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Quaderni di "MUSE ITÂLÍCHE"

PLÍNIO SALGADO
DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Como eu vi a Italia-Come lio visto í Italia

(Conferencia pronunciada
na Sociedade Italiana de
Cultura "Muse Italiche".)

8 A O P A V L O

Sociedade Editora Latina


m m n i A N i & h t k v a n o n i

AEL/IFCH/UNICAMP
Socielà Italiana ili Cultura "MUSEITALICHF "

AV. IJRIfi. LUIZ ANTONIO, 60 - sob. — Tel.: 2-0741 - O. Postule, 3821

L a Socletli é a t a t a f o n d a t a nel 11)26 collo s c o p o di


ii) p r o m u o v e r e e p a t r o c l n a r e r a p p r e s e n t a z i o n i dei t e a t r o Italiano dl
prosa.
i>) ó r g a n l z z a r e e o n f e r e n z o l e t t e r a r l c e c o l t u r a l l In g e n e r e .
c) I n d l r e c o n c o r s i l e t t e r a r l e n r t l s t l c l .
il) d l í f o n d e r e con p u b b l i c l i e l e t t u r e l a c o n o s c e n z a dei m i g l l o r i l a v o r l
d e l i a l e t t e r a t u r a i t a l i a n a e l a v l t a dei n o s t r l s o m m l .
c) o r g a n l z z a r e c o n o e r t l di m u s i c a I t a l i a n a ,
f ) p a t r o c l n a r e e s p o s l z i o n l di a r t i f i g u r a t l v e .
B) p r o m u o v e r e , o a d e r l r e , a f e s t e c o m m e m o r a t l v e di i t a l l a n i l l l u s t r l .
h ) f o n d a r e unsi b u o n a b i b l i o t e c a dl o p e r e i t a l i a n e , n o n e s c l u d e n d o 1
g r a n d l l e t t e r a t i b r a s l l l a n l , ed a l t r i a u t o r l s t r a n l e r l .
D a l l a s u a f o n d a z l o n e h a s v o l t o ln q u e s t o m o d o 11 s u o p r o g r a m m a .
l o) H a f a t t e m a n f e s t a z l o n l a r t l s t l c h e , m u s i c a l ! e d r a m m a t i c h e .
La compagnla drammatlea dlretta dall'altrlce Tina Lambertini, ba rap-
pregêiitato; "Itomnntlelmiio" r r l l o g l i i ill D o r l n n " d l G. R o v e t t a -— " S e u n i -
l > o l o " e « M n e n t r l n i r » d l I>. N l c c o d e m l , " L n f l n c c o l n « o t t f l II m o g g l o " d i G .
i l ' A n n i i n z i o — " I I T e s s l t n r e " d i f ) . T u m l a t l — " I j i i m o b i l e <|el riottorr" dl
Z a m b a l d l — " I . i i c n r l i O i í n r n " dl M a r l o H e r r l n l — " L a l o c n u d l e r n " e " L n serra
i i m o r o H i i " d i C. G o l d o n ' — « C o m « - !<• f u n i l « ' " — " l l c m i a rilscrezlniie"
" T r l s t l n n i o r l " di G . GlaOOSa — " I I p l n e e r e i l c l l V m e N t A " , " L n i n u r m i " L n
p n t e u t « " dl L. P r a n d e l l o — " M n l e r n l t f t " , " P l o c o l n f o n t e " , " N n e r i l n í l n e l
I m l o " . " D o n P i e t r o C l i r u i i o " , " P r u t t o i i c e r b o " rlI R B r a c c o — " S l y " dl G .
Korzano " A d í l i o G l o v l n < - / / . u " dl K. O a m a s l o N . O x l l l a — " F r n iiiic g u i m -
.•liill" dl A . T e s t o n i — " I / n i n o g l l e l i i n i i i n o r n t n " - dl C e n z a t o — " L a v e n n
i l ' n r < i " d l O. Z o r z l — " t J e e l i l l m l " d l C o r s i n H a l v l n l " Q n e l l o riu- , , „ „
i ' n s | i e t < l " dl B a r x l n l i F r n c o a r o l t — "'»liirlo e M n r l n " dl S a b a t i n o L o p e s
<•1,11 Iiiowlle o n e x l n " d l O. A, T r a V e r s I — " L u e l f e r o " B . A. H u t t l — " \ „ n
n n i n r m l c o s i ' " d l A. F r a c c a r o l l — " I W n r t l l " d l A. T o r e l l i — " | „ , m n n e l i e r e
e ll v o l t o " d l L . C h i a r e l l l .
I.o l i a p a t r o c l n a t o d u o r e c i t o dl R u g K e r o R u g g e r i o u n a dl T o t n m a s o
.Marcelllnl.
2,o Ma o r g a n l z z a t o u n a g r a n d e l i s p o s l z l o n e d a r t e l t a l o » b r a s l l t a n a .
3.o II» b a n d i t o u n c o n c o r s o d r a m m a t l c o .
4.o H a b a n d i t o duo c o n c o r « l " p e r u n a a n t o l o g i a dl p o e t l b r a s l l l a n l t r a -
d o t t l in I t a l i a n o " u " p e r u n a a n t o l o g i a dl p o e t l I t a l l a n i t r a d o t t l In p o r t o g l u H c ,
r, o H a c o m m e m o r a t o ! l f l l e o n o r a D u s e , A l e s s a n d r o M a n z o n i , F r a n c e s c o
Orispl, U g o F o s c o l o .
8,o l i a p a t r o c l n a t o c l n q u e r o r s l dl c u l t u r a , t e n u t l d a l l a d o t t . Y o l a n d a
forso.
7,o H a promosso un corno dl letteratura tenuto dal dott, Ferruccio
Hubblanl.
8.o 1'ubbllcn "II l i b r o I t a l i a n o " — o r g a n o d o l l a p r o p a g a n d a dol l i b r o
I t a l i a n o ln B r a s i l » .
li o l i a p r o m o s s o u n c o r s o dl c u l t u r a m u i l c a l e t e n u t o dal d o t t . F e r -
ruccio Hubblanl.
10,0 t i a f o n d a t a l a p r i m a l l l b l l o t c c a o l r c o l a n t e In l l r a x l l n , r i c c a d l
Oltre Ire ml la v o l u m l .
II,o l i a c r c a t o u n a H e s l o n e — l l b r e r l a p e r l a v e n d i t a dl l l b í l I t a l l a n i .
I2,o H a o t t e n u t o p e r I soei f a c l l l l a x l o n l p e r la I s o r l a l o n e a l f A c e a d o -
tnla musical.' dl San 1'nolo.
1,1,0 llii c r e a t o u n D o p o - s c u o l n , c o n l a a o l l a b o r a & l o n e d l s e t t e I n s e -
g n n n t l scoltl f r a i mlgíllorl H m e g n a n t l i t a l l a n i dl Ban P a o l o .
li o iin p r o m o R i o u n a c o n f c r e n i t t » O l l a " U c o n o U o n l o o m o d e r n a " dl A
II, t l r n g a g l l n ,

AEL/IFCH/UNICAMP
C O
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Quaderni di "MUSE ITALICH I '

P L Í N I O S A L G A D O
DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

(Conferencia pronunciada
na Sociedade Italiana de
Cultura "Muse Italiche".)

USO M U L O

Sociedade Editora Latina


RUimiANI & 8TKVANOM

llf

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Se le feste dello spirito sono quelle che soddisfano ed esal-
t a n o di piu', io esprimo, questa sera, tutta la gioia e la soddi-
sfazione delia nostra Societá per r a v v e n i m e n t o che si compie.
"Hoc erat in votis".
A che cosa tendeva e tende la nostra modesta ma — senza
vanteria e presunzione — instancabile attivitá? A t t r a v e r s o la
valorizzazione degli elementi artistici e culturali che sono cosi'
gran parte délia nostra storia, noi abbiamo voluto, si', e vogliamo
tener desto lo spirito degli italiani per un passato ed un presente
di cui essi non hanno che da inorgoglirsi ; abbiamo voluto anche
e vogliamo, attraverso le manifestazioni, pure e serenanti, del-
l'arte e delia cultura rendere piu' lieve o piu' proficuamente
sentita la sofferenza di una lontananza, purtroppo senza mi-
sura di tempo, dalla Patria, in una vita, senza dubbio non triste
per 1'ospitalitá che ci é offerta, a l t r e t t a n t o indubbiamente meno
lieta, perché, non sempre e in ogni occasione, f r a t e r n a m e n t e
vissuta.
Questo abbiamo voluto e vogliamo con la stessa volontá di
tutte le Istituzioni italiane all'Estero, seguendo le direttive date
a tutti gl'itailiani all'Estero dal Governo d'Italia, il quale, se
pure, meritamente, si esalta per la grandezza qualitativa e quan-
titativa delia Patria, entro i suoi, oramai, ben definiti e conso-
'idati confini. non puó né vuole disinteressarsi di questa "dia-
s p o r a " meravigliosa e grandiosa dei suoi figli nel mondo, e ne
vuol fare, non fermento di ingiustificati e condannevoli attacchi
alie varie nazionalitá, ma come punti di riíerimento per il pro-
fícuo Iavoro degli uomini nel m o n d o ; ben sapendo che riferirsi
a i r i t a l i a vuol dire riferirsi a Roma, e che riferirsi a R o m a vuol
dire riferirsi a un c e n t r o di civiltá che le due piu' grandi espe-
rienze collettive delia storia, la romana e la cattolica, hanno
reso di inconfondibile luce nei secoli.
Ma abbiamo pure voluto e vogliamo altro. che sembra ca-
ratterizzare la nostra attivitá di Associazione. Molti di noi,
che qui da lungo tempo vivono e lavorano, hanno sentito an-
che se non sempre chiarito nei suoi elementi e nclle sue ragioni
— il tormento di non essere compresi e di non comprendere.
Altri forse non destinati a vivere qui, ma destinati all'abi-
tudine di tutto comprendere, si sono proposti di comprendere,
P a n a n d o davanti agli edifici (love é cosi apparente 1'impronta

