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Prezado(a) Aluno(a),

É com grande satisfação que apresento a você a apostila de Conhecimentos Bancários


para o Concurso do Banco do Nordeste (BNB), elaborada pelo Prof. Renan Duarte. Este
material em formato PDF é separado por tópicos do edital, sendo um complemento
teórico às videoaulas.

Nesta apostila, você encontrará todo o conteúdo necessário para sua preparação,
abrangendo todo o edital dessa disciplina. Além disso, as questões presentes neste
material são cuidadosamente selecionadas, com base em provas de concursos anteriores
e questões exclusivas, todas respondidas e comentadas pelo Prof. Renan Duarte.

Caso você esteja acessando apenas o conteúdo gratuito da primeira aula, gostaria de
convidá-lo(a) a conhecer o restante do material completo através do link logo abaixo. Ao
adquiri-lo, você terá acesso não apenas ao conteúdo teórico, mas também a todos os slides
utilizados nas aulas.

CURSO COMPLETO

Aproveite ao máximo este material e esteja preparado(a) para o concurso. Desejo a você
um excelente estudo e sucesso em sua jornada rumo à aprovação.

Bons estudos!

Atenciosamente,
Prof. Renan Duarte.

O Professor Renan Duarte é Auditor Federal de Controle Externo do


Tribunal de Contas da União (TCU), aprovado em primeiro lugar no
concurso do Banrisul (2018), além de ter sido aprovado e convocado
no concurso da Caixa Econômica Federal (2014). É formado em
Economia pela Universidade de Caxias do Sul, pós-graduado em
Educação Financeira e Especialista em Investimento pela ANBIMA
(CEA).
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 3

1.1 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional.................................................. 3


1.2 Questões ...................................................................................................... 7
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Para iniciarmos nosso estudo, peço que você imagine todas as atividades de
transações de recursos que acontecem no país, desde pagamentos de boletos, utilização
de cartões de crédito, transferências bancárias e, mais recentemente, transferências por
PIX. Tudo isso só é possível porque existe um sistema estruturado, organizado e confiável
por trás dessas atividades.

Compreendido isso, podemos então definir o conceito do Sistema Financeiro


Nacional (SFN), que nada mais é do que um conjunto de entidades e instituições que
desempenham diferentes funções no mercado financeiro. É por meio dessas funções que
você pode investir o seu dinheiro, pagar as suas contas e receber empréstimos.
Falaremos sobre a estrutura do SFN em seu momento, antes devemos entender
duas das funções básicas que ele promove:

Dentre as principais funções do SFN, destacam-se duas:

➢ Prestação de Serviços e Gerenciamento de Recursos


Essa função, na verdade, desmembra-se em várias outras e basicamente se traduz
em facilidades que o SFN proporciona aos cidadãos e ao governo. Como quando você
utiliza o seu cartão de crédito para realizar pagamentos ou quando precisa transferir
dinheiro para outra pessoa, entre outras. Para fins de prova, as principais funções são
essas:

➢ A existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e


arrecadação de tributos;
➢ O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos;
➢ A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e
cheques;
➢ A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel,
viagem, vida, saúde, entre outros).
Perceba que diariamente usamos o SFN e que, sem ele, essas atividades não
poderiam ser realizadas facilmente. Justamente por o usarmos de forma constante, o SFN
tem que ser confiável e regulado.

➢ Intermediação Financeira
Basicamente, essa função permite que haja o encontro entre os credores e os
tomadores de recurso. Para facilitar, imagine que você possui R$ 100,00 sobrando e
pretende obter uma remuneração com ele, no mercado financeiro é dito que você está
superavitário, isto é, possui mais do que precisa gastar; já do outro lado, imagine que
alguém está precisando de R$ 100,00 emprestado (deficitário), naturalmente, o caminho
lógico seria que você emprestasse o seu dinheiro a essa pessoa e cobrasse “algo” por isso
(juros), porém fazer isso de forma direta não é tão simples como parece, pois você não
possui garantias de que a pessoa lhe pagará de forma correta ou, ainda, pode não ser tão
fácil encontrar uma pessoa que precise do valor que você tem a emprestar, entre outras
dificuldades.
Pois bem, a intermediação surge para resolver essas dificuldades, pense em um
banco, quando você possui dinheiro sobrando você investe seu dinheiro o “emprestando”
ao banco, em troca dos juros que serão pagos. Já o banco empresta o seu dinheiro a uma
outra pessoa, que deverá pagar juros sobre o valor que recebeu. Percebeu? O banco, na
verdade, está atuando como um intermediador, já que você não emprestará diretamente o
seu dinheiro para quem está precisando, mas sim através do banco. A diferença entre o
que banco paga para você e o que ele recebe de quem tomou o dinheiro emprestado é
chamado de spread bancário e é um conceito importante do mercado financeiro, visto
que é a principal forma que os bancos ganham dinheiro.

Grave este conceito!

Spread bancário é a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e


a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro.

As instituições do SFN, devido ao seu porte, possuem vantagens ao exercerem a


função de intermediadores, tais como:

➢ Por lidar com muitos agentes, são capazes de oferecer condições de liquidez
mais flexíveis, de modo a atender às necessidades de diferentes agentes
(liquidez, basicamente, é a capacidade de conversão de um bem em dinheiro,
nesse caso, como essas instituições possuem muitos clientes, podem pagar
rapidamente alguém que precisou do dinheiro de volta, o que seria difícil, caso
você precisasse cobrar diretamente, antes do prazo, de alguém para qual
emprestou dinheiro);
➢ Por seu porte, têm acesso as oportunidades de investimento que um agente
econômico superavitário operando sozinho não conseguiria acessar,
possibilitando inclusive maior diversificação nos investimentos;
➢ Têm acesso facilitado a informações econômicas importantes, tais como
cadastros de crédito, planos de negócio, estatísticas setoriais, relatórios
econômicos e balanços;
➢ Têm capacidade de análise das informações econômicas disponíveis, o que
possibilita melhor gestão de riscos;
➢ São reguladas e supervisionadas, o que aumenta a confiança dos agentes em
sua atividade;
➢ Estão autorizados a cobrar taxas de juros superiores ao teto estabelecido pelo
Decreto 22.626 de 1933 (Lei da Usura), o que lhes permite emprestar para um
número maior de agentes econômicos deficitários, sem que a relação risco-
retorno fique prejudicada.
Grave este conceito!

O Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de entidades e


instituições que promovem a intermediação financeira, isto é, o encontro entre
credores e tomadores de recursos. É por meio do sistema financeiro que as
pessoas, as empresas e o governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas
dívidas e realizam seus investimentos.

➢ Estrutura
Como dito antes, o SFN é composto por um conjunto organizado de instituições e
entidades, públicas e privadas, cada qual com suas funções. Primeiramente, podemos
dividir o SFN em três ramos:
Estrutura SFN

Moeda, crédito, É o principal ramo do SFN, lidando com:


capitais e câmbio
➢ Mercado monetário: que é o que trata da moeda que
movimenta a economia;
➢ Mercado de crédito: que por sua vez está relacionado
com o fornecimento de recursos às pessoas e às empresas
para consumo;
➢ Mercado de capitais: que permite as empresas captarem
recursos de terceiros, emitindo ações, por exemplo;
➢ Mercado de câmbio: no qual acontece a compra e venda
de moeda estrangeira.

Seguros privados É nesse ramo em que acontece a contratação de seguros,


capitalizações e previdências complementares abertas

Previdência fechada É o mercado em que há a contratação de previdências


complementares fechadas

Não se preocupe, iremos aprofundar esses conceitos em seu momento, o


importante nesse ponto é que você entenda que o SFN possui esses três ramos distintos.
Avançando, podemos ainda dividir o SFN em um subsistema normativo e um
subsistema de intermediação (por vezes chamado de operacional ou operativo). O
subsistema normativo abrange os órgãos normativos e os supervisores, eles são
responsáveis por ditarem as regras do sistema, isto é, regulamentam e fiscalizam a atuação
dos demais participantes. Imagine a seguinte situação, eu e você decidimos que iremos
abrir um banco, naturalmente precisaremos seguir algumas regras e os responsáveis por
determinar essas regras são os órgãos do subsistema normativo.
Já o subsistema de intermediação contempla as demais instituições que fazem
parte do SFN, responsáveis pelas atividades rotineiras que estamos mais habituados,
como os bancos, cooperativas, corretoras, bolsas, entre outros.
Grave este conceito!

O SFN é organizado por agentes normativos, supervisores e operadores. Os


órgãos normativos determinam regras gerais para o bom funcionamento do
sistema. As entidades supervisoras trabalham para que os integrantes do sistema
financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Os operadores são as
instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de intermediários.

➢ Órgãos de regulação, autorregulação e fiscalização


Antes de aprofundarmos um pouco mais, devemos entender essa divisão.
Sucintamente, duas funções precisam ser desempenhadas dentro do subsistema
normativo:

➢ Criação de políticas e normas que regulamentam as atividades dos


participantes do SFN;
➢ A fiscalização dos participantes, para garantir que as regras sejam cumpridas.

Inicialmente, essas duas funções eram desempenhadas apenas por órgãos


públicos, contudo, atualmente, devido à autorregulação, a presença dos agentes privados
ganhou destaque. A autorregulação é quando os entes privados se juntam, geralmente em
forma de associações, e escolhem um ente privado que estabelece regras entre os próprios
participantes, via um contrato voluntário (autorregulação de base contratual) ou por
determinação legal (autorregulação de base legal).
Já a regulação feita pelo Estado, isto é, pelos órgãos públicos, é chamada de
heterorregulação, assim denominada, pois é feita externamente ao mercado e se baseia
na legitimidade e no poder coercitivo do Estado sobre a iniciativa privada.

Para finalizar esse tópico, lembre-se que a regulação se divide em


heterorregulação e autorregulação, sendo que a primeira é feita pelo Estado
(externamente) e a segunda pelos próprios do SFN (internamente).

1.2 QUESTÕES

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: CRN

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) possui órgãos normativos, supervisores e

executores, com papéis bem definidos.

A supervisão do mercado de capitais é responsabilidade:


a) Do Conselho Monetário Nacional (CMN)

b) Do Banco Central do Brasil

c) Da Bolsa de Valores

d) Do Ministério da Fazenda
e) Da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsável pela supervisão e


regulamentação do mercado de capitais no Brasil, incluindo a fiscalização das
atividades das bolsas de valores e das instituições financeiras que atuam nesse mercado.

Gabarito: “e”

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: CRN

O spread bancário, também chamado de margem bancária, corresponde à (ao):

a) Lucro bancário
b) Taxa de captação dos bancos

c) Taxa de aplicação paga aos investidores

d) Diferença entra a taxa de juro cobrada e a taxa de juro paga pelos bancos

e) Juro pago pelos clientes em empréstimos e financiamento contratados


Comentários:

O spread bancário representa a diferença entre as taxas de juros que os bancos cobram
dos tomadores de empréstimos e financiamentos e as taxas de juros que os bancos
pagam aos seus depositantes e investidores. Essa diferença é uma das principais fontes
de receita para as instituições financeiras, pois o valor cobrado nos empréstimos é
geralmente superior ao valor pago pelos depósitos e investimentos. O spread bancário
reflete o custo de intermediação financeira e os riscos assumidos pelos bancos ao
concederem crédito.

Gabarito: “d”
Banca: FGV Ano: 2018 Prova: BANESTES

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é dividido em segmentos especializados e um

dos ramos de maior importância é o Mercado de Crédito, responsável por:


a) Fornecer recursos para o consumo das pessoas em geral e para o funcionamento
das empresas

b) Fornecer à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela depositada em conta-


corrente
c) Permitir às empresas em geral captar recursos de terceiros e, portanto, compartilhar
os ganhos e os riscos

d) Facilitar a compra e a venda de moeda estrangeira

e) Permitir operações em mercados futuros


Comentários:

O Mercado de Crédito no Sistema Financeiro Nacional tem como função principal


prover recursos financeiros para o consumo das pessoas e para o funcionamento das
empresas. Nesse mercado, ocorrem as transações de empréstimos, financiamentos e
concessão de crédito, permitindo que as pessoas tenham acesso a recursos para realizar
suas necessidades de consumo e que as empresas obtenham capital para investimentos,
operações e expansão de suas atividades.

Gabarito: “a”
Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: FUNPRESP-EXE

Os órgãos normativos asseguram que os integrantes do sistema financeiro sigam as

regras definidas pelos órgãos de crédito, de capitais e de câmbio, enquanto as entidades

supervisoras determinam regras para o bom funcionamento do SFN.

Certo

Errado
Comentários:
A questão inverteu os conceitos, o correto seria: os órgãos normativos estabelecem as
regras para o funcionamento do SFN como um todo, enquanto as entidades
supervisoras fiscalizam e garantem o cumprimento dessas regras pelos integrantes do
sistema financeiro.
Gabarito: “Errado”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia


O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta,
supervisiona e realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na
economia. São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:

a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de


Política Monetária (Copom)

b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho


Monetário Nacional

c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom);


Conselho Federal de Valores Mobiliários

d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário


Nacional

e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência


Complementar; Conselho Monetário Nacional
Comentários:

Lembre-se que o BACEN e CVM são fiscalizados, enquanto o CMN é normativo.


Além disso, o CNSP e CNPC também são órgãos normativos.
Gabarito: “e”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia

Atualmente, o Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos normativos,

entidades supervisoras e por operadores. Um dos órgãos normativos que compõe o

Sistema Financeiro Nacional é o(a):

a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES


b) Banco Comercial
c) Conselho Monetário Nacional

d) Bolsa de Valores

e) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

Comentários:
O órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que está entre as opções
apresentadas é o Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo responsável por
estabelecer as diretrizes e normas da política monetária e creditícia do país.
Gabarito: “c”

Banca: IDECAN Ano: 2012 Prova: BANESTES

O Sistema Financeiro Nacional é formado pelo subsistema normativo e pelo subsistema

de intermediação. Compõem o subsistema normativo:

a) Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Brasil

b) Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

c) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Banco do Brasil

d) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários


e) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e BM&FBOVESPA

Comentários:

Atualmente, considera-se que o subsistema normativo abrange apenas o CMN, o CNSP


e o CNPC. Contudo, essa questão é antiga, e leva em consideração a classificada
adotada pela doutrina até então, que considerava o BACEN e a CVM como integrantes
do subsistema normativo. Por essa razão, o gabarito é letra “d”.

Gabarito: “d”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: EPE

O Sistema Financeiro Nacional é composto de dois subsistemas: o normativo e o de

intermediação financeira. São órgãos do subsistema normativo:

a) o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central

b) o Banco do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários


c) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os bancos de
investimento

d) a Caixa Econômica Federal e a Superintendência de Seguros Privados

e) a Bolsa de Valores e a Bolsa de Mercadoria e de Futuros de São Paulo


Comentários:

Atualmente, considera-se que o subsistema normativo abrange apenas o CMN, o CNSP


e o CNPC. Contudo, essa questão é antiga, e leva em consideração a classificada
adotada pela doutrina até então, que considerava o BACEN e a CVM como integrantes
do subsistema normativo. Por essa razão, o gabarito é letra “a”.

Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

O SFN atua na intermediação financeira, ou seja, no processo pelo qual os agentes que

estão superavitários, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para aqueles que

estejam deficitários, com falta de dinheiro.

Certo

Errado

Comentários:
O Sistema Financeiro Nacional é responsável, principalmente, por duas funções
básicas: a prestação de serviços e gerenciamento de recursos e a intermediação
financeira. Além disso, a questão trouxe corretamente a definição da intermediação
financeira, que consiste na troca de recursos entre agentes superavitários e deficitários.

Gabarito: “Certo”
(Exclusiva)

São facilidades que a prestação de serviços e gerenciamento de recursos permitem aos


cidadãos e governo, exceto:

a) A disponibilização de seguros de automóvel

b) O serviço de custódia de títulos públicos

c) A existência de um sistema de pagamentos


d) A disponibilização de informações de caráter sigiloso a terceiros

Comentários:

As três primeiras alternativas trazem facilidades que a prestação de serviços e


gerenciamento de recursos permitem. A letra “d” traz um verdadeiro absurdo, visto que
o mercado financeiro deve garantir a proteção de informações pessoais, especialmente
as de caráter sigiloso.

Gabarito: “d”

(Exclusiva)
Marque a alternativa que traz uma vantagem que as instituições financeiras têm ao
exercerem a função de intermediadores financeiros:

a) Têm acesso a cadastros de crédito, o que facilita o levantamento de informações


importantes
b) Lidam com poucos agentes, o que facilita a atenção direcionada aos clientes

c) Possuem porte pequeno, o que permite a especialização das atividades

d) Não são fiscalizadas, podendo atuar livremente no mercado

Comentários:
Lembre-se que as instituições financeiras, devido ao seu porte, possuem vantagens ao
exercerem a função de intermediadores, sendo que o acesso de informações
importantes, como cadastros de crédito, é uma dessas vantagens. Além disso, na
maioria das vezes, lidam com muitos agentes, possuem porte grande e são fiscalizadas.
Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Conselho Monetário Nacional (CMN) ....................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 5
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)

O CMN é o órgão deliberativo máximo do SFN, criado através da lei 4.595/1964,


compõe a estrutura do Ministério da Fazenda, sendo apenas subordinado ao presidente da
República. Ele é uma espécie de conselho de política econômicas, extremamente
importante em nosso país, uma vez que é por formular a política da moeda e do crédito,
objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.
Vale acrescentar que ele é um órgão normativo e não executivo, assim, funções executivas
estão fora de sua competência.

➢ Composição

Atualmente, o CMN possui a seguinte composição:

➢ Ministro de Estado da Fazenda (que também exerce a função de presidência


do órgão);
➢ Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento;
➢ Presidente do Banco Central do Brasil.

Além disso, também funcionam em conjunto com o CMN:


➢ Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc);
➢ Comissões Consultivas.

Já o BACEN é responsável pela Secretária-Executiva do CMN, sendo


responsável, entre outras atribuições, por organizar pautas de reunião e comunicar os
conselheiros e demais participantes da reunião.

Assim, o CMN é principal órgão do SFN, responsável pelo estabelecimento das


diretrizes e normas da política monetária, creditícia e cambial e por regular as condições
de constituição, funcionamento e fiscalização dos intermediários financeiros. Perceba que
dentre dos três ramos que compõe o SFN, o CMN se encarrega do primeiro, isto é, aquele
que trata da moeda, crédito, capitais e câmbios. Para os demais ramos também haverá um
órgão responsável por estabelecer as diretrizes (falaremos sobre eles mais adiante).

➢ Funções

Devido a sua importância, a lei que o instituiu também encarregou o CMN com
os seguintes objetivos:

➢ Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas,


quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País,
condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
➢ Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros,
com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de movimentação
de recursos;
➢ Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
➢ Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública, interna e externa.

Além disso, a referida lei também encarregou o CMN de uma série de


competências e atribuições, sendo as principais:
➢ Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias
em todas as suas formas, inclusive prestações de quaisquer garantias por parte
das instituições financeiras;
➢ Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou
financeiros;
➢ Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições
financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
➢ Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas
instituições financeiras;
➢ Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das
operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de
pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação;
➢ Regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas
sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas.
Despenca em provas!

Preste atenção nas atribuições de cada órgão, pois as questões tentam trocar as
atribuições de um órgão pelo outro.

Para facilitar a memorização, foque nos verbos associados ao CMN, tais como
disciplinar, regular, zelar, pois são atividades de regulação e essas cabem a esse órgão
(geralmente é cobrada a literalidade da atribuição em questões). Verbos como fiscalizar,
realizar, conduzir, são, de maneira geral, incumbência do Banco Central do Brasil, órgão
supervisor.

Ainda, existem outras atribuições que constam na citada lei, contudo, para fins de
prova, essas são as que são cobradas com maior frequência. Caso você queira conhecer
as demais, deixo o link que leva diretamente à Lei 4.595/1964 (art. 3 e 4):
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4595.htm

Os membros do CMN reúnem-se uma vez por mês para deliberar sobre assuntos
como:

▪ Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras;


▪ Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;
▪ Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
▪ Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública
interna e externa.
Em algumas situações, pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias
aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções CMN divulgadas no Diário
Oficial da União (DOU) e no Busca de normas do Conselho e do Banco Central (BC).

Esse é um exemplo de uma Resolução do CMN, perceba que quem tornou público foi
o BACEN, mas quem decidiu foi o CMN.

➢ Meta para a Inflação

Como objetivo de controlar a inflação no país, desde 1999 o Brasil adota o regime
de metas para a inflação, que é um conjunto de procedimentos para garantir a estabilidade
de preços no país.
Nesse sistema, a meta para a inflação é anunciada publicamente e funciona como
uma âncora para as expectativas dos agentes sobre a inflação futura, permitindo que
desvios da inflação em relação à meta sejam corrigidos ao longo do tempo.

No Brasil, a meta para a inflação é uma importante atribuição do CMN, que é


responsável por defini-la, cabendo ao BACEN adotar as medidas necessárias para
alcançá-la. O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
meta se refere à inflação acumulada no ano. Por exemplo, a meta para 2023 é de uma
inflação de 3,25%.
No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de
três anos-calendário à frente. Por exemplo, em junho de 2018, o CMN definiu a meta para
2021. Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento
das famílias, empresas e governo.
O sistema prevê ainda um intervalo de tolerância, também definido pelo CMN.
Nos últimos anos, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.) para
cima e para baixo. Por exemplo, no caso de 2025, a meta é de 3,00% e o intervalo é de
1,50% a 4,50%. Se a inflação ao final do ano se situar fora do intervalo de tolerância, o
presidente do BC tem de divulgar publicamente as razões do descumprimento, por meio
de carta aberta ao Ministro da Fazenda, presidente do CMN, contendo descrição detalhada
das causas do descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos
limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
Resumindo tudo que vimos até agora do CMN:

Conselho Monetário Nacional (CMN)

Área  Moeda, crédito, capitais e câmbio

Nível  Normativo (órgão deliberativo máximo do SFN)

Membros  Ministro de Estado da Fazenda (Presidente);


 Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento;
 Presidente do Banco Central do Brasil.

Estrutura  Ministério da Fazenda

Matérias  Resoluções do CMN

1.2 QUESTÕES
Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão importante do Sistema Financeiro

Nacional.

