n f a ro l p á ­
lid o d e g a s a lu m b r a la e n tr a d a , e n q u e e s tá u n g u a r d ia d e c e n tin e la . E n
la n o c h e f lo ta el o lo r d e la s p r im e r a s lilas. B a jo la s b u r b u ja s g ra s a s d e l
c h a r c o c r o a u n a r a n a so lita ria . E l g u a r d ia se q u ita el c a sc o y se e n ju g a
c o n u n p a ñ u e lo d e y e r b a s la fre n te , s u r c a d a p o r u n a c in ta d e c o lo r a m o ­
r a ta d o . . . Y su sp ira . Suda. L a c a lle e s tá a n im a d ís im a . N o cesan
d e a flu ir n u e v o s o b r e r o s , q u e ca si n u n c a v ie n e n so lo s, sin o en g ru p o s .
H a b la n m u y b a j o ; só lo se o y e el r e tu m b a r d e sus p is a d a s . T o d a s la s
v e n ta n a s d e l c a s e ró n e s tá n a b ie r ta s , m e n o s la s tr e s d e l p r im e r p iso d e ­
tr á s d e la s q u e v iv e la fa m ilia d e A u g u s to , q u e tie n e n las c o r tin a s e c h a ­
d as.
T o d o s lo s h o m b r e s q u e v iv e n en el c a s e ró n se h a n e c h a d o a la c a ­
lle. L a s m u je re s , a r r e lle n a d a s s o b r e lo s a lfé iz a r e s d e la s v e n ta n a s , c u ­
c h ic h e a n c o n las v e c in a s. D o s o tre s c h iq u illo s , e n c a n ta d o s d e q u e n a ­
d ie se o c u p e d e ello s, ju e g a n al f ú tb o l en la a c e r a c o n u n b o te d e c o n ­
s e rv a s v a c ío .
V a g o e n tr e lo s g r u p o s d e o b r e r o s , a c e c h a n d o en v a n o la o c a s ió n d e
e n t r a r en c a s a d e A u g u s to . U n a p a l a b r a m is te rio s a , ja m á s o íd a : la p a ­
la b r a “ s a b o ta je ”, m e c e rc a , c o n s ta n te m e n te r e p e tid a p o r to d a s p a r te s ,
lle n á n d o m e d e c o n fu s ió n y a n s ie d a d . L a s g a lle ta s fa m o s a s e m p ie z a n a
r e b la n d e c é r s e m e e n el b o lsillo . P e r o ¿ c ó m o s a c a rla s a q u í, d e la n te d e
ta n to s o b r e r o s ? M e a c u e r d o d e q u e m i m a d r e m e d ijo u n d ía q u e n o
h a b í a q u e s u s c ita r n u n c a sin m o tiv o la e n v id ia d e lo s p o b re s .
U n e s tre m e c im ie n to c la r a m e n te p e r c e p tib le a tr a v ie s a d e p r o n to
p o r la m u c h e d u m b r e e s ta c io n a d a d e la n te d e l c a s e ró n , c o m e n z a n d o p o r
lo s q u e e s tá n al o tr o e x tre m o d e la c a lle y lle g a n d o h a s ta lo s q u e p e r ­
m a n e c e m o s a p o s ta d o s ju n to a la p u e r ta . E s el m is m o lig e ro e s tr e m e c i­
m ie n to q u e c ru z a la c la se c u a n d o el p r o f e s o r p e n e tr a en el a u la . U na
e s p e c ie d e tir ó n in v o lu n ta r io en q u e el c u e r p o se p o n e r íg id o d u r a n te
u n s e g u n d o , y c u y o p u n to c u lm in a n te es la o ra c ió n . Y o m e e s tre m e z c o
lig e r a m e n te , c o m o lo s d e m á s , a u n q u e n o sé d e q u é se tr a ta .
P o r la a c e r a d e la d e r e c h a se o y e n p a s o s. P a s o s seco s, c o r ta d o s ,
e le g a n te s . E l q u e lo s p r o d u c e es d e s e g u ro u n h o m b r e e n é rg ic o . B a jo
la b o la f a tig a d a d e lu z d e g a s d e s ta c a n d o s m a n c h o n e s b la n c o s , c o lg a -
A m a v ta 7)

«Jos e n las s o m b r a s d e la n o c h e c o m o d o s m o n t o n c i t o s d e n ie v e d e r r e t i ­
d a o d o s p a n e c i llo s sin a m a s a r .
S o n los g u a n t e s b l a n c o s d e l D r. P ersiu s, c o m is a r io d e p o lic ía , q u e
■viene a c o m p a ñ a d o d e u n g u a r d ia . P a s a p o r e n t r e la s filas s o m b r í a s d e
l o s o b r e r o s y el g u a r d i a le a b r e p a s o , g r i t a n d o : ¡A partarse!
L o s o b r e r o s se r e ti r a n , p e r o su r e t i r a d a f r a g u a u n m u r o , p o r d e ­
l a n t e d e l c u a l a v a n z a , u n p o c o p e r p l e j o , el s e ñ o r c o m is a rio , sin s a b e r
a d ó n d e m ir a r. T i e n e p a s o , p e r o n o h o r iz o n t e . El sable del g u ard ia
s u e n a c o n t r a el p a v i m e n t o c o n el c h a s q u i d o d e u n a m á q u i n a d e s c o m ­
p uesta.

* *

H e r r d o c t o r P e r s iu s es c o n o c i d o m ío . M e a c u e r d o p e r f e c t a m e n t e
d e c u a n d o , a p o c o d e t e r m i n a r la c a r r e r a , p r a c t i c a b a e n el d e s p a c h o d e
m i p a d r e y v e n í a c o n f r e c u e n c i a d e v is ita a n u e s t r a ca sa , o b s e q u i a n d o
a m i m a d r e c o n r a m o s d e flores. M i m a d r e n o p o d í a t r a g a r l e ni o ír sin
u n g e s to d e d e s d é n las c a r c a j a d a s e s t r e p i t o s a s c o n q u e r e ía cualquier,
c h i s t e d e sus je fe s, p e r o m'i p a d r e le t e n í a c i e r ta e s t i m a c i ó n : c r e ía s e
o b l i g a d o a d i s p e n s á r s e l a e n g r a c i a a P e r s iu s p a d r e , u n a b o g a d o q u e t u ­
v o c i e r ta f a m a e n la villa, y e n c u y o b u f e t e h a b í a p r a c t i c a d o d e j o v e n .
E s t e P ersiu s, el v ie jo , e r a u n h o m b r e m á s a f i c i o n a d o a los p l a c e r e s d e l
m u n d o d e lo q u e sus r e n t a s le p e r m i t í a n , r a z ó n p o r la cual, c u a n d o y a
t e n ía cu m p lid o s cin cu e n ta años, a m e n a z a d o p o r in m in en te b an c arro ta,
h u b o d e a p r e s u r a r s e a c o n t r a e r m a t r i m o n i o c o n u n a c h ic a ric a y u n p o ­
c o id io t a , h i j a d e u n o d e los c o m e r c i a n t e s m á s f u e r te s d e la lo c a li d a d .
L a e s c a s a i n te lig e n c i a d e su h ijo d e b í a s e a e s ta u n ió n , d e q u e el
a b o g a d o se v ió en s e g u i d a libre, g r a c ia s a u n a t a q u e al c o r a z ó n q u e p u ­
s o r á p i d o r e m a t e a su v id a . E l ch ic o p u d o l o g r a r a c o m o d o e n el In s­
t i t u t o d e u n a p e q u e ñ a v illa ru ra l, e n q u e el n iv e l d e los e s tu d io s e r a lo
s u f i c i e n t e m e n t e a c c e s ib le p a r a q u e p u d i e s e n lle g a r a él los hijos, m e d i o
i d i o t i z a d o s t a m b i é n , d e l p r í n c i p e r e g e n t e d e a q u e llo s te rr ito r io s . C u a n ­
d o h u b o o b t e n i d o el g r a d o , su m a d r e se e n c a r g ó d e eleg ir c a r r e r a . Pa­
r a c o m e r c i a n t e , e r a d e m a s i a d o im bé cil. C o n a y u d a d e p r o f e s o r e s p a r t i c u ­
l a r e s y d e cla se s d e r e p a s o , lo g r ó a p r o b a r el p r i m e r e x a m e n . Y e n la
r e v á lid a p a só ta m b ié n , a fuerza d e em p o lla rse d e m em o ria, h o ras y ho-
h a s , los v i e j o s a p u n t e s d e su p a d r e . Y h a s t a h iz o u n e x a m e n lu c ido, pues,
c o m o t o d o s los to n to s , t e n í a u n a m a g n í f i c a m e m o r i a . . . C o m o c a r e c í a
d e i d e a s p r o p i a s , le s o b r a b a sitio p a r a a l o j a r las p a l a b r a s a j e n a s , a f u e r ­
z a d e l e e r la s y m a c h a c a r l a s v e i n t e vec es. S u c a b e z a e r a u n a l m a c é n v a ­
c í o e n q u e los d e m á s a p i l a b a n sus p r o d u c t o s . Cuando to d a v ía te n ía
p o r d e la n te algún e x a m e n que a p ro b a r. P e r s iu s e r a d e u n a h u m i l d a d
a d m i r a b l e . C o n t e s t a b a c o n u n “ sí, s e ñ o r ” a c u a n t a s p r e g u n t a s se le d i ­
r ig ía n , y a n t e s d e p r e g u n t a r él c u a l q u i e r c o sa, h a c í a s i e m p r e u n a r e v e ­
r e n c i a c o r té s . S u c o r t e s í a l l e g a b a a e x t r e m o s h e r o ic o s , c o m o el d e e s ­
c u c h a r , sin la m á s l e v e in t e r r u p c i ó n ni u n g e s to d e im p a c i e n c ia , a t o d a s
y c a d a u n a d e las p a r l e r a s m u j e r e s d e sus s u p e rio r e s , a g u a n t a n d o h a s t a
e l fin a l y c o n c a r a p l á c i d a y s o n r ie n t e , sus t i r a d a s in s o p o r t a b l e s . C u a n ­
d o e r a a l g ú n h o m b r e el q u e h a b l a b a , a d o p t a b a u n a a c t i t u d r e c o g i d a d e
s il e n c io y se e s f o r z a b a p o r r e t e n e r d e m e m o r i a sus p a l a b r a s . Y si lu e g o
le p r e g u n t a b a n p o r su o p in ió n , r e p r o d u c í a c o n m a r a v i l l o s a e x a c t i t u d
¡ a d e l i n t e r p e l a n t e , c o n lo c u a l se h a b í a c o n q u i s t a d o su s im p a tí a . D e s p u é s
80 Amautafc

d e t e n e r el títu lo , le m a n d a r o n a n u e s t r a v illa c o n n o sé q u é c a r g o g u -
b e r n a t i v o , e n c a r g á n d o l e t a m b i é n d e la j e f a t u r a d e p o l i c í a . P e r o e s te
P e rsiu s e r a y a o tr o h o m b r e . A h o r a , q u e y a n o t e n í a q u e t e m e r n in g ú n
e x a m e n y c r e ía a s e g u r a d a su p o s ic ió n h a s t a el fin d e sus d ía s, e c h ó p o r
la b o r d a la f in g id a m o d e s t i a d e sus a ñ o s d e e s tu d ia n te , y a la to n te z
a ñ a d i ó la a r r o g a n c ia . Sus m o d a l e s e r a n se c o s y e x p e d itiv o s . Se c re ía
el c o m a n d a n t e d e la p la z a . A u n q u e j a m á s m o n t a b a a c a b a llo , n o se
le c a í a d e la m a n o el lá tigo. D e los oficialillos d e la g u a r n ic ió n v e c i n a
c o p i ó los g u a n t e s b l a n c o s y el m o n ó c u l o . A u n v ie jo ju e z d e l d istrito ,
q u e r e c a t a b a sus i d e a s lib e ra le s, n o le l l a m a b a n u n c a p o r su n o m b r e ,
sino “ ese c e r d o p a c i f i s t a ” . R e t i r ó el s a l u d o a u n a b o g a d o j u d í o q u e
le h a b í a p r e p a r a d o p a r a el e x a m e n e n s e ñ á n d o l e los e l e m e n t o s d e l D e -
r e c h o i n t e r n a c i o n a l . T o d o s los q u e n o c o m p a r t í a n sus o p in io n e s, e r a n
u n o s i m b é c i le s . L o s f ra n c e se s, u n o s d e g e n e r a d o s . A l e m a n i a , la tie r ra
ilu s tre d e los p o e t a s y los p e n s a d o r e s . S e s a b í a d e m e m o r i a t o d a s la s
p o e s í a s c h o v i n is ta s d e T e o d o r o K o r n e r , y d o n d e q u i e r a q u e e n c o n t r a b a
u n p i a n o p o n í a s e a a p o r r e a r e n él u n p o t p o u r r i d e c a n c i o n e s p a t r i ó t i ­
c a s . Sus c a n ta r e s , c u a n d o e s t a b a b o r r a c h o , e r a n s i e m p r e n a c io n a lis ­
ta s r a b i o s o s . L o s o b r e r o s e r a n p a r a él u n a c a n a l la , y ni el m is m o Bis­
m a r c k le p a r e c í a b a s t a n t e p u r o . J a m á s p u s o el p ie en el e x t r a n j e r o .
L o s d ía s q u e t e n í a d e v a c a c i o n e s los a p r o v e c h a b a p a r a asistir a la s
g r a n d e s m a n i o b r a s d ir ig id a s p o r el K á is e r . E r a la m a n o d e r e c h a d e la
a u t o r i d a d g u b e r n a t i v a . El p u e s to q u e o c u p a b a o b l i g á b a l e a e n d e r e z a r
sus e n e r g í a s p r e f e r e n t e m e n t e c o n t r a “ el e n e m i g o i n t e r i o r ” . L a ú lti m a
f r a s e q u e se h a b í a a p r e n d i d o d e m e m o r i a e r a la d e eso s d e s g r a c i a d o s
q u e n o tie n e n p a t r i a . . . . ” E r a d e m a s i a d o im b é c il p a r a r o z a r s e ni li­
g e r a m e n t e c o n las i d e a s s o c i a l i s t a s . C o m b a t í a a u n a d v e r s a r i o al q u e
i g n o r a b a , y e s to d a b a u n a s e g u r i d a d i m p o n e n t e a su p o r t e . Mi p a d r e
h a b í a s e g u id o c o n c i e r ta s i m p a t í a la e v o l u c ió n d e su t í m i d o p a s a n t e .
E r a lo b a s t a n t e lib e r a l y n a c io n a lis ta p a r a c o m p r e n d e r l a , c o m p r e n s i ó n
t a n t o m á s e x p l ic a b le si se tie n e e n c u e n t a q u e P e r s iu s s e g u ía t e s t i m o ­
n i á n d o l e el r e s p e t o d e s ie m p r e . T o d o s los m e s e s le h a c í a u n a visita, y a
m í, c u a n d o m e e n c o n t r a b a en la calle, m e p a r a b a y m e d e c ía , in d e f e c ­
tib lem e n te :
— ¿ C ó m o v a , a m ig u ito ?
Y o t o m a b a a q u e llo d e a m ig u ito al p ie d e la l e t r a .
P o r eso, al v e r l e a h o r a j u n t o a la p u e r t a , s i e m p r e e s c o l t a d o p o r e l
g u a r d i a , le g r ité :
— ¡B uenas tardes, H e r r D o k to r!
El com lisario se p á r a y r e c o r r e c o n o jo s c e ñ u d o s el f río m u r o o b r e ­
r o , sin s a b e r d e d ó n d e v i e n e el s a l u d o . A l fin, c o n s ig o r o m p e r las-
filas a f u e r z a d e c o d a z o s , s a lto al h a z d e luz d e l p a t io , y v u e l v o a e x ­
clam ar:
----¡ H e r r D o k t o r !
P e r s iu s l e v a n t a , ir r i ta d o , la n a r iz , y p r e g u n t a c o n v o z a l tiv a :
— ¿Q u ié n m e lla m a ? ¿ Q u é o curre?
— ¡ H e r D o k t o r ! — c o n t e s t o , y p ie n s o e n a q u e llo s d í a s n o le j a n o »
e n q u e p r a c t i c a b a y a p r e n d í a s u m is o e n el d e s p a c h o d e m i p a d r e . -----
¡Soy y o !
Y m e p l a n t o d e l a n t e d e él, i n c l i n á n d o m e c o r t é s t e m e n t e . P e r o é l
f r u n c e el c e ñ o y m e p r e g u n t a s e c a m e n t e :
— ¿ Q u é h a c e s tú a q u í ?
A m auta 81

