F I L O S O F Í A

F U N D A M E N T A L

P O B

D O N J A I M E B A L M E S ,

' PRESBÍTERO.

T O M O I .

C U A R T A E D I C I O N .

B A R C E L O N A .
I M P R E N T A D E L D I A R I O D E B A R C E L O N A ,
C A L L E H U E V A D E S. F R A N C I S C O , V.'Ji
1 8 6 8 .
U o J L O í h Z * i
 P R Ó L O G O

E l t í t u l o d e F i l o s o f í a f u n d a m e n t a l , n o s i g n i f i
c a u n a p r e t e n s i o n v a n i d o s a , s i n o e l o b j e t o d e q u e
s e t r a t a . N o m e l i s o n j e o d e f u n d a r e n filosofía,
p e r o m e p r o p o n g o e x a m i n a r s u s c u e s t i o n e s f u n d a
m e n t a l e s ; p o r e s t o l l a m o á l a o b r a : F i l o s o f í a f u n
d a m e n t a l . M e h a i m p u l s a d o á p u b l i c a r l a el d e s e o
d e c o n t r i b u i r á q u e l o s e s t a d i o s f i l o s ó f i c o s a d q u i e
r a n e n E s p a ñ a m a y o r a m p l i t u d d e l a q u e t i e n e n
e n l a a c t u a l i d a d ; y d e p r e v e n i r , e n c u a n t o a l c a n
c e n m i s d é b i l e s f u e r z a s , u n g r a v e p e l i g r o q u e n o s
a m e n a z a : el d e i n t r o d u c í r s e n o s u n a f i l o s o f í a p l a
g a d a d e e r r o r e s t r a s c e n d e n t a l e s . A p e s a r d e l a t u r
b a c i o n d e l o s t i e m p o s , s e n o t a e n E s p a ñ a u n d e s
a r r o l l o i n t e l e c t u a l q u e d e n t r o d e a l g u n o s a ñ o s s e
h a r á s e n t i r c o n m u c h a f u e r z a ; y e s p r e c i s o g u a r
d a r n o s d e q u e l o s e r r o r e s q u e s e h a n e x t e n d i d o
p o r m o d a , s e a r r a i g u e n p o r p r i n c i p i o s . T a m a ñ a
c a l a m i d a d s o l o p u e d e p r e c a v e r s e c o n e s t u d i o s s ó
l i d o s y b i e n d i r i g i d o s : e n n u e s t r a é p o c a el m a l n o
s e c o n t i e n e c o n l a s o l a r e p r e s i o n ; e s n e c e s a r i o
a h o g a r l e c o n l a a b u n d a n c i a d e l b i e n . L a p r e s e n t e
o b r a ¿ p o d r á c o n d u c i r á e s t e o b j e t o ? E l p ú b l i c o l o
h a d e j u z g a r .
 L I B R O P R I M E R O

D E L A C E R T E Z A .

C A P Í T U L O I.

Inportancia y utilidad de las cuestiones sobre ls certesa.

t. El e s t u d i o d e la filosofía d e b e c o m e n z a r p o r el e x á m e n
d e las c u e s t i o n e s s o b r e la c e r t e z a : a n t e s d e l e v a n t a r el edi
ficio es n e c e s a r i o p e n s a r e n el c i m i e n t o .
D e s d e q u e h a y filosofía , es decir, d e s d e q u e los h o m b r e s
r e f l e x i o n a n s o b r e sí m i s m o s y s o b r e los s e r e s q u e los r o d e a n ,
s e h a n a g i t a d o c u e s t i o n e s q u e t i e n e n p o r objeto la b a s a e n
q u e estriban los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s : esto p r u e b a q u e
h a y a q u í d i f i c u l t a d e s s é r i a s . L a e s t e r i l i d a d d e l o s t r a b a j o s fi
losóficos n o h a d e s a l e n t a d o á los i n v e s t i g a d o r e s : esto m a n i
fiesta q u e e n el ú l t i m o t é r m i n o d e la investigacion, se divisa
u n objeto d e alta i m p o r t a n c i a .
S o b r e las c u e s t i o n e s i n d i c a d a s h a n c a v i l a d o los filósofos d e
la m a n e r a m a s e x t r a v a g a n t e ; e n p o c a s m a t e r i a s n o s o f r e c e
la historia d e l espíritu h u m a n o tantas y t an l a m e n t a b l e s a b e r
r a c i o n e s . E s t a c o n s i d e r a c i o n p o d r í a s u g e r i r la s o s p e c h a d e
q u e s e m e j a n t e s i n v e s t i g a c i o n e s n a d a sólido p r e s e n t a n al es
 - 8 -
píritu y q u e solo s i r v e n p a r a a l i m e n t a r la v a n i d a d d e l sofista-
E n la p r e s e n t e m a t e r i a , c o m o e n m u c h a s otras , n o d o y d e
m a s i a d a i m p o r t a n c i a á las o p i n i o n e s d e los filósofos, y estoy
léjos d e c r e e r q u e d e b a n s er c o n s i d e r a d o s c o m o l e g í t i m o s re
p r e s e n t a n t e s d e la r a z o n h u m a n a ; p e r o n o se p u e d e n e g a r
al m e n o s , q u e e n el ó r d e n intelectual s o n la parte m a s activa
del h u m a n o linaje. C u a n d o t o d o s los filósofos d i s p u t a n , dis
p u t a e n cierto m o d o la h u m a n i d a d m i s m a . T o d o h e c h o que-
afecta al linaje h u m a n o es d i g n o d e u n e x á m e n p r o f u n d o r
d e s p r e c i a r l e p o r las c a v i l a c i o n e s q u e le r o d e a n , seria c a e r e n
la m a y o r d e ellas: la r a z o n y el b u e n s e n t i d o n o d e b e n c o n
tradecirse , y esta c o n t r a d i c c i o n existiría si e n n o m b r e d e l
b u e n s e n t i d o se d e s p r e c i á r a c o m o inútil lo q u e o c u p a la ra
z o n d e las inteligencias m a s privilegiadas. S u c e d e c o n fre
c u e n c i a q u e lo g r a v e , lo significativo , lo q u e h a c e m e d i t a r
á u n h o m b r e p e n s a d o r , n o s o n ni los r e s u l t a d o s d e u n a dis
puta, ni las r a z o n e s q u e e n ella se a d u c e n , s i n o la e x i s t e n c i a
m i s m a d e la disputa. E s t a vale tal v e z p o c o p o r lo q u e es e n
sí, p e r o q u i z á s v a l e m u c h o p o r lo q u e indica.
2. E n la c u e s t i o n d e la c e r t e z a están e n c e r r a d a s e n a l g u n
m o d o t o d a s las c u e s t i o n e s filosóficas : c u a n d o se la h a d e s e n
v u e l t o c o m p l e t a m e n t e , se h a e x a m i n a d o b a j o u n o ú otro as
p e c t o t o d o lo q u e la r a z o n h u m a n a p u e d e c o n c e b i r s o b r e
D i o s , s o b r e el h o m b r e , s o b r e el u n i v e r s o . A p r i m e r a vista
s e p r e s e n t a q u i z á s c o m o u n m e r o c i m i e n t o d e l edificio c i e n
tífico, p e r o e n este c i m i e n t o , si se le e x a m i n a c o n a t e n c i o n ,
se v e r e t r a t a d o el edificio e n t e r o : es u n p l a n o e n q u e se p r o
y e c t a n d e u n a m a n e r a m u y visible , y e n h e r m o s a p e r s p e c
tiva , t o d o s los sólidos q u e h a d e sustentar.
3. P o r m a s e s c a s o q u e f u e r e el r e s u l t a d o directo é i n m e
diato d e estas investigaciones, es s o b r e m a n e r a útil el h a c e r
las. I m p o r t a m u c h o a c a u d a l a r ciencia, p e r o n o i m p o r t a m e
n o s c o n o c e r s u s limites. C e r c a n o s á los l í m i t e s s e h a l l a n los.
escollos , y estos d e b e c o n o c e r l o s el n a v e g a n t e . L o s límites-
d e la c i e n c i a h u m a n a se d e s c u b r e n e n el e x á m e n d e las
c u e s t i o n e s s o b r e la certeza.
A l d e s c e n d e r á las p r o f u n d i d a d e s á q u e estas c u e s t i o n e s n o s
c o n d u c e n , el e n t e n d i m i e n t o se o f u s c a y el c o r a z o n se s i e n te
s o b r e c o g i d o d e u n religioso p a v o r . M o m e n t o s antes c o n t e m
p l á b a m o s el edificio d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s , y n o s
 — 9 —
l l e n á b a m o s d e o r g u l l o al verle c o n s u s d i m e n s i o n e s cólosa--
les, s u s f o r m a s vistosas, s u c o n s t r u c c i o n g a l a n a y atrevida :
h e m o s p e n e t r a d o e n él , se n o s c o n d u c e p o r h o n d a s c a v i d a
d e s , y c o m o si n o s h a l l á r a m o s s o m e t i d o s á la influencia d e
u n e n c a n t o , p a r e c e q u e los c i m i e n t o s se a d e l g a z a n , se e v a
p o r a n , y q u e el s o b e r b i o edificio q u e d a flotando e n el aire.
4. B i e n se e c h a d e v e r q u e al e n t r a r e n el e x á m e n d e la
c u e s t i o n s o b r e la c e r t e z a n o d e s c o n o z c o las dificultades d e
q u e está erizada; ocultarlas n o seria resolverlas; p o r el c o n
trario, la p r i m e r a c o n d i c i o n p a r a hallarles s o l u c i o n c u m p l i
d a , es verlas c o n t o d a claridad, sentirlas c o n viveza. Q u e n o
s e a p o c a el h u m a n o e n t e n d i m i e n t o p o r d e s c u b r i r el b o r d e
m a s allá del c u a l n o le es d a d o c a m i n a r ; m u y al contrario,
esto le e l e v a y fortalece : así el i nt r ép i do naturalista q u e e n
b u s c a d e u n objeto h a p e n e t r a d o e n las e n t r a ñ a s d e la tierra,
siente u n a m e z c l a d e terror y d e o r g u l l o al hallarse s e p u l
t a d o e n l ó b r e g o s s u b t e r r á n e o s , sin m a s luz q u e la n e c e s a r i a
p a r a v e r s o b r e s u c a b e z a i n m e n s a s m o l e s m e d i o d e s g a j a d a s ,
y d e s c u b r i r á s u s plantas a b i s m o s i n s o n d a b l e s .
E n la o s c u r i d a d d e los m i s t e r i o s d e la ciencia, e n la m i s m a
i n c e r t i d u m b r e , e n los asaltos d e la d u d a q u e a m e n a z a a r r e
b a t a r n o s e n u n instante la o b r a l e v a n t a d a p o r el espíritu h u
m a n o e n el e s p a c i o d e largos siglos, h a y a l g o d e s u b l i m e q u e
atrae y cautiva. E n la c o n t e m p l a c i o n d o esos m i s t e r i o s se h a n
s a b o r e a d o e n todas é p o c a s los h o m b r e s m a s g r a n d e s : el g e
n io q u e agitára s u s alas s o b r e el O r i e n t e , s o b r e la G r e c i a ,
s o b r e R o m a , s o b r e las e s c u e l a s d e los siglos m e d i o s , es el
m i s m o q u e se c i e r n e s o b r e la E u r o p a m o d e r n a . Platon, A r i s
tóteles , s a n A g u s t í n , A b e l a r d o , s a n A n s e l m o , s a n t o T o m á s
d e A q u i n o , L u i s V i v e s , B a c o n , D e s c a r t e s , M a l e b r a n c h e , L e i b -
nitz ; todos, c a d a cual á s u m a n e r a , se h a n s e n t i d o p o s e i d o s
d e la i n s p i r a c i o n filosófica , q u e i n s p i r a c i o n h a y t a m b i e n e n
la filosofía, é i n s p i r a c i o n s u b l i m e .
T o d o lo q u e c o n c e n t r a al h o m b r e l l a m á n d o l e á e l e v a d a c o n
t e m p l a c i o n e n el s a n t u a r i o d e s u a l m a , c o n t r i b u y e á e n g r a n
d e c e r l e , p o r q u e le d e s p e g a d e los objetos m a t e r i a l e s , le re
c u e r d a s u alto origen, y le a n u n c i a su i n m e n s o destino. E n
u n siglo d e m e t á l i c o y d e g o ce s , e n q u e t o d o p a r e c e e n c a m i
n a r s e á n o desarrollar las f u e r z a s del espíritu s i n o e n c u a n t o
p u e d e n servir á r e g a l a r el c u e r p o , c o n v i e n e q u e se r e n u e v e n
 — 10 -
e s a s g r a n d e s cuestiones, e n q u e el e n t e n d i m i e n t o d i v a g a c o n
a m p l í s i m a libertad p o r e s p a c i o s sin fin.
S o l o la inteligencia se e x a m i n a á sí propia. L a p i e d r a c a e
sin c o n o c e r s u caida; el r a y o calcina y pulveriza, i g n o r a n d o
s u f u e r z a ; la flor n a d a s a b e d e s u e n c a n t a d o r a h e r m o s u r a ;
el b r u t o a n i m a l s i g u e s u s instintos, sin p r e g u n t a r s e la r a z o n
d e ellos; solo el h o m b r e , e sa frágil o r g a n i z a c i o n q u e a p a r e c e
u n m o m e n t o s o b r e la tierra p a r a d e s h a c e r s e l u e g o e n polvo,
a b r i g a u n espíritu q u e d e s p u e s d e a b a r c a r el m u n d o , a n s i a
p o r c o m p r e n d e r s e , e n c e r r á n d o s e e n sí p r o p i o , allí d e n t r o ,
c o m o e n u n s a n t u a r i o d o n d e él m i s m o es á u n t i e m p o el o r á
c u l o y el consultor. Q u i é n soy, q u é h a g o , q u é p i e n s o , p o r
q u é p i e n s o , c ó m o p i e n s o , q u é s o n e s o s f e n ó m e n o s q u e e x
p e r i m e n t o e n m i , p o r q u é estoy sujeto á ellos, c u á l es s u c a u
s a, c u á l el ó r d e n d e s u p r o d u c c i o n , c u á l e s s u s relaciones;
h é a q u í lo q u e se p r e g u n t a el espíritu ; c u e s t i o n e s g r a v e s ,
c u e s t i o n e s espinosas, es v e r d a d ; p e r o nobles, s u b l i m e s , p e
r e n n e t e s t i m o n i o d e q u e h a y d e n t r o n o s o t r o s a l g o s u p e r i o r
á e s a m a t e r i a inerte , solo c a p a z d e recibir m o v i m i e n t o y
v a r i e d a d d e f o r m a s , d e q u e h a y a l g o q u e c o n s u ac t iv id ad
í n t i m a , e s p o n t á n e a , r a d i c a d a e n s u n a t u r a l e z a m i s m a , n o s
o f r e c e la i m á g e n d e la actividad infinita q u e h a s a c a d o el
m u n d o d e la n a d a c o n u n solo a c t o d e s u v o l u n t a d (I).

C A P Í T U L O II.

Verdadero estado dela cuestion.

5. ¿ E s t a m o s ciertos d e a l g o ? á esta p r e g u n t a r e s p o n d e
a f i r m a t i v a m e n t e el s e n t i d o c o m u n . ¿ E n q u é se f u n d a la c e r
t e z a ? ¿ c ó m o la a d q u i r i m o s ? estas s o n d o s c u e s t i o n e s difíci
les d e r e s o l v e r e n el tribunal d e la filosofía.
L a c u e s t i o n d e la c e r t e z a e n c i e r r a tres m u y diferen te s,
c u y a c o n f u s i o n c o n t r i b u y e n o p o c o á c r e a r di ficultades y á
e m b r o l l a r m a t e r i a s q u e , a u n d e s l i n d a d o s c o n s u m a exa ct i
t u d los varios a s p e c t o s q u e p r e s e n t a n , s o n s i e m p r e h a r t o
c o m p l i c a d a s y espinosas.
 — II —
P a r a fijar b i e n las i d e a s c o n v i e n e distinguir c o n m u c h o
i d c u a d o e n t r e la existencia d e la certeza, los f u n d a m e n t o s e n
e q u estriba, y el m o d o c o n q u e la a d q u i r i m o s . S u existencia
u es n h e c h o i n d i s p u t a b l e ; s u s f u n d a m e n t o s s o n objeto d e
e s c u t i o n e s filosóficas ; el m o d o d e adquirirla es e n m u c h o s ca.
so s u n f e n ó m e n o oculto q u e n o está sujeto á la o b s e r v a c i o n .
6. A p l i q u e m o s esta distincion á la certpza s o b r e la exis
t e n c i a d e los c u e r p o s .
Q u e los c u e r p o s existen, es u n h e c h o del c u a l n o d u d a n a
di e q u e esté e n s u juicio. T o d a s las c u e s t i o n e s q u e se susci
t e n s o b r e este p u n t o n o h a r á n vacilar la p r o f u n d a c o n v i c
c i o n d e q u e al r e d e d o r d e n o s o t r o s existe lo q u e l l a m a m o s
m u n d o c o r p ó r e o : esta c o n v i c c i o n es u n f e n ó m e n o d e n u e s
tra existencia , q u e n o a c e r t a r e m o s q u i z á s á explicar, p e r o
destruirle n o s es i m p o s i b l e : e s t a m o s s o m e t i d o s á él c o m o á
u n a n e c e s i d a d i n d e c l i n a b l e .
¿ E n q u é se f u n d a esta c e r t e z a ? A q u í y a nos, h a l l a m o s n o
c o n u n s i m p l e h e c h o , s i n o c o n u n a c u e s t i o n q u e c a d a filó
sofo r e s u e l v e á s u m a n e r a : D e s c a r t e s y M a l e b r a n c h e r e c u r
r e n á la v e r a c i d a d d e D i o s ; L o c k e y C o n d i l l a c se a l i e n e n al
d e s a r r o l l o y c a r á c t e r p e c u l i a r d e a l g u n a s s e n s a c i o n e s .
¿ C ó m o a d q u i e r e el h o m b r e esta c e r t e z a ? n o lo s a b e : la p o
seía a n t e s d e reflexionar; o y e c o n e x t r a ñ e z a q u e se suscitan
d i s p u t a s s o b r e estas m a t e r i a s ; y j a m á s h u b i e r a p o d i d o s o s p e
c h a r q u e se b u s c a s e p o r q u é e s t a m o s ciertos d e la existencia
d e lo q u e afecta n u e s t r o s sentidos. E n v a n o se le i n t e r r o g a
s o b r e el m o d o c o n q u e h a h e c h o tan p r e c i o s a a d q u i s i c i o n , se
e n c u e n t r a c o n ella c o m o c o n u n h e c h o a p e n a s distinto d e s u
e x i s t e n c i a m i s m a . N a d a r e c u e r d a del ó r d e n d e las s e n s a c i o
n e s e n s u infancia; se halla c o n el espíritu desarrollado, p e
r o i g n o r a las leyes d e este desarrollo , d e la p r o p i a s u e r t e
q u e n a d a c o n o c e d e las q u e h a n p r e s i d i d o á la g e n e r a c i o n y
c r e c i m i e n t o d e s u c u e r p o .
1. L a filosofía d e b e c o m e n z a r n o p o r d i s p u t a r s o b r e el
h e c h o d e la certeza s i n o p o r la e x p l i c a c i o n del m i s m o . N o
e s t a n d o ciertos d e algo n o s es a b s o l u t a m e n t e i m p o s i b l e d a r
u n solo p a s o e n n i n g u n a ciencia , ni t o m a r u n a r e s o l u c i o n
c u a l q u i e r a e n los n e g o c i o s d e la vida. U n e sc é pl i co c o m p l e t o
seria u n d e m e n t e y c o n d e m e n c i a l l e v a d a al m a s alto g r a d o ;
i m p o s i b l e le f u e r a t o d a c o m u n i c a c i o n c o n s u s s e m e j a n t e s ,
 - 1 1 -
i m p o s i b l e t o d a serie o r d e n a d a d e a c c i o n e s e x te r na s , ni a u n
d e p e n s a m i e n t o s ó actos d e la v o l u n t a d . C o n s i g n e m o s p u e s el
h e c h o , y n o c a i g a m o s e n la e x t r a v a g a n c i a d e a f i r m a r q u e e n
el u m b r a l del t e m p l o d e la filosofía está s e n t a d a la locura.
Al e x a m i n a r s u objeto, d e b e la filosofía analizarle, m a s n o
destruirle; q u e si esto h a c e s e d e s t r u y e á si p r o p i a . T o d o r a
ciocinio h a d e t e n e r u n p u n t o d e a p o y o , y este p u n t o n o p u e
d e se r s i n o u n h e c h o . Q u e s e a i n t e r n o ó e x t e r n o , q u e s e a
u n a idea ó u n objeto , el h e c h o h a d e existir ; es n e c e s a r i o
c o m e n z a r p o r s u p o n e r a l g o ; á este a l g o le l l a m a m o s h e c h o :
q u i e n los n i e g a t o d o s ó c o m i e n z a p o r d u d a r d e t o d o s , se
a s e m e j a al a n a t ó m i c o q u e a n t e s d e h a c e r la d i s e c c i o n q u e
m a s e el c a d á v e r y a v e n t a s e las cenizas.
8. E n t o n c e s la filosofía, se dirá, n o c o m i e n z a p o r u n e x á -
m e n s i n o p o r u n a a f i r m a c i o n ; si, n o lo n i e g o , y esta es u n a
v e r d a d tan f e c u n d a q u e s u c o n s i g n a c i o n p u e d e c e r r a r la
p u e r t a á m u c h a s c a v i l a c i o n e s y d i f u n d i r a b u n d a n t e luz p o r
t o d a la teoría d e la certeza. '
L o s filósofos se h a c e n la ilusion d e q u e c o m i e n z a n p o r la
d u d a ; n a d a m a s falso ; p o r lo m i s m o q u e p i e n s a n a f i r m a n ,
c u a n d o n o otra cosa, s u p r o p i a d u d a ; p o r lo m i s m o q u e r a
c i o c i n a n a f i r m a n el e n l a c e d e las ideas , es d e c i r , d e t o d o el
m u n d o lógico.
F i c h t e , p o r cierto n a d a fácil d e contentar, al tratarse d e l
p u n t o d e a p o y o d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s , e m p i e z a n o
o b s t a n t e p o r u n a a f i r m a c i o n , y así lo confiesa c o n u n a i n g e
n u i d a d q u e le h o n r a . H a b l a n d o d e la reflexion q u e sirve d e
b a s e á s u filosofía, dice: « L a s reglas á q u e esta reflexion se
halla sujeta, n o están todavía d e m o s t r a d a s ; se las s u p o n e tá
c i t a m e n t e a d m i t i d a s . E n s u o r i g e n m a s retirado , se d e r i v a n
d e u n principio c u y a legitimidad n o p u e d e ser establecida si
n o bajo la c o n d i c i o n d e q u e ellas sean justas. H a y u n círculo»
p e r o circulo inevitable. Y s u p u e s t o q u e es inevitable, y q u e lo
c o n f e s a m o s f r a n c a m e n t e , es p e r m i t i d o , p a r a a s e n t a r el p r i n
cipio m a s e l e v a d o , confiarse á todas las leyes de la lógica general.
E n el c a m i n o d o n d e v a m o s á e n t r a r c o n la reflexion , d e b e
m o s partir d e u n a p r o p o s i c i o n c u a l q u i e r a q u e n o s s e a c o n c e
d i d a p o r t o d o el m u n d o , sin n i n g u n a c o n t r a d i c c i o n . » (Fich
te , D o c t r i n a d e la c i e n c i a , 1 / parte , $ 1.) ¡
9. L a certeza es p a r a n o s o t r o s u n a feliz n e c e s i d a d ; la n a
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t u r a l e z a n o s la i m p o n e , y d e la n a t u r a l e z a n o se d e s p o j a n
los filósofos. V i ó s e u n d i a P i r r o n a c o m e t i d o p o r u n p e r r o , y
c o m o s e deja s u p o n e r , t u v o b u e n c u i d a d o d e a p a r t a r s e , sin
d e t e n e r s e á e x a m i n a r si a q u e l l o e r a u n p e r r o v e r d a d e r o ó
s o l o u n a a p a r i e n c i a ; r i é r o n s e los c i r c u n s t a n t e s e c h á n d o l e e n
c a r a la i n c o n g r u e n c i a d e s u c o n d u c t a c o n s u d o c t r i n a , m a s
P i r r o n les r e s p o n d i ó c o n la s i gu i en t e s e n t e n c i a q u e p a r a el
c a s o e r a m u y p r o f u n d a : « es difícil d e s p o j a r s e t o t a l m e n t e
d e la n a t u r a l e z a h u m a n a . »
10. E n b u e n a filosofía , p u e s , la c u e s t i o n n o v e r s a s o b r e
la e x i s t e n c i a d e la certeza, s i n o s o b r e los m o t i v o s d e ella y
los m e d i o s d e adquirirla. Este es u n p a t r i m o n i o d e q u e n o
p o d e m o s p r i v a r n o s , a u n c u a n d o n o s e m p e ñ e m o s e n r e p u d i a r
los títulos q u e n o s g a r a n t i z a n s u p r o p i e d a d . ¿ Q u i é n n o está
cierto d e q u e p i e n s a , siente, quiere, d e q u e tiene u n c u e r p o
p r o p i o , d e q u e e n s u a l r e d e d o r h a y otros s e m e j a n t e s al s u y o ,
d e q u e existe el u n i v e r s o c o r p ó r e o ? A n t e r i o r m e n t e á t o d o s
los s i s t e m a s , la h u m a n i d a d h a e s t a d o e n p o s e s i o n d e esta
c e r t e z a , y e n el m i s m o c a s o se halla t o d o i n d i v i d u o , a u n
c u a n d o e n s u v i d a n o ll eg ue á p r e g u n t a r s e q u é es el m u n d o ,
q u é es u n c u e r p o , ni e n q u é c on s i st e n la s e n s a c i o n , el p e n
s a m i e n t o y la v o l u n t a d . D e s p u e s d e e x a m i n a d o s los f u n d a
m e n t o s d e la c e r t e z a , y r e c o n o c i d a s las g r a v e s dificultades
q u e s o b r e ellos l e v a n t a el r a c i o c i n i o , t a m p o c o es p o s i b l e
d u d a r d e todo. N o h a h a b i d o j a m á s u n v e r d a d e r o e s c é p t i c o
e n t o d a la p r o p i e d a d d e la palabra.
11. S u c e d e c o n la c e r t e z a lo m i s m o q u e e n otros objetos
d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s . El h e c h o se n o s p r e s e n t a d e
b u l t o , c o n t o d a c l a r i d a d , m a s n o p e n e t r a m o s s u i n t i m a n a
turaleza. N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o está a b u n d a n t e m e n t e p r o
visto d e m e d i o s p a r a a d q u i r i r noticia d e los f e n ó m e n o s así
e n el ó r d e n m a t e r i a l c o m o e n el espiritual , y p o s e e b a s t a n t e
p e r s p i c a c i a p a r a d e s c u b r i r , d e s l i n d a r y clasificar las leyes á
q u e e s t á n sujetos ; p e r o c u a n d o trata d e e l e v a r s e al c o n o c i
m i e n t o d e la e s e n c i a m i s m a d e las c o s a s , ó investigar los
p r i n c i p i o s e n q u e se f u n d a la c i e n c i a d e q u e se gloria, s i e n
te q u e s u s f u e r z a s se debilitan , y c o m o q u e el t e r r e n o d o n
d e fija s u p l a n t a , t i e m b l a y s e h u n d e .
A f o r t u n a d a m e n t e el h u m a n o linaje está e n p o s e s i o n d e la
c e r t e z a i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e los s i s t e m a s filosóficos , y n o
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l i m i t a d a á los f e n ó m e n o s del a l m a , s i n o e x t e n d i é n d o s e 4
c u a n t o n e c e s i t a m o s p a r a dirigir n u e s t r a c o n d u c t a c o n r e s p e c
to á n o s o t r o s y á los objetos e x t e r n o s . A n t e s q u e se p e n s a s e e n
b u s c a r si h a b i a certeza, t o d o s los h o m b r e s e s t a b a n ciertos d e
q u e p e n s a b a n , q u e r í a n , sentían, d e q u e t e n í a n u n c u e r p o c o n
m o v i m i e n t o s o m e t i d o á la v o l u n t a d , y d e q u e existia el c o n
j u n t o d e varios c u e r p o s q u e se l l a m a u n iv e r so . C o m e n z a d a s
las investigaciones, la c e r t e z a h a c o n t i n u a d o la m i s m a e n t r e
t o d o s los h o m b r e s , inclusos los q u e d i s p u t a b a n s o b r e ella ;
n i n g u n o d e estos h a p o d i d o ir m a s allá q u e P i r r o n y e n c o n
trar fácil el d e s p o j a r s e d e la n a t u r a l e z a h u m a n a .
12. N o es posible d e t e r m i n a r hasta q u é p u n t o h a y a a l c a n
z a d o á p r o d u c i r d u d a s o b r e a l g u n o s objetos el e s f u e r z o del es
píritu d e ciertos filósofos e m p e ñ a d o s e n l u c h a r c o n la n a t u
raleza; p e r o es b i e n cierto: p r i m e r o , q u e n i n g u n o h a l l e g a d o
á d u d a r d e los f e n ó m e n o s i n t e r n o s c u y a p r e s e n c i a sentía ín
t i m a m e n t e ; s e g u n d o , q u e si a l g u n o h a p o d i d o p e r s u a d i r s e d e
q u e a estos f e n ó m e n o s n o les c o r r e s p o n d i a a l g u n objeto e x
te r n o, esta h a b r á sido u n a e x c e p c i o n tan e x t r a ñ a q u e , e n la
historia d o la ciencia y á los ojos d e u n a b u e n a filosofía , n o
d e b e t e n e r m a s p e s o q u e las ilusiones d e u n m a n i á t i c o . Si á
este p u n t o llegó B e r k e l e y al n e g a r la existencia d e los c u e r
pos, h a c i e n d o triunfar s o b r e el instinto d e la n a t u r a l e z a las
ca v i la c io nes d e la r a z o n , el filósofo d e C l o y n e , aislado, y e n
o p o s i c i o n c o n la h u m a n i d a d e n t e r a , m e r e c e r í a el d i c t a d o
q u e c o n r a z o n se aplica á los q u e se hallan e n situación se
m e j a n t e : la l o c u r a p o r s er s u b l i m e n o deja d e se r locura.
L o s m i s m o s filósofos q u e l l e v a r o n m a s lejos el e s c e p t i c i s m o ,
h a n c o n v e n i d o e n la n e c e s i d a d d e a c o m o d a r s e e u la práctica
á las a p a r i e n c i a s d e los sentidos, r e l e g a n d o la d u d a al m u n
d o d e la e s p e c u l a c i o n . U n filósofo d i s p u t a r á s o b r e todo, c u a n
to se q u i e r a ; p e r o e n c e s a n d o la d i s p u t a deja d e se r filósofo,
c o n t i n ú a s i e n d o h o m b r e á s e m e j a n z a d e los d e m á s , y disfru
ta d e la certeza c o m o t o d o s ellos. Así lo confiesa H u m e q u e
n e g a b a c o n B e r k e l e y la existencia d e los c u e r p o s : « Y o c ó m o ,
dice, j u e g o al c h a q u e t e , h a b l o c o n m i s a m i g o s , s o y feliz e n
s u c o m p a ñ í a , y c u a n d o d e s p u e s d e d o s ó tres h o r a s d e d i v e r
sion v u e l v o á estas e s p e c u l a c i o n e s , m e p a r e c e n tan frias, t a n '
violentas, tan ridiculas, q u e n o t e n g o valor p a r a c o n t i n u a r
las. M e v e o p u e s a b s o l u t a y n e c e s a r i a m e n t e f o r z a d o á vivir,'1
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h a b l a r y o b r a r c o m o los d e m á s h o m b r e s e n los n e g o c i o s c o
m u n e s d e la v i d a » ( T r a t a d o d e la n a t u r a l e z a h u m a n a , to
m o 1.*)
13. E n las d i s c u s i o n e s s o b r e la c e r t e z a es n e c e s a r i o p r e
c a v e r s e c o n t r a el p r u r i t o pueril d e c o n m o v e r los f u n d a m e n
tos d e la r a z ó n h u m a n a . L o q u e se d e b e b u s c a r e n esta clase
d e c u e s t i o n e s es u n c o n o c i m i e n t o p r o f u n d o d e los p r i n c i p i o s
d e la c i e n c i a y d e las leyes q u e p r e s i d e n al desarrollo d e
n u e s t r o espíritu. E m p e ñ a r s e e n destruir estas leyes es d e s c o
n o c e r el ob je to d e la v e r d a d e r a filosofía ; b a s t a q u e las s o m e
t a m o s á n u e s t r a o b s e r v a c i o n , d e la p r o p i a s u e r t e q u e deter
m i n a m o s las del m u n d o m a t e r i a l sin i n t e n c i o n d e trastornar
el ó r d e n a d m i r a b l e q u e r e i n a e n el universo. L o s e s c é p t i c o s
q u e c o m i e n z a n p o r d u d a r d e t o d o p a r a h a c e r m a s sólida s u
filosofía, s e p a r e c e n á q u i e n , c u r i o s o d e o b s e r v a r y fijar c o n
e x a c t i t u d los f e n ó m e n o s d e la v i d a , se a b r i e s e sin p i e d a d el
p e c h o y aplicase el e s c a l p e l o á s u c o r a z o n palpitante.
L a s o b r i e d a d es tan n e c e s a r i a al espíritu p a r a s u s a d e l a n
tos c o m o al c u e r p o p a r a s u s a l u d ; n o h a y s a b i d u r í a sin p r u
d e n c i a , n o h a y filosofía sin c o r d u r a . Existe e n el f o n d o d e
n u e s t r a a l m a u n a luz d i v i n a q u e n o s c o n d u c e c o n a d m i r a b l e
acierto, si n o n o s o b s t i n a m o s e n a p a g a r l a ; s u r e s p l a n d o r n o s
g u i a , y e n l l e g a n d o al límite d e la c i e n c i a n o s le m u e s t r a ,
n a c i é n d o n o s leer c o n claros c a r a c t e r e s la p a l a b r a basta. N o
v a y a i s m a s alia ; q u i e n la h a escrito es el A u t o r d e todos los
s e r e s , el q u e h a establecido las leyes q u e r i g e n al espíritu
c o m o al c u e r p o , y q u e c o n t i e n e e n s u e s e n c i a infinita la úl
t i m a r a z o n d e todo.
14. L a c e r t e z a q u e pr e e xi s te á t o d o e x á m e n n o es ciega;
a n t e s p o r el contrario, ó n a c e d e la c l a r i d a d d e la vision in
telectual , ó d e u n instinto c o n f o r m e á la r a z o n : n o es c o n
tra la r a z o n , es s u basa. C u a n d o d i s c u r r i m o s , n u e s t r o espí
ritu c o n o c e la v e r d a d p o r el e n l a c e d e las p r o p o s i c i o n e s ,
c o m o si d i j é r a m o s p o r la luz q u e refleja d e u n a s v e r d a d e s á
otras. E n la certeza p r i m i t i v a , la vision es p o r luz directa,
n o n e c e s i t a d e reflexion.
A l c o n s i g n a r p u e s la existencia d e la c e r t e z a n o h a b l a m o s
d e u n h e c h o ciego, n o q u e r e m o s e x t i n g u i r la luz e n s u m i s
m o o r i g e n , a n t e s d e c i m o s q u e allí la luz es m a s brillante q u e
e n s u s r a u d a l e s . T e n e m o s á la vista u n c u e r p o c u y o s r e s p l a n
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d o r e s i l u m i n a n el m u n d o e n q u e v i v i m o s ; si se n o s p i d e
q u e e x p l i q u e m o s s u n a t u r a l e z a y s u s r e l a c i o n e s c o n los d e
m á s , ¿ c o m e n z a r e m o s p o r a p a g a r l e ? L o s físicos p a r a b u s c a r
la n a t u r a l e z a d e la luz y d e t e r m i n a r las leyes á q u e está s o
m e t i d a , n o h a n c o m e n z a d o p o r p r i v a r s e d e la luz m i s m a y
p o n e r s e á o s c u r a s .
15. Este m é t o d o d e filosofar tiene a l g o d e d o g m a t i s m o ,
p e r o d o g m a t i s m o tal q u e , c o m o h e m o s visto , tiene e n s u
a p o y o á los m i s m o s P i r r o n , H u m e , Fichte, m a l d e s u g r a d o .
N o es u n s i m p l e m é t o d o filosófico, es la s u m i s i o n v o l u n t a r i a
á u n a n e c e s i d a d i n d e c l i n a b l e d e n u e s t r a p r o p i a n a t u r a l e z a ;
es la c o m b i n a c i o n d e la r a z o n c o n el instinto, es la a t e n c i o n
s i m u l t á n e a á las diferentes v o c e s q u e r e s u e n a n e n el f o n d o
d e n u e s t r o espíritu. Pasc a l h a d i c h o : «la n a t u r a l e z a c o n f u n
d e á los p i r r ó n i c o s , y la r a z o n á los d o g m á t i c o s . » Este p e n
s a m i e n t o q u e p a s a p o r p r o f u n d o , y q u e lo es bajo cierto as
p e ct o , e n c i e r r a n o o b s t a n t e a l g u n a inexactitud. L a c o n f u s i o n
n o es igual e n a m b o s c a s o s : la r a z o n n o c o n f u n d e al d o g
m á t i c o si n o se la s e p a r a d e la n a t u r a l e z a ; y la n a t u r a l e z a
c o n f u n d e al p i r r ó n i c o , y a sola , y a u n i d a c o n la r a z o n . E l
v e r d a d e r o d o g m á t i c o c o m i e n z a p o r d a r á la r a z o n el c i m i e n
to d e la n a t u r a l e z a ; e m p l e a u n a r a z o n q u e se c o n o c e á si
m i s m a , q u e confiesa la i m p o s i b i l i d a d d e p r o b a r l o todo, q u e
n o t o m a a r b i t r a r i a m e n t e el p o s t u l a d o q u e h a m e n e s t e r , s i n o
q u e lo r e c i b e d e la n a t u r a l e z a m i s m a . A s í la r a z o n n o c o n
f u n d e al d o g m á t i c o q u e g u i a d o p o r ella b u s c a el f u n d a m e n
to q u e la p u e d e a s e g u r a r . C u a n d o la n a t u r a l e z a c o n f u n d e á
los p i r r ó n i c o s atestigua el triunfo d e la r a z o n d e los d o g m á
ticos, c u y o a r g u m e n t o p r i n c i p a l c o n t r a a q u e l l o s es la v o z
d e la m i s m a naturaleza. El p e n s a m i e n t o d e P as c al seria m a s
e x a c t o r e f o r m a d o d e esta m a n e r a : « L a n a t u r a l e z a c o n f u n d e
á los p i r r ó n i c o s , y es n e c e s a r i a á la r a z o n d e los d o g m á t i
c o s . » H a b r í a m e n o s antítesis , p e r o m a s v e r d a d . L a n e c e s i
d a d d e la n a t u r a l e z a n o la d e s c o n o c e n los d o g m á t i c o s ; sin
esta b a s a la r a z o n n a d a p u e d e ; p a r a e j e r c e r su fu e rz a e x i g e
u n p u n t o d e a p o y o ; c o n él ofrecía A r q u í m e d e s l e v a n t a r la
tierra; sin él la i n m e n s a p a l a n c a n o h u b i e r a m o v i d o u n s o l o
á t o m o (II).
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C A P Í T U L O III.

D o s eerteiai : la ^del género h o m a n o j la filosófica. i

16. L a c e r t e z a n o n a c e d e la reflexion ; es u n p r o d u c t o es
p o n t á n e o d e la n a t u r a l e z a del h o m b r e , y v a a n e j a al acto di
l e c t o d e las facultades intelectuales y sensitivas. C o m o q u e
,es u n a c o n d i c i o n n e c e s a r i a al ejercicio d e a m b a s , y q u e sin
ella la v i d a es u n c a o s , la p o s e e m o s i n s t i n t i v a m e n t e y sin re
flexion a l g u n a , d i s f r u t a n d o d e este beneficio de l C r i a d o r c o
m o d e los d e m á s q u e a c o m p a ñ a n i n s e p a r a b l e m e n t e n u e s t r a
existencia.
17. E s p r e c i s o p u e s distinguir e n t r e la c e r t e z a del g é n e r o
h u m a n o , y la filosófica; b i e n q u e h a b l a n d o i n g e n u a m e n t e ,
n o se c o m p r e n d e b a s t a n t e lo q u e p u e d a v a l e r u n a c e r t e z a
h u m a n a diferente d e la del g é n e r o h u m a n o .
P r e s c i n d i e n d o d e los e s f u e r z o s q u e p o r a l g u n o s instantes
h a c e el filósofo p a r a d e s c u b r i r la b a s a d e los h u m a n o s c o n o
c i m i e n t o s , e s fácil d e n o t a r q u e él m i s m o se c o n f u n d e l u e g o
,con el c o m u n d e los h o m b r e s . E s a s c a v i l a c i o n e s n o d e j a n ras
t r o e n s u espíritu e n lo tocante á la c e r t e z a d e t o d o a q u e l l o
d e q u e está cierta la h u m a n i d a d . D e s c u b r e e n t o n c e s q u e n o
e r a u n a v e r d a d e r a d u d a lo q u e sentía, a u n q u e q u i z á s él m i s
m o se hiciese la ilusion d e lo c o n t r a r i o ; e r a n s i m p l e s s u p o
s i c i o n e s , n a d a m a s . E n i n t e r r u m p i e n d o la m e d i t a c i o n , y a u n
si b i e n se o b s e r v a , m i e n t r a s ella d u r a , se halla ta n cierto
c o m o el m a s rústico d e s u s actos interiores , d e la e x i s t e n c i a
d e l c u e r p o p r o p i o , d e los d e m á s q u e r o d e a n el s u y o , y d e
m i l otras c o s a s q u e c o n s t i t u y e n el c a u d a l d e c o n o c i m i e n t o
n e c e s a r i o p a r a los u s o s d e la vida.
D e s d e el n i ñ o d e p o c o s a ñ o s h a s t a el v a r o n d e e d a d p r o v e c
í a y juicio m a d u r o , p r e g u n t a d l e s s o b r e la certeza d e la exis
te n c ia p r o p i a , d e s u s actos , i n t e r n o s y e x t e r n o s , d e los pa-
rientes y a m i g o s , del p u e b l o e n q u e r e s i d e n y d e otros o b j e
tos q u e h a n visto , ó d e q u e h a n o i d o h a b l a r , n o o b s e r v a r e i s
v a c i l a c i o n a l g u n a ; y lo q u e es m a s , ni d i f e r e n c i a d e n i n g u n a
t . i. 2
 clase , e n t r e los g r a d o s d e s e m e j a n t e certeza; d e m o d o q u e si
n o t ie nen noticia d e las c u e s t i o n e s filosóficas q u e s o b r e e s t a s
m a t e r i a s se agitan , leereis e n s u s s e m b l a n t e s la a d m i r a c i o n y
el a s o m b r o d e q u e h a y a q u i e n p u e d a o c u p a r s e s e r i a m e n t e e n
a v e r i g u a r c o s a s tan claras.
18. C o m o n o es posible s a b e r d e q u é m a n e r a se v a n d e s
e n v o l v i e n d o las facultades sensitivas intelectuales y m o r a l e s -
d e u n n i ñ o , n o es d a b l e t a m p o c o d e m o s t r a r & priori, p o r el
análisis d e las o p e r a c i o n e s q u e e n s u espíritu se realizan, q u e
á la f o r m a c i o n d e la c e r t e z a n o c o n c u r r e n los actos reflejos;
p e r o n o s e r á difícil d e m o s t r a r l o p o r los indicios q u e d e sí ar
roja el ejercicio d e estas facultades , c u a n d o y a se h a l l a n e n
m u c h o desarrollo.
Si h i e n se o b s e r v a , las facultades del n i ñ o t i e n e n u n hábito-
d e o b r a r e n u n s e n t i d o directo , y n o reflejo , lo cual m a n i f i e s
ta q u e s u desarrollo n o se h a h e c h o p o r reflexion , s i n o di
r e c t a m e n t e .
Si el desarrollo p r i m i t i v o f u e s e p o r reflexion , la f u e r z a re
flexiva seria g r a n d e ; y sin e m b a r g o n o s u c e d e así: s o n m u y
p o c o s los h o m b r e s d o t a d o s d e esta fuerza, y e n la m a y o r
parte es p o c o m e n o s q u e nula. L o s q u e l l eg a n á tenerla , la
a d q u i e r e n c o n a s i d u o trabajo, y n o sin h a b e r s e violentado-
m u c h o p a r a p a s a r del c o n o c i m i e n t o d i r e c t o al reflejo.
19. E n s e ñ a d á u n n i ñ o j u n objeto c u a l q u i e r a y lo p e r c i b e
b i e n ; p e r o l l a m a d l e la a t e n c i o n s o b r e la p e r c e p c i o n m i s m a ,
y d e s d e l u e g o s u e n t e n d i m i e n t o se o s c u r e c e y se c o n f u n d e .
H a g a m o s la e x p e r i e n c i a . S u p o n g a m o s u n n i ñ o á q u i e n se
e n s e ñ a n los r u d i m e n t o s d e la g e o m e t r í a . — ¿ V e s esta figura,
q u e se cierra c o n las tres líneas ? E s t o se l l a m a t r i á n g u l o : las
lineas t i e n e n el n o m b r e d e l ad o s, y e s o s p u n t o s d o n d e se
r e u n e n las líneas se a p e l l i d a n vértices d e s u s á n g u l o s . — ! ' »
c o m p r e n d o b i e n . — ¿ Y e s e s a o t r a q u e s e c i é r r a c o n c u a t r o lí
n e a s ? es u n cuadrilátero; el c u a l , c o m o el t r i á n g u l o , tiene
t a m b i e n s u s l a d o s y s u s v é r t i c e s . — M u y b i e n — ¿ U n c u a d r i l á
tero p u e d e s er triángulo ó v i c e - v e r s a ? — N ó s e ñ o r . — ¿ J a m á s ?
— J a m á s . — Y ¿ p o r q u é ? — ¿ N o v e Y . q u e a q u í h a y c u a t r o y
acfuí tres l a d o s ? ¿ c ó m o p u e d e n ser u n a m i s m a c o s a ? — Pero-
¿ q u i é n s a b e ? á tí t e l o p a r e c e p e r o . . . . . — N o s e ñ o r ;
¿ n o lo v e V. a q u í ? este tres , e s e otro c u a t r o , y n o es lo m i s
m o c u a t r o q u e tres.
i .! . r
 - I I -
A t o r m e n t a d el e n t e n d i m i e n t o del n i ñ o tanto c o m o q u e r a i s ,
n o Je s a c a r e i s d e s u t e m a : s i e m p r e notareis s u p e r c e p c i o n y
s u r a z o n o b r a n d o e n s e n t i d o directo, esto es, fijándose so
b r e el objeto, p e r o n o lograreis q u e p o r si solo dirija la
a t e n c i o n á los actos interiores , q u e p i e n s e e n s u p e n s a m i e n
to , q u e c o m b i n e i d e a s reflejas , ni q u e e n ellas b u s q u e la
c e r t e z a d e s u juicio.
20. Y h é a q u í u n d e f e c t o capital del arte d e p e n s a r , tal
c o m o se h a e n s e ñ a d o h a s t a a h o r a . A u n a inteligencia tierna
se la ejercita l u e g o c o n lo m a s difícil q u e o f r e c e la ciencia,
el reflexionar; l o q u e es ta n d e s a c e r t a d o c o m o si se c o m e n z a s e
el desarrollo m a t e r i a l del n i ñ o p o r los e j e r c i c i o s m a s a r d u o s
d e la g i m n á s t i c a . Él desarrollo científico del h o m b r e se h a d e
f u n d a r s o b r e el natural, y este n o es reflejo s i n o directo.
M . A p l i q u e s e la m i s m a o b s e r v a c i o n al [uso d e los s e n
tidos.
¿ O y e V. q u é m ú s i c a ? d i c e el niño. — C ó m o , ¿ q u é m ú s i c a ?
— ¿ N o o y e V . ? ¿ e s t á V . s o r d o ? — A tí te lo p a r e c e . — P e r o
s e ñ o r , si s e o y e t a n b i e n ! ¿ c ó m o es p o s i b l e ? — P e r o ¿ c ó
m o lo s a b e s ? — S e ñ o r , si lo o i g o !
Y d e e s e lo oigo n o s e le p o d r á s a c a r , y n o l o g r a r e i s q u e v a -
cile, ni q u e p a r a d e s h a c e r s e d e las i m p o r t u n i d a d e s a p e l e á
n i n g u n acto reflejo: « y o la o i g o ; ¿ n o la o y e V . ? » p a r a él n o
h a y m a s r a z o n . y t o d a v u e s t r a filosofía n o valdría tanto c o m o
la irresistible fuerza d e la s e n s a c i o n q u e le a s e g u r a d e q u e h a y
m ú s i c a , y q u e q u i e n lo d u d e , ó se c h a n c e a ó está s or do.
2t. Si las facultades d el n i ñ o se h u b i e s e n d e s a r r o l l a d o e n
u n a alternativa d e actos directos y reflejos , si al irse c er cio
r a n d o d e las c o s a s h u b i e s e p e n s a d o e n algo m a s q u e e n las
c o s a s m i s m a s , claro es q u e u n a c o n t i n u a c i o n d e actos s e m e
j a n t e s h u b i e r a d e j a d o h u e l l a e n s u espíritu, y q u e al e n c o n
trarse e n u n a si tu aci o n a p r e m i a d o r a e n q u e se le p r e g u n t a
b a n los m o t i v o s d e s u certeza , h u b i e r a e c h a d o m a n o d e los
m i s m o s m e d i o s q u e le sirvieron e n el s u c e s i v o desarrollo d e
s u s facultades , se h u b i e r a d e s e n t e n d i d o del objeto, se h u b i e
r a r e p l e g a d o s o b r e sí m i s m o , y d e u n m o d o ú o t r o h a b r í a
p e n s a d o e n s u p e n s a m i e n t o , y c o n t e s t a d o á la dificultad e n
el m i s m o sentido. N a d a d e esto s u c e d e ; lo q u e i n d i c a q u e n o
h a n existido tales actos reflejos , q u e n o h a h a b i d o m a s q u e
las p e r c e p c i o n e s a c o m p a ñ a d a s d e la c o n c i e n c i a í n t i m a y d e la
 - M —
c e r t e z a d e ellas ; p e r o t o d o e n c o n f u s o , d e u n a m a n e r a instin
tiva, sin n a d a q u e p a r e c e r s e p u d i e r a á reflexiones filosóficas.
23. Y es d e n o t a r q u e lo q u e a c o n t e c e al n i ñ o , s e verifica
t a m b i e n e n los h o m b r e s adultos , p o r claro y d e s p e j a d o q u e
s ea s u e n t e n d i m i e n t o . Si n o e s t á n iniciados e n las c u e s t i o n e s
filosóficas , recibireis á p o c a diferencia las m i s m a s r e s p u e s t a s
al p r o p o n e r l e s dificultades s o b r e los e x p r e s a d o s objetos , y
a u n s o b r e m u c h í s i m o s otros e n q u e al p a r e c e r p o d r í a c a b e r
m a s d u d a . L a e x p e r i e n c i a p r u e b a m e j o r q u e t o d o s los dis
c u r s o s , q u e n a d i e a d q u i e r e la c e r t e z a p o r acto reflejo.
24. D i c e n los filósofos q u e las f u e n t e s d e la certeza s o n el
s e n t i d o í n t i m o ó la c o n c i e n c i a d e los actos, los s e n t i d o s e x
teriores , el s e n t i d o c o m u n , la r a z o n , la a u t o r i d a d . V e a m o s
c o n a l g u n o s e j e m p l o s lo q u e h a y d e reflejo e n t o d a s estas
fuentes, c ó m o p i e n s a el c o m u n d e los h o m b r e s , y h a s t a los
m i s m o s filósofos, c u a n d o n o p i e n s a n c o m o filósofos s i n o c o
m o h o m b r e s .
25. U n a p e r s o n a d e e n t e n d i m i e n t o claro , p e r o sin noticia
d e las c u e s t i o n e s s o b r e la certeza , a c a b a d e v e r u n m o n u -
m e n t o q u e deja e n el a l m a u n a i m p r e s i o n v i v a y d u r a d e r a ,
el Escorial p o r e j e m p l o . A l p o n d e r a r lo g r a t o d el r e c u e r d o ,
suscitadle d u d a s s o b r e la e x i s t e n c i a d e este e n s u espíritu, y
s u c o r r e s p o n d e n c i a , y a c o n el a c t o p a s a d o d e ver, y a c o n el
edificio visto; es b i e n s e g u r o q u e si n o p i e n s a q u e os c h a n
ceais, le d e s c o n c e r t a r e i s c o m p l e t a m e n t e h a c i é n d o l e s o s p e c h a r
q u e h a b e i s p e r d i d o el juicio. E n t r e c o s a s t a n diferentes c o m o
s o n , la existencia actual del r e c u e r d o , s u c o r r e s p o n d e n c i a
c o n el acto p a s a d o d e v e r , y la c o n v e n i e n c i a d e t o d o c o n el
edificio visto , él n o d e s c u b r e diferencia a l g u n a . P a r a este c a
s o n o s a b e m a s q u e u n n i ñ o d e seis a ñ o s : « m e a c u e r d o ; lo
vi; es tal c o m o lo r e c u e r d o : » h é a q u í t o d a s u c i e n c i a ; n a d a
d e reflexion, n a d a d e s e p a r a c i o n , t o d o directo y s i m u l t á n e o .
H a c e d las s u p o s i c i o n e s q u e b i e n os p a r e z c a n , n o sacareis
del c o m u n d e los h o m b r e s , c o n r e s p e c t o al s e n t i d o i n t i m o ,
m a s q u e lo q u e h a b e i s s a c a d o del r e c u e r d o del Escorial : « e s
así, y n o h a y m a s . » A q u i n o h a y actos reflejos, la c e r t e z a a c o m -
p a ñ a al directo , y todas las reflexiones filosóficas n o s o n c a
p a c e s d e a ñ a d i r u n a d a r m e d e s e g u r i d a d á la q u e n o s d a la
f u e r z a m i s m a d e las c o s a s , el instinto d e la naturaleza.
26. E j e m p l o del t e s t i m o n i o d e los sentidos.
 - 2 1 —
S e p r e s e n t a á n u e s t r o s ojos u n objeto c u a l q u i e r a , y si está
á la c o r r e s p o n d i e n t e distancia y c o n la luz suficiente, j u z g a
m o s l u e g o d e s u t a m a ñ o , figura y color ; q u e d á n d o n o s m u y
s e g u r o s d e la v e r d a d d e n u e s t r o juicio , a u n c u a n d o e n n u e s .
tra v i d a n o h a y a m o s p e n s a d o e n las teorías d e las s e n s a c i o
nes, ni e n las r e l a c i o n e s d e n u e s t r o s ó r g a n o s e n t r e sí y c o n l o s
objetos e x t e r n o s . N i n g u n acto reflejo a c o m p a ñ a la f o r m a c i o n
del juicio; t o d o se h a c e i n s t i n t i v a m e n t e , sin q u e i n t e r v e n g a n
c o n s i d e r a c i o n e s filosóficas. L o v e m o s y n a d a m a s ; esto n o s
b a s t a p a r a la certeza. S o l o d e s p u e s d e h a b e r m a n e j a d o los
libros d o n d e se v e n t i l a n s e m e j a n t e s c u e s t i o n e s , v o l v e m o s la
a t e n c i o n s o b r e n u e s t r o s actos ; y a u n es d e n o t a r q u e esta
a t e n c i o n d u r a , ínterin n o s o c u p a m o s del análisis científico;
p u e s e n o l v i d á n d o n o s d e este, lo q u e s u c e d e b i e n p r o n t o , e n
t r a m o s d e n u e v o e n la c o r r i e n t e u n i v e r s a l , y solo e c h a m o s
m a n o d e la filosofía e n c a s o s m u y c o n t a d o s .
N ó t e s e q u e a q u í se h a b l a d e la c e r t e z a del juicio f o r m a d o
á c o n s e c u e n c i a d e la s e n s a c i o n , solo e n c u a n t o está l i g a d o
c o n los u s o s d e la vida, y d e n i n g u n a m a n e r a e n lo t o c a n t e
á s u m a y o r ó m e n o r e x a c t i t u d c o n r e s p e c t o á la n a t u r a l e z a
d e las cosas. A s í , p o c o i m p o r t a q u e los colores, p o r e j e m
p l o , s e a n c o n s i d e r a d o s c o m o c al i da d es i n h e r e n t e s á los c u e r
p o s , a u n c u a n d o esto¡sea ilusion; basta q u e el juicio f o r m a
d o n o altere e n n a d a n u e s t r a s r e l a c i o n e s c o n los objetos, s e a
c u a l f u e r e la teoría filosófica.
87. E j e m p l o del s e n t i d o c o m u n .
E n p r e s e n c i a d e u n c o n c u r s o n u m e r o s o , a r r o j a d á la v e n
t u r a e n el s u e l o u n c a j o n d e c a r a c t e r e s d e i m p r e n t a , y d e c i d
á los c i r c u n s t a n t e s q u e r e s u l t a r á n escritos los n o m b r e s d e
t o d o s ellos; p o r u n a n i m i d a d se r e i r á n d e v u e s t r a insensatez;
y ¿ e n q u é se f u n d a n ? ¿ h a n r e f l e x i o n a d o s o b r e el f u n d a m e n t o
d e s u c e r t e z a ? N ó , d e s e g u r o .
28. E j e m p l o d e la raz o n.
T o d o s r a c i o c i n a m o s , y e n m u c h o s c a s o s c o n acierto. S i n
arte, sin reflexion d e n i n g u n a clase, d i s t i n g u i m o s c o n fre
c u e n c i a lo sólido d e lo fútil, lo sofístico d e lo c o n c l u y e n t e .
P a r a esto n o n e c e s i t a m o s a t e n d e r al c u r s o q u e s i g u e n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o ; sin advertirlo s i q u i e r a n o s v a m o s p o r el b u e n
c a m i n o ; y tal h o m b r e h a b r á f o r m a d o e n s u v i d a m i l l o n e s d e
r a c i o c i n i o s m u y r i g u r o s o s y e x a c t o s , q u e n o h a b r á a t e n d i d o
 _ t i _
u n a sola v e z al m o d o c o n q u e raciocina. A u n los m a s v e r s a
d o s e n el artificio d e la dialéctica se o l v i d a n á m e n u d o d e
ella ; la p r a c t i c a n q u i z á s m u y b i e n , p e r o sin a t e n d e r e x p r e
s a m e n t e á n i n g u n a d e s u s reglas.
29. L o s i d e ó l o g o s e s c r i b e n v o l ú m e n e s e n t e r o s s o b r e las
o p e r a c i o n e s d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ; y estas o p e r a c i o n e s las
e j e c u t a el h o m b r e m a s rústico sin p e n s a r q u e las h a c e . ¡ C u á n .
to n o se h a escrito s o b r e la a b s t r a c c i o n , s o b r e la g e n e r a l i z a
cion, s o b r e los u n i v e r s a l e s !Y n o h a y h o m b r e q u e n o t e n g a to
d o esto m u y b i e n a r r e g l a d o e n s u c a b e z a , a u n q u e n o s e p a q u e
existe u n a c i e n c i a q u e lo e x a m i n a . E n s u l e n g u a j e hallareis
e x p r e s a d o lo u n i v e r s a l y lo particular, notareis q u e e n s u dis
c u r s o c a d a c o s a o c u p a el p u e s t o q u e le c o r r e s p o n d e ; s u s a c
tos directos n o le o f r e c e n dificultad. P e r o l l a m a d l e la a t e n
c i o n s o b r e e s o s m i s m o s actos, s o b r e la a b s t r a c c i o n p o r e j e m
p l o : lo q u e e n el ó r d e n directo del p e n s a m i e n t o e r a t a n claro
y l u m i n o s o , se c o n v i e r t e e n u n c a o s al p a s a r al ó r d e n reflejo.
S e e c h a p u e s d e v e r q u e e n el m e d i o d e s u y o m a s reflexivo
c u a l es el raciocinio, o b r a m u y p o c o la reflexion, q u e tiene
p o r objeto el m i s m o acto q u e se ejerce.
30. E j e m p l o d e la a u t o r i d a d .
N i n g u n h a b i t a n t e d e países civilizados i g n o r a q u e existe
u n a n a c i o n l l a m a d a Inglaterra ; y la m a y o r p a r t e d e ellos , n o
lo s a b e n s i n o p o r h a b e r l o o i d o ó leido , e s d e c i r , p o r autori
d a d . C l a r o es q u e la c e r t e z a d e la e x i s t e n c i a d e la I n g l a t e r r a
es tanta , q u e n o la e x c e d e n la d e los m i s m o s objetos q u e s e
t i e n e n á la vista; y sin e m b a r g o , ¿ c u á n t o s s o n los q u e h a n
p e n s a d o e n el análisis d e los f u n d a m e n t o s e n q u e se a p o y a
s e m e j a n t e c e r t e z a ? M u y p o c o s . ¿ Y esta s e r á m a y o r e n los q u e
s e h a y a n o c u p a d o d e ella q u e e n los d e m á s ? N ó , s e g u r a m e n
te. L u e g o e n el p r e s e n t e c a s o y otros infinitos a n á l o g o s , p a r a
n a d a i n t e r v i e n e n los actos reflejos; la c e r t e z a se f o r m a ins
t i n t i v a m e n t e , sin el auxilio d e n i n g u n m e d i o p a r e c i d o á los
filosóficos.
31. Estos e j e m p l o s m a n i f i e s t a n q u e la h u m a n i d a d e n lo
t o c a n t e á la certeza, a n d a p o r c a m i n o s m u y diferentes d e los
d e la filosofía: el C r i a d o r q u e h a s a c a d o d e la n a d a á los se
res, los h a provisto d e lo n e c e s a r i o p a r a ejercer s u s f u n c i o n e s
s e g u n el l u g a r q u e o c u p a n e n el u n i v e r s o ; y u n a d e las pri
m e r a s n e c e s i d a d e s del s er inteligente e r a la c e r t e z a d e a l g u
 ñ a s v e r d a d e s . ¿ Q u é seria d e n o s o t r o s si al c o m e n z a r á reci
bir i m p r e s i o n e s , al g e r m i n a r e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o las
p r i m e r a s i d e a s , n o s e n c o n t r á s e m o s c o n el fatigoso trabajo
-de l a b r a r u n s i s t e m a q u e n o s p u s i e s e á c u b i e r t o d e la i n c e r -
t i d u m b r e ? Si así f uese , n u e s t r a inteligencia m o r i r í a al o a -
c e r ; p o r q u e e n v u e l t a e n el c a o s d e su s p r o p i a s c a v i l a c i o n e s
e n el m o m e n t o d e abrir los ojos á la luz , y c u a n d o s u s f u e r
z a s s o n t o d a v í a t an escasas, n o a l c a n z a r i a á disipar las n u
b e s q u e se l e v a n t a r í a n d e t o d o s lados , y a c a b a r í a n p o r s u
m i r l a e n u n a c o m p l e t a o s c u r i d a d .
Si los filósofos m a s a v e n t a j a d o s , si las inteligencias m a s
c l a r a s y p e n e t r a n t e s , si los g e n i o s d e m a s p u j a n z a y brio,
h a n t r a b a j a d o c o n la n e s c a s o fruto p a r a a s e n t a r los p rin ci
p i o s sólidos q u e p u d i e s e n servir d e f u n d a m e n t o á las ciencias,
¿ q u é s u c e d i e r a si el C r i a d o r n o b u b i e s e a c u d i d o á esta n e c e
s i d a d , p r o v e y e n d o d e c e r t e z a á la tierna i n t e l i g e n c i a , del
p r o p i o m o d o q u e p a r a la c o n s e r v a c i o n del c u e r p o h a p r e p a
r a d o el aire q u e le vivifica, y la l e c h e q u e le a l i m e n t a ?
32. Si a l g u n a parle d e la c i e n c i a d e b e s er c o n s i d e r a d a
« a m o p u r a m e n t e e s p e c u l a t i v a , es sin d u d a la q u e v e r s a s o
b r e la certeza: y esta p r o p o s i c i o n p o r m a s q u e á p r i m e r a vis-
la p a r e z c a u n a p a r a d o j a , es sin e m b a r g o u n a v e r d a d n a d a
(difícil d e d e m o s t r a r .
33. ¿ Q u é p u e d e p r o p o n e r s e e n este particular la filosofía?
¿ P r o d u c i r la c e r t e z a ? E s t a existe , i n d e p e n d i e n t e d e t o d o s los
s i s t e m a s filosóficos: n a d i e h a b i a p e n s a d o e n s e m e j a n t e s c u e s
t i o n e s , c u a n d o la h u m a n i d a d e s t a b a y a cierta á,e infinitas
cosas. T o d a v í a m a s : d e s p u e s d e s u s c i t a d a la c u e s t i o n , h a n
s i d o p o c o s los q u e s e h a n o c u p a d o d e ella, c o m p a r a d o s
c o n la totalidad del g é n e r o h u m a n o ; lo m i s m o s u c e d e a h o r a ,
y s u c e d e r á e n ad el ante . L u e g o c u a n t a s teorías se e x c o g i t e n
s o b r e este p u n t o e n n a d a p u e d e n influir e n el f e n ó m e n o d e
la certeza. L o q u e se d i c e c o n r e s p e c t o á p r o d u c i r l a , p u e d e
e x t e n d e r s e al intento d e consolidarla. ¿ C u á n d o h a n t e n i d o
ó t e n d r á n ni o c a s i o n ni t i e m p o el c o m u n d e los h o m b r e s ,
p a r a o c u p a r s e d e s e m e j a n t e s c u e s t i o n e s ?
34. Si a l g o h u b i e r a p o d i d o p r o d u c i r la filosofía e n esta
p a r t e , h a b r í a s i d o el e s c e p t i c i s m o ; p u e s q u e la v a r i e d a d y
o p o s i c i o n d e los s i s t e m a s e r a n m a s p r o p i a s p a r a e n g e n d r a r
d u d a s q u e p a r a disiparlas. A f o r t u n a d a m e n t e , la n a t u r a l e z a
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s e resiste al e s c e p t i c i s m o d e u n a m a n e r a i n s u p e r a b l e ; y los
s u e ñ o s del g a b i n e t e d e los sa b io s n o t r a s c i e n d e n á los u s o s
d e la v i d a del c o m u n d e los h o m b r e s , ni a u n d e los m i s m o s
q u e los p a d e c e n ó los fingen.
35. El objeto m a s r a z o n a b l e q u e e n e s t a c u e s t i o n p u e d e -
p r o p o n e r s e la filosofía es el e x a m i n a r s i m p l e m e n t e los ci
m i e n t o s d e la c e r t e z a , solo c o n la m i r a d e c o n o c e r m a s á
f o n d o al espíritu h u m a n o , sin lisonjearse d e p r o d u c i r n i n
g u n a alteracion e n la práctica: á la m a n e r a q u e los a s t r ó n o
m o s o b s e r v a n la c a r r e r a d e los astros , y p r o c u r a n a v e r i g u a r
y d e t e r m i n a r las leyes á q u e está sujeta , sin q u e p o r esto
p r e s u m a n p o d e r modificarlas.
36. M a s a u n e n esta s u p o s i c i o n , se halla la filosofía e n
s i t u a c i o n n a d a satisfactoria: p o r q u e si r e c o r d a m o s lo q u e a r
riba se lleva e sta bl eci do, e c h a r e m o s d e v e r q u e la c i e n c i a
o b s e r v a u n f e n ó m e n o real y v e r d a d e r o , p e r o le d a u n a expli
c a c i o n gratuita, h a c i e n d o d e él u n análisis i m a g i n a r i o .
E n efecto, se h a d e m o s t r a d o c o n la e x p e r i e n c i a q u e n u e s
tro e n t e n d i m i e n t o n o se g u i a p o r n i n g u n a d e las c o n s i d e r a
c i o n e s q u e t i e n e n p r e s e n t e s los filósofos; s u a s e n s o , e n los
c a s o s e n q u e v a a c o m p a ñ a d o d e m a y o r certeza, es u n f r u t o
e s p o n t á n e o d e u n instinto n a t u r a l , n ó d e c o m b i n a c i o n e s ; u n a
a d h e s i o n f i r m e a r r a n c a d a p o r la e v i d e n c i a d e la v e r d a d , ó la
f u e r z a del s e n t i d o i n t i m o ó el i m p u l s o del instinto, n ó u n a
c o n v i c c i o n p r o d u c i d a p o r u n a séric d e raciocinios; l u e g »
esas c o m b i n a c i o n e s y raciocinios, solo e x i s t e n e n la m e n t e
del filósofo , m a s n o e n la r e a l i d a d ; l u e g o c u a n d o se q u i e r e n
s e ñ a l a r los c i m i e n t o s d e la c e r t e z a , se i n d i c a lo q u e tal vez.
p u d i e r a ó d e b i e r a h a b e r , p e r o n o lo q u e h a y .
Si los filósofos se g u i a s e n p o r s u s s i s t e m a s y n o se o l v i d a
s e n ó n o p r e s c i n d i e s e n d e ellos tan p r o n t o c o m o a c a b a n d e
explicarlos , y a u n m i e n t r a s los e x p l i c a n , p u d i e r a d e c i r s e
q u e si n o se d a r a z o n d e la certeza h u m a n a , se d a d e la c e r
teza filosófica ; p e r o l i m i t á n d o s e los m i s m o s filósofos á u s a r
d e s u s m e d i o s científicos , solo c u a n d o los d e s e n v u e l v e n e n
s u s c á t e d r a s , resulta q u e los p r e t e n d i d o s c i m i e n t o s s o n u n a
p u r a teoría q u e p o c o ó n a d a tiene q u e v e r c o n la r e a l i d a d
d e las cosas.
37. E s t a d e m o s t r a c i o n d e la v a n i d a d d e los s i s t e m a s filo
sóficos e n lo t o c a n t e á los f u n d a m e n t o s d e la certeza , léjos
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d e c o n d u c i r al e s c e p t i c i s m o , lleva á u n p u n t o d i r e c t a m e n t e
o p u e s t o : p o r q u e h a c i é n d o n o s a p r e c i a r e n s u justo v a l o r la
v a n i d a d d e las c a v i l a c i o n e s h u m a n a s , y c o m p a r a n d o s u i m
p o t e n c i a c o n la irresistible f u e r z a d e la naturaleza, n o s a p a r
ta del n e c i o o r g u l l o d e s o b r e p o n e r n o s á las l e y e s d i c t a d a s
p o r el C r i a d o r á n u e s t r a inteligencia , n o s h a c e e n t r a r e n el
c a u c e p o r d o n d e c o r r e la h u m a n i d a d e n el torrente d e los
siglos, y n o s inclina á a c e p t a r c o n u n a filosofía juiciosa , lo
m i s m o q u e d e t o d o s m o d o s n o s f u e r z a n á a c e p t a r las leyes
d e n u e s t r a n a t u r a l e z a (III).

C A P Í T U L O I V .

Si existe la ciencia trascendental en el o r d e n intelectual absoluto.

38. L o s filósofos h a n b u s c a d o u n p r i m e r p r i n c i p i o d e los

c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s : c a d a c u a l le h a s e ñ a l a d o á s u m a
n e r a , y d e s p u e s d e tanta d i s c u s i o n , todavía es d u d o s o q u i é n
h a a c e r t a d o , y hasta si h a a c e r t a d o n a d i e .
A n t e s d e p r e g u n t a r c u á l e r a el p r i m e r principio, e r a n e
cesario s a b e r si existia. Esta ú l t i m a c u e s t i o n n o p u e d e s u p o
n e r s e resuelta e n s e n t i d o a f i r m a t i v o , p u e s c o m o v e r e m o s
l u e g o es s u s c e p t i b l e d e diferentes r e s o l u c i o n e s s e g u n el as
p e c t o b a j o el c u a l se la m i r a .
El p r i m e r p r i n c i p i o d e los c o n o c i m i e n t o s p u e d e e n t e n d e r
s e d e d o s m a n e r a s : ó e n c u a n t o significa u n a v e r d a d ú n i c a
d e la cual n a z c a n todas las d e m á s ; ó e n c u a n t o e x p r e s a u n a
v e r d a d c u y a s u p o s i c i o n s e a n e c e s a r i a , si n o se q u i e r e q u e
d e s a p a r e z c a n todas las otras. E n el p r i m e r s e n t i d o se b u s c a
u n m a n a n t i a l del cual n a z c a n todas las a g u a s q u e r i e g a n u n a
c a m p i ñ a ; e n el s e g u n d o , se p i d e u n p u n t o d e a p o y o p a r a
afianzar s o b r e él u n g r a n peso.
39. ¿ E x i s t e u n a v e r d a d d e la c u a l d i m a n e n t o d a s l a s otras?
E n la r e ali da d, e n el ó r d e n d e los seres, e n el ó r d e n intelec
tual u n i v e r s a l , sí; e n el ó r d e n intelectual h u m a n o , nó.
40. E n el ó r d e n d e los s e r e s h a y u n a v e r d a d o r i g e n d e to
d a s , p o r q u e la v e r d a d es la re a li d a d, y h a y u n S e r , a u t o r d e
 t o d o s los seres. Este ser es u n a v e r d a d , la v e r d a d m i s m a , la
p l e n i t u d d e v e r d a d ; p o r q u e es el s e r p o r e s e n c i a , la pleni
t u d del ser. , .
Esta u n i d a d d e o r i g e n la lian r e c o n o c i d o e n cierto m o d o
t o d a s las e s c u e l a s filosóficas. L o s ateos h a b l a n d e la f u e r z a
d e la n a t u r a l e z a ; los panteistas d e la s u s t a n c i a ú n i c a , d e lo
a b s o l u t o , d e lo i n c o n d i c i o n a l ; u n o s y otros h a n a b a n d o
n a d o la i d e a d e D i o s , y trabajan p o r r e e m p l a z a r l a c o n a l g o
q u e sirva d e o r i g e n á la existencia de l u n i v e r s o y al d e s a r
rollo d e s u s f e n ó m e n o s .
41. E n el ó r d e n intelectual u n i v e r s a l h a y u n a v e r d a d d e
la c u a l d i m a n a n t oda s; es decir, q u e e s a u n i d a d d e o r i g e n d e
t o d a s l a s . v e r d a d e s , n o solo se halla e n las v e r d a d e s realiza
d a s , ó e n los seres c o n s i d e r a d o s e n sí m i s m o s , s i n o t a m b i e n
e n el e n c a d e n a m i e n t o d e ideas q u e r e p r e s e n t a n á estos seres.
P o r m a n e r a q u e si n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p u d i e s e e l e v a r s e ai
c o n o c i m i e n t o d e t o d a s las v e r d a d e s , a b r a z á n d o l a s e n s u c o n
j u n t o , e n todas las r e l a c i o n e s q u e las u n e n , v e r i a q u e á p e
s ar d e la d i s p e r s i o n e n q u e se n o s o f r e c e n e n las d i r e c c i o n e s
m a s r e m o t a s y d i v e r g e n t e s , e n l l e g a n d o á cierta altura v a n
c o n v e r g i e n d o á u n c e n t r o , e n el c u a l se e n l a z a n , c o m o las
m a d e j a s d e luz e n el p u n i o l u m i n o s o q u e las d e s p i d e .
41. L o s teólogos al p a s o q u e e x p l i c a n los d o g m a s d e la
Iglesia, s i e m b r a n á m e n u d o e n s u s tratados d o c t r i n a s filosó'
ficas m u y p r o f u n d a s . A s í s a n t o T o m á s e n s u s c u e s t i o n e s s o b r e
el e n t e n d i m i e n t o d e los á n g e l e s , y e n otras partes d e s u s
o br a s , n o s h a d e j a d o u n a teoría m u y i n t e r e s a n t e y l u m i n o s a .
S e g u n él, á p r o p o r c i o n q u e los espíritus s o n d e u n ó r d e n s u
p e r i o r , e n t i e n d e n p o r u n m e n o r n ú m e r o d e ideas; y así c o n
t i n ú a la d i s m i n u c i o n h a s t a llegar á D i o s , q u e e n t i e n d e p o r
m e d i o d e u n a i d e a ú n i c a , q u e es s u m i s m a esencia. D e esta
s u e r t e , s e g u n el S a n t o D o c t o r , h a y n o solo u n s er a u t o r d e
t o d o s los s e r e s , s i n o t a m b i e n u n a i d e a ú n i c a , infinita, q u e
las e n c i e r r a todas. Q u i e n la p o s e a p l e n a m e n t e lo v e r á t o d o e n
ella; p e r o c o m o esta p l e n i t u d , q u e e n t é r m i n o s teológicos s e
l l a m a c o m p r e n s i o n , es p r o p i a ú n i c a m e n t e d e la inteligencia
infinita d e Dios, las criaturas c u a n d o e n la otra v i d a a l c a n c e n
la vision beatífica, q u e consiste e n la in t ui c i on d e la e s e n c i a
divina, v e r á n m a s ó m e n o s objetos e n D i o s s e g u n s e a la m a
y o r ó m e n o r p e r f e c c i o n c o n q u e le p o s e a n . ¡ C o s a a d m i r a b l e !
 _ 4 7 —
El d o g m a d e la vision beatífica b i e n e x a m i n a d o , es t a m b i e n
u n a v e r d a d q u e d e r r a m a torrentes d e luz s o b r e las teorías
filosóficas! El s u e ñ o s u b l i m e d e M a l e b r a n c h e s o b r e las ideas,
e r a q u i z á s u n a r e m i n i s c e n c i a d e s u s estudios teológicos.
43. L a c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l , q u e las a b r a z a y e x p l i c a to
d a s , es u n a q u i m e r a p a r a n u e s t r o espíritu m i e n t r a s h a b i t a
s o b r e la tierra ; p e r o es u n a r e a l i d a d p a r a otros espíritus d e
u n ó r d e n s u p e r i o r , y lo s e r á p a r a el n u e s t r o c u a n d o d e s p r e n
d i d o d e l c u e r p o m o r t a l , l l e g u e á las r e g i o n e s d e la luz.
44. E n c u a n t o p o d e m o s c o n j e t u r a r p o r a n a l o g í a s , t e n e
m o s p r u e b a s d e q u e existe e n efecto esa ciencia t r a s c e n d e n
tal q u e las e n c i e r r a todas, y q u e á s u v e z s e r e f u n d e e n u n
s o l o p r i n c i p i o , ó m e j o r , e n u n a sola idea, e n u n a sola intui
cion. O b s e r v a n d o la escala d e los seres, los g r a d o s e n q u e
e s t á n distribuidas las inteligencias i n d i v i d u a l e s , y el s u c e s i
v o p r o g r e s o d e las ciencias , se n o s p r e s e n t a la i m á g e n d e
esta v e r d a d d e u n a m a n e r a m u y notable.
U n o d e los c a r a c t e r e s distintivos d e la inteligencia es el
g e n e r a l i z a r , el percibir lo c o m u n e n lo vario, el r e d u c i r lo
m ú l t i p l o á la u n i d a d ; y esta f u e r z a es p r o p o r c i o n a l al g r a d o
d e inteligencia.
45. El b r u t o está l i m i t a d o á s u s s e n s a c i o n e s , y á los o b j e
tos q u e se las c a u s a n . N a d a d e g e n e r a l i z a r , n a d a d e clasificar,
n a d a q u e se e l e v e s o b r e la i m p r e s i o n r e c i b i d a , y el instinto
d e satisfacer s u s n e c e s i d a d e s . El h o m b r e , tan p r o n t o c o m o
a b r e los ojos d e s u inteligencia , p e r c i b e d e s d e l u e g o u n sin
n ú m e r o d e r e l a c i o n e s ; lo q u e h a visto e n u n c a s o lo aplica á
otros diferentes: g e n e r a l i z a , e n c e r r a n d o e n u n a i d e a m u c h í
s i m a s otras. Q u i e r e el n i ñ o a l c a n z a r u n objeto, n o p u e d e lle
g a r á él; y al instante i m p r o v i s a s u e s c a l e r a a r r i m a n d o u n a
silla 6 u n b a n q u i l l o . U n b r u t o estará m i r a n d o largas h o r a s la
t a j ad a q u e le h e c h i z a , p e r o q u e está c o l g a d a d e m a s i a d o alto,
s i n q u e le o c u r r a q u e p u d i e r a pr a ct i c ar la m i s m a o p e r a c i o n
q u e el n i ñ o , y f o r m a r u n a escalera. Si se le d i s p o n e n los o b
jetos á p r o p ó s i t o p a r a s u b i r , s u b e ; p e r o es i n c a p a z d e p e n
s a r q u e e n s i t u a c i o n e s s e m e j a n t e s se d e b e ejecutar la m i s m a
o p e r a c i o n . E n u n c a s o v e m o s u n ser q u e tiene la i d e a g e n e
ral d e u n m e d i o y d e s u s r e l a c i o n e s c o n el fin, y q u e c u a n d o
la n e c e s i t a la e m p l e a ; e n el s e g u n d o , v e m o s otro ser q u e
i e n e d e l a n t e d e s u s ojos el fin y el m e d i o , p e r o q u e n o p e r
 c i b e s u relacion , y q u e p o r c o n s i g u i e n t e n o se e l e v a s o b r e
la i n d i v i d u a l i d a d m a t e r i a l d e los objetos.
E n el p r i m e r o h a y la p e r c e p c i o n d e la u n i d a d ; e n el se
g u n d o , n o h a y n i n g u n lazo q u e r e u n a la v a r i e d a d d e los h e
c h o s particulares.
E n este e j e m p l o t an sencillo se n o t a q u e la infinidad d e
c a s o s , e n q u e p o r estar el objeto d e m a s i a d o alto o f r e c e difi
c u l t a d el a l c a n z a r l e , los tiene r e d u c i d o s el n i ñ o á u n o solo:
p o s e e p o r decirlo así la f ó r m u l a del p e q u e ñ o p r o b l e m a .
P o r cierto q u e él n o se d a c u e n t a á sí m i s m o d e esta fór
m u l a , es decir, q u e n o h a c e acto reflejo s o b r e ella ; p e r o e n
la r e a l i d a d la tiene , y la p r u e b a es , q u e a n o f r e c i é n d o s e el
c a s o , la aplica i n s t a n t á n e a m e n t e . A u n m a s : n o le p o n g á i s d e
lante u n objeto d e t e r m i n a d o , y h a b l a d l e e n g e n e r a l d e c o s a s
d e m a s i a d o altas, i n d i c á n d o l e v e l o z m e n t e u n a s tras otras;
v e r e i s q u e c o n la r a p i d e z del r e l á m p a g o ap l ic a s i e m p r e la
i d e a g e n e r a l d e u n m e d i o auxiliar. S e r á n los b r a z o s d e s u s
p a d r e s ó d e u n h e r m a n o m a y o r , ó d e u n c r i a d o ; s e r á u n a
silla si está e n s u c a s a , s e r á u n m o n t o n d e p i e d r a s si se halla
e n el c a m p o ; d e t o d o se vale , e n t o d o d e s c u b r e la relacion del
m e d i o c o n el fin. C u a n d o el fin s e . p r e s e n t a , s u a t e n c i o n s e
v u e l v e i n s t a n t á n e a m e n t e h á c i a el m e d i o ; la i d e a g e n e r a l
b u s c a u n c a s o e n q u e individualizarse.
46. ¿ Q u é es u n a r t e ? es u n c o n j u n t o d e r eg l as p a r a h a c e r
b i e n a l g u n a cosa; ¿ y c u á n d o es m a s p e r f e c t o ? lo es tanto m a s
c u a n t o e n c i e r r a m a y o r n ú m e r o d e c a s o s e n c a d a r e g l a , y p o r
c o n s i g u i e n t e c u a n t o es m e n o r el n ú m e r o d e estas. A n t e s d e
q u e se h u b i e s e n f o r m u l a d o las d e la a r q u i t e c t u r a , se h a b í a n
c o n s t r u i d o sin d u d a edificios sólidos , h e r m o s o s , y a d a p t a d o s
al u s o á q u e s e d e s t i n a b a n : p e r o el g r a n p r o g r e s o d e la inte"
ligencia e n lo relativo á la c o n s t r u c c i o n d e edificios c o n s i s
tió e n e n c o n t r a r lo q u e t e n í a n d e c o m u n los b i e n c o ns t ru id os;
e n fijar la c a u s a d e la solidez y d e la belleza e n si m i s m a s ,
p a s a n d o d e lo i n d i v i d u a l á lo u n i v e r s a l , es decir, f o r m á n
d o s e i d e a s g e n e r a l e s d e solidez y d e belleza aplicables á u n
s i n n ú m e r o d e c a s o s particulares : simplificando.
47. L o d i c h o d e la a r q u i t e c t u r a , p u e d e e x t e n d e r s e á las
d e m á s artes liberales y m e c á n i c a s : e n todas se e n c o n t r a r á
q u e el a d e l a n t o d e Ja inteligencia se cifra e n r e d u c i r á la u n i
d a d la m u l t i p l i c i d a d , e n h a c e r q u e e n el m e n o r n ú m e r o d e
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i d e a s posible, se e n c i e r r e el m a y o r n ú m e r o d e a p l i c a c i o n e s
posible. P o r esta r a z o n los a m a n t e s d e las letras y d e las b e
llas artes, se a f a n a n e n b u s c a d e la i d e a d e la belleza e n g e
n e r a l , c o n la m i r a d e e n c o n t r a r u n tipo aplicable á t o d o s los
objetos literarios y artísticos. T a m b i e n p o d e m o s o b s e r v a r
q u e los q u e se o c u p a n d e artes m e c á n i c a s , d i s c u r r e n s i e m
p r e p o r r e d u c i r s u s p r o c e d i m i e n t o s á p o c a s reglas , y a q u e l
s e tiene p o r m a s a d e l a n t a d o q u e a l c a n z a á c o m b i n a r m a y o r
v a r i e d a d d e los p r o d u c t o s c o n m a s sencillez e n los m e d i o s ,
h a c i e n d o d e p e n d e r d e u n a sola i d e a lo q u e otros t i e n e n v i n
c u l a d o c o n m u c h a s . A l c o n t e m p l a r u n a m á q u i n a q u e n o s d a
a d m i r a b l e s p r o d u c t o s c o n u n a c o m b i n a c i ó n m u y sencilla, n o
t r i b u t a m o s m e n o s elogios al artífice p o r lo s e g u n d o q u e p o r
lo p r i m e r o : « esto es m a g n í f i c o , d e c i m o s , y lo m a s a s o m b r o
s o es la sencillez c o n q u e se ejecuta.»
48. H a g a m o s a p l i c a c i o n d e esta d o c t r i n a á las c i e n c i a s
n a t u r a l e s y exactas.
E l m é r i t o del s i s t e m a actual d e n u m e r a c i o n consiste e n
e n c e r r a r e n u n a sola i d e a la e x p r e s i o n d e t o d o s los n ú m e r o s ,
h a c i e n d o el v a l o r d e c a d a g u a r i s m o , d é c u p l o del q u e tiene á
la d e r e c h a , y s u p l i e n d o los h u e c o s c o n el cero. L a e x p r e s i o n
d e la infinidad d e los n ú m e r o s , está r e d u c i d a á u n a sola r e
gla, f u n d a d a e n u n a sola idea: la r e l a c i o n del l u g a r c o n el
d é c u p l o del valor. L a a r i t m é t i c a h a h e c h o u n g r a n d e a d e l a n t o
d i s m i n u y e n d o el n ú m e r o d e s u s o p e r a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s
p o r m e d i o d e los l o g a r i t m o s : r e d u c i e n d o á s u m a r y restar
las d e m u l t i p l i c a r y dividir. El á l g e b r a n o es m a s q u e la g e
n e r a l i z a c i o n d e las e x p r e s i o n e s y o p e r a c i o n e s a r i t m é t i c a s :
s u simplificacion. L a a p l i c a c i o n del á l g e b r a á la g e o m e t r í a ,
e s la g e n e r a l i z a c i o n d e las e x p r e s i o n e s g e o m é t r i c a s : las fór
m u l a s d e las líneas , d e las figuras , d e los c u e r p o s , n o s o n
m a s q u e la e x p r e s i o n d e s u i d e a universal. E n ella, c o m o e n
u n tipo, c o n s e r v a el g e ó m e t r a la i d e a matriz, g e n e r a d o r a ; b á s
tanle las a p l i c a c i o n e s m a s sencillas p a r a f o r m a r cálculos e x a c
tos d e t o d a s las líneas d e la m i s m a clase q u e p u e d a n o f r e c é r
sele e n la práctica. E n la sencilla e x p r e s i o n j ^ = A , a p e l l i d a d a
coeficiente diferencial, se e n c i e r r a la i d e a m a t r i z del c á l c u l o
infinitesimal ; ella d i m a n ó d e c o n s i d e r a c i o n e s g e o m é t r i c a s ;
p e r o tan p r o n t o c o m o fué o o n c e b i d a e n s u u n i v e r s a l i d a d , es
 - 3 0 -
p a r c i ó s o b r e t o d o s los r a m o s d e las m a t e m á t i c a s y d e las c i e n
cias n a t u r a l e s u n r a u d a l d e luz q u e h i z o d e s c u b r i r u n n u e v o
m u n d o c u y o s confines n o se a l c a n z a n . L a p r o d i g i o s a f e c u n d i
d a d d e este c á l c u l o d i m a n a d e s u s i m p l i c i d a d , d e q u e g e n e
raliza p o r decirlo asi d e u n g o l p e la m i s m a á l g e b r a y la g e o
m e t r í a , r e u n i é n d o l a s e n u n solo p u n t o q u e e s la r e l a c i o n d e
los limites d e las diferencias d e t o d a f u n c i o n , i
49. Esta u n i d a d d e idea, es el objeto d e la a m b i c i o n d e la
h u m a n a inteligencia , y u n a v e z e n c o n t r a d a es el m a n a n t i a l
d e los m a y o r e s adelantos. L a gloria d e los g e n i o s m a s g r a n
d e s se h a cifrado e n d e s c u b r i r l a ; el p r o g r e s o d e las c i e n c i a s
h a consistido e n a p r o v e c h a r l a . V i e l a e x p o n e y aplica el p r i n
cipio d e la e x p r e s i o n g e n e r a l d e las c a n t i d a d e s a r i t m é t i c a s ;
D e s c a r t e s h a c e lo m i s m o c o n r e s p e c t o á las g e o m é t r i c a s ¡ N e w
t o n asienta el p r i n c i p i o d e la g r a v i t a c i o n universal; él p r o
p i o , al m i s m o t i e m p o q u e Leibnitz, i n v e n t a el c á l c u l o infini
t e s i m a l ; y las ciencias n a t u r a l e s y e x a c t a s , a l u m b r a d a s p o r
u n a g r a n d e a n t o r c h a , m a r c h a n á p a s o s a g i g a n t a d o s p o r c a
m i n o s a n t e s d e s c o n o c i d o s . ¿ Y p o r q u é ? p o r q u e la inteligen
cia se h a a p r o x i m a d o á la u n i d a d , h a e n t r a d o e n p o s e s i o n
d e u n a i d e a m a t r i z e n q u e se e n c i e r r a n otras infinitas.
50. E s d i g n o d e n o t a r s e q u e á m e d i d a q u e se v a a d e l a n
t a n d o e n las ciencias se e n c u e n t r a n e n t r e ellas n u m e r o s o s
p u n t o s d e c o n t a c t o , e s t r e c h a s r e l a c i o n e s q u e á p r i m e r a vis
ta n a d i e h u b i e r a p o d i d o s o s p e c h a r . C u a n d o los m a t e m á t i c o s
a n t i g u o s se o c u p a b a n d e las s e c c i o n e s c ó n i c a s , e s t a b a n m u y
léjos d e c r e e r q u e la i d e a d e la elipse h u b i e s e d e servir d e
b a s e á u n s i s t e m a a s t r o n ó m i c o ; los focos e r a n s i m p l e s p u n
tos, la c u r v a u n a linea y n a d a m a s ; las r e l a c i o n e s d e a q u e
llos c o n esta, e r a n objeto d e c o m b i n a c i o n e s estériles, sin
aplicacion. Siglos d e s p u e s e s o s focos s o n el sol, y la c u r v a
las órbitas d e los planetas. L a s líneas d e la m e s a d el g e ó m e
tra r e p r e s e n t a b a n u n m u n d o !
E l í n t i m o e n l a c e d e las ciencias m a t e m á t i c a s c o n las n a t u
rales es u n h e c h o f u e r a d e d u d a ; ¿ y q u i é n s a b e h a s t a q u é
p u n t o se e n l a z a n u n a s y otras c o n las ontológicas, psicológi
cas, teológicas y m o r a l e s ? L a dilatada escala e n q u e e s t á n
distribuidos los s ere s, y q u e á p r i m e r a vista p u d i e r a p a r e c e r
u n c o n j u n t o d e objetos i n c o n e x o s , v a m a n i f e s t á n d o s e á los
ojos d e la c i e n c i a c o m o u n a c a d e n a d e l i c a d a m e n t e t r a b a j a d a
 c u y o s e s l a b o n e s p r e s e n t a n s u c e s i v a m e n t e m a y o r belleza y
p e r f e c c i o n . L o s diferentes r e i n o s d e la n a t u r a l e z a se m u e s
tran e n l a z a d o s c o n i n t i m a s r e l a c i o n e s ; así las ciencias q u e
los t i e n e n p o r o b j e t o , se p r e s t a n r e c í p r o c a m e n t e s u s luces,
y e n t r a n a l t e r n a t i v a m e n t e la u n a e n el t e r r e n o d e la otra. L a
c o m p l i c a c i o n d e los objetos e n t r e sí , trae c o n s i g o es a c o m
plicacion d e c o n o c i m i e n t o s , y la u n i d a d d e las leyes q u e ri
g e n diferentes ó r d e n e s d e s e r e s , a p r o x i m a n t o d a s las c i e n
cias y las e n c a m i n a n á f o r m a r u n a sola. ¡ Q u i é n n o s d i e r a v e r
la i d e n t i d a d d e o r i g e n , la u n i d a d del fin , la sencillez d e los
c a m i n o s ! E n t o n c e s p o s e e r í a m o s la v e r d a d e r a c i e n c i a tras
c e n d e n t a l , la c i e n c i a ú n i c a , q u e las e n c i e r r a todas; ó m e j o r
d i r e m o s , la i d e a ú n i c a e n q u e t o d o se pinta tal c o m o es, e n
q u e t o d o se v e sin n e c e s i d a d d e c o m b i n a r , sin e s f u e r z o d e
n i n g u n a clase , c o m o e n u n c l a r í s i m o e s pe j o s e retrata u n
m a g n í f i c o paisaje, c o n s u t a m a ñ o , figura y coloresl E n t r e -
t a d t o , n o s es p r e c i s o c o n t e n t a r n o s c o n s o m b r a s d e la realidad;
y e n el instinto ü e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p a r a simplificar,
p a r a r e d u c i r l o t o d o ó a p r o x i m a r l o c u a n d o m e n o s á la u n i d a d ,
d e b e m o s v e r el indicio , el a n u n c i o d e es a c i e n c i a ú n i c a , d e
e s a intuicion d e la i d e a ú n i c a , infinita; asi c o m o e n el d e s e o
d e felicidad q u e agita n u e s t r o c o r a z o n , e n la s e d d e g o z a r
q u e n o s a t o r m e n t a , h a l l a m o s la p r u e b a d e q u e n o a c a b a t o d o
a q u í , d e q u e n u e s t r a a l m a h a sido c r i a d a p a r a la p o s e s i o n d e
u n b i e n q u e n o se a l c a n z a e n la v i d a m o r t a l .
51. L o m i s m o q u e h e m o s o b s e r v a d o e n la escala d e los
s e r e s , y e n el p r o g r e s o d e las ciencias, p o d e m o s n o t a r l o
c o m p a r a n d o h o m b r e s c o n h o m b r e s , y a t e n d i e n d o el c a r á c
ter q u e o f r e c e el p u n t o m a s e l e v a d o d e la h u m a n a inteligen
cia: el genio. L o s h o m b r e s d e v e r d a d e r o g e n i o se d i s t i n g u e n
p o r la u n i d a d y a m p l i t u d d e s u c o n c e p c i o n . Si tratan u n a
c u e s t i o n difícil y c o m p l i c a d a , la simplifican y a l l a n a n to
m a n d o u n p u n t o d e vista e l e v a d o , fijando u n a i d e a p r i n c i p a l
q u e c o m u n i c a luz á todas las otras ; si se p r o p o n e n c o n t e s
tar á u n a dificultad , s e ñ a l a n la raiz del e r r o r , y d e s t r u y e n
c o n u n a p a l a b r a t o d a la ilusion del sofisma; si e m p l e a n la
síntesis, a c i e r t a n d e s d e l u e g o e n el p r i n c i p i o q u e h a d e ser
vir d e b a s e , y d e u n r a s g o t r a z a n el c a m i n o q u e se h a d e se
g u i r p a r a llegar al r e s u l t a d o q u e se d e s e a ; si se v a l e n d e i
análisis a t i n a n e n el p u n t o p o r d o n d e d e b e e m p e z a r la d e s
 — 3 8 —
c o m p o s i c i o n , e n el resorte oculto , y d e u n g o l p e , p o r d e c i r
lo así, n o s a b r e n el objeto, n o s p o n e n d e m a n i f i e s t o s u s in
te r i or i d ad es m a s r e c ó n d i t a s ; si se trata d e u n a i n v e n c i o n ,
m i e n t r a s los d e m á s están b u s c a n d o a c á y acullá, ellos h i e
r e n el s u e l o c o n el pié , y d i c e n « el tesoro está aquí. » N a d a
d e dilatados raciocinios ; n a d a d e r o d e o s : p o c o s p e n s a m i e n
tos , p e r o f e c u n d o s ; p o c a s p a l a b r a s , p e r o e n c a d a u n a d e ellas
e n g a s t a d a u n a perla d e i n m e n s o valor.
52. N o c a b e p u e s d u d a a l g u n a d e q u e e n el o r d e n inte
lectual h a y u n a v e r d a d d e la c u a l d i m a n a n t o d a s las v e r d a
d e s , h a y u n a i d e a q u e e n c i e r r a t o d a s las ideas: así n o s lo
e n s e ñ a la filosofía, así n o s lo i n d i c a n los esfuerzos, las t e n
d e n c i a s n a t u r a l e s , instintivas, d e t o d a inteligencia, c u a n d o
se a f a n a p o r la simplificacion y la u n i d a d ; asi lo e s t i m a el
s e n t i d o c o m u n , q u e c o n s i d e r a tanto m a s alto y n o b l e el p e n
s a m i e n t o , c u a n t o es m a s vasto y m a s u n o (IV).

C A P Í T U L O V .

N o elisio la ciencia t r a s c e n d e n t a l e n el o r d e n intelectual h u m a n o i n o p u e d e d i m a n a r d e

los sentidos.

53. E n el ó r d e n intelectual h u m a n o , m i e n t r a s v i v i m o s
s o b r e la tierra, n o h a y u n a v e r d a d d e la c u a l d i m a n e n todas:
e n v a n o la h a n b u s c a d o los filósofos : n o la h a n e n c o n t r a d o ,
p o r q u e n o e r a posible encontrarla. Y e n efecto, ¿ d ó n d e s e
hallaría la d e s e a d a v e r d a d ?
54. ¿ D i m a n a r á d e los s e n t i d o s ?
L a s s e n s a c i o n e s s o n ta n varias c o m o los objetos q u e las
p r o d u c e n . P o r ellas a d q u i r i m o s noticia d e c o s a s i n d i v i d u a
les y m a t e r i a l e s ; y e n n i n g u n a d e estas ni e n las s e n s a c i o
n e s q u e d e ellas d i m a n a n , p u e d e hallarse la v e r d a d , f u e n t e
d e t o d a s las d e m á s .
55. O b s e r v a n d o las i m p r e s i o n e s q u e p o r los s e n t i d o s reci
b i m o s , p o d e m o s n o t a r q u e c o n r e s p e c t o á p r o d u c i r certeza,
t o d a s s o n i g u a l e s e n t r e sí. T a n ciertos e s t a m o s d e la s e n s a c i o n
q u e n o s c a u s a u n r u i d o c u a l q u i e r a c o m o d e la p r o d u c i d a p o r
 — 3 3 —
l a p r e s e n c i a d e u n objeto á n u e s t r o s ojos , d e u n c u e r p o olo
r o s o c e r c a n o al olfato, d e u n o s a b r o s o a p l i c a d o al p a l a d a r , ó
d e otro q u e afecte v i v a m e n t e el tacto. E n la c e r t e z a p r o d u c i
d a p o r a q u e l l a s s e n s a c i o n e s n o h a y g r a d a c i o n , t o d a s s o n
iguales: p o r q u e si h a b l a m o s d e la s e n s a c i o n m i s m a , esta la
e x p e r i m e n t a m o s d e u n a m a n e r a q u e n o n o s c o n s i e n t e i n c e r -
t i d u m b r e ; y si se trata d e la relacion d e la s e n s a c i o n c o n la
e x i s t e n c i a del objeto e x t e r n o q u e la c a u s a , tan ciertos esta
m o s d e q u e á la s e n s a c i o n q u e se l l a m a vision, c o r r e s p o n d e
u n objeto e x t e r n o visto, c o m o q u e á lo q u e se apellida tacto,
, c o r r e s p o n d e u n objeto e x t e r n o tocado.
S e infiere d e lo d i c h o , q u e n o h a y u n a s e n s a c i o n o r i g e n d e
¡la c e r t e z a d e las d e m á s : e n este p u n t o t o d a s s o n i g u a l e s : y
p a r a el c o m u n d e los h o m b r e s n o h a y m a s r a z o n q u e los as e
g u r e d e la certeza, s i n o q u e lo e x p e r i m e n t a n asi. N o i g n o r o
q u e lo s u c e d i d o c o n los i n d i v i d u o s á q u i e n e s se h a h e c h o la
, o p e r a c i o n d e las cataratas, i n d i c a q u e p a r a a p r e c i a r d e b i d a
m e n t e el objeto sentido n o es suficiente la s i m p l e s e n s a c i o n ,
y q u e u n o s s e n t i d o s auxilian á los otros ; p e r o esto n o p r u e
b a la p r e f e r e n c i a d e n i n g u n o d e ellos; p u e s asi c o m o el cie
g o á q u i e n se d i ó r e p e n t i n a m e n t e la vista, n o f o r m a b a p o r
la s i m p l e vision juicio e x a c t o s o b r e el t a m a ñ o y distancia d e
los objetos vistos, s i n o q u e n e c e s i t a b a el auxilio del tacto;
« s i es m u y p r o b a b l e q u e si s u p o n e m o s á u n a p e r s o n a c o n
-vista, p r i v a d a d e tacto d e s d e s u n a c i m i e n t o , y se lo d a m o s
d e s p u e s r e p e n t i n a m e n t e , t a m p o c o f o r m a r á juicio e x a c t o d e
los objetos t o c a d o s , h a s t a q u e c o n el auxilio d e la vista, s e
M y a ido a c o s t u m b r a n d o á c o m b i n a r el n u e v o ó r d e n d e s e n
s a c i o n e s c o n el a n t i g u o , a p r e n d i e n d o c o n el ejercicio á fijar
las r e l a c i o n e s d e la s e n s a c i o n c o n el objeto y á c o n o c e r p o r
m e d i o d e a q u e l l a las p r o p i e d a d e s d e este.
56. El m i s m o h e c h o del c i e g o á q u i e n se q u i t a r o n las c a
taratas, está c o n t r a r i a d o p o r otros q u e c o n d u c e n á u n resul
t a d o d i r e c t a m e n t e o p u e s t o . L a j o v e n á q u i e n h i z o la m i s m a
o p e r a c i o n el oculista J u a n J a ni n , y u n o s c i e g o s d e n a c i m i e n
to á q u i e n e s el p r o f e s o r L u i s d e G r e g o r i restituyó e n parte la
vista, n o c r e y e r o n , c o m o el c i e g o d e C h e s e l d e n , q u e los o b j e
t o s e s t u v i e s e n p e g a d o s á s u s ojos, s i n o q u e l u e g o los v i e r o n
« o r n o c o s a s r e a l m e n t e e x t e r n a s y s e p a r a d a s . As í lo refiere R o s -
m i n i ( E n s a y o s o b r e el o r i g e n d e las ideas , parte 5 , cap. 4 , t o -
t. i. 3
 - S i
m o 2, p. 286, c i t a n d o el o p ú s c u l o « d e las cataratas d e los cie
g o s d e n a c i m i e n t o , o b s e r v a c i o n e s t e ó r i c o - q u í m i c a s , del p r o
fesor d e q u í m i c a y o f t a l m í a L u i s d e G r e g o r i , r o m a n o , » R o m a ;
1826); b i e n q u e d a n d o la p r e f e r e n c i a al d e C h e s e l d e n q u e di
c e fué r e n o v a d o e n Italia p o r el p r o f e s o r J a c o b o d e Pavía, c o n
t o d a diligencia y c o n el m i s m o r e s u l t a d o e n todas s us partes.
57. El m o d o c o n q u e esta c o m b i n a c i o n d e u n a s s e n s a c i o
n e s c o n otras n o s e n s e ñ a á j u z g a r b i e n d e los objetos exter
n o s es difícil saberlo: p o r q u e c a b a l m e n t e el desarrollo de-
n u e s t r a s facultades sensitivas é intelectuales se verifica a n
tes q u e p o d a m o s reflexionar s o b r e él; y así n o s e n c o n t r a m o s
y a ciertos d e la existencia y p r o p i e d a d e s d e las cosas , sin
q u e h a y a m o s p e n s a d o e n la certeza, ni m u c h o m e n o s e n los
m e d i o s d e adquirirla.
58. P e r o a u n s u p o n i e n d o q u e d e s p u e s n o s o c u p e m o s d e
las s e n s a c i o n e s m i s m a s , y d e s u s r e l a c i o n e s c o n los objetos,
p r e s c i n d i e n d o d e la c e r t e z a q u e y a t e n e m o s y h a c i e n d o c o
m o q u e la b u s c a m o s , es i m p o s i b l e hallar u n a s e n s a c i o n q u e
p u e d a servir d e p u n t o d e a p o y o á la certeza d e las d e m á s .
L a s dificultades q u e estas n o s o f r e c i e r a n las e n c o n t r a r í a m o s
e n aquella.
59. El fijar las r e l a c i o n e s del s e n t i d o d e la vista c o n el
de l tacto , y el d e t e r m i n a r hasta q u é p u n t o d e p e n d e n u n o d e
otro , d a l u g a r á c u e s t i o n e s q u e p i e n s o e x a m i n a r m a s a b a j o
c o n a l g u n a e x t e n s i o n ; y p o r lo m i s m o m e a b s t e n d r é d e e n t r a r
e n ellas p o r a h o r a , y a p o r q u e n o s o n tales q u e p u e d a n v e n
tilarse p o r i n c i d e n c i a , y a t a m b i e n p o r q u e su resolucion, s e a
e n el s e n t i d o q u e f u e r e , e n n a d a se o p o n e á lo q u e m e p r o
p o n g o establecer aqui.
60. N a d a a d e l a n t a r í a m o s c o n s a b e r q u e la c e r t e z a d e to
d a s las s e n s a c i o n e s está, filosóficamente h a b l a n d o , v i n c u l a d a
e n u n a . T o d a s e n s a c i o n es u n h e c h o i n d i v i d u a l c o n t i n g e n t e ;
¿ c ó m o p o d e m o s s a c a r d e él la luz p a r a g u i a r n o s á las v e r d a
d e s n e c e s a r i a s ? C o n s i d é r e s e bajo el a s p e c t o q u e se q u i e r a la
s e n s a c i o n , n o es m a s q u e la i m p r e s i o n q u e r e c i b i m o s p o r
c o n d u c t o d e los ó r g a n o s . D e la i m p r e s i o n e s t a m o s s e g u r o s
p o r q u e está í n t i m a m e n t e p r e s e n t e á n u e s t r a a l m a ; d e s u s re
l a c i o n e s c o n el objeto q u e la p r o d u c e , n o s c e r c i o r a m o s p o r
la r e p e t i c i o n d e ella, c o n el auxilio d e otras s e n s a c i o n e s , y a
del m i s m o sentido, y a d e otros; p e r o t o d o i n s t i n t i v a m e n t e ,
 - a * -
c o n p o c a ó n i n g u n a reflexion , y s i e m p r e c o n d e n a d o s , p o r
m a s q u e r e f l e x i o n e m o s , á llegar á u n p u n t o del cual n o p o
d e m o s pasar, p o r q u e allí n o s d e t i e n e la naturaleza.
61. L é j o s p u e s d e e n c o n t r a r e n n i n g u n a s e n s a c i o n u n h e
c h o f u n d a m e n t a l e n q u e p o d a m o s a p o y a r n o s p a r a establecer
u n a certeza filosófica, v e m o s u n c o n j u n t o d e h e c h o s p a r t i c u
lares, m u y distintos e n t r e si, p e r o q u e s e p a r e c e n e n c u a n t o
á p r o d u c i r e n n o s o t r o s e s a s e g u r i d a d q u e se l l a m a certeza. E n
v a n o es q u e se d e s c o m p o n g a al h o m b r e , q u e se le r e d u z c a
p r i m e r o á u n a m á q u i n a i n a n i m a d a , q u e l u e g o se le o t o r g u e
u n s e n t i d o h a c i é n d o l e percibir diferentes s e n s a c i o n e s , q u e
d e s p u e s se le c o n c e d a otro , h a c i é n d o l e c o m b i n a r las n u e v a s
c o n las a n t i g u a s ,y asi se p r o c e d a s i n t é t i c a m e n t e hasta llegar
á la p o s e s i o n y ejercicio d e t o d o s : estas c o s a s s o n b u e n a s
p a r a e n t r e t e n e r la c u r i o s i d a d , a l i m e n t a r p r e t e n s i o n e s filosó
ficas y d a r u n viso d e p r o b a b i l i d a d á s i s t e m a s i m a g i n a r i o s ;
p e r o e n la realidad se a d e l a n t a p o c o ó n a d a : las e v o l u c i o n e s
q u e finge el o b s e r v a d o r , n o se p a r e c e n á las d e la n a t u r a l e
za; y el v e r d a d e r o filósofo d e b e e x a m i n a r , n ó lo q u e e n s u
c o n c e p t o p u d i e r a h a b e r , s i n o lo q u e h a y .
C o n d i l l a c a n i m a n d o p r o g r e s i v a m e n t e s u estatua, y h a c i e n
d o d i m a n a r d e u n a s e n s a c i ó n t o d o el c a u d a l d e los c o n o c i
m i e n t o s h u m a n o s , se p a r e c e á a q u e l l o s s a c e r d o t e s q u e s e
o c u l t a b a n d e n t r o d e la estatua del ídolo y d e s d e allí e m i t í a n
s u s oráculos. N o es la estatua q u e se v a a n i m a n d o lo q u e
p i e n s a y h a b l a , es C o n d i l l a c q u e está dentro. C o n c e d á m o s l e
al filósofo sensualista t o d o lo q u e q u i e r a ; d e j é m o s l e q u e a r
r e g l e á s u m o d o la d e p e n d e n c i a r e s p e c t i v a d e las s e n s a c i o
n e s ; t o d o se le d e s c o n c i e r t a d e s d e el m o m e n t o e n q u e le e xi
gís q u e n o d i s c u r r a s i n o c o n s e n s a c i o n e s p u ra s , p o r m a s q u e
las s u p o n g a t r a s f o r m a d a s . P e r o r e s e r v e m o s estas c u e s t i o n e s
p a r a el l u g a r e*h q u e e x a m i n a r e m o s la n a t u r a l e z a y el o r i g e n
d e las ideas.
62. ¿ P o r q u é estoy s e g u r o d e q u e la grata s e n s a c i o n q u e
e x p e r i m e n t o e n el s e n t i d o del olfato p r o c e d e d e u n objeto q u e
se l l a m a rosa? P o r q u e así m e lo atestigua el r e c u e r d o d e m i l
otras o c a s i o n e s e n q u e h e e x p e r i m e n t a d o la m i s m a i m p r e s i o n ,
p o r q u e c o n el t e s t i m o n i o del olfato están d e a c u e r d o el tacto
y la vista. P e r o ¿ c ó m o p u e d o s a b e r q u e estas s e n s a c i o n e s s o n
a l g o m a s q u e i m p r e s i o n e s q u e r e c i b e m i a l m a ? ¿ p o r q u é n o
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h e d e c r e e r q u e v i e n e n d e u n a c a u s a c u a l q u i e r a sin r e l a c i o n
á objetos e x t e r n o s ? ¿ S e r á p o r q u e d i c e n lo c o n t r a r i o los d e
m á s h o m b r e s ? ¿ M e c o n s t a q u e e x i s t a n ? ¿ Y c ó m o s a b e n ellos
lo q u e m e d i c e n ? ¿ c ó m o sé q u e los o i g o b i e n ? L a m i s m a difi
c u lt a d q u e se o fre ce c o n r e s p e c t o á los otros s e n t i d o s , existe
e n c u a n t o al o i d o ; si d u d o del t e s t i m o n i o d e tres, ¿ p o r q u é n o
d u d o del d e c u a t r o ? N o a d e l a n t o p u e s n a d a c o n el raciocinio;
este m e c o n d u c i r í a á c a v i l a c i o n e s tales, q u e m e e x ig ir ían
u n a d u d a i m p o s i b l e , q u e m e a r r a n c a r í a n u n a s e g u r i d a d d e
q u e n o p u e d o d e s p r e n d e r m e p o r m a s e s f u e r z o s q u e h a g a .
A d e m á s , si p a r a a p o y a r la v e r d a d d e la s e n s a c i o n a p e l o á
los principios del raciocinio, y a salgo del t e r r e n o d e las s e n
s a c io n e s , y a n o p o n g o e n estas la v e r d a d p r i m i t i v a o r i g e n d e
las otras, n o c u m p l o lo q u e h a b í a ofrecido.
63. D e lo d i c h o resulta : 1.° q u e n o se e n c u e n t r a u n a s e n
s a c i o n o r i g e n d e la certeza d e las otras, lo q u e m e h e c o n
t e n t a d o c o n indicarlo a q u í , r e s e r v á n d o m e d e m o s t r a r l o al
tratar d e las s e n s a c i o n e s ; 2." q u e a u n c u a n d o existiese esta
s e n s a c i o n , n o bastaría á f u n d a r n a d a e n el ó r d e n intelectual,
p u e s c o n las solas s e n s a c i o n e s n o es posible ni a u n p e n s a r ;
3.° q u e las s e n s a c i o n e s léjos d e p o d e r s er la b a s a d e la c i e n
cia t r a s c e n d e n t a l , n o s i r v e n p o r sí solas p a r a e s t a b l e c e r n i n -
g u n a ciencia ; p u e s d e ellas , p o r ser h e c h o s c o n t i n g e n t e s ,
n o p u e d e n d i m a n a r las v e r d a d e s n e c e s a r i a s (V).