As atribuições do CMN são inúmeras, entre as quais:

a) regular os serviços de compensação de cheques e outros papéis

b) autorizar a emissão de papel moeda


c) determinar, via Comitê de Política Monetária, a taxa de juros Selic

d) autorizar o funcionamento das instituições financeiras operando no país

e) emitir títulos do CMN, responsabilizando-se pelo seu resgate


Comentários:
Antigamente a resposta correta dessa questão seria a letra “b”, pois essa era uma função
explicita do CMN. Contudo, atualmente, desde a edição da Lei Complementar
179/2021, o CMN teve essa competência revogada, uma vez que o BACEN não
necessita da autorização para emitir moeda, portanto, o correto seria anular essa
questão. Trouxe a questão para mostrar como a banca pode errar e ainda assim temos
que nos sujeitar a marcar uma questão incorreta para receber o acerto na prova.
Ademais, as outras alternativas não são funções do CMN.

Gabarito: “b”

Banca: FUNDATEC Ano: 2023 Prova: BRDE

Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo

Presidente da República, EXCETO:

a) Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República


do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e
crédito

b) Fixar, até dez (10) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além
do qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos
ao Banco Central da República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas
que o Conselho estabelecer
c) Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer
outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros,
inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil

d) Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras


poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas

e) Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das
instituições financeiras privadas, levando em consideração sua natureza, bem como
a localização de suas sedes e agências ou filiais
Comentários:

Questão difícil que vai no detalhe na legislação que trata das competências do CMN.
O erro da questão está na letra “b”, uma vez que o CMN pode fixar até quinze (15)
vezes a soma do capital realizado e reservas livres e não dez (10).
Gabarito: “b”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2022 Prova: Banco da Amazônia

Cabe ao Conselho Monetário Nacional:

a) formular a política da moeda e do crédito, com o objetivo de manter a estabilidade


da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país
b) fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários
no Brasil

c) garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema


financeiro sólido, eficiente e competitivo e executar a política monetária com o
objetivo de manter a inflação na meta
d) intermediar e custodiar o dinheiro entre poupadores e aqueles que precisam de
empréstimos, além de providenciar serviços financeiros para os clientes, como
saques, empréstimos, investimentos, entre outros

e) atuar nos mercados financeiro, cambial e de capitais, intermediando a negociação


de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos

Comentários:

Cabe ao CMN formular a política da moeda e do crédito, com o objetivo de manter a


estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país, as demais
funções misturam competências de outros órgãos do SFN.

Gabarito: “a”
Banca: FCC Ano: 2019 Prova: Banrisul

No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida

Pública Federal externa e interna é:

a) do Banco Central do Brasil


b) do Ministério da Fazenda

c) da Secretaria do Tesouro Nacional

d) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

e) do Conselho Monetário Nacional


Comentários:

A atribuição da coordenação da Dívida Pública Federal externa e interna é do Conselho


Monetário Nacional (CMN). O CMN, conforme estabelecido pela Lei nº 4.595/1964,
é responsável por formular e executar a política da moeda e do crédito no Brasil. Isso
inclui a coordenação da gestão da dívida pública federal, abrangendo tanto a dívida
externa quanto a dívida interna. O CMN define diretrizes e estabelece normas para a
administração da dívida, visando garantir a sustentabilidade e a estabilidade financeira
do país.
Gabarito: “d”

Banca: FCC Ano: 2018 Prova: Banco do Brasil

No Brasil, a fixação das diretrizes e normas concernentes às políticas monetária,

creditícia e cambial, é da competência do:

a) do Conselho Monetário Nacional (CMN)

b) do Banco Central do Brasil


c) da Bolsa de Valores

d) do Ministério da Fazenda
e) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Comentários:

O CMN é o órgão máximo do sistema financeiro nacional no Brasil e tem a


responsabilidade de formular e estabelecer as diretrizes e normas relacionadas às
políticas monetária, creditícia e cambial do país.
Gabarito: “a”

Banca: FCC Ano: 2016 Prova: PGE-MT

Ao Conselho Monetário Nacional compete uma série de atribuições, EXCETO:

a) delimitar o capital mínimo das instituições financeiras privadas

b) emitir moeda-papel e moeda metálica


c) fixar as diretrizes e normas da política cambial

d) disciplinar o crédito e as operações creditícias

e) regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de


redesconto
Comentários:
O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem diversas atribuições importantes no
âmbito do sistema financeiro nacional. No entanto, a emissão de moeda-papel e moeda
metálica é de responsabilidade exclusiva do Banco Central do Brasil, não do CMN.
Gabarito: “b”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

O CMN, órgão normativo que estabelece as regras de funcionamento e fiscalização dos

entes participantes do SFN, é hierarquicamente subordinado ao BCB:

Certo

Errado

Comentários:
O Conselho Monetário Nacional (CMN) não é hierarquicamente subordinado ao Banco
Central do Brasil (BCB). Na verdade, o CMN é um órgão superior de deliberação
colegiada, com autonomia.

Gabarito: “Errado”

Banca: FCC Ano: 2012 Prova: BANESE

É função do Conselho Monetário Nacional:

a) aprovar dotações orçamentárias para bancos estaduais


b) coordenar a política da dívida pública interna e externa

c) exercer a fiscalização das instituições financeiras

d) determinar metas para a Receita Federal do Brasil

e) emitir papel-moeda
Comentários:

O CMN é responsável por formular e executar a política da moeda e do crédito no


Brasil. Isso inclui a coordenação da política da dívida pública, abrangendo tanto a
dívida interna (empréstimos e títulos emitidos no mercado interno) quanto a dívida
externa (empréstimos e títulos emitidos no exterior). O CMN estabelece diretrizes e
normas para a gestão da dívida pública, buscando garantir a sustentabilidade e a
estabilidade financeira do país.

Gabarito: “b”
Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil

A função de zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras autorizadas a

funcionar no País é:

a) da Federação Brasileira de Bancos


b) do Fundo Garantidor de Crédito

c) da Comissão de Valores Mobiliários

d) do Ministério da Fazenda

e) do Conselho Monetário Nacional


Comentários:

O CMN é o órgão responsável por formular e executar a política da moeda e do crédito


no Brasil, e uma das suas atribuições é zelar pela liquidez e solvência das instituições
financeiras autorizadas a operar no país. Isso significa que o CMN estabelece regras e
normas para garantir que as instituições financeiras sejam capazes de honrar seus
compromissos financeiros e tenham uma gestão adequada de seus recursos.

Gabarito: “e”

(Exclusiva)

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão:

a) Subordinado hierarquicamente ao Banco Central do Brasil


b) Composto pelos diretores do Banco Central do Brasil

c) Deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional

d) Subordinado ao Ministro da Economia

Comentários:
Questão boa para revisar. A letra “a” está errada, visto que o CMN é órgão superior do
SFN, sendo apenas subordinado ao Presidente da República. A letra “b” está incorreta,
pois a composição do CMN contém o Ministro da Fazenda, Presidente do BACEN e
Ministro do Planejamento e Orçamento. Letra “d” também está errada, uma vez que o
CMN compõe a estrutura do ministério da Fazenda, mas não é subordinado a esse
ministério, muito menos ao Ministro da Fazenda, que, na verdade, é seu presidente. Por
fim, gabarito na letra “c”, que descreve corretamente o CMN.

Gabarito: “c”
(Exclusiva)

Dentre suas funções, o CMN deve:

a) Executar a fiscalização do mercado de capitais


b) Regular os índices de inflação, a fim de evitar desequilíbrios econômicos

c) Executar a política creditícia

d) Autorizar o funcionamento das instituições financeiras

Comentários:
Essa questão pode ser respondida apenas lembrando que o CMN é responsável por
funções de chefia, como as de “disciplinar”, “regulamentar”, “determinar”, entre
outras. Já “executar”, “fiscalizar” e “autorizar” estão mais associados a atribuições do
BACEN e da CVM.
Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.2 Banco Central do Brasil (BACEN)............................................................. 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 5
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.2 BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

Ainda no subsistema normativo relacionado ao ramo da moeda, crédito, capitais


e câmbio, temos o BACEN, que é uma autarquia federal de natureza especial, também
criada pela Lei 4.595/1964, que inicialmente era vinculada ao Ministério da Fazenda, mas
que atualmente possui autonomia, conforme editada a Lei Complementar 179/2021.

Ø Contexto Histórico

Os bancos centrais exercem um papel muito relevante na economia dos países,


são a eles confiado o dever de regular o volume de dinheiro e de crédito na economia,
assegurando o poder de compra da moeda nacional. Além disso, a maior parte dos bancos
centrais também tem como missão promover a eficiência e o desenvolvimento do sistema
financeiro de um país.

Um banco central, em geral, desempenha as seguintes funções:


§ Monopólio de emissão;
§ Banqueiro do governo;
§ Banco dos bancos;
§ Supervisor do sistema financeiro;
§ Executor da política monetária;
§ Executor da política cambial e depositário das reservas internacionais.
Curiosidade!

É comum chamar os bancos centrais de banco do governo e de banco dos bancos,


pois:

Banco do governo: o Banco Central detém as contas mais importantes do go-


verno e é o depositório das reservas internacionais do país;

Banco dos bancos: as instituições financeiras precisam manter contas no Banco Central.
Essas contas são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com fluidez
e para que as próprias contas não fechem o dia com saldo negativo.

Especificamente sobre o banco central atuante no Brasil, temos que ele é um órgão
supervisor, principal executor das políticas definidas pelo CMN. Seu objetivo fundamen-
tal é assegurar a estabilidade de preços, isto é, manter a inflação sob controle e assegurar
o poder de compra da moeda. Além disso, também são objetivos:

§ Zelar pela estabilidade e eficiência do sistema financeiro;


§ Suavizar as flutuações do nível de atividade econômica;
§ Fomentar o pleno emprego.

Ø Composição
O BACEN é comandado por uma diretoria colegiada, a qual é composta por nove
membros, cada um responsável por uma diretoria específica:

§ Presidente;
§ Diretora de Administração;
§ Diretora de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos;
§ Diretor de Fiscalização;
§ Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução;
§ Diretor de Política Econômica;
§ Diretor de Política Monetária;
§ Diretor de Regulação;
§ Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Cada um desses membros é nomeado pelo Presidente da República para um
mandato fixo de quatro anos, não coincidente com o mandato presidencial, que pode ser
reconduzido uma vez por decisão do Presidente da República, entre brasileiros de ilibada
reputação e notória especialização em assuntos econômico-financeiros, após aprovação
pelo Senado Federal (é a chamada sabatina, quando os membros do Senado Federal ates-
tam os conhecimentos desses diretores).

§ O presidente do BACEN inicia seu mandato no início do terceiro ano de man-


dato do presidente da República;
§ A cada ano do mandato do presidente da República, dois diretores iniciam
seus mandatos no primeiro dia do ano.

Além disso, os diretores podem ser exonerados (demitidos) de seus cargos a qual-
quer momento, quando:

§ Alguma enfermidade o impossibilitar de exercer o cargo;


§ A pedido próprio para deixar o cargo exercido;
§ Cometer algum crime que o impeça de exercer cargos públicos;
§ Houver apresentação comprovada e recorrente de desempenho insuficiente
para alcançar os objetivos do BACEN.

Ø Funções

Vimos que o CMN é responsável por definir a meta de inflação e cabe ao BACEN
adotar as medidas necessárias para alcançá-la. Nesse sentido, uma função importante do
presidente do BACEN é a de apresentar ao Senado Federal, no primeiro e segundo se-
mestre de cada ano, os relatórios de inflação e de estabilidade financeira, dada a impor-
tância desses assuntos para o desenvolvimento econômico do país. Nesse sentido, se a
inflação exceder o teto previsto anualmente, o presidente do BACEN tem de divulgar
publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro da Fa-
zenda (Presidente do CMN), contendo:

§ Descrição detalhada das causas do descumprimento;


§ Providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos;
§ Prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.

Além da estabilidade dos preços, há também outras funções que são de atribuição
do BACEN, algumas são de seguir as determinações do CMN, mas também há atribui-
ções próprias, definidas por lei. Sendo as principais:

Ø Emitir papel-moeda, nas condições e limites autorizados pelo CMN;


Ø Determinar os percentuais dos recolhimentos compulsórios;
Ø Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
Ø Conduzir as políticas monetária, cambial e de crédito;
Ø Determinar, via Comitê de Política Monetária (Copom), a meta da taxa de ju-
ros de referência para as operações de um dia (Taxa Selic);
Ø Efetuar o controle de todas as formas de crédito e dos capitais estrangeiros;
Ø Fiscalizar e disciplinar as instituições financeiras e demais entidades autoriza-
das a operar pelo BACEN;
Ø Conceder autorização de funcionamento às instituições financeiras;
Ø Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de
administração de instituições financeiras privadas;
Ø Decretar regimes especiais em instituições financeiras;
Ø Gerir o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços de meio circu-
lante.
Você deve perceber que as funções do BACEN ora são de regulamentação, ora de
fiscalização, por isso é fácil confundir com as atribuições do CMN. Minha recomendação
é memorizar as “exceções”, isto é, aquelas atribuições do BACEN que parecem atribui-
ções do CMN, pois são elas as que podem induzir a erro na hora de responder as questões.
Ademais, as decisões do BACEN podem se dar através de diversas formas, sendo
que atualmente as nomenclaturas sofreram alterações. Como em prova podem ser cobra-
das tanto as antigas como as novas, coloco todas para seu conhecimento:
§ Portarias;
§ Resolução BCB;
§ Instruções normativas BCB;
§ Resoluções Conjuntas e Instruções Normativas Conjuntas.

Banco Central do Brasil (BACEN)

Área ð Moeda, crédito e câmbio (e mercado de capitais em algumas


situações)

Nível ð Supervisor

Membros ð Diretoria colegiada de 9 membros (1 Presidente + 8 Direto-


res)

Vinculação ð Ausência de vinculação a Ministério, de tutela ou de subor-


dinação hierárquica

Matérias ð Portarias
ð Resoluções BCB
ð Instruções Normativas BCB
ð Resoluções Conjuntas e Instruções Normativas Conjuntas

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

Em relação ao Banco Central do Brasil (BCB), assinale (V) para a afirmativa verda-
deira e (F) para a falsa:

( ) A partir da Lei Complementar nº 179/2021, o BCB passou a ter autonomia para


contratar servidores e definir salários.
( ) O BCB tem a missão institucional de garantir a estabilidade do poder de compra da
moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o
bem-estar econômico da sociedade.

( ) O BCB se submete a auditoria independente.


As afirmativas são, respectivamente:

a) F, F e F

b) F, V e V

c) F, F e V
d) V, F e V

e) V, V e V

Comentários:
A Lei Complementar realmente trouxe autonomia ao BACEN, mas não para contratar
seus servidores ou definir seus salários. A autonomia do Banco Central do Brasil, con-
forme estabelecido pela Lei Complementar nº 179/2021, está relacionada principal-
mente à condução da política monetária e à tomada de decisões sobre a taxa básica de
juros (Selic), além de outros instrumentos para garantir a estabilidade monetária e a
preservação do valor da moeda. Além disso, as assertivas 2 e 3 estão corretas, pois
quanto à missão institucional, o BCB é responsável por manter a estabilidade do poder
de compra da moeda, garantir a solidez e eficiência do sistema financeiro e promover
o bem-estar econômico da sociedade. Por fim, o Banco Central está sujeito a auditorias
independentes, que visam garantir a transparência e a adequação de suas operações

Gabarito: “b”

Banca: IBADE Ano: 2022 Prova: IPREV

Dentre as principais instituições que compõem o Mercado Financeiro, o Banco Central


do Brasil é uma delas e tem a responsabilidade de, EXCETO:

a) zelar pela quantidade de moeda disponível na economia e emitir papel moeda

b) manter as reservas internacionais em níveis adequados

c) autorizar o funcionamento de todas as instituições financeiras


d) receber os depósitos compulsórios dos bancos

e) formular a política da moeda e de crédito, além de garantir o funcionamento do


sistema

Comentários:
A formulação da política monetária não é uma competência exclusiva do Banco Central
do Brasil, mas sim do Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN é o órgão res-
ponsável por estabelecer as diretrizes gerais da política monetária, incluindo a defini-
ção da taxa de juros e outras medidas relacionadas à moeda e ao crédito.
Gabarito: “e”

Banca: FCC Ano: 2019 Prova: Banrisul


Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a
autorização para funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais na-
cionais é concedida:

a) pelo Conselho Monetário Nacional


b) pela Comissão de Valores Mobiliários

c) pela Presidência da República

d) pelo Banco Central do Brasil

e) pelo Senado Federal


Comentários:

A autorização para o funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais


nacionais é concedida pelo Banco Central do Brasil.

Gabarito: “d”
Banca: FCC Ano: 2019 Prova: Banrisul

O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento ade-


quado de dinheiro em espécie é competência:

a) da Casa da Moeda do Brasil

b) do Sistema de Pagamentos Brasileiro


c) do Banco Central do Brasil

d) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

e) da Secretaria do Tesouro Nacional

Comentários:
A competência para o gerenciamento do meio circulante e o fornecimento adequado de
dinheiro em espécie à população é do Banco Central do Brasil.

Gabarito: “b”

Banca: FCC Ano: 2019 Prova: Metrô-SP

O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal integrante do Sistema Financeiro


Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Economia. Dentre as suas diversas funções,
o Banco Central é responsável por:

a) negociar ações de sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários

b) certificar os profissionais do mercado financeiro e de capitais do Brasil


c) gerenciar as reservas cambiais do país em ouro e em moeda estrangeira

d) fazer o registro das companhias abertas

e) organizar o funcionamento e as operações das bolsas de valores

Comentários:
Entre as diversas funções do Banco Central do Brasil, a responsabilidade de gerenciar
as reservas cambiais do país em ouro e moeda estrangeira é uma delas.

Gabarito: “c”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2017 Prova: EPE

O Banco Central do Brasil é tido como o banco dos bancos em consequência de algu-
mas funções que exerce. Uma função que o faz ser considerado banco dos bancos é:

a) emitir papel moeda

b) gerenciar o regime cambial do país

c) colocar no mercado títulos do Tesouro Nacional


d) prover empréstimos ou redescontos de liquidez

e) determinar a política monetária do país

Comentários:

Uma função que faz o Banco Central do Brasil ser considerado o "banco dos bancos"
é a capacidade de prover empréstimos ou redescontos de liquidez para as instituições
financeiras. Essa função é fundamental para garantir a estabilidade e a liquidez do sis-
tema financeiro como um todo.

Gabarito: “d”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil

O Banco Central do Brasil é um órgão do Subsistema Normativo do Sistema Financeiro


Nacional. Ele determina, periodicamente, a taxa de juros de referência para as opera-
ções de um dia com títulos públicos, via atuação de seu(sua):

a) Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF)


b) Comitê de Política Monetária (COPOM)

c) Conselho Monetário Nacional (CMN)

d) Conselho de Administração

e) Câmara de Compensação de cheques e outros papéis


Comentários:

O Banco Central do Brasil determina periodicamente a taxa de juros de referência para


as operações de um dia com títulos públicos por meio de seu Comitê de Política Mo-
netária (COPOM).
Gabarito: “b”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia

O Banco Central do Brasil tem como missão institucional a estabilidade do poder de


compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional. Nesse sentido, é uma
função do Banco Central:
a) atuar como depositário das reservas em moeda estrangeira, lastreadas na dívida ex-
terna

b) emitir papel-moeda e responsabilizar-se pela liquidez

c) supervisionar apenas as instituições bancárias


d) definir políticas e diretrizes para propiciar o aperfeiçoamento das instituições fi-
nanceiras

e) conceder liquidez aos bancos de câmbio e instituições financeiras em dificuldade

Comentários:
O Banco Central do Brasil é responsável por emitir o papel-moeda, ou seja, as cédulas
e moedas utilizadas como meio de troca na economia. Além disso, o Banco Central
também é responsável por garantir a liquidez adequada no sistema financeiro, monito-
rando e ajustando a oferta de moeda e outros instrumentos de política monetária.
Gabarito: “b”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia


No Brasil, a condução e a operação diárias da política monetária, com o objetivo de
estabilizar a economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema financeiro
funcionando adequadamente, são uma responsabilidade do(a):

a) Caixa Econômica Federal


b) Comissão de Valores Mobiliários

c) Banco do Brasil

d) Banco Central do Brasil

e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


Comentários:

No Brasil, a condução e a operação diárias da política monetária, com o objetivo de


estabilizar a economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema financeiro
funcionando adequadamente, são de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
Gabarito: “d”

Banca: FCC Ano: 2012 Prova: TCE-PR

O Banco Central do Brasil possui natureza de:

a) Entidade privada sem fins lucrativos, integrante do Sistema Financeiro Nacional

b) Fundação pública integrante do Sistema Financeiro Nacional


c) Autarquia federal, integrante do Sistema Financeiro Nacional

d) Empresa pública federal, integrante do Conselho Monetário Nacional

e) Empresa pública federal, dotada de autonomia patrimonial e integrante da Admi-


nistração Direta
Comentários:

O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal, ou seja, é uma entidade adminis-
trativa autônoma, com personalidade jurídica própria e vinculada ao Estado brasileiro.
Ele é responsável por regular e fiscalizar o sistema financeiro do país, além de executar
as políticas monetárias e cambiais estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Gabarito: “c”

Banca: FCC Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

O Banco Central do Brasil adota como instrumento de política monetária:

a) a meta para taxa mensal de inflação


b) a meta para taxa mensal de inflação

c) a fixação da taxa básica de juros

d) o controle das operações no mercado interfinanceiro

e) o recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo em moeda estrangeira


Comentários:

A taxa básica de juros, também conhecida como taxa Selic, é um dos principais instru-
mentos de política monetária utilizados pelo Banco Central do Brasil. Por meio da fi-
xação dessa taxa, o Banco Central busca influenciar as condições de crédito, os níveis
de consumo e investimento e, consequentemente, a atividade econômica como um
todo. A variação da taxa básica de juros tem impacto direto sobre os custos de emprés-
timos, financiamentos e aplicações financeiras, afetando os incentivos para o consumo,
poupança e investimento na economia.
Gabarito: “c”

Banca: FCC Ano: 2012 Prova: TCE-PR

NÃO constitui uma função típica do Banco Central de um país:

a) depositário das reservas internacionais do país

b) banqueiro dos bancos comerciais


c) supridor de crédito subsidiado para pequenas e médias empresas
d) emissor de papel-moeda

e) banqueiro do Tesouro Nacional

Comentários:
Embora os bancos centrais desempenhem um papel fundamental na estabilidade finan-
ceira e na condução da política monetária, a função de fornecer crédito subsidiado para
empresas, especialmente pequenas e médias empresas, não é uma responsabilidade di-
reta e típica do Banco Central. Essa função normalmente é desempenhada por institui-
ções de desenvolvimento, programas governamentais ou agências de fomento especí-
ficas que têm o objetivo de promover o acesso ao crédito para essas empresas.