S u s ojos, frío s c o m o los d e u n á g u ila d is e c a d a , m e a s e s ta n u n a m i ­

r a d a q u e q u ie re ser t i g r e s c a .
— H e r r D o k t o r — le d ig o t í m i d a m e n t e — , h e v e n i d o a v e r a m i
am ig o A u g u sto K re m m e lb ein .
— ¿ N o te d a v e r g ü e n z a ? — m e g rita , d e j á n d o m e so lo b a j o el r e s ­
p l a n d o r b l a n c o - a z u l a d o d e la l á m p a r a d e g a s .
P o c o s s e g u n d o s d e s p u é s , le v e o lle v a r s e el g u a n t e b l a n c o a su c a ­
r a g risá c e a , c o n t e s t a n d o al s a l u d o d e l g u a r d i a q u e e s tá a la p u e r t a .
Y d e s a p a r e c e p o r la e s c a l e r a .
L o s o b r e r o s sig u e n a p ie firm e, s i l e n c i o s o s . E n las v e n t a n a s se
a p i ñ a n c a r a s in m ó v i le s d e m u je r e s . N a d i e h a b l a . E n la d e l g a d a e s c a ­
l e r a se o y e n c r u jir c l a r a m e n t e los p a s o s d e l g u a r d i a q u e a c o m p a ñ a ai
c o m is a r io .
L o s o b r e r o s se a p e l o t o n a n t o d a v í a m á s . O ig o q u e u n o d ic e : “ V a n
a d eten erle” .
D e t r á s d e las c o r t i n a s d e l c u a r t o d e K r e m m e l b e i n se v e n c r u z a r
s o m b ra s escu e tas. L u e g o , t o d o se q u e d a q u ie to y silencioso, c o m o si
h u b ie s e n a p a g a d o la l u z .
El g u a r d i a d e l p a t i o sigue m e t i e n d o r u id o c o n su s a b l e .
M e d a en las n a r ic e s el p e r f u m e d e las lilas y a r a t o s el h e d o r d e
la c h a r c a .
P o r el p a t i o c r u z á n d o s c u c ú s c o n t o n e á n d o s e y m o r d i e n d o s e n d a s
re b a n a d a s de p an u n ta d o de m an teca .
T r e p o a lo a lto d e u n a p a r e d , d e s d e d o n d e v e o t o d a la c a l l e . L a
g e n t e , a p e l o t o n a d a , g u a r d a ese c o n t i n e n t e s e v e r o y t a c it u r n o d e los
e n t i e r r o s c u a n d o v a n a s a c a r el c a d á v e r d e la c a s a m o r t u o r i a .
T o d o se d e s liz a c o n s u je c ió n a p r e c e p t o s o c u lto s y m is te rio so s, a
u n a e s p e c ie d e rito, y h a s t a la c a r a d e l g u a r d i a tie n e u n a ire s o l e m n e .
L o s o b r e r o s p e r m a n e c e n s i l e n c i o s o s . D ir ía s e q u e t o d o e s te c e r e m o n ia l
les s u b y u g a y e m o c i o n a h a s t a p r i v a r l e s d e l h a b l a . ¿ O es q u e a c a s o n o
e s t á n t o d a v í a h e c h o s i n t e r i o r m e n t e a e s to s m é t o d o s y se s ie n te n u n p o ­
co asustados?
D e p r o n t o , t o d o s se a r r e m o l i n a n h a c ia la p u e r t a . N o se o y e u n a
v o z . S ó lo el d e s liz a r s e sile n c io so d e los c u e r p o s . C o m o c o p o s d e a l g o ­
d ó n c a lie n te e m b u t i d o s en u n a h e r i d a . P e r s iu s a p a r e c e e n lo a lto d e la
e s c a le r a , y se e s f u e r z a p o r c o n s e g u ir a q u e l s e m b l a n t e se v e r o , t a n d e
m o d a en] a q u e l e n t o n c e s e n t r e las g e n t e s d e su linaje. L o s la b io s a p r e t a ­
d o s , los o jo s c e ñ u d o s , la n a r i z l e v e m e n t e a r r e m a n g a d a y la c a b e z a e r ­
g u i d a y r í g i d a . D a n o sé q u é o r d e n al g u a r d i a g o r d o q u e le e s c o lt a y al
q u e c u e l g a d e la n a r iz u n b i g o t e b u e n a z o c o m o u n m a n o j o d e b e r z a s .
El g u a r d i a se e c h a el s a b le b a j o el b r a z o , b a j a a t r o m p i c o n e s las e s c a ­
le ra s y g r ita a las m a s a s sile n c io s a s .
— ¡ D i s o lv e r s e ! ¡ T o d o el m u n d o a su c a s a ! ¡ P a s o !
H e r r D r. P e r s iu s se p a r a a la m i t a d d e la e s c a le r a y se c a lz a p a r s i ­
m o n i o s a m e n t e los f le x ib le s g u a n t e s .
E n el v a n o d e la p u e r t a d e su c a s a a p a r e c e K r e m m e l b e i n , el f o g o ­
n e r o , c o n las m a n o s e s p o s a d a s y e s c o l t a d o p o r d o s g u a r d i a s . E n v e z d e
cu e llo , t r a e p u e s t a u n a b u f a n d a .
— ¡ P a s o — sig u e g r i t a n d o d e s o r a d a m e n t e el g u a r d i a gordo, y
e c h a a t r á s a los o b r e r o s e s g r i m i e n d o el s a b le d e s e n v a i n a d o .
— ¡ D i s o lv e r s e , o h a r é d e s p e j a r la ca lle !
Y P e r s iu s l e v a n t a el b r a z o i z q u ie r d o , c o n a d e m á n d e d a r u n a
o rden.
82 A m e uta

E n e s te m o m e n t o , se l e v a n t a e n la ca lle u n a g r ite r ía a t r o n a d o r a ,
u n c o r o a c o m p a s a d o d e c a r c a j a d a s — ¡Ja , ja . J a ! ¡Ja, ja, j a ! , — u n s o n i­
d o s e c o y c l a r o c o m o si b a t i e s e n h u e s o s .
L a s p i e r n a s d e l g a d a s d e l c o m is a r io h a c e n u n a p i r u e t a c ó m i c a .
J u n t o a él, el p o b r e g u a r d ia , s u d o r o s o , lu c h a c o m o u n le ó n c o n t r a la
p a s i v i d a d b u r l e s c a d e los o b r e r o s . E l s e m b l a n t e d e P e rsiu s h a p e r d i ­
d o la c o m p o s t u r a o b l i g a d a ; tie n e la c a r a r o j a c o m o u n c a n g r e j o c o c i­
d o , y d e s p u é s d e p a s a r d o s v e c e s la le n g u a p o r los la b io s c hilla ;
— ¡ T o d o el q u e h a g a r e s is te n c ia s e r á d e t e n i d o ! ¡ I n m e d i a t a m e n t e !
---- v u e l v e a b r a m a r ; p e r o e n el f u e g o d e su v o z se q u i e b r a n las v o c a ­
les.
L o s o b r e r o s le d a n u n a p i t a d e s c o m u n a l . S o n s ilb id o s e s t r i d e n ­
te s q u e r e s g a n el a ire . C o m o los d e los p ito s d e los á r b i t r o s d e f ú t b o l .
S i l b i d o s c l a r o s y a g u z a d o s c o m o el v i d r i o . L a s m u je r e s , a s o m a d a s a las
v e n t a n a s , s il b a n t a m b i é n , p e r o e n u n a n o t a m á s b a j a . Y los q u e n o s a ­
b e n silb ar, c h illa n , c o m o la v a j illa c u a n d o se h a c e a ñ i c o s .
— ¡ ¡ M a r r a n o !!— c h i lla n — . ¡ ¡ M a r r a n o !!
E l c a s e r ó n e n t e r o g r ita y s ilb a c o m o l o c o . D e u n a v e n t a n a , e n ­
c i m a d e la p u e r t a , d e r r a m a n u n o r i n a l .
— ¡ M i e r d a ! — e x c l a m a el g u a r d i a d e l s a b le g r a n d e , d a n d o u n s a l­
to a t r á s .
— ¡ C u m p l a U d . c o n su d e b e r ! le g r ita el c o m is a rio , z a r a n d e á n d o l e
del brazo .
El g u a rd ia d e s e n v a in a .
S a le el s a r g e n t o , q u e es tá , n a t u r a l m e n t e , b o r r a c h o , e s g r i m i e n d o
el r e v ó l v e r , q u e tie n e d e r e c h o a u s a r c o m o p o r t e r o .
U n o d e los d o s g u a r d i a s q u e e s c o lt a n a K r e m m e l b e i n d e s e n v a i n a
ta m b ié n .
S e f o r m a n e n p l a n d e a t a q u e . P ersiu s, a r e t a g u a r d i a . . .
E x t i e n d e el b r a z o . . .
E n lo a l t o d e la e s c a le r a , K r e m m e l b e i n el f o g o n e r o , c o n las m a ­
n o s a t a d a s , se r íe .
----¡ D e s p e j a r la c a lle ! ---- g r ita P e r s i u s .
U n a te m p es tad de c a rcajad a s.
E n c a r a m a d o e n lo a l to d e la p a r e d , p ie n s o : ¡ A h o r a ! y t i e m b l o d e
em o ció n .
— ¡ E n g u a r d i a ! — g r ita o t r a v e z el c o m i s a r i o .
E l p i q u e t e se d i s p o n e a a t a c a r .
S o b r e v i e n e u n s ilen c io i n q u i e t a n t e .
Y d e l f o n d o d e e s te silen c io se a lza , c o m o la n o t a p r o f u n d a y r o ­
t u n d a d e u n ó r g a n o , u n a v o z e n la q u e n o t i e m b l a n la e x c ita c ió n ni la
có lera:
----¡ C a m a r a d a s , d e j a d la c a lle l i b r e ! . . .
----C á lle s e u s t e d , c h illa el c o m is a r io , v o l v i é n d o s e al f o g o n e r o , y
d a o r d e n a los g u a r d i a s d e q u e a t a q u e n .
P e r o a n t e s d e q u e p u e d a n l l e g a r al e n e m ig o , la p u e r t a q u e d a li­
b r e . L o s o b r e r o s se h a n r e p l e g a d o s i l e n c i o s a m e n t e c o n t r a la p a r e d en
q u e y o e s t o y e n c a r a m a d o . T o d o s los o jo s e s tá n fijos e n K .re m m e lb e in .
E l f o g o n e r o s o n r íe , e n t r e lo s g u a r d ia s .
— ¡ G r a c ia s , c o m p a ñ e r o s !
Y h a c e a d e m á n d e l e v a n t a r las m a n o s e s p o s a d a s , e s b o z a n d o u n
sa lu d o .
P e r s iu s n o p u e d e c o n t e n e r s e d e r a b i a . D a u n a p a t a d a e n el sue-
A m a u ’a 83