C A P Í T U L O V I .

Continúa la disension sobre la ciencia trascendental. Insuficiencia de las verdades reales.

64. H a s i d o c o n v e n i e n t e rebatir d e p a s o el s i s t e m a d e
C o n d i l l a c , n o p o r s u i m p o r t a n c i a intrínseca, ni p o r q u e n o
e s t é y a b a s t a n t e d e s a c r e d i t a d o , s i n o p a r a d e j a r el c a m p o li
b r e á i n v e s t i g a c i o n e s m a s elevadas, m a s p r o p i a m e n t e filosó
ficas. E s p r e c i s o n o p e r d e r o c a s i o n d e i n d e m n i z a r á la filo
sofía d e los perjuicios q u e le i r r o g á r a u n s i s t e m a tan v a n i d o s o
c o m o estéril. T o d o lo m a s s u b l i m e d e la c i e n c i a del espíritu,
d e s a p a r e c í a c o n el hombre-estatua y las s e n s a c i o n e s trasfor-
 m a d a s ; v e n g u e m o s p u e s los d e r e c h o s d e la r a z o n h u m a n a ,
m a n i f e s t a n d o q u e a n t e s d e e n t r a r e n las c u e s t i o n e s m a s tras
c e n d e n t a l e s , le es i n d i s p e n s a b l e d e s c a r t a r el s i s t e m a d e C o n -
dillac; c o m o p a r a c o n s t r u i r u n b u e n c a m i n o se quita a n t e
t o d o la b r o z a q u e o b s t r u y e el paso.
65. V a m o s a h o r a á p r o b a r q u e e n el ó r d e n intelectual h u
m a n o , tal c o m o es e n esta v i d a , n o existe n i n g u n p r i n c i p i o
q u e s e a f u e n t e d e todas las v e r d a d e s ; p o r q u e n o h a y n i n g u
n a v e r d a d q u e las e n c i e r r e todas.
L a s v e r d a d e s s o n d e d o s clases: reales ó ideales. L l a m o
v e r d a d e s reales á los h e c h o s , ó lo q u e existe; l l a m o ideales
el e n l a c e n e c e s a r i o d e las ideas. U n a v e r d a d real p u e d e e x
p r e s a r s e p o r el v e r b o ser t o m a d o s u s t a n t i v a m e n t e , ó al m e
n o s s u p o n e u n a p r o p o s i c i o n e n q u e el v e r b o se h a y a t o m a d o
e n este s e n t i d o ; u n a v e r d a d ideal se e x p r e s a p o r el m i s m o
v e r b o t o m a d o c o p u l a t i v a m e n t e , e n c u a n t o significa la rela
c i o n n e c e s a r i a d e u n p r e d i c a d o c o n u n sujeto , p r e s c i n d i e n d o
d e la e x i s t e n c i a d e u n o y d e otro. Y o soy, esto es, y o existo,
e x p r e s a u n a v e r d a d real , u n h e c h o . L o q u e piensa existe; e x
p r e s a u n a v e r d a d ideal , p u e s n o se a f i r m a q u e h a y a q u i e n
p i e n s e ni q u i e n exista, s i n o q u e si h a y q u i e n p i e n s a , exis
te: ó e n otros t é r m i n o s , se a f i r m a u n a relacion n e c e s a r i a e n
tre el p e n s a m i e n t o y el ser. A las v e r d a d e s reales c o r r e s p o n d e
el m u n d o real, el m u n d o d e las existencias; á las ideales el
m u n d o lógico, el d e la posibilidad.
El v e r b o ser se t o m a á v e c e s c o p u l a t i v a m e n t e sin q u e la
r e l a c i o n q u e p o r él se e x p r e s a sea n e c e s a r i a ; así s u c e d e e n
t o d a s las p r o p o s i c i o n e s c o n t i n g e n t e s , ó o u a n d o el p r e d i c a d o
n o p e r t e n e c e á la e s e n c i a del sujeto. A v e c e s la n e c e s i d a d es
c o n d i c i o n a l , es d e c i r , q u e s u p o n e u n h e c h o ; y e n tal c a s o
t a m p o c o h a y n e c e s i d a d ab s ol u ta , p u e s el h e c h o s u p u e s t o es
s i e m p r e c o n t i n g e n t e . C u a n d o h a b l o d e las v e r d a d e s ideales,
m e refiero á las q u e e x p r e s a n u n a relacion a b s o l u t a m e n t e
n e c e s a r i a , p r e s c i n d i e n d o d e t o d o ó r d e n á la existencia; y
p o r el c o n t r a r i o , c o m p r e n d o e n t r e las reales á todas las q u e
s u p o n e n u n a p r o p o s i c i o n e n q u e se h a y a establecido u n h e
cho. A esta clase p e r t e n e c e n las d e las ciencias naturales,
p o r s u p o n e r todas a l g u n h e c h o objeto d e o b s e r v a c i o n .
66. N i n g u n a v e r d a d real finita p u e d e ser o r i g e n d e t o d a s
las d e m á s . L a v e r d a d d e esta clase es la e x p r e s i o n d e u n h e
 - 38 -
c h o particular , c o n t i n g e n t e ; y p o r lo m i s m o n o p u e d e e n c e r
ra r e n sí ni las d e m á s v e r d a d e s reales, ó s e a el m u n d o d e las
existencias, ni t a m p o c o las v e r d a d e s ideales, q u e solo se re
fieren á las r e l a c i o n e s n e c e s a r i a s e n el m u n d o d e la posibi
lidad.
67. Si n o s o t r o s v i é s e m o s i n t u i t i v a m e n t e la existencia in
finita, c a u s a d e t o d a s las d e m á s , c o n o c e r í a m o s u n a v e r d a d
real, o r i g e n d e las otras; p e r o c o m o esta existencia infinita
n o la c o n o c e m o s p o r intuicion, sino p o r discurso, resulta q u e
lio c o n o c e m o s el h e c h o d e la existencia e n q u e se c o n t i e n e
la r a z o n d e t o d a s las d e m á s existencias. D e s p u e s q u e p o r el
d i s c u r s o n o s h e m o s e l e v a d o á d i c h o c o n o c i m i e n t o , t a m p o c o
n o s es posible e x p l i c a r d e s d e a q u e l p u n t o d e vista la e x i s t e n
cia d e lo finito p o r sola la e x i s t e n c i a d e lo infinito ; p o r q u e si
p r e s c i n d i m o s d e l a existencia d e lo finito, d e s a p a r e c e el dis
c u r s o p o r el cual n o s h a b í a m o s e l e v a d o h a s t a el c o n o c i
m i e n t o d e lo infinito, y p o r c o n s i g u i e n t e se h u n d e t o d o el
edificio d e n u e s t r a ciencia. D a d á u n h o m b r e p o r m e d i o del
d i s c u r s o la d e m o s t r a c i o n d e la existencia d e D i o s , y p e d i d l e
q u e p r e s c i n d i e n d o del p u n t o d e partida, y fijándose solo e n
Ui i d e a d e lo infinito , e x p l i q u e la c r e a c i o n , n o solo e n s u p o
sibilidad s i n o e n s u realidad; n o lo p o d r á verificar. C o n solo
p r e s c i n d i r d e lo finito se h u n d e t o d o s u d i s c u r s o , sin q u e
n i n g u n e s f u e r z o sea bastante á evitarlo; se halla e n el c a s o
d e u n a r q u i t e c t o á q u i e n , h a b i e n d o c o n s t r u i d o u n a s o b e r b i a
c ú p u l a , se le exigiese q u e la sostuviera, q u i t a n d o el c i m i e n
to al edificio.
68. T ó m e s e u n a v e r d a d real c u a l q u i e r a , el h e c h o m a s
s e g u r o , m a s cierto p a r a n o s o t r o s ; n a d a se p u e d e s a c a r d e él
si n o se le f e c u n d a c o n v e r d a d e s ideales. Y o existo, y o p i e n
s o , y o siento H é a q u í h e c h o s i n d u d a b l e s , p e r o ¿ q u é p u e d e
d e d u c i r d e ellos la c i e n c i a ? n a d a : s o n h e c h o s particulares,
c o n t i n g e n t e s , c u y a existencia ó n o existencia, n o a f e c t a d los
d e m á s h e c h o s ni a l c a n z a al m u n d o d e las ideas.
Estas v e r d a d e s s o n d e p u r o s e n t i m i e n t o ; e n sí solas n a d a
t i e n e n q u e v e r c o n el ó r d e n científico, y solo se e l e v a n h a s t a
él, c u a n d o se las c o m b i n a c o n v e r d a d e s ideales. D e s c a r t e s ,
al c o n s i g n a r el h e c h o del p e n s a m i e n t o y d e la existencia, p a
s a b a , sin advertirlo, del ó r d e n real al ó r d e n ideal , f o r z a d o
p o r s u propósito d e l e v a n t a r el edificio científico. Y o pienso,
 - 39 -
d e c í a ; s i s e h u b i e s e l i m i t a d o á e s t o , s e h a b r í a r e d u c i d o s u fi
losofía á u n a s i m p l e intuicion d e s u c o n c i e n c i a ; p e r o q u e r í a
h a c e r a l g o m a s , q u e r í a discurrir, y p o r n e c e s i d a d e c h a b a
m a n o d e u n a v e r d a d ideal : L o que piensa existe. A s i f e c u n d a
b a el h e c h o individual, c o n t i n g e n t e , c o n la v e r d a d u n i v e r s a l
y n e c e s a r i a ; y c o m o h a b i a m e n e s t e r u n a regla p a r a c o n d u
c i r s e e n a d e l a n t e , la b u s c a b a e n la l e g i t i m i d a d d e la e v i d e n
cia d e las ideas. P o r d o n d e se e c h a d e v e r c o m o este filósofo,
q u e c o n tanto afan b u s c a b a la u n i d a d , se e n c o n t r a b a d e s d e
l u e g o c o n la triplicidad: u n hecho, u n a v e r d a d objetiva, u n
criterio. U n h e c h o e n la c o n c i e n c i a del yo; u n a v e r d a d objeti
v a e n la relacion n e c e s a r i a del p e n s a m i e n t o c o n la existencia;
u n criterio, e n la l e g i t i m i d a d d e la e v i d e n c i a d e las ideas.
S e p u e d e desafiar á t o d o s los filósofos del m u n d o á q u e dis
c u r r a n s o b r e u n h e c h o c u a l q u i e r a sin el auxilio d e las v e r d a
d e s ideales. L a esterilidad q u e h e m o s e n c o n t r a d o e n el h e c h o
d e la c o n c i e n c i a , se hallara e n t o d o s los d e m á s . E s t o n o e s
u n a c o n j e t u r a , es u n a d e m o s t r a c i o n rigurosa. Solo u n a exis
tencia c o n t i e n e la r a z o n d e todas las d e m á s ; e n n o c o n o c i é n
d o l a p u e s d e u n a m a n e r a i n m e d i a t a , intuitiva, n o s es i m p o
sible e n c o n t r a r u n a v e r d a d real o r i g e n d e todas las otras.
69. A u n s u p o n i e n d o q u e e n el ó r d e n d e la c r e a c i o n h u
b i e s e u n h e c h o p r i m i t i v o d e tal n a t u r a l e z a q u e t o d o el u n i
v e r s o n o f u e r a m a s q u e u n s i m p l e d e s a r r o l l o s u y o , t a m p o c o
h a b r í a m o s e n c o n t r a d o la v e r d a d real, f u e n t e d e t o d a c i e n
c i a ; p u e s c o n esto n a d a a d e l a n t a r í a m o s c o n r e s p e c t o al m u n
d o d e la posibilidad, es d ec i r, al ó r d e n ideal , i n f i n i t a m e n t e
m a y o r q u e el d e las existencias infinitas.
S u p o n g a m o s q u e el p r o g r e s o d e las ciencias n a t u r a l e s c o n
d u z c a al d e s c u b r i m i e n t o d e u n a ley s i m p l e , ú n i c a , q u e p r e
s i d a al desarrollo d e todas las d e m á s , y c u y a aplicacion, v a
r i a d a s e g u n las circunstancias, s e a suficiente p a r a d a r r a z o n
d e t o d o s los f e n ó m e n o s q u e a h o r a se r e d u c e n á m u c h a s y m u y
c o m p l i c a d a s . Este seria sin d u d a u n a d e l a n t o i n m e n s o e n las
c i e n c i a s q u e t i e n e n p o r objeto el m u n d o visible: p e r o ¿ q u é
s a b r í a m o s p o r esto del m u n d o d e las inteligencias? ¿ q u é del
m u n d o d e la posibilidad? (VI). .¡.,y t .-
 C A P Í T U L O V I I .

Esterilidad d e la filosofía del yo para producir la ciencia trascendental.

70. El t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a es s e g u r o , irresistible,,
p e r o n a d a tiene q u e v e r c o n el d e la e v i d e n c i a . A q u e l t i e n e
p o r objeto u n h e c h o particular y c o n t i n g e n t e , este u n a v e r
d a d necesaria. Q u e y o p i e n s o a h o r a , es a b s o l u t a m e n t e cierto*
p a r a m í ; p e r o este p e n s a r m i o n o es u n a v e r d a d n e c e s a r i a
s i n o m u y c o n t i n g e n t e , y a q u e p o d i a m u y b i e n s u c e d e r q u e
j a m á s h u b i e s e p e n s a d o ni existido; es u n h e c h o p u r a m e n t e
in dividual, p u e s n o sale d e mí , y s u existencia y n o e x i s t e n c i a
e n n a d a afecta las v e r d a d e s universales.
L a c o n c i e n c i a es u n á n c o r a , n ó u n faro: basta p a r a evitar
el n a u f r a g i o d » la inteligencia, n ó p a r a indicarle el d e r r o t e
ro. E n los asaltos d e la d u d a u n i v e r s a l , a h í está la c o n c i e n c i a
q u e n o d e j a p e r e c e r ; p e r o si le p e d í s q u e o s dirija, os p r e s e n
ta h e c h o s particulares, n a d a m a s .
Estos h e c h o s n o t i e n e n u n valor científico s i n o c u a n d o s e
objetivan , p e r m í t a s e m e la e x p r e s i o n ; ó b i e n c u a n d o reflexio
n a n d o s o b r e ellos el espíritu , los b a ñ a c o n la luz d e las v e r
d a d e s necesarias.
Y o p i e n s o ; y o siento; y o s o y libre; h é a q u í h e c h o s ; p e r a
¿ q u é sacais d e ellos p o r sí s o l o s ? n a d a . P a r a f e c u n d a r l o s e s
n e c e s a r i o q u e los t o m e i s c o m o u n a e s p e c i e d e m a t e r i a d e las
i d e a s universales. El p e n s a m i e n t o se i n m o v i l i z a , se hiela, si
n o le h a c e i s a n d a r c o n el i m p u l s o d e estas ideas; la s e n s a
c i o n os es c o m u n c o n los b r u t o s ; y la libertad c a r e c e d e o b
jeto, d e v i d a , si n o h a y c o m b i n a c i o n d e m o t i v o s p r e s e n t a d o s
p o r la r a z o n .
71. A q u í se e n c u e n t r a la c a u s a d e la o s c u r i d a d y esterili
d a d d e la filosofía a l e m a n a , d e s d e Fichte. K a n t se fijaba e n
el sujeto, p e r o sin destruir la objetividad e n el m u n d o inte
rior; y p o r esto s u filosofía, si b i e n c o n t i e n e m u c h o s e r r o
res, o f r e c e al e n t e n d i m i e n t o a l g u n o s p u n t o s l u m i n o s o s ; p e r o
F i c h t e fué m a s allá, se c o l o c ó e n el yo, n o s i r v i é n d o s e d e la
objetividad s i n o e n c u a n t o le era n e c e s a r i a p a r a establecer
 - 4 1 -
s e m a s h o n d a m e n t e e n u n s i m p l e h e c h o d e c o n c i e n c i a ; así
n o e n c o n t r ó m a s q u e r e g i o n e s t e n e b r o s a s ó c o n t r a d i c c i o n e s .
L a inteligencia d e h o m b r e s d e talento se h a fatigado e n v a
n o p a r a h a c e r b r o t a r u n r a y o d e luz d e u n p u n t o c o n d e n a d o
á la o s c u r i d a d . El y o se m a n i f i e s t a á sí m i s m o p o r s u s actos;
y p a r a se r c o n c e b i d o d e si p r o p i o n o disfruta d e n i n g u n pri
vilegio s o b r e los seres distintos d e él , sino el d e p r e s e n t a r
i n m e d i a t a m e n t e los h e c h o s q u e p u e d e n c o n d u c i r á s u c o n o
c i m i e n t o . ¿ Q u é sabría el a l m a d e sí m i s m a , si n o sintiera s u
p e n s a m i e n t o , s u v o l u n t a d , y el ejercicio d e t o d a s s u s facul
t a d e s ? ¿ C ó m o d i s c u r r e s o b r e s u p r o p i a n a t u r a l e z a s i n o f u n
d á n d o s e e n lo q u e le s u m i n i s t r a el t e s t i m o n i o d e s u s a c t o s ?
El y o p u e s n o es visto p o r sí p r o p i o i n t u i t i v a m e n t e ; n o s e
o f r e c e á s u s m i s m o s ojos, s i n o m e d i a t a m e n t e , esto es, p o r
s u s p r o p i o s actos, es decir, q u e e n c u a n t o á se r c o n o c i d o , se
halla e n u n c a s o s e m e j a n t e al d e los seres e x t e r n o s , q u e lo
s o n p o r los efectos q u e n o s c a u s a n .
El y o c o n s i d e r a d o e n sí, n o es u n p u n t o l u m i n o s o ; es u n
s u s t e n t á c u l o p a r a el edificio d e la r a z o n , m a s n o la regla p a
r a construirle. L a v e r d a d e r a luz se halla e n la objetividad,
p u e s e n ella está p r o p i a m e n t e el b l a n c o del c o n o c i m i e n t o . El
y o n o p u e d e ni s er c o n o c i d o , ni p e n s a d o d e n i n g u n a m a n e
ra , s i n o e n c u a n t o se t o m a á si m i s m o p o r objeto, y p o r c o n
s i gu i en te e n c u a n t o se c o l o c a e n la línea d e los d e m á s se
res , p a r a sujetarse á la actividad intelectual q u e solo o b r a
e n f u e r z a d e las v e r d a d e s objetivas.
72. L a inteligencia n o se c o n c i b e sin objetos al m e n o s in
t e r n o s ; y estos objetos s e r á n estériles, si el e n t e n d i m i e n t o n o
c o n c i b e e n ellos r e l a c i o n e s y p o r c o n s i g u i e n t e v e r d a d e s . E s
tas v e r d a d e s n o t e n d r á n n i n g u n e n l a c e , s e r á n h e c h o s suel
tos, si n o e n t r a ñ a n a l g u n a n e c e s i d a d , y a u n las r e l a c i o n e s
q u e se refieran á h e c h o s particulares s u m i n i s t r a d o s p o r la
e x p e r i e n c i a , n o s e r á n su s ce p t ib l es d e n i n g u n a c o m b i n a c i o n ,
si al m e n o s c o n d i c i o n a l m e n t e , n o i n c l u y e n a l g o d e necesario.
El brillo d e la luz e n el a p o s e n t o e n q u e e s c r i b o es e n sí u n
h e c h o p a r t i c u l a r y c o n t i n g e n t e ; y la c i e n c i a c o m o tal , n o
p u e d e o c u p a r s e d e él, sino s u j e t a n d o el m o v i m i e n t o d e la
luz á l e y e s g e o m é t r i c a s , es decir, á v e r d a d e s necesarias.
L u e g o el yo e n sí m i s m o , c o m o sujeto, n o es p u n t o d e p a r
tida p a r a la ciencia, a u n q u e s e a u n p u n t o d e a p o y o . L o indi
 v i d u a l n o sirve p a r a lo u n i v e r s a l , ni lo c o n t i n g e n t e p a r a lo
n e c e s a r i o . L a c i e n c i a del i n d i v i d u o A , es cierto q u e n o exis
tiría si el i n d i v i d u o A n o existiese; p e r o esta ciencia q u e n e
cesita del y o individual, n o es la ciencia p r o p i a m e n t e dicha,
s i n o el c o n j u n t o d e actos i n d i v i d u a l e s c o n q u e el i n d i v i d u o
p e r c i b e la ciencia. M a s lo p e r c i b i d o n o es esto; lo p e r c i b i d o
e s c o m u n á todas las inteligencias; n o necesita d e este ó a q u e l
i n d i v i d u o ; el f o n d o d e v e r d a d e s q u e c o n s t i t u y e n la c i e n c i a
n o h a n a c i d o d e a q u e l c o n j u n t o d e actos individuales, h e
c h o s c o n t i n g e n t e s q u e se p i e r d e n c u a l gotas i m p e r c e p t i b l e s
e n el o c é a n o d e las inteligencias.
¿ C ó m o se q u i e r e p u e s f u n d a r la c i e n c i a s o b r e el s i m p l e yo
s u b j e t i v o ? ¿ C ó m o d e este yo se q u i e r e h a c e r br o ta r el obje
to? El h e c h o d e la c o n c i e n c i a n a d a tiene q u e v e r c o n la c i e n
cia, s i n o e n c u a n t o o f r e c e h e c h o s á los c u a l e s se p u e d e n
aplicar los principios objetivos, universales, n e c e s a r i o s , in
d e p e n d i e n t e s d e t o d a i n d i v i d u a l i d a d finita, q u e c o n s t i t u y e n
el p a t r i m o n i o d e la r a z o n h u m a n a , p e r o q u e n o h a n m e n e s
ter la existencia d e n i n g u n h o m b r e .
73. A n a l í c e n s e c u a n t o se q u i e r a los h e c h o s d e la c o n c i e n
cia , j a m á s se e n c o n t r a r á e n ellos u n o q u e p u e d a e n g e n d r a r
la luz científica. A q u e l acto s e r á ó u n a p e r c e p c i o n directa ó
refleja. Si es directa s u valor n o es subjetivo s i n o objetivo;
n o es el acto lo q u e f u n d a la c i e n c i a , s i n o la v e r d a d percibi
d a , n o el sujeto sino el objeto, n o el y o s i n o lo visto p o r el
yo. Si el acto es reflejo , s u p o n e otro acto anterior , á s a b e r ,
el objeto d e la reflexion ; n o es p u e s a q u e l el primitivo, s i n o
este.
L a c o m b i n a c i o n del acto directo c o n el reflejo , t a m p o c o
s i r v e p a r a n a d a científico, sino e n c u a n t o se s o m e t e á las
v e r d a d e s n e c e s a r i a s , objetivas, i n d e p e n d i e n t e s del yo. ¿ Q u é
e s u n acto i n d i v i d u a l m e n t e c o n s i d e r a d o ? u n f e n ó m e n o inte
rior. Y ¿ q u é n o s e n s e ñ a este f e n ó m e n o s e p a r a d o d e las v e r
d a d e s objetivas? n a d a . El f e n ó m e n o r e p r e s e n t a a l g o e n la
ciencia, e n c u a n t o es c o n s i d e r a d o bajo las ideas g e n e r a l e s
d e ser, d e c a u s a , d e efecto, d e p ri n c ip i o ó d e p r o d u c t o d e
actividad, d e m o d i f i c a c i o n , d e s u s r e l a c i o n e s c o n s u sujeto
q u e es el substratum d e otros actos s e m e j a n t e s ; es decir,
c u a n d o es c o n s i d e r a d o c o m o u n c a s o particular, c o m p r e n d i
d o e n las ideas g e n e r a l e s , c o m o u n f e n ó m e n o c o n t i n g e n t e ,
 - i n
a p r e c i a b l e c o n el auxilio d e las v e r d a d e s n e c e s a r i a s , c o m o
H n h e c h o e x p e r i m e n t a l , al cual se aplica u n a teoría.
El a c t o reflejo n o es m a s q u e el c o n o c i m i e n t o d e u n c o n o
c i m i e n t o , ó s e n t i m i e n t o , ó d e a l g u n f e n ó m e n o interior s e a
c u a l fuere; y así t o d a reflexion s o b r e la c o n c i e n c i a p r e s u p o
n e acto anterior directo. Este acto directo n o tiene p o r o b
jeto el y o ; l u e g o el c o n o c i m i e n t o n o tiene p o r p ri n ci p io f u n
d a m e n t a l el yo. s i n o c o m o u n a c o n d i c i o n n e c e s a r i a ( p u e s n o
p u e d e h a b e r p e n s a m i e n t o sin sujeto p e n s a n t e ) , m a s n ó c o m o
objeto c o n o c i d o .
74. Estas c o n s i d e r a c i o n e s d e r r i b a n p o r s u c i m i e n t o el sis
t e m a d e F ich te y d e c u a n t o s t o m a n el yo h u m a n o p o r p u n t o
d e partida e n la c a r r e r a d e las ciencias. El y o e n si m i s m o ,
n o s e n o s p r e s e n t a ; lo q u e c o n o c e m o s d e él lo s a b e m o s p o r
s u s actos, y e n esto participa d e u n a c a l i d a d d e los d e m á s
objetos, q u e n o n o s o f r e c e n i n m e d i a t a m e n t e s u esencia, s i n o
lo q u e d e ella e m a n a , p o r la a c t i v i d a d c o n q u e o b r a n s o b r e
nosotros.
D e esta m a n e r a n o s e l e v a m o s p o r r a c i o c i n i o al c o n o c i
m i e n t o d e las c o s a s m i s m a s , g u i a d o s p o r las v e r d a d e s obje
tivas y n e c e s a r i a s , q u e s o n la ley d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ,
el tipo d e las r e l a c i o n e s d e los s e r e s , y p o r tanto u n a r e g l a
s e g u r a p a r a j u z g a r d e ellos. ¿ Q u é s a b e m o s d e n u e s t r o espí
ritu? q u e es s i m p l e : y esto, ¿ c ó m o lo s a b e m o s ? p o r q u e p i e n
sa, y lo c o m p u e s t o , lo m ú l t i p l o , n o p u e d e p e n s a r . H é a q u í
c o m o c o n o c e m o s el yo. L a c o n c i e n c i a n o s manifiesta s u a c
tividad p e n s a d o r a ; esta es la m a t e r i a s u m i n i s t r a d a p o r el
h e c h o ; p e r o l u e g o v i e n e el p r i n c i p i o , la v e r d a d objetiva,
i l u m i n a n d o el h e c h o , m o s t r a n d o la r e p u g n a n c i a e n t r e el p e n
s a m i e n t o y la c o m p o s i c i o n , el e n l a c e n e c e s a r i o entre la s i m
p l i c i d a d y la c o n c i e n c i a .
Si b i e n se o b s e r v a , este r a c i o c i n i o se aplica n o solo al yo,
s i n o á t o d o ser q u e p i e n s e ; y asi es q u e la m i s m a d e m o s t r a
c i o n la e x t e n d e m o s á todos; el yo p u e s q u e la aplica n o c r e a
esta v e r d a d , solo la c o n o c e , y se c o n o c e á sí p r o p i o c o m o u n
c a s o particular c o m p r e n d i d o e n la regla g e n e r a l .
75. El p r e t e n d e r q u e del yo subjetivo surja la v e r d a d , es
c o m e n z a r p o r s u p o n e r al yo u n ser a b s o l u t o , infinito , o r i g e n
d e todas las v e r d a d e s , y r a z o n d e todos los seres: lo q u e e q u i
vale á c o m e n z a r la filosofía d i v i n i z a n d o el e n t e n d i m i e n t o d el
 - 4 4 -
h o m b r e . Y c o m o á esta d i v i n i z a c i o n n o tiene m a s d e r e c h o u n
i n d i v i d u o q u e otro, el a d m i t i r l a e q u i v a l e á establecer el p a n
t e i s m o racional, q u e c o m o v e r e m o s e n s u lu g ar , dista p o c o
6 n a d a del p a n t e i s m o absoluto.
S u p o n i e n d o q u e las r a z o n e s i n d i v i d u a l e s n o s o n m a s q u e
f e n ó m e n o s d e la r a z o n ú n i c a y a b s o l u t a , y q u e p o r tanto lo
q u e l l a m a m o s espíritus , n o s o n v e r d a d e r a s s u s t a n c i a s , s i n o
s i m p l e s m o d i f i c a c i o n e s d e u n espíritu ú n i c o , y las c o n c i e n
cias particulares m e r a s a p a r i c i o n e s d e la c o n c i e n c i a u n i v e r
sal , s e c o n c i b e p o r q u é se b u s c a e n el y o la f u e n t e d e t o d a
v e r d a d , y se i n t e r r o g a á la c o n c i e n c i a p r o p i a c o m o u n a es
p e c i e d e o r á c u l o p o r el c u a l h a b l a la c o n c i e n c i a universal.
P e r o la dificultad está e n q u e la s u p o s i c i o n es gratuita; y q u e
t r a t á n d o s e d e b u s c a r la r a z o n d e t o d a s las v e r d a d e s , se p r i n
cipia p o r establecer la m a s i n c o m p r e n s i b l e y r e p u g n a n t e d e
las p r o p o s i c i o n e s . ¿ Q u i é n es c a p a z d e p e r s u a d i r n o s q u e n u e s
tras c o n c i e n c i a s n o s o n m a s q u e u n a m o d i f i c a c i o n d e u n a
t e r c e r a ? ¿ Q u i é n n o s h a r á c r e e r q u e e so q u e l l a m a m o s el yo,
es c o m u n á t o d o s los h o m b r e s , á t o d o s los s e r e s inteligentes,
y q u e n o h a y m a s diferencia q u e la d e m o d i f i c a c i o n e s d e u n
s e r a b s o l u t o ? Este s er a b s o l u t o , ¿ p o r q u é n o tiene c o n c i e n
cia d e todas las c o n c i e n c i a s q u e c o m p r e n d e ? ¿ P o r q u é i g n o
r a lo q u e e n c i e r r a e n si, l o q u e le m o d i f i c a ? ¿ P o r q u é s e c r e e
m ú l t i p l o si es u n o ? ¿ D ó n d e está el lazo d e tanta multiplici
d a d ? ¿ L a s c o n c i e n c i a s particulares, t e n d r á n s u u n i d a d . s u
v í n c u l o d e t o d o lo q u e les a c o n t e c e , á p e s a r d e n o se r m a s
q u e m o d i f i c a c i o n e s ; y este v i n c u l o , esta u n i d a d , faltarán á
la s u s t a n c i a q u e ellas m o d i f i c a n ?
76. C o m o q u i e r a , a u n c o n la s u p o s i c i o n del p a n t e i s m o ,
n a d a a d e l a n t a n e n s u s p r e t e n s i o n e s los a m i g o s d e la filosofía
d e l yo. C o n s u p a n t e i s m o , l e g i t i m a n p o r decirlo así s u p r e
tension, m a s n o l o g r a n lo q u e p r e t e n d e n . S e l l a m a n á sí m i s
m o s dioses; y asi t i e n e n r a z o n e n q u e e n ellos está la f u e n t e
d e v e r d a d ; p e r o c o m o e n s u c o n c i e n c i a n o h a y m a s q u e u n a
a p a r i c i o n d e s u d i v i n i d a d , u n a sola fase del astro l u m i n o s o ,
n o p u e d e n v e r e n ella otra c o s a q u e lo q u e se les p r e s e n t a ;
y s u d i v i n i d a d se e n c u e n t r a sujeta á ciertas leyes q u e la i m
posibilitan p a r a d a r la luz q u e la filosofía le pide.
77. Si i n t e r r o g a m o s n u e s t r a c o n c i e n c i a s o b r e las v e r d a
d e s n e c e s a r i a s , n o t a r e m o s q u e lejos d e p r e t e n d e r ó f u n d a r l a s
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ó crearlas, las c o n o c e , las confiesa i n d e p e n d i e n t e s d e sí m i s
m a . P e n s e m o s e n esta p r o p o s i c i o n : «es i m p o s i b l e q u e á u n
m i s m o t i e m p o , u n a c o s a se a y n o sea,» y p r e g u n t é m o n o s si la
v e r d a d d e ella n a c e d e n u e s t r o p e n s a m i e n t o ; d e s d e l u e g o la
c o n c i e n c i a m i s m a r e s p o n d e q u e no. A n t e s d e q u e m i c o n c i e n
cia existiera , la p r o p o s i c i o n e r a v e r d a d ; si y o n o existiese
a h o r a , seria t a m b i e n v e r d a d ; c u a n d o n o p i e n s o e n ella, es
t a m b i e n v e r d a d ; el yo n o es m a s q u e u n ojo q u e c o n t e m p l a
el sol , p e r o q u e n o es n e c e s a r i o p a r a la e x i s t e n c i a del sol.
78. O t r a c o n s i d e r a c i o n h a y q u e d e m u e s t r a la esterilidad
d e t o d a filosofía q u e b u s q u e e n el solo yo el o r i g e n ú n i c o y
u n i v e r s a l d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s . T o d o c o n o c i m i e n t o
e x i g e u n objeto; el c o n o c i m i e n t o p u r a m e n t e subjetivo es
i n c o n c e b i b l e ; a u n s u p o n i e n d o i d e n t i d a d e n t r e el sujeto y el
objeto, se necesita la d u a l i d a d d e relacion, real ó c o n c e b i d a ;
es decir, q u e el sujeto e n c u a n t o c o n o c i d o , esté e n cierta
o p o s i c i o n , al m e n o s c o n c e b i d a , c o n el m i s m o sujeto e n c u a n
to c o n o c e . A h o r a b i e n ; ¿ c u á l es el objeto e n el acto primiti
v o q u e se b u s c a ? ¿ E s el n o y o ? E n t o n c e s la filosofía del y o e n
tra e n el c a u c e d e las d e m á s filosofías ; p u e s e n este n o y o es
tán las v e r d a d e s objetivas. ¿ E s el y o ? E n t o n c e s p r e g u n t a r e
m o s , si es el yo e n sí, ó e n s u s actos; si es el yo e n s us actos,
e n t o n c e s la filosofía del yo se r e d u c e á u n análisis ideológi
co , n a d a tiene d e característico; si es el yo e n sí, d i r e m o s
q u e este n o es c o n o c i d o i n t u i t i v a m e n t e ; y q u e m e n o s q u e
n a d i e p u e d e n p r e t e n d e r á esta intuicion , los q u e le l l a m a n el
obioluto. P a r a ellos m a s q u e p a r a los otros , es el yo u n a b i s m o
t e n e b r o s o . E n v a n o os inclinais s o b r e este a b i s m o y gritais
p a r a e v o c a r la v e r d a d ; el s o r d o r u i d o q u e os llega á los o i d o s
e s el e c o d e v u e s t r a v o z m i s m a , s o n v u e s t r a s p a l a b r a s q u e la
h o n d a c a v i d a d os d e v u e l v e m a s a h u e c a d a s y misteriosas.
79. E n t r e estos filósofos q u e se p i e r d e n e n v a n a s cavila
c i o n e s , d e s c u e l l a el a u t o r d e la Doctrina de la ciencia. Fichte,
d e c u y o s i s t e m a h a d i c h o c o n m u c h a g r a c i a M a d a m a d e
Stael , q u e se p a r e c e a l g u n tanto al d i s p e r t a r d e la estatua d e
P i g m a l i o n , q u e t o c á n d o s e a l t e r n a t i v a m e n t e á si m i s m a y A
la p i e d r a s o b r e q u e está s e n t a d a , dice: s o y y o , n o s o y yo.
F i c h t e c o m i e n z a s u o b r a titulada Doctrina de la ciencia, di -
c i e n d o q u e se p r o p o n e b u s c a r el principio m a s ab s o lu to, el
p r i n c i p i o a b s o l u t a m e n t e i n c o n d i c i o n a l d e t o d o c o n o c i m i e n t o
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h u m a n o . H é a q u í u n m é t o d o e r r ó n e o : se c o m i e n z a p o r s u
p o n e r lo q u e se i g n o r a , la u n i d a d del principio, y ni a u n se
s o s p e c h a q u e e n la b a s a del c o n o c i m i e n t o h u m a n o p u e d e h a
b e r u n a v e r d a d e r a multiplicidad. Y o c r e o q u e la p u e d e h a
b e r y la h a y e n efecto, q u e las f u e n t e s d e n u e s t r o c o n o c i m i e n
to s o n varias, d e ó r d e n e s diversos, y q u e n o es posible lle
g a r á la u n i d a d , s i n o s a l i é n d o s e del h o m b r e y r e m o n t á n d o s e
á Dios. L o repito , h a y a q u í u n a e q u i v o c a c i o n e n q u e se h a
i n c u r r i d o c o n d e m a s i a d a g e n e r a l i d a d , r e s u l t a n d o d e ella el
fatigar i n ú t i l m e n t e los espíritus investigadores, y arrojarlos á
s i s t e m a s e x t r a v a g a n t e s .
P o c o s filósofos h a b r á n h e c h o u n e s f u e r z o m a y o r q u e F i c h t o
p a r a llegar á este principio absoluto. ¿ Y q u é c o n s i g u i ó ? L o
diré f r a n c a m e n t e ; n a d a : ó repite el p ri n ci p io d e D e s c a r t e s ,
ó se entretiene e n u n j u e g o d e palabras. L á s t i m a d a el verle
forcejar c o n tal a h i n c o y c o n tan p o c o resultado. R u e g o al
lector q u e t e n g a p a c i e n c i a p a r a s e g u i r m e e n el e x á m e n d e
la d o c t r i n a del filosofo a l e m a n , n o c o n la e s p e r a n z a d e a d
quirir u n a luz q u e le g u i e e n los s e n d e r o s d e la filosofía , si
n o p a r a p o d e r j u z g a r c o n c o n o c i m i e n t o d e c a u s a , d o c t r i n a s
q u e tanto r u i d o m e t e n e n el m u n d o .
«Si este principio, d i c e F i c h t e , es v e r d a d e r a m e n t e el m a s
absoluto, n o p o d r á se r ni definido ni d e m o s t r a d o . D e b e r á e x
p r e s a r el acto q u e n o se p r e s e n t a ni p u e d e p r e s e n t a r s e e n t r e
las d e t e r m i n a c i o n e s e m p í r i c a s d e n u e s t r a c o n c i e n c i a ; p o r el
contrario, s o b r e él d e s c a n s a t o d a c o n c i e n c i a , y solo él la h a
c e posible. (1." p a r t e , § t.)»
S i n n i n g u n a n t e c e d e n t e , sin n i n g u n a r a z o n , sin t o m a r s e
s i q u i e r a la p e n a d e i n d i c a r e n q u é se f u n d a , a s e g u r a F i c h t e
q u e el p r i m e r p rin cip io d e b e r á e x p r e s a r u n acto. ¿ P o r q u é n o
p o d r í a ser u n a v e r d a d objetiva ? Esto m e r e c í a c u a n d o m e n o s
a l g u n e x á m e n , y a q u e t o d a s las e s c u e l a s anteriores, i n c l u s a
la d e Descartes, n o h a b í a n c o l o c a d o el p r i m e r p r in c ip i o e n t r e
los actos, sino entre las v e r d a d e s objetivas. El m i s m o D e s c a r
tes al c o n s i g n a r el h e c h o del p e n s a m i e n t o y d e la existencia,
e c h a m a n o d e u n a v e r d a d objetiva. « L o q u e p i e n s a existe,»
ó e n otros t é r m i n o s : « L o q u e n o existe, n o p u e d e p e n s a r . »
80. L a o b s e r v a c i o n q u e p r e c e d e , s e ñ a l a u n o d e los vicios
radicales d e la d o c t r i n a d e F i c h t e y otros filósofos a l e m a n e s ,
q u e d a n á la filosofía subjetiva, ó del sujeto, u n a i m p o r t a n
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cia q u e n o m e r e c e . Ellos a c u s a n á los d e m á s d e h a c e r c o n d e
m a s i a d a facilidad la transicion del sujeto al objeto , y o l v i d a n
q u e al p r o p i o t i e m p o ellos p a s a n del p e n s a m i e n t o objetivo al
sujeto puro, sin n i n g u n a r a z o n ni título q u e los autorice. A t e
n i é n d o n o s al citado pasaje d e Fichte, ¿ q u é s e r á u n acto q u e
n o se p r e s e n t a , ni se p u e d e p r e s e n t a r e n t r e las d e t e r m i n a
c i o n e s e m p í r i c a s d e n u e s t r a c o n c i e n c i a ? El pr i n ci p io b u s c a d o ,
p o r ser a b s o l u t o , n o se e x i m e d e ser c o n o c i d o , p u e s si n o lo
c o n o c e m o s , m a l p o d r e m o s a f i r m a r q u e es a bs o lu t o; y si n o
se p r e s e n t a ni se p u e d e p r e s e n t a r entre las d e t e r m i n a c i o n e s
e m p í r i c a s d e n u e s t r a c o n c i e n c i a , ni es, ni p u e d e ser c o n o c i d o .
El n o m b r e n o c o n o c e lo q u e n o se p r e s e n t a e n s u c o n c i e n c i a .
El principio a b s o l u t o e n q u e t o d a c o n c i e n c i a d e s c a n s a y
q u e la h a c e posible , p e r t e n e c e ó n ó á la c o n c i e n c i a . Si lo pri
m e r o , sufre todas las dificultades q u e afectan á los d e m á s
actos d e la c o n c i e n c i a ; si lo s e g u n d o , n o p u e d e ser ob jet o
d e o b s e r v a c i o n , y p o r c o n s i g u i e n t e n a d a s a b e m o s d e él.
P a r a llegar al acto p r i m i t i v o , s e p a r a n d o del m i s m o t o d o lo
q u e n o le p e r t e n e c e r e a l m e n t e , confiesa F i c h t e q u e es n e c e
sario s u p o n e r v a l e d e r a s las reglas d e t o d a reflexion, y partir
d e u n a p r o p o s i c i o n c u a l q u i e r a d e las m u c h a s q u e se p o d r í a n
e s c o g e r e n t r e a q u e l l a s q u e t o d o el m u n d o c o n c e d e sin n i n
g u n r e p a r o . « C o n c e d i é n d o s e n o s esta p r o p o s i c i o n , -dice, se
n o s d e b e c o n c e d e r al m i s m o t i e m p o c o m o acto, lo q u e q u e
r e m o s p o n e r c o m o pri n ci p io d e la c i e n c i a del c o n o c i m i e n
to; y el r e s u l t a d o d e la reflexion d e b e ser q u e este acto n o s
s e a c o n c e d i d o c o m o principio, j u n t o c o n la p r o p o s i c i o n . P o
n e m o s u n h e c h o c u a l q u i e r a d e la c o n c i e n c i a e m p í r i c a , y
q u i t a m o s d e él u n a tras otra t o d a s las d e t e r m i n a c i o n e s e m
píricas, h a s t a q u e se r e d u z c a á t o d a s u p u r e z a , sin c o n t e n e r
m a s q u e lo q u e el p e n s a m i e n t o n o p u e d e a b s o l u t a m e n t e e x
cluir y d e lo q u e n a d a p u e d e quitar (ibid.).»
S e v e p o r estas p a l a b r a s q u e el filósofo a l e m a n se p r o p o
n í a e l e v a r s e á u n acto d e c o n c i e n c i a e n t e r a m e n t e p u r o , sin
n i n g u n a d e t e r m i n a c i o n . Esto es i m p o s i b l e : ó F i c h t e t o m a el
a c t o e n u n s e n t i d o m u y lato, e n t e n d i e n d o p o r él el substra-
t u m d e t o d a c o n c i e n c i a , e n c u y o c a s o n o h a c e m a s q u e e x
p r e s a r e n otros t é r m i n o s la i d e a d e sustancia; ó h a b l a d e u n
a c t o p r o p i a m e n t e d i c h o , esto es, d e u n ejercicio c u a l q u i e r a
d e e sa actividad , d e esa e s p o n t a n e i d a d q u e s e n t i m o s d e n t r o
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d e nosotros; y e n este c o n c e p t o el acto d e c o n c i e n c i a n o p u e
d e estar libre d e t o d a d e t e r m i n a c i o n so p e n a d e destruir s u
i n d i v i d u a l i d a d y s u existencia. N o se p i e n s a sin p e n s a r al
g o ; n o se q u i e r e sin q u e r e r algo; n o se siente sin sentir al
g o ; n o se reflexiona s o b r e los actos internos, sin q u e la r e
f l e x i o n s e fije e n a l g o . E n t o d o a c t o d e c o n c i e n c i a h a y d e t e r
m i n a c i o n : u n acto del t o d o p u r o , a b s t r a í d o d e t o d o , e n t e r a
m e n t e i n d e t e r m i n a d o , es i m p o s i b l e , a b s o l u t a m e n t e i m p o s i
ble; y a s u b j e t i v a m e n t e , p o r q u e el a c t o d e c o n c i e n c i a a u n
c o n s i d e r a d o e n el sujeto, e x i g e u n a d e t e r m i n a c i o n ; y a o b j e
t i v a m e n t e , p o r q u e u n , a c t o s e m e j a n t e es i n c o n c e b i b l e c o m o
i n d i v i d u a l , y p o r tanto c o m o existente, p u e s q u e n a d a d e
t e r m i n a d o o f r e c e al espíritu.
81. El acto i n d e t e r m i n a d o d e F i c h t e n o es m a s q u e la i d e a
d e a c t o e n g e n e r a l ; el filósofo a l e m a n c r e y ó h a b e r h e c h o u n
g r a n d e s c u b r i m i e n t o c u a n d o e n el f o n d o n o c o n c e b í a otra
c o s a q u e el pr in cip io d e los actos, es d e c i r , la i d e a d e la
s u s t a n c i a a p l i c a d a á e se se r activo c u y a existencia n o s ates
tigua la c o n c i e n c i a m i s m a .
Si h e d e d e c i r i n g e n u a m e n t e lo q u e p i e n s o , s é a m e p e r m i
tido m a n i f e s t a r q u e e n m i c o n c e p t o F i c h t e c o n t o d o el a l a m
b i c a r d e s u análisis, n o h a h e c h o a d e l a n t a r u n solo p a s o á la
filosofía e n la i n v e s t i g a c i o n d e l p r i m e r principio. P o r lo di
c h o h a s t a a q u í se e c h a d e v e r q u e es m u y fácil d e t e n e r l e
c o n solo p e d i r l e c u e n t a d e las s u p o s i c i o n e s q u e h a c e d e s d e
la p r i m e r a p á g i n a d e s u libro. S i n e m b a r g o , p a r a p r o c e d e r
e n la i m p u g n a c i o n c o n c u m p l i d a lealtad, n o q u i e r o e x t r a c
tar s u s i d e a s , s i n o dejarle q u e las e x p l i q u e él m i s m o .
« T o d o el m u n d o c o n c e d e la p r o p o s i c i o n : A es A , así c o m o
q u e A = A , p o r q u e esto es lo q u e significa la c ó p u l a lógica, y
esto es a d m i t i d o sin reflexion a l g u n a c o m o c o m p l e t a m e n t e
cierto. Si a l g u n o pidiese la d e m o s t r a c i o n , n a d i e p e n s a r í a e n
dársela, s i n o q u e s e s o s t e n d r í a q u e esta p r o p o s i c i o n es cier
ta a b s o l u t a m e n t e , es decir, s i n r a z o n a l g u n a m a s d e s a r r o
llada. P r o c e d i e n d o así i n c o n t e s t a b l e m e n t e c o n el a s e n t i m i e n
to g e n e r a l , n o s a t r i b u i m o s el d e r e c h o d e p o n e r a l g u n a c o s a
a b s o l u t a m e n t e .
» A 1 a f i r m a r q u e la p r o p o s i c i o n p r e c e d e n t e es cierta e n sí,
n o se p o n e la existencia d e A. L a p r o p o s i c i o n A es A , n o e q u i -
v a l e á e s t a : A es, ó h a y u n A. (Ser, p u e s t o sin p r e d i c a d o , t i e n e
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u n significado m u y distinto d e ser c o n p r e d i c a d o , s e g u n v e
r e m o s d e s p u e s . ) Si se a d m i t e q u e A d e s i g n a u n e s p a c i o c o m
p r e n d i d o e n t r e d o s rectas, la p r o p o s i c i o n p e r m a n e c e e x a c
ta, a u n c u a n d o e n este c a s o la p r o p o s i c i o n A es , s e a d e u n a
f a l s e d a d evidente. L o q u e se p o n e es , q u e si A es , A es así.
L a c u e s t i o n n o está e n si A es ó n o ; se trata a q u í n ó del c o n
t e n i d o d e la p r o p o s i c i o n , s i n o ú n i c a m e n t e d e s u f o r m a ; n<5
d e u n objeto del cual se s e p a algo, sino d e lo q u e se s a b e d e
-todo objeto s e a el q u e fuere.
» D e la certeza a b s o l u t a d e la p r o p o s i c i o n p r e c e d e n t e resul
t a q u e e n t r e el si y el asi h a y u n a r e l a c i o n n e c e s a r i a : ella es
Ja q u e está p u e s t a a b s o l u t a m e n t e y sin otro f u n d a m e n t o ; á
-esta r e l a c i o n n e c e s a r i a la l l a m o p r o v i s o r i a m e n t e X . »
T o d o este a p a r a t o d e análisis n o significa m a s d e lo q u e
s a b e u n e s t u d i a n t e d e lógica; esto es, q u e e n t o d a p r o p o s i
c i o n la c ó p u l a , ó el v e r b o ser , n o significa la e x i s t e n c i a del
sujeto, s i n o s u r e l a c i o n c o n el p r e d i c a d o ; p a r a d e c i r n o s u n a
c o s a t an sencilla n o e r a n n e c e s a r i a s tantas p a l a b r a s , ni t a n
a f e c t a d o s e s f u e r z o s d e e n t e n d i m i e n t o , m u c h o m e n o s tratán
d o s e d e u n a p r o p o s i c i o n idéntica. P e r o t e n g a m o s p a c i e n c i a
p a r a c o n t i n u a r o y e n d o al filósofo a l e m a n .
- ¿ E s t e A es ó n o e s ? n a d a h a y d e c i d i d o t o d a v í a s o b r e el
particular; se p r e s e n t a p u e s la s i g u i e n t e c u e s t i o n : ¿ b a j o q u é
c o n d i c i o n A e s ?
» E n c u a n t o á X ella está e n el yo y es p u e s t a p o r el yo: p o r
q u e el y o es q u i e n j u z g a e n la p r o p o s i c i o n e x p r e s a d a y h a s t a
g u z g a c o n v e r d a d , c o n a r r e g l o á X c o m o u n a ley; p o r c o n s i
g u i e n t e X es d a d o al yo; y s i e n d o p u e s t a a b s o l u t a m e n t e y sin
o t r o f u n d a m e n t o , d e b e ser d a d a al y o p o r el yo m i s m o . »
82. ¿ A q u é se r e d u c e t o d a e sa a l g a r a b í a ? hélo a q u í t r a d u
c i d o al l e n g u a j e c o m u n : e n las p r o p o s i c i o n e s d e i d e n t i d a d
ó i g u a l d a d , h a y u n a r e l a c i o n , el espíritu la c o n o c e , la j u z g a
y falla s o b r e lo d e m á s c o n a r r e g l o á ella. Esta r e l a c i o n es
d a d a á n u e s t r o espíritu, e n las p r o p o s i c i o n e s idénticas n o n e
c e s i t a m o s d e n i n g u n a p r u e b a p a r a el a s e n s o . T o d o esto es
m u y v e r d a d e r o , m u y claro, m u y sencillo; p e r o c u a n d o
T i c h t e a ñ a d e q u e esta relacion d e b e ser d a d a al yo p o r el m i s
m o y o , a f i r m a lo q u e n o s a b e ni p u e d e saber. ¿ Q u i é n le h a
d i c h o q u e las v e r d a d e s objetivas n o s v i e n e n d e n o s o t r o s m i s
i n o s ? ¿ t a n l i g e r a m e n t e , d e u n a sola p l u m a d a , se r e s u e l v e
t . i. 4
 — 9 0 -
u n a d e las principales c u e s t i o n e s d e la filosofía, cual es la
del o r i g e n d e la v e r d a d ? ¿ n o s h a definido p o r v e n t u r a el yo?"
¿ n o s h a d a d o d e él a l g u n a i d e a ? S u s p a l a b r a s ó n o significan
n a d a ó e x p r e s a n lo siguiente: « J u z g o d e u n a r e la c io n ; este
juicio está e n m í ; esta r e l a c i o n c o m o c o n o c i d a , y p r e s c i n
d i e n d o d e s u existencia real , está e n m í ; » t o d o lo c u a l se
r e d u c e á lo m i s m o q u e c o n m a s sencillez y n a t u r a l i d a d dijo
D e s c a r t e s : « Y o p i e n s o , l u e g o existo.»
83. E x a m i n a n d o d e t e n i d a m e n t e las p a l a b r a s d e F i c h t e se
v e c o n t o d a claridad q u e n a d a m a s a d e l a n t a b a s o b r e lo d i c h o
p o r el filósofo francés. « N o s a b e m o s , c o n t i n ú a , si A está p u e s
to, ni c ó m o lo es ; p e r o d e b i e n d o X e x p r e s a r u n a r e l a c i o n
e n t r e u n p o n e r d e s c o n o c i d o d e A y u n p o n e r a b s o l u t o del
m i s m o A , e n tanto p o r lo m e n o s q u e la relacion es puesta, A
existe e n el yo, y está p u e s t o p o r el yo , lo m i s m o q u e X. X no-
es posible s i n o r e l a t i v a m e n t e á u n A ; es así q u e X es real
m e n t e p u e s t a e n el yo; l u e g o A d e b e estar p u e s t o e n el y o, si
e n él s e e n c u e n t r a la X . » ¡ Q u é l e n g u a j e m a s e m b r o l l a d o y
m i s t e r i o s o p a r a decir c o s a s m u y c o m u n e s ! ¡c u á n g r a n d e p a
r e c e D e s c a r t e s al lado d e Fi c h te ! A m b o s c o m i e n z a n s u filoso
fía p o r el h e c h o d e c o n c i e n c i a q u e r e v e l a la existencia. E l
u n o e x p r e s a lo q u e p i e n s a c o n claridad , c o n sencillez, e n u n
l e n g u a j e q u e t o d o el m u n d o e n t i e n d e y n o p u e d e m e n o s d e
e n t e n d e r : y el otro p a r a h a c e r c o m o q u e i n v e n t a , p a r a no-
m a n i f e s t a r s e discípulo d e n a d i e , se e n v u e l v e e n u n a n u b e
m i s t e r i o s a , r o d e a d a d e tinieblas, y d e s d e allí c o n v o z a h u e
c a d a p r o n u n c i a s u s oráculos. D e s c a r t e s dice: « y o pienso, d e
esto n o p u e d o d u d a r , es u n h e c h o q u e m e atestigua m i s e n t i d o
í n t i m o ; n a d a p u e d e p e n s a r sin existir; l u e g o y o existo.» E s t o
es claro, es sencillo, i n g e n u o , esto manifiesta u n v e r d a d e r o
filósofo , u n h o m b r e sin a f e c t a c i o n ni p r e t e n s i o n e s . El o t r o
d i c e : « d é s e m e u n a p r o p o s i c i o n c u a l q u i e r a , p o r e j e m p l o A
es A ; » e x p l i c a e n s e g u i d a q u e e n las p r o p o s i c i o n e s el v e r b o
ser n o e x p r e s a la existencia a b s o l u t a del sujeto, s i n o s u r e
l a c i o n c o n el p r e d i c a d o ; t o d o c o n u n a p a r a t o d e doctrina,
q u e c a n s a p o r s u f o r m a y h a c e reir p o r s u esterilidad; ¿ y p a r a
q u é ? p a r a d e c i r n o s q u e A está e n el yo , p o r q u e la r e l a c i o n del
p r e d i c a d o c o n el sujeto ó s ea la X , n o es posible s i n o e n u n
ser, p u e s q u e A significa u n ser c u a l q u i e r a . P o n g a m o s e n
p a r a n g o n los d o s silogismos. D e s c a r t e s dice : « n a d a p u e d e
 - 5 1 —
p e n s a r sin existir; es así q u e y o pienso, l u e g o existo.» F i c h t e
d i c e l i t e r a l m e n t e lo q u e s i g u e : « X n o es posible sino relati
v a m e n t e á u n A ; es así q u e X es r e a l m e n t e p u e s t a e n el yo;
l u e g o A d e b e estar p u e s t o e n el yo.* ¿ C u á l es e n el f o n d o la
d i f e r e n c i a ? n i n g u n a . ¿ C u á l es e n la f o r m a ? la q u e v a del l e n
g u a j e d e u n h o m b r e sencillo á u n h o m b r e v a n o .
R e p i t o q u e e n el f o n d o los s i l o g i s m o s n o s o n diferentes. L a
m a y o r d e D e s c a r t e s es: « n a d a p u e d e p e n s a r sin existir.» N o
la p r u e b a , y confiesa q u e n o se p u e d e p r o b a r . L a m a y o r d e
F i ch t e es : « X n o es p o s i b l e s i n o r e l a t i v a m e n t e á u n A , » ó e n
otros t é r m i n o s : u n a r e l a c i o n d e u n p r e d i c a d o c o n u n sujeto,
e n c u a n t o c o n o c i d a , n o es posible sin u n ser q u e c o n o z c a .
« D e b i e n d o X e x p r e s a r u n a r e l a c i o n entre u n p o n e r d e s c o n o
c i d o d e A , y u n p o n e r a b s o l u t o del m i s m o A , e n tanto p o r lo
m e n o s q u e esta relacion es p u e s t a , » es d e ci r , e n tanto q u e e s
c o n o c i d a . ¿ Y c ó m o p r u e b a F i c h t e q u e u n p o n e r relativo s u
p o n e u n p o n e r absoluto, esto es, u n sujeto e n q u e se p o n g a ?
L o m i s m o q u e D e s c a r t e s : d e n i n g u n a m a n e r a . N o h a y A rela
tivo, si n o le h a y a b s o l u t o ; n a d a p u e d e p e n s a r sin existir; esto
es claro , es e v i d e n t e , y ni D e s c a r t e s ni F i c h t e v a n m a s allá.
L a m e n o r d e D e s c a r t e s es esta: y o p i e n s o ; la p r u e b a d e
esta m e n o r n o la d a el filósofo, se refiere al s e n t i d o í n t i m o ,
y d e allí confiesa q u e n o p u e d e pasar. L a m e n o r d e Fichte,
es la s i g u i e n t e : X es r e a l m e n t e p u e s t a e n el yo; lo q u e e q u i
vale á decir, la relacion del p r e d i c a d o c o n el sujeto es real
m e n t e c o n o c i d a p o r el yo; y c o m o la p r o p o s i c i o n p o d i a ser
e s c o g i d a á arbitrio s e g u n el m i s m o Fichte, s i e n d o i n d i f e r e n
te la u n a ó la otra ,.decir la r e l a c i o n del p r e d i c a d o c o n el s u
jeto es c o n o c i d a p o r el y o , es lo m i s m o q u e d e c i r u n a rela
c i o n c u a l q u i e r a es c o n o c i d a p o r el y o , lo q u e p o d i a e x p r e
s a r s e e n t é r m i n o s m a s claros: yo pienso.
84. Y n ó t e s e b i e n ; si h a y a q u í a l g u n a d i f e r e n c i a , t o d a la
v e n t a j a está d e p a r t e del filósofo francés. D e s c a r t e s e n t i e n d e
p o r p e n s a m i e n t o t o d o f e n ó m e n o i n t e r n o d e q u e t e n e m o s
c o n c i e n c i a . P a r a c o n s i g n a r este h e c h o , n o n e c e s i t a analizar
p r o p o s i c i o n e s , ni c o n f u n d i r el e n t e n d i m i e n t o , c u a n d o c a
b a l m e n t e es m e n e s t e r m a s c l a r i d a d y precision. P a r a llegar
al m i s m o h e c h o F i c h t e d a largos r o d e o s , D e s c a r t e s lo s e ñ a l a
c o n el d e d o , y dice: a q u í está. L o p r i m e r o es p r o p i o del so
fista , lo s e g u n d o d e l g e n i o .
 — 5 2 —
Estas f o r m a s del filósofo a l e m a n a u n q u e p o c o á p r o p ó s i t o
p a r a ilustrar la ciencia, n o t e n d r í a n otro i n c o n v e n i e n t e q u e
el d e fatigar al lector, si s e las l i m i t a s e á lo q u e h e m o s v i s t o
h a s t a a q u í ; p e r o d e s g r a c i a d a m e n t e , ese yo m i s t e r i o s o q u e s e
n o s h a c e a p a r e c e r e n el vestíbulo m i s m o d e la ciencia, y q u e
á los ojos d e la s a n a r a z o n , n o es ni p u e d e ser otra c o s a q u e
lo q u e fué p a r a D e s c a r t e s , á s a b e r , el espíritu h u m a n o q u e
c o n o c e s u existencia p o r s u p r o p i o p e n s a m i e n t o , v a dilatán
d o s e e n m a n o s d e Fic h te c o m o u n a s o m b r a g i g a n t e s c a , q u e
c o m e n z a n d o p o r u n p u n t o a c a b a p o r ocultar s u c a b e z a e n el
cielo y s u s piés e n el a b i s m o . E s e yo sujeto a b so l ut o , es l ue
g o u n se r q u e existe s i m p l e m e n t e p o r q u e se p o n e á si m i s m o ;
e s u n s er q u e se c r e a á sí p r o p i o , q u e lo a b s o r b e t o d o , q u e lo
es t o d o , q u e se r e v e l a e n la c o n c i e n c i a h u m a n a c o m o e n u n a
d e las infinitas fases q u e c o m p a r t e n la existencia infinita.
B a s t a la p r e s e n t e i n d i c a c i o n p a r a d a r á c o n o c e r las t e n
d e n c i a s del s i s t e m a d e Fichte. T r a t á n d o s e d e la c e r t e z a y d e
s u s f u n d a m e n t o s n o seria o p o r t u n o a d e l a n t a r lo q u e p i e n s o
d e c i r l a r g a m e n t e e n el l u g a r q u e c o r r e s p o n d e , al e x p o n e r
la i d e a d e s u s t a n c i a y refutar el p a n t e i s m o .
E s t e es u n o d e los g r a v e s e r r o r e s d e la filosofía d e n u e s t r a
é p o c a ; e n todas partes, y bajo todos los a s p e c t o s , es m e n e s
ter c o m b a t i r l e ; y p a r a h a c e r l o c o n fruto c o n v i e n e d e t e n e r l e
e n s u s p r i m e r o s pasos. P o r esto, h e e x a m i n a d o c o n d e t e n c i o n
la reflexion f u n d a m e n t a l d e Fi c h te e n s u Doctrina de la ciencia,
d e s p o j á n d o l a d e la i m p o r t a n c i a q u e el filósofo p r e t e n d e atri
buirle p a r a establecer s o b r e ella u n a c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l ,
p u e s q u e se lisonjea d e p o d e r d e t e r m i n a r e l p r i n c i p i o a b s o l u t a -
m e n t e i n c o n d i c i o n a l d e t o d o s los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s (Vil).

C A P Í T U L O V I H .

La identidad unirersal.

85. P a r a d a r u n i d a d á la c i e n c i a a p e l a n a l g u n o s á la i d e n
tid ad universal; p e r o e sto n o es e n c o n t r a r la u n i d a d , s i n o
ref ugiarse e n el caos.
P o r d e p r o n t o la i d e n t i d a d universal, c u a n d o n o f u e s e a b
s u r d a , es u n a hi potesis destituida d e f u n d a m e n t o . E x c e p t o la
 — 53 -
u n i d a d d e la c o n c i e n c i a , n a d a e n c o n t r a m o s e n n o s o t r o s q u e
sea u n o : m u c h e d u m b r e d e ideas, d e p e r c e p c i o n e s , d e jui
cios, d e actos d e v o l u n t a d , d e i m p r e s i o n e s las m a s varias;
esto es lo q u e s e n t i m o s e n n o s o t r o s : m u l t i t u d e n los s e r e s
q u e n o s r o d e a n ó si se q u i e r e e n las a p a r i e n c i a s ; esto es lo
q u e e x p e r i m e n t a m o s c o n r e l a c i o n á los objetos e x t e r n o s .
¿ D ó n d e están p u e s la u n i d a d y la i d e n t i d a d , si n o se las e n
c u e n t r a ni e n n o s o t r o s , ni f u e r a d e n o s o t r o s ?
86. Si se d i c e q u e t o d o c u a n t o se n o s ofrece n o s o n m a s
q u e f e n ó m e n o s , y q u e n o a l c a n z a m o s á la r e a l i d a d , á la u n i
d a d idéntica y a b s o l u t a q u e se o c u lt a d e b a j o d e ellos . se
p u e d e replicar c o n el siguiente dilema-- ó n u e s t r a e x p e r i e n
cia s e limita á los f e n ó m e n o s , ó llega á la n a t u r a l e z a m i s m a
d e las c o s a s ; si lo p r i m e r o , n o p o d e m o s s a b e r lo q u e b a j o
los f e n ó m e n o s se e s c o n d e , y la u n i d a d idéntica y a b s o l u t a
n o s s e r á d e s c o n o c i d a ; si lo s e g u n d o , l u e g o la n a t u r a l e z a n o
es u n a s i n o m ú l t i p l a , p u e s q u e e n c o n t r a m o s p o r todas p a r -
Í e s la multiplicidad.
87. E s c u r i o s o o b s e r v a r la ligereza c o n q u e h o m b r e s es-
cépticos e n las cosas m a s sencillas , se c o n v i e r t e n d e r e p e n t e
e n d o g m á t i c o s , p r e c i s a m e n t e al llegar al p u n t o d o n d e m a s
m o t i v o s s e o f r e c e n d e d u d a . P a r a ellos el m u n d o exterior es
ó u n a p u r a a p a r i e n c i a , ó u n ser q u e n a d a tiene d e s e m e j a n
te á lo q u e se figura el linaje h u m a n o ; el criterio d e la e v i d e n
cia, el de l s e n t i d o c o m u n , el d e l t e s t i m o n i o d e los s e n t i d o s
s o n d e e s c a s a i m p o r t a n c i a p a r a obligar al a s e n s o ; solo el v u l
g o d e b e c o n t e n t a r s e c o n f u n d a m e n t o s tan ligeros: el filósofo
n e c e s i t a otros m u c h o m a s robustos. P e r o , ¡c o s a s i n g u l a r ! el
m i s m o filósofo q u e l l a m a b a á la r e a l i d a d a p a r i e n c i a e n g a ñ o
s a , q u e veia o s c u r o lo q u e el h u m a n o linaje c o n s i d e r a claro,
t a n p r o n t o c o m o sale del m u n d o f e n o m e n a l y llega á las r e
g i o n e s d e lo a b s o l u t o , se e n c u e n t r a a l u m b r a d o p o r u n res
p l a n d o r m i s t e r i o s o , n o necesita discurrir, s i n o q u e p o r u n a
i n tu i c ion p u r í s i m a v e lo i n c o n d i c i o n a l , lo infinito , lo ú n i c o ,
e n q u e se r e f u n d e t o d o lo m ú l t i p l o , la g r a n r e a l i d a d c i m i e n
to d e t o d o s los f e n ó m e n o s , el g r a n t o d o q u e e n s u s e n o r e u
n e la v a r i e d a d d e todas las existencias , q u e lo r e a s u m e todo,
q u e lo a b s o r b e t o d o e n la m a s p e r f e c t a i d e n t i d a d ; fija la m i
r a d a del filósofo e n a q u e l foco d e luz y d e vida, v e d e s a r r o
llarse c o m o e n i n m e n s a s o l e a d a s el p i é l a g o d e la existencia,
 — 3 4 —
y así e x p l i c a lo v a r i o p o r lo u n o , lo c o m p u e s t o p o r lo s i m p l e ,
lo finito p o r lo infinito. P a r a estos p r o d i g i o s n o h a m e n e s t e r
salir d e sí p r o p i o , le b a s t a ir d e s t r u y e n d o t o d o lo empírico, r e
m o n t a r s e h a s t a el acto p u r o , p o r s e n d e r o s m i s t e r i o s o s á t o d o s
d e s c o n o c i d o s m e n o s á él. Esej/o q u e se c r e y e r a u n a e x i s t e n c i a
fugaz, d e p e n d i e n t e d e otra existencia superior, se a s o m b r a al
d e s c u b r i r s e tan g r a n d e ; e n sí e n c u e n t r a el o r i g e n d e t o d o s los
seres, ó p o r m e j o r d e c i r el ser ú n i c o del cual t o d o s los d e m á s
s o n m o d i f i c a c i o n e s f e n o m e n a l e s ; él es el u n i v e r s o m i s m o q u e
p o r u n desarrollo g r a d u a l h a l l e g a d o á t e n e r c o n c i e n c i a d e sí
p r o p i o ; t o d o lo q u e c o n t e m p l a f u e r a d e sí y q u e á p r i m e r a
vista le p a r e c e distinto, n o es m a s q u e él m i s m o , n o es m a s
q u e u n reflejo d e sí propio, q u e se p r e s e n t a á s u s ojos y s e d e s -
e n v u e l v e bajo m i l f o r m a s c o m o u n s o b e r b i o p a n o r a m a .
¿ C r e e r á n los lectores q u e finjo u n s i s t e m a p a r a t e n e r el
g u s t o d e c o m b a t i r l e ? n a d a d e e s o : la d o c t r i n a q u e se a c a b a
d e e x p o n e r es la d o c t r i n a d e Schelling.
88. U n a d e las c a u s a s d e este e r r o r es la o s c u r i d a d d e l
p r o b l e m a del c o n o c i m i e n t o . El c o n o c e r es u n a a c c i o n i n m a
n e n t e y al p r o p i o t i e m p o relativa á u n objeto e x t e r n ó , e x
c e p t u a n d o los c a s o s e n q u e el s e r inteligente se t o m a p o r o b
jeto á sí p r o p i o c o n u n acto reflejo. P a r a c o n o c e r u n a v e r d a d
s e a la q u e f u e r e , el espíritu n o sale d e si m i s m o ; s u a c c i o n
n o se ejerce f u e r a d e s i m i s m o : la c o n c i e n c i a í n t i m a le está
d i c i e n d o q u e p e r m a n e c e e n si y q u e s u a ct i vi d ad se d e s e n
v u e l v e d e n t r o d e si.
Esta a c c i o n i n m a n e n t e se e x t i e n d e á los objetos m a s dis
tantes e n l u g a r y t i e m p o y diferentes e n naturaleza. ¿ C ó m o
p u e d e el espíritu p o n e r s e e n c o n t a c t o c o n ellos? ¿ C ó m o p u e
d e e x p l i c a r s e q u e estén c o n f o r m e s la r e a l i d a d y la r e p r e s e n
t a c i o n ? S in esta ú l t i m a n o h a y c o n o c i m i e n t o ; sin c o n f o r m i
d a d n o h a y v e r d a d ; el c o n o c i m i e n t o es u n a p u r a ilusion á
q u e n a d a c o r r e s p o n d e , y el e n t e n d i m i e n t o h u m a n o es c o n
t i n u o j u g u e t e d e v a n a s apariencias.
N o p u e d e n e g a r s e q u e h a y e n este p r o b l e m a dificultades
g r a v í s i m a s , q u i z á s i n s u p e r a b l e s á la c i e n c i a del h o m b r e m i e n
tras v i v e s o b r e la tierra. A q u í se o f r e c e n t o d a s las c u e s t i o n e s
ideológicas y psicológicas q u e h a n o c u p a d o á los metafísicos
m a s e m i n e n t e s . P e r o c o m o q u i e r a q u e n o es m i á n i m o a d e
la n t ar d i s c u s i o n e s q u e p e r t e n e c e n á otro l ug a r, m e limitaré
aj p u n t o d e vista i n d i c a d o p o r la c u e s t i o n q u e e x a m i n o s o b r e
la c e r t e z a y s u pr inc ipio f u n d a m e n t a l .
89. Q u e existe la r e p r e s e n t a c i o n es u n h e c h o a t e s t i g u a d o
p o r el s e n t i d o i n t i m o ; sin ella n o h a y p e n s a m i e n t o ; y la afir
m a c i o n yo pienso, es , si n o el o r i g e n d e t o d a filosofía , al m e
n o s s u c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e .
90. ¿ D e d ó n d e v i e n e la r e p r e s e n t a c i o n ? ¿ c ó m o se e x p l i c a
q u e u n ser se p o n g a e n tal c o m u n i c a c i o n c o n los d e m á s , y
n o p o r u n a a c c i o n transitiva s i n o i n m a n e n t e ? ¿ c ó m o se e x
plica la c o n f o r m i d a d e n t r e la r e p r e s e n t a c i o n y los objetos ?
E s t e m i s t e r i o , ¿ n o está i n d i c a n d o q u e e n el f o n d o d e t o d a s
las c o s a s h a y u n i d a d , i d e n t i d a d , q u e el ser q u e c o n o c e es el
m i s m o se r c o n o c i d o q u e se a p a r e c e á sí p r o p i o bajo distinta
f o r m a , y q u e t o d o lo q u e l l a m a m o s r e a l i d a d e s n o s o n m a s
q u e f e n ó m e n o s d e u n m i s m o ser s i e m p r e idéntico, infinita
m e n t e activo , q u e d e s e n v u e l v e s u s f u e r z a s e n sentidos v a
rios, c o n s t i t u y e n d o c o n s u desarrollo e s e c o n j u n t o q u e lla
m a m o s u n i v e r s o ? N ó : n o es así , n o p u e d e ser así , esto es u n
a b s u r d o q u e la r a z o n m a s e x t r a v i a d a n o a l c a n z a á d e v o r a r ;
este es u n r e c u r s o tan d e s e s p e r a d o c o m o i m p o t e n t e p a r a e x
p l i c a r u n m i s t e r i o si se q u i e r e , p e r o m i l v e c e s m e n o s o s c u r o
q u e el s i s t e m a c o n q u e se le p r e t e n d e aclarar.
91. L a i d e n t i d a d u n i v e r s a l n a d a e x p l i c a , m a s b i e n c o n
f u n d e ; n o disipa la dificultad, la r o b u s t e c e , la h a c e insolu-
ble. E s cierto q u e n o es fácil d a r r a z o n del m o d o c o n q u e se
o f r e c e al espíritu la r e p r e s e n t a c i o n d e c o s a s distintas d e él;
p e r o n o es m a s fácil el darla d e c ó m o el espíritu p u e d e t e n e r
r e p r e s e n t a c i o n d e sí p r o p i o . Si h a y u n i d a d , si h a y c o m p l e t a
i d e n t i d a d e n t r e el sujeto y el objeto, ¿ c ó m o es q u e los d o s se
n o s o f r e c e n c u a l c o s a s distintas? d e la u n i d a d ¿ c ó m o sale esta
d u a l i d a d ? d e la i d e n t i d a d ¿ c ó m o p u e d e n a c e r la d i v e r s i d a d ?
E s u n h e c h o a t e s t i g u a d o p o r la e x p e r i e n c i a , y n o p o r la
e x p e r i e n c i a d e los objetos exteriores , sino p o r la del s e n t i d o
i n t i m o , p o r lo m a s r e c ó n d i t o d e n u e s t r a a l m a , q u e e n t o d o
c o n o c i m i e n t o h a y sujeto y objeto , p e r c e p c i o n y c o s a perci
bida, y sin esta diferencia n o es posible el c o n o c i m i e n t o . A u n
c u a n d o p o r u n e s f u e r z o d e reflexion n o s t o m a m o s p o r obje
tos á n o s o t r o s m i s m o s , la d u a l i d a d a p a r e c e ; si n o existe la
f i n g i m o s , p u e s sin esta ficcion n o a l c a n z a m o s á p e n s a r .
92. Si b i e n se o b s e r v a , a u n e n la reflexion m a s í n t i m a y
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c o n c e n t r a d a , la d u a l i d a d se halla, n o p o r ficcion c o m o á pri
m e r a vista p u d i e r a p a r e c e r , s i n o r e a l m e n t e . C u a n d o la inte
ligencia se v u e l v e s o b r e sí m i s m a , n o v e s u esencia, p u e s n o
le es d a d a la i n t u i c i o n d i r e c t a d e sí p r o p i a ; lo q u e v e s o n s u »
actos, y á estos t o m a p o r objeto. A h o r a b i e n ; el a c t o reflexi
v o n o es el m i s m o acto r e f l e x i o n a d o ; c u a n d o p i e n s o q u e p i e n
s o , el p r i m e r p e n s a r es distinto del s e g u n d o , y tan distinto,
q u e el u n o s u c e d e al otro , n o p u d i e n d o existir el p e n s a r r e
flexivo , sin q u e a n t e s h a y a existido el p e n s a r reflexionado.
93. U n p r o f u n d o análisis d e la reflexion c o n f i r m a lo q u e
se a c a b a d e explicar. ¿ E s posible reflexionar sin objeto re
f l e x i o n a d o ? E s e v i d e n t e q u e no. ¿ C u á l es este objeto e n et
c a s o q u e n o s o c u p a ? El p e n s a m i e n t o p r o p i o , l u e g o este p e n
s a m i e n t o h a d e b i d o preexistir á la reflexion. Si se s u p o n e q u e
n o h a y n e c e s i d a d d e q u e se s u c e d a n e n diferentes instantes
d e t i e m p o , y q u e la d e p e n d e n c i a se salva á p e s a r d e la si
m u l t a n e i d a d , t o d a v í a q u e d a e n pié la f ue r za del a r g u m e n t o :
d a d o y n o c o n c e d i d o q u e la s i m u l t a n e i d a d s e a posible, n o l o
es al m e n o s la d e p e n d e n c i a , si n o h a y distincion. L a d e p e n
d e n c i a es u n a relacion ; la r e l a c i o n s u p o n e o p o s i c i o n d e e x
t r e m o s ; y esta o p o s i c i o n trae c o n s i g o la distincion.
94. Q u e estos actos s o n distintos, a u n c u a n d o s e s u p o n
g a n s i m u l t á n e o s , se p u e d e d e m o s t r a r todavía d e otra m a n e
ra. U n o d e ellos, el r e f l e x i o n a d o , p u e d e existir sin el refle
xivo. S e p i e n s a c o n t i n u a m e n t e sin p e n s a r e n q u e se p i e n s a ;
y d e t o d a reflexion s e a la q u e f u e r e , se p u e d e verificar lo
m i s m o , y a s e a n o p r e s e n t á n d o s e ella p a r a o c u p a r s e del a c t o
p e n s a d o , y a d e s a p a r e c i e n d o y d e j a n d o solo al a c t o d i r e c t o :
l u e g o estos actos s o n n o solo distintos sino s e p a r a b l e s ; l u e g o
la d u a l i d a d d e sujeto y d e objeto existe n o solo c o n r e s p e c t o
al m u n d o exterior , s i n o e n lo m a s í n t i m o , e n lo m a s p u r o
d e n u e s t r a a l m a .
95. N o vale d e c i r q u e la reflexion n o tiene p o r objeto u n
acto d e t e r m i n a d o , s i n o el p e n s a m i e n t o e n general. Esto e s
falso e n m u c h o s c a s o s , p u e s n o solo p e n s a m o s q u e p e n s a m o s ,
s i n o q u e p e n s a m o s u n a c o s a d e t e r m i n a d a . A d e m á s , a u n c u a n
d o la reflexion t e n g a p o r objeto a l g u n a s v e c e s el p e n s a m i e n
to e n g e n e r a l , ni a u n e n t o n c e s la d u a l i d a d d e s a p a r e c e : el a c t o
subjetivo es e n tal c a s o u n a c t o individual, q u e existe e n d e
t e r m i n a d o instante d e t i e m p o , y s u objeto es el p e n s a m i e n t o
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e n g e n e r a l , es decir, u n a idea r e p r e s e n t a n t e d e t o d o p e n s a
m i e n t o , u n a i d e a q u e e n v u e l v e u n a e s p e c i e d e r e c u e r d o c o n
f u s o d e todos los actos p a s a d o s , 6 d e e so q u e se l l a m a activi
d a d , f u e r z a intelectual. L a d u a l i d a d existe p u e s , m a s evi
d e n t e si c a b e , q u e c u a n d o el objeto es u n p e n s a m i e n t o d e
t e r m i n a d o . E n u n c a s o se c o m p a r a b a n al m e n o s d o s actos
i n d i v i d u a l e s ; m a s e n este se c o m p a r a u n acto i n d i v i d u a l c o n
u n a i d e a abstracta, u n a c o s a q u e existe e n u n instante d e
t i e m p o , c o n u n a i d e a q u e ó p r e s c i n d e d e él, ó a b a r c a c o n
f u s a m e n t e ' t o d o el trascurrido d e s d e la é p o c a e n q u e h a c o
m e n z a d o la c o n c i e n c i a del ser q u e reflexiona.
96. Estas r a z o n e s t i e n e n m u c h a m a s f u e r z a d i r i g i é n d o s e
c o n t r a filósofos q u e p o n e n la e s e n c i a del espíritu, n o e n la
f u e r z a d e p e n s a r , s i n o e n el p e n s a m i e n t o m i s m o , q u e n o d a n
al y o m a s existencia d e la q u e n a c e d e s u p r o p i o c o n o c i m i e n
to, a f i r m a n d o q u e solo existe p o r q u e se p o n e á sí m i s m o c o
n o c i é n d o s e , y q u e solo existe e n c u a n t o se pone, es decir,
e n c u a n t o se c o n o c e . C o n este s i s t e m a n o solo existe la d u a
lidad ó m a s b i e n la p l u r a l i d a d e n los actos , s i n o e n el m i s m o
y o ; p o r q u e ese yo es u n a c t o , y los actos se s u c e d e n c o r n o
u n a série d e fluxiones d e s e n v u e l t a s hasta lo infinito. Asi, lé-
jos d e salvarse la u n i d a d absoluta, ni la i d e n t i d a d e n t r e el
sujeto y el objeto, se establece la p l u r a l i d a d y m u l t i p l i c i d a d
e n el sujeto m i s m o ; y la m i s m a u n i d a d d e c o n c i e n c i a , e n p e
ligro d e ser r a s g a d a p o r las cavilaciones filosóficas, tiene q u e
g u a r e c e r s e á la s o m b r a d e la i n v e n c i b l e naturaleza.
9 7 . Q u e d a p r o b a d o p u e s d e u n a m a n e r a incontestable, q u e
h a y e n n o s o t r o s u n a d u a l i d a d p r i m i t i v a e n t r e el sujeto y el
objeto; q u e sin esta n o se c o n c i b e el c o n o c i m i e n t o ; y q u e la
r e p r e s e n t a c i o n m i s m a es u n a p a l a b r a contradictoria, si d e u n
m o d o ú otro n o se a d m i t e n e n los a r c a n o s d e la inteligencia
c o s a s r e a l m e n t e distintas. P e r m í t a s e m e r e c o r d a r q u e d e esta
distincion h a l l a m o s u n tipo s u b l i m e e n el a u g u s t o m i s t e r i o
d e la T r i n i d a d , d o g m a f u n d a m e n t a l d e n u e s t r a s a c r o s a n t a re
ligion , c u b i e r t o c o n u n v e l o i m p e n e t r a b l e , p e r o d e d o n d e sa
l e n t or ren tes d e luz p a r a ilustrar las c u e s t i o n e s filosóficas m a s
p r o f u n d a s . Este m i s t e r i o n o es e x p l i c a d o p o r el débil h o m
b r e ; p e r o es p a r a el h o m b r e u n a e x p l i c a c i o n s u b l i m e . A s í
P l a t o n s e a p o d e r ó d e las v i s l u m b r e s d e a q u e l a r c a n o c o m o d e
u n t e s o r o d e i n m e n s o valor p a r a las teorías filosóficas ; asi los
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s a n t o s p a d r e s y los t e ó l o g o s al esforzarse p o r aclararle c o n
a l g u n a s r a z o n e s d e c o n g r u e n c i a , h a n ilustrado los m a s r e
c ó n d i t o s m i s t e r i o s del p e n s a m i e n t o h u m a n o .
98. L o s s o s t e n e d o r e s d e la i d e n t i d a d u n i v e r s a l á m a s d e
c o n t r a d e c i r u n o d e los h e c h o s p r i m i t i v o s y f u n d a m e n t a l e s
d e la c o n c i e n c i a , n o a d e l a n t a n n a d a p a r a e x p l i c a r ni el ori
g e n d e la r e p r e s e n t a c i o n intelectual, ni s u c o n f o r m i d a d c o n
los objetos. E s e v i d e n t e q u e n i n g u n h o m b r e p o s e e la intui
c i o n d e la n a t u r a l e z a del yo i n d i v i d u a l , y m u c h o m e n o s de l
s e r a b s o l u t o q u e estos filósofos s u p o n e n c o m o el substra-
t u m d e t o d o lo q u e existe ó a p a r e c e . S i n esta intuicion , n o
les s e r á p o s i b l e e x p l i c a r á priori la r e p r e s e n t a c i o n d e los
objetos, ni t a m p o c o la c o n f o r m i d a d d e estos c o n aquella. El
h e c h o p u e s e n q u e se q u i e r e c i m e n t a r t o d a la filosofía, ó n o
existe, ó n o s es d e s c o n o c i d o ; e n a m b o s c a s o s n o p u e d e s e r
vir p a r a f u n d a r u n s i s t e m a .
Si este h e c h o existiese n o se p o d r í a p r e s e n t a r á n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o p o r m e d i o d e u n a e n u n c i a c i o n á q u e llegáse
m o s p o r raciocinio. H a d e ser m a s b i e n visto q u e c o n o c i d o ;
ó h a d e o c u p a r el p r i m e r l u g a r ó n i n g u n o . Si e m p e z a m o s
p o r r a c i o c i n a r sin t o m a r l e á él p o r f u n d a m e n t o , e s t r i b a m o s
e n lo a p a r e n t e p a r a llegar á lo v e r d a d e r o ; n o s v a l e m o s d e la
ilusion p a r a a l c a n z a r la realidad. A s i resulta e v i d e n t e m e n t e
d el s i s t e m a d e n u e s t r o s a d v e r s a r i o s , q u e , ó la filosofía d e b e
c o m e n z a r p o r la intuicion m a s p o d e r o s a q u e i m a g i n a r s e
p u e d a , ó n o le es d a b l e a d e l a n t a r u n paso.
99. L á s e s c u e l a s d i s t i n g u í a n e n t r e el p r i n c i p i o d e se r y
el d e c o n o c e r , p r i n c i p i u m essendi et p r i n c i p i u m cognoscendi;
m a s esta distincion n o tiene c a b i d a e n el s i s t e m a filosófico
q u e i m p u g n a m o s ; el se r se c o n f u n d e c o n el c o n o c e r ; lo q u e
existe, existe p o r q u e se c o n o c e , y solo existe e n c u a n t o se
c o n o c e . D e d u c i r la série d e los c o n o c i m i e n t o s es d e s e n v o l
v e r la série d e la existencia. N o h a y ni s i q u i e r a d o s m o v i
m i e n t o s paralelos, n o h a y m a s q u e u n m o v i m i e n t o ; el y o es
el u n i v e r s o , el u n i v e r s o es el y o ; t o d o c u a n t o existe es u n
d e s a r r o l l o del h e c h o p r i m i t i v o , es el m i s m o h e c h o q u e s e
d e s p l i e g a o f r e c i e n d o diferentes f o r m a s , e x t e n d i é n d o s e c o m o
u n o c é a n o infinito: s u l u g a r es u n e s p a c i o sin límites , s u
d u r a c i o n la e t e r n i d a d (VIIIJ.
 C A P Í T U L O I X .

C o n t i n ú a el M a n e n del ■líteme d e la i d e n t i d a d universal.

100. Estos s i s t e m a s t a n a b s u r d o s c o m o funestos, y q u e b a

jo f o r m a s distintas y p o r d i v e r s o s c a m i n o s , v a n á p a r a r al
p a n t e i s m o , e n c i e r r a n n o o b s t a n t e u n a v e r d a d p r o f u n d a , q u e
d e s f i g u r a d a p o r v a n a s cavilaciones, se p r e s e n t a c o m o u n abis
m o d e tinieblas, c u a n d o e n sí es u n r a y o d e v i v í s i m a luz.
El espíritu h u m a n o b u s c a c o n el d i s c u r s o lo m i s m o á q u e
le i m p e l e u n instinto intelectual : el m o d o d e r e d u c i r la p l u
r a l i d a d á la u n i d a d , d e r e c o g e r p o r decirlo así la v a r i e d a d
infinita d e las existencias e n u n p u n t o del c u a l t o d a s d i m a
n e n y e n q u e se c o n f u n d a n . El e n t e n d i m i e n t o c o n o c e q u e lo
c o n d i c i o n a l h a d e r e f u n d i r s e e n lo i n c o n d i c i o n a l , lo relativo
e n lo a b s o l u t o , lo finito e n lo infinito , lo m ú l t i p l o e n lo u n o .
E n e s t o c o n v i e n e n t o d a s l a s r e l i g i o n e s , t o d a s l a s e s c u e l a s fi
losóficas. L a p r o c l a m a c i o n d e esta v e r d a d n o p e r t e n e c e á n i n
g u n a e x c l u s i v a m e n t e , se la e n c u e n t r a e n t o d o s los países del
m u n d o , e n los t i e m p o s primitivos, junto á la c u n a d e la h u
m a n i d a d . T r a d i c i o n bella, tradicion s u b l i m e , q u e c o n s e r v a
d a al través d e todas las g e n e r a c i o n e s , e n t r e el flujo y reflujo
d e los a c o n t e c i m i e n t o s , n o s p r e s e n t a la idea d e la D i v i n i d a d
p r e s i d i e n d o al o r i g e n y al d e s t i n o del u n i v e r s o .
101. Sí: la u n i d a d b u s c a d a p o r los filósofos es la D i v i n i d a d
m i s m a , es la D i v i n i d a d c u y a gloria a n u n c i a el f i r m a m e n t o y
c u y a faz a u g u s t a n o s a p a r e c e e n lo interior d e n u e s t r a c o n
c i e n c i a c o n r e s p l a n d o r inefable. Sí: ella es la q u e i l u m i n a y
c o n s u e l a al v e r d a d e r o filósofo, y c i e g a y p e r t u r b a al o r g u l l o
s o sofista; ella es la q u e el v e r d a d e r o filósofo l l a m a D i o s , á
q u i e n acata y a d o r a e n el s a n t u a r i o d e s u a l m a , y la q u e el
filósofo i n s e n s a t o apellida el yo c o n p r o f a n a c i o n sacrilega;
ella es la q u e c o n s i d e r a d a c o n s u p e r s o n a l i d a d , c o n s u c o n
c i e n c i a , c o n s u i n t e l i g e n c i a infinita, c o n s u p e r f e c t í s i m a li
b e r t a d , es el c i m i e n t o y la c ú p u l a d e la religion; ella es la
q u e distinta del m u n d o le h a s a c a d o d e la n a d a , la q u e le
c o n s e r v a , le g o b i e r n a , le c o n d u c e p o r m i s t e r i o s o s s e n d e r o s
al d e s t i n o s e ñ a l a d o e n s u s d e c r e t o s i n m u t a b l e s .
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1 0 2 . H a y p u e s u n i d a d e n e l m u n d o ; h a y u n i d a d e n l a fi
losofía; e n esto c o n v i e n e n todos; la diferencia está e n q u e
u n o s s e p a r a n c o n m u c h í s i m o c u i d a d o lo infinito d e lo finito,
la f u e r z a creatriz d e la c o s a c r e a d a , la u n i d a d d e la m u l t i
plicidad , m a n t e n i e n d o la c o m u n i c a c i o n n e c e s a r i a e n t r e la
l i b r e v o l u n t a d d e l a g e n t e t o d o p o d e r o s o y l a s e x i s t e n c i a s fi
nitas, e n t r e la s a b i d u r í a d e la s o b e r a n a inteligencia y la o r
d e n a d a m a r c h a del u n i v e r s o ; m i e n t r a s los otros , t o c a d o s d e
u n a c e g u e r a l a m e n t a b l e , c o n f u n d e n el efecto c o n la c a u s a »
lo finito c o n lo infinito, lo vario c o n lo u n o ; y r e p r o d u c e n
e n la r e g i o n d e la filosofía el c a o s d e los t i e m p o s primitivos;
p e r o t o d o e n d i s p e r s i o n , t o d o e n c o n f u s i o n e s p a n t o s a , sin
e s p e r a n z a d e r e u n i o n ni d e o r d e n : la tierra d e esos filósofos
está vacía, las tinieblas y a c e n s o b r e la faz del a b i s m o , m a s
n o h a y el espíritu d e D i o s l l e v a d o s o b r e las a g u a s p a r a fe
c u n d a r el c a o s y h a c e r q u e s u r j a n d e las s o m b r a s y d e la
m u e r t e piélagos d e luz y d e vida.
C o n los a b s u r d o s s i s t e m a s e x c o g i t a d o s p o r la v a n i d a d filo
sófica, n a d a se aclara; c o n el s i s t e m a d e la religion q u e es
al p r o p i o t i e m p o el d e la s a n a filosofía y el d e la h u m a n i d a d
e n t e r a , t o d o se e x p l i c a : el m u n d o d e las inteligencias c o m o
el m u n d o d e los c u e r p o s es p a r a el espíritu h u m a n o u n c a o s
d e s d e el m o m e n t o e n q u e d e s e c h a la i d e a d e D i o s ; p o n e d l a
d e n u e v o , y el ó r d e n r e a p a r e c e .
103. L o s d o s p r o b l e m a s capitales : ¿ d e d ó n d e n a c e la re
p r e s e n t a c i o n intelectual ? ¿ d e d ó n d e s u c o n f o r m i d a d c o n los
o b j e t o s ? t i e n e n e n t r e n o s o t r o s u n a e x p l i c a c i o n m u y sencilla-
N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , a u n q u e l i m i t a d o , participa d e la luz
infinita: esta luz n o es la q u e existe e n el m i s m o D i o s , es
u n a s e m e j a n z a c o m u n i c a d a á u n s e r , c r i a d o á i m á g e n del
m i s m o Dios.
C o n el auxilio d e esta luz r e s p l a n d e c e n los objetos á los
ojos d e n u e s t r o espíritu ; y a s e a q u e a q u e l l o s estén e n c o m u
n i c a c i o n c o n este p o r m e d i o s q u e n o s s o n d e s c o n o c i d o s , y a
s e a q u e la r e p r e s e n t a c i o n n o s h a y a sido d a d a d i r e c t a m e n t e
p o r D i o s á la p r e s e n c i a d e los objetos.
L a c o n f o r m i d a d d e la r e p r e s e n t a c i o n c o n la c o s a r e p r e
s e n t a d a , es u n r e s u l t a d o d e la v e r a c i d a d divina. U n D i o s in
f i n i t a m e n t e perfecto n o p u e d e c o m p l a c e r s e e n e n g a ñ a r á s u s
criaturas. Esta es la teoría d e D e s c a r t e s y M a l e b r a n c h e : p e n
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s a d o r e s e m i n e n t e s q u e n o s a b i a n d a r u n p a s o e n el ó r d e n
in telectual sin dirigir u n a m i r a d a al A u t o r d e todas las luces,
q u e n o a c e r t a b a n á escribir u n a p á g i n a d o n d e n o p u s i e s e n
la p a l a b r a Dios.
1 0 4 . C o m o v e r e m o s e n s u l u g a r , a d m i t í a M a l e b r a n c h e
q u e el h o m b r e lo v e t o d o e n D i o s m i s m o , a u n e n esta v i d a ;
p e r o s u s i s t e m a lejos d e identificar el y o h u m a n o c o n el se r
infinito, los distinguía c u i d a d o s a m e n t e , n o e n c o n t r a n d o otro
m e d i o p a r a s o s t e n e r é i l u m i n a r al p r i m e r o q u e a c e r c a r l e y
u n i r l e al s e g u n d o . B a s t a leer la o b r a i n m o r t a l del i n s i g n e
m e t a f í s i c o p a r a c o n v e n c e r s e d e q u e s u s i s t e m a n o e r a el d e
e s a i n t u i c i o n p r i m i t i v a , p u r í s i m a , q u e es u n acto d e s p e g a
d o d e t o d o e m p i r i s m o , y q u e p a r e c e salir d e las r e g i o n e s d e
la i n d i v i d u a l i d a d , d e esa intuicion del h e c h o s i m p l e , o r i g e n
d e t o d a s las ideas y d e t o d o s los h e c h o s , y e n q u e , u n o d e
los d o g m a s d e n u e s t r a religion, la vision beatifica, p a r e c e
r e a l i z a d o s o b r e la tierra , e n la r e g i o n d e la filosofía. Estas
s o n p r e t e n s i o n e s insensatas , q u e e s t a b a n m u y lejos del án i
m o y d e l s i s t e m a d e M a l e b r a n c h e (IX).

C A P Í T U L O X .

El p r o b l e m a d e la representacion. M ó n a d a s d e Leiboitz.
105. L a p r e t e n s i o n d e e n c o n t r a r u n a v e r d a d real e n q u e
s e f u n d e n t o d a s las d e m á s , es s u m a m e n t e peligrosa , p o r m a s
q u e á p r i m e r a vista p a r e z c a indiferente. El p a n t e i s m o ó la di
v i n i z a c i o n del yo , d o s s i s t e m a s q u e e n el f o n d o c o i n c i d e n ,
s o n u n a c o n s e c u e n c i a q u e d if í ci l me n te se evita , si se q u i e r e
q u e t o d a la c i e n c i a h u m a n a n a z c a d e u n h e c h o .
106. L a v e r d a d real , ó el h e c h o q u e serviría d e b a s e á
t o d a ciencia, d e b i e r a ser p e r c i b i d o i n m e d i a t a m e n t e . Si n esta
i n m e d i a c i o n le faltaría el c a r á c t e r d e o r i g e n y c i m i e n t o d e las
d e m á s v e r d a d e s ; p u e s q u e el m e d i o c o n q u e le p e r c i b i r í a m o s
t e n d r í a m a s d e r e c h o q u e él al titulo d e v e r d a d p r i m e r a . Si
este h e c h o m e d i a d o r fuese c a u s a del otro , es e v i d e n t e q u e es
te ú l t i m o n o seria el p r i m e r o ; y si la a n t e r i o r i d a d n o se re
firiese al ó r d e n d e ser s i n o d e c o n o c e r , e n t o n c e s resultarían
las m i s m a s dificultades q u e t e n e m o s a h o r a p a r a e x p l i c a r la
 — 6 2 —
transicion del sujeto al objeto, ó s e a la l e g i t i m i d a d d el m e
d i o q u e n o s h a r i a percibir el h e c h o primitivo.
S i e n d o n e c e s a r i a la i n m e d i a c i o n , la u n i o n I n t i m a d e la in
teligencia c o n el h e c h o c o n o c i d o , claro es q u e c o m o esta in
m e d i a c i o n n o la tiene el y o sino p a r a sí m i s m o y p a r a s u s
p r o p i o s actos, el h e c h o b u s c a d o h a d e ser el m i s m o yo. L o
q u e t e n e m o s i n m e d i a t a m e n t e p r e s e n t e s o n los h e c h o s d e
n u e s t r a c o n c i e n c i a ; p o r ellos n o s p o n e m o s e n c o m u n i c a c i o n
c o n lo q u e es distinto d e n o s o t r o s m i s m o s . E n el c a s o p u e s
d e d e b e r s e e n c o n t r a r u n h e c h o p r i m i t i v o o r i g e n d e todos los
d e m á s , este h e c h o seria el m i s m o yo. E n n o a d m i t i e n d o esta
c o n s e c u e n c i a , es n e c e s a r i o d e c l a r a r i n a d m i s i b l e la posibili
d a d d e e n c o n t r a r el h e c h o f u e nt e d e la c i e n c i a t r a s c e n d e n
tal. H é a q u í c o m o las p r e t e n s i o n e s filosóficas e n a p a r i e n c i a
m a s i n o c e n t e s , c o n d u c e n á r e s u l t a d o s funestos.
107. H a y a q u í u n e f u g i o , b i e n débil p o r cierto, p e r o q u e
es b a s t a n t e e s p e c i o s o p a r a q u e m e r e z c a ser e x a m i n a d o .
El h e c h o , o r i g e n científico d e t o d o s los d e m á s , n o es n e
cesario q u e s e a o r i g e n v e r d a d e r o . D i s t i n g u i e n d o e n t r e el
p r i n c i p i o d e ser y el principio d e c o n o c e r , p a r e c e n q u e d a r '
s a l v a d a s t o d a s las dificultades. E s a b s u r d o , y a d e m á s c o n t r a
rio al s e n t i d o c o m ú n , q u e el yo s e a O r i g e n d e t o d o lo q u e
existe; p e r o n o lo es q u e s e a p r i n c i p i o r e p r e s e n t a t i v o d e t o d o
lo q u e se c o n o c e y se p u e d e c o n o c e r . L a r e p r e s e n t a c i o n n o es
s i n ó n i m a d e causalidad. L a s i d e a s r e p r e s e n t a n y n o c a u s a n
los objetos r e p r e s e n t a d o s . ¿ P o r q u é p u e s n o se p o d r í a a d m i
tir q u e existe u n h e c h o r e p r e s e n t a t i v o d e t o d o lo q u e el h u
m a n o e n t e n d i m i e n t o p u e d e c o n o c e r ? E s cierto q u e la p e r
c e p c i o n d e este h e c h o h a d e ser i n m e d i a t a , q u e se le h a d e
s u p o n e r i n t i m a m e n t e p r e s e n t e á la inteligencia q u e le p e r
cibe, p o r c u y o m o t i v o n o p u e d e ser otra c o s a q u e el m i s m o
yo; p e r o esto n o diviniza al yo, solo le c o n c e d e u n a f u e r z a
r e p r e s e n t a t i v a q u e p u e d e h a b e r l e sido c o m u n i c a d a p o r u n
ser superior. H a c e del yo , n o u n a c a u s a u n i v e r s a l , sino u n
espejo e n q u e reflejan el m u n d o i n t e r n o y el e x t e r n o .
E s t a e x p l i c a c i o n r e c u e r d a el f a m o s o s i s t e m a d e las m ó n a
d a s d e Leibnitz , s i s t e m a i n g e n i o s o , a r r a n q u e s u b l i m e d e u n o
d e los g e n i o s m a s p o d e r o s o s q u e h o n r a r o n j a m á s al h u m a n o
linaje. El m u n d o e n t e r o f o r m a d o d e seres indivisibles , t o d o s
r e p r e s e n t a t i v o s del m i s m o u n i v e r s o del c u a l f o r m a n par te,
 — 6 3 —
p e r o c o n r e p r e s e n t a c i o n a d e c u a d a á s u c a t e g o r í a r e s p e c t i v a
y c o n a r r e g l o al p u n t o d e vista q u e les c o r r e s p o n d e s e g u n el
l u g a r q u e o c u p a n ; d e s e n v o l v i é n d o s e e n u n a série i n m e n s a
q u e p r i n c i p i a n d o p o r el o r d e n m a s inferior v a s u b i e n d o e n
g r a d a c i o n c o n t i n u a hasta los u m b r a l e s d e lo infinito; y e n la
c ú s p i d e d e todas las existencias la m ó n a d a q u e c o n t i e n e e n
sí la r a z o n d e todas , q u e las h a s a c a d o d e la n a d a , les h a d a
d o la f u e r z a r e p r e s e n t a t i v a , las h a distribuido e n s u s c o n v e
n i e n t e s c a t e g o r í a s e s t a b l e c i e n d o e n t r e t o d a s ellas u n a e s p e
cie d e p a r a l e l i s m o d e p e r c e p c i o n , d e v o l u n t a d , d e a c c i o n ,
d e m o v i m i e n t o , d e tal s u e r t e q u e sin c o m u n i c a r s e n a d a las
u n a s á las otras , m a r c h e n todas e n la m a s perfecta c o n f o r
m i d a d , e n inefable a r m o n í a ; esto es g r a n d e , esto es bello,
esto es a s o m b r o s o , esta es u n a hipótesis colosal q u e solo
c o n c e b i r p u d i e r a el g e n i o d e Leibnitz.
108. P a g a d o este tributo d e a d m i r a c i o n al e m i n e n t e a u t o r
d e la M o n a d o l o g i a , a d v e r t i r é q u e s u c o n c e p c i o n g i g a n t e s c a
es solo u n a hipótesis q u e todos los r e c u r s o s del talento d e s u
i n v e n t o r n o b a s t a r o n á f u n d a r e n n i n g u n h e c h o q u e le d i e r a
visos d e p r o b a b i l i d a d . P r e s c i n d i r é t a m b i e n d e las dificulta
d e s g r a v í s i m a s q u e , c o n t r a la v o l u n t a d del a u t o r sin d u d a ,
ofrece esta hipótesis á la e x p l i c a c i o n del libre a l b e d r í o : m e
c e ñ i r é al e x á m e n d e las r e l a c i o n e s d e d i c h o s i s t e m a c o n la
c u e s t i o n q u e m e o c u p a .
E n p r i m e r l u g a r , s i e n d o la r e p r e s e n t a c i o n d e las m ó n a d a s
u n a m e r a hipótesis , n o sirve p a r a e x p l i c a r n a d a , á n o s er
q u e la filosofía se c o n v i e r t a e n u n j u e g o d e c o m b i n a c i o n e s
i n g e n i o s a s . El yo es u n a m ó n a d a , esto es, u n a u n i d a d indi
visible; e n esto n o c a b e d u d a : el yo es u n a m ó n a d a r e p r e s e n
tativa del u n i v e r s o ; esta es u n a a f i r m a c i o n a b s o l u t a m e n t e
gratúila. H a s t a q u e se la p r u e b e d e u n m o d o ú otro , t e n e
m o s d e r e c h o á n o q u e r e r o c u p a r n o s d e ella.
109. P e r o s u p o n g a m o s q u e la f u e r z a r e p r e s e n t a t i v a tal
c o m o la e n t i e n d e Leibnitz, exista e n el yo; esta hipótesis n o
d e s t r u y e lo q u e se h a d i c h o c o n t r a el o r i g e n p r i m i t i v o d e la
c i e n c i a trascendental. Si b i e n se o b s e r v a , la hipótesis d e
L e i b n i t z e x p l i c a el o r i g e n d e las ideas, m a s n ó s u enlace.
H a c e del a l m a u n e spe j o e n q u e p o r efecto d e la v o l u n t a d
creatriz, se r e p r e s e n t a t o d o ; p e r o n o e x p l i c a el ó r d e n d e es
tas r e p r e s e n t a c i o n e s , n o d a r a z o n d e c ó m o u n a s n a c e n d e
 — 6 4 —
otras , ni les s e ñ a l a otro v i n c u l o q u e la u n i d a d d e la c o n c i e n
cia. Este s i s t e m a , p u e s , se halla f u e r a d e la c u e s t i o n ; n o
d i s p u t a m o s s o b r e el m o d o c o n q u e las r e p r e s e n t a c i o n e s exis
t e n e n el a l m a , ni s o b r e la p r o c e d e n c i a d e ellas, s i n o q u e
e x a m i n a m o s la o p i n i o n q u e p r e t e n d e f u n d a r t o d a la c i e n c i a
e n u n solo h e c h o ,d e s e n v o l v i e n d o todas las ideas, c o m o s i m
ples m o d i f i c a c i o n e s del m i s m o . Esto j a m á s lo h a d i c h o L e i b -
nitz; ni e n s u s o b r a s se e n c u e n t r a n a d a q u e i n d i q u e s e m e
j a n t e p e n s a m i e n t o . A d e m á s , las diferencias e n t r e el s i s t e m a
d e l a u t o r d e la M o n a d o l o g i a y el d e los filósofos a l e m a n e s
q u e e s t a m o s i m p u g n a n d o , s o n d e m a s i a d o p a l p a b l e s p a r a q u e
p u e d a n ocultarse á nadie¡
1. ° T a n léjos está L e i b n i t z d e la i d e n t i d a d universal, q u e
e s t a b l e c e u n a p l u r a l i d a d y m u l t i p l i c i d a d infinitas: s u s m ó n a
d a s s o n s e r e s r e a l m e n t e distintos y d i f e r e n t e s e n t r e sí.
2.° T o d o el u n i v e r s o c o m p u e s t o d e m ó n a d a s h a p r o c e d i
d o , s e g u n Leibnitz, d e u n a m ó n a d a infinita; y esta p r o c e
d e n c i a n o es p o r e m a n a c i o n s i n o p o r c r e a c i o n .
3. * E n la m ó n a d a infinita ó e n D i o s , p o n e L e i b n i t z la r a
z o n suficiente d e todo.
4. ° El c o n o c i m i e n t o les h a sido d a d o á las m ó n a d a s libre
m e n t e p o r el m i s m o Dios.
5.° D i c h o c o n o c i m i e n t o y la c o n c i e n c i a d e él , les p e r t e
n e c e á las m ó n a d a s i n d i v i d u a l m e n t e , sin q u e L e i b n i l z p e n
s a s e ni r e m o t a m e n t e e n ese absoluto , f o n d o d e t o d a s las c o
sas , q u e c o n s u s t r a s f o r m a c i o n e s se e l e v a d e n a t u r a l e z a á
c o n c i e n c i a , ó d e s c i e n d e d e la r e g i o n d e la c o n c i e n c i a y s e
c o n v i e r t e e n naturaleza.
110. Estas diferencias tan m a r c a d a s , n o h a n m e n e s t e r
c o m e n t a r i o s ; ellas m a n i f i e s t a n h a s t a la ú l t i m a e v i d e n c i a q u e
los filósofos a l e m a n e s m o d e r n o s n o p u e d e n e s c u d a r s e c o n el
n o m b r e d e L e i b n i t z ; b i e n q u e á d e c i r v e r d a d n o es este el
flaco d e e s o s filósofos; léjos d e b u s c a r g u i a s , t o d o s a s p i r a n á
la o r i g i n a l i d a d , s i e n d o esta u n a d e las principales c a u s a s
d e s u s e x t r a v a g a n c i a s . H e g e l , S c h e l l i n g y F i c h t e t o d o s p r e
t e n d e n ser f u n d a d o r e s d e u n a filosofía ; y K a n t a b r i g a b a la
m i s m a a m b i c i o n , hasta el p u n t o d e h a c e r alteraciones g r a
v í s i m a s e n s u s e g u n d a e d i c i o n d e la Critica de la r a z o n p u r a ,
p o r t e m o r d e q u e se le tuviese p o r plagiario del i d e a l i s m o d e
B e r k e l e y (X).
 C A P Í T U L O X I .