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" A s festas do espirito são as que mais satisfazem e as que
mais exaltam. P o r isso, eu traduzo, nesta noite, todo o prazer e
toda a alegria da nossa sociedade pelo atual acontecimento. " H o c
erat in votis". Pois a que se destinava e se destina, de fato, a
nossa modesta, porém — sem vangloria e sem presunção — in-
cansável atividade?
Atravez da valorização dos elementos artísticos e culturais
que representam grande parte da nossa historia, nós quizemos,
sim, e queremos, ter vigilante o espirito dos italianos para um
passado e um presente de que eles não podem deixar de orgu-
lhar-se ; quizemos, também, e queremos, atravez das manifesta-
ções puras e serenas da cultura e da arte, t o r n a r mais leve e mais
proficientemente sentido o sofrimento de uma ausência, que, in-
felizmente não se calcula no tempo, da P a t r i a ; numa vida, sem
duvida, não triste pela hospitalidade que nos é oferecida, mas,
c e r t a m e n t e menos feliz, porque nem sempre e comumente, fra-
t e r n a l m e n t e vivida por nós.
E isso é o que quizemos, e queremos, com a mesma vontade
de todas a instituições italianas no exterior, segundo as diretri-
zes traçadas a todos os italianos no estrangeiros pelo governo
da Italia. O qual si se exalta, merecidamente, diante da grandeza
qualitativa e quantitativa da Patria, d e n t r o das uas fronteiras
bem definidas, não quer, nem pode, desinteressar-se dessa "dias-
p o r a " grandiosa e meravilhosa dos seus filhos pello mundo, e dela
q u e r fazer não fermento de ataques condenáveis e injustificáveis
ás varias nacionalidades, mas pontos de referencias para o pro-
fícuo trabalho do homem no mundo.
Ele bem sabe que, quem se refere á Italia, quer referir-se á
Roma e que, referindo-se a Roma, significa referir-se a um cen-
tro de civilização, que as duas maiores experiencias coletivas da
historia, a romana e a católica, tornam de projecção inconfundi-
vel nos séculos. Mas, quizemos, também, e queremos, outra coisa
q u e parece caracterizar a nossa atividade de associação. Muitos
de nós, que aqui vivem e labutam ha muito tempo, devem ter
sentido, — mesmo sem uma clara noção nos seus elementos e nas
suas razões — o tormento de não terem sido compreendido e de
não compreenderem. Outros, tailvez, não destinados a viver aqui,
mas destinados ao habito de tudo compreender, propuzeram-se
essa tarefa.

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italiana; contemplando di questo Paese la prosperitá neûla quale
i segni delia attivitá italiana sono tanti, ma c o n t e m p o r a n e a m e n t e
assistendo alio sviluppo di una civiltá che ha ben il diritto di
chiamarsi brasiliana, tutti ci siamo chiesti: perché l'influenza
italiana é. in qualche parte e in q u a n t o collaboratrice dei pro-
gresso umano, in ogni sua maniíestazione, o non visibile o tra-
scnrata. mentre altre influenze non lo sono?
A v e n d o risposto che la mancanza é probabilmente dovuta
alla scarsa preoccupazione di comprendere e di farci compren-
dere, abbiamo dato, cosi', e diamo alla nosbra attivitá collettiva
la funzione ulteriore di farci comprendere di piu' come italiani,
di comprendere di piu', e piu' profondamente, i brasiliani. Ci
siamo riusciti? La risposta non é facile. Se peró anche le mani-
festazioni formali hanno un loro significato e se, in matéria
cosi' delicata. non ci si impegna inconsideratamente ; poiché noi
siamo riusciti ad impegnare, per parlare su uomini e cose d'I-
talia, personalitá dei mondo intellettuale brasiliano, quali Plinio
Salgado. Theodoro Braga, Sud Menucci, Candido Motta Filho,
Mario d'Andrade, Francisco Pati, Menotti del Picchia, Mario
Graciotti. F e r d i n a n d o Callage, ed altri che saranno conosciuti
in seguito — l'invito continuando — noi riteniamo di poter van-
tare un successo. La nostra Societá ha raggiunto lo scopo che
si era proposta. 11 segno che si era posto dinanzi l'ha coito. Po-
tremo anche a g g i u n g e r e ; — questa Societá, molto o poco amata,
potrebbe anche, ora, finire. Il seme é g e t t a t o e il solco fecondato.
L'agricoltore é próprio quello auspicato. La nostra Societá, ripe-
to, potrebbe anche, ora, finire. Forse troppo presto, se si guarda
,il lavoro che c'é ancora da corapiere. Certo troppo tardi per dis-
truggere di noi anche il ricordo.
"Le manifestazioni che incominciano questa sera e, quindi-
cinalmente continueranno fino aU'esaurimento del programma
tracciato, non potevano piu' significativamente essere iniziate
che dalla persona del dott. Plinio Salgado.
Della generazione di brasiliani che é cresciuta nel periodo
di progressivo fulgure di questa terra che ci ospita, attraverso
la confluenza di elementi stranieri delle piu' diverse nature, egli
é un caratteristico rappresentante. Autentico, inconfondibile
brasiliano, nella modéstia del suo temperamento, alieno da ogni
chiasHOsitá esibizionistica, tutto raccolto in un suo pensierp co-
stante, sembra avere conservato il fondo delia ingénua e pri-
mitiva riserbatezza degli abitanti autoctoni di queste terre. Egli
é il geloso custode del suo património ideale e spirituals. E la
sua arte c 1'esatto riflesso <lel suo temperamento. Come ognuno
che pensa, come ognuno che sa il sacrifício che costa il darsi

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Contemplando os edifícios, onde é tão manifesta a atividade
italiana, contemplando a prosperidade deste paiz, no qual o sinal
do trabalho italiano é tão grande, e, simultaneamente assistindo
ao desenvolvimento de uma civilização que já tem o direito de
chamar-se brasileira, todos nós p e r g u n t a m o s : P o r q u e a influen-
cia italiana que colalbora e acompanha o progresso h u m a n o em
todas as suas manifestações, é invisiveil ou esquecida, e n q u a n t o
o u t r a s influencias não o são?
Estabelecida que a culpa é provavelmente devida á pouca
preocupação de compreender e de fazer-nos compreender, temos
dado e damos a nossa atividade coletiva, a ulterior função de
•compreender e de fazer-nos c o m p r e e n d e r ; de fazer-nos compreen-
didos mais como italianos e de compreender mais e mais profun-
d a m e n t e os brasileiros. Conseguimos isso? A resposta não é fácil.
Se, entretanto, as próprias manifestaçõis formais teem o seu sig-
nificado e se, em matéria tão delicada, não se abraça resoluta-
mente a tarefa proposta, pois conseguimos a promessa, para falar
de homens e coisas da Italia, de personalidades do m u n d o inte-
letual brasileiro, como Plinio Salgado, Teodoro Braga, Sud Me-
nucci, Candido Mota Filho, Mario de Andrade, Francisco Patti,
Menotti dei Picchia, Mario Graciotti, F e r n a n d o Callage, e o u t r o s
que serão conhecidos em seguida, pois o convite continua — nós
achamos que podemos orgulhra-nos do êxito. A nossa sociedade
conseguiu o escopo a que se havia proposto. O alvo visado foi
alcançado. Poderíamos, também, dizer que esta sociedade, muito
ou pouco amada, poderia terminar. A semente está lançada, e o
sulco fecundado. O agricultor é mesmo o esperado. Poderia tam-
bém repito, terminar agora. Talvez muito cedo, se se observar o
trabalho que ainda está por fazer. Certamente muito tarde para
destruir em vos a própria lembrança.

* * *

As manifestações que começam esta noite e que continuarão


quinzenalmente completando o programa traçado, não p o d h m
ser assim tão significativamente iniciadas.
D a geração de brasileiros que cresceu no periodo de pro-
gressivo fulgor desta terra que nos hospeda, através da con-
fluência de elementos estrangeiros de toda a natureza, Plinio
Salgado é um representante característico. Autentico, inconfun-
divelmente brasileiro, estranho a q u a l q u e r rumor exibicionista,
todo c o n c e n t r a d o no seu constante pensamento, parece ter con-
servado o f u n d o do ingénuo e primitivo recantanrento dos habi-
tantes destas terras.
Ele é o fiel zelador do seu pntrimonio ideal e espirituail.
I"', a sua arte o exato reflexo do seu t e m p e r a m e n t o como todo
aquele que pensa, como todo aquele que sabe q u a n t o custa a

I
AEL/IFCH/UNICAMP
una personalitá, Plínio Salgado non é stato né é suscettibile di
influenze che non abbia voluto o non voglia liberamente e co-
scientemente accettare. Non a m a confondersi o confondere. P e r
questo la sua arte di scrittore disorienta da principio — come
un po' la sua persona — per la sua originalitá. Gli esperimenti
ictterari, artistici e culturali d ' E u r o p a sono passati tutti, fino
ai recentissimi, nella storia delia cultura brasiliana; cosicché
ai periodi delia letteratura brasiliana tracciati da Sylvio R o m e r o
c fondamentalmente non modificati dagli altri che si sono oc-
cupât! dell'argomento — clássico, romântico, naturalista, par-
nassiano, decadente e simbolista — non resterebbero da aggiun-
gcre che i periodi f•.'.turista, modernista, ecc. ecc. E anche
tra gli scrittori che cggi tengono il campo nelle lettere brasiliane
non sarebbero difficile una catalogazione in tal senso. Pilinio Sal-
gado. peró, vi sfugge. Egli é lui e la sua arte personalíssima. Egli
rimane anche oggi colui che nel 1927 scriveva : "Solo cosi',
brasiliani e sinceri, ci adegueremo al r i t m o u n i v e r s a l e . . . Al-
meno in arte abbi.imo spirito di indipendenza", caratterizzan
ciosi come scrittore e come uomo politico. Egli é n a t u r a l m e n t e
nazionalista. Per questo. per una ragione, cioé, comprensibilis •
sima. a noi é parso il piu' adatto ad inaugurare questa serie di
c< nferenze sull'Italia. Anche se non fosse stato in Italia!
Egli, invece, é stato in Italia. U n o dei pochi — non si of-
fenda nessuno — che, andando in Europa, ha preferito dar poco
tempo a Parigi, dove ci si diverte molto o si impara a buon
mercato, per darne molto all'Italia e a Roma, dove ci si di-
verte poco e si impara a caro prezzo, se si vuole imparare sul
serio. L'ha contemplata l'Italia nelle sue bellezze naturali e a r -
tistiche, l'ha vista nel fervore magnifico delia sua vit:i rinnovata.
L'ha contemplata e v i s t a . . . come, egli vi dirá.
A noi pare significativa la sua presenza qui. Uomini come
Plinio Salgado non potendosi ringraziare, perché non per com-
piaciniento o per deferenza si prestano, ma per la coscienza di
compiere un dovere. a noi basti constatare, con letizia, il fatto.
Ci tutta una generazione nuova in Brasile che é nello stato
d'animo espresso nell'ultima pagina deU'ultimo libro di Plinio
Salgado "O Esperado". Che sente dei p;issi che stanno andando.
"Seiííbr i una processione vagante. Numerosa. Che viene da tut-
li i lati delia carta geografica dei Urasile. Piedi per le vie delia
cittá, per le strade, per le campagne, pei pantani. Che vengono
dal Nord-Est. che vengono daU'Amazoniaf che si spargono per
gli altipiani dei Centro, che si moltiplicano nelle distese e nelle
pianure dei Goyaz e dei Matto Grosso, pei pascoli di Minas
Geraes, j>er le strade e nei caffé di S. Paolo, nella ondulazione
de lie colline meridionali. Sono quaranta milioni di esseri che
vnnno. Ottanta milioni di piedi che si imiovono, pesanti, ma