lo, se d ir ig e f u rio s o a d o n d e e s tá K r e m m e l b e i n y l e v a n t a n d o la m a n o c o ­
m o si fu e se a p e g a r l e , g r ita :
— ¡ Y a e s tá u s t e d c e r r a n d o el p ic o !
----P o r q u é n o n o s p o n e m o s e n m a r c h a ? — d ic e K r e m m e l b e i n — .
L a c a lle e s tá lib r e . . .
----¡ A n d a n d o ! —- r e p i t e u n o d e los g u a r d i a s q u e e s c o lt a n al f o g o n e ­
ro. Y el o tr o d a la m i s m a o r d e n . — ¡ A n d a n d o ! y se c o l o c a a la iz q u ie r ­
d a del d e te n id o . .
K r e m m e l b e i n b a j a la e s c a le r a c o n p a s o f u e r t e y s e r e n o y es c o m o
si los g u a r d i a s q u e le s ig u e n v iv ie s e n t a m b i é n d e sus p a s o s. D e tr á s , a
u n a d is t a n c ia d e tr e s m e tr o s , a v a n z a P ersiu s, a r e t a g u a r d i a d e l a g e n t é
g o rd o y b ig o tu d o .
E l s a r g e n t o - p o r t e r o , a p o y a d o c o n t r a el m a r c o d e la p u e r t a , c o n ­
t e m p l a n o s t á l g i c a m e n t e el c a ñ ó n d e a c e r o p a v o n a d o d e su r e v ó lv e r .
Y a e s tá el p r e s o en la calle. L o s o b r e r o s v a n i n c o r p o r á n d o s e al
c o r t e j o s i l e n c io s a m e n te . T o d o e s tá q u ie to y só lo se o y e n la s b o t a z a s
d e los g u a r d i a s r e s o n a n d o c o n t r a el p a v i m e n t o .
A p e n a s se h a b r í a n a l e j a d o u n o s d ie z m e t r o s , c u a n d o las m a s a s
r o m p e n a c a n t a r . P r i m e r o fu e u n a v o z sola, m u y jo v e n , t í m i d a y d u lc e ,
p e r o lu e g o , c o m o si t o d o s h u b i e s e n e s t a d o e s p e r a n d o e s ta s e ñ a l se
u n i e r o n a ella, tr a s los p r i m e r o s a c o r d e s , e n u n a a r m o n í a m a r a v illo s a ,
las v o c e s d e t o d o s ; las p r o f u n d a s v o c e s d e b a j o d e los h o m b r e s d e c i n ­
c u e n t a a ñ o s , las v o c e s e l e g ia c a s d e b a r í t o n o d e los d e tr e in ta , y, p o r
ú ltim o , d e s d e las v e n t a n a s d e l c a s e r ó n , la c l a r a v o z d e s o p r a n o d e u n a
m uchacha.
C a n t a n su h i m n o , y lo c a n t a n e n h o n o r d e K r e m m e l b e i n el f o g o ­
nero.
Y, al u n í s o n o d e sus v o ce s, sus c u e r p o s v a n f o r m á n d o s e en c o l u m ­
na. Y a v a n z a n .
A v a n z a n d e t r á s d e l p r e s o y le c u b r e n la r e t a g u a r d i a c o n su c o ­
ral.
O ig o u n m o m e n t o la v o z c h i llo n a d e P ersiu s. P e r o n a d i e la es­
c u c h a ni d is tin g u e . L a a r r o l l a el e s trib illo :
“ ¡ A g r u p é m o n o s t o d o s b a j o la I n t e r n a c i o n a l ! ”
S a lto d e la p a r e d e n q u e e s to y e n c a r a m a d o y c o r r o d e t r á s d e l c o r ­
te jo .
Y v e o sus c a r a s , t r a n s f i g u r a d a s p o r u n a a l e g r í a e x t r a ñ a . Y v e o a
K r e m m e l b e i n , e s p o s a d o , q u e m a r c h a enitre d o s g u a r d i a s a la c a b e z a d e l
c o r t e j o , c o m o si f u e s e él el c a p i t á n y P e r s iu s su p r is io n e ro .
E l c o m is a r io , n e r v io s o , e s t r u j a d o p o r la m a s a , d e l i b e r a c o n el g u a r ­
d i a q u e le e s c o l t a ; p e r o éste, a u n q u e p r e t e n d e r e f o r z a r la f u e r z a a u d i t i ­
v a d e la o r e j a c o n el c u e n c o d e la m a n o , tie n e q u e c o n t e n t a r s e c o n a l­
zarse d e h o m b ro s, d e v o ta m e n te , a c a d a pregunta.
T o d o s a v a n z a n al c o m p á s d e l c á n tic o , q u e rig e h a s t a el p a s o d e
lo s g u a r d ia s , y P ersiu s, q u e n o q u ie r e s o m e t e r el su y o a la m e l o d í a , n o
h a c e m á s q u e d a r tra sp ié s.
D e p r o n t o , lo s o b r e r o s d e l c o r t e j o se c o g e n t o d o s d e l b r a z o , f o r ­
m a n d o cadena. Y así c o g i d o s , c a n t a n :
“ ¡ Q u é i m p o r t a q u e c a i g a el h o m b r e si q u e d a la b a n d e r a ! ”
K r e m m e l b e i n , e s p o s a d o , v u e l v e la c a b e z a y les s o n r íe . Las c a ­
r a s d e los o b r e r o s r e s p l a n d e c e n .

( C o n t i n u a r á e n el p r ó x i m o n ú m e r o )
84 A m au ta

C ie lo y N ácar de la C a rn e
o

A z a r e s d e la b r is a

m a n d ile s b la n c o s y canción d e sangre

c o n q u é a l g o d ó n se fu é tu ú l t i m a e n t r a ñ a ?

e n tus o j o s u n n i ñ o d e n á c a r m e tr a j is te
ta n b la n c o c o m o eres h o y a p e n a s

t u c u e r p o es s o l e d a d l le n o d e la c r a s
tu c u e r p o q u e e r a ti e r n o c o m o u n á n g e l
T U C U E R P O Q U E E S A H O R A E N T R E M IS M A N O S
CO M O UN RO SA L M A N C H A D O DE TUBERCULOS.

II)

L u cé rn u las d e n ieb la
exposición d e lá p id a s d e h u m o
c ó m o c o r r e r p o r la d o r a d a e s tre lla

si s o y n o m á s u n c e r d o e n t r e tu s m a n o s ?
e m p i n o u n o j o p a r a v e r t e el a l m a
p e r o el d i a b l o m e b u r l a a c a d a n u b e
p la to d e oro y te n e d o r d e n ác ar
p a r a o l v i d a r la r o s a n o es b a s t a n t e
v i v í a m é j u g u é t o d o el c a lo r d e l m a r e n la

R U L E T A
T U Q UE ERES TAN P U R A NI UN PETALO DE SOL

(PU E D O ARRANCARTE.

R icardo P eñ a B arrenechea.

M a i s ó n d e S a n té . — 29.
Amauta 85

la F> t t O C E S I O N
i

s o b r e la n u b e m á s g o r d a a la V i r g e n d e l c u m p l e a ñ o s
c o n su m a n t o l a r g o d e c h a c r a s la h a n s a c a d o a d a r u n a v u e l ta

c o n su c o r o n a q u e lo s d e v o t o s se la h ic ie r o n d e l p r i m e r o ro
d e l sol d e la m a ñ a n a
v a c l a v e t e a n d o a las n u b e s

t o d o el p u e b l o , c o n sus c h o z a s , sus á r b o le s , sus a c e q u i a s y sus c e r c o s

se m u e v e a p r e t u j á n d o s e tr a s d e la V i r g e n

las m u j e r e s b a j o sus m a n t o n e s
se a t i z a n c o n c h a l a d e m i s e r ia s el c o r a z ó n
h a s t a q u e el f o g ó n a r d e
y e n t o n c e s los o jo s c h i s p o r r o t e a b a n d e r u e g o s .

v e i n t e c a r a s d e h o m b r e s m a d u r o s d e a m o r a D io s
v a n m a sc u lla n d o rezos c o m o m a s c a n d o m o te

la m jira d a d e la V i r g e n se e n r e d a e n lo s p a t a c a l a s
q u e t a m b i é n v i e n e n a l i m o s n e a r su c u a r tillo d e a m p a r o

II

L a s c e r a s a f r a n j a s n a c io n a le s
b a b e a n
el v e s t i d o b l a n c o , b l a n c o d e fiesta
d e las c a lle s s o l e a d a s .

E L B O M B O D E L O S M U SIC O S H IN C H A L O S C E R R O S D E L CON-
(T O R N O
M IE N T R A S L A S T R O M P E T A S C A C A R E A N SU M U SIC A B IG O -
(T U D A
111

e n la p u e r t a d e l a ig le sia
la s g o l o n d r i n a s t e j e n g u i r n a l d a s d e t r i n o s
y el c u r a d e s a r r u g a n d o u n a p leg aria
eleva
el T R O N C O A V E R I A D O O C T O G E N A R I O D E S U V O Z

lo s r e p i q u e s a l e t e a n e n lo s á r b o l e s . . .

p o r la c u e s t a l o s c o h e t o n e s v a n a b r i é n d o l e h e r i d a s a l cielo
y la a l d e a
SE A B R O C H A E L C R E P U S C U L O C O M O U N E S C A P U L A R IO

Guillermo Mercado
Y anahuara— 1929 .
P a n o r a m a M ó v il
C R O N I C A S
E N E L A T E L IE R D E L P IN T O R
R E V O L U C IO N A R IO F E R N A N D O .
LEAL
p o r T r is t á n M arof
Nos reunim os con frecuencia va­
rios amigos, escritores y artistas en el
"atelier” del pintor Fernando Leal.
Todavía existen y sobreviven esas
challas sabrosas, a pesar de- que el
tiem po dicen que es oro. ¿Pero las pa­
labras jugosas, las frases chispeantes,
los pensamientos, no son también
oro?
Empiezan a llegar los asiduos con­
currente a la plática de las doce. Es­
tán ya todos. No faltan personajes
pintorescos, de esos que no se dan a
cualquiera y transan con un aperitivo;
de esos que llevan caudales valiosos
en el cerebro, inútiles para el negocio,
insuperables para tender puentes en­
garzados de brillantes a la luna, fe ­
lices como un ruiseñor después del
aperitivo. . . Los que hablan, hacen
derroches de ingenio, de fina ironía,
de irisada sutilidad. Y comienza o-
tra vida, diferente de la que se a-
rrastra a los pies como una serpiente,
una vida llena de prismas, donde la
emoción y la armonía tienen su parte.
En cada hombre hay un deseo insa­
tisfecho de superación, que unas ve­
ces se llama arte, gloria, p asión . Los
hombres medianos, equilibrados, m e­
tódicos, es verdad que son pilares de
la sociedad; sin ellos no habría cose­
chas ni comercio, pero las luces no
se prenden a los pies, en lo más alto
b rillan .
En todo sitio del mundo donde he
estado, me ha gustado concurrir a las
charlas de artistas. Prefiero el “ate­
lier” de un pintor al café literario es­
pañol en que la imaginación sucumbe.
Pero es preciso escoger sus amistades.
Estando en México, es natural que se
relacione uno con pintores. En Méxi­
co los hay de todo matiz, desde los a-
cadémicos hasta los revolucionarios.
Pensar en los primeros es pensar en
los kanguros. La Academia es una pa­
labra desacreditada en el diccionario.
Los revolucionarios en cambio están al
alcance de todo el mundo, con la ma­
no tendida al inquieto, al locuaz, al
que quiere comunicar sus pensamien­
tos .
Mientras en el “atelier” de Fer­
nando Leal, unos hablan de proble­
mas sociales, otros se burlan de los
revolucionarios gordos, alguien cuenta
la anécdota del día. Más de una vez
la frase sangrienta y despiadada bro­
ta. Uno de los concurrentes asiduos,
hombrecito pequeño de estatura, pero
sabio, el ocurrente e imprescindible
Mariano Silva, coquetón y humorista,
nos relata escenas de las niñas a-
mericanas que vienen a estudiar a Mé­
xico, atraídas por los cursos de vera­
no.
— Este año, por e je m p lo -d ic e —
todas las “miss” pasan de cuarenta
años para arriba; comprenderán us­
tedes que a este paso el “panamerica­
nismo” pierde su importancia. En
tanto que el “hispano-mariguanismo”
triunfa. . . Llegaron o creo que van a
llegar dos bellísimas poetisas de Sur-
Am érica. . .
— Por supuesto que no se referi­
rá usted a Gabriela Mistral— interrum­
pe un señor de lentes que acusa sua­
vidad en sus m aneras.
— No; me refiero a las “intelec-
tualas”— responde el aludido.
— A las de aquí seguramente no.
Pero es prudente precisar. Yo prefie­
ro la prosa de las mujeres, porque el
verso lo tenemos nosotros. . .
— Algunos, algunos. . . no con­
fundam os.
Alguien sugiere que sería oportu­
na la creación de un departamento
de “crítica oficial”, así como la muni­
cipalidad subvenciona a los charros
Aiiiaut& 87