Gabarito: “c”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2010 Prova: Petrobras

No Brasil, o Banco Central tem, entre outras atribuições, a de:


a) determinar a política de crédito agrícola
b) executar a política de investimentos em infraestrutura

c) garantir integralmente os depósitos do público nos bancos comerciais

d) executar a política monetária

e) aprovar o orçamento do Governo Federal


Comentários:

Uma das principais responsabilidades do Banco Central do Brasil é a execução da po-


lítica monetária. Isso inclui a definição e implementação de medidas para controlar a
oferta de moeda, regular a taxa de juros e influenciar as condições de crédito na eco-
nomia. O objetivo principal é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e
manter a inflação dentro das metas estabelecidas.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ..................................................................................... 2
1.1 Comitê de Política Monetária (Copom) ...................................................... 2
1.2 Questões ...................................................................................................... 6
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA (COPOM)

Incialmente, você deve lembrar que falamos que a meta da taxa de Selic é definida
por esse órgão, pois bem, agora conheceremos como esse processo acontece.

Ø Contexto histórico

O Copom foi criado em junho de 1996, vinculado ao BACEN, com o objetivo de


estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros.

Vale dizer que o nosso comitê foi inspirado em exemplo adotado nos Estados
Unidos (Federal Open Market Committee (FOMC) e por outro órgão relacionado ao
banco central alemão (Central Bank Conuncil). Várias autoridades monetárias em todo
mundo também adotaram prática semelhante, pois a criação desses órgãos facilitou o pro-
cesso decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.

Ø Composição

Como dito, o Copom é vinculado ao BACEN, por essa razão ele é formado pelo
presidente e diretores do BACEN, além de outros agentes de departamentos ligados direta
ou indiretamente à nossa economia. Esses departamentos são os seguintes:

§ Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban);


§ Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab);
§ Departamento Econômico (Depec);
§ Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep);
§ Departamento das Reservas Internacionais (Depin);
§ Departamento de Assuntos Internacionais (Derin);
§ Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Ge-
rin).

Ø Definição da Meta Selic

Uma das principais funções do Copom é a definição da meta da Taxa Selic.


Nesse sentido, esse órgão se reúne algumas vezes no ano e, a partir do que se espera da
economia no momento, define a meta da taxa Selic. Por exemplo, se for definido que
meta é de 4% ao ano, espera-se que, durante o período que vigorar essa taxa, a Selic oscile
dentro desse valor. Na próxima reunião, os membros poderão manter a taxa, aumentá-la
ou diminui-la, tudo de acordo com os objetivos da política monetária vigente.

Algo que você possa estar se perguntando é como a taxa Selic irá ficar de acordo
com a meta, pois bem, definida a meta da Selic, o BACEN irá atuar diariamente por meio
de operações de mercado aberto (comprando e vendendo títulos públicos federais) para
manter a taxa próxima do valor definido na reunião.

Outro ponto importante sobre essa definição, é de que a Selic é referência para
todos os demais juros, além de ser a taxa média cobrada em negociações com títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liqui-
dação e de Custódia (Selic).

Ø Selic Over

Vamos aprofundar o conhecimento sobre a taxa overnight do Sistema Especial de


Liquidação e Custódia (Selic), comumente conhecida como Taxa Selic Over. Essa taxa,
que expressa em percentual ao ano, é a taxa de juros diária cobrada nas transações inter-
bancárias que são realizadas sob o lastro de títulos públicos realizadas no Selic, sendo
calculada pela média ponderada das operações realizadas. Em outras palavras, diaria-
mente as instituições financeiras fazem empréstimos entre si para manter o caixa em or-
dem, isto é, se a instituição A, por exemplo, percebeu que seu caixa irá fechar abaixo do
nível estipulado pelo BACEN, ela então realiza um empréstimo com a instituição B, que
está com caixa sobrando. Esses empréstimos, que acontecem entre diversas instituições,
utilizam os títulos públicos como forma de garantia (por isso se diz que são essas opera-
ções são realizadas sob o lastro de títulos públicos). A partir de todas as negociações
realizadas no dia é gerada uma média, que é a própria Selic Over, só que expressa ao ano
(12% ao ano, por exemplo). A taxa é divulgada todos os dias, aproximadamente às 9 horas
da manhã, sempre no dia seguinte ao dia de referência. Agora que você compreendeu,
fique com um conceito mais formal para fins de prova:

Grave este conceito!

A Taxa Selic Over é a taxa média das operações de financiamento de um dia


(compromissadas) lastreadas em títulos públicos federais, realizadas no Selic,
ponderadas pelo volume das operações.
Ø Selic Meta

É importante não confundir a Selic Over com a meta para a Taxa Selic. Como
vimos, a Selic Over é uma média diária das operações realizadas pelas instituições, já a
meta para essa taxa é determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Atenção!

Cuidado para não se confundir nessa sopa de Selic! Há diferenças entre o Selic,
a taxa Selic Over e a meta da taxa Selic. Para facilitar a compreensão, visualize
o esquema abaixo.

Selic

Selic ð É uma clearing house, responsável por processar a emissão, o


resgate, o pagamento dos juros e a custódia dos títulos públi-
cos federais

Selic Over ð É a taxa média das operações de financiamento de um dia las-


treadas (compromissadas) em títulos públicos federais, reali-
zadas no Selic, ponderadas pelo volume das operações

Meta da ð É meta da Taxa Selic definida em reuniões pelo Copom. O


taxa Selic BACEN atua diariamente para que a Selic Over esteja próxima
ao valor da meta que foi definida

Ø Reuniões

Visto isso, outro ponto que merece destaque é o processo das reuniões. Nesse sen-
tido, os membros do Copom se reúnem ordinariamente oito vezes ao ano (aproximada-
mente a cada 45 dias), sendo que essas reuniões duram dois dias. Note que eu disse ordi-
nariamente, pois reuniões extraordinárias, mediante convocação do Presidente do CO-
POM, podem acontecer a qualquer tempo.

Essas reuniões são tão programadas que seu calendário é definido até o fim do
mês de junho do ano anterior, o qual, contudo, admite ajustes até o último dia do ano de
sua divulgação.
A primeira sessão, isto é, o primeiro dia de reunião, é reservada para as apresen-
tações técnicas sobre a conjuntura econômica, da qual participam, além do próprio co-
mitê, os agentes dos departamentos do BACEN que vimos acima. Nesse dia, os chefes de
departamento apresentam uma análise técnica de conjuntura abrangendo inflação, nível
de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de paga-
mentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado
monetário, operações de mercado aberto e expectativas gerais para variáveis macroeco-
nômicas.

Já a segunda sessão, realizada no segundo dia de reunião e que conta com a pre-
sença apenas dos membros do Copom e do chefe do Depep, é utilizada para definir a meta
da taxa Selic. Funciona assim, o chefe do Depep (sem direito a voto) realiza a apresenta-
ção técnica contendo a avaliação prospectiva da inflação. Em seguida, os membros do
Copom, com base na avaliação do cenário macroeconômico e dos principais riscos asso-
ciados, deliberam, por maioria simples de votos, a meta da Taxa Selic.

O comunicado com a divulgação da meta da taxa Selic é divulgado após o término


dessa segunda reunião, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são divulgadas
às 8h00 da terça-feira posterior a cada reunião (o prazo é de seis dias úteis). Já as apre-
sentações técnicas de conjuntura referentes ao primeiro e segundo dia de reunião são dis-
ponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8 anos.

Durante o Período de Silêncio, que ocorre antes e depois das reuniões ordinárias
do Comitê de Política Monetária (Copom), os membros do Copom têm restrições especí-
ficas em relação à divulgação de informações sobre os assuntos discutidos nas reuniões.
Esse período tem início na quarta-feira da semana anterior à reunião do Copom e se es-
tende até o momento da publicação da Ata.

Durante o Período de Silêncio, é proibido aos membros do Copom emitir decla-


rações sobre os assuntos discutidos nas reuniões por meio de discursos, entrevistas à im-
prensa ou encontros com pessoas que possam ter interesse nas decisões do Copom. Essas
pessoas incluem regulados, economistas, investidores, analistas de mercado e empresá-
rios. A intenção é evitar qualquer influência indevida ou especulação sobre as decisões a
serem tomadas pelo Copom.

Além disso, durante o Período de Silêncio, os membros do Copom não estão au-
torizados a permitir a divulgação de pronunciamentos nos quais tenham emitido
declarações sobre os assuntos do Copom, mesmo que essas declarações tenham sido feitas
fora do Período de Silêncio. Essa restrição visa preservar a confidencialidade das discus-
sões e evitar interpretações errôneas ou manipulação do mercado financeiro.

O objetivo do Período de Silêncio é garantir a integridade e a imparcialidade do


processo de tomada de decisão do Copom, bem como assegurar que as informações sejam
divulgadas de maneira adequada e igualitária para todos os participantes do mercado.
Essa prática contribui para a transparência e a estabilidade do sistema financeiro, promo-
vendo a confiança dos agentes econômicos nas políticas monetárias adotadas pelo Banco
Central do Brasil.

Vale ressaltar que, durante o Período de Silêncio, desde que respeitada a vedação
de emitir declarações sobre os assuntos do Copom, os membros do Copom ainda podem
participar de eventos e reuniões que se enquadrem em certas categorias específicas. Essas
categorias incluem reuniões de grupos ou organismos nacionais, internacionais ou multi-
laterais dos quais os membros do Copom façam parte, bem como reuniões sobre assuntos
de supervisão lato sensu

Ø Relatório de inflação

Lembre-se que uma das funções do Copom também é de analisar o relatório de


inflação, assim, esse relatório analisa detalhadamente a conjuntura econômica e finan-
ceira do país, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.

Por fim, vale saber que esse relatório é publicado ao final de cada trimestre civil
(março, junho, setembro e dezembro).

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes


Acerca do Comitê de Política Monetária (Copom), assinale a afirmativa correta:

a) É no Copom que se define a meta para a inflação

b) Os membros do Copom são o Presidente do Banco Central do Brasil e todos os seus


diretores
c) O regulamento do Copom estabelece que a deliberação tem de se dar por unanimi-
dade dos votos

d) Não se divulga qual foi o voto de cada membro do Copom

e) Após a divulgação da decisão do Copom, as operações no sistema financeiro naci-


onal têm de ser realizadas obrigatoriamente com base nas taxas de juros definidas
pelo Copom

Comentários:

Cuidado com a letra “a”, pois quem define a meta para a inflação é o CMN. O Copom
é composto pelo Presidente do Banco Central do Brasil e pelos diretores da instituição.
Atualmente, o Copom é formado por oito membros, incluindo o Presidente e os dire-
tores do Banco Central, que participam das reuniões e das deliberações sobre a política
monetária do país. Esses membros têm a responsabilidade de analisar os dados econô-
micos, as projeções e os cenários para tomar decisões sobre a taxa básica de juros (Se-
lic) e outras medidas necessárias para alcançar os objetivos de estabilidade monetária
e controle da inflação.

Gabarito: “b”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

Dentro do Sistema de Metas para a inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN)


estabelece a meta para a inflação. A partir dessa meta, o Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central do Brasil (Bacen) reúne-se periodicamente para analisar a
economia brasileira. Nesse contexto, é atribuição do Copom:
a) Definir a meta da taxa Selic

b) Determinar o papel do Bacen no mercado cambial

c) O regulamento do Copom estabelece que a deliberação tem de se dar por unanimi-


dade dos votos
d) Divulgar, diariamente, a taxa de juros de curto prazo para operações realizadas no
mercado financeiro
e) Autorizar o funcionamento das instituições financeiras e de outras entidades con-
forme legislação em vigor

Comentários:

O Comitê de Política Monetária (Copom) é responsável por estabelecer a meta para a


taxa básica de juros (Selic) dentro do Sistema de Metas para a inflação. Durante suas
reuniões, o Copom analisa diversos indicadores econômicos, avalia a conjuntura naci-
onal e internacional, e toma decisões sobre os ajustes necessários na taxa Selic, com o
objetivo de controlar a inflação e promover a estabilidade monetária. A definição da
meta da taxa Selic pelo Copom influencia as taxas de juros praticadas no mercado fi-
nanceiro e tem impacto na economia como um todo.

Gabarito: “a”

Banca: FGV Ano: 2021 Prova: Banestes

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil tem por princi-
pais objetivos:

I. estabelecer as diretrizes da política monetária; e

II. definir a meta da taxa de juros básica no Brasil e seu eventual viés.

Para a consecução do objetivo II, dada a decisão do Copom, o Banco Central do Brasil:
a) Emite títulos públicos

b) Emite títulos do próprio Banco Central

c) Realiza operações de mercado aberto

d) Realiza o controle da dívida pública


e) Controla as reservas internacionais do país

Comentários:

Para a consecução do objetivo II, dada a decisão do Copom, o Banco Central do Brasil
realiza operações de mercado aberto.
As operações de mercado aberto são um dos principais instrumentos utilizados pelo
Banco Central para implementar a política monetária e atingir a meta da taxa de juros
básica. Por meio dessas operações, o Banco Central compra ou vende títulos públicos
no mercado, influenciando a liquidez e as condições financeiras da economia. Se a
decisão do Copom for reduzir a taxa de juros, o Banco Central pode comprar títulos,
injetando recursos na economia. Por outro lado, se a decisão for elevar a taxa de juros,
o Banco Central pode vender títulos, retirando recursos do mercado. Dessa forma, as
operações de mercado aberto ajudam a controlar a oferta de moeda e a direcionar as
taxas de juros, buscando alcançar a meta estabelecida pelo Copom.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: FUNPRESP-JUD

As atribuições do Comitê de Política Monetária (COPOM) incluem a definição da meta


para a inflação.

Certo

Errado

Comentários:
A atribuição de definir a meta para a inflação não é do Comitê de Política Monetária
(Copom), mas sim do Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN é o órgão res-
ponsável por estabelecer as diretrizes da política monetária, incluindo a definição da
meta para a inflação. O Copom, por sua vez, é responsável por executar a política mo-
netária e tomar as decisões sobre a taxa básica de juros (Selic) com o objetivo de al-
cançar a meta estabelecida pelo CMN.

Gabarito: “Errado”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil

Periodicamente, o Banco Central do Brasil determina, nas reuniões de seu Comitê de


Política Monetária (Copom), o(a):

a) Valor máximo do volume de operações de compra e venda de títulos públicos pelo


sistema bancário brasileiro

b) Quantidade de papel moeda e moeda metálica em circulação, dentro dos limites


autorizados pelo Conselho Monetário Nacional

c) Valor máximo de todas as formas de crédito no país

d) Valor máximo do fluxo de entrada no país de capitais financeiros vindo do exterior

e) Taxa de juros de referência para as operações de um dia com títulos públicos


Comentários:

Nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, é


determinada a taxa de juros básica, conhecida como taxa Selic, que serve como refe-
rência para as operações de um dia com títulos públicos. A taxa Selic é utilizada como
instrumento de política monetária para controlar a inflação e influenciar as condições
financeiras da economia.

Gabarito: “e”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco do Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil estabelece as


ações que definem a política monetária do governo. O Copom:

a) administra as reservas em divisas internacionais do Brasil

b) determina periodicamente a taxa de juros interbancários de referência, a taxa Selic

c) é presidido pelo Ministro da Fazenda


d) impõe limites mínimos de capitalização aos bancos comerciais

e) impede a entrada de capitais financeiros especulativos no país

Comentários:

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil é responsável por


definir a taxa Selic, que é a taxa de juros básica da economia brasileira. O Copom
realiza reuniões periódicas para analisar a situação econômica do país e tomar decisões
sobre a política monetária, incluindo a definição da taxa Selic. Essa taxa serve como
referência para as operações interbancárias e influencia as condições de crédito e o
custo do dinheiro na economia.

Gabarito: “b”

Banca: FCC Ano: 2013 Prova: Banco do Brasil

O Comitê de Política Monetária (COPOM), instituído pelo Banco Central do Brasil em


1996 e composto por membros daquela instituição, toma decisões:
a) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

b) a respeito dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais

c) de acordo com a maioria dos participantes nas reuniões periódicas de dois dias

d) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda


e) conforme os votos da Diretoria Colegiada

Comentários:

O Comitê de Política Monetária (COPOM) toma suas decisões com base nos votos dos
membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, que compõem o comitê.
Cada membro tem direito a um voto, e as decisões são tomadas por maioria dos votos.
A Diretoria Colegiada é responsável por definir a política monetária do país, incluindo
a definição da taxa de juros básica, conhecida como taxa Selic. A letra “c” está incor-
reta, pois nem todos os participantes são diretores, logo nem todos os participantes tem
direito a voto.
Gabarito: “e”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

O COPOM reúne-se ordinariamente doze vezes por ano e extraordinariamente sempre


que necessário, por convocação de seu presidente.

Certo
Errado

Comentários:

O Comitê de Política Monetária (COPOM) se reúne ordinariamente oito vezes por ano
para discutir e tomar decisões relacionadas à política monetária do Brasil. Essas reuni-
ões são agendadas de acordo com um calendário pré-definido. Além disso, o COPOM
pode se reunir extraordinariamente sempre que necessário, por convocação do seu pre-
sidente, para tratar de assuntos emergenciais ou situações especiais que requerem uma
análise e ação imediata.
Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Compete ao COPOM avaliar o cenário macroeconômico e os principais riscos a ele


associados, com base nos quais são tomadas as decisões de política monetária.

Certo
Errado

Comentários:

Compete ao COPOM avaliar o cenário macroeconômico e os principais riscos a ele


associados. Essa avaliação é realizada com base em informações e indicadores econô-
micos, como inflação, atividade econômica, mercado de trabalho, entre outros. Com
base nessa análise, o COPOM toma as decisões de política monetária, que podem en-
volver alterações na taxa de juros, por exemplo, visando manter a estabilidade e con-
trolar a inflação de acordo com as metas estabelecidas.
Gabarito: “Certo”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) .................................................. 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 6
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)

Encerrando os órgãos do subsistema normativo do ramo de moeda, crédito, capi-


tais e câmbio, temos outro órgão supervisor, a CVM, a qual também é uma autarquia
federal vinculada ao Ministério da Fazenda (mas não subordinada hierarquicamente a
ele) e que é responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais no Brasil.
Apesar de estar ligada ao CMN, a maioria das atividades da CVM, diferentemente do
BACEN, não decorrem de determinações do CMN, mas sim de atribuições legais pró-
prias, previstas, principalmente, na Lei 6.385/1976 e da Lei 6.404/1976 (Lei das S/As).
Ø Membros

A CVM é composta por um presidente e quatro diretores (mandato de 5 anos,


vedado a recondução), nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado
Federal, devendo ser pessoas de reputação ilibada e reconhecida competência em matéria
de mercado de capitais.

Frisei essa última parte porque é importante que você entenda que, enquanto o
BACEN, de maneira geral, é responsável por supervisionar o mercado de moeda, crédito
e câmbio, a CVM é responsável pelo mercado de capitais, tendo uma atuação mais ampla
que o próprio BACEN possui em sua área, uma vez que, além de fiscalizar esse mercado,
também o regulamenta.

A autarquia, com sede na cidade do Rio de Janeiro, é administrada pelo Presidente


e os quatro Diretores nomeados. O Presidente e a Diretoria constituem o Colegiado, que
define políticas e estabelece práticas a serem implantadas e desenvolvidas pelo corpo de
Superintendentes, a instância executiva da CVM

A estrutura executiva da CVM é completada pela Superintendência Regional de


Brasília e a Coordenação Administrativa Regional de São Paulo.
Ø Funções

Entre as principais atribuições da CVM estão:

Ø Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;


Ø Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de
ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais;
Ø Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de
balcão;
Ø Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar con-
dições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negoci-
ados no mercado;
Ø Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado con-
tra:
§ Emissões irregulares de valores mobiliários;
§ Atos ilegais de administradores e acionistas das companhias abertas,
ou de administradores de carteira de valores mobiliários;
§ O uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores
mobiliários.
Ø Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários ne-
gociados e as companhias que os tenham emitido;
Ø Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de va-
lores mobiliários;
Ø Assegurar a observância no mercado, das condições de utilização de crédito
fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Novamente, cuidado para não confundir com as competências dos demais órgãos.
De maneira geral, quando a competência for relativa ao mercado de valores mobiliá-
rios e de capitais, muito provavelmente a questão estará se referindo a uma atribuição
da CVM. Além disso, perceba que há verbos de regulamentação e de fiscalização,
fortalecendo a ideia de que a CVM tanto regulamenta, quanto fiscaliza o mercado de
capitais.

Ø Poderes da CVM
Além das atribuições mencionadas, a CVM desempenha um papel crucial na pro-
teção dos investidores e na integridade do mercado.

Um dos principais poderes concedidos à CVM é o poder normativo, por meio do


qual ela estabelece regras e regulamentos que regem a atuação dos diversos agentes
do mercado, como corretoras, instituições financeiras, empresas de capital aberto e
fundos de investimento. Essas normas visam promover a transparência, a eficiência e
a equidade nos mercados financeiros, bem como garantir que os investidores tenham
acesso a informações adequadas para tomar decisões informadas.
A CVM também detém o poder punitivo, que lhe confere a capacidade de impor
sanções e penalidades aos infratores que descumprem as normas estabelecidas ou pra-
ticam atos fraudulentos no mercado. Após a constatação de irregularidades em um
inquérito administrativo, o Colegiado da CVM pode aplicar diversas penalidades, tais
como advertência, multa, suspensão ou inabilitação para o exercício do cargo, e até
mesmo a suspensão ou cassação da autorização ou registro do infrator.
Além disso, a CVM possui a prerrogativa de proibir temporariamente, por prazo
determinado, tanto os integrantes do sistema de distribuição quanto os investidores de
atuarem no mercado. Essa proibição visa proteger o mercado de possíveis práticas
prejudiciais e garantir a lisura e a confiança nas operações.