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conquista de uma personalidade. Plinio Salgado não foi, nem
é. susceptível de influencias que não tenha ou não queira livre
e conscientemente aceitar.
Porisso, a sua arte de escritor desorienta a principio — c o m o
a sua pessoa — pela sua originalidade.
As experiencias literarias, artísticas e culturais da E u r o p a ,
passaram todas, até as recentíssimos, na historia da cultura bra-
sileira. Aos períodos da literatura brasileira, traçados por Silvio
Romero, e f u n d a m e n t a l m e n t e não modificados pelos outros que
t r a t a r a m do assunto— clássico, romântico, naturalista, parnasia-
no, decadente e simbolista — não resta senão adicionar os perío-
dos futuristas, modernistas, etc. E mesmo entre os escritores que
hoje estão no cartaz nas letras brasileiras não seria dificil u m a
catalogação em tel sentido. Plinio Salgado, porém, vos foge. Ele
t ele mesmo e a sua arte é personalíssima. Ele é, ainda hoje, o
que escrevia, em 1927 " s ó assim, brasileiros e sinceros, iremos
para o ritmo universal. Pelo menos em arte temos espirito de in-
dependencia" caracterisando-se, assim como escriptor e homem
politico. Ele é naturalmente nacionalista. Por isso, e por uma
razão que nós bem compreendemos, ele nos pareceu o mais ade-
quado para i n a u g u r a r esta serie de conferencias sobre a Italia.
Mesmo se não tivesse estado na Italia!
No entanto, ele esteve na Italia. U m dos raros — que nin-
guém se ofenda — que. indo á E u r o p a , preferiu dar pouco tempo
a Paris, onde se diverte muito ou se aprende por puoco preço,
para muito tempo dar á Italia e á Roma, onde se diverte pouco
e se aprende a preço alto, se quizer aprender seriamente. Contem-
pla-la, sim, a Italia, nas suas belezas naturais e artísticas, vendo-
a no fervor magnifico da sua vida renovada.
Gontempla-ila, sim, e v i u - a . . . como ele vos dirá.
P a r a nós, parece significativa a sua presença aqui. H o m e n s
como Plinio Salgado não se podem agradecer porque Vão sè
prestam por complacência ou deferencía, mas sim pela cons-
ciência de cumprir um dever: para nós basta constatar, com
alegria, o fato.
Existe toda uma geração nova do Brasil que vive na ultima
pagina do ultimo livro de Plinio Salgado " O E s p e r a d o " . Ele
escuta passos a n d a n d o :
" P a r e c i a uma procissão vagarosa. Numerosa. De todos os
lados de carta geografica do Brasiil. Eram pés nas calçadas, nas
estradas, "nas c a m p a n h a s , nos pantanos. Que vinham do Nordeste,
que vinham da A m a z ó n i a ; que se espraiavam pelos planaltos do
Centro, que se multiplicavam, nas campinas, nas planuras de
Goiaz, de Mato Grosso. Pelas pastagens de Minas Gerais, pelas
luas de café de São Paulo, na ondulação das coxilhas meridio-
nais.

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inflessibili ed i n s i s t e n t i . . . E ' il Brasiile che sta a n d a n d o . . . Sono
moltitudini che crescono d'ogni lato". La nuova generazione
sta tutta tesa, ansiosamente, in ascolto. N o n ascolta il rumore
dei mare, né delle foreste, né dei v e n t o . . . Ascolta il r u m o r e di
questi passi che v a n n o . . . E si d o m a n d a : per dove?
Plinio!
Noi sappiamo che della nuova generazione del Brasile voi
siete il Maestro e il vessillifero. Noi diciamo : c'é anche t u t t a
una generazione di italiani che comprende la vostra ansia perché
l'ha vissuta, ed é in ascolto con voi.
P e r dove?

FCH/UNICAMP
Q u a r e n t a milhões de seres andando. Oitenta milhões de pés,
movendo-se, lerdos e pesados, mas inflexíveis e insistentes.
— E s c u t e m . . . H a um r u m o r de p a s s o s . . . O Brasil está
a n d a n d o . . . São Multidões que crescem de todos os lados. N ã o
são barulhos do mar, nem da florestas, nem do vento. Ouço pas-
sos a n d a n d o . . . "
P a r a onde?
P l i n i o : Nós sabemos que da nova geração do Brasil vós sois
o mestre e o porta-bandeira.
Nós a f i r m a m o s : existe também uma geração toda de italia-
nos, que compreende a vossa ansia, porque a viveu convosco,
auscuitondo-a.
P a r a onde?
De mãos dadas, para o f u t u r o do Brasil, da Italia e da civi-
* lisação?"
( T r a d u c ç ã o de Mario Graciotti)

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Como eu vi a I t a l i a . . .
Eis o tliema que o Dr. Ferruccio Rubbiani me propoz, para
que eu o desenvolvesse, nesta noite, que é de confraternização,
de intercambio, entre o espirito de duas Patrias. E eu aqui com-
pareço. tendo alinhavado algumas notas, quasi de improviso, para
attender ao appello do amigo e á própria vóz do meu coração. E,
também, para cumprir um dever para com Muse Italiche, que c
uma instituição, cuja alta finalidade a recommenda ao carinho
cie dois povos, como um orgam de notável funcção intellectual,
e, direi mesmo, politica. U m a sociedade que se propoz activar as
telações culturaes entre a Italia e o Brasil, e que, tendo á sua
frente a figura ardorosa de Ferruccio Rubbiani, evm exercendo o
seu nobre papel com extraordinaria efficiencia.
Amigo dos brasileiros e verdadeiro propagandista da sua
Patria, o homem que dirige Muse Italiche é um desses typos ra-
ros de idealismo e de acção, de capacidade diplomatica, de ar-
gúcia na percepção dos traços psychologicos da sociedade em
que vive, c, principalmente, um espirito communicativo e aggre-
miativo, o que tudo constitue as virtudes f u n d a m e n t a e s do seu
caracter e a garantia do êxito de seu p r o g r a m m a de aproximação
entre os dois povos.
Aqui vindo, pois, pelas mãos amigas de Rubbiani, as minhas
palavras iniciaes devem ser de agradecimento pela opportunidade
que elle me offerece, para que eu diga aos italianos e brasileiros,
que me ouvem, como eu vi essa Italia gloriosa e luminosa, como
eu a comprehendi, através da sua expressão tão particularmente
demarcada no scenario do mundo contemporâneo.
Como eu vi a I t a l i a . . .
Concentro-me .fazendo uma revisão geral de impressões, de
conceitos, de jtiizos. e sentindo aíflorar dentro do mçu espirito,
as linhas nítidas do julgamento definitivo, que deve constituir a
integral coniprehensfio do phenomeno historico que a Italia hoje
representa.

O espirito da Nova Italia


E a definição inicial da Italia, que surge das impressões nv.-
merosas offerecidas por uni regimen imvo, uma vida nova. numa
Patria rejuvenecida. exprime-se pela incontestável prioridade de

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Come io ho visto l ' l t a l i a . . .
E ' questo il tema che il dott. Ferruccio Rubbiani mi ha pro-
posto da svolgere, questa notte, che é di fraternitá e di inter-
cambio tra lo spirito delle due Patrie. E qui sono venuto avendo
gettate giu' alcune note, quasi improvvisamente, per ascoltare
l'invito delPamico e la stessa voce del mio cuore. E, altresi', per
compiere un dovere verso " M U S E I T A L I C H E " , che é una
istituzione la quale, per l'alta finalitá si raccomanda all'atten-
zione di due popoli, come un o r g a n o di notevole funzione in-
tellettuale, e, direi anche, politica. U n a Societá la quale si pro-
pone di rendere piu' intense le relazioni culturali tra l'ltalia e
il Brasile, e che, avendo alia sua testa la figura ardente di Fer-
ruccio Rubbiani esercita il suo nobile compito con straordinaria
efficacia.
Amico dei brasiiiani e vero propagandista delia sua Patria,
1'uomo che dirige " M U S E I T A L I C H E " é uno di quei tipi rari
di idealismo e di azione, di capacita diplomatica, di arguzia nella
percezione dei tratti psicologici delia societá in cui vive, e, prin-
cipalmente, uno spirito comunicativo e associativo; ció che in-
sieme costituiscono le virtu' fondamentali del suo carattere e
ia garanzia del suceesso per il suo p r o g r a m m a di accostamento
ira i due popoli.
Qui venendo t r a t t o dalle mani amiche di Rubbiani, le mie
parole iniziali devono essere di ringraziamento per la opportu-
nitá che egli mi o f f r e di dire agli italiani e brasiiiani che mi.
ascoltano, come io ho visto questa Italia gloriosa e luminosa,
come io l'ho c o m p r e s a attraverso la sua espressone cosi' parti-
coflarmente segnata nello scenario del mondo c o n t e m p o r â n e a .
Come ho visto l ' l t a l i a . . .
Mi concentro, facendo una revisione generale delle impres-
sioni, dei concetti, dei giudizi, e sentendo affiorare dentro al
mio spirito. le linee nitide del giudizio definitivo, che deve co-
stituire la compren -ione integrate del fenomeno storico che l ' l -
tailia, oggi. rappresenta.

Lo spirito della Nuova Italia


E ' la definizione iniziale dell'Italia, che sorge dalle impres-
sion i numerose oiferte da 1111 regime nuovo, da una vita nuova,

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Roma, como reserva maior do espirito latino, nos dias confusos-
do Após-Guerra.
Es.se espirito transborda em R o m a e se amplia por toda a
península. E ' preciso comprehendel-o, para coniprehender a lta-
1 ia de hoje. E ' preciso percebel-o, na sua significação mais intima,
para que os olhos do extrangeiro, nas peregrinações pelas cida-
des, nas excursões pelas províncias, no convivio das pequenas
c o m m u n a s ou da massa proletaria dos centros industriaes, en-
contre uma explicação para esse extraordinário reflorescimento
que é o milagre da Nova Italia.
Que intima physionomia tem esse espirito latino? E m que
origens remotas vac buscar a força da sua expressão? De que
alegria se alimenta, para levantar um povo, para refazer uma Pa
tria, para deslumbrar o mundo, numa attitude viril De que sen-
timentos é elle constituído? De onde a sua capacidade de sacri-
fício e de heroísmo? E para que directrizes h u m a n a s elle c a m i n h a r

Sob o arvore de Torquato Tasso. . .