E x i m e n del p r o b l e m a d e la representacion.

111. T o d o lo c o n o c e m o s p o r la r e p r e s e n t a c i o n ; sin ella el

, c o n o c i m i e n t o es i n c o n c e b i b l e ; n o o b s t a n t e ¿ q u é es la r e p r e
s e n t a c i o n c o n s i d e r a d a e n sí ? L o i g n o r a m o s ; n o s i l u m i n a p a r a
lo d e m á s , p e r o n o p a r a c o n o c e r l a á ella m i s m a .
B i e n se e c h a d e v e r q u e n o d i s i m u l o las g r a v í s i m a s difi
c u l t a d e s q u e o f r e c e la s o l u c i o n del p r e s e n t e p r o b l e m a ; p o r
el c on tr ar io las s eña lo c o n t o d a c l a r i d a d p a r a evitar d e s d e
-el p r i n c i p i o la v a n a p r e s u n c i o n , q u e p i e r d e e n las c i e n c i a s
c o m o e n todo. M a s n o se c r e a q u e intente d e s t e r r a r esta c u e s
tion d e l d o m i n i o d e la filosofía; o p i n o q u e las dificultades
a u n q u e s o n m u c h a s y e s p i n o s a s , p e r m i t e n sin e m b a r g o c o n
j e t u r a s b a s t a n t e p r o b a b l e s .
112. L a f u e r z a r e p r e s e n t a t i v a p u e d e d i m a n a r d e íres
f u e n t e s : i d e n t i d a d , c a u s a l i d a d , idealidad. M e explicaré. U n a
,cosa p u e d e r e p r e s e n t a r s e á sí m i s m a ; esta r e p r e s e n t a c i o n e s
la q u e l l a m o d e identidad. U n a c a u s a p u e d e r e p r e s e n t a r á
s u s efectos; esto e n t i e n d o p o r r e p r e s e n t a c i o n d e c a u s a l i d a d .
U n ser, s u s t a n c i a ó a c c i d e n t e , p u e d e se r r e p r e s e n t a t i v o d e
o t r o , distinto d e él y q u e n o es s u efecto ; á este l l a m o r e
p r e s e n t a c i o n d e idealidad.
N o v e o q u e p u e d a n s eñ a la r s e otras f u e n t e s d e la r e p r e s e n
t a c i o n ; y así t e n i e n d o la division p o r c o m p l e t a , v o y á e x a
m i n a r s u s tres partes, l l a m a n d o m u y e s p e c i a l m e n t e s o b r e
,este p u n t o la a t e n c i o n del lector , p o r ser u n o d e los m a s i m
p o r t a n t e s d e la filosofía.
113. L o q u e r e p r e s e n t a h a d e t e n e r a l g u n a r e l a c i o n c o n
la c o s a r e p r e s e n t a d a . E s e n c i a l ó a c c i d e n t a l , p r o p i a ó c o m u
n i c a d a , la r e l a c i o n h a d e existir. D o s seres q u e n o t i e n e n a b
s o l u t a m e n t e n i n g u n a r e la c io n , y sin e m b a r g o , el u n o r e p r e
s e n t a n t e de l otro, s o n u n a m o n s t r u o s i d a d . N a d a h a y sin r a
z o n suficiente; y n o e x i s t i e n d o n i n g u n a r e l a c i o n e n t r e el r e
p r e s e n t a n t e y el r e p r e s e n t a d o , n o h a b r í a r a z o n suficiente d e
la r e p r e s e n t a c i o n .
 - N —
T é n g a s e e n c u e n t a q u e p o r a h o r a p r e s c i n d o d e la n a t u r a
leza d e esta rel aci on , n o a f i r m o q u e s e a real ni ideal, solo-
d i g o q u e e n t r e lo r e p r e s e n t a n t e y lo r e p r e s e n t a d o h a d e h a b e r
a l g u n v í n c u l o s e a el q u e fuere. S u s m i s t e r i o s , s u i n c o m p r e n
sibilidad, n o destruirían s u existencia. L a filosofía s e r á i m
p o t e n t e q u i z á s p a r a e x p l i c a r el e n i g m a , p e r o es b a s t a n t e á
d e m o s t r a r q u e el v í n c u l o existe. Así es q u e p r e s c i n d i e n d o d e
t o d a e x p e r i e n c i a , se p u e d e d e m o s t r a r d priori q u e h a y u n a
r e l a c i o n entre el yo y los d e m á s seres, p o r el m e r o h e c h o de-
existir la r e p r e s e n t a c i o n d e estos e n a q ue l .
L a i n c e s a n t e c o m u n i c a c i o n e n q u e e s t á n las inteligencias-
e n t r e sí y c o n el u n i v e r s o , p r u e b a q u e h a y u n p u n t o d e r e u
n i o n p a r a todo. L a sola r e p r e s e n t a c i o n es d e ello u n a p r u e b a -
i n c o n t e s t a b l e ; tantos seres e n a p a r i e n c i a d i s p e r s o s é indife
r e n t e s u n o s á otros, están í n t i m a m e n t e u n i d o s e n a l g u n c e n
tro; p o r m a n e r a q u e el s i m p l e f e n ó m e n o d e la inteligencia-
n o s c o n d u c e á la a f i r m a c i o n del v i n c u l o c o m u n , d e la u n i d a d
e n q u e se e n l a z a la pluralidad. Esta u n i d a d es p a r a los p a n -
teistas la i d e n t i d a d u ni ve rs a l , p a r a n o s o t r o s es Dios.
114. A d v i é r t a s e q u e esta relacion e n t r e lo r e p r e s e n t a n t e y
lo r e p r e s e n t a d o , n o es n e c e s a r i o q u e s e a directa ó i n m e d i a
ta; basta q u e s e a c o n u n tercero; así h a n d e a d m i t i r l a tanto-
Ios q u e e x p l i c a n la r e p r e s e n t a c i o n p o r la i d e n t i d a d , c o m o -
los q u e d a n r a z o n d e ella p o r las i d e a s i n t e r m e d i a s , sin que-
p a r a el c a s o p r e s e n t e , h a y a n i n g u n a d i f e r e n c i a e n t r e los q u e
las c o n s i d e r a n p r o d u c i d a s p o r la a c c i o n d e los objetos sobre-
n u e s t r o espíritu, y los q u e las h a c e n d i m a n a r i n m e d i a t a
m e n t e d e Dios.
1 1 5 . T o d o l o q u e r e p r e s e n t a c o n t i e n e e n c i e r t o m o d o la-
c o s a r e p r e s e n t a d a ; esta n o p u e d e t e n e r c a r á c t e r d e tal si d e
a l g u n a m a n e r a n o se halla e n la r e p r e s e n t a c i o n . P u e d e ser
ella m i s m a ó u n a i m á g e n s u y a , p e r o esta i m á g e n n o r e p r e
s e n t a r á al objeto si n o se s a b e q u e es i m á g e n . T o d a idea, pues,,
e n c i e r r a la r e l a c i o n d e objetividad, d e otro m o d o n o r e p r e
sentaría al objeto, sino á sí m i s m a .
El acto d e e n t e n d e r es i n m a n e n t e , p e r o d e tal m o d o q u e eí
e n t e n d i m i e n t o sin salir d e si se a p o d e r a del objeto m i s m o .
C u a n d o p i e n s o e n u n astro c o l o c a d o á m i l l o n e s d e l e g u a s d e
distancia , m i espíritu n o v a c i e r t a m e n t e al p u n t o d o n d e el as
tro se halla; p e r o p o r m e d i o d e la idea salva e n u n instante
 la i n m e n s a distancia y se u n e c o n el astro m i s m o . L o q u e
p e r c i b e , n o es la i d e a s i n o el objeto d e ella; si esta i d e a n o
e n v o l v i e s e u n a r e l a c i o n al objeto , dejaría d e ser i d e a p a r a
el espíritu, n o le r e p r e s e n t a r í a n a d a , á n o ser q u e se r e p r e
s e n t a s e á sí m i s m a .
116. H a y p u e s e n t o d a p e r c e p c i o n u n a u n i o n del s e r q u e
p e r c i b e c o n la c o s a p e r c i b i d a ; c u a n d o esta p e r c e p c i o n n o es
i n m e d i a t a , el m e d i o h a d e ser tal q u e c o n t e n g a u n a rela
c i o n n e c e s a r i a al objeto; se h a d e ocultar á sí p r o p i o p a r a n o
o f r e c e r á los ojos del espíritu s i n o la c o s a r e p r e s e n t a d a . D e s
d e el m o m e n t o q u e él se p r e s e n t a , q u e es visto ó s o l a m e n t e
a d v e r t i d o , deja d e s er i d e a y p a s a á s er objeto. E s la i d e a u n
e s p e j o q u e será tanto m a s perfecto c u a n t o m a s c o m p l e t a p r o
d u z c a la ilusion. E s n e c e s a r i o q u e p r e s e n t e los objetos solos,
p r o y e c t á n d o l o s á la c o n v e n i e n t e distancia, sin q u e el ojo v e a
n a d a del cristalino p l a n o q u e los refleja.
117. Esta u n i o n d e lo r e p r e s e n t a n t e c o n lo r e p r e s e n t a d o ,
d e lo inteligente c o n lo e n t e n d i d o , p u e d e e x p l i c a r s e e n a l g u
n o s casos p o r la i d e n t i d a d .E n g e n e r a l n o se d e s c u b r e n i n g u n a
c o n t r a d i c c i o n e n q u e u n a c o s a s e r e p r e s e n t e á sí m i s m a á los
ojos d e u n a inteligencia , si se s u p o n e q u e d e u n m o d o ú otro
e s t é n u n i d a s . E n el c a s o p u e s d e q u e la c o s a c o n o c i d a s e a ella
m i s m a inteligente, n o se v e n i n g u n a dificultad e n q u e ella s e a
p a r a sí m i s m a s u p r o p i a r e p r e s e n t a c i o n y q u e d e c o n s i g u i e n
te se c o n f u n d a n e n u n m i s m o ser la i d e a l i d a d y la r ea l i dad -
Si u n a i d e a p u e d e r e p r e s e n t a r á u n objeto, ¿ p o r q u é este n o
s e p o d r á r e p r e s e n t a r á sí m i s m o ? si u n se r inteligente p u e d e
c o n o c e r u n objeto, m e d i a n t e u n a idea, ¿ p o r q u é n o le p o d r á
c o n o c e r i n m e d i a t a m e n t e ? L a u n i o n d e la c o s a e n t e n d i d a c o n
la inteligente s e r á p a r a n o s o t r o s u n m i s t e r i o , es v e r d a d ; p e
r o ¿lo es m e n o s la u n i o n q u e se h a c e p o r m e d i o d e la i d e a ?
A esta se p u e d e objetar t o d o lo q u e se d i g a c o n t r a la c o s a m i s
m a ; y a u n si b i e n se c o n s i d e r a , m a s i n e x p l i c a b l e es el q u e
u n a c o s a r e p r e s e n t e á otra, q u e n o q u e se r e p r e s e n t e á sí m i s
m a . L o r e p r e s e n t a n t e y lo r e p r e s e n t a d o t i e n e n e n t r e sí u n a
e s p e c i e d e r e l a c i o n d e c o n t i n e n t e y c o n t e n i d o ; f á c i l m e n t e s e
c o n c i b e q u e lo idéntico se c o n t e n g a á sí m i s m o , p u e s q u e la
i d e n t i d a d e x p r e s a m u c h o m a s q u e el c o n t e n e r ; p e r o n o s e
c o n c i b e ta n b i e n c ó m o el a c c i d e n t e p u e d e c o n t e n e r á la s u s
t a n c i a , lo transitorio á lo p e r m a n e n t e , lo ideal á lo real.
 - 6 8 —
p u e s la i d e n t i d a d u n v e r d a d e r o principio d e r e p r e s e n t a c i o n .
118. A q u í advertiré lo siguiente, q u e es m u y n e c e s a r i o
p a r a evitar e q u i v o c a c i o n e s .
!.' N o a f i r m o la r e l a c i o n n e c e s a r i a e n t r e la i d e n t i d a d y
la r e p r e s e n t a c i o n ; d e lo c o n t r a r i o se a f i r m a r í a q u e t o d o s er
h a d e ser r e p r e s e n t a t i v o , y a q u e t o d o s e r es idéntico c o n s i
g o m i s m o . E s t a b l e z c o esta p r o p o s i c i o n : «la i d e n t i d a d p u e d e
s e r o r i g e n d e r e p r e s e n t a c i o n ;» p e r o n i e g o las siguientes : « la
i d e n t i d a d es o r i g e n necesario d e r e p r e s e n t a c i o n ; » «la r e p r e
s e n t a c i o n es s i g n o d e identidad.*
2." N a d a d e t e r m i n o c o n r e s p e c t o á la a p l i c a c i o n d e las
r e l a c i o n e s e n t r e la r e p r e s e n t a c i o n y la i d e n t i d a d e n lo q u e
c o n c i e r n e á los s e r e s finitos.
3." P r e s c i n d o d e la d u a l i d a d q u e existe p o r solo s u p o n e r
sujeto y objeto , y n o e n t r o e n n i n g u n a c u e s t i o n s o b r e la n a
turaleza d e esta d u a l i d a d .
119. Fijadas las ideas, advertiré q u e t e n e m o s u n a p r u e b a
i r r e c u s a b l e d e q u e n o h a y r e p u g n a n c i a intrínseca e n t r e la
i d e n t i d a d y la r e p r e s e n t a c i o n , e n d o s d o g m a s d e la religion
católica: el d e la vision beatífica y el d e la inteligencia divi
n a . El d o g m a d e la v i s i o n beatífica n o s e n s e ñ a q u e el a l m a
h u m a n a e n la m a n s i o n d e los b i e n a v e n t u r a d o s , está u n i d a
í n t i m a m e n t e c o n D i o s , v i é n d o l e c a r a á c a r a , e n s u m i s m a
esencia. N a d i e h a d i c h o q u e esta vision se hiciese p o r m e d i o
d e u n a idea, a n t e s b i e n los teólogos e n s e ñ a n lo contrario,
e n t r e ellos S a n t o T o m á s . T e n e m o s p u e s la i d e n t i d a d u n i d a
c o n la r e p r e s e n t a c i o n , es d e c i r , la e s e n c i a d i v i n a r e p r e s e n
t á n d o s e ó m a s b i e n p r e s e n t á n d o s e á sí p r o p i a á los ojos d e l
espíritu h u m a n o . El d o g m a d e la inteligencia d i v i n a n o s e n
s e ñ a q u e D i o s es i n f i n i t a m e n t e inteligente. D i o s , p a r a e n t e n
d e r , n o sale d e sí m i s m o , n o se vale d e ideas distintas, s e v e
á sí m i s m o e n s u esencia. D i o s n o se d i s t i n g u e d e s u e s e n
cia; t e n e m o s p u e s la i d e n t i d a d u n i d a c o n la r e p r e s e n t a c i o n ,
y el ser inteligente identificado c o n la c o s a e n t e n d i d a (XI).
 - 6 9 -

C A P Í T U L O X I I .

Inteligibilidad inmediata.
120. N o todas las c o s a s t i e n e n r e p r e s e n t a c i o n activa ni
a u n pasiva; q u i e r o d e c i r q u e n o todas están d o t a d a s d e acti
v i d a d intelectual , ni s o n aptas p a r a t e r m i n a r el acto del e n
t e n d i m i e n t o ni a u n p a s i v a m e n t e .
P o r lo t o c a n t e á la f u e r z a d e r e p r e s e n t a c i o n activa, q u e e n
el f o n d o n o es m a s q u e la c a p a c i d a d d e e n t e n d e r , es e v i d e n t e
q u e s o n m u c h o s los seres destituidos d e ella. A l g u n a m a y o r
dificultad p u e d e h a b e r c o n r e s p e c t o á la r e p r e s e n t a c i o n p a s i v a
6 á la d i s p o s i c i o n p a r a ser objeto inmediato d e la inteligencia.
121. U n objeto n o p u e d e ser c o n o c i d o i n m e d i a t a m e n t e -
es decir, sin la m e d i a c i o n d e u n a idea, si él p r o p i o n o h a c e
las v e c e s d e esta idea, u n i é n d o s e al e n t e n d i m i e n t o q u e le h a
d e c o n o c e r . E s t a sola r a z o n quita á t o d a s las c o s a s m a t e r i a
les el carácter d e i n m e d i a t a m e n t e inteligibles, p o r m a n e r a
q u e f i n g i e n d o u n espíritu á q u i e n n o se h u b i e s e d a d o u n a
i d e a d el u n i v e r s o c o r p ó r e o , n a d a c o n o c e r í a d e este a u n q u e
estuviese e n m e d i o del m i s m o p o r t o d a la e t e r n i d a d .
R e s u l t a d e esto q u e la m a t e r i a n o es ni p u e d e s e r ni inteli
g e n t e ni inteligible ; las ideas q u e t e n e m o s d e ella h a n d i m a
n a d o d e otra parte ; sin c u y o auxilio p o d r í a m o s estar ligados
á la m i s m a , sin c o n o c e r l a n u n c a , ni s o s p e c h a r q u e existiese.
122. A q u í se m e of r ec e la o p o r t u n i d a d d e e x p o n e r u n a
d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s s u m a m e n t e curiosa. Este m e t a f í s i -
c o e m i n e n t e es d e p a r e c e r q u e r e q u i e r e m a s p e r f e c c i o n el
s e r i n m e d i a t a m e n t e inteligible q u e el ser inteligente , d e
m a n e r a q u e el a l m a h u m a n a d o t a d a d e la inteligencia n o
p o s e e la inteligibilidad.
E n la p r i m e r a parte d e la S u m a teológica , c u e s t i o n 87, ar
tículo 1.", p r e g u n t a el S a n t o D o c t o r si el a l m a se c o n o c e á si
m i s m a p o r s u esencia, y r e s p o n d e q u e n ó , a p o y a n d o s u o p i
n i o n d e la m a n e r a siguiente. L a s c o s a s s o n inteligibles e n
c u a n t o están e n acto y n o e n c u a n t o están e n p o t e n c i a ; lo q u e
c a e b a j o el c o n o c i m i e n t o es el ser, lo v e r d a d e r o , e n c u a n t o
 - 7 0 -
está e n acto , así c o m o la vista p e r c i b e , n o lo q u e p u e d e s e r
c o l o r a d o , s i n o lo q u e lo es. D e esto se s i g u e q u e las s u s t a n
cias i n m a t e r i a l e s e n tanto s o n inteligibles p o r s u esencia, e n
c u a n t o están e n acto, y así la e s e n c i a d e D i o s q u e es u n a c
to p u r o y p e r f e c t o , es a b s o l u t a y p e r f e c t a m e n t e inteligible
p o r sí m i s m a , y d e a q u í es q u e p o r ella Dios se c o n o c e á sí
m i s m o y á todas las cosas. L a e s e n c i a del á n g e l p e r t e n e c e al
g é n e r o d e las c o s a s inteligibles e n c u a n t o es acto; p e r o c o
m o n o es acto p u r o ni c o m p l e t o , s u e n t e n d e r n o se c o m p l e
ta p o r s u e se n c i a . P u e s a u n q u e el á n g e l se c o n o z c a á si m i s
m o p o r s u e s e n c i a , n o c o n o c e las d e m á s c o s a s s i n o p o r i d e a s
q u e las r e p r e s e n t a n . El e n t e n d i m i e n t o h u m a n o , e n el g é n e r o
d e las c o s a s inteligibles , se halla c o m o u n se r e n p o t e n c i a
t a n s o l a m e n t e , p o r lo c u a l c o n s i d e r a d o e n s u e s e n c i a tiene
facultad p a r a e n t e n d e r , m a s n o p a r a ser e n t e n d i d o , s i n o e n
c u a n t o se p o n e e n acto. P o r esta c a u s a los p l a t ó n i c o s s e ñ a l a
r o n á los s e r e s inteligibles u n r a n g o s u p e r i o r á los e n t e n d i
m i e n t o s , p o r q u e el e n t e n d i m i e n t o n o e n t i e n d e s i n o p o r la
p a r t i c i p a c i o n inteligible ; y s e g u n ellos , el q u e participa es
m e n o s p e r f e c t o q u e la c o s a participada. Sí p u e s el e n t e n d i
m i e n t o h u m a n o se p u s i e s e e n acto p o r la p a r t i c i p a c i o n d e las
f o r m a s inteligibles s e p a r a d a s c o m o o p i n a r o n los platónicos,
el e n t e n d i m i e n t o h u m a n o se c o n o c e r í a á sí m i s m o p o r la p a r
ticipacion d e ellas; p e r o c o m o es n a t u r a l á n u e s t r o e n t e n d i
m i e n t o e n la p r e s e n t e v i d a el e n t e n d e r c o n r e l a c i o n á las c o
s a s sensibles , n o se p o n e e n a c t o s i n o p o r las ideas s a c a d a s
d e la e x p e r i e n c i a sensible p o r la luz del e n t e n d i m i e n t o a g e n
te q u e es el acto d e las c o s a s inteligibles; y asi el e n t e n d i
m i e n t o n o se c o n o c e p o r s u e s e n c i a sino p o r s u p r o p i o acto.
E s t a es, e n sustancia, la d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s ; q u e m a s
b i e n h e t r a d u c i d o q u e n o extractado.
El c a r d e n a l C a y e t a n o , u n o d e los e n t e n d i m i e n t o s m a s p e
n e t r a n t e s y sutiles q u e h a n existido j a m á s , p o n e s o b r e este
l u g a r u n c o m e n t a r i o d i g n o del texto. H é a q u í s u s p a l a b r a s :
« D e lo d i c h o e n el texto resultan d o s cosas: 1.* q u e n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o tiene p o r sí m i s m o la f a c u l t a d d e e n t e n d e r ;
2." q u e n o tiene la d e ser e n t e n d i d o ; d e d o n d e se s i g u e q u e
el ó r d e n d e los e n t e n d i m i e n t o s es inferior al d e las c o s a s in
teligibles; p u e s q u e si la p e r f e c c i o n q u e d e sí tiene n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o le basta p a r a e n t e n d e r , m a s n o p a r a s e r e n
 - 7 1 -
t e n d i d o , se infiere q u e se n e c e s i t a m a s p e r f e c c i o n p a r a ser
e n t e n d i d o q u e p a r a e n t e n d e r . Y c o m o S a n t o T o m á s v e i a q u e
a s í r e s u l t a b a d e lo dicho, y esto á p r i m e r a vista n o p a r e c e s e r
v e r d a d , a n t e s se le p o d i a objetar lo m i s m o c o m o u n i n c o n
v e n i e n t e , p o r esto e x c l u y e s e m e j a n t e a p r e h e n s i o n m a n i f e s
t a n d o q u e así lo d e b i a n a d m i t i r n o solo los peripatéticos, e n
, c u y a d o c t r i n a se f u n d a b a , s i n o t a m b i e n los platónicos.»
M a s aba jo , r e s p o n d i e n d o á u n a dificultad d e E s c o t o , lla
m a d o el d o c t o r sutil, a ñ a d e : « P a r a e n t e n d e r se necesita e n
t e n d i m i e n t o é inteligible. L a r e l a c i o n d e a q u e l á este es la
d e lo perfectible á la p r o p i a p e r f e c c i o n ; p u e s q u e el estar el
e n t e n d i m i e n t o e n acto consiste e n q u e él s ea la m i s m a c o s a
inteligible, s e g u n se h a d i c h o antes; d e d o n d e se s i g u e q u e
los seres i n m a t e r i a l e s se d i s t r i b u y e n e n d o s ó r d e n e s , inteli
gibles é inteligentes. Y c o m o el ser inteligible consiste e n s er
i n m a t e r i a l m e n t e perfectivo , resulta q u e u n a c o s a e n tanto es
inteligible, e n c u a n t o es i n m a t e r i a l m e n t e perfectiva. Q u e la
inteligibilidad exija la i n m a t e r i a l i d a d lo d e m u e s t r a el q u e
Jas c o s a s m a t e r i a l e s n o s o n inteligibles s i n o e n c u a n t o están
a b s t r a í d a s d e la m a t e r i a . . . . .
- S e h a m a n i f e s t a d o m a s arriba q u e u n a
c o s a es inteligente e n c u a n t o es n o solo ella m i s m a s i n o las
.otras e n el ó r d e n ideal; este m o d o d e s er es e n acto ó e n p o
t e n c i a , y asi n o es m a s q u e ser p e r f e c c i o n a d o ó perfectible
p o r la c o s a e n t e n d i d a . »
123. E s t a teoría s e r á m a s ó m e n o s sólida, p e r o d e t o d o s
m o d o s es a l g o m a s q u e i n g e n i o s a ; suscita u n n u e v o p r o b l e
m a filosófico d e la m a s alta i m p o r t a n c i a : s e ñ a l a r las c o n d i
c i o n e s d e la inteligibilidad. A d e m á s tiene la ventaja d e estar
a c o r d e c o n u n h e c h o a t e s t i g u a d o p o r la e x p e r i e n c i a , c u a l es,
l a dificultad q u e siente el espíritu e n c o n o c e r s e á si propio.
Si f u e s e inteligible i n m e d i a t a m e n t e , ¿ p o r q u é n o se c o n o c e
a si m i s m o ? ¿ q u é c o n d i c i o n le falta? ¿ A c a s o la p r e s e n c i a ín
t i m a ? tiene n o salo la p r e s e n c i a sino la identidad. ¿ P o r v e n
t u r a el e s f u e r z o p a r a c o n o c e r s e ? la m a y o r parte d e la filoso
fía n o tiene otro fin q u e este c o n o c i m i e n t o . N e g a n d o al a l m a
l a inteligibilidad i n m e d i a t a se e x p l i c a p o r q u é es tanta la
dificultad q u e e n v u e l v e n las i n v e s t i g a c i o n e s ideológicas y
p s i c o l ó g i c a s , s e ñ a l á n d o s e la r a z o n d e la o s c u r i d a d q u e s e n
t i m o s al p a s a r d e los actos directos á los reflejos.
 184. L a o p i n i o n d e S a n t o T o m á s s o b r e n o ser u n a s i m p l e
co njetura, p o r f u n d a r s e e n a l g u n m o d o s o b r e u n h e c h o , p u e
d e a p o y a r s e e n u n a r a z o n q u e e n m i c o n c e p t o la r o b u s t e c e
m u c h o , y q u e tal v e z p u e d e ser m i r a d a c o m o u n a a m p l i a c i o n
d e la s e ñ a l a d a m a s arriba.
P a r a ser u n a c o s a i n m e d i a t a m e n t e inteligible es m e n e s t e r
s u p o n e r l e d o s calidades. 1." L a i n m a t e r i a l i d a d . 4." L a activi
d a d n e c e s a r i a p a r a o p e r a r s o b r e el ser inteligente. E s t a acti
v i d a d es i n d i s p e n s a b l e ; p o r q u e si b i e n se o b s e r v a , e n la o p e
r a c i o n d e e n t e n d e r , la a c c i o n n a c e d e la i d e a ; el e n t e n d i m i e n
to e n cierto m o d o está pasivo. C u a n d o la i d e a se o f r e c e , no-
es posible n o e n t e n d e r ; y c u a n d o falta, es i m p o s i b l e e n t e n
d e r ; la i d e a p u e s f e c u n d a al e n t e n d i m i e n t o , y este sin a q u e l l a
n a d a p u e d e . P o r c o n s i g u i e n t e si a d m i t i m o s q u e u n se r p u e d e
servir d e i d e a á u n e n t e n d i m i e n t o , es n e c e s a r i o q u e le c o n c e
d a m o s u n a ac tiv ida d p a r a excitar la o p e r a c i o n intelectual y
q u e p o r tanto le h a g a m o s s u p e r i o r al e n t e n d i m i e n t o ex c i tad o-
D e esta sue rt e se e x p l i c a p o r q u é n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ,
al m e n o s m i e n t r a s n o s h a l l a m o s e n esta vida, n o es inteligi
b l e p o r sí m i s m o p a r a sí m i s m o . L a e x p e r i e n c i a a t e s t i g u a q u e
s u actividad h a m e n e s t e r excitación. E n t r e g a d o á si p r o p i o
c o m o q u e d u e r m e : es u n o d e los h e c h o s psicológicos m a s
c o n s t a n t e s la falta d e a c ti v id a d e n n u e s t r o espíritu , c u a n d e -
n o h a n p r e c e d i d o influencias excitantes.
N o es esto d e c i r q u e e s t e m o s destituidos d e e s p o n t a n e i d a d ,
y q u e n i n g u n a a c c i o n s e a posible sin u n a c a u s a e x t e r n a d e
t e r m i n a n t e ; p e r o sí q u e el m i s m o d e s a r r o l l o e s p o n t á n e o n o
existiría, si a n t e r i o r m e n t e n o h u b i é s e m o s e s t a d o s o m e t i d o s al
influjo d e c a u s a s q u e h a n d i s p e r t a d o n u e s t r a actividad. P o
d e m o s a p r e n d e r c o s a s q u e n o se n o s e n s e ñ a n ; p e r o n a d a p o
d r í a m o s a p r e n d e r si al p r i m i t i v o desarrollo d e n u e s t r o espí
ritu n o h u b i e s e p r e s i d i d o la e n s e ñ a n z a . H a y e n n u e s t r o espí
ritu m u c h a s ideas q u e n o s o n s e n s a c i o n e s ni p u e d e n h a b e r
d i m a n a d o d e ellas, es v e r d a d ; p e r o t a m b i e n lo es q u e u n
h o m b r e q u e c a r e c i e s e d e todos los sentidos, n a d a p e n s a r í a
p o r faltarle á s u espíritu la c a u s a excitante.
125. M e h e d e t e n i d o e n la e x p l i c a c i o n del p r o b l e m a d e la
inteligibilidad, p o r q u e e n m i c o n c e p t o es p o c o m e n o s i m p o r
tante q u e el d e la inteligencia, p o r m a s q u e n o se le v e a tra
t a d o c u a l m e r e c e e n las o b r a s filosóficas. A h o r a v o y á r e d u
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cir Ja d o c t r i n a a n t e r i o r á p r o p o s i c i o n e s claras y sencillas; v a
p a r a q u e el lector se f o r m e d e ella c o n c e p t o m a s cabal; y a
t a m b i e n p a r a d e d u c i r a l g u n a s c o n s e c u e n c i a s q u e n o se h a n
t o c a d o e n la e x p o s i c i o n , ó h a n sido s o l a m e n t e i n d i c a d a s .
1 / P a r a s e r u n a c o s a i n m e d i a t a m e n t e inteligible, d e b e
s e r inmaterial.
2 / L a m a t e r i a p o r si m i s m a n o p u e d e ser inteligible.
3. " L a relacion entre los espíritus y los c u e r p o s , ó la r e
p r e s e n t a c i o n d e estos e n a qu e ll o s, n o p u e d e se r d e p u r a o b
jetividad.
4. " E s n e c e s a r i o a d m i t i r a l g u n otro g é n e r o d e r e l a c i o n
c o n q u e se e x p l i q u e la u n i o n r e p r e s e n t a t i v a d e l m u n d o d e
las inteligencias y del m u n d o c o r p ó r e o .
5." L a r e p r e s e n t a c i o n objetiva i n m e d i a t a , s u p o n e activi
d a d e n el objeto.
6. " L a f u e r z a d e r e p r e s e n t a r s e u n objeto p o r si m i s m o á
los ojos d e u n a inteligencia, s u p o n e e n a q u e l u n a facultad
d e o b r a r s o b r e esta.
7. " Esta facultad d e o b r a r p r o d u c e n e c e s a r i a m e n t e s u
efecto; y p o r c o n s i g u i e n t e e n v u e l v e u n a e s p e c i e d e s u p e r i o
r i d a d del objeto s o b r e la inteligencia.
8. " U n ser inteligente p u e d e n o se r i n m e d i a t a m e n t e in
teligible.
9. " L a inteligibilidad i n m e d i a t a , p a r e c e e n c e r r a r m a y o r
p e r f e c c i o n q u e la m i s m a inteligencia.
10. " A u n q u e n o t o d o ser inteligente s e a inteligible, t o d o
ser inteligible es inteligente.
11. ' Dios, actividad infinita e n t o d o s sentidos, es infinita
m e n t e inteligente é i n f i n i t a m e n t e inteligible p a r a sí m i s m o .
12. a D i o s es inteligible p a r a todos los e n t e n d i m i e n t o s
c r e a d o s , s i e m p r e q u e él q u i e r a p r e s e n t a r s e i n m e d i a t a m e n t e
á ellos, fortaleciéndolos y e l e v á n d o l o s d e la m a n e r a c o n v e
niente.
13. " N o h a y n i n g u n a r e p u g n a n c i a e n q u e la inteligibili
d a d i n m e d i a t a se h a y a c o m u n i c a d o á a l g u n o s espíritus , y p o r
c o n s i g u i e n t e el q u e estos s e a n inteligibles p o r sí m i s m o s .
14. " N u e s t r a a l m a m i e n t r a s está u n i d a al c u e r p o , n o es in
m e d i a t a m e n t e inteligible , y solo la c o n o c e m o s p o r s u s actos.
15. " E n esta falta d e inteligibilidad i n m e d i a t a se e n c u e n
tra la r a z o n d e la dificultad d e los estudios i d e o l ó g i c o s y psi
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cológicos, y d e la o s c u r i d a d q u e e x p e r i m e n t a m o s al p a s a r
d e l c o n o c i m i e n t o directo al reflejo.
16. " L u e g o la filosofía del yo, ó la q u e q u i e r e e x p l i c a r el
m u n d o i n t e r n o y e x t e r n o p a r t i e n d o del yo, es i m p o s i b l e , y
c o m i e n z a p o r p r e s c i n d i r d e u n o d e los h e c h o s f u n d a m e n t a
les d e la psicología.
17. " L u e g o la d o c t r i n a d e la i d e n t i d a d u n i v e r s a l es a b s u r
d a t a m b i e n ; p u e s q u e d a á la m a t e r i a inteligencia é inteligi
b i l i d a d i n m e d i a t a , c u a n d o n o p u e d e t e n e r ni u n o ni otro.
18. " L u e g o el e s p i r i t u a l i s m o es u n a v e r d a d q u e n a c e así
d e la filosofía subjetiva c o m o d e la objetiva, así d e la inteli
g e n c i a c o m o d e la inteligibilidad.
19. " L u e g o es n e c e s a r i o salir d e n o s o t r o s m i s m o s y ele
v a r n o s a d e m á s s o b r e el u n i v e r s o , p a r a e n c o n t r a r el o r i g e n
d e la r e p r e s e n t a c i o n así subjetiva c o m o objetiva.
20. " L u e g o es n e c e s a r i o llegar á u n a a c t i v i d a d primitiva,
infinita, q u e p o n g a e n c o m u n i c a c i o n á las inteligencias e n
tre sí y c o n el m u n d o c o r p ó r e o .
21. " L u e g o la filosofía p u r a m e n t e i d e o l ó g i c a y p s i c o l ó g i c a
n o s c o n d u c e á Dios.
22. " L u e g o la filosofía n o p u e d e c o m e n z a r p o r u n h e c h o
ú n i c o , o r i g e n d e t o d o s los h e c h o s ; sino q u e d e b e a c a b a r y
a c a b a p o r este h e c h o s u p r e m o , p o r la existencia infinita , q u e
e s D i o s (XII).

C A P Í T U L O X I I I .

Representacion de causalidad y de idealidad.

126. A m a s d e la r e p r e s e n t a c i o n p o r i d e n t i d a d , h a y la
q u e h e l l a m a d o d e causalidad. U n ser p u e d e r e p r e s e n t a r s e á
sí p r o p i o ; u n a c a u s a p u e d e r e p r e s e n t a r á s u s efectos. L a a c
tividad p r o d u c t i v a n o se c o n c i b e si el p r i n c i p i o d e la a c c i o n
p r o d u c t r i z n o c o n t i e n e e n a l g u n m o d o á la c o s a p r o d u c i d a .
P o r esto se d i c e q u e D i o s , c a u s a u n i v e r s a l d e t o d o lo q u e
existe y p u e d e existir, c o n t i e n e e n sí á t o d o s los s e r e s r e a l e s
y posibles d e u n a m a n e r a virtual e m i n e n t e . Si u n ser p u e d e
r e p r e s e n t a r s e á sí p r o p i o , p u e d e r e p r e s e n t a r t a m b i e n lo q u e
 — 7 3 —
e n sí c o n t i e n e ; l u e g o la c a u s a l i d a d , c o n tal q u e existan las
d e m á s c o n d i c i o n e s a rr ib a e x p r e s a d a s , p u e d e s er o r i g e n d e
r e p r e s e n t a c i o n .
, 127. A q u í h a r é n o t a r c u á n p r o f u n d o filósofo se m u e s t r a
S a n t o T o m á s al e x p l i c a r el m o d o c o n q u e D i o s c o n o c e las
criaturas. E n la S u m a teológica c u e s t i o n 14, artículo 5, p r e
g u n t a si D i o s c o n o c e las c o s a s distintas d e sí m i s m o (alia á
se) y r e s p o n d e a f i r m a t i v a m e n t e , n o p o r q u e c o n s i d e r e á la
e s e n c i a d i v i n a c o m o u n espejo, sino q u e a p e l a n d o á u n a c o n
s i d e r a c i o n m a s p r o f u n d a , b u s c a el o r i g e n d e este c o n o c i m i e n
to e n la causalidad. H é a q u í e n p o c a s p a l a b r a s e x t r a c t a d a s u
doctrina. D i o s se c o n o c e p e r f e c t a m e n t e á sí m i s m o ; l u e g o c o
n o c e t o d o s u p o d e r y p o r c o n s i g u i e n t e t o d a s las c o s a s á q u e
este p o d e r se e x t i e n d e . O t r a r a z o n ó m a s b i e n a m p l i a c i o n d e
la m i s m a . El ser d e la p r i m e r a c a u s a , es s u m i s m o e n t e n d e r ;
t o d o s los efectos p r e e x i s t e n e n D i o s , c o m o e n s u c a u s a , l u e g o
h a n d e estar e n él , e n u n m o d o inteligible , s i e n d o s u m i s m o
e n t e n d e r . D i o s , p u e s , se v e á sí m i s m o p o r s u m i s m a e s e n
cia; p e r o las d e m á s c o s a s las v e , n o e n sí m i s m a s sino e n si
m i s m o , e n c u a n t o s u e s e n c i a c o n t i e n e la s e m e j a n z a d e todo.
L a m i s m a d o c t r i n a se halla e n la c u e s t i o n 1 2 , artículo 8.",
d o n d e p r e g u n t a si los q u e v e n la e s e n c i a d i v i n a v e n e n D i o s
t o d a s las cosas. ,
128. L a r e p r e s e n t a c i o n p o r i d e a l i d a d es la q u e n o d i m a n a
ni d e la i d e n t i d a d d e la c o s a r e p r e s e n t a n t e c o n la r e p r e s e n
t a d a , ni d e la r e l a c i o n d e c a u s a c o n efecto. N u e s t r a s ideas s e
h a l l a n e n este caso , p u e s ni se identifican c o n los objetos ni
los c a u s a n . N o s es i m p o s i b l e s a b e r si á m a s d e e s a f u e r z a r e
p r e s e n t a t i v a q u e e x p e r i m e n t a m o s e n n u e s t r a s ideas , e x i s t e n
s u s t a n c i a s finitas c a p a c e s d e r e p r e s e n t a r cosas distintas d e
ellas y n o c a u s a d a s p o r ellas. Está p o r la afirmativa L e i b n i t z ;
p e r o c o m o se h a visto e n s u l u g a r , s u s i s t e m a d e las m ó n a
d a s d e b e ser c o n s i d e r a d o c o m o m e r a m e n t e hipotético. S i e n d o
preferible n o d e c i r n a d a á e n t r e t e n e r s e e n c o n j e t u r a s q u e n o
p o d r í a n c o n d u c i r á n i n g u n r e s u l t a d o , m e c o n t e n t a r é c o n
a s e n t a r las p r o p o s i c i o n e s siguientes:
1." Si h a y a l g u n ser q u e r e p r e s e n t e á otro q u e n o s e a s u
efecto, esta f u e r z a r e p r e s e n t a t i v a n o la tiene p r o p i a , le h a
s i d o d a d a .
2. " L a c o m u n i c a c i o n d e las inteligencias n o p u e d e expli
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c a r s e s i n o a p e l a n d o á u n a inteligencia p r i m e r a q u e s i e n d o
c a u s a d e las m i s m a s , p u e d a d a rl e s la f u er z a d e influir u n a
s o b r e o t r a , y p o r c o n s i g u i e n t e d e p r o d u c i r s e r e p r e s e n t a c i o n e s .
129. L a c a u s a l i d a d p u e d e ser principio d e r e p r e s e n t a c i o n ,
p e r o n o es r a z o n suficiente d e ella.
E n p r i m e r l u g a r , u n a c a u s a n o s e r á r e p r e s e n t a t i v a d e s u s
efectos, si ella e n sí m i s m a n o es inteligible. Así, a u n c u a n
d o a t r i b u y é r a m o s á la m a t e r i a u n a actividad p r o p i a , n o d e
b e r í a m o s c o n c e d e r l e la f u e rz a d e r e p r e s e n t a c i o n d e s u s e f e c
tos , p o r faltarle la c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e q u e es la inteli
gibilidad i n m e d i a t a . .
130. P a r a q u e los efectos s e a n inteligibles e n la c a u s a , es
n e c e s a r i o q u e esta t e n g a c o m p l e t a m e n t e el c a r á c t e r d e c a u s a ,
r e u n i e n d o todas las c o n d i c i o n e s y d e t e r m i n a c i o n e s n e c e s a r i a s
p a r a la p r o d u c c i o n del efecto. L a s c a u s a s libres n o r e p r e s e n
ta n á s u s efectos, p o r q u e estos se ha l la n r e l a t i v a m e n t e á ellas
e n la sola esfera d e la posibilidad. P u e d e realizarse la p r o d u c
c i o n , p e r o n o es n e c e s a r i a ; y así e n la c a u s a se v e r á lo posi
ble, m a s n o lo real. D i o s c o n o c e los futuros c o n t i n g e n t e s q u e
d e p e n d e n d e la v o l u n t a d h u m a n a , n o p r e c i s a m e n t e p o r q u e
c o n o c e la a c t i v i d a d d e esta, s i n o p o r q u e v e e n sí m i s m o , sin
s u c e s i o n d e t i e m p o , n o solo t o d o lo q u e p u e d e s u c e d e r s i n o
lo q u e h a d e s u c e d e r , p u e s q u e n a d a p u e d e existir ni e n lo
p r e s e n t e ni e n lo fu tu ro sin s u v o l u n t a d ó p e r m i s i o n . C o n o
c e t a m b i e n los futuros c o n t i n g e n t e s d e p e n d i e n t e s d e s u sola
v o l u n t a d , p o r q u e d e s d e t o d a la e t e r n i d a d s a b e lo q u e tiene
resuelto y s u s d e c r e t o s s o n i n m u t a b l e s é indefectibles.
181. A u n refiriéndonos al o r d e n n e c e s a r i o d e la n a t u r a l e
z a , y s u p o n i e n d o c o n o c i d a u n a ó m a s c a u s a s s e c u n d a r i a s , n o
es posible v e r e n ellas t o d o s s u s efectos c o n t o d a s e g u r i d a d ,
á n o s er q u e la c a u s a o b r a s e a i s l a d a m e n t e ó q u e j u n t o c o n
ella se c o n o c i e s e n todas las d e m á s . C o m o la e x p e r i e n c i a n o s
e n s e n a q u e las partes d e la n a t u r a l e z a están e n c o m u n i c a
c i o n í n t i m a y r e c í p r o c a , n o es d a d o s u p o n e r el i n d i c a d o ais
l a m i e n t o , y p o r c o n s i g u i e n t e la a c c i o n d e t o d a c a u s a s e c u n
d a r i a está sujeta á la c o m b i n a c i o n d e otras q u e p u e d e n 6
i m p e d i r s u efecto ó modificarle. D e a q u í la dificultad d e es
tablecer leyes g e n e r a l e s e n t e r a m e n t e s e g u r a s e n t o d o lo q u e
c o n c i e r n e á la naturaleza.
132. E s d e n o t a r q u e las c o n s i d e r a c i o n e s p r e c e d e n t e s s o n
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u n a n u e v a d e m o s t r a c i o n d e la a b s u r d i d a d d e la c i e n c i a tras
c e n d e n t a l , si s e la q u i e r e f u n d a r e n u n h e c h o d e l c u a l d i m a
n e n t o d o s los d e m á s . L a r e p r e s e n t a c i o n intelectual n o se e x
plica s u s t i t u y e n d o la e m a n a c i o n n e c e s a r i a á la c r e a c i o n libre.
A u n s u p o n i e n d o q u e la v a r i e d a d del u n i v e r s o s e a p u r a m e n t e
f e n o m e n a l , n o e x i s t i e n d o e n el f o n d o m a s q u e u n ser s i e m p r e
idéntico, s i e m p r e ú n i c o , s i e m p r e a bs o lu t o , n o p u e d e n e g a r
se q u e las a p a r i e n c i a s están sujetas á ciertas leyes y s o m e t i
d a s á c o n d i c i o n e s m u y varias. O el e n t e n d i m i e n t o h u m a n o
p u e d e v e r lo a b s o l u t o d e tal m a n e r a q u e c o n u n a intuicion
s i m p l e d e s c u b r a t o d o lo q u e e n él se e n c i e r r a , t o d o lo q u e
es y p u e d e ser bajo todas las f o r m a s posibles, ó está c o n d e
n a d o á s e g u i r el desarrollo d e lo i n c o n d i c i o n a l , a b s o l u t o y
p e r m a n e n t e , al través d e s u s f o r m a s condicionales., relati
v a s y variables; lo p r i m e r o , q u e es u n a e s p e c i e d e p l a g i o
ridículo del d o g m a d e la vision beatífica, es u n a b s u r d o tan
p a l p a b l e t r a t á n d o s e del e n t e n d i m i e n t o e n s u e st a do actual,
q u e n o m e r e c e ni r e f u t a c i o n ni c o n t e s t a c i o n ; lo s e g u n d o suje
ta al e n t e n d i m i e n t o á todas las fatigas d e la o b s e r v a c i o n , d e s
t r u y e n d o d e u n g o l p e las ilusiones q u e se le h a b í a n h e c h o
c o n c e b i r p r o m e t i é n d o l e la c i e n c i a trascendental.
133. N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o está sujeto e n s u s actos á u n a
ley d e s u c e s i o n , ó s e a á la i d e a del t i e m p o . El m i s m o h e c h o
d o m i n a e n la n a t u r a l e z a ; y a s e a q u e así se verifique e n la
realidad, y a sea q u e el t i e m p o d e b a ser c o n s i d e r a d o c o m o u n a
c o n d i c i o n subjetiva q u e n o s o t r o s t r a s l a d a m o s á los objetos;
s e a lo q u e f u e r e d e esta d o c t r i n a d e K a n t , c u y o valor e x a m i
n a r é e n el l u g a r d e b i d o , lo cierto es q u e la s u c e s i o n existe,
al m e n o s p a r a n o s o t r o s , y q u e d e ella n o p o d e m o s p r e s c i n
dir. E n este s u p u e s t o , n i n g u n desarrollo infinito p u e d e s e r
n o s c o n o c i d o s i n o c o n el auxilio d e u n t i e m p o infinito. As í
e s t a m o s p r i v a d o s p o r n e c e s i d a d metafísica, d e c o n o c e r n o
solo el desarrollo f ut ur o d e lo a b s o l u t o , s i n o el p r e s e n t e y el
p a s a d o . S i e n d o este desarrollo n e c e s a r i o a b s o l u t a m e n t e , s e
g u n la d o c t r i n a á q u e m e refiero, h a d e b i d o p r e c e d e r n o s u n a
s u c e s i o n infinita; p o r m a n e r a q u e la o r g a n i z a c i o n actual d el
u n i v e r s o h a d e ser m i r a d a c o m o u n p u n t o d e u n a escala sin
limites q u e así e n lo p a s a d o c o m o e n lo f u t u r o n o tiene otra
m e d i d a q u e la eternidad. C u á l s e a el e s t a d o actual del m u n
d o n o lo p o d e m o s s a b e r c o n sola la o b s e r v a c i o n , s i n o e n u n a
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p a r t e m u y p e q u e ñ a , y p o r tanto n o s s e r á p r e c i s o sacarlo d e
la i d e a d e lo a b s o l u t o , s i g u i é n d o l e e n s u desarrollo infinito.
Esto, a u n c u a n d o e n sí n o f u e r a r a d i c a l m e n t e i m p o s i b l e , tie
n e el i n c o n v e n i e n t e d e q u e n o c a b e e n el t i e m p o d e v i d a
o t o r g a d o á u n solo h o m b r e , ni e n la s u m a d e los t i e m p o s
q u e h a n v ivi do t o d o s los h o m b r e s juntos.
134. P e r o v o l v a m o s á la r e p r e s e n t a c i o n d e causalidad. Si
b i e n se o b s e r v a , la r e p r e s e n t a c i o n ideal v a á r e f u n d i r s e e n
la causal; p o r q u e n o p u d i e n d o u n espíritu t e n e r i d e a d e u n
objeto q u e n o h a p r o d u c i d o , s i n o e n c u a n t o se la c o m u n i c a
otro espíritu c a u s a d e la c o s a r e p r e s e n t a d a , se infiere q u e
todas las r e p r e s e n t a c i o n e s p u r a m e n t e ideales p r o c e d e n di
r e c t a ó i n d i r e c t a m e n t e , i n m e d i a t a ó m e d i a t a m e n t e , d e la
c a u s a d e los objetos c o n o c i d o s . Y c o m o p o r otro lado, s e g u a
h e m o s visto y a (127), el p r i m e r S e r n o c o n o c e las c o s a s dis
tintas d e sí m i s m o , s i n o e n c u a n t o es c a u s a d e ellas, t e n e
m o s q u e la r e p r e s e n t a c i o n d e i d e a l i d a d v i e n e á r e f u n d i r s e
e n la d e c a u s a l i d a d , verificándose e n parte el principio d e u n
p r o f u n d o p e n s a d o r n a p o l i t a n o , V i c o , «la inteligencia s o l o
c o n o c e lo q u e ella h a c e . »
135. D e la d o c t r i n a e x p u e s t a se s i g u e n d o s c o n s e c u e n c i a s
q u e es p r e c i s o notar.
1. " L a s fuentes p r i m i t i v a s d e r e p r e s e n t a c i o n intelectual
s o n solo d o s : i d e n t i d a d y causalidad. L a d e i d e a l i d a d es n e
c e s a r i a m e n t e d e r i v a d a d e la d e causalidad.
2." E n el ó r d e n real , el pr i nc i p io d e ser es idéntico al
p r i n c i p i o d e c o n o c e r . S o l o lo q u e d a el ser p u e d e d a r el c o
n o c i m i e n t o ; solo lo q u e d a el c o n o c i m i e n t o p u e d e d a r el
ser. L a c a u s a p r i m e r a , e n tanto p u e d e d a r el c o n o c i m i e n t o
e n c u a n t o d a el ser; r e p r e s e n t a p o r q u e c au s a.
136. L a r e p r e s e n t a c i o n d e Idealidad, a u n q u e e n l a z a d a c o n
la d e c a u s a l i d a d , es r e a l m e n t e distinta. B i e n q u e la e x p l i c a
c i o n d e s u n a t u r a l e z a p e r t e n e z c a al tratado d e las ideas, n o
q u i e r o dejar sin a l g u n a a c l a r a c i o n u n p u n t o tan í n t i m a m e n t e
l i g a d o c o n el p r o b l e m a d e la r e p r e s e n t a c i o n intelectual.
C o n c i b e n a l g u n o s las ideas c o m o u n a e s p e c i e d e i m á g e n e s
ó retratos del objeto: si b i e n se o b s e r v a , esto n o tiene senti
d o s i n o refiriéndose á las r e p r e s e n t a c i o n e s d e la i m a g i n a c i o n ,
es decir, á lo p u r a m e n t e c o r p ó r e o ; y e n c u y o caso, a u n e xi
g e la s u p o s i c i o n d e q u e el m u n d o e x t e r n o s e a tal c u a l n o s le
 f

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p r e s e n t a n los s e n t i d o s , lo q u e b a j o m u c h o s a s p e c t o s n o e s
v e r d a d . P a r a c o n v e n c e r s e d e c u á n ilusoria es la teoría f u n
d a d a e n la s e m e j a n z a d e las c o s a s sensibles , basta p r e g u n t a r
¿ q u é es la i m á g e n d e u n a r e l a c i o n ? ¿ c ó m o se retratan el
t i e m p o , la c a u s a l i d a d , la s u s t a n c i a , el s e r ? H a y e n la p e r
c e p c i o n d e estas i d e a s a l g o m a s p r o f u n d o , a l g o d e u n o r d e n
e n t e r a m e n t e distinto d e c u a n t o se p a r e c e á cosas sensibles ;
la n e c e s i d a d h a o b l i g a d o á c o m p a r a r el e n t e n d i m i e n t o c o n
u n ojo q u e ve, y á la i d e a c o n u n a i m á g e n p r e s e n t e ; p e r o es
to es u n a c o m p a r a c i o n ; la r e a l i d a d es a l g o m a s m i s t e r i o s o *
m a s s e c r e t o , m a s í n t i m o ; e n t r e la p e r c e p c i o n y la i d e a h a y
u n a u n i o n inefable; el h o m b r e n o la e x p l i c a , p e r o la e x p e
r i m e n t a .
137. L a c o n c i e n c i a n o s atestigua q u e h a y e n n o s o t r o s u n i
d a d d e ser, q u e el yo es s i e m p r e idéntico á sí m i s m o , y q u e
p e r m a n e c e c o n s t a n t e á p e s a r d e la v a r i e d a d d e ideas y d e a c
tos q u e p a s a n p o r él c o m o las olas s o b r e la superficie d e u n
lago. L a s i d e a s s o n u n m o d o d e s e r del espíritu; p e r o ¿ q u é
es este m o d o ? ¿ e n q u é consiste s u n a t u r a l e z a ? L a p r o d u c c i o n
y r e p r o d u c c i o n d e las ideas ¿ d i m a n a d e u n a c a u s a distinta
q u e influya p e r e n n e m e n t e s o b r e n u e s t r a a l m a y le p r o d u z c a
i n m e d i a t a m e n t e esos m o d o s d e ser q u e l l a m a m o s r e p r e s e n
t a c i o n e s é ideas, ó d e b e r e m o s a d m i t i r q u e le h a y a sido d a d a
al espíritu u n a ac ti vid ad p r o d u c t r i z d e estas r e p r e s e n t a c i o n e s ,
b i e n q u e sujeta á la d e t e r m i n a c i o n d e c a u s a s existentes? Estas
s o n c u e s t i o n e s q u e p o r a h o r a m e c o n t e n t o c o n i n d i c a r (XIII).

C A P Í T U L O X I V .

Imposibilidad de hallar el primer principio en el orden ideal.

138. L o q u e n o h e m o s e n c o n t r a d o e n la r e g i o n d e los h e
c h o s , t a m p o c o lo h a l l a r e m o s e n la d e las ideas; p u e s n o h a y
n i n g u n a v e r d a d ideal o r i g e n d e todas las v e r d a d e s .
L a v e r d a d ideal es a q u e l l a q u e solo e x p r e s a relacio n n e c e
saria d e ideas, p r e s c i n d i e n d o d e la existencia d e los objetos
á q u e se refieren; l u e g o res ult a e n p r i m e r l u g a r , q u e las v e r
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d a d e s ideales s o n a b s o l u t a m e n t e i n c a p a c e s d e p r o d u c i r el
c o n o c i m i e n t o d e la realidad.
P a r a c o n d u c i r á a l g u n r e s u l t a d o e n el ó r d e n d e l a s e x i s t e n
cias , t o d a v e r d a d ideal n e c e s i t a u n h e c h o al c u a l se p u e d a
aplicar. Si n esta c o n d i c i o n , p o r m a s f e c u n d a q u e f u e s e e n el
ó r d e n d e las ideas, seria a b s o l u t a m e n t e estéril e n el d e los
h e c h o s . S i n la v e r d a d ideal, el h e c h o q u e d a e n s u i n d i v i d u a
lidad aislada, i n c a p a z d e p r o d u c i r otra c o s a q u e el c o n o c i
m i e n t o d e sí m i s m o ; p e r o e n c a m b i o la v e r d a d ideal s e p a r a d a
del h e c h o , p e r m a n e c e e n el m u n d o lógico , d e p u r a objeti
vi d a d, sin m e d i o p a r a d e s c e n d e r al t e r r e n o d e las existencias.
139. H a g a m o s a p l i c a c i o n d e esta d o c t r i n a á los principios
ideales m a s ciertos , m a s e v i d e n t e s , y q u e p o r c o n t e n e r s e
e n las ideas q u e e x p r e s a n lo m a s g e n e r a l del ser , d e b e n d e
p o s e e r la f e c u n d i d a d q u e e s t a m o s b u s c a n d o , si es q u e s e a
d a b l e e n c o n t r a r l a ,
« E s i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o s e a á u n m i s m o t i e m
p o . » E s t e es el f a m o s o p ri n ci p io d e c o n t r a d i c c i o n , q u e sin
d u d a p u e d e p r e t e n d e r á ser c o n s i d e r a d o c o m o u n a d e las
f u e n t e s d e v e r d a d p a r a el e n t e n d i m i e n t o h u m a n o . L a s i d e a s
q u e e n él se c o n t i e n e n s o n las m a s sencillas y m a s claras q u e
p u e d a n c o n c e b i r s e ; e n él se a f i r m a la r e p u g n a n c i a del ser al
n o ser, y del n o ser al se r á u n m i s m o t i e m p o ; lo q u e es
e v i d e n t e e n el m a s alto g r a d o . P e r o ¿ q u é se a d e l a n t a c o n es
te p r i n c i p i o s o l o ? P r e s e n t a d l e al e n t e n d i m i e n t o m a s p e n e
trante ó al g e n i o m a s p o d e r o s o , dejadle solo c o n él , y n o re
sultará m a s q u e u n a intuicion p u r a , clarísima, sí, p e r o es
téril. C o m o n o se a f i r m a q u e algo sea, ó q u e n o sea, n a d a s e
p o d r á inferir e n p r o ni e n c o n t r a d e n i n g u n a existencia; lo
q u e s e o f r e c e al e s p í r i t u es u n a r e l a c i o n c o n d i c i o n a l , q u e si
a l g o existe r e p u g n a q u e n o exista á u n m i s m o t i e m p o y vice
v e r s a ; p e r o si n o se p o n e la c o n d i c i o n d e la existencia, ó
n o existencia, el sí y el n ó s o n indiferentes e n el ó r d e n real,
n a d a se s a b e c o n r e s p e c t o á ellos p o r g r a n d e q u e s e a la evi
d e n c i a e n el ó r d e n ideal.
P a r a p a s a r del m u n d o lógico al m u n d o d e la r e a l i d a d , b a s
tará u n h e c h o q u e sirva c o m o d e p u e n t e ; si le o f r e c e m o s al
e n t e n d i m i e n t o , las d o s riberas se a p r o x i m a n , y la c i e n c i a n a
ce. Y o siento , y o p i e n s o , y o existo. H é a q u í h e c h o s d e c o n
ciencia; c o m b í n e s e u n o c u a l q u i e r a d e ellos c o n el p r i n c i p i o
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<ie c o n t r a d i c c i o n , y lo q u e antes e r a n intuiciones estériles, s e
^ d e s e n v u e l v e n e n raciocinios f e c u n d o s q u e se dilatan á u n
t i e m p o p o r el m u n d o d e las i d e a s y el d e la realidad.
140. A u n e n el o r d e n p u r a m e n t e ideal, el p r in c i pio d e
.contradiccion es estéril si n o se j u n t a c o n v e r d a d e s p a r t i c u
lares del m i s m o ó r d e n . E n la g e o m e t r í a , p o r e j e m p l o , se h a
c e u s o c o n m u c h a f r e c u e n c i a del r a c i o c i n i o siguiente: « T a l
-cantidad es m a y o r ó m e n o r q u e otra , ó le es igual ; p o r q u e
d e lo c o n t r a r i o resultaría m a y o r y m e n o r , igual y d e s i g u a l
A u n m i s m o t i e m p o , lo q u e es a b s u r d o ; » a q u í se aplica c o n
/ruto el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , m a s n o solo, s i n o u n i d o
c o n u n a v e r d a d ideal particular q u e h a c e útil la a p l i c a c i o n
.dicha. Así, e n el raciocinio citado, n o se p o d r i a h a c e r u s o
del principio d e c o n t r a d i c c i o n p a r a p r o b a r la i g u a l d a d ó la
d e s i g u a l d a d , si a n t e s n o se h u b i e s e p r o b a d o ó s u p u e s t o q u e
e x i s t e , ó n o existe u n a d e las d o s ; lo c u a l n o resulta ni p u e
d e resultar de l pr inc ipi o d e c o n t r a d i c c i o n q u e n o e n c i e r r a
n i n g u n a i d e a particular , s i n o las m a s g e n e r a l e s q u e se ofre
c e n al e n t e n d i m i e n t o h u m a n o .
141. L a s v e r d a d e s g e n e r a l e s p o r sí solas , a u n e n el ó r d e n
p u r a m e n t e ideal , n o c o n d u c e n á n a d a , p o r lo i n d e t e r m i n a d o
d e las ideas q u e c o n t i e n e n : y p o r el contrario, las v e r d a d e s
.particulares p o r sí solas , t a m p o c o p r o d u c e n n i n g u n resulta
d o , p o r q u e se l i m i t a n á lo q u e s o n , i m p o s i b i l i t a n d o el dis
c u r s o q u e n o p u e d e d a r u n p a s o sin el auxilio d e las ideas y
p r o p o s i c i o n e s generales. D e la u n i o n d e u n a s c o n otras r e
sulta la luz ; c o n la s e p a r a c i o n n o se o b t i e n e m a s q u e , ó u n a
i n t u i c i o n abstracta y v a g a , ó la c o n t e m p l a c i o n d e u n a v e r
d a d particular q u e , l i m i t a d a á p e q u e ñ a esfera, n a d a p u e d e
- e n s e ñ a r s o b r e los seres c o n s i d e r a d o s bajo u n a s p e c t o c i e n
tífico.
142. V e r e m o s , al tratar d e las ideas, q u e n u e s t r o e n t e n -
- d i m i e n t o las tiene d e d o s clases m u y diferentes: u n a s q u e
s u p o n e n el e s p a c i o , y n o p u e d e n p r e s c i n d i r d e él , c o m o s o n
t o d a s las g e o m é t r i c a s ; otras q u e n o se refieren al espacio,
< o m o s o n todas las n o g e o m é t r i c a s . Estos d o s ó r d e n e s d e i d e a s
e s t á n s e p a r a d o s p o r u n a b i s m o q u e s o l o s e p u e d e salvar p r o
c u r a n d o la a p r o x i m a c i o n c o n * el u s o s i m u l t á n e o d e u n a s y
-otras. El m i s m o ó r d e n ideal q u e d a i n c o m p l e t o si n o se h a c e
la a p r o x i m a c i o n ; y el ó r d e n real del u n i v e r s o se v u e l v e u n
t . i. 5
 c a o s , ó p o r m e j o r d e c i r d e s a p a r e c e , si n o se c o m b i n a n e »
a m b o s ó r d e n e s , t a n t o g e o m é t r i c o c o m o n o g e o m é t r i c o , las.
v e r d a d e s reales c o n las ideales. D e t o d a s las i d e a s g e o m é
tricas i m a g i n a b l e s , c o n s i d e r a d a s e n t o d a s u p u r e z a ideal, n o
resultaría n a d a p a r a el ó r d e n ideal g e m o é t r i c o , ni t a m p o c o
p a r a el m u n d o d e las r e a l i d a d e s a u n las m a t e r i a l e s , m u c h o
m e n o s d e las i n m a t e r i a l e s ; y p o r el c o n t r a r i o , d e las i d e a s
n o g e o m é t r i c a s p o r sí solas, n o se p o d r í a s a c a r ni la i d e a d e
u n a recta. Esta o b s e r v a c i o n a c a b a d e d e m o s t r a r q u e e n el ó r
d e n ideal n o h a y p a r a n o s o t r o s la v e r d a d ú n i c a , p o r q u e si la
t o m a m o s e n el ó r d e n g e o m é t r i c o , n o s l i m i t a m o s á c o m b i n a
c i o n e s q u e n o salen d e él ; y si e n el ó r d e n n o g e o m é t r i c o , ,
n o s falta la i d e a del e s p a c i o , y c o n ella p e r d e m o s hasta la
posibilidad d e c o n c e b i r el m u n d o c o r p ó r e o (XIV).

C A P Í T U L O X V .

La condicion indispensable de todo conocimiento humano. Medios de percepcion dela

verdad.

143. N o h e m o s p o d i d o e n c o n t r a r ni e n el ó r d e n real ni e n
el ideal , u n a v e r d a d o r i g e n d e todas las d e m á s , p a r a n u e s
tro e n t e n d i m i e n t o , m i e n t r a s n o s h a l l a m o s e n esta vida. Q u e
d a p u e s d e m o s t r a d o q u e la c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l p r o p i a m e n
te d i c h a , es p a r a n o s o t r o s u n a q u i m e r a . N u e s t r o s c o n o c i
m i e n t o s sin e m b a r g o h a n d e t e n e r a l g u n p u n t o d e a p o y o :
este es el q u e v a m o s á b u s c a r a h o r a . ., - i.
P a r a la m e j o r inteligencia d e lo q u e m e p r o p o n g o e x a m i
n a r , r e c o r d a r é el v e r d a d e r o e s t a d o d e la cuestion. N o b u s c o
u n p r i m e r p r i n c i p i o tal q u e i l u m i n e p o r sí solo t o d a s las V e r
d a d e s , ó q u e las p r o d u z c a , sino u n a v e r d a d q u e s e a c o n d i
c i o n i n d i s p e n s a b l e d e t o d o c o n o c i m i e n t o ; p o r esto n o la H a
m o o r i g e n , sino p u n t o d e a p o y o : el edificio n o n a c e d el ci
m i e n t o , p e r o estriba e n él. C o m o u n c i m i e n t o h e m o s d e
c o n s i d e r a r el pri nci pi o b u s c a d o , así c o m o e n los capítulos-
a n t e r i o r e s t r a t á b a m o s d e e n c o n t r a r u n a semilla: estas d o s
i m á g e n e s , s e m i l l a y c i m i e n t o , e x p r e s a n p e r f e c t a m e n t e mis-
i d e a s y d e s l i n d a n c o n t o d a e x a c t i t u d las d o s cuestiones.
 144. ¿ E x i s t e u n p u n t o d e a p o y o p a r a la c i e n c i a , y p a r a
t o d o c o n o c i m i e n t o , s e a ó n ó científico? Si existe, ¿ c u á l e s ?
¿ h a y u n o solo, ó s o n m u c h o s ?
E s e v i d e n t e q u e el p u n t o d e a p o y o h a d e existir : si se n o s
p r e g u n t a el p o r q u é d e u n a s e n s o cierto, h e m o s d e llegar al
fin á u n h e c h o ó á u n a p r o p o s i c i o n d e d o n d e n o p o d e m o s p a
sar, y a q u e n o es d a b l e a d m i t i r el p r o c e s o h a s t a lo infinito.
El p u n t o e n q u e n o s s e a p r e c i s o d e t e n e r n o s , es p a r a n o s o t r o s
el p r i m e r o , y p o r c o n s i g u i e n t e el d e a p o y o p a r a la certeza.
145. P a r t i e n d o d e u n a s e n s o d a d o , q u i z á s p o d a m o s s er
c o n d u c i d o s á principios diferentes, i n d e p e n d i e n t e s u n o s d e
otros, t o d o s i g u a l m e n t e f u n d a m e n t a l e s p a r a n u e s t r o espíritu;
e n c u y o c a s o n o h a b r á u n p u n t o solo d e a p o y o , sino m u c h o s .
N o c r e o posible d e t e r m i n a r á prior», si e n esta parte h a y
p a r a n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o u n i d a d ó pluralidad. Q u e la c i e n
cia h u m a n a se h a y a d e r e d u c i r á u n p r in c ip i o solo, es u n a
p r o p o s i c i o n q u e se a f i r m a , m a s n o se p r u e b a . N o e x i s t i e n d o
e n el h o m b r e la f u e n t e d e t o d a v e r d a d , c o m o se h a d e m o s
t r a d o e n los capítulos a n t e r i o r e s , es claro q u e los p r i n c i p i o s
e n q u e se f u n d e s u c o n o c i m i e n t o h a n d e s er c o m u n i c a d o s .
¿ Q u i é n n o s a s e g u r a q u e estos n o s e a n m u c h o s y d e ó r d e n e s
d i f e r e n t e s ? N o c a b e p u e s r e s o l v e r n a d a á prior» e n la c u e s
tion p r e s e n t e ; es p r e c i s o d e s c e n d e r al t e r r e n o d e la o b s e r
v a c i o n i d e o l ó g i c a y psicológica.
146. N u e s t r o espíritu a l c a n z a la v e r d a d , ó al m e n o s s u
a p a r i e n c i a ; es decir, q u e d e u n m o d o ú otro tiene estos actos
q u e l l a m a m o s percibir y sentir. Q u e la r e a l i d a d c o r r e s p o n d a
ó n ó á l o s a d o s d e n u e s t r a a l m a , n a d a i m p o r t a p o r a h o r a ;
n o es esto lo q u e b u s c a m o s ; p o n e m o s la c u e s t i o n e n u n ter
r e n o e n q u e p u e d e n c a b e r h a s t a los m a s escépticos; ni a u n
estos n i e g a n la p e r c e p c i o n y la s e n s a c i o n : si d e s t r u y e n la
realidad, a d m i t e n al m e n o s la a p a r i e n c i a .
147. L o s m e d i o s c o n q u e p e r c i b i m o s la v e r d a d s o n d e v a
rios ó r d e n e s ; lo q u e h a c e q u e las v e r d a d e s m i s m a s p e r c i b i
d a s c o r r e s p o n d a n t a m b i e n á ó r d e n e s diferentes , paralelos,
p o r d e c i r l o así , c o n los r e s p e c t i v o s m e d i o s d e p e r c e p c i o n .
C o n c i e n c i a , e v i d e n c i a , instinto intelectual ó s e n t i d o c o
m u n , h é a q u í los tres m e d i o s ; v e r d a d e s d e s e n t i d o í n t i m o ,
v e r d a d e s n e c e s a r i a s , v e r d a d e s d e s e n t i d o c o m u n , h é a q u í lo
c o r r e s p o n d i e n t e á d i c h o s m e d i o s . Estas s o n c o s a s distintas,
 — 8 4 —
diferentes, q u e e n m u c h o s c a s o s n o t i e n e n n a d a q u e v e r e n
tre sí: e s p r e c i s o deslindarlas c o n m u c h o c u i d a d o , si se q u i e
r e n a d q u i r i r ideas e x a c t a s y c a b a l e s e n las c u e s t i o n e s relati
v a s al p r i m e r p r i n c i p i o d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s .
148. El m e d i o q u e h e l l a m a d o d e c o n c i e n c i a , es decir, el
s e n t i d o í n t i m o d e lo q u e p a s a e n n o s o t r o s , d e lo q u e e x p e r i
m e n t a m o s , es i n d e p e n d i e n t e d e t o d o s los d e m á s . D e s t r u y a s e
la e v i d e n c i a , d e s t r u y a s e el instinto intelectual , la c o n c i e n
cia p e r m a n e c e . P a r a e x p e r i m e n t a r y estar s e g u r o s d e q u e
e x p e r i m e n t a m o s y d e lo q u e e x p e r i m e n t a m o s , n o h e m o s m e
n e s t e r s i n o la e x p e r i e n c i a m i s m a . Si se s u p o n e e n d u d a el
p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , t o d a v í a n o se h a r á vacilar la c e r
teza d e q u e s u f r i m o s c u a n d o s u f r i m o s , d e q u e g o z a m o s c u a n
d o g o z a m o s , d e q u e p e n s a m o s c u a n d o p e n s a m o s . L a p r e s e n
cia del acto ó d e la i m p r e s i o n allá e n el f o n d o d e n u e s t r o es
píritu , es i n t i m a , i n m e d i a t a , d e u n a eficacia irresistible p a r a
h a c e r q u e n o s s o b r e p o n g a m o s á t o d a d u d a . El s u e ñ o y la vi
gilia, la d e m e n c i a y la coi-dura, s o n indiferentes p a r a el tes
t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a ; el e r r o r p u e d e estar e n el objeto,
m a s n ó e n el f e n ó m e n o interno. El loco q u e c r e e c o n t a r n u
m e r o s a s talegas n o las c u e n t a c i e r t a m e n t e , y e n esto se e n
g a ñ a ; p e r o tiene e n s u espíritu la c o n c i e n c i a d e q u e lo h a c e ,
y e n esto es infalible. El q u e s u e ñ a h a b e r c a i d o e n m a n o s d e
l a d r o n e s se e n g a ñ a e n lo t o c a n t e al objeto e x t e r n o ; m a s n ó
e n lo q u e p e r t e n e c e al acto m i s m o c o n q u e lo cree.
L a c o n c i e n c i a es i n d e p e n d i e n t e d e t o d o t e s t i m o n i o e x t r í n
s e c o á ella; es d e u n a n e c e s i d a d i n d e c l i n a b l e , d e u n a f u e r
z a irresistible p a r a p r o d u c i r certeza , es infalible e n lo q u e
c o n c i e r n e á ella sola: si existe n o p u e d e m e n o s d e d a r testi
m o n i o d e sí m i s m a ; si n o existe n o lo p u e d e d a r . E n ella la
r e a l i d a d y la a p a r i e n c i a se c o n f u n d e n : n o p u e d e se r a p a r e n
te sin ser real; la a p a r i e n c i a p o r sí sola, es y a u n a v e r d a d e
r a c o n c i e n c i a .
149. C o m p r e n d o e n el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a t o d o lo
q u e e x p e r i m e n t a m o s e n n u e s t r a a l m a , t o d o lo q u e afecta á lo
q u e se l l a m a el yo h u m a n o : ideas, p e n s a m i e n t o s d e t o d a s
clases , actos d e v o l u n t a d , s e n t i m i e n t o s , s e n s a c i o n e s , e n u n a
p a l a b r a , t o d o a q u e l l o d e q u e p o d e m o s d e c i r : lo e x p e r i m e n t o .
150. E s claro q u e las v e r d a d e s d e c o n c i e n c i a s o n m a s
b i e n h e c h o s q u e se p u e d e n señalar, q u e n o c o m b i n a c i o n e s
 - 8 5 —
e n u n c i a b l e s e n u n a p r o p o s i c i o n . N o es esto d e c i r q u e n o se
p u e d a n e n u n c i a r , s i n o q u e ellas e n sí m i s m a s p r e s c i n d e n
d e t o d a f o r m a intelectual , q u e s o n s i m p l e s e l e m e n t o s d e q u e
el e n t e n d i m i e n t o se p u e d e o c u p a r o r d e n á n d o l o s y c o m p a
r á n d o l o s d e v a r i o s m o d o s , p e r o q u e p o r sí solos n o d a n n i n
g u n a luz, q u e ellos p o r sí m i s m o s n a d a representan, q u e solo
presentan lo q u e s o n , s o n m e r o s h e c h o s , m a s allá d e los c u a
les n o s e p u e d e ir.
: 151. L a c o s t u m b r e d e reflexionar s o b r e la c o n c i e n c i a , y el
a n d a r m e z c l a d a s las o p e r a c i o n e s p u r a m e n t e intelectuales c o n
los h e c h o s d e s i m p l e e x p e r i e n c i a i n t e r n a , h a c e q u e n o s e
c o n c i b a f á c i l m e n t e ese a i s l a m i e n t o e n q u e se e n c u e n t r a p o r
s u n a t u r a l e z a t o d o lo q u e es p u r a m e n t e subjetivo. S e q u i e r e
p r e s c i n d i r d e la reflexion, p e r o se refle x i o n a s o b r e el e s f u e r
z o m i s m o q u e se h a c e p a r a p r e s c i n d i r d e ella : n u e s t r o e n t e n
d i m i e n t o es u n a luz q u e se e n c i e n d e p o r u n a p a r t e c u a n d o se
la a p a g a e n otra; la insistencia m i s m a e n a p a g a r l a s u e l e h a
c e r l a m a s v i v a y centelleante. D e a q u í la dificultad d e distin
g u i r los d o s c a r a c t e r e s d e lo p u r a m e n t e subjetivo y p u r a m e n
te objetivo, d e d e s l i n d a r l a e v i d e n c i a d e la c o n c i e n c i a , lo c o
n o c i d o d e lo e x p e r i m e n t a d o . S i n e m b a r g o , la s e p a r a c i o n d e
d o s e l e m e n t o s tan diferentes se p u e d e facilitar c o n s i d e r a n d o
q u e los brutos, á s u m o d o , t i e n e n t a m b i e n c o n c i e n c i a d e lo
q u e e x p e r i m e n t a n d e n t r o d e sí m i s m o s : n o s u p o n i é n d o l o s
m e r a s m á q u i n a s , es p r e c i s o otorgarles la c o n c i e n c i a , es d e
cir, la p r e s e n c i a í n t i m a d e s u s s e n s a c i o n e s : sin esto, ni a u n
la s e n s a c i o n se c o n c i b e ; n o t e n d r á s e n s a c i o n lo q u e n o siente
q u e siente. El b r u t o n o reflexiona s o b r e lo q u e p a s a e n s u in
terior, lo e x p e r i m e n t a , n a d a m a s . L a s s e n s a c i o n e s se s u c e d e n
u n a s á otras e n s u a l m a , sin m a s v í n c u l o q u e la u n i d a d de l
s e r q u e las e x p e r i m e n t a ; p e r o este n o las t o m a p o r objeto y
ñ o r c o n s i g u i e n t e n o las c o m b i n a ni t r a s f o r m a d e n i n g u n a
m a n e r a , las deja lo q u e s o n , s i m p l e s h e c h o s . D e a q u í p o d e
m o s s a c a r a l g u n a luz p a r a c o n c e b i r lo q u e s o n e n n o s o t r o s
los s i m p l e s h e c h o s d e c o n c i e n c i a , a b a n d o n a d o s á sí solos e n
t o d o s u a i s l a m i e n t o , sin n i n g u n a m e z c l a d e o p e r a c i o n e s p u -
r a m e n t e intelectuales, y sin estar sujetos á la actividad re
flexiva q u e c o m b i n á n d o l o s d e v ar i a s m a n e r a s y e l e v á n d o l o s
á la r e g i o n d e lo p u r a m e n t e ideal, n o s los p r e s e n t a d e tal
m o d o q u e n o s h a c e olvidar s u p u r e z a primitiva.
 — 8 6 -
E s n e c e s a r i o esforzarse e n percibir c o n t o d a c l a r i d a d lo
q u e s o n los h e c h o s d e c o n c i e n c i a , lo q u e es s u t e s t i m o n i o ;
p u e s sin esto es i m p o s i b l e a d e l a n t a r u n p a s o e n la investiga
c i o n del p r i m e r p rin cipi o d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s . L a
c o n f u s i o n e n este p u n t o h a c e i n c u r r i r e n e q u i v o c a c i o n e s
trascendentales. O c a s i o n t e n d r e m o s d e notarlo e n lo s u c e s i
v o ; y h e m o s e n c o n t r a d o y a l a s t i m o s o s e j e m p l o s d e s e m e j a n
tes e x t r a v í o s e n los e r r o r e s d e la filosofía del yo.
152. L a e v i d e n c i a , s u e l e decirse, es u n a luz intelectual:
esta es u n a m e t á f o r a m u y o p o r t u n a y hasta m u y e x a c t a si se
q u i e r e , p e r o q u e a d o l e c e del m i s m o d e f e c t o q u e t o d a s las
m e t á f o r a s , las cuales, p o r si solas, s i r v e n p o c o p a r a e x p l i c a r
los m i s ter io s d e la filosofía. L u z intelectual t a m b i é n la e n c o n
t r a m o s e n m u c h o s actos d e c o n c i e n c i a . E n a q u e l l a p r e s e n c i a
í n t i m a c o n q u e u n a o p e r a c i o n 6 u n a i m p r e s i o n se o f r e c e al
espíritu, t a m b i e n h a y u n a e s p e c i e d e luz clara, viva, q u e
h i e r e p o r d e c i r l o así el ojo del a l m a , y n o le p e r m i t e dejar
d e v e r lo q u e tiene delante. Si p u e s p a r a definir la e v i d e n c i a
n o s c o n t e n t a m o s c o n l l a m a r l a luz de l e n t e n d i m i e n t o , la c o n
f u n d i m o s c o n la c o n c i e n c i a , 6 á lo m e n o s d a m o s o c a s i o n ,
c o n u n l e n g u a j e a m b i g u o , á q u e otros la c o n f u n d a n .
N o se c r e a q u e m e p r o p o n g a i n c u l p a r á los q u e h a n e m p l e a
d o la m e t á f o r a d e la luz , ni q u e m e lisonjee d e p o d e r definir
la e v i d e n c i a c o n toda p r o p i e d a d ; ¿ q u i é n e x p r e s a c o n p a l a b r a s
este f e n ó m e n o d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ? A l q u e r e r e m p l e a r
a l g u n a . s e o f r e c e la d e luz c o m o la m a s a d e c u a d a . P o r q u e e n
v e r d a d , c u a n d o a t e n d e m o s á' l a e v i d e n c i a , p a r a e x a m i n a r y a
s u n a t u r a l e z a , y a sus efectos s o b r e el espíritu, se n o s p r e s e n
ta n a t u r a l í s i m a m e n t e bajo la i m á g e n d e u n a luz c u y o s res
p l a n d o r e s a l u m b r a n los objetos p a r a q u e n u e s t r a a l m a p u e
d a c o n t e m p l a r l o s : p e r o esto, repito, n o es suficiente; y así
a u n q u e n o f o r m o el e m p e ñ o d e definirla c o n exactitud, v o y \
s e ñ a l a r u n c a r á c t e r q u e la d i s t i n g u e d e t o d o lo q u e n o es ella*
153. L a e v i d e n c i a a n d a s i e m p r e a c o m p a ñ a d a d e la n e c e
s i d a d , y p o r c o n s i g u i e n t e d e la u n i v e r s a l i d a d d e las v e r d a d e s
q u e atestigua. N o la h a y c u a n d o n o existen las d o s c o n d i c i o
n e s señaladas. D e lo c o n t i n g e n t e n o h a y e v i d e n c i a , s i n o e n
c u a n t o está s o m e t i d o á u n pr i n ci p io d e n e c e s i d a d .
E x p l i q u e m o s esta d o c t r i n a c o m p a r a n d o e j e m p l o s t o m a d o s
r e s p e c t i v a m e n t e d e la c o n c i e n c i a y d e la e v i d e n c i a .
 — 8 7 —
Q u e h a y e n m í u n ser q u e p i e n s a , esto n o lo sé p o r evi
d e n c i a s i n o p o r c o n c i e n c i a . Q u e lo q u e p i e n s a exista, esto
n o lo sé p o r c o n c i e n c i a sino p o r evidencia. E n a m b o s c a s o s
h a y c e r t e z a ab sol ut a, irresistible; p e r o e n el p r i m e r o , v e r s a
s o b r e u n h e c h o particular, c o n t i n g e n t e ; e n el s e g u n d o s o b r e
u n a v e r d a d u n i v e r s a l y necesaria. Q u e y o p i e n s e es cierto
p a r a m í , p e r o n o es p r e c i s o q u e lo s e a p a r a los d e m á s ; la
d e s a p a r i c i o n d e m i p e n s a m i e n t o n o trastorna el m u n d o d e
las inteligencias; si m i p e n s a m i e n t o d e j a s e a h o r a d e existir,
la v e r d a d e n sí m i s m a n o sufriría n i n g u n a alteracion; otras
inteligencias p o d r í a n c o n t i n u a r y c o n t i n u a r í a n p e r c i b i é n d o
la; ni e n el ó r d e n real ni e n el ideal , se e c h a r í a n d e m e n o s
e l c o n c i e r t o y la a r m o n í a .
M e p r e g u n t o á m í m i s m o si p i e n s o , y e n el f o n d o d e m i al
m a leo q u e sí; m e p r e g u n t o s i este p e n s a m i e n t o es n e c e s a r i o ,
y á m a s d e q u e la e x p e r i e n c i a m e d i c e q u e n ó , t a m p o c o e n
c u e n t r o r a z o n n i n g u n a e n q u e f u n d a r la n e c e s i d a d . A u n s u
p o n i e n d o q u e m i p e n s a m i e n t o deja d e existir, v e o q u e c o n
t i n ú o d i s c u r r i e n d o c o n b u e n ó r d e n ; así e x a m i n o lo q u e h u
b i e r a s u c e d i d o si y o n o existiese, ó lo q u e p o d r í a s u c e d e r e n
a d e l a n t e , y asiento principios y s a c o c o n s e c u e n c i a s , sin q u e
b r a n t a r n i n g u n a d e las leyes intelectuales. El m u n d o ideal y
el real s e o f r e c e n á m i s ojos c o m o u n m a g n i f i c o e s p e c t á c u l o
al c u a l y o asisto c i e r t a m e n t e , sí , p e r o d e d o n d e p u e d o reti
r a r m e sin q u e la r e p r e s e n t a c i o n c e s e ni se altere n a d a , ni
resulte otra m u d a n z a q u e la d e q u e d a r v a c í o el i m p e r c e p t i
bl e l u g a r q u e estoy o c u p a n d o . M u y d e otro m o d o s u c e d e e n
las v e r d a d e s objeto d e e v i d e n c i a ; n o es n e c e s a r i o q u e y o p i e n
s e , p e r o e s t a n n e c e s a r i o q u e lo q u e p i e n s a exista, q u e t o d o s
m i s e s f u e r z o s n o b a s t a n p a r a p r e s c i n d i r p o r u n m o m e n t o d e
e s t a n e c e s i d a d . Si s u p o n g o lo contrario, si c o l o c á n d o m e e n
el t e r r e n o d e lo a b s u r d o finjo p o r u n instante q u e q u e d a c o r
t a d a la r e l a c i o n e n t r e el p e n s a r y el ser, se r o m p e el v í n c u
lo q u e m a n t i e n e e n ó r d e n al u n i v e r s o entero: t o d o se tras
t o r n a , t o d o se c o n f u n d e , y lo q u e se m e p r e s e n t a á la vista
n o sé si es el c a o s ó la n a d a . ¿ Q u é h a s u c e d i d o ? N a d a m a s
s i n o q u e el e n t e n d i m i e n t o h a s u p u e s t o u n a c o s a c o n t r a d i c t o
ria, a f i r m a n d o y n e g a n d o á u n m i s m o t i e m p o el p e n s a r , p o r
q u e a f i r m a b a u n p e n s a m i e n t o al c u a l n e g a b a la existencia.
S e h a q u e b r a n t a d o u n a ley u n i v e r s a l , a b s o l u t a m e n t e n e c e
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saria; e n faltando ella t o d o se h u n d e e n el c a o s ; la c e r t e z a
d e la existencia del y o af i a nz a da e n el t e s t i m o n i o d e la c o n
c i e n c i a , n o basta á i m p e d i r la c o n f u s i o n : la i n te l ig en cia
c o n t r a d i c i é n d o s e , se h a n e g a d o á sí p r o p i a ; d e s u p a l a b r a
i n s e n s a t a n o h a salido el ser s i n o la n a d a , n ó la luz s i n o las
tinieblas, y esas tinieblas q u e ella h a s o p l a d o s o b r e t o d o lo
existente y lo posible, v u e l v e n á c a e r á torrentes s o b r e ella
m i s m a y la e n v u e l v e n e n e t e r n a n o c h e .
154. H é a q u í fijados y d e s l i n d a d o s los c a r a c t e r e s d e la c o n
c i e n c i a y d e la evidencia. L a p r i m e r a tiene p o r objeto lo in
dividual y c o n t i n g e n t e ; la s e g u n d a lo u n i v e r s a l y n e c e s a r i o :
solo D i o s , fu en te d e t o d a v e r d a d , p r i n c i p i o u n i v e r s a l y n e
cesario d e ser y d e c o n o c e r , tiene identificada la c o n c i e n c i a
c o n la e v i d e n c i a e n sí p r o p i o : e n a q u e l ser infinito q u e t o d o
lo e n c i e r r a , v e la r a z o n d e todas las e s e n c i a s y d e t o d a s las
e x i s t e n c i a s , y n o le es d a b l e p r e s c i n d i r d e sí m i s m o , del
t e s t i m o n i o d e s u c o n c i e n c i a , sin a n o n a d a r l o todo. ¿ Q u é q u e
d a r í a e n el m u n d o , se d i c e la criatura, si tú d e s a p a r e c i e s e s ?
y se r e s p o n d e á sí m i s m a : todo excepto tú. Si D i o s se dirigiese
esta p r e g u n t a , se r e s p o n d e r í a á sí p r o p i o : nodo.
155. H e l l a m a d o instinto intelectual á ese i m p u l s o q u e n o s
lleva á la c e r t e z a e n m u c h o s casos, sin q u e m e d i e n ni el tes
t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a , ni el d e la evidencia. Si se i n d i c a á
u n h o m b r e u n b l a n c o d e u n a línea d e d i á m e t r o , y l u e g o s e
le v e n d a n los ojos, y d e s p u e s d e h a b e r l e h e c h o d a r m u c h a s
vueltas á la a v e n t u r a , se le p o n e u n a r c o e n la m a n o p a r a
q u e d i s p a r e y se a s e g u r a q u e la flecha irá á clavarse p r e c i s a
m e n t e e n el p e q u e ñ í s i m o b l a n c o , dirá q u e esto es i m p o s i b l e
y n a d i e s e r á c a p a z d e p e r s u a d i r l e t a m a ñ o dislate. ¿ Y p o r q u é ?
¿ s e a p o y a e n el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a ? n ó , p o r q u e s e
trata d e objetos e xte rno s . ¿ S e f u n d a e n la e v i d e n c i a ? t a m p o
c o , p o r q u e esta tiene p o r objeto las c o s a s n e c e s a r i a s , y n o
h a y n i n g u n a i m p o s i b i l i d a d intrínseca e n q u e la flecha v a y a
á d a r e n el p u n t o señalado. ¿ E n q u é estriba p u e s la p r o f u n
d a c o n v i c c i o n d e la n e g a t i v a ? Si s u p o n e m o s q u e este h o m b r e
n a d a s a b e d e las teorías d e p r o b a b i l i d a d e s y c o m b i n a c i o n e s ,
q u e ni a u n tiene noticia d e esta ciencia, ni h a p e n s a d o n u n
c a e n c o s a s s e m e j a n t e s , s u certeza s e r á igual , sin e m b a r g o -
d e q u e n o p o d r á f u n d a r l a e n cálculo d e n i n g u n a especie; i g u a l
la t e n d r á n t o d o s los c i r c u n s t a n t e s r u d o s ó cultos, i g n o r a n t e s
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<5 s a b i o s : s i n n e c e s i d a d d e r e f l e x i o n , i n s t a n t á n e a m e n t e , t o
d o s d i r á n ó p e n s a r á n : «esto es i m p o s i b l e , esto n o se verifi
c a r á . » ¿ E n q u é f u n d a n , repito, tan fuerte c o n v i c c i o n ? E s
claro q u e n o n a c i e n d o ni d e la c o n c i e n c i a , ni d e la e v i d e n c i a
i n m e d i a t a ni m e d i a t a , n o p u e d e t e n e r otro o r i g e n q u e e s a
f u e r z a interior q u e l l a m o instinto intelectual, y q u e d eja ré
l l a m a r s e n t i d o c o m u n ó lo q u e se q u i e r a , c o n lal q u e se r e
c o n o z c a la existencia del h e c h o . D o n p r e c i o s o q u e n o s h a
o t o r g a d o el C r i a d o r p a r a h a c e r n o s r a z o n a b l e s a u n a n t e s d e
r a c i o c i n a r ; y á fin d e q u e d i r i j a m o s n u e s t r a c o n d u c t a d e u n a
m a n e r a p r u d e n t e , c u a n d o n o t e n e m o s t i e m p o p a r a e x a m i n a r
las r a z o n e s d e p r u d e n c i a .
156. E s e instinto intelectual a b r a z a m u c h í s i m o s objetos
d e ó r d e n m u y diferente; es, p o r decirlo asi. la g u i a y el es
c u d o d e la r a z o n ; la guia, p o r q u e la p r e c e d e y le i n d i c a el
c a m i n o v e r d a d e r o , a n t e s d e q u e c o m i e n c e á a n d a r ; el e s c u d o ,
p o r q u e la p o n e á c u b i e r t o d e s u s p r o p i a s cavilaciones, h a c i e n
d o e n m u d e c e r el s o f i s m a e n p r e s e n c i a del s e n t i d o c o m u n .
157. El t e s t i m o n i o d e la a u t o r i d a d h u m a n a , tan n e c e s a r i o
al i n d i v i d u o y á la s o c i e d a d , a r r a n c a n u e s t r o a s e n s o p o r m e
di o d e u n instinto intelectual. El h o m b r e c r e e al h o m b r e , c r e e
á la s o c i e d a d , antes d e p e n s a r e n los m o t i v o s d e s u fe; p o c o s
los e x a m i n a n , y sin e m b a r g o la fe es universal.
N o s e trata a h o r a d e s a b e r si el instinto intelectual n o s e n
g a ñ a a l g u n a s v e c e s , e n q u é c a s o s y p o r q u é ; al p r e s e n t e solo
q u i e r o c o n s i g n a r s u existencia; y c o n r e s p e c t o á los e r r o r e s
á q u e s o s c o n d u c e , m e c o n t e n t a r é c o n o b s e r v a r q u e e n u n
s e r débil c o m o es el h o m b r e , la regla se d o b l a m u y á m e n u
d o ; y q u e así c o m o n o es posible e n c o n t r a r e n él lo b u e n o
sin m e z c l a d e lo m a l o , t a m p o c o es d a b l e hallar la v e r d a d sin
m e z c l a d e error.
158. Si b i e n se o b s e r v a , n o o b j e t i v a m o s las s e n s a c i o n e s
s i n o e n f u e r z a d e u n instinto irresistible. N a d a m a s cierto,
m a s e v i d e n t e á los ojos d e la filosofía q u e la su b je t iv i d ad d e
t o d a s e n s a c i o n ; es decir, q u e las s e n s a c i o n e s s o n f e n ó m e n o s
i n m a n e n t e s , ó q u e están d e n t r o d e n o s o t r o s y n o salen f u e r a
d e n o s o t r o s ; y sin e m b a r g o , n a d a m a s c o n s t a n t e q u e el trán
sito q u e h a c e el g é n e r o h u m a n o e n t e r o d e lo subjetivo á lo
objetivo, d e lo i n t e r n o á lo e x t e r n o , del f e n ó m e n o á la reali
d a d . ¿ E n q u é se f u n d a este tránsito? C u a n d o los filósofos m a s
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e m i n e n t e s h a n t e n i d o tanta dificultad e n e n c o n t r a r el p u e n
te, p o r decirlo así, q u e u n e las d o s riberas o p u e s t a s , c u a n d o
a l g u n o s d e ellos c a n s a d o s d e investigar h a n d i c h o resuelta
m e n t e q u e n o e r a posible e n c o n t r a r l e , ¿ l o d e s c u b r i r á el c o
m u n d e los h o m b r e s d e s d e s u m a s tierna n i ñ e z ? es e v i d e n t e
q u e el tránsito q u e h a c e n n o p u e d e e x p l i c a r s e p o r m o t i v o s
d e raciocinio, y q u e es p r e c i s o a p e l a r al instinto d e la n a t u
raleza. L u e g o h a y u n instinto q u e p o r si solo n o s a s e g u r a d e
la v e r d a d d e u n a p r o p o s i c i o n , á c u y a d e m o s t r a c i o n llega di
f í c i l m e n t e la filosofía m a s r e c ó n d i t a .
159. A q u í o b s e r v a r é lo e r r a d o d e los m é t o d o s q u e aislan
las facultades del h o m b r e , y q u e p a r a c o n o c e r m e j o r el espí
ritu, le d e s f i g u r a n y m u t i l a n . Es u n o d e los h e c h o s m a s c o n s
tantes y f u n d a m e n t a l e s d e las ciencias i d e o l ó g i c a s y p s i c o
lógicas , la m u l t i p l i c i d a d d e actos y facultades d e n u e s t r a al
m a , á p e s a r d e s u s i m p l i c i d a d a t e s t i g u a d a p o r la u n i d a d d e
c o n c i e n c i a . H a y e n el h o m b r e c o m o e n el u n i v e r s o u n c o n
j u n t o d e leyes c u y o s efectos se d e s e n v u e l v e n s i m u l t á n e a
m e n t e , c o n u n a r e g u l a r i d a d a r m o n i o s a ; s e p a r a r l a s e q u i v a l e
m u c h a s v e c e s á p o n e r l a s e n c o n t r a d i c c i o n ; p o r q u e n o s i e n d o
d a d o á n i n g u n a d e ellas el p r o d u c i r s u efecto a i s l a d a m e n t e ,
s i n o e n c o m b i n a c i o n c o n las d e m á s , c u a n d o se las e x i g e q u e
o b r e n p o r sí solas, e n v e z d e efectos r e g u l a r e s p r o d u c e n
m o n s t r u o s i d a d e s las m a s d e f o r m e s . Si dejais sola e n el m u n
d o la ley d e g r a v i t a c i o n n o c o m b i n á n d o l a c o n n i n g u n a f u e r z a
d e p r o y e c c i o n , t o d o se p r e c i p i t a r á h á c i a u n c e n t r o ; e n v e z
d e e s a infinidad d e s i s t e m a s q u e h e r m o s e a n el f i r m a m e n t o ,
t e n d r e i s u n a m o l e r u d a é indigesta: si quitais la g r a v i t a c i o n
y dejais la f u e r z a d e p r o y e c c i o n , los c u e r p o s t o d o s se d e s
c o m p o n d r á n e n á t o m o s i m p e r c e p t i b l e s , d i s p e r s á n d o s e c u a l
éter l e v í s i m o p o r las r e g i o n e s d e la i n m e n s i d a d (XVj.

C A P Í T U L O X V I . .

Confusion de ideas en las disputas sobre el principio fundamental.

160. E n m i c o n c e p t o h a y v a r i o s p r i n c i p i o s q u e c o n rela
c i o n al e n t e n d i m i e n t o h u m a n o p u e d e n l l a m a r s e i g u a l m e n t e
f u n d a m e n t a l e s , y a p o r q u e t o d o s s i r v e n d e c i m i e n t o e n el ó r
 - 91 -
d e n c o m u n y e n el científico , y a p o r q u e n o se a p o y a n e n
otro; n o s i e n d o d a b l e s e ñ a l a r u n o q u e disfrute d e esta cali
d a d c o m o privilegio exclusivo. A l b u s c a r s e e n las e s c u e l a s
el p r in ci pi o f u n d a m e n t a l , s u e l e advertirse q u e n o se trata
d e e n c o n t r a r u n a v e r d a d d e la cual d i m a n e n todas las otras;
p e r o sí u n a x i o m a tal q u e s u r u i n a traiga c o n s i g o la d e todas
las v e r d a d e s , y s u f i r m e z a las s o s t e n g a , al m e n o s indirecta
m e n t e ; d e m a n e r a q u e q u i e n las n e g á r e p u e d a ser r e d u c i d o
p o r d e m o s t r a c i o n indirecta ó a d a b s u r d u m ; es decir, q u e a d
m i t i d o d i c h o a x i o m a , se p o d r á c o n s e g u i r q u e q u i e n n i e g u e
los otros s e a c o n v e n c i d o d e hallarse e n o p o s i c i o n c o n el q u e
h a b i a r e c o n o c i d o c o m o v e r d a d e r o .
161. M u c h o se h a d i s p u t a d o s o b r e si e r a este ó a q u e l p r i n
c i p i o el m e r e c e d o r d e la p r e f e r e n c i a ; y o c r e o q u e h a y a q u í
cierta c o n f u s i o n d e ideas , n a c i d a e n b u e n a parte , d e n o d e s
l i n d a r s u f i c i e n t e m e n t e t e s t i m o n i o s tan distintos c o m o s o n el
d e la c o n c i e n c i a , el d e la e v i d e n c i a y el del s e n t i d o c o m u n .
El f a m o s o p r i n c i p i o d e D e s c a r t e s « y o p i e n s o , l u e g o s o y ; »
el d e c o n t r a d i c c i o n , «es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o s e a
ú u n m i s m o t i e m p o ; » el otro q u e l l a m a n d e los cartesianos,
« l o q u e está c o n t e n i d o e n la i d e a clara y distinta d e u n a c o
s a , se p u e d e a f i r m a r d e ella c o n t o d a c e r t e z a ; » s o n los tres
p r i n c i p i o s q u e h a n d i v i d i d o las escuelas. E n favor d e todos
ellos se a l e g a b a n r a z o n e s p o d e r o s í s i m a s , y hasta c o n c l u y e n -
tes c o n t r a el a d v e r s a r i o , a t e n d i d o el t e r r e n o e n q u e e sta ba
c o l o c a d a la cu est io n.
Si n o estais s e g u r o s d e q u e p e n s a i s , a r g ü i r í a u n partidario
d e D e s c a r t e s , n o p o d e i s estarlo ni a u n del pr i n ci p io d e c o n
t r a d i c c i o n , ni t a m p o c o d e la l e g i t i m i d a d del criterio d e la
e v i d e n c i a ; p a r a s a b e r t o d o esto, es n e c e s a r i o p e n s a r ; q u i e n
a f i r m a ó n i e g a , p i e n s a ; sin s u p o n e r el p e n s a m i e n t o , n o s o n
p o s i b l e s ni la a f i r m a c i o n ni la n e g a c i o n . P e r o a d m i t a m o s el
p e n s a m i e n t o ; t e n e m o s y a u n p u n t o d e a p o y o , y d e tal n a t u
raleza, q u e lo e n c o n t r a m o s e n n o s o t r o s m i s m o s , a t e s t i g u a d o
p o r el s e n t i d o i n t i m o , i m p o n i é n d o n o s c o n u n a eficacia irre
sistible la c e r t e z a d e s u existencia. E s t a b l e c i d o el f u n d a m e n
to , v e a m o s c ó m o se p u e d e l e v a n t a r el edificio: p a r a esto, n o
es n e c e s a r i o salir del p e n s a m i e n t o p r o p i o ; allí está el p u n t o
l u m i n o s o p a r a g u i a r n o s e n el c a m i n o d e la v e r d a d ; s i g a m o s
s u s r e s p l a n d o r e s , y fijado u n p u n t o i n m ó v i l h a g a m o s salir d e
 — M —
él el hilo m i s t e r i o s o q u e n o s c o n d u z c a e n el laberinto d e la
ciencia. Así, n u e s t r o p ri nc i pi o es el p r i m e r o , es la b a s a d e
t o d o s los d e m á s , p o s e e u n a fuerza p r o p i a p a r a s o s t e n e r s e y
la tiene s o b r a n t e p a r a c o m u n i c a r f i r m e z a á los otros.
Este l e n g u a j e es r a z o n a b l e c i e r t a m e n t e ; p e r o h a y la d e s
g r a c i a d e q u e la c o n v i c c i o n q u e p u d i e r a p r o d u c i r , está n e u
tralizada c o n otro l e n g u a j e n o m e n o s r a z o n a b l e , e n s e n t i d o
d i r e c t a m e n t e opuesto. H é a q u í c ó m o p u d i e r a c o nt e st a r u n
s o s t e n e d o r del pri nci pi o d e c o n t r a d i c c i o n . Si n o dais p o r s u
p u e s t o q u e es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o s e a á u n m i s
m o t i e m p o , será posible q u e á u n m i s m o t i e m p o p e n s e i s y
n o p e n s e i s ; v u e s t r a a f i r m a c i o n p u e s « y o p i e n s o » n o significa
n a d a ; p o r q u e ju n t o c o n ella s e p u e d e verificar la o p u e s t a « y o
n o pienso.» E n tal c a s o , la ilacion d e la e x i s t e n c i a q u e d a
d e s t r u i d a ; p o r q u e a u n a d m i t i e n d o la l e g i t i m i d a d d e la c o n
s e c u e n c i a « y o p i e n s o , l u e g o e x i s t o , » c o m o p o r otra parte
s a b r í a m o s q u e es posible esta otra p r e m i s a , « y o n o p i e n s o , »
la d e d u c c i o n n o t e n d r í a lugar. S i n el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c
c i o n t a m p o c o vale n a d a el otro: «lo q u e está c o n t e n i d o e n la
i d e a clara y distinta d e u n a c o s a , se p u e d e a f i r m a r d e ella
c o n t o d a c e r t e z a ; » p o r q u e si á u n m i s m o t i e m p o es posible
el ser y el n o ser, u n a i d e a p o d r á ser clara y o s c u r a , dis
tinta y c o n f u s a ; u n p r e d i c a d o p o d r á estar c o n t e n i d o e n u n
sujeto y n o c o n t e n i d o ; p o d r á h a b e r c e r t e z a é i n c e r t i d u m b r e ;
a f i r m a c i o n y n e g a c i o n ; l u e g o esta r e g l a n o sirve p a r a n a d a .
Y tiene m u c h a r a z o n el q u e d i s c u r r e d e este m o d o ; p e r o
lo c u r i o s o es, q u e el tercer c o n t r i n c a n t e las a l e g a r á igual
m e n t e fuertes c o n t r a s us d o s adversarios. ¿ C ó m o se sabe,
p o d r á p r e g u n t a r , q u e el p ri n ci p io d e c o n t r a d i c c i o n es v e r
d a d e r o ? claro es q u e n o lo s a b e m o s s i n o p o r q u e e n la i d e a
del s er v e m o s la i m p o s i b i l i d a d del n o ser á u n m i s m o t i e m p o
y v i c e - v e r s a ; l u e g o n o estais s e g u r o s del p r i n c i p i o d e c o n
t r a d i c c i o n s i n o a p l i c a n d o m i principio: «lo q u e está c o n t e
n i d o e n la i d e a clara y distinta d e u n a cosa, se p u e d e a f i r m a r
d e ella c o n t o d a certeza.» Si n a d a p u e d e s o s t e n e r s e e n c a
y e n d o el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , y este se f u n d a e n el
m i o , el m i o es el c i m i e n t o d e todo.
162. L o s tres t i e n e n r a z o n y n o la tiene n i n g u n o . L a tie
n e n los tres, e n c u a n t o a f i r m a n q u e n e g a d o el r e s p e c t i v o p r i n
cipio se a r r u i n a n los d e m á s ; n o la tiene n i n g u n o , e n c u a n t o
 - 9 8 -
p r e t e n d e n q u e n e g a d o s los d e m á s n o se a r r u i n a el propio.
¿ D e d ó n d e p u e s n a c e la d i s p u t a ? d e la c o n f u s i o n d e ideas,
d e q u e se c o m p a r a n principios d e ó r d e n e s m u y diferentes,
t o d o s d e s e g u r o m u y v e r d a d e r o s , p e r o q u e n o p u e d e n p a r a n
g o n a r s e , p o r la m i s m a r a z o n q u e n o se c o m p a r a lo b l a n c o
c o n lo caliente, d i s p u t a n d o si u n a c o s a tiene m a s g r a d o s d e
c a l o r q u e d e b l a n c u r a . P a r a la c o m p a r a c i o n , se n e c e s i t a cier
ta o p o s i c i o n e n los e x t r e m o s ; p e r o estos d e b e n t e n e r a l g o c o
m u n ; si s o n e n t e r a m e n t e d i s p a r a t a d o s , la c o m p a r a c i o n es
i m p o s i b l e .
El p r i n c i p i o d e D e s c a r t e s es la e n u n c i a c i o n d e u n s i m p l e
h e c h o d e c o n c i e n c i a ; el d e c o n t r a d i c c i o n es u n a v e r d a d c o
n o c i d a p o r e v i d e n c i a ; y el otro es la a f i r m a c i o n d e la legiti
m i d a d del criterio d e la e v i d e n c i a m i s m a ; es u n a v e r d a d d e
reflexion q u e e x p r e s a el i m p u l s o intelectual p o r el q u e s o m o s
l l e v a d o s á c r e e r v e r d a d e r o lo q u e c o n o c e m o s c o n evidencia.
L a i m p o r t a n c i a d e la c u e s t i o n e x i g e q u e e x a m i n e m o s p o r
s e p a r a d o los tres principios; asi lo h a r é e n los capítulos si
g u i e n t e s (XVI).