No cumprimento de sua missão, a CVM também tem a responsabilidade de de-


nunciar ao Ministério Público a ocorrência de indícios de ilícitos penais nos processos
em que apura as irregularidades no mercado. Esse mecanismo permite que a CVM
contribua para a investigação e persecução criminal dos infratores, fortalecendo ainda
mais a efetividade das medidas de combate a práticas ilegais.

Além disso, a CVM tem a capacidade de encaminhar processos à Secretaria da


Receita Federal quando há indícios de ilícitos fiscais. Essa colaboração entre os ór-
gãos busca garantir o cumprimento das obrigações tributárias e combater possíveis
evasões fiscais relacionadas às atividades do mercado de valores mobiliários.
Em suma, a CVM exerce um papel fundamental na regulação, fiscalização e pu-
nição de irregularidades no mercado de valores mobiliários no Brasil. Com seus po-
deres normativos e punitivos, a CVM busca promover a transparência, a confiança e
a integridade do mercado, protegendo os investidores e contribuindo para o desenvol-
vimento saudável do sistema financeiro do país.

Ø Regulação e Autorregulação
A CVM baseia sua atividade regulatória em um conjunto de princípios que refle-
tem as expectativas da sociedade e dos participantes do mercado de valores mobiliá-
rios. Esses princípios orientam o alcance e as limitações da regulação, garantindo um
mercado livre, competitivo, informado e confiável.
Um dos fundamentos da atividade regulatória da CVM é o interesse público. A
CVM atua em prol do interesse coletivo, buscando garantir a proteção dos investido-
res, a integridade do mercado e o bom funcionamento do sistema financeiro como um
todo.
A confiabilidade é outro princípio fundamental. A CVM visa estabelecer um mer-
cado confiável, onde os investidores possam confiar nas informações divulgadas pelas
empresas e nos intermediários financeiros. Isso inclui a garantia de que as práticas
adotadas pelos participantes do mercado sejam transparentes e éticas.
A eficiência do mercado é um aspecto essencial para a CVM. Ela busca promover
a eficiência na alocação de recursos, incentivando a concorrência saudável e a forma-
ção de preços justos. Um mercado eficiente é aquele em que as informações são am-
plamente disponíveis, os custos de transação são baixos e os investidores têm acesso
a uma diversidade de opções de investimento.
A competitividade também é valorizada pela CVM. Ela busca criar condições
para que haja concorrência entre os participantes do mercado, estimulando a inova-
ção, o aprimoramento dos serviços e a oferta de produtos financeiros diversificados.
Além disso, a CVM reconhece a importância de um mercado livre, no qual os
participantes possam atuar de forma autônoma, dentro dos limites estabelecidos pela
regulação. A liberdade de atuação é considerada essencial para a dinâmica e o desen-
volvimento saudável do mercado de valores mobiliários.
Para aumentar a eficiência de sua atividade regulatória, a CVM adota o sistema
de autorregulação em determinadas atividades do mercado. Isso significa que enti-
dades autorreguladoras, compostas por participantes do mercado, desempenham um
papel na definição de normas e na fiscalização do cumprimento dessas normas. A
autorregulação permite uma atuação mais ágil e efetiva, pois as entidades autorregu-
ladoras possuem maior proximidade e conhecimento das atividades de mercado, além
de incentivar a responsabilidade e o engajamento da própria comunidade na autorre-
gulação.
Em outras palavras, a CVM busca promover um mercado de valores mobiliários
eficiente, confiável, competitivo e livre, baseando sua atividade regulatória em prin-
cípios que atendem ao interesse público e às necessidades dos participantes do mer-
cado. A adoção da autorregulação em certas áreas visa otimizar os recursos e aumen-
tar a efetividade da regulação.

Ø Decisões da CVM

Por fim, as nomenclaturas das decisões emanadas pela CVM, atualmente, são as
seguintes:
§ Portarias;
§ Resolução CVM;
§ Instrução Normativa CVM;
§ Resoluções Conjuntas e Instruções Normativas Conjuntas.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Área ð Capitais

Nível ð Supervisor

Membros ð Diretoria colegiada de 5 membros (1 Presidente + 4 Dire-


tores)

Vinculado ð Ministério da Fazenda


Matérias ð Portarias
ð Resolução CVM
ð Instrução Normativa CVM
ð Resoluções Conjuntas e Instruções Normativas Conjuntas

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2022 Prova: Senado Federal

Em relação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é correto afirmar que:

a) Tem por objetivo fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de


valores imobiliários no Brasil

b) É uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao BACEN, com perso-


nalidade jurídica e patrimônio próprios

c) É dotada de autoridade administrativa independente e com subordinação hierár-


quica ao Ministério da Economia

d) Tem autonomia financeira e orçamentária e seus dirigentes têm mandato fixo e es-
tabilidade

e) Seu colegiado é formado por 1 presidente e 3 diretores, nomeados pelo Presidente


da República e aprovados pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados

Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal, ou seja, uma en-
tidade administrativa com autonomia e personalidade jurídica própria. Sua criação e
atribuições estão estabelecidas na Lei nº 6.385/1976. A CVM possui autoridade admi-
nistrativa independente, o que significa que suas decisões não estão subordinadas hie-
rarquicamente ao Ministério da Economia ou a qualquer outra instituição do governo.
No entanto, suas atividades estão sujeitas ao controle jurisdicional do Poder Judiciário.
A CVM também tem autonomia financeira e orçamentária, o que lhe permite gerir seus
recursos de forma independente, sem depender do orçamento geral da União. Além
disso, seus dirigentes, como o presidente e os diretores, possuem mandato fixo e esta-
bilidade, ou seja, não podem ser removidos de seus cargos de forma arbitrária, garan-
tindo maior imparcialidade em suas decisões.

Gabarito: “d”

Banca: FGV Ano: 2022 Prova: Senado Federal


Entre as atribuições da CVM, não é correto mencionar:

a) O estímulo à formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários

b) A asseguração e a fiscalização do funcionamento eficiente das bolsas de valores,


do mercado de balcão e das bolsas de mercadorias e futuros
c) A asseguração e o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de
valores mobiliários

d) O credenciamento e a fiscalização de auditores independentes, administradores de


carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros
e) A apuração, mediante inquérito administrativo e judicial, de atos ilegais e práticas
não-equitativas exclusivas de administradores de companhias abertas

Comentários:

A CVM possui a atribuição de apurar atos ilegais e práticas não-equivalentes no mer-


cado de valores mobiliários, por meio de inquéritos administrativos. No entanto, a
CVM não tem poder para conduzir inquéritos judiciais, pois essa é uma competência
do Poder Judiciário. A CVM pode encaminhar informações e indícios de irregularida-
des para as autoridades competentes, como o Ministério Público e a Polícia Federal,
que, por sua vez, podem conduzir investigações criminais.

Gabarito: “e”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976, pela Lei nº


6.385/76.

A CVM:

a) É um órgão emissor de moeda-papel

b) É vinculada à Casa Civil


c) Fornece crédito às instituições

d) É responsável por formular a política de crédito

e) Regula mercados da Bolsa de balcão

Comentários:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal que foi criada em
1976 pela Lei nº 6.385/76. Suas principais atribuições são fiscalizar, normatizar, disci-
plinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil, entre eles, os merca-
dos da Bolsa de balcão.
Gabarito: “e”

Banca: FCC Ano: 2019 Prova: Banrisul

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade autárquica em regime es-


pecial, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem o objetivo de fiscalizar, normati-
zar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Para tanto, o
seu mandato legal contempla:

a) Proteger as instituições financeiras intermediárias

b) Assegurar o sigilo das informações sobre os valores mobiliários negociados e as


companhias que os tenham emitido

c) Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em títulos do Tesouro Nacional

d) Estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias


abertas sob controle público
e) Evitar modalidades de manipulação destinadas a criar condições artificiais de ne-
gociação no mercado de valores mobiliários

Comentários:

O mandato legal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contempla ações para


evitar modalidades de manipulação destinadas a criar condições artificiais de negocia-
ção no mercado de valores mobiliários. Isso significa que a CVM tem o objetivo de
garantir a integridade e a transparência do mercado, prevenindo práticas fraudulentas
ou manipuladoras que possam distorcer a livre negociação de valores mobiliários.
Gabarito: “e”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2018 Prova: Banco do Amazônia

Na configuração atual do Sistema Financeiro Nacional, a instituição responsável pela


regulação do mercado acionário, de debêntures e de commercial papers é o(a):
a) Conselho Monetário Nacional

b) Comissão de Valores Mobiliários

c) Banco Central do Brasil

d) Banco do Brasil
e) Ministério da Fazenda

Comentários:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a instituição responsável pela regulação
do mercado acionário, de debêntures e de commercial papers no Brasil. Ela é uma au-
tarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda e tem como objetivo fiscalizar, nor-
matizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no país.
Gabarito: “b”

Banca: INAZ do Pará Ano: 2014 Prova: BANPARÁ

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é responsável por regulamentar, desenvol-


ver, controlar e fiscalizar o mercado de valores, portanto, tem a função de:
a) Assegurar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão
e das bolsas de mercadorias e futuros

b) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais

c) Controlar o nível de preços (Inflação)


d) Fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras

e) Todas as alternativas estão certas

Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por regular, desenvolver,


controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários no Brasil. Sua função principal
é assegurar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e
das bolsas de mercadorias e futuros.

Gabarito: “a”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade que compõe o sistema fi-
nanceiro nacional, além de ser uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.

A CVM é responsável por:

a) Realizar transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado


livre e aberto

b) Regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários


do país

c) Controlar e fiscalizar o mercado de seguro, a previdência privada aberta e a capita-


lização

d) Negociar contratos de títulos de capitalização

e) Garantir o poder de compra da moeda nacional

Comentários:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal responsável por
regular, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários no Brasil.
Ela atua para garantir a transparência, a segurança e a eficiência desse mercado, prote-
gendo os investidores e promovendo a integridade do sistema financeiro.
Gabarito: “b”

Banca: VUNESP Ano: 2011 Prova: CREMESP

A Comissão de Valores Mobiliários é a entidade supervisora:

a) Das resseguradoras
b) Das sociedades seguradoras

c) Das sociedades de capitalização

d) Das entidades abertas de previdência complementar

e) Das bolsas de mercadorias e futuros


Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a entidade supervisora das bolsas de


mercadorias e futuros no Brasil. Ela tem a responsabilidade de regular, fiscalizar e con-
trolar o funcionamento dessas instituições, garantindo a transparência, a segurança e a
eficiência do mercado.

Gabarito: “e”

Banca: ESAF Ano: 2010 Prova: CVM


A CVM, como autarquia federal à qual compete a fiscalização do mercado de valores
mobiliários, tem competência para:

a) Garantir que operações de interesse do Poder Público sejam aprovadas por socie-
dades privadas
b) Determinar aos administradores de sociedades fechadas que se abstenham de pra-
ticar certos atos

c) Interferir no funcionamento dos órgãos colegiados das companhias abertas

d) Impugnar atos praticados pelos diretores no exercício de suas atribuições


e) Fiscalizar todos os agentes que dele participam

Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como autarquia federal responsável pela


fiscalização do mercado de valores mobiliários, tem competência para fiscalizar todos
os agentes que dele participam. Isso inclui empresas, instituições financeiras, interme-
diários, auditores independentes, administradores de carteiras de valores mobiliários,
agentes autônomos, entre outros envolvidos nas atividades do mercado de valores mo-
biliários.
Gabarito: “e”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) ...................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP)

Agora iremos partir para outro ramo do mercado financeiro, especificamente


aquele que trata dos seguros privados no Brasil. Para isso, começaremos estudando o
órgão que é responsável por normatizar esse segmento.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar
as diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil. Foi criado pelo Decreto-
Lei nº 73 de 1966, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados.

Ø Composição
O CNSP é composto por representantes de diversos órgãos e entidades, incluindo
o Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência e Assistência
Social, Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Banco Central do Brasil (BA-
CEN) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Presidente do CNSP é o Ministro de Estado da Fazenda, sendo substituído pelo
Superintendente da SUSEP em sua ausência.

Ø Funções

O CNSP possui diversas funções relacionadas à regulação e fiscalização dos se-


guros privados no país. Algumas das principais funções do CNSP são:

Ø Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;


o O CNSP estabelece as diretrizes gerais que norteiam o setor de segu-
ros privados, definindo as políticas e estratégias a serem seguidas.
Ø Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização das ativi-
dades do setor;
o O CNSP tem o poder de regular as atividades das empresas e entida-
des que atuam no mercado de seguros privados, garantindo que elas
estejam em conformidade com as normas estabelecidas.
Ø Estipular índices e condições técnicas sobre tarifas, investimentos e relações
patrimoniais;
o O CNSP define os índices e condições técnicas que devem ser obser-
vados pelas seguradoras em relação a tarifas de seguros, investimen-
tos e outras relações patrimoniais.
Ø Delimitar o capital das sociedades seguradoras e resseguradores;
o O CNSP estabelece os requisitos e limites de capital que as sociedades
seguradoras e resseguradores devem possuir para operar no mercado.
Ø Fixar as características gerais dos contratos de seguros.
o O CNSP define as características gerais que devem estar presentes
nos contratos de seguros, visando proteger os direitos e interesses dos
segurados.
Ø Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
o O CNSP define as diretrizes e normas para as operações de resseguro,
que envolvem a transferência de riscos das seguradoras para outras
entidades especializadas.
Aqui, a dica é prestar a atenção na área das competências e não apenas no verbo,
assim, se a competência falar em seguros, resseguros, previdência aberta ou capi-
talização, é bem provável que a competência seja do CNSP ou da Susep (supervisor
desse mercado), a partir desse ponto, é apenas necessário lembrar que as funções do
CNSP são normativas.

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

Área ð Seguros Privados

Nível ð Normativo

Representan- ð Ministério da Fazenda


tes ð Ministério da Justiça
ð Ministério da Previdência e Assistência Social
ð Susep
ð BACEN
ð CVM

Vinculado ð Ministério da Fazenda

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes


O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é órgão responsável por fixar:

a) A quantidade máxima de seguradoras no país

b) A estrutura de governança e os organogramas das seguradoras

c) As diretrizes e normas da política de seguros privados


d) A regulação ética dos níveis executivos superiores das seguradoras

e) Os prêmios mínimos e máximos dos seguros

Comentários:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as
diretrizes e normas da política de seguros privados, de acordo com a opção "c". Isso
significa que o CNSP estabelece as regras e regulamentos que orientam a atuação das
seguradoras no país, garantindo a segurança e a estabilidade do mercado de seguros
privados.

Gabarito: “c”

Banca: FGV Ano: 2021 Prova: Banestes

O Sistema Financeiro Nacional possui órgãos normativos, entidades supervisoras e


operadores.

Os órgãos normativos, além do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), in-


cluem:

a) A Casa da Moeda e o Banco Central


b) O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Conselho Nacional de Previdência
Complementar (CNPC)

c) A Susep e o Banco Central

d) O Banco Central e a CVM


e) As caixas econômicas e as bolsas de valores

Comentários:

Os órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional, além do Conselho Nacional de


Seguros Privados (CNSP), incluem o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Con-
selho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

Gabarito: “b”

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB

Compete ao Conselho Nacional de Seguros Privados fixar as diretrizes e as normas dos


seguros privados bem como prescrever critérios de constituição das sociedades segu-
radoras, de capitalização, entidades de previdência privada aberta e resseguradores e
determinar limites legais e técnicos das respectivas operações.

Certo
Errado

Comentários:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as
diretrizes e normas dos seguros privados, assim como prescrever critérios de constitui-
ção das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência privada
aberta e resseguradores. Além disso, o CNSP também determina os limites legais e
técnicos das respectivas operações dessas entidades. Portanto, a afirmação está correta.
O CNSP desempenha um papel fundamental na regulação e normatização do setor de
seguros no Brasil.

Gabarito: “Certo”
Banca: FGV Ano: 2010 Prova: Susep

A competência do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) em confronto com


a da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) evidencia:

a) Tratar-se de autarquias federal e estadual, respectivamente


b) Operarem no mesmo plano hierárquico

c) Caber ao CNSP estabelecer as diretrizes aplicáveis aos seguros privados sendo a


SUSEP órgão executivo

d) Pouca coordenação entre as duas entidades no delineamento da política de seguros


privados

e) Haver conflitos regulatórios dada a sofisticação do sistema securitário

Comentários:

O CNSP é o órgão normativo responsável por fixar as diretrizes e normas da política


de seguros privados, enquanto a SUSEP é o órgão supervisor e executor das políticas
estabelecidas pelo CNSP. O CNSP define as diretrizes e normas gerais, e a SUSEP é
responsável por fiscalizar e regulamentar as atividades das seguradoras e demais enti-
dades do setor. Dessa forma, a relação entre o CNSP e a SUSEP é de coordenação,
onde o CNSP define as diretrizes e a SUSEP atua na execução e fiscalização dessas
diretrizes.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB


A edição de atos regulamentares é função privativa do Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP), competindo à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) atri-
buições exclusivamente executivas.

Certo
Errado

Comentários:

A afirmação está correta. A edição de atos regulamentares é uma função privativa do


Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Isso significa que o CNSP tem a
competência exclusiva para estabelecer normas, diretrizes e regulamentos relacionados
ao setor de seguros privados no Brasil. Por sua vez, a Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP) possui atribuições exclusivamente executivas, ou seja, cabe a ela
executar e fiscalizar as políticas e normas estabelecidas pelo CNSP. Dessa forma, o
CNSP define as diretrizes e a SUSEP atua na execução e supervisão do setor de seguros
privados.

Gabarito: “Certo”

Banca: FCC Ano: 2006 Prova: Banco do Brasil


Compete, privativamente, ao Conselho Nacional de Seguros Privados, em relação às
entidades de previdência privada:

a) Processar os pedidos de autorização para fins de constituição, funcionamento, fu-


são, incorporação, grupamento, transferência de controle e reforma dos estatutos
das entidades abertas

b) Estabelecer as normas gerais de contabilidade, atuária e estatística a serem obser-


vadas por essas entidades

c) Proceder à liquidação das entidades abertas que tiverem cassada a autorização para
funcionar no País

d) Autorizar a movimentação e a liberação de bens e valores obrigatoriamente inscri-


tos em garantia do capital, das reservas técnicas e dos fundos especiais das entida-
des abertas de previdência privada
e) Proceder à inscrição dos corretores de planos previdenciários, de entidades abertas
de previdência privada; fiscalizar suas atividades e aplicar as penas cabíveis

Comentários:

O CNSP possui a competência de estabelecer as normas gerais de contabilidade, atuária


e estatística a serem seguidas pelas entidades de previdência privada. Essas normas são
importantes para garantir a solidez e a transparência das operações realizadas por essas
entidades.

Gabarito: “b”

Banca: FCC Ano: 2006 Prova: Banco do Brasil


É de competência privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados:

a) Fixar as características gerais dos contratos de seguros

b) Autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigatoriamente inscritos


em garantia do capital, das reservas técnicas e dos fundos
c) Efetuar a liquidação das sociedades seguradoras que tiverem cassada a autorização
para funcionar no País

d) Proceder à habilitação e ao registro dos corretores de seguros, fiscalizar suas ativi-


dades e aplicar as penalidades cabíveis
e) Propor diretrizes de política monetária e cambial para apreciação do Conselho Mo-
netário Nacional

Comentários:

Compete ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) a função de fixar as ca-


racterísticas gerais dos contratos de seguros. Isso envolve estabelecer as diretrizes e
normas relacionadas aos contratos de seguros, como coberturas, cláusulas, obrigações
das partes envolvidas, entre outros aspectos. Essa atribuição visa garantir a segurança,
transparência e equilíbrio nas relações entre seguradoras e segurados.
Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um representante do(a)

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o qual exerce a função de presidente-substi-


tuto desse conselho.

Certo

Errado

Comentários:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) não inclui um representante da Co-
missão de Valores Mobiliários (CVM) como presidente-substituto. O CNSP é com-
posto por representantes de diferentes órgãos, como o Ministério da Fazenda, Ministé-
rio da Justiça, Ministério da Previdência e Assistência Social, Superintendência de Se-
guros Privados (SUSEP), Banco Central (BACEN) e Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). O CNSP é presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na sua ausência,
pelo Superintendente da SUSEP.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um representante do(a)

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o qual exerce a função de presidente


desse conselho.

Certo

Errado

Comentários:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é presidido pelo Ministro de Estado
da Fazenda. Na ausência do Ministro, o presidente do CNSP é o Superintendente da
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). O representante da SUSEP não as-
sume a presidência do CNSP, mas sim o cargo de presidente em exercício apenas na
ausência do Ministro da Fazenda.

Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Superintendência de Seguros Privados (Susep) .......................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP)

Avançando em nossos estudos, dentro do ramo dos seguros privados, temos a pre-
sença da Susep, que também é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda,
cujo objetivo é o controle e a fiscalização dos mercados de seguro, previdência comple-
mentar aberta, capitalização e resseguro. Basicamente, a previdência complementar
aberta é aquela que as instituições financeiras oferecem aos seus clientes como forma de
complementar a renda advinda da previdência social. É aberta porque qualquer pessoa
pode adquirir e possui algumas vantagens fiscais que tratearemos em momento futuro do
nosso curso, portanto agora preocupe-se em apenas lembrar desse órgão e suas funções.

A Susep é um órgão supervisor, tal como o BACEN e a CVM, e, além de seguir


as diretrizes do órgão normativo desse ramo, que é o Conselho Nacional de Seguros Pri-
vados (CNSP), também possui atribuições próprias, de regulamentação e fiscalização.
Sobre o CNSP e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC),
devemos lembrar que eles são órgãos normativos em seus respectivos mercados.