Do alto do Janiculo, sob o arvore symbolica de T o r q u a t o


Tasso, num logar como aquelle onde Simão Bolivar extendeu o
braço 1111111 j u r a m e n t o pela liberdade da America, eu pude entender
toda a lição que Roma offerece ao mundo e, principalmente, aos
povos jovens, como o povo brasileiro. Daque.lle logar sagrado,
Roma se extendia aos meus p é s ; e ella era a totalização das ex-
pressões do H o m e m , a philosophia de pedra, que atravessou os
séculos para se crystalizar, na Era da Machina, n u m a concepção
de E s t a d o Integral.
Sob o profundo céo azul. 11a manhã luminosa, no panorama
da urbs, eu via a Igreja de Pedro, como uma syntonização do
Homem, individuo nitido e destacado, pequeno m u n d o e parte
do mundo, no seu dialogo eterno coin o I n f i n i t o ; e via as m i n a s
do Império, o perfil gigantesco do Colyseu e os destroços do Fó-
rum e das T h e r m a s , como uma pagina eterna da expressão poli-
tica do Estado Romano. E via a cidade moderna mover-se, agi-
tar-se, pelas ruas commerciaes e pelos quarteirões da industria,
r notava que todo esse movimento do Século parecia obedecer ao
rhitmo permanente de um espirito de totalisação e de disciplina,
que permittia a affirmação do H o m e m nos movimentos harmo-
niosos da Sociedade. E r a o sentido da symetria perfeita e da
exacta gravitação do Individuo para a Collectividade e para a
Nacionalidade: v da Nacionalidade para o Individuo nas suas
feições, a singular e a plural, num systema de a t t r a ç ã o baseado
na natureza hitniana c realisado na expressão superior do listado.
Natiuella manhã de <ol. com o pensamento cheio da minha
Patria distante, cu vinha comprehender o segredo da transfigu-

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in una Patria ringiovanita, si esprime con la incontestabile prio-
ritá di Roma, come riserva maggiore dello spirito latino, nei
giorni confusi dei Dopo-guerra.
Questo spirito trasborda in Roma e si allarga per t u t t a la
penisola. E ' necessário comprenderlo, per comprendere 1'Italia
di oggi. E ' necessário coglierlo, nel suo significato piu' intimo
perché gli occhi dello straniero, nelle peregrinazioni per le cittá,
nelle escursioni per le p r o v i n d e , nella convivenza nei piccoli
comuni con le masse proletarie dei centri industriali, trovi una
^ spiegazione per questo straordinario rifiorimento che é il tni-
racolo delia nuova Italia.
Quale é l'intima fisonomia di questo spirito latino? In quali
remote origini va a trovare la forza delia sua espressione? Di
'quale gioia si alimenta, per far sorgere un popolo, per rifare una
Patria, per meravigliare il mondo, con un a t t e g g i a m e n t o virile 5
Da quali sentimenti é costituito? Donde ricava la sua capacita
di sacrifício e di eroismo? E verso quali mete c a m m i n a ?

Sotto la quercia di Torquato Tasso


Dall'alto dei Gianicolo, sotto 1'albero simbólico di T o r q u a t o
Tasso, in un luogo come quello nel quale Simone Bolivar stese il
braccio in un g i u r a m e n t o per la liberta deU'America, io h o po-
tuto intendere tutta lia lezione che Roma o f f r e al mondo e, prin-
cipalmente, ai popoli giovani, come il popolo brasiliano. Da
quel luogo sacro, Roma si stendeva ai miei piedi ; ed era la to-
talitá delle espressioni dell'Uomo, la filosofia di pietra, che ha
a t t r a v e r s a t o i secoli, per cnstallizzarsi, nel l e r a delia macchina,
in una concezione di Stato Integrale.
Sotto il profondo cielo azzurro, nclla mattinata luminosa,
nel p a n o r a m a delia cittá, io lio visto la Chiesa di Pietro, come
una sintonizzazione doirUomo, individuo nitido e staccato, pic-
colo mondo e parte dei mondo, nel suo dialogo eterno coll'In-
finito. E poi le rovine dell'Impero, il profilo gigantesco dei Co-
losseo e i ruderi dei Foro e delle T e r m e , come una pagina eterna
delia espressione politica dello Stato R o m a n o
E poi la cittá moderna che si muoveva, che si agitava, per
le strade commerciali e per i grandi quartieri industriali. Ed io
notavo che t u t t o questo movimento dei Secolo sembrava ubbi-
11
dire al ritmo p e r m a n e n t e di uno spirito di totalitá e di disci-
plina, che permetteva la affermazione dell'uomo nei movimenti
armoniosi delia Societá. E r a il senso delia simmetria perfetta
e dell'esatta gravitazione dell'Individuo verso la collettivitá e
verso la Nazionalitá; e delia Nazionalitá verso 1'lndividuo nei
suoi due aspetti, il singolare e il plurale, in un sistema di attra-
zione basato nella natura umana e realizzato nella espressione
superiore dello Stato.

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ração de Bolívar, no instante em que elle poude condicionar toda
a cultura dos século desoito, que t u m u l t u a v a no seu espirito,
num senso superior de politica e de orientação na marcha que a
America do Sul, logo depois iniciaria, com forte consciência de
nacionalidade. Sim, aquelle fôra o logar do milagre. Mas Roma
cios começos do século passado não era tão expressiva como essa
Roma que eu tinha sob os olhos.

Roma da E'ra fascista


Roma da éra fascista, Roma de 1930, não é uma metropole
como Paris. Londres ou Berlim. Roma é mais do que isso. Roma
é a cidade.
Cidade por excellencia ,que transcede ás fatalidades da stan-
dartisação contemporânea; cidade na expressão mais ampla, de
um sentido bem destacado de c u l t u r a : cidade, synthese racial;
cidade, indice politico e das forças nacionaes; baluarte da resis-
tência latina; torre, panóplia, estema dos povos do meio-dia.
E u considerei Roma fascista, como um phenomeno de rea-
cção histórica sobreposto, na hora presente, ao espirito da Civi-
lisação do Norte, elaborando na algidez do caracter indo-germa-
nico, e que produziu as gélidas philosophias negativistas e os
sys temas políticos onde tudo se deve reduzir á annulação do In-
dividuo nos rebojos da Collectividade.
E u vi em Roma, o génio latino, dominando sobre todas as
formas materiaes da civilisação m o d e r n a ; o homem utilisando-se
de todas as conquistas da techníca do século da mechanica, sem
se deixar superar pelos dynamos e m o t o r e s : ao contrario, pro-
jectando-se no Século, não como um corollario das machinas,
porém como uma these humana, palpitante de vida e de acção
espiritual.
E" o caracter fundamental da raça latina, salvando, num ins-
tante critico da Humanidade, a tradição luminosa dos heroes.
Culto da personalidade, que já havia encontrado o seu mé-
dium e exaggerado interprete, na alma germanica torturada de
relâmpagos de Frederico Niestche, cuja concepção hypertro-
phica do homem é uma consequência do proprio desequilíbrio
<|iie representou o creador de Z a r a t h u s t a entre povos deshabi-
tu idos ao senso exato da personalidade, que é, afinal, um senso
de rhitmo essencialmente latino.
Realmente, para se ter uma idéa do significado de Roma
no m u n d o contemporâneo, é necessário apreciar o sentido dos
movimentos políticos dos povos setemptrionaes. Desses povos,
os mais expressivos, são incontestavelmente, a Rússia, do ramo
slavo-seniitico; c os Estados-Unidos do grupo anglo-saxonio.
Como expressão politica, a Allcmanha e a Inglaterra (npezar de

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In quella mattina di sole, col pensiero pieno delia mia Patria
distante, io compresi il segreto della trasfigurazione di Bolivar,
nell'istante in cui egli poté subordinare t u t t a la cultura del se-
colo diciottesimo, che t u m u l t u a v a nel suo spirito, ad un senso
superiore di politica e di orientamento nella mareia che 1'Ame-
rica del Sud, súbito dopo avrebbe iniziato con forte coscienza di
nazionalitá. Si', quello, fu il luogo del miracolo. Ala Roma del
principio del secolo passato non era cosi' espressiva come questa
Roma che avvevo sotto gli occhi.

Roma dell'Era Fascista


R o m a dell'era fascista, Roma del 1930, non é una metro-
poli come Parigi, L o n d r a o Berlino. Roma é piu' di questo.
Roma é la cittá.
Cittá per eccellenza, che trescende le fatalitá della stan-
dardizzazione c o n t e m p o r â n e a ; cittá nella espressione piu' am-
pia, di un senso ben netto di c u l t u r a ; cittá sintesi della r a z z a ;
cittá, indice politico e delle forze nazionali: baluardo della re-
sistenza latina; torre, a r m a t u r a , emblema dei popoli del mezzo-
giorno.
Io considerai Roma fascista, come un fenomeno di reazione
storica sovrapposto, nell'ora presente, alio spirito della Civiltá
del Nord. elaborate nella freddezza del carattere indo-germanico,
e che ha prodotto le gelide filosofie negativiste e i sistemi politici
ne iquali tutto si deve ridurre all'annullamento dell'Individuo
nei centri della collettivitá.
Io lio visto in Roma, il génio latino, dominando su tutte le
forme materiali della civiltá m o d e r n a ; 1'Uomo che si serve di
tutte le conquiste della técnica dei secolo della meccanica, senza
lasciarsi superare dalle dinamo e dai m o t o r i ; al contrario, pro-
iettandosi nel Secolo non come un corollario delle macchine, ma
come una tesi umana, palpitante di vita e di azione spirituale.
E ' il carattere fondamentale della razza latina che salva, in
un istante critico della umanitá, la tradizione luminosa degli eroi.
Culto della personalitá, che aveva giá trovato il suo "me-
d i u m " e esagerato interprete, neH'anima germanica t o r t u r a t a da
lampi di Federico Niestche. la cui concezione ipertrofica deH'uomo
('• una conseguenza dello squilibrio che ha rappresentato il crea-
tore di Z a r a t h u s t a tra i popoli non abituati al senso esatto della
personalitá, che é. infine, un senso dei ritmo essenzialmente
latino.
Realmente, per avere una idea del significato di R o m a nel
mondo contemporâneo, é necessário valutare il senso dei mo-
vimenti sociali dei popoli settentrionali. Di questi popoli, i piu'
espressivi, sono incontestabilmente, la Russia, del r a m o slavo-