C A P Í T U L O X V I I .

L a existencia y el p e n s a m i e n t o . Principio d e Descartes.

1 6 3 . ¿ E s t o y s e g u r o d e q u e e x i s t o ? sí. ¿ P u e d o p r o b a r l o ?
n ó . L a p r u e b a s u p o n e u n raciocinio; n o h a y r a c i o c i n i o sóli
d o s i n p r i n c i p i o f i r m e e n q u e e s t r i b e ; y n o h a y p r i n c i p i o fir
m e , si n o está s u p u e s t a la e x i s t e n c i a del s e r q u e r a c i o c i n a .
E n efecto: si q u i e n d i s c u r r e n o está s e g u r o d e s u e x i s t e n
c i a , n o p u e d e estarlo ni d e la existencia d e s u p r o p i o dis
c u r s o ; p u e s n o h a b r á d i s c u r s o si n o h a y q u i e n discurre. L u e
g o sin este s u p u e s t o n o h a y principios s o b r e q u e f u n d a r , n o
h a y n a d a ; n o h a y m a s q u e ilusion, y b i e n m i r a d o , ni ilusion
s i qu i e ra , p u e s n o h a y ilusion si n o h a y iluso.
N u e s t r a e x i s t e n c i a n o p u e d e se r d e m o s t r a d a : t e n e m o s d e
ella u n a c o n c i e n c i a tan clara, tan v i v a , q u e n o n o s deja la
m e n o r i n c e r t i d u m b r e ; p e r o p r o b a r l a c o n el raciocinio es i m
posible.
 — 9 4 —
164. E s u n a p r e o c u p a c i o n , u n e r r o r d e fatales c o n s e c u e n
cias, el c r e e r q u e p o d e m o s p r o b a r l o t o d o c o n el u s o d e la r a
z o n ; a n t e s q u e el u s o d e la r a z o n están los p r i n c i p i o s e n q u e
ella s e f u n d a ; y antes q u e u n o y otro, está la existencia d e
la r a z o n m i s m a , y del s er q u e raciocina.
L é j o s d e q u e t o d o s e a d e m o s t r a b l e , se p u e d e d e m o s t r a r q u e
h a y c o s a s i n d e m o s t r a b l e s . L a d e m o s t r a c i o n es u n a a r g u m e n
tacion e n la c u a l se infiere d e p r o p o s i c i o n e s e v i d e n t e s u n a
p r o p o s i c i o n e v i d e n t e m e n t e e n l a z a d a c o n ellas. Si las p r e m i
sas s o n e v i d e n t e s p o r sí m i s m a s , n o c o n s e n t i r á n d e m o s t r a
c i o n ; si s u p o n e m o s q u e ellas á s u v e z s e a n d e m o s t r a b l e s , te n
d r e m o s la m i s m a dificultad c o n r e s p e c t o á las otras e n q u e
se f u n d e la n u e v a d e m o s t r a c i o n ; l u e g o , ó es p r e c i s o d e t e
n e r s e e n u n p u n t o i n d e m o s t r a b l e , ó p r o c e d e r hasta lo infini
to, lo q u e e q u i v a l d r í a á n o a c a b a r j a m á s la d e m o s t r a c i o n .
163. Y es d e o b s e r v a r q u e la i n d e m o s t r a b i l i d a d , p o r d e
cirlo así, n o es p r o p i a ú n i c a m e n t e d e ciertas p r e m i s a s : se la
halla e n a l g u n m o d o e n t o d o raciocinio, p o r s u m i s m a n a t u
raleza, p r e s c i n d i e n d o d e las p r o p o s i c i o n e s d e q u e se c o m p o
ne. S a b e m o s q u e las p r e m i s a s A y B s o n ciertas; d e ellas in
f e r i m o s la p r o p o s i c i o n C. ¿ C o n q u é d e r e c h o ? P o r q u e v e m o s
q u e C s e e n l a z a c o n las A. y B . ¿ Y c 6 m o s a b e m o s e s t o ? Si e s
c o n e v i d e n c i a i n m e d i a t a , p o r intuicion: h é a q u í otra c o s a
i n d e m o s t r a b l e : el e n l a c e d e la c o n c l u s i o n c o n las p r e m i s a s .
Si es p o r raciocinio, f u n d á n d o n o s e n los principios del arte
d e r a c i o c i n a r , e n t o n c e s h a y d o s c o n s i d e r a c i o n e s , a m b a s c o n
d u c e n t e s á d e m o s t r a r la i n d e m o s t r a b i l i d a d . 1." Si los princi
p i o s del arte s o n i n d e m o s t r a b l e s , t e n e m o s y a u n a c o s a i n d e
m o s t r a b l e ; si lo s o n , al fin h e m o s d e v a l e m o s d e otros q u e
les s i r v a n d e b a s a , y ó p a r a r n o s e n a l g u n o q u e n o c o n s i e n t a
d e m o s t r a c i o n ó p r o c e d e r hasta lo infinito. í." ¿ C ó m o s a b e m o s
q u e los principios del raciocinio se a p l i c a n á este c a s o ? ¿ S e
r á p o r otro r a c i o c i n i o ? resultan los m i s m o s i n c o n v e n i e n t e s
q u e e n el c a s o anterior. ¿ S e r á p o r q u e lo v e m o s así? ¿ p o r q u e
e s e v i d e n t e c o n e v i d e n c i a i n m e d i a t a ? h é n o s a q u í e n otro
p u n t o i n d e m o s t r a b l e .
Estas reflexiones n o d e j a n n i n g u n a d u d a d e q u e el p e d i r la
p r u e b a d e t o d o es p e d i r lo i m p o s i b l e .
1 6 6 El s er q u e n o p i e n s a , n o tiene c o n c i e n c i a d e sí m i s
m o : la p i e d r a existe, m a s ella n o lo sabe, y e n u n c a s o s e m e
 — 9 5 -
j a n t e se e n c u e n t r a el h o m b r e m i s m o c u a n d o todas s u s facul
tades intelectuales y sensitivas se hallan e n c o m p l e t a i n a c
cion. L a diferencia d e estos d o s e s t a d o s se c o n c i b e m u y b i e n
r e c o r d a n d o lo q u e a c o n t e c e al p a s a r d e la vigilia á u n s u e ñ o
p r o f u n d o , y al v o l v e r d e este á la vigilia.
El p r i m e r p u n t o d e partida p a r a d a r u n p a s o e n n u e s t r o s
c o n o c i m i e n t o s , es esta p r e s e n c i a í n t i m a d e n u e s t r o s actos in
teriores, p r e s c i n d i e n d o d e las c u e s t i o n e s q u e suscitarse p u e
d a n s o b r e la n a t u r a l e z a d e ellos. Si t o d o existiese c o m o a h o r a
y existiesen infinitos m u n d o s diferentes del q u e t e n e m o s á la
vista, n a d a existiria p a r a n o s o t r o s , si n o s faltasen e s o s a c t o s
interiores d e q u e e s t a m o s h a b l a n d o . S e r i a m o s c o m o el c u e r p o
insensible c o l o c a d o e n la i n m e n s i d a d del e s p a c i o , q u e se h a
lla lo m i s m o a h o r a q u e si t o d o d e s a p a r e c i e s e al r e d e d o r d e
él, y n o percibiría m u d a n z a a l g u n a a u n c u a n d o él p r o p i o s e
s u m i e s e d e n u e v o e n el a b i s m o d e la n a d a . Al c o n t r a r i o , si
s u p o n e m o s q u e t o d o s e a n i q u i l a e x c e p t o este se r q u e d e n t r o
d e n o s o t r o s siente, p i e n s a y q u i e r e ; t o d a v í a q u e d a u n p u n t o
d o n d e h a c e r estribar el edificio d e los h u m a n o s c o n o c i m i e n
tos: este ser, solo e n la i n m e n s i d a d , se d a r á c u e n t a á si m i s
m o d e s u s p r o p i o s actos, y s e g u n el a l c a n c e d e s u s facultades
intelectuales, p o d r á arrojarse á i n n u m e r a b l e s c o m b i n a c i o
n e s q u e t e n g a n p o r objeto lo posible, y a q u e n o la realidad.
167. S e h a c o m b a t i d o m u c h o el f a m o s o p r i n c i p i o d e D e s
cartes: «yo p i e n s o , l u e g o existo;» el a t a q u e e s justo y c o n -
c l u y e n t e , si e n efecto el filósofo h u b i e s e e n t e n d i d o s u princi
p i o e n el s e n t i d o q u e se le a c o s t u m b r a d a r e n las escuelas. Si
D e s c a r t e s le h u b i e s e p r e s e n t a d o c o m o u n v e r d a d e r o racioci
n i o , c o m o u n e n t i m e m a e n q u e a s e n t a d o el a n t e c e d e n t e d e
d u j e r a la c o n s e c u e n c i a , claro es q u e el a r g u m e n t o c l a u d i c a b a
p o r s u b a s a , e s t a b a e n el aire. P o r q u e , c u a n d o él dijera:
« v o y á p r o b a r m i existencia c o n este e n t i m e m a : y o p i e n s a ,
l u e g o s o y ,» s e le p o d i a objetar lo s i g u i e n t e : v u e s t r o e n t i m e
m a s e r e d u c e á u n s i l o g i s m o e n esta f o r m a : « t o d o l o q u e p i e n
s a existe; es asi q u e y o p i e n s o , l u e g o existo.» Este s i l o g i s m o ,
e n el s u p u e s t o d e u n a d u d a u n i v e r s a l , e n q u e n o s e d é p o r
s u p u e s t a ni a u n la m i s m a e x i s t e n c i a , es i n a d m i s i b l e e n s u s
p r o p o s i c i o n e s y e n la t r a b a z o n d e ellas. E n p r i m e r lugar:
¿ c ó m o s a b e i s q u e t o d o lo q u e p i e n s a e x i s t e ? — P o r q u e n a d a
p u e d e p e n s a r sin existir. — Y esto ¿ c ó m o se s a b e 1 — P o r q u e lo
 — 9 6 -
q u e n o existe n o o b r a . — Y esto ¿ c ó m o se s a b e ? S u p o n i e n d o
q u e d e t o d o se d u d a , q u e n a d a s e s a b e , n o se p u e d e n s a b e r
estos principios ; d e otra s u e r t e f a l t a m o s á la s u p o s i c i o n d e
la d u d a u n i v e r s a l , y p o r c o n s i g u i e n t e n o s s a l i m o s d e la
cuestion. Si a l g u n o d e estos principios se h a d e a d m i t i r s in
p r u e b a , tanto valia a d m i t i r d e s d e l u e g o la existencia propia,
y a h o r r a r s e el trabajo d e p r o b a r l a c o n u n e n t i m e m a .
E n s e g u n d o lugar: ¿ c ó m o sabeis q u e p e n s a i s ? S e os p u e d e
h a c e r el s i g u i e n t e a r g u m e n t o , r e t o r c i e n d o el v u e s t r o , c o m o
d i c e n los dialécticos: n a d a p u e d e p e n s a r sin existir, v u e s t r a
e x i s t e n c i a es d u d o s a , tratais de. p r o b a r l a , l u e g o n o estais se
g u r o d e p e n s a r .
168. Q u e d a p u e s e n claro q u e el p r i n c i p i o d e D e s c a r t e s
es insostenible t o m a d o c o m o u n v e r d a d e r o raciocinio; y s i e n
d o tan fácil d e a l c a n z a r s u flaqueza , p a r e c e i m p o s i b l e q u e
n o la viese u n e n t e n d i m i e n t o tan claro y p e n e t r a n t e . E s p r o
b a b l e p u e s q u e D e s c a r t e s e n t e n d i ó s u p r i n c i p i o e n u n senti
d o m u y diferente , y v o y á e x p o n e r e n p o c a s p a l a b r a s el q u e
e n m i juicio d e b i ó d e darle el ilustre filósofo.
S u p o n i é n d o s e p o r u n m o m e n t o e n u n a d u d a universal, sin
a c e p t a r c o m o cierto n a d a d e c u a n t o sabia, se c o n c e n t r a b a
d e n t r o d e sí m i s m o , y b u s c a b a e n el f o n d o d e s u a l m a u n
p u n t o d e a p o y o d o n d e h a c e r estribar el edificio d e los c o n o
c i m i e n t o s h u m a n o s . C l a r o es q u e , a u n h a c i e n d o a b s t r a c c i o n
d e t o d o c u a n t o n o s rodea, n o p o d e m o s p r e s c i n d i r d e n o s o t r o s
m i s m o s , d e n u e s t r o espíritu q u e se p r e s e n t a á s u s p r o p i o s
ojos c o n tanta m a y o r lucidez, c u a n t o es m a y o r la a b s t r a c c i o n
e n q u e n o s c o n s t i t u i m o s c o n r e s p e c t o á los objetos e x t e r n o s .
A h o r a bien, e n esa c o n c e n t r a c i o n , e n ese acto d e e n s i m i s m a r
se, r e t r a y é n d o s e el h o m b r e d e t o d o p o r t e m o r d e e r r a r , é in
t e r r o g á n d o s e á sí m i s m o , si h a y a l g o cierto, si h a y a l g o q u e
p u e d a s e r v i r d e a p o y o , si h a y u n p u n t o d e p a r t i d a e n la c a r
r e r a d e los c o n o c i m i e n t o s , lo p r i m e r o q u e se o f r e c e es la c o n
c i e n c i a del p e n s a m i e n t o , la p r e s e n c i a m i s m a d e los actos d e
n u e s t r a a l m a , d e e so q u e se l l a m a p e n s a r . H é a q u í si n o m e
e n g a ñ o la m e n t e d e Descartes: « y o q u i e r o d u d a r d e t o d o ; m e
retraigo d e a f i r m a r c o m o d e n e g a r n a d a ; m e aislo d e c u a n t o
m e r o d e a , p o r q u e i g n o r o si esto es algo m a s q u e u n a ilusion.
P e r o e n este m i s m o a i s l a m i e n t o m e e n c u e n t r o c o n el senti
m i e n t o i n t i m o d e m i s actos interiores, c o n la p r e s e n c i a d e
 — O T — J *
m i espíritu: y o p i e n s o , l u e g o s o y : y o p i e n s o , así lo e x p e r i
m e n t o d e u n a m a n e r a q u e n o m e c o n s i e n t e d u d a , ni incerti-
d u m b r e ; l u e g o s o y , es d e c i r , ese s e n t i m i e n t o d e m i p e n s a
m i e n t o m e h a c e s a b e d o r d e m i existencia. »
- 169. A s í se e x p l i c a c o m o D e s c a r t e s n o p r e s e n t a b a s u p r i n
cipio cual u n m e r o e n t i m e m a , cual u n raciocinio c o m u n ; s i n o
c o m o la c o n s i g n a c i o n d e u n h e c h o q u e se le ofrecía el p r i m e
r o e n el ó r d e n d e los h e c h o s ; y c u a n d o del p e n s a m i e n t o in
fería la e x i s t e n c i a , n o e r a c o n u n a d e d u c c i o n p r o p i a m e n t e
d i c h a , s i n o c o m o u n h e c h o c o m p r e n d i d o e n otro, e x p r e s a d o
p o r o t r o , ó m e j o r d i r e m o s , identificado c o n él.
H e d i c h o identificado, p o r q u e e n r e a l i d a d es así e n c o n c e p
to d e D e s c a r t e s ; y esto a c a b a d e c o n f i r m a r lo q u e h e a s e n t a d o
a n t e r i o r m e n t e , q u e el filósofo n o p r e s e n t a b a u n raciocinio,
s i n o q u e c o n s i g n a b a u n h e c h o . S a b i d o es q u e , s e g u n él , la
e s e n c i a d el espíritu es el m i s m o p e n s a m i e n t o , d e s ue r t e q u e
así c o m o otras e s c u e l a s filosóficas d i s t i n g u e n e n t r e la s u s
t a n c i a y s u acto, c o n s i d e r a n d o al espíritu e n la p r i m e r a cla
s e y al p e n s a m i e n t o e n la s e g u n d a , D e s c a r t e s sostenía q u e n o
h a b í a distincion a l g u n a e n t r e el espíritu y el p e n s a m i e n t o ,
q u e e r a u n a m i s m a c o s a ; q u e el p e n s a m i e n t o constituía la
e s e n c i a de l a l m a . « A u n q u e u n atributo, dice, s e a suficiente
p a r a h a c e r n o s c o n o c e r la s u s t a n c i a , h a y sin e m b a r g o e n c a d a
u n a d e ellas, u n o q u e c o n s t i t u y e s u n a t u r a l e z a y esencia, y
d e l c u a l d e p e n d e n t o d o s los d e m á s . L a e x t e n s i o n e n l o n g i t u d ,
latitud y p r o f u n d i d a d , c o n s t i t u y e la e s e n c i a d e la s u s t a n c i a
c o r p ó r e a ; y el p e n s a m i e n t o constituye la n a t u r a l e z a d e la s u s t a n
cia q u e piensa.» (Descartes, P r i n c i p i o s d e la filosofía, 1." p a r
te.) D e esto se infiere q u e D e s c a r t e s al a s e n t a r el p r i n c i p i o
« y o p i e n s o , l u e g o e x i s t o ; » n o h a c i a m a s q u e c o n s i g n a r u n
h e c h o a t e s t i g u a d o p o r el s e n t i d o í n t i m o ; y ta n s i m p l e le c o n
s i d e r a b a , t a n ú n i c o p o r decirlo así , q u e e n el d e s a r r o l l o d e
s u s i s t e m a , identifico el p e n s a m i e n t o c o n el a l m a , y la e s e n
cia d e esta c o n s u m i s m a existencia. Sintió el p e n s a m i e n t o ,
,y dijo: « e s t e p e n s a m i e n t o es el a l m a ; s o y y o . » N o trato d e
a p r e c i a r a h o r a el valor d e esta d o c t r i n a , y si tan solo d e e x
p l i c a r e n q u é consiste (XVII). -yjp. :",

T . I. 7
 C A P Í T U L O X V I I I .

M a s l o b r e el principio d e Desearte-. S u m é t o d o . i

170. D e s c a r t e s al a n u n c i a r y e x p l i c a r s u p r i n c i p i o , n o
s i e m p r e se e x p r e s ó c o n la d e b i d a exactitud, lo c u a l d i o m o t i
v o á q u e se i n t e r p r e t a s e n m a l s u s palabras. A l p a s o q u e s e ñ a
l a b a la c o n c i e n c i a del p r o p i o p e n s a m i e n t o y d e la existencia,,
c o m o la b a s e s o b r e la c u a l d e b í a n estribar t o d o s los c o n o c i
m i e n t o s , e m p l e a b a t é r m i n o s d e los c u a l e s se p o d i a i n f e r i r
q u e n o solo q u e r í a c o n s i g n a r u n h e c h o , s i n o q u e i n t e n t a b a
p r e s e n t a r u n v e r d a d e r o raciocinio. S in e m b a r g o , l e y e n d o con.
a t e n c i o n s u s p ala bra s, y c o t e j á n d o l a s u n a s c o n otras, se v e
q u e n o e r a esta s u idea; a u n q u e tal v e z n o h a b r í a i n c o n v e
n i e n t e e n d e c i r q u e n o s e d a b a e x a c t a c u e n t a á sí p r o p i o d a
la diferencia q u e a c a b o d e i n d i c a r , e n t r e u n r a c i o c i n i o y la
s i m p l e c o n s i g n a c i o n d e u n h e c h o ; y q u e al c o n c e n t r a r s e e n
si m i s m o , n o t u v o u n c o n o c i m i e n t o reflejo b a s t a n t e claro d e l
m o d o c o n q u e se a p o y a b a e n s u p r in c ip i o f u n d a m e n t a l .
P a r a c o n v e n c e r n o s d e esto, e x a m i n e m o s s u s m i s m a s p a l a
bras. « M i e n t r a s d e s e c h a m o s d e esta m a n e r a t o d o a q u e l l o d e
q u e p o d e m o s d u d a r , y q u e h a s t a fingimos q u e es falso , s u p o
n e m o s f á c i l m e n t e q u e n o h a y Dios, ni cielo , ni tierra, y q u e
ni a u n t e n e m o s c u e r p o , p e r o n o a l c a n z a m o s á s u p o n e r que *o>
existimos, m i e n t r a s d u d a m o s d e la v e r d a d d e t o d a s estas c o
sas; p o r q u e t e n e m o s tanta r e p u g n a n c i a á c o n c e b i r q u e lo q u e
p i e n s a n o existe v e r d a d e r a m e n t e al m i s m o t i e m p o q u e p i e n
s a , q u e n o o b s t a n t e las s u p o s i c i o n e s m a s e x t r a v a g a n t e s , n o
p o d e m o s dejar d e c r e e r q u e esta c o n c l u s i o n « y o p i e n s o , luego-
s o y » n o sea v e r d a d e r a , y p o r c o n s i g u i e n t e la p r i m e r a y la m a s
cierta q u e se p r e s e n t a al q u e c o n d u c e s u s p e n s a m i e n t o s c o n
ó r d e n . » ( D e s c a r t e s , P r i n c i p i o s d e la filosofía , P. 1 , § 6 y 7.)
E n este pasaje n o s e n c o n t r a m o s c o n u n v e r d a d e r o silogisr-
m o : « L o q u e p i e n s a existe; y o p i e n s o , l u e g o existo.» « T e n e
m o s , d i c e D e s c a r t e s , tanta r e p u g n a n c i a á c o n c e b i r , q u e lo
q u e p i e n s a n o existe m i e n t r a s p i e n s a , » lo q u e e q u i v a l e á d e -
cir: « L o q u e p i e n s a existe;» esto e n t é r m i n o s escolásticos, s e
 - 9 9 —
l l a m a e s t a b l e c e r la m a y o r ; l u e g o c o n t i n ú a q u e « n o o b s t a n t e
las s u p o s i c i o n e s m a s e x t r a v a g a n t e s , n o p o d e m o s dejar d e
c r e e r q u e esta c o n c l u s i o n « y o pienso, l u e g o s o y » s e a v e r d a
d e r a ; » lo q u e e q u i v a l e á p o n e r la m e n o r y la c o n s e c u e n c i a
d e l silogismo. S e c o n o c e q u e D e s c a r t e s e s ta b a a l g o p r e o c u
p a d o c o n la i d e a d e q u e r e r p r o b a r , al m i s m o t i e m p o q u e
trataba d e c o n s i g n a r . E s t e e r a el p r u r i t o g e n e r a l d e s u é p o c a ;
y a u n los m a s a r d i e n t e s r e f o r m a d o r e s se p r e s e r v a n c o n m u
c h a dificultad d e la a t m ó s f e r a q u e los r o d e a . E n t o d o el c u r s o
d e s u s m e d i t a c i o n e s se e n c u e n t r a este m i s m o espíritu, b i e n
q u e e n l a z a d o a d m i r a b l e m e n t e c o n el d e o b s e r v a c i o n .
P e r o al través d e esas e x p l i c a c i o n e s o s c u r a s ó a m b i g u a s ,
¿ q u é es lo q u e se d e s c u b r e ? ¿ c u á l es el p e n s a m i e n t o q u e s e
halla e n el f o n d o del s i s t e m a d e Descartes, p r e s c i n d i e n d o d e
si él s e d a b a ó n o á sí m i s m o e x a c t a c u e n t a d e lo q u e e x p e
r i m e n t a b a ? H é l o aquí. « Y o p o r u n e s f u e r z o d e m i espíritu,
p u e d o d u d a r d e la v e r d a d d e t o d o ; p e r o este e s f u e r z o tiene
u n limite e n m í m i s m o . C u a n d o la a t e n c i o n se c o n v i e r t e so
b r e m í , s o b r e la c o n c i e n c i a d e m i s actos interiores, s o
b r e m i existencia, la d u d a se d e t i e n e , n o p u e d e llegar á tal
p u n t o , e n c u e n t r a u n a tal r e p u g n a n c i a , q u e las s u p o s i c i o n e s
m a s e x t r a v a g a n t e s n o a l c a n z a n á v e n c e r . » Esto es lo q u e in
d i c a n s u s m i s m a s p ala br as ; m a s al c o n s i g n a r este h e c h o s e
e l e v a á u n a p r o p o s i c i o n g e n e r a l , m u y v e r d a d e r a sin d u d a ,
s a c a u n a c o n s e c u e n c i a , m u y l e g í t i m a t a m b i e n , p e r o q u e p a
r a n a d a e r a n n e c e s a r i a s e n el c a s o p r e s e n t e , y q u e ó expli
c a b a n m a l s u m i s m a o p i n i o n ó la h a c í a n vacilar.
111. Si b i e n se o b s e r v a , n o h a c i a m a s D e s c a r t e s e n este
p a n t o , q u e lo q u e h a c e n t o d o s los filósofos; y p o r m a s e x
t r a ñ o q u e p u e d a p a r e c e r , n o e s t a b a e n d e s a c u e r d o c o n los
jefes d e la e s c u e l a m e t a f í s i c a d i a m e t r a l m e n t e o p u e s t a : la d *
L o c k e y Condillac. E n efecto : q u e el h o m b r e al q u e r e r e x a
m i n a r el o r i g e n d e s u s c o n o c i m i e n t o s , y los principios e n
q u e estriba s u c e r t e z a , se e n c u e n t r a c o n el h e c h o d e la c o n
c i e n c i a d e s u s actos i n t e r n o s , q u e esta c o n c i e n c i a p r o d u c e
u n a c e r t e z a f i r m í s i m a , y q u e n a d a p o d e m o s c o n c e b i r m a s
cierto p a r a n o s o t r o s q u e ella, es u n h e c h o e n q u e están d e
a c u e r d o t o d o s los i d e ó l o g o s , y q u e t o d o s a s i e n t a n , b i e n q u e
c o n diferentes palabras. C u a n t o m a s se m e d i t a s o b r e estas
m a t e r i a s , m a s se d e s c u b r e e n ellas la realizacion d e u n p r i n
 — 1 0 0 —
cipio c o n f i r m a d o p o r ta r a z o n y la e x p e r i e n c i a , d e q u e m u
c h a s v e r d a d e s n o s o n n u e v a s , s i n o p r e s e n t a d a s d e u n a m a
n e r a n u e v a ; q u e m u c h o s s i s t e m a s n o s o n n u e v o s , s i n o for
m u l a d o s d e u n a m a n e r a n u e v a .
172. L a m i s m a d u d a u n i v e r s a l d e D e s c a r t e s , c u e r d a m e n t e
e n t e n d i d a , es p r a c t i c a d a p o r t o d o filósofo; c o n lo c u a l se v e
q u e las b a s e s d e s u s i s t e m a , c o m b a t i d a s p o r m u c h o s , s o n e n
el f o n d o a d o p t a d a s p o r todos. ¿ E n q u é consiste el m é t o d o d e
D e s c a r t e s ? t o d o se r e d u c e á d o s p a s o s : 1.* Q u i e r o d u d a r d e
todo. 2.° C u a n d o q u i e r o d u d a r d e m i m i s m o n o p u e d o .
E x a m i n e m o s estos d o s p a s o s y v e r e m o s q u e c o n D e s c a r t e s
los d a t o d o filósofo.
¿ P o r q u é D e s c a r t e s q u i e r e d u d a r d e t o d o ? p o r q u e se p r o p o
n e e x a m i n a r el o r i g e n y la c e r t e z a d e s u s c o n o c i m i e n t o s ;
q u i e r e l l a m a r á e x á m e n t o d o s u s a b e r , y p o r lo m i s m o n o
p u e d e e m p e g a r s u p o n i e n d o n a d a v e r d a d e r o . Si s u p o n e algo,
y a n o e x a m i n a r á el o r i g e n y los m o t i v o s d e la c e r t e z a d e to
d o ; p u e s e x c e p t ú a a q u e l l o q u e s u p o n e v e r d a d e r o . L e es preci
s o n o s u p o n e r , c o m o tal , n a d a ; antes p o r el c o n t r a r i o s u p o
n e r q u e n o s a b e n a d a d e n a d a ; sin esto n o p u e d e d e c i r q u e
e x a m i n a los f u n d a m e n t o s d e t o d o . Ó n o h a y tal c u e s t i o n filo
sófica , q u e sin e m b a r g o se la e n c u e n t r a e n t o d o s los libros d e
filosofía , ó es n e c e s a r i o e m p l e a r el m é t o d o d e Descartes.
P e r o ¿ e n q u é consiste esta d u d a ? R a c i o n a l m e n t e h a b l a n d o
¿ p u e d e ser u n a d u d a real y v e r d a d e r a ? N ó : esto es i m p o s i b l e ,
a b s o l u t a m e n t e i m p o s i b l e . El h o m b r e p o r ser filósofo n o al
c a n z a á destruir s u n a t u r a l e z a : y la n a t u r a l e z a se o p o n e in
v e n c i b l e m e n t e á esta d u d a , t o m a d a e n el s e n t i d o riguroso.
173. ¿ Q u é es p u e s esta d u d a ? N a d a m a s q u e u n a suposi-
cion, u n a ficcion, s u p o s i c i o n y ficcion q u e h a c e m o s á c a d a p a
s o e n todas las ciencias , y q u e e n r e a l i d a d n o es m a s q ü e la
n o atencion á u n c o n v e n c i m i e n t o q u e a b r i g a m o s . Esta d u d a
s e la e m p l e a p a r a d e s c u b r i r la p r i m e r a v e r d a d e n q u e estri
b a n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ; á c u y o fin basta q u e la d u d a s e a
ficticia; n o h a y n i n g u n a n e c e s i d a d d e q u e s e a positiva; p o r
q u e es e vid ent e, q u e lo m i s m o se l o g r a d u d a n d o e f e c t i v a m e n
te d e t o d o , n o a d m i t i e n d o a b s o l u t a m e n t e n a d a , q u e d i c i e n d o :
« s i s u p o n g o q u e n o t e n g o p o r cierto n a d a , q u e n o sé n a d a ,
q u e n o a d m i t o n a d a . » U n e j e m p l o aclarará esta e x p l i c a c i o n
h a s t a la ú l t i m a evidencia. Q u i e n c o n o z c a los r u d i m e n t o s d e
 — 1 0 1 —
g e o m e t r í a s a b r á q u e e n u n triángulo al m a y o r l a d o se o p o n e
el m a y o r á n g u l o , y está a b s o l u t a m e n t e cierto d e la v e r d a d
d e l t e o r e m a ; p e r o si se p r o p o n e d a r á otro la d e m o s t r a c i o n ,
6 repetírsela á sí p r o p i o , p r e s c i n d e d e d i c h a certeza , p r o
c e d e c o m o si n o la tuviera, p a r a m a n i f e s t a r q u e se la p u e d e
f u n d a r e n algo.
E n t o d o s los estudios e j e c u t a m o s á c a d a p a s o esto m i s m o .
S o n v u l g a r e s las e x p r e s i o n e s : « e s t o es así, es e v i d e n t e ; p e r o
s u p o n g a m o s q u e n o lo s e a ; ¿ q u é r e s u l t a r á ? » t E s t a d e m o s t r a
c i o n es c o n c l u y e n t e , p e r o p r e s c i n d a m o s d e ella, s u p o n g a
m o s q u e n o la t e n e m o s ; ¿ c ó m o p o d r í a m o s d e m o s t r a r lo q u e
d e s e a m o s ? » L o s a r g u m e n t o s a d a b s u r d u m tan e n u s o e n to
d a s las ciencias , y m u y p a r t i c u l a r m e n t e e n las m a t e m á t i c a s ,
e s t r i b a n n o solo e n p r e s c i n d i r d e lo q u e c o n o c e m o s , s i n o
e n s u p o n e r u n a c o s a d i r e c t a m e n t e c o n tr a ri a á lo q u e c o n o
c e m o s . «Si la linea A , d i c e á c a d a p a s o el g e ó m e t r a , n o es
igual á la B , s e r á m a y o r ó m e n o r ; s u p o n g a m o s q u e es m a y o r :
etc. etc. » P o r m a n e r a q u e p a r a la i n v e s t i g a c i o n d e la v e r d a d
p r e s c i n d i m o s f r e c u e n t e m e n t e d e lo q u e s a b e m o s , y h a s t a
s u p o n e m o s lo c o n t r a r i o d e lo q u e s a b e m o s . A p l i q u e s e este
s i s t e m a á la i n v e s t i g a c i o n del p ri n ci p io f u n d a m e n t a l d e n u e s
tros c o n o c i m i e r ' . o s y resultará la d u d a u n i v e r s a l d e D e s c a r
t e s , e n e l ú n i ' .o s e n t i d o q u e p u e d e s e r a d m i s i b l e e n e l t r i b u r
n al d e la r a z ó n , y posible á la h u m a n a naturaleza.
E s p r o b a ' .le q u e el ilustre filósofo la e n t e n d í a e n el m i s m o
s e n t i d o , si b i e n es m e n e s t e r c o n f e s a r q u e s u s p a l a b r a s s o n
a m b i g u a s . N o se c o n c i b e q u é objeto p o d i a p r o p o n e r s e e n
e n t e n d e r l a d e diferente m o d o , s u p u e s t o q u e n o trataba d e
o t r a c o s a q, te d e a l l a n a r el c a m i n o á la i n v e s t i g a c i o n d e l a
v e r d a d . C o n s u m a n e r a d e e x p r e s a r s e di ó l u g a r á disputas,
q u e c o n alg ina m a y o r claridad se h a b r í a n evitado.
A s í c o m o T e s c a r t e s n o se e x p l i c a b a c o n la claridad sufi
ciente, s u s a d v e r s a r i o s n o le e s t r e c h a b a n q u i z á s c o n t o d a la
p r e c i s i o n y n e r v i o q u e p o d í a n . E n m i c o n c e p t o , p a r a resol
v e r la c u e s t i o n b a s t a b a dirigirle esta p r e g u n t a : « ¿ E n t e n d e i s
q u e al c o m e n z a r las i n v e s t i g a c i o n e s filosóficas, h a y a d e h a
b e r u n m o m e n t o e n q u e real y efectivamente d u d e m o s d e to
d o ; ó j u z g a i s b a s t a n t e el prescindir d e la certeza, s u p o n i e n
d o q u e n o la t e n e m o s , c o m o se h a c e c o ¿ f ^ a c u é i i c i a e n to
d o s los e s t u d i o s ? »
 - 1 0 2 —
174. D e s c a r t e s se e n c o n t r ó e n el c a s o de- t o d o s los refor
m a d o r e s . E s t á n d o m i n a d o s d e u n a idea; y la e x p r e s a n t a n
f u e r t e m e n t e , q u e al p a r e c e r n o c o n s i e n t e n otra á s u lado.
T o d o e n s u l e n g u a j e es a b s o l u t o , exclusivo. P r e v e n la l u c h a
q u e h a b r á n d e s o s t e n e r , q u i z á s la e x p e r i m e n t a n y a ; y asi
c o n c e n t r a n t o d a s u f u e r z a e n la idea c u y o triunfo se p r o p o
n e n , y l l e g a n á p e r d e r d e vista t o d o lo q u e n o es ella. N o s e
p u e d e inferir q u e el r e f o r m a d o r n o t e n g a otras q u e m o d i f i
q u e n n o t a b l e m e n t e la principal ; m a s p a r a h a c e r frente á s u s
a d v e r s a r i o s q u e le d i c e n : « e s t o es a b s o l u t a m e n t e falso,» él
d i c e : « e s t o es v e r d a d e r o a b s o l u t a m e n t e . » L a historia y la
e x p e r i e n c i a n o s p r e s e n t a n i n n u m e r a b l e s e j e m p l o s d e estas
e x a g e r a c i o n e s .
L a i d e a d o m i n a n t e d e D e s c a r t e s e r a a r r u i n a r la filosofía
q u e á la s a z o n r e i n a b a e n las e s c u e l a s ; y d a b a el i m p u l s o
t a n fuerte q u e h a c i a t e m b l a r el m u n d o . V é a s e c ó m o e x p r e s a
b a s u d e s d e n p a r a c o n m u c h o s q u e se ap e ll i da n filósofos. « L a
e x p e r i e n c i a e n s e ñ a , q u e los q u e h a c e n p r o f e s i o n d e filóso
fos, s o n f r e c u e n t e m e n t e m e n o s s a bi o s y r a z o n a b l e s q u e otros
q u e n o se h a n a p l i c a d o n u n c a á este e s tu d i o. » (Prefacio d e
los Principios d e filosofía.)
175. L a s e g u n d a parte del m é t o d o d e D e s c a r t e s , consiste
e n t o m a r el p e n s a m i e n t o p r o p i o p o r p u n t o d e partida , esta
b l e c i e n d o q u e al esforzarse el h o m b r e p o r d u d a r d e todo,
e n c u e n t r a u n límite e n la c o n c i e n c i a d e s u p e n s a m i e n t o , d e
s u existencia. E s e v i d e n t e , q u e este es el f e n ó m e n o q u e n a
t u r a l m e n t e resta i n m ó v i l e n la m e n t e del o b s e r v a d o r , d e s
p u e s d e h a b e r p r o c u r a d o d u d a r d e todo. Al m e n o s n o p o d r á
d u d a r d e q u e d u d a ; y p o r c o n s i g u i e n t e d e s u p e n s a m i e n t o ;
s i e n d o d e n o t a r q u e este es u n a r g u m e n t o q u e se h a h e c h o
s i e m p r e á los escépticos, lo q u e eq u iv a l ía á e m p l e a r el m é
t o d o d e D e s c a r t e s ; esto es, á c o n s i g n a r c o m o u n f e n ó m e n o
i n n e g a b l e u n a certeza s u p e r i o r á todas las e x t r a v a g a n c i a s :
la c o n c i e n c i a d e sí m i s m o .
C u a n d o D e s c a r t e s d e c i a « y o p i e n s o » e n t e n d i a p o r esta p a
l a b r a t o d o acto i n t e r n o , t o d o f e n ó m e n o p r e s e n t e al a l m a in
m e d i a t a m e n t e ; n o h a b l a b a del p e n s a m i e n t o t o m a d o e n u n
s e n t i d o p u r a m e n t e intelectual, s i n o q u e c o m p r e n d i a t o d o a q u e -
11o d e q u e t e n e m o s c o n c i e n c i a i n m e d i a t a . « P o r la p a l a b r a
p e n s a r , dice, e n t i e n d o t o d o a q u e l l o q u e se h a c e e n nosotros,
 — 1 0 3 —
d e tal suerte, q u e lo p e r c i b i m o s i n m e d i a t a m e n t e p o r n o s o t r o s
m i s m o s ; así es q u e a q u í el p e n s a r n o significa tan solo e n
t e n d e r , q u e r e r , i m a g i n a r , s i n o t a m b i e n sentir. P o r q u e si di
g o q u e v e o ó q u e a n d o , y d e a h i infiero q u e existo, si e n
t i e n d o h a b l a r d e la a c c i o n q u e se h a c e c o n m i s ojos ó m i s
p i e r n a s , esta c o n c l u s i o n n o es tan infalible, q u e n o o f r e z c a
a l g u n m o t i v o d e d u d a , y a q u e p u e d e s u c e d e r q u e y o c r e a v e r
6 a n d a r sin q u e a b r a los ojos , ni m e m u e v a d e m i sitio ; p u e s
<jue esto m e a c o n t e c e c u a n d o d u e r m o , y q u i z á s p o d r i a a c o n
t e c e r lo m i s m o si y o n o t u v i e s e c u e r p o ; p e r o si e n t i e n d o h a
b l a r ú n i c a m e n t e d e la a c c i o n d e m i p e n s a m i e n t o ó del s e n
t i m i e n t o , es decir, del c o n o c i m i e n t o q u e h a y e n m í , p o r el
,cual m e p a r e c e q u e v e o ó a n d o , esta c o n c l u s i o n es v e r d a d e r a
t a n a b s o l u t a m e n t e q u e n o m e es posible d u d a r d e ella, á c a u
s a d e q u e se refiere al a l m a , ú n i c a q u e tiene la facultad d e
sentir ó b i e n d e p e n s a r , d e c u a l q u i e r m o d o q u e esto sea.»
,(Principios d e filosofía, 1." parte, § 9 )
176. Este pasaje manifiesta b i e n claro las ideas d e D e s c a r
tes: lo a r r u i n a b a t o d o c o n la d u d a , p e r o h a b i a u n a c o s a q u e
resistía á t o d o s los e s f u e r z o s : la c o n c i e n c i a d e si m i s m o . Y
esta c o n c i e n c i a la t o m a b a él c o m o p u n t o d e a p o y o , s o b r e el
c u a l y c o n t o d a certeza, p u d i e r a levantar d e n u e v o el edificio
d e las ciencias. L o c k e y C o n d i l l a c n o h a n h e c h o otra c o s a : h a n
s e g u i d o u n c a m i n o m u y diferente del d e D e s c a r t e s ; p e r o e
p u n t o d e partida h a sido el m i s m o . O i g a m o s á L o c k e . « E n
p r i m e r l u g a r e x a m i n a r é cuál es el o r i g e n d e las ideas, n o c i o
n e s , ó c o m o se las q u i e r a l l a m a r , q u e el h o m b r e p e r c i b e e n
s u a l m a , y q u e s u propio sentimiento le h a c e d e s c u b r i r e n ella.»
< E n s a y o s o b r e el e n t e n d i m i e n t o h u m a n o Prólogo.) « P u e s q u e
el espíritu n o tiene otro objeto d e s u s p e n s a m i e n t o s y r a c i o
c i n i o s q u e s u s p r o p i a s i d e a s , las c u a l e s s o n la ú n i c a c o s a
q u e él c o n t e m p l a ó q u e p u e d e c o n t e m p l a r , es e v i d e n t e q u e
n u e s t r o c o n o c i m i e n t o se f u n d a todo entero s o b r e n u e s t r a s
i d e a s . » (Ibid. lib. 4, cap. 1.) « S e a q u e n o s r e m o n t e m o s h a s t a
los cielos p o r h a b l a r m e t a f ó r i c a m e n t e , d i c e C o n d i l l a c , s e a
q u e d e s c e n d a m o s á los a b i s m o s , n o s a l i m o s d e n o s o t r o s , y
j a m á s p e r c i b i m o s otra c o s a q u e n u e s t r o p r o p i o p e n s a m i e n t o . »
< E n s a y o s o b r e el o r i g e n d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s . C a p í
t u l o t.)
177. T o d o s los trabajos ideológicos c o m i e n z a n p u e s p o r la
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c o n s i g n a c i o n del h e c h o d e la c o n c i e n c i a d e n u e s t r a s id e as ; y
n o p u e d e ser d e otro m o d o c o n r e s p e c t o á s u certeza. El h o m
b r e al trastornarlo todo, al a r r u i n a r l o t o d o , al a n o n a d a r l o -
t o d o , se e n c u e n t r a c o n s i g o m i s m o , q u e es q u i e n trastorna,
a r r u i n a y a n o n a d a . C u a n d o h a y a l l e g a d o á d u d a r d e la e x i s
te n c ia d e D i o s , del m u n d o , d e s u s s e m e j a n t e s , d e s u c u e r p o ,
e n m e d i o d e a q u e l l a i n m e n s a s o l e d a d s e e n c u e n t r a t o d a v í a á.
sí m i s m o . El e s f u e r z o p o r a n o n a d a r s e á s u s p r o p i o s ojos, solo-
sirve p a r a h a c e r l e m a s visible: es u n a s o m b r a q u e n o m u e r e ,
c o n n i n g u n g o l p e , y q u e p o r c a d a h e r i d a q u e se le a b r e d e s
p i d e n u e v o s torrentes d e luz. Si d u d a q u e siente, siente al
m e n o s q u e d u d a ; si d u d a d e esta d u d a , siente q u e d u d a d e la
m i s m a d u d a ; p o r m a n e r a q u e e n d u d a n d o d e los actos d i r e c
tos e n t r a e n u n a série i n t e r m i n a b l e d e actos reflejos q u e s e
e n c a d e n a n p o r n e c e s i d a d u n o s c o n otros, y se d e s e n v u e l v e n &
la vista interior c o m o los p l i e g u e s d e u n lienzo sin fin (XVIII).

C A P Í T U L O X I X .

L o q u e rale el principio : j o pienso. S u análisis.

178. El pri nci pi o d e D e s c a r t e s c o n s i d e r a d o c o m o u n e n -

t i m e m a , y a h e m o s visto q u e n o p u e d e a s p i r a r al título de-
f u n d a m e n t a l . E n t o d o raciocinio h a y p r e m i s a s y c o n s e c u e n
cia, y p a r a q u e s e a c o n c l u y e n t e s o n n e c e s a r i a s la v e r d a d de-
las p r i m e r a s y la l e g i t i m i d a d d e la s e g u n d a . D e c i r q u e u n
raciocinio p u e d e ser p ri nc i pi o f u n d a m e n t a l , es u n a c o n t r a
d i c c i o n manifiesta.
P e r o si t o m a m o s el principio d e D e s c a r t e s e n el sentido-
e x p l i c a d o a n t e r i o r m e n t e , e s t o e s , n o c o m o u n r a c i o c i n i o si
n o c o m o la c o n s i g n a c i o n d e u n h e c h o , la c o n t r a d i c c i o n c e
sa; y es cuestion d i g n a d e e x a m i n a r s e la d e si m e r e c e ó n o
el título d e p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l y d e q u é m a n e r a . E n Ios-
capítulos anteriores se h a e s c l a r e c i d o y a e n parte esta m a t e
ria, p e r o n o h a s t a tal p u n t o q u e se la p u e d a d a r p o r suficien
t e m e n t e d i l u c i d a d a : m a s b i e n se h a n p r e s e n t a d o r e f l e x i o n e s
p r e l i m i n a r e s p a r a aclarar el e s t a d o d e la c u e s t i o n q u e n o s e
la h a resuelto c u m p l i d a m e n t e .
 1 0 5 —
179. L a p r o p o s i c i o n « y o p i e n s o » n o e x p r e s a , c o m o se h a
n o t a d o y a , el solo p e n s a m i e n t o p r o p i a m e n t e d i c h o ; a b r a z a
los a c t o s d e la v o l u n t a d , los s e n t i m i e n t o s , las s e n s a c i o n e s ^
los actos é i m p r e s i o n e s d e todas clases q u e s e realizan e n
n u e s t r o interior, c o m p r e n d e t o d o s los f e n ó m e n o s q u e p r e
s e n t e s á n u e s t r o espíritu c o n p r e s e n c i a i n m e d i a t a , n o s s o n
a t e s t i g u a d o s p o r el s e n t i d o í n t i m o ó p o r la c o n c i e n c i a .
N a d a q u e distinga e n t r e las varias clases d e actos ó i m
p r e s i o n e s p u e d e s e r v i r n o s d e p ri n ci p io f u n d a m e n t a l ; la dis
t i n c i o n s u p o n e el análisis, y el análisis n o existe sin refle
x i o n . N o se reflexiona sin reglas y sin objeto c o n o c i d o s y a :
p o r c o n s i g u i e n t e a d m i t i r clasificaciones e n el p r i m e r pr in ci
pio, es d e s p o j a r l e d e s u carácter, es c o n t r a d e c i r s e . '
180. C o n v i e n e n o c o n f u n d i r lo e x p r e s a d o p o r la p r o p o s i
c i o n « y o p i e n s o » c o n la p r o p o s i c i o n m i s m a ; el f o n d o y la
f o r m a s o n a q u í c o s a s m u y diferentes, p u d i e n d o la n a t u r a l e
z a d e esta h a c e r c o n c e b i r ideas e q u i v o c a d a s s o b r e a qu el . E l
f o n d o es u n h e c h o s i m p l i c í s i m o ; la f o r m a es u n a c o m b i n a
c i o n lógica q u e e n c i e r r a e l e m e n t o s m u y h e t e r o g é n e o s . E s t o
n e c e s i t a e x p l i c a c i o n .
El h e c h o d e c o n c i e n c i a c o n s i d e r a d o e n s i m i s m o , p r e s c i n d e
d e r e l a c i o n e s , n o es n a d a m a s q u e él m i s m o , n o c o n d u c e á
n a d a m a s q u e á sí m i s m o , e s la p r e s e n c i a de l acto ó d e la
i m p r e s i o n , ó m a s b i e n es el a c t o m i s m o , la i m p r e s i o n m i s
m a , q u e están p r e s e n t e s al espíritu. N a d a d e c o m b i n a c i o n d e
i d e a s , n a d a d e análisis d e c o n c e p t o s ; c u a n d o se llega á esto
ú l t i m o , s e sale d e l t e r r e n o d e la c o n c i e n c i a p u r a y se e n t r a
e n las r e g i o n e s objetivas d e la a c t i v i d a d intelectual. P e r o c o
m o el l e n g u a j e es p a r a e x p r e s a r los p r o d u c t o s d e e s a activi
d a d ; c o m o n o está v a c i a d o , p o r decirlo asi, e n el m o l d e d e
la c o n c i e n c i a p u r a s i n o e n el del e n t e n d i m i e n t o , n o s es i m
p o s i b l e h a b l a r sin a l g u n a c o m b i n a c i o n lógica ó ideal. Si q u i
s i é r a m o s e n c o n t r a r u n a e x p r e s i o n d e la c o n c i e n c i a p u r a sin
m e z c l a d e e l e m e n t o s intelectuales, d e b e r í a m o s b u s c a r l a , n o
e n el l e n g u a j e , s i n o e n el s i g n o n a t u r a l d el d o l o r ó d e la ale
g r í a ó d e u n a p a s i o n c u a l q u i e r a ; solo e n este c a s o se e x p r e
s a c o n e s p o n t a n e i d a d y sin c o m b i n a c i o n e s d e e l e m e n t o s aje
n o s , q u e p a s a a l g o e n n u e s t r o espíritu, q u e t e n e m o s c o n
c i e n c i a d e a l g u n a cosa; p e r o d e s d e el m o m e n t o e n q u e h a -
h l a m o s , e x p r e s a m o s a l g o m a s q u e la c o n c i e n c i a p u r a ; el
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v e r b o e x t e r n o i n d i c a el interno, p r o d u c t o d e la a c t i v i d a d
in telectual, c o n c e p t o d e ella, q u e e n v u e l v e y a u n sujeto y u n
ob jeto, y q u e p o r tanto se halla y a e n u n a r e g i o n m u y s u p e
ri or á la d e la c o n c i e n c i a p u r a .
181. P a r a d e m o s t r a r la v e r d a d d e lo q u e a c a b o d e decir,
e x a m i n e m o s la e x p r e s i o n « y o p i e n s o . » Esta es u n a v e r d a d e
r a p r o p o s i c i o n q u e sin alterarse e n lo m a s m í n i m o , p u e d e
p r e s e n t a r s e b a j o u n a f o r m a r i g u r o s a m e n t e lógica: « y o s o y
p e n s a n t e . » A q u í e n c o n t r a m o s sujeto , p r e d i c a d o y c ó p u l a . El
sujeto es el yo. es dec ir, q u e n o s h a l l a m o s y a c o n la i d e a d e
u n ser, sujeto d e actos é i m p r e s i o n e s , p o s e s o r d e u n a acti
v i d a d significada e n el p r e d i c a d o ; e s e y o . p u e s , se n o s ofre
c e c o m o a l g o m u y s u p e r i o r al ó r d e n d e la c o n c i e n c i a p u r a ,
e s n a d a m e n o s q u e la i d e a d e sustancia. A n a l i c e m o s m a s d e
t e n i d a m e n t e lo q u e e n él se encierra.
T e n e m o s e n p r i m e r l u g a r la u n i d a d d e c o n c i e n c i a ; el yo
c a r e c e d e sentido, si n o significa a l g o q u e es u n o é idéntico,
á p e s a r d e la p l u r a l i d a d y d i v e r s i d a d q u e e n él se realizan. L a
u n i d a d e x p e r i m e n t a l d e c o n c i e n c i a trae c o n s i g o p o r c o n s e
c u e n c i a p r e c i s a la u n i d a d del ser q u e la e x p e r i m e n t a . E s t e ser
e s el sujeto e n q u e se realizan las v a r i a c i o n e s , sin lo c u a l n o
s e p o d r í a decir: yo. T e n e m o s , p u e s , q u e e n u n a e x p r e s i o n
t a n s i m p l e están e n v u e l t a s las ideas d e u n i d a d y d e s u rela
c i o n á la p l u r a l i d a d , d e sustancia, y d e s u r e l a c i o n á los a c
c i d e n t e s ; es decir, q u e la i d e a del yo. b i e n q u e e x p r e s i v a d e
u n a u n i d a d s i m p l i c í s i m a , es c o m p u e s t a bajo el a s p e c t o lógico,
e n c e r r a n d o varias c o s a s del ó r d e n ideal, y q u e n o se h a ll an
e n la c o n c i e n c i a p u r a . L a i d e a del y o p r o p i a m e n t e dicha,
a u n q u e c o m u n e n cierto m o d o á t o d o s los h o m b r e s , es e n
sí m i s m a a l t a m e n t e filosófica, p o r e n c e r r a r u n a c o m b i n a c i o n
d e e l e m e n t o s q u e p e r t e n e c e n al ó r d e n intelectual p u r o .
182. El p r e d i c a d o pensante es la e x p r e s i o n d e u n a i d e a g e
neral, c o m p r e n s i v a , n o solo d e t o d o p e n s a m i e n t o , sino t a m
b i e n d e t o d o f e n ó m e n o q u e afecta i n m e d i a t a m e n t e al espíri
tu. Estos f e n ó m e n o s c o n s i d e r a d o s e n lo q u e t i e n e n d e c o
m u n , bajo la i d e a g e n e r a l d e p r e s e n t e s al espíritu, v i e n e n
significados e n la p a l a b r a pensante.
L a relacion del p r e d i c a d o c o n el sujeto, ó la c o n v e n i e n c i a
d e pensante al yo, e x p r e s a t a m b i e n u n análisis d i g n o d e a t e n
cion. P o r el p r o n t o se e c h a d e v e r u n a d e s c o m p o s i c i o n del
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c o n c e p t o d e l y o e n d o s i d e a s : la d e sujeto d e va r ia s m o d i f i
c a c i o n e s , y la d e p e n s a n t e ; sin esto la p r o p o s i c i o n c a r e c e d e
s e n t i d o , ó m e j o r , s u e x p r e s i o n se h a c e i m p o s i b l e . L a i d e a d e
s u je t o e n v u e l v e las d e u n i d a d y d e s u s t a n c i a ; y la d e p e n
s a n t e e n c i e r r a la d e actividad ó b i e n la d e p a s i v i d a d ( p e r m í
t a s e m e la e x p r e s i o n ) a c o m p a ñ a d a d e c o n c i e n c i a .
183. P a r a q u e la p r o p o s i c i o n s e a posible, es p r e c i s o s u
p o n e r q u e la d e s c o m p o s i c i o n d e las i d e a s h a c o m e n z a d o e n
a l g u n p u n t o : es d e c i r , q u e ó e n la del yo h e m o s e n c o n t r a d o
la d e pensante, ó e n esta ú l t i m a la del yo. C o l o c á n d o n o s e n el
y o , p r e s c i n d i e n d o d e pensante, n o s e n c o n t r a m o s c o n la i d e a
d e sujeto ó d e s u s t a n c i a e n g e n e r a l , d o n d e p o r m a s q u e c a
v i l e m o s n o a l c a n z a r e m o s á d e s c u b r i r la d e pensante. El y o e n
si n o se n o s m a n i f i e s t a , le c o n o c e m o s p o r el p e n s a m i e n t o , y
p o r tanto e n este d e b e m o s fijar el p u n t o d e p a r t i d a , y n o e n
a q u e l ; d e lo q u e se infiere q u e e n d i c h a p r o p o s i c i o n , lo pri
m i t i v a m e n t e c o n o c i d o , es m a s b i e n el p r e d i c a d o q u e el s u
j e t o ; y q u e d e los d o s c o n c e p t o s , el d el sujeto tiene m a s b i e n
el c a r á c t e r d e c o n t e n i d o q u e el d e c o n t i n e n t e .
E n efecto : el y o n a c e , d i g á m o s l o así , p a r a sí m i s m o , c o n
la p r e s e n c i a d el p e n s a m i e n t o ; si la actividad intelectual s e
c o n c e n t r a p a r a b u s c a r s u p r i m e r a p o y o , se e n c u e n t r a n o c o n
el y o p u r o , s i n o c o n s u s actos ; es d e ci r , c o n s u p e n s a m i e n
to. Este ú l t i m o es p o r c o n s i g u i e n t e el objeto p r i m i t i v o d e la
a c t i v i d a d intelectual reflexiva ; este es s u p r i m e r e l e m e n t o d e
c o m b i n a c i o n , s u p r i m e r d a t o p a r a la r e s o l u c i o n del p r o b l e
m a . F i j a n d o la vista e n este e l e m e n t o , d e s c u b r e u n a u n i d a d
e n m e d i o d e la p l u r a l i d a d , d e s c u b r e u n s e r q u e c o n t i n ú a el
m i s m o e n m e d i o del flujo y reflujo d e los f e n ó m e n o s d e la
c o n c i e n c i a : esta i d e n t i d a d se la atestigua d e u n a m a n e r a ir
resistible la c o n c i e n c i a m i s m a . L a i d e a del yo p u e s está sa
c a d a del p e n s a m i e n t o , y p o r c o n s i g u i e n t e m a s b i e n n a c e el
sujeto del p r e d i c a d o q u e n o el p r e d i c a d o del sujeto.
184. El p e n s a m i e n t o d e d o n d e se s a c a la i d e a del y o, n o
e s el p e n s a m i e n t o e n g e n e r a l , s i n o realizado, existente e n
n o s o t r o s m i s m o s . P e r o esta r e a l i d a d es i n f e c u n d a , si n o s e
o f r e c e al espíritu b a j o u n a i d e a g e n e r a l ; p o r q u e es e v i d e n t e
q u e el y o n o sale d e u n a c t o solo, p u e s q u e es la u n i d a d s u
j e t o d e la pluralidad. P a r a llegar á la i d e a del y o n e c e s i t a m o s
la u n i d a d d e c o n c i e n c i a , y esta n o la c o n o c e m o s s i n o e n
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c u a n t o la t e n e m o s e x p e r i m e n t a d a , es d e ci r , e n c u a n t o p e r
c i b i m o s la relacion d e lo u n o á lo m ú l t i p l o , d e u n sujeto a
s u s m o d i f i c a c i o n e s . :
T a n t a e l a b o r a c i o n es n e c e s a r i a p a r a p r o d u c i r u n a e x p r e
s i o n tan sencilla c o m o « y o p i e n s o ;» p o r d o n d e se e c h a d e v e r
c o n c u á n t a r a z o n h e d i s t i n g u i d o e n t r e e l f o n d o y l a f o r m a , y.
c u á n i n c o n s i d e r a d a m e n t e p r o c e d e n los q u e c o n f u n d e n c o s a s
t a n diversas. Así, y p o r falta del d e b i d o análisis, se d a n e n
la filosofía saltos i n m e n s o s p a s a n d o d e u n o r d e n á otro, c o n
f u n d i e n d o las ideas y e m b r o l l a n d o las cuestiones.
185. P a r a dilucidar c o m p l e t a m e n t e la m a t e r i a e x a m i n a r é
las r e l a c i o n e s d e la existencia c o n el p e n s a m i e n t o ; e x á m e n
q u e s e r á m u y fácil t e n i e n d o p r e s e n t e s las o b s e r v a c i o n e s a n
teriores.
E s cierto q u e c o n c e b i m o s la e x i s t e n c i a anterior al p e n s a
m i e n t o : n a d a p u e d e p e n s a r sin existir, la existencia es p a r a
el p e n s a m i e n t o u n a c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e ; p e n s a r y n o
existir, es u n a c o n t r a d i c c i o n manifiesta. P e r o lo q u e se ofre
c e p r i m i t i v a m e n t e á n u e s t r o espíritu, n o es la e x i s t e n c i a si
n o el p e n s a m i e n t o ; y este n o e n abstracto , s i n o d e t e r m i n a
d o , e x p e r i m e n t a l , e m p í r i c o c o m o se d i c e a h o r a . L a i d e a d e
e x i s t e n c i a es g e n e r a l , c o m p r e n d e á t o d o ser, y la c o n c i e n c i a
n o p u e d e c o m e n z a r p o r ella; o r a l l e g u e m o s á esta i d e a p o r
a b s t r a c c i o n , o r a s e a u n a f o r m a p r e e x i s t e n t e e n n u e s t r o es
píritu , n o es lo p r i m e r o q u e se n o s o c u r r e ; ó p a r a h a b l a r c o n
m a s e x a c t i t u d , n o es el ú l t i m o p u n t o q u e e n c o n t r a m o s al s e
g u i r c o n m o v i m i e n t o r e t r ó g r a d o el hilo d e n u e s t r o s c o n o c i
m i e n t o s p a r a d e s c u b r i r s u p u n t o d e partida. Este es la c o n
c i e n c i a , q u e d e s p u e s d e objetivada, y h a b i e n d o s u f r i d o el
análisis del c o n c e p t o q u e ofrece, n o s p r e s e n t a la i d e a d e exis
t en c i a c o m o c o n t e n i d o e n ella.
S e infiere d e esto, q u e el luego existo, n o es r i g u r o s a m e n t e
h a b l a n d o u n a c o n s e c u e n c i a del « y o p i e n s o , » s i n o la i n t u i c i o n
d e la i d e a d e existencia e n la d e p e n s a m i e n t o . H a y a q u í d o s
p r o p o s i c i o n e s per se notas c o m o d i c e n los escolásticos; u n a g e
n e r a l : «lo p e n s a n t e es existente ; » otra particular : « y o p e n
s a n t e , s o y existente.» L a p r i m e r a p e r t e n e c e al o r d e n p u r a
m e n t e ideal, es d e e v i d e n c i a intrínseca, i n d e p e n d i e n t e m e n t e
d e t o d a c o n c i e n c i a particular: la s e g u n d a participa d e los d o s
ó r d e n e s ; real é ideal; real , e n c u a n t o e n c i e r r a el h e c h o p a r
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ticular d e la c o n c i e n c i a ; ideal, e n c u a n t o i n c l u y e u n a c o m
b i n a c i o n d e la i d e a g e n e r a l d e la existencia c o n el h e c h o
particular; p u e s solo asi es c o n c e b i b l e la u n i o n del p r e d i c a
d o c o n el sujeto.
186. A h o r a s e r á s u m a m e n t e fácil r e s o l v e r t o d a s las c u e s
t io n e s q u e se a g i t a n e n las escuelas.
P r i m e r a cuestion. « ¿ El p r i n c i p i o « y o p i e n s o » d e p e n d e d e
o t r o ? D e b e r e s p o n d e r s e c o n distincion: si se e n t i e n d e p o r
este p r i n c i p i o el s i m p l e h e c h o d e la c o n c i e n c i a , es e v i d e n t e
q u e no. P a r a n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , n o h a y n a d a anterior á
n o s o t r o s ; t o d o lo q u e c o n o c e m o s , e n c u a n t o c o n o c i d o p o r
n o s o t r o s , s u p o n e n u e s t r a c o n c i e n c i a ; si la s u p r i m i m o s , lo
d e s t r u i m o s t o d o ; y si e n s a y a m o s el destruirlo t o d o , ella
p e r m a n e c e indestructible: n o d e p e n d e p u e s d e n a d a , n o
p r e s u p o n e n a d a .
Si p o r el p r i n c i p i o « y o p i e n s o » se e n t i e n d e u n a p r o p o s i
c i o n , e n tal c a s o n o p u e d e h a b e r d i m a n a d o s i n o d e u n r a c i o
cinio , ó m a s b i e n d e u n análisis : y así n o p u e d e se r el p r i n
cipio f u n d a m e n t a l d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s .
187. S e g u n d a cuestion. F a l t a n d o los d e m á s principios,
¿falta t a m b i e n el p r e s e n t e ? A p l i q u e s e la m i s m a distincion:
c o m o s i m p l e h e c h o , n ó ; c o m o p r o p o s i c i o n , sí N i é g u e s é to
d o , i n c l u s o el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , la c o n c i e n c i a
subsiste. P e r o n e g a d o el principio d e c o n t r a d i c c i o n , q u e d a
d e s t r u i d a t o d a p r o p o s i c i o n ; t o d a c o m b i n a c i o n es a b s u r d a ;
el análisis, la r e l a c i o n del p r e d i c a d o c o n el sujeto, s o n pala
b r a s v a c i a s d e s e n t i d o
188. T e r c e r a cuestion. A d m i t i d o el p r i n c i p i o « y o p i e n s o , »
¿ p u e d e ser c o n d u c i d o á la v e r d a d , al m e n o s i n d i r e c t a m e n t e ,
q u i e n n i e g u e los d e m á s ? E s m e n e s t e r distinguir: ó se trata
d e r e d u c i r l e p o r r a c i o c i n i o ó p o r o b s e r v a c i o n ; es decir, ó se
le q u i e r e c o m b a t i r c o n a r g u m e n t o s ó se trata d e l l a m a r l e la
a t e n c i o n s o b r e sí p r o p i o , c o m o se h a c e c o n u n h o m b r e dis
traído ó c o n u n o q u e p a d e c e e n a j e n a c i o n m e n t a l . L o s e g u n d o
s e p u e d e h a c e r ; lo p r i m e r o nó. Q u i e n n i e g a todos los princi
pios i n c l u s o el d e c o n t r a d i c c i o n , h a c e i m p o s i b l e t o d o r a c i o
cinio; e n v a n o p u e s se d i s c u r r e c o n t r a él. E n s a y é m o s l o .
T ú p i e n s a s , se le dirá; al m e n o s asi lo a f i r m a s c u a n d o a d
m i t e s el p r i n c i p i o « y o pienso. »
E s v e r d a d .
 — 1 1 0 —
L u e g o d e b e s a d m i t i r t a m b i e n el p r in c i pi o d e c o n t r a d i c c i o n .
¿ P o r q u é ?
P o r q u e d e otro m o d o p o d r í a s p e n s a r y n o p e n s a r á u n
m i s m o t i e m p o .
N o h a y i n c o n v e n i e n t e .
P e r o e n t o n c e s d e s t r u y e s tu p e n s a m i e n t o .
¿ P o r q u é ?
¿ P i e n s a s ? ¿ n o es v e r d a d ?
Cierto.
S e g u n tú m i s i n o , es posible q u e n o p i e n s e s al m i s m o t i e m p o .
E s t a m o s c o n f o r m e s .
L u e g o d e s t r u y e s tu p e n s a m i e n t o : p o r q u e c u a n d o n o p i e n
sas se d e s t r u y e el « y o p i e n s o ; » y c o m o t o d o esto es s i m u l
t á n e o , resulta q u e d e s t r u y e s tu p r o p i o p e n s a m i e n t o .
N a d a d e e s o : lo q u e h a y e n el a r g u m e n t o q u e se m e obje
ta e s q u e se s u p o n e v e r d a d e r o lo q u e y o n i e g o ; i n c u r r i é n -
d o s e e n el s o f i s m a q u e los dialécticos l l a m a n peticion d e
principio. E n efecto, p o r lo m i s m o q u e n i e g o el p r i n c i p i o d e
c o n t r a d i c c i o n , n o a d m i t o q u e el n o se r d e s t r u y a al ser, ni
el ser al n o ser; y p o r c o n s i g u i e n t e , q u e el n o p i e n s o p u e d a
destruir el y o p i e n s o . C u a n d o se m e a r g u y e e n este sentido,
s e s u p o n e lo m i s m o q u e se b u s c a ; se m e a t a c a p o r pri nci
pios q u e y o n o r e c o n o z c o . E n v u e s t r o s i s t e m a e n q u e el ser
d e s t r u y e al n o ser y v i c e - v e r s a , es cierto q u e el p e n s a r y el
n o p e n s a r s o n i n c o m p a t i b l e s ; p e r o e n m i s principios el c a s o
es m u y sencillo; c o m o s e g u n ellos n o es i m p o s i b l e q u e u n a
c o s a s e a y n o s e a á u n m i s m o t i e m p o , c u a n d o n o p i e n s o n o
d e j o d e p e n s a r .
Este l e n g u a j e es a b s u r d o , p e r o c o n s e c u e n t e ; n e g a d o el
principio, la d e d u c c i o n es n e c e s a r i a ; y si se le r e p l i c a q u e
e n tal c a s o n o p u e d e ni h a c e r el r a c i o c i n i o q u e se a c a b a d e
oir, p o d r á él c o n t e s t a r , q u e t a m p o c o p u e d e n r a c i o c i n a r los
a d v e r s a r i o s ; ó q u e si se q u i e r e , n o halla i n c o n v e n i e n t e e n
q u e se r a c i o c i n e y n o se raciocine.
N o h a y otro m e d i o d e r e d u c i r á u n h o m b r e e x t r a v i a d o d e
esta m a n e r a q u e el d e la o b s e r v a c i o n ; se h a salido d e la ra
z o n y p o r tanto es i m p o s i b l e volverle á ella p o r m e d i o d e
ella m i s m a . L a s o b s e r v a c i o n e s q u e se le d i r i g e n h a n d e s e r
m a s b i e n u n l l a m a m i e n t o , u n a e s p e c i e d e grito p a r a d e s p e r
tar la r a z o n , q u e n ó u n a c o m b i n a c i o n p a r a reconstruirla ; es
 — 1 1 1 —
u n h o m b r e d o r m i d o ó d e s v a n e c i d o á q u i e n se l l a m a y se t o c a
p a r a volverle e n sí, n ó u n a d v e r s a r i o c o n q u i e n se d i s p u
ta ( X I X ) .

C A P Í T U L O X X .

Verdadero sentido del principio de contradiccion. Opinion de Kant.

189. A n t e s d e e x a m i n a r el v a l o r del p r in c ip i o d e c o n t r a
diccion c o m o p u n t o d e a p o y o d e t o d o c o n o c i m i e n t o , s e r á b i e n
fijar c o n e x a c t i t u d s u v e r d a d e r o s e n t i d o . E s t o m e o b l i g a á e n
trar e n a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e u n a o p i n i o n d e K a n t
m a n i f e s t a d a e n s u Critica de la r a z o n p u r a , á p r o p ó s i t o d e la
f o r m a c o n q u e el pr in cip i o d e c o n t r a d i c c i o n h a sido e n u n c i a
d o hasta el p r e s e n t e e n t o d a s las e s c u e l a s filosóficas. C o n v i e
n e el m e t a f i s i c o a l e m a n e n q u e s e a cual f u e r e la m a t e r i a d e
n u e s t r o c o n o c i m i e n t o y d e c u a l q u i e r m o d o q u e se le refiera
el objeto , es c o n d i c i o n g e n e r a l a u n q u e p u r a m e n t e n e g a t i v a ,
d e todos n u e s t r o s juicios, el q u e n o se c o n t r a d i g a n m u t u a
m e n t e ; d e otro m o d o , a u n sin ó r d e n al objeto , n o s o n n a d a
e n sí m i s m o s . A s e n t a d a esta d o c t r i n a a d v i e r t e q u e se l l a m a
principio d e c o n t r a d i c c i o n el siguiente: « u n p r e d i c a d o q u e
r e p u g n a á u n a c o s a n o le c o n v i e n e ,» o b s e r v a n d o e n s e g u i d a
q u e este es u n criterio u n i v e r s a l d e t o d a v e r d a d , a u n q u e p u
r a m e n t e n e g a t i v o ; m a s q u e p o r lo m i s m o p e r t e n e c e e x c l u s i
v a m e n t e á la lógica , p u e s q u e vale p a r a los c o n o c i m i e n t o s
p u r a m e n t e c o m o c o n o c i m i e n t o s e n g e n e r a l , sin r e l a c i o n á s u
objeto, y d e c l a r a q u e la c o n t r a d i c c i o n los h a c e d e s a p a r e c e r
c o m p l e t a m e n t e . « H a y sin e m b a r g o , c o n t i n ú a , u n a f ó r m u l a
d e este c é l e b r e p rin ci pio p u r a m e n t e f o r m a l y d e s p r o v i s t o d e
c o n t e n i d o , f ó r m u l a q u e e n c i e r r a u n a síntesis c o n f u n d i d a m a l
á p r o p ó s i t o c o n el p r i n c i p i o m i s m o , y sin la m e n o r n e c e s i
dad. H é l a a q u í : es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o s e a á m
m i s m o tiempo. A m a s d e q u e la certeza a p o d í c t i c a h a sido a ñ a
d i d a i n ú t i l m e n t e a q u í (por la p a l a b r a imposible) , c e r t e z a q u e
d e b e d e sí m i s m a estar c o m p r e n d i d a e n la p r o p o s i c i o n , este
juicio se halla a d e m á s a f e c t a d o p o r la c o n d i c i o n del t i e m p o y
significa e n a l g u n m o d o lo s ig u ie n te : u n a cosa — A , q u e es
 — 1 1 2 —
a l g u n a c o s a = B , n o p u e d e al m i s m o t i e m p o se r n o B ; p e r o
p u e d e m u y b i e n se r s u c e s i v a m e n t e lo u n o y lo otro (B y n o B).
P o r e j e m p l o , u n h o m b r e q u e es j ó v e n n o p u e d e se r viejo á u n
m i s m o t i e m p o ; p e r o este m i s m o h o m b r e p u e d e m u y b i e n s e r
j ó v e n e n u n t i e m p o y s er viejo ó n o ser j ó v e n e n otro; es así
q u e el principio d e c o n t r a d i c c i o n , c o m o p r i n c i p i o p u r a m e n
te lógico, n o d e b e restringir s u significado á r e l a c i o n e s d e
t i e m p o ; l u e g o esta f ó r m u l a es del t o d o c on t ra r ia al objeto
d e l principio m i s m o . L a e q u i v o c a c i o n n a c e d e q u e se c o m i e n
z a p o r s e p a r a r el p r e d i c a d o d e u n a c o s a del c o n c e p t o d e ella;
y e n s e g u i d a se u n e á este m i s m o p r e d i c a d o s u c o n t r a r i o , lo
q u e n o d a j a m á s u n a c o n t r a d i c c i o n c o n el sujeto s i n o ú n i c a
m e n t e c o n s u p r e d i c a d o q u e le está u n i d o s i n t é t i c a m e n t e ;
c o n t r a d i c c i o n q u e ni a u n tiene l u g a r s i n o e n c u a n t o el pri
m e r p r e d i c a d o y el s e g u n d o s o n p u e s t o s al m i s m o t i e m p o . Si
d i g o , u n h o m b r e q u e es i g n o r a n t e n o es instruido, la c o n d i
c i o n al m i s m o tiempo d e b e estar e x p r e s a d a , p o r q u e el q u e es
i g n o r a n t e e n u n t i e m p o p u e d e m u y b i e n ser instruido e n otro.
P e r o si digo, n i n g u n n o m b r e i g n o r a n t e es instruido, la p r o p o
sicion s e r á analítica , p o r q u e el c a r á c t e r d e la i g n o r a n c i a
c o n s t i t u y e a h o r a el c o n c e p t o del sujeto, e n c u y o c a s o la p r o
p o s i c i o n n e g a t i v a d i m a n a i n m e d i a t a m e n t e d e la p r o p o s i c i o n
contradictoria, sin q u e la c o n d i c i o n al m i s m o tiempo d e b a in
tervenir. P o r esta r a z o n h e c a m b i a d o m a s ar r i ba la f ó r m u l a
d e l p r i nci pio d e c o n t r a d i c c i o n , d e m a n e r a q u e p o r ella fuese
e x p l i c a d a c l a r a m e n t e la n a t u r a l e z a d e u n a p r o p o s i c i o n a n a
lítica. » ( L ó g i c a t r a s c e n d e n t a l , l i b r o 2.*, c a p . 2.", s e c c i o n 1.")
190. El lector n o c o m p r e n d e r á b i e n el s e n t i d o d e este p a
saje , y a d e s u y o n o m u y claro , si n o s a b e lo q u e K a n t e n t i e n
d e p o r p r o p o s i c i o n e s analíticas y sintéticas; lo explicaré. E n
t o d o s los juicios afirmativos la r e l a c i o n d e u n p r e d i c a d o c o n
u n sujeto es posible d e d o s m a n e r a s : ó el p r e d i c a d o p e r t e n e
c e al sujeto c o m o c o n t e n i d o e n él , ó le es c o m p l e t a m e n t e e x
t r a ñ o , a u n q u e e n r e a l i d a d esté l ig a d o c o n él m i s m o . E n el
p r i m e r c a s o , el juicio es analítico , e n el s e g u n d o sintético.
L o s juicios analíticos afirmativos s o n a q u e l l o s e n q u e la u n i o n
d e l p r e d i c a d o c o n el sujeto es c o n c e b i d a p o r i d e n t i d a d ; al
c o n t r a r i o s e l l a m a n sintéticos a q u e l l o s e n q u e d i c h a u n i o n
está c o n c e b i d a sin identidad. K a n t aclara s u i d e a c o n los
e j e m p l o s siguientes, t C u a n d o d i g o t o d o s los c u e r p o s s o n e x
 — 11 3 —
tensos, este es u n juicio analítico, p u e s n o necesito salir de l
,c o n ce p t o d e c u e r p o p a r a e n c o n t r a r l e u n i d a la e x t e n s i o n ; m e
basta d e s c o m p o n e r l e , es decir, q u e es suficiente el t e n e r c o n -
,ciencia d e la d i v e r s i d a d q u e p e n s a m o s s i e m p r e e n este c o n
cepto, p a r a e n c o n t r a r e n él el p r e d i c a d o d e q u e se trata. E s t e
es p u e s u n juicio analítico. Al contrario, c u a n d o d i g o , t o d o s
los c u e r p o s s o n p e s a d o s , a q u í el p r e d i c a d o es u n a c o s a del
t o d o diferente d e lo q u e p i e n s o e n g e n e r a l p o r el s i m p l e
c o n c e p t o d e c u e r p o : la u n i o n p u e s d e s e m e j a n t e p r e d i c a d o
d a u n juicio sintético.» (Critica d e la r a z o n p u r a . I n t r o d u c
c i o n , § 1.)
É c h a s e d e v e r f á c i l m e n t e la r a z o n d e la n u e v a n o m e n c l a
t u r a e m p l e a d a p o r el filósofo a l e m a n . L l a m a analíticos á los
juicios e n q u e b a s t a d e s c o m p o n e r el sujeto p a r a e n c o n t r a r
e n él el p r e d i c a d o , sin n e c e s i d a d d e añadirle n a d a q u e n o
e st u v ie se y a p e n s a d o e n el c o n c e p t o m i s m o del sujeto , á lo
- m e n o s o s c u r a m e n t e ; y apellida sintéticos ó d e c o m p o s i c i o n ,
-aquellos e n q u e es p r e c i s o a ñ a d i r a l g o al c o n c e p t o del suje
t o , p u e s q u e el p r e d i c a d o n o se e n c u e n t r a e n este c o n c e p t o
p o r m a s q u e se le d e s c o m p o n g a .
191. E s t a division d e juicios e n analíticos y sintéticos es
, m u y n o m b r a d a e n la filosofía m o d e r n a , s o b r e t o d o e n t r e los
- a l e m a n e s ; y d e s e g u r o n o falta q u i e n se i m a g i n a q u e este e s
u n d e s c u b r i m i e n t o del a u t o r d e la Critico de la r a z o n p u r a ;
l a m i s m a n o v e d a d del n o m b r e p u e d e d a r o r i g e n á la e q u i v o
c a c i o n . S i n e m b a r g o , e n t o d o s los a u t o r e s escolásticos q u e
o l v i d a d o s y c u b i e r t o s d e p o l v o y a c e n a h o r a e n el f o n d o d e
las bibliotecas , se h a b l a d e juicios analíticos y sintéticos;
lbien q u e n ó c o n estos n o m b r e s . S e d e c i a q u e los juicios e r a n
d e d o s es pe cie s: u n o s e n q u e el p r e d i c a d o e s t a b a c o n t e n i d o
-e n la i d e a del sujeto y otros e n q u e n ó ; á las p r o p o s i c i o n e s
,que e x p r e s a b a n los juicios d e la p r i m e r a clase se las l l a m a b a
p e r se n o t e ó c o n o c i d a s p o r sí m i s m a s , á c a u s a d e q u e e n t e n
d i d a la significacion d e los t é r m i n o s se v e i a q u e el p r e d i c a d o
e s t a b a c o n t e n i d o e n la i d e a ó e n el c o n c e p t o del sujeto. S e
'les d a b a t a m b i e n el n o m b r e d e p r i m e r o s principios , y á la
p e r c e p c i o n d e ellos se la l l a m a b a inteligencia, intellectus, dis
t i n g u i é n d o l a d e la r a z o n e n c u a n t o esta v e r s a b a s o b r e los
, c o n o c i m i e n t o s d e e v i d e n c i a m e d i a t a ó d e raciocinio.
V é a s e si d e j a n a l g o q u e d e s e a r ni e n claridad ni e n p r e c i
 - 1 1 4 -
sion, los siguientes textos d e S a n t o T o m á s . « U n a proposicion'
e s c o n o c i d a p o r sí, p er se nota, c u a n d o el p r e d i c a d o está in
c l u i d o e n la r a z o n del sujeto, c o m o el h o m b r e es a n i m a l ;
p u e s q u e a n i m a l es d e la e s e n c i a d el h o m b r e . Si p u e s t o d o s
c o n o c e n lo q u e es el sujeto y el p r e d i c a d o , la p r o p o s i c i o n se
r á c o n o c i d a p o r sí, p a r a todos; c o m o se v e e n los p r i m e r o s
p r i n c i p i o s d e las d e m o s t r a c i o n e s c u y o s t é r m i n o s s o n c o s a s
c o m u n e s q u e n a d i e i g n o r a , c o m o ser y n o ser; t o d o y parte,
y o t r a s s e m e j a n t e s . » ( 1 / Parte. C u e s t . 2 , art. 1.")
« C u a l q u i e r a p r o p o s i c i o n c u y o p r e d i c a d o es d e la e s e n c i a
de l sujeto, es c o n o c i d a p o r sí, b i e n q u e p u e d e s u c e d e r q u e
n o lo s e a p a r a q u i e n i g n o r e lo q u e significa la definicion del
sujeto: asi esta p r o p o s i c i o n , ael h o m b r e es r a c i o n a l , » es d e
s u n a t u r a l e z a c o n o c i d a p o r sí ; p u e s quien dice h o m b r e dice ra
cional. » (1.", 2 » Cuest. 9 4 , art. 2.")
192. P o r estos e j e m p l o s , y otros m u c h o s q u e seria fácil
a d u c i r , se v e q u e la distincion e n t r e los juicios analíticos y
sintéticos e r a v u l g a r e n las e s c u e l a s m u c h o s siglos a n t e s d e
K a n t . L o s analíticos e r a n t o d o s los q u e se f o r m a b a n p o r evi
d e n c i a i n m e d i a t a ; y sintéticos, los q u e r e s u l t a b a n d e evi
d e n c i a m e d i a t a , y a f u e s e esta d el ó r d e n p u r a m e n t e ideal, y a
d e p e n d i e s e e n a l g u n m o d o d e la e x p e r i e n c i a . S e s a b i a m u y
b i e n q u e h a y c o n c e p t o s d e sujeto e n los c u a l e s está p e n s a d o
el p r e d i c a d o , á lo m e n o s e n c o n f u s o : y p o r esto se e x p l i c a
b a esta u n i o n ó i d e n t i d a d , d i c i e n d o q u e las p r o p o s i c i o n e s e n
q u e s e e n u n c i a b a n , e r a n p e r se n o t o e x terminis. El p r e d i c a
d o e n los juicios analíticos está y a e n el sujeto; n a d a se le
a ñ a d e s e g u n K a n t ; s o l o s e le e x p l i c a : « Q u i e n d i c e h o m b r e
d i c e racional;» asi h a b l a S a n t o T o m á s : la i d e a es la m i s m a
q u e la d el filósofo a l e m a n .
1 9 3 P e r o v o l v a m o s al e x á m e n d e si d e b e ó n ó m u d a r s e
la f ó r m u l a e n q u e hasta a h o r a se h a e x p r e s a d o el p r i n c i p i o
d e c o n t r a d i c c i o n .
L a p r i m e r a o b s e r v a c i o n d e K a n t s e refiere á la p a l a b r a i m
posible p o r j u z g a r l a a ñ a d i d a i n ú t i l m e n t e , y a q u e la c e r t e z a
a p o d i c t i c a q u e se q u i e r e e x p r e s a r , d e b e estar c o m p r e n d i d a
e n la m i s m a p r o p o s i c i o n . K a n t f o r m u l a el p r i n c i p i o d e esta
m a n e r a : « u n p r e d i c a d o q u e r e p u g n a á u n a c o s a , n o le c o n
v i e n e . » ¿ Q u é se e n t i e n d e p o r la p a l a b r a i m p o s i b l e ? « P o s i b l e
é i m p o s i b l e a b s o l u t a m e n t e , se d i c e p o r la r e l a c i o n d e lo s tér
 - 1 1 5 -
m i n o s : posible p o r q u e el p r e d i c a d o n o r e p u g n a al sujeto;
i m p o s i b l e , c u a n d o el p r e d i c a d o r e p u g n a al s u j e t o ; » así se
e x p r e s a S a n t o T o m á s (1 P. Cuest. 2 5 , art. 3), y c o n él t o d a s
las e s c u e l a s ; l u e g o la i m p o s i b i l i d a d es la r e p u g n a n c i a ]del
p r e d i c a d o al sujeto, l u e g o s e r u n a c o s a i m p o s i b l e es s e r re
p u g n a n t e , l u e g o e m p l e a K a n t el m i s m o l e n g u a j e q u e r e
p r e n d e e n los otros. L a f ó r m u l a c o m u n p o d r i a e x p r e s a r s e d e
esta m a n e r a : « q u e u n a c o s a s e a y n o se a al m i s m o t i e m p o ,
r e p u g n a ; ó b i e n h a y r e p u g n a n c i a e n t r e el se r y el n o ser; ó
b i e n el s e r e x c l u y e al n o ser; » t o d o v i e n e á p a r a r á lo m i s
m o , y n a d a m a s e x p r e s a K a n t c u a n d o dice: u n p r e d i c a d o
q u e r e p u g n a á u n a cosa, n o le c o n v i e n e .
194. T r a t á n d o s e d e u n criterio u n i v e r s a l , h a y m a s e x a c
titud e n la f ó r m u l a c o m u n q u e e n la d e K a n t . E s t a c i ñ e el
p r i n c i p i o á la relacion d e p r e d i c a d o y sujeto, y p o r c o n s i
g u i e n t e le e n c i e r r a e n el ó r d e n p u r a m e n t e ideal, n o valien
d o p a r a el real s i n o p o r u n a e s p e c i e d e a m p l i a c i o n . Esta a m
p l i a c i o n a u n q u e m u y l e g i t i m a y m u y fácil, n o la n e c e s i t a la
f ó r m u l a c o m u n : c o n dec i r, el se r e x c l u y e al n o ser, a b r a z a
lo ideal y lo real , y p r e s e n t a al e n t e n d i m i e n t o la i m p o s i b i
l i d a d , n o solo d e los juicios contradictorios, s i n o t a m b i e n
d e las c o s a s contradictorias.
K a n t a d m i t e q u e este p r i n c i p i o es la c o n d i c i o n sine q u a n o n
d e la v e r d a d d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s , d e m a n e r a q u e d e
b e m o s t e n e r c u i d a d o d e n o p o n e r n o s j a m á s e n c o n t r a d i c c i o n
c o n él s o p e n a d e a n o n a d a r t o d o c o n o c i m i e n t o . H á g a s e la
p r u e b a : á u n h o m b r e q u e n o se h a y a o c u p a d o á f o n d o d e e s
tas m a t e r i a s , a u n q u e s e p a m u y b i e n lo q u e se e n t i e n d e p o r
p r e d i c a d o y sujeto, d é n s e l e las d o s f ó r m u l a s ; ¿ c u á l d e ellas
s e le p r e s e n t a r á c o m o m a s fácil p a r a t o d o s los u s o s asi e n lo
e x t e r n o c o m o e n lo i n t e r n o ? es claro q u e n o será la d e K a n t .
Q u e u n a c o s a n o p u e d e se r y n o s e r á u n m i s m o t i e m p o , al
instante se v e c o n t o d a g e n e r a l i d a d y se aplica el p r i n c i p i o á
t o d o s los u s o s así e n el ó r d e n real c o m o e n el ideal. S e trata
d e u n objeto e x t e r n o y se d i c e : esto n o p u e d e s e r y n o s e r á
u n m i s m o t i e m p o ; se trata d e juicios c o n t r a d i c t o r i o s , d e
i d e a s q u e s e e x c l u y e n , y se d i c e sin dificultad : esto n o p u e d e
s e r , p o r q u e es i m p o s i b l e q u e á u n m i s m o t i e m p o u n a c o s a
s e a y n o sea. P e r o n o se v e c o n la m i s m a facilidad y p r on ti
t u d c o m o se h a c e el tránsito del ó r d e n ideal al real , ó c ó m o

i
p u e d e n t e n e r u s o e n el ó r d e n d e los h e c h o s las ideas p u r a
m e n t e lógicas d e sujeto y p r e d i c a d o . L u e g o la f ó r m u l a c o
m u n , á m a s d e ser i g u a l m e n t e e x a c t a q u e la d e K a n t , es m a s
sencilla, m a s inteligente, y m a s f á c i l m e n t e aplicable. ¿ P u e
d e n d e s e a r s e c a l i d a d e s m e j o r e s p a r a u n criterio universal,
p a r a la c o n d i c i o n sine q u a n o n d e la v e r d a d d e n u e s t r o s c o
n o c i m i e n t o s ?
195. H a s t a a q u í h e d a d o p o r s u p u e s t o q u e la f ó r m u l a d e
K a n t e x p r e s a b a r e a l m e n t e el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n ; p e
r o esta s u p o s i c i o n es c u a n d o m e n o s inexacta. N o c a b e d u d a
q u e seria u n a c o n t r a d i c c i o n el q u e u n p r e d i c a d o q u e r e p u g
n a s e á u n sujeto, le c o n v i n i e s e ; y e n este s e n t i d o se p u e d e
d e c i r q u e el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n está d e a l g u n m o d o
e x p r e s a d o e n la f ó r m u l a d e K a n t . M a s esto n o es suficiente;
p o r q u e d e lo c o n t r a r i o seria p r e c i s o d e c i r q u e t o d o a x i o m a
e x p r e s a el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , p u e s n o es p o s i b l e n e
g a r n i n g u n a x i o m a sin u n a c o n t r a d i c c i o n L a f ó r m u l a del
p r i n c i p i o d e b e e x p r e s a r directamente la e x c l u s i o n r e c í p r o c a ,
la r e p u g n a n c i a e n t r e el s e r y el n o ser ; esto es lo q u e se q u i e
re significar ; j a m á s se h a e n t e n d i d o otra c o s a p o r el princi
p i o d e c o n t r a d i c c i o n . K a n t e n s u nueva, f ó r m u l a n o e x p r e s a
d i r e c t a m e n t e esta e x c l u s i o n : lo q u e e x p r e s a e s, q u e c u a n d o
d e la i d e a d e u n sujeto está e x c l u i d o el p r e d i c a d o , este n o le
c o n v i e n e . Si b i e n se m i r a , léjos d e q u e esta f ó r m u l a e x p r e s e
el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , es la f a m o s a d e los cartesia
n o s : « lo q u e está c o m p r e n d i d o e n la i d e a clara y distinta d e
u n a c o s a , se p u e d e a f i r m a r d e ella c o n t o d a certeza. » E n s u s
tancia las d o s f ó r m u l a s e x p r e s a n lo m i s m o , y solo se distin
g u e n p o r d o s diferencias p u r a m e n t e a c c i d e n t a l e s : 1." e n q u e
la d e K a n t es m a s c o n c i s a ; 2.' e n q u e la d e este filósofo es
n e g a t i v a y la d e los cartesianos afirmativa.
196. K a n t v i e n e á decir: « l o q u e está excluido d e la i d e a
clara y distinta d e u n a c o s a , se p u e d e n e g a r d e ella.» P r e d i
c a d o que r e p u g n a á u n sujeto , es lo m i s m o q u e lo q u e está
e x c l u i d o d e la i d e a d e u n a c o s a ; n o le c o n v i e n e , e s lo m i s m o
q u e s e p u e d e n e g a r d e él. Y c o m o p o r o t r a p a r t e e s e v i d e n t e
q u e el pr inc ipi o d e los c a r t e s i a n o s d e b e e n t e n d e r s e e n a m b o s
sentidos, afirmativo y n e g a t i v o , p u e s q u e al d e c i r q u e lo q u e
está c o m p r e n d i d o e n la i d e a clara y distinta d e u n a c o s a , se
p u e d e a f i r m a r d e la m i s m a , e n t e n d í a n t a m b i e n q u e c u a n d o
 — 1 1 7 —
u n a c o s a est ab a e x c l u i d a , se p o d i a n e g a r ; resulta q u e K a n t
d i c e Jo m i s m o q u e ellos: así i n t e n t a n d o c o r r e g i r á todas las
e s c u e l a s , h a i n c u r r i d o e n u n a e q u i v o c a c i o n n o m u y á p r o
pósito p a r a a b o n a r s u perspicacia.
C l a r o es q u e la m i s m a f ó r m u l a d e K a n t i m p l i c a esta otra:
el p r e d i c a d o c o n t e n i d o e n la i d e a d e u n sujeto, le c o n v i e n e .
E s l a p r o p o s i c i o n es t a m b i e n c o n d i c i o n sine q u a non, d e t o d o s
los juicios analíticos afirmativos : p u e s estos d e s a p a r e c e n , si
n o c o n v i e n e al sujeto lo q u e está e n s u idea. E n tal c a s o . n o
h a y diferencia ni a u n a p a r e n t e e n t r e la f ó r m u l a d e K a n t y la
d e los cartesianos; solo h a y v a r i e d a d e n los t é r m i n o s : la
p r o p o s i c i o n es e x a c t a m e n t e la m i s m a . P o r d o n d e se e c h a d e
v e r q u e antes d e a f i r m a r q u e e n el p u n t o m a s claro y m a s
f u n d a m e n t a l d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s , se h a n e x p r e s a
d o m a l t o d a s las e s c u e l a s , es n e c e s a r i o a n d a r c o n m u c h o
tiento: testigo la originalidad d e la f ó r m u l a d e K a n t .
197. N o fué m a s feliz el a u t o r d e la Critica de la r a z o n p u
r a al c e n s u r a r la c o n d i c i o n á u n m i s m o tiempo, q u e se a ñ a d e
g e n e r a l m e n t e á la f ó r m u l a del principio d e c o n t r a d i c c i o n . Y a
q u e él se t o m ó la libertad d e c r e e r q u e n i n g u n filósofo a n t e s
d e él h a b i a e x p r e s a d o d e la m a n e r a c o n v e n i e n t e este princi
pio, p e r m í t a s e m e d e c i r q u e él n o e n t e n d i ó b i e n lo q u e q u e
r í a n significar los otros. N o c r e o q u e c o n d e c i r esto c o m e t a
u n a p r o f a n a c i o n filosófica ; si p a r a ciertos h o m b r e s K , m t e s
u n o r á c u l o , todos los filósofos j u n t o s y la h u m a n i d a d e n t e r a
s o n t a m b i e n o r á c u l o s q u e d e b e n ser o i d o s y respetados.
S e g u n el m i s m o K a n t , el principio d e c o n t r a d i c c i o n es
c o n d i c i o n line q u a n o n d e t o d o s los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s .
Si p u e s esta c o n d i c i o n h a d e servir p a r a s u objeto, es n e c e
sario q u e se la e x p r e s e d e u n m o d o aplicable á todos los c a
sos. N u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s n o se c o m p o n e n ú n i c a m e n t e d e
e l e m e n t o s necesarios, sino q u e a d m i t e n e n b u e n a parte i d e a s
e n l a z a d a s c o n lo c o n t i n g e n t e ; p u e s c o m o h e m o s visto ya, las
v e r d a d e s p u r a m e n t e ideales n o c o n d u c e n á n a d a positivo si
n o se las h a c e d e s c e n d e r al t e r r e n o d e la realidad. L o s s e r e s
c o n t i n g e n t e s están s o m e t i d o s á la c o n d i c i o n del t i e m p o ; y
t o d o s los c o n o c i m i e n t o s q u e á ellos se refieren, d e b e n c o n
tar s i e m p r e c o n esta c o n d i c i o n . S u existencia se limita á u n
d e t e r m i n a d o e s p a c i o d e t i e m p o ; y c o n f o r m e á esta d e t e r m i
n a c i o n es p r e c i s o p e n s a r y h a b l a r d e la m i s m a . A u n las p r o
p i e d a d e s esenciales están afectadas e n cierto m o d o p o r la
c o n d i c i o n del t i e m p o ; p o r q u e si b i e n p r e s c i n d e n d e él si s e
las c o n s i d e r a e n g e n e r a l , n o es así c u a n d o e s t á n realizadas,
es decir, c u a n d o d e j a n d e ser u n a p u r a a b s t r a c c i o n y s o n
u n a c o s a positiva. H é a q u í p u e s la r a z o n , y r a z o n b i e n p o
d e r o s a y p r o f u n d a , d e q u e todas las e s c u e l a s h a y a n j u n t a d o
la c o n d i c i o n del t i e m p o c o n la f ó r m u l a del principio d e c o n
t r a d i c c i o n ; r a z o n b i e n p r o f u n d a , repito, y q u e es e x t r a ñ o
s e e s c a p a s e á la p e u e t r a c i o n del filósofo a l e m a n .
198. L a i m p o r t a n c i a d e la m a t e r i a r e c l a m a t o d a v í a ulte
riores aclaraciones. L o esencial e n el p r i n c i p i o d e c o n t r a
d i c c i o n , es la e x c l u s i o n del ser p o r el n o ser y del n o s e r
p o r el ser. L a f ó r m u l a d e b e e x p r e s a r este h e c h o , esta v e r d a d
q u e se n o s o f r e c e c o n e v i d e n c i a i n m e d i a t a y q u e es c o n t e m
p l a d a p o r el e n t e n d i m i e n t o c o n u n a intuicion c l a r í s i m a q u e
n o c o n s i e n t e d u d a ni o s c u r i d a d d e n i n g u n a especie.
El v e r b o ser p u e d e t o m a r s e d e d o s m a n e r a s : sustantiva
m e n t e , e n c u a n t o significa la existencia, y c o p u l a t i v a m e n t e ,
e n c u a n t o e x p r e s a la relacion d e u n p r e d i c a d o c o n u n suje
to. P e d r o es; a q u í el v e r b o es significa la existencia d e P e d r o ,
y e q u i v a l e á esta otra: P e d r o existe. El tr i án g ul o equilátero
e s e q u i á n g u l o ; a q u í el v e r b o es s e t o m a c o p u l a t i v a m e n t e ;
p u e s n o se a f i r m a q u e exista n i n g u n tr i án g u lo equilátero, y
s o l o s e establece la relacion d e la i g u a l d a d d e los á n g u l o s c o n
la i g u a l d a d d e los lados, p r e s c i n d i e n d o a b s o l u t a m e n t e d e q u e
existan u n o s ni otros.
El pr inc ipi o d e c o n t r a d i c c i o n d e b e e x t e n d e r s e á los c a s o s
e n t q u e el v e r b o ser es c o p u l a t i v o y á los e n q u e es sustanti
v o : p o r q u e c u a n d o d e c i m o s q u e es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a
s e a y n o s e a , n o h a b l a m o s ú n i c a m e n t e del ó r d e n ideal ó d e
las r e l a c i o n e s e n t r e p r e d i c a d o s y sujetos, sino t a m b i e n d el
ó r d e n real : si n o se refiriese á este ú l t i m o t e n d r í a m o s q u e el
m u n d o e n t e r o d e las existencias estaría falto d e la c o n d i c i o n
i n d i s p e n s a b l e p a r a t o d o c o n o c i m i e n t o . A d e m á s , q u e si b i e n
se reflexiona, esta c o n d i c i o n es n o solo p a r a t o d o c o n o c i
m i e n t o sino t a m b i e n p a r a t o d o ser e n sí m i s m o , p r e s c i n d i e n
d o d e q u e s e a c o n o c i d o y d e q u e s e a inteligente. ¿ Q u é f u e r a
u n ser real q u e p u d i e s e ser y n o s e r ? ¿ q u é significa u n a
c o n t r a d i c c i o n r e a l i z a d a ? l u e g o el principio se h a d e e x t e n
d e r n o solo al v e r b o ser c o m o c o p u l a t i v o , s i n o t a m b i e n c o m o
 — 1 1 9 —
sustantivo. T o d a s las existencias finitas , inclusa la nuestra,
s o n m e d i d a s p o r u n a d u r a c i o n s u c e s i v a ; l u e g o si la f ó r m u l a
d e l p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n n o h a d e ser inaplicable á to
d o c u a n t o c o n o c e m o s e n el u n i v e r s o , h a d e estar a c o m p a ñ a
d o d e la c o n d i c i o n del t i e m p o . D e t o d a s las c o s a s finitas q u e
-existen se h a verificado q u e n o existían y d e todas se p o d r í a
verificar q u e n o existiesen : d e n i n g u n a se afirmaría c o n v e r
d a d q u e s u n o existencia fuese i m p o s i b l e ; esta i m p o s i b i l i d a d
n a c e d e la existencia e n u n t i e m p o d a d o , y solo c o n r e s p e c t o
-á e s t e t i e m p o s e la p u e d e a f i r m a r . L u e g o la c o n d i c i o n d e l
, t i e m p o es a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i a e n la f ó r m u l a del princi
p i o d e c o n t r a d i c c i o n , si esta f ó r m u l a h a d e p o d e r s e r v i r n o s
p a r a lo existente, es decir, p a r a lo q u e t i e n e n d e objeto real
n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s .
199. V e a m o s a h o r a lo q u e s u c e d e e n el ó r d e n p u r a m e n t e
i de a l , d o n d e el v e r b o ser se t o m a c o p u l a t i v a m e n t e . L a s p r o
p o s i c i o n e s del ó r d e n p u r a m e n t e ideal s o n d e d o s clases: u n a s
t i e n e n p o r sujeto u n a i d e a g e n é r i c a q u e c o n la u n i o n d e la
d i f e r e n c i a , p u e d e p a s a r á u n a e s p e c i e d e t e r m i n a d a ; otras
t i e n e n p o r sujeto la m i s m a e s p e c i e , ó s e a la idea g e n é r i c a
j u n t o c o n la d e t e r m i n a c i o n d e la diferencia. L a p a l a b r a á n
gulo e x p r e s a la i d e a g e n é r i c a c o m p r e n s i v a d e t o d o s los á n
g u l o s , i d e a q u e u n i d a c o n la d i f e r e n c i a c o r r e s p o n d i e n t e ,
p u e d e constituir las e s p e c i e s d e á n g u l o recto, a g u d o ú o b
tuso. S u c é d e n o s á c a d a p a s o el m o d i f i c a r la i d e a g e n é r i c a d e
varias m a n e r a s ; y c o m o e n esto entra p o r n e c e s i d a d u n a s u
c e s i o n e n q u e se n o s r e p r e s e n t a n distintos c o n c e p t o s q u e to
d o s t i e n e n p o r b a s e la i d e a g e n é r i c a , resulta q u e c o n s i d e r a
m o s á esta c o m o u n s er q u e s u c e s i v a m e n t e se t r a s f o r m a .
P a r a e x p r e s a r esta s u c e s i o n p u r a m e n t e intelectual , e m p l e a
m o s la i d e a d e t i e m p o ; y h é a q u í u n a d e las r a z o n e s q u e
justifican el e m p l e o d e esta c o n d i c i o n a u n e n el ó r d e n p u r a
m e n t e ideal. As i d e c i m o s r u n á n g u l o n o p u e d e ser á u n m i s
m o t i e m p o recto y n o recto ; p o r q u e e n c o n t r a m o s q u e la i d e a
d e á n g u l o p u e d e estar s u c e s i v a m e n t e d e t e r m i n a d a p o r la di
f e r e n c i a q u e le constituye recto y n o recto; p e r o estas d e t e r
m i n a c i o n e s n o p u e d e n coexistir ni a u n e n n u e s t r o c o n c e p t o ,
p o r c u y a r a z o n n o a f i r m a m o s la i m p o s i b i l i d a d a b s o l u t a d e la
u n i o n d é l a diferencia c o n el g é n e r o , s i n o q u e la l i m i t a m o s
á la c o n d i c i o n d e la s i m u l t a n e i d a d .
 — 1 2 0 —
E n esta p r o p o s i c i o n : u n á n g u l o recto n o p u e d e ser obtuso;,
el sujeto n o es la idea g e n é r i c a sola, s i n o u n i d a c o n la dife
r e n c i a recto. E n el c o n c e p t o del sujeto f o r m a d o d e estas d o s
ideas, á n g u l o y recto, v e m o s la i m p o s i b i l i d a d d e q u e se les
u n a la i d e a obtuso. Esto sin n i n g u n a c o n d i c i o n d e t i e m p o , y
e n este c a s o t a m p o c o se la e x p r e s a . S e d i c e c o n f r e c u e n c i a r
u n á n g u l o n o p u e d e ser al m i s m o t i e m p o recto y o b t u s o ; p e
r o j a m á s se dice el á n g u l o recto n o p u e d e á u n m i s m o tiempo-
se r o b t u s o , s i n o a b s o l u t a m e n t e : el á n g u l o r e c t o n o p u e d e -
se r obtuso.
200. O b s e r v a K a n t q u e la e q u i v o c a c i o n d i m a n a d e q u e s e
c o m i e n z a p o r s e p a r a r el p r e d i c a d o d e u n a c o s a del c o n c e p
to d e esta c o s a , y q u e e n s e g u i d a se le j u n t a á este m i s m o
p r e d i c a d o s u contrario, lo q u e n o d a j a m á s u n a c o n t r a d i c
c i o n c o n el sujeto sino c o n el p r e d i c a d o q u e le está u n i d o
s i n t é t i c a m e n t e ; c o n t r a d i c c i o n q u e n o tiene l u g a r s i n o e m
c u a n t o el p r i m e r o y el s e g u n d o p r e d i c a d o están p u e s t o s á u n
m i s m o t i e m p o . Esla o b s e r v a c i o n d e K a n t es e n el f o n d o m u y
v e r d a d e r a ; p e r o a d o l e c e d e d o s defectos: el q u e se la p r e
s e n t a c o m o original c u a n d o n o d i c e s i n o c o s a s m u y s a b i d a s *
y el q u e se la e m p l e a p a r a c o m b a t i r u n a e q u i v o c a c i o n q u e
n o existe s i n o e n la m e n t e del filósofo q u e p r e t e n d e q uit ar
la á los d e m á s . L a s d o s p r o p o s i c i o n e s a n a l i z a d a s e n el p á r
rafo anterior c o n f i r m a n lo q u e a c a b o d e decir: el á n g u l o no-
p u e d e ser r e c t o y n o recto. A q u i la c o n d i c i o n del t i e m p o es-
n e c e s a r i a , p o r q u e la r e p u g n a n c i a n o está e n t r e el p r e d i c a d o
y el sujeto, s i n o e n t r e los d o s p r e d i c a d o s . El á n g u l o p u e d e
s er recto ó n o recto , c o n tal q u e esto s e verifique e n t i e m
p o s diferentes. El á n g u l o recto n o p u e d e ser o b t u s o ; a q u í l a
c o n d i c i o n del t i e m p o n o d e b e s er e x p r e s a d a , p o r q u e e n t r a n
d o e n el c o n c e p t o del sujeto la i d e a recto, está e n t e r a m e n t e -
e x c l u i d a la d e obtuso.
201. Si el principio d e c o n t r a d i c c i o n h u b i e s e d e s e r v i r
ú n i c a m e n t e p a r a los juicios analíticos, esto es, p a r a a q u e l l o s
e n q u e el p r e d i c a d o está c o n t e n i d o e n la i d e a del sujeto, la
c o n d i c i o n del t i e m p o n o d e b i e r a ser e x p r e s a d a n u n c a ; p e r o
c o m o este p r i n c i p i o lia d e g u i a r n o s t a m b i e n p a r a t o d o s los
d e m á s juicios, se s i g u e q u e e n la f ó r m u l a g e n e r a l n o p o d i a
p r e s c i n d i r s e d e u n a c o n d i c i o n a b s o l u t a m e n t e i n d i s p e n s a b l e
e n la m a y o r parte d e los casos. E n el e s t a d o actual d e n u e s
 - 1 2 1 —
tro e n t e n d i m i e n t o , m i e n t r a s n o s h a l l a m o s e n esta v i d a , el
n o p r e s c i n d i r del t i e m p o es la regla, el p r e s c i n d i r la e x c e p
c i o n : ¿ y se q u e r í a q u e u n a f ó r m u l a g e n e r a l se refiriese s o l o
á la e x c e p c i o n y de ja se e n o l vi d o la r e g l a ? . , i-
202. N o se c o n c i b e la r a z o n q u e p u d o m o v e r á K a n t a
ilustrar esta m a t e r i a c o n los e j e m p l o s arriba citados. N o c a
b e decir c o s a s m a s c o m u n e s é i n o p o r t u n a s q u e las añadidas,
p o r este filósofo c u a n d o ilustra la m a t e r i a c o n a l g u n o s e j e m
plos. «Si digo, u n h o m b r e q u e es i g n o r a n t e n o es instruido,
la c o n d i c i o n al m i s m o tiempo d e b e estar e x p r e s a d a ; p o r q u e
el q u e es i g n o r a n t e e n u n t i e m p o , p u e d e m u y b i e n ser ins
t r u i d o e n otro.» Esto á m a s d e ser c o m u n é i n o p o r t u n o , es s o
b r e m a n e r a inexacto. Si la p r o p o s i c i o n fuese: u n h o m b r e n o
p u e d e ser i g n o r a n t e ó instruido; e n t o n c e s la c o n d i c i o n al
m i s m o tiempo d e b i e r a a ñ a d i r s e , p o r q u e n o d á n d o s e p r e f e r e n
cia á n i n g u n p r e d i c a d o c o n r e s p e c t o al otro, se indicaría el
m o t i v o d e la r e p u g n a n c i a , q u e es d e p r e d i c a d o á p r e d i c a d o
y n ó d e p r e d i c a d o á sujeto. P e r o e n el e j e m p l o a d u c i d o p o r
K a n t , «el h o m b r e q u e es i g n o r a n t e n o es instruido,» el suje
to n o es solo h o m b r e , s i n o h o m b r e i g n o r a n t e ; el p r e d i c a d o
i n s tr u i do r e c a e s o b r e el h o m b r e m o d i f i c a d o c o n el p r e d i c a
d o i g n o r a n t e ; y p o r c o n s i g u i e n t e la e x p r e s i o n del t i e m p o n o
es n e c e s a r i a ni se la e m p l e a e n el l e n g u a j e c o m u n .
H a y m u c h a diferencia entre estas d o s p r o p o s i c i o n e s : el
h o m b r e q u e es i g n o r a n t e no es instruido; el h o m b r e q u e e s
i g n o r a n t e , no p u e d e ser instruido. E n la p r i m e r a , la condicion,
de l t i e m p o n o d e b e estar e x p r e s a d a p o r las r a z o n e s d i c h a s ;
e n la s e g u n d a si, p o r q u e h a b l á n d o s e d e la i m p o s i b i l i d a d d e
u n m o d o a b s o l u t o , se n e g a r í a al i g n o r a n t e hasta la potencia
d e se r instruido.
203. El otro e j e m p l o d e K a n t es el siguiente: « p e r o si di
g o , n i n g u n h o m b r e i g n o r a n t e es instruido, la p r o p o s i c i o n
s e r á analítica, p o r q u e el c a r á c t e r d e la i g n o r a n c i a constitu
y e a h o r a el c o n c e p t o del sujeto , y p o r tanto la p r o p o s i c i o n
n e g a t i v a se d e r i v a i n m e d i a t a m e n t e d e la p r o p o s i c i o n c o n t r a
dictoria sin q u e la c o n d i c i o n oí m i s m o tiempo d e b a intervenir. »
N o se v e la r a z o n p o r q u e establece K a n t tanta d i f e r e n c i a e n
tre estas d o s p r o p o s i c i o n e s : u n h o m b r e q u e es i g n o r a n t e n o
e s instruido; n i n g u n h o m b r e i g n o r a n t e es instruido; e n a m
b a s el p r e d i c a d o n o se refiere tan solo á h o m b r e s i n o á h o m
 — 1 2 2 -
b r e i g n o r a n t e , y tanto vale d e c i r h o m b r e q u e es i g n o r a n t e ,
c o m o h o m b r e i g n o r a n t e . Si p u e s la e x p r e s i o n del t i e m p o n o
es n e c e s a r i a e n la u n a , t a m p o c o lo s e r á e n la otra.
Si la i d e a d e i g n o r a n t e afecta al sujeto m i s m o , el p r e d i c a
d o está n e c e s a r i a m e n t e e x c l u i d o , p o r q u e las ideas d e instruc
c i o n y d e i g n o r a n c i a s o n contradictorias: e n t o n c e s n o s halla
m o s c o n la regla d e los dialécticos d e q u e e n m a t e r i a s n e c e
sarias, la p r o p o s i c i o n indefinida e q u i v a l e á la universal.
D e esta d i s c u s i o n resulta q u e la f ó r m u l a del p r i n c i p i o d e
c o n t r a d i c c i o n d e b e ser c o n s e r v a d a tal c o m o está, y q u e n o
d e b e s u p r i m i r s e la c o n d i c i o n del t i e m p o , p o r q u e d e otro m o
d o se inutilizaría la f ó r m u l a p a r a m u c h í s i m o s c a s o s (XX).