Ø Composição

A composição da Susep engloba um conselho diretor, formado por um superin-


tendente e quatro diretores nomeados pelo Presidente da República e de competência re-
conhecida na área.

Ø Funções

Entre as suas atribuições e competências se destacam:


Ø Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a operação das
sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência comple-
mentar aberta e resseguradores;
Ø Proteger a captação de poupança popular realizada por meio de operações de
seguro, previdência complementar aberta, de capitalização e resseguro;
Ø Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisio-
nados;
Ø Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais
a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Segu-
ros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
Ø Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, zelando pela liqui-
dez e solvência das sociedades que os integram;
Ø Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
Ø Investigar e punir descumprimentos à regulação de mercados de seguro e pre-
vidência complementar aberta;
Ø Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP.
Aqui é mais fácil de você acertar as questões, uma vez que as atribuições desse
órgão quase sempre especificam que se trata do mercado de previdência complementar
aberta ou de seguros. Apenas não confunda com o mercado de previdência complementar
fechada, que é outro ramo do SFN e o nosso próximo tópico.

Superintendência de Seguros Privados (Susep)

Área ð Seguros Privados

Nível ð Supervisor

Membros ð Conselho diretor de 5 membros (1 Superintendente + 4 Dire-


tores)

Vinculado ð Ministério da Fazenda

Matérias ð Circulares

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão responsável pela regulação


e supervisão dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e res-
seguro, realizando:

a) Controle e fiscalização dos entes supervisionados

b) Precificação justa de seguros

c) Padronização e unificação das tarifas de seguros


d) Recomendações de critérios técnicos de subscrição de riscos

e) Resseguro direto e indireto

Comentários:
A Susep é responsável por regular e supervisionar o mercado de seguros, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro no Brasil. Essa atribuição envolve o controle
e a fiscalização das empresas e entidades que atuam nesses setores, garantindo o cum-
primento das normas e regulamentos, a solidez financeira das instituições e a proteção
dos segurados e beneficiários.

Gabarito: “a”
Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: FUNPRESP-JUD

À SUSEP compete decretar a intervenção e liquidação extrajudicial de entidade fe-


chada de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante.

Certo
Errado

Comentários:

A SUSEP não é responsável pela intervenção e liquidação extrajudicial de entidades


fechadas de previdência complementar. Essa competência é atribuída à Superintendên-
cia Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). A SUSEP concentra suas ati-
vidades na regulação, supervisão e fiscalização dos mercados de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro.

Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito privado, com relativa autonomia


administrativa e financeira.

Certo
Errado

Comentários:

A SUSEP é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, sendo um órgão público


com personalidade jurídica de direito público.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

A SUSEP é órgão de fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar,


enquanto a Secretaria de Previdência Complementar é órgão de fiscalização das enti-
dades abertas de previdência complementar.

Certo

Errado

Comentários:
A afirmação está invertida. A SUSEP é o órgão responsável pela fiscalização das enti-
dades abertas de previdência complementar, enquanto a Secretaria de Previdência
Complementar é o órgão responsável pela fiscalização das entidades fechadas de pre-
vidência complementar.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2002 Prova: Banco do Brasil

Entre outras, são atribuições da SUSEP: fiscalizar a constituição, a organização, o fun-


cionamento e a operação das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de
previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da política tra-
çada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se
efetue por meio das operações de seguro, de previdência privada aberta, de capitaliza-
ção e resseguro.
Certo

Errado

Comentários:

A SUSEP tem como atribuições fiscalizar a constituição, organização, funcionamento


e operação das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência pri-
vada aberta e resseguradores. Além disso, ela atua na proteção da captação de poupança
popular realizada por meio das operações de seguro, previdência privada aberta, capi-
talização e resseguro.
Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva

O órgão responsável pela proteção da captação de poupança popular em investimentos


realizados em planos de previdência complementar aberta é:
a) BACEN

b) CVM

c) CMN

d) Susep
Comentários:

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão responsável pela proteção


da captação de poupança popular em investimentos realizados em planos de previdên-
cia complementar aberta. Ela atua na fiscalização e regulação desses planos, garantindo
a segurança e transparência para os investidores.

Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva
Sobre a Susep, é possível afirmar que:

a) É uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda

b) É uma autarquia estadual vinculada ao Ministério da Fazenda

c) É uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Previdência


d) É uma autarquia estadual vinculada ao Ministério da Previdência

Comentários:

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é uma autarquia federal que está


vinculada ao Ministério da Fazenda. Sua função é regular, fiscalizar e supervisionar o
mercado de seguros, previdência privada aberta, capitalização e resseguro no Brasil.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva

Qual é a principal função da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)?:


a) Definir as tarifas e prêmios dos seguros

b) Garantir o cumprimento das obrigações contratuais das seguradoras

c) Gerenciar o Fundo de Garantia de Crédito (FGC)

d) Regulamentar a abertura e o funcionamento de seguradoras


Comentários:

A principal função da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é regular e fis-


calizar o mercado de seguros, previdência privada aberta, capitalização e resseguro no
Brasil. Isso inclui a regulamentação da abertura e do funcionamento das seguradoras,
garantindo que essas empresas cumpram os requisitos legais e ofereçam serviços segu-
ros e confiáveis para os consumidores.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) ...................... 2


1.2 Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) .......... 3
1.3 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (CNPC)

O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegi-


ado integrante da estrutura do atual Ministério da Previdência Social, responsável por
regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de pre-
vidência complementar.

Portanto, assim como o CMN e o CNSP, o CNPC também é um órgão normativo,


mas que é responsável pelo mercado de previdência complementar fechada.

Para ficar mais claro a atuação do CNPC, vou explicar o que é a previdência fe-
chada, a aberta e a social.

A previdência fechada é oferecida pelas empresas aos seus empregados, visando


complementar a previdência social obrigatória, daí recebe o nome de complementar.
Nesse sistema, apenas um grupo restrito de pessoas, como os funcionários de uma em-
presa específica, pode aderir ao plano. As contribuições são feitas para um fundo de pre-
vidência que é gerido por uma entidade própria, como uma fundação, e os recursos acu-
mulados são utilizados para garantir benefícios adicionais na aposentadoria.

Já a previdência aberta é acessível a qualquer pessoa interessada em aderir, inde-


pendentemente do vínculo empregatício. Nesse caso, os planos são contratados direta-
mente com instituições financeiras e seguradoras. A previdência aberta oferece uma va-
riedade de opções de planos e investimentos, permitindo uma maior flexibilidade de es-
colha e adaptação às necessidades individuais de cada pessoa.
Por fim, a previdência social é um sistema público obrigatório mantido pelo go-
verno, com o objetivo de garantir a seguridade social para todos os cidadãos. É financiada
por contribuições obrigatórias que são descontadas dos salários e destinadas a um fundo
coletivo. A previdência social oferece benefícios como aposentadoria, pensão por morte,
auxílio-doença, entre outros, de acordo com as regras estabelecidas pelo governo.

Com o objetivo de promover a governança e o desenvolvimento do sistema de


previdência complementar no Brasil, o CNPC desempenha um papel fundamental na de-
finição de diretrizes e normas que garantem a segurança e a eficiência do segmento da
previdência fechada.

Ø Composição

A composição do CNPC reflete a importância de diferentes entidades e órgãos no


contexto da previdência complementar. O Ministro da Previdência Social exerce a presi-
dência do Conselho, garantindo a representação governamental e o alinhamento com as
políticas públicas.
Além disso, o CNPC conta com a participação de representantes da Superinten-
dência Nacional de Previdência Complementar (Previc), responsável pela fiscalização e
supervisão das entidades fechadas de previdência complementar. A inclusão de um re-
presentante da Casa Civil da República, do Ministério da Fazenda e do Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos permite a integração das diferentes esferas de
governo e a coordenação de ações estratégicas.
A presença de representantes das entidades fechadas de previdência complemen-
tar, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos de planos de benefícios das
entidades complementa a composição do CNPC. Essa diversidade de vozes assegura a
representatividade de todos os atores envolvidos no sistema previdenciário complementar
e promove a discussão de questões relevantes para o setor.

1.2 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PRE-


VIC)

A Previc é outro órgão supervisor, mas do mercado de previdência fechada, é uma


autarquia especial vinculada ao Ministério da Previdência Social (e não o Ministério da
Fazenda!), embora seja autônoma, dotada de autonomia administrativa e financeira. Ade-
mais, é responsável pela fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas
de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência
complementar operado pelas referidas entidades.

Ø Funções e composição

Possui um superintendente e quatro diretorias que formam a seguinte estrutura:


§ Diretor-Superintendente;

§ Diretor de Administração;

§ Diretor de Licenciamento;

§ Diretor de Fiscalização e Monitoramento;


§ Diretor de Normas.

Além disso, as principais atribuições da Previc são as seguintes:

Ø Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência


complementar e das suas operações;
Ø Apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis;
Ø Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas
relativas à sua área de competência;
Ø Autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previ-
dência complementar e a aplicação dos respectivos estatutos e dos regulamen-
tos de planos de benefícios; as operações de fusão, cisão, incorporação ou
qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fecha-
das de previdência complementar; a celebração de convênios e termos de ade-
são por patrocinadores e instituidores e as retiradas de patrocinadores e insti-
tuidores; e as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos,
planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência com-
plementar;
Ø Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complemen-
tar com as normas e as políticas estabelecidas para o segmento.

Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)

Área ð Previdência fechada

Nível ð Supervisor

Membros ð Conselho diretor de 5 membros (1 Superintendente + 4 Dire-


tores)

Vinculado ð Ministério da Previdência Social

1.3 QUESTÕES

Banca: CS-UFG Ano: 2018 Prova: AparecidaPrev

O controle governamental da previdência complementar é exercido pela PREVIC, au-


tarquia de natureza especial criada pela Lei n. 12.154/2009, com atribuição de:
a) Proceder à fiscalização das atividades das entidades abertas de previdência com-
plementar e das suas operações

b) Constituir o funcionamento e o cancelamento das entidades abertas de previdência


complementar e a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de
benefícios e de suas alterações

c) Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência com-


plementar e das suas operações

d) Proceder à análise de consultas das entidades abertas de previdência complementar,


na esfera de sua competência, sobre as matérias relativas ao regime de previdência
complementar operado pelas referidas entidades

Comentários:
A Previc é responsável pela fiscalização e supervisão das atividades das entidades fe-
chadas de previdência complementar. Sua atribuição é garantir que essas entidades
operem de acordo com as normas estabelecidas, verificando o cumprimento das obri-
gações legais, a segurança e a solidez dos fundos de previdência complementar.
Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: FUNPRESP-JUD

Compete à PREVIC autorizar as transferências de patrocínio, de grupos de participan-


tes e assistidos, de planos de benefícios e de reservas entre entidades fechadas de pre-
vidência complementar.

Certo

Errado

Comentários:
A PREVIC, como órgão responsável pela fiscalização e supervisão das entidades fe-
chadas de previdência complementar, possui a atribuição de autorizar as transferências
de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre
essas entidades. Essa autorização é importante para garantir a segurança e a regulari-
dade das operações no âmbito da previdência complementar fechada, assegurando que
as transferências sejam realizadas de acordo com as normas estabelecidas.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: PREVIC


Não se insere na esfera de competência da PREVIC a decretação de intervenção e(ou)
liquidação extrajudicial de entidades fechadas de previdência complementar, uma vez
que tal incumbência compete ao Ministério da Previdência Social.

Certo
Errado

Comentários:

A PREVIC, como órgão regulador e supervisor das entidades fechadas de previdência


complementar, possui sim a competência para decretar a intervenção e/ou liquidação
extrajudicial dessas entidades.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: PREVIC

A PREVIC deve ser administrada por uma diretoria colegiada composta por um dire-
tor-superintendente e quatro diretores, escolhidos entre pessoas de ilibada reputação e
de notória competência, a serem indicados pelo ministro de Estado da Previdência So-
cial e nomeados pelo presidente da República.

Certo

Errado
Comentários:

A PREVIC deve ser administrada por uma diretoria colegiada composta por um dire-
tor-superintendente e quatro diretores, conforme estabelecido pela Lei Complementar
nº 109/2001. Esses diretores são escolhidos entre pessoas de ilibada reputação e notória
competência, e sua indicação é feita pelo ministro de Estado da Previdência Social.
Posteriormente, eles são nomeados pelo presidente da República.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
Qual é o papel do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)?

a) Regulamentar o regime de previdência complementar operado pelas entidades fe-


chadas

b) Fiscalizar o mercado de previdência aberta


c) Definir normas para a previdência social

d) Promover a segurança e eficiência da previdência social

Comentários:

O CNPC é responsável por estabelecer diretrizes e normas que regulam o funciona-


mento e a operação das entidades fechadas de previdência complementar no Brasil. Ele
tem como objetivo promover a governança e o desenvolvimento desse sistema, garan-
tindo a segurança e a eficiência do segmento de previdência complementar fechada.

Gabarito: “a”
Banca: Exclusiva

Qual é a principal função da Superintendência Nacional de Previdência Complementar


(Previc)?

a) Fiscalizar e supervisionar as atividades das entidades fechadas de previdência com-


plementar

b) Regulamentar o mercado de previdência aberta

c) Definir diretrizes e normas para a previdência social


d) Promover a segurança e eficiência da previdência complementar

Comentários:

A Previc é responsável por exercer a fiscalização e a supervisão das entidades fechadas


de previdência complementar no Brasil. Sua atuação visa garantir o cumprimento das
normas e diretrizes estabelecidas, bem como assegurar a segurança e eficiência do sis-
tema de previdência complementar fechada.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva
Estão entre os membros do CNPC:

a) Representantes do governo, entidades fechadas de previdência complementar e ins-


tituições financeiras

b) Representantes da Previc, Casa Civil da República e Ministério da Agricultura


c) Representantes das entidades fechadas de previdência complementar, patrocinado-
res, instituidores, participantes e assistidos

d) Ministério da Previdência Social, Superintendência Nacional de Previdência Com-


plementar e Ministério do Meio Ambiente
Comentários:

O CNPC é composto por representantes de diversas entidades e órgãos envolvidos no


sistema previdenciário complementar. Isso inclui representantes das entidades fechadas
de previdência complementar, que são as entidades que operam os planos de previdên-
cia complementar para um grupo restrito de pessoas, como funcionários de uma em-
presa específica. Além disso, estão presentes representantes dos patrocinadores (em-
presas que oferecem os planos), instituidores (entidades que criam os planos para gru-
pos específicos), participantes (aqueles que aderem aos planos) e assistidos (aqueles
que já recebem benefícios).

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

Qual órgão é responsável pela fiscalização e supervisão das entidades fechadas de pre-
vidência complementar?

a) CNPC

b) CMN

c) Previc
d) Susep

Comentários:

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é o órgão respon-


sável pela fiscalização e supervisão das entidades fechadas de previdência complemen-
tar no Brasil. A Previc é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Previdência
Social, e sua função é fiscalizar as atividades e operações das entidades fechadas de
previdência complementar, além de executar as políticas relacionadas ao regime de
previdência complementar operado por essas entidades. A Previc atua para garantir a
segurança, a solvência e a eficiência dessas entidades, bem como a proteção dos inte-
resses dos participantes e assistidos dos planos de previdência complementar.

Gabarito: “c”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) ............ 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 7
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN)

O CRSFN é um órgão colegiado responsável pelo julgamento de recursos contra


decisões do Banco Central do Brasil (BACEN), da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e outras autoridades em processos administrativos relacionados ao sistema finan-
ceiro nacional. Ele exerce sua função como segunda e última instância administrativa,
garantindo uma revisão imparcial e contribuindo para a transparência e a segurança jurí-
dica das decisões no âmbito financeiro.

Para entender a atuação do CRSFN na prática, suponha que o BACEN tenha emi-
tido uma decisão que impõe uma multa a um banco por violação das regras de prevenção
à lavagem de dinheiro. O BACEN, como órgão regulador do sistema financeiro brasileiro,
possui o poder de fiscalizar e aplicar sanções a instituições financeiras que não cumprem
suas obrigações legais.
Nesse cenário, o banco teria o direito de recorrer da decisão do BACEN ao
CRSFN. O banco poderia argumentar, por exemplo, que os fatos foram mal interpretados
ou que as sanções aplicadas são desproporcionais à gravidade das violações cometidas.
O CRSFN avaliaria os argumentos apresentados pelo banco, analisaria as evidências e
decidiria se a decisão do BACEN deve ser mantida, alterada ou anulada.

"Segunda instância" significa que o CRSFN é a segunda etapa do processo de


revisão administrativa, onde os recursos contra as decisões iniciais são analisados. Antes
de chegar ao CRSFN, os casos normalmente passam pela primeira instância, que é a pró-
pria instituição ou autoridade reguladora que emitiu a decisão inicial. O CRSFN revisa
esses recursos, avaliando a legalidade, a justiça e a consistência das decisões tomadas
anteriormente.

"Última instância" significa que, uma vez que o CRSFN emite sua decisão final,
não há mais possibilidade de recurso administrativo dentro do sistema. Portanto, o
CRSFN representa a última etapa para a resolução desses casos dentro da estrutura admi-
nistrativa do sistema financeiro. Eventualmente, caso haja discordância com a decisão do
CRSFN, ainda é possível buscar a via judicial para contestar a decisão.
Ø Contexto Histórico

A segunda instância administrativa do sistema financeiro nacional teve sua origem


em 1964, quando a responsabilidade por esse processo era atribuída ao Conselho Mone-
tário Nacional (CMN). No entanto, com o objetivo de aprimorar a estrutura e desafogar
as demandas do CMN, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)
foi criado em 1985.
A criação do CRSFN foi motivada por duas principais razões. Primeiramente, ha-
via a necessidade de estabelecer uma entidade especializada para lidar com os recursos
interpostos contra as decisões dos órgãos envolvidos no sistema financeiro. Isso permiti-
ria um julgamento mais detalhado e imparcial dos casos, garantindo um processo mais
justo.

Além disso, a criação do CRSFN tinha como objetivo liberar o CMN de parte das
responsabilidades relacionadas ao julgamento de recursos. Essa medida possibilitava que
o CMN concentrasse seus esforços e expertise na formulação da política monetária e de
crédito, aspectos cruciais para a estabilidade e o desenvolvimento do sistema financeiro
nacional.

Inicialmente, a competência do CRSFN estava limitada ao julgamento de recursos


de decisões em processos administrativos sancionadores do Banco Central do Brasil (Ba-
cen), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Nacional de Habitação, da
Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil e, no caso de "trading companies", da
Secretaria da Receita Federal.
Essa competência abrangia um espectro significativo de entidades e reguladores
envolvidos no sistema financeiro, refletindo a importância de um órgão especializado e
independente para a revisão das decisões administrativas nesse contexto.

Desde então, o CRSFN desempenha um papel fundamental na garantia da trans-


parência, eficiência e legalidade das decisões administrativas no âmbito do sistema finan-
ceiro nacional, contribuindo para a segurança e o bom funcionamento do setor.

Ø CRSFN

Atualmente, o CRSFN é um tribunal administrativo, órgão colegiado, de caráter


permanente, integrante da estrutura organizacional do Ministério da Fazenda, e tem por
finalidade julgar, em última instância administrativa, os recursos contra sansões aplica-
das:

Ø Pelo BACEN;
Ø Pela CVM.

E, nos processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas:

Ø Pelo Coaf;
Ø Pela Susep;
Ø E pelas demais autoridades competentes.

Assim, cabe ao CRSFN julgar em última instância administrativa, por exemplo,


os recursos de decisões do BACEN:
Ø Referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de crédito
rural;
Ø Relacionadas à retificação de informações, à aplicação de custos financeiros
associados ao recolhimento compulsório, ao encaixe obrigatório e ao direcio-
namento obrigatório de recursos;
Ø Referentes às penalidades aplicadas por infrações à legislação cambial, de ca-
pitais estrangeiros, de crédito rural e industrial.
Portanto, vamos supor que uma instituição financeira tenha recebido uma decisão
do Banco Central do Brasil (BACEN) impondo uma penalidade por uma infração à legis-
lação cambial.

A instituição financeira insatisfeita com a decisão do BACEN, pode interpor um


recurso junto ao próprio BACEN, contestando a penalidade e apresentando suas alega-
ções e argumentos. O BACEN, então, realiza uma análise do recurso e revisa sua decisão
inicial, considerando as novas informações e fundamentos apresentados, essa é a primeira
instância administrativa.
Caso o recurso no BACEN seja indeferido ou não satisfaça a instituição finan-
ceira, ela tem o direito de prosseguir com o recurso em segunda instância administrativa,
que é o CRSFN. É nessa etapa que o CRSFN, como última instância administrativa, re-
visará o caso e emitirá uma decisão final sobre a controvérsia apresentada pela instituição
financeira.

Portanto, a instituição financeira pode exercer seu direito de recorrer em duas ins-
tâncias administrativas distintas: primeiro, no BACEN, como a primeira instância admi-
nistrativa; e, em seguida, no CRSFN, como a segunda e última instância administrativa,
caso o recurso no BACEN seja mantido ou não satisfaça a instituição financeira.

Ø Composição

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é composto


por um total de 16 conselheiros, sendo 8 titulares e 8 suplentes os quais são designados
pelo Ministro da Fazenda, com mandato de 3 anos, renovável por igual período por até
duas vezes, devendo ter competência reconhecida e conhecimentos especializados nas
matérias de competência do CRSFN.

Dos 8 membros titulares e respectivos suplentes, metade deles, ou seja, 4 titulares


e seus suplentes, são indicados pelo governo. Esses membros são escolhidos levando em
consideração a expertise e a representatividade necessárias para abordar as questões rela-
cionadas ao sistema financeiro nacional.
Os outros 4 titulares e seus suplentes são indicados por entidades representativas
dos mercados financeiro e de capitais. Essas entidades têm a responsabilidade de indicar
membros que possuam amplo conhecimento e experiência nos segmentos financeiros e
de capitais, trazendo uma perspectiva diversificada e especializada para as discussões e
decisões do CRSFN.