para que paseen los domingos en el Leal me habla de sus luchas diarias,
Bosque de Chapultepec. de sus grandes proyectos, de sus ambi­
— ¿Entonces el marqués de Gua­ ciones de pintor. No todo es agua de
dalupe, pertenece a algún departamen­ rosas.
to especial?— interrogo yo con gran­ — Conoce usted de sobra, nues­
de ingenuidad. tra revista “30-30“— continua Fernan­
Todo el mundo festeja mi dulce do L ea l.
ingenuidad y se hacen bromas sobre — Si, le replico. Revistas de esta
quien seria el jefe del departamento índole necesita el ambiente m exica­
de “crítica oficial” . Se forman dos no, y no una sino muchas. Revistas
partidos: unos sostienen a Diego Rive­ de combate implacable, fuertes, sin­
ra y otros a Renato Molina Enriquez. ceras, que se enfrenten contra la vie­
Mientras pasa esto, salimos Fer­ ja sociedad, la garrulería y los vicios.
nando Leal y yo a los corredores de México que trasciende a bosque, con
la Escuela de Pintura al aire libre que solidéz de roble, no gusta de blandu­
él dirige ¡ estas escuelas tan pobremen­ ras . . . .
te dotadas y tan fuertes de persona­ — Porque combatimos todo eso,
lidad. Yo tuve ocasión de conocer porque atacamos los reductos secretos
otra, la que dirige el pintor Fermín Re­ de la feminidad, del egocentrismo y de
vueltas! ¡Qué días los que pasamos a- la mediocracia enfatuada, las “inte­
llí! Estas escuelas que han dado fama lectuales” influyeron para que los fres­
a México, donde muchachitos campe­ cos que estaban pintados en los mu­
sinos y obreros pintan afanosam ente ros de Salubridad fueran destruidas.
sus telas! El profesor no da conse­ ¿Obraron rectamente? Yo no sé, pe­
jos, no interrumpe ninguna originali­ ro lo cierto es que alegaron senti­
dad, cuando más una indicación técni­ m ientos m orales. Y vea las fotogra­
ca. De allí que cada alumno in te­ fías de los frescos. ¿Me comprende
gra un arte personal. Y estos mucha­ usted?
chitos pintan todo lo que ven . Al fren­ En efecto, ellas representan es­
te de la escuela que visitó está la es­ cenas altamente humanas: emoción y
tación de Nonoalco; más allá se di­ v id a.
visan locomotoras rugientes y que lle­ — ¿Pero es posible? Casi no pue­
gan, más allá fábricas, más allá ante­ do creer. . . ¡ qué divertido! ¡ el fe ­
nas ordenadas en suave concatenación, minismo en acción!. . . Si usted hubie­
y más allá al fondo un paisaje máscu- ra pintado de otra m anera. . . hom­
lo, gris de nubes y de cerros. El pai­ bres solamente, de seguro que los fres­
saje de México, de este país m isterio­ cos hubieran sido admirados. . .
so y profundamente contradictorio, con Fernando Leal, al lado de Diego
sus volcanes que irrumpen violenta­ Rivera, de Revueltas, de Alba de la
m ente, con sus montañas caprichosas, Canal, ocupa su puesto prestigioso de
con sus volcanes que irrumpen violen­ verdadero artista revolucionario con
tam ente, con sus montañas capricho­ tendencia propia, con suficiente origi­
sas, con sus llanos desérticos e ilimi­ nalidad . Pero sobre todo en la obra
tados. Una cumbre y un llano: He de Leal, es preciso distinguir delica­
aquí México; que conserva su vigor deza de concepción y fuerza emotiva
y su tinte a través de todas las catás­ al mismo tiem po.
tro fes. . . México 1929
— Su país es un vasto panorama—
E L D E S F IL E D E B A N D E R A S
interrumpo y o .
— Sí, de lejos: de cerca un cua­ p o r C . A lb e r t o E s p in o z a B r a v o
dro vivido; más bien una brasa que
parece fría y sin embargo quem a. “Universidad”, Revista potencial
Al salir de la escuela, Fernando mente revolucionaria. Timoneada
88
por Germán Arciniegas. Malgrado la
Ley de “D efensa Social” , en Colombia,
cumple con la consigna de las vigilan­
tes tribunas de Indo-América. En su
número 144, trae el discurso trascen­
dente del Presidente de la Federación
de Estudiantes de Colombia, Diego Luis
Córdoba, como un Mensaje condenato­
rio, como una pulsación de la hora, co­
mo una lamparada de esperanzas y de
fuerza porvenirista. Por la Juventud
habló el Espíritu de Hispano-América,
el 11 de julio, del año imperialista,—
1929.
La fiesta del “Estudiante Colom­
biano” culminó con una m anifestación
continentalista. “El D esfile de Bande­
ras” íu é un éxito rom ánticam ente re­
volucionario; un signo del futuro his­
tórico de Indo-América y un reto ver­
ticalm ente anti-imperialista. Los ca­
bles de Yanquilandia lo silenciaron. La
prensa capitalista rubricó su complici­
dad. Los intelectuales burgueses re­
marcaron su enmarcamiento pasadista
y decadente. Pero, la obra de los
hombres nuevos jamás queda amura­
llada. Las fronteras y las distancias
desaparecen. Captado por los cuadros
vigilantes lo avientan al Mundo; actua­
lizándolo, porque todo lo construido, lo
pasado, se hace presente perenne y fu ­
turo creador; haciéndose carne, espí­
ritu, en la masa. Tal acontece con la
gallarda m anifestación del estudianta­
do colombiano.
Ahondando en su raigambre, se
desentraña su trascendencia y su sig­
nificación. En el proceso revoluciona­
rio de Hispano-América, adquiere esta
m anifestación una animación social,
política. “El D esfile de Banderas” a
pesar de no significar nada más que
el eclosionam iento romántico del alma
de la gen te nueva que se madurece pa­
ra la Revolución Social de este Con­
tinente, debe interesarnos desde todo
punto de vista.
Estos gestos multitudinarios, crea­
dores de optimismo, encendedores de
fé revolucionaria, son la clarinada y
el amarramiento de auroras, de un
Continente que se rehace y se salva.
A m auta
“El D esfile de Banderas” adquiere
cuerpo y alma continentalistas, en ho­
ras de quiebras y desesperanzas, signi­
ficando la muerte del Pasado y el na­
cimiento del Futuro. Por él, el espí­
ritu de Bolívar protesta de tanta clau­
dicación, de tanta inmoralidad de los
hombres responsables de los destinos
de América. Pndiendo v a l o r a r s e
nue el esn’ritu de Bolivar insufla idea­
lismo y rebeldía a las ánimas jóvenes;
y. ñor un proceso maravilloso el espíri­
tu de Lenín, — el Espíritu Nuevo— ,
insufla a estos m ilitantes la beligeran­
cia socialmente romántica de un rea­
lismo constructor. La juventud de es­
tos meridianos tiende a la unicidad
hispano-americana, por Bolívar; y, por
L°nín tiende a la unificación univer­
sal.
“El D esfile de Banderas” significa
la protesta contra el Imperialismo
s a x o a m e r ic a n o , que es “una de las
m anifestaciones de la farsa protéica
bautizada con el nombre flamante de
“Doctrina Monroe”. Y, por ende, la
condena a los culpables y a los cómpli­
ces de la pérdida espiritual, económi­
ca y política de las Democracias de In-
do-América. Adquiriendo por ello una
trascendencia histórica en el Panorama
Mundial. Y, dando la prueba inicial
que los hombres de espíritu socialista
harán de América la UNION FEDE­
RATIVA DE LAS REPUBLICAS
PROLETARIAS Y CAMPESINAS. Es
decir América, Una en el Mundo Po­
lítico, Social, Económico, Cultural.
A esta m anifestación del estudian­
tado colombiano, faltó una mayor be­
ligerancia revolucionaria; declaraciones
terminantes de ' oposición al conserva-
dorismo claudicante y transaccionista y
de adhesión abierta al Socialismo; de­
nunciando la crisis definitiva de las
democracias. Ella debía haber estado
animada por los impulsos del Nuevo
Mito que apasiona a todos los hom­
bres de este Mundo que anhelan con­
quistar el milagro que guarda la Ra­
za. De ahí que sea valorada como una
gallardía romántica, como justificación
de la actitud de nuestro Quijote indo-
A m a u ta
am ericano, Sandino. Sin sustraerle
eso sí su significación anti-imperialis-
ta, antifascista. Las palabras de D ie­
go Córdoba reafirman este concepto:
.— “No siendo, pues, esta m anifesta­
ción, ni siquiera en sus causas más re­
motas y ocasionales, obra de la canci­
llería colombiana, ni procedimiento
.asumido por la gravedad de nuestros
patricios erigidos en junta circunspec­
t a ”.
El símbolo de cada país de Hispa-
no-América, estuvo agitado, en el
•“D esfile de Banderas”, por manos de
estudiantes aguerridos. Pasearon su
prestancia por calles y plazas de Bogo­
tá, ante la estupefacción de los seniles
y arrivistas. El símbolo de España
presidió el D esfile, en las manos de la
mujer nueva de América. Si por razo­
n es sentim entales u otras, España pre­
sidió el acto, por una justificación de
principios revolucionarios y de Epoca,
debía haber presidido el “D e sfile , de
Banderas”, sin excluir a España, la
Bandera de los pobres, de los proleta­
rios del M undo: e l s ím b o lo r o j o . La
Bandera que flam ea en Leningrado y
que flameará mañana en el Mundo, no
debía haber faltado. Con este símbolo
la m anifestación rebasaba su finalidad
y se hacía indo-americanamente socia­
lista. El rojo hubiera reconcentrado
a los proletarios colombianos, cum­
pliendo, por ser el color del Plano so­
cial, de las ruidosas aglomeraciones, al
decir de Oswald Spengler, su fin his­
tórico. Empero, esto se producirá en
el futuro próximo del “D esfile de Ban­
deras”.
“El D esfile de Banderas” significa
una m anifestación anti-imperialista.
Las palabras sinceras del Presidente de
la Federación de Estudiantes lo con­
firm a: — “Hay, sin embargo, tres la­
cras que nos es imprescindible extir­
par, si queremos dar cima al anhelo
común de todo patriota indolatino:
nuestra idiosincracia belicosa, nuestras
dictaduras criollas y el capítulo aparte
del im p e r ia lis m o s a x o a m e r i c a n o ” . Sig­
nificando, por sobre todo, la condena
am plia contra las dictaduras. Este pá­
rrafo del discurso del P. de la F. de
89
E., lo comprueba: — “las dictaduras,
satrapías criollas iba decir, son fre­
cuentem ente causa de reclamaciones
diplomáticas y cuando no lo son, to­
davía dificultan la unión, porque la
confederación iberoamericana ha de te­
ner como primer fundamento la igual­
dad de las repúblicas confederadas y
esa, a base democrática, es meramen­
te utópica mientras haya quienes pre­
suman de haber nacido predestinados
a tiranizar”.
“El D esfile de Banderas”, realiza­
do el 11 de julio, en Bogotá, debe es­
tar considerado en el Calendario de
las grandes m anifestaciones sociales,
políticas de Hispano-América. Debien­
do repercutir en las conciencias libres,
las palabras de Luis Córdoba, como
un Mensaje de la Juventud y del Fu­
turo del Nuevo Mundo que perfila su
Espíritu, su Cultura, por los caminos
trazados por el Socialismo: — “Com­
pañeros indolatinos: permitidme que,
haciéndome el intérprete de vuestros
sentim ientos, declare que este D esfile
sin precedentes continuará siendo el
símbolo de nuestra unión perpétua; y
que desde el Monte Aventino de esta
ciudad hospitalaria, juramos, a fuerza
de descendientes de Bolívar, no cejar
un punto hasta extirpar las dictaduras
que carcomen las repúblicas hispáni­
cas y hasta abatir la insolencia de un
coloso cuyo imperialismo nefando re­
pudiamos, proscribimos y quebranta­
remos”.
MOVIMIENTO SINDICAL
C O N T R A L A D E S O C U P A C IO N
MANIFIESTO DE LA CONFEDERA­
CION SINDICAL LATINO
A.MERICANA
¡ A t o d o s lo s t r a b a j a d o r e s d e l
C o n t in e n t e !
Compañeros:
Un cuadro doloroso y trágico pre­
sentan hoy los hogares de los obrero»
y eampesinos del cantinéate: u n a pia-
90
ga que significa hambre y miseria ha
invadido las filas de nuestra ciase:
LA DESOCUPACION
Desde México hasta la Argentina,
en todo Centro América, en el Caribe
y en la América del Sud se está escu­
chando cada vez más y por doquier el
mismo desesperante y angustioso grito
de las huestes desocupadas:
QUEREMOS PA N Y TRABAJO!
Q u é e s lo q u e p a s a ?
A consecuencia de la racionaliza­
ción y de la grave y creciente crisis
en que se debate el capitalismo mun­
dial, día a día, en la América Latina,
son lanzados a la calle enormes con­
tingentes de obreros, trabajadores agrí­
colas y campesinos pobres que ambu-
lan de fábrica en fábrica, de mina en
mina, y de hacienda en hacienda sin
encontrar trabajo.
Esos hermanos nuestros, los deso­
cupados, se encuentran en la mayor
miseria, desesperados, faltos de pers­
pectivas y, por esto, hasta sucumben
tristem ente en algún recodo del cami­
no, — e incluso en las ciudades,— co­
mo acontece en Colombia, Brasil, Gua­
temala, Costa Rica, en el Sur y Nor­
te argentino, etc., en vez de levantarse
para luchar en defensa de sus derechos
a la vida, al pan y al trabajo!
A cada instante nos llegan infor­
mes fidedignos, cartas de obreros y
campesinos (y lo dice hasta la misma
prensa burguesa) demostrando que la
desocupación va tomando más cuerpo,
que se ahonda por todas partes del
Continente, y que ya varí sumando mi­
llones los proletarios que carecen de
pan, para ellos y sus fam ilias, sus mu­
jeres y sus hijos. En México más de
700.000 trabajadores están desocupa­
dos; en Cuba hay cerca de 300.000;
en Colombia 150.000; en Guatemala
hay 60.000; en Costa Rica hay más
de 40.000; y así por el estilo en Hon­
duras, Panamá, Argentina, Uruguay,
Ecuador, Perú, Chile, Bolivia, Para­
guay, etc., en suma no hay un solo
país de América Latina donde e-te
Amaut®
problema no se presente en forma agu-
da.
L a r a c io n a liz a c ió n c a p it a lis t a , la s m a —
n io b r a s d e l im p e r ia lis m o y la
d e s o c u p a c ió n
Después de la profunda crisis eco­
nómica y política que originó la masa­
cre imperialista europea de 1914-1^
y del período de muy relativa y de
más aparente que real estabilidad que
le siguió, el mundo capitalista entra
nuevamente al período definitivo de
su desmienbramiento y mortal crisis.
Este tercer período de la decadencia
capitalista de Post-Guerra se caracte­
riza, entre otro cúmulo de contradic­
ciones, por un desarrollo de la produc­
ción industrial y agraria — en tant»
el proletariado se muere de hambre—
que sobrepasa el lím i.e de ante gue­
rra, lo que agudiza cada dia más 1*
rivalidad y la concurrencia entre las
potencias imperialistas por la conquis­
ta de los mercados del mundo.
Cómo y a costa de quiénes logran
los capitalistas producir mayor canti­
dad y a precios más baratos que an­
tes?
Lo logran principalmente — entre
otras medidas— con la racionaliza­
ción más bestial introducida en todas
las ramas de la producción y a costa
del esfuerzo exclusivo, de la desocu­
pación y del hambre de las masas tra­
bajadoras.
Esa racionalización, que va intro­
duciéndose en todos los países, en las
fábricas, minas, explotaciones foresta­
les y frutales, el transporte, etc., tien e
por fin obtener para el capitalismo el
mayor rendim ien.o en el trabajo, con
menos obreros y en menos tiempo. Los
capitalistas logran sus propósitos, en
parte perfeccionando sus máquinas jr
los procesos del trabajo pero, funda­
mentalm ente a costa de una mayor y
nunca vista explotación de los traba­
jadores, en mil diferentes formas, ya
sea aumentando directa y prineipalmen
te la intensidad del trabajo para cada
obreic, ya rebajándoles sus salarios
reales, o bien tomando mano de obra
A m u ta
fem enina o infantil, — pagando solo la
mitad de los salarios,— en reemplazo
de los obreros adultos. Luego, lo que
principalm ente persiguen y logran los
capitalistas con la racionalización es