C A P Í T U L O X X I .

Sí el principio d e contradiccion m e r e c e el titulo d e f u n d a m e n t a l ; j e n qué* sentido.

204. A c l a r a d o y a el v e r d a d e r o sentido del p ri n ci p io d e

c o n t r a d i c c i o n , v e a m o s si m e r e c e el titulo d e f u n d a m e n t a l ,
r e u n i e n d o t o d o s los c a r a c t e r e s e x i g i d o s p a r a esta d i g n i d a d
científica. Estos s o n tres: p r i m e r o , q u e n o se a p o y e e n otro
principio. S e g u n d o , q u e c a y e n d o él, se a r r u i n e n t o d o s los d e .
m á s . T e r c e r o , q u e p e r m a n e c i e n d o él firme, p u e d a a r g ü i r s e
d e u n a m a n e r a c o n c l u y e n t e c o n t r a q u i e n n i e g u e los d e m á s ,
r e d u c i é n d o l e á b u e n c a m i n o p o r d e m o s t r a c i o n , al m e n o s in
directa.
ÍOS. P a r a r e s o l v e r c u m p l i d a m e n t e todas las c u e s t i o n e s
q u e se refieren al pr inc ipi o d e c o n t r a d i c c i o n , a s e n t a r é a l g u
n a s p r o p o s i c i o n e s a c o m p a ñ á n d o l a s c o n la d e m o s t r a c i o n c o r
r e s p o n d i e n t e .

PRIMERA PROPOSICION.

Si se n i e g a el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , se d e s p l o m a to
d a certeza, t o d a v e r d a d , t o d o c o n o c i m i e n t o .
D e m o s t r a c i o n . Si u n a c o s a p u e d e ser y n o ser á u n m i s m o
t i e m p o , p o d e m o s estar ci ertos y n o ciertos, c o n o c e r y n o c o
n o c e r , existir y n o existi r; la a f i r m a c i o n p u e d e estar j u n t o
 c o n la n e g a c i o n , las c o s a s contradictorias p u e d e n h e r m a
n a r s e , las distintas identificarse, las idénticas distinguirse;
la inteligencia es u n c a o s e n t o d a la e x t e n s i o n d e la p a l a b r a ;
la r a z o n se trastorna, el l e n g u a j e es a b s u r d o , el sujeto y el
o b j e t o s e c h o c a n e n m e d i o d e e s p a n t o s a s tinieblas, t o d a luz
intelectual se h a e x t i n g u i d o p a r a s i e m p r e . T o d o s los princi
pios están e n v u e l t o s e n la r u i n a universal; y la m i s m a c o n
c i e n c i a vacilaría, si al h a c e r esta s u p o s i c i o n a b s u r d a n o se
hallase s o s t e n i d a p o r la i n v e n c i b l e m a n o d e la naturaleza.
P e r o e n m e d i o d e la a b s u r d a hipótesis, la c o n c i e n c i a q u e n o
d e s a p a r e c e p o r q u e n o p u e d e d e s a p a r e c e r , se siente arrastra
d a t a m b i e n p o r el violento torbellino q u e lo arroja t o d o á las
tinieblas del caos; e n v a n o se e s f u e r z a p o r c o n s e r v a r s u s
ideas, todas d e s a p a r e c e n p o r la f u e r z a d e la c o n t r a d i c c i o n ;
e n v a n o h a c e b ro tar otras n u e v a s p a r a sustituirlas á las q u e
v a p e r d i e n d o , d e s a p a r e c e n t a m b i e n ; e n v a n o b u s c a objetos
n u e v o s , d e s a p a r e c e n t a m b i e n ; y ella m i s m a n o c o n t i n ú a s i n o
p a r a sentir la i m p o s i b i l i d a d radical d e p e n s a r n a d a ; solo v e
á la c o n t r a d i c c i o n q u e s e ñ o r e a d a d e la inteligencia , d e s t r u
y e c o n f uer za irresistible c u a n t o se q u i e r a levantar.

S E G U N D A PROPOSICION.

206. N o basta q u e n o se s u p o n g a falso el p ri n ci p i o d e c o n

tradiccion; es p r e c i s o a d e m á s s u p o n e r l e v e r d a d e r o , si n o s e
q u i e r e q u e se a r r u i n e t o d a certeza, t o d o c o n o c i m i e n t o , t o d a
v e r d a d .
D e m o s t r a c i o n . L a s r a z o n e s a l e g a d a s c o n r e s p e c t o á la p r o
p o s i c i o n anterior p o d r í a n r e p r o d u c i r s e p o r entero. E n el pfi-
úler c a s o se s u p o n e n e g a d a la v e r d a d del principio; e n el se
g u n d o n o se le d a p o r v e r d a d e r o ni p o r falso ; p e r o es e v i d e n t e
q u e la indiferencia n o basta; p o r q u e d e s d e el m o m e n t o e n
<jue el p r in cip io d e c o n t r a d i c c i o n n o esté f u e r a d e t o d a d u d a ,
v o l v e m o s á c a e r e n las tinieblas, d e b e m o s d u d a r d e todo.
N o q u i e r o d e c i r q u e p a r a t e n e r certeza d e c u a l q u i e r a cosa,
s e a n e c e s a r i o p e n s a r e x p l í c i t a m e n t e e n d i c h o principio; p e r o
sí q u e d e b e m o s tenerle p o r f i r m e m e n t e a s e n t a d o , q u e n o p o
d e m o s a b r i g a r s o b r e él la m e n o r d u d a , y q u e e n v i e n d o a l g u
n a c o s a ligada c o n él m i s m o , es p r e c i s o c o n s i d e r a r l a c o m o
a s i d a d e u n p u n t o i n m ó v i l ; l a m e n o r v a c i l a c i o n , e l m a s li
 — 1 2 4 —
g e r o quién sabe!... s o b r e este principio, lo a r r u i n a t o d o : la
posibilidad d e u n a b s u r d o es y a p o r sí m i s m a u n a b s u r d o .

T E R C E R A PROPOSICION.

107. E s i m p o s i b l e e n c o n t r a r u n p ri n c ip i o q u e n o s a s e g u
r e d e la v e r d a d del d e c o n t r a d i c c i o n .
D e m o s t r a c i o n . H e m o s visto q u e e n t o d o c o n o c i m i e n t o es
n e c e s a r i o s u p o n e r la v e r d a d del p r in c ip i o d e c o n t r a d i c c i o n ;
l u e g o n i n g u n o p u e d e servir p a r a d e m o s t r a r l e á él. E n c u a l
q u i e r a raciocinio q u e c o n este objeto se h a g a , h a b r á p o r n e
c e s i d a d u n circulo vicioso; se p r o b a r á el pr i nc i pi o d e c o n
t r a d i c c i o n c o n otro p r i n c i p i o q u e á s u v e z s u p o n d r á s i e m p r e
el d e c o n t r a d i c c i o n . T e n d r e m o s p u e s u n edificio q u e estribará
s o b r e u n c i m i e n t o y u n c i m i e n t o q u e estribará s o b r e el m i s
m o edificio.
C U A R T A PROPOSICION.
208. A q u i e n n i e g u e el p ri n ci p io d e c o n t r a d i c c i o n , n o s e
le p u e d e r e d u c i r directa ni i n d i r e c t a m e n t e p o r n i n g u n otro.
D e m o s t r a c i o n . Seria c u r i o s o oir los a r g u m e n t o s dirigidos
c o n t r a u n h o m b r e q u e a d m i t e la posibilidad del sí y del nó"
e n todo. C u a n d o se le r e d u z c a al sí, n o se le h a r á p e r d e r el
n ó , y vice-versa. E s i m p o s i b l e n o solo a r g u m e n t a r , s i n o h a
blar, ni p e n s a r e n s u p o s i c i o n s e m e j a n t e .

QUINTA PROPOSICION.
I
209. N o es e x a c t o lo q u e s u e l e d e c i r s e q u e c o n el p r i n c i
p i o d e c o n t r a d i c c i o n p o d a m o s a r g ü i r d e u n a m a n e r a c o n c l u /
y e n t e c o n t r a q u i e n n i e g u e los d e m á s .
A d v i é r t a s e q u e solo d i g o q u e n o es exacto; p o r q u e e n efec
to c r e o q u e e n el f o n d o es v e r d a d e r o , p e r o m e z c l a d o c o n
a l g u n a inexactitud. P a r a m a n i f e s t a r l o e x a m i n e m o s el v a l o r
d e la d e m o s t r a c i o n q u e se d a e n c a s o s s e m e j a n t e s . E n f o r m a
d e d i á l o g o las r a z o n e s , las c o n t e s t a c i o n e s y las réplicas s e
p r e s e n t a r á n c o n m a s claridad y viveza. S u p o n g a m o s q u e u n o
n i e g a este a x i o m a : El t o d o es m a y o r q u e la parte.
Si V. n i e g a esto, a d m i t e q u e u n a c o s a p u e d e s er y n o s e r
á u n m i s m o t i e m p o .
 - 1 2 5 —
Esto es lo q u e se m e h a d e p r o b a r .
El t o d o d e V. s e r á t o d o y n o lo será, y la parte s e r á parte
y n o parte.
¿ P o r q u é ?
E n p r i m e r l u g a r , s e r á t o d o , p o r q u e así se s u p o n e .
A d m i t i d o .
Al m i s m o t i e m p o n o lo s e r á
N e g a d o .
N o lo s e r á p o r q u e n o s e r á m a y o r q u e s u parte.
B u e n m o d o d e a r g u m e n t a r ; esto es u n a peticion d e p r i n
cipio ; y o c o m i e n z o p o r a f i r m a r q u e el t o d o n o es m a y o r q u e
s u p a r t e , y V . m e a r g u y e e n el s u p u e s t o contrario; p u e s m e
d i c e q u e el t o d o n o s e r á t o d o si n o es m a y o r q u e s u parte. Si
y o c o n c e d i e s e q u e el t o d o es m a y o r q u e s u parte, y l u e g o
n e g a s e esta p r o p i e d a d , e n t o n c e s incurriría e n c o n t r a d i c c i o n
h a c i e n d o u n t o d o q u e s e g u n m i s p r i n c i p i o s n o seria t o d o ;
p e r o c o m o a h o r a n i e g o q u e el t o d o h a y a d e ser m a y o r q u e
s u parte, d e b o n e g a r t a m b i e n q u e deje d e ser t o d o , p o r n o
s e r m a y o r q u e s u parte.
410. A q u i e n d i s c u r r e d e esta m a n e r a ¿ q u é se le p u e d e
r e p l i c a r ? n a d a a b s o l u t a m e n t e e n f o r m a d e raciocinio; lo q u e
s e p u e d e h a c e r es l l a m a r l e la a t e n c i o n h á c i a el a b s u r d o e n
q u e se coloca; p e r o esto n o a r g u m e n t a n d o , s i n o d e t e r m i n a n
d o c o n t o d a e x a c t i t u d el s e n t i d o d e las p a l a b r a s y a n a l i z a n d o
los c o n c e p t o s q u e p o r ellas se e x p r e s a n . Esto es lo ú n i c o q u e
s e p u e d e y d e b e h a c e r . L a c o n t r a d i c c i o n existe, es cierto; y
lo q u e c o n v i e n e es q u e la v e a el q u e h a i n c u r r i d o e n la m i s
m a ; p a r a lo c u a l , ó s e r á suficiente la e x p l i c a c i o n d e los tér
m i n o s y el análisis d e los c o n c e p t o s , ó n o b a s t a r á n a d a .
V e á m o s l o e n el m i s m o e j e m p l o . El t o d o es m a y o r q u e s u
parte. ¿ Q u é es t o d o ? es el c o n j u n t o d e las partes, es las p a r t e s
m i s m a s r e u n i d a s . E n la idea del t o d o e n t r a n p u e s las partes.
¿ Q u é significa m a y o r ? U n a c o s a se d i c e m a y o r q u e otra, c u a n
d o a d e m á s d e c o n t e n e r c a n t i d a d igual á esta , c o n t i e n e a l g u n a
ot r a ; el siete es m a y o r q u e el cinco, p o r q u e á m a s d e c o n t e n e r
el m i s m o c i n c o , c o n t i e n e t a m b i e n el dos. El t o d o c o n t i e n e á la
p a r t e y a d e m á s á las otras partes, l u e g o e n la i d e a d e t o d o
e n t r a la i d e a d e ser m a y o r q u e s u parte. A s í se p o d r í a r e d u
cir á q u i e n n e g a s e este principio: m é t o d o q u e m a s b i e n q u e
d e a r g u m e n t a c i o n , p o d r í a l l a m a r s e d e e x p l i c a c i o n d e t é r m i
 — 1 8 6 —
n o s y análisis d e c o n c e p t o s , p o r q u e e s claro q u e n o s e lia
h e c h o m a s q u e definir a q u e l l o s y d e s c o m p o n e r estos.

S E X T A PROPOSICION.

211. El pr in cip io d e c o n t r a d i c c i o n n o p u e d e s e r c o n o c i d o
s i n o p o r e v i d e n c i a i n m e d i a t a .
D e m o s t r a c i o n . S e h a n d e p r o b a r d o s cosas. Q u e el c o n o c i
m i e n t o es p o r e v i d e n c i a , y q u e la e v i d e n c i a es i n m e d i a t a .
T o c a n t e á lo p r i m e r o o b s e r v a r é q u e el p r i n c i p i o d e c o n t r a
d i c c i o n n o es u n s i m p l e h e c h o d e c o n c i e n c i a s i n o u n a v e r
d a d p u r a m e n t e ideal. El h e c h o d e c o n c i e n c i a e n v u e l v e la
r e a l i d a d , n o p u e d e e x p r e s a r s e d e n i n g u n m o d o sin q u e se
a f i r m e a l g u n a existencia; el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n n o
a f i r m a ni n i e g a n a d a positivo; esto es, n o d i c e q u e a l g o exis
ta ó n o exista , solo e x p r e s a la r e p u g n a n c i a del s e r al n o ser,
y d e l n o s er al ser , p r e s c i n d i e n d o d e q u e el v e r b o ser se to
m e (sustantiva ó c o p u l a t i v a m e n t e .
212. T o d o h e c h o d e c o n c i e n c i a es algo, n o solo existente
s i n o d e t e r m i n a d o ; n o es u n p e n s a m i e n t o e n abstracto, sino
tal ó c u a l p e n s a m i e n t o . El p ri n ci p io d e c o n t r a d i c c i o n n o
c o n t i e n e n a d a d e t e r m i n a d o ; n o solo p r e s c i n d e d e la e x i s t e n
cia d e las c o s a s s i n o t a m b i e n d e la e s e n c i a , p u e s n o se re
fiere á solas las existentes sino t a m b i e n á las posibles; y e n
tre estas n o d i s t i n g u e e s p e c i e s , sino q u e las a b r a z a t o d a s e n
s u m a y o r g e n e r a l i d a d . C u a n d o se d i c e « e s i m p o s i b l e q u e u n a
c o s a s e a y n o s e a , » la p a l a b r a cosa n o r e s t r i n g e s u signifi
c a c i o n d e n i n g u n a m a n e r a ; e x p r e s a el ser e n g e n e r a l , e n s u
m a y o r i n d e t e r m i n a c i o n . E n el sea ó n o sea, el v e r b o ser n o
e x p r e s a solo la e x i s t e n c i a s i n o t o d a clase d e r e l a c i o n e s d e
e s e n c i a s , t a m b i e n e n s u m a s c o m p l e t a i n d e t e r m i n a c i o n , ^ s í
el p ri n c ip io se aplica i g u a l m e n t e e n estas d o s proposicion.es:
e s i m p o s i b l e q u e la l u n a s e a y n o s e a ; es i m p o s i b l e q u e u n
c i r c u l o s e a y n o s e a círculo; n o o b s t a n t e q u e la p r i m e r a e s
d e l ó r d e n real , y e n ella el v e r b o ser e x p r e s a e x i s t e n c i a ; y
la s e g u n d a es del ó r d e n ideal, y el v e r b o ser significa ú n i
c a m e n t e r e l a c i o n d e p r e d i c a d o á sujeto.
213. T o d o h e c h o d e c o n c i e n c i a . e s individual, el p r i n c i p i o
d e c o n t r a d i c c i o n es lo m a s u n i v e r s a l q u e i m a g i n a r s e p u e d a ;
t o d o h e c h o d e c o n c i e n c i a es c o n t i n g e n t e , el p r i n c i p i o d e c o n
 - 1 2 7 —
t r a d i c c i o n es a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o : n e c e s i d a d q u e es u n o
d e los c a r a c t e r e s d e las v e r d a d e s c o n o c i d a s p o r e v i d e n c i a .
214. El pri nc ipi o d e c o n t r a d i c c i o n es u n a ley d e t o d a in
teligencia; es d e u n a n e c e s i d a d a b s o l u t a tanto p a r a lo finito
c o m o p a r a lo infinito: ni la inteligencia infinita se halla f u e r a
d e esta n e c e s i d a d , p o r q u e la infinita p e r f e c c i o n n o p u e d e s e r
u n a b s u r d o . El h e c h o d e c o n c i e n c i a c o m o p u r a m e n t e indivi
d u a l , se refiere t a n solo al s e r q u e lo e x p e r i m e n t a : d e q u e
y o exista ó n o exista, ni el o r d e n d e las inteligencias ni el
d e las v e r d a d e s sufre alteracion a l g u n a .
215. El p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , á m a s del c a r á c t e r d e
u n i v e r s a l i d a d y n e c e s i d a d c o n q u e se d i s t i n g u e n las v e r d a d e s
d e e v i d e n c i a , p o s e e t a m b i e n el d e s e r visto c o n es a claridad
intelectual i n m e d i a t a , d e q u e m a s arriba se h a tratado. En,la
i d e a del ser v e m o s c l a r í s i m a m e n t e la e x c l u s i o n del n o ser.
D e esto se infiere la p r u e b a d e la s e g u n d a parte d e la p r o
p o s i c i o n : p o r q u e h a y e v i d e n c i a i n m e d i a t a d e la r e l a c i o n d e
u n p r e d i c a d o c o n u n sujeto , c u a n d o p a r a verla n o s basta la
sola i d e a de l sujeto sin n e c e s i d a d d e n i n g u n a c o m b i n a c i o n
c o n otras ideas ; asi se verifica e n el c a s o p r e s e n t e , p u e s n o
solo n o es n e c e s a r i a n i n g u n a c o m b i n a c i o n , s i n o q u e t o d a s
. s o n i m p o s i b l e s si n o s e p r e s u p o n e la v e r d a d d e l p r i n c i p i o
' ( X X I ) .

C A P Í T U L O X X I I .

El principio de U evidencia.

216. E n t r e los p r i n c i p i o s q u e h a n f i g u r a d o e n las e s c u e l a s

e n p r i m e r a línea , c o n p r e t e n s i o n al título d e f u n d a m e n t a l e s ,
s e e n c u e n t r a el q u e h a solido l l a m a r s e d e los cartesianos. « L o
q u e está c o m p r e n d i d o e n la i d e a clara y distinta d e u n a cosa,
s e p u e d e a f i r m a r d e ella c o n t o d a certeza. » Y a h e m o s visto
q u e K a n t resucita, a u n q u e e n otras p a l a b r a s , este principio,
t o m á n d o l e e q u í v o c a m e n t e p o r s i n ó n i m o del d e c o n t r a d i c c i o n .
B i e n e x a m i n a d a la c o s a se e c h a d e v e r q u e tanto la f ó r m u l a
d e los c a r t e s i a n o s c o m o la d e K a n t n o s o n m a s q u e la e x p r e
s i o n d e la l e g i t i m i d a d del criterio d e la e v i d e n c i a . A m b a s p o
 — 1 1 8 -r"
d r i a n r e d u c i r s e á otras m a s sencillas: la e v i d e n c i a es criterio
d e v e r d a d ; ó b i e n , lo e v i d e n t e es v e r d a d e r o . C o m o esta tras-
f o r m a c i o n m e h a d e servir e n a d e l a n t e p a r a distinguir ideas,
e n m i o p i n i o n m u y c o n f u s a s , d a r é la r a z o n d e ella m a n i f e s
t a n d o la i g u a l d a d d e las d o s e x p r e s i o n e s .
217. D e c i r q u e u n a c o s a está c o m p r e n d i d a e n la i d e a cla
ra y distinta d e otra, es lo m i s m o q u e d e c i r q u e h a y e v i d e n
cia d e q u e u n p r e d i c a d o c o n v i e n e á u n sujeto; las p a l a b r a s
n o t i e n e n ni p u e d e n t e n e r otro s e n t i d o ; «e s t ar c o m p r e n d i d o
e n u n a i d e a clara y distinta, » e q u i v a l e á d e c i r q u e v e m o s
« n a c o s a e n otra c o n a q u e l l a luz intelectual q u e l l a m a m o s
e v i d e n c i a : l u e g o esta e x p r e s i o n , « lo q u e está c o m p r e n d i d o
e n la i d e a clara y distinta d e u n a c o s a , » es e x a c t a m e n t e
igual á esta: «lo q u e es e v i d e n t e . »
D e c i r q u e u n a c o s a s e p u e d e a f i r m a r d e otra c o n t o d a c e r
teza, es lo m i s m o q u e d e c i r : «la c o s a es v e r d a d e r a , y d e es
to p o d e m o s estar c o m p l e t a m e n t e s e g u r o s . » L o q u e se p u e d e
a f i r m a r , es la v e r d a d y solo la v e r d a d ; l u e g o esta e x p r e s i o n ,
« s e p u e d e a f i r m a r d e ella c o n t o d a c e r t e z a , » es e x a c t a m e n
te igual á esta otra : « es v e r d a d e r o »
A s i , la e x p r e s i o n d e los cartesianos p u e d e t r a s f o r m a r s e
e n esta: «lo e v i d e n t e es v e r d a d e r o , » ó e n s u e q u i v a l e n t e ;
«l a e v i d e n c i a es s e g u r o criterio d e v e r d a d »
218. « E l p r e d i c a d o q u e r e p u g n a á u n sujeto, n o le c o n v i e
n e ;» esta es la f ó r m u l a d e Kant. L a r e p u g n a n c i a d e q u e a q u í
s e trata es la q u e se e n c u e n t r a e n las ideas , esto es , c u a n d o
d e la i d e a del sujeto está n e c e s a r i a m e n t e e x c l u i d o el p r e d i c a
d o p o r r e p u g n a n c i a intrínseca. L a e x p r e s i o n p u e s « el p r e d i c a
d o q u e r e p u g n a á u n sujeto ,» e q u i v a l e á esta otra: « c u a n d o
d e la i d e a del sujeto se v e c o n claridad e x c l u i d o el p r e d i
c a d o ;» la q u e á s u v e z es igual á esta : « la e x c l u s i o n ó la re
p u g n a n c i a e n t r e el sujeto y el p r e d i c a d o es evidente. »
« N o le c o n v i e n e » significa lo m i s m o q u e es v e r d a d e r o q u e
n o le c o n v i e n e ; y c o m o estas f ó r m u l a s t i e n e n d o s valores,
u n o p a r a los c a s o s afirmativos , otro p a r a los n e g a t i v o s , p u e s
si se dice: el p r e d i c a d o q u e r e p u g n a á u n sujeto n o le c o n
v i e n e , se p u e d e d e c i r c o n la m i s m a r a z o n , el p r e d i c a d o c o n
t e n i d o e n la i d e a del sujeto le c o n v i e n e , resulta q u e la fór
m u l a d e K a n t c o i n c i d e e x a c t a m e n t e c o n esta: « l o q u e e s
e v i d e n t e es v e r d a d e r o . »
 — 1 8 9 —
t i 9. C o n esta t r a s f o r m a c i o n s e l o g r a m a y o r sencillez, y
m a s g e n e r a l i d a d : sencillez, p o r la e x p r e s i o n m i s m a ; g e n e
r a l i d a d , p o r q u e e s t á n c o n t e n i d o s tanto los c a s o s afirmativos
c o m o los' negativos. L a s p a l a b r a s « l o q u e es e v i d e n t e » a b r a
z a n tanto las a f i r m a c i o n e s c o m o las n e g a c i o n e s ; p o r q u e t an
e v i d e n t e p u e d e ser la i n c l u s i o n d e u n p r e d i c a d o e n u n sujeto
e o m o s u m u t u a r e p u g n a n c i a . S e p u e d e v e r q u e está c o n t e
n i d a u n a c o s a e n la i d e a d e otra, c o m o q u e está e x c l u i d a d e
ella. B a j o t o d o s c o n c e p t o s es preferible la f ó r m u l a : lo q u e es
e v i d e n t e es v e r d a d e r o ; y si se q u i e r e e x p r e s a r n o c o m o p r i n
cipio s i n o c o m o r e g l a aplicable, se p u e d e c o n v e r t i r e n esta
otra: « l a e v i d e n c i a es s e g u r o criterio d e v e r d a d , »
2Í0. N o se c r e a q u e el análisis p r e c e d e n t e t e n g a p o r ú n i
c o objeto la t r a s f o r m a c i o n i n d i c a d a ; b i e n q u e e n estas m a
terias la c l a r i d a d y la p r e c i s i o n d e b e n se r llevadas al m a s al
to p u n t o posible, n o o b s t a n t e m e h u b i e r a a b s t e n i d o d e e n t r a r
e n s e m e j a n t e s c o n s i d e r a c i o n e s si solo m e h u b i e s e p r o p u e s t o
l o g r a r u n a i n n o v a c i o n q u e e n la p r á c t i c a p u e d e p r o d u c i r m u y
e s c a s o resultado; lo m i s m o se e x p r e s a d e u n m o d o q u e d e
otro, q u i e n n o e n t i e n d a las p r i m e r a s f ó r m u l a s n o e n t e n d e r á
la última. P e r o n o era esta i n n o v a c i o n m i objeto p r i n c i p a l ;
s i n o el m a n i f e s t a r la c o n f u s i o n d e i d e a s q u e h a y e n este p u n t o
c u a n d o se e x a m i n a si el p r i n c i p i o q u e c o n t i e n e la l e g i t i m i d a d
d e l criterio d e la e v i d e n c i a , d e b e s e r c o n s i d e r a d o ó n ó c o m o
f u n d a m e n t a l y preferido al d e c o n t r a d i c c i o n y al d e D e s c a r t e s .
221. C o m i e n z o p o r a s e n t a r u n a p r o p o s i c i o n q u e p a r e c e r á
la m a s e x t r a ñ a p a r a d o j a , p e r o q u e está m u y léjos d e serlo.
E l principio de la evidencia n o es evidente.
D e m o s t r a c i o n . Este pri n ci p i o p u e s t o e n f o r m a m a s sencilla
e s el q u e sigue. L o e v i d e n t e es v e r d a d e r o . Y o d i g o q u e esta
p r o p o s i c i o n n o es e v i d e n t e . ¿ C u á n d o es e v i d e n t e u n a p r o p o
s i c i o n ? c u a n d o e n la i d e a del sujeto v e m o s el p r e d i c a d o ; esto
n o s u c e d e aquí. E v i d e n t e es lo m i s m o q u e visto c o n claridad,
q u e o f r e c i d o al e n t e n d i m i e n t o d e u n a m a n e r a m u y l u m i n o s a .
V e r d a d e r o es lo m i s m o q u e c o n f o r m i d a d d e la i d e a c o n el
objeto. P r e g u n t o a h o r a : p o r m a s q u e se a n a l i c e esta idea:
«visto c o n c l a r i d a d » ¿ s e p u e d e d e s c u b r i r esta otra, « c o n f o r m e
al o b j e t o ? » n ó . S e d a a q u í u n salto i n m e n s o , s e p a s a . d e la
s u b j e t i v i d a d á la objetividad , se a f i r m a q u e las c o n d i c i o n e s
s u b j e t i v a s s o n el reflejo d e las objetivas, se h a c e el tránsito d e
 — 1 3 0 -
la idea á s u objeto,- tránsito q u e c o n s t i t u y e el p r o b l e m a m a s
t r a s c e n d e n t a l , m a s difícil, m a s o s c u r o d e la filosofía. V e a pues,
el lector si h e d i c h o c o n f u n d a m e n t o q u e n o e r a u n a p a r a d o j a
esta a s e r c i o n : El p r i n c i p i o d e la e v i d e n c i a n o es e v i d e n t e .
222. ¿ Q u é d i r e m o s p u e s d e esta p r o p o s i c i o n : lo e v i d e n t e
es v e r d a d e r o ? h é l o aquí. N o es u n a x i o m a , p o r q u e el p r e d i c a
d o n o está c o n t e n i d o e n la idea del sujeto ; n o es u n a p r o p o
sicion d e m o s t r a b l e , p o r q u e t o d a d e m o s t r a c i o n estriba e n prin.
cipios e v i d e n t e s y consiste e n d e d u c i r d e los m i s m o s u n a c o n
s e c u e n c i a e v i d e n t e m e n t e e n l a z a d a c o n ellos;lo q u e n o p u e d e
t e n e r l u g a r si n o s e p r e s u p o n e la l e g i t i m i d a d d e la e v i d e n c i a ,
e s d e c i r , lo m i s m o q u e es objeto d e la d e m o s t r a c i o n . A I c o
m e n z a r el r a c i o c i n i o se p o d r í a p r e g u n t a r d e s d e luego: ¿ c ó m o
es c o n o c i d o el p r i n c i p i o e n q u e se le q u i e r e f u n d a r ? ¿ c ó m o »
s e s a b e q u e s e a v e r d a d e r o ? ¿ p o r la e v i d e n c i a ? r e c u é r d e s e
q u e se trata d e p r o b a r a u e lo e v i d e n t e es v e r d a d e r o , y p o r
t a n t o h a y u n a peticion d e principio. L a v e r d a d d e las l e y e s
lógicas á q u e d e b e c o n f o r m a r s e t o d o raciocinio, es c o n o c i d a
solo p o r e v i d e n c i a : l u e g o si n o se s u p o n e q u e lo e v i d e n t e es-
v e r d a d e r o , n o se p u e d e ni r a c i o c i n a r si q ui e ra .
223. T e n e m o s p u e s q u e el p r i n c i p i o d e la e v i d e n c i a m >
p u e d e a p o y a r s e e n otro, y p o r c o n s i g u i e n t e r e u n e el p r i m e r
c a r á c t e r d e p ri nci pio f u n d a m e n t a l . C a y e n d o él c a e n t a m b i e n
t o d o s los d e m á s , i n c l u s o el d e c o n t r a d i c c i o n , q u e c o m o to
d o s n o e s c o n o c i d o s i n o p o r e v i d e n c i a ; e s t e e s o t r o d e Ios-
c a r a c t e r e s del p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l . V e a m o s si r e u n e el ter
c e r o , á s a b e r , q u e c o n s u auxilio se p u e d a r e d u c i r á q u i e »
n i e g u e los d e m á s .
Difícil es e n c o n t r a r q u i e n n i e g u e el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c
c i o n y a d m i t a el d e e v i d e n c i a ; sin e m b a r g o h a c i e n d o esta s u
p o s i c i o n e x t r a v a g a n t e , si a l g u n p r i n c i p i o p u d i e r a s er v ir p a r a
el c a s o seria este sin d u d a , p o r q u e la c u e s t i o n e s t a r í a r e d u
c i d a á si c o n f e s a r í a q u e los p r i n c i p i o s s o n p a r a él e v i d e n t e s ;
si n o lo s o n , s u e n t e n d i m i e n t o es d i f e r e n t e del d e los d e m á s
h o m b r e s ; si lo s o n , el a r g u m e n t o q u e se le h a c e e s c o n c l u
ye n t e. S e g u n V. confiesa, lo e v i d e n t e es v e r d a d e r o ; tal ó c u a l
p r i n c i p i o es e v i d e n t e p a r a V., l u e g o e s v e r d a d e r o . L a s p r e m i
sas s o n a d m i t i d a s p o r él m i s m o ; la l e g i t i m i d a d d e la c o n s e
c u e n c i a es e v i d e n t e , y p o r tanto d e b e r e c o n o c e r l a t a m b i e n , ,
y a q u e p o r regla g e n e r a l a d m i t e el criterio d e la e v i d e n c i a .
 — 1 3 1 —
224. ¿ D e q u é n a c e n las e x t r a ñ e z a s q u e h e m o s n o t a d o e n
este p r i n c i p i o ? N o es e v i d e n t e , ni es d e m o s t r a b l e ; es n e c e
sario p a r a todos los d e m á s , y c o n s u auxilio se p u e d e r e d u c i r
á q u i e n los n i e g u e ; ¿ d e d ó n d e s e m e j a n t e extrafieza? d e u n
o r i g e n m u y sencillo. E s q u e el p ri n ci p i o d e la e v i d e n c i a n o
e x p r e s a n i n g u n a v e r d a d objetiva, y p o r c o n s i g u i e n t e n o es
d e m o s t r a b l e ; n o es u n s i m p l e h e c h o d e c o n c i e n c i a , p o r q u e
e x p r e s a la relacion del sujeto al objeto y p o r c o n s i g u i e n t e n o
p u e d e limitarse á lo p u r a m e n t e subjetivo; es u n a p r o p o s i c i o n
q u e c o n o c e m o s p o r acto reflejo y q u e e x p r e s a la ley p r i m i t i v a
d e t o d o s n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s objetivos. Estos se f u n d a n e n
la e v i d e n c i a ; así lo e x p e r i m e n t a m o s ; p e r o c u a n d o el espíritu
se p r e g u n t a ¿ p o r q u é d e b e s fiarte d e la e v i d e n c i a ? n o p u e d e
r e s p o n d e r otra c o s a s i n o q u e lo e v i d e n t e es v e r d a d e r o . ¿ E n
q u é f u n d a esta p r o p o s i c i o n ? o r d i n a r i a m e n t e e n n a d a : se c o n -
f o r m a á la m i s m a sin h a b e r p e n s a d o n u n c a e n ella; p e r o si
se e m p e ñ a e n reflexionar e n c u e n t r a tres m o t i v o s p a r a asentir
á la m i s m a . P r i m e r o : u n irresistible instinto d e la n a t u r a l e
za. S e g u n d o : el v e r q u e n o a d m i t i e n d o la l e g i t i m i d a d del cri
terio d e la e v i d e n c i a , s e h u n d e n t o d o s s u s c o n o c i m i e n t o s y le
es i m p o s i b l e p e n s a r . T e r c e r o : el n o t a r q u e a d m i t i e n d o este
criterio t o d o se p o n e e n ó r d e n e n la inteligencia, q u e e n v e z
d e u n c a o s halla u n u n i v e r s o ideal c o n t r a b a z o n a d m i r a b l e ,
y se siente c o n los m e d i o s n e c e s a r i o s p a r a r a c i o c i n a r y c o n s
truir u n edificio científico c o n r e s p e c t o al u n i v e r s o real d e l
q u e tiene c o n o c i m i e n t o p o r la e x p e r i e n c i a (XXII).

C A P Í T U L O X X I I I .

Critejio d e la conciencia.
M 5 . A p r e c i a d o el m é r i t o d e los tres principios, d e c o n
c i e n c i a , d e c o n t r a d i c c i o n y d e e v i d e n c i a , c o n r e s p e c t o á la
d i g n i d a d d e p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l , v a m o s a h o r a a e x a m i n a r
el v a l o r intrínseco d e los diferentes criterios. P a r a esto n o s
s u m i n i s t r a m u c h a luz la d o c t r i n a d e los capítulos anteriores,
d e la cual s o n los siguientes u n desarrollo y c o m p l e m e n t o .
C o m e n c e m o s p o r la c o n c i e n c i a ó s e n t i d o i n t i m o .
El t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a ó del sentido intimo, c o m
 — 1 3 8 -
p r e n d e t o d o s los f e n ó m e n o s q u e activa ó p a s i v a m e n t e s e r e a
lizan e n n u e s t r a a l m a . P o r s u n a t u r a l e z a , es p u r a m e n t e s u b
jetivo; d e m o d o q u e c o n s i d e r a d o e n sí m i s m o , s e p a r a d a
m e n t e del instinto intelectual y d e la luz d e la e v i d e n c i a ,
n a d a atestigua c o n r e s p e c t o á los objetos. P o r él s a b e m o s lo
q u e e x p e r i m e n t a m o s , n o lo q u e es; p e r c i b i m o s el f e n ó m e r
n o , n o la r e a l i d a d ; él n o s a u t o r i z a á d e c i r : m e parece tal
cosa; p e r o n o , es tal cosa.
L a transicion de l sujeto al objeto, d e la i d e a r e p r e s e n t a n t e
á la c o s a r e p r e s e n t a d a , d e la i m p r e s i o n á la c a u s a i m p r í
m e n t e , p e r t e n e c e á otros criterios : la c o n c i e n c i a se limita á
lo interior, ó p o r m e j o r d e c i r á ella m i s m a , q u e n o es m a s
q u e u n h e c h o d e n u e s t r a a l m a .
226. C o n v i e n e distinguir e n t r e la c o n c i e n c i a directa y la
refleja; a q u e l l a a c o m p a ñ a á t o d o f e n ó m e n o i n t e r n o , e s t a ñ ó ;
a q u e l l a es n a t u r a l , esta es filosófica ; a q u e l l a p r e s c i n d e d e
los actos d e la r a z o n , esta es u n o d e estos actos.
L a c o n c i e n c i a directa es la p r e s e n c i a m i s m a del f e n ó m e n o
al espíritu, y a s e a u n a s e n s a c i o n , y a u n a i d e a , y a u n acto ó
i m p r e s i o n c u a l q u i e r a e n el ó r d e n intelectual ó m o r a l .
P o r esta definicion se e c h a d e v e r q u e la c o n c i e n c i a d i r e c t a
a c o m p a ñ a á t o d o ejercicio d e las facultades d e n u e s t r a a l m a ,
activo ó pasivo. D e c i r q u e estos f e n ó m e n o s e x i s t e n e n el al
m a y n o están p r e s e n t e s á ella, es u n a c o n t r a d i c c i o n .
Estos f e n ó m e n o s n o s o n m o d i f i c a c i o n e s c o m o las q u e s e
verifican e n las c o s a s insensibles ; se trata d e m o d i f i c a c i o n e s
v i v a s p o r decirlo así , e n u n s e r v i v o t a m b i e n : e n la i d e a d e
las m i s m a s está c o n t e n i d a s u p r e s e n c i a al espíritu.
E s i m p o s i b l e sentir sin q u e la s e n s a c i o n se e x p e r i m e n t e
p o r q u e q u i e n d i c e sentir , d i c e e x p e r i m e n t a r la s e n s a c i o n ;
esta e x p e r i e n c i a es la p r e s e n c i a m i s m a : u n a s e n s a c i o n e x
p e r i m e n t a d a es u n a s e n s a c i o n p r e s e n t e .
El p e n s a m i e n t o es p o r s u e s e n c i a u n a r e p r e s e n t a c i o n , la
q u e n o p u e d e existir ni a u n c o n c e b i r s e sin la p r e s e n c i a ; el
n o m b r e m i s m o lo está i n d i c a n d o ; y la i d e a q u e le u n i m o s
c o n f i r m a el significado d e la p a l a b r a . C u a n d o d e r e p r e s e n t a
c i o n h a b l a m o s , e n t e n d e m o s q u e h a y a l g u n objeto r e a l ó
i m a g i n a r i o , q u e m e d i a t a ó i n m e d i a t a m e n t e se o f r e c e á u n
sujeto: h a y p u e s p r e s e n c i a e n t o d a r e p r e s e n t a c i o n , y p o r
c o n s i g u i e n t e e n t o d o p e n s a m i e n t o .
 — 1 3 3 -
Si d e lo p a s i v o c o m o s o n las s e n s a c i o n e s y r e p r e s e n t a c i o n e s ,
p a s a m o s a lo activo, es d ec i r, á los f e n ó m e n o s e n q u e el al-
m a ' d e s e n v o e l v e l i b r e m e n t e s u f u e r z a e n el ó r d e n intelectual
ó m o r a l , c o m b i n a n d o ó queriendo, la p r e s e n c i a es , si c a b e , m a s
e v i d e n t e . El ser q u e o b r a d e este m o d o n o o b e d e c e á u n i m
p u l s o natural , sino á m o t i v o s q u e él se p r o p o n e , y á q u e p u e
d e a t e n d e r ó dejar d e a t e n d e r : c o m b i n a r i n t e l e c t u a l m e n t e ,
ejercer actos d e v o l u n t a d , sin q u e ni lo p r i m e r o ni lo s e g u n
d o estén p r e s e n t e s al a l m a , s o n a f i r m a c i o n e s contradictorias.
227. L a c o n c i e n c i a refleja , q u e los f r a n c e s e s s u e l e n lla
m a r a p e r c e p c i o n , del v e r b o s'aperccvoir , a p e r c i b i r s e , q u e
e n t r e ellos p u e d e significar p e r c e p c i o n d e la percepción-, es
el acto c o n q u e el espíritu c o n o c e e x p l í c i t a m e n t e a l g u n fe
n ó m e n o q u e e n él se realiza. E n la a c t u a l i d a d o i g o r u i d o ; la
s i m p l e s e n s a c i o n p r e s e n t e á m i espíritu a f e ct á nd o le , consti
t u y e lo q u e h e l l a m a d o c o n c i e n c i a directa; p e r o si á m a s d e
oir m e a p e r c i b o ( p e r m í t a s e m e el g a l i c i s m o ) d e q u e oigo, e n
t o n c e s n o solo o i g o s i n o q u e p i e n s o q u e oigo: esto es lo qtíe
l l a m o c o n c i e n c i a refleja.
228. C l a r o es p o r el e j e m p l o q u e se a c a b a d e aducir, q u e
la c o n c i e n c i a directa y la refleja s o n n o solo distintas , s i n o
s e p a r a b l e s ; p u e d o oir sin p e n s a r q u e oigo, y esto se verifica
infinitas Veces.
229. El c o m u n d e los h o m b r e s tiene p o c a c o n c i e n c i a refle
ja y la m a y o r f u e r z a intelectual es e n s e n t i d o directo. E s t e
h e c h o i d e o l ó g i c o se e n l a z a c o n v e r d a d e s m o r a l e s d e la m a y o r
i m p o r t a n c i a . El espíritu h u m a n o n o h a n a c i d o p a r a c o n t e m
p l a r s e á sí p r o p i o , p a r a p e n s a r q u e p i e n s a ; los afectos n o le
h a n sido c o n c e d i d o s p a r a objetos d e reflexion , s i n o c o m o i m
p u l s o s q u e le llevan á d o n d e es l l a m a d o ; el objeto principal
d e s u inteligencia y d e s u a m o r es el ser infinito asi e n esta
v i d a c o m o e n la otra. El culto d e sí p r o p i o es u n a a b e r r a c i o n
del o r v a l l o c u y a p e n a s o n las tinieblas.
230. L o s g r a n d e s a d e l a n t o s científicos s o n todos c o n rela
c i o n á l o s objetos, n o al sujeto. L a s ciencias e x a c t a s , las n a
turales y t a m b i e n las m o r a l e s , n o h a n n a c i d o d e la reflexion
s o b r e el yo, s i n o del c o n o c i m i e n t o d e los objetos y d e s us re
laciones. A u n las ciencias metafísicas , e n lo q u e t i e n e n d e
m a s sólido, q u e es lo ontológico, c o s m o l ó g i c o y teológico,
s o n p u r a m e n t e objetivas ; la ideología y psicología q u e v e r
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s a n s o b r e el sujeto , se r e s i e n t e n y a d e la o s c u r i d a d i n h e r e n t e
á t o d o lo subjetivo; la id eo l og í a a p e n a s sale d e los límites d e
la p u r a o b s e r v a c i o n d e los f e n ó m e n o s i n t e r n o s , o b s e r v a c i o n
q u e p a r a decirlo d e p a s o s u e l e ser e s c a s a y m u y m a l h e c h a ,
s e p i e r d e e n v a n a s c avi l ac i on e s ; y la m i s m a psicología , ¿ q u é
e s lo q u e tiene v e r d a d e r a m e n t e d e m o s t r a d o s i n o la s i m p l i
c i d a d de l espíritu, c o n s e c u e n c i a p r e c i s a d e la u n i d a d d e
c o n c i e n c i a ? E n t o d o lo d e m á s h a c e lo m i s m o q u e la i deol o
gía, y h a s t a cierto p u n t o se c o n f u n d e c o n ella; o b s e r v a fe
n ó m e n o s q u e l u e g o d e s l i n d a y clasifica b i e n ó m a l , si n q u e
acierte á e x p l i c a r s u m i s t e r i o s a naturaleza.'
231. El s e n t i d o í n t i m o ó la c o n c i e n c i a , es el f u n d a m e n t o
d e los d e m á s criterios, n o c o m o u n a p r o p o s i c i o n q u e les sir
v a d e a p o y o , s i n o c o m o u n h e c h o q u e es p a r a t o d o s ellos u n a
c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e .
232. L a c o n c i e n c i a n o s d i c e q u e v e m o s la i d e a d e u n a c o
s a c o n t e n i d a e n la d e otra; h a s t a a q u í n o h a y m a s q u e a p a
riencia : la f ó r m u l a e n q u e p o d r i a e x p r e s a r s e el t e s t i m o n i o
seria: m e parece, d e s i g n á n d o s e u n f e n ó m e n o p u r a m e n t e s u b
jetivo. P e r o este f e n ó m e n o a n d a a c o m p a ñ a d o d e u n instinto
intelectual.de u n irresistible i m p u l s o d e la naturaleza, el c u a l
n o s h a c e asentir á la v e r d a d d e la relacion, n o solo e n c u a n
to está e n n o s o t r o s , sino t a m b i e n e n c u a n t o se halla f u e r a d e
n o s o t r o s , e n, el ó r d e n p u r a m e n t e objetivo, y a s e a e n la esfe
r a d e la r e a l i d a d , ó d e la posibilidad. A si se e x p l i c a c ó m o la
e v i d e n c i a se f u n d a e n la c o n c i e n c i a , n o identificándose c o n
ella, s i n o e s t r i b a n d o s o b r e la m i s m a c o m o e n u n h e c h o i m
p r e s c i n d i b l e , p e r o e n c e r r a n d o a l g o m a s ; á saber, el instinto
intelectual q u e n o s h a c e c r e e r v e r d a d e r o lo e vi d en t e.
233. L a s e n s a c i o n c o n s i d e r a d a e n si m i s m a , es u n h e c h o
d e p u r a c o n c i e n c i a , p u e s q u e es i n m a n e n t e ; léjos d e q u e s e a
u n acto p o r el cual el espíritu, salga d e sí t r a s l a d á n d o s e al o b
jeto, d e b e m a s b i e n ser m i r a d a c o m o u n a p a s i o n q u e c o m o
u n a a c c i o n ; lo q u e está a c o r d e c o n el l e n g u a j e c o m u n , q u e le
d a el significado del ejercicio d e u n a facultad p a s i v a m a s b i e n
q u e activa. S i n e m b a r g o , s o b r e este p u r o h e c h o d e c o n c i e n
cia se f u n d a e n a l g u n m o d o lo q u e se l l a m a el t e s t i m o n i o d e
los sentidos, y p o r c o n s i g u i e n t e t o d o el c o n o c i m i e n t o del
m u n d o e x t e r n o y d e s u s p r o p i e d a d e s y relaciones.
E n la s e n s a c i o n d e v e r ei sol , h a y d o s c o s a s : p r i m e r a , la
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s e n s a c i o n m i s m a ; es de ci r , esta r e p r e s e n t a c i o n q u e e x p e r i
m e n t o e n m í , y q u e l l a m o ver; s e g u n d a , la c o r r e s p o n d e n c i a
d e esta s e n s a c i o n c o n u n o b je t o e x t e r n o q u e l l a m o sol. E s
« v i d e n t e q u e estas s o n c o s a s m u y distintas, y sin e m b a r g o
las h a c e m o s a n d a r s i e m p r e juntas. L a c o n c i e n c i a es cierta
m e n t e la p r i m e r a b a s e p a r a f o r m a r el juicio, p e r o n o es s u
ficiente p a r a él; ella e n sí, atestigua lo q u e se siente, n o lo
q u e esto es. ¿ C ó m o se c o m p l e t a el juicio? p o r m e d i o d e u n
instinto n a t u r a l q u e n o s h a c e o b j e t i v a r l a s s e n s a c i o n e s , es
d e c ir , n o s h a c e c r e e r e n u n objeto e x t e r n o c o r r e s p o n d i e n t e
a l f e n ó m e n o interno. H é a q u í c o m o el t e s t i m o n i o d e los s e n
tidos se f u n d a e n a l g u n m o d o s o b r e la c o n c i e n c i a ; p e r o n o
n a c e d e ella sola, sino q u e h a m e n e s t e r el instinto n a t u r a l
.que h a c e f o r m a r c o n t o d a s e g u r i d a d el juicio.
234. A q u í es d e n o t a r q u e el t e s t i m o n i o d e los sentidos,
a u n e n la parte q u e e n c i e r r a d e intelectual, e n c u a n t o s e
j u z g a q u e á la s e n s a c i o n le c o r r e s p o n d e u n objeto e x t e r n o ,
n a d a tiene q u e v e r c o n la evidencia. E n la i d e a d e la s e n s a
c i o n c o m o p u r a m e n t e subjetiva, n o se e n c i e r r a la idea d e la
e x i s t e n c i a ó posibilidad d e u n objeto e x t e r n o : c o n d i c i o n in
d i s p e n s a b l e p a r a q u e el criterio d e la e v i d e n c i a p u e d a t e n e r
lugar. E s t o , á j m a s d e se r claro d e s u y o , se c o n f i r m a c o n la
. e x p e r i e n c i a d e t o d o s los dias. L a r e p r e s e n t a c i o n d e lo exter
n o c o n s i d e r a d a s u b j e t i v a m e n t e , c o m o p u r o f e n ó m e n o d e
n u e s t r a a l m a , la t e n e m o s c o n t i n u a m e n t e sin q u e le c o r r e s
p o n d a n objetos reales: m a s ó m e n o s clara, e n l a s o l a i m a g i
n a c i o n d u r a n t e la vigilia; viva, v i v í s i m a , h a s t a p r o d u c i r u n a
i l u s i o n c o m p l e t a , e n el e s t a d o d e s u e ñ o .
235. C o n la e x p o s i c i o n q u e p r e c e d e p o d e m o s d e t e r m i n a r
f i j a m e n t e el valor y la e x t e n s i o n del criterio d e la c o n c i e n
cia, lo q u e h a r é e n las siguientes p r o p o s i c i o n e s , a d v i r t i e n d o
q u e e n t o d a s ellas m e refiero á la c o n c i e n c i a directa.

PROPOSICION PRIMERA.

El t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a se e x t i e n d e á t o d o s los fe
n ó m e n o s q u e s e realizan e n n u e s t r a a l m a , c o n s i d e r a d a c o
m o u n s er intelectual y sensitivo.
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PROPOSICION SEGUNDA.

236. Si e n n u e s t r a a l m a existen f e n ó m e n o s d e a l g u n o t r a
ó r d e n , es decir, q u e ella p u e d a se r m o d i f i c a d a e n a l g u n
m o d o e n facultades n o r e p r e s e n t a t i v a s , á estos f e n ó m e n o s
n o se e x t i e n d e el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a .
Esta p r o p o s i c i o n n o la e s t a b l e z c o sin f u n d a d o m o t i v o . E s
posible y a d e m á s m u y p r o b a b l e , q u e n u e s t r a a l m a tiene fa
c u l t a d e s activas d e c u y o ejercicio n o tiene c o n c i e n c i a : sin es.
ta s u p o s i c i o n p a r e c e difícil e x p l i c a r los m i s t e r i o s d e la v i d a
o r g án ica . El a l m a está u n i d a al c u e r p o , y es p a r a él u n p r i n
cipio vital c u y a s e p a r a c i o n p r o d u c e la m u e r t e , m a n i f e s t a d a
e n u n a d e s o r g a n i z a c i o n y d e s c o m p o s i c i o n c o m p l e t a s . E s t a
ac t i vi da d se ejerce sin c o n c i e n c i a , asi e n c u a n t o al m o d o »
c o m o e n c u a n t o á la e x i s t e n c i a m i s m a del ejercicio.
T a l v e z se p u e d a objetar q u e h a y e n esto u n a serie d e a q u e
llas p e r c e p c i o n e s c o n f u s a s d e q u e n o s h a b l a L e i b n i t z e n s u
m o n a d o l o g í a ; tal v e z estas p e r c e p c i o n e s s e a n ta n t e n u e s , tan
pálidas p o r decirlo así, q u e n o d e j e n rastro e n la m e m o r i a
ni p u e d a n se r objeto d e reflexion; p e r o t o d o esto s o n c o n j e
turas, n a d a m a s . E s difícil p e r s u a d i r s e q u e el feto al e n c o n
trarse todavía e n el s e n o d e la m a d r e , t e n g a c o n c i e n c i a d e
.la a c t i v i d a d e j e r c i d a p a r a el d e s a r r o l l o d e la o r g a n i z a c i o n ;
es difícil p e r s u a d i r s e q u e a u n e n los a d u l t o s h a y a c o n c i e n c i a
d e e s a m i s m a ac tiv id ad p r o d u c t o r a d e la c i r c u l a c i o n d e la
s a n g r e , d e la n u t r i c i o n y d e m á s f e n ó m e n o s q u e c o n s t i t u y e n
la vida. Si estos f e n ó m e n o s s o n p r o d u c i d o s p o r el a l m a , c o
m o es cierto, h a y e n ella u n ejercicio d e a c t i v i d a d d e q u e , ó
n o tiene c o n c i e n c i a , ó la tiene tan c o n f u s a y tan d é b i l q u e
e s c o m o si n o la tuviese.
.* "
PROPOSICION TERCERA.

237. El t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a c o n s i d e r a d o e n si m i s
m o , se limita d e tal m o d o á lo p u r a m e n t e i n t e r n o , q u e y o r
si solo n a d a vale p a r a lo e x t e r n o ; y a s e a p a r a el criterio d e
la e v i d e n c i a , y a p a r a el d e los sentidos.
 PROPOSICION C U A R T A .
El t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a es f u n d a m e n t o d e los d e
m á s criterios e n c u a n t o es u n h e c h o q u e todos ellos h a n m e
n e s t e r , y sin el c u a l s o n i m p o s i b l e s .

PROPOSICION QUINTA.
238. D e la c o m b i n a c i o n d e la c o n c i e n c i a c o n el instinto
intelectual, n a c e n t o d o s los d e m á s criterios (XXIII).

C A P Í T U L O X X I V .

Criterio de la evidencia.
239. H a y d o s e s p e c i e s d e e v i d e n c i a : i n m e d i a t a y m e d i a t a .
S e l l a m a e v i d e n c i a i n m e d i a t a , l a q u e solo h a m e n e s t e r la in
teligencia d e los t é r m i n o s ; y m e d i a t a , la q u e n e c e s i t a r a c i o
cinio. Q u e el t o d o es m a y o r q u e s u parte, es e v i d e n t e c o n evi
d e n c i a i n m e d i a t a ; q u e el c u a d r a d o d e la h i p o t e n u s a s e a igual
á la s u m a d e los c u a d r a d o s d e los catetos, lo s a b e m o s p o r
e v i d e n c i a m e d i a t a , esto es, p o r raciocinio d e m o s t r a t i v o .
240. S e dijo m a s a r r i b a q u e u n o d e los c a r a c t e r e s distin
tivos d e la e v i d e n c i a e r a la n e c e s i d a d y u n i v e r s a l i d a d d e s u
objeto. Este c a r á c t e r c o n v i e n e tanto á la e v i d e n c i a m e d i a t a
c o m o á la i n m e d i a t a .
A m a s d e este c a r á c t e r existe otro q u e c o n m a y o r r a z o a
p u e d e l l a m a r s e constitutivo, b i e n q u e h a y a l g u n a dificultad
s o b r e si c o m p r e n d e ó n ó á la e v i d e n c i a m e d i a t a , y es, el
q u e la i d e a del p r e d i c a d o se halle c o n t e n i d a e n la del sujeto.
E s t a e s la n o c i o n esencial m a s c u m p l i d a del criterio d e la
e v i d e n c i a i n m e d i a t a ; p o r la cual se di s ti n gu e del d e la c o n
c i e n c i a y del s e n t i d o c o m u n .
H e d i c h o q u e h a y a l g u n a dificultad s o b r e si este c a r á c t e r
c o n v i e n e ó n ó á la e v i d e n c i a m e d i a t a ; c o n lo c u a l d o y e n
t e n d e r q u e t a m b i e n e n la e v i d e n c i a m e d i a t a la i d e a del p r e
d i c a d o p o d r í a estar c o n t e n i d a e n la del sujeto. A l i n d i c a r es
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to, n o es m i á n i m o d e s c o n o c e r la d i f e r e n c i a q u e h a y e n t r e
los t e o r e m a s y los a x i o m a s , s i n o l l a m a r la a t e n c i o n s o b r e
u n a d o c t r i n a q u e m e p r o p o n g o d e s e n v o l v e r al tratar d e la
e v i d e n c i a m e d i a t a . E n el p r e s e n t e capítulo , n o m e o c u p a r é
d e esta c u e s t i o n ; ó m e c e ñ i r é á la e v i d e n c i a e n g e n e r a l , 6
trataré tan solo d e la i n m e d i a t a .
241. L a e v i d e n c i a e x i g e r e l a c i o n , p o r q u e i m p l i c a c o m
p a r a c i o n . C u a n d o el e n t e n d i m i e n t o n o c o m p a r a , n o tiene evi
d e n c i a , tiene s i m p l e m e n t e u n a p e r c e p c i o n q u e es u n p u r o
h e c h o d e c o n c i e n c i a ; p o r m a n e r a q u e la e v i d e n c i a n o se re
fiere á la sola p e r c e p c i o n , s i n o q u e s i e m p r e s u p o n e ó p r o
d u c e u n juicio.
E n t o d o a c t o d o n d e h a y e v i d e n c i a se e n c u e n t r a n d o s c o
sas: p r i m e r a , la p u r a intuicion d e la idea; s e g u n d a , la d e s
c o m p o s i c i o n d e esta i d e a e n varios c o n c e p t o s , a c o m p a ñ a d a
d e la p e r c e p c i o n d e las r e l a c i o n e s q u e e s t o s t i e n e n e n t r e sí.
E x p l i q u e m o s esto c o n u n e j e m p l o d e g e o m e t r í a . El triángulo
tiene tres lados: esta es u n a p r o p o s i c i o n e v i d e n t e , p o r q u e e n
la m i s m a i d e a d e t r i á n g u l o e n c u e n t r o los tres lados, y al -pen
s a r el triángulo, y a p e n s a b a e n a l g u n m o d o s u s tres lados.
Si m e h u b i e s e l i m i t a d o á la c o n t e m p l a c i o n d e la s i m p l e idea
d e t r i á n g u l o , h u b i e r a t e n i d o intuición d e la idea, p e r o n o
e v i d e n c i a , q u e n o pr inci p ia sino c u a n d o d e s c o m p o n i e n d o el
c o n c e p t o d e t riá ng ulo y c o n s i d e r a n d o e n él la i d e a d e figura
e n g e n e r a l , la d e lado, y la del n ú m e r o tres, e n c u e n t r o q u e
t o d a s ellas están y a c o n t e n i d a s e n el c o n c e p t o p r i m i t i v o : e n
la clara p e r c e p c i o n d e esto , consiste la e v i d e n c i a .
T a n t a v e r d a d es lo q u e a c a b o d e d e c i r , q u e la f u e r z a m i s
m a d e las c o s a s ob li ga al l e n g u a j e c o m u n á ser filosófico. N o
s e d i c e q u e u n a i d e a es e vi d en t e , p e r o si u n juicio : n a d i e lla
m a e v i d e n t e á u n t é r m i n o , p e r o sí á u n a p r o p o s i c i o n . ¿ P o r
q u é ? p o r q u e el t é r m i n o e x p r e s a s i m p l e m e n t e la i d e a sin re
la c i on a l g u n a , sin d e s c o m p o s i c i o n e n s u s c o n c e p t o s p a r c i a
les; y p o r el c o n t r a r i o , la p r o p o s i c i o n e x p r e s a el juicio, es
d e c i r , la a f i r m a c i o n ó n e g a c i o n d e q u e u n c o n c e p t o está c o n
t e n i d o e n otro , lo q u e e n la m a t e r i a d e q u e se trata, s u p o n e
la d e s c o m p o s i c i o n del c o n c e p t o total.
444. L a e v i d e n c i a i n m e d i a t a es la p e r c e p c i o n d e la identi
d a d entre varios c o n c e p t o s , q u e la f u e r z a analítica del e n t e n
d i m i e n t o h a b i a s e p a r a d o ; esta identidad, c o m b i n a d a e n cierto
 m o d o c o n la d i v e r s i d a d , n o es u n a c o n t r a d i c c i o n c o m o á pri
m e r a vista p u d i e r a p a r e c e r , es u n a c o s a m u y n a t u r a l si se
a t i e n d e á u n o d e los h e c h o s m a s c o n s t a n t e s d e n u e s t r a inteli
g e n c i a , c u a l es, la facultad d e d e s c o m p o n e r los c o n c e p t o s
m a s s i m p l e s y d e v e r r e l a c i o n e s e n t r e c o s a s idénticas.
¿ Q u é s o n t o d o s los a x i o m a s ? ¿ q u é todas las p r o p o s i c i o n e s
q u e se l l a m a n per se notas? n o s o n m a s q u e e x p r e s i o n e s e n q u e
s e a f i r m a u n p r e d i c a d o q u e p e r t e n e c e á la e s e n c i a del sujeto
ó está c o n t e n i d o e n s u idea. El solo c o n c e p t o del sujeto in
c l u y e y a el p r e d i c a d o ; ol t é r m i n o q u e significa al p r i m e r o ,
significa t a m b i e n al s e g u n d o ; sin e m b a r g o el e n t e n d i m i e n t o ,
c o n u n a m i s t e r i o s a f u e r z a d e d e s c o m p o s i c i o n , d i s t i n g u e e n
tre c o s a s idénticas y l u e g o las c o m p a r a p a r a volverlas á i d e n
tificar. Q u i e n dice triángulo, d i c e figura c o m p u e s t a d e tres
l a d o s y tres á n g u l o s ; p e r o el e n t e n d i m i e n t o p u e d e t o m a r es
ta i d e a y c o n s i d e r a r e n ella la i d e a del n ú m e r o tres, la del
l a d o , la del á n g u l o , y c o m p a r a r l a s c o n el c o n c e p t o primiti
v o. E n esta distincion n o h a y e n g a ñ o , h a y solo el ejercicio
d e la facultad q u e m i r a la c o s a bajo a s p e c t o s diferentes, p a r a
v e n i r á p a r a r á la intuicion y a f i r m a c i o n d e la i d e n t i d a d d e
las m i s m a s c o s a s q u e a n t e s h a b i a distinguido.
243. L a e v i d e n c i a es u n a e s p e c i e d e c u e n t a y r a z o n del
e n t e n d i m i e n t o , p o r la cual halla e n el c o n c e p t o d e s c o m p u e s
to lo m i s m o q u e él p u s o e n u n principio, ó q u e le d i e r o n
c o n t e n i d o e n él. D e a q u í n a c e la n e c e s i d a d y u n i v e r s a l i d a d
del objeto d e la e v i d e n c i a , e n c u a n t o y del m o d o q u e está
e x p r e s a d o p o r la idea. E n esto n o c a b e n e x c e p c i o n e s : ó u n
p r e d i c a d o estaba p u e s t o e n el c o n c e p t o p r i m i t i v o , ó n ó ; si
e s t a b a puesto, allí está, so p e n a d e faltar al pr i nc i pi o d e c o n
tradiccion: ó e s t a b a e x c l u i d o del c o n c e p t o , ó n ó ; si y a el
c o n c e p t o m i s m o le excluía ó le n e g a b a , n e g a d o está e n fuer
z a del m i s m o p ri nci pio d e c o n t r a d i c c i o n .
H é a q u í c o m o d e los d o s c a r a c t e r e s d e la e v i d e n c i a a r r i b a
s e ñ a l a d o s , es m a s f u n d a m e n t a l el d e q u e la i d e a del p r e d i
c a d o está c o n t e n i d a e n la i d e a del sujeto. D e esto d i m a n a n la
n e c e s i d a d y u n i v e r s a l i d a d ; p u e s q u e e n verificándose la c o n
d i c i o n d e estar c o n t e n i d a la i d e a d el p r e d i c a d o e n la del s u
jeto , y a es i m p o s i b l e q u e el p r e d i c a d o n o c o n v e n g a necesa
r i a m e n t e á todos los sujetos.
2*4. H a s t a a h o r a n o e n c o n t r a m o s dificultad , p o r q u e s e
 - Í Í O -
trata d e la e v i d e n c i a c o n s i d e r a d a s u b j e t i v a m e n t e , es decir,
e n c u a n t o se refiere á los c o n c e p t o s p u r o s ; m a s el e n t e n d i
m i e n t o n o se p a r a e n el c o n c e p t o , s i n o q u e se e x t i e n d e al
objeto y dice, n o solo q u e v e la c o s a , s i n o q u e la c o s a es c o
m o él la ve. A sí el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n m i r a d o e n el
ó r d e n p u r a m e n t e subjetivo, significa q u e el c o n c e p t o del ser
r e p u g n a al del n o ser, q u e le d e s t r u y e , asi c o m o el c o n c e p
to del n o se r d e s t r u y e el del ser; significa q u e al e s f o r z a r n o s
e n p e n s a r j u n t a m e n t e estas d o s cosas, q u e r i é n d o l a s h a c e r
coexistir, se e n t a b l a e n el f o n d o d e n u e s t r o espíritu u n a es
p e c i e d e l u c h a d e p e n s a m i e n t o s q u e se a n o n a d a n r e c í p r o c a
m e n t e , l u c h a q u e el e n t e n d i m i e n t o está c o n d e n a d o á p r e
s e n c i a r sin e s p e r a n z a d e p o n e r la p a z e n t r e los c o n t e n d i e n
tes. Si n o s l i m i t a m o s a c o n s i g n a r este f e n ó m e n o , n a d a se n o s
p u e d e objetar; lo e x p e r i m e n t a m o s asi y n o h a y m a s c u e s
tion; p e r o al a n u n c i a r el pr i n ci p io q u e r e m o s a n u n c i a r algo
m a s q u e la i n c o m p a t i b i l i d a d d e los c o n c e p t o s , t r a s l a d a m o s
esta i n c o m p a t i b i l i d a d á las c o s a s m i s m a s y a s e g u r a m o s q u e
á esta ley están s o m e t i d o s n o solo n u e s t r o s c o n c e p t o s s i n o
t o d o s los s e r e s reales y posibles. S e a c u a l f u e r e el objeto d e
q u e se trate, s e a n c u a l e s f u e r e n las c o n d i c i o n e s e n q u e se
le s u p o n g a existente ó posible, d e c i m o s q u e m i e n t r a s es, n o
p u e d e n o ser, y q u e m i e n t r a s n o es, n o p u e d e ser. A f i r m a
m o s p u e s la ley d e c o n t r a d i c c i o n n o solo p a r a n u e s t r o s c o n
c e p t o s , sino p a r a las c o s a s m i s m a s : el e n t e n d i m i e n t o aplica
á t o d o la ley q u e e n c u e n t r a n e c e s a r i a p a r a sí.
¿ C o n q u é d e r e c h o ? i n c o n c u s o , p o r q u e es la ley d e la n e
c e s i d a d : ¿ c o n q u é r a z o n ? c o n n i n g u n a , p o r q u e t o c a m o s al
c i m i e n t o d e la r a z o n : a q u í h a y p a r a el h u m a n o e n t e n d i m i e n
to el n o n plus ultra: la filosofía n o v a m a s allá. S i n e m b a r g o
n o se c r e a q u e intente a b a n d o n a r el c a m p o á los e s c é p t i c o s
ó a t r i n c h e r a r m e e n la n e c e s i d a d , c o n t e n t o c o n s e ñ a l a r u n
h e c h o d e n u e s t r a n a t u r a l e z a ; la c u e s t i o n es susceptible d e
diferentes s o l u c i o n e s , q u e si n o a l c a n z a n á l le v ar n os m a s
léjos de l n o n p l u s ultra d e n u e s t r o espíritu, d e j a n m a l p a r a d a
la c a u s a d e los escépticos.
845. P r e g u n t a r la r a z o n d e la l e g i t i m i d a d del criterio d e
la e v i d e n c i a , p e d i r el p o r q u é d e esta p r o p o s i c i o n «lo e v i d e n
te es v e r d a d e r o , » es suscitar la c u e s t i o n d e la objetividad d e
las ideas. L a d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l e n t r e los d o g m á t i c o s y
 - 1 4 1 -
los escépticos n o está e n q u e estos n o a d m i t a n los h e c h o s d e
c o n c i e n p i a ; n o llega á tanto el m a s refinado e s c e p t i c i s m o :
u n o s y otros c o n v i e n e n e n r e c o n o c e r la a p a r i e n c i a ó s e a el
f e n ó m e n o p u r a m e n t e subjetivo ; la diferencia está e n q u e los
d o g m á t i c o s f u n d a n e n la c o n c i e n c i a la c i e n c i a , y los escépti
c o s s o s t i e n e n q u e este es u n tránsito ilegítimo, q u e es n e c e s a
rio d e s e s p e r a r d e la c i e n c i a y limitarse á la m e r a c o n c i e n c i a .
S e g u n esta d o c t r i n a las ideas s o n v a n a s f o r m a s d e n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o q u e n o significan n a d a , ni p u e d e n c o n d u c i r á
n a d a ; n o o b s t a n t e d e q u e e n t r e t i e n e n á n u e s t r a inteligencia
o f r e c i é n d o l e u n c a m p o i n m e n s o p a r a s u s c o m b i n a c i o n e s , el
m u n d o q u e le p r e s e n t a n es d e p u r a ilusion q u e p a r a n a d a
p u e d e s e r vir e n la realidad. Al c o n t e m p l a r estas f o r m a s e n
t e r a m e n t e vacías, el e n t e n d i m i e n t o es j u g u e t e d e visiones
fantásticas d e c u y o c o n j u n t o resulta el e s p e c t á c u l o q u e o r a
n o s p a r e c e d e r e a l i d a d o r a d e posibilidad , n o o b s t a n t e d e
q u e ó es u n p u r o n a d a , ó si es algo, n o p u e d e c e r c i o r a r n o s
j a m á s d e la r e a l i d a d q u e p o s e e .
246. Difícil es c o m b a t i r al e s c e p t i c i s m o c o l o c a d o e n este
t e r r e n o : s i t u a d o f u e r a d e los d o m i n i o s d e la r a z o n , m a l p u e
d e n a l c a n z a r l e los fallos d e la r a z o n . D e t o d o s le s e r á lícito
a p e l a r , y a q u e c o m i e n z a r e c u s a n d o al j u e z á título d e i n c o m
p e t e n c i a . S i n e m b a r g o , estos escépticos y a q u e a d m i t e n la
c o n c i e n c i a , justo s e r á q u e la d e f i e n d a n c o n t r a q u i e n se la
i n t e n t e a r r e b a t a r : p u e s b i e n , y o c r e o q u e n e g a d a la objeti
v i d a d d e las i d e a s se a n o n a d a n o solo la c i e n c i a sino t a m b i e n
la c o n c i e n c i a ; y q u e se p u e d e a c u s a r d e i n c o n s e c u e n t e s á los
e s c é p t i c o s , p o r q u e al p a s o q u e n i e g a n la objetividad d e cier
tas i d e a s a d m i t e n la d e otras. L a c o n c i e n c i a p r o p i a m e n t e di
c h a , n o p u e d e existir si esta o b j e t i v i d a d se d e s t r u y e a b s o l u
t a m e n t e . R u e g o al lector m e siga c o n a t e n c i o n e n u n b r e v e
p e r o s e v e r o análisis d e los h e c h o s d e c o n c i e n c i a e n s u s rela
c i o n e s c o n la objetividad d e las ideas ( X X I V ) .

C A P Í T U L O X X V .
, .<
Valor objetiTo de las ideas.
247. L a transicion del sujeto al objeto, ó d e la a p a r i e n c i a
sub j e ti v a á la r e a l i d a d objetiva, es el p r o b l e m a q u e a t o r m e n
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ta á la filosofía f u n d a m e n t a l . El s e n t i d o í n t i m o n o n o s p e r m i
te d u d a r d e q u e ciertas c o s a s n o s p a r e c e n d e tal m a n e r a ; p e
r o ¿son e n realidad lo q u e n o s p a r e c e n ? ¿ c ó m o n o s c o n s t a
esto? E s a c o n f o r m i d a d d e la i d e a c o n el objeto, ¿ c ó m o se n o s
a s e g u r a ?
L a c u e s t i o n n o se refiere ú n i c a m e n t e á las s e n s a c i o n e s , se
e x t i e n d e á las ideas p u r a m e n t e intelectuales, a u n á las q u e
están i n u n d a d a s d e e s a luz interior q u e l l a m a m o s e v i d e n c i a .
« L o q u e v e o e v i d e n t e m e n t e e n la i d e a d e u n a cosa, es c o m o
y o lo v e o , » h a n d i c h o los filósofos, y c o n ellos está la h u m a
n i d a d entera. N a d i e d u d a d e a q u e l l o q u e se le o f r e c e c o m o
v e r d a d e r o e v i d e n t e m e n t e . P e r o ¿ c ó m o se p r u e b a q u e la evi
d e n c i a s e a u n criterio l e g í t i m o d e v e r d a d ?
248. « D i o s es v e r a z , d i c e D e s c a r t e s ; él n o h a p o d i d o e n
g a ñ a r n o s ; n o h a p o d i d o c o m p l a c e r s e e n h a c e r n o s v í c t i m a s d e
ilusiones p e r p e t u a s . » T o d o esto es v e r d a d ; p e r o ¿ c ó m o s a b e
m o s , dirá el escéptico, q u e Dios es v e r a z , y a u n q u e exis
te ? Si lo f u n d a m o s e n la i d e a m i s m a d e u n ser i n f i n i t a m e n t e
perfecto, c o m o lo f u n d a el citado filósofo, n o s q u e d a m o s c o n
la m i s m a dificultad s o b r e la c o r r e s p o n d e n c i a del objeto c o n
la idea. Si la d e m o s t r a c i o n d e la v e r a c i d a d y d e la existen
cia d e D i o s la s a c a m o s d e las i d e a s d e los seres c o n t i n g e n t e s
y n e c e s a r i o s , d e efectos y c a u s a s , d e o r d e n y d e inteligen
cia, t r o p e z a m o s otra v e z c o n el m i s m o o b s t á c u l o , y t o d a v í a
n o s a b e m o s c ó m o h a c e r el tránsito d e la i d e a al objeto.
C a v i l ó s e c u a n t o se q u i e r a , n u n c a s a l d r e m o s d e este c í r c u
lo, s i e m p r e v o l v e r e m o s al m i s m o punto. El espíritu n o p u e d e
p e n s a r f u e r a d e sí m i s m o ; lo q u e c o n o c e , lo c o n o c e p o r m e
d i o d e s u s ideas; si estas le e n g a ñ a n , c a r e c e d e m e d i o s p a r a
rectificarse. T o d a rectificacion, t o d a p r u e b a , d e b e r í a e m p l e a r
ideas, q u e á s u v e z n e c e s i t a r í a n d e n u e v a p r u e b a y rectifi
cacion.
249. E n m u c h o s libros d e filosofía se p o n d e r a n las ilusio
n e s d e los sentidos, y la dificultad d e a s e g u r a r n o s d e la r e a
lidad sensible r e s o l v i e n d o la s i g u i e n t e c u e s t i o n : «así lo s i e n
to, p e r o ¿ e s c o m o lo s i e n t o ? » E n estos m i s m o s libros se
h a b l a l u e g o del ó r d e n d e las i d e a s c o n s e g u r i d a d igual á la
d e s c o n f i a n z a q u e se manifiesta s o b r e el ó r d e n sensible; este
p r o c e d e r n o p a r e c e m u y lógico: p o r q u e los f e n ó m e n o s relati
v o s á los s e n t i d o s , p u e d e n e x a m i n a r s e á la luz d e la razon,
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p a r a v e r h a s t a q u é p u n t o c o n c u e r d a n c o n ella; p e r o ¿ c u á l se
rá la p i e d r a d e t o q u e d e los f e n ó m e n o s d e la r a z o n m i s m a ?
Si e n lo sensible h a y dificultad , la h a y t a m b i e n e n lo intelec
tual; y tanto m a s g r a v e , c u a n t o afecta la b a s e m i s m a d e to
d o s los c o n o c i m i e n t o s , inclusos los q u e se refieren á las s e n
s a c io n e s .
Si d u d a m o s d e la existencia del m u n d o exterior q u e n o s
p r e s e n t a n los sentidos , p o d r e m o s a p e l a r al e n l a c e d e las s e n
s a c i o n e s c o n c a u s a s q u e n o están e n n o s o t r o s , y asi s a c a r p o r
d e m o s t r a c i o n las r e l a c i o n e s d e las a p a r i e n c i a s c o n la reali
d a d ; m a s p a r a esto n e c e s i t a m o s las ideas d e c a u s a y efecto,
n e c e s i t a r n o s l a v e r d a d , a l g u n o s principios g e n e r a l e s , c o m o
p o r e j e m p l o q u e n a d a se p r o d u c e á sí m i s m o , y otros s e m e
jantes, y sin ellos n o p o d e m o s d a r u n p a s o .
250. N o c r e o q u e el h o m b r e p u e d a señalar u n a r a z o n sa
tisfactoria e n p r o d e la v e r a c i d a d del criterio d e la e v i d e n
cia, n o o b s t a n t e d e q u e le es i m p o s i b l e dejar d e r e n d i r s e á
ella. El e n l a c e p u e s d e la e v i d e n c i a c o n la r e a l i d a d , y p o r
tanto el tránsito d e la i d e a al objeto , es u n h e c h o p r i m i t i v o
d e n u e s t r a n a t u r a l e z a , u n a ley n e c e s a r i a d e n u e s t r o e n t e n
d i m i e n t o , es el f u n d a m e n t o d e t o d o lo q u e h a y e n él , f u n d a
m e n t o q u e á s u v e z n o estriba ni estribar p u e d e e n otra c o
sa q u e e n D i o s c r i a d o r d e n u e s t r o espíritu.
251. E s d e n o t a r sin e m b a r g o , la c o n t r a d i c c i o n e n q u e in
c u r r e n los filósofos q u e d i c e n : « y o n o p u e d o d u d a r d e lo q u e
es subjetivo, esto es , d e lo q u e m e afecta á m í m i s m o , d e lo
q u e siento e n m í , p e r o n o t e n g o d e r e c h o á salir d e m í m i s m o
y a f i r m a r q u e lo q u e p i e n s o es e n r e a l i d a d c o m o lo p i e n s o . »
¿ S a b e s q u e s i e n t e s , q u e p i e n s a s , q u e t i e n e s e n tí tal ó c u a l
a p a r i e n c i a ? ¿ L o p u e d e s p r o b a r ? E s e v i d e n t e q u e nó. L o q u e
h a c e s es c e d e r á u n h e c h o , á u n a n e c e s i d a d í n t i m a q u e te
f u e r z a á creer q u e p i e n s a s , q u e sientes, q u e te p a r e c e tal ó
c u a l c o s a ; p u e s b i e n , igual n e c e s i d a d h a y e n el e n l a c e del
objeto c o n la idea, igual n e c e s i d a d te f u e r z a á creer q u e lo
q u e e v i d e n t e m e n t e te parece q u e es d e tal ó c u a l m a n e r a , es
e n efecto d e la m i s m a m a n e r a ; n i n g u n o d e los d o s c a s o s a d
m i t e d e m o s t r a c i o n , e n a m b o s h a y i n d e c l i n a b l e n e c e s i d a d -
¿ D ó n d e está p u e s la filosofía c u a n d o tanta d i f e r e n c i a se q u i e .
r e e s t a b l e c e r e n t r e c o s a s q u e n o a d m i t e n n i n g u n a ?
F i c h t e h a d i c h o : « E s i m p o s i b l e e x p l i c a r d e u n a m a n e r a p r e
 — 1 4 4 —
cisa c ó m o u n p e n s a d o r h a p o d i d o salir j a m á s del y o (Doct. d e
la C i e n c i a , fc" Par. S 3),» y c o n igual d e r e c h o se le p o d r í a
d e c i r á él q u e n o se c o n c i b e c ó m o h a p o d i d o l e v a n t a r s u sis
t e m a s o b r e el yo. ¿A. q u é a p e l a ? á u n h e c h o d e c o n c i e n c i a ;
es decir, á u n a n e c e s i d a d . Y el a s e n s o á la e v i d e n c i a , la c e r
teza d e q u e á la a p a r i e n c i a c o r r e s p o n d e la realidad, ¿ n o es
t a m b i e n u n a n e c e s i d a d ? ¿ E n q u é f u n d a F i c h t e s u s i s t e m a
d el y o y del n o y o ? B a s t a leer s u o b r a , p a r a v e r q u e n o es
triba s i n o e n c o n s i d e r a c i o n e s q u e s u p o n e n u n valor á ciertas
ideas, u n a v e r d a d á ciertos juicios. S i n esto es i m p o s i b l e
h a b l a r ni p e n s a r ; y h a s t a él p r o p i o lo r e c o n o c e c u a n d o al
c o m e n z a r s u s i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e el pr i nc i p io d e n u e s t r o s
c o n o c i m i e n t o s d i c e lo q u e y a t e n g o c o p i a d o m a s a r r i b a (§ 8).
Allí confiesa q u e n o p u e d e d a r u n p a s o sin confiarse á t o d a s
las leyes d e la lógica g e n e r a l , q u e n o están todavía d e m o s t r a
das, y q ue se s u p o n e n tácitamente admitidas. Y ¿ q u é s o n esas
l ey e s, sin v e r d a d objetiva? ¿ Q u é s o n sin el v a l o r d e las ideas,
sin la c o r r e s p o n d e n c i a d e estas c o n los objetos? E s u n c í r c u
lo, d i c e b i e n Fichte; y d e él n o sale este filósofo, c o m o n o
h a n salido los d e m á s .
252. El quitar á las ideas s u valor objetivo , el r e d u c i r l a s
á m e r o s f e n ó m e n o s subjetivos, el n o c e d e r á e s a n e c e s i d a d
í n t i m a q u e n o s o b l i g a á a d m i t i r la c o r r e s p o n d e n c i a de l y o
c o n los objetos, a r r u i n a la c o n c i e n c i a m i s m a del yo. E s t o es
lo q u e se d e b e r í a h a b e r visto , y lo q u e c r e o p o d e r d e m o s t r a r
h a s t a la ú l t i m a e v i d e n c i a .
153. T e n g o c o n c i e n c i a d e m í m i s m o . P r e s c i n d o a h o r a d e
lo q u e siento, d e lo q u e s o y ; p e r o sé q u e siento, y q u e soy.
E s t a e x p e r i e n c i a es p a r a m í t a n clara, t a n viva, q u e n o p u e
d o resistir á la v e r d a d d e lo q u e ella m e dice. P e r o e s e y o n o
es solo el y o d e este instante, es t a m b i e n el yo d e a y e r , y d e
t o d o el t i e m p o anterior d e q u e t e n g o c o n c i e n c i a . Y o s o y el
m i s m o q u e e r a a y e r ; y o s o y el m i s m o e n q u i e n se verifica
e s a s u c e s i o n d e f e n ó m e n o s , el m i s m o á q u i e n se p r e s e n t a n e s a
v a r i e d a d d e apariencias. L a c o n c i e n c i a del yo, e n c i e r r a p u e s
la i d e n t i d a d d e u n ser, e n distintos t i e m p o s , e n situaciones
varias, c o n diferentes ideas, c o n d i v e r s a s afecciones: la i d e n
tidad d e u n ser q u e d u r a , q u e es el m i s m o , á p e s a r d e las
m u d a n z a s q u e e n él se s u c e d e n . Si e s a d u r a c i o n d e i d e n t i d a d
se r o m p e ; si n o estoy s e g u r o q u e s o y el m i s m o y o a h o r a q u e
e ra a n t e s , se d e s t r u y e la c o n c i e n c i a del yo. Existirá u n a sé-
rie d e h e c h o s i n c o n e x o s , d e c o n c i e n c i a s aisladas; m a s n o
esa c o n c i e n c i a í n t i m a q u e a h o r a e x p e r i m e n t o . E s t o es i n d u
d a b le ; esto lo siente t o d o h o m b r e e n sí m i s m o ; esto p a r a
n a d i e a d m i t e d i s c u s i o n ni p r u e b a , p a r a n a d i e las necesita.
E n el m o m e n t o e n q u e e s a c o n c i e n c i a d e i d e n t i d a d n o s fal
tase, n o s a n o n a d a r í a m o s á n u e s t r o s ojos; f u é r a m o s lo q u e
f u é s e m o s e n la re al ida d , p a r a n o s o t r o s n o s e r i a m o s n a d a .
¿ Q u é es la c o n c i e n c i a d e u n ser, f o r m a d a d e u n a série d e
c o n c i e n c i a s , sin t r a b a z o n , sin r e l a c i o n e n t r e sí? E s u n s e r
q u e se r e v e l a s u c e s i v a m e n t e á sí p r o p i o ; p e r o n o c o m o él
m i s m o , s i n o c o m o u n s e r n u e v o ; u n ser q u e n a c e y m u e r e ,
y m u e r e y n a c e á s u s ojos , sin q u e él p r o p i o s e p a q u e el q u e
n a c e es el q u e m u r i ó , ni el q u e m u e r e el q u e n a c i ó : u n a luz
<jue se e n c i e n d e y se e x t i n g u e , y v u e l v e á e n c e n d e r s e y á
,extinguirse otra v e z , sin q u e se s e p a q u e es la m i s m a .
254. E s t a c o n c i e n c i a la a r r u i n a n c o m p l e t a m e n t e los q u e
n i e g a n el e n l a c e d e la i d e a c o n el objeto. D e m o s t r a c i o n . E n
el instante A , y o n o t e n g o otra p r e s e n c i a subjetiva d e m i s
a c t os , q u e el acto m i s m o q u e e n a q u e l instante estoy ejer
c i e n d o : l u e g o n o p u e d o c e r c i o r a r m e d e h a b e r t e n i d o los a n
teriores, s i n o e n c u a n t o e s t á n r e p r e s e n t a d o s e n la i d e a a c
tual; l u e g o h a y u n e n l a c e entre esta y s u objeto. L u e g o ate
n i é n d o n o s s i m p l e m e n t e á los f e n ó m e n o s d e la c o n c i e n c i a , á
la s i m p l e c o n c i e n c i a del yo , e n c o n t r a m o s q u e p o r indecli
n a b l e n e c e s i d a d a t r i b u i m o s á las ideas u n v a l o r objetivo , á
los juicios u n a v e r d a d objetiva.
253. S i n esta v e r d a d objetiva, es i m p o s i b l e t o d o r e c u e r
d o cierto , h a s t a d e los f e n ó m e n o s interiores , y p o r C o n s i
g u i e n t e , t o d o raciocinio, t o d o juicio, t o d o p e n s a m i e n t o .
El r e c u e r d o es d e actos p a s a d o s : c u a n d o los r e c o r d a m o s
y a n o s o n ; p u e s si f u e r a n , n o h a b r í a r e c u e r d o c o n r e s p e c t o
á ellos, s i n o c o n c i e n c i a d e p r es e nt e . A u n c u a n d o e n el a o t o
d e r e c o r d a r l o s t e n g a m o s otros actos s e m e j a n t e s , estos n o s o n
l o s m i s m o s ; p u e s e n la i d e a d e r e c u e r d o e n t r a s i e m p r e la d e
t i e m p o p a s a d o . L u e g o , d e ellos n o p u e d e h a b e r m a s c e r t e z a
q u e p o r el e n l a c e q u e t i e n e n c o n el a c t o p r e s e n t e , p o r s u
c o r r e s p o n d e n c i a c o n la idea q u e n o s los ofrece.
256. H e d i c h o q u e e n faltando la c e r t e z a d e la v e r d a d o b
j e t i v a e n los f e n ó m e n o s interiores, e r a i m p o s i b l e t o d o r a c i o -
T . I. 1 0
 cinio. E n efecto, t o d o r a c i o c i n i o s u p o n e u n a tueesion d e a c
tos: c u a n d o el u n o existe e n el espíritu, y a n o existe el otro:
l u e g o h a y n e c e s i d a d d e p e q u e ñ o s r e c u e r d o s c o n t i n u o s , p a r a
q u e la c a d e n a n o se q u e b r a n t e : es asi q u e sin esta c a d e n a no-
h a y raciocinio, y sin r e c u e r d o n o h a y e s a c a d e n a , y sin v e r
d a d objetiva n o h a y r e c u e r d o cierto ; l u e g o s in v e r d a d obje
tiva n o h a y raciocinio.
257. T a m b i e n p a r e c e n i m p o s i b l e s t o d o s los juicios. Estos-
s o n d e d o s clases; los q u e n o n e c e s i t a n d e m o s t r a c i o n , y l o&
q u e la necesitan. L o s q u e h a n m e n e s t e r d e m o s t r a c i o n s e r á n
i m p o s i b l e s , p o r q u e n o h a y d e m o s t r a c i o n sin raciocinio, y
este e n tal c a s o seria i m p o s i b l e t a m b i e n . E n c u a n t o á los q u e
n o la h a n m e n e s t e r p o r q u e brillan c o n e v i d e n c i a i n m e d i a t a ,
s e r i a n i m p o s i b l e s t o d o s los q u e n o s e refiriesen al a c t o p re
s e n t e del a l m a , e n el instante m i s m o e n q u e se e m i t i e r a el
juicio. L u e g o n o h a b r í a m a s juicio q u e el d el a c t o presente;.
es decir, la c o n c i e n c i a del m o m e n t o sin r e l a c i o n c o n n a d a
d e l o a n t e r i o r . P e r o lo c u r i o s o e s q u e a u n c o n r e s p e c t o á los-
actos d e c o n c i e n c i a , este juicio seria p o c o m e n o s q u e i m p o
sible : p o r q u e c u a n d o f o r m a m o s el juicio s o b r e el acto d e
c o n c i e n c i a , n o es c o n este, s i n o c o n u n a c t o reflejo: esta
reflexion i m p l i c a s u c e s i o n ; y lo s u c e s i v o n o es c o n o c i d o c o n
c e r t e z a si n o h a y v e r d a d objetiva.
E s m u y d u d o s o q u e ni a u n f u e r a n posibles los juicios d e
e v i d e n c i a i n m e d i a t a . Ellos, c o m o se h a e x p l i c a d o e n el c a
pítulo anterior, s u p o n e n la r e l a c i o n d e los c o n c e p t o s parcia
les e n q u e se h a d e s c o m p u e s t o el total : ¿ c ó m o s e d e s c o m
p o n e sin s u c e s i o n ? Si h a y s u c e s i o n h a y r e c u e r d o , si h a y re
c u e r d o n o h a y p r e s e n c i a i n m e d i a t a d e lo r e c o r d a d o ; es n e
c e s a r i a p o r c o n s i g u i e n t e la objetividad d e la i d e a r e p r e s e n
tante c o n r e l a c i o n á la c o s a r e c o r d a d a .
258. S e m e j a n t e s c o n s e c u e n c i a s e s p a n t a n , p e r o s o n inde
clinables: si q u i t a m o s la v e r d a d objetiva, d e s a p a r e c e t o d o
p e n s a m i e n t o r a z o n a d o . E s t o e n c i e r r a cierta c o n t i n u i d a d d e
actos c o r r e s p o n d i e n t e s á d i v e r s o s instantes: si esta continui
d a d se r o m p e , el p e n s a m i e n t o h u m a n o deja d e ser lo q u e
es: deja d e existir c o m o r a z o n : es u n a série d e actos sin c o
n e x i o n d e n i n g u n a e s p e c i e y q u e a n a d a p u e d e n c o n d u c i r .
E n tal c a s o d e s a p a r e c e t o d a e x p r e s i o n , t o d a palabra: n a d a
tiene u n valor s e g u r o : t o d o se h u n d e , así e n el ó r d e n inte
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lectual y m o r a l c o m o e n el m a t e r i a l , y el h o m b r e q u e d a h a s
ta sin el c o n s u e l o d e p o s e e r s e á sí m i s m o ; se d e s v a n e c e e n
s u s p r o p i a s m a n o s c u a l v a n a s o m b r a .
259. L a s s e n s a c i o n e s p o d r á n existir c o m o serie i n c o n e x a
t a m b i e n ; p e r o n o h a b r á d e ellas n i n g u n r e c u e r d o cierto, p u e s
falta la v e r d a d objetiva: y las s e n s a c i o n e s p a s a d a s n o existen
s i n o c o m o p a s a d a s , y p o r tanto c o m o s i m p l e s objetos.
T o d a reflexion intelectual s o b r e ellas s e r á i m p o s i b l e ; p o r
q u e la reflexion n o es la s e n s a c i o n : esta es u n objeto d e a q u e
lla, m a s n o ella m i s m a . Así el r u d o tiene la m i s m a s e n s a c i o n
q u e el filósofo , p e r o n ó la reflexion s o b v e ella. M i l v e c e s s e n
t i m o s sin reflexionar q u e s e n t i m o s . L a c o n c i e n c i a sensible,
es m u y diferente d e la intelectual: la p r i m e r a es la s i m p l e
p r e s e n c i a d e la s e n s a c i o n , la s e n s a c i o n m i s m a : la s e g u n d a
es el acto del e n t e n d i m i e n t o q u e se o c u p a d e la s e n s a c i o n .
260. Esta distincion se e n c u e n t r a t a m b i e n e n t o d o s los a c
tos p u r a m e n t e intelectuales: la reflexion s o b r e el a c t o n o e s
el a c t o m i s m o . El u n o es objeto del otro: n o se identifican, y a
q u e c o n f r e c u e n c i a se e n c u e n t r a n s e p a r a d o s : si n o h u b i e s e
p u e s v e r d a d objetiva la reflexion seria i m p o s i b l e .
261. E s difícil t a m b i e n d e c o m p r e n d e r c ó m o seria posi
b l e n i n g u n a c t o d e la c o n c i e n c i a del y o , a u n d e presente. T a
h e m o s visto c o m o d e s a p a r e c e el yo , e n r o m p i é n d o s e la serie
d e los r e c u e r d o s ; p e r o h a y a d e m á s , q u e sin v e r d a d objetiva
n o es posible c o n c e b i r el y o ni a u n p o r u n m o m e n t o . El y o
p e n s a n t e , n o c o n o c e al yo p e n s a d o , sino c o m o objeto. S e a
q u e lo sienta, s e a q u e lo conozca, p a r a d a r s e c u e n t a a sí m i s
m o d e sí m i s m o n e c e s i t a r e f l e x i o n a r s o b r e sí m i s m o , t o m a r
s e á sí m i s m o p o r objeto. Y e n n o h a b i e n d o v e r d a d objetiva,
n o se c o n c i b e q u e n i n g u n objeto p u e d a t e n e r n i n g u n valor.
D e e s t o s e infiere, q u e los q u e a t a c a n la objetividad, a t a c a n
u n a ley f u n d a m e n t a l d e n u e s t r o espíritu , d e s t r u y e n el p e n
s a m i e n t o , y a r r u i n a n h a s t a la c o n c i e n c i a , h a s t a t o d o lo s u b
jetiva, q u e les se rvi a d e base.
262. C o n t r a la certeza objetiva s u e l e a r g u m e n t a r s e f u n
d á n d o s e e n los e r r o r e s á q u e ella n o s i n d u c e . El delirante
c r e e v e r objetos q u e n o existen ; el l o c o c r e e f i r m e m e n t e e n
la v e r d a d d e s u s p e n s a m i e n t o s d e s c o n c e r t a d o s : ¿ p o r q u é lo
q u e e n u n c a s o n o s e n g a ñ a , n o p o d r í a e n g a ñ a r n o s e n otros
ó e n t o d o s ? U n criterio q u e a l g u n a v e z flaquea, ¿ p o d r á p a
 — 1 4 8 -
sar p o r s e g u r o ? ¿ P o r q u é n o a t e n e r n o s á lo p u r a m e n t e s u b
jetivo? El delirante, el m a n i á t i c o , el loco se e n g a ñ a n e n el
objeto, m a s n o e n el sujeto: a u n q u e n o s e a v e r d a d lo q u e ellos
p i e n s a n , es b i e n cierto y v e r d a d e r o q u e ellos lo p i e n s a n .
E s t a o b j e c i o n es e s p e c i o s a ; p e r o d e j a e n pié todas las difi
c u l t a d e s e n c o n t r a del s i s t e m a á c u y o favor se a d u c e ; y p o r
otra parte n o c a r e c e d e r e s p u e s t a , e n c u a n t o t i e n d e á d e b i
litar la v e r d a d objetiva.
El delirante , el m a n i á t i c o , el loco t i e n e n t a m b i e n r e c u e r
d o s d e c o s a s q u e n o h a n existido n u n c a . E s o s r e c u e r d o s n o
se refieren tan solo á lo exterior, sino t a m b i e n á s u s actos
interiores. El d e m e n t e q u e se l l a m a r e y , se a c u e r d a d e lo
q u e p e n s ó , d e lo q u e sintió, c u a n d o le c o r o n a r o n , c u a n d o
le d e s t r o n a r o n , y d e u n a larga historia d e s e m e j a n t e s actos:
y sin e m b a r g o estos f e n ó m e n o s intelectuales n o existieron : y
s e a c o m o fu er e, estos r e c u e r d o s se los p u e d e p r o d u c i r él
m i s m o . T e n e m o s p u e s q u e el criterio c o n r e s p e c t o á la m e
m o r i a , flaquea e n este caso; y p o r lo m i s m o n o p o d r á servir
e n n i n g u n o . L u e g o , a u n c u a n d o m a s a r r i b a n o h u b i é s e m o s
d e m o s t r a d o q u e sin v e r d a d objetiva n o h a y r e c u e r d o ni a u n
d e lo interior, el a r g u m e n t o d e los a d v e r s a r i o s bastaría p a r a
a r r u i n a r l o s todos. E s t a o b j e c i o n , si a l g o p r o b a s e , c o n f i r m a r í a
t o d o lo q u e se h a d i c h o p a r a d e m o s t r a r q u e sin objetividad
n o h a y c o n c i e n c i a p r o p i a m e n t e d i c h a , lo cual n o lo a d m i t e n
los a d vers ar ios .
263. A d e m á s : d e s d e l u e g o salta á los ojos lo q u e p u e d e
valer e n el tribunal d e la ra z on , lo q u e c o m i e n z a p o r a p o y a r
s e e n la locura. T o d o esto p r u e b a á lo m a s , la d e b i l i d a d d e
n u e s t r a n a t u r a l e z a ; la posibilidad d e q u e e n a l g u n o s d e s g r a
c i a d o s se trastorne el ó r d e n establecido p a r a la h u m a n i d a d ;
q u e la regla d e la v e r d a d e n el h o m b r e , c o m o q u e existe e n
u n a criatura tan débil, a d m i t e a l g u n a s e x c e p c i o n e s ; p e r o
estas s o n c o n o c i d a s , p o r q u e t i e n e n c a r a c t e r e s m a r c a d o s . L a
e x c e p c i o n n o d e s t r u y e la regla, s i n o q u e la c o n f i r m a ( X X V ) .
 C A P Í T U L O X X V I .

Si todos los conocimientos se r e d u c e n i la percepcion de la identidad.