Em relação as indicações pelo Governo, podemos sintetizar da seguinte forma:


Governo

Indicação de membro titular Número de Conselheiros

Ministro da Fazenda 4 (Sendo 2 titulares e 2 suplentes)

CVM 2 (Sendo 1 titular e 1 suplente)

BACEN 2 (Sendo 1 titular e 1 suplente)

Perceba, portanto, que cada conselheiro titular do CRSFN é acompanhado por um


suplente, garantindo a continuidade e a representatividade do Conselho mesmo diante de
ausências ou impedimentos dos membros titulares. Essa medida assegura a estabilidade
e a capacidade de funcionamento do CRSFN, pois o suplente está preparado para assumir
as responsabilidades e participar ativamente das deliberações em substituição ao titular.

Além disso, atuam junto ao CRSFN procuradores da Procuradoria Geral da Fa-


zenda Nacional (PGFN), designados pelo Procurador-Geral, com a finalidade de zelar
pela fiel observância da legislação aplicável, de modo que opinam sobre recursos, com-
parecem às sessões de julgamento e reuniões técnicas, bem como assessoram juridica-
mente a presidência do Conselho.

Para garantir um funcionamento eficiente e a gestão adequada das atividades, o


CRSFN conta com uma Secretaria Executiva, que desempenha o papel de uma unidade
de apoio administrativo e gestão. A Secretaria Executiva auxilia na organização das ses-
sões de julgamento, na coordenação das atividades do Conselho e na promoção de uma
comunicação efetiva entre os membros e demais partes envolvidas no processo adminis-
trativo.

No CRSFN, a presidência é ocupada por um dos conselheiros titulares indicados


pelo Ministro da Fazenda. O presidente do CRSFN tem a responsabilidade de liderar as
atividades do Conselho, garantir a ordem das sessões de julgamento, coordenar os traba-
lhos e representar o órgão em questões externas.
Em casos de ausências, afastamentos e impedimentos legais e regulamentares do
presidente, o vice-presidente assume a presidência interinamente, assegurando a conti-
nuidade das atividades do CRSFN. Além disso, durante a ausência do presidente, o con-
selheiro suplente do presidente é convocado para compor o quórum necessário para as
deliberações do Conselho.

Na ocorrência simultânea de impedimentos, suspeição, afastamento, ausência


temporária ou vacância do presidente e do vice-presidente do CRSFN, a presidência será
exercida pelo conselheiro titular mais antigo no CRSFN. Em caso de empate, a presidên-
cia será assumida pelo conselheiro com maior idade, garantindo a continuidade das ativi-
dades do Conselho mesmo diante de circunstâncias excepcionais.

O vice-presidente do CRSFN é designado pelo Ministro da Fazenda a partir dos


conselheiros indicados pelas entidades privadas representativas dos mercados financeiro
e de capitais. Essa designação busca garantir a participação e a representação dos setores
envolvidos no sistema financeiro nacional, contribuindo para a tomada de decisões equi-
libradas e considerando diferentes perspectivas.
Ø Reuniões

No âmbito do CRSFN, as reuniões são realizadas de acordo com duas categorias:


ordinárias e extraordinárias. As reuniões ordinárias ocorrem em frequência determinada
pelo Presidente do CRSFN, enquanto as reuniões extraordinárias são convocadas pelo
próprio Presidente quando necessário.

As sessões do CRSFN podem ser realizadas de forma presencial, virtual ou por


meio de videoconferência. No caso das sessões presenciais, elas ocorrem em Brasília, no
Distrito Federal.
Tanto as sessões de julgamento quanto as decisões do CRSFN são públicas, ga-
rantindo transparência e possibilitando o acesso às informações por parte dos interessados
e do público em geral.

O quórum de reunião do CRSFN é estabelecido em três quartos dos membros, ou


seja, é necessário que a maioria dos conselheiros esteja presente para que a reunião seja
válida. Já o quórum de deliberação é de maioria simples, ou seja, a maioria dos membros
presentes é suficiente para a tomada de decisão.

Em caso de empate nas votações, o Presidente do CRSFN tem o chamado "voto


de qualidade", que significa que ele pode desempatar a votação com seu voto ordinário.

As decisões do CRSFN estão sujeitas a dois tipos de recursos: embargos de decla-


ração e pedido de revisão. Os embargos de declaração são utilizados quando há dúvidas
ou obscuridades na decisão, permitindo que as partes solicitem esclarecimentos. No en-
tanto, os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo, ou seja, a decisão con-
tinua válida mesmo durante esse processo.

1.2 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

Constitui atribuição do CRSFN julgar a aplicação de multas e custos financeiros asso-


ciados a recolhimento compulsório.

Certo
Errado

Comentários:

Constitui, de fato, atribuição do CRSFN (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro


Nacional) julgar a aplicação de multas e custos financeiros associados ao recolhimento
compulsório. O CRSFN é um órgão responsável por julgar recursos administrativos
relacionados a infrações e penalidades aplicadas no âmbito do sistema financeiro naci-
onal, incluindo sanções financeiras relacionadas ao recolhimento compulsório.

Gabarito: “Certo”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia


O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão cole-
giado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda.

Com o advento da Lei nº 9.069/1995, ampliou-se a competência do CRSFN, que rece-


beu a responsabilidade de:
a) Administrar mecanismo de proteção a titulares de créditos contra instituições fi-
nanceiras

b) Zelar pela adequada liquidez e estabilidade da economia, e promover o permanente


aperfeiçoamento do sistema financeiro
c) Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através
das operações de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e de res-
seguro

d) Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem


atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP)

e) Julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil relati-


vas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, à legislação de
capitais estrangeiros e à legislação de crédito rural e industrial
Comentários:

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é, de fato, um órgão


colegiado de segundo grau que integra a estrutura do Ministério da Fazenda. Com a Lei
nº 9.069/1995, houve uma ampliação de competências do CRSFN, e uma delas foi a
responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central
do Brasil referentes à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, à
legislação de capitais estrangeiros e à legislação de crédito rural e industrial.

Gabarito: “e”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, inte-


grante da estrutura do Ministério da Fazenda.

Uma das atribuições desse Conselho é julgar, em última instância administrativa, os


recursos de decisões do Banco Central do Brasil relativas a:
a) Infrações ao Código de Defesa do Consumidor, em instituições bancárias

b) Infrações cometidas por instituições não financeiras internacionais

c) Multas recolhidas para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço


d) Penalidades por infrações à legislação cambial

e) Penalidades por infrações ao sigilo bancário

Comentários:

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é, de fato, um órgão


colegiado integrante da estrutura do Ministério da Fazenda. Uma das atribuições desse
Conselho é julgar, em última instância administrativa, os recursos de decisões do Banco
Central do Brasil relacionadas a penalidades por infrações à legislação cambial.

Gabarito: “d”
Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: BRB

Eventual penalidade aplicada pela Comissão de Valores Mobiliários a uma sociedade


anônima administradora de cartões de crédito por descumprimento da lei de sociedade
por ações é passível de revisão pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Na-
cional (CRSFN).
Certo

Errado

Comentários:

Eventuais penalidades aplicadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a uma


sociedade anônima administradora de cartões de crédito por descumprimento da lei de
sociedade por ações são passíveis de revisão pelo Conselho de Recursos do Sistema
Financeiro Nacional (CRSFN).

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

É atribuição do CRSFN julgar, em segunda e última instância administrativa, os recur-


sos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo
BACEN quanto a matérias relativas à aplicação de penalidades por infração à legisla-
ção de consórcios.

Certo
Errado

Comentários:

É atribuição do CRSFN (Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional) jul-


gar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões
relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil (BA-
CEN) quanto a matérias relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação
de consórcios.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

É atribuição do CRSFN adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessida-


des da economia, bem como regular os valores interno e externo da moeda e o equilí-
brio do balanço de pagamentos.

Certo

Errado
Comentários:
A atribuição mencionada não corresponde ao Conselho de Recursos do Sistema Finan-
ceiro Nacional (CRSFN). O CRSFN não tem responsabilidade direta na adaptação do
volume dos meios de pagamento, na regulação dos valores interno e externo da moeda
ou no equilíbrio do balanço de pagamentos.

Essas responsabilidades estão relacionadas ao Banco Central do Brasil, que é a autori-


dade monetária responsável por formular e implementar políticas monetárias, regular
o sistema financeiro e buscar a estabilidade do valor da moeda.
O CRSFN é um órgão responsável por julgar recursos administrativos contra decisões
do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relacionadas
a infrações e penalidades aplicadas no âmbito do sistema financeiro nacional. Suas de-
cisões podem ser revisadas judicialmente
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

A CVM compõe a estrutura do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional


(CRSFN).

Certo

Errado
Comentários:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) compõe a estrutura do Conselho de Recur-


sos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) devido à indicação de conselheiros por
parte da CVM. Embora sejam órgãos distintos, a CVM desempenha um papel relevante
no CRSFN por meio dessa indicação, pelo menos, foi esse o entendimento do CE-
BRASPE.
Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2002 Prova: Banco do Brasil

Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas


pelo BACEN em processos administrativos instaurados contra instituições financeiras,
seus administradores e membros de seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuse-
rem restrições às atividades das instituições financeiras.

Certo

Errado
Comentários:

Na realidade, o CRSFN atua como uma instância de segunda instância administrativa.


Ele julga os recursos interpostos contra as decisões do BACEN e da Comissão de Va-
lores Mobiliários (CVM) relacionadas a infrações e penalidades no âmbito do sistema
financeiro nacional.

Em primeira instância, cabe ao BACEN a responsabilidade de tomar decisões adminis-


trativas e impor eventuais restrições às atividades das instituições financeiras. Os re-
cursos dessas decisões podem ser apresentados ao CRSFN para revisão em segunda
instância.

Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bancos Comerciais ..................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Continuando nosso conteúdo, finalmente chegamos no subsistema de


intermediação ou operacional. Até aqui, vimos os órgãos que são responsáveis por ditar
as regras do SFN, bem como exercer a fiscalização desse sistema, agora veremos os
participantes que devem seguir essas regras.

1.1 BANCOS COMERCIAIS

Os bancos comerciais desempenham um papel essencial na economia ao atuarem


como intermediários financeiros entre aqueles que possuem recursos disponíveis para
emprestar e aqueles que necessitam de dinheiro para financiar suas atividades. Essas
instituições podem ser de natureza privada ou pública, sendo constituídas como
sociedades anônimas.

Uma das funções básicas dos bancos comerciais é a de captar recursos por meio de
depósitos à vista ou a prazo. Isso significa que eles podem receber depósitos de pessoas
físicas e jurídicas, que ficam disponíveis para serem utilizados posteriormente em
empréstimos e outras transações financeiras. Essa captação de recursos é essencial para o
funcionamento da economia, pois permite que o dinheiro circule e seja utilizado para o
desenvolvimento de diversos setores, como comércio, indústria e prestação de serviços.

Grave este conceito!

Depósitos à vista são as chamadas contas correntes e possuem esse nome pois o
dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser movimentado ou sacado a
qualquer momento.

Já os depósitos a prazo são produtos financeiros oferecidos pelos bancos que pagam
juros em troca de manter recursos monetários por um prazo de tempo pré-determinado.
Logo, caracteriza-se pelo seu tempo de duração.

O objetivo principal dos bancos comerciais é fornecer os recursos necessários para


financiar atividades econômicas de curto e médio prazo. Eles atendem tanto as
necessidades das empresas quanto das pessoas físicas. Empresas podem recorrer a
empréstimos comerciais para investir em expansão, comprar equipamentos, estoque ou
financiar capital de giro. Já as pessoas físicas podem solicitar empréstimos para comprar
um carro, uma casa, pagar estudos ou enfrentar despesas emergenciais. Além disso, os
bancos comerciais também atuam como intermediários nas transações entre terceiros,
facilitando a realização de pagamentos e transferências de dinheiro.

Para serem reconhecidos legalmente como bancos comerciais, essas instituições


devem incluir obrigatoriamente a expressão "Banco" em sua denominação social. Essa
exigência visa garantir a transparência e a identificação clara de suas atividades e
responsabilidades, além de fornecer segurança aos clientes.

Um importante conceito que você deve aprender agora é o de operações ativas e


passivas. As ativas são aquelas em que as instituições financeiras emprestam recursos aos
agentes econômicos deficitários, os tomadores de recursos. São chamadas de operações
ativas pois representam ativos da instituição, um crédito a receber. Sucintamente, é o
modo de o banco ganhar dinheiro.

Já nas operações passivas (de captação) ocorre o contrário. Nelas, as instituições


financeiras captam recursos dos agentes econômicos superavitários. São chamadas de
operações passivas ou de captação pois representam passivos da instituição, uma
obrigação.

Além disso, também há as operações acessórias, que são serviços que os bancos
prestam, como a administração de fundos de investimento, por exemplo.
➢ Instituições Monetárias

Os bancos comerciais são considerados instituições monetárias devido à sua


capacidade de criar moeda por meio da captação de depósitos à vista. Essa criação de
moeda ocorre por meio de um processo conhecido como multiplicador monetário.

Para entender como ocorre a criação de moeda por depósito à vista, vamos
considerar um exemplo simples:

Suponha que uma pessoa deposite R$ 1.000 em dinheiro em sua conta corrente
em um banco comercial. Esse depósito é considerado um passivo para o banco, pois o
banco assume a obrigação de devolver esse dinheiro quando solicitado pelo cliente. Ao
mesmo tempo, o banco considera esse depósito como um ativo, pois agora tem um valor
de R$ 1.000 que pode ser emprestado.
A partir desse depósito, o banco comercial é capaz de emprestar uma parte desse
valor para outra pessoa ou empresa, digamos R$ 800. Essa quantia é concedida como um
empréstimo, criando uma obrigação nova para o tomador de empréstimo e ao mesmo
tempo aumentando os ativos do banco em R$ 800.
A pessoa ou empresa que recebeu o empréstimo de R$ 800 pode, por sua vez,
depositar esse valor em sua própria conta corrente em algum banco comercial. Agora,
esse depósito se torna um novo passivo para o banco e um novo ativo, permitindo que o
banco empreste uma parte desse valor novamente. Suponhamos que o banco empreste R$
640 dessa nova entrada.
Esse processo de empréstimo e depósito pode continuar repetidamente, com uma
fração dos depósitos sendo emprestada e uma nova fração sendo depositada. Cada vez
que um depósito é feito, o banco é capaz de emprestar uma porção desse valor, criando
assim dinheiro novo. Esse processo de criação de moeda continua até que o valor total
dos empréstimos concedidos alcance o limite imposto pelas reservas obrigatórias
estabelecidas pelos órgãos reguladores.
Portanto, através da captação de depósitos à vista e do processo de empréstimo
sucessivo, os bancos comerciais têm a capacidade de criar moeda. Esse mecanismo de
criação de moeda é fundamental para a expansão do crédito e o funcionamento do sistema
financeiro, fornecendo recursos para o financiamento das atividades econômicas.
Grave este conceito!

As instituições monetárias recebem esse nome devido a sua capacidade de criar


moeda escritural, isto é, quando utilizam os depósitos bancários como meio de
pagamento, dispensando o uso do papel-moeda.

Bancos Comerciais

Operações Passivas Operações Ativas

 Depósito à vista (Conta  Abertura de crédito, simples e


corrente) em conta corrente
 Depósito a prazo (CDBs, Letras  Desconto de títulos
financeiras)  Operações de repasses e
 Emissões de certificados de refinanciamentos
Depósitos Interfinanceiros  Concessão de empréstimos
(CDIs)  Operações de crédito rural,
câmbio e comércio internacional

1.2 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

Os bancos comerciais são o tipo de instituição financeira que mais realizam


movimentação monetária em número de transações, devido ao grande número de
instituições e clientes. Dentre os tipos de captação de recursos dos clientes, os bancos
possuem um tipo de captação conhecida como “captação a custo zero”, realizada por
meio das contas-correntes dos clientes.

O tipo de operação em que são realizadas entradas de dinheiro em contas-correntes é


denominado captação de:
a) Clientes

b) Dinheiro

c) Depósitos à vista

d) Recursos a prazo
e) Investimentos a curto prazo

Comentários:

O tipo de operação em que são realizadas entradas de dinheiro em contas-correntes é


denominado captação de depósitos à vista. Os bancos comerciais captam recursos dos
clientes por meio das contas-correntes, nas quais os clientes depositam dinheiro que
fica disponível para ser movimentado a qualquer momento. Esses depósitos à vista
representam uma forma de captação de recursos para os bancos, pois os valores
depositados são considerados passivos para a instituição, já que ela assume a obrigação
de devolver esses recursos aos clientes quando solicitado.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: BRB

O principal elemento que caracteriza os bancos comerciais é a vedação de captar


recursos junto ao público, em suas operações passivas.

Certo

Errado

Comentários:
Os bancos comerciais têm permissão e são autorizados a captar recursos junto ao
público em suas operações passivas. Essa é uma das principais atividades dos bancos
comerciais, que inclui a captação de depósitos à vista, poupanças, certificados de
depósito, entre outros produtos de captação.

Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

Os bancos comerciais podem captar depósitos à vista, mas não podem captar depósitos
a prazo, o que está facultado apenas aos bancos de investimento.
Certo

Errado

Comentários:

Os bancos comerciais têm permissão e são autorizados a captar tanto depósitos à vista
quanto depósitos a prazo. Os depósitos à vista são aqueles em que o cliente tem
disponibilidade imediata dos recursos depositados, podendo movimentá-los
livremente. Já os depósitos a prazo são aqueles em que o cliente deixa o dinheiro
depositado por um período determinado, recebendo juros sobre esse valor.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Bancos comerciais devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e na sua
denominação social deve constar a palavra "Banco".
Certo

Errado

Comentários:

Os bancos comerciais devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima,


conforme estabelecido pelas regulamentações financeiras. Isso significa que eles são
organizados como empresas com capital dividido em ações, onde os acionistas têm
responsabilidade limitada pelas obrigações da instituição.

Além disso, na denominação social dos bancos comerciais é obrigatório constar a


palavra "Banco".

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica dos


bancos comerciais.

Certo

Errado

Comentários:

A captação de depósitos à vista, que são livremente movimentáveis pelos clientes, é


uma atividade típica dos bancos comerciais. Os bancos comerciais são instituições
financeiras que atuam como intermediários entre quem precisa de dinheiro (tomadores
de recursos) e quem tem recursos disponíveis para emprestar (poupadores).
Uma das formas de captar recursos para realizar empréstimos e financiar atividades
econômicas é por meio da oferta de contas correntes, que são depósitos à vista. Essas
contas permitem que os clientes depositem e movimentem livremente seus recursos,
utilizando cheques, cartões de débito, transferências bancárias, entre outras formas de
movimentação.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

Banco comercial é instituição financeira bancária privada ou pública, constituída sob o


nome de sociedade anônima, especializada basicamente em operações comerciais de
curto e médio prazo, devendo adotar, obrigatoriamente, em sua denominação a
expressão Banco.

Certo
Errado
Comentários:

Um banco comercial é uma instituição financeira bancária privada ou pública,


constituída sob a forma de sociedade anônima. Essas instituições são especializadas
principalmente em operações financeiras de curto e médio prazo, envolvendo o
financiamento do comércio, indústria, prestação de serviços, pessoas físicas e terceiros
em geral. Logo, segundo a CEBRASPE, o erro da questão foi trocar operações
financeiras por operações comerciais.
Além disso, é obrigatório que os bancos comerciais adotem em sua denominação social
a expressão "Banco".

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil


O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento oportuno e
adequado de recursos necessários para a concessão de financiamento a curto e médio
prazos ao comércio, à indústria, às empresas prestadoras de serviços e às pessoas
físicas.

Certo
Errado

Comentários:

O objetivo principal dos bancos comerciais é de fato proporcionar o suprimento


oportuno e adequado de recursos necessários para a concessão de financiamentos a
curto e médio prazos. Esses recursos são destinados ao comércio, indústria, empresas
prestadoras de serviços e pessoas físicas.

Os bancos comerciais desempenham um papel crucial na economia, fornecendo


empréstimos e crédito para financiar as atividades comerciais e industriais. Eles atuam
como intermediários financeiros, captando recursos por meio de depósitos e outras
formas de captação e os emprestando para aqueles que necessitam de financiamento.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
É uma operação passiva de um banco comercial:

a) Concessão de empréstimo

b) Emissão de CDB

c) Administração de fundos de investimento


d) Financiamento de capital de giro

Comentários:

Uma operação passiva em um banco comercial é aquela em que a instituição financeira


capta recursos dos agentes econômicos superavitários, ou seja, dos poupadores. Essas
operações representam os passivos do banco, ou seja, suas obrigações com os
depositantes e investidores. Portanto, a emissão de CDB (Certificado de Depósito
Bancário) é uma operação passiva de um banco comercial. Nesse caso, o banco emite
o CDB como uma forma de captação de recursos junto aos investidores. Os investidores
adquirem os CDBs, investindo seu dinheiro no banco, e em contrapartida, o banco
assume a obrigação de devolver o valor investido acrescido de juros em um prazo
determinado.

Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bancos de Investimento .............................................................................. 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 BANCOS DE INVESTIMENTO

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas, constituídas sob a


forma de sociedade anônima e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Eles
desempenham um papel importante no mercado financeiro, com foco específico em ope-
rações de investimento e assessoria financeira.

A principal atividade dos bancos de investimento é a realização de operações de


participação societária de caráter temporário. Isso significa que eles adquirem participa-
ção em empresas por um período determinado, buscando incentivar o desenvolvimento e
o crescimento dessas empresas. Além disso, os bancos de investimento fornecem finan-
ciamento para a atividade produtiva, suprindo o capital fixo e de giro necessário para as
empresas. Também são responsáveis pela administração de recursos de terceiros, ofere-
cendo serviços de gestão de investimentos.
Além das atividades principais, os bancos de investimento têm permissão para
realizar outras operações. Eles podem comprar e vender metais preciosos, títulos e valores
mobiliários nos mercados financeiros e de capitais. Também podem operar em bolsas de
mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados. Têm autoriza-
ção para conceder crédito para financiamento de capital fixo e de giro, participar do pro-
cesso de emissão, subscrição e distribuição de títulos e valores mobiliários, operar em
câmbio mediante autorização específica do BACEN, e coordenar processos de reorgani-
zação e reestruturação de sociedades e conglomerados financeiros.

No entanto, os bancos de investimento não estão autorizados a captar recursos


por meio de depósito à vista nem abrir contas de poupança. Apesar disso, eles podem
manter contas que não são remuneradas e não movimentáveis por cheque, desde que se-
jam relacionadas a recursos de terceiros, como aplicação em títulos e valores mobiliários
ou outras operações disponíveis nos mercados financeiro e de capitais.

Por fim, é obrigatório que os bancos de investimento incluam a expressão "Banco


de Investimento" em sua denominação social. Essa exigência visa proporcionar transpa-
rência e identificação clara da natureza da instituição financeira, diferenciando-a de ou-
tros tipos de bancos presentes no mercado.
Bancos de Investimento

Operações Passivas Operações Ativas

ð Depósito a prazo ð Financiamento de capital de giro


ð Repasse de recursos externos ð Financiamento de capital fixo
ð Repasse de recursos internos ð Subscrição ou aquisição de títu-
ð Venda de cotas de fundos de in- los e valores mobiliários
vestimento ð Distribuição de valores mobiliá-
rios
ð Depósitos interfinanceiros
ð Repasses de empréstimos exter-
nos

1.2 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia

Os bancos de investimentos foram criados para canalizar recursos de médio e longo


prazos para capital fixo ou de giro das empresas.

Uma das formas de captação desses bancos para essa finalidade é através de:

a) Emissão de debêntures

b) Contas-correntes de livre movimentação


c) Concessão de empréstimos para empreendimentos imobiliários

d) Emissão de títulos públicos

e) Emissão de CDB

Comentários:
Os bancos de investimento também podem captar recursos por meio da emissão de
Certificados de Depósito Bancário (CDB). O CDB é um título de renda fixa emitido
pelos bancos para captar recursos junto aos investidores. Ao investir em um CDB, o
investidor empresta dinheiro para o banco e recebe em troca uma remuneração na
forma de juros.

Gabarito: “e”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia


Os bancos de investimento são caracterizados por:

a) Captar recursos por depósitos à vista

b) Ser especializados em operações de curto prazo

c) Poder captar recursos através dos Certificados de Depósito Bancário


d) Poder aplicar livremente no setor público

e) Não ser regulados pelo Banco Central do Brasil

Comentários:

Os bancos de investimento têm a característica de poder captar recursos por meio da


emissão de Certificados de Depósito Bancário (CDB), que são títulos de renda fixa
emitidos pelos próprios bancos. Os CDBs permitem que os bancos de investimento
captem recursos junto aos investidores, oferecendo-lhes uma remuneração na forma de
juros.
Gabarito: “c”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia

Uma das principais fontes de receita de um Banco de Investimento são as operações


com subscrições com papéis.
Nessas operações, tais papéis:

a) São subscritos pelo Tesouro Nacional

b) São garantidos pelo Banco Central

c) Estão sujeitos ao risco de mercado


d) Estão sujeitos ao risco de crédito

e) São subscritos pelo Banco Central

Comentários:

Quando um Banco de Investimento realiza operações de subscrição de papéis, esses


papéis estão sujeitos ao risco de mercado. Isso significa que seus valores podem variar
de acordo com as condições do mercado, como flutuações nas taxas de juros, volatili-
dade nos preços das ações, mudanças nas condições econômicas e outros fatores.

Gabarito: “c”
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

Os bancos de investimento não recebem depósitos à vista, mas estão sujeitos à regula-
ção do sistema de normas de Basileia.
Certo

Errado

Comentários:

Os bancos de investimento não recebem depósitos à vista, ao contrário dos bancos co-
merciais, que possuem essa atividade como uma de suas principais fontes de captação
de recursos. Os bancos de investimento têm foco nas atividades de assessoria finan-
ceira, subscrição de valores mobiliários, gestão de ativos e outras atividades relaciona-
das ao mercado de capitais.
No entanto, os bancos de investimento estão sujeitos à regulação do sistema de normas
de Basileia. As normas de Basileia são um conjunto de diretrizes estabelecidas pelo
Comitê de Basileia sobre Supervisão Bancária, um órgão internacional que busca pro-
mover a estabilidade e solidez do sistema bancário global. Essas normas estabelecem
requisitos mínimos de capital, liquidez e gestão de riscos que os bancos devem cumprir
para garantir a segurança e a integridade do sistema financeiro.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa


Os bancos de desenvolvimento possuem, tal como os bancos comerciais, a faculdade
de criar moeda na forma de empréstimos bancários.

Certo

Errado
Comentários:

Os bancos de desenvolvimento não possuem a faculdade de criar moeda na forma de


empréstimos bancários, assim como os bancos comerciais. A criação de moeda é uma
característica dos bancos comerciais, que têm a capacidade de criar dinheiro através do
processo de expansão monetária, quando concedem empréstimos e criam depósitos à
vista correspondentes.

Gabarito: “Errado”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa


Os bancos de investimento são os grandes municiadores de crédito de médio e longo
prazos do mercado. Uma das operações realizadas por esses bancos é a securitização
de recebíveis.

Tal operação consiste na:


a) Concentração dos investimentos em títulos recebíveis de seguradoras
b) Emissão de títulos de renda fixa para cobertura do capital de giro das empresas

c) Formação de uma carteira de investimento, baseada em títulos recebíveis a longo


prazo

d) Realização de seguros para garantir os investimentos das empresas no mercado


e) Transformação dos créditos das empresas em títulos negociáveis no mercado

Comentários:

A securitização de recebíveis é uma operação realizada pelos bancos de investimento


que consiste na transformação dos créditos das empresas em títulos negociáveis no
mercado financeiro, ou seja, imagine que uma empresa tem muitas pessoas devendo
dinheiro a ela, mas ela precisa desse dinheiro imediatamente para investir em novos
projetos. Em vez de esperar que essas pessoas paguem suas dívidas, a empresa pode
vender essas dívidas para um banco de investimento.
O banco de investimento cria um tipo especial de papel chamado título de securitização,
que representa o valor dessas dívidas. Esse título pode ser negociado e vendido para
investidores no mercado financeiro.

Gabarito: “e”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

Ao Banco de Investimento é facultada a realização de diversas operações, EXCETO a


de:

a) Captação de recurso via recebimentos de recurso em depósitos não remunerados de


livre movimentação

b) Compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado


físico

c) Concessão de crédito para o financiamento de capital fixo e de giro


d) Participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos
e valores mobiliários

Comentários:

Os bancos de investimento não podem captar recursos por meio de depósitos não re-
munerados de livre movimentação. Isso significa que eles não podem receber dinheiro
diretamente de pessoas ou empresas em contas de depósito que não são remuneradas e
não possuem restrições de movimentação. Diferentemente dos bancos comerciais, os
bancos de investimento dependem principalmente de outras fontes de captação, como
a emissão de títulos de dívida ou a realização de operações no mercado financeiro.
Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2004 Prova: Banco da Amazônia

Bancos de investimento são especializados em operações financeiras de curtíssimo


prazo.
Certo

Errado

Comentários:

Bancos de investimento não são especializados em operações financeiras de curtíssimo


prazo. Na verdade, eles são mais conhecidos por lidar com operações de médio e longo
prazo.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil


Bancos de investimento captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais
fortemente no crédito agrícola.

Certo

Errado
Comentários:

Bancos de investimento não captam depósitos à vista nem depósitos de poupança. Es-
sas instituições financeiras são especializadas em atividades de intermediação finan-
ceira, como subscrição e distribuição de títulos e valores mobiliários, financiamento de
projetos de longo prazo, fusões e aquisições, consultoria financeira e administração de
recursos de terceiros. Eles não estão autorizados a captar recursos por meio de depósi-
tos bancários tradicionais, como depósitos à vista e depósitos de poupança.

Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bancos de Desenvolvimento....................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 BANCOS DE DESENVOLVIMENTO

Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras públicas, de controle


estatal, que desempenham um papel fundamental no fomento do desenvolvimento eco-
nômico e social dos estados. Seu objetivo principal é fornecer de forma oportuna e ade-
quada os recursos necessários para o financiamento de programas e projetos de médio e
longo prazos, visando impulsionar o crescimento e progresso do respectivo estado.
Esses bancos têm como foco principal o apoio ao setor privado, oferecendo suporte
financeiro e recursos para empresas e empreendimentos que contribuam para o desenvol-
vimento econômico da região. Eles atuam como parceiros estratégicos, fornecendo finan-
ciamentos, linhas de crédito, investimentos e serviços financeiros especializados, que aju-
dam a impulsionar o crescimento de setores-chave da economia.
Em algumas situações excepcionais, os bancos de desenvolvimento podem esten-
der sua assistência a programas e projetos desenvolvidos em estados limítrofes, desde que
esses empreendimentos proporcionem benefícios de interesse comum. Essa flexibilidade
permite uma maior colaboração entre os estados e fortalece as parcerias regionais para
impulsionar o desenvolvimento em âmbito mais amplo.

Os bancos de desenvolvimento desempenham um papel estratégico na mobiliza-


ção de recursos financeiros e no estímulo ao investimento em projetos estruturantes, como
infraestrutura, energia, agricultura, indústria, educação, saúde, entre outros setores-chave
para o desenvolvimento socioeconômico. Sua atuação contribui para a geração de empre-
gos, melhoria da qualidade de vida da população e fortalecimento da economia regional.

Os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem a:


Ø Ampliar a capacidade produtiva da economia, mediante implantação, expansão
e/ou relocalização de empreendimentos;
Ø Incentivar a melhoria da produtividade, por meio de reorganização, racionali-
zação, modernização de empresas e formação de estoques;
Ø Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento
de empresas por meio de incorporação, fusão, associação, assunção de controle
acionário;
Ø Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos
destinados à formação de capital fixo ou semifixo;
Ø Promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção, o
aperfeiçoamento gerencial, a formação e o aprimoramento de pessoal técnico.
Essas ações têm como objetivo principal impulsionar o desenvolvimento econô-
mico e social dos estados, promovendo o crescimento de setores estratégicos, melhorando
a eficiência produtiva, fortalecendo a infraestrutura e estimulando a inovação tecnológica.
O apoio fornecido pelos Bancos de Desenvolvimento contribui para a criação de empre-
gos, a geração de renda e o fortalecimento da economia regional.

Os Bancos de Desenvolvimento devem dispor, obrigatoriamente, de setores espe-


cializados em:
Ø Planejamento, análise e acompanhamento de programas e projetos;

Esses setores são responsáveis por avaliar a viabilidade e impacto dos programas
e projetos a serem financiados, além de acompanhar sua implementação e resultados.

Ø Auditoria interna;
O setor de auditoria interna tem a função de verificar e assegurar a conformidade
das operações financeiras, identificar possíveis irregularidades e garantir a transparên-
cia e integridade das atividades do Banco de Desenvolvimento.

Ø Serviços jurídicos;
Esse setor é responsável por fornecer suporte jurídico ao Banco de Desenvolvi-
mento, auxiliando na análise de contratos, elaboração de pareceres legais, acompanha-
mento de processos judiciais e garantindo a conformidade com as leis e regulamenta-
ções;
Ø Serviços financeiros.

O setor de serviços financeiros é responsável por fornecer suporte técnico nas


áreas de gestão financeira, tesouraria, contabilidade, análise de crédito e demais ativi-
dades relacionadas às operações financeiras do Banco de Desenvolvimento.
Além disso, os Bancos de Desenvolvimento devem ser constituídos sob a forma
de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário.
É obrigatório e privativo que em sua denominação social conste a expressão "Banco de
Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede. Essa denominação é
importante para identificar claramente a natureza e o propósito da instituição.

No entanto, é importante ressaltar que os Bancos de Desenvolvimento não podem


manter agências. Isso significa que eles não podem estabelecer filiais ou pontos de aten-
dimento físico em outras localidades, diferentemente dos bancos comerciais que geral-
mente possuem uma rede de agências espalhadas pelo país. A atuação dos Bancos de
Desenvolvimento ocorre principalmente por meio de suas sedes, onde são centralizadas
as atividades de análise, concessão de financiamentos e demais serviços prestados.
Bancos de Desenvolvimento

Operações Passivas Operações Ativas

ð Depósito a prazo ð Empréstimos e financiamentos


ð Operações de crédito (interna e ð Investimentos
externa) ð Arrendamento Mercantil
ð Contribuições do Setor Público
(Federal, Estadual e Municipal)
ð Títulos de Desenvolvimento
Econômico
ð Cédulas Pignoratícias de De-
bêntures

1.2 QUESTÕES

Banca: FCC Ano: 2019 Prova: BANRISUL

A principal característica que distingue um banco de investimento de um banco de de-


senvolvimento é que, diferentemente do primeiro, um banco de desenvolvimento:

a) É, geralmente, de capital privado, constituído sob a forma de sociedade anônima, e


se especializa em operações de participação societária de caráter temporário e de
financiamento de investimentos
b) É especializado na administração de recursos de terceiros

c) É, geralmente, de capital público e objetiva financiar projetos de investimento ori-


entados para o desenvolvimento econômico e social de uma região ou país

d) Capta recursos por meio de depósitos à vista e repasse de recursos externos


e) Não está sujeito aos mecanismos legais de regulação bancária

Comentários:

Os bancos de desenvolvimento são, em sua maioria, instituições de natureza pública e


têm como objetivo principal fornecer recursos financeiros para financiar programas e
projetos voltados para o desenvolvimento econômico e social de uma determinada re-
gião ou país.

Gabarito: “c”

Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ


As instituições financeiras podem receber depósitos à vista e depósitos a prazo. As
instituições financeiras que não recebem depósitos à vista são:

a) Bancos comerciais e bancos cooperativos

b) Bancos comerciais e bancos de investimentos


c) Bancos de investimentos e bancos de desenvolvimento

d) Bancos de desenvolvimento e bancos comerciais

e) Bancos cooperativos e cooperativas de crédito

Comentários:
Os bancos de investimentos e os bancos de desenvolvimento são exemplos de institui-
ções financeiras que não recebem depósitos à vista. Os bancos de investimentos são
especializados em operações de investimento e assessoria financeira, atuando princi-
palmente no mercado de capitais. Por sua vez, os bancos de desenvolvimento têm como
objetivo principal o financiamento de projetos de longo prazo voltados para o desen-
volvimento econômico e social de uma região ou país. Ambos os tipos de bancos po-
dem captar recursos de outras formas, como por meio da emissão de títulos, emprésti-
mos e investimentos, mas não estão autorizados a receber depósitos à vista dos clientes.
Gabarito: “c”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia

Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos


estaduais e têm como objetivo principal prestar serviços que proporcionem o desenvol-
vimento econômico e social do Estado.
Um serviço característico dos bancos de desenvolvimento é a(o):

a) Captação de depósitos à vista

b) Operação de participação societária de caráter temporário


c) Operação no mercado imobiliário e no sistema financeiro da habitação

d) Financiamento a longo prazo de programas e projetos

e) Financiamento do capital de giro de uma empresa

Comentários:
Os bancos de desenvolvimento têm como objetivo principal fornecer recursos finan-
ceiros de forma oportuna e adequada para o financiamento de programas e projetos de
médio e longo prazos que visem promover o desenvolvimento econômico e social do
Estado.
Gabarito: “d”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Os bancos estaduais de desenvolvimento são constituídos sob a forma de sociedades


anônimas, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a
expressão Banco de Desenvolvimento, seguida do nome do estado em que tenha sede.

Certo

Errado

Comentários:
Os bancos estaduais de desenvolvimento são de fato constituídos sob a forma de soci-
edades anônimas, conforme determinado pela legislação. Além disso, é obrigatório e
exclusivo que essas instituições incluam em sua denominação social a expressão
"Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do estado em que estão sediadas.
Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva

Qual é o objetivo principal dos Bancos de Desenvolvimento?

a) Fornecer recursos para o financiamento de programas e projetos de curto prazo


b) Promover o desenvolvimento econômico e social dos estados

c) Atender exclusivamente ao setor público

d) Estimular o crescimento do mercado imobiliário

Comentários:
O objetivo principal dos Bancos de Desenvolvimento é impulsionar o desenvolvimento
econômico e social das regiões em que atuam. Eles têm a responsabilidade de fornecer
recursos financeiros de médio e longo prazos para o financiamento de programas e
projetos que visam ao crescimento e progresso dos estados. Sua atuação abrange diver-
sos setores da economia e prioriza o apoio ao setor privado, buscando estimular o cres-
cimento econômico, gerar empregos, melhorar a qualidade de vida da população e for-
talecer a economia regional.

Gabarito: “b”
Banca: Exclusiva
Quais setores especializados os Bancos de Desenvolvimento devem ter obrigatoria-
mente?

a) Setor de marketing e vendas

b) Setor de recursos humanos


c) Setor de planejamento, análise e acompanhamento de programas e projetos

d) Setor de entretenimento e lazer

Comentários:

Os Bancos de Desenvolvimento devem obrigatoriamente ter setores especializados em


planejamento, análise e acompanhamento de programas e projetos. Esses setores são
responsáveis por avaliar a viabilidade e o impacto dos programas e projetos a serem
financiados, além de acompanhar sua implementação e resultados. Essa atividade é
fundamental para garantir que os recursos sejam alocados de forma adequada e que os
objetivos de desenvolvimento sejam alcançados.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

Quais são as ações que os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar?


a) Ampliar a capacidade produtiva e incentivar a exportação de produtos

b) Financiar projetos de curto prazo voltados para o setor público

c) Apoiar exclusivamente a produção rural

d) Fornecer recursos para a compra de veículos automotivos


Comentários:

Os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar ações que visam ampliar a capacidade


produtiva da economia, o que envolve a implantação, expansão e/ou relocação de em-
preendimentos. Além disso, eles podem incentivar a exportação de produtos, estimu-
lando a participação das empresas nos mercados internacionais. Essas ações são volta-
das para impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento susten-
tável.

Gabarito: “a”
Banca: Exclusiva

Qual é a denominação social obrigatória dos Bancos de Desenvolvimento?

a) "Instituição Financeira Estadual"


b) "Banco de Financiamento e Desenvolvimento"

c) "Banco de Crédito e Investimento"

d) "Banco de Desenvolvimento", seguido do nome do Estado em que tem sede

Comentários:
A denominação social obrigatória dos Bancos de Desenvolvimento deve incluir a ex-
pressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que a instituição
tem sua sede. Essa denominação é importante para identificar claramente a natureza e
o propósito da instituição, destacando seu papel específico de fomento ao desenvolvi-
mento econômico e social do Estado.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bancos de Câmbio ...................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 BANCOS DE CÂMBIO

Os bancos de câmbio desempenham um papel crucial no cenário financeiro, pois


são instituições autorizadas a realizar operações de câmbio sem restrições. Isso significa
que têm a capacidade de comprar e vender moedas estrangeiras, permitindo que pessoas
físicas e jurídicas realizem transações internacionais de forma segura e eficiente.

Uma das principais áreas de atuação dos bancos de câmbio é o financiamento à


exportação e importação. Eles oferecem serviços de crédito para empresas que desejam
realizar transações comerciais internacionais. Por meio desses financiamentos, as empre-
sas podem obter os recursos necessários para adquirir mercadorias do exterior ou finan-
ciar vendas para outros países.
Além disso, os bancos de câmbio também são responsáveis por realizar adianta-
mentos sobre contratos de câmbio. Essa modalidade permite que as empresas obtenham
antecipadamente parte dos recursos provenientes de uma operação futura de câmbio. Es-
ses adiantamentos são valiosos, pois possibilitam que as empresas tenham acesso imedi-
ato aos fundos necessários para suas operações.

Outra função importante dos bancos de câmbio é receber depósitos em contas es-
pecíficas. Essas contas não são remuneradas e não podem ser movimentadas por cheque
ou meios eletrônicos pelo titular. Elas são destinadas a armazenar recursos que serão uti-
lizados exclusivamente para a realização das operações de câmbio mencionadas anterior-
mente.

Em síntese, os bancos de câmbio são instituições financeiras especializadas na


realização das seguintes operações
Ø Compra e venda de moeda estrangeira;

Ø Transferências de recursos do e para o exterior;

Ø Financiamento de importação e de exportação;

Ø Adiantamento sobre contratos de câmbio;


Ø Outras operações, inclusive de prestação de serviços, previstas na regulamen-
tação do mercado de câmbio.

Aos bancos de câmbio é facultado, além da realização dessas atividades:


Ø Atuar no mercado financeiro, no País, inclusive em bolsas de mercadorias e
de futuros, bem como em mercados de balcão, para realização de operações,
por conta própria, referenciadas em moedas estrangeiras ou vinculadas a ope-
rações de câmbio;
Ø Efetuar depósitos interfinanceiros, observada a regulamentação aplicável;

Ø Realizar outras atividades que vierem a ser autorizadas pelo Banco Central do
Brasil.
Os bancos de câmbio têm a capacidade de utilizar diferentes fontes de recursos
para realizar suas atividades. Além de recursos próprios, eles podem contar com repasses
interbancários, que são transferências de recursos entre instituições financeiras, permi-
tindo o fluxo de capital necessário para as operações cambiais.
Outra fonte de recursos é por meio de depósitos interfinanceiros, que são depósitos
realizados por outras instituições financeiras. Esses depósitos fornecem uma fonte adici-
onal de financiamento para os bancos de câmbio, fortalecendo suas operações e permi-
tindo a realização de transações cambiais.
Além disso, os bancos de câmbio também podem captar recursos no exterior. Isso
significa que eles podem obter financiamento de instituições estrangeiras ou emitir títulos
no mercado internacional para obter recursos necessários para suas operações.

É importante destacar que os bancos de câmbio podem manter contas de depósitos


sem remuneração, que não podem ser movimentadas pelo titular. Essas contas são reser-
vadas para os recursos destinados exclusivamente à realização de operações ou à contra-
tação de serviços relacionados ao objeto social do banco de câmbio. Essa medida ajuda a
garantir a segurança e o uso adequado dos recursos para as operações cambiais.
Portanto, os bancos de câmbio têm acesso a diferentes fontes de recursos, como
repasses interbancários, depósitos interfinanceiros e recursos captados no exterior, per-
mitindo que desempenhem suas atividades de forma eficiente e atendam às necessidades
de seus clientes no mercado cambial.

1.2 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: Correios

O Banco do Brasil é o único banco brasileiro autorizado a realizar operações de câmbio.

Certo
Errado

Comentários:

O Banco do Brasil não é o único banco brasileiro autorizado a realizar operações de


câmbio. Além do Banco do Brasil, outros bancos comerciais e instituições financeiras
autorizadas pelo Banco Central do Brasil também podem realizar operações de câmbio.

Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Os bancos de câmbio são instituições financeiras, mas não estão autorizados a receber
depósitos em contas sem remuneração, não movimentáveis por cheque ou por meio
eletrônico pelo titular, cujos recursos sejam destinados à realização das operações de
câmbio e operações de crédito vinculadas às de câmbio.

Certo

Errado

Comentários:
Os bancos de câmbio estão autorizados a receber depósitos em contas sem remunera-
ção, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular, desde que os
recursos sejam destinados à realização das operações de câmbio e operações de crédito
vinculadas às de câmbio. Essa é uma das atividades típicas dessas instituições finan-
ceiras especializadas em câmbio.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Na denominação dos bancos de câmbio, deve constar a expressão "Casa de Câmbio".


Certo

Errado

Comentários:

A expressão correta a ser utilizada na denominação dos bancos de câmbio é "Banco de


Câmbio". A expressão "Casa de Câmbio" é comumente utilizada para designar estabe-
lecimentos comerciais que realizam operações de câmbio, mas não se refere à denomi-
nação oficial das instituições financeiras autorizadas a realizar operações de câmbio.

Gabarito: “Errado”
Banca: Exclusiva

Qual é uma das principais atividades dos bancos de câmbio?

a) Realização de operações de crédito imobiliário

b) Emissão de cartões de crédito


c) Compra e venda de moeda estrangeira

d) Financiamento de projetos de infraestrutura

Comentários:
Uma das principais atividades dos bancos de câmbio é facilitar a compra e venda de
moeda estrangeira, permitindo que indivíduos e empresas realizem operações de câm-
bio para adquirir moedas estrangeiras para viagens, comércio internacional, investi-
mentos internacionais, entre outros fins. Esses bancos estão autorizados a operar no
mercado cambial e oferecer serviços relacionados à negociação de moedas estrangei-
ras.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
Quais tipos de operações os bancos de câmbio podem realizar?

a) Financiamento de educação e saúde

b) Empréstimos para empresas locais

c) Transferências de recursos do e para o exterior


d) Investimentos em ações e títulos

Comentários:

Os bancos de câmbio estão autorizados a realizar diversas operações relacionadas ao


mercado cambial. Isso inclui a facilitação de transferências de recursos financeiros do
Brasil para o exterior e vice-versa. Essas transferências podem envolver pagamentos
internacionais, remessas para fins diversos, repatriação de capitais, entre outras transa-
ções financeiras que envolvam a conversão de moedas estrangeiras.

Gabarito: “c”
Banca: Exclusiva

Quais fontes de recursos os bancos de câmbio podem utilizar em suas atividades?

a) Apenas recursos próprios

b) Repasses interbancários e depósitos interfinanceiros


c) Apenas financiamentos do governo central

d) Apenas doações de organizações sem fins lucrativos

Comentários:

Os bancos de câmbio podem empregar em suas atividades, além de recursos próprios,


os provenientes de repasses interbancários e depósitos interfinanceiros. Os repasses
interbancários são transferências de recursos entre instituições financeiras, permitindo
que os bancos de câmbio obtenham fundos de outras instituições para financiar suas
operações cambiais. Já os depósitos interfinanceiros referem-se a depósitos feitos por
outras instituições financeiras nos bancos de câmbio, que também podem ser utilizados
para a realização das atividades cambiais.

Gabarito: “b”

Banca: Exclusiva
O que são adiantamentos sobre contratos de câmbio?

a) Pagamentos antecipados de empréstimos bancários

b) Transações em que o banco adianta recursos para a realização de operações cambi-


ais futuras
c) Financiamentos para compra de imóveis no exterior

d) Transferências de recursos entre contas bancárias

Comentários:

Adiantamentos sobre contratos de câmbio são operações em que um banco de câmbio


adianta recursos para uma pessoa ou empresa com o objetivo de facilitar a realização
de operações cambiais futuras. Essas operações ocorrem quando há a necessidade de
antecipar recursos para efetuar pagamentos ou fechar negócios internacionais, como
importações ou exportações.
Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Caixas Econômicas ..................................................................................... 2


1.2 Caixa Econômica Federal ........................................................................... 2
1.3 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 CAIXAS ECONÔMICAS

As Caixas Econômicas são instituições financeiras que desempenham um papel


importante na promoção da inclusão social e financeira. A primeira Caixa Econômica de
âmbito federal foi criada em 1861, juntamente com o Monte de Socorro na Corte, no Rio
de Janeiro.

O principal objetivo da Caixa Econômica era incentivar a poupança das classes


menos abastadas da população, oferecendo uma remuneração de 6% ao ano pelos
depósitos de pequenas economias. Além disso, esses depósitos contavam com a garantia
do governo imperial, proporcionando segurança aos poupadores.

Paralelamente, o Monte de Socorro tinha como propósito emprestar quantias em


dinheiro, mediante penhor, para atender às necessidades urgentes das classes menos
favorecidas, oferecendo taxas de juros acessíveis.

A iniciativa das Caixas Econômicas e do Monte de Socorro se expandiu pelo país,


levando à criação de Caixas Econômicas de âmbito estadual em diferentes províncias do
Império. Exemplos disso são a Caixa Econômica de São Paulo, a Caixa Econômica de
Minas Gerais e a Caixa Econômica do Rio Grande do Sul.

Atualmente, não existem mais Caixas Econômicas estaduais, mas a Caixa


Econômica Federal, de âmbito federal, continua desempenhando um papel importante no
sistema financeiro nacional.
As Caixas Econômicas, ao longo de sua história, se destacaram por oferecer
serviços financeiros voltados para a população de baixa renda, como programas de
poupança, crédito habitacional, programas sociais e benefícios governamentais,
contribuindo para a inclusão social e o desenvolvimento econômico do país.

1.2 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma instituição financeira que foi criada em
1861 e continua em funcionamento até os dias de hoje. Ela é regulada pelo Decreto-Lei
759, de 12 de agosto de 1969, e é uma empresa pública vinculada ao Ministério da
Fazenda.

A CEF é semelhante aos bancos comerciais, pois tem a capacidade de captar


depósitos à vista, realizar operações ativas (empréstimos e financiamentos) e oferecer
serviços financeiros aos seus clientes.
Uma característica marcante da Caixa é o seu compromisso em priorizar a
concessão de empréstimos e financiamentos para programas e projetos nas áreas de
assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Isso significa
que a Caixa busca apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento nessas áreas e
beneficiem a sociedade como um todo.

Além disso, a Caixa tem autorização para operar com crédito direto ao
consumidor, financiando a aquisição de bens duráveis. Ela também pode emprestar
dinheiro mediante garantias de penhor industrial e caução de títulos. A Caixa detém o
monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação (penhor civil),
e é a única instituição autorizada a vender bilhetes de loteria federal.
Outro papel importante desempenhado pela Caixa é a centralização do
recolhimento e posterior aplicação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). Além disso, a Caixa faz parte do Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo (SBPE) e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), contribuindo para o
financiamento habitacional e o desenvolvimento do mercado imobiliário.
Dessa forma, a Caixa Econômica Federal exerce um papel fundamental no apoio
ao desenvolvimento econômico e social do país, atuando em diversos setores e oferecendo
serviços financeiros que beneficiam milhões de brasileiros.
Podemos, portanto, elencas as principais finalidades da CEF da seguinte maneira:

➢ Receber em depósito sob a garantia da União, economias populares,


incentivando os hábitos de poupança;

➢ Conceder empréstimos e financiamentos de natureza assistencial, cooperando


com as entidades de direito público e privado na solução dos problemas sociais
e econômicos;

➢ Operar no setor habitacional, como sociedade de crédito imobiliário e


principal agente do Banco Nacional de Habitação, com o objetivo de facilitar
e promover a aquisição de sua casa própria, especialmente pelas classes de
menor renda da população;

➢ Explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Federal do Brasil e da


Loteria Esportiva Federal;
➢ Exercer o monopólio das operações sobre penhores civis, com caráter
permanente e da continuidade;

➢ Prestar serviços que se adaptem à sua estrutura de natureza financeira,


delegados pelo Governo Federal ou por convênio com outras entidades ou
empresas.
1.3 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco da Amazônia

A Caixa Econômica Federal é uma instituição bancária sob a forma de empresa pública,
a qual exerce um papel fundamental no desenvolvimento urbano e da justiça social no
Brasil.

Com forte atuação no financiamento habitacional, a Caixa NÃO atua como:

a) Sociedade de crédito imobiliário

b) Agente do Governo Federal nos mercados financeiros e de capitais


c) Agência de fomento de desenvolvimento

d) Agente operador e financeiro do FGTS

e) Banco comercial

Comentários:
Agências de fomento são instituições financeiras que têm como objetivo promover o
desenvolvimento econômico e social de uma determinada região ou setor específico.
No caso da Caixa Econômica Federal, embora exerça um papel importante no
desenvolvimento urbano e na justiça social no Brasil, ela não é uma agência de fomento
de desenvolvimento. A Caixa atua principalmente como banco comercial, sociedade
de crédito imobiliário, agente do Governo Federal nos mercados financeiros e de
capitais, e agente operador e financeiro do FGTS.

Gabarito: “c”
Banca: EXATUS Ano: 2015 Prova: BANPARÁ

A Caixa Econômica Federal, é uma instituição semelhante aos bancos comerciais,


podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de
serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social,
saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Com essa informação assinale
a alternativa correta a respeito da finalidade da Caixa Econômica Federal:

a) Exercer o monopólio das operações sobre penhores civis, com caráter permanente
e da continuidade
b) Explorar, em parceria com bancos comerciais, os serviços da Loteria Federal do
Brasil e da Loteria Esportiva Federal nos termos da legislação pertinente

c) Conceder empréstimos e financiamentos aos representantes do sistema financeiro


nacional, cooperando com as entidades de direito privado na solução dos problemas
sociais e econômicos

d) Receber em depósito sob a garantia da União, economias populares, incentivando


os hábitos de aplicações no mercado de capitais, cooperando assim, como o
desenvolvimento da indústria nacional
e) Operar no setor industrial, como sociedade de crédito e principal agente do Banco
Nacional de Desenvolvimento, com o objetivo de facilitar e promover a aquisição
de crédito, especialmente para as micro e pequenas empresas

Comentários:
A Caixa Econômica Federal, além de ser semelhante aos bancos comerciais em termos
de captação de depósitos à vista, realização de operações ativas e prestação de serviços,
exerce o monopólio das operações sobre penhores civis. Isso significa que a Caixa tem
o direito exclusivo de realizar operações de penhor, que envolvem o empréstimo de
dinheiro com base em garantias de bens móveis.

Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: CAIXA

A Caixa Econômica Federal é:


a) autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda
b) autarquia federal vinculada ao Banco Central do Brasil

c) instituição financeira vinculada ao Banco Central do Brasil

d) empresa pública vinculada ao Banco Central do Brasil

e) empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda


Comentários:

A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública vinculada ao Ministério da


Fazenda.
Gabarito: “e”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

Além de centralizar o recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos


oriundos do FGTS, a CAIXA integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
e o Sistema Financeiro da Habitação.

Certo

Errado

Comentários:
A Caixa Econômica Federal tem o papel de centralizar o recolhimento e a aplicação
dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, a Caixa
também integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema Financeiro
da Habitação, que são importantes no financiamento habitacional no Brasil. Portanto,
a afirmativa está correta.

Gabarito: “Certo”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2008 Prova: CAIXA

A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela


operacionalização das políticas do Governo Federal, principalmente, para habitação,
saneamento básico e apoio ao trabalhador. As principais atividades da Caixa
Econômica Federal estão relacionadas a:

a) elaboração de políticas econômicas que irão auxiliar o Governo Federal na


composição do orçamento público e na aplicação dos recursos em atividades
sociais, como esporte e cultura

b) elaboração de políticas para o mercado financeiro, viabilizando a captação de


recursos financeiros, administração de loterias, fundos, programas e aplicação dos
recursos e obras sociais
c) captação de recursos financeiros para as transferências internacionais auxiliando os
trabalhadores brasileiros residentes no exterior

d) administração de loterias, fundos (FGTS), programas (PIS) e captação de recursos


em cadernetas de poupança, em depósitos à vista e a prazo e sua aplicação em
empréstimos vinculados substancialmente à habitação
e) estruturação do Sistema Financeiro Nacional, auxiliando o Banco Central na
elaboração de normas e diretrizes para administração de fundos e programas como
FGTS e PIS
Comentários:

As principais atividades da Caixa Econômica Federal estão relacionadas à


administração de loterias, fundos (FGTS), programas (PIS) e à captação de recursos
em cadernetas de poupança, depósitos à vista e a prazo, bem como sua aplicação em
empréstimos vinculados substancialmente à habitação.

Gabarito: “d”

Banca: CEBRASPE Ano: 2004 Prova: Banco da Amazônia

Caixas econômicas captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais


fortemente no crédito habitacional.
Certo

Errado

Comentários:

A afirmação está correta. As caixas econômicas têm a função de captar depósitos à


vista e depósitos de poupança, além de atuarem com ênfase no crédito habitacional.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
Quais são os monopólios exclusivos da Caixa Econômica Federal?

a) Empréstimo pessoal e financiamento de automóveis

b) Venda de títulos públicos e ações

c) Empréstimo sob penhor de bens pessoais e venda de bilhetes de loteria federal


d) Operações de câmbio e transferências internacionais

Comentários:

A Caixa tem o direito exclusivo de realizar operações de penhor, que envolvem


empréstimos com base em garantias de bens pessoais. Além disso, a Caixa também é
responsável pela venda dos bilhetes de loteria federal.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

Além de atuar como instituição financeira, a Caixa Econômica Federal também é


responsável por promover programas sociais. Qual é um exemplo desses programas?

a) Bolsa Família

b) Bolsa de Valores

c) Bolsa de Estudos
d) Bolsa de Turismo

Comentários:

Um exemplo de programa social promovido pela Caixa Econômica Federal é o Bolsa


Família. O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do Governo Federal
que tem como objetivo combater a pobreza e a desigualdade social, por meio do repasse
de benefícios financeiros para famílias em situação de vulnerabilidade. A Caixa é
responsável pela operacionalização desse programa, incluindo o cadastramento das
famílias, o pagamento dos benefícios e a gestão dos recursos envolvidos.
Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Caixas Econômicas ..................................................................................... 2


1.2 Caixa Econômica Federal ........................................................................... 5
1.3 Questões ...................................................................................................... 6
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 COOPERATIVAS DE CRÉDITO

As cooperativas de crédito são instituições financeiras que funcionam por meio


da associação de pessoas que se tornam cooperadas. Essas pessoas se tornam sócias da
cooperativa de forma voluntária e têm acesso a uma variedade de serviços financeiros.

Uma das principais características das cooperativas de crédito é que elas oferecem
serviços financeiros exclusivamente aos seus associados (cooperados). Isso significa que
apenas aqueles que são membros da cooperativa podem realizar operações financeiras,
como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

No entanto, as cooperativas de crédito também podem oferecer serviços a não


associados, como pagamentos de títulos e boletos. Essa abertura para atender não
associados pode ser uma forma de ampliar os serviços disponíveis e aumentar a receita
da cooperativa.

É importante ressaltar que as cooperativas de crédito oferecem, em essência, os


mesmos serviços que os bancos tradicionais. Isso inclui operações de depósito, saque,
transferências, cartões de crédito, entre outros. A diferença está na estrutura
organizacional, já que as cooperativas são formadas e administradas pelos próprios
cooperados, seguindo os princípios cooperativistas.

Dessa forma, as cooperativas de crédito fornecem uma alternativa financeira para


seus associados, oferecendo serviços semelhantes aos bancos tradicionais, mas com uma
abordagem cooperativa e de benefício mútuo entre os cooperados.

Uma das características fundamentais das cooperativas de crédito é que os


cooperados são simultaneamente donos e usuários da cooperativa. Isso significa que eles
têm o direito de participar da gestão da cooperativa e usufruir dos produtos e serviços
oferecidos por ela.
Além disso, existem outras características importantes que distinguem as
cooperativas de crédito:

➢ Adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo


impossibilidade técnica de prestação de serviços;
➢ Variabilidade do capital social representado por quotas-partes;
➢ Incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade.

Além disso, é importante ressaltar que os recursos utilizados para adquirir as cotas
partes dos cooperados são depositados em uma conta capital específica. Essa conta capital
é separada da conta corrente dos cooperados e possui características diferentes. Embora
gere rendimentos, o dinheiro investido nas cotas partes pode não estar disponível a
qualquer momento, uma vez que faz parte do capital da cooperativa e é destinado ao
fortalecimento da instituição.

Para ingressar em uma cooperativa de crédito, o potencial cooperado deve adquirir


pelo menos uma cota parte. Essa participação financeira é uma forma de se tornar membro
da cooperativa e ter direito a usufruir dos serviços e benefícios oferecidos. Ao adquirir
uma cota parte, o cooperado se torna um proprietário da cooperativa e passa a ter voz e
voto nas decisões importantes relacionadas ao funcionamento e ao futuro da organização.

Um aspecto essencial nas cooperativas de crédito é a igualdade de poder de voto


entre os associados, independentemente do valor da sua cota de participação no capital
social. Nas assembleias e reuniões, onde são tomadas as decisões estratégicas da
cooperativa, cada cooperado tem direito a um único voto. Essa igualdade de voto garante
que todos os cooperados tenham a oportunidade de expressar suas opiniões e participar
ativamente da governança da cooperativa, independentemente do tamanho do seu
investimento.
Dessa forma, as cooperativas de crédito promovem a participação democrática e
a igualdade entre os associados, garantindo que cada cooperado tenha voz no
direcionamento e nas decisões que afetam a cooperativa como um todo. Esse modelo de
governança participativa reforça os princípios cooperativistas de autonomia,
independência e benefício mútuo.

Outro aspecto importante das cooperativas de crédito é que seu objetivo principal
não é obter lucro. Em vez disso, o resultado positivo da cooperativa é conhecido como
sobra. Essa sobra é repartida entre os cooperados de acordo com as operações que cada
associado realiza com a cooperativa. Em outras palavras, os ganhos da cooperativa são
devolvidos à comunidade de cooperados, beneficiando diretamente aqueles que
utilizaram os serviços da instituição.

No entanto, assim como ocorre na partilha das sobras, os cooperados também


estão sujeitos a participar do rateio de eventuais perdas. Em caso de prejuízo, os
cooperados podem ser convocados a contribuir para cobrir essas perdas, na proporção dos
serviços usufruídos ou das operações realizadas. Essa responsabilidade compartilhada é
um dos princípios fundamentais do cooperativismo, onde todos os cooperados assumem
parte das consequências financeiras, garantindo a estabilidade e a sustentabilidade da
cooperativa.

É importante ressaltar que as cooperativas de crédito são autorizadas e


supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Diferentemente de outros ramos do
cooperativismo, como transporte, educação e agropecuária, as cooperativas de crédito
possuem regulamentação específica e são submetidas a um controle rigoroso por parte do
órgão regulador. Essa supervisão tem como objetivo garantir a segurança e a solidez das
cooperativas, protegendo os interesses dos cooperados e do sistema financeiro como um
todo.

É importante destacar que os depósitos realizados em cooperativas de crédito


contam com a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
Esse fundo tem a função de garantir a segurança dos depósitos e créditos mantidos nas
cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos em casos de intervenção ou
liquidação extrajudicial dessas instituições. Atualmente, o valor limite dessa proteção é o
mesmo em vigor para os depositantes dos bancos, proporcionando tranquilidade aos
cooperados em relação à segurança de seus recursos.

É importante ressaltar que, para garantir a transparência e a identificação adequada


das instituições financeiras, é exigido que as cooperativas de crédito incluam a expressão
"cooperativa" em sua denominação
Por outro lado, é vedado às cooperativas o uso da expressão "Banco" em sua
denominação.

➢ Tipos de Cooperativas de Crédito

Singulares: são as constituídas pelo número mínimo de vinte pessoas, sendo


permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto atividades econômicas
correlatas às de pessoa física, ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.

Conforme a Resolução CMN n° 4.434/2015, as cooperativas singulares podem ser


segmentadas em três categorias de acordo com as operações praticadas, sendo: plena,
clássica e de capital e empréstimo.

➢ Cooperativa plena: autorizada a realizar, em resumo, todas as operações;

➢ Cooperativa clássica: autorizada a maioria das atividades, mas não podem


operar com moeda estrangeira e com variação de câmbio;
➢ Cooperativa de capital e empréstimo: atuam somente a partir do capital
integralizado pelos cooperados, não podendo captar recursos de outras fontes
e nem depósitos.

Centrais ou federações de cooperativas: são as constituídas de, no mínimo, três


singulares filiadas.
As cooperativas centrais de crédito são constituídas para organizar, em comum
acordo e em maior escala, os serviços financeiros e assistenciais das filiadas, integrando
e orientando suas atividades, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços.
São também responsáveis pela supervisão auxiliar das singulares.
As federações de cooperativas de crédito, diferentemente das cooperativas
centrais de crédito, não podem realizar operações restritas às instituições financeiras,
como a captação de recursos e a concessão de empréstimos.

Confederações de cooperativas centrais: são as constituídas por pelo menos três


cooperativas centrais ou federações de cooperativas, da mesma ou de diferentes
modalidades

As confederações constituídas de cooperativas centrais de crédito têm por objetivo


orientar, coordenar e executar atividades destas, nos casos em que o vulto dos
empreendimentos e a natureza das atividades transcenderem o âmbito de capacidade ou
a conveniência de atuação das associadas.

➢ Mudanças da Lei Complementar 196/2022

A Lei Complementar 196/2022 trouxe algumas mudanças na estrutura das


cooperativas, entre elas a possibilidade de realização de campanhas para adesão de novos
cooperados, bem como a integralização de capital por membros do quadro social, por
meio do oferecimento ou distribuição de premiações ou outras vantagens, de maneira
isonômica (isso não configura distribuição de benefício às quotas-partes).
Além disso, classificou as cooperativas da seguinte forma