una enorme reducción de obreros en
todas las ramas de la producción, de
donde son arrojados una gran canti­
dad de ellos, dando así lugar al grave
problema de la desocupación.
Por este solo factor, la racionali­
zación, que es el más grave de los de­
más que la originan, se puede afirmar
que la crisis de la desocupación mo­
derna, a diferencia de las anteriores,
es un mal perm anente y crónico, que
se agravará crecientem ente. Los traba­
jadores europeos, por ejemplo, que an­
tes de la guerra tenían condiciones de
vida y de trabajo m ejores que los obre­
ros de los países coloniales, hoy en día
sienten también los efectos terribles
de la miseria y la desocupación. Es tan­
to, que se ven precisados, como aconte­
ce actualm ente con Alemania, Inglate­
rra y otros paises, a tomar por la
fuerza los alm acenes de víveres y a
realizar toda clase de dem ostraciones
de masas, de los desocupados, contra
el régimen burgués, exigiendo una se­
rie de reivindicaciones para mejorar
su situación y demostrando que están
dispuestas, a llevar su lucha hasta el
fin , hasta la instauración de un régi­
men de obreros y campesinos, como el
im plantado en la Rusia proletaria, úni­
co en el cual la desocupación será so­
lucionada de un modo efectivo, real y
definitivo en beneficio de la clase obre­
ra emancipada del yugo capitalista!
¿Por qué las masas proletarias de­
socupadas, crónicam ente desocupadas
y hambrientas (Alem ania con 3.000.
0 00; Inglaterra cerca de 2.000.000;
Estados Unidos más de 4.000.000; Ita­
lia 500.000) de esos viejos y clásicos
paíse capitalistas se levantan con tal
agresividad y toman una dirección re­
volucionaria día a día más firm e y
clara? Porque la podredumbre y las
contradicciones crecientes del capitalis­
mo asi como las perspectivas de nue­
vas y más espantosas guerras imperia­
listas y la seguridad de un mayor em­
91
pobrecimiento de ¡as masas proletarias,
llevan a estas, y principalmente a los
m illones de obreros desocupados, al
convencimiento de que, como lo afir­
mara el gran maestro del proletaria­
do, Marx, “El capitalismo ha llegado
ya a un grado tal de descomposición
y de quiebra que hasta es incapaz de
seguir alimentando a sus propios es­
clavos” y roba a estos hasta su último
pedazo de pan aun sabiendo que con
ello el regimen burgués se cava su pro­
pia fosa.
Pero lo que se constata en todo el
mundo, se observa de un modo muy
particular y hora a hora más grave en
toda la América Latina, según se ha
dicho antes, pues aquí, a la raciona­
lización y a las graves consecuencias
de la crisis mundial capitalista, se
agregan además los fatales resultados
de las inacabables maniobras de los im­
perialistas, que se aprovechan de la
misma situación actual para som eter a
una mayor esclavitud y explotación a
las masas obreras y campesinas, en
complicidad con las burguesías nacio­
nales. Tal es lo que ocurre con las
m últiples maniobras de los imperialis­
tas metropolitanos sobre todo de In­
glaterra y de los Estados Unidos, ora
disminuyendo calculadamente sus com­
pras para agravar las crisis en los dis­
tintos países Latino Americanos — co­
mo ocurre con el café en Brasil y Co­
lombia, con el salitre en Chile, con las
carnes en la Argentina, Uruguay y Pa­
raguay, con las frutas de Centro Amé­
rica, con el petróleo de México y Co­
lombia, con el azúcar en Cuba, etc.,
ora maniobrando con los créditos, pro­
vocando la suspensión de. las obras pú­
blicas, para som eter de más en más a
su arbitrio a todos los países como ocu­
rre en Colombia etc., donde los
imperialistas cuentan con dictadores y
lacayos de toda índole que les hacen
el juego, por treinta dineros, y preten­
den acallar la acción combativa de las
masas.
Tengamos en cuenta todos estos
factores que agravan la situación de
la clase obrera Latino Americana y
tendremos un cuadro de conjunto del
92
grave problema de la desocupación
que diezma a los trabajadores de to ­
dos los países del Continente.
L o s d e s o c u p a d o s y t o d o e l p r o le t a r ia d o
d e b e n e n t r a r e n lu c h a !
En esta situación ¿qué es lo que co­
rresponde hacer?
Ni los desocupados, ni el proleta­
riado todo pueden permanecer indife­
rentes ni pasivos ante el grave proble­
ma que se va extendiendo extraordina­
riam ente por todos los rincones de
América.
Los desocupados, todos los traba­
jadores, todos los sindicatos revolucio­
narios deben lanzarse inmediatamen­
te a la lucha más enérgica en todos
los países de un extremo al otro del
Continente, en defensa de los desocu­
pados, contra las funestas consecuen­
cias de la racionalización capitalista,
contra las criminales maniobras de los
im perialistas extranjeros y sus aliados
los capitalistas nacionales, cuyos resul­
tados son los de provocar y agravar
por todas partes la gangrena, de la
desocupación!
Por eso, la Confederación Sindical
Latino Americana, que congrega en
su seno a las centrales y sindicatos re­
volucionarios de 17 países de América
Latina y que m antiene los más estre­
chos vínculos solidarios con el proleta­
riado revolucionario estadounidense a
través de la Confederación Sindical
U nitaria de los Estados Unidos, ha re­
suelto realizar
UNA GRAN CAMPAÑA CONTINEN-
NEN1TAL CONTRA LA
DESOCUPACION
la que culminará en una gran demos­
tración de combate y de defensa de
las reivindicaciones de los sin trabajo
en el el
D IA CONTINENTAL DEL DESOCU­
PADO EL JU EV ES 20 DE MARZO
DE 1930.
Amauta
L a s p a la b r a s d e c o m b a te d e la
C. S. L. A.
Trabajadores de América!
Tnicípd ránídarnente la campaña
ñor lo s do<=oe’i n a r l o s . de a.CUQVd o COH
la resolución de la C. S. L. A.!
Controlen obreras v Sindicatos: no-
neo= el fronte d= esta eran cruzada
creando v patrocinando en todo= los
rincones de vuestros naíses comitées
de deoocnnadoe. a la par de vuestras
organizaciones!
Oro-anizad de=de ahora mismo, v
eiU d e s c a n s o , n r o f n n d a w o r o t a c i o n e s ; d e
macas, o""an’zad manifestaciones, mí­
tines y demostraciones de toda i n d o ­
le. de desocupados y en solidaridad
con ellos!
Exigid el seguro contra la desocu-
nación. y one lo paguen los gobiernos
y los canitalistas!
Exigid y luchad enérgicamente por
la jornada de 7 horas diarias!
Reivindicad nara los desocunados
el derecho de no nagar los alauileres
v arrendamientos de las viviendas, ni
im puestos, ni deudas ni ningún otro
gravamen one pese sobre ellos!
Exigid la realización inmediata de
obras públicas — para dar trabajo a los
desocupados— que sean de beneficio
directo para las masas obreras y que
sean financiadas a costa exclusiva de
los capitalistas!
OBREROS DESOCUPADOS, TRA­
BAJADORES
Unid vuestras fuerzas!, estrechad
filas junto a las centrales y Sindica­
tos revolucionarios y lanzaos a las ca­
lles a defender vuestros derechos, a
defender el nrograma de reivindica­
ciones lanzado por la Confederación
Sindical Latino Americana para esta
campaña continental y luchad perma­
nentem ente contra la explotación ca­
pitalista, contra el imperialismo, con­
tra los gobiernos burgueses y contra
las burguesías nacionales que son los
causantes y responsables de la desocvi-
pación y de toda la situación de mise-
Amauta
L o s o b r e r o s d e G a s t o n ia c o n d e
ría en que vive nuestra clase!
Abajo los explotadores de la clase
obrera!
Luchemos contra la desocupación!
Viva la jornada de 7 horas, viva el
seguro para los desocupados!
Muerte al capitalismo, gestor de las
guerras, la desocupación y la m iseria!
Abajo las maniobras de los impe­
rialistas extranjeros!
Viva la Rusia obrera y campesina,
patria del proletariado m undial!
Viva la emancipación del proleta­
riado continental!
Viva la futura Federación de repú­
blicas obreras y cam pesinas de Am éri­
ca L atin a!
Viva la Confederación Sindical La­
tino Americana!
EL COMITE EJECUTIVO DE LA
C. S. L. A.
Montevideo, enero 2 de 1930.
93
n a d o s p o r la j u s t ic i a c a p i t a li s t a
D O C U M E N T O S
A L O S O B R E R O S Y C A M P E S IN O S
D E P A R A G U A Y Y B O L IV IA
Del m anifiesto dirigido al proleta­
riado de Paraguay y Bolivia por el Se­
cretariado Sud Americano de la I. C.
trascribimos los párrafos principales:
Compañeros:
El conflicto entre Bolivia y Para­
guay, azuzado y dirigido por los impe­
rialistas por intermedio de sus agen­
tes, los de la Paz y de Asunción, vuel­
ve a agravarse y una vez más se cier­
ne sobre las masas laboriosas de am­
bos países la amenaza de la guerra.
La incidencia sangrienta ocurrida en­
tre los fortines Boquerón e Isla Poy
tiende a ahondar más todavía las di-
94
ferencias entre Bolivia y Paraguay, y
haciendo a cada uno de estos paises
más permeables al dominio imperia­
lista. ¡Los gobiernos que os oprimen,
instrumentos impúdicos de los impe­
rialismos británico y norteamericano,
desatan nuevamente la ola chauvinis­
ta y a tal efecto desatan contra voso­
tros la reacción más feroz, restándo­
os hasta los magros derechos que es­
casamente podíais ejercer! Las masas
laboristas de Bolivia no son enemigas
de las masas laboriosas del Paraguay,
y viceversa: sufren la misma explota­
ción imperialista, sufren la misma ex­
plotación gubernamental, y tienen, en
cambio, el mismo y único interés fun­
damental: el derrocamiento de sus o-
presores. ¡ Manifestad contra el chau­
vinismo, contra vuestros gobiernos,
contra la guerra; organizaos contra
vuestros verdugos y preparaos para la
única guerra realm ente vuestra: la
guerra civil, con vistas al gobierno
obrero y cam pesino!
Compañeros:
La burguesía y los imperialistas
quisieron “resolver” las incidencias
m ediante convenciones “pacifistas”,
que habrían de asegurar, según decían,
el desarrollo armonioso y tranquilo de
las relaciones internacionales. Esa
farsa se revela y se denuncia hoy con
toda claridad: pese al arbitraje “paci­
fista ”, el choque entre los fortines Bo­
querón e Isla Poy muestra que no es
ese el camino que ofrezca realmente
garantías. En el régimen capitalista,
bajo el yugo del imperialismo, la paz
no es posible, y toda declamación paci­
fista cobra, entonces, el significado de
una tentativa de ocultar a las gran­
des masas la realidad de que la g u e ­
r r a e s u n h e c h o i n e v i t a b l e m ie n t r a s
s u b s is t a la p r e s e n t e o r g a n iz a c ió n so-
c ia l. Para las masas laboriosas solo
hay un camino: luchar contra las g u e­
rras de sus gobiernos mediante la gue­
rra civil contra sus burguesías. Vos­
otros, obreros y campesinos de Bolivia
y Paraguay, debeis reclamar enérgica­
mente vuestros derechos, luchando por
A m au ta
la tierra a los campesinos, contra la
reacción, contra el gobierno de Siles
y contra el de Guggiari, contra los im­
perialismos inglés y yanqui, por el go­
bierno obrero y campesino!
C A R T E L
L A R E A C C I O N E N M E X IC O
“AMAUTA” , que desde las prime­
ras m anifestaciones del “thermidor
mexicano”, testim onió su solidaridad
a los revolucionarios aztecas, se une
hoy a la protesta continental por las
violencias del régimen Portes Gil-Or-
tíz Rubio contra el partido de clase
del proletariado mexicano y la C. S.
U. M. que coinciden con la adhesión
de este gobierno a la ofensiva anti­
soviética del imperialismo.
M A R G I N A L I A
NUEVOS A P O R T E S C IE N T IF IC O S
A L M O N IS M O N E U T R O
( A p r o p ó s it o d e l p r e m io N o b e l d e f í s i c a
a L u is d e B r o g li e )
P or H u go P esce
La obra de Louis de Broglie, que
obtuvo últimamente el premio Nobel
de física, además de ofrecer la expli­
cación lógica de algunos fenómenos fí­
sicos, tiene el mérito de contribuir a
aproximar la solución de fuertes con­
tradicciones de orden filosófico que pa­
recen existir en la ciencia actual.
La teoría de la r e ’a t iv id a d general,
al ofrecernos un esquema posible del
universo, en el orden “estructural”,
parece tender, en su aspecto “intrínse­
co”, a una afirmación marcada de c o n ­
t in u id a d , como también lo confirma el
carácter del método de las ecuaciones
diferenciales empleado por la misma
teoría relativista. Esta, que se asien­
ta sobre bases físicas muy firmes, sa­
tisface, además — como tienen especial
cuidado de evidenciar, entre sus culto­
res, Max Born y Eddington— a las ne-
A m a u ta
cesidades de un sistema deductivo ló­
gico.
Por otro lado, la teoría de los
g u a n t a , en su formulación matemática
corriente, a la que no es dado adaptar
«1 sistema de ecuaciones diferenciales,
implica el carácter d is c o n t in u o del uni­
verso. La teoría clásica de los “quan­
ta ”, m etafísicam ente aislada respecto
al orgánico y armónico conjunto rela­
tivista, presenta, respecto a este últi­
mo, contradicciones form ales serias.
Estas consideraciones movieron a
algunos filósofos hacia intentos espe­
culativos de conciliación, apareciendo
como uno de los más logrados el de
Bertrand RUSSELL (defensor de la
"‘continuidad del mundo físico con el
mudo de nuestras percepciones” ) quien
.define “una unidad material simple”
diciendo que es una “línea causal” y
sugiere que “el mundo consiste en
acontecim ientos fijos acompañados de
ritm os”.
Los físicos, por otro lado, tuvieron
.que tener en cuenta algunas dificulta­
des ofrecidas por la teoría de los
■“ quanta”. Entre estas: la imposibili­
dad de explicar de acuerdo con aquella
lo s fenóm enos de interferencia y di­
fracción, así como de encontrar las le­
yes que rigen los momentos de los
‘‘‘saltos” electrónicos o de las explosio­
n es de los átomos radioactivos. La ne­
cesidad de una renováción profunda se
imponía, además, en atención a los im­
portantes servicios que la teoría cuán­
tica presta a la física con la explica­
ción de los fenóm enos espectrales de
la s radiaciones, de la ionización de ga­
se s irradiados, del efecto fotoeléctri­
co, recibiendo confirmación por la
comprobación del efecto Compton y
«otras.
Con este objeto HEISEMBERG, en­
tre los primeros (1 9 2 5 ), elaboró una
t e o r í a d e lo s q u a n t a m e c á n ic o s , cons­
truyendo un álgebra de m atrices para
•traducirla m atemáticamente. Al su-
.primir la distinción entre movimien­
to s cuantizados y no cuantizados y en­
contrar “una ecuación fundamental
■wálida para todos los m ovimientos po­
95
sibles”, viene a quitar a los átomos y
electrones de Bohr el “grado de rea­
lidad inmediata de los objetos sensi­
bles” colocándolos en el plano de esa
determinada “especie de realidad que
se atribuya a los quanta de luz” .
BORN, JORDAN y DIRAC cola­
boraron (1925) en la. teoría de los
cuanta mecánicos.
Hacia la misma finalidad de so­
lucionar los conflictos a que ha llega­
do la teoría de los quanta, se mueve
la especulación de Louis DE BRO­
GLIE, quien esbozó la hipótesis su­
gestiva de que, análogamente a la
coexistencia, en las radiaciones, de
“quanta de luz” finitos y contiguos, y
de o n d a s continuas, existieran, en la
materia, al lado de los electrones fi­
nitos y cuantizados, fenómenos o n d u ­
la t o r io s e le c t r ó n ic o s . Esta hipótesis
que apareció como sumamente arries­
gada, llamó, sinembargo, la atención
de Einstein quien hizo referencia a
ella en una comunicación a la Acade­
mia de Ciencias de B erlín . De Bro­