164. L a e v i d e n c i a i n m e d i a t a tiene p o r objeto las v e r d a
d e s q u e el e n t e n d i m i e n t o a l c a n z a c o n toda claridad, y á q u e
asiente c o n absoluta c e r t e z a sin q u e i n t e r v e n g a n i n g u n m e
dio, c o m o lo dice el m i s m o n o m b r e . Estas v e r d a d e s se e n u n
c i a n e n las p r o p o s i c i o n e s l l a m a d a s p e r se n o t m , p r i m e r o s
p r i n c i p i o s ó a x i o m a s ; e n las c ua l es basta e n t e n d e r el s e n t i d o
d e los t é r m i n o s , p a r a v e r q u e el p r e d i c a d o está c o n t e n i d o
.e n la i d e a del sujeto. L a s p r o p o s i c i o n e s d e esta clase s o n p o
c a s e n todas las ciencias : la m a y o r parte d e n u e s t r o s c o n o
c i m i e n t o s es fruto d e raciocinio, el cual p r o c e d e p o r e v i d e n r
cia m e d i a t a . E n la g e o m e t r í a s o n e n m u y r e d u c i d o n ú m e r o
las p r o p o s i c i o n e s q u e n o h a n m e n e s t e r ser d e m o s t r a d a s s i n o
e x p l i c a d a s ; el c u e r p o d e la c i e n c i a g e o m é t r i c a c o n las di
m e n s i o n e s colosales q u e tiene e n la a c t u a l i d a d . h a d i m a n a d o
del raciocinio : a u n e n las o b r a s m a s e x t e n s a s los a x i o m a s
o c u p a n p o c a s p á g i n a s ; lo d e m á s está f o r m a d o d e t e o r e m a s ,
esto es , d e p r o p o s i c i o n e s q u e n o s i e n d o e v i d e n t e s p o r sí m i s
m a s , n e c e s i t a n d e m o s t r a c i o n . L o m i s m o se verifica e n t o d a s
las ciencias.
265. C o m o e n los a x i o m a s p e r c i b e el e n t e n d i m i e n t o la
i d e n t i d a d del sujeto c o n el p r e d i c a d o , v i e n d o p o r intuicion
q u e la idea d e este se halla c o n t e n i d a e n la d e a q u e l , s u r g e
a q u í u n a cuestion filosófica s u m a m e n t e g r a v e , q u e p u e d e se r
m u y difícil, y d a r pié á e x t r a ñ a s c o n t r o v e r s i a s , si n o se tie
n e c u i d a d o d e colocarla e n s u v e r d a d e r o terreno. ¿ T o d o c o
n o c i m i e n t o h u m a n o se r e d u c e á la s i m p l e p e r c e p c i o n d e la
i d e n t i d a d ? y s u f ó r m u l a g e n e r a l , ¿ p o d r í a ser la siguiente : A
es A , ó b i e n u n a c o s a es ella m i s m a ? Filósofos d e n o t a op i
n a n p o r la afirmativa, otros s i e n t e n lo contrario. Y o c r e o
q u e h a y e n esto cierta c o n f u s i o n d e ideas, relativa m a s b i e n
al e s t a d o d e la c u e s t i o n q u e n o al f o n d o d e ella m i s m a . C o n
d u c e m u c h o á resolverla c o n acierto el f o r m a r s e ideas b i e n
claras y e x a c t a s d e lo q u e es el juicio, y la r e l a c i o n q u e p o r
él s e a f i r m a ó se niega.
 — 1 5 0 —
266. E n t o d o juicio h a y p e r c e p c i o n d e i d e n t i d a d ó d e n o
i d e n t i d a d s e g u n es afirmativo ó negativo. El v e r b o es n o e x
p r e s a u n i o n del p r e d i c a d o c o n el sujeto, s i n o i d e n t i d a d ; c u a n
d o v a a c o m p a ñ a d o d e la n e g a c i o n d i c i é n d o s e n o es, se e x p r e
s a s i m p l e m e n t e la n o i d e n t i d a d , p r e s c i n d i e n d o d e la u n i o n
ó s e p a r a c i o n . E s t o es tan v e r d a d e r o y e x a c t o , q u e e n cosas
r e a l m e n t e u n i d a s n o c a b e juicio afirmativo p o r solo faltarles
la i d e n t i d a d ; e n tales c a so s , p a r a p o d e r afirmar, es p r e c i s o
e x p r e s a r el p r e d i c a d o e n c o n c r e t o , esto es, e n v o l v i e n d o e n
él d e a l g u n m o d o la i d e a del sujeto m i s m o ; p o r m a n e r a q u e
la m i s m a p r o p i e d a d q u e e n c o n c r e t o d e b i e r a ser a f i r m a d a , n o
p u e d e serlo e n abstracto, a n t e s b i e n d e b e ser n e g a d a . As í se
p u e d e decir: el h o m b r e es racional; p e r o n ó , el h o m b r e es
la r a c i o n a l i d a d : el c u e r p o es e x t e n s o ; p e r o n ó , el c u e r p o es
la e x t e n s i o n : el p a p e l es b l a n c o ; p e r o n ó , el p a p e l es la b l a n
cura. Y esto ¿ p o r q u é ? ¿ e s q u e la r a c i o n a l i d a d n o esté e n el
h o m b r e , q u e la e x t e n s i o n n o se halle u n i d a al c u e r p o y la
b l a n c u r a al p a p e l ? n ó c i e r t a m e n t e ; p e r o a u n q u e la r a c i o n a
lidad esté e n el h o m b r e y la e x t e n s i o n e n el c u e r p o y la b l a n
c u r a e n el p a p e l , basta q u e n o p e r c i b a m o s i d e n t i d a d e n t r e
los p r e d i c a d o s y los sujetos p a r a q u e la a f i r m a c i o n n o p u e d a
t e n e r c a b i d a : p o r el contrario, lo q u e la tiene es la n e g a
c i o n , á p e s a r d e la u n i o n : así se p o d r á d ec i r: el h o m b r e n o
es la r a c i o n a l i d a d ; el c u e r p o n o es la e x t e n s i o n ; el p a p e l n o
es la b l a n c u r a .
H e d i c h o q u e p a r a salvar la e x p r e s i o n d e i d e n t i d a d e m
p l e á b a m o s el n o m b r e c o n c r e t o e n l u g a r del abstracto, e n v o l
v i e n d o e n a q u e l la i d e a del sujeto. N o se p u e d e d e c i r el p a
p el es la b l a n c u r a , p e r o si el p a p e l es b l a n c o : p o r q u e esta
ú l t i m a p r o p o s i c i o n significa el p a p e l es u n a c o s a b l a n c a ; es
decir, q u e e n el p r e d i c a d o , b l a n c o , e n c o n c r e t o , h a c e m o s
e n t r a r la i d e a g e n e r a l d e u n a cosa, esto es , d e u n sujeto m o -
dificable , y este sujeto es idéntico al p a p e l m o d i f i c a d o p o r la
b l a n c u r a .
267. A s í se e c h a d e v e r q u e la e x p r e s i o n : u n i ó n del p r e
d i c a d o con el sujeto, es c u a n d o m e n o s i n e x a c t a . E n t o d a p r o
p o s i c i o n afirmativa se e x p r e s a la i d e n t i d a d del p r e d i c a d o c o n
el sujeto; el u s o autoriza estos m o d o s d e h a b l a r , q u e sin e m
b a r g o n o d e j a n d e p r o d u c i r a l g u n a c o n f u s i o n c u a n d o s e trata
d e e n t e n d e r p e r f e c t a m e n t e estas m a t e r i a s . Y es d e n o t a r q u e
 — 1 5 1 -
« 1 l e n g u a j e c o m u n p o r sí s o l o , es e n este p u n t o c o m o e n m u
c h o s otros, a d m i r a b l e m e n t e p r o p i o y e x a c t o : n a d i e dice, el
p a p e l es la b l a n c u r a , s i n o el p a p e l es b l a n c o ; solo c u a n d o se
q u i e r e e n c a r e c e r m u c h o la p e r f e c c i o n c o n q u e u n sujeto p o
s e e u n a c a l i d a d , se la e x p r e s a e n abstracto, u n i é n d o l e el
p r o n o m b r e m i s m o : así se d i c e h i p e r b ó l i c a m e n t e : es la m i s m a
.belleza, es la m i s m a b l a n c u r a , es la m i s m a b o n d a d .
468. H a s t a lo q u e se l l a m a i g u a l d a d e n las m a t e m á t i c a s ,
v i e n e á significar t a m b i e n i d e n t i d a d ; d e su e rt e q u e e n esta
-clase d e juicios, á m a s d e lo q u e h e m o s o b s e r v a d o d e g e n e
ral e n to do s, á s a b e r , la i d e n t i d a d s a l v a d a p o r la e x p r e s i o n
d el p r e d i c a d o e n c o n c r e t o , h a y q u e la m i s m a r e l a c i o n d e
i g u a l d a d significa identidad: esto n e c e s i t a e x p l i c a c i o n .
Si d i g o 6 + 3 = 9 , e x p r e s o lo m i s m o q u e 6 + 3 es idéntico á
8. C l a r o es q u e e n la a f i r m a c i o n d e i g u a l d a d n o se a t i e n d e á
la f o r m a c o n q u e las c a n t i d a d e s están e x p r e s a d a s , sino á las
-cantidades m i s m a s ; p u e s d e lo c o n t r a r i o , n o solo n o se p o
dría a f i r m a r la i d e n t i d a d , p e r o ni a u n la i g u a l d a d ; p o r q u e
-es e v i d e n t e q u e 6 + 3 e n c u a n t o á s u f o r m a , ni escrita, n i
h a b l a d a , ni p e n s a d a , n o es idéntico ni igual c o n 9. L a igual
d a d se refiere á los valores e x p r e s a d o s , y estos n o solo s o n
iguales, s i n o idénticos: 6 + 3 es lo m i s m o q u e 9. El t o d o n o
s e d i s t i n g u e d e s u s partes r e u n i d a s : el 9 es el todo; 6 + 3 c o n
s u s partes r e u n i d a s .
El m o d o diferente c o n q u e se c o n c i b e n 9 y 6 + 3 , n o e x c l u
y e la i d e n t i d a d : esta diferencia es relativa á la f o r m a intelec
tual; y tiene l u g a r n o solo e n este c a s o , s i n o e n las p e r c e p
c i o n e s d e las cosas m a s s i m p l e s ; n o h a y n a d a q u e n o s o t r o s
n o c o n c i b a m o s b a j o a s p e c t o s diferentes , y c u y o c o n c e p t o n o
p o d a m o s d e s c o m p o n e r d e d i v e r s o s m o d o s ; y sin e m b a r g o ,
n o p o r esto se d i c e q u e la c o s a d e j a d e s e r s i m p l e é idéntica
c o n s i g o m i s m a .
L o q u e se aplica á u n a e c u a c i o n aritmética, p u e d e e x t e n
d e r s e á las a l g e b r á i c a s y g e o m é t r i c a s . Si se tiene u n a e c u a
c i o n e n q u e el p r i m e r m i e m b r o s e a m u y sencillo, p o r e j e m
p l o Z, y el s e g u n d o m u y c o m p l i c a d o , p o r e j e m p l o el d e s a r
rollo d e u n a série, n o se q u i e r e decir q u e la e x p r e s i o n pri
m e r a s e a igual á la s e g u n d a ; la i g u a l d a d se refiere, n ó á la
m i s m a e x p r e s i o n s i n o á lo e x p r e s a d o , al v a l o r q u e c o n las
 letras se d e s i g n a : esto ú l t i m o es v e r d a d e r o ; lo p r i m e r o s e
ria e v i d e n t e m e n t e falso.
D o s c i r c u n f e r e n c i a s q u e t e n g a n u n m i s m o r a d i o s o n i g u a
les. A q u í p a r e c e q u e se trata s o l a m e n t e d e i g u a l d a d , p u e s
q u e h a y e n efecto d o s objetos distintos q u e s o n las d o s cir
c u n f e r e n c i a s , las c u a l e s p u e d e n trazarse e n el p a p e l ó re
p r e s e n t a r s e e n la i m a g i n a c i o n : n o o b s t a n t e , ni a u n e n este
c a s o la distincion es v e r d a d e r a y sí solo a p a r e n t e , verificán
d o s e lo q u e e n las e c u a c i o n e s a r i t m é t i c a s y a lg e br á ic a s, d e
q u e h a y distincion y h a s t a d i v e r s i d a d e n las f o r m a s , é i d e n
tidad e n el fondo. D e s d e l u e g o se p u e d e c o m b a t i r el a r g u
m e n t o principal e n q u e se f u n d a la distincion, si se o b s e r v a
q u e las c i r c u n f e r e n c i a s q u e se p u e d e n trazar ó r e p r e s e n t a r ,
n o s o n m a s q u e f o r m a s d e la i d e a , y d e n i n g u n m o d o la i d e a
m i s m a . Y a se t r a c e n y a se r e p r e s e n t e n , t e n d r á n u n a m a g n i
t u d d e t e r m i n a d a y u n a cierta p o s i c i o n e n los p l a n o s q u e se
t e n g a n á la vista ó q u e se i m a g i n e n : e n la i d e a y e n la p r o
p o s i c i o n q u e á ella se refiere, n o h a y n a d a d e esto; se p r e s
c i n d e d e todas las m a g n i t u d e s , d e t o d a s las p o s i c i o n e s , se
h a b l a e n u n s e n t i d o g e n e r a l y absoluto. E s v e r d a d q u e las
r e p r e s e n t a c i o n e s p u e d e n s er infinitas, y a e n la i m a g i n a c i o n »
y a e n lo exterior : p e r o esto , léjos d e p r o b a r s u i d e n t i d a d c o n
la idea, i n d i c a s u d i v e r s i d a d ; p u e s q u e la i d e a es ú n i c a , ellas
s o n infinitas; la i d e a es c o n s t a n t e , ellas s o n variables; la i d e a
es i n d e p e n d i e n t e d e las m i s m a s , y ellas s o n d e p e n d i e n t e s d e
la idea, t e n i e n d o el c a r á c t e r y la d e n o m i n a c i o n d e c i r c u n f e
r e n c i a s e n c u a n t o se le a p r o x i m a n r e p r e s e n t a n d o lo q u e ella
c o n t i e n e .
¿ Q u é se e x p r e s a p u e s e n la p r o p o s i c i o n : d o s c i r c u n f e r e n
cias q u e t e n g a n u n m i s m o r a d i o s o n iguales? la i d e a f u n d a
m e n t a l es q u e el v a l o r d e la c i r c u n f e r e n c i a d e p e n d e d e l r a
d i o ; y la p r o p o s i c i o n a q u í e n u n c i a d a n o es m a s q u e u n a apli
c a c i o n d e a q u e l l a p r o p i e d a d al c a s o d e i g u a l d a d d e los r a d i o s .
L u e g o las c i r c u n f e r e n c i a s q u e c o n c e b i m o s c o m o distintas,
n o s o n m a s q u e e j e m p l o s q u e n o s p o n e m o s e n lo interior
p a r a h a c e r n o s visible la v e r d a d d e la a p l i c a c i o n ; p e r o e n el
f o n d o p u r a m e n t e intelectual, n o se e n c u e n t r a m a s q u e la
d e s c o m p o s i c i o n d e la i d e a m i s m a d e la c i r c u n f e r e n c i a , ó s u
r e l a c i o n c o n el r a d i o a p l i c a d a al c a s o d e igualdad. N o h a y
p u e s d o s c i r c u n f e r e n c i a s e n el ó r d e n p u r a m e n t e ideal; h a y
 — 1 5 5 —
u n a sola c u y a s p r o p i e d a d e s c o n o c e m o s bajo diferentes c o n
c e p t o s y q u e e x p r e s a m o s d e d i v e r s a s m a n e r a s .
Si e n t o d o s los juicios h a y a f i r m a c i o n d e i d e n t i d a d 6 n o
i d e n t i d a d , y t o d o s n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s ó n a c e n d e u n
Juicio ó v a n á p a r a r á él, p a r e c e q u e todos se h a n d e r e d u c i r
á u n a s i m p l e p e r c e p c i o n d e i d e n t i d a d : e n t o n c e s , la f ó r m u l a
g e n e r a l d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s s e r á : A es A , ó u n a c o s a
es ella m i s m a . Este r e s u l t a d o p a r e c e u n a p a r a d o j a e x t r a v a
g a n t e , y lo es s e g u n el m o d o c o n q u e se le e n t i e n d e ; p e r o
si se e x p l i c a c o m o se d e b e , p u e d e s e r a d m i t i d o c o m o u n a
v e r d a d y v e r d a d m u y sencilla. P o r lo d i c h o e n los p á r r a f o s
anteriores, se p u e d e c o l u m b r a r c u á l es el s e n t i d o d e esta
o p i n i o n ; p e r o la i m p o r t a n c i a d e la m a t e r i a e x i g e otras a c l a
raciones.

C A P Í T U L O X X V I I .

CoQtímaeioD.
569. E s hasta ridículo el d e c i r q u e los c o n o c i m i e n t o s d e
los m a s s u b l i m e s m a t e m á t i c o s , se h a y a n r e d u c i d o á esta
e c u a c i o n : A es A. Esto, d i c h o a b s o l u t a m e n t e , es n o solo fal
s o s i n o con tra ri o al s e n t i d o c o m u n ; p e r o ni es c o n t r a r i o al
s e n t i d o c o m u n , ni es falso, el d e c i r q u e los c o n o c i m i e n t o s
d e todos los m a t e m á t i c o s s o n p e r c e p c i o n e s d e i d e n t i d a d , la
c u a l p r e s e n t a d a bajo diferentes c o n c e p t o s sufre infinitas v a
r i a c i o n e s d e f o r m a , q u e f e c u n d a n al e n t e n d i m i e n t o y consti
t u y e n la ciencia. P a r a m a y o r claridad t o m e m o s u n e j e m p l o
y s i g a m o s u n a idea al través d e s u s i r a s f o r m a c i o n e s .
2 7 0 . L a e c u a c i ó n c í r c u l o = c í r c u l o (1) es m u y v e r d a d e r a ,
p e r o n ó m u y l u m i n o s a , p u e s n o sirve p a r a n a d a , á c a u s a d e
q u e h a y i d e n t i d a d n o solo d e ideas s i n o t a m b i e n d e c o n c e p t o s
y e x p r e s i o n . P a r a q u e h a y a u n v e r d a d e r o p r o g r e s o e n la c i e n
cia, n o basta q u e la e x p r e s i o n se m u d e , es n e c e s a r i o q u e s e
v a r i e e n a l g u n m o d o el c o n c e p t o bajo el cual se p r e s e n t a la
c o s a idéntica. A s í es q u e si la e c u a c i o n a n t e r i o r la a b r e v i a
m o s e n e s t a f o r m a C = c í r c u l o (2) n a d a h e m o s a d e l a n t a d o )
s i n o e n c u a n t o á la e x p r e s i o n p u r a m e n t e material. L a ú n i c a
v e n t a j a q u e p u e d e re su lt a r no s , es el q u e a l i v i a m o s u n tanto
 - 1 5 4 -
la m e m o r i a , p o r q u e e n v e z d e e x p r e s a r el círculo p o r u n a p a
labra lo e x p r e s a m o s p o r u n a letra, la inicial C. ¿ P o r q u é ?
p o r q u e la v a r i e d a d está e n la e x p r e s i o n , n o e n el c o n c e p t o .
Si e n v e z d e c o n s i d e r a r la i d e n t i d a d e n t o d a s u simplici
d a d e n a m b o s m i e m b r o s d e la e c u a c i o n , r e f e r i m o s el valor
del círculo al d e la c i r c u n f e r e n c i a , t e n d r e m o s C = c i r c u n f e -
r e n c i a X ' / i R (3)i es d e c i r q u e el v a l o r d e l c í r c u l o e s i g u a l á
la c i r c u n f e r e n c i a m u l t i p l i c a d a p o r m i t a d del radio. E n la
e c u a c i o n (3) h a y i d e n t i d a d c o m o e n las (1) y (2), p o r q u e e n
ella se significa q u e el valor e x p r e s a d o p o r G es el m i s m o e x
p r e s a d o p o r c i r c u n f e r e n c i a X V> R ; d e la p r o p i a s u e r t e q u e
e n las anteriores se e x p r e s a q u e el valor del círculo es el v a
lor del círculo. P e r o ¿ h a y a l g u n a diferencia d e esta e c u a c i o n
á las a n t e r i o r e s ? sí, y m u y g r a n d e . ¿ C u á l e s ? e n las p r i m e
ras se e x p r e s a b a s i m p l e m e n t e la i d e n t i d a d c o n c e b i d a b a j o u n
m i s m o p u n t o d e vista; el circulo e x p r e s a d o e n el s e g u n d o
m i e m b r o n o e x c i t a b a n i n g u n a i d e a q u e n o excitase el p r i m e
ro; p e r o e n la ú l t i m a el s e g u n d o m i e m b r o e x p r e s a el m i s m o
círculo sí, p e r o e n s u s relaciones c o n la c i r c u n f e r e n c i a y el
ra d i o, y p o r c o n s i g u i e n t e á m a s d e c o n t e n e r u n a e s p e c i e d e
análisis d e la i d e a del círculo, r e c u e r d a el análisis q u e a n
t e r i o r m e n t e se h a h e c h o d e la idea d e la c i r c u n f e r e n c i a c o n
r e l a c i o n á la del radio. L a diferencia p u e s n o está e n la sola
e x p r e s i o n m a t e r i a l , s i n o e n la v a r i e d a d d e c o n c e p t o s bajo los
c u a l e s se p r e s e n t a u n a c o s a m i s m a .
L l a m a n d o N el valor d e la r e l a c i o n d e la c i r c u n f e r e n c i a
c o n el d i á m e t r o , y C al círculo, la e c u a c i o n se n o s c o n v i e r t e
e n e s t a o t r a C = N R * (4). A q u í h a y t a m b i e n i d e n t i d a d e n los
v a l o r e s , p e r o e n c o n t r a m o s u n p r o g r e s o n o t a b l e e n la e x p r e
s i o n del s e g u n d o m i e m b r o , e n el c u a l se n o s ofrece el valor
d e l círculo d e s e m b a r a z a d o d e su s r e l a c i o n e s c o n el d e la cir
c u n f e r e n c i a y d e p e n d i e n t e tan solo d e u n valor n u m é r i c o N
y d e u n a recta q u e es el radio. S i n p e r d e r p u e s la i d e n t i d a d
y solo p o r s u c e s i o n d e p e r c e p c i o n e s d e identidad, h e m o s lle
g a d o á a d e l a n t a r e n la c i e n c i a , y h a b i e n d o partido d e u n a
p r o p o s i c i o n tan estéril c o m o c i r c u l o = c i r c u l o , n o s e n c o n t r a
m o s e n otra p o r la c u a l p o d e m o s d e s d e l u e g o calcular el v a
lor d e u n círculo c u a l q u i e r a c o n tal q u e se n o s d é s u radio.
S a l i e n d o d e la g e o m e t r í a e l e m e n t a l y c o n s i d e r a n d o el cír
c u l o c o m o u n a c u r v a referida á d o s ejes y c u y o s p u n t o s se
 — Í S S —
d e t e r m i n a n c o n r e s p e c t o á estos , t e n d r e m o s Z = l B x — x, (5);
e x p r e s a n d o Z el v a l o r d e la o r d e n a d a ; B el d e u n a parte c o n s
t a n t e del eje d e las abscisas; y x la a b s c i s a c o r r e s p o n d i e n t e á
Z. A q u í e n c o n t r a m o s y a otro p r o g r e s o d e ideas t o d a v í a m a s
n o t a b l e ; e n a m b o s m i e m b r o s , n o e x p r e s a m o s y a el v a l o r d e l
c í r c u l o s i n o el d e u n a s líneas, c o n las c u a l e s se d e t e r m i n a n
o d o s los p u n t o s d e la c u r v a ; y c o n c e b i m o s f á c i l m e n t e q u e
e s t a c u r v a q u e n o s c e r r a b a la figura c u y a s p r o p i e d a d e s d e
t e r m i n á b a m o s e n la g e o m e t r í a e l e m e n t a l , p u e d e s er c o n c e
b i d a bajo tal f o r m a q u e p e r t e n e z c a á u n g é n e r o d e c u r v a s d e
las c u a l e s ella c o n s t i t u y a u n a e s p e c i e p o r la particular rela
c i o n d e las c a n t i d a d e s 2 x y B ; d e m a n e r a q u e m o d i f i c a n d o la
e x p r e s i o n c o n la a ñ a d i d u r a d e u n a n u e v a c a n t i d a d c o m b i n a
d a d e este ó d e a q u e l m o d o , p u e d e r e s u l t a r n o s u n a c u r v a d e
otra especie. E n t o n c e s , si q u e r e m o s d e t e r m i n a r el valor d e
la superficie e n c e r r a d a e n este círculo, p o d r e m o s c o n s i d e
rarla, nó- s i m p l e m e n t e c o n r e s p e c t o al radio, s i n o á las
á r e a s e n c e r r a d a s e n t r e las varias p e r p e n d i c u l a r e s c u y o s e x
t r e m o s d e t e r m i n a n los p u n t o s d e la c u r v a y q u e se l l a m a n o r
d e n a d a s : c o n lo cual resultará q u e el m i s m o valor del cír
c u l o se d e t e r m i n a r á bajo c o n c e p t o s diferentes, n o o b s t a n t e
d e q u e ese valor es s i e m p r e idéntico: la transicion d e u n o s
c o n c e p t o s á otros s e r á la s u c e s i o n d e las p e r c e p c i o n e s d e
i d e n t i d a d p r e s e n t a d a bajo f o r m a s diferentes.
C o n s i d e r e m o s a h o r a q u e el v a l o r del círculo d e p e n d e d el
r a d i o , lo c u a l n o s d a C = f u n c i o n x (6). E c u a c i o n q u e n o s lle
v a á c o n c e b i r el círculo bajo la i d e a g e n e r a l d e u n a f u n c i o n
d e s u r a d i o ó d e x, y p o r c o n s i g u i e n t e n o s autoriza á s o m e
terle á todas las leyes á q u e u n a f u n c i o n está sujeta y n o s
c o n d u c e á las p r o p i e d a d e s d e las diferencias, d e los limites,
y d e las r e l a c i o n e s d e estos; c o n lo c u a l e n t r a m o s e n el cál
c u l o infinitesimal c u y a s e x p r e s i o n e s n o s p r e s e n t a n la identi
d a d bajo u n a f o r m a q u e n o s r e c u e r d a u n a série d e c o n c e p t o s
d e análisis d e t e n i d a y p r o f u n d a . Así, e x p r e s a n d o la d i f e r e n
cia del círculo p o r d e ; y s u integral p o r S. d e ; t e n d r e m o s
c = S . d e (7) , e c u a c i o n e n q u e s e e x p r e s a n los m i s m o s v a l o r e s
q u e e n a q u e l l a otra, c í r c u l o = c í r c u l o , p e r o c o n la d i f e r e n c i a
d e q u e la (7) r e c u e r d a i n m e n s o s trabajos analíticos , es el re
s u l t a d o d o la dilatada s u c e s i o n d e c o n c e p t o s del cálculo inte
gral, de l diferencial, d e los límites d e las diferencias d e las
 — 1 5 6 —
. f u n c i o n e s , d e la a p l i c a c i o n del á l g e b r a á la g e o m e t r í a y d e
u n a m u c h e d u m b r e d e n o c i o n e s g e o m é t r i c a s e l e m e n t a l e s , r e
glas y c o m b i n a c i o n e s a l g e b r á i c a s y d e t o d o c u a n t o h a s i d o
m e n e s t e r p a r a llegar al resultado. E n t o n c e s , c u a n d o se in
t e g r e la diferencial, y p o r i n t e g r a c i o n s e llegue á s a c a r el v a
lor d e l circulo , es claro q u e seria lo m a s e x t r a v a g a n t e el
a f i r m a r q u e la e c u a c i o n integral n o es m a s q u e la d e cir-
c u l o = c i r c u l o ; p e r o n o lo es el d e c i r q u e e n el f o n d o h a y
i d e n t i d a d , y q u e la d i v e r s i d a d d e e x p r e s i o n á q u e h e m o s lle
g a d o es el fruto d e u n a s u c e s i o n d e p e r c e p c i o n e s d e la m i s
m a i d e n t i d a d p r e s e n t a d a bajo a s p e c t o s diferentes. S u p o n i e n
d o q u e los c o n c e p t o s p o r los c u a l e s h a y a s i d o n e c e s a r i o p a s a r
s e a n A B C D E M ; la ley d e s u e n l a c e científico p o d r á e x
p r e s a r s e d e esta m a n e r a : A = B , B = C , C = D , D = E , E = M ,
l u e g o A — M .
•71. L o q u e a c a b o d e e x p l i c a r n o p u e d e c o m p r e n d e r s e
b i e n si n o se r e c u e r d a n a l g u n o s c a r a c t e r e s d e n u e s t r a inteli
g e n c i a , e n los c u a l e s se e n c u e n t r a la r a z o n d e t a m a ñ a s a n o
m a l í a s . N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o tiene la d e b i l i d a d d e n o p o d e r
p e r c i b i r m u c h a s c o s a s s i n o s u c e s i v a m e n t e , y d e q u e a u n e n
las ideas m a s claras , n o v e lo q u e e n ellas se c o n t i e n e s i n o
c o n m u c h o trabajo. D e esto resulta u n a n e c e s i d a d á la c u a l
c o r r e s p o n d e c o n a d m i r a b l e a r m o n í a u n a facultad q u e la s a
tisface : u n a n e c e s i d a d d e c o n c e b i r b a j o varias f o r m a s n o solo
distintas s i n o diferentes , a u n las c o s a s m a s s i m p l e s , u n a fa
c u l t a d d e d e s c o m p o n e r u n c o n c e p t o e n m u c h a s partes, m u l
t i p l i c a n d o e n el o r d e n d e las i d e a s lo q u e e n r e a l i d a d es u n o .
E s t a facultad d e d e s c o m p o s i c i o n seria inútil si al p a s a r el e n
t e n d i m i e n t o p o r la s u c e s i ó n d e c o n c e p t o s , n o t u v i e s e m e d i o
d e e n l a z a r l o s y r e t e n e r l o s , e n c u y o c a s o iria p e r d i e n d o el
fruto d e s u s tareas e s c a p á n d o s e l e d e la m a n o ta n p r o n t o c o
m o lo a c a b a b a d e coger. A f o r t u n a d a m e n t e , este m e d i o le
tiene e n los s i g n o s escritos , h a b l a d o s ó p e n s a d o s ; e x p r e s i o
n e s m i s t e r i o s a s q u e á v e c e s d e s i g n a n n o solo u n a idea, s i n o
q u e s o n c o m o el c o m p e n d i o d e los trabajos d e u n a l a r g a v i d a
y q u i z á s d e u n a dilatada serie d e siglos. Al p r e s e n t á r s e n o s el
s i g n o , n o v e m o s c i e r t a m e n t e c o n e n t e r a c l a r i d a d t o d o lo q u e
p o r él se e x p r e s a , ni Ja s r a z o n e s d e la l e g i t i m i d a d d e la e x
p r e s i o n ; p e r o s a b e m o s e n c o n f u s o el significado q u e allí s e
e n c i e r r a , s a b e m o s q u e e n c a s o n e c e s a r i o n o s basta t o m a r el
 — 1 5 7 —
hilo d e las p e r c e p c i o n e s p o r las c u a l e s h e m o s p a s a d o , vol
v i e n d o asi c o n p a s o r e t r ó g r a d o h a s t a los e l e m e n t o s m a s s i m
ples d e la ciencia. A l h a c e r los cálculos, el m a t e m á t i c o m a s
e m i n e n t e n o v e c o n t o d a c l a r i d a d lo q u e significan las e x p r e
s i o n e s q u e v a e m p l e a n d o , s i n o e n c u a n t o se refieren al o b j e
to q u e le o c u p a ; p e r o está cierto q u e a q u e l l a s e x p r e s i o n e s n o
le e n g a ñ a n , q u e las reglas p o r las c u a l e s se g u i a s o n e n t e
r a m e n t e s e g u r a s ; p o r q u e s a b e q u e e n otro t i e m p o las afianzó
e n i n c o n c u s a s d e m o s t r a c i o n e s . El desarrollo d e u n a c i e n c i a
p u e d e c o m p a r a r s e á u n a série d e c o l u n a s e n las c u a l e s s e h a n
m a r c a d o las distancias d e u n c a m i n o ; el i n g e n i e r o q u e h a
h e c h o las o p e r a c i o n e s s e sirve d e los g u a r i s m o s d e las c o l u
n a s , sin n e c e s i d a d d e r e c o r d a r las o p e r a c i o n e s q u e le c o n d u
j e r o n & m a r c a r la c a n t i d a d q u e tiene á la vista ; bástale s a b e r
q u e las o p e r a c i o n e s f u e r o n b i e n h e c h a s y q u e el r e s u l t a d o d e
ellas s e escribió bien.
471. L a p r u e b a d e esta n e c e s i d a d d e d e s c o m p o s i c i o n , á
m a s d e tenerla a m p l i a m e n t e c o n s i g n a d a e n los e j e m p l o s a n
teriores, se la e n c u e n t r a e n los e l e m e n t o s d e t o d a e n s e ñ a n z a ,
d o n d e s e h a c e p r e c i s o e x p l i c a r bajo u n a f o r m a d e d e m o s t r a
cion p r o p o s i c i o n e s q u e n a d a m a s d i c e n q u e las definiciones ó
a x i o m a s q u e se h a n a s e n t a d o . P o r e j e m p l o , e n las o b r a s ele
m e n t a l e s d e g e o m e t r í a se e n c u e n t r a este t e o r e m a : t o d o s los
d i á m e t r o s d e u n círculo s o n iguales; y si se q u i e r e q u e los
p r i n c i p i a n t e s le c o m p r e n d a n , es n e c e s a r i o d a r la f o r m a d e
d e m o s t r a c i o n á lo q u e n o es ni p u e d e ser m a s q u e u n a e x p l i
c a c i o n , y casi u n r e c u e r d o d e la i d e a del círculo. C u a n d o s e
t r a z a la c i r c u n f e r e n c i a s e fija u n p u n t o e n t o r n o d e l c u a l s e
h a c e girar u n a línea q u e se l l a m a r a d i o ; p u e s b i e n , n o s i e n
d o el d i á m e t r o otra c o s a q u e el c o n j u n t o d e los d o s r a d i o s
c o n t i n u a d o s e n u n a m i s m a línea , p a r e c e q u e d e b i e r a b a s t a r
la e n u n c i a c i o n del t e o r e m a p a r a q u e se le viese e v i d e n t e
m e n t e c o n t e n i d o e n la idea del círculo y c o m o u n a e s p e c i e d e
repeticion del p o s t u l a d o e n q u e se f u n d a la c o n s t r u c c i o n d e
la c u r v a ; sin e m b a r g o n o s u c e d e así, y es n e c e s a r i o expli
car, h a c i e n d o c o m o q u e se p r u e b a , y m o s t r a r el d i á m e t r o
igual á d o s ra di os , y r e c o r d a r q u e estos s o n iguales y á v e
ces repetir q u e así se s u p o n e e n la m i s m a c o n s t r u c c i o n ; en.
u n a p a l a b r a , e m p l e a r u n a p o r c i o n d e c o n c e p t o s p a r a c o n v e n
c e r d e u n a v e r d a d q u e d e b i e r a s e r c o n o c i d a c o n la s i m p l e in
 - m -
tuicion d e u n o solo, c o m o s u c e d e c u a n d o las f u e r z a s g e o m é
tricas del e n t e n d i m i e n t o h a n a d q u i r i d o cierta robustez.
273. A h o r a p o d r e m o s a p r e c i a r e n s u justo valor la o p i n i o n
d e D u g a l d - S t e w a r d e n s u s Elementos de la filosofía del espíritu
h u m a n o , c u a n d o d i c e : «es lícito d u d a r q u e a u n esta e c u a c i o n
a r i t m é t i c a 2 X 2 = 4 p u e d a s e r r e p r e s e n t a d a c o n e x a c t i t u d p o r
la f ó r m u l a A = A . Esta e c u a c i o n es u n a p r o p o s i c i o n q u e e n u n
cia la equivalencia de dos expresiones diferentes, e q u i v a l e n c i a
c u y o d e s c u b r i m i e n t o p u e d e ser d e la m a y o r i m p o r t a n c i a e n
u n a infinidad d e casos. L a f ó r m u l a es u n a p r o p o s i c i o n del to
d o insignificante y frivola q u e n o p u e d e e n n i n g u n c a s o re
cibir la m e n o r a p l i c a c i o n práctica; ¿ q u é p e n s a r e m o s p u e s d e
esta p r o p o s i c i o n A = A , si se la c o m p a r a c o n la f ó r m u l a del
b i n o m i o d e N e w t o n á la c u a l e n tal c a s o r e p r e s e n t a r l a ? sin
d u d a c u a n d o se la aplica á la e c u a c i o n 2 X 2 = 4 ( q u e p o r s u
e x t r e m a s i m p l i c i d a d y v u l g a r i d a d p u e d e p a s a r p o r u n a x i o
m a ) la p a r a d o j a n o p r e s e n t a t a n d e bulto s u m o n s t r u o s i d a d ;
p e r o e n este s e g u n d o c a s o p a r e c e del t o d o i m p o s i b l e q u e ten
g a ni a u n s i g n i f i c a c i o n » (2 p. c a p . 2 , s e c c i o n 3 , § 2). E s t e
filósofo n o a d v i e r t e q u e la p r e t e n d i d a m o n s t r u o s i d a d n a c e d e
la e r r a d a i n t e r p r e t a c i o n q u e él m i s m o d a á la o p i n i o n d e s us
adversarios. N a d i e h a p e n s a d o e n n e g a r la i m p o r t a n c i a d e
los d e s c u b r i m i e n t o s e n q u e se p r u e b a la e q u i v a l e n c i a d e e x
p r e s i o n e s diferentes; n a d i e d u d a r á d e q u e la f ó r m u l a del bi
n o m i o d e N e w t o n s e a u n g r a n p r o g r e s o s o b r e la f ó r m u l a
A = A ; p e r o la c u e s t i o n n o está a q u í , está e n v e r si la f ó r m u
la del b i n o m i o d e N e w t o n es m a s q u e la e x p r e s i o n d e c o s a s
idénticas, y si a u n el m é r i t o m i s m o d e la e x p r e s i o n , es ó n ó
el fruto d e u n a série d e p e r c e p c i o n e s d e identidad. Si la c u e s
tion se p r e s e n t a s e bajo el p u n t o d e vista d e D u g a l d - S t e w a r d ,
seria hasta i n d i g n a d e ser ventilada: e n b u e n a filosofía n o
p u e d e d i s p u t a r s e s o b r e c o s a s n o solo a b s u r d a s s i n o ridiculas.

C A P I T U L O X X V I I I .

CoDtiQnacioB.
Vil. E x p l i q u e m o s a h o r a c ó m o la d o c t r i n a d e la i d e n t i d a d
s e aplica e n g e n e r a l á t o d o s los raciocinios, v e r s e n ó n o s o b r e
 - 1 5 » —
objetos m a t e m á t i c o s : p a r a esto e x a m i n a r e m o s a l g u n a s d e las
f o r m a s dialécticas e n las c u a l e s está c o n s i g n a d o el arte d e
raciocinar.
T o d o A es B ; M es A , l u e g o M es B. E n este s i l o g i s m o e n
c o n t r a m o s e n la m a y o r , la i d e n t i d a d d e t o d o A c o n B , y e n
la m e n o r la d e M c o n A , d e lo c u a l s a c a m o s la d e M c o n B.
E n las tres p r o p o s i c i o n e s h a y a f i r m a c i o n d e identidad, y p o r
c o n s i g u i e n t e p e r c e p c i o n d e ella: v e a m o s lo q u e s u c e d e e n el
e n l a c e q u e c o n s t i t u y e la f u e r z a del raciocinio.
¿ P o r q u é d i g o q u e M es B ? p o r q u e M es A , y t o d o A es B.
M es u n o d e los A , q u e e s t a b a e x p r e s a d o y a e n las p a l a b r a s :
t o d o A ; l u e g o c u a n d o d i g o M es A , n o d i g o n a d a n u e v o so
b r e lo q u e h a b í a d i c h o p o r t o d o A ; ¿ q u é d i f e r e n c i a h a y p u e s ?
h a y la d i f e r e n c i a d e q u e e n la e x p r e s i o n t o d o A , n o h a c i a
a t e n c i o n á u n o d e s u s c o n t e n i d o s M , del c u a l sin e m b a r g o
a f i r m a b a q u e era B, p o r lo m i s m o q u e d e c i a t o d o A es B. Si
e n la e x p r e s i o n t o d o A h u b i e s e visto d i s t i n t a m e n t e á M , n o
h u b i e r a sido n e c e s a r i o el s i l o g i s m o , p u e s p o r lo m i s m o q u e
d e c i a t o d o A es B , h u b i e r a e n t e n d i d o M es B.
E s t a o b s e r v a c i o n es ta n v e r d a d e r a y e x a c t a , q u e e n tra
t á n d o s e d e r e l a c i o n e s d e m a s i a d o claras se s u p r i m e el silogis
m o y se le r e e m p l a z a p o r el e n t i m e m a . El e n t i m e m a es cier
t a m e n t e la a b r e v i a c i o n del s i l o g i s m o ; p e r o e n esta a b r e v i a
c i o n d e b e m o s v e r a l g o m a s q u e u n a h o r r o d e p a l a b r a s ; h a y
u n a h o r r o de conceptos, p o r q u e el e n t e n d i m i e n t o v e intuiti
v a m e n t e lo u n o e n lo otro sin n e c e s i d a d d e d e s c o m p o s i c i o n .
E s h o m b r e , l u e g o es r a c i o n a l ; c a l l a m o s la m a y o r y ni a u n la
p e n s a m o s , p o r q u e e n la i d e a d e h o m b r e y e n s u a p l i c a c i o n
á u n i n d i v i d u o , v e m o s i n t u i t i v a m e n t e la d e r a c i o n a l , sin
g r a d a c i o n d e ideas ni s u c e s i o n d e c o n c e p t o s .
S u p o n g a m o s q u e se trata d e d e m o s t r a r q u e el p e r í m e t r o d e
u n p o l í g o n o inscrito e n u n circulo es m e n o r q u e la c i r c u n f e
rencia, y q u e se h a c e el s i g u i e n t e s i l o g i s m o : t o d o c o n j u n t o d e
rectas inscritas e n s u s r e s p e c t i v a s c u r v a s es m e n o r q u e el c o n
j u n t o d e las m i s m a s c u r v a s ; es asi q u e el p e r í m e t r o del poli"
g o n o es u n c o n j u n t o d e rectas, y la c i r c u n f e r e n c i a u n c o n j u n
to d e a r c o s ó c u r v a s ; l u e g o el p e r í m e t r o inscrito es m e n o r
q u e la c i r c u n f e r e n c i a . P r e g u n t o a h o r a , si q u i e n s e p a q u e el
c o n j u n t o d e re cta s es m e n o r q u e el c o n j u n t o d e c u r v a s n o v e
r á c o n igual facilidad q u e el p e r í m e t r o es m e n o r q u e la cir
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c u n f e r e n c i a circunscrita, c o n tal q u e e n t i e n d a p e r f e c t a m e n t e
el s i g n i f i c a d o d e las p a l a b r a s ; e s e v i d e n t e q u e sí. ¿ P a r a q u é
p u e s se necesita el r e c u e r d o del p r i n c i p i o g e n e r a l ? ¿ es p a r a
a ñ a d i r n a d a al c o n c e p t o particular ? n o p o r cierto ; p o r q u e n a
d a p u e d e h a b e r m a s claro q u e las siguientes p r o p o s i c i o n e s : el
p e r í m e t r o del p o l í g o n o es u n c o n j u n t o d e rectas; la c i r c u n
f e r e n c i a es u n c o n j u n t o d e a r c o s ó c u r v a s : lo q u e se h a c e p u e s
c o n el pr inc ip io g e n e r a l es l l a m a r la a t e n c i o n s o b r e u n a fase
del c o n c e p t o particular, p a r a q u e c o n la reflexion se v e a e n
este lo q u e sin la reflexion n o se veia. L a c e r t e z a d e la c o n
clusion n o d e p e n d e del p r i nc i pi o g e n e r a l ; p u e s q u e si s e h u
b i e s e p e n s a d o e n las r e l a c i o n e s d e m a y o r í a y m i n o r í a , solo
c o n r e s p e c t o á las rectas del p e r í m e t r o y á los a r c o s c u y o c o n
j u n t o f o r m a la c i r c u n f e r e n c i a , se h u b i e r a inferido lo m i s m o .
C o n este e j e m p l o se c o n f i r m a q u e el e n t i m e m a n o es u n a
s i m p l e a b r e v i a c i o n d e pa l ab r a s, y se e x p l i c a p o r q u é le e m
p l e a m o s e n los raciocinios q u e v e r s a n s o b r e m a t e r i a s f a m i
liares al e n t e n d i m i e n t o . E n t o n c e s , e n u n o c u a l q u i e r a d e los
c o n c e p t o s v e m o s lo q u e n e c e s i t a m o s p a r a la c o n s e c u e n c i a , y
p o r esto t e n e m o s b a s t a n t e c o n u n a p r e m i s a , e n la c u a l in
c l u i m o s la otra , m a s b i e n q u e n o la s o b r e e n t e n d e m o s . El
p r i n c i p i a n t e dirá: el a r c o es m a y o r q u e la c u e r d a , p o r q u e
la c u r v a es m a y o r q u e la recta; p e r o c u a n d o se h a y a familia
r i z a d o c o n las ideas g e o m é t r i c a s d i r á s i m p l e m e n t e , el a r c o
es m a y o r q u e la c u e r d a , v i e n d o e n la m i s m a i d e a del a r c o
la i d e a d e c u r v a , e n la d e c u e r d a la d e recta , sin n i n g u n a
d e s c o m p o s i c i o n . ¿ P o r v e n t u r a es v e r d a d q u e el a r c o s e a m a
y o r q u e la c u e r d a p o r q u e t o d a c u r v a es m a y o r q u e s u recta?
n ó , d e n i n g u n a m a n e r a : si n o existiese la i d e a a b st r ac ta d e
c u r v a y la ú n i c a c u r v a p e n s a d a f u e s e la particular a r c o d e
círculo; si n o existiese t a m p o c o la i d e a abstracta d e r e c t a y
la ú n i c a recta p e n s a d a fuese la c u e r d a , seria v e r d a d c o m o
a h o r a q u e el a r c o es m a y o r q u e la c u e r d a .
173. E n t r a t á n d o s e d e las r e l a c i o n e s necesarias d e los o b j e
tos, los principios g e n e r a l e s , los t é r m i n o s m e d i o s ,y c u a n t o s
r e c u r s o s n o s o f r e c e la dialéctica p a r a a u x i l i a r el r a c i o c i n i o . n o
s o n m a s e n el f o n d o q u e i n v e n c i o n e s del arte p a r a i n d u c i r n o s
á reflexionar s o b r e el c o n c e p t o d e la c o s a , h a c i é n d o n o s v e r
e n él lo q u e a n t e s n o v e í a m o s . D e esto se s i g u e q u e t o d o s los
juicios s o b r e los objetos n e c e s a r i o s , s o n e n cierto m o d o a n a
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líticos; e q u i v o c á n d o s e K a n t c u a n d o a f i r m a q u e los h a y sin
téticos p r e s c i n d i e n d o d e la e x p e r i e n c i a . Si esta n o existe, n o
t e n e m o s n i n g u n d a t o d e la c o s a , solo p o s e e m o s s u c o n c e p t o ;
d e lo e x t r a ñ o á este n a d a p o d e m o s s a be r . N o q u i e r o d e c i r q u e
t o d a s las p r o p o s i c i o n e s e x p r e s e n tal r e l a c i o n del p r e d i c a d o
al sujeto, q u e el c o n c e p t o d e este s e a suficiente p a r a q u e d e s
c u b r a m o s a q u e l ; p e r o sí q u e la r a z o n d e la insuficiencia está
-en q u e el c o n c e p t o es i n c o m p l e t o ó e n sí ó c o n r e s p e c t o á
n u e s t r a c o m p r e n s i o n ; y q u e s u p o n i é n d o l e c o m p l e t o e n sí
m i s m o y la d e b i d a c a p a c i d a d e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p a r a
c o m p r e n d e r t o d o lo q u e él n o s d i c e , e n c o n t r a r í a m o s e n el
m i s m o t o d o lo q u e p u e d e f o r m a r m a t e r i a científica.
276. U n e j e m p l o g e o m é t r i c o a c l a r a r á m i s ideas. El trián
g u l o tiene m u c h a s p r o p i e d a d e s c u y a e x p l i c a c i o n , d e m o s t r a
c i o n y a p l i c a c i o n e s o c u p a n largas p á g i n a s e n los libros d e
g e o m e t r í a . E n el c o n c e p t o d e l t r i á n g u l o e n t r a n el d e re cta s
y el d e los á n g u l o s q u e estas f o r m a n : p r e g u n t o a h o r a : e n
t o d a s las e x p l i c a c i o n e s y d e m o s t r a c i o n e s d e las p r o p i e d a d e s
d e los t r i á n g u l o s e n g e n e r a l , ¿ s e sale j a m á s d e las i d e a s d e
á n g u l o y d e r e c t a ? n o , j a m á s , ni se sale, ni se p u e d e salir;
d e lo c o n t r a r i o flaquearia c u a n t o s e dijese f u n d a d o e n n u e
v o s e l e m e n t o s q u e se h u b i e s e n i n t r o d u c i d o e n el c o n c e p t o .
E s t o s e l e m e n t o s ser ia n a j e no s al triángulo, y p o r c o n s i g u i e n
te le q u i t a r í a n s u naturaleza. E n las r e l a c i o n e s n e c e s a r i a s n o
c a b e m a s ni m e n o s , ni a ñ a d i d u r a s , ni s u s t r a c c i o n e s d e n i n
g u n a clase: lo q u e es es , y n a d a m a s . C u a n d o se p a s a d e l
t r i á n g u l o e n g e n e r a l á s us varias e sp e ci e s, c o m o equilátero,
isósceles, r e c t á n g u l o , o b l i c u á n g u l o , etc. etc., es d e n o t a r
q u e la d e m o s t r a c i o n se a ti e ne r i g u r o s a m e n t e á lo c o n t e n i d o
e n el c o n c e p t o g e n e r a l m o d i f i c a d o c o n la p r o p i e d a d d e t e r
m i n a n t e d e la e s p e c i e , es d e c i r , á la i g u a l d a d d e los tres la
d o s , ó d e d o s , ó á la d e s i g u a l d a d d e todos, ó á la s u p o s i c i o n
d e u n á n g u l o rec to, etc. etc.
477. E n la a p l i c a c i o n del á l g e b r a á la g e o m e t r í a , se v e con'
m a s c l a r i d a d lo q u e estoy e x p l i c a n d o . U n a c u r v a se e x p r e s a
p o r u n a f ó r m u l a q u e c o n t i e n e el c o n c e p t o d e la m i s m a c u r v a ;
e s decir, s u esencia. P a r a d e m o s t r a r todas las p r o p i e d a d e s d e
la c u r v a , el g e ó m e t r a n o necesita salir d e la f ó r m u l a ; e n to
d a s las c u e s t i o n e s q u e se suscitan lleva la f ó r m u l a e n la m a
n o c o m o la p i e d r a d e t o q u e , y e n la m i s m a encuer.
T . I.
*
 — 1 6 1 —
c u a n t o h a m e
n e s t e r . E s v e r d a d q u e tr aza triá ngulos ú otr as-
figuras d e n t r
o d e la m i s m a c u r v a , q u e d e la m i s m a tira r e c
tas á p u n t o s
f u e r a d e ella, p e r o j a m á s sale del c o n c e p t o e x
p r e s a d o e n l
a f ó r m u l a ; lo q u e h a c e es d e s c o m p o n e r l e y d e s
c u b r i r e n él
cosas q u e a n t e s n o h a b i a d e s c u b i e r t o ,
e»
E n esta e c u a c i o n z ' — [t E x — x" ) se e n c u e n t r a la e x
p r e s i o n d e las r e l a c i o n e s constitutivas d e la elipse , e x p r e
s a n d o E el s e m i e j e m a y o r , e el s e m i e j e m e n o r , z las o r d e n a
das, y x las abscisas. C o n esta e c u a c i o n d e s e n v u e l t a y trasfor-
m a d a d e varias m a n e r a s , se d e t e r m i n a n las p r o p i e d a d e s d e la
c u r v a ; ¿ y c ó m o ? h a c i e n d o v e r c o n la a y u d a d e las c o n s t r u c
ciones, q u e la n u e v a p r o p i e d a d está c o n t e n i d a e n el c o n c e p t o
m i s m o , y q u e basta analizarle p a r a e n c o n t r a r l a e n él.
Si s u p o n e m o s u n e n t e n d i m i e n t o q u e c o n c i b e la e s e n c i a de-
la c u r v a , c o n i n m e d i a t a intuicion d e la ley q u e p r e s i d e á la
inflexion d e los p u n t o s , sin n e c e s i d a d d e referirla á n i n g u n a
línea, ó b i e n b a s t á n d o l e u n eje e n v e z d e ne c e si t ar dos, ó de-
a l g u n otro m o d o q u e n o s o t r o s n o p o d e m o s ni s i q u i e r a i m a g i
nar, resultará q u e n o h a b r á m e n e s t e r d a r los r o d e o s q u e n o s
o t r o s p a r a d e m o s t r a r l a s p r o p i e d a d e s d e la c u r v a , p u e s las-
v e r á c l a r a m e n t e p e n s a d a s e n el m i s m o c o n c e p t o d e ella. E s
ta s u p o s i c i o n n o es arbitraria: h a s t a cierto p u n t o la vernos^
realizada t o d o s los dias, a u n q u e e n escala m e n o r ; u n g e ó
m e t r a v u l g a r tiene el c o n c e p t o d e u n a c u r v a c o m o lo tenia
P a s c a l : e n este m i s m o c o n c e p t o el g e ó m e t r a v u l g a r v e las
p r o p i e d a d e s d e la m i s m a c o n l a r g o trabajo, y l i m i t á n d o s e á
la» c o m u n e s ; Pascal v e i a l a s m a s r e c ó n d i t a s p o c o m e n o s q u e
d e u n a ojeada. K a n t , p o r n o h a b e r s e h e c h o c a r g o d e esta
d o c t r i n a , n o p u e d e d a r s o l u c i o n al ' p r o b l e m a filosófico d e
los juicios sintéticos p u r o s : p r o f u n d i z a n d o m a s la m a t e r i a
h u b i e r a visto q u e h a b l a n d o e n rigor, n o h a y tales juicios, y
e n v e z d e c a n s a r s e p o r r e s o l v e r j e l . p r o b l e m a se h u b i e r a a b s
t e n i d o d e suscitarle ( X X V I ) .
 - 1 6 3 -

C A P Í T U L O X X I X .

Si h a y T e n t a d e r o s juicios sintetiaos d p r í o r t , e n el sentido d e K s n ( .

278. L a m u c h a i m p o r t a n c i a q u e d a el filósofo a l e m a n á s u
i m a g i n a d o d e s c u b r i m i e n t o e x i g e q u e le e x a m i n e m o s c o n d e
tencion. J u z g u e s e d e esta i m p o r t a n c i a p o r lo q u e él m i s m o
dice: «Si a l g u n a n t i g u o h u b i e s e t e n i d o la idea d e solo p r o p o
n e r la p r e s e n t e c u e s t i o n , ella h u b i e r a sido u n a b a r r e r a p o
d e r o s a c o n t r a todos los s i s t e m a s d e la r a z o n p u r a hasta n u e s
tros dias, y h a b r í a a h o r r a d o m u c h a s tentativas i n f r u c t u o s a s
q u e se h a n e m p r e n d i d o ciegamente sin saber de que" se trataba.*
(Crítica d e la r a z o n p u r a . I n t r o d u c c i o n . ) El pasaje n o es n a d a
m o d e s t o , y excita n a t u r a l m e n t e la c u r i o s i d a d d e s a b e r e n
q u é consiste u n p r o b l e m a c u y o solo p l a n t e o h a b r i a s i d o b a s
tante á evitar los ex tra v ío s d e la r a z o n p u r a
H ó a q u í s u s p a l a b r a s : « E n los juicios sintéticos á m a s d e l
c o n c e p t o del sujeto d e b o t e n e r a l g u n a otra c o s a (x) s o b r e la
c u a l el e n t e n d i m i e n t o se a p o y e p a r a r e c o n o c e r q u e u n p r e
d i c a d o n o c o n t e n i d o e n este c o n c e p t o , n o o b s t a n t e le perte
n e c e .
• T o c a n t e á los juicios e m p í r i c o s ó d e e x p e r i e n c i a , n o h a y
n i n g u n a dificultad; p o r q u e esta x es la e x p e r i e n c i a c o m p l e t a
d e l objeto q u e c o n o z c o p o r u n c o n c e p t o o, el c u a l n o f o r m a
m a s q u e u n a parte d e esta e x p e r i e n c i a . E n efecto: a u n q u e
y o n o c o m p r e n d a e n el c o n c e p t o d e c u e r p o e n g e n e r a l el '
p r e d i c a d o p e s a d e z , este c o n c e p t o i n d i c a n o o b s t a n t e u n a p a r
te total d e la e x p e r i e n c i a ; p u e d o p o r c o n s i g u i e n t e a ñ a d i r l e ,
o t r a p a r t e d e la m i s m a e x p e r i e n c i a c o m o p e r t e n e c i e n t e al
p r i m e r c o n c e p t o . D e a n t e m a n o p u e d o r e c o n o c e r analítica
m e n t e el c o n c e p t o d e c u e r p o p o r los c a r a c t e r e s d e e x t e n s i o n ,
i m p e n e t r a b i l i d a d , figura, etc., c a r a c t e r e s c o n c e b i d o s t o d o s
e n este c o n c e p t o . P e r o si e x t i e n d o m i c o n o c i m i e n t o v o l v i e n
d o la a t e n c i o n de l l a d o d e la e x p e r i e n c i a d e d o n d e h e s a c a
d o este c o n c e p t o , e n t o n c e s hallo s i e m p r e la p e s a d e z u n i d a
á los c a r a c t e r e s p r e c e d e n t e s . E s t a x q u e está f u e r a del c o n
c e p t o a y q u e es el f u n d a m e n t o d e la posibilidad d e la sínte-
 — 1 * 4 —
sis del p r e d i c a d o p e s a d e z , c o n el c o n c e p t o a, p e r t e n e c e p u e s
á la e x p e r i e n c i a .
« P e r o e n los juicios sintéticos a priort, este m e d i o falta a b
s o l u t a m e n t e . Si d e b o salir del c o n c e p t o o p a r a c o n o c e r otro
c o n c e p t o & c o m o u n i d o c o n a q u e l , ¿ d ó n d e m e a p o y a r é y c ó
m o s e r á posible la síntesis, c u a n d o n o m e es d a b l e v o l v e r m e
h á c i a el c a m p o d e la e x p e r i e n c i a ?
« H a y p u e s a q u í u n cierto misterio, c u y a e x p l i c a c i o n p u e
d e solo a s e g u r a r el p r o g r e s o e n el c a m p o ilimitado del c o
n o c i m i e n t o intelectual p u r o » (ibid.).
279. L a r a z o n d e esta síntesis, la e n c o n t r a m o s e n la fa
c u l t a d d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p a r a f o r m a r c o n c e p t o s to
tales, e n los q u e d e s c u b r a la relacion d e los parciales q u e los
c o m p o n e n ; y la l e g i t i m i d a d d e la m i s m a síntesis se f u n d a
e,n los principios e n q u e estriba el criterio d e la e v i d e n c i a .
L a síntesis d e q u e se h a b l a e n las e s c u e l a s , consiste e n la
r e u n i o n d e c o n c e p t o s , y n o se o p o n e á q u e se t e n g a n p o r a n a
líticos los c o n c e p t o s totales, d e c u y a d e s c o m p o s i c i o n resulta
el c o n o c i m i e n t o d e las r e l a c i o n e s d e los parciales; .. , i
Si K a n t se h u b i e s e c e ñ i d o á los juicios d e e x p e r i e n c i a , n o
h a b r i a i n c o n v e n i e n t e e n s u d o c t r i n a ; p e r o e x t e n d i é n d o l a al
ó r d e n intelectual p u r o , ó es i n a d m i s i b l e , ó c u a n d o m e n o s
está e x p r e s a d a c o n p o c a exactitud.
280. A f i r m a K a n t q u e los juicios m a t e m á t i c o s s o n t o d o s
sintéticos, y q u e esta v e r d a d q u e e n s u s juicios es «cierta
m e n t e incontestable y m u y i m p o r t a n t e p o r s u s c o n s e c u e n
cias , p a r e c e h a b e r e s c a p a d o h a s t a a q u í á la s a g a c i d a d d e los
analistas d e la r a z o n h u m a n a , h a c i e n d o m u y contrarias s u s
c o n j e t u r a s ; » y o c r e o q u e lo q u e falta aquí, n o es la s a g a c i d a d
d e los analistas, s i n o la d e s u Aristarco. L o d e m o s t r a r é .
« T a l v e z se p o d r i a c r e e r á p r i m e r a vista q u e la p r o p o s i c i o n
7 + 5 = 1 2 , es u n a p r o p o s i c i o n p u r a m e n t e analítica q u e r e s u l
ta d e la i d e a d e siete m a s c i n c o , s e g u n el p r in c ip i o d e c o n
tradiccion; p e r o b i e n m i r a d o se e n c u e n t r a q u e el c o n c e p t o
d e la s u m a d e siete y d e c i n c o , n o c o n t i e n e otra c o s a q u e la
r e u n i o n d e d o s n ú m e r o s e n u n o solo , lo q u e d e n i n g u n m o d o -
trae c o n s i g o el p e n s a m i e n t o d e lo q u e es este n ú m e r o ú n i c o
c o m p u e s t o d e los otros d o s . » ,j .
Si se dijese q u e q u i e n o y e siete m a s c i n c o , n o s i e m p r e
p i e n s a d o c e , p o r q u e n o v e b a s t a n t e b i e n q u e u n c o n c e p t o es
 — 1 6 5 —
el otro, a u n q u e bajo diferente f o r m a , se diría v e r d a d ; p e r o
n o lo.es q u e p o r esta r a z o n el c o n c e p t o n o s e a p u r a m e n t e
analítico. L a s i m p l e e x p l i c a c i o n d e a m b o s es b a s t a n t e á m a
nifestar s u i d e n t i d a d .
P a r a q u e se c o m p r e n d a m e j o r , t o m e m o s la i n v e r s a 1 2 =
7 + 5 . E s e v i d e n t e q u e q u i e n n o s e p a q u e 7 + 5 = 1 2 , t a m p o c o
s a b r á q u e 1 2 = 7 + 5; y p r e g u n t o a h o r a , e x a m i n a n d o el
c o n c e p t o 12, ¿ n o v e o c o n t e n i d o e n él el 7 + 5 ? es cierto:
l u e g o el c o n c e p t o d e 1 2 se identifica c o n el d e 7 + 5 ; l u e g o
así c o m o d e q u e o y e n d o 12 n o s i e m p r e se p i e n s a 7 + 5 n o
s e p u e d e inferir q u e el c o n c e p t o d e 1 2 n o c o n t e n g a el 7 + 5,
t a m p o c o d e q u e q u i e n o i g a el 7 + 5 n o s i e m p r e c o m p r e n d a
12 , n o se p u e d e d e d u c i r q u e el p r i m e r c o n c e p t o n o i n c l u y a
el s e g u n d o .
L a c a u s a d e la e q u i v o c a c i o n está e n q u e d o s c o n c e p t o s
idénticos están p r e s e n t a d o s al e n t e n d i m i e n t o bajo diferente
f o r m a ; y hasta q u e q u i t á n d o l e s la f o r m a se v e el f o n d o , n o
s e d e s c u b r e la identidad. N o h a y p r o p i a m e n t e raciocinio s i n o
explicacion. 1
L o q u e a ñ a d e K a n t s o b r e la n e c e s i d a d d e a p e l a r e n este c a
s o á u n a intuicion, c o n r e s p e c t o á u n o d e los d o s n ú m e r o s *
a ñ a d i e n d o al siete el c i n c o e x p r e s a d o s u c e s i v a m e n t e p o r los
d e d o s d e la m a n o , es s o b r e m a n e r a fútil. 1." A ñ á d a s e c o m o
s e q u i e r a el c i n c o , n u n c a será m a s q u e el c i n c o a ñ a d i d o , y
p o r tanto n a d a d a r á ni q u i t a r á á 7 + 5. 2." L a s u c e s i v a a d i c i o n
p o r los dedos e q u i v a l e á d e c i r 1 + 1 + 1 + 1 + 1 = 5. L o q u e
t r a s f o r m a la e x p r e s i o n 7 + 5 = 1 2 , e n esta otra 7 + 1 + 1 + 1
+ 1 + 1 = 1 2 ; es así q u e la m i s m a r e l a c i ó n tiene el c o n c e p t o
1 + 1 + 1 + 1 + 1 c o n 5 , q u e 7 + 5 c o n 12; l u e g o si d e estos
el u n o n o está c o n t e n i d o e n el otro, t a m p o c o lo estarán los
d e K a n t . S e replicará q u e K a n t n o h a b l a d e i d e n t i d a d s i n o
d e intuicion; p e r o esta intuicion n o es la s e n s a c i o n , s i n o la
i d e a ; si es la idea, es el c o n c e p t o e x p l i c a d o , n a d a m a s . 3."
E s t e m é t o d o d e intuición v e m o s q u e n o es n e c e s a r i o ni a u n
p a r a los n i ñ o s . 4." D i c h o m é t o d o es i m p o s i b l e e n los n ú m e
r o s g r a n d e s . ;
281. A ñ a d e K a n t q u e esta p r o p o s i c i o n : «e n tr e d o s p u n t o s ,
la línea recta es la m a s c o r t a » n o es p u r a m e n t e analítica,
p o r q u e e n la i d e a d e recta n o entra la d e m a s corla. P r e s c i n
d i r é d e q u e h a y a u t o r e s q u e d e m u e s t r a n ó p r e t e n d e n d e m o s
 — 1 6 6 -
trar esta p r o p o s i c i o n ; y m e c e ñ i r é ú n i c a m e n t e á la r a z o n d e
K a n t . E s t e a u t o r o l v i d a q u e n o se trata d e la recta sola, s i n o
d e la r e c t a c o m p a r a d a . E n la recta sola , n o e n t r a ni p u e d e
e n t r a r lo d e m a s , ni d e m e n o s , p u e s esto s u p o n e c o m p a r a
c i o n ; p e r o d e s d e el m o m e n t o e n q u e s e c o m p a r a n la r e c t a y
la c u r v a , c o n r e s p e c t o á la longitud, e n el c o n c e p t o d e la
c u r v a se v e el e x c e s o s o b r e la recta. L a p r o p o s i c i o n p u e s r e
sulta d e la s i m p l e c o m p a r a c i o n d e d o s c o n c e p t o s p u r a m e n t e
analíticos, c o n u n t e r c e r o q u e es longitud.
282. Si la r a z o n d e K a n t fuese d e a l g u n valor, se inferi
ría q u e ni a u n el juicio «el t o d o es m a y o r q u e s u p a r t e » e s
analítico; p o r q u e e n la i d e a d e todo, n o e n t r a la d e m a y o r ,
h a s t a q u e se la c o m p a r a c o n la d e porte. T a m p o c o seria jui
cio analítico este: 4 es m a y o r q u e 3; p o r q u e e n el c o n c e p t o
d e 4, n o e n t r a la i d e a d e m a y o r , h a s t a q u e se le c o m p a r a
c o n el d e 3.
El a x i o m a : c o s a s iguales á u n a t e r c e r a s o n i g u a l e s e n t r e
sí, t a m p o c o seria juicio analítico; p o r q u e e n el c o n c e p t o d e
cosas iguales á u n a tercera, t a m p o c o e n t r a la i g u a l d a d e n t r e
sí, h a s t a q u e se r e f l e x i o n a q u e la i g u a l d a d d e l m e d i o i m p l i
c a la d e los e x t r e m o s .
E s a x d e q u e n o s h a b l a K a n t se e n c o n t r a r í a e n casi t o d o s
los juicios, si n o p u d i é s e m o s f o r m a r c o n c e p t o s totales e n
q u e se e n v o l v i e s e la c o m p a r a c i o n d e los parciales: e n c u y o
c a s o n o t e n d r í a m o s m a s juicios analíticos , q u e los p u r a m e n
te idénticos, ó los c o m p r e n d i d o s d i r e c t a m e n t e e n esta fór
m u l a A es A .
283. L a c o m p a r a c i o n d e d o s c o n c e p t o s c o n u n t e r c e r o n o
q u i t a al r e s u l t a d o el c a r á c t e r d e juicio analítico, así c o m o
el q u e u n p r e d i c a d o n o p u e d a v e r s e d e s d e l u e g o e n la i d e a
d e l sujeto sin el auxilio d e d i c h a c o m p a r a c i o n . E s t a la n e c e
s i t a m o s m u c h a s v e c e s , p o r q u e p e n s a m o s solo m u y c o n f u s a
m e n t e lo q u e se halla e n el c o n c e p t o q u e y a t e n e m o s , y h a s t a
s u c e d e q u e n o lo p e n s e m o s d e n i n g u n m o d o . A c a d a p a s o
e s t a m o s v i e n d o q u e u n a p e r s o n a d i c e u n a c o s a y sin n o t a r l o
s e c o n t r a d i c e l u e g o , p o r n o advertir q u e lo q u e a ñ a d e se
o p o n e á lo m i s m o q u e h a b i a dicho. S o n c o m u n e s e n la c o n
v e r s a c i o n las s i g u i e n t e s réplicas: ¿ n o v e V . q u e s u p o n e lo
c o n t r a r i o d e lo q u e a h o r a d i c e ? ¿ n o v e V . q u e e n las m i s m a s
 - 1 6 7 *
c o n d i c i o n e s a n t e s a s e n t a d a s , se i m p l i c a lo c o n t r a r i o d e l o
q u e a h o r a e s t a b l e c e ?
284. E n u n c o n c e p t o n o solo se i n c l u y e lo q u e e x p r e s a
m e n t e se p i e n s a e n él , s i n o t o d o lo q u e se p u e d e p e n s a r . Si
- d e s c o m p o n i é n d o l e e n c o n t r a m o s e n el m i s m o c o s a s n u e v a s ,
n o se p u e d e d e c i r q u e las a ñ a d i m o s , sino q u e las d e s c u b r i
m o s : n o h a y e n t o n c e s síntesis, s i n o análisis; d e lo c o n t r a r i o
-seria p r e c i s o inferir q u e n o h a y n i n g u n c o n c e p t o analítico ó
q u e solo lo s o n los p u r a m e n t e idénticos. E x c e p t o este últi
m o c a s o c u y a f ó r m u l a g e n e r a l es, A es A , s i e m p r e h a y e n el
p r e d i c a d o a l g o m a s d e lo p e n s a d o e n el sujeto , si n o e n c u a n
t o á la sustancia, al m e n o s e n c u a n t o al m o d o . El circulo es
« n a c u r v a : esta es sin d u d a u n a p r o p o s i c i o n analítica d e las
m a s sencillas q u e i m a g i n a r s e p u e d e n ; y n o o b s t a n t e , el p r e
d i c a d o e x p r e s a la r a z o n g e n e r a l d e c u r v a , q u e e n el sujeto
p u e d e estar e n v u e l t a d e u n m o d o c o n f u s o c o n r e l a c i o n á u n a
e s p e c i e particular d e las c u r v a s . S i g u i e n d o u n a g r a d a c i o n e n
las p r o p o s i c i o n e s g e o m é t r i c a s se p o d r í a n o t a r q u e n o h a y
m a s q u e lo d i c h o e n la p r o p o s i c i o n anterior, s i n o la m a y o r
<S m e n o r d i f i c u l t a d d e d e s c o m p o n e r el c o n c e p t o y v e r e n él l o
q u e a n t e s n o se veia.
Si d i g o : el círculo es u n a s e c c i o n c ó n i c a ; el p r e d i c a d o n o
e s t á p e n s a d o e n el sujeto p o r q u i e n n o s e p a lo q u e significan
los t é r m i n o s ó n o h a y a r e f l e x i o n a d o s o b r e s u v e r d a d e r o s e n
tido. Al c o n c e p t o del círculo n a d a le a ñ a d o , solo le d e s c u b r o
u n a p r o p i e d a d q u e a n t e s n o c o n o c í a , y este d e s c u b r i m i e n t o
n a c e d e s u c o m p a r a c i o n c o n el c o n o . ¿ H a y a q u í síntesis? n ó,
-de n i n g u n m o d o ; lo q u e h a y es análisis c o m p a r a d a d e los d o s
.conceptos; círculo y c o n o .
285. C o m o esta d o c t r i n a d e s t r u y e p o r s u b a s e el s i s t e m a
d e K a n t e n este p u n t o , v o y á d e s e n v o l v e r l a y á darle m a s
s ó l i d o f u n d a m e n t o .
P a r a q u e h a y a síntesis p r o p i a m e n t e dicha, es m e n e s t e r q u e
s e u n a al c o n c e p t o u n a c o s a q u e d e n i n g u n m o d o le p e r t e n e
ce, c o m o se v e e n el e j e m p l o a d u c i d o p o r el m i s m o K a n t . L a
figurabilidad se e n c u e n t r a e n el c o n c e p t o del c u e r p o ; p e r o la
p e s a d e z es u n a i d e a t o t a l m e n t e e x t r a ñ a , y q u e solo p o d e m o s
u n i r al c o n c e p t o del c u e r p o p o r q u e así n o s lo atestigua la
e x p e r i e n c i a . S o l o c o n esta a ñ a d i d u r a se verifica p r o p i a m e n t e
la síntesis; p e r o n o c o n la u n i o n d e ideas q u e n a z c a n del m i s
 — 1 6 8
y a o c o n c e p t o d e la c o s a , a u n q u e p a r a f e c u n d a r l e se necesi-^
te la c o m p a r a c i o n . L o s c o n c e p t o s n o s o n e n t e r a m e n t e abso^.
lutos; c o n t i e n e n r e l a c i o n e s , y el d e s c u b r i m i e n t o d e estas no-
es u n a síntesis s i n o u n análisis m a s c o m p l e t a . Si se replica-
q u e e n tal c a s o h a y a l g o m a s q u e el c o n c e p t o p r i m i t i v o , o b
s e r v a r é q u e esto se verifica e n t o d o s los q u e n o s o n p u r a
m e n t e idénticos. A d e m á s q u e c o n la c o m p a r a c i o n se f o r m a
u n c o n c e p t o tolal n u e v o , resultante d e los c o n c e p t o s p r i m i
tivos; e n c u y o c a s o las p r o p i e d a d e s d e las r e l a c i o n e s s o n vis
tas n o p o r síntesis s i n o p o r el análisis del c o n c e p t o total.
S e g u n K a n t , la v e r d a d e r a síntesis necesita r e u n i o n d e c o s a s
e x t r a ñ a s e n t r e sí , y tan e x tr a ña s , q u e el lazo q u e las u n e e &
u n a e s p e c i e d e m i s t e r i o , u n a x c u y a d e t e r m i n a c i o n es u n
g r a n p r o b l e m a filosófico. Si esta x se e n c u e n t r a e n la rela
c i o n esencial d e los c o n c e p t o s parciales q u e e n t r a n e n el c o n
c e p t o total , se h a resuelto el p r o b l e m a p o r la s i m p l e análisis;
ó p a r a h a b l a r c o n m a s e x a c t i t u d , se h a m a n i f e s t a d o q u e el
p r o b l e m a n o e x i s t i a , p u e s l a as e r a u n a c a n t i d a d c o n o c i d a .
Y o n o sé q u e p u e d a h a b e r juicio m a s analítico q u e a q u e l
e n el cual v e m o s las partes e n el todo: p u e s este n o es m a s .
q u e las m i s m a s partes r e u n i d a s . Si digo: u n o y u n o s o n dos,,
ó b i e n d o s es igual á u n o m a s u n o , n o p u e d e n e g a r s e q u e
t e n g o u n c o n c e p t o total d o s , e n c u y a d e s c o m p o s i c i o n h a l l o
u n o m a s u n o : si esto n o es analítico, es decir, si a q u í el p r e
d i c a d o n o está c o n t e n i d o e n la i d e a del sujeto, n o se a l c a n
z a c u á n d o p o d r á estarlo. P u e s b i e n , a q u í m i s m o h a y dife
r e n t e s c o n c e p t o s ; u n o m a s u n o , se los r e u n e y d e ellos se
f o r m a el c o n c e p t o total. A u n q u e sencillísima, la r e l a c i o n ,
existe ; y el q u e sea m a s ó m e n o s sencilla ó c o m p l i c a d a y q u e
p o r c o n s i g u i e n t e s e a vista c o n m a s ó m e n o s facilidad, n o
altera el c a r á c t e r d e los juicios c o n v i r t i é n d o l o s d e analíticos
e n sintéticos. ;
286. C o m p l e t e m o s esta e x p l i c a c i o n c o n u n e j e m p l o d e
g e o m e t r í a e l e m e n t a l . Si se dice: u n p a r a l e l ó g r a m o o b l i c u á n - :
g u i o es igual e n superficie á u n r e c t á n g u l o d e la m i s m a b a s e
y altura, t e n e m o s : 1." Q u e e n la i d e a d e p a r a l e l ó g r a m o obli
c u á n g u l o n o v e m o s la d e i g u a l d a d c o n el rectángulo. N i t a m
p o c o la p o d e m o s v e r ; p o r q u e la r e l a c i o n n o existe c u a n d o
n o h a y otro e x t r e m o al c n a l se refiera. E n la i d e a d e paraleló- -
g r a m o n o e n t r a la d e r e c t á n g u l o , y p o r c o n s i g u i e n t e n o p u e - ¡
 d e e n t r a r la d e i g u a l d a d . 2.° L a relacion n a c e d e la c o m p a r a
c i o n d e l o b l i c u á n g u l o c o n el r e c t á n g u l o , y p o r c o n s i g u i e n t e
s e la h a d e e n c o n t r a r e n u n c o n c e p t o total e n q u e e n t r e n los
dos. E n t o n c e s n o p u e d e d e c i r s e q u e al c o n c e p t o del obli
c u á n g u l o le a ñ a d a m o s a l g o q u e n o le p e r t e n e z c a , s i n o q u e
p o r el c o n t r a r i o esta i g u a l d a d la v e m o s s u r g i r d el c o n c e p t o
del o b l i c u á n g u l o y del r e c t á n g u l o c o m o c o n c e p t o s parciales
del total e n q u e los d o s se c o m b i n a n . El análisis d e este c o n
c e p t o total, n o s lleva á d e s c u b r i r la relación b u s c a d a ; sien
d o d e n ot ar , q u e c u a n d o la s i m p l e r e u n i o n d e los conceptos,
c o m p a r a d o s n o basta, n o s v a l e m o s d e otro q u e c o m p r e n d a
á los m i s m o s y a l g u n o m a s ; y del c o n c e p t o del n u e v o d e b i
d a m e n t e a n a l i z a d o , S a c a m o s la r e l a c i o n d e las d o s p a r t e s
c o m p a r a d a s . »
287. P r e c i s a m e n t e e n la c o n s t r u c c i o n g e o m é t r i c a q u e
s u e l e h a c e r s e p a r a d e m o s t r a r el t e o r e m a q u e m e sirve d e
e j e m p l o , p u e d e sensibilizarse p o r d e c i r l o así lo q u e a c a b o d e
e x p l i c a r c o n r e s p e c t o á los c o n c e p t o s totales q u e c o n t i e n e n
otros á m a s d e los c o m p a r a d o s . C o n f u n d i d a s las b a s e s del pa.
r a l e l ó g r a m o r e c t á n g u l o y o b l i c u á n g u l o , s e v e d e s d e l u e g o
u n a parte q u e les es c o m u n , y es el triángulo f o r m a d o p o r
la b a s e , u n a parte d e u n l a d o d e l o b l i c u á n g u l o y otra d e u n o
de l r e c t á n g u l o ; p a r a esto n o se n e c e s i t a ni síntesis ni análi
sis, p u e s h a y perfecta c o i n c i d e n c i a , lo q u e e n g e o m e t r í a e q u i
v a l e á identidad. L a dificultad está e n las d o s partes r e s t a n
tes, es d eci r, e n los trapecios á q u e se r e d u c e n los d o s pa-,
r a l e l ó g r a m o s q u i t a d o el triángulo c o m u n . L a s i m p l e intui
c i o n d e las figuras n a d a d i c e c o n r e s p e c t o á la e q u i v a l e n c i a d e
las d o s superficies : solo se v e q u e los d o s l a d o s del o b l i c u á n
g u l o v a n e x t e n d i é n d o s e , e n c e r r a n d o m e n o r distancia á p r o
p o r c i o n q u e el á n g u l o v a s i e n d o m a s o b l i c u o , h a l l á n d o s e es
tas d o s c o n d i c i o n e s d e l o n g i t u d d e l a d o s y d i s m i n u c i o n d e
distancias e n t r e d o s limites, d e los c u a l e s el u n o es lo infi
nito y el otro el r e c t á n g u l o . S e p u e d e d e m o s t r a r la r e l a c i o n
d e l a e q u i v a l e n c i a d e las superficies, p r o l o n g a n d o l a paralela
o p u e s t a á la base, y f o r m a n d o así u n c u a d r i l á t e r o del c u a l s o n
p a r t e s los trapecios; p a r a d e s c u b r i r la i g u a l d a d d e estos tra
p e c i o s b a s t a d e s c o m p o n e r el c u a d r i l á t e r o a t e n d i e n d o á la
i g u a l d a d d e d o s t r i á n g u l o s f o r m a d o s r e s p e c t i v a m e n t e c a d a
« n o p o r u n o d e los trapecios y u n tr i á ng u lo c o m u n . ¿ A ñ a d o
 — n o —
c o n esto n a d a al c o n c e p t o d e c a d a t r a p e c i o ? n ó ; solo le c o m
paro. Esta c o m p a r a c i o n n o la h e p o d i d o h a c e r d i r e c t a m e n t e ,
y p o r esto los h e i n c l u i d o e n u n c o n c e p t o total c u y a s i m p l e
análisis m e h a b a s t a d o p a r a d e s c u b r i r la r e l a c i o n q u e b u s c a
ba. Esta r e l a c i o n n o se la d a el c o n c e p t o , solo la manifiesta;
p o r m a n e r a q u e si el c o n c e p t o d e las d o s figuras c o m p a r a d a s
f u e s e m a s perfecto, d e s ue r te q u e v i é s e m o s i n t u i t i v a m e n t e
la relacion q u e existe e n t r e el a u m e n t o d e los lados y el d e
c r e m e n t o d e la d is tan cia d e los m i s m o s , v e r í a m o s q u e h a y
a q u í u n a ley c o n s t a n t e q u e s u p l e d e u n a parte lo q u e se p i e r
d e p o r otra; y p o r c o n s i g u i e n t e e n el m i s m o c o n c e p t o d el
o b l i c u á n g u l o d e s c u b r i r í a m o s la r a z o n f u n d a m e n t a l d e la
i g u a l d a d , es d e c i r , la n o alteracion del v a l o r d e la superfi
cie p o r la m a y o r ó m e n o r o b l i c u i d a d d e los á n g u l o s , t e n i e n
d o así lo q u e d e s p u e s s a c a m o s p o r la e x p r e s a d a c o m p a r a c i o n
y q u e g e n e r a l i z a m o s refiriéndonos á d o s v a l o r e s lineales
c o n s t a n t e s : b a s e y altura. L o m i s m o n o s s u c e d e r í a c o n
r e s p e c t o á la e q u i v a l e n c i a d e todas las c a n t i d a d e s va r ia ble s
e x p r e s a d a s d e d i f e r e n t e m o d o , si s u s c o n c e p t o s p u d i é s e m o s
r e d u c i r l o s á f ó r m u l a s tan claras y sencillas c o m o las d e las
f u n c i o n e s a p a r e n t e s ; p o r e j e m p l om — x ; d o n d e s e a c u a l f u e r e
el valor d e la v a r i a b l e resulta s i e m p r e el m i s m o valor d e la
e x p r e s i o n , el c u a l es c o n s t a n t e , á s a b e r
888. N o se c r e a q u e estas i n v e s t i g a c i o n e s s e a n inútiles:
e n la c u e s t i o n p r e s e n t e c o m o e n m u c h a s otras, s u c e d e q u e
d e u n p r o b l e m a filosófico, al p a r e c e r m e r a m e n t e e s p e c u l a
tivo , e s t á n p e n d i e n t e s v e r d a d e s i m p o r t a n t í s i m a s . A s í e n el
c a s o q u e n o s o c u p a , n o t a r e m o s q u e K a n t e x p l i c a el princi
p i o d e c a u s a l i d a d d e u n a m a n e r a i n e x a c t a , y q u e s e g u n c o
m o se i n t e r p r e t e n s u s p a l a b r a s d e b e l l a m a r s e c o m p l e t a m e n t e
falsa; y q u i z á s la raiz d e su e q u i v o c a c i o n está e n q u e c o n s i d e
r a el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d c o m o sintético , a u n q u e o p r t o -
r», c u a n d o e n r e a l i d a d d e b e ser t e n i d o p o r analítico, c o m o
d e m o s t r a r é al tratar d e la idea d e c au s a.
C o n s i d e r a n d o d e la m a y o r i m p o r t a n c i a el t e n e r i d e a s cla
ras y distintas e n la p r e s e n t e m a t e r i a , v o y á r e s u m i r e n p o
c a s p a l a b r a s la d o c t r i n a e x p u e s t a s o b r e la e v i d e n c i a i n m e
diata y la m e d i a t a .
289. H a y e v i d e n c i a i n m e d i a t a c u a n d o p o r el c o n c e p t o de l
 — n i —
sujeto v e m o s la c o n v e n i e n c i a ó r e p u g n a n c i a del p r e d i c a d o -
sin n eces it ar otro m e d i o q u e la s i m p l e reflexion s o b r e el sig
nificado d e las palabras. A los juicios d e esta clase, s e los
l l a m a c o n p r o p i e d a d analíticos, p o r q u e basta d e s c o m p o n e r
el c o n c e p t o del sujeto p a r a e n c o n t r a r e n él la c o n v e n i e n c i a
ó r e p u g n a n c i a del p r e d i c a d o
H a y e v i d e n c i a m e d i a t a c u a n d o p o r el s i m p l e c o n c e p t o d e l
sujeto, n o v e m o s d e s d e l u e g o la c o n v e n i e n c i a ó r e p u g n a n c i a
d e l p r e d i c a d o ; p o r lo cual n e c e s i t a m o s a p e l a r á u n m e d i o
q u e n o s la manifieste.
290. S u r g e a q u í la c u e s t i o n d e si los juicios d e e v i d e n c i a
m e d i a t a p u e d e n l l a m a r s e analíticos. C l a r o es q u e si p o r a n a
líticos se e n t i e n d e n s o l a m e n t e a q u e l l o s e n los c u a l e s b a s t a
e n t e n d e r el significado d e los t é r m i n o s p a r a v e r la c o n v e
n i e n c i a ó r e p u g n a n c i a del p r e d i c a d o , n o p u e d e n l l a m a r s e
tales los d e e v i d e n c i a m e d i a t a . P e r o si e n t e n d e m o s p o r jui
cio analítico a q u e l e n q u e basta d e s c o m p o n e r u n c o n c e p t o p a
r a e n c o n t r a r e n él la c o n v e n i e n c i a ó r e p u g n a n c i a del p r e d i
c a d o , h a l l a r e m o s q u e los juicios d e e v i d e n c i a m e d i a t a p e r
t e n e c e n t a m b i é n á d i c h a clase, y q u e el m e d i o e m p l e a d o n o
e s m a s q u e la f o r m a c i o n d e u n c o n c e p t o total e n q u e se h a c e n
e n t r a r los parciales c u y a r e l a c i o n se q u i e r e d e s c u b r i r . E n la
r e u n i o n d e estos c o n c e p t o s parciales h a y síntesis, es v e r d a d ,
p e r o n o la h a y e n el descubrimiento d e s u s r e l a c i o n e s , p u e s
este s e h a c e p o r análisis.
El q u e se h a y a n t e n i d o q u e r e u n i r v a ri o s c o n c e p t o s p a r a
f o r m a r u n juicio, n o d e s t r u y e s u c a r á c t e r d e analítico, p u e s
d e otro m o d o seria m e n e s t e r decir q u e n o h a y n i n g u n juicio
analítico. Si se afirma: el h o m b r e es r a c i o n a l ; e n el c o n c e p
to d e h o m b r e e n t r a n d o s , a n i m a l y r a c i o n a l , lo q u e n o q u i
ta q u e el juicio s e a analítico. Este c a r á c t e r consiste e n q u e ,
c o m o lo d i c e s u m i s m o n o m b r e , baste la d e s c o m p o s i c i o n d e
u n c o n c e p t o p a r a e n c o n t r a r e n él ciertos p r e d i c a d o s , y p r e s
c i n d e del m o d o c o n q u e se h a f o r m a d o el c o n c e p t o q u e s e
d e s c o m p o n e y d e si se h a n h e c h o e n tr a r e n él d o s ó m a s c o n
ceptos.
291. D e esta d o c t r i n a resulta c o n c l a r i d a d e n q u é c o n
siste la e v i d e n c i a m e d i a t a . El p r e d i c a d o está t a m b i e n c o n t e
n i d o e n la i d e a del sujeto , p e r o la l i m i t a c i o n d e n u e s t r a in
teligencia h a c e q u e ó estas ideas s e a n i n c o m p l e t a s , ó n o las
 - 1 7 4 -
v e a m o s e n t o d a s u e x t e n s i o n , ó n o d i s t i n g a m o s b i e n lo q u e
e n las m i s m a s p e n s a m o s y a d e u n m o d o c o n f u s o ; y d e a q u í
d i m a n a el q u e n o s e a suficiente e n t e n d e r el significado d e
las p a l a b r a s p a r a v e r d e s d e l u e g o c o n t e n i d o el p r e d i c a d o e n
la i d e a del sujeto. A d e m á s , los objetos, a u n los p u r a m e n t e
ideales, se n o s p r e s e n t a n c o m o d i s p e r s o s ; d e a q u í es q u e n o
c o n o c i e n d o el c o n j u n t o , v a m o s p a s a n d o s u c e s i v a m e n t e d e
u n o s á otros, d e s c u b r i e n d o las r e l a c i o n e s q u e t i e n e n e n t r e
sí, & m e d i d a q u e los v a m o s a p r o x i m a n d o .
292. D e lo d i c h o se infiere q u e e n el ó r d e n p u r a m e n t e
ideal t o d o s los juicios s o n analíticos, p u e s t o d o c o n o c i m i e n t o
d e este ó r d e n se h a c e c o n ta intuicion d e lo q u e h a y e n u n
c o n c e p t o m a s ó m e n o s c o m p l i c a d o , y q u e n o h a y m a s sínte
sis q u e la n e c e s a r i a p a r a a p r o x i m a r los objetos r e u n i e n d o
s u s c o n c e p t o s e n u n o total q u e n o s sirva p a r a el d e s c u b r i
m i e n t o d e la r e l a c i o n d e los parciales.
293. L a x p u e s d e q u e n o s h a b l a K a n t , y c u y o d e s p e j o
es u n o d e los p r o b l e m a s m a s i m p o r t a n t e s d e la filosofía , n o
s e r á m a s q u e la facultad del e n t e n d i m i e n t o p a r a r e u n i r e n
u n c o n c e p t o total c o n c e p t o s d e c o s a s diferentes y d e s c u b r i r
e n a q u e l las r e l a c i o n e s q u e e s t o s t i e n e n e n t r e sí. E s t a f a c u l
ta d n o es u n d e s c u b r i m i e n t o n u e v o ; p u e s q u e c o n este 6
a q u e l n o m b r e , la h a n r e c o n o c i d o todas las escuelas. N a d i e
h a d i s p u t a d o al e n t e n d i m i e n t o la facultad d e c o m p a r a r ; y la
c o m p a r a c i o n es u n a o p e r a c i o n p o r la c u a l el e n t e n d i m i e n t o
se p o n e á la vista d o s ó m a s c o n c e p t o s p a r a c o n o c e r las rela
c i o n e s q u e t i e n e n e n t r e sí. E n e s t e a c t o s e f o r m a u n c o n c e p t o
total del c u a l los c o m p a r a d o s s o n u n a parte; así c o m o h e m o s
visto q u e e n las c o n s t r u c c i o n e s g e o m é t r i c a s p a r a a v e r i g u a r
la r e l a c i o n d e varias figuras , se c o n s t r u y e u n a q u e las c o m
p r e n d a t o d a s y q u e s e a c o m o el c a m p o e n el c u a l se h a g a la
c o m p a r a c i o n .
B a s t a p o r a h o r a lo d i c h o s o b r e los juicios analíticos y sin
téticos, p u e s q u e n o p r o p o n i é n d o m e tratarlos sino e n g e n e
ral, y e n c u a n t o t i e n e n relacion c o n la certeza, n o d e s c e n
d e r é á p o r m e n o r e s h a c i e n d o a p l i c a c i o n á varias ideas, c u y o
análisis c o r r e s p o n d e á otros l u g a r e s d e esta obra.
 - 1 3 3 -

C A P Í T U L O X X X .

Criterio de Vico.
294. C o n las c u e s t i o n e s d e los capítulos a n t e r i o r e s rela
tivas á la e v i d e n c i a i n m e d i a t a y á la m e d i a t a , está e n l a z a d a
la d o c t r i n a d e V i c o s o b r e el criterio d e la v e r d a d . C r e e este
filósofo q u e d i c h o criterio consiste e n h a b e r h e c h o la v e r d a d
c o n o c i d a ; q u e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s s o n c o m p l e t a m e n t e
ciertos c u a n d o se verifica d i c h a c i r c u n s t a n c i a ; y q u e v a n p e r
d i e n d o d e s u certeza á p r o p o r c i o n q u e el e n t e n d i m i e n t o pier
d e s u c a r á c t e r d e c a u s a c o n r e s p e c t o á los objetos. Dios, c a u
s a d e t o d o , lo c o n o c e p e r f e c t a m e n t e t o d o ; la criatura , d e
c a u s a l i d a d m u y li mi tada , c o n o c e t a m b i e n c o n m u c h a limi
tacion ; y si e n a l g u n a esfera p u e d e a s e m e j a r s e á lo infinito,
e s e n ese m u n d o ideal q u e ella p r o p i a se c o n s t r u y e , y q u e
p u e d e e x t e n d e r á s u v o l u n t a d , sin q u e se a d a b l e s e ñ a l a r l e
u n linde q u e n o p u e d a t o d a v í a retirar.
D e j e m o s h a b l a r al m i s m o autor. « L o s t é r m i n o s v e r u m e t f a c -
t u m , lo v e r d a d e r o y lo h e c h o , se p o n e n el u n o p o r el o t r o
e n t r e los latinos, ó c o m o d i c e la escuela, se c o n v i e r t e n . P a r a
los latinos intelligere, c o m p r e n d e r , es lo m i s m o q u e leer c o n
c l a r i d a d y c o n o c e r c o n e v i d e n c i a . L l a m a b a n cogitare l o q u e e n
italiano se d i c e pensare e a n d a r raccogliendo; ralio, r a z o n , d e
s i g n a b a entre ellos u n a c o l e c c i o n d e e l e m e n t o s n u m é r i c o s , y
e s e d o n q u e d i s t i n g u e al h o m b r e d e los b r u t o s y c o n s t i t u y e
s u s u p e r i o r i d a d . L l a m a b a n o r d i n a r i a m e n t e al h o m b r e u n a n i
m a l partícipe d e la r a z o n (rationis particeps) y q u e p o r tanto
n o la p o s e e a b s o l u t a m e n t e . As í c o m o las p a l a b r a s s o n los sig
n o s d e las ideas, las ideas s o n los s i g n o s y r e p r e s e n t a c i o n e s d «
¡as cosas. A sí c o m o leer, legere, es r e u n i r los e l e m e n t o s d e la
escritura d e los c ua les se f o r m a n las palabras, la inteligencia,
intelligere, consiste e n r e u n i r todos los e l e m e n t o s d e u n a c o
sa, d e lo q u e resulta la i d e a perfecta. P o r d o n d e p o d e m o s c o n
jeturar q u e los a n t i g u o s italianos a d m i t í a n la d o c t r i n a s i g u i e n
te s o b r e lo v e r d a d e r o : lo v e r d a d e r o es lo h e c h o m i s m o ; y p o r
c o n s i g u i e n t e D i o s es la v e r d a d p r i m e r a p o r q u e es el p r i m e r
h a c e d o r (factor), la v e r d a d infinita p o r q u e h a h e c h o todas
 - H i
las cosas, la v e r d a d absoluta, p u e s q u e r e p r e s e n t a t o d o s los
e l e m e n t o s d e las c o s a s tanto internos c o m o ex t er n os , p o r q u e
los co n ti ene . S a b e r es r e u n i r los e l e m e n t o s d e las cosas; d e
d o n d e s e s i g u e q u e el p e n s a m i e n t o (cogitatio) es p r o p i o d e l
espíritu h u m a n o , y la inteligencia lo es del espíritu d i v i n o :
p o r q u e D i o s r e u n e t o d o s los e l e m e n t o s d e las c o s a s i n t e r n o s
y e x t e r n o s á c a u s a d e q u e los contiene, y él p r o p i o es q u i e n
los d i s p o n e ; m i e n t r a s el espíritu h u m a n o , l i m i t a d o c o m o es,
y f u e r a d e t o d o lo q u e n o es él m i s m o , p u e d e a p r o x i m a r los
p u n t o s e x t r e m o s , m a s n o r e u n i r l o t o d o ; d e m a n e r a q u e p u e
d e p e n s a r s o b r e las cosas, p e r o n o c o m p r e n d e r l a s ; y h é a q u í
p o r q u é participa d e la r a z o n , m a s n o la posee. P a r a a c l a r a r
estas ideas c o n u n a c o m p a r a c i o n : lo v e r d a d e r o d i v i n o es u n a
i m á g e n sólida d e las cosas, c o m o u n a figura plástica ; lo v e r
d a d e r o h u m a n o es u n a i m á g e n p l a n a sin p r o f u n d i d a d , c o m o
u n a pintura. A s í c o m o lo v e r d a d e r o d i v i n o lo es, p o r q u e D i o s
e n el acto m i s m o d e s u c o n o c i m i e n t o d i s p o n e y p r o d u c e , lo
v e r d a d e r o h u m a n o es p a r a las c o s a s e n q u e el h o m b r e d i s p o
n e y c r e a d e u n a m a n e r a s e m e j a n t e . L a c i e n c i a es el c o n o c i
m i e n t o del m o d o c o n q u e la c o s a se h a c e ; c o n o c i m i e n t o e n
el cual el espíritu m i s m o h a c e el objeto, p u e s q u e r e c o m p o
n e s u s e l e m e n t o s . El objeto es u n sólido p a r a D i o s q u e c o m
p r e n d e todas las c o s a s ; u n a superficie p a r a el h o m b r e q u e n o
c o m p r e n d e s i n o lo exterior. E s t a b l e c i d o s estos p u n t o s p a r a
p o n e r l o s m a s f á c i l m e n t e e n a r m o n í a c o n n u e s t r a religion,
c o n v i e n e s a b e r , q u e los a n t i g u o s filósofos d e Italia identifi
c a b a n lo v e r d a d e r o c o n lo h e c h o , p o r q u e c r e i a n el m u n d o
e t e r n o : así los filósofos p a g a n o s a d o r a r o n u n D i o s q u e o b r a b a
s i e m p r e a d extra, c o s a d e s e c h a d a p o r n u e s t r a teología. P o r
c u y o m o t i v o e n n u e s t r a religion, e n la c u a l p r o f e s a m o s q u e
el m u n d o h a sido c r i a d o d e la n a d a e n el t i e m p o , es n e c e s a r i o
establecer u n a distincion, identificando lo v e r d a d e r o c r i a d o
c o n lo h e c h o , y lo v e r d a d e r o i n c r e a d o c o n el e n g e n d r a d o (ge-
nito). Así la S a g r a d a Es c ri t ur a c o n u n a e l e g a n c i a v e r d a d e r a
m e n t e divina, l l a m a V e r b o á la s a b i d u r í a d e D i o s q u e c o n t i e
n e e n sí las ideas d e t o d a s las c o s a s y los e l e m e n t o s d e las
ideas m i s m a s . E n este V e r b o , lo v e r d a d e r o es la c o m p r e n s i o n
m i s m a d e t o d o s los e l e m e n t o s d e este u n i v e r s o , la c u a l p o
dría f o r m a r infinitos m u n d o s . D e estos e l e m e n t o s c o n o c i d o s
y c o n t e n i d o s e n la o m n i p o t e n c i a d i v i n a , se f o r m a el V e r b o
 — 1 7 5 —
real a b s o l u t o , c o n o c i d o d e s d e t o d a la e t e r n i d a d p o r el P a d r e
y e n g e n d r a d o p o r él, t a m b i e n d e s d e t o d a la e t e r n i d a d . » ( D e
la a n t i g u a s a b i d u r í a d e la Italia, lib. 1, cap. 1.)
195. D e estos principios s a c a V i c o c o n s e c u e n c i a s m u y
t r a s c e n d e n t a l e s , e n t r e ellas la d e e x p l i c a r la c a u s a d e la di
vi s i on d e n u e s t r a c i e n c i a e n m u c h o s r a m o s , y d e los dife
r e n t e s g r a d o s d e c e r t e z a c o n q u e se distinguen. L a s m a t e m á
ticas s o n las m a s ciertas p o r q u e s o n u n a e s p e c i e d e c r e a c i o n
del e n t e n d i m i e n t o , el q u e p a r t i e n d o d e la u n i d a d y d e u n
p u n t o , se c o n s t r u y e u n m u n d o d e f o r m a s y d e n ú m e r o s , p r o
l o n g a n d o las líneas y m u l t i p l i c a n d o la u n i d a d h a s t a lo infini
to. A s í c o n o c e lo q u e él m i s m o p r o d u c e , r e s u l t a n d o q u e los
m i s m o s t e o r e m a s tenidos v u l g a r m e n t e c o m o objetos d e p u r a
c o n t e m p l a c i o n , h a n m e n e s t e r a c c i o n c o m o los p r o b l e m a s .
L a m e c á n i c a y a es m e n o s cierta q u e la g e o m e t r í a y la arit
m é t i c a , p o r q u e c o n s i d e r a el m o v i m i e n t o r e a l i z a d o e n las m á
q u i n a s ; y la física lo es t o d a v í a m e n o s , p o r q u e n o c o n s i d e r a
c o m o la m e c á n i c a el m o v i m i e n t o e x t e r n o d e las c i r c u n f e
r e n c i a s sino el m o v i m i e n t o i n t e r n o d e los centros. E n las
c i e n c i a s del o r d e n m o r a l h a y t o d a v í a m e n o s certeza, p o r q u e
n o se o c u p a n d e los m o v i m i e n t o s d e los c u e r p o s , los c u a l e s
d i m a n a n d e u n o r i g e n cierto y c o n s t a n t e q u e es la n a t u r a l e
za, s i n o d e los m o v i m i e n t o s d e las a l m a s q u e se realizan á
g r a n d e s p r o f u n d i d a d e s y c o n f r e c u e n c i a n a c e n del c a p r i c h o .
« L a c i e n c i a h u m a n a , d i c e , h a n a c i d o d e u n d e f e c t o del es
píritu h u m a n o , q u e e n s u e x t r e m a limitacion está f u e r a d e
t o d a s las c o s a s , n o c o n t i e n e n a d a d e lo q u e q u i e r e c o n o c e r ,
y p o r c o n s i g u i e n t e n o p u e d e h a c e r la v e r d a d á la c u a l aspi
ra. L a s ciencias m a s ciertas s o n las q u e e x p í a n el vicio d e s u
o r i g e n , y se a s i m i l a n c o m o c r e a c i o n á la c i e n c i a d i v i n a , es
d e c i r , a q u e l l a s e n q u e lo v e r d a d e r o y lo h e c h o s o n m u t u a
m e n t e convertibles.
» D e lo q u e p r e c e d e se p u e d e inferir q u e el criterio d e lo
v e r d a d e r o y la regla p a r a r e c o n o c e r l o , es el haberlo hecho; p o r
c o n s i g u i e n t e la i d e a clara y distinta q u e t e n e m o s d e n u e s t r o
espíritu, n o es u n criterio d e lo v e r d a d e r o , y n o es ni a u n
u n criterio d e n u e s t r o espíritu; p o r q u e el a l m a c o n o c i é n d o
s e , n o se h a c e á sí m i s m a ; y p u e s q u e n o se h a c e , n o s a b e la
m a n e r a c o n q u e se c o n o c e . C o m o la c i e n c i a h u m a n a tiene
p o r b a s e la a b s t r a c c i o n , las ciencias s o n tanto m e n o s ciertas
 — 1 7 6 —
c u a n t o m a s se a c e r c a n á la m a t e r i a c o r p o r a l

« P a r a decirlo e n u n a p a l a b r a , lo v e r d a d e r o es c o n v e r t i b l e
c o n lo b u e n o , si lo q u e es c o n o c i d o c o m o v e r d a d e r o tiene s u
s e r del espíritu q u e lo c o n o c e , i m i t a n d o la c i e n c i a h u m a n a
á la d i v i n a p o r la cual D i o s c o n o c i e n d o lo v e r d a d e r o lo e n
g e n d r a en lo interior e n la e t e r n i d a d , y lo h a c e e n lo e x t e r i o r
e n el t i e m p o . E n c u a n t o al criterio d e v e r d a d e s p a r a D i o s el
c o m u n i c a r la b o n d a d á los objetos d e s u p e n s a m i e n t o (vidit
D e u s q u o d ess ent b o n a ) ; y p a r a los h o m b r e s el h a b e r hecho lo
v e r d a d e r o que conocen. » ( I b i d e m § 1.)
. 290. N o p u e d e n e g a r s e q u e el s i s t e m a d e V i c o r e v e l a u n
p e n s a d o r p r o f u n d o q u e h a m e d i t a d o d e t e n i d a m e n t e s o b r e los
p r o b l e m a s d e la inteligencia. L a línea divisoria e n c u a n t o á la
c e r t e z a d e las ciencias es s o b r e m a n e r a interesante. A p r i m e
r a vista n a d a m a s e s p e c i o s o q u e la diferencia s e ñ a l a d a e n t r e
las ciencias m a t e m á t i c a s y las n a t u r a l e s y m o r a l e s . L a s m a
t e m á t i c a s s o n a b s o l u t a m e n t e ciertas p o r q u e s o n o b r a del e n
t e n d i m i e n t o , s o n c o m o el e n t e n d i m i e n t o las v e , p o r q u e él
m i s m o las c o n s t r u y e ; al contrario, las n a t u r a l e s y m o r a l e s
v e r s a n s o b r e objetos i n d e p e n d i e n t e s d e la r a z o n , q u e tienen
p o r si m i s m o s u n a existencia p r o p i a , y d e a q u í es q u e el e n
t e n d i m i e n t o c o n o c e p o c o d e ellos; y e n esto se e n g a ñ a c o n
tanta m a s facilidad c u a n t o m a s p e n e t r a e n la esfera d o n d e s u
c o n s t r u c c i o n n o alcanza. H e l l a m a d o e s p e c i o s o á este siste
m a p o r q u e e x a m i n a d o á f o n d o se le e n c u e n t r a destituido d e
c i m i e n t o sólido; al p a s o q u e h e r e c o n o c i d o e n s u a u t o r u n p e n
s a m i e n t o p r o f u n d o , p o r q u e e f e c t i v a m e n t e lo h a y e n c o n s i d e
r a r las ciencias bajo el p u n t o d e vista q u e él las c o n s i d e r a .
297. L a inteligencia solo c o n o c e lo q u e h a c e - E s t a p r o p o
sicion q u e r e s u m e t o d o el s i s t e m a d e V i c o , n o p u e d e afian -
z a r s e e n n a d a ; y el filósofo n a p o l i t a n o se e n c o n t r a r í a d e t e n i
d o e n s u s p r i m e r o s p a s o s c o n solo pedirle la p r u e b a d e lo
q u e afirma. ¿ P o r q ü é la inteligencia solo c o n o c e lo q u e h a
c e ? ¿ p o r q u é el p r o b l e m a d e la r e p r e s e n t a c i o n n o h a d e te
n e r s o l u c i o n posible s i n o e n la c a u s a l i d a d ? C r e o h a b e r d e
m o s t r a d o q u e á m a s d e este o r i g e n se e n c u e n t r a otro e n la
i d e n t i d a d , y t a m b i e n e n la i d e al i da d e n l a z a d o del m o d o d e
b i d o c o n la causalidad.
298. E n t e n d e r n o es c a u s a r : p u e d e h a b e r , y la h a y e n
 -efecto, u n a inteligencia p r o d u c t o r a ; p e r o e n g e n e r a l el a c t o
d e e n t e n d e r y el d e c a u s a r o f r e c e n i d e a s distintas. L a inteli
g e n c i a s u p o n e u n a actividad, p o r q u e sin esta n o s e c o n c i b e
a q u e l l a v i d a i n t i m a q u e d i s t i n g u e al s e r inteligente ; p e r o e s-
la a c ti vi da d n o es p r o d u c t o r a d e los objetos c o n o c i d o s . s e e j e r
c e d e u n m o d o i n m a n e n t e s o b r e estos objetos, p r e s u p u e s t o s
j a e n u n i o n c o n la inteligencia, m e d i a t a ó i n m e d i a t a m e n t e -
- 299. Si la inteligencia e s tu v ie s e c o n d e n a d a á n o c o n o c e r
s i n o lo q u e ella m i s m a h a c e , n o es fácil c o n c e b i r c ó m o el
a c t o d e e n t e n d e r p u d i e r a c o m e n z a r : c o l o c á n d o n o s e n el m o
m e n t o inicial , n o s a b r e m o s c ó m o e x p l i c a r el desarrollo d e es-
i a a c t i v i d a d ; p o r q u e , si n o p u e d e e n t e n d e r s i n o lo q u e ella
h a c e , ¿ q u é e n t e n d e r á e n el p r i m e r m o m e n t o c u a n d o a u n n o
ha. h e c h o n a d a ? E n el s i s t e m a q u e n o s o c u p a , n o h a y otro
o b j e t o p a r a la inteligencia q u e el q u e ella m i s m a se p r o d u
c e ; p o r otra p a r t e e n t e n d e r sin objeto e n t e n d i d o es u n a c o n
t r a d i c c i o n ; asi e n el m o m e n t o inicial , n o h a b i e n d o n a d a p r o
d u c i d o , n o p u e d e h a b e r n a d a e n t e n d i d o ; y p o r c o n s i g u i e n t e
J a inteligencia es inexplicable. N o c a b e s u p o n e r q u e la a c
t i v i d a d se d e s p l e g a c i e g a m e n t e ; n o h a y n a d a c i e g o c u a n d o
se trata d e r e p r e s e n t a c i o n , y la a c t i v i d a d p r o d u c t i v a se re-
ü e r e e s e n c i a l m e n t e á c o s a s r e p r e s e n t a d a s e n c u a n t o r e p r e
s e n t a d a s . E l q u e estas s e a n p r o d u c i d a s e n lo exterior c o n
-existencia distinta d e la r e p r e s e n t a c i o n intelectual, es indi
f e r e n t e p a r a el p r o b l e m a d e la inteligencia. Asi, c o m o e x
plica el m i s m o V i c o , la r a z o n h u m a n a c o n o c e lo q u e ella
c o n s t r u y e e n u n m u n d o p u r a m e n t e ideal , y D i o s c o n o c e al
V e r b o q u e e n g e n d r a , n o o b s t a n t e d e q u e este V e r b o n o está
f u e r a d e la e s e n c i a d i v i n a s i n o identificado c o n ella.
300. N o se c o n t e n t a el filósofo n a p o l i t a n o c o n aplicar s u
s i s t e m a á la r a z o n h u m a n a ; lo g e n e r a l i z a á t o d a s las inteli
g e n c i a s , i n c l u s a la d i v i n a ; b i e n q u e p r o c u r a n d o c o n loable
r e li g i os ida d , conciliar s u s d o c t r i n a s i d e o l ó g i c a s c o n los d o g
m a s d e l c r i s t i a n i s m o . Y e n v e r d a d q u e los p r o b l e m a s d e la
i n t e l i g e n c i a n o p u e d e n r e s o l v e r s e c u m p l i d a m e n t e s i n o e n
c u m b r á n d o s e á tanla altura. P a r a c o n o c e r al e n t e n d i m i e n t o
h u m a n o , n o basta s e g u i r los p a s o s d e la h u m a n a r a z o n ; es
n e c e s a r i o p r o p o n e r s e a d e m á s el p r o b l e m a g e n e r a l d e la inte
l i g e n c i a m i s m a , o r a s e limite c o m o la n u e s t r a á flacas vis
l u m b r e s , o r a se dilate p o r las r e g i o n e s d e la infinidad e n u n
t . i. 1 2
 - 1 7 8 -
p i é l a g o d e luz. L a s s u b l i m e s p a l a b r a s c o n q u e s a n J u a n c o
m i e n z a s u E v a n g e l i o , e n c i e r r a n , á m a s d e la v e r d a d augusta-
e n s e ñ a d a p o r la i n s p i r a c i o n divina, d o c t r i n a s trascendentales-
q u e a u n m i r a d a s b a j o u n p u n t o d e vista m e r a m e n t e filosófi
c o , s o n d e u n a i m p o r t a n c i a m a y o r d e la q u e e n c o n t r a r s e
p u d i e r a e n las p a l a b r a s d e n i n g u n h o m b r e .
Al identificar lo v e r d a d e r o c o n lo h e c h o , a d v i e r t e V i c o q u e
s e g u n el d o g m a d e n u e s t r a religion , es n e c e s a r i o d i s t i n g u i r
e n t r e lo c r e a d o y lo i n c r e a d o . A lo p r i m e r o se le d e b e l l a m a r
h e c h o , á lo s e g u n d o e n g e n d r a d o . P o n d e r a la e l e g a n c i a d i v i n a
c o n q u e la E s c r i t u r a s a n t a l l a m a V e r b o á la S a b i d u r í a d e Dios,,
e n la c u a l se c o n t i e n e n las ideas d e todas las c o s a s , y los ele
m e n t o s d e las i d e a s m i s m a s ; sin e m b a r g o , las p a l a b r a s d e V i
c o s o n m u y i n e x a c t a s , c u a n d o al e x p l i c a r la c o n c e p c i o n d e
d i c h o V e r b o , p a r e c e n d a r á e n t e n d e r q u e solo resulta d e los
e l e m e n t o s c o n o c i d o s y c o n t e n i d o s e n la o m n i p o t e n c i a divina.
« E n este V e r b o , dice, lo v e r d a d e r o es la c o m p r e n s i o n m i s m a ;
d e t o d o s los e l e m e n t o s d e este u n i v e r s o , la cual p o d r í a for
m a r infinitos m u n d o s ; d e estos e l e m e n t o s c o n o c i d o s y c o n t e
n i d o s e n la o m n i p o t e n c i a d i v i n a , se f o r m a el V e r b o real , a b
soluto, c o n o c i d o d e s d e t o d a la e t e r n i d a d p o r el P a d r e , y e n
g e n d r a d o p o r él d e s d e t o d a la e t e r n i d a d . » ( D e la a n t i g u a
s a b i d u r í a d e la Italia, lib. 1, cap. 1.) Si el a u t o r q u i e r e sig
nificar q u e el V e r b o es c o n c e b i d o p o r solo el c o n o c i m i e n t o d e
lo c o n t e n i d o e n la o m n i p o t e n c i a d i v i n a , s u a s e r c i o n es falsa;,
si n o q u i s o significar esto , s u l o c u c i o n es inexacta.
S a n t o T o m á s (1 part. , cuest. 84, art. 8) p r e g u n t a si e n el
n o m b r e del V e r b o se c o n t i e n e a l g u n a r e l a c i o n á la criatura
« u t r u m in n o m i n e V e r b i i m p o r t e t u r r e s p e c t u s a d c r e a t u r a m , » -
y allí r e s u e l v e la c u e s t i o n c o n a d m i r a b l e l a c o n i s m o y solidez.
« R e s p o n d o q u e e n el V e r b o se c o n t i e n e r e l a c i o n á la criatu
ra. D i o s c o n o c i é n d o s e á si m i s m o , c o n o c e á t o d a criatura. B
V e r b o p u e s , c o n c e b i d o e n la m e n t e , es r e p r e s e n t a t i v o d e to
d o a q u e l l o q u e a c t u a l m e n t e se e n t i e n d e . A s i e n n o s o t r o s h a y
d i v e r s o s v e r b o s s e g u n s o n d i v e r s a s las c o s a s e n t e n d i d a s . Pero-
c o m o D i o s c o n u n solo a c t o se c o n o c e á sí y á t o d a s las c o s a s ,
s u ú n i c o V e r b o es e x p r e s i v o n o solo del P a d r e s i n o t a m b i é n
d e las criaturas. Y así c o m o la c i e n c i a d e D i o s e n c u a n t o &
Dios, es solo c o n o c i m i e n t o , p e r o e n c u a n t o á las c r ia t u ras e s
c o n o c i m i e n t o y c a u s a , así e l V e r b o d e D i o s c o n r e s p e c t o á D i o s
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P a d r e , es solo e x p r e s i v o , p e r o c o n r e l a c i o n á las criaturas es
e x p r e s i v o y p r o d u c t i v o , p o r c u y a r a z o n se d i c e e n el s a l m o
3 8 : dijo , y las c o s a s f u e r o n h e c h a s , p o r q u e e n el V e r b o se
c o n i i e n e la r a z o n p r o d u c t i v a d e las c o s a s q u e D i o s h a c e (1).»
P o r este pasaje se e c h a d e v e r q u e s e g u n la d o c t r i n a d e S a n -
to T o m á s , el V e r b o e x p r e s a t a m b i e n á las criaturas, p e r o q u e
él es c o n c e b i d o n o solo p o r el c o n o c i m i e n t o d e estas, s i n o y
p r i m a r i a m e n t e , p o r el c o n o c i m i e n t o d e la e s e n c i a d i v i n a : «el
P a d r e , d i c e e n otra p a r t e el S a n t o D o c t o r , e n t e n d i é n d o s e á si
y al H i j o y al Espíritu S a n t o y á t o d a s las c o s a s c o n t e n i d a s e n
s u ciencia, c o n c i b e al V e r b o d e m a n e r a q u e t o d a la T r i n i d a d
es dicha e n el V e r b o y t a m b i e n t o d a criatura (2).»
301. H a y t a m b i e n otra d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s q u e se
o p o n e al s i s t e m a d e Vico. S e g u n este, la inteligencia c o n o c e
lo q u e h a c e , y solo lo q u e h a c e , y solo p o r q u e lo h a c e ; p u e s
q u e lo h e c h o y lo v e r d a d e r o s o n convertibles, s i e n d o lo h e c h o
el ú n i c o criterio d e v e r d a d . E s t a d o c t r i n a la aplica V i c o á la
inteligencia d i v i n a s u s t i t u y e n d o á hecho e n g e n d r a d o ; c o n lo
c u a l invierte el ó r d e n d e las ideas , p u e s q u e ni s e g u n n u e s
tro m o d o d e c o n c e b i r . D i o s e n t i e n d e p o r q u e e n g e n d r a , s i n o
q u e e n g e n d r a p o r q u e e n t i e n d e ; ni se c o n c i b e la g e n e r a c i o n
de l V e r b o sin c o n c e b i r a n t e s la inteligencia. « E n q u i e n e n
t i e n d e , d i c e S a n t o T o m á s , p o r lo m i s m o q u e e n t i e n d e , p r o
c e d e a l g u n a c o s a d e n t r o d e él, lo c u a l es el c o n c e p t o d e la