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suas vidas partidarias intensas), encontram-se no plano de in-
fluencia das tres correntes ideologicas predominantes no pano-
rama politico do mundo.
Rússia bolchevista e Norte-America democrata, caminham
de mãos dadas, para a mesma finalidade: a annulação do Indi-
viduo, por consequência a morte da liberdade. No regimem com-
munista, desapparece o H o m e m , para só predominar o Estado.
No regimen democrático, desapparecem t a n t o o H o m e m como
o Estado, para só predominar o Capital.
No primeiro caso, toda a capacidade de volição, de opção, de
direcção, pertence ao idolo m o d e r n o : o E s t a d o ; o H o m e m é sim-
plesmente um parafuso de m a c h i n a ; perde a dignidade da sua
affirmação e da sua iniciativa. N o segundo caso, todas aquellas
capacidades se transferiram do E s t a d o para os detentores dos
meios de producção. E como a democracia se funda no individua-
lismo, as forças economicas se. indisciplinam e agem á revelia
do Poder, instaurando o regimen de luta em que as victorias
cabem sempre aos mais fortes. E, como, segundo as leis da se-
lecção natural, o numero desses fortes tende cada vez mais a
diminuir, temos a consequência lógica da oppressão, da annu-
lação da capacidade volitiva e optativa das maiorias, porque todos
os indivíduos se t r a n s f o r m a m em automatos das forças econo-
micas. No primeiro caso, como vimos, o E s t a d o desapropria em
massa os indivíduos, pois só o E s t a d o é o capitalista e a suprema
autoridade. Ora, as relações humanas, sejam condicionadas em
que formulas o forem, terão sempre um caracter bilateral. De
sorte que, sendo o E s t a d o uma parte contractante, e o individuo
a outra, as divergências serão julgadas pelo detentor da autori-
dade. E enquanto uma parte será apenas parte, a o u t r a será parte
c Juiz. Aliás a marcha do capitalismo nas democracias modernas
é para idênticos resultados. Ella passa actualmente pela etapa da
absorpção do E s t a d o pelos capitaes; em seguida teremos de uma
maneira completa, a absorpção dos indivíduos, que agora só se
cffectiva parcialmente, nas democracias.
Esse sentido de marcha da civilisação tem sua origem, não
somente nas condições geologicas e technicas que favorecem os
povos setemptrionaes, porem, e principalmente, 110 caracter das
raças através das quaes esse phenomeno se processa.

Concepção do Estado
Quem apreciar o panorama do mundo, verificará que toda
a angustia da situação presente provem de uma concepção uni-
lateral da existência e da finalidade dos povo», qtie arrancou do
Estado a sua autoridade objectivando a ereação de um novo
Estado mechanico. O Estado, antes da Revolução Franceza, era

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semítico; e gli Stati Uniti dei g r u p p o anglo-sassone. Come
espressione politica, la Germania e l'Inghilterra (nonostante le
loro vite intense di partito), si trovano nel piano di influenza
delle tre correnti ideologiche predominanti nel panorama poli-
tico dei mondo.
La Rússia b o k h e v i c a e 1'America dei Nord democratica.
caminano per mano, verso la stessa finalitá: 1'annullamento del-
1'Individuo, per conseguenza la morte delia liberta. Nel regime
comunista, scompare 1'Uomo, per predominare soltanto lo
Stato. Nel regime democrático, scompare 1'Uomo per lo Stato,
per predominare soltanto il Capitale. Nel primo caso, tutta la
capacitá di volizione, di opzione, di direzione, appartiene al-
1'idolo moderno : lo Stato ; l'uomo é soltanto una vite delia mac-
china e perde la dignitá delia sua affermazione e delia sua ini-
ziativa. Nel secondo caso, t u t t e quelle capacitá si trasferiscono
dallo Stato verso i detentori dei mezzi di produzione. E siccome
la democrazia si fonda sull'individualismo, le forze eoonomiche
si rendono indisciplinate e agiscono senza il controllo dei Po-
tere, instaurando il regime delia lotta nella quale le vittorie
spettano sempre ai piu' forti. E, come secondo le leggi delia
selezione naturale, il numero di questi forti tende sempre piu'
a diminuire, abbiamo la conseguenza lógica delia oppressione,
dell'annuillamento delia capacitá volitiva e rlesidefr^tiva delle
moltitudini, per cui tutti gli individui si t r a s f o r m a n o in au-
tomi. Nel primo caso, come abbiamo visto, lo Stato espropria
in massa gli individui, poiché soltanto lo Stato é il capitalista e
la suprema autoritá. Ora, le relazioni umane, qualisisiano le
forme che le condizionano, a v r a n n o sempre un carattere bila-
térale. Di maniera che, essendo lo Stato una parte contraente, e
1'individuo l'altra, le divergenze saranno giudicate da chi de-
tiene 1'autoritá. Cosi' m e n t r e una parte sará soltanto parte, l'al-
tra sará parte e giudice. D'altronde la mareia dei capitalismo
nelle democrazie moderne é verso identici risultati. Essa passa
a t t u a l m e n t e per la tappa dell'assorbimento dello Stato da parte
dei capitali; in seguito avremo in una maniera completa, 1'as-
sorbimento degli individui, che ora si compie parzialmente, nelle
democrazie. Questo senso dei cammino delia civiltá ha la sua
origine, non soltanto nelle condizioni geologiche e tecniche che
favoriscono i popoli settentrionali, ma, e principalmente, nel
carattere delle razze attraverso le quali questo fenómeno avviene.

Concezione dello Stato


Chiunque guardi il panorama dei mondo, troverá che t u t t a
1'angustia delia situazione presente proviene da una concezione
unilatérale (lell'esistenza e delia finalitá dei popoli, che tolse

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uma concepção essencialmente espiritual e totalitaria; depois
desta Revolução, passou a ser uma concepção intellectual da qual
se destacou o sentido economico, tornando-a f r a g m e n t a r i a ; e
procesando-se o desenvolvimento desse sentido economico, fóra
da acção do Estado, elle vae crear o E s t a d o anti-espiritual e anti-
intellectual, por consequência representativo de, apenas uma d a s
faces do ser humano. E, sendo este considerado uma peça do
mechanismo social, o E s t a d o se torna a usina geradora dos mo-
vimentos mechanicos. O ente h u m a n o caminha para a subordi-
nação a um r y t h m o metálico, feito de insensibilidades e de au-
sências de aspirações moraes.
O que estamos presenciando hoje é o espirito de Roma se
levantando, com o seu eterno senso de equilíbrio e de svmetria,
a sua capacidade de totalização dos elementos individuaes e so-
ciaes, de concepção do mundo sob um critério integral, onde não
ha atrophias nem amputações, onde não ha choques nem ten-
I dencias dissociativas. Roma fascista, tão calumniada pelos dc-
ímagogos ébrios da cocaina libertaria, constitue actualmente a
* suprema garantia da liberdade.

0 sentido da liberdade no regimen fascista


Roma fixou as normas á expansão individual e a esta de-
( fendeu contra o arbítrio da expansão collectiva; reivindicou para
o Governo as prerogativas e direitos de que elle tinha sido des-
pojado pelo senso do "laissez faire" dos regimens democraticos-
burguezes. Estabeleceu a esse governo os necessários limites
de acção, contrapondo-lhe. a cada direito um dever. E, final-

I mente, realizou na nacionalidade a som ma de todas as energias


materiaes, intellectuaes e moraes, e condicionou a Nação no Es-
tado. sua suprema expressão cultural.
O Estado Fascista, considerado 110 seu conteúdo doutriná-
rio, vae buscar nas próprias funeções biologica, ethica e mental
. do Individuo o systema de seu desenvolvimento, assim como de-
duz da aspiração integral do Homem os rumos da sua finalidade.
O Individuo integral é um sêr tríplice, com unia finalidade
material, um objectivo intellectual e uma aspiração moral e es-
piritual. A finalidade material se desdobra através do trabalho,
do alimento <• da roupa, da reproducção e sustentação da prole,
da projecção da personalidade na propriedade, á qual imprime o
seu caracter, e que representa já um transito para uma funeção
moral. O objectivo intellectual colima a posse dos conhecimentos
<• a obtenção dos prazeres inhererites exclusivamente á especie
humana, e cila se desenrola permanentemente numa série pro-
gressiva de novas acquisições e aperfeiçoamentos, novas erca-
ções artísticas e utilizações scieiitificas da natureza. A aspiração

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alio Stato la sua autoritá, obbiettivando la creazione di un nuovo
stato meccanico.
Lo Stato, prima delia rivoluzione francese era una conce-
zione essenzialmente spirituale e totalitario; dopo questa rivo-
iuzione, diventó una concezione intellettuale dalla quale si di-
staceó il senso economico, rendendola f r a m m e n t a r i a ; e conti-
nuandosi lo svolgimento di questo senso economico, al di fuori
dell'azione dello Stato, créa lo Stato antispirituale e anti-intel-
iettuale, per conseguenza rappresentativo di una faccia soltantc
dell'essere umano. E. essendo questo considerato un f r a m m e n t o
dei meccanismo sociale, lo Stato diventa la officina generatrice
dei movimenti meccanici. L'ente u m a n o cammina verso la su-
bordinazione a un ritmo metallico, f a t t o di insensibilitá e di
mancanze di aspirazioni morali.
Quello a cui stiamo oggi assistendo é lo spirito di Roma,
che si leva col suo eterno senso di equilíbrio e di simmetria,
'a sua capacita di totalizzazione degli elementi individuali e so-
ciali, di concezione dei mondo sotto un critério integrale nel
quale non vi sono né atrofie né amputazioni, né urti ne ten-
denze dissociative. Roma fascista, cosi' calunniata dai dema-
goghi ebbri di cocaina libertaria, costituisce a t t u a l m e n t e la
-uprema garanzia delia liberta.

