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Na visão dos clássicos, não terá crescimento fomentando a demanda, pois haverá apenas mais
pessoas demandando demais da mesma quantidade de bens e serviços, que é determinada
pela quantidade de fatores de produção que a economia possui. A utilidade exclusiva da
política monetária é o combate à inflação, que deve ser a mais baixa possível, pois ela distorce
o preço relativo dos bens e serviços.
Diante disso, temos que uma política monetária expansionista tem efeito, não no crescimento
econômico, e sim na inflação. Como um exemplo disso, na prática é o caso de vários países que
têm sua política monetária pautada no regime de metas de inflação.
Quando a expectativa de inflação está acima da meta, é feita uma política monetária
contracionista, com a venda títulos públicos e aumento dos juros, diminuindo a
demanda.
Política Monetária Keynesiana
O primeiro contraponto das duas teorias, quando falamos em moeda, é que diferente da
clássica, Keynes afirma que a moeda não é neutra e gera crescimento econômico. Portanto, se
há uma redução dos juros, injeção de mais moeda na economia e mais crédito, então,
estimularam os consumos, investimentos e, consequentemente, a demanda efetiva.
Além disso, há a teoria da preferência pela liquidez, com base na premissa de que quando há
uma maior circulação da moeda, as pessoas tendem a entesourá-las, preferindo retê-las, o que
não gera impacto significativo na inflação. E, de certo modo, além do estímulo ao consumo e
investimento, com o aumento dos preços, as empresas são estimuladas a contratarem e
produzir mais, gerando um fluxo de processos positivo para a economia. Portanto, a política
monetária expansionista, para Keynes, é importante para fomentar o crescimento econômico.
Concordemos, então, que, apesar desses mecanismos parecerem práticos, há uma burocracia
com relação aos riscos e retornos envolvidos nas operações. Um reflexo disso é uma taxa de
juros alta, como a Selic brasileira, base para as demais taxas de juros. Isso é consequência da
falta de segurança com relação aos empréstimos e o alto nível de calote do Brasil,
historicamente percebido.
Lembramos que este é apenas um resumo. Para uma leitura mais completa e profunda,
recomendamos os capítulos 12, 14 e 15 do livro Princípios de Economia de Francisco Mochón.
Além disso, recomendamos, também, a leitura do capítulo 31 do livro Macroeconomia de
Michael Parkin. Ambos estão disponíveis na biblioteca virtual Pearson.
ATIVIDADE EXTRA
O Banco Central do Brasil possui, em seu site, uma área específica sobre política monetária.
Navegue por ela e faça um resumo do que você aprendeu.
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MANKIW, N.G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2005. Cap. 33 - Demanda e oferta agregada.
PARKIN, Michael. Economia. 8.ed. Pearson: 2008. Capítulo: 31. Política monetária.