(1) R e s p o n d e o d i c e n d n m , q u o d in V e r b o i m p o r t a t u r r e s p e c t u s
a d c r e a t u r a m . D e u s e n i m c o g n o s c e n d o se, c o g n o s c i t o m n e m crea-
t n r a m . V e r b u m igitur in m e n t e c o n c e p t u m est reprsesentativum
o m n i s ejus, q u o d actu intelligitur. U n d e in nobis sunt diversa v e r
ba, s e c u n d u m diversa, quae intelligimus. S e d quia D e u s u n o a c t u
et se , et o m n i a intelligit, u n i c u m V e r b u m ejus est e x p r e s s i v u m ,
n o n s o l u m Patris sed e t i a m c r e a t u r a r u i n . E t sicutDei scientia.Dei
q o i d e m est cognoscitiva t a n t u m , c r e a t u r a r u m a u t e m cognoscitiva
et tactiva ; ita V e r b u m Dei, ejus q u o d in D e o Patre est, est expres
s i v u m t a n t u m , c r e a t u r a r u m vero est e x p r e s s i v u m , et operati-
v n m , et propter h o c dicitur in Psal. 32 : Dixit , et facta sunt, q u i a
i m p o r t a t u r ta V e r b o ratio tactiva e o r n m q u « D e u s facjt.
f{i) P a t o r e n i m i n t e l l i g e n d o s e et F i l i u m et S p i r i t u m S a n c t a m
et o m n i a alia qnte ejus sclentia conlinentur, concipit V e r b u m , ut
sic tota I n u l t a s V e r b o dicatur, et etiam o m n i s creatura (1 part.
q. 3», art. 1 a d 3)
 — 1 8 0 —
c o s a e n t e n d i d a , y p r o v i e n e d e la f u e r z a intelectual y d e s u
n o t i c i a (1) -»
Esta d o c t r i n a d e S a n t o T o m á s c o n f i r m a la o p i n i o n e x p u e s t a
m a s arriba, s o b r e la i m p o s i b i l i d a d d e e x p l i c a r el acto inte
lectual p o r sola la p r o d u c c i o n . E s e v i d e n t e q u e p a r a p r o d u c i r
e n el ó r d e n intelectual, es n e c e s a r i o e n t e n d e r y a ; y p o r c o n
s i g u i e n t e e n el m o m e n t o inicial d e t o d a inteligencia n o p u e
d e p o n e r s e la a c c i o n p r o d u c t i v a , s i n o la intuicion d el objeto.
E n este m i s m o s e n t i d o h a b l a S a n t o T o m á s , e n el m o d o q u e
h a b l a r p u e d e el h o m b r e d e las c o s a s divinas: n o f u n d a e n la
g e n e r a c i o n del V e r b o la inteligencia d i v i n a ; a n t e s p o r el c o n
trario, e n la inteligencia f u n d a la g e n e r a c i o n del V e r b o . Dios,
s e g u n S a n t o T o m á s , e n g e n d r a al V e r b o p o r q u e e n t i e n d e , n o
e n t i e n d e p o r q u e e n g e n d r a ; y si b i e n e n este V e r b o p o n e el
S a n t o D o c t o r la e x p r e s i o n d e t o d o c u a n t o está c o n t e n i d o e n
D i o s , es p r e s u p o n i e n d o la inteligencia d i v i n a , c o n la c u a l se
h a c e posible d e c i r ó proferir el V e r b o . El ó r d e n d e los c o n
c e p t o s , p u e s , es el siguiente: e n t e n d i m i e n t o , objeto e n t e n d i
do, v e r b o p r o c e d e n t e d e la a c c i o n d e e n t e n d e r p o r el c u a l el
s e r inteligente se e x p r e s a , se d i c e á sí p r o p i o , la m i s m a c o s a
e n t e n d i d a . A p l i c a d a s estas ideas á D i o s , s e r á n : D i o s P a d r e in
teligente; e s e n c i a d i v i n a c o n t o d o lo q u e ella c o n t i e n e , e n
t e n d i d a ; V e r b o ó Hijo e n g e n d r a d o p o r este acto intelectual, y
e x p r e s i v o d e t o d o lo q u e se e n c i e r r a e n este a c t o g e n e r a d o r .
802. N o es m i á n i m o i n c u l p a r á V i c o ; solo h e q u e r i d o h a
c e r n o t a r la i n e x a c t i t u d d e s u s p a l a b r a s , h a c i é n d o l e p o r otra
p a r t e la justicia d e c r e e r q u e él e n t e n d í a las c o s a s d e l m i s m o
m o d o q u e las h e e x p l i c a d o , a u n q u e n o a c e r t ó á e x p r e s a r s e
c o n la d e b i d a claridad. P a s e m o s a h o r a á c o n s i d e r a r el siste
m a d e V i c o bajo p u n t o s d e vista m e n o s delicados.
E s fácil n o t a r q u e a d m i t i e n d o lo h e c h o p o r ú n i c o criterio
d e v e r d a d , la inteligencia q u e d a i n c o m u n i c a d a c o n t o d o lo
q u e n o s e a n s u s obras. N i á sí m i s m a se p u e d e c o n o c e r , p o r
q u e n o se h a c e . « Él a l m a , c o n o c i é n d o s e , d i c e Vico, n o se h a

ll) Q u i c n m q u e a u t e m intelligit e x hoc ipso q u o d intelligit, pr o-

cedlt aliqui d intra i p s u m , q u o d est conceptio rei íntellectae e x vi
intellectiva p r o v e n i e n s et ex ejus notitia pro cedens. Q u a m qu l-
d e m c o n c e p l i o n e m v o x significat, et dicitur v e r b u m cordis , si g-
niflcatum v e r b o vo c i s (1. p . q. V I , art. 1).
 - 1 8 1 -
c e , y p o r lo m i s m o n o s a b e la m a n e r a c o n q u e se c o n o c e ; »
d e s u e r t e q u e p r e s c i n d i e n d o del p r o b l e m a d e la inteligibili
d a d q u e se h a v e n t i l a d o m a s a r r i b a (cap. XII), n i e g a V i c o á
n u e s t r a a l m a el criterio d e sí p r o p i a p o r la ú n i c a r a z o n d e
q u e n o se c a u s a á sí m i s m a . E n t o n c e s la i d e n t i d a d léjos d e s e r
u n o r i g e n d e r e p r e s e n t a c i o n c o m o se h a p r o b a d o (cap. X I ) ,
e s i n c o m p a t i b l e c o n ella; n a d a p o d r á c o n o c e r s e á si m i s m o
p o r q u e n a d a se h a c e á sí m i s m o .
D e esto resulta u n g r a v í s i m o e rr o r; p u e s q u e se infiere q u e
t a m p o c o D i o s p u e d e c o n o c e r s e á si m i s m o , p o r q u e n o s e c a u s a
á sí m i s m o . N i basta d e c i r q u e se c o n o c e e n el V e r b o , p u e s
q u e si n o se s u p o n e la inteligencia, el V e r b o es i m p o s i b l e .
303. T o d o el m u n d o d e la r e a l i d a d distinto del s e r inte
lectual , s e r á d e s c o n o c i d o p a r a s i e m p r e ; d e d o n d e se d e d u c e
q u e el s i s t e m a d e V i c o .lleva al e s c e p t i c i s m o m a s r ig u ro so.
¿ Q u é a d m i t e el filósofo n a p o l i t a n o ? el c o n o c i m i e n t o p o r el
espíritu d e la o b r a m i s m a del espíritu ; e n esto se c o m p r e n
d e n los actos d e c o n c i e n c i a y t o d o s los objetos p u r a m e n t e
ideales q u e e n ella n o s c r e a m o s ; esto t a m b i e n lo a d m i t e n los
escépticos, n i n g u n o d e ellos d e j a r á d e c o n v e n i r q u e h a y e n
n o s o t r o s c o n c i e n c i a , q u e h a y u n m u n d o ideal , o b r a d e esta
c o n c i e n c i a m i s m a ó a t e s t i g u a d o p o r ella.
Si p u e s n o a d m i t i m o s otro criterio d e v e r d a d q u e lo h e c h o ,
a b r i m o s la p u e r t a al e s c e p t i c i s m o , a b a n d o n a m o s el m u n d o
d e las r e a l i d a d e s p a r a e s t a b l e c e r n o s e n el d e las a p ar i en ci as.
N o o b s t a n t e ¡ s i n g u l a r i d a d d e las o p i n i o n e s h u m a n a s ! V i c o
p e n s a b a t o d o lo c o n t r a r i o ; él creia q u e solo c o n s u s i s t e m a
e r a posible rebatir á los escépticos. E s c u r i o s o oirle d e c i r c o n
a d m i r a b l e s e r i e d a d : «el ú n i c o m e d i o d e destruir el escepti
c i s m o es t o m a r p o r criterio d e v e r d a d , q u e c a d a c u a l está
s e g u r o d e lo v e r d a d e r o q u e h a c e . »
¿ E n q u é p u e d e f u n d a r s e t a m a ñ a e x t r a ñ e z a ? o i g a m o s a l fi
lósofo, q u e d i c e c o s a s m u y b u e n a s , p e r o q u e n o se a l c a n z a
c ó m o p u e d e n c o n d u c i r á l a d e s t r u c c i o n d e l e s c e p t i c i s m o . « L o s
e s c é p t i c o s v a n r e p i t i e n d o s i e m p r e q u e las c o s a s les parecen,
p e r o q u e i g n o r a n lo q u e ellas s o n e n r e a l i d a d ; c o nf i es a n los
efectos y c o n c e d e n p o r c o n s i g u i e n t e q u e estos efectos t i e n e n
s u s c a u s a s ; p e r o a f i r m a n q u e n o c o n o c e n á estas p o r q u e i g n o
r a n el g é n e r o ó la f o r m a s e g u n la c u a l las c o s a s se h a c e n .
A d m i t i d estas p r o p o s i c i o n e s , y r e t o r c e d l a s c o n t r a ellos d e la
 — 1 8 1 -
m a n e r a siguiente: esta c o m p r e n s i o n d e c a u s a s q u e c o n t i e n e
t o d o s los g é n e r o s ó t o d a s las f o r m a s bajo las c u a l e s s o n d a d o s
t o d o s los efectos , c u y a s a p a r i e n c i a s confiesa v e r el escéptico,
p e r o c u y a e s e n c i a real a s e g u r a i g n o r a r ; esta c o m p r e n s i o n d e
c a u s a s se halla e n la p r i m e r a v e r d a d q u e las c o m p r e n d e to
d a s , y d o n d e todas e s t á n c o n t e n i d a s h a s t a las últimas. Y p u e s
q u e esta v e r d a d las c o m p r e n d e todas, es infinita, y n o e x c l u y e
n i n g u n a , y tiene la p r i o r i d a d s o b r e el c u e r p o q u e n o es m a s
q u e u n efecto. P o r c o n s i g u i e n t e esta v e r d a d e s a l g u n a c o s a es
piritual, e n otros t é r m i n o s es Dios, el D i o s q u e c o n f e s a m o s
n o s o t r o s los cristianos; s o b r e esta v e r d a d d e b e m o s m e d i r la
v e r d a d h u m a n a , p u e s q u e la v e r d a d h u m a n a es a q u e l l a c u
y o s e l e m e n t o s h e m o s o r d e n a d o n o s o t r o s m i s m o s , a q u e l l a q u e
c o n t e n e m o s e n n o s o t r o s y q u e p o r m e d i o d e ciertos postula
d o s p o d e m o s p r o l o n g a r y s e g u i r h a s t a lo infinito. O r d e a a n d o
estas v e r d a d e s las c o n o c e m o s , y las h a c e m o s á u n m i s m o
t i e m p o , y h é a q u í p o r q u é e n este c a s o p o s e e m o s el g é n e r o
6 la f o r m a s e g u n la c u a l h a c e m o s » (Ibid. 3).
E n esta r e f u t a c i o n d e los e s c é p t i c o s n a d a e n c u e n tro q u e p u e
d a destruir el e s c e p t i c i s m o . A u n s u p o n i e n d o q u e t o d o s a d m i
t e n el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d , lo q u e n o es e x a c t o , ¿ q u é se
p u e d e s a c a r d e este p r i n c i p i o c u a n d o se s eñ a la p o r ú n i c o
criterio la o b r a del m i s m o e n t e n d i m i e n t o q u e h a d e e m p l e a r
el p r i n c i p i o ? Si n o h a y m a s criterio q u e el d e c a u s a l i d a d , el
e n t e n d i m i e n t o se e n c u e n t r a aislado sin p o d e r ir m a s allá e n
el o r d e n d e los efectos , q u e h a s t a d o n d e llegan los p r o d u c i
d o s p o r él m i s m o ; y e n el d e las c a u s a s , n o p u e d e s u b i r m a s
a r r i b a q u e d e sí p r o p i o ; p o r q u e si s u b e , y a c o n o c e c o s a s q u e
él n o h a h e c h o , á s a b e r , la c a u s a q u e le h a p r o d u c i d o á él.
E n este s u p u e s t o los escépticos q u e d a n triunfantes; el c o n o
c i m i e n t o se r e d u c e al m u n d o interior , á las s i m p l e s a p a r i e n
cias; c u a n d o d e estas se q u i e r e salir se t r o p i e z a c o n el o b s
t á c u l o del criterio u n i c o , el c u a l se o p o n e al c o n o c i m i e n t o
d e t o d o lo n o hecho p o r el e n t e n d i m i e n t o m i s m o . E n t o n c e s la
r e a l i d a d n o s está v e d a d a y n o s h a l l a m o s s e p a r a d o s d e ella
p o r u n v a l l a d o insalvable. El m u n d o e n sí, s e r á lo q u e se
q u i e r a s u p o n e r ; m a s p a r a n o s o t r o s n o s e r á n a d a . E s t a l e y se
aplicará á t o d a s las inteligencias, d e m a n e r a q u e la r e a l i d a d
s o l o p o d r á ser c o n o c i d a p o r la c a u s a p r i m e r a .
Estas c o n s e c u e n c i a s s o n i n a d m i s i b l e s e n n o a r r o j á n d o s e s i n
 - 1 8 * -
¡reserva al c a m p o del e s c e p t i c i s m o , y n o o b s t a n t e s o n i n e v i
tables e n el s i s t e m a d e Vico. O r i g i n a l o c u r r e n c i a la d e q u e
r e r c o m b a t i r el e s c e p t i c i s m o c o n u n s i s t e m a q u o le a b r e la
a n a s a n c h u r o s a p u e r t a .

C A P Í T U L O X X X I .

Continnicion.

304. Si e n a l g u n t e r r e n o p u d i e r a s er a d m i t i d o el criterio
,del filósofo n a p o l i t a n o , seria e n el d e las v e r d a d e s ideales.
- C o m o estas p r e s c i n d e n a b s o l u t a m e n t e d e la existencia, p u e d e
s u p o n é r s e l a s c o n o c i d a s hasta p o r u n e n t e n d i m i e n t o q u e ñ o l a s
p r o d u z c a e n la realidad. E n c u a n t o c o n o c i d a s p o r el e n t e n
d i m i e n t o n a d a e n v u e l v e n d e real, y p o r c o n s i g u i e n t e n o e n
t r a ñ a n n i n g u n a c o n d i c i o n q u e exija f u er z a p r o d u c t i v a , á n o
s e r q u e esta se refiera á u n ó r d e n d e p u r a idealidad. E n este
< J r de n p a r e c e q u e la r a z o n h u m a n a p r o d u c e e f e c t i v a m e n t e :
p o r q u e t o m a n d o p o r e j e m p l o la g e o m e t r í a , es fácil d e n o t a r
,que a u n e n s u parte m a s e l e v a d a y d e m a y o r c o m p l i c a c i o n ,
n o es m a s q u e u n a e s p e c i e d e c o n s t r u c c i o n intelectual d o n d e
s o l o se halla lo q u e la r a z o n h a puesto. Esta r a z o n es la q u e
á f u e r z a d e trabajo h a i do r e u n i e n d o los e l e m e n t o s y c o m b i
n á n d o l o s d e distintas m a n e r a s h a s t a llegar al a s o m b r o s o r e
s u l t a d o del c u a l p u e d a d e c i r c o n v e r d a d : esto es m i obra.
S í g a s e c o n ate nta o b s e r v a c i o n el desarrollo d e la c i e n c i a
g e o m é t r i c a , y se e c h a r á d e v e r q u e la dilatada série d e a x i o
m a s , t e o r e m a s , p r o b l e m a s , d e m o s t r a c i o n e s , r e s o l u c i o n e s ,
a r r a n c a d e u n o s c u a n t o s postulados, y q u e c o n t i n ú a s i e m p r e
c o n la a y u d a ó d e estos m i s m o s ó d e otros q u e la r a z o n e x
c o g i t a , c o n f o r m e lo e x i g e la n e c e s i d a d ó la utilidad.
¿ Q u é es la l i n e a ? u n a série d e p u n t o s . L a línea p u e s es u n a
c o n s t r u c c i o n intelectual, n o e n v u e l v e otra c o s a q u e las fluxio
n e s s u c e s i v a s d e u n p u n t o . ¿ Q u é es el t r i á n g u l o ? u n a c o n s
t r u c c i o n intelectual e n q u e se r e u n e n los e x t r e m o s d e tres
líneas. ¿ Q u é es el c í r c u l o ? es otra c o n s t r u c c i o n intelectual,
el e s p a c i o e n c e r r a d o p o r la c i r c u n f e r e n c i a , f o r m a d a á s u v e z
p o r el e x t r e m o d e u n a línea q u e gira al r e d e d o r d e u n p u n
 - Í 8 4 -
to. ¿ Q u é s o n t o d a s las d e m á s c u r v a s ? líneas m a r c a d a s p o r e?
m o v i m i e n t o d e u n p u n t o c o n a r r e g l o á u n a cierta ley d e in
flexion. ¿ Q u é es la superficie? ¿ n o se e n g e n d r a s u i d e a coir
el m o v i m i e n t o d e u n a linea , asi c o m o el sólido c o n el m o v i
m i e n t o d e u n a superficie? ¿ Q u é s o n todos los objetos d e la
g e o m e t r í a s i n o líneas , superficies y sólidos d e va r ia s e s p e
cies y c o n d i v e r s a s c o m b i n a c i o n e s ?
L a a r i t m é t i c a u n i v e r s a l es u n a c r e a c i o n del e n t e n d i m i e n
to, o r a la c o n s i d e r e m o s e n la a r i t m é t i c a p r o p i a m e n t e dic ha,
o r a e n el álgebra. El n ú m e r o es u n c o n j u n t o d e u n i d a d e s ; el
e n t e n d i m i e n t o es q u i e n las r e u n e : el d o s n o es m a s q u e u n a
m a s u n o , el tres es d o s m a s u n o , y d e esta s u e r t e se f o r m a n
t o d o s los v a l o r e s n u m é r i c o s . P o r c o n s i g u i e n t e las i d e a s e x
presivas d e estos v a l o r e s c o n t i e n e n u n a c r e a c i o n d e nuestro-
espíritu, s o n s u o b r a , n a d a e n c i e r r a n s i n o lo q u e él m i s m a
h a p u e s t o e n ellas.
Y a se h a n o t a d o q u e el á l g e b r a es u n a e s p e c i e d e l e n g u a j e .
S u s reglas t i e n e n u n a parte d e c o n v e n c i o n a l e s , y las f ó r m u
las m a s c o m p l i c a d a s se r e s u e l v e n e n u n p r i n c i p i o c o n v e n c i o
nal. T o m e m o s u n a m u y sencilla: a o = l ; ¿ p o r q u é ? p o r q u e
a = » — ■; ¿ p o r q u é ? L a r a z o n e s p o r q u e se h a c o n v e n i d o e n
s e ñ a l a r la division p o r la resta d e los e x p o n e n t e s ; y d e c o n s i -
a »
g u í e n t e — q u e e v i d e n t e m e n t e es igual á u n o , se p u e d e
a jjn n — o o
e x p r e s a r p o r — = a = a
305. Estas o b s e r v a c i o n e s p a r e c e n p r o b a r q u e e n realidad,
es v e r d a d e r o el s i s t e m a d e V i c o e n lo q u e c o n c i e r n e á las m a
t e m á t i c a s p u r a s , es decir, á u n a c i e n c i a del ó r d e n p u r a m e n t e
ideal. A u n q u e tal v e z p o d r í a e n s a y a r s e lo m i s m o c o n r e l a c i o n
á otras ciencias , p o r e j e m p l o á la metafísica , n o lo h a r é ,
p o r q u e e n s a l i e n d o d e las m a t e m á t i c a s , y a es difícil e n c o n
trar u n t e r r e n o d o n d e n o h a y a o p i n i o n e s o p u e s t a s . A d e m á s ,
q u e e n h a b i e n d o m a n i f e s t a d o hasta q u é p u n t o es a d m i s i b l e
el s i s t e m a d e V i c o e n las ciencias m a t e m á t i c a s , q u e d a r á n
t a m b i e n resueltas las dificultades q u e p u e d e h a b e r e n lo que.
c o n c i e r n e á otros r a m o s .
306. El e n t e n d i m i e n t o c o n s t r u y e e n u n ó r d e n p u r a m e n t e
ideal, es i n n e g a b l e ; y e n esto c o n v i e n e n t o d a s las es c uel as .
N a d i e d u d a d e q u e la r a z o n supone1, c o m b i n a , c o m p a r a , d e
 - 1 8 5 -
d u c e : o p e r a c i o n e s q u e n o p u e d e n c o n c e b i r s e si n u n a e s p e c i é
d e c o n s t r u c c i o n intelectual. E n este c a s o el e n t e n d i m i e n t o
s a b e lo q u e h a c e , p o r q u e s u o b r a le está p r e s e n t e ; c u a n d o
c o m b i n a s a b e lo q u e c o m b i n a , c u a n d o c o m p a r a y d e d u c e ,
s a b e lo q u e d e d u c e y c o m p a r a , c u a n d o estriba e n ciertas s u
p o s i c i o n e s q u e él m i s m o h a establecido, s a b e e n q u é con sis
t e n , p u e s se a p o y a e n ellas.
307. El e n t e n d i m i e n t o c o n o c e lo q u e h a c e , p e r o c o n o c e
m a s d e lo q u e h a c e ; h a y v e r d a d e s q u e n o s o n ni p u e d e n s e r
s u o b r a , p u e s q u e s o n el c i m i e n t o d e t o d a s s u s o b r a s : p o r
e j e m p l o el pri nci pi o d e c o n t r a d i c c i ó n . ¿ P u e d e d e c i r s e q u e
la i m p o s i b i l i d a d d e ser y n o se r u n a c o s a á u n m i s m o t i e m
p o , s e a o b r a d e n u e s t r a r a z o n ? n o c i e r t a m e n t e . L a r a z o n
m i s m a es i m p o s i b l e si el pr i nc i pi o n o está s u p u e s t o y a ; el
e n t e n d i m i e n t o le e n c u e n t r a e n sí p r o p i o c o m o u n a l ey a b
s o l u t a m e n t e n e c e s a r i a , c o m o u n a c o n d i c i o n sine q u a n o n d e
t o d o s s u s actos. H é a q u í fallido el criterio d e V i c o : « e l e n
t e n d i m i e n t o solo c o n o c e la v e r d a d q u e h a c e ; » sin e m b a r g o
la v e r d a d del pri nc ip i o d e c o n t r a d i c c i o n , el e n t e n d i m i e n t o
la c o n o c e y n o la hace.
308. L o s h e c h o s d e c o n c i e n c i a s o n c o n o c i d o s p o r la ra
z o n , n o o b s t a n t e d e q u e n o s o n s u o b r a . Estos h e c h o s á m a s
d e estar p r e s e n t e s á la c o n c i e n c i a , s o n objeto d e las c o m b i
n a c i o n e s d e la r a z o n ; h é a q u í otro c a s o e n q u e falla el cri
terio d e Vico.
309. A u n e n las c o s a s q u e s o n o b r a p u r a m e n t e intelec
tual , el e n t e n d i m i e n t o c o n o c e lu q u e h a c e , p e r o n o h a c e lo
q u e q u i e r e ; d e lo c o n t r a r i o seria m e n e s t e r d e c i r q u e las
c i e n c i a s s o n a b s o l u t a m e n t e arbitrarias; e n v e z d e los resul
t a d o s g e o m é t r i c o s q u e t e n e m o s a h o r a , p o d r í a m o s t e n e r tan
tos otros c u a n t o s s o n los h o m b r e s q u e p i e n s a n e n líneas , s u
perficies y sólidos. E s t o ¿ q u é i n d i c a ? q u e la r a z o n está s o m e
tida á ciertas leyes , q u e s u s c o n s t r u c c i o n e s están ligadas &
c o n d i c i o n e s d e q u e n o se p u e d e prescindir: u n a d e ellas e s
el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , al c u a l n o se p u e d e faltar n u n
c a s o p e n a d e a n o n a d a r t o d o c o n o c i m i e n t o . E s v e r d a d q u e s e
llega á s a c a r el v o l u m e n d e u n a esfera p o r m e d i o d e u n a s é -
rie d e c o n s t r u c c i o n e s intelectuales; p e r o y o p r e g u n t o : ¿ p u e
d e n d o s e n t e n d i m i e n t o s llegar á d o s v a l o r e s d i f e r e n t e s ? n ó ,
e s t o es a b s u r d o ; s e g u i r á n q u i z á s d i v e r s o s c a m i n o s , e x p r e s a
 — 1 8 6 —
r á n s u s d e m o s t r a c i o n e s y s u s r e s u l t a d o s d e distiutas m a n e
r a s , p e r o el v a l o r es el m i s m o ; si h a y d i f e r e n c i a , h a y e r r o r
p o r u n a ú otra parte.
310. P r o f u n d i z a n d o la m a t e r i a se e c h a d e v e r q u e la c o n s
t r u c c i o n intelectual d e q u e n o s h a b l a V i c o , es u n a c o s a g e
n e r a l m e n t e a d m i t i d a . L o q u e h a y d e n u e v o e n el s i s t e m a d e
este filósofo s o n d o s co sa s, u n a b u e n a y otra m a l a : la b u e n a ,
es el h a b e r i n d i c a d o u n a d e las r a z o n e s d e la c e r t e z a d e las
m a t e m á t i c a s y d e m á s c i e n c i a s d e u n ó r d e n p u r a m e n t e ideal;
la m a l a es el h a b e r e x a g e r a d o el v a l o r d e s u criterio.
H e d i c h o q u e el s i s t e m a del filósofo n a p o l i t a n o e x p r e s a b a
u n h e c h o g e n e r a l m e n t e r e c o n o c i d o , m a s q u e p o r s u p a r t e lo
h a b i a e x a g e r a d o . N o c a b e d u d a e n q u e el e n t e n d i m i e n t o c r e a
e n a l g u n m o d o las ciencias ideales, p e r o ¿ d e q u é m a n e r a ?
n o d a otra s i n o t o m a n d o p o s t u l a d o s , y c o m b i n a n d o los datos
d e varias m a n e r a s . A q u í se a c a b a s u f u e r z a creatriz; p o r q u e
e n e s o s p o s t u l a d o s y e n esas c o m b i n a c i o n e s e n c u e n t r a v e r
d a d e s n e c e s a r i a s q u e él n o h a puesto.
¿ Q u é es el t r i á n g u l o e n el ó r d e n p u r a m e n t e i d ea l ? u n a c r e a
c i o n del e n t e n d i m i e n t o : él es q u i e n d i s p o n e las líneas e n f o r m a
t r i a n g u l a r , él es q u i e n , salva e s a m i s m a f o r m a , la m o d i f i c a
d e infinitas m a n e r a s . H a s t a a q u í n o h a y m a s q u e u n p o s t u l a
d o y diferentes c o m b i n a c i o n e s d el m i s m o . P e r o las p r o p i e
d a d e s del t riá ng ulo d i m a n a n p o r a b s o l u t a n e c e s i d a d d e las
c o n d i c i o n e s del m i s m o p o s t u l a d o ; estas p r o p i e d a d e s el e n
t e n d i m i e n t o n o las h a c e , las e n c u e n t r a . El e j e m p l o del trián
g u l o es aplicable á t o d a la g e o m e t r í a . El e n t e n d i m i e n t o t o m a
u n p o s t u l a d o , esta es s u o b r a libre , c o n tal q u e n o se p o n g a
e n l u c h a c o n el pr in cipi o d e c o n t r a d i c c i o n ; d e este p o s t u l a
d o d i m a n a n c o n s e c u e n c i a s a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i a s , i n d e
p e n d i e n t e s d e la a c c i o n intelectual , q u e e n c i e r r a n u n a v e r
d a d a b s o l u t a c o n o c i d a p o r el e n t e n d i m i e n t o m i s m o . P o r c o n
s i g u i e n t e c o n r e s p e c t o á ellas, es falso el d e c i r q u e las h a c e .
U n h o m b r e p o n e u n c u e r p o e n tal disposicion q u e a b a n d o
n a d o á s u g r a v e d a d c a e al s u e l o ; ¿ e s el h o m b r e q u i e n le d a
la f u e r z a d e c a e r ? n o p o r cierto, s i n o la n a t u r a l e z a . L o q u e
el h o m b r e h a c e es p o n e r la c o n d i c i o n b a j o la c u a l la f u e r z a
d e g r a v e d a d p u e d a p r o d u c i r s u s efectos: d e s d e q u e la c o n
d i c i o n existe , la c a í d a es inevitable. H é a q u í u n a s e m e j a n z a
q u e m a n i f i e s t a c o n c l a r i d a d y e x a c t i t u d lo q u e s u c e d e e n el
 lOJ —
o r d e n p u r a m e n t e ideal: el e n t e n d i m i e n t o p o n e las c o n d i c i o
n e s , p e r o d e estas d i m a n a n otras v e r d a d e s , n o hechas p o r el
e n t e n d i m i e n t o , s i n o c o n o c i d a s ; esta v e r d a d es a b s o l u t a , e s
c o m o si d i j é r a m o s la f u e r z a d e g r a v e d a d e n el o r d e n d e las
ideas. H é a q u í d e s l i n d a d o lo q u e h a y d e a d m i s i b l e é i n a d m i
sible e n el s i s t e m a d e V i c o . A d m i s i b l e , la f u e r z a d e c o m b i n a
c i o n , h e c h o g e n e r a l m e n t e r e c o n o c i d o ; i n a d m i s i b l e , la e x a
g e r a c i o n d e este h e c h o e x t e n d i d o á t o d a s las v e r d a d e s , c u a n d o
s o l o c o m p r e n d e los p o s t u l a d o s e n s u s varias c o m b i n a c i o n e s .
E n las reglas a l g e b r á i c a s h a y u n a parte d e c o n v e n c i o n a l ,
e n c u a n t o se refieren á la expresion; p o r q u e es e v i d e n t e q u e
esta p o d r í a h a b e r sido diferente. P e r o s u p u e s t a la e x p r e s i o n ,
el d e s a r r o l l o d e las reglas, n o es c o n v e n c i o n a l , s i n o n e c e s a -
a n
rio. E n la m i s m a e x p r e s i o n — , claro es q u e el n ú m e r o d e v e
c e s q u e la c a n t i d a d a e n t r a p o r factor, p o d í a h a b e r s e e x p r e
s a d o d e infinitas m a n e r a s ; p e r o s u p u e s t o q u e se h a a d o p t a d o
la p r e s e n t e , n o es c o n v e n c i o n a l la regla s i n o a b s o l u t a m e n t e
n e c e s a r i a ; p u e s q u e s e a c u a l f u e r e la e x p r e s i o n , s i e m p r e es
cierto q u e la division d e u n a c a n t i d a d p o r sí m i s m a c o n dis
tintos e x p o n e n t e s , d a p o r r e s u l t a d o l a d i s n i i n u c i o n del n ú m e
r o d e v e c e s q u e e n t r a p o r factor; lo q u e se significa p o r la
resta d e los e x p o n e n t e s ; y p o r tanto , si el n ú m e r o d e v e c e s
es igual e n el d i v i d e n d o y e n el divisor , el r e s u l t a d o h a d e
s e r = 0 . P o r d o n d e se e c h a d e v e r , q u e a u n e n el álgebra,
lo q u e h a c e el e n t e n d i m i e n t o es p o n e r las c o n d i c i o n e s , y
e x p r e s a r l a s c o m o m e j o r le p a r e c e : m a s a q u í c o n c l u y e s u
o b r a libre , p u e s d e estas c o n d i c i o n e s resultan v e r d a d e s n e
c e s a r i a s ; él n o las h a c e , solo las c o n o c e .
El m é r i t o d e V i c o e n este p u n t o consiste e n h a b e r e m i t i d o
u n a i d e a m u y l u m i n o s a s o b r e la c a u s a d e la m a y o r c e r t e z a
e n las ciencias p u r a m e n t e ideales. E n estas el e n t e n d i m i e n t o
p o n e él p r o p i o las c o n d i c i o n e s bajo las c u a l e s h a d e l e v a n t a r
el edificio; él e s c o g e , p o r decirlo así, el t e r r e n o , f o r m a el
p l a n , y l e v a n t a las c o n s t r u c c i o n e s c o n a r r e g l o á este ; e n el
o r d e n real este t e r r e n o le es p r e v i a m e n t e s e ñ a l a d o , así c o m o
el p l a n del edificio y los m a t e r i a l e s c o n q u e lo h a d e levantar.
E n a m b o s c a s o s está s o m e t i d o á las l e y e s g e n e r a l e s d e la r a
z o n ; p e r o c o n la d i f e r e n c i a d e q u e e n el ó r d e n p u r a m e n t e
ideal, h a d e a t e n d e r á esas l e y e s y á n a d a m a s ; p e r o e n el real,
 — 1 8 8 -
n o p u e d e p r e s c i n d i r d e los objetos c o n s i d e r a d o s e n sí, y e s t á
c o n d e n a d o á sufrir t o d o s los i n c o n v e n i e n t e s q u e p o r s u n a
turaleza le o f r e c e n . A c l a r e m o s estas ideas c o n u n e j e m p l o . Si
q u i e r o d e t e r m i n a r la r e l a c i o n d e los l a d o s d e u n t r i á n g u l o
b a j o ciertas c o n d i c i o n e s , m e b a s t a s u p o n e r l a s y a t e n e r m e á
ellas; el t r i á n g u l o ideal e s e n m i e n t e n d i m i e n t o u n a c o s a e n
t e r a m e n t e e x a c t a y a d e m á s fija: si le s u p o n g o i s ó s c e l e s c o n
la r e l a c i o n d e los lados á la b a s e c o m o d e c i n c o á tres , esta
r a z o n es a b s o l u t a , i n m u t a b l e , m i e n t r a s y o n o altere el s u
p u e s t o ; e n todas las o p e r a c i o n e s q u e h a g a s o b r e estos datos
p u e d o e n g a ñ a r m e e n el cálculo, p e r o el e r r o r n o p r o v e n d r á
d e la i n e x a c t i t u d d e los datos. El e n t e n d i m i e n t o c o n o c e bien,
p o r q u e lo c o n o c i d o es s u m i s m a o b r a . Si el t r i á n g u l o n o e s
p u r a m e n t e ideal s i n o r e a l i z a d o s o b r e el p a p e l ó e n el t e r r e n o ,
el e n t e n d i m i e n t o v a c i l a ; p o r q u e las c o n d i c i o n e s q u e él fija
c o n t o d a e x a c t i t u d e n el ó r d e n ideal, n o p u e d e n s er trasla
d a d a s d e la m i s m a m a n e r a al ó r d e n real; y a u n c u a n d o l o fue
s e n , el e n t e n d i m i e n t o c a r e c e d e m e d i o s p a r a apreciarlo. H é
a q u í p o r q u é d i c e V i c o c o n m u c h a v e r d a d , q u e n u e s t r o s c o
n o c i m i e n t o s p i e r d e n e n c e r t e z a á p r o p o r c i o n q u e se alejan
d e l ó r d e n ideal y se e n g o l f a n e n la r e a l i d a d d e las cosas.
311. D u g a l d S t e w a r d se a p r o v e c h a r í a p r o b a b l e m e n t e d e
esta d o c t r i n a d e V i c o al e x p l i c a r la c a u s a d e la m a y o r certe
z a d e las c i e n c i a s m a t e m á t i c a s . D i c e q u e esta n o s e f u n d a e n
los a x i o m a s s i n o e n las definiciones; es d ec i r, q u e c o n c o r
ta d i f e r e n c i a , v i e n e á p a r a r al s i s t e m a del filósofo n a p o l i t a n o
d e q u e las m a t e m á t i c a s s o n las ciencias m a s ciertas, p o r q u e
s o n u n a c o n s t r u c c i o n intelectual f u n d a d a e n ciertas c o n d i
c i o n e s q u e el m i s m o e n t e n d i m i e n t o p o n e , y q u e e s t á n e x
p r e s a d a s p o r la definicion.
314. E s t a d i f e r e n c i a e n t r e el ó r d e n p u r a m e n t e ideal y el
real n o se h a b i a e s c a p a d o á los filósofos escolásticos. E r a c o
m u n e n t r e ellos el d i c h o d e q u e d e los c o n t i n g e n t e s y parti
c u l a r e s n o h a y c i e n c i a , q u e las c i e n c i a s solo s o n d e las c o s a s
n e c e s a r i a s y u n i v e r s a l e s : sustituid á la p a l a b r a c o n t i n g e n t e
la d e real, p u e s t o d a r e a l i d a d finita es c o n t i n g e n t e ; e n v e z d e
u n i v e r s a l p o n e d ideal, p u e s lo p u r a m e n t e ideal es t o d o u n i
versal; y e n c o n t r a r e i s e x p r e s a d o lo m i s m o c o n distintas p a
labras. Difícil es d e s l i n d a r h a s t a q u é p u n t o se h a y a n a p r o
v e c h a d o los filósofos m o d e r n o s d e las d o c t r i n a s d e los e s c o
 - 1 8 9 —
lásticos e n lo t o c a n t e á la distincion e n t r e los c o n o c i m i e n t o s
p u r o s y los e m p í r i c o s ; p e r o lo cierto es q u e e n las o b r a s d e
los escolásticos se h a l l a n s o b r e estas c u e s t i o n e s , pasajes s u
m a m e n t e l u m i n o s o s . N o f u e r a e x t r a ñ o q u e h u b i e s e n s i d o
leídos p o r a l g u n o s m o d e r n o s , p a r t i c u l a r m e n t e p o r los ale
m a n e s , c u y a l a b o r i o s i d a d es p r o v e r b i a l , e s p e c i a l m e n t e e n
lo q u e toca á las m a t e r i a s d e e r u d i c i o n (XXVII).

C A P Í T U L O X X X I I .

Criterio del sentido coman.

313. Sentido c o m u n , h é a q u í u n a e x p r e s i o n s u m a m e n t e
v a g a . C o m o todas las e x p r e s i o n e s q u e e n c i e r r a n m u c h a s y
d i f e r e n t e s ideas, la d e s e n t i d o c o m u n d e b e s er c o n s i d e r a d a
b a j o d o s a s p e c t o s , el d e s u v a l o r e t i m o l ó g i c o , y el d e s u v a
lor real. Estos d o s v a l o r e s n o s i e m p r e s o n idénticos : á v e
c e s d i s c r e p a n m u c h í s i m o ; p e r o a u n e n s u d i s c r e p a n c i a , s u e
l e n c o n s e r v a r í n t i m a s relaciones. P a r a a p r e c i a r d e b i d a m e n
te el significado d e e x p r e s i o n e s s e m e j a n t e s , es p r e c i s o n o
limitarse al s e n t i d o filosófico y n o d e s d e ñ a r s e del vulgar. E n
este ú l t i m o h a y c o n f r e c u e n c i a u n a filosofía p r o f u n d a , p o r
q u e e n tales c a s o s el s e n t i d o v u l g a r es u n a e s p e c i e d e sedi
m e n t o p r e c i o s o q u e h a d e j a d o s o b r e la p a l a b r a el tránsito d e
la r a z o n p o r e s p a c i o d e m u c h o s siglos. S u c e d e á m e n u d o
q u e e n t e n d i d o y a n a l i z a d o el s e n t i d o v u l g a r , está fijado el
s e n t i d o filosófico , y se r e s u e l v e n c o n facilidad s u m a las c u e s
ti o n es m a s intrincadas.
314. E s n o t a b l e q u e a p a r t e los s e n t i d o s c o r p o r a l e s , h a y a
o t r o criterio l l a m a d o s e n t i d o c o m u n . Sentido; esta p a l a b r a
e x c l u y e la reflexion, e x c l u y e t o d o raciocinio, t o d a c o m b i n a
cion-, n a d a d e esto tiene c a b i d a e n el significado d e la p a l a b r a
sentir. C u a n d o s e n t i m o s , el espíritu m a s b i e n se halla p a s i v o
q u e activo; n a d a p o n e d e sí p r o p i o ; n o d a , r e c i b e ; n o ej erc e
u n a a c G i o n , la sufre. Este análisis n o s c o n d u c e á u n resul
t a d o i m p o r t a n t e , el s e p a r a r d e l s e n t i d o c o m u n t o d o a q u e l l o
e n q u e el espíritu ejerce s u a c t i v i d a d , y el fijar u n o d e los
c a r a c t e r e s d e este criterio, cual es, el q u e c o n r e s p e c t o á él,
 — n i
tro h a c e m a s el e n t e n d i m i e n t o q u e s o m e t e r s e á u n a ley q u e
siente , á u n a n e c e s i d a d instintiva q u e n o p u e d e declinar.
815. C o m u n : esta p a l a b r a e x c l u y e t o d o lo i n d i v i d u a l , é
i n d i c a q u e el objeto del s e n t i d o c o m u n es g e n e r a l á t o d o s los
h o m b r e s .
L o s s i m p l e s h e c h o s d e c o n c i e n c i a s o n d e s e n t i d o , m a s n o
d e s e n t i d o c o m u n ; el espíritu los siente p r e s c i n d i e n d o d e la
objetividad y d e la g e n e r a l i d a d ; lo q u e e x p e r i m e n t a e n sí
p r o p i o es e x p e r i e n c i a e x c l u s i v a m e n t e s u y a , n a d a tiene q u e
v e r c o n la d e los d e m á s . - '
E n la p a l a b r a c o m u n , se significa q u e los objetos d e este
criterio lo s o n p a r a t o d o s los h o m b r e s , y d e c o n s i g u i e n t e se
refieren al o r d e n objetivo; p u e s q u e lo p u r a m e n t e snbjetivo,
c o m o tal, se c i ñ e á la i n d i v i d u a l i d a d , e n n a d a afecta A la
g e n e r a l i d a d . Esta o b s e r v a c i o n es tan e x a c t a q u e e n el len
g u a j e o r d i n a r i o j a m á s se l l a m a o p u e s t o al s e n t i d o c o m u n u n
f e n ó m e n o interior p o r e x t r a v a g a n t e q u e s e a , c o n tal q u e s e
e x p r e s e s i m p l e m e n t e el f e n ó m e n o y se p r e s c i n d a d e s u re
l a c i o n al objeto. A u n h o m b r e q u e dice, y o e x p e r i m e n t o tal
ó c u a l se s a c i o n , m e p a r e c e q u e v e o tal ó c u a l c o s a , n o se
le o p o n e el s e n t i d o c o m u n ; p e r o si d i c e : tal c o s a es d e tal
m a n e r a , si la a s e r c i o n es e x t r a v a g a n t e , se le objeta : esto e s
c o n t r a r i o al s e n t i d o c o m u n .
316. Y o c r e o q u e la e x p r e s i o n , s e n t i d o c o m u n , significa
u n a ley d e n u e s t r o espíritu , d i f e r e n t e e n a p a r i e n c i a s e g u n
s o n diferentes los c a s o s á q u e se aplica, p e r o q u e e n reali
d a d y á p e s a r d e s u s m o d i f i c a c i o n e s , es u n a sola , s i e m p r e
la m i s m a , y consiste e n u n a i n c l i n a c i o n n a t u r a l d e n u e s t r o
espíritu á d a r s u a s e n s o á ciertas v e r d a d e s , n o a t e s t i g u a d a s
p o r la c o n c i e n c i a , ni d e m o s t r a d a s p o r la r a z o n ; y q u e t o d o s
los h o m b r e s h a n m e n e s t e r p a r a satisfacer las n e c e s i d a d e s d e
la v i d a sensitiva, intelectual ó m o r a l . '
P o c o i m p o r t a el n o m b r e si se c o n v i e n e e el h e c h o ; s e n
tido c o m u n , s e a ó n o la e x p r e s i o n m a s a d e c u a d a p a r a signi
ficarle, es c u e s t i o n d e l e n g u a j e , n o d e filosofía. L o q u e d e
b e m o s h a c e r es e x a m i n a r si e n efecto existe esta i n c l i n a c i o n
d e q u e h a b l a m o s , bajo q u é f o r m a s se p r e s e n t a , á q u é c a s o s
se aplica, y hasta q u é p u n t o y e n q u é g r a d o p u e d e s e r c o n
s i d e r a d a c o m o criterio d e v e r d a d . '
E n la c o m p l i c a c i o n d e los actos y facultades d e n u e s t r o e s
 — m —
píritu, y e n la m u c h e d u m b r e y d i v e r s i d a d d e objetos q u e se
le o f r e c e n , claro es q u e d i c h a i n c l i n a c i o n n o p u e d e p r e s e n
tarse s i e m p r e c o n el m i s m o c a r á c t e r y q u e h a d e sufrir v a
rias m o d i f i c a c i o n e s , c a p a c e s d e h a c e r l a c o n s i d e r a r c o m o u n
h e c h o distinto, a u n q u e e n r e a l i d a d n o s e a m a s q u e el m i s
m o , t r a s f o r m a d o d e la m a n e r a c o n v e n i e n t e . El m e j o r m e d i o
d e evitar la c o n f u s i o n d e ideas , es d e s l i n d a r los va r io s c a s o s
e n q u e tiene c a b i d a el ejercicio d e esta inclinacion.
317. D e s d e l u e g o la e n c o n t r a m o s c o n r e s p e c t o á las v e r
d a d e s d e e v i d e n c i a i n m e d i a t a . El e n t e n d i m i e n t o n o las p r u e b a
ni las p u e d e p r o b a r , y sin e m b a r g o necesita asentir á ellas
s o p e n a d e e x t i n g u i r s e , c o m o u n a luz q u e c a r e c e d e p á b u l o .
P a r a la v i d a intelectual es c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e la p o s e
s i o n d e u n a ó m a s v e r d a d e s p r i m i t i v a s ; sin ellas la inteli
g e n c i a es u n a b s u r d o . N o s e n c o n t r a m o s p u e s c o n u n c a s o c o m
p r e n d i d o e n la definicion del s e n t i d o c o m a n : i m p o s i b i l i d a d
d e p r u e b a ; n e c e s i d a d intelectual q u e se h a d e satisfacer c o n
el a s e n s o ; irresistible y u n i v e r s a l i n c l i n a c i o n á d i c h o a s e n s o .
¿ H a y a l g u n i n c o n v e n i e n t e e n d a r á esta i n c l i n a c i o n el
n o m b r e d e s e n t i d o c o m u n ? p o r m i parte n o d i s p u t a r é d e p a
l a b r a s , c o n s i g n o el h e c h o , y n o necesito n a d a m a s e n el ter
r e n o d e la filosofía. C o n v e n g o e n q u e al tratarse d e la evi
d e n c i a i n m e d i a t a , la i n c l i n a c i o n al a s e n s o n o s u e l e l l a m a r s e
s e n t i d o c o m u n : esto n o c a r e c e d e r a z o n . P a r a q u e se a p l i q u e
c o n p r o p i e d a d el n o m b r e d e sentido, es n e c e s a r i o q u e el e n
t e n d i m i e n t o m a s b i e n sienta q u e c o n o z c a , y e n la e v i d e n c i a
i n m e d i a t a m a s b i e n c o n o c e q u e siente. C o m o q u i e r a , repito
q u e el n o m b r e n a d a i m p o r t a , a u n q u e n o seria difícil e n c o n
trar a l g u n a u t o r g r a v e q u e h a d a d o al criterio d e e v i d e n c i a
el título d e s e n t i d o c o m u n ; lo q u e d e s e o es c o n s i g n a r e s a
ley d e n u e s t r a n a t u r a l e z a q u e n o s inclina á d a r a s e n s o á
ciertas v e r d a d e s , i n d e p e n d i e n t e s d e la c o n c i e n c i a y del ra
ciocinio.
N o es solo la e v i d e n c i a i n m e d i a t a la q u e tiene e n s u f a v o r
la irresistible i n c l i n a c i o n d e la n a t u r a l e z a ; lo p r o p i o se v e
rifica e n la m e d i a t a . N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o asiente p o r n e
c e s i d a d , n o solo a los p r i m e r o s principios, si q u e t a m b i e n
á t o d a s las p r o p o s i c i o n e s e n l a z a d a s c l a r a m e n t e c o n ellos.
318. E s t a n a t u r a l i n c l i n a c i o n al a s e n s o , n o s e limita al
v a l o r subjetivo d e las ideas, se e x t i e n d e t a m b i é n al objetivo.
 — 1 9 2 —
Y a se h a visto q u e es a objetividad t a m p o c o e s d e m o s t r a b l e
d i r e c t a m e n t e y á p r i o r i , n o o b s t a n t e q u e la n e c e s i t a m o s . Si
n u e s t r a inteligencia n o se h a d e limitar á u n m u n d o p u r a m e n
te ideal y subjetivo, es p r e c i s o q u e n o solo s e p a m o s q u e l a s
c o s a s n o s parecen tales c o n e v i d e n c i a i n m e d i a t a ó m e d i a t a ,
s i n o q u e son e n r e a l i d a d c o m o n o s p a r e c e n . H a y p u e s n e c e
s i d a d d e asentir á la objetividad d e las ideas, y n o s h a l l a m o s
c o n la irresistible y u n i v e r s a l i n c l i n a c i o n á este a s e n s o .
319. L o d i c h o d e la e v i d e n c i a m e d i a t a é i n m e d i a t a c o n
r e s p e c t o al valor objetivo d e las i d ea s , tiene l u g a r n o solo
e n el ó r d e n p u r a m e n t e intelectual s i n o t a m b i e n e n el m o r a l .
El espíritu, d o l a d o c o m o está d e libertad, h a m e n e s t e r re
g l a s p a r a d i r i g i r s e ; si los p r i m e r o s p r i n c i p i o s i n t e l e c t u a l e s
s o n n e c e s a r i o s p a r a c o n o c e r , n o lo s o n m e n o s los m o r a l e s
p a r a q u e r e r y o b r a r ; lo q u e s o n p a r a el e n t e n d i m i e n t o la
v e r d a d y el e r r o r , s o n p a r a la v o l u n t a d el b i e n y el m a l . A
m a s d e la v i d a del e n t e n d i m i e n t o , h a y la v i d a d e la v o l u n t a d :
a q u e l se a n o n a d a si c a r e c e d e p r i n c i p i o s e n q u e p u e d a e s
tribar; esta p e r e c e t a m b i e n c o m o s er m o r a l , ó es u n a m o n s
t r u o s i d a d i n c o n c e b i b l e , si n o tiene n i n g u n a regla c u y a o b
s e r v a n c i a ó q u e b r a n t a m i e n t o c o n s t i t u y a s u p e r f e c c i o n ó i m
p e r f e c c i o n . H é a q u í otra n e c e s i d a d de l a s e n s o á ciertas v e r
d a d e s m o r a l e s , y h é a q u í p o r q u e e n c o n t r a m o s t a m b i e n e s a
irresistible y u n i v e r s a l i n c l i n a c i o n al a s e n s o .
Y es d e n o t a r , q u e c o m o e n el ó r d e n m o r a l n o basta c o
n o c e r , s i n o q u e es n e c e s a r i o o b r a r , y u n o d e los p r i n c i p i o s
d e a c c i o n es el s e n t i m i e n t o , las v e r d a d e s m o r a l e s n o solo
s o n c o n o c i d a s s i n o t a m b i e n s e n t i d a s : c u a n d o se o f r e c e n al
espíritu, el e n t e n d i m i e n t o a s i e n t e á ellas c o m o á i n c o n c u s a s ,
y el c o r a z o n las a b r a z a c o n e n t u s i a s m o y c o n a m o r .
320. L a s s e n s a c i o n e s c o n s i d e r a d a s c o m o p u r a m e n t e s u b
jetivas, t a m p o c o b a s t a n p a r a las n e c e s i d a d e s d e la v i d a s e n
sitiva. E s p r e c i s o q u e e s t e m o s s e g u r o s d e la c o r r e s p o n d e n c i a
d e n u e s t r a s s e n s a c i o n e s c o n u n m u n d o exterior , n o p u r a
m e n t e f e n o m e n a l , s i n o real y v e r d a d e r o . El c o m u n d e los
h o m b r e s n o p o s e e ni la c a p a c i d a d ni el t i e m p o q u e s o n m e
n e s t e r p a r a ventilar las c u e s t i o n e s filosóficas s o b r e la exis
tencia d e los c u e r p o s , y decidirlas e n p r o ó e n c o n t r a d e B e r -
k e l e y y s u s s e c u a c e s : lo q u e n e c e s i t a es estar e n t e r a m e n t e se"
g u r o d e q u e los c u e r p o s existen , d e q u e las s e n s a c i o n e s tie
 - 1 9 3 —
n e n e n r e a l i d a d u n objeto e x t e r n o . E s t a s e g u r i d a d la p o s e e n
t o d o s los h o m b r e s , a s i n t i e n d o á la objetividad d e las s e n s a
c i o n e s , esto es, á la e x i s t e n c i a d e los c u e r p o s , c o n a s e n s o
irresistible.
321. L a fe e n la a u t o r i d a d h u m a n a n o s o f r e c e otro c a s o d e
-este instinto a d m i r a b l e . El i n d i v i d u o y la s o c i e d a d n e c e s i t a n
e s a fe; sin ella , la s o c i e d a d y la familia s e r i a n i m p o s i b l e s ;
el m i s m o i n d i v i d u o estaría c o n d e n a d o al a i s l a m i e n t o , y p o r
t a n t o á la m u e r t e . S i n la fe e n la p a l a b r a d e l h o m b r e , el li
naje h u m a n o d e s a p a r e c e r í a . Esta c r e e n c i a tiene distintos
g r a d o s s e g u n las diferentes c i r c u n s t a n c i a s , p e r o existe s i e m
p r e ; el h o m b r e se inclina á c r e e r al h o m b r e p o r u n instinto
natural. C u a n d o s o n m u c h o s los h o m b r e s q u e h a b l a n , y n o
t i e n e n c o n t r a sí otros q u e h a b l a n e n s e n t i d o o p u e s t o , la fuer
z a d e la i n c l i n a c i o n es m a y o r á p r o p o r c i o n q u e es m a y o r el
n ú m e r o d e los testigos, h a s t a llegar á u n p u n t o e n q u e e s
irresistible : ¿ q u i é n d u d a d e q u e existe C o n s t a n t i n o p l a ? y sin
e m b a r g o los m a s , solo lo s a b e m o s p o r la p a l a b r a d e otros
h o m b r e s .
¿ E n q u é se f u n d a la fe e n la a u t o r i d a d h u m a n a ? las r a z o
n e s filosóficas q u e se p u e d e n s e ñ a l a r n o las c o n o c e el c o m u n
.de los h o m b r e s ; m a s p o r esto s u fe n o deja d e s er i g u a l m e n t e
-viva q u e la d e los filósofos. ¿ C u á l es la c a u s a ? es q u e h a y
u n a n e c e s i d a d , y á s u l a d o el instinto p a r a satisfacerla ; el
' h o m b r e n e c e s i t a c r e e r al h o m b r e , y le cree. Y n ó t e s e bien,
. c u a n t o m a y o r es la n e c e s i d a d tanto m a y o r es la fe : los m u y
i g n o r a n t e s , los i m b é c i l e s , c r e e n t o d o lo q u e se les d i c e ; s u
g u i a está e n los d e m á s h o m b r e s , y ellos la s i g u e n á ciegas;
el t i e r n o n i ñ o q u e n a d a c o n o c e p o r si p r o p i o , c r e e c o n a b s o
luto a b a n d o n o las m a y o r e s e x t r a v a g a n c i a s ; la p a l a b r a d e
c u a n t o s le r o d e a n es p a r a él u n infalible criterio d e v e r d a d .
322. A m a s d e los p r i m e r o s p r i n c i p i o s intelectuales y m o
rales, d e la objetividad d e las ideas y s e n s a c i o n e s , y del v a
l o r d e la a u t o r i d a d h u m a n a , n e c e s i t a el h o m b r e el a s e n s o ,
i n s t a n t á n e o á ciertas v e r d a d e s q u e , si b i e n c o n la a y u d a del
t i e m p o p o d r í a d e m o s t r a r , n o le e s p e r m i t i d o h a c e r l o , a t e n
d i d o el m o d o r e p e n t i n o c o n q u e se le o f r e c e n , e x i g i e n d o
f o r m a c i o n d e juicio y á v e c e s accion. P a r a t o d o s estos c a s o s
h a y u n a i n c l i n a c i o n n a t u r a l q u e n o s i m p e l e al a s e n s o .
D e a q u í d i m a n a el q u e j u z g u e m o s i n s t i n t i v a m e n t e p o r i m -
t . i. 1 3
 — I m
p o s i b l e ó p o c o m e n o s q u e i m p o s i b l e , o b t e n e r u n efecto d e
t e r m i n a d o p o r u n a c o m b i n a c i o n fortúita : p o r e j e m p l o el
f o r m a r u n a p á g i n a d e Virgilio a r r o j a n d o á la v e n t u r a a l g u
n o s c a r a c t e r e s d e i m p r e n t a ; el d a r e n u n b l a n c o p e q u e ñ í s i
m o sin a p u n t a r h á c i a él , y otras c o s a s s e m e j a n t e s . ¿ B a y a q u í
u n a r a z o n filosófica? c i e r t a m e n t e ; p e r o n o es c o n o c i d a d e l
v u l g o . Esta r a z o n se e v i d e n c i a e n la teoría d e las p r o b a b i l i
d a d e s , y es u n a a p l i c a c i o n instintiva del p r i n c i p i o d e c a u
s a l i d a d y d e la n a t u r a l o p o s i c i o n d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o
á s u p o n e r efecto c u a n d o n o h a y c a u s a , ó r d e n c u a n d o n o h a y
inteligencia o r d e n a d o r a .
3t3. E n la v i d a h u m a n a s o n n e c e s a r i o s e n infinitos c a s o s
los a r g u m e n t o s d e analogía. ¿ C ó m o s a b e m o s q u e el sol sal
d r á m a ñ a n a ? p o r las leyes d e la naturaleza. ¿ C ó m o s a b e m o s -
q u e c o n t i n u a r á n r i g i e n d o ? claro es q u e al fin h e m o s d e p a
r a r á la a n a l o g í a : saldrá m a ñ a n a p o r q u e h a salido h o y , y
salió a y e r , y n o h a faltado n u n c a . ¿ C ó m o s a b e m o s q u e la
p r i m a v e r a t rae rá c o n s i g o las flores , y el o t o ñ o los frutos?"
p o r q u e así s u c e d i ó e n los a ñ o s anteriores. L a s r a z o n e s q u e
s e p u e d e n a l e g a r f u n d a n d o el a r g u m e n t o d e a n a l o g í a e n la.
c o n s t a n c i a d e las leyes d e la n a t u r a l e z a y e n la r e l a c i o n d e
ciertas c a u s a s físicas c o n d e t e r m i n a d o s efectos , n o las c o
n o c e el c o m u n d e los h o m b r e s ; p e r o necesita el a s e n s o , y le
tiene.
324. E n t o d o s los c a s o s q u e a c a b o d e e n u m e r a r la incli
n a c i o n al a s e n s o se p u e d e l l a m a r y se l l a m a e n r e a l i d a d s e n
tido c o m u n , e x c e p t o q u i z á s el d e la e v i d e n c i a i n m e d i a t a . L a
r a z o n d e q u e esta se e x c e p t ú e es q u e e n ella, si b i e n n o c a
b e d e m o s t r a c i o n , h a y sin e m b a r g o vision c l a r í s i m a d e que-
el p r e d i c a d o está c o n t e n i d o e n la i d e a del sujeto ; p e r o e n
los d e m á s c a s o s n o h a y ni la d e m o s t r a c i o n , ni e s a vision: el
h o m b r e asiente p o r u n i m p u l s o natural ; c u a n d o se le ob je ta
a l g o c o n t r a s u c r e e n c i a n o l l a m a la a t e n c i o n s o b r e el c o n
c e p t o , c o m o s u c e d e e n la e v i d e n c i a i n m e d i a t a ; se halla c o m
p l e t a m e n t e d e s c o n c e r t a d o , sin s a b e r q u é r e s p o n d e r ; e n t o n
c e s aplica á la o b j e c i o n , n o el n o m b r e d e e r r o r ni d e a b s u r
d o , sino d e d e s p r o p ó s i t o , d e c o s a c o n t r a r i a al s e n t i d o c o m u n .
V e á m o s l o e n a l g u n o s e j e m p l o s . S u p ó n g a s e á la vista u a
g r a n m o n t o n d e a r e n a e n el c u a l se arroja al a c a s o u n g r a n o »
m u y p e q u e ñ o , r e v o l v i e n d o e n s e g u i d a e n todas d i r e c c i o n e s :
 - 1 9 8 -
llega u n h o m b r e y d i c e : v o y á m e t e r la m a n o e n el m o n t o n
y á s a c a r al instante el g r a n o o c u l t o : ¿ q u é se le objeta á'
este h o m b r e ? ¿ q u é le r e s p o n d e n los c i r c u n s t a n t e s 7 n a d a ;
d e s c o n c e r t a d o s se m i r a r á n u n o s á otros d i c i é n d o s e d e p a l a
b r a 6 c o n la vista: ¡ q u é d e s p r o p ó s i t o ! n o tiene s e n t i d o c o
m u n . O t r o dice: t o d o lo q u e v e m o s es n a d a , ni h a y m u n d o
e x t e r n o , ni n o s o t r o s t e n e m o s c u e r p o . O t r o d i c e : e s o q u e n o s
c u e n t a n d e q u e existe u n a c i u d a d l l a m a d a L o n d r e s , n o es
v e r d a d . E n t o d o s estos c a s o s n a d i e s a b e q u é objetar: se o y e
el d e s a t i n o , s e le r e c h a z a p o r u n i m p u l s o n a t u r a l , el espí
ritu siente q u e a q u e l l o es u n d e s a t i n o sin verlo.
315. El s e n t i d o c o m u n , ¿ e s criterio s e g u r o d e v e r d a d ?
¿ l o es e n t o d o s los c a s o s ? ¿ e n c u á l e s ? ¿ q u é c a r a c t e r e s d e b e
p o s e e r p a r a s e r t e n i d o c o m o criterio infalible? esto es lo q u e
v a m o s á e x a m i n a r .
El h o m b r e n o p u e d e d e s p o j a r s e d e s u n a t u r a l e z a ; c u a n d o
esta habla, la r a z o n d i c e q u e n o se la p u e d e d e s p r e c i a r . U n a
i n c l i n a c i o n n a t u r a l es á los ojos d e la filosofía u n a c o s a m u y
respetable, p o r solo ser natural; á la r a z o n y al libre a l b e -
drfo c o r r e s p o n d e el n o dejarla extraviar. L o q u e es n a t u r a l
e n el h o m b r e n o e s s i e m p r e e n t e r a m e n t e fijo c o m o e n los
brutos. E n estos el instinto es c i e g o , p o r q u e d e b e serlo d o n
d e n o h a y r a z o n ni libertad. E n el h o m b r e las i n c l i n a c i o n e s
n a t u r a l e s están s u b o r d i n a d a s , e n s u ejercicio, á la libertad y
á lá r a z o n : p o r esto, c u a n d o se las l l a m a instintos, la pala
b r a d e b e t e n e r a c e p c i o n m u y diferente d e la q u e le d a m o s al
aplicarla á los brutos. E s t o q u e s u c e d e e n el o r d e n m o r a l , s e
verifica t a m b i e n e n el intelectual : n o solo d e b e m o s c u i d a r d e
n u e s t r o c o r a z o n s i n o t a m b i e n d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o :
a m b o s e s t á n sujetos á la ley d e perfectibilidad; el b i e n ' y el"
m a í , la v e r d a d y el e r r o r s o n los objetos q u e se n o s ofrecen;;
la n a t u r a l e z a m i s m a n o s d i c e c u á l es el s e n d e r o q u e d e b e m o s
t o m a r , p e r o n o n o s f u e r z a á t o m a r l e : d e l a n t e t e n e r n o s l a vi
d a y la m u e r t e : lo q u e n o s a g r a d a , a q u e l l o se n o s da.
316. I n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la a c c i o n d e l libre a l b e d r í o
h a y e h el h o m b r e u n a c u a l i d a d m u y á p r o p ó s i t o p a r a q u e las
i n c l i n a c i o n e s n a t u r a l e s se d e s v i e n c o n f r e c u e n c i a d e s u o b
jeto': la debilidad. A s i p u e s n o es d e e x t r a ñ a r q u e estas ih-'
c l i n á t í o n e s s e e x t r a v i e n t a n á m e n u d o , c o n d u c i é n d o n o s aj';
e r r o r e n l a g a r d e la v e r d a d ; esto h a c e m a s n e c e s a r i o el fijar
 - 1 9 6 -
los c a r a c t e r e s del s e n t i d o c o m u n , q u e p u e d a servir d e crite
rio absolutamente infa lible. . -t
327. S e ñ a l a r é las c o n d i c i o n e s q u e e n m i c o n c e p t o t i e n e
el v e r d a d e r o s e n t i d o c o m u n , q u e n o e n g a ñ a n u n c a .

, , CONDICION 1.*
L a i n c l i n a c i o n al a s e n s o es d e t o d o p u n t o irresistible , d e
m a n e r a q u e el h o m b r e ni a u n c o n la reflexion, p u e d e resis
tirle ni d e s p o j a r s e d e ella.

CONDICION l.*
D e la p r i m e r a d i m a n a la otra , & s a b e r : t o d a v e r d a d d e
s e n t i d o c o m u n es a b s o l u t a m e n t e cierta p a r a t o d o el linaje
h u m a n o .
CONDICION 3 /
T o d a v e r d a d ^ d e s e n t i d o c o m u n p u e d e sufrir el e x á m e n d e
la r a z o n .
CONDICION 4.*
T o d a v e r d a d d e s e n t i d o c o m u n tiene p o r objeto la satisfac
c i ó n d e a l g u n a g r a n n e c e s i d a d d e la v i d a sensitiva , intelec
tual ó m o r a l .
328. C u a n d o estos c a r a c t e r e s se r e u n e n , el criterio d e l
s e n t i d o c o m u n es a b s o l u t a m e n t e infalible, y se p u e d e d e s a
fiar á los escépticos á q u e s e ñ a l e n u n e j e m p l o e n q u e h a y a
fallado. A p r o p o r c i o n q u e estas c o n d i c i o n e s se r e u n e n e n m a s
alto g r a d o , el criterio del s e n t i d o c o m u n es m a s s e g u r o , d e
b i é n d o s e m e d i r p o r ellas los g r a d o s d e s u valor. E x p l i q u é -
m o s l o c o n a l g u n o s e j e m p l o s .
N o c a b e d u d a e n q u e el c o m u n d e los h o m b r e s objetiva las
s e n s a c i o n e s h a s t a el p u n t o d e trasladar á lo exterior lo m i s
m o q u e ellos sienten, sin distinguir e n t r e lo q u e h a y d e s u b
jetivo y d e objetivo. L o s colores, el linaje h u m a n o los c o n s i
d e r a e n las c o s a s m i s m a s ; p a r a él lo v e r d e n o es la s e n s a c i o n
d e lo v e r d e , s i n o u n a cierta c o s a , u n a c a l i d a d ó lo q u e s e .
 - 1 9 7 —
q u i e r a l l a m a r , i n h e r e n t e al objeto. ¿ E s así e n r e a l i d a d 7 rió
" c i e r t a m e n t e : e n el objeto e x t e r n o h a y la c a u s a d e la s e n s a
c i o n , h a y la d i s p o s i c i o n d e las partes p a r a p r o d u c i r p o r m e
d i o d e la luz e s a i m p r e s i o n q u e l l a m a m o s verde. El s e n t i d o
c o m u n n o s e n g a ñ a , y a q u e el análisis filosófico le c o n v e n c e
d e falaz. P e r o ¿ t i e n e t o d a s las c o n d i c i o n e s a r r i b a s e ñ a l a d a s ?
n ó . P o r lo p r o n t o le falta el ser c a p a z d e sufrir el e x á m e n d e
la r a z o n ; t an l u e g o c o m o se reflexiona s o b r e el particular,
se d e s c u b r e q u e h a y a q u í u n a ilusion t a n i n o c e n t e c o m o h e r
m o s a . L e falta a d e m á s al a s e n s o la c o n d i c i o n d e irresistible;
p o r q u e d e s d e el m o m e n t o e n q u e n o s c o n v e n c e m o s d e q u e
h a y ilusion, el a s e n s o deja d e existir. N o es u n i v e r s a l el
a s e n s o , p u e s n o le t i e n e n los filósofos. N o es i n d i s p e n s a b l e
p a r a satisfacer a l g u n a n e c e s i d a d d e la vida; y p o r c o n s i
g u i e n t e n o tiene n i n g u n a d e las c o n d i c i o n e s a r ri b a s e ñ a l a
das. L o q u e se h a d i c h o d e la vista p u e d e aplicarse á t o d a s
las s e n s a c i o n e s ; ¿ h a s t a q u é p u n t o s e r á v a l e d e r o p u e s el tes
t i m o n i o del s e n t i d o c o m u n e n c u a n t o n o s lleva a objetivar
la s e n s a c i o n ? hélo aquí.
P a r a las n e c e s i d a d e s d e la v i d a es n e c e s a r i a la s e g u r i d a d
d e q u e á las s e n s a c i o n e s les c o r r e s p o n d e n objetos e x t e r n o s ;
á esto a s e n t i m o s c o n i m p u l s o irresistible , t o d o s los h o m
b r e s , sin distincion a l g u n a . L a reflexion n o basta p a r a d e s
p o j a r n o s d e la i n c l i n a c i o n natural; y la r a z o n , a u n la m a s
cavilosa, si a l g u n a v e z p u e d e h a c e r vacilar los f u n d a m e n t o s
d e esta c r e e n c i a , n o a l c a n z a á c o n v e n c e r l a d e e r r ó n e a . L o s
q u e d a n m a y o r i m p o r t a n c i a á esas ca v il a ci o n es p o d r á n d e c i r
q u e n o s a b e m o s si e x i s t e n los c u e r p o s , p e r o n ó p r o b a r q u e
n o existan.
E n este p u n t o , p u e s , la i n c l i n a c i o n n a t u r a l r e u n e t o d o s
los c a r a c t e r e s p a r a e l e v a r s e al r a n g o d e criterio infalible, es
irresistible , es u n i v e r s a l , satisface u n a g r a n n e c e s i d a d d e
la v i d a y s u f r e el e x á m e n d e la r a z o n .
P o r lo q u e toca á las c a l i d a d e s , objeto directo d e la s e n s a
c i o n , n o n e c e s i t a m o s q u e existan e n los m i s m o s c u e r p o s ;
n o s b a s t a q u e e n estos h a y a a l g o q u e n o s p r o d u z c a , d e c u a l
q u i e r m o d o q u e sea, la i m p r e s i o n c o r r e s p o n d i e n t e . P o c o i m
p o r t a q u e el c o l o r v e r d e y el a n a r a n j a d o s e a n ó n o c a l i d a d e s
d e los objetos, c o n tal q u e e n ellos s e a c o n s t a n t e la c a l i d a d
q u e n o s p r o d u c e e n los c a s o s respectivos, la s e n s a c i o n d e
 - 1 9 8 —
a n a r a n j a d o <5 d e v e r d e . P a r a t o d o s l o s u s o s d e l a v i d a r e s u l t a
l o m i s m o e n u n c a s o q u e e n o t r o ; a u n c u a n d o e l a n á l i s i s fi
losófico se g e n e r a l i z a s e , n o se p e r t u r b a r í a n las r e l a c i o n e s
d e l h o m b r e c o n el m u n d o sensible. H a y q u i z á s u n a e s p e c i e
d e d e s e n c a n t o d e la n a t u r a l e z a , p u e s q u e el m u n d o d e s p o
j a d o d e las s e n s a c i o n e s n o es ni c o n m u c h o tan bello ; p e r o
el e n c a n t o c o n t i n ú a p a r a la g e n e r a l i d a d d e los h o m b r e s ; á
él está s o m e t i d o t a m b i e n el filósofo e x c e p t o e n los b r e v e s
instantes d e reflexion; y a u n e n estos, siente u n e n c a n t o d e
otro g é n e r o , al c o n s i d e r a r q u e g r a n p a r t e d e es a belleza q u e
se a t r i b u y e á los objetos la lleva el h o m b r e e n sí m i s m o , y
q u e basta el s i m p l e ejercicio d e las facultades a r m ó n i c a s d e
u n ser sensible p a r a q u e el u n i v e r s o e n t e r o se revista d e es
p l e n d o r y d e galas (XXVIII).

C A P Í T U L O X X X I I I .

E r r o r de L a - M e n n A ¡ s sobre el consentimiento c o m ú n .

3Í9. L a fe instintiva e n la a u t o r i d a d h u m a n a d e q u e h a
b l o e n el capitulo anterior , es u n h e c h o a t e s t i g u a d o p o r la
e x p e r i e n c i a y q u e n i n g u n filósofo h a p u e s t o e n d u d a . E s a fe,
dirigida p o r la r a z o n d e la m a n e r a c o n v e n i e n t e , c o n s t i t u y e
u n o d e los criterios d e v e r d a d . L o s e r r o r e s á q u e e n ciertos
c a s o s p u e d e i n d u c i r , s o n i n h e r e n t e s á la d e b i l i d a d h u m a n a ,
y e s t á n a b u n d a n t e m e n t e c o m p e n s a d o s p o r las ventajas q u e
d i c h a fe p r o d u c e al i n d i v i d u o y á la s o c i e d a d .
U n c é l e b r e escritor h a q u e r i d o r e f u n d i r t o d o s los criterios
e n el d e la a u t o r i d a d h u m a n a , a f i r m a n d o r e s u e l t a m e n t e q u e
el « c o n s e n t i m i e n t o c o m u n , sensus c o m m u n i s , es p a r a n o s
otros el sello d e la v e r d a d , y q u e n o h a y otro.» ( L a - M e n n a i s ,
E n s a y o s o b r e la indiferencia e n m a t e r i a d e religion, t o m . 2,
cap. 13.) Este s i s t e m a tan e r r ó n e o c o m o e x t r a ñ o , y e n q u e
s e c o n f u n d e n p a l a b r a s tan d i v e r s a s c o m o sensus y consensut,
está d e f e n d i d o c o n a q u e l l a e l o c u e n t e e x a g e r a c i o n q u e c a r a c
teriza al e m i n e n t e escritor ; b i e n q u e al l a d o d e la e l o c u e n
cia se e c h a d e m e n o s la p r o f u n d i d a d filosófica. L o s r e s u l t a d o s
d e s e m e j a n t e d o c t r i n a se h a l l a n p a t e n t e s e n la triste s u e r t e
 r=r 1 9 » -
q u e h a c a b i d o á t an brillante c o m o m a l o g r a d o i n g e n i o ; a b r i ó
u n a s i m a e n q u e se h u n d i a t o d a v e r d a d ; el p r i m e r o q u e se
h a s e p u l t a d o e n ella, h a s i d o él m i s m o . A p e l a r á la autori
d a d d e los d e m á s e n t o d o y p a r a t o d o , d e s p o j a r al i n d i v i d u o
d e t o d o criterio, e r a a n o n a d a r l o s t o d o s , i n c l u s o el q u e s e
p r e t e n d i a establecer.
N o se c o n c i b e c ó m o u n s i s t e m a s e m e j a n t e p u e d e t e n e r c a
b i d a e n ta n e l e v a d o e n t e n d i m i e n t o : c u a n d o se l e e n las elo
c u e n t e s p á g i n a s e n q u e está d e s e n v u e l t o , s e siente u n a p e
n a i n e x p l i c a b l e al v e r e m p l e a d o s r a s g o s t an brillantes e n r e
petir t o d a s las v u l g a r i d a d e s d e los escépticos, p a r a v e n i r á
p a r a r á la p a r a d o j a m a s i n s i g n e y al s i s t e m a m e n o s filosófico
q u e se p u e d a i m a g i n a r .
Ú n i c o criterio l l a m a L a - M e n n a i s al c o n s e n t i m i e n t o c o m u n ;
s i n e m b a r g o basta d a r u n a o j e a d a s o b r e los d e m á s p a r a c o n
v e n c e r s e d e la esterilidad del n u e v o p a r a producirlos.
330. E n p r i m e r l u g a r , el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a n o
p u e d e a p o y a r s e d e n i n g u n m o d o e n la a u t o r i d a d ajena. F o r
m a d o c o m o está p o r u n a série d e h e c h o s í n t i m a m e n t e p r e
s e n t e s á n u e s t r o espíritu , sin q u e s e a d a b l e ni a u n c o n c e b i r
s i n ellos el p e n s a m i e n t o individual , claro es q u e h a d e p r e -
existir á la a p l i c a c i o n d e t o d o criterio , p u e s q u e el criterio
e s i m p o s i b l e p a r a q u i e n n o p i e n s e .
N a d a m a s débil bajo el a s p e c t o científico, q u e la r e f u t a c i o n
q u e p r e t e n d e h a c e r M r . d e L a - M e n n a i s del p r i n c i p i o d e D e s
cartes. « C u a n d o D e s c a r t e s p a r a salir d e s u d u d a m e t ó d i c a
e s t a b l e c e esta p r o p o s i c i o n , y o pienso luego soy, salva u n abis
m o i n m e n s o , y c o l o c a e n el aire la p r i m e r a p i e d r a del edi
ficio q u e p r e t e n d e l ev an t a r; p o r q u e e n rigor n o p o d e m o s d e
cir y o p i e n s o , y o s o y : n o p o d e m o s d e c i r luego, ni a f i r m a r
n a d a p o r via d e c o n s e c u e n c i a » (Ibid.). El p r in c ip i o d e D e s
c a r t e s e r a d i g n o d e m a s d e t e n i d o e x á m e n p a r a q u i e n trataba
d e i n v e n t a r u n s i s t e m a ; o p o n e r l e q u e n o p o d e m o s d e c i r lue
go , es repetir el m a n o s e a d o a r g u m e n t o d e las e s c u e l a s ; y el
a f i r m a r q u e n o p o d e m o s decir, y o p i e n s o , es contrariar u n
h e c h o d e la c o n c i e n c i a q u e n o h a n n e g a d o los m i s m o s es
cépticos. E n el l u g a r c o r r e s p o n d i e n t e llevo e x p l i c a d o c o n la
d e b i d a e x t e n s i o n c u á l es , ó al m e n o s cuál d e b e ser, el s e n
tido del p r i n c i p i o d e D e s c a r t e s .
Si s e g u n L a - M e n n a i s , n o p o d e m o s d e c i r y o p i e n s o , m e n o s
 — « 0 0 —
p o d r e m o s d e c i r q u e p i e n s a n los d e m á s ; y c o m o el p e n s a
m i e n t o a j e n o le n e c e s i t a m o s a b s o l u t a m e n t e e n el s i s t e m a
q u e asienta p o r ú n i c o criterio el c o n s e n t i m i e n t o c o m u n , re
sulta q u e s u p r i m e r a p i e d r a la p o n e L a - M e n n a i s m a s e n el
aire q u e los q u e h a c e n estribar la filosofía e n u n h e c h o d e
c o n c i e n c i a . <
331. U n criterio, m a y o r m e n t e si tiene la p r e t e n s i o n d e
s e r el ú nic o, h a d e r e u n i r d o s c o n d i c i o n e s : n o s u p o n e r otro,
y t e n e r aplicacion á t o d o s los casos. C a b a l m e n t e el d e l c o n
s e n t i m i e n t o c o m u n es el q u e m e n o s las r e u n e ; a n t e s q u e él
está el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a ; a n t e s q u e él está t a m b i e n
el t e s t i m o n i o d e los sentidos; p u e s n o p o d e m o s s a b e r q u e
los d e m á s c o n s i e n t e n , si d e esto n o n o s c e r c i o r a n el o i d o ó
la vista.
332. Este criterio n o es posible e n estos casos, y e n m u
c h o s otros es h a r t o difícil , c u a n d o n o i m p o s i b l e del todo-
¿ H a s t a q u é p u n t o se n e c e s i t a el c o n s e n t i m i e n t o c o m u n ? si
la p a l a b r a c o m u n se refiere á t o d o el linaje h u m a n o , ¿ c ó m &
se r e c o g e n los votos d e t o d a la h u m a n i d a d ? si el c o n s e n t i
m i e n t o n o d e b e ser u n á n i m e , ¿ h a s t a q u é p u n t o la c o n t r a d i c
c i o n ó el s i m p l e n o a s e n t i m i e n t o d e a l g u n o s , destruirá la
l e g i t i m i d a d del criterio?
333. El o r i g e n del e r r o r d e L a - M e n n a i s está e n q u e t o m ó
el efecto p o r la c a u s a , y la c a u s a p o r el efecto. V i ó q u e h a y
ciertas v e r d a d e s e n q u e c o n v i e n e n to d os , y dijo: la g a r a n t í a
del acierto d e c a d a u n o , está e n el c o n s e n t i m i e n t o d e la to
talidad. A n a l i z a n d o b i e n la m a t e r i a h u b i e r a n o t a d o q u e la
r a z o n d e la s e g u r i d a d del i n d i v i d u o , n o n a c e del c o n s e n t i
m i e n t o d e los d e m á s , s i n o q u e p o r el c on t ra r i o la r a z o n d e
q u e c o n v i e n e n t o d o s , es q u e c a d a u n o d e p o r si se siente
o b l i g a d o á c o n v e n i r . E n e s a g r a n v o t a c i o n del linaje h u m a
n o , v o t a c a d a u n o e n cierto s e n t i d o , p o r el i m p u l s o m i s m o
d e la n a t u r a l e z a ; y c o m o t o d o s e x p e r i m e n t a n el m i s m o i m
pulso, t o d o s v o t a n d e la m i s m a m a n e r a . L a - M e n n a i s h a d i c h o :
c a d a u n o v o t a d e u n m i s m o m o d o p o r q u e t o d o s v o t a n así; n o
a d v i r t i e n d o q u e d e esta s u e r t e la v o t a c i o n n o p o d r í a a c a b a r
ni a u n c o m e n z a r . Esta c o m p a r a c i o n n o es u n a o c u r r e n c i a
satírica, es u n a r g u m e n t o r i g u r o s a m e n t e filosófico á q u e n a
d a se p u e d e contestar; él b a s t a p a r a p o n e r d e m a n i f i e s t o lo
i n f u n d a d o y contradictorio del s i s t e m a d e L a - M e n n a i s , as
 — 2 0 1 —
c o m o i n d i c a p o r otra parte el o r i g e n d e la e q u i v o c a c i o n , q u e
consiste e n t o m a r el efecto p o r la causa.
334. L a - M e n n a i s a p e l a al t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a p a r a
p r o b a r q u e s u criterio es el ú n i c o : y o c r e o q u e este t e s t i m o
n i o e n s e ñ a t o d o lo contrario. ¿ Q u i é n h a e s p e r a d o j a m á s la
a u t o r i d a d d e los otros p a r a c e r c i o r a r s e d e la existencia d e
los c u e r p o s ? ¿ n o v e m o s q u e los m i s m o s b r u t o s e n f u e rza d e
u n instinto n a t u r a l objetivan á s u m o d o las s e n s a c i o n e s ? P a
r a p r e s t a r a s e n s o á la p a l a b r a d e los h o m b r e s , si n o tuviése
m o s m a s criterio q u e el c o n s e n t i m i e n t o c o m u n , n o p o d r í a m o s
j a m á s c r e e r á n i n g u n o , p o r la sencilla r a z o n d e q u e n o es
d a b l e a s e g u r a r n o s d e lo q u e d i c e n ó p i e n s a n los d e m á s sin
c o m e n z a r p o r c r e e r á a l g u n o . El n i ñ o p a r a d a r fe á lo q u e le
c u e n t a s u m a d r e , ¿ s e refiere p o r v e n t u r a á la a u t o r i d a d d e
los o t r o s ? ¿ n o o b e d e c e m a s b i e n al instinto n a t u r a l q u e c o n
m a n o benéfica le h a c o m u n i c a d o el C r i a d o r ? El n i ñ o n o c r e e
p o r q u e t o d o s c r e e n ; p o r el contrario, todos los n i ñ o s c r e e n
p o r q u e c a d a u n o c r e e ; la c r e e n c i a individual n o n a c e d e la
g e n e r a l ; a n t e s b i e n la g e n e r a l se f o r m a del c o n j u n t o d e las
c r e e n c i a s individuales: n o es natural p o r q u e es universal,
s i n o q u e es u n i v e r s a l p o r q u e es natural.
335. El A q u i l e s d e L a - M e n n a i s consiste e n q u e e n ciertos
c a s o s p a r a a s e g u r a r n o s d e la v e r d a d c o n r e s p e c t o á los d e m á s
criterios, a p e l a m o s al c o n s e n t i m i e n t o c o m u n , y q u e la l o c u r a
m i s m a n o es m a s q u e el d e s v i o d e este c o n s e n t i m i e n t o . A u n
h o m b r e se le dice q u e s u s ojos le e n g a ñ a n c o n r e s p e c t o á u n
objeto q u e tiene á la vista; i n s t i n t i v a m e n t e se v u e l v e h á c i a los
d e m á s y les p r e g u n t a si n o lo v e n d e la m i s m a m a n e r a . Si to
d o s c o n v i e n e n e n q u e y e r r a y está s e g u r o d e q u e n o se c h a n
c e a n , sentirá vacilar p o r u n m o m e n t o la fe e n el t e s t i m o n i o
d e la vista , se a c e r c a r á al objeto , se c o l o c a r á e n otra p o s i c i o n
ó e m p l e a r á el m e d i o q u e m e j o r le p a r e z c a p a r a c e r c i o r a r s e d e
q u e n o se e n g a ñ a . Si á p e s a r d e esto v e el objeto d e la m i s m a
m a n e r a , y las m i s m a s p e r s o n a s y c u a n t a s s o b r e v i e n e n p e r
sisten e n a s e g u r a r q u e la c o s a n o es c o m o él l a v e , si está e n
s u juicio, desconfiará del t e s t i m o n i o d e la vista y se c r e e r á
a t a c a d o d e a l g u n a e n f e r m e d a d q u e le d e s o r d e n a la vision. A
esto se r e d u c e el a r g u m e n t o d e L a - M e n n a i s . ¿ Q u é resulta d e
él? n a d a e n favor del s i s t e m a del c o n s e n t i m i e n t q _ c o m u n : es
cierto q u e los d e m á s criterios e s t á n sujetos * ^ ^ j S & j $ ^ n & '
 - V i
talicias e x c e p c i o n a l e s ; es cierto q u e e n tales casos, y e n n a
c i e n d o la d u d a , se a p e l a al t e s t i m o n i o d e los otros; m a s ¿ p a
r a q u é ? p a r a a s e g u r a r s e d e si el q u e t e m e errar, h a sufrido
u n o d e estos trastornos á q u e está sujeta la m i s e r i a h u m a n a .
S e s a b e q u e lo n a t u r a l es g e n e r a l ; y el p a c i e n t e q u e d u d a ,
p r e g u n t a á los otros p a r a s a b e r si p o r a l g u n a c c i d e n t e está
f u e r a del e s t a d o o r d i n a r i o d e la naturaleza. ¿ Q u i é n n o v e la
s i n r a z o n d e e l e v a r u n m e d i o e x c e p c i o n a l al r a n g o d e criterio
g e n e r a l y ú n i c o ? ¿ Q u i é n n o v e la e x t r a v a g a n c i a d e a f i r m a r
q u e e s t a m o s s e g u r o s del t e s t i m o n i o d e los sentidos p o r la a u
t o r i d a d d e los d e m á s h o m b r e s , solo p o r q u e e n c a s o s extre
m o s , y al t e m e r a l g u n trastorno d e n u e s t r o s ó r g a n o s , p r e g u n
t a m o s á los d e m á s si les p a r e c e lo m i s m o q u e á n o s o t r o s ?
336. N o es posible llevar m a s allá la e x a g e r a c i o n d e lo
,<jue h a c e L a - M e n n a i s c u a n d o a f i r m a « q u e las ciencias e x a c
tas se f u n d a n t a m b i e n e n el c o n s e n t i m i e n t o c o m u n , q u e e n
esta parte n o disfrutan n i n g u n privilegio, y q u e el m i s m o
n o m b r e d e exactas n o es m a s q u e u n o d e e s o s vanos títulos
c o n q u e el h o m b r e e n g a l a n a s u flaqueza; q u e la g e o m e t r í a
m i s m a n o subsiste s i n o e n v ir t ud d e u n c o n v e n i o tácito d e
a d m i t i r ciertas v e r d a d e s n e c e s a r i a s , c o n v e n i o q u e p u e d e
e x p r e s a r s e e n los t é r m i n o s siguientes: nosotros nos obligamos
á tener tales principios p o r ciertos; y á cualquiera q ue se niegue
á creerlos sin d e m o s t r a c i o n , le d e c l a r a m o s c u l p a b l e d e r e b e l d í a
c o n t r a el sentido c o m u n , q u e n o es m a s q u e la a u t o r i d a d del g r a n
n ú m e r o . » Esta e x a g e r a c i o n es intolerable: los a r g u m e n t o s
q u e e n las notas a d u c e L a - M e n n a i s p a r a p r o b a r la incerti-
d u m b r e intrínseca d e las m a t e m á t i c a s , s o n s u m a m e n t e d é
biles; y a l g u n o d e ellos p u d i e r a h a c e r n o s s o s p e c h a r q u e el
a u t o r del E n s a y o sobre la indiferencia n o e r a tan p r o f u n d o m a
t e m á t i c o c o m o escritor e l o c u e n t e .
N o d e s c o n o z c o lo q u e se h a d i c h o c o n t r a la c e r t e z a d e las
ciencias e x a c t a s , ni las dificultades q u e se o f r e c e n c u a n d o
s e las l l a m a al tribunal d e la m e t a f í s i c a : e n el t o m o 1." del
P r o t e s t a n t i s m o c o m p a r a d o c o n el Catolicismo, t e n g o d e d i c a d o
u n capítulo á lo q u e l l a m o instinto d e fe, y e n él m e h a g o
c a r g o d e q u e este instinto ejerce t a m b i e n s u influencia e n las
ciencias exactas. N o l e v a n t e m o s á estas s o b r e las m o r a l e s ;
t e n g a m o s e n m a s á las m o r a l e s q u e á las e x a c t a s ; p e r o g u a r
d é m o n o s d e u n a e x a g e r a c i o n q u e las d e s t r u y e todas.
 - m —

C A P Í T U L O X X X I V .

