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Moeda é todo ativo universalmente aceito como forma imediata de solver débitos, e que
confere ao seu titular um direito de saque sobre o produto social. Além disso, deve cumprir
três funções básicas na economia: reversa de valor, unidade de conta e meio de troca.
De acordo com Mochón (2014), a moeda é utilizada como meio de troca para realizar
transações e cancelamento de dívidas. Ela diminui a necessidade de acontecer um escambo
(que o desejo do comprador seja o mesmo desejo do vendedor, para que a compra seja
concluída) e por isso, possui um custo de transação menor. É considerada uma das
características mais importantes da moeda.
O segundo ponto que pode ser destacado é a moeda como unidade de conta, na qual, segundo
o autor, a moeda serve para quantificar quanto vale os bens e serviços. O terceiro ponto é a
visualização da moeda como reversa de valor.
Conforme Mochón (2014), a moeda é um ativo financeiro que transporta o seu valor ao longo
do tempo e pode ter seu valor reservado.
HISTÓRIA DA MOEDA
BANCO CENTRAL
O Banco Central (BACEN) deve zelar pela estabilidade do sistema bancário e é o responsável
por operar os instrumentos de política monetária. Além disso, possui três funções primordiais:
O Banco Central recebe depósitos dos bancos comerciais e transfere fundos de um banco para
o outro. Com isso, os bancos comerciais pagam uma taxa para o banco central, essa taxa é
denominada taxa de redesconto.
Banco do Governo
Grande parte dos fundos do governo é depositado no Banco Central. Além disso, quando o
governo necessita de recursos, ele emite títulos e vende ao Banco Central ou ao público,
obtendo assim fundos necessários. Mesmo quando emite títulos ao público, o governo faz por
meio do Banco Central, fazendo com que o mesmo seja considerado agente financiador do
governo.
O Banco Central é responsável pelo controle da moeda, por meio de vários instrumentos.
De acordo com Mochón (2014), os agregados monetários são variáveis que quantificam a
moeda existente e que os bancos centrais de cada país usam para afeito de análise e para
tomar decisões. Esses agregados são denominados M1,M2,M3,M4.
Poupança Financeira:
Os instrumentos monetários descritos abaixo têm por objetivo controlar a oferta de moeda
que será disponibilizada à população. Desta forma, o Banco Central verifica se há moeda o
suficiente para o desenvolvimento econômico das atividades no país, além de, manter a
liquidez do sistema.
Depósito Compulsório
Os bancos comerciais devem depositar uma parte do dinheiro de seus depósitos à vista, a
prazo e de poupança no Banco Central, com o objetivo de garantir a segurança do sistema
financeiro como um todo e também como forma de se prevenir que os bancos comerciais não
irão ficar sem dinheiro para realizar suas operações do dia a dia.
É uma medida de segurança, mas também é visto como um instrumento de política monetária,
pois, ao controlar o dinheiro que está em circulação, o Banco Central controla também a
inflação do país.
Taxa de redesconto
A política mais usada por bancos comerciais na atualidade, na qual é a taxa de juros cobrada
pelo Banco Central aos bancos comerciais, quando estes precisam de dinheiro para honrar
seus compromissos do dia a dia ou repassar dinheiro à população.
Quando a taxa de redesconto está baixa, os bancos comerciais possuem acesso de forma fácil
e barata ao dinheiro junto ao Banco Central, fazendo com que adotem também uma política
liberal de crédito com seus clientes. Contudo, quando o Banco Central coloca um limite para
redesconto ou eleva a sua taxa, os bancos comerciais possuem a tendência de serem mais
rígidos com a concessão de empréstimos e elevam as suas taxas de juros, fazendo com que o
crédito bancário seja mais difícil e dispendioso.
Essa medida consiste em vender ou comprar, por parte do Banco Central, títulos do governo
no mercado de capitais. Quando o Banco Central compra títulos do governo, ele aumenta a
oferta de moeda no mercado, pois tira os títulos e “coloca” moeda em circulação. Da mesma
forma, quando ele vende os títulos do governo, ele diminuí a oferta de moeda no mercado,
pois “tira” a moeda de circulação e “coloca” os papéis do governo no mercado de capitais.
Da mesma forma que o Banco Central oferta moeda, há uma outra parte, firmas e famílias que
demandam a moeda. E esta demanda se dá por três motivos:
Demanda por moeda para precaução: a população e as empresas precisam ter moeda
para pagamentos que possam vir a ocorrer de forma imprevista ou de atrasos
inesperados.
Demanda por moeda para especulação: uso de moeda para investimento em ativos
que trarão rendimentos, como títulos, ações, debêntures e etc.
De modo geral, segundo Mochón (2014), existe uma relação direta entre moeda e renda e
uma relação inversa entre moeda e taxa de juros. Assim, quanto maior o nível de renda, maior
a necessidade de moeda para precaução e especulação. Contudo, quanto maior a taxa de
juros, menor será a quantidade de moeda que a população ou as empresas manterá consigo,
sendo mais vantajoso o investimento em títulos, por exemplo.
Por fim, a demanda por moeda pode ser afetada também, de modo geral, pela taxa de inflação
do país, pela estrutura do mercado financeiro, pela sazonalidade e etc.
ATIVIDADE EXTRA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MANKIW, N.G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2005. Cap. 29 - Sistema monetário.
MOCHÓN, F. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Cap: 11 –
Funções da Moeda.