glie desarrolló su hipótesis en 1925,
siendo seguido por Schoedinger y o-
tros. En 1926 la completa, formulan­
do una t e o r ía o n d u la t o r ia d e la m a t e ­
r ia , en la cual “el punto material es
concebido como una singularidad en
una onda” . En 1927 se producen las
confirmaciones experimentales de Da­
visson y Germer, pronto seguidas por
otras, demostrando el valor positivo
de la hipótesis g en ia l.
Creo oportuno, a este punto, se­
ñalar la opinión de Bertrand Russell,
quien evidencia lá marcada analogía
entre la teoría de Heisemberg y la
de De Broglie, subrayando, entre o-
tras cosas, el hecho de que, también
en ésta “las radiaciones que nosotros
creemos proceder del átomo tienen
más realidad física que el mismo áto­
mo” .
El mismo Russell, además, señala
la teoría de los “electrones giromag-
nétieos’ de KING (1 9 2 6 ), la que per­
mitiría deducir lo válido de la teoría
.de los quanta de leyes fundam entales y
procesos “que son c o n t in u o s e implican
96
la no-atomicidad de acción” .
Es natural que la lograda evolu­
ción de hipótesis del tipo De Broglie ha­
ya sido seguida con profundo interés
por los investigadores relativistas,
quienes tienen que ver con agrado des­
aparecer en gran parte las dificulta­
des existentes para armonizar la ex­
plicación de algunos fenóm enos on­
dulatorios con la que da, para fenó­
menos análogos luminosos, la teoría de
los “quanta de luz” . El principio de
Planck, que vino a formar parte inte­
grante de la teoría de la relatividad,
no podía dejar de constituir una preo­
cupación constante (por los motivos
que arriba he apuntado) para los filoso
fos de la relatividad. Hoy día el con­
traste formal entre el sistema relati­
vista y una de las hipótesis por el uti­
lizadas, parece tender a desaparecer.
* nos puntos de vista, no son infranquea­
* *
Los aportes científicos señalados
en las líneas anteriores, que lograron
una renovación de la teoría de los
quanta armonizándola con la teoría
relativista, tienen un alcance filosófi­
co importante en cuanto vienen a re­
forzar sustantivamente la posición del
m o n is m o n e u t r o .
Para quien concibe al universo y
al mundo biológico (del que los fenó­
m enos sociales no son sino un caso par­
ticular) como un conjunto regido por
leyes fundam entales que son las mis­
mas en todos sus planos, resulta de
particular interés constatar la tenden­
cia actual impuesta a la ciencia por
el desarrollo de nuestros conocimien­
to s. Esta tendencia se mueve, cada día
más claramente, dentro de un monis­
mo neutro, destruyendo el sentido de
disyunción entre las expresiones de
“m ente” (o idea) y “materia” en su
antigua acepción..
La evolución cíclica (integrativa
y desintegrativa) del universo cósmi­
co, las transformaciones íntimas de la
“ substancia” objeto de la físico-quími­
ca, el sentido de los procesos biológi­
cos, confirman cada día más la rever­
sibilidad completa de los dos mundos
A m auta
que se consideraba como separados y
opuestos.
Ya A ristóteles planteó la cues­
tión de esta evolución continua rever­
sible, al delinear el proceso de ilimita­
da información de la “materia prima”
por la “forma substancial” (esencial)*
y por las formas “accidentales” . La-
m ateria prima al recibir la primera de­
terminación se actualiza dando lugar
a la “materia substancial” . Las suce­
sivas informaciones “accidentales” ha­
cen perder progresivamente a la ma­
teria su carácter potencial para reves­
tirla del máximum de actualización lle­
gando al plano de la existencia deter­
minada . Esta cadena ilimitada y per­
fectam ente reversible representa con
analogía marcada la de los fenóme­
nos referentes a la energía y a la ma­
teria, cuyos límites, según los moder­
bles y son definibles tan solo para un
momento dado.
Weyl nos muestra hoy día, sóbre­
la base de las teorías einstenianas, has­
ta qué punto los escolásticos violenta­
ron el sentido originario de la teoría
hile-mórfica mostrando dualidad don­
de no había sino unidad. Todo supues­
to de una substancia caracterizable-
cualitativam ente, así como “toda teo­
ría del fluido que quiera mantener el
lleno continuo del espacio, dice Weyl,
se convierte, en última instancia, en
una teoría del campo” .
El “campo” gravi-electrom agné-
tico de Einstein (en su forma de cam­
po “afin ” dada por Eddington, o en
su forma de estado homogéneo dada
por el hiperboloide de De Sitter, que
parece concordar con las concepciones
de W eyl) es tal que comprende todos
los fenóm enos. Materia no es, para^
Einstein, sino todo aquel acontecimien­
to comprendido dentro de ciertos lím i­
tes del campo, en el interior de los cua­
les rigen leyes distintas (pero afines)
respecto a las que rigen en el restante-
campo . “La matria no es sino una fun­
ción del campo” (W eyl) . Materia y
energía están situados en aquel, por­
decirlo así, con “igual derecho” .
La prevalencia cada día más*
A m a uta
marcada de un monismo neutro, como
interpretación filosófica del mundo
exigida por la ciencia actual, viene a
destruir la antigua acepción, inacep­
table para el marxismo, de la palabra
“m etafísica” . Esta ya no viene a ocu­
parse de “algo más allá de la física”
sino que especula sobre la “síntesis”
(en sentido hegeliano) de dos estados
de equilibrio, la “m ateria” y la “men­
te ”, cuya contradicción es de tomar­
se en un sentido puramente dialéctico.
Es importante señalar las confir­
maciones que la ciencia actual está
dando al monismo neutro dentro de cu­
yas concepciones, creo, puede mover­
se el materialismo histórico marxista,
pudiendo rechazar, quizás, los servi­
cios de un monismo materialista de
compromiso, como ya rechazó los del
materialismo filosófico puro e inge­
nuo .
M E M O R A N D U M
S O B R E U N T O P IC O S U P E R A D O
Hemos recibido una extensa carta
del nuevo Secretario General de la Sec­
ción del A^pra en París, Luis E.
Heysen, que pretende rectificar la co­
municación publicada en el N" 25 de
“AMAUTA” sobre la disolución de ese
grupo y del anexo centro de es­
tudios anti-imperialistas y la ad­
hesión de la mayoría que votó este
acuerdo al plan del Partido Socialista
del Perú. La inserción de esta carta
en “ L a S i e r r a ” , a cuya redacción ha
sido sin duda enviada al mismo
tiempo q’ a nosotros, podría relevarnos
de la obligación de publicarla. Pero
preferim os concederle la acogida que
solicita en las páginas de “AMAUTA”
para su más amplia divulgación entre
nuestros lectores.
La extensión del escrito nos impi­
de, sin embargo, realizar en este nú­
mero una inserción que ha perdido su
urgencia. No tenem os inconveniente
en registrar la noticia de la reconsti­
tución de una célula “aprista” en P a­
97
rís. Pero nos parece excesivo e im­
prudente, por decir lo menos, presen­
tar como una “depuración”, el aban­
dono del A. P. R. A. y sus quimeras
por los miembros más solventes inte­
lectual y doctrinariamente de ese gru­
po. Insistiendo en un reclame desacre­
ditado, y respecto al cual todos saben
a qué atenerse, Heysen trata de defi­
nir el A. P. R. A. calificándola de
“partido de frente único, nacional-lati­
noamericano, antiimperialista”. Y la
verdad demasiado noioria es que el A.
P. R. A. no pasó nunca de ser un plan,
un proyecto, una idea, por cuya orga­
nización, que jamás llegó a ser efecti­
va como “alianza” o “frente único”,
trabajaban infructuosamente, algunos
grupos de estudiantes peruanos. El 2“
Congreso Antiperialista Mundial la ha
descartado, en términos definitivos,
después de un extricto examen de los
hechos. Es extemporáneo, por tanto,
todo intento de especular sobre la cre­
dulidad latino-americana con membre­
tes más o menos pomposos.
D I S C O S
N O V E D A D E S O R T O F O N IC A S
L ’o is e a u d e f e u . — S tr a w in s k y . —
C o lu m b ia . — (Sello azul).
No es Strawinsky en “l’Oiseau de
feu ” — poema .coreográfico que pusie­
ra en escena Diaghilew— el construc­
tor de edificios sonoros, sino el he­
chicero que hace estallar la materia
musical en arabescos resplandecientes,
en dibujos luminosos.
Se recibe absolutamente al oír la
partitura del “Pájaro de fuego” la im­
presión de un sonido que ardiera, de
una música que flotara — hecha Lla­
ma— en el espacio.
Strawinsky — como lo hizo para
“Petrouchka”— se ha puesto frente a
la orquesta y es una maravilla de pre­
cisión, de limpidez, de fuerza expresi­
va en esta edición hecha por Colum­
b ia .
98
S o n a t a e n la . ---- C é s a r F r a n k . ----
P o ly d o r . — (Sello azul).
Tiempo era de que llegara a Lima
la edición grabada por P o ly d o r de la
“ Sonata en la”, para violin y piano,
de César Franck. Porque esta obra
por su belleza, por su majestad — tan
desprovista de elocuencia— , por su
sentido de religiosidad y a la vez, de
humanidad es de aquellas páginas que
deben escucharse y saborearse a m e­
nudo. — Al contacto de esas frases
u nd osas como plegarias y humildes
como lam entos, de esas modulaciones
cuya suavidad llega a lo angélico y
de esa melodía tan noble, tan grandio­
sa y tan sencilla el espíritu se siente
m enos atado a la materia; más cerca
de Dios. — La edición de P o ly d o r — a
pesar de algunas pequeñas fallas en
la grabación— es muy interesante y los
intérpretes— Stin-ichi, Suanki, violinis­
ta y Manfred Gurlitt, pianista— se
desempeñan con toda corrección. Eso
sí hay un error gravísimo, que es pre­
ciso señalar; en la etiqueta o inscrip­
ción dice: “Sonata en Si m ayor”, en
lugar de “ Sonata en La”.
M. W .
N E C R O L O G I A
D r. H E R M 1 L IO V A L D IZ A N
El doctor Hermilio Valdizán ganó
legítim am ente, sin impaciencias ni tru­
cos, el respeto de sus m ayores, de sus
coetáneos y de los jóvenes. Era un
hombre de ciencia, de profunda voca­
ción, que continuaba en nuestra U ni­
versidad la tradición de Unánue y J.
Casimiro Ulloa. Pero era, sobre to­
do, un maestro de generosa y sencilla
humanidad, que desempeñaba sus ta­
reas científicas con contagiosa simpa­
tía. Nada le era más extraño que el
tipo frío y abstractista de investigador
de gabinete. Como conviene a la fu n ­
ción docente en un medio de escaso en­
trenam iento para la especulación, Val­
dizán sabía hacer gratos y atractivos
los caminos del estudio y del conoci­
m iento. En él la ciencia se humaniza­
A m auta
ba, aceptando las más m odestas fatigas
cotidianas. Valdizán tuvo que emplear
su energia en esa opaca labor de orga­
nizador y experim entador que es, en
un país incipiente, aun no desbastado,
el destino y la servidumbre del hom­
bre de ciencia. Su com petencia esta­
ba al servicio de la enseñanza médica,
de la asistencia psiquiátrica, de la me­
dicina legal, de la historiografía cien­
tífica nacional. Su tiempo y su capa­
cidad se aplicaban indispensablemente
a trabajos prácticos, urgentes, m últi­
ples. No era, ni como profesional, ca­
tedrático ni publicista, el tipo del uni­
versitario. Procedía del periodismo
que acaso fu é para él un ejercicio de
comprensión de los hombres y las co­
sas. A esta experiencia de sus años
de estudiante, debió probablemente,
con su risueño y tolerante relativismo,
su compasión por el dolor de los hom­
bres, su sentido ágil y pragmático de
la faena científica. Su obra de publi­
cista se clasifica, ante todo, como una
obra útil. Valdizán no supo ni quiso
nunca brillar. Su inconcluso “D iccio­
nario Médico Peruano” , su “Medicina
Popular”, etc., son la paciente y efi­
caz producción de un trabajador ala­
cre, infatigable, modesto, que dedicó a
las tareas difíciles de la ciencia nacio­
nal sus m ejores aptitudes, renunciando
a empresas más personales y egoístas.
Absorvido por este trabajo, no se in­
teresó por lo ideológico ni lo político.
Contemplaba con escepticismo algo
m elancólico, pero sin hostilidad, más
bien con indulgencia, los afanes icono­
clastas o teorizantes de la nueva g e­
neración. Pero no hay que juzgarlo,
puesto que nunca arriesgó nada en el
juego partidista y acertadamente se
salvó de ser diputado, por sus prejui­
cios. Su obra de profesor, de psiquiá-
tra, de publicista, ■ — positiva y valio­
sa— inscribe definitivam ente su nom­
bre en la historia de la ciencia nacional
y en el reconocim iento de las genera­
ciones que lo apreciaron. En la U ni­
versidad, se contó siempre en primera
línea entre los pocos m aestros que cum
píen con responsabilidad, amor y ta­
lento los deberes de la docencia.
 Libros y R e v is ta s
CRONICA DE
í. P . P a v lo v , j “ L o s r e f l e j o s c o n d i ­
c io n a d o s ” . P r ó lo g o
G r e g o r io M a r a ñ ó n .
r a t a , e d it o r . M a d r id .
Dice con razón Radovici, en su
estudio robra el I n f l j j o n e r v io s o , que
“ en el estado actual de nuestros co­
nocim ientos, la fisiología elemental
nerviosa constituye uno de los capí­
tulos de los que la ciencia médica pue­
de enorgullecerse más” .
No sólo se han producido, en este
dominio, las hipótesis más fecundas,
entre ellas ninguna más feliz que la de
la neurona, a la que tan estrechamen­
te ligada se encuentra el nombre de
Cajal, sino que también existe
gran cantidad de m ateriales acumu­
lados en estos últimos años, que en
algunos aspectos solo cabe una labor
de sistem atización y de síntesis.
Pocos estudios más preciosos a es­
te respecto y ninguno quizás llamado
a más grandes y fecundas proyeccio­
nes en el porvenir, que el de los re­
flejos nerviosos. Si como dice Min­
kowski, el reflejo no constituye sino
el elem ento más aparente de cada
una de las reacciones, integrales o no,
del organismo, se comprende qué an­
cho márgen está reservado en el co­
nocim iento de la biología humana, a
la fisiología de los reflejo s. Varios
ilustres nombres sería preciso recor­
dar a propósito de la dilucidación de
esta categoría de fenóm enos.
baste, por el momento ,el de dos sa­
bios rusos que han dedicado en estos
últim os años la mejor parte de su ge­
nio investigador al conocimiento de la
naturaleza y modo de acción íntimo
de los reflejos nerviosos: Pavlov, cu­
yos trabajos de experim entación ani­
mal constituyen un m onumento de pe­
netración analítica y de paciente in­
vestigación y Bechterew, que ha he­
cho estudios sem ejantes, pero aplica­
dos sobre todo a la clínica humana.
Puede decirse que ha sido la escuela
LIBROS rusa la que ha creado este nuevo e
interesantísimo capítulo de la ciencia
que se llama la R eflexología.
El porvenir parece reservar a es­
d el P r o f.
te estudio el descubrimiento del secre­
J a v ie r M o-
to de la vida consciente. Lo que cons-
tituye, hasta ahora, el misterio ante el
cual se ha detenido la inteligencia de
los hombres y cuya ignorancia, ex­
plotada por un idealismo infecundo,
la ciencia, parece que será en un fu ­
turo cercano la más grande conquis­
ta del materialismo moderno. Ha si­
do Bechterew el que indudablemente
ha ido más lejos a este respecto. Re­
lacionando los fenóm enos de concien­
cia al mecanismo de los reflejos ce­
rebrales, ha abierto así un ancho sen­
dero capaz de conducir a los hombres
tan de ciencia a la resolución del gran
enigma de la verdadera naturaleza del
fenóm eno síquico.
Acaso sería así la reflexología el
gran puente tendido entre las dos par­