Restañen y conclusion.
337. Q u i e r o t e r m i n a r este libro, p r e s e n t a n d o e n r e s u m e n
m i s o p i n i o n e s s o b r e la certeza. E n este r e s u m e n se m a n i f e s
tará t a m b i e n el e n l a c e d e las d o c t r i n a s e x p u e s t a s e n los c a
pítulos anteriores.
C u a n d o la filosofía se e n c u e n t r a c o n u n h e c h o n e c e s a r i o ,
tiene el d e b e r d e c o n s i g n a r l e . T a l es la certeza: d i s p u t a r s o
b r e s u existencia , es d i s p u t a r s o b r e el r e s p l a n d o r d e la luz
del sol e n m e d i o del dia. El h u m a n o linaje está cierto d e
m u c h a s co sas ; lo están i g u a l m e n t e los filósofos, inclusos los
escépticos ; el e s c e p t i c i s m o a b s o l u t o es i m p o s i b l e .
D e s c a r t a d a s las c u e s t i o n e s s o b r e la e x i s t e n c i a d e la certe
z a , la filosofía está libre d e e x t r a v a g a n c i a s , y situada e n los
d o m i n i o s d e la r a z o n ; e n t o n c e s se p u e d e e x a m i n a r c ó m o a d
q u i r i m o s la certeza, y e n q u é se f u n d a .
El linaje h u m a n o p o s e e la certeza, c o m o u n a c a l i d a d a n e
ja á la vida, c o m o u n r e s u l t a d o e s p o n t á n e o del desarrollo d e
las facultades del espíritu. L a certeza es n a t u r a l ; p r e c e d e
p o r c o n s i g u i e n t e á t o d a filosofía, y es i n d e p e n d i e n t e d e las
o p i n i o n e s d e los h o m b r e s . P o r lo m i s m o , las c u e s t i o n e s s o b r e
la c e r t e z a , a u n q u e i m p o r t a n t e s p a r a el c o n o c i m i e n t o d e las
l e y e s á q u e está sujeto n u e s t r o espíritu, s o n y s e r á n s i e m p r e
estériles e n r e s u l t a d o s prácticos. E s t a es u n a linea divisoria,
q u e la r a z o n a c o n s e j a fijar , p a r a q u e d e las r e g i o n e s a b s t r a c
tas, n o d e s c i e n d a j a m á s n a d a q u e p u e d a p e r j u d i c a r á la so
c i e d a d ni al individuo. A sí , d e s d e el p ri n ci p io d e las i n v e s
tigaciones, la filosofía y el b u e n s e n t i d o f o r m a n u n a e s p e c i e
d e alianza, y se c o m p r o m e t e n á n o hostilizarse j a m á s .
Al e x a m i n a r los f u n d a m e n t o s d e la c e r t e z a , s u r g e la c u e s
tion s o b r e el p r i m e r p r i n c i p i o d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a
n o s : ¿existe? ¿ c u á l e s ?
- Esta c u e s t i o n o f r e c e d o s s e n t i d o s : ó se b u s c a u n a p r i m e r a
v e r d a d , q u e c o n t e n g a t o d a s las d e m á s c o m o la s e m i l l a las
plantas y los frutos, ó se b u s c a s i m p l e m e n t e u n p u n t o d e
a p o y o : lo p r i m e r o d a l u g a r á las c u e s t i o n e s s o b r e la c i e n c i a
 — 8 0 4 —
t r a s c e n d e n t a l ; lo s e g u n d o p r o d u c e las d i s p u t a s d e las e s
c u e l a s s o b r e la p r e f e r e n c i a d e diferentes v e r d a d e s c o n re s
p e c t o á la d i g n i d a d d e p r i m e r principio.
Si h a y v e r d a d , h a d e h a b e r m e d i o s d e c o n o c e r l a : esto d a
o r i g e n á las c u e s t i o n e s s o b r e el valor d e los criterios.
E n el ó r d e n d e los seres, h a y u n a v e r d a d o r i g e n d e todas:
Dios. E n el ó r d e n intelectual a b so l ut o , h a y t a m b i e n esta v e r
d a d o r i g e n d e t o d a s : Dios. E n el ó r d e n intelectual h u m a n o ,
n o h a y u n a v e r d a d o r i g e n d e t o d a s , ni e n el ó r d e n real , n i
e n el ideal. L a filosofía del y o n o p u e d e c o n d u c i r á n i n g u n
r e s u l t a d o p a r a f u n d a r la c i e n c i a trascendental. L a d o c t r i n a
d e la i d e n t i d a d a b s o l u t a es u n a b s u r d o , q u e a d e m á s t a m p o
c o e x p l i c a n a d a .
A q u í se o f r e c e el p r o b l e m a d e la r e p r e s e n t a c i o n . E s t a p u e
d e s e r d e i d e n t i d a d , c a u s a l i d a d , ó idealidad. L a t e r c e r a es
distinta d e la s e g u n d a , p e r o se f u n d a e n ella.
A m a s d e l p r o b l e m a d e la r e p r e s e n t a c i o n , se e x a m i n a el
d e la inteligibilidad i n m e d i a t a : p r o b l e m a difícil, p e r o i m
p o r t a n t í s i m o p a r a c o m p l e t a r el c o n o c i m i e n t o del m u n d o d e
las inteligencias.
L a s d i s p u t a s s o b r e el valor d e los diferentes p r i n c i p i o s c o n
r e s p e c t o á la d i g n i d a d d e f u n d a m e n t a l , n a c e n d e la c o n f u
s i o n d e las ideas. S e q u i e r e n c o m p a r a r c o s a s d e ó r d e n m u y
d i v e r s o , lo q u e n o es posible. El principio d e D e s c a r t e s es la
e n u n c i a c i o n d e u n s i m p l e h e c h o d e c o n c i e n c i a ; el d e c o n
t r a d i c c i o n es u n a v e r d a d objetiva , c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e
d e t o d o c o n o c i m i e n t o ; el l l a m a d o d e los c a r t e s i a n o s es la
e x p r e s i o n d e u n a ley q u e p r e s i d e á n u e s t r o espíritu. C a d a
c u a l e n s u clase y á s u m a n e r a , los tres n o s s o n n e c e s a r i o s :
n i n g u n o d e ellos es del t o d o i n d e p e n d i e n t e ; la r u i n a d e u n o ,
s e a el q u e f u e r e , t ra sto r na n u e s t r a inteligencia.
H a y e n n o s o t r o s varios criterios; p u e d e n r e d u c i r s e á tres:
la c o n c i e n c i a ó s e n t i d o i n t i m o , la e v i d e n c i a , y el instinto
intelectual, ó s e n t i d o c o m u n . L a c o n c i e n c i a a b r a z a t o d o s los
h e c h o s p r e s e n t e s á n u e s t r a a l m a c o n p r e s e n c i a i n m e d i a t a ,
c o m o p u r a m e n t e subjetivos. L a e v i d e n c i a se e x t i e n d e á to
d a s las v e r d a d e s objetivas e n q u e se ejercita n u e s t r a r a zon °
El instinto intelectual es la n a t u r a l i n c l i n a c i o n al a s e n s o e n
los casos q u e e s t á n f u e r a d el d o m i n i o d e la c o n c i e n c i a y d e
la e v i d e n c i a .
 — 2 0 5 —
El instinto intelectual , n o s o bl i ga á d a r á las ideas u n v a
lor objetivo ; e n este c a s o , se m e z c l a c o n las v e r d a d e s d e
e v i d e n c i a , y e n el l e n g u a j e o r d i n a r i o se c o n f u n d e c o n ella.
C u a n d o el instinto intelectual v e r s a s o b r e objetos n o evi
d e n t e s , y n o s inclina al a s e n s o , se l l a m a sentido c o m u n .
L a c o n c i e n c i a y el instinto intelectual , f o r m a n los d e m á s
criterios.
El criterio d e la e v i d e n c i a e n c i e r r a d o s cosas: la a p a r i e n
cia d e las ideas; esto p e r t e n e c e á la c o n c i e n c i a : el v a l o r o b
jetivo, existente ó p o s i b l e ; esto p e r t e n e c e al instinto inte
lectual.
El t e s t i m o n i o d e los s e n t i d o s , e n c i e r r a t a m b i e n d o s partes:
la s e n s a c i o n , c o m o p u r a m e n t e subjetiva; esto es d e la c o n
c i e n c i a : la c r e e n c i a e n la objetividad d e la s e n s a c i o n ; esto
e s del instinto intelectual.
El t e s t i m o n i o d e la a u t o r i d a d h u m a n a se c o m p o n e del d e
los sentidos , q u e n o s p o n e e n r e l a c i o n c o n n u e s t r o s s e m e j a n
tes, y del instinto intelectual, q u e n o s i n d u c e á creerle.
N o t o d o se p u e d e p r o b a r ; p e r o t o d o criterio sufre el e x á m e n
d e la ra zon . El d e la c o n c i e n c i a es u n h e c h o p r i m i t i v o d e
n u e s t r a n a t u r a l e z a ; e n el d e la e v i d e n c i a se d e s c u b r e la c o n
d i c i o n i n d i s p e n s a b l e p a r a la existencia d e la r a z o n m i s m a ; e n
el d e l instinto intelectual, p a r a objetivar las i d e a s , s e halla
u n a ley d e la n a t u r a l e z a , i n d i s p e n s a b l e t a m b i e n p a r a la exis
t e n c i a d e la r a z o n ; e n el del s e n t i d o c o m u n , p r o p i a m e n t e di
c h o , h a y el a s e n s o instintivo á v e r d a d e s , q u e l u e g o e x a m i n a
d a s , se n o s p r e s e n t a n a l t a m e n t e r a z o n a b l e s ; e n el d e los s e n
tidos y d e la a u t o r i d a d h u m a n a , se e n c u e n t r a lo q u e e n los
d e m á s c a s o s del s e n t i d o c o m u n , y es u n m e d i o p a r a satisfacer
las n e c e s i d a d e s d e la v i d a sensitiva , intelectual y m o r a l .
L o s criterios n o se d a ñ a n , se f a v o r e c e n , y se fortifican r e
c í p r o c a m e n t e . N i la r a z o n l u c h a c o n la n a t u r a l e z a , ni la n a
t u r a l e z a c o n la r a z o n ; a m b a s n o s s o n n e c e s a r i a s ; a m b a s n o s
d i r i g e n c o n acierto ; a u n q u e las d o s están sujetas á extravío,
c o m o q u e p e r t e n e c e n á u n se r l i m i t a d o y m u y débil.
338. U n a filosofía q u e n o c o n s i d e r a al h o m b r e s i n o b a j o
u n a s p e c t o , es u n a filosofía i n c o m p l e t a , q u e está e n p e l i g r o
d e d e g e n e r a r e n falsa. E n lo t o c a n t e á la certeza, c o n v i e n e
n o p e r d e r d e vista la o b s e r v a c i o n q u e p r e c e d e : h a c e r s e d e
m a s i a d o exclusivo, es c o l o c a r s e al b o r d e del error. A n a l i c e n
 se e n h o r a b u e n a las f u e n t e s d e v e r d a d ; p e r o al m i r a r l a s p o r
s e p a r a d o , n o se p i e r d a d e vista el c o n j u n t o . C o n c e b i r d e a a x
t e m a n o u n s i s t e m a , y q u e r e r sujetarlo t o d o á s u s e x i g e n c i a s ,
es p o n e r la v e r d a d e n el l e c h o d e P r o c u s t o . L a u n i d a d es u n
g r a n b i e n ; p e r o es m e n e s t e r c o n t e n t a r s e c o n la m e d i d a q u e
n o s i m p o n e la naturaleza. L a v e r d a d , es p r e c i s o b u s c a r l a
p o r los m e d i o s h u m a n o s , y e n p r o p o r c i o n d e n u e s t r o a l c a n
ce. L a s facultades d e n u e s t r o espíritu están s o m e t i d a s á cier
tas leyes d e q u e n o p o d e m o s prescindir.'
U n a d e las leyes m a s c o n s t a n t e s d e n u e s t r o ser.es la n e
c e s i d a d d e u n ejercicio s i m u l t á n e o d e facultades, n o solo p a
r a c e r c i o r a r s e d e la v e r d a d s i n o t a m b i e n p a r a e nc o nt r ar la.
El h o m b r e r e u n e c o n la s i m p l i c i d a d la m a y o r multiplicidad;
u n o s u espíritu , está d o t a d o d e varias facultades, está u n i d o
á u n c u e r p o d e tal v a r i e d a d y c o m p l i c a c i o n , q u e c o n m u c h a
r a z o n h a sido l l a m a d o u n p e q u e ñ o m u n d o . L a s facultades
están e n r e l a c i o n i n t i m a y r e c i p r o c a ; influyen d e c o n t i n u o
las u n a s s o b r e las otras. Aislarlas es mutilarlas, y á v e c e s
extinguirlas. Esta c o n s i d e r a c i o n es i m p o r t a n t e , p o r q u e in
d i c a el vicio radical d e t o d a filosofía exclusiva!
El h o m b r e sin s e n s a c i o n e s c a r e c e d e m a t e r i a l e s p a r a el
e n t e n d i m i e n t o , y a d e m á s se. halla p r i v a d o del e s t i m u l o sin
el cual s u inteligencia p e r m a n e c e a d o r m e c i d a . C u a n d o D i o s
h a u n i d o n u e s t r a a l m a c o n u n c u e r p o , h a sido p a r a q u e sir
viese el u n o al otro; p o r lo c u a l h a e s t a b l e c i d o e s a a d m i r a
bl e c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e las i m p r e s i o n e s del c u e r p o y las
a f e c c i o n e s del a l m a . Esta necesita p u e s el c u e r p o c o m o u n
m e d i o , c o m o u n i n s t r u m e n t o , y a se s u p o n g a u n a v e r d a d e r a
a c c i o n d e él s o b r e ella, y a u n a s i m p l e o c a s i o n p a r a la c a u
salidad d e u n ó r d e n s upe r io r .
A u n c u a n d o sin s e n s a c i o n , el h o m b r e p e n s a s e , n o p e n s a
ría m a s q u e c o m o u n espíritu p u r o ; n o estaria e n r e l a c i o n
c o n el m u n d o exterior, n o seria h o m b r e e n el s e n t i d o q u e
d a m o s á esta palabra. E n tal c a s o el c u e r p o s o b r a ; y n o h a y
r a z o n p o r q u e estén unidos;.
Si a d m i t i m o s las s e n s a c i o n e s y p r e s c i n d i m o s d e la razón,
el h o m b r e se n o s c o n v i e r t e e n u n bruto. S i e n t e , m a s n o
p i e n s a ; n a d a d e c o m b i n a c i o n e n las i m p r e s i o n e s q u e e x p e
r i m e n t a , p o r q u e es i n c a p a z d e reflexionar; t o d o se s u c e d e e n
él c o m o u n a série d e f e n ó m e n o s n e c e s a r i o s , aislados , que1
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n a d a i n d i c a n , á n a d a c o n d u c e n , n a d a s o n , s i n o a f e c c i o n e s
d e u n s er particular , q u e ni los c o m p r e n d e , ni se d a á sí
m i s m o c u e n t a d e ellos. H a s t a es difícil d e c i r d e q u é clase s o n
s u s r e l a c i o n e s c o n el m u n d o e x t e r n o . D i s c u r r i e n d o p o r a p a
riencias y p o r a n a l o g í a , se h a c e p r o b a b l e q u e los b r u t o s o b
jetivan t a m b i e n s u s s e n s a c i o n e s ; p e r o es r e g u l a r q u e s u o b
jetividad se d i s t i n g u e d e la n u e s t r a e n m u c h o s casos. T o m e
m o s p o r e j e m p l o el s u e ñ o . Si los b r u t o s s u e ñ a n , c o m o p a r e c e
p r o b a b l e , y lo i n d i c a n a l g u n a s a p a r i e n c i a s , n o f u e r a e x t r a
ñ o q u e n o d i s t i n g u i e s e n e n t r e el s u e ñ o y la vigilia del m o d o
q u e lo h a c e m o s nosotros. E s t o s u p o n e a l g u n a reflexion s o b r e
los actos, a l g u n a c o m p a r a c i o n e n t r e el ó r d e n y c o n s t a n c i a
d e los u n o s c o n el d e s o r d e n é i n c o n s t a n c i a d e los otros: re
flexion q u e h a c e el h o m b r e d e s d e s u infancia, y q u e conti
n ú a h a c i e n d o t o d a s u v i d a sin advertirlo. C u a n d o d e s p e r t a
m o s d e u n s u e ñ o m u y v i v o , e s t a m o s á v e c e s p o r a l g u n o s m o
m e n t o s d u d a n d o d e si h a y s u e ñ o ó r e a l i d a d ; esta s o l a d u d a
y a s u p o n e la reflexion c o m p a r a t i v a d e los d o s estados. Y ¿ q u é
h a c e m o s p a r a r e s o l v e r la d u d a ? A t e n d e m o s al l u g a r d o n d e
n o s h a l l a m o s ; y el h e c h o d e estar e n la c a m a , e n la os cur i
d a d y silencio d e la n o c h e , n o s in d ic a q u e la vision a n t e r i o r
n o tiene n i n g u n e n l a c e c o n n u e s t r a situacion , y q u e p o r
t a n t o es u n s u e ñ o . S in esta reflexion, se h a b r í a n e n c a d e n a d o
las s e n s a c i o n e s del s u e ñ o c o n las d e la vigilia, c o n f u n d i d a s
todas e n u n a m i s m a clase.
El instinto c o n c e d i d o á los b r u t o s y n e g a d o al h o m b r e , e s
u n indicio d e q u e p a r a a p r e c i a r las s e n s a c i o n e s se n o s h a
d a d o la r a z o n .
N o h a y p u e s e n el h o m b r e criterios d e v e r d a d e n t e r a m e n
te aislados. T o d o s están e n relacion; se a f i r m a n y c o m p l e t a n
r e c í p r o c a m e n t e ; s i e n d o d e n o t a r q u e las v e r d a d e s d e q u e
están ciertos t o d o s los h o m b r e s , están a p o y a d a s d e a l g u n
m o d o p o r t o d o s los criterios.
L a s s e n s a c i o n e s n o s llevan i n s t i n t i v a m e n t e á c r e e r e n la
e x i s t e n c i a d e u n m u n d o e x t e r i o r : y si d i c h a c r e e n c i a s e s uj e
ta al e x á m e n d e la r a z o n , esta c o n f i r m a la m i s m a v e r d a d ,
f u n d á n d o s e e n las ideas g e n e r a l e s d e c a u s a s y d e efectos. El
e H t e n d i m i e n t o p u r o c o n o c e ciertos principios, y asiente á ellos
c o m o á v e r d a d e s n e c e s a r i a s ; si se s u j e t a n los p r i n c i p i o s á la
e x p e r i e n c i a d e los sentidos , s a l e n c o n f i r m a d o s , e n c u a n t o lo
 c o n s i e n t e la p e r f e c c i o n d e estos , ó d e los i n s t r u m e n t o s c o n
q u e se auxilian. « E n u n c i r c u l o t o d o s los r a d i o s s o n iguales.»
E s t a es u n a v e r d a d n e c e s a r i a ; los s e n t i d o s n o v e n n i n g u n
c í r c u l o perfecto; p e r o v e n si q u e los r a d i o s se a c e r c a n tanto
m a s á la i g u a l d a d , c u a n t o m a s perfecto es el i n s t r u m e n t o c o n
q u e se le c o n s t r u y e . « N o h a y m u d a n z a , sin c a u s a q u e la p r o
d u z c a . » L o s s e n t i d o s n o p u e d e n c o m p r o b a r la p r o p o s i c i o n
e n toda s u u n i v e r s a l i d a d , p u e s p o r s u n a t u r a l e z a se l i m i t a n
& u n n ú m e r o d e t e r m i n a d o d e c a s o s particulares; p e r o e n t o d o
c u a n t o se s o m e t e á s u e x p e r i e n c i a , e n c u e n t r a n el o r d e n d e
d e p e n d e n c i a e n la s u c e s i o n d e los f e n ó m e n o s .
L o s s e n t i d o s se a u x i l i a n r e c í p r o c a m e n t e : la s e n s a c i o n d e
u n s e n t i d o , se c o m p a r a c o n las d e otros, c u a n d o h a y d u d a
s o b r e la c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e ella y u n objeto. N o s p a r e c e
oir el r u i d o del viento; p e r o n u e s t r o o i d o n o s h a e n g a ñ a d o
o t r a s v e c e s ; p a r a a s e g u r a r n o s d e la v e r d a d m i r a m o s si h a y
m o v i m i e n t o e n los á r b o l e s ó e n otros objetos. L a vista n o s
m u e s t r a u n bulto ; n o h a y b a s t a n t e luz p a r a discernirle d e
u n a s o m b r a : n o s a c e r c a m o s y t o c a m o s .
L a s facultades intelectuales y m o r a l e s , e j e r c e n t a m b i e n
e n t r e sí esta i n f l u e n c i a s a l u d a b l e . L a s i d e a s rectifican los
s e n t i m i e n t o s , y los s e n t i m i e n t o s las ideas. El valor d e las
i d e a s d e u n ó r d e n se c o m p r u e b a c o n las d e otro o r d e n ; y lo
m i s m o se verifica e n los s e n t i m i e n t o s . L a c o m p a s i o n p o r el
c a s t i g a d o inspira el p e r d o n d e t o d o c r i m i n a l ; la i n d i g n a c i o n
i n s p i r a d a p o r las v í c t i m a s del c r i m e n , i n d u c e á la a p l i c a c i o n
d e l castigo: a m b o s s e n t i m i e n t o s e n c i e r r a n algo b u e n o : m a s
el u n o p o d r í a e n g e n d r a r la i m p u n i d a d , el otro la c r u e l d a d ;
p a r a t e m p e r a r l o s existen las ideas d e justicia. P e r o esta jus
ticia á s u v e z p o d r í a d a r fallos d e m a s i a d o a b s o l u t o s ; la jus
ticia es u n a , y las c i r c u n s t a n c i a s d e los p u e b l o s s o n m u y di
ferentes. L a justicia n o c o n s i d e r a m a s q u e los g r a d o s d e cul
p a b i l i d a d , y falla e n c o n s e c u e n c i a . Este fallo p o d r í a n o
s e r c o n v e n i e n t e : ahí e s t á n otras ideas m o r a l e s d e u n ó r d e n
distinto, la e n m i e n d a del c u l p a b l e c o m b i n a d a c o n la r e p a
r a c i o n h e c h a á la víctima; a hí están a d e m á s las ideas d e c o n
v e n i e n c i a p ú b l i c a , q u e n o r e p u g n a n á l a s a n a m o r a l , y p u e
d e n g u i a r e n las aplicaciones.
L a v e r d a d c o m p l e t a , c o m o el b i e n perfecto, n o e x i s t e n sin
la a r m o n í a : esta es u n a ley n e c e s a r i a , y á ella está sujeto el
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- h o m b r e . C o m o n o s o t r o s n o v e m o s i n t u i t i v a m e n t e la v e r d a d
infinita e n q u e todas las v e r d a d e s s o n u n a , e n q u e todos los
t i e n e s s o n u n o , y c o m o e s t a m o s e n r e l a c i o n c o n u n m u n d o
d e s e r e s finitos y p o r c o n s e c u e n c i a m ú l t i p l o s , h e m o s m e
n e s t e r diferentes p o t e n c i a s q u e n o s p o n g a n e n contacto, p o r
d e c i r l o asi , c o n e s a v a r i e d a d d e v e r d a d e s y b o n d a d e s fini
tas ; p e r o c o m o estas á s u v e z n a c e n d e « n m i s m o p r i n c i p i o
y s e d i r i g e n á « n m i s m o fin , están s o m e t i d a s á la a r m o n í a ,
q u e es la u n i d a d d e la m u l t i p l i c i d a d .
339. C o n estas d o c t r i n a s , c r e o posible la filosofía sin es
c e p t i c i s m o : el e x á m e n n o d e s a p a r e c e , p o r el c o n t r a r i o s e
e x t i e n d e y se c o m p l e t a . Este m é t o d o trae c o n s i g o otra v e n
taja, y e s q u e n o h a c e á la filosofía e x t r a v a g a n t e , n o h a c e
d e los filósofos h o m b r e s e x c e p c i o n a l e s . L a filosofía n o p u e d e
-generalizarse hasta el p u n t o d e ser u n a c o s a p o p u l a r ; á esto
s e o p o n e la h u m a n a n a t u r a l e z a ; p e r o t a m p o c o tiene n e c e s i
d a d d e c o n d e n a r s e á u n a i s l a m i e n t o m i s a n t r ó p i c o , á fue rza
d e p r e t e n s i o n e s e x t r a v a g a n t e s . E n tal c a s o la filosofía d e g e
n e r a e n filosofismo. C o n s i g n a c i o n d e los h e c h o s , e x á m e n c o n . .
c i e n z u d o , l e n g u a j e claro ; h é a q u í c o m o c o n c i b o la b u e n a
filosofía. P o r esto n o dejará d e s er p r o f u n d a , á n o se r q u e p o r
p r o f u n d i d a d e n t e n d a m o s tinieblas : los r a y o s solares a l u m
b r a n e n las m a s r e m o t a s p r o f u n d i d a d e s d el espacio.
340. Y a sé q u e n o p i e n s a n d e este m o d o a l g u n o s filósofos
d e n u e s t r a é p o c a : y a sé q u e al e x a m i n a r las c u e s t i o n e s f u n
d a m e n t a l e s d e la filosofía c r e e n n e c e s a r i o c o n m o v e r los ci
m i e n t o s del m u n d o ; sin e m b a r g o , y o j a m á s h e p o d i d o p e r
s u a d i r m e q u e p a r a e x a m i n a r f u e s e n e c e s a r i o destruir, ni q u e
p a r a se r filósofos d e b i é r a m o s h a c e r n o s insensatos. L a sinra
z o n y e x t r a v a g a n c i a d e esos m a e s t r o s d e la h u m a n i d a d , p u e
d e h a c e r s e s e n s i b l e c o n u n a alegoría, s i q u i e r a la a m e n i d a d
d e las f o r m a s m o r t i f i q u e u n tanto s u p r o f u n d i d a d filosófica.
B i e n n e c e s i t a el lector a l g u n solaz y d e s c a n s o d e s p u e s d e
t r a t a d o s tan a b s t r u s o s , q u e t o d o s los e s f u e r z o s del escritor
n o a l c a n z a n á esclarecer, c u a n t o m e n o s h e r m o s e a r .
H a y u n a familia n o b l e , rica y n u m e r o s a , q u e p o s e e u n m a g
nífico a r c h i v o d o n d e están los títulos d e s u n o b l e z a , p a r e n t e s
c o y p o s e s i o n e s . E n t r e los m u c h o s d o c u m e n t o s , h a y a l g u n o s
m a l legibles ó p o r el c a r á c t e r d e s u escritura, ó p o r s u m u
c h a a n t i g ü e d a d , ó p o r el d e t e r i o r o q u e n a t u r a l m e n t e h a n p r o -
T . Í. 1 4
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d u c i d o los años. T a m b i e n s e s o s p e c h a q u e los h a y a p ó c r i f o s
e n bastante c a n t i d a d ; b i e n q u e c i e r t a m e n t e h a d e h a b e r m u
c h o s auténticos , p u e s q u e la n o b l e z a y d e m á s d e r e c h o s d e
la familia , tan u n i v e r s a l m e n t e r e c o n o c i d o s , e n a l g o d e b e n -
d e f u n d a r s e ; y se s a b e q u e n o existo otra c o l e c c i o n d e d o
c u m e n t o s T o d o s e s t á n allí.
U n c u r i o s o e n t r a e n el a r c h i v o , e c h a u n a o j e a d a s o b r e los
estantes, a r m a r i o s y cajones, y dice: « e s t o es u n a c o n f u s i o n ;
p a r a distinguir !o a u t é n t i c o d e lo apócrifo, y arreglarlo t o d o
e n b u e n o r d e n , es n e c e s a r i o p e g a r f u e g o al a r c h i v o p o r s u s
c u a t r o á n g u l o s , y l u e g o e x a m i n a r la ceniza.»
¿ Q u é os p a r e c e d e la o c u r r e n c i a ? P u e s este c u r i o s o es el
filósofo q u e p a r a distinguir lo v e r d a d e r o d e lo falso e n n u e s
tros c o n o c i m i e n t o s , e m p i e z a p o r n e g a r t o d a v e r d a d , t o d a
certeza , t o d a r a z o n . *
S e n o s dirá, n o s e trata d e n e g a r sino d e d u d a r ; p e r o q u i e n
d u d a d e t o d a v e r d a d , la d e s t r u y e ; q u i e n d u d a d e t o d a certe
za , la n i e g a ; q u i e n d u d a d e t o d a r a z o n , la a n o n a d a .
L a p r u d e n c i a , el b u e n s e n t i d o e n las cosas p e q u e ñ a s , se
f u n d a e n los m i s m o s p r i n c i p i o s q u e la s a b i d u r í a e n las g r a n
des. S i g a m o s la alegoría , y v e a m o s lo q u e el b u e n sentido-
indicaría e n d i c h o caso.
T o m a r i n v e n t a r i o d e todas las existencias, sin olvidar n a d a
p o r d e s p r e c i a b l e q u e pareciese; h a c e r las clasificaciones pro
visionales q u e se c r e y e s e n m a s p r o p i a s á facilitar el e x á m e n -
r e s e r v a n d o p a r a el fin la clasificacion definitiva; n o t a r cui
d a d o s a m e n t e las fechas, los caracteres, las referencias, y dis
t i n g u i r así la p r i o r i d a d ó p o s t e r i o r i d a d ; v e r si e n a q u e l l a b a
l u m b a se e n c u e n t r a n a l g u n a s escrituras p r i m i t i v a s , q u e n o
s e refieran á otras anteriores, y q u e c o n t e n g a n la f u n d a c i o n
d e la casa; establecer reglas claras p a r a distinguir las p r i m i
tivas d e las s e c u n d a r i a s ; n o e m p e ñ a r s e e n referir t o d o s los
d o c u m e n t o s á u n o solo e x i g i é n d o l e s u n a u n i d a d , q u e q u i z á s
n o tienen, p u e s p o d r i a s u c e d e r q u e h u b i e s e varios primitivos,
é i n d e p e n d i e n t e s e n t r e sí. A u n d i s t i n g u i d o lo a u t é n t i c o d e lo
apócrifo, seria b u e n o g u a r d a r s e d e q u e m a r n a d a : p o r q u e á
v e c e s lo apócrifo g u i a p a r a la interpretacion d e lo auténtico,
y p u e d e c o n v e n i r el estudiar q u i é n e s f u e r o n los falsarios y
p o r q u é m o t i v o s falsificaron. A d e m á s , ¿ q u i é n s a b e si se j u z g a
a p ó c r i f o u n d o c u m e n t o , q u e solo lo p a r e c e p o r q u e n o se le
 - I t t -
e n t i e n d e b i e n ? G u á r d e s e p u e s t o d o , c o n la d e b i d a s e p a r a
c i o n ; q u e si lo a p ó c r i f o n o sirve, p a r a f u n d a r d e r e c h o s ni
d e f e n d e r l o s , p u e d e servir p a r a la historia del m i s m o a r c h i
vo, lo q u e n o es d e p o c a i m p o r t a n c i a p a r a distinguir lo a p ó
crifo d e lo auténtico.
El espíritu h u m a n o n o se e x a m i n a á sí m i s m o h a s t a q u e
llega á m u c h o desarrollo : e n t o n c e s a la p r i m e r a o j e a d a v e e n
sí u n c o n j u n t o d e s e n s a c i o n e s , ideas, juicios, a f e c c i o n e s d e
m i l clases, y t o d o e n l a z a d o d e u n a m a n e r a inextricable. P a
r a a u m e n t a r la c o m p l i c a c i o n , n o se halla solo, s i n o e n c o m
p a ñ í a , e n í n t i m a relacion c o n s u s s e m e j a n t e s , e n r e c i p r o c a
c o m u n i c a c i o n d e s e n s a c i o n e s , d e ideas , d e s e n t i m i e n t o s ; y
t o d o s á s u v e z e n contacto, y b a j o la influencia d e s e r e s d e
s e m e j a n t e s , d e a s o m b r o s a v a r i e d a d , y c u y o c o n j u n t o f o r m a
el u n i v e r s o . ¿ C o m e n z a r á p o r e c h a r l o t o d o a b a j o ? ¿ Q u e r r á r e
d u c i r l o t o d o á c e n i z a s , sin e x c e p t u a r s e á sí p r o p i o , y e s p e
r a n d o r e n a c e r d e la pira , cual otro fenix ? Así lo h a c e n los
q u e p a r a ser filósofos c o m i e n z a n p o r n e g a r l o t o d o , ó d u d a r
d e todo. ¿ E s c o g e r á a r b i t r a r i a m e n t e u n h e c h o , u n principio,
d i c i e n d o « a l g o h e d e t o m a r p o r p u n t o d e a p o y o , t o m o este,
y s o b r e él v o y á f u n d a r la c i e n c i a ? » ¿ A n t e s d e e x a m i n a r ,
a n t e s d e analizar, d i r á : «torio esto es u n o ; n o h a y n a d a si
n o h a y la u n i d a d absoluta; e n ella m e coloco, y r e c h a z o t o d o
lo q u e n o v e o d e s d e m i p u n t o d e vista ?» N ó : lo q u e d e b e
h a c e r es s a b e r p r i m e r o lo q u e h a y e n s u espíritu, y l u e g o
e x a m i n a r l o , clasificarlo, a p r e c i a r l o e n s u justo valor: n o c o
m e n z a r p o r i n s e n s a t o s é i m p o t e n t e s e s f u e r z o s c o n t r a la n a
turaleza , s i n o p o r prestar á las i n s p i r a c i o n e s d e la m i s m a
u n o i d o atento.
N o h a y filosofía sin filósofo; n o h a y r a z o n sin ser racional;
la existencia del yo es p u e s u n a s u p o s i c i o n necesaria. N o h a y
r a z o n posible, c u a n d o la c o n t r a d i c c i o n del s e r y n o s e r n o es
i m p o s i b l e ; t o d a r a z o n p u e s s u p o n e v e r d a d e r o el p r i n c i p i o
d e c o n t r a d i c c i o n . C u a n d o se e x a m i n a la r a z o n , la r a z o n es
q u i e n e x a m i n a ; la r a z o n h a m e n e s t e r reglas, luz; t o d o e x á -
m e n p u e s s u p o n e esta luz, la e v i d e n c i a , y la l e g i t i m i d a d d e
s u criterio. El h o m b r e n o se h a c e á sí propio, s e e n c u e n t r a
h e c h o y a : las c o n d i c i o n e s d e s u ser, n o es él q u i e n las p o n e :
s e las halla i m p u e s t a s . Estas c o n d i c i o n e s s o n las leyes d e s u
n a t u r a l e z a : ¿ á q u é l u c h a r c o n t r a ellas ? « A m a s d e las p re
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ocupaciones facticias , d i c e S c h e l l i n g , las h a y primordiales
p u e s t a s e n el h o m b r e , n ó p o r la e d u c a c i o n , s i n o p o r la n a
turaleza m i s m a , q u e p a r a todos los h o m b r e s o c u p a n el l u g a r
d e p r i n c i p i o s del c o n o c i m i e n t o , y s o n u n escollo p a r a el p e n
s a d o r libre.» P o r m i parte n o q u i e r o s er m a s q u e todos los
h o m b r e s : n o q u i e r o estar r e ñ i d o c o n la n a t u r a l e z a : si n o
p u e d o s er filósofo sin dejar d e s e r h o m b r e , r e n u n c i o á la
filosofía y m e q u e d o c o n la h u m a n i d a d .
 N O T A S .

( s o b r e e l c a p í t u l o i.)
(I.) C o n v i e n e d i s t i n g u i r e n t r e la c e r t e z a y la v e r d a d : e n t r e las
d o s h a y relaciones intimas , p e r o so n cosas m u y diferentes. L a
v e r d a d es ia c o n f o r m i d a d del e n t e n d i m i e n t o c o n la cosa. L a cer
teza es u n firme as ens o á u n a verdad, real ó aparente.
L a certeza n o es la v e r d a d , p e r o necesita al m e n o s la ilusion d e
la verdad. P o d e m o s estar ciertos d e u n a cosa falsa; m a s n o lo es
t a r í a m o s , si n o la c r e y é s e m o s v e r d a d e r a .
N o h a y v e r d a d hasta q u e h a y juicio, p u e s sin juicio n o h a y m a s
q n e percepcion , n ó c o m p a r a c i o n d e la idea c o n la cosa ; y sin
c o m p a r a c i o n n o p u e d e h a b e r c o n f o r m i d a d ni discrepancia. Si c o n
cibo u n a m o n t a ñ a d e mil leguas d e elevacion ,concibo u n a c o s a
q u e n o existe , m a s n o yerro m i e n t r a s m e g u a r d o d e afirmar la
existencia d e la m o n t a n a . Si la afirmo, entonces h a y oposicion d e
m i juicio c o n la realidad, lo q u e constituye el error.
El objeto del e n t e n d i m i e n t o es la v e r d a d ; p or esto n e c e s i t a m o s
al m e n o s la ilusion d e ella p a r a estar ciertos; nuestro entendi
m i e n t o es débil; y d e aquí es q u e su certeza está sujeta al error.
L o p r i m e r o es u n a ley del e n t e n d i m i e n t o , lo s e g u n d o u n indicio
d e su flaqueza.
L a filosofía, ó mejor, el h o m b r e , n o p u e d e contentarse c o n a p a
riencias, h a m e n e s t e r la realidad ; quien se c o n v e n c i e r e d e q u e
n o tiene m a s q u e a p a r i e n c i a , ó d u d a s e d e si tiene a l g o m a s , p e r
dería la m i s m a certeza : esta a d m i t e la apariencia c o n la condi
cion d e q u e le sea desconocida.
( S O B R E E L C A P Í T U L O II.)
(II.) E l m i s m o P i r r o n n o d u d a b a d e t o d o , c o m o c r e e n a l g u n o s :
admitía las sensaciones e n c u a n t o pasivas, y se resignaba á las
c o n s e c u e n c i a s d e estas impresiones, c o n v i n i e n d o en la necesidad
d e a c o m o d a r s e en la práctica á lo q u e ellas nos indican. N a d i e
hasta a h o r a h a n e g a d o las apariencias; las disputas versau sobre
la realidad ; sosteniendo los u n o s q u e el h o m b r e d e b e c o n t e n t a r s e
c o n d e c i r ¡ p a r t e e ; y o t r o s q u e p u e d e l l e g a r á d e c i r : es. C o n v i e n e
tener presente esta distincion , q u e evita confusion d e ideas e n la
historia d e la filosofía , y c o n d u c e á esclarecer las cuestiones so
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bre la certeza. As í de las tres cuestiones : h a y certeza ; e n q u é se
f u n d a ; c ó m o se a d q u i e r e ; la p r i m e r a es tá resuelta en el m i s m o
sen tido por todas las escuelas , e n c u a n t o se refiere á u n h e c h o
d e nuestra a l m a ; c o n solo a dmitir las apariencias ad mit ían la
cer teza de ellas.
( S O B R E E L C A P Í T U L O III.)
(III.) P a r a f o r m a r s e ideas claras sobre el desarrollo del e n t e n
d i m i e n t o y d e m á s facultades de nuestro espíritu véase lo q u e di
g o e n la o b r a titulada E l Criterio, particularmente e n los capítu
los I, n , III, XII, XIII, X IV , XVIII y XXII.
(SOBRE e l C A P Í T U L O IV.)
(IV.) P o n g o á continuacion los notables pasajes d e Santo T o
m á s , á q u e m e h e referido e n el texto, sobre la u n i d a d y multi
plicidad d e ideas. C r e o q u e los leerán c o n gusto todos los a m a n
tes d e u n a metafísica sólida y profunda.
In o m n i b u s e n i m substantiis intellectualibus, invenitur virtus
intellecliva pe r influentiam divini luminis. Q u o d q u i d e m in p r i m o
principio est u n u m et s i m p l e x , et q u a n t o m a g i s creaturae intel
e c t u a l e s distant á p r i m o principio, tanto m a g i s dividitur illud lu
m e n , et diversiflcatur, sicut accidit in lineis á centro egredienti-
bus. Et inde est q u o d D e u s pe r s u a m es s en t ia m o m n i a intelllgit ;
superiores a u t e m intellectualium s u b s t a n t i a r u m , etsi p e r plures
f o r m a s intelligant, l a m e n intelligunt per pauciores et m a g i s u n i
versales, et virtuosiores a d c o m p r e h e n s i o n e m r e r u m , propter ef-
ficaciam virtutis intellecliva: , quae est in eis. In inferioribus a u
t e m sunt formas plures et m i n u s universales, et m i n u s efflcaceB
a d c o m p r e h e n s i o n e m r e r u m in q u a n t u m deflciunt á virtute in-
tellectiva s u p e r i o r u m . S i e r g o inferiores substantiaj h a b e r e n t for
m a s in illa universalitate , in q u a h a b e n t s u p e r i o r e s ; q u i a n o s
s u n t tanta? eficacia in intelligendo , n o n acciperent per eas p e r -
f e c t a m c o g n i t i o n e m d e r e b u s , sed in q u a d a m c o m m u n i t a t e , et
confusione, q u o d aliqualiter a p p a r e t in h o m i n i b u s . N a m qui sunt
debilioris intellectus, p e r universales conceptiones m a g i s intelli-
g e n t l u m , n o n accipiunt p e rf e ct a m c o g n i t i o n e m , nisi eis singula
In s p e c i a l i e x p l i c e n t u r (1 p., q. 89, art. 1.)
Intellectus q u a n t o est altior et perspicacior tanto ex u n o potest
plura cognoscere. E t quia intellectus divinus est altissimus, p e r
n n a n i s i m p l i c e m essentian s u a m o m n i a cognoscit: n e c est ibi ali-
q u a pluralitas f o r m a r u m i d e a l i u m , nisi s e c u n d u m diversos res*-
pectns divinas essentiee a d res cognitas ; sed in intellectu ereato
multiplicatur s e c u n d u m r e m q u o d est u n u m s e c u n d u m rent Ib
m e n t e divina , ut n o n possit o m n i a per u n u m c o g n o s c e r e : Usa
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t a m e n q u o d q u a n t o intellectus creatus est allior , tanto p a u -
clores h a b e t f o r m a s a d plura c o g n o s c e n d a eficaces. E t h o c est
<juod Dio. dicit, 12 cae. hier. q u o d s u p e r i o r e s o r d i n e s h a b e n t
s c i e n t i a m m a g i s u n i v e r s a l e m in inferioribus. E t in lib. d e causis
dicftnr, q u o d intelligentiae superiores h a b e n t f o r m a s m a g i s u n i -
y e r s a l e s : h o c t a m e n o b s e r v a to, q u o d in inflmis angelis s u n t for
m a s a d h u c universales in t a n t u m , q u o d pe r u n a m f o r m a m pos-
s n n t c o g n o s c e r e o m n i a individua u n i u s speciei; i t a q u o d illaspe-
cies sit p r o p r i a u n i u s c u j u s q u e p a r t i c u l a r i u m s e c u n d u m d i v e r s o s
r e s pe ctu s ejus a d particularia, sicut essentia divina efflcitur pro
pria similitudo s i n g u l o r u m s e c u n d u m diversos respectus; sed in
tellectus h u m a n u s qui est u l t i m u s in ordine s u b s t a n t i a r u m intel-
l e c t u a l i u m h a b e t f o r m a s in t a n t u m particulatas q u o d n o n potest
p e r u n a m s p e c i e m nisi u n u r a q u i d cognoscere. Et ideo similitudo
speciei existens in intellectu h u m a n o n o n sufficit a d c o g n o s c e n d a
p l u r a singularia ; et propter h o c intellectui adjuncti sunt s e n s u s
q u i b u s s i n g u l a r i a accipiat ( Q u o d l i b . 7, art. 3).
R e s p o n d e o d i c e n d u m , q u o d ex h o c sunt in r e b u s aliqua s u p e -
riora , q u o d sunt uni p r i m o , q u o d est D e u s , p r o p i n q u i o r a et si-
miliora. In D e o a u t e m tota plenitudo inlelleclualis cognilionis
contineturin u n o , scilicet in essentia divina, pe r q u a m D e u s o m
nia cognoscit. Quae q u i d e m intelligibilis plenitudo, in intelligibi-
libus creaturis inferiori m o d o et m i n u s simpliciter invenitur. U n -
d e oportet , q u o d ea quae D e u s cognoscit pe r u n u m , inferiores in
tellectus c o g n o s c a n t pe r m u l t a : et tanto a m p l i u s p er plura, q u a n
to a m p l i u s intellectus inferior fuerit. Sic igitur q u a n t o A n g e l u s
fuerit superior, tanto per pauciores species universitatem intel-
ligibilium a p p r e h e n d e r e poterit; et ideo oportet q u o d ejus formas
sint universaliores , quasi a d plura se extendentes u n a q u a e q u e
e a r u m . Et d e hoc, e x e m p l u m aliqualiter in nobis perspici potest:
s u n t e n i m q u i d a m , qui veritalem intelligibilem c a p e r e n o n pos-
sunt, nisi eis particulatim pe r singuia explicetur. Et h o c q u i d e m
e x debilítate intellectus e o r u m contingit. Alii v e r o qui s u n t for-
tloris intellectus, e x paucis m u l t a c a p e r e p o s s u n t (1 p., q. 55,
art. 3).
(SOBRE E L C A P Í T U L O V.)
(V.) H é a q u í explicada p o r el m i s m o Condillac la idea d e s u
h o m b r e estatua : « P a r a llenar este objeto nos i m a g i n a m o s u n a
estatua o r g a n i z a d a interiormente c o m o nosotros y a n i m a d a d e u n
espíritu, sin n i n g u n a especie d e ideas ; s u p o n i é n d o l a a d e m á s d e
m t exterior toda d e m á r m o l q u e n o le permitía el u s o d e n i n g u n
sentido, n os r e s e r v a m o s la libertad d e abrírselos á las diferentes
i m p r e s i o n e s d e q u e son susceptibles, s e g u n m e j o r nos pareciese.
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« C r e í m o s d e b e r e m p e z a r p o r el olfato , p o r q u e este, es el senti
d o q u e parece contribuir m e n o s á los conocimientos del espirita
h u m a n o . E n s e g u i d a e x a m i n a m o s los otros; y d e s p u e s d e h a b e r
los considerado s e p a r a d a m e n t e y en conjunto, v i m o s q u e la esta
lla llegaba á ser u n a n i m a l c a p a z de velar por su conservacion.
» E1 principio q u e d e t e r m i n a el desarrollo d e sus facultades es-
s i m p l e ; las sensaciones m i s m a s le c o n t i e n e n ; p o r q u e s i e n d o to
das por necesidad agradables ó desagradables, la estatua está in
teresada e n gozar d e las u n a s y evitarse las otras. El lector se
c o n v e n c e r á de q u e este interés es suficiente p a r a da r lugar á las
operaciones del e n t e n d i m i e n t o y d e la voluntad. El juicio, la re
flexion , los deseos , las pasiones n o son otra cosa q u e la s e n s a
cion m i s m a q u e se trasforma d e diferentes m a n e r a s ; por esta ra
z o n n o s pareció inútil el s u p o n e r q u e el a l m a recibe i n m e d i a t a
m e n t e d e la naturaleza todas las facultades d e q u e está d o t a d a :
la naturaleza n o s d a ó r g a n o s p a r a advertirnos p o r el placer, lo
q u e d e b e m o s buscar, y p o r el dolor, lo q u e d e b e m o s huir; p e r o s e
d e t i e n e allí , y d e j a á la e x p e r i e n c i a el c u i d a d o d e h a c e r n o s c o n
traer hábitos y d e a c a b a r la o b r a q u e ella c o m e n z ó .
«Este objeto es nu evo , y manifiesta toda la sencillez d e las v i a s
del A u t o r d e la naturaleza: ¿ n o es cosa d i g n a d e a d m i r a c i o n el
q u e h a y a b a s t a d o h a c e r al h o m b r e sensible al placer y al dolor,,
p a r a q u e n ac i e s e n e n él ideas / d e s e o s , hábitos , talentos d e toda
especie ?» (Tratado de las sensaciones. Idea de la obra.) ,.
L o q u e a d m i r a n o es el s i s t e m a d e Condillac, sino la candidez,
d e su autor :y todavia m a s el q u e siquiera p o r b r e v e tiempo, h a
y a podido tener n u m e r o s o s secuaces u n sistema tan superficial y
tan pobre. P r o p ó n e s e el autor la dificultad de q u e n o siendo todo
lo q u e h a y e n el a l m a m a s q u e la sensacion t r a s f o r m a d a , es e x
traño q u e los brutos q u e t a m b i é n tienen sensaciones, n o estén
d o t a d o s d e l a s m i s m a s facultades q u e el h o m b r e . ¿ A t i n a r í a el
lector e n la p r o f u n d a r a z o n s e ñ a l a d a p o r el filósofo f r a n c é s ? m u
c h o lo d u d a m o s . H é l a a q u í , c o m o u n p e n s a m i e n t o curioso : «el
ó r g a n o del laclo es e n los brutos m e n o s perfecto, y por consiguiente
n o p u e d e ser p a r a ellos la c a u s a ocasional d e todas las operacio
n e s q u e se notan e n nosotros.» Bien hizo e n a d o p t a r el l e m a : n e c
t a m e n quasi Pythius Apollo.
(sobre e l c a p í t u l o vi.)
(VI.) E n estas materias, son dignas d e leerse las obras d e los
escolásticos : al tratar del objeto de la ciencia , son á u n t i e m p o
exactos y profundos. Difícilmente se p u e d e excogitar n a d a c o n
respecto á clasificaciones d e v e r d a d e s , q u e ellos n o h a y a n expli
c a d o ó indicado. i
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(SOBEE E L C A P Í T U L O VII.)
(VII.) N o se crea q u e j u z g o c on d e m a s i a d a severidad las for
m a s a d o p t a d a s por los filósofos a l e m a n e s . Sa b id o es c o m o h a b l a
d e ellos m a d a m a d e Stael ; pero felizmente p u e d o citar e n m i
a p o y o u n juez m a s c o m p e t e n t e todavía. Schelling , u n o d e los je
fes de la filosofía a l e m a n a . Dice así : «Los a l e m a n e s h a n filosofado
t a n l a r g o t i e m p o e n t r e sí solos, q u e p o c o á p o c o s e h a n a p a r t a d o *
e n sus ideas y en su lenguaje , d e las f o r m a s u n i v e r s a l m e n t e in
teligibles , llegando á t o m a r por m e d i d a del talento filosófico lo»
g r a d o s de a p a r t a m i e n t o de la m a n e r a c o m u n d e p e n s a r y d e ex
presarse ; fácil m e seria citar e j e m p l o s ; h a s u c e d i d o á los a l e m a
n e s lo q u e á las familias q u e se s e p a r a n del resto del m u n d o p a r a
vivir ú n i c a m e n t e entre ellas, y q u e a c a b a n p o r adoptar, a m a s
d e otras singularidades , expresiones q u e les son propias y q u e
solo ellas m i s m a s p u e d e n entender. D e s p u e s d e a l g u n o s esfuerzos
infructuosos p a r a difundir en el extranjero la filosofía d e Kant,
r e n u n c i a r o n á hacerse inteligibles á las d e m á s naciones, acos
t u m b r á r o n s e á m i r a r s e c o m o el p u e b l o e s c o g i d o d e la filosofía , y
la c o n s i d e r a r o n c o m o u n a c o s a q u e existia p o r si m i s m a c o n e x i s
tencia a b s o l u t a é i n d e p e n d i e n t e , o l v i d a n d o q u e el objeto d e t o d a
filosofía, objeto al cual se falta c o n harta frecuencia, pero q u e ja
m á s d e b e p e r d e r s e d e vista, es o b t e n e r el a s e n t i m i e n t o universal,
h a c i é n d o s e u n i v e r s a l m e n t e inteligible. N o es esto decir q u e las
obras de p e n s a m i e n t o d e b a n ser j u z g a d a s c o m o ejercicios d e es
tilo ; p e r o t o d a filosofía q u e n o p u e d e ser inteligible p a r a t o d a s
las naciones ilustradas y accesible á todas las lenguas, n o p u e d e
ser p o r lo m i s m o u n a filosofía v e r d a d e r a y universal.» {Juicio d e
M . d e S c h e l l i n g s o b r e la filosofía d e M . C o u s i n y s o b r e el e s t a d o d e l a
filosofía francesa y de la filosofía a l e m a n a en general. 1834.)
Lisonjéase M Schelling de q u e la filosofía a l e m a n a irá e n t r a n d o
e n m e j o r c a m i n o con respecto á la claridad, y a ñ a d e : «el filósofo
q u e h a c e diez afíos n o habría podido apartarse del lenguaje y d e
las f o r m a s de la escuela so p e n a d e d a ñ a r á su reputacion cientí
fica, p o d r á en adelante libertarse d e s e m e j a n t e s trabas; la pro
f u n d i d a d la b u s c a r á e n los p e n s a m i e n t o s ; y u n a incapacidad a b
soluta de expresarse con claridad , no será m i r a d a c o m o la señal
del talento y d e la inspiracion filosófica.» N a d a tengo q u e a ñ a d i r
al pasaje de Schelling; solo recordaré á su autor aquello d e m u
l a t o n o m i n e , d e le f a b u l a i s l a n a r r a i u r .
(SOBEE E L C A P Í T U L O VIII.)
(YTII.) L a lectura de la o b r a de Schelling , titulada Sistema del
idealismo trascendental , n o deja n i n g u n a d u d a sobre su m o d o d e
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p e n s a r c o n respecto á esa identidad, q u e e n el f o n d o n o es ni p u e
d e ser otra c o s a q u e el p a n t e í s m o ; sin e m b a r g o , e n o b s e q u i o d e
la v e r d a d confesaré q u e Schelling p a r e c e h a b e r modificado s u
d o c t r i n a , 6 t e m i d o s u s c o n s e c u e n c i a s , si h e m o s d e a t e n e r n o s á
las indicaciones q u e se hallan e n su discurso p r o n u n c i a d o en la
a p e r t u r a d e su c u r s o d e filosofía e n Berlin el 15 d e n o v i e m b r e d e
1841. E n él se lee el siguiente pasaje, d i g n o d e l l a m a r la a t e n c i o n
d e todos los h o m b r e s pensadores: « L a s dificultades y los obstá
culos d e todas clases contra los q u e lucha la filosofía , son visi
bles, y en v a n o los q u i s i é r a m o s disimular.
» J a m á s se verificó contra la filosofía reaccion m a s p o d e r o s a d e
parte d e la vida activa y real , q u e en la é p o c a presente ; esto
p r u e b a q u e la filosofía h a p e n e t r a d o hasta en las cuestiones m a s
vitales d e la sociedad, en las q u e á nadie es permitido ser indife
rente. Mientras u n a filosofía se halla en los p r i m e r o s r u d i m e n t o s
d e s u f orm aci on , y a u n en los p r i m e r o s pasos d e su m a r c h a , n a
die se o c u p a d e ella , sino los m i s m o s filósofos : los d e m á s h o m
bres a g u a r d a n á la filosofía en su ú l ti m a palabra ; p u e s n o a d
q u i e r e i m p o r t a n c i a p a r a el p ú b l i c o e n g e n e r a l , sino p o r s u s re
sultados.
«Confieso q u e n o se d e b e t o m a r por resultado práctico d e u n a
filosofía sólida y m e d i t a d a p r o f u n d a m e n t e , lo q u e se le antoja á
c u a l q u i e r a s e ñ a l a r c o m o tal ; si así f u e s e , el m u n d o d e b e r í a s o
m e t e r s e á las doctrinas m a s contrarias á la s a n a m o r a l , a u n á
aquellas q u e z a p a s e n sus cimientos, Nó, nadie j u z g a u n a filosofía
p o r las conclusiones prácticas s a c a d a s p o r la ignorancia ó la pre
suncion. A d e m á s , q u e en este p u n t o t a m p o c o seria posible el en-
gaflo : el público r e c h a z a r í a u n a filosofía q u e tuviese tales resul
tados , sin q u e r e r ni a u n juzgarla en sus principios; diria q u e
n a d a e n t i e n d e s o b r e el f o n d o d e las c u e s t i o n e s , ni la m a r c h a a r
tificial é i n t r i n c a d a d e los a r g u m e n t o s ; m a s sin p a r a r s e e n esto,
decidiría bien pronto q u e u n a filosofía q u e c o n d u c e á tales c o n
clusiones , n o p u e d e ser v e r d a d e r a en sus bases Lo q u e la m o r a l
r o m a n a h a d i c h o d e lo útil, nihil ulile nisi q u o d honestum, se aplica
i g u a l m e n t e á la investigacion d e la v e r d a d : n i n g u n a filosofía que
se respete, confesará que lleve á la irreligion. Sin e m b a r g o , la actual
filosofía se halla p r e c i s a m e n t e en situacion tal q u e por m a s q u e
p r o m e t a u n resultado religioso, n a d i e se lo c o n c e d e ; p u e s q u e las
d e d u c c i o n e s q u e de ella se sacan , convierten los d o g m a s d e la
Religion cristiana en u n a v a n a fantasmagoría.
» E n esto c o n v i e n e n a b i e r t a m e n t e a l g u n o s de sus discípulos m a s
fieles ; la s o s p e c h a sea ó n o f u n d a d a , basta su existencia, y q u e
esta opinion se h a y a establecido.
« P e r o en último resultado la vida activa tiene s i e m p r e razon ;
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d e suerte q u e la filosofía está e x p u e s t a á g r a n d e s riesgos. Lo s
q u e h a c e n la g u e r r a á u n a cierta filosofía , están m u y cercanos á
c o n d e n a r l a s todas ; ellos q u e dicen en su corazon: no h a y a m a s
filosofía e n el m u n d o . Y o m i s m o n o estoy e x e n t o d e s u s c o n d e n a
ciones ; p u e s q u e el primer impulso de esta fi'osofia , al presente tan
m a l conceptuada, á causa de sus resultados religiosos, se pretende que
s o y y o quien lo he d a d o .
« ¿ C ó m o m e d e f e n d e r é ? por cierto q u e y o n o atacaré j a m á s u n a
filosofía p or sus últimos resultados ; pero la juzgaré en sus pri
m e r o s principios c o m o d e b e hacerlo todo espíritu filosófico. A d e
m á s , es bastante sabido q u e desde luego m e h e manifestado p o c o
satisfecho d e la filosofía d e q u e hablo, y p o c o d e a c u e r d o c o n ella.
» E I m u n d o m o r a l y espiritual se halla tan dividido , q u e d e b e
s e r u n m o t i v o d e c o n t e n t o el hallar, siquiera p o r u n instante, u n
p u n t o d e reunion. A d e m á s , el destruir es c o s a m u y triste c u a n d o
n o se tiene n a d a c o n q u e r e e m p l a z a r lo destruido : « hazlo m e j o r , »
se dice al q u e solo s a b e criticar

» Y o m e c o n s a g r o p u e s todo entero á la mislon de q u e estoy e n

c a r g a d o ; p a r a vosotros vivire , p a r a vosotros trabajaré sin des
c a n s o , m i e n t r a s h a y a e n m í u n soplo d e v i d a , y m e lo p e r m i t a
Aquel sin c u y a voluntad no p u e d e caer d e nuestras cabezas u n
cabello , y m e n o s a u n salir d e nuestra b o c a u n a palabra profun
d a m e n t e sentida; Aquel, sin c u y a inspiracion no p u e d e brillar e n
nuestro espíritu u n a idea luminosa, ni u n p e n s a m i e n t o d e v e r d a d
y d e libertad a l u m b r a r nuestra a l ma . »
Este pasaje manifiesta todo lo e m b a r a z o s o d e la posicion del
filósofo a l e m a n , y las c o n s e c u e n c i a s irreligiosas q u e se a c h a c a n
á s u s doctrinas ; es c o n s o l a d o r el verle tributar u n cierto h o m e
naje á la v e r d a d , p e r o aflige el notar q u e todavía p r e t e n d e salvar
s u inconsecuencia.
(sobre e l c a p í t u l o IX.)
(IX.) E n estos últimos t i e m p o s n o h a faltado quien pretendiese
co ntar al ilustre M a l e b r a n c b e entre los partidarios del panteísmo.
N o se concibe c ó m o M. Cousin h a p o d id o decir: « M a l e b r a n c h e es
c o n E s p i n o s a , el m a s g r a n d e discípulo d e D e s c a r t e s : a m b o s h a n
s a c a d o d e los principios d e su c o m u n maestro, las c o n s e c u e n c i a s
q u e e n los m i s m o s se c o n t e n í a n . M a l e b r a n c b e es al pié d e la letra
el E s p i n o s a cristiano» ( F r a g m e n t o s filosóficos, tom. 4, pág. 167).
N o se concibe , repito, c ó m o h a p od i d o asentar t a m a ñ a paradoja
q u i e n h a y a Seido siquiera las obras del insigne metafísico. Basta
 - 2 2 0 —
e c h a r la vista sobre sus escritos p a r a v e r e n ellos el esplritualis
m o m a s e l e v a d o u n i d o c o n el respeto m a s p r o f u n d o á los d o g m a s
d e nuestra religion sacrosanta. Al e x p o n e r los varios sistemas
filosóficos s o b r e el origen d e las ideas y el p r o b l e m a del universo,
se m e ofrecerán n u e v a s ocasiones d e vindicar al sabio y piadoso
autor d e la Investigacion de la verdad; p e r o no h e q u e r i d o dejar la
presente, sin hacerle la d e b i d a justicia defendiéndole d e e s a s i m
p u t a c i o n e s q u e él , si v i v i e s e , r e c h a z a r l a c o n h o r r o r c o m o intole
rables c a l u m n i a s , jQ u i é n se lo dijera al escribir aquellas p á g i n a s
d o n d e á c a d a paso se e n c u e n t r a n Dios, el espíritu, la religion
cristiana , la v e r d a d e t e r n a , el p e c a d o original , c o n n u m e r o s o s
textos d e la S a g r a d a Escritura y d e san Agustín, q u e a n d a n d o el
t i e m p o habia d e verse al lado d e Espinosa, bien q u e c o n el a b
s u r d o epíteto d e E s p i n o s a cristiano 1 Esta es á veces la triste s u e r
te d e los g r a n d e s h o m b r e s , de ser tenidos por jefes d e sectas q u e
ellos detestaron. M a l e b r a n c h e l l a m a b a á E s p i n o s a el impío de
nuestros dias , y M Cousin se atreve á l la m a r á M a l e b r a n c h e et
E s p i n o s a cristiano.
(SOBBE E L C A P Í T U L O X.)
(X.) N o ignoro las dificultades á q u e están sujetos los sistemas
d e Leibnitz ; p e r o es preciso dejar bien c o n s i g n a d o q u e e n la
m e n t e d e este g r a n d e h o m b r e n o tenían cabida las e r r ó n e a s d oc
trinas d e los m o d e r n o s a l e m a n e s . « L a ú l ti m a razon d e todas las
cosas , dice en su Monadologia, se halla en u n a sustancia n e c e s a
ria d o n d e está el origen d e todas las m u d a n z a s , á la q u e l l a m a
m o s Dios. .
« S i e n d o esta sustancia la razon suficiente d e todo el universo,
n o h a y m a s q u e u n Dios, y este Dios basta.
« C o m o esta sustancia s u p r e m a , q u e es única, universal y n e
cesaria, n o tiene n a d a fuera d e ella q u e s ea i n d e p e n d i e n t e d e la
m i s m a , d e b e ser incapaz de limites y c o n t e n e r tantas realidades
c o m o es posible.
» D e d o n d e se infiere q u e Dios es a b s o l u t a m e n t e perfecto; p u e s
q u e la perfeccion n o es otra cosa q u e el g r a n d o r d e la realidad
positiva t o m a d a p r e c i s a m e n t e , d e j a n d o á u n lado los límites e n
las cosas q u e los tienen. D o n d e n o h a y limites , c o m o se verifica
e n Dios, la perfeccion es a b s o l u t a m e n t e infinita.
» D e aquí se d e d u c e q u e las criaturas reciben sus perfecciones
d e la accion d e Dios; pero tienen su s imperfecciones d e s u p r o
pia naturaleza , incapaz d e ser ilimitada, e n lo q u e se distinguen
d e Dios.
» E s v e r d a d t a m b i e n q u e e n Dios se halla n o solo el m a n a n t i a l
 — 2 2 1 -
d e las existencias , sino t a m b i e n el d e las esencias , e n c u a n t o
reales, ó e n lo q u e la posibilidad contiene de real.»
E n su disertacion sobre la filosofía platónica , c o m b a t e las ten
d e n c i a s panteistas d e Valentín Vegelio con estas palabras : « T o
quisiera q u e Valentín Vegelio explicando e n u n tratado particu
lar la vida b i e n a v e n t u r a d a p o r la trasformaciou e n Dios , y pre
c o n i z a n d o c on frecuencia u n a m u e r t e y u n reposo d e este g é
n e r o , n o h u b i e s e d a d o m o t i v o á la s o s p e c h a d e q u e él y otros
quietislas a d o p t a b a n esta opinion. Al m i s m o p u n t o se dirige E s
pinosa , bien q u e por otro c a m i n o : n o a d m i t e m a s q u e u n a sola
sustancia q u e es Dios , las criaturas son modificaciones de es
ta sustancia , c o m o las figuras q u e c o n el m o v i m i e n t o n a c e n y
p e r e c e n de continuo e n la cera blanda. Siguese d e esto lo m i s m o
q u e d e la opinion d e A l m e r i c , q u e el a l m a n o subsiste d e s p u e s
d e la m u e r t e , sino p o r s u ser ideal e n Dios, c o m o h a existido allí
d e s d e toda la eternidad.
» P e r o yo n a d a e n c u e n t r o en Platon p a r a creer q u e su opinion
h a y a sido q u e los espíritus n o c o n s e r v a n s u propia sustancia. Esta
doctrina es incontestable á los ojos d e todos los q u e r a z o n a n sa
b i a m e n t e en filosofía ; y ni a u n es posible f o r m a r s e idea d e la
opinion contraria, á n o ser q u e nos f i g ur e mo s á Dios y al a l m a
c o m o seres corpóreos, p u e s de otro m o d o las a l m a s n o podrían
ser s a c a d a s de Dios c o m o partículas : pero es a b s u r d o f o r m a r s e
s e m e j a n t e s ideas d e Dios y del a l m a . » (T. 2, diss. d e phil. plato-
nica, p. I M , epist. a d H a n s c h i u m , an. 1T07, y se halla entre los
Pensamientos de Leibnitz sobre la religion y la m o r a l , publicados
p o r M . E m e r y . )
T a n léjos estaba Leibnitz d e abrigar tendencia al p a n t e í s m o , ni
d e reputarle po r u n a filosofía elevada, q u e antes bien, c o m o a c a
b a m o s d e ver, le considera c o m o el resultado d e u n a i m a g i n a c i o n
grosera. E s m u y notable q u e así bajo el aspecto metafísico c o m o
histórico, está c o m p l e t a m e n t e d e a c u e r d o Leibnitz con Santo T o
m á s , m a n i f e s t a n d o a m b o s las m i s m a s ideas co n palabras m u y se
m e j a n t e s . B u s c a el S a n t o D o c t o r si el a l m a e s h e c h a d e la s u s t a n
cia d e Dios, y co n esta ocasion e x a m i n a el origen del error, y di
c e lo siguiente: « R e s p o n d e d d i c e n d u m , q u o d dicere a n i m a m es
s e d e substantia Dei, m a n i f e s t a m improbabilitatem continet. O I
e n i m ex diclis patet, a n i m a h u m a n a est q u a n d o q u e intelligens
in potentia, et scientiam q u o d a m m o d o á r e b u s acquirit, et h a -
bet diversas potentias quae o m n i a aliena s u n t á Dei n a t u r a , qui
est actus p u r u s , et nihil a b alio accipiens , et n u l l a m in se di-
versitatem h a b e n s , ut s u p r a p r o b a t u m est.
« S e d hic error p r i n c i p i u m habuisse videtur e x d u a b u s positio-
B i b u s a n l i q u o r u m . Prlml e n i m , qui naturas r e r u m considerare
 — t « 2 -
inceperunt, i m a g i n a t i o n e m transcendere n o n valentes, nihil prae-
ter corpora esse posuerunt. Et ideo D e u m d i c e b a n t esse q u o d d a m
eorpus, q u o d a l i o r u m c o r p o r u m judicabant esse principium. E t
q u i a a n i m a m p o n e b a n t esse d e n a t u r a illins corporis, q u o d dice-
b a n t esse principlum, ut dicilur tn primo de anima, per c o n s e q u e n s
s e q n e b a t u r q u o d a n i m a esset d e subslantia Dei. Juxta q u a r a
positionem etiam Manichaei, D e u m esse q u a m d a m l u c e m c orp o-
reara existimantes, q u a m d a m partera illius lucís a n i m a m esse
p o s u e r u n t corpori alligatam. S e c u n d o vero p r o c e s s u m fuit a d
h o c q u o d aliqui aliquid i n c o r p o r e u m esse a p p r e h e n d e r u n t : n o n
t a m e n á corpore s e p a r a t u m , sed corporis formara. U n d e et V a r r o
dixit q u o d D e u s est a n i m a , m u n d u m intuitu, v e l m o l u et ratione
g u b e r n a n s ; u t A u g . narrat 1 d e oivit Dei. Sic igitur illius totalis
a ni m a ; p a r t e m , aliqui p o s u e r u n t a n i m a m h o m i n i s : sicut h o m o
est pars totius raundi : n o n valentes intellectu pertingere ad dis-
t i n g u e n d o s spiritualium s u b s t a n t i a r u m g r a d u s , nisi s e c u n d u m
distínctiones c o r p o r u m . Haec a u t e m o m n i a sunt impossibilia, ut
s u p r a p r o b a t u m est, u n d e manifeste falsuiu est a n i m a m esse d e
substantia Dei U p. q. 90, art. 1).»
(sobre e l c a p í t u l o xi.)
(XI.) E n los escolásticos se e n c u e n t r a á m e n u d o q u e el e n t e n
d i m i e n t o es la m i s m a cosa entendida, a u n tratándose d e ios en
tendimientos creados; pero esta identidad se limita a u n o r d e n
p u r a m e n t e ideal, y no significa m a s q u e la i nt i ma u n i o n d e la
id e a c o n el entendimiento. S a b i d o es c u á n t a i m p o r t a n c i a tienen,
en la filosofía escolástica las materias y f o r m a s ; y esta distincion
se la aplica t a m b i e n á los f e n ó m e n o s de la inteligencia. Bien q u e
la idea era considerada c o m o u n a cosa distinta del e n t e n d i m i e n
to, n o obstante c o m o este era perfeccionado p o r ella y p u e s t o e n
relacion c o n la c o s a r e p r e s e n t a d a , se d e c i a q u e el e n t e n d i m i e n t o
era la m i s m a cosa entendida. Asi d e b e n explicarse los pasajes q u e
se e n c u e n t r a n e n S a n t o T o m á s y otros escolásticos; p u e s a u n
q u e las expresiones d e q u e se valen , co n si d er a da s aisladamente,
serian inexactas ; n o lo s o n si se a t i e n d e al sentido q u e ellos le»
atribuyen y q u e resulta bien claro d e los principios e n q u e se
f u n d a n . P o r e j e m p l o S a n t o T o m á s ( q u o d l i b e t 7, art. 2), p a r a p r o
b a r q u e el e n t e n d i m i e n t o criado n o p u e d e e n t e n d e r m u c h a s co
sas á u n m i s m o t i e m p o dice: « S e d q u o d intelleclus simul intelli-
gat plura intelligibilia, p r i m o et principaliter, est impossibile.
C u j u s ratio est, q u i a intellectus s e c u n d u m a c t u m est o m n i n o , ii est
perfecta res intellecta: ut dicilur in 3 d e a n i m a . Q u o d q u i d e m intelli-
g e n d u m est n o n q u o d essenlia intelletíus ftal res m t t U e c t » v«l s p e e t e a
 — 2 8 3 —
e j u s ; s e d q u i a c o m p l e t e ¡n formatur per s p e c i e m rei intellectíE,
d u m e a m actu inte lligit. U n d e iotellectum simul plura intellige-
re primo, i d e m est a c si res u n a s i m u l esset plura . In r e b u s e n i m
material b u s v i d e m u s q u o d u n a res n u m e r o n o n p otest esse simul
plura in actu , sed plura in potentia
» U n d e palet q u o d sicut u n a res materialis n o n potest esse s i m u l
plura actu ,ita u n u s intellectus n o n potest s i m u l plura intellige-
re primo. Et ho c est q u o d Alga, dicit, q u o d sicut u n u m c o r p u s
n o n potest simul figuran pluribus flguris, ita u n u s intellectus
n o n polest simul plnra intelligere. N e c potest dici q u o d intellec
tus informelur perfecte simul pluribus speciebus intelligibilibus,
sicut u n u m c o r p u s simul i n f o r m a t u r figura et colore : quia figura
et color n o n s u n t foi m s e u n i u s g e n e r i s , n e c in e o d e m o r d i n e acci-
p i u n t u r q u i a n o n o r d i n a n t u r a d p e r f i c i e n d u m in esse u n i u s ratio*
Dis: sed o m n e s formae intelligibiles in q u a n t u m h u j u s m o d i , s u n t
u n i u s generis, ct in e o d e m ordinc se h a b e n t ad intellectum , in
q u a n t u m perflciunt intellectum in ho c q u o d est esse intellectum.
U n d e plures species intelligibiles se h a b e n t sicut figurae plures;
vel plures colores qui simul in actu in e o d e m esse n o n possunt
s e c u n d u m i d e m »
P o r el anterior p a s a j e se e c h a d e v e r q u e el sentido d e la i d e n
tidad del e n t e n d i m i e n t o c on la cosa entendida, n o era otro q u e
el e x p l i c a d o al principio d e esta n o t a , á saber, el d e la u n i o n ín
t i m a d e la i d e a ó e s p e c i e inteligible c o n el e n t e n d i m i e n t o , c o m o
n n a f o r m a con su materia; f o r m a q u e perfeccionaba al entendi
m i e n t o , haciéndole pasar del estado d e potencia al d e acto, y
poniéndole en relacion con la cosa representada.
(SOBRE el CAPÍTULO XII.)
(XII.) L a doctrina d e la inteligibilidad inmediata, es su s cep
t
ible d e ulteriores aclaraciones; pero c o m o estas no podrían ser
c
abales sin e x a m i n a r á fondo la naturaleza d e la idea, lo q u e n o
c
o r r e s p o n d e al presente tratado, m e reservo darlas e n el l u g a r
portun o o. ,
( s o b r e e l c a p í t u l o XIII.)
(XIII.) Quizás n o bastará lo dicho e n el texto p a r a q u e todos
los lectores se f o r m e n ideas bastante claras y c o m p l e t a s d e la re
p r e s e n t a c i o n d e causalidad; p e r o d e b o advertir q u e esta djoctntfc
• a e n lo tocante á la inteligencia p r i m e v a , está í n t i m a m e n t e e n
l a z a d a c o n las cuestiones sobre el f u n d a m e n t o d e la posibilidad
a u n d e las cosas n o existentes , cuestiones q u e n o podría e x p o
ner- aquí , sin trastornar el ó r d e n d e las materias.
 — 2 2 4 -
(sobre el capítulo XIV.)
(XIV.) L a distincion de los ó r d e n e s de ideas, g e o m é t r i c o y n o
ge ométrico, es de la m a y o r i m p o r t a n c i a p a r a la ideol ogía. H e a d e
la ntado esta distinclon p o r q u e la necesitaba p a r a n o dejar i n c o m -
pl etoel e x a m e n d e la posibilidad d e u n a v e r d a d f u n d a m e n t a l e n
tr e las p u r a m e n t e ideales. Pero su explicacion y los cimie ntos e n
q u e estriba, se e n c o n t r a r á n en el tratado sobre las ideas del es
pa cio y d e la extension.
(sobre el capítulo xv.)
(XV.) L a palabra instinto aplicada al e n t e n d i m i e n t o , claro es
-que se t o m a en u n a acepcion m u y diferente de c u a n d o se h a b l a
d e los irracionales. N o encierra aquí n i n g u n significado ignoble;
lo q u e está d e a c u e r d o c o n el u s o q u e d e la m i s m a se h a c e , a u n
p a r a las cosas divinas. U n a d e las a c e p c i o n e s q u e le d a el Diccio
nario de la lengua, es :« i m p u l s o ó m o v i m i e n t o del Espíritu Santo
hablando- d e inspiraciones sobrenaturales.» El latín instinctus,
significaba, inspiracion: sacro m e n s instineta furore.
(sobre e l capítulo xvi.)
(XVÍ.) El origen d e la confusion d e ideas en la presente c u e s
ti on , es esa tendencia á la u n i d a d de q u e h e tratado en el capitu
lo IV. S e c o m i e n z a por s u p o n e r q u e n o h a d e h a b e r m a s q u e u n
pr incipio, y se b u s c a c u á l e s ; c u a n d o antes d e investigar cuál es,
te d e b e r i a s a b e r si existe solo, c o m o s e lo s u p o n e . Y a h e m o s visto
q u e el sistema d e Fichte estriba e n la m i s m a suposicion: p o r m a
n e r a q u e la m i s m a c a u s a q u e e n las escuelas p r o d u c í a disputas
in ocentes, p u e d e llevar á extravíos d e la m a y o r trascendencia.
(sobre el capítulo xvii.)
(XVII.) C r e o h a b e r i n t e r p r e t a d o f i e l m e n t e el p e n s a m i e n t o d e
D e s c a r t e s , m a s p o r si a l g u n a d i f i c u l t a d q u e d a s e s o b r e el p a r t i c u
lar, p o n g o á continuacion u n notable pasaje del m i s m o autor e n
s u r e s p u e s t a á las objeciones recogidas p o r el P. M e r s e n n e d e b o
c a d e v a r i o s filósofos y t e ó l o g o s c o n t r a las M e d i t a c i o n e s II, III, I V ,
V y VI.
« C u a n d o c o n o c e m o s q u e s o m o s u n a cosa q u e piensa, esta pri
m e r a nocion no está sacada de ningun silogismo; y c u a n d o a l g u n o
dice: y o pienso luego s o y 6 existo, n o infiere s u existencia del p e n
s a m i e n t o c o m o por la fuerza de u n silogismo, sino c o m o u n a c o s a
c o n o c i d a p o r sí m i s m a , la ve p o r u n a simple inspeccion del espíritu ;
p u e s q u e si la d e d u j e r a d e u n s i l o g i s m o h a b r í a n e c e s i t a d o c o n o
c e r d e a n t e m a n o esta m a y o r : todo lo q u e p i e n s a es ó existe. P o r
 — 2 2 5 -
-el c o n t r a r i o , e s t a proposicion se la manifiesta s u propio senti
m i e n t o , d e q u e no p u e d e s u c e d e r q u e piense sin existir. Este es
.el c a r á c t e r p r o p i o d e nuestro espíritu d e f o r m a r proposiciones
-generales por el c o n o c i m i e n t o de las particulares.» N o s i e m p r e
se e x p r e s a Descar tes c o n la m i s m a lucidez ; se c o n o c e q u e las
o b j e c i o n e s dp. s u s adversarios le hacían m e d i t a r m a s p r o f u n d a
m e n t e su doctrina , y contribuí an á q u e aclarase sus ideas.
(sobre el capítulo xviii.)
(XVUf.) P a r a f o r m a r n o s ideas cabales sobre la m e n t e d e D e s -
-cartes, o i g á m o s l e á él m i s m o e x p l i c a n d o s u sistema.
« C o m o los sentidos nos e n g a ñ a n a l g u n a s veces, quise suponer
.que n o h a b í a n a d a parecido á lo q u e ellos n o s h a c e n i m a g i n a r ;
c o m o h a y h o m b r e s q u e se e n g a ñ a n raciocinando a u n sobre las
materias m a s sencillas de g e o m e t r í a y h a c e n paralogismos, juz
g a n d o yo q u e estaba tan sujeto á errar c o m o ellos, d e s e c h é c o m o
(falsas todas las razones q u e antes había t o m a d o por d e m o s t r a c i o
nes; y c o n s i d e r a n d o e n fin q u e a u n los m i s m o s p e n s a m i e n t o s q u e
t e n e m o s d u r a n t e la vigilia, p u e d e n v e n i r n o s e n el s u e ñ o sin q u e
e n t o n c e s n i n g u n o d e ellos sea v e r d a d e r o , m e resolví á fingir q u e
todas las cosas q u e h a b í a n entrado en m i espíritu n o e n c e r r a b a n
m a s v e r d a d q u e las ilusiones d e los sueños. P e r o d e s d e luego a d
vertí q u e m i e n t r a s quería p e n s a r q u e todo era falso, era n e c e s a
rio q u e yo q u e lo p e n s a b a , fuese a l g u n a cosa ; y n o t a n d o q u e es-
!ta v e r d a d , y o p i e n s o l u e g o s o y , e r a t a n f i r m e y s e g u r a q u e las
m a s extravagantes suposiciones de los escépticos n o e r a n c a p a -
<ces d e c o n m o v e r l a , j u z g u é q u e podia recibirla sin escrúpulo p or
el p r i m e r p r i n c i p i o d e filosofía » ( D i s c u r s o s o b r e el M é t o d o , c u a r t a
parte. )
H e d i c h o q u e la d u d a d e D e s c a r t e s e r a u n a suposicion , u n a fic-
'Cion; y c a b a l m e n t e estas son las palabras q u e e m p l e a el m i s m o
autor. E n la ya citada respuesta á las objeciones recogidas por el
P. M e r s e n n e , se halla el siguiente pasaje:
« H e leido c o n m u c h a satisfaccion las observaciones q u e m e h a
beis h e c h o sobre m i p r i m e r tratado d e la filosofía, p o r q u e ellas
m e d a n á c o n o c e r vuestra benevolencia p a r a c o n m i g o , v u e s
tra p i e d a d hacia Dios, y el c u i d a d o q u e os tomais p o r el p r o g r e
so d e su gloria. N o p u e d o dejar d e a l e g r a r m e , n o solo d e q u e h a
yais j u z g a d o m i s razones dignas d e vuestra censura, sino t a m
bien d e q u e n a d a decís á q u e yo n o p u e d a contestar fácilmente.
» E n p r i m e r lugar m e recordais q u e no de veras sino tan solo por
u n a m e r a ficcion , h e d e s e c h a d o las ideas ó los f a n t a s m a s d e los
c u e r p o s p a r a concluir q u e yo soy u n a cosa q u e pienso, po r te
m o r quizás q u e yo n o crea q u e se sigue de esto q u e yo n o soy
t o m o i. 1 S
 sino u n a cosa q n e p ienso; m a s y a os h e h e c h o v e r e n m i s e g u n d a
Meditacion q n e yo m e a c o r d a b a d e esto , ya q u e decia lo s iguiente:
« p e r o p u e d e s u c e d e r q u e est as cosas q u e yo supongo q u e no son,
p o r q u e nolas conozc o, n o s e a n en efecto diferentes d e m í á q u i e n
conozco; n o sé n a d a d e esto, n o m e o c u p o d e esto e n la actuali
dad.» -
C o m o se ve, Descartes n o r e c h a z a el q u e s u d u d a n o s e a u n a
m e r a Accion ; hasta dice e n términos expresos q u e n o h a c e m a s .
q u e a p l i c a r u n m é t o d o c u y a n e c e s i d a d r e c o n o c e n t o d o s los filó
sofos.
« O s suplico, continúa, q u e recordeis q u e p or lo tocante á las
cosas relativas á la voluntad, h e puesto s i e m p r e u n a g r a n distin
cion entre la c o n t e m p l a c i o n d e la v e r d a d y los usos d e la vida:
c on respecto á estos, tan distante m e hallo d e p e n s a r q u e solo
d e b a m o s seguir las cosas conocidas m u y c l a r a m e n t e , q u e po r el
contrario creo q u e ni a u n es preciso a g u a r d a r s i e m p r e las m a »
verosímiles , sino q u e es preciso á veces entre m u c h a s cosas del
t o d o d e s c o n o c i d a s é i n c i e r t a s , e s c o g e r u n a , y a t e n e r s e á ella fir
m e m e n t e , m i e n t r a s n o s e v e a n r a z o n e s e n c o n t r a , c u a l si la h u
b i é s e m o s escogido por motivos ciertos y evidentes, c o m o lo t e n g o
y a e x p l i c a d o e n el D i s c u r s o s o b r e el M é t o d o ; p e r o c u a n d o s o l o s e
trata d e la c o n t e m p l a c i o n d e la v e r d a d ¿quién h a d u d a d o j a m á s
q u e s e a n e c e s a r i o s u s p e n d e r el j u i c i o s o b r e las c o s a s o s c u r a s ó q u e n o
«en distintamente conocidas ? »
Entonces, se nos dirá, ¿ e n q u é consiste el m é r i t o d e D e s c a r t e s ?
E n h a b e r a r i c a d o u n a regla q u e todos c o n o c e n , y pocos e m p l e a n ;
y e n haberlo h e c h o e n u n a é p o c a e n q u e la p r e o c u p a c i o n á favor
de las doctrinas aristotélicas, era todavía m u y poderosa. D e s c a r
tes lo dice t e r m i n a n t e m e n t e ; s u m é t o d o d e d u d a r n o es n u e v o , lo
q u e le faltaba e r a la aplicacion; p u e s por lo tocante al principio
e n q u e se funda, «¿quién h a d u d a d o j a m á s que sea necesario suspen
d e r el juicio s o b r e las c o s a s o s c u r a s , ó q u e n o s o n d i s t i n t a m e n t e
c o n o c i d a s ? »
E n t e n d i d o el m é t o d o d e D e s c a r t e s e n este sentido , es d e c i r , to
m a n d o la d u d a c o m o u n a suposicion , c o m o u n a m e r a ficcion , n o
se o p o n e á los b u e n o s principios religiosos y morales. El p r o f u n d o
filósofo n o se d e s d e ñ a d e tranquilizar sobre este p u n t o á los lec
tores, m a n i f e s t a n d o i n g e n u a m e n t e q u e al c o m e n z a r sus investi
gaciones había puesto e n salvo sus creencias religiosas.
« Y e n fin , c o m o a n t e s d e e m p e z a r á reconstruir la c a s a e n q u e
se habita, no basta el derribarla y h a c e r provision d e materiales
y d e arquitectos ó ejercitarse en la arquitectura y e n trazar cui
d a d o s a m e n t e el diseno del n u e v o edificio, sino q u e es preciso es
 — 2 2 7 -
tar provisto d e a l g u n otro d o n d e se p n e d a vivir c ó m o d a m e n t e
m i e n t r a s se trabaja e n el n u e v o ; p a r a q u e n o estuviese irresoluto
en m i s acciones en tanto q u e la razon m e obligaba á estarlo e n
m i s juicios, y p a r a n o dejar d e vivir entre tanto lo m a s felizmen
te q u e p u d i e r a , m e f o r m é u n a m o r a l provisoria q u e consistía e n
tres ó cuatro m á x i m a s q u e v o y á exponer. L a p r i m e r a es el o b e
decer á las leyes y c o s t u m b r e s d e m i país conservando constante-
mente la Religion en que p o r la gracia de Dios había sido instruido
desde m i infancia < . * . , -
« D e s p u e s d e h a b e r m e a s e g u r a d o d e estas m á x i m a s y haberlas
p u e s t o a p a r t e con las verdades de la fe, que h a n sido siempre las
primeras en m i creencia , j u z g u é q u e podia d e s h a c e r m e l i b r e m e n
te d e l r e s t o d e m i s o p i n i o n e s » [ D i s c u r s o s o b r e el M é t o d o , t e r c e r a
parte). 1
(SOBRE EL CAPÍTULO XIX.)
(XIX.) C o n respecto á la distincion entre el testimonio d e la
co n c i e n c i a y el d e la e v i d e n c i a , así c o m o e n lo t o c a n t e al análisis
d e la proposicion: yo pienso, luego soy, n o c a b e d u d a q u e D e s
ca rtes n o se e x p r e s a c o n bastante precision y exactitud. V é a s e
p o r e j e m p l o el siguiente pasaje d o n d e se nota a l g u n a confusion
d e ideas.
« D e s p u é s d e esto consideré en general lo q u e se necesita p a r a
q u e u n a proposicion sea v e r d a d e r a y cierta, p o r q u e y a q u e y o
a c a b a b a d e encontrar u n a q u e tenia dicho carácter, p e n s é q u e
debia saber t a m b i e n en q u é consiste esta certeza, y h a b i e n d o
n o t a d o q u e en la proposicion , yo pienso, luego soy, n o h a y n a d a
q u e m e a s e g u r e d e q u e yo digo la v e r d a d , sino q u e v e o m u y
c l a r a m e n t e q u e p a r a p e n s a r es preciso ser, j u z g u é q u e p o d i a to
m a r por regla general q u e las cosas concebidas c o n m u c h a clari
d a d y distincion, son todas verdaderas; pero q u e solo h a y a l g u
n a dificultad en notar bien cuáles son las q u e c o n c e b i m o s distin
t a m e n t e . » [ D i s c u r s o s o b r e el M é t o d o , c u a r t a p a r t e ) .
(sobre el capítulo xx.)
(X X . ) L a certeza apodíctica d e q u e h a b l a K a n t e n el citado p a
saje, es la q u e resulta de la evidencia intrínseca d e las ideas; ó
e n otros términos, es la m i s m a q u e e n las escuelas suele l lam ar
se metafísica.
(SOBRE el CAPÍTULO XXI.)
( X X I ) Á m a s d e las cuestiones sobre el principio d e contra
diccion , c o m o único f u n d a m e n t o d e certeza , h a y otras c o n res
pecto á s u i m p o r t a n c i a y f e c u n d i d a d científicas. N a d a b e q u e r i d o
 — 2 2 8 —
prejuzgar aquí sobre estos p u n t o s , p o r q u e m e reservo ventilar
l a r g a m e n t e dichas cuestiones al tratar d e la idea del ser e n ge
neral.
(sobre el capítulo xxii.)
(XXII.) Por u n pasaje d e Descartes d e la cuarta parte de su
D i s c u r s o s o b r e el M é t o d o , c i t a d o e n la n o t a ( X I X ) , s e e c h a d e v e r
q u e á m a s del principio, yo pienso luego soy, admitía el d e la le
gitimidad d e la evidencia; p u e s al b u s c a r lo q u e se necesita pa ra
q u e u n a proposicion sea v e r d a d e r a y cierta, dice q u e h a b i e n d o
n o t a d o q u e si e s t a b a s e g u r o d e la v e r d a d d e esta p r o p o s i c l o n , yo
p i e n s o luego soy, e r a tan solo p o r q u e lo veía c l a r a m e n t e así, cre
y ó q u e podia t o m a r por regla general , q u e las cosas conocidas con
claridad y distincion son todas verdaderas. P o r d o n d e se e c h a de
v e r q u e en el sistema d e Descartes entran dos principios ligados
entre sí, pero m u y diferentes: 1.° el h e c h o d e conciencia del
p e n s a m i e n t o ; 2.° la regla general d e la legitimidad del criterio
d e la evidencia.
E s de notar t a m b i e n q u e h a y aquí cierta confusion d e ideas
q u e h e s e ñ a l a d o y a e n otra parte. N o es exacto q u e el principio,
y o pienso luego soy, sea evidente : la evidencia se refiere á la
consecuencia , p e r o e n c u a n t o al acto d e p e n s a r , n o h a y e v i d e n c i a
p r o p i a m e n t e dicha, sino conciencia. L a evidencia es u n criterio,
m a s n o el único.
(sobre el capítulo xxiii.)
(XXIII.) L o dicho en la proposicion s e g u n d a d e este capítulo
(236), es i n d e p e n d i e n t e d e las disputas sobre el m o d o c o n q u e
el a l m a y el c u e r p o ejercen s u influencia recíproca , c u e s t i o n e s
q u e n o s o n d e este lugar. S e a cual fuere el s i s t e m a q u e se a d o p
te, la influencia es u n h e c h o q u e la experiencia n o s atestigua; lo
q u e m e b a s t a p a r a lo q u e m e p r o p o n g o e s t a b l e c e r allí.
(sobre el capítulo xxiv.)
(XXIV.) P a r a e n t e n d e r m e j o r lo q u e se dice en este capítulo
sobre la evidencia , será útil enterarse bien d e las doctrinas ex
p u e s t a s m a s a b a j o d e s d e el X X V I hasta el X X X I inclusive.
(sobre el capítulo XXV.)
(XXV.) Po r lo dicho e n este capítulo se manifiesta la v e r d a d
d e lo q u e digo en el X X I V , sobre el enlace d e los diferentes cri
terios y la necesidad d e no atenerse á u n a filosofía exclusiva. E l
sentido íntimo , ó la conciencia, sirve d e b a s e á los d e m á s , c o m o
u n h e c h o i n d i s p e n s a b l e ; p e r o él m i s m o s e d e s t r u y e , si s e n i e g a n
los otros.
 - 2 2 9 —
(SOB RE LOS CAPÍTULOS XXVI , XXVII Y XXVIII .)
(XXVI.)
D u g a l d - S t e w a r d (P. 2, cap. 2, sec. 3, § i ) , cita u n p a
saje d e u n a dise rtacion publicada e n Berlín e n 176 4 , q u e n o p a
rece tan p o
c o ra zo n a b l e c o m o p r e t e n d e el a u t o r d e la Filosofí a del
espíritu h u m
a n o . L
o p o n g o á continuacion , p o r q u e la opinion del
filósofo a l e
m a n m e p a r e c e ser la m i s m a q u e h e s ostenido e n el
texto.
« O n i n e s m a t h e m a t i c o r u m proposiliones sunt identica; et re-
praesentantur h a c f o r m u l a , A = A . S u n t veritates identicas, s u b
varia f o r m a expressae, i m o i p s u m q u o d dicitur contradictionis
p r i n c i p i u m v a r i o m o d o e n u n t i a t u m et i n v o l u t u m ; si q u i d e m o m
ites h u j u s generis proposiliones r e v e r a in eo continenlur. S e c u n -
d u m n o s t r a m a u t e m intelligendi facultatem e a est p r o p o s i l i o n u m
differentia , q u o d q u a e d a m longa ratiociniorum serie, alia a u t e m
breviore via , a d p r i m u m o m n i u m p r i n c i p i u m r e d u c a n t u r , et in
illud resolvantur. Sic v g. propositio 2 + 2 = 4 statim h u c cedit,
1 + 1 + 1 + 1 = 1 + 1 + 1 + 1; id est, í d e m est i d e m ; et , proprie
l o q u e n d o , h o c m o d o e n u n c i a n d e b e t : — si c o n t i n g a t a d e s s e v e l
existere q u a t u o r enlia, t u m existunt q u a t u o r entia; n a m d e exis-
tentia n o n a g u n t g e o m e t r a , s e d ea hypotheticc tan t u m subintel-
ligitur. Inde s u m m a oritur certitudo ratiocinia perspicienti ; o b -
servat n e m p e i d e a r u m identitatem , et baec est evidentia ass en-
s u m i m m e d i a t e c o g e n s , q u a m m a t l i e m a t i c a m aut g e o m e t r i c a m
v o c a m u s . Mathesi t a m e n s u a n a t u r a priva n o n est et propria;
oritur e t e n i m ex ¡dentitatis perceptione , quae l o c u m h a b e r e po-
test , etiamsi idese n o n repraesentent e x t e n s u m . »
(SOBRE LOS CAPÍTULOS X X X Y XXXI.)
(XXVII.) H e indicado q u e quizás D u g a l d - S t e w a r d se h a b í a
a p r o v e c h a d o d e las doctrinas d e Vico ; sin q u e por esto q u i e r a
hacerle el cargo q u e se dirigió contra su m a e s t r o Reid , d e q u i e n
se dijo q u e resueilaba las doctrinas del P. Buffler jesuíta. N o obs
tante , p a r a q u e el lector p u e d a juzgar c on pleno c o n o c i m i e n t o
d e c a u s a , p o n g o á continuacion u n notable pasaje del filósofo
escocés, por el cual se v e r á la coincidencia d e a l g u n a s d e s u s
observaciones c on las del filósofo napolitano. M e inclino a creer
q u e si D u g a l d - S t e w a r d h u b i e s e leído á Vico, n o se q u e j a r í a d e la
confusion con q u e explicaron esta doctrina varios autores anti
g u o s y m o d e r n o s .
« E l carácter particular d e esta especie d e evidencia l l a m a d a
demostrativa, y q u e tan m a r c a d a m e n t e distingue las conclusio
n e s m a t e m á t i c a s de las d e otras ciencias, es u n h e c h o q u e d e b e
h a b e r l l a m a d o la atencion de cualquiera q u e c o n o z c a los e l e m e n
 - 2 3 0 —
tos d e la g e o m e t r í a ; y sin e m b a r g o yo d u d o q u e s u c a u s a h a y a
sido s e ñ a l a d a d e u n a m a n e r a satisfactoria. L o c k e no s dice: «lo
q u e constituye la d e m o s t r a c l o n es la evidencia intuitiva d e c a d a
p a s o del r a c i o c i n i o : » c o n v e n g o e n q u e si e s t a e v i d e n c i a fallase
e n u n solo punto, toda la d e m o s t r a c l o n se arruinaria; m a s n o
creo q u e la evidencia d em o s tr a ti v a d e la conclusion d e p e n d a de
esta circunstancia, a u n c u a n d o a ñ a d i é s e m o s esta otra condicion
s o b r e la cual R e i d insiste m u c h o : « q u e p a r a la e v i d e n c i a d e m o s
trativa es necesario q u e los p r i m e r o s principios s e a n intuitiva
m e n t e ciertos.» Al tratar d e los a x i o m a s , hice notar la inexacti
t ud de esta observacion, m a n i f e s t a n d o a d e m á s q u e en las m a t e
máticas, los p r i m e r o s principios de nuestros raciocinios n o son
los a x i o m a s sino las definiciones. S o b r e esta ú lt i ma circunstancia,
es decir, sobre esta condicion d e discurrir partiendo d e definicio
nes, se d e b e f u n d a r la v e r d a d e r a teoría d e la d e m o s t r a c i o n m a
temática. Y o y á d e s e n v o l v e r a q u í e x t e n s a m e n t e esta doctrina,
indicando al m i s m o t i e m p o a l g u n a s d e las c o n s e c u e n c i a s m a s
i m p o r t a n t e s q u e d e ella d i m a n a n .
« C o m o n o quiero r e c l a m a r i n j u s t a m e n t e los h o n o r e s d e la in
vencion, d e b o c o m e n z a r por declarar q u e la idea matriz d e esta
doctrina h a sido m a n i f e s t a d a y a u n d e s e n v u e l t a c o n extension
p o r diversos autores tanto antiguos c o m o m o d e r n o s ; p e r o en to
d o s ellos se la e n c u e n t r a d e tal m o d o c o n f u n d i d a c o n otras consi
d e r a c i o n e s del todo extrañas al p u n t o d e la discusion , q u e la
atencion del autor y del lector se distrae del único principio del
cual d e p e n d e la solucion del p r o b l e m a .
« H e m o s visto y a en el p r i m e r capítulo d e esta parte q u e m i e n
tras en las d e m á s ciencias las proposiciones q u e se h a n d e esta
blecer e x p r e s a n s i e m p r e h e c h o s reales ó supuestos, las d e m o s t r a
d as e n las m a t e m á t i c a s e n u n c i a n s i m p l e m e n t e u n a c o n e x i o n e n
tre ciertas suposiciones y ciertas consecuencias. Así en las m a t e
m á t i c a s nuestros raciocinios tienen u n objeto m u y diferente del
q u e nos sirve en los otros usos de las facultades intelectuales;
p u e s q u e se p r o p o n e n , n o consignar v e r d a d e s relativas á exis
tencias reales , sino d e t e r m i n a r la filiacion lógica d e las c o n s e
cuencias q u e d i m a n a n d e u n a hipótesis dada. Si partiendo d e es
ta hipótesis rac io cin amos c on exactitud, es claro q u e n a d a p u e d e
faltar á la evidencia del resultado , p u e s q u e este se limita á afir
m a r u n enlace necesario entre la suposicion y la conclusion ; e n
las otras ciencias, a u n s u p o n i e n d o evitada la a m b i g ü e d a d del
lenguaje, y r i g u r o s a m e n t e exactos todos los pasos de la d e d u c
cion, nuestras conclusiones serian s i e m p r e m a s ó m e n o s Incier
tas, p u e s q u e e n definitiva estriban sobre principios q u e p u e d e n
 — 2 3 1 —
-corresponder ó n o c o r r e s p o n d e r c o n los h e c h o s » (P. 2, cap. i,
sec. 3). E s t a es e x a c t a m e n t e la doctrina d e Vico sobre la c a u s a
-dela diferencia e« los g r a d o s d e evidencia y certeza; bien q u e
este filósofo eleva á u n sistema general, p a r a explicar el proble
m a d e la inteligencia, lo q u e el e s c o c é s solo c o n s i g n a c o m o u n
h e c h o p a r a señalar la razon d e la evidencia m a t e m á t i c a . El
9. Buffier (Trat. d e las p r i m e r a s v e r d a d e s , p. 1 , cap. 11 ) explica
lo m i s m o c o n m u c h a claridad.
H e dicho t a m b i e n q u e atendida la infatigable laboriosidad q u e
-distingue á los a l e m a n e s , n o fuera extraño q u e hubiesen leido a
los e s c o l á s t i c o s : esto s e c o n f i r m a , si s e a d v i e r t e q u e L e i b n i t z re
c o m i e n d a m u c h o esta lectura; y n o es regular q u e se h a y a n olvi
d a d o del consejo d e u n autor tan c o m p e t e n t e , los a l e m a n e s m a s
m o d e r n o s .
E n t r e los varios pasajes d e Leibnitz sobre los escolásticos, pre
s e r o a d u c i r el siguiente q u e m e p a r e c e s u m a m e n t e curioso. « L a
v e r d a d está m a s difundida d e lo q u e se cree; pero c o n harta fre
c u e n c i a se la halla envuelta, debilitada, mutilada, c o r r o m p i d a
c o n a d i c i o n e s q u e la e c h a n á p e r d e r , ó la h a c e n m e n o s útil. N o
t a n d o esas huellas d e v e r d a d en los antiguos, ó p a r a hablar m a s
g e n e r a l m e n t e , e n los anteriores , se s a c a d a oro del fango, el dia
m a n t e d e su m i n a , luz d e las tinieblas; y esto seria en realidad
perennis queeiam philosophia. H a s l a se p u e d e decir q u e se notarla
a l g u n progreso e n los conocimientos. Los orientales tienen ideas
g r a n d e s y h e r m o s a s sobre la divinidad: los griegos a ñ a d i e r o n el
raciocinio y u n a f o r m a científica; los P a d r e s d e la Iglesia de se
c h a r o n lo q u e había de m a l o e n la filosofía de los griegos; pero
los escolásticos trataron d e e m p l e a r ú t i l m e n t e p a r a el cristianis
m o lo q u e h a b i a d e aceptable e n la filosofía d e los p a g a i o s . R e
p e t i d a s v e c e s h e d i c h o : a u r u m latere in slercore illo scolastico b a r
barico; y desearía q u e se pudiese encontrar a l g u n h o m b r e hábil,
v e r s a d o e n esta filosofía irlandesa y española, q u e tuviese incli
n a c i o n y c a p a c i d a d p a r a sacar lo q u e e n ella h a y d e b u e n o . Estoy
seguro que su trabajo seria recompensado con m u c h a s verdades bellas
é importantes. E n otro t i e m p o h u b o e n Suiza u n escritor q u e m o -
tematizó e n la escolástica; sus obras son p o c o conocidas; p e r o lo
q u e d e ellas h e visto m e h a parecido p r o f u n d o y digno d e consi
d e r a c i o n » (Carta 3 á M. R e m o n d d e M o n t m o r t ) .
Así habla Leibnitz, u n o de los h o m b r e s m a s e m i n e n t e s d e l o s
t i e m p o s m o d e r n o s , y d e q u i e n Fontenelle h a dicho c o n razon,
q u e « c o n d u c í a d e frente t o d a s las c i e n c i a s . » V é a s e p u e s si a n d u
v e d e s c a m i n a d o al r e c o m e n d a r el estudio d e a q u e l l o s a u t o r e s , á
q u i e n desee adquirir e n filosofía conocimientos profundos. A u n
prescindiendo d e la utilidad intrínseca, seria c o n v e n i e n t e dicho
 - 2 3 2 —
estudio p a r a p o d e r j u z g a r c o n c o n o c i m i e n t o d e c a u s a u n a s es
cuelas que, valgan lo q u e valieren, o c u p a n u n a p á g i n a e n la his
toria del espfrilu h u m a n o . - , ,
(sobre el capítulo XXXII.)
(XXYHl.) El autor á quien aludo (317) es Fenelon, q u i e n bajo»
el n o m b r e d e sentido c o m u n , c o m p r e n d e t a m b i e n el criterio d e
la evidencia, c o m o se e c h a d e ver e n el siguiente pasaje: « ¿ Q u é
es el sentido c o m u n ? ¿ n o consiste e n las p r i m e r a s nocion es q u e
todos los h o m b r e s tienen de las m i s m a s c o s a s ? E s t e sentido co
m u n q u e s i e m p r e y en todas partes es el m i s m o , q u e previene-
todo e x a m e n y hasta le tiene p o r ridiculo e n ciertas cuestiones,
e n las cuales se rie e n vez d e e x a m i n a r ; q u e r e d u c e al h o m b r e á
n o p o d e r d u d a r por m a s q u e en ello se esfuerce ; este sentido q u e
pertenece á todos los h o m b r e s , q u e solo e sp e ra ser c o n s u l t a d »
p a r a m o s t r a r s e y d e s c u b r i r n o s d e s d e luego la evidencia ó lo a b
s u r d o d e la c u e s t i o n , ¿ n o es esto lo q u e y o l l a m o m i s i d e a s ? H é l a s
aquí, pues, estas ideas ó nociones generales q u e y o n o p u e d o
c o n t r a d e c i r ni e x a m i n a r , s e g u n l a s c u a l e s p o r el c o n t r a r i o , lo'
e x a m i n o y lo j u z g o lodo, d e m a n e r a q u e e n v e z d e contestar m e
rio, c u a n d o se m e p r o p o n e algo c l a r a m e n t e opuesto á lo q u e m e
representan estas ideas inmutables.)! (Existencia d e Dios, p. 2,
n. 33).
E s i n d u d a b l e q u e en este pasaje habla F e n e l o n d e la evidencia,
p u e s q u e á m a s d e q u e e m p l e a este m i s m o n o m b r e , se refiere á
las ideas inmutables; po r sentido c o m u n entiende las . m i s m a s
ideas generales por las cuales j u z g a m o s d e todo , ó e n otros tér
m i n o s , las ideas d e d o n d e n a c e la evidencia.

FIN D E LAS NOTAS.

 Í N D I C E

D E LAS

M A T E R I A S D E L T O M O P R I M E R O .

L I B R O P R I M E R O .
D E L A C E R T E Z A .

pío.
C A P Í T U L O P R I M E R O .
Importancia y utilidad de las cuestiones sobre la certtza.
C i m i e n t o d e la filosofía. Universalidad y constancia d e las
disputas sobre la certeza. Significado. A m p l i t u d d e la c u e s
tión. Utilidad. S u influencia sobre el espíritu 7
C A P Í T U L O II.
Verdadero estado de la cuestion.
Tres cuestiones. E j e m p l o . Objeto y d e b e r e s d e la filosofía e n
este punto. N o c o m i e n z a p o r u n e x a m e n . Ficbte. Pirron.
N e c e s i d a d d e la certeza. S u exis tencia y su naturaleza.
Berkeley. Confesion d e H u m e . U n prurito pueril. Sobrie
d a d necesaria al espíritu. L a cert eza anterior á todo ex a
m e n n o es ciega. El d o g m a t i s m o y el escepticismo. S e rec
tifica u n dicbo d e Pascal , . 10
C A P Í T U L O III.
D o s certezas.
L a del g é n e r o h u m a n o y la filosófica. L a certez a y la refl e
xion. El desarrol lo de las facultades h u m a n a s n o es refl e
xivo. E x p e r i m e n t o s . Esterilidad d e la filosofía c o n respe c
to a la certeza. S u s peligros. S u objeto m a s raz ona ble. C o n
tradiccion d e los filósofos. Resultado 17
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O IY.
S i existe la ciencia t r a s c e n d e n t a l e n el ú r d e n intelectual
absoluto.
P r i m e r principio. O b s e r v a c i o n preliminar. V e r d a d p r i m e r a .
Diferentes aspectos d e la cuestion. Santo T o m á s . Male-
b r a n c h e . Conjetura sobre la ciencia trascendental, u n o d e
los caracteres distintivos d e la inteligencia. L a inteligen
cia y la unidad. E j e m p l o s de las artes y d e las ciencias.
H e d i d a d e la elevacion de las inteligencias. Carácter del
genio 15
C A P Í T U L O V.
N o existe la ciencia t r a s c e n d e n t a l e n el o r d e n intelectual h u m a n o ;
n o puede d i m a n a r de los sentidos.
Objeto de la sensacion. N o h a y u n a , origen de la certeza d e
las d e m á s . O p e r a c i o n de las cataratas. Dificultad d e expli
c a r el desarrollo d e los sentidos , y la relacion d e las s e n
saciones. Inutilidad d e esta explicacion p a r a la ciencia
trascendental. L a estatua d e Condillac. Observaciones. R e
sultado 8 2
C A P Í T U L O YI.
Continua la discusion sobre la ciencia trascendental.
Insuficiencia d e las v e r d a d e s reales. Descrédito del s e n s u a
lismo. V e r d a d e s reales y v e r d a d e s ideales. Insuficiencia
d e la v e r d a d real finita. D o s c o n o c i m i e n t o s d e la v e r d a d
primera. N e c e s i d a d d e f e c u n d a r las v e r d a d e s reales co n
v e r d a d e s ideales. L a u n i d a d d e Descartes es triple. L a ley
ú n i c a del universo. S u s relaciones c o n la ciencia tras
cendental 38
C A P Í T U L O VII.
Esterilidad de la filosofía del yo p a r a producir la ciencia
trascendental.
Conciencia y evidencia. U n a de las ca u sa s de la oscuridad y
esterilidad d e la filosofía a l e m a n a d e s d e Fichte. U n a v e n
taja d e Kant. Esterilidad del yo c o m o e l e m e n t o científico.
L o subjetivo y lo objetivo. Acto directo y acto reflejo. E s
t e r i l i d a d d e s u c o m b i n a c i o n si les faltan las v e r d a d e s n e
cesarias. L o q u e s a b e m o s del yo. L a conciencia universal.
El p a n t e í s m o espiritualista. D u a l i d a d de relacion en todo
acto d e inteligencia. D i l e m a contra la filosofía del yo. R e -
 ÍNDICE. PÍO-
fl exion f u n d a m e n t a l del sistema de Fichte. S u m é t o d o er
ró neo. Aserciones gratuitas. Acto primitivo. Reflexiones.
A c t o de ter mi nad o. Esterilidad de la doctrina d e Fichte p a
ra e n c o n t r a r el p r i m e r principio. A q u é se r e d u c e el a p a
ra to d e su análisis. Fichte y Descartes. V e n t a j a del filósofo
fr ancés. P a n t e í s m o del sistema d e Fichte 40
C A P Í T Ü L O V I H .
L a identidad universal.
L o i n f u n d a d o d e este error. U n dilema. Contradiccion d e
ciertos filósofos. S u sistema. Schelling. U n a c a u s a d e este
error. Dificultades del p r o b l e m a del conocimiento. A r g u
m e n t o de los sostenedores de la identidad. Inutilidad d e
esta doctrina p a r a explicar el c o n o c i m i e n t o . D u a l i d a d e n
vuelta e n el acto d e conocer. Desarrollo d e esta o b s e r v a
cion. S u m a y o r fuerza contra la filosofía del yo. El miste
rio d e la Trinidad Platon. Intuicion del yo. Principio d e
ser y d e c o n o c e r 81
C A P Í T U L O IX.
C o n t i n u o el e x á m e n del s i s t e m a d e la i d e n t i d a d universal.
Instinto intelectual e n b u s c a de la unidad. Q u é es esta uni
dad. L a u n i d a d e n la filosofía. L a filosofía y la religion.
D o s p r o b l e m a s capitales sobre la representacion intelec
tual. Descartes. Vindicacion de M a l e b r a n c h c 89
C A P Í T U L O X.
Jil p r o b l e m a de la representacion.
M ó n a d a s d e Le ibnitz. Peligros d e la exageraclon e n la uni
d a d científic a. H e c h o único. S us inconveniente s. U n efu
gio. M ó n a d a s de Leibnitz. L o i n f u n d a d o d e estas hipótesis.
T a m p o c o f u n d a la ciencia trascendental. Diferen cias entre
este sistema y el d e los panteistas m o d e r n o s 61
C A P Í T U L O XI.
E x á m e n del problema de ta representacion.
T r e s f u e n t e s d e r e p r e s e n t a c i o n . R e l a c i o n d e lo r e p r e s e n
tante c on lo representado. C o n s e c u e n c i a e n favor d e la
existencia d e Dios , s a c a d a d e las relaciones d e los seres
intelectuales y del universo corpóreo. D o s relaciones in
m e d i a t a y mediata. Objetividad d e toda idea. U n i o n d e lo
inteligente c o n lo entendido. L a identidad fuente d e re
presentacion. C u á n d o y d e q u é m a n e r a * 8
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O XII.
Inteligibilidad inmediata.
R e p r e s e n t a c i o n activa j pasiva. Doctrina d e S a n t o T o m á s y
del c a r d e n a l Cayetano. Reflexiones. U n h e c h o e n s u a p o
yo. D o s condiciones d e la inteligibilidad inmedi at a. C o n s e
c u e n c i a s ideológicas. R e s u m e n de la doctrina so bre la in
teligibilidad
C A P Í T U L O XIII.
Representacion de causalidad y de idealidad.
L a causalidad origen d e representacion. P r o f u n d i d a d d e S a n
to T o m á s c o m o filósofo. Idealidad. D o s proposiciones ca
pitales. Condiciones p a r a q u e la causalidad sea suficiente
origen d e representacion. U n a observacion sobre las cien
cias naturales. N u e v a refutacion d e la ciencia trascen
dental. L o absoluto. Reflexiones sobre esta doctrina. L a
representacion ideal se r e f u n d e e n la causal. Yico. D o s
c o n s e c u e n c i a s importantes. U n a observacion sobre las
ideas-retratos. Indicacion d e varias cuestiones sobre las
ideas. .
C A P Í T U L O XIY.
I m p o s i b i l i d a d d e h a l l a r el p r i m e r principio e n el o r d e n ideal.
Esterilidad d e las v e r d a d e s ideales c o n respecto al m u n d o
real. Aplicaciones. N e c e s i d a d d e la u n i o n d e las v e r d a d e s
reales con las ideales. Esterilidad del ó r d e n n o g e o m é t r i c o
p a r a el g e o m é t r i c o y vice-versa
C A P Í T U L O X V .
L a condicion i ndispensable de todo conocimiento h u m a n o .
M e d i o s d e percep c lon d e la verdad. Es t a do d e la cuestion.
Distincion. Con c iencia. Evidencia. Instinto intelectual ó
sentido c o m u n . Tres ó r d e n e s de verdades. Carácter y di
ferencias de lo s m e d i o s d e percepcion y sus objetos. U n a
observacion so b re el desarrollo de las facultades del h o m
bre
C A P Í T U L O XVI.
C o n f u s i o n d t i d e a s m las d i s p u t a s sobre el principio f u n d a m e n t a i .
A n o m a l í a s . S u s causas. E s t a d o d e la cuestion
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O XVII.
L a existencia del pensamiento.
Principio d e Descartes. Indemostrabilidad d e la existencia.
N o todo se p u e d e demostrar. Aplicaciones. P u n t o d e p a r
tida d e nuestros conocimientos D o s sentidos del principio
d e Desc artes. S e explica la m e n t e del filósofo. 93
C A P Í T U L O XVIII.
M a s sobre el principio d e Descartes.
S u m é t o d o . A m b i g ü e d a d del lenguaje d e Descartes. S n idea
capital S n d n d a metódica. E n q u é sentido es posible . Apli
caciones. O b s e r v a c i o n sobre los extravíos d e los r e f o r m a
dores. A c u e r d o de Descartes c on todas las escuelas. Locke.
Condillac 98
C A P Í T U L O X I X .
L o q u e vale el principio , y o pienso.
S u análisis. Significado de-la proposicion , yo pienso. C ó m o se
d istingue de la proposicion m i s m a . E x a m e n d e ell a bajo el
a specto lógico. Condiciones de su posibilidad. F o r m a c i o n
d e la idea del yo. Relaciones d e la existencia c o n el p e n
s amiento. Resolucion d e tres cuestiones 104
C A P Í T U L O X X .
Verdadero sentido del principio de contradiccion.
O p i n i o n d e Eant. F ó r m u l a del principio. O p i n i o n del filósofo
a l e m a n . Juicios analíticos y sintéticos. A n t i g ü e d a d d e es
ta distincion. E n m i e n d a de K a n t en la f ó r m u l a del princi
pio. N o tiene f u n d a m e n t o . E q u i v o c a c i o n en la f ó r m u l a d e
Kant. Aplicaciones. Rectificaciones 111
C A P Í T U L O X X I .
Si el principio, de contradicc i o n m e r e c e el titulo d e f u n d a m e n t a l ,
y en qué sentido.
Seis proposiciones sobre es ta m a t e r i a 128
C A P Í T U L O XXII.
El principio de la evidencia.
F ó r m u l a l l a m a d a d e los cartesianos. S u trasformacion. S u
cotejo c o n la d e Ean t. El principio d e la evidencia n o es
evidente.. Anomalía. . S u explicacion 1 M
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O XXIII.
Criterio de la conciencia.
Objeto de este criterio. Conciencia directa y conciencia refle
ja. S u s caracteres y diferencias. O b s e r v a c i o n e s sob re la
fuerza intelectual e n estos dos sentidos. Relaeion de la
concien cia c o n los d e m á s criterios. Cinco proposic iones
q u e r e s u m e n la d o c t r i n a s o b r e el criterio d e la c o n cien
cia 131
C A P Í T U L O X X I Y .
Criterio de la evidencia.
S u s caracteres. Ev ide nci a inme diata. L a evidencia es u n a
especie d e c u e n t a y razon. D e d ó n d e d i m a n a su necesidad
y universalidad. Valor subjeti vo d e l a evidencia. Y a l o r o b -
jetivo. Cuesliou i m p o r t a n t e 137
C A P Í T U L O X X V .
Valor objetivo de las ideas.
E s t a d o d e la cuestion. Doc tr ina de Descarte s. Si se p u e d e
p r o ba r la veracidad de la ev iden cia. U n a r g u m e n t o e n
pr o f u n d a d o en la necesi da d. Flch te. Si se niega la objeti
vi dad d e las ideas se a rr uin a la u n i d a d d e conci encia.
C o n s e c u e n c i a s a b s u r d a s lil
C A P Í T U L O X X V I .
Si todos los conocimien los se reducen & la percepcion de la
identidad.
O b s e r v a c i o n e s preliminares. Q u é se afirma ó se niega en to
d o juicio. Q u é significa la igualdad e n los juicios m a t e m á
ticos 149
C A P Í T U L O X X V I I .
Continua cion.
L a f ó r m u l a A es A. C ó m o se aplica á las m a t em á t i c as . E j e m
plo e n las tra sformneiones de u n a ecuacion. Reflexi ones.
Car acteres d e nuestra inteligenc ia. U n a neces idad, y u n a
fac ultad. D u g a l d - S t e w a r d . S e co ntesta 4 H > a dificult ad d e
est e autor ¿ . . . 1 5 3
 C A P Í T U L O XXVII I.
Continu acion.
Aplicacion de la doctr ina d e la ide ntidad á los silogismos. U n a
observacion sobre el e n t i m e m a . Obje to y utilidad d e los
m e d i o s dialécticos. A m p l i a c i o n d e la doctrina c o n e j e m
plos geométricos y algebraicos 188
C A P Í T U L O X X I X .
Si h a g verdaderos juicios sintéticos á prlori , en el sentido d e
Kant.
Doctrina del filósofo a l e m a n . E x a g e r a c i o n d e sus pret ensio
nes. S u equivocacion sobre losjulcios m a t e m á t i c o s . C o m
binacion del análisis d e los conceptos co n su c o m p a r a
cion. Q u é se necesita p a r a la síntesis s e g u n Kant. E n q u é
consiste la x q u e él busca. R e s u m e n d e la doctrina sobre
los juicios analíticos y sintéticos 163
C A P Í T U L O X X X .
Cri terio de Vico.
S u sistema. S u aplicacion teológica. E x a m e n . Objeciones,
bajo el aspecto filosófico y el teológico. Doctrina d e S a n t o
T o m á s . El criterio d e Vico y el e s c e p ti c i s m o 173
C A P Í T U L O X X X I .
Continuacion.
El criterio d e Vico en e l ó r d e n d e las v e r d a d e s Idea les. A r
g u m e n t o s en su favor . I m p u g n a c i o n . Juicio del s i s t e m a
d e Vico. H a s t a q u é p u n t o es aceptable. S u mér ito. S u s in
convenientes. D u g a l d - S t e w a r d , de a c u e r d o c o n V ico. L os
escolásticos 183
C A P Í T U L O X X X I I .
Criterio del sen tido c o m un .
Significado d e estas palabras. Apli caciones. E n q u é consiste.
R e s e n a c on respecto á los d e m á s criterios. Si es criterio
infalible. Cua tro caracteres d e s u infalibilidad. E j e m p l o . . 189
C A P Í T U L O XXXIII.
Error de L a - ! H e n n a i s s o b r e el c o n s e n t i m i e n t o c o m ú n .
S u s istema. Conf usion d e las dos palabras sensus y consensus.
S u criterio n o p u e d e ser el único. D e m o s t r a c i o n . R e s e d a .
O r i g e n del err or de La-Hennais. S e d e s h a c e u n a dificultad.
S u s paradojas sobre las m a t e m á t i c a s . U n a observacion. . 198
 C A P Í T U L O X X X I V .
R e s u m e n y conclusion.
S á p i d a exposicion d e las doctrinas contenidas e n este tomo.
E n l a c e d e las m i s m a s . Alianza d e los criterios. U n a ley d e
nuestro espíritu. Inconvenientes d e u n a filosofía exclusiva.
L a filosofía es po sible sin escepticismo y sin e x t r a v a g a n
cias. U n m é t o d o filosófico puesto en f o r m a d e alegoría. . 2 0 3
N o t a s 2 1 3

FIN.
Top. | ArK. -o _ í
£ I

JH I U l I l GD e e n p e ár a r l t l a t am t e nd i a d C e a t C a u l l u t n u y r aa