í» senso delia liberíá nel Regime Fascista

Roma ha fissato le n o r m e all'espansione individuale e questa


ha difeso contro l'arbitrio dell'espansione collettiva; ha riven-
dicato al Governo le prérogative e i diritti dei quali era stato
spogliato dal senso dei "laissez faire" dei regimi democratico-
borghesi. Ha stabilito a questo Governo i necessari limiti di
azione contrapponendogü, a d ogni diritto un dovere. E, final-
mente ha realizzato nella nazionalitá la somma di tutte le ener-
gie materiali, intellettuali e morali e ha inserito la Nazione nello
Stato, sua suprema espressione culturale.
Lo Stato fascista, considerato nel suo c o n t e n u t o dottrinario
cerca nelle stesse funzioni biologiche, etiche e intellettuali del-
l'individuo il sistema dei suo svolgimento, cosi' come deduce
dall'aspirazione integrale dell'uomo le forme delia sua finalitá.
1.'individuo integrale é un essere tríplice, con una finalitá
materiale. uir obbiettivo intellettuale e una aspirazione morale
e intellettuale. La finalitá materiale si raggiunge a t t r a v e r s o il
líivoro, l'alimento, il vestiário, la riproduzione e il s o s t e n t a m e n t o
delia prole, la proiezione delia personaJitá nella proprietá, alia
quale imprime il suo carattere, rappresentando cosi' il passaggio
verso una funzione morale. L'obbiettivo intellettuale si adegua al
possesso delle cognizioni e al r a g g i u n g i m e n t o dei piaceri che

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moral e espiritual se manifesta nas relações da consciência com
o incognoscível, do finito com o Infinito, do contingente e rela-
tivo, com o Essencial e Absoluto.
Submetta-se o H o m e m a uma única dessas tres finalidades
e ter-se-á matado a Liberdade, que é a aspiração mais profunda
do sêr humano, por conter em si as possibilidades para as o u t r a s
aspirações. Dahi o erro f u n d a m e n t a l da concepção materialista
da historia, que subordina toda a Sociologia a um de seus capi-
tulos, a Economia. E dahi o erro dos systemas democráticos,
r abandonando duas das faces h u m a n a s , a material e a espiritual,
que são as duas mais poderosas, para só considerar a expressão
inteliectual, assim mesmo fraccionada, pois delia só se utiliza
dos objectivos meramente civicos.
E ' em consequência dessa parcialidade na interpretação do <
H o m e m , que as Democracias se enfraquecem, emquanto, fóra
da orbita do seu predomínio, as forças abandonadas se expan-
dem e se tornam elementos de dissolução do Estado, como obser-
vou, admiravelmente, o nosso Alberto Torres. E n t r e o parcia-
lismo do conceito liberal e o unilateralismo da these marxista, i
doutrina fascista estabelece o Estado, como o espelho perfeito
do H o m e m , como a própria ampliação do Individuo.
E, assim, consulta a realidade de que o H o m e m precedeu o
Estado. E não cáe no erro do absolutismo estatal, porquanto of-
ferece ao E s t a d o uma finalidade no Individuo e não ao Individuo
u m a finalidade no Estado.
Dessa doutrina de equilibrio se origina a verdadeira con-
cepção da liberdade. A liberdade democratica é meramente po-
litica, ou civica, quando consegue ser, pois abandona o trabalha-
dor ao jogo das forças económicas em conflicto e transforma o
trabalho numa mercadoria sujeita a todas as explorações dos
compradores. P o r o u t r o lado, é uma liberdade contradictoria.
pois permitte a expansão de todas as idéas, sem restrieções,
mesmo quando essas idéas venham a t t e n t a r contra o proprio
principio da liberdade. A liberdade democratica pôde crescer
como um balão de gaz, mas não resiste á pressão de uma jbtmos-
phera carregada pelos rancores das classes em batalha. A liber-

Idade do regimen fascista cresce como as a r v o r e s : de vagar, mas


firmemente, e resistirá a todas as tempestades, como desdenhará
de todas as tyrannias. j
P o r q u e é a liberdade, segundo os rhitmos naturaes do Indi-
viduo Integral e conforme a própria indole da natureza h u m a n a .
E é essa indole que tem sido tão esquecida através de cem atinas
cie democracia e de u m a sociologia que quer proceder antes das
provetas dos laboratorios do que do oceano da vida onde o
homem se agita. Essa indole complexa m a s harmoniosa do ser
h u m a n o constitue i raiz mais profunda dos institutos jurídicos

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sono esclusivamente inerenti alla specie u m a n a e si svolge per-
m a n e n t e m e n t e in una serie progressiva di nuovi arricchimenti
e perfezionamenti, nuove creazioni artistiche e utilizzazioni
scientifiche delia natura. La aspirazione morale e spirituale si
manifesta nelle relazioni delia coscienza coll'inconoscibile, dei
finito coll'infinito, dei contigente e relativo con lessenziale e
assoluto.
Si sottoponga 1'uor.io a una sola di queste tre finalitá e sará
uccisa la liberta che é l'aspirazione piu* profonda deli' essere
umano, perche contiene in sé le possibilita per le altre aspira-
' zioni. Di qui l'errore fondamentale delia concezione materiali-
stica delia storia. la quale subordina tutta la sociologia a uno
dei suoi capitoli. la economia. E di qui l'errore dei sistemi demo-
oratici, i quali abbandonano due delle faccie umane, la materiale
i- la spirituale, che sono le due piu' forti, per considerare sol-
t a n t o la espressione intellettuale, e anche questa frazionata, poi-
ché di questa si serve soltanto per gli obbiettivi meramente civili.
E ' in seguito a questa parzialitá nella interpretazione del-
:
nomo, che le democrazie si indeboliscono, perche al di fuori
(ieU'orbita dei suo predomínio, le forze abbandonate si disper-
dono e diventano eleinenti di dissoluzione dello Stato. come
ha osservato, mirabilmente, il nostro Alberto Torres. T r a la
parzialitá dei concetto liberale e la unilateralitá delia tesi mar-
xista, la dottrina fascista stabilisce lo Stato, come specchio per-
íetto dell'uomo, come lo stesso sviluppo dell'individuo. E, cosi'
tien conto delia realtá che 1'uomo ha preceduto lo Stato, e non
cade nelFerrore dell'assolutismo statale, in quanto offre alio
Stato una finalitá nell'individuo e non aU'individuo una finalitá
nello Stato.
Da questa dottrina di equilibrio ha origine la vera conce-
zione delia liberta. La liberta democratica é meramente politica
o civica, quando arriva ad esserlo, poiché abbandona il lavora-
lore al giuco delle forze economiche in conflitto e t r a s f o r m a il
lavoro in una merce soggetta a tutti gli sfruttamenti dei com-
pratori. Dall'altro canto é una liberta contradittoria, poiché per-
mette la espansione di t u t t e le idee, senza restrizioni anche
quando queste idee attentino alio stesso principio delia liberta.
La liberta democratica puó crescere come un pallone pieno di
i Ras, ma non resiste alia pressione di una atmosfera carica dei
rancori delle classi in lotta. La liberta dei regime fascista cresce
come gli alberi : adagio, ma sicuramente. e resisterá a tutte le
tempeste come disdegnerá tutte le tirannie.
Perche é la liberta, secondo i ritmi naturali dell'individuo
intégrale e secondo la stessa indole delia natura umana. Ed é
questa indole che é stata tanto dimenticata a t t r a v e r s o cento
anni di democrazia e di una sociologia che cerca proceder»?

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do regimen fascista. O E s t a d o Democrático parte da Igualdade,
para consagrar a Desigualdade; affirma o principio da liberdade,
cjue é realmente a suprema aspiração do H o m e m , mas abdica dia
a dia dos poderes e perde cada vez mais a capacidade mediante
os quaes terá a força para realizal-a. O E s t a d o Socialista destróe
a propriedade, como aniquilla o H o m e m em holocausto da Massa
Collectiva; ora, em ultima analyse, haverá sempre alguém que
dirija os movimentos dessa collectividade, portanto, uma tyrania
unificada e burocratizada pulverizará o livre arbítrio e terá ma-
tado a liberdade.
E, enrquanto o Socialismo integral ameaça os Indivíduos com
a supressão total da liberdade, a Democracia, em nome dessa
mesma liberdade, deixa que as forças economicas indisciplinadas
marchem f r a n c a m e n t e 110 rumo desse attèntado.
E ' sob esse aspecto que deveremos encarar o fascismo: como
o ultimo reducto da liberdade; arca da Alliança, que levará sobre
o diluvio do mundo contemporâneo, o segredo da constituição do
E s t a d o H u m a n o e dos rhitmos dos movimentos sociaes.

Roína e o espirito americano

Foi através desse sentimento de homem livre que eu com-


prehendi o espirito de Roma, como Simão Bolívar um dia o com-
prehendeu, quando, do alto do Monte Mario, diante do panorama
da Cidade E t e r n a , jurou dedicar toda a sua vida á independência
dos povos americanos. Eu tinha c h e g a d o até ali, com o coração
a m a r g u r a d o pela consideração dos erros do liberalismo brasileiro,
muito mais perigoso, pela nossa posição de povo jovem, depen-
dente de o u t r a s nações. T a m b é m 110 século passado, o que eva
movimento individual na E u r o p a , através de todo o periodo do
Romanticismo, assumiu aqui 11111 aspecto de movimento nacio-
nal. Agora, o problema do H o m e m nas^jovens nações da Ame-
rica do Sul não era apenas o problema do individuo-sitigular, u r -
do individuo-plural, do individuo-nacionalidade. E Roma acen-
dia em mim os Ímpetos de uma geração destruidora de idolos e
de preconceitos. E m face da Cidade E t e r n a eu sentia crescer em
mim a própria indole do meu povo distante, que nunca f ô r a c o m -
prehendida pelos seus políticos. Aquella indole que congraça,
num mesmo sentimento, o respeito ao Governo e a orgulhosa af-
firmaçâc pessoal; a confiança 11a acção do Estado, i n t e r p r e t a i s
até como negligencia, e a intolerância de uma acção absorvente
e aniquiladora da parte deste contra a iniciativa privada. Essa
concepção das relações entre o Individuo e a Nação é profunda-
mente latina o meridional. Nós, 110 Brasil, a herdámos do gênio
aventureiro do portuguez c ficámos entre <>s dois padrões da
psychologia do« elementos básicos da nossa formação e t h n i c a :

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piuttosto dalle prove di laboratorio che dall'oceano delia vita
nella quale 1'uomo si agita. Questa indole complessa ma ar-
moniosa dell'essere umano costituisce la radice piu' profonda
degli istituti giuridici dei regime fascista. Lo Stato democrático
parte dall'eguaglianza per consacrare la disuguaglianza ; afferma
i principi delia libertá, che é realmente la suprema aspirazione
deU'uomo, ma abdica giorno per giorno ai propri poteri e perde
sempre di piu' la capacita di realizzarle e garantirle. Lo Stato
socialista distrugge la proprietá, nello stesso modo col quale
annienta il'Uomo facendone olocausto alia massa collettiva; ma,
in ultima analisi dovendovi essere sempre quaicuno che diriga i
movimenti di questa collettivitá, una tirannia unificata e bu-
rocratizzata polverizzerá il libero arbítrio e avrá ucciso la
libertá.
E m e n t r e il socialismo integrale minaccia gli individui con
ia soppressione totale delia libertá, la democrazia. in nome di
questa stessa libertá, lascia che le forze economiche indiscipli-
nate camminino decisamente contro questo attentato.
E ' sotto questo aspetto che dobbiamo giudicare il fascismo:
come 1'ultimo ridotto delia libertá; arca dellalleanza che le-
verá sul diluvio dei mondo contemporâneo il segreto delia co-
stituzione dello Stato umano e dei ritmi dei movimenti sociali.

Roma e lo spirito americano

E ' stato attraverso questo sentimento di uomo libero che io


ha compreso lo spirito di Roma, come lo comprese un giorno
Simone Bolívar, quando dall'alto di Monte Mario, davanti al pa-
norama delia Cittá Eterna, giuró di dedicare tutta la sua
vita allMndipendenza dei popoli americani. Io era arrivato fin
li', col cuore amareggiato alia considerazione degli errori dei
liberalismo brasiliano, molto piu' pericoloso, per la nostra po-
sizione di popolo giovane, dipendente dalle altre nazioni. An-
che nel secolo passato, quello che era movimento individuale in
Europa, attraverso t u t t o il periodo dei romanticismo, aveva as-
sunto qui un aspetto di movimento nazionale. Ora. il problema
delTuomo nelle giovani nazioni delTAmerica dei Sud non era
soltanto il problema deirindividuo-singolare, ma dell'individuo-
plurale, deH'individuo-nazionalitá. E Roma accendeva in me
gl'impeti di una generazione distruggitrice degli idoli e dei pre-
concebi. In faccia alia Cittá Eterna io sentivo crescere in me
la stessa indole dei mio popolo distante che 11011 fu mai com-
presa dai suoi uomini politici. Queila indole che riunisce in
uno stesso sentimento il rispetto al Governo e la orgogliosa af-
fermazione personale; la fiducia neirazione dello Stato. inter-

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o negro dócil e o bugre indómito. E esse senso admiravel tem
uma perfeita consonancia com o espirito latino. E ' na verdade,
um senso de rhitmo de vida, que possibiliza os heróes, mas não
crêa os typos anti-humanos dos super-homens, e que concebe
a collectividade, mas não consagra o padrão antinatural da massa
com finalidade independente da finalidade individual.
Filho do Brasil, dos imensos sertões onde o espirito de
aventura dilata a personalidade nas expressões do caudilho e do
bandoleiro, como eu sentia na Cidade E t e r n a — nossa mãe das
m a r g e n s do Tibre — o espirito de equilíbrio da raça latina, um
dos prováveis segredos da espantosa unidade politica brasileira,
persistente contra todas as injuncções do arbítrio geographico!
Essa identidade de almas me offereceu a chave da mais secreta
comprehensão do regimen fascista e me intregrou na vida ita-
liana onde eu pude perceber o alto sentido da alegria e da força.

A Italia luminosa
Q u a n d o cheguei a Roma, eu já havia percorrido toda a pe-
nínsula. N u m a natureza maravilhosa, a Primavera desenrolára
diante de meus olhos o panorama incomparável de u m a nação
feliz. Meu primeiro dia fôra um domingo de maio.
Nápoles accordará cantando. A b r o os olhos na p e n u m b r a
do meu quarto. Enchem os meus ouvidos os trons marciaes de
uma banda de musica, que parece mais clara do que o raio de
luz que entra pela frincha da janella. Mixturam-se com os can-
glores metallicos centenas de vózes infantis. São os "balillas"
que passam. São elles que me despertam para me offerecer aos
olhos forasteiros a alegria luminosa daquella suave m a n h ã de
maio.
O s "balillas" c a n t a m :
Gioviucssa, giovhutsa,
Primavera di bcllcssal
V e j o mentalmente a Italia, cheia de sol novo, na f u l g u r a ç ã o
das c a m p a n h a s de vinho e trigo.
ooo
Bruma dourada na planice. Domingo de sol na província
italiana. Nosso automovel levanta a poeira fina da estrada que
serpeia na fatlda marítima do Vesúvio, desalando-se da T o r r e dei
Greco á T o r r e A n n u n z i a t a e rasgando o valle do Sarno, que ful -
gura na luz matinal.
Pelos caminhos, que cortam os pequenos bosques verde-par-
dos, cruzam-se carros e charretes, " c o n t a d i n i " de rosto moreno
( bastos bigodes, com cachimbos ou " s i g a r i " typicos da região
amavel. Velhas c a m p o m z a s , de saias estufadas, cinturas aperta-
das, largos lenço* cnliitulr» rjp cabeçn. E rapariga» da côr das

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pretata fino alla negligenza, e la intolleranza di una azione as-
sorbente e annientatrice di questo contro la iniziativa privata.
Questa concezione delle relazioni tra l'individuo e la Na-
zione é pronfondamente latina e méridionale. Noi, nel Brasile
!a ereditammo dal gênio avventuriero dei portoghese e siamo
rimasti tra i due tipi delia psicologia negli elementi basici
delia nostra formazione étnica: il negro docile e il Selvaggio
indomito. E questo senso mirabile ha una perfetta consonanza
con lo spirito latino. E ' in veritá. un senso di ritmo di vita. c.he
rende pos.sibili gli eroi, ma non créa i tipi anti-umani dei super-
uomini, e che concepisce la colîettivita, ma non consacra il
tipo antinaturale délia massa con finalitá indipendente dalla
finalitá individuale.
Figlio del Brasile, degli itntnensi " s e r t õ e s " dove lo spirito
di avventura dilata la personalitá nelle espressioni dei "cau-
dilho" e del "bandoleiro", come ho sentito nella Cittá Eterna
— nostra madre delle rive del T e v e r e — lo spirito di equilíbrio
delia razza latina, uno dei probabili segreti delia meravigliosa
uni tá brasiliana, persistente c o n t r o t u t t e le pressioni dell'arbi-
trio geográfico ! Questa identitá di anime, mi ha offerta la chiave
delia piu' segreta comprensione dei regime fascista e mi ha in-
t e g r a t e nella vita italiana per poter coglierne 1'alto senso di
allegria e di forza.

L'Italia luminosa

Q u a n d o arrivai a Roma, avevo percorso tutta la penisola.


In una natura meravigliosa, la Primavera aveva spiegato d i -
vanti ai miei occhi il panorama incomparabile di una nazione
felice. II mio primo giorno era stato di una domenica di Maggio.
Napoli mi sveglia c a n t a n d o . Apro gli occhi nella penombra
delia mia stanza. Colpiscono le mie orecchie i suoni marziali di
una banda, che sembrano ancora piu' chiari del raggio di luce
che entra per la fessura delia finestra. Ai suoni metallici si f r a m -
mischiano centinaia di voei infantili. Sono i "Balilla" che pas-
sano. Sono essi che mi svegliano. per offrirmi, agli occhi stra-
nieri, l'allegria luminosa di quella soave mattina di Maggio.
I "Balilla" c a n t a n o :
Giovincssa, giovinessa,
Primavera di bcHcsza.

Vedo mentalmente 1'Italia. piena di sole nuovo, nella folgo-


razione delle campagne d'uva e di frumento.
Nebbia dorata nel piano. Domenica di sole nella província
italiana. 11 nostro automobile solleva la polvere fina delia Strada
che serpeggia per la falda marittima dei Vesúvio, sciogliendosi

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cerejas, com risos, com lenços claros esvoaçantes de côres agu-
das, trançados nos hombros. E rapazes, e meninos, como as nos-
sas estradas sertanejas nos dias de missa conventual.
As casas são todas floridas. E s t a m o s ainda na primavera. A s
latadas extendem o ramo rubro das rosas. Rescende o aroma
dos quintaes, das arvores verdes coroadas de sol.
A paizagem se t r a n s f o r m a instantaneamente. A planice ni-
vela-se em baixo, no verde-cinza, onde fluctúa a tenue gaze da
lava subtil. U m grande sol contempla a campanha pontilhada cle
aldeias. Sente-se lá em baixo, no complexo do panorama confuso
de baixos comoros, de bosques, cie campos de vinhas, de aléas
de olivas, de canteiros de hortaliças, a densidade demographica.
Gente das eiras, população de camponios, de hortelãos, de jar-
dineiros, de vinhateiros, artezões, oleiros, pequenos negociantes,
mascates, matronas fecundas, mulheres, raparigas, e o trabalho,
o lar, o a m o r . . . Gente forniigante pelos valles. E a luz do sol
sobre o clamor da campanha.
O s sinos estão cantando. Sóbem de todas as aldeias, para a
festa da manhã luminosa, as vozes isoladas das ermidas, dos
presbyterios...
Aqui, do alto da montanha húmida e calcarea, tenho a im-
pressão de que todas as vozes dos sinos pequeninos e humildes
vêm se fundir num côro vasto, que desmaia no céo descampado,
no céo e n o r m e . . .

A alma de um povo
E' a alma de um grande povo, que possue o p r o f u n d o e per-
feito sentido da vida. Essa alma que, dal 1 i por diante, eu iria en-
contrando, desde Catania, fuliginosa de lava, até aos Alpes co-
roados de neve. Pelas c a m p a n h a s r o m a n a s ; pelas varzeas dos
rios setemptrionaes, agora f e c u n d a s ; pela pradaria de ouro da
Lombardia, que mais parece o campn sagrado do T r a b a l h o e da
F a r t u r a ; ou nas montanhas mysticas da Umbria. de céo azul onde
passam em revoada os passarinhos do Santo de A s s i s ; ou na Tos-
cana suavíssima e inteligentíssima; ou na Rivera elegante, ou
na região dos lagos. Por toda a parte um povo contente porque
se realizou na grande expressão politica de um E s t a d o que inte-
gra o Homem na Nnçào e objectiva a Nação no r u m o da felici-
dade do H o m e m . Um Estado que não promette felicidades absur-
das, mas g a r a n t e felicidades possíveis. Esse povo tinha de crear
(SM- modo de vêr e cie sentir, de agir e de aspirar, de trabalhar
< de realizar, que constitue hoje a formula s u p r e m a para todas
as nações afflicta« e para toda a Humanidade angustiada.
Eu vi esse povo vibrando em manifestações collectivas e
au-eultei-o, profundamente, ouvindo — antes de conversar com

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da T o r r e del Greco a T o r r e A n n u n z i a t a e tagliando la valle dei
Sarno, che folgora nella luce del mattino.
Pei sentieri, che tagliano i piccoli boschi verde-scuri, si in-
crociano carri e carretti, "contadini" dalla faccia b r u n a e dai
folti baf'fi, con le pipe o i sigari tipici della amabile regione.
Vecchie contadine, dalle vesti e dalle c i n t u r e strette, coi larghi
iazzoletti cadenti dalla testa. E giovinette dal colore di ciliegie,
lidenti, nei fazzoletti svolazzanti, vari di tinte, gettati sugli
omeri. E ragazzi e bambini, come nelle nostre strade dei boschi
i giorni della messa conventuale.
Le case sono t u t t e fiorite. Siamo ancora nella primavera. I
pergolati stendono il ramo rosso delle rose. Discende il pro-
íumo dai cortili, dagli alberi verdi coronati di sole.
Il paesaggio si t r a s f o r m a subitamente. Il piano si livella
in basso, in un verde cenere, dove fluttua la tenue garza della
lava sottile. Un g r a n d e sole contempla la Campagna punteggiata
di villaggi. Si sente laggiu' nella complessitá dei panorama
confuso dei poggi bassi, dei boschi, dei campi di vigne, delle
piantagioi;: di olivi. degli orti, la densitá demografica. Gente
da aie, popolazione di contadini. di ortolani, di giardinieri, di
vignaiuoli, artigiani. piccoli negozianti, venditori ambulanti,
matrone fécondé, donne, ragazze, e il lavoro, il focolare, l'a-
m o r e . . . Gente formicolante per le valli. E la luce del sole sulla
voce della campagna.
Le campane stanno cantando. Salgono da tutti i villaggi,
per la festa della m a t t i n a luminosa, le voei isolate delle cappelle
solitarie, dei p r e s b i t e r i . . .
Qui. dall'alto della montagna úmida e calcarea. ho 1'impres-
sione che tutte le voei delle c a m p a n e piccole e umili si fondano
in un coro vasto, che si perde nel cielo deserto, nel cieio
enorme...

L'anima di un popolo
(

E ' l'anima di un g r a n d e popolo, che possiede il profondo


c períetto senso delia vita. Questa anima che. d'ora innanzi. io
andró incontrando. da Catania, polverosa di lava, fino alie Aipi
coronate di neve. P e r le campagne romane, per le pianure dei
fiumi settentrionali, ora feconde, per le praterie d'oro della
Lombardia, che sempre piu' senrbrano i! campo sacro dei lavoro,
o nelle m o n t a g n e mistiche delTUmbria. dal cielo azzurro dove
passano volando i passerotti dei Santo di Assisi, o nella T o -
scana soavissima e intelligentissima. o nella Riviera elegante, o
nella regione dei Laghi. In ogni parte, un popolo contento per-
ché si é realizzato in una grande espressione politica di uno
S ta to che integra 1'Uomo nella Nazione e mette Ia Nazione nel

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estadistas ou administradores —, indivíduos de todas as classes
sociaes: o industrial e o operário, o scientista, o artista, o es-
criptor, o soldado e o camponez, e posso affirmar que o renasci-
mento da Italia vem da perfeita consonancia entre a indole do
seu povo e a formula do seu governo.
A Italia é hoje, mais do q u e nunca, uma Patria viva e forte,
porque dentro delia o individuo é livre e feliz nos limites possi-
veis á contingência da liberdade e da felicidade na terra. O ho-
mem italiano sente-se na plenitude da sua integridade. E' o
homem completo, porque não é considerado pela Nação apenas
a entidade votante, como nos regimens democráticos, nem apenas
a peça do machinismo social, como no regimen communista.
" O Fascismo é uma grande mobilização de forças materiaes
e m o r a e s " escrevia Benito Mussolini em 1921. E accrescentava:
" N ó s cogitamos dos valores moraes e tradicionaes que o socia-
lismo descura ou despreza".
Dez annos são passados sobre essas palavras e o m u n d o
viu a grande realização desse propósito, num c o n j u n c t o de leis
admiraveis. que consagra o senso jurídico do H o m e m Novo.

0 Cidadão da humanidade
Numa tarde de Junho, depois de ter visto toda a Italia Nova,
depois de a ter julgado com todo o rigor, eu me vi, 110 Palacio
Vcnezia, frente a frente com o gênio creador da pob'tica do Fu-
turo. Era um homem de estatura regular, de olhos azues, de ges-
tos seguros e de vóz firme. E esse gesto e essa vóz pareciam ex-
primir uma concepção de vida. Pois eram quentes e queriam
ser impetuosos, como affirmações violentas de personalidade in-
dividual ; porém f.raim, ao mesmo tempo, brandos e reflectidos,
c se condicionavam numa perfeita expressão de poderada disci-
plina. Por vezes, 110 correr da palestra, aquelles olhos se illumi-
navam, como si perpassasse por elles a chamma de um ideal su-
perior; e, em seguida, como que se cerravam levemente, dir-se-
ia que a retomar um rhitemo que constitue toda a sabedoria de
uma raça. Esse homem, de expressão vigorosa, tinha uma mas-
cara inconfundível, onde velhos soífrimentos e velhas luctas pa-
reciam ter marcado a passagem de uma vida agitada e forte. Era
o homem que viera do *eio das multidões comi a luz do gênio
latino, médium supremo da nacionalidade, propheta das Nações
c contemporâneo do Futuro.
Era Mussolini.
Esse homem creára a Nova Italia. Mas não ficara shi. Ci
dadfto da Humanidade, offerecera aos Povos angustiados o con-
tendo ideológico do Estado que deverá constituir a essência dos

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cammino delia felicita deH'Uomo. U n o Stato che non p r o m e t t e
felicita assurde, ma garantisce le felicita possibili. Questo po-
polo doveva creare questo modo di vedere e di sentire. di agire
i di desiderare, di lavorare e di realizzare, che costituisce oggi,
la formula suprema per tutte le nazioni afflitte e per tutta l'u-
manitá angustiata.
Io ho visto questo popolo vibrarc. in manifestazioni collet-
íive e l'ho ascoltato. profondamente, ascoltando — prima di
parlare con uomini di Stato e amministratori — individui di
tutte le slassi sociali: 1'industriale e 1'operailo, lo scienziato,
1'artista, lo scrittore, il soldato e il contadino, e posso a f f e r m a r e
che la rinascita d e l l l t a l i a proviene da una perfetta consonanza
Ira 1'indole dei suo popolo e la formula dei suo governo.
L'Italia é oggi. piu' che mai, una P a t r i a viva e forte, per-
che dentro di lei 1'individuo é libero e felice nei limiti possibili
alia contigenza delia libertei e delia felicitá sulla terra. L'uomo
italiano si sente nella pienezza delia integritá. E ' l'uomo com-
pleto, perché non é considerato dalla Nazione soltanto come
una entitá votante, come nei regimi democratici, né soltanto un
pezzo dei macchinismo sociale, come nei regime comunista.
"11 Fascismo é una g r a n d e inobilitazione di forze materiali
e morali" — scriveva Benito Mussolini nei 1921. E soggiunge-
v a : " N o i pensiamo ai valori morali e tradizionali che il socia-
lismo oscura o disprezza".
Dieci anni sono passati su queste parole e il mondo ha visto
ln g r a n d e realizzazione di questo proposito, in un insieme di
leggi anunirevoli. che consacra il senso giuridico delTUomo
nuovo.

II Cittadino delPUmanitá

I n un pomeriggio di Giugno, dopo aver visto tutta 1'ltalia


Nuova, dopo aver giudicato con t u t t o il rigore, io mi sono trovato
nei Palazzo Venezia, faccia a faccia col génio creatore delia po-
litica dei F u t u r o . E r a un uomo dalla statura regolare, dagli oc-
chi azzurri, dai gesti sicuri e dalla voce ferma. E questo gesto
c questa voce s e m b r a v a n o esprimere una concezione di vita.
Erano, a momenti caldi e sembravano voler essere impetuosi,
come affermazioni violenti di personalitá individuale; a momenti
erano blandi e riflessivi. adeguandosi ad una perfetta espressione
di ponderata disciplina. Alie volte, nei trascorrere dei colloquio,
(|tiegli occhi si illuminavano, come se passasse attraverso ad essi
la fiamma di un ideale superiore; poi, si chiudevano lievemente,
quasi a riprendere un ritmo che costituisce tutta la saggezza di
una razza.

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princípios políticos dos paizes que preferirem uma H u m a n i d a d e
h u m a n a a uma H u m a n i d a d e mechanica.
Lembro-me bem das palavras da minha despedida. Musso-
lini lêra no meu olhar meu g r a n d e amôr pelo meu Brasil. Au-
gurou-me os mais completos t r i u m p h o s á mocidade do m e u paiz.
E concitando-me a não esmorecer no enthusiasmo e na fé pelo
f u t u r o do Brasil, pediu-me que fizesse justiça á sua Italia.
Aqui estou, meus amigos italianos e brasileiros, fazendo
essa justiça. E eu a faço, aifirmando contra todos os falsos pre-
conceitos dos fanaticos liberaes, que a Italia que eu vi merece
todo o amôr do H o m e m deste Século de ameaças p e r m a n e n t e s á
integridade individual. P o r q u e q u a n d o sobre o m u n d o cahir a
g r a n d e noite do despotismo e da abolição da personalidade, a
concepção fascista da existencia será a luz dos tempos novos. E
do prestigio da autoridade dos Estados, da harmoniosa gravita-
ção do Individuo em relação a si mesmo, á sua classe, á nação, e,
através desta, á humanidade, se tornará possível a harmonia
entre os povos e a marcha para os maiores aperfeiçoamentos.
Foi assim que eu comprehendi, foi assim que eu vi a Italia.

AE L /1FC H / UNI CAM P


Questo uomo, dalla espressione vigorosa, aveva una ma-
schera inconfondibile, sulla quale vecchie sofferenze e vecchie
lotte sembravano aver segnato il passaggio di una vita agitata
e forte. E r a l'uomo che era venuto dal seno delle moltitudini con
la luce del génio latino, niediatore supremo di nazionalitá, pro-
feta delle Nazioni e contemporâneo dei F u t u r o .
E r a Mussolini.
Q u e s t o uomo ha creato la Nuova Italia. Ma non si fermerá
qui. Cittadino deU'Umanità, offrira ai popoli angustiati il conte-
nuto ideologico dello Stato che dovrá costituire la essenza dei
principi politici dei paesi che preferiscono una U m a n i t á umana ad
una U m a n i t á meccanica.
Mi ricordo bene le parole del mio congedo. Mussolini aveva
letto nel mio sguardo il mio grande amore per il mio Brasile.
Mi auguro i piu' completi trionfi per la gioventu' dei mio paese.
E incita.idomi a non smorzare l'entusiasmo e la fede nel f u t u r o
dei Brasile, mi chiese che facessi giustizia alia sua Italia.
Sono qui, amici miei italiani e brasiliani, per fare questa giu-
stizia. Ed io la faccio, a f f e r m a n d o contro tutti i preconcetti falsi
dei fanatici liberali, che 1'Italia che io ho visto mérita tutto l'a-
more dell'Uomo di questo secolo dalle minaccie permanenti alia
integritá individuale. P e r c h é quando sul mondo cadrá la gran
notte dei despotismo e delia abolizione delia personalitá, la con-
cezione fascista delia esistenza sará la luce dei tempi nuovi. E
dal prestigio delia autoritá degli Stati, dalla armoniosa gravita-
zione degli Stati tra loro, come dalla períetta collaborazione
degli individui in relazione a sé stessi, alia loro classe, alia na-
zione, e, attraverso a questa, all'umanità, si renderá possibile
l'armonia tra i popoli e il c a m m i n o verso i maggiori perfeziona-
menti.
Cosi ho compreso, cosi ho visto 1'Italia.

(Traduzione di Ferruccio Rubbiami).

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2 - Dott. Prof, Theodoro Braga — Andrea Man-


tegna, con riproduzioni dei quadri dei celebre
pittore.

3 - Dott, Candido Motta Filho — A consciência


jurídica na Italia.

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