tes integrantes del organismo huma­
no: el soma y la siquis. La ciencia deí
espíritu se enlazaría a la fisiología
del sistema nervioso, cerrando así el
paréntesis todavía abierto en el mo­
nismo m aterialista. Si la sicología de
las profundidades, la sicoanálisis,
constituye la vía regia paca el conoci­
miento del alma, es indudable que se­
rá incompleta mientras no se establez­
ca esa relación . El mism , Freud es­
cribe: “El edificio teórico del sicoa
nálisis. . . no es en realidad sino una
superestructura que debemos asentar
Pero sobre su base orgánica” (Introduc­
ción al Sicoanálisis). Es más que
probable, y esta es la opinion de A .
Marie, cuando trata de las relaciones
del sicoanálisis con la sicología obje­
tiva y la reflexología, que esta últi­
ma constituya en el futuro el firm e
cimiento de la más hermosa arquitectu­
ra científica que los hombres haya»
podido construir.
Ahora bien, el jalón inicial en es­
ta hermosa vía ha sido indudablemen­
te colocado, de modo firm e, por Pav­
lov, quien desde comienzos de este si-
 100
glo lleva a cabo una pacientísima in­
vestigación que se inaugura, casi de
un modo imprevisto— como ocurre
con frecuencia con los grandes des­
cubrimientos científicos— con motivo
de su detenido estudio que realizaba
sobre la función digestiva. Desde en­
tonces comienza en sus laboratorios,
con la colaboración de una pléyade
de inteligentes colaboradores, el aná­
lisis ingenioso y llevado en admirable
dirección, de lo que el sabio moscovi­
ta llama los r e f l e j o s c o n d ic io n a d o s .
Fué un filósofo el que hace tre­
cientos años definió de modo bastan­
te preciso al concepto de este fenó­
meno nervioso fundam ental: el r e f l e ­
j o . Descartes llegó a esta noción por
la observación del hecho de que cuan­
do se aproxima rápidamente un obje­
to al ojo, se realiza un movimiento de
los párpados, involuntariam ente e im­
posible de reprimir. Desde entonces
los fisiólogos han aprovechado esta
idea para el estudio de las secciones
inferiores del sistema nervioso, pri­
mero, y de las más elevadas, después.
Varios investigadores han prece­
dido a Pavlov en la aplicación del es­
tudio de los reflejos al de la fun­
ción cerebral. Pero ha sido él quien
ha establecido de una manera peren­
toria que la organización del siste­
ma nervioso central y especialmente
de la corteza cerebral responde a ex­
citaciones y complejos de excitacio­
nes de todo orden que se constituyen
y organizan para disolverse después,
relacionándose intimam ente a la vida
instintiva. Tales reflejos se constru­
yen solo merced a la conexión de un
excitante elem ental definido y uno
condicional indeterminado. De allí el
nombre de reflejos condicionados que
Pavlov les ha dado. Esto les distin­
gue del carácter de los r e f l e j o s a b s o ­
l u t o s , que son innatos y responden a
ciertos estím ulos externos definidos.
Bechterew llama a los primeros r e f l e -
j o js a s o c ia tiv o s .
El concepto de estos reflejos su­
pone, desde luego, la form ación de
nuevas e inéditas vías nerviosas y de
nuevas conexiones en los hem isferios
A m auta
cerebrales. Pero ello no es de extra­
ñar, si se tiene en cuenta la función
especial del sistema nervioso de asegu­
rar una relación íntima entre el ser y
el medio am biente. Esto se pone de
m anifiesto, de un modo evidente, en
diversos hechos que ocurren en la vida
post-natal del hombre y que llama­
mos hábitos, educación, e tc ., que no
vienen a ser sino el resultado de nue­
vas conexiones nerviosas.
Para que el reflejo condicionado
pueda establecerse, es necesario que
el estímulo condicional, la s e ñ a l que
llama Pavlov, se sobreponga a la ac­
ción del estímulo absoluto. Así, por
ejemplo, si a continuación del sonido
de un metrónomo se presenta el ali­
mento a un perro y esta operación se
repite muchas veces, posteriormente el
sonido adquiere las propiedades del
estímulo absoluto, es decir, en este,
caso del alimento, provocando las mis­
mas acciones reflejas de éste (segre­
gación de saliva, etc). Pero también
es preciso que la acción del estímulo
condicionado preceda un poco o coin­
cida con el estímulo absoluto y ade­
más que posea un mínimo de intensi­
dad, para que pueda adquirir propie­
dades condicionadas.
La primera interesante conclu­
sión que Pavlov deduce de esta ma­
nera de estudiar los reflejos no abso­
lutos, es que la “alta actividad ner­
viosa de los hem isferios, está rígida­
mente determinada” . Determinismo
ya establecido y que predomina como
doctrina fecunda dentro de la ciencia
biológica, pero que recibe con este
hecho un apoyo considerable.
Pero los reflejos condicionados
pueden también establecerse por la
simple interrupción de un excitante
dado o por su disminución o aún toda­
vía por su simple repetición cíclica .
Todas estas variaciones serían refleja­
das en la corteza cerebral por cambios
definidos en la célula nerviosa. De es­
te modo las diversas fluctuaciones in­
dividuales del medio externo e interno,
adquirían carácter de reflejos condi­
cionados .
Sin embargo, los reflejos condi-
A m a u ta
cionados no tienen una vida indefini­
da, sino solo en el caso de que se a-
compañen siempre del estímulo abso­
luto . En el caso contrario se extin­
guen. Pero más que desaparecer su­
fren más bien una i n h i b i c i ó n . Y las
fuentes de la inhibición nerviosas pue­
den ser muy numerosas, pudiendo en
todo caso distinguirse la inhibición ex­
terna y la inhibición interna. La pri­
mera se origina en partes del cere­
bro distintas de aquellas en que el re­
flejo de respuesta es iniciado. La se­
gunda se verifica por el estímulo con­
dicionado mismo que adquiere, bajo
ciertas condiciones, propiedades inhi­
bitorias.
Un reflejo condicionado que en su
origen ha sido provocado por un estí­
mulo dado puede más luego serlo por
otro estimulo semejante o próximo a
este. Así, por ejemplo, una serie de
sonidos de un número de vibraciones
sem ejantes, la excitación de determi­
nadas regiones de la piel, vecinas unas
de otras, pueden tener propiedades
condicionadas para un mismo reflejo.
Esto es lo que constituye la g e n e r a l i ­
z a c ió n de los estímulos. Pero ocurre
también que por una repetición inde­
finida del reflejo condicionado, refor­
zado constantem ente por el estímulo
absoluto, se llega a una fina diferen­
ciación de los estím ulos hasta lím ites
insospechados, por lo menos en el hom­
bre . Estos dos fenóm enos caracteri­
zan la capacidad analizadora y sinte-
tizadora del sistem a nervioso central.
Es en este punto en donde las investi­
gaciones de Pavlov han obtenido más
brillantes resultados, los cuales, como
se comprende, son de gran sign ifica­
ción para el conocimiento de la fi­
siología del sistem a nervioso. El sa­
bio ruso afirma, a este respecto, que
estos experimentos no dejan lugar a
duda de que todas las cuestiones que
hasta ahora han sido consideradas co­
mo pertenecientes al dominio de la
llamada fisiología de los órganos de
los sentidos, pueden ser actualmente
investigados objetivamente por el mé­
todo de los reflejos condicionados.
Pero sobre todo, esto nos conduce
101
a la comprensión de fenómenos más
elevados que ocurren en la sustancia
nerviosa. Se ha establecido que en
relación a la inhibición interna esta
puede extenderse a zonas próximas
p armellas en one oHcdnariamente tie­
ne ]no*av v nue de e s t e modo se origina
nn fenómeno de irradiación de la in­
hibición. tras el cual se realiza ñor el
contrario nna concentración de la mis­
ma en el punto inicial. Jemal fenóm e­
no o c u r r e en c u a n t o a la excitación.
Tnhibic;ón v excitación pueden a su
vex influenciarse rec'nrocamente. ve­
r i f i c á n d o s e entonces lo ene se llama
la inducción. Merced a ella una exci­
tación n n e d o conducir a un aumento
de inhihición v recínrocam ente. Pa­
ra Pavlov estos dos nrocesos represen­
tan las funciones básicas de los ele­
m entos celulares nerviosos. Sobre tan
interesante ba.se estudia el gran fisió-
pn0^. lfi Ir
enta a ésta <^0 ^ 0 un mo-
saico de funciones, el cual llega a es­
tablecerse gracias a la representación
uue adouieren en grunos de células,
los distintos reflejos condicionados eme
pe producen ñor acción de los cambios
del medio externo. El sueño encon­
traría ex u lta ció n por una inhibición
interna, difundida continuamente so­
bre la totalidad de la corteza y sobre
otras nartes más inferiores.
Uptp estudio de la actividad nor-
pial del sistema nervioso ha sido com­
pletado de manera magistral por Pav­
lov, con investigaciones sobre las al­
teraciones patológicas del mismo.
Aunque las experiencias de Pav­
lov y sus colaboradores han sido rea­
lizadas en animales, no es necesario
encarecer la enorme importancia que
ellas representan para el estudio de
los problemas síquicos humanos y ya
Pavlov mismo, con las reservas con­
siguientes, ensaya algunas conclusio­
nes de este orden.
Teniendo en cuenta estas conside­
raciones podemos estimar como u*
verdadero acontecimiento científico en
el mundo de habla española la apari­
ción de una traducción en nuestro idio­
ma de la monumental obra de Pavlov
102
que resume la historia de cerca de
treinta años de sus experiencias en
este sentido. El esfuerzo del editor
es en este caso un verdadero alarde y
ana audacia que tienen que agradecer
no solo los médicoc de España y de
la América hispana, sino también to­
dos los estudiosos y enamorados de las
vitales cuestiones que se refieren a la
dilucidación del gran problema de la
vida consciente e inconsciente en el
hom bre.
Su difusión ha de contribuir a
la formación, dentro de la clase mé­
dica de nuestros países, de un verda­
dero pensamiento científico, de cuya
deficiencia y endeblez en muchos ca­
sos, se lamenta con razón y con de­
recho Gregorio Marañón. Es por eso
que su loable entusiasmo por la obra
de Pavlov le ha llevado a lograr la
impresión del libro que comentamos y
a prologarlo, dejando constancia de su
deseo de llamar la atención de los mé­
dicos españoles— de los de habla es­
pañola diríamos más bien-—hacia la o-
bra del gran fisiólogo ru so. Dice con
mucha verdad Marañón, que nuestros
profesionales prefieren casi exclusiva­
mente las obras “de aplicación” , que
puedan llevarles de modo inmediato al
mejor ejercicio de la profesión, pero
que desdeñan el libro de especulación
científica teórica, de orientación ge­
neral y el único que puede servir a la
formación de una mente científica.
El libro de Pavlov es precisamente uno
de los más bellos ejemplos de esta
c la se .
L u is F . B u sta m a n te
L u is R e is s ig j “LA CAM PAÑA
DEL GENERAL B U L E L E ¡ menzó por la conquista del petróleo,
N o v e la ¡ T a lle r e s g r á fic o s “ R a ­
d io -R e v is ta ” B uenos A ir e s ,
1928.
En este Petit-Guignol, por el que
discurren las caricaturas sabrosísimas
que Reissig ha dibujado, se arma una
baraúnda tremenda de discursos. El ge­
neral Búlele, gordo y cornudo, rompe
el ritmo de sus trazas jacarandosas
A m auta
con el pavor de la guerra cafriana. Los
del reino arrogante de Ñapaes ayudan,
por la angurria del petróleo, a la gue­
rra gloriosísima con que se honran el
Rey, pindongo señorón caza-perdices
y el Conde de Nones, fino jesuíta de
acuciosas intrigas, que no tiene par.
Búlele asciende y se enmedalla, y la
señora Marquesa de Vuelta Abajo en­
tretiene sus arrumacos y sus dengues
en los brazos del imprescindible Capi­
tán de Coraceros. Es de advertir que la
susodicha no es esposa de Búlele. ¡Na­
da de líos de fam ilia! Monseñor, el
Cardenal Arzobispo, maya beatos lati­
nes de aleluyas y Te Deums agradeci­
dos y Ñapaes arde de júbilo pues se di­
ce que ha despertado el empuje bravo
de la raza. Búlele ha contraído un
resfrío de cabeza y, en Cafria, los ne­
gros herejes y petroleros se deshacen
en la fatiga de luchar contra los biza­
rros espadones.
Un Consejo de Ministros que es
una delicia. El Rey se desata en al­
haracas quejumbrosas contra ese fatal
Conde Nones, que no tiene par, a
quien, al fin, concede poderes y preben­
das a cambio de la paz indispensable
en que mantener inalterable el pulso
fino, indispensable para la caza de pa­
lomas. Ese consejillo es acaso la más
recia y jugosa estampa en esta sátira
de Luis Reissig.
Pero, ¿qué nota bibliográfica pue­
de hacerse de esta novela? ¿Qué re­
cordar aquí? Habría que transcribir
íntegram ente este libro, en el fondo
tan amargo, tan amargo, pero por el
que se despeña la risa del lector des­
prevenido a sátira retozona.
Y así vemos, justa compensación al
valor vencido, que esta guerra, que co­
termina por unos cuernos: los del mí­
sero Búlele, los de los míseros toros
que se lidian en la plaza que, para con­
suelo exclusivo de Cafria, ha ordena-
de levantar en la ciudad de Sidi, la
magnanimidad del coronado pindongo
c u c u fa to . . .
J. D. C.
A m au ta 103
G e n a r o E str a d a ¡ ESC A LER A | el espíritu de Moliére. Tierno y sen­
(T o c c a ta y F u g a ) | E d ic io n e s sual, ardiente, melancólico, atormenta­
d e l M u r c ié la g o | M é x ic o , 1 9 2 9 . do, lleno de debilidades — como las tie­
ne todo el que es a la vez sentim ental
Versos de irrealidad, versos tejidos y sensual— el gran comediógrafo fu é
en el misterio de la noche son estos de profundamente, intensamente humano.
Genaro Estrada, que a la par que po­ Su existencia es una sucesión de triun­
lítico es letrado y artista. ¡ Cómo me fos y de dolores. Se embriaga de glo­
gusta ese poema titulado “Explora­ ria y también es el “Cocu”, el amante
ción”, que principia así: engañado y sin fuerzas para romper
con la infiel. Es el juguete de la Bé-
“A la escucha del fino jart, tan bonita, y mucho más joven,
sentim iento de sombras que él.
trazaré por la noche Además de ese estudio tan pene­
los caminos del aire” ! trante y tan agudo de la existencia ín­
tima de Moliére, Ramón Fernández
Y ese otro — “ Silencio”— en que nos dá una visión m agnífica de la épo­
d ice: ca. (Cuando la carreta de los cómicos
“En la mesa de la noche iba de una ciudad a otra, halada por
está el vaso de los sueños un par de flacos caballos; cuando en
y para apagar la sed el tinglado dialogaban Arlequín y Po­
las horas lo están bebiendo. lichinela y Pierrot suspiraba por Co­
¿Qué haré por la madrugada lom bina).
cuando despierte sediento El genio de Moliére se, desarrolla
si ya el agua de mi vaso esplendoroso; “T artu ffe”, “Le Misan-
se lo ha bebido el silencio?” trope”, “PAvare” son fechas decisivas,
etapas definitivas en la historia y en
Estas estancias de calidad tan aris­ la evolución del teatro.
tocrática, de sustancia tan espiritual Y hombre de teatro, personaje del
nos son un descanso de la exuberante tinglado, muere casi en escena: acaba­
poesía de ciertos bardos americanos, ba de representar el “Malade imagi-
que cantan a pulmón lleno. La edi­ naire”.
ción de “Escalera” es primorosa: her­ La biografía de Moliére por Ramón
mosos tipos cursivos, un papel “a la Fernández es una de las más notable­
antica” y una carátula que es una rica mente realizadas entre aquellas “Vi­
nota violeta. das”, que publican las casas editoras
francesas.

V ie d e M o lié r e | RAM ON FER­

NANDEZ i N . R. F. | Pa­ J e a n R o s ta n d | LE M A R I A G E
r ís , 1 9 2 9 . j H a c h e t t e , E d it e u r s , P a r ís .

Ramón Fernández, el notable ensa- Las notas de Jean Rostand — Jean

v i s t a d e la N o u v e l l e R e v u e F r a n c a is e ,
traza con mano firme el itinerario de
la vida interior, de la vida espiritual
de Moliére. No es su libro el simple
relato de hechos externos — nació en
tal fecha, se casó en tal otra, tuvo tan­
tos hijos, e t c . , . . . — sino un estudio
profundo de la sicología del autor de
“T artu ffe”. Eso sin descuidar la tra­
yectoria biográfica. Panorama por de­
más interesante presentan el alma y
Rostand es acaso el único que vale en
su ilustre familia— sobre el matrimo­
nio forman un breve tratado de senti­
do escéptico y desengañado, escrito en
un estilo clásico por su sobriedad y su
pureza. Dice Jean Rostand muchas
verdades sobre el matrimonio, analiza
agudamente el estado conyugal tan di­
fícil, tan desagradable cuando falta en
ambas partes inteligencia y tolerancia.
Después de haber anotado esta trem en-
 104
Después de haber anotado esta tremen­
da verdad: “la beatitude conyugale
est un signe funeste. Redoute le mo-
m ente ou tu vauterais la grandeur de
ta eage et la léregaté de ta cháine” y
también esta otra, amarguísima: “la
haine conyugale est de toutes, la plus-
constante, la plus nórmale: on hait des
gens pour des raisons bien moindres
qu’on ne hait sa fem m e oú son- ma
ri” . . . Rostand reconoce, en la m áxi­
ma final de su libro, la existencia del
amor conyugal: “ de toutes les amours,
les conyugales sont les plus rares et
les plus jalouseés”.
M. W .
C R O N IC A DE R E V IS T A S
“LETR A S” I O r g a n o d e la F a c u l ­
t a d d e L e t r a s d e la U n iv e r s id a d
N a c io n a l d e S a n M a r c o s l N o.
1 | 1929.
La aparición de “Letras” puede ser
señalada entre los acontecim ientos au-
gulares de una nueva etapa de la Fa­
cultad de Letras de San Marcos. La
Universidad de San Marcos empieza a
tener revistas que participan activa y
visiblem ente en la vida intelectual del
pais. La antigua y anémica “Revista
U niversitaria” era sencillam ente igno­
rada no solo por el público, sino por
los intelectuales del país. Fuera, en
revistas y universidades, su existencia
además, no tenia eco. La publicación
del “ Boletín Bibliográfico” , debida a
la iniciativa de Pedro S. Zulen, duran­
te su esforzada actuación en la Biblio­
teca, rompió parcialm ente esta clau­
sura. Zulen creó un ágil vehículo de
comunicación. Ahora, la salida de las
revistas de la Facultad de Letras y de
la Facultad de Ciencias Económicas,
dota finalm ente a la Universidad de
dos órganos que, bien empleados, pue­
den prestar eficaz servicio a la vida
intelectual.
“Letras” , conform e a sus breves
palabras de presentación, “reflejará,
preferencialm ente, la obra misma de
su claustro, la labor de sus m aestros y
de sus alumnos, y acogerá, además, los
trabajos de los doctores de esta Facul­
tad y de los escritores notables, del
Amauta
país o del extranjero, cuando represen­
ten una aportación original al estudio
de las disciplinas que forman los fines
propios de nuestro Instituto”.
El primer número es un grueso vo­
lumen de 260 páginas, de escogida co­
laboración universitaria.
No quertmos, por el momento, si­
no señalar su aparición. Ya iremos,
en sucesivas recensiones, juzgando la
eficacia conque esta nueva revista lle­
ne su objeto.
Dirige “Letras” el Decano de la
Facultad, doctor José Gálvez. Tiene
el cargo de Secretario de Redacción y
Administración nuestro estimado cola­
borador ,el poeta Alcides Spelucín.
“ T R A N S I T I O N ” . | E d it o r : E u g e n e J o ­
la s . ¡ E d it o r ia l O f f i c e s : 4 0 r u é
F a b e r t, P a r ís .
Es necesario anotar primero que
talvez es la mejor y más valiosa de las
que nos llegan del viejo m undo. P e­
ro esto obedece a un truco v ita l. Nos­
otros sabemos que un equipo poético
norteamericano dirige esa gran victo­
ria que es T R A N S I T I O N . “Es una
gran revista internacional” ; una guía
contem poránea y generosa, donde las
voces más raras, puras e impuras, se
oyen y csacan . No es la revista de una
élite y de una línea; es de muchas lí­
neas, sobre todo, de líneas quebradas
curvas, casi nunca paralelas, como e i
las direcciones estéticas de las revis­
tas francesas o españolas, donde siem­
pre nos cansa esa postración regiona-
lista y cerrada de sus duras colinas ro­
queras .
En el último número que nos ha
llegado, entre los nombres de James
J-oyce, de Robert Desnos, de Eugene
Jolas, de Hart Crane, encontramos el
de Adalberto Varallanos, nuestro gran
prosador desapercibido. Este triunfo
de Varallanos, es también de la nue­
va, novísima generación peruana que
lo admiraba y quería. Su “ N a r r a t i v e ” :
D e a t h a t 21 y e a r s , es admirable.
A gradecem os, a T R A N S IT IO N
esta demostración comprensiva de los
nuevos valores humanos.
x. a.
 U I H C E N A PRO ' A M A U T A ”
| O. - I e: m a

“A M A U TA ” a p e la , por segu n d a vez, para r e s o lv e r lo s p r o b le m a s

de su e c o n o m ía , es d e c ir de su s u b s is te n c ia , a la s o lid a r id a d de su s
a m ig o s y s im p a tiz a n te s d e L im a , p r o v in c ia s y el ex tr a n je r o . L as d ifi­
c u l t a d e s c o n q u e u n a r e v i s t a c o m o “ A M A U T A ” d e b e lu c h a r , n o h a n s i ­
d o e n e l a ñ o ú lt im o m e n o r e s q u e e n e l a n t e r i o r . L a s c ifr a s d e c ir c u la ­
c i ó n d e l a r e v i s t a s e h a n m a n t e n i d o , a p e s a r d e h a b e r s u s p e n d id o l a A d ­
m in is tr a c ió n e l s e r v ic io d e a lg u n a s a g e n c ia s in f id e n t e s . “A M A U T A ” re­
c ib e i n c e s a n t e m e n t e n u e v o s p e d id o s d e c iu d a d e s d e E u r o p a y A m é r ic a ,
q u e a c r e d ita n su é x it o i n t e le c t u a l. L o s c r ític o s q u e c o m e n ta n co n in te ­
r é s y e lo g io n u e s tr a o b ra , s e s u e le n a so m b r a r d e q u e e n e s t e c o n tin e n ­
t e d e la s r e v is ta s e fím e r a s , s e m a n te n g a u n a r e v is ta d e la filia c ió n de
“ A M A U T A ” . T o d o e s to e s u n g r a n e s tím u lo p a r a s e g u ir a d e la n te , c o n
a c r e c e n t a d a c o n f i a n z a e n l a s i m p a t í a q u e n o s c ir c u n d a y s o s t i e n e . P ero
e l c o n c u r s o v i g i l a n t e d e lo s a m i g o s e n t u s i a s t a s n o c o m p e n s a , e n n u e s t r a
e c o n o m í a , l a s f a l l a s d e lo s a g e n t e s n e g l i g e n t e s . N o n o s e s p o s ib le , a d e ­
m á s , d e s a r r o lla r n u e s t r o p r o g r a m a e d i t o r i a l p o r n o h a b e r s id o s u s c r it a s
t o d a s la s a c c i o n e s d e n u e s t r a S o c ie d a d E d ito r a . T enem os aún u n b u en
p o r c e n t a j e d e a c c i o n e s d is p o n ib le s , e n p a r t e s u s c r it a s e n e l p e r ío d o de
o r g a n i z a c i ó n d e la S o c ie d a d , p e r o n o p a g a d a s . E n el cu rso de 1 9 2 9 , h e ­
m o s s u f r i d o , p o r o t r a p a r t e , e l q u e b r a n t o f i n a n c i e r o d e l a c la u s u r a d e l
q u in c e n a r io “L abor” , fu n d a d o para ex te n d e r la obra de “AM A U TA -
L o s m e m o r ia le s d e n u m e r o s a s o r g a n iz a c io n e s obreras y c a m p e s in a s , n o
han o b te n id o la r e c o n s i d e r a c i ó n d e la in t e r d ic c i ó n de “ L abor” . H em os
p e r d id o a s í lo q u e h a b ía m o s g a s t a d o e n e l l a n z a m ie n t o y d i f u s i ó n d e e s t e
p e r ió d ic o , q u e p r e c i s a m e n t e c o n e l N o . 1 0 e m p e z a b a a e s t a b i l i z a r s e e c o ­
n ó m ic a m e n te . L a s in n u m e r a b l e s c a r t a s q u e d e t o d o s lo s c e n t r o s d e t r a ­
b a j o d e la R e p ú b lic a r e c ib im o s h a s t a a h o r a s o l i c i t a n d o n ú m e r o s d e “ L a ­
bor” o i n q u i r ie n d o por su su e r te , nos d em u e stra que no nos e q u iv o ­
c a m o s a l c r e a r e s t e p e r ió d ic o . “ L a b o r ” h a b r ía ll e g a d o a s e r u n s o p o r t e
fin a n c ie r o d e “ A M A U T A ” . S u s u p r e s ió n c u e s t a , p ues a n u estra e c o n o ­
m ía , c o n e l g r a v a m e n d e a l g u n a s o b l i g a c i o n e s e x t r a o r d in a r ia s , la p e r d i ­
d a d e u n s e g u r o r e n g ló n d e in g r e s o s .
P ara hacer fr e n te a n u estra s a c tu a le s o b lig a c io n e s , y d e s e n v o lv e r
n u estro program a e d i t o r i a l, h acem os un lla m a m ie n t o a to d o s n u e str o s
a m ig o s , a g en tes y s u s c r ito r e s p a r a una Q U IN C E N A P R O -“ A M A U T A ” .
D el lo . al 15 d e M arzo d eb en r e a liz a r u n a a c t i v a c a m p a ñ a a f a v o r d e
“ A M A U T A ” , o r g a n iz a n d o c o le c ta s , r e c lu ta n d o s u s c r ic io n e s , d i f u n d ie n d o
n u e str o s lib r o s . E n a l g u n a s c iu d a d e s , e s p o s ib le s in d u d a e f e c t u a r v e l a ­
d a s o e s p e c tá c u lo s a b e n e fic io de “A M A U T A ” ,
 B IB L IO T E C A AM AUTA'
Acaba de aparecer:

“LA TEORIA DEL CRECIMIENTO DE LA MISERIA

APLICADA A NUESTRA REALIDAD"
P or R icardo Martínez de la T orre
D o cu m en tad o y n o ta b le e stu d io , q u e c o n tin ú a
lo s a p u n te s p a r a u n a in te rp re ta c ió n m a rx is ta
d e n u e s tr a h is to r ia s o c ia l c o m e n z a d o s p o r el
a u to r co n EL MOVIMIENTO OBRERO ÉN 1919
P R E C IO : 6 0 C EN TA V O S

Próximamente:

EL AMAÜTÁ A TO A RIA ”
Historia de la Insurrección Indígena de 1885
Por E rn esto R eyna

Prólogo de José Garios Mariátegox

Im preso en los T alleres Gráíisos'ste-l-or Tirada especial numerada

E&itorial. M inerva-Sagásteguí, 6S9 P R E C IO : |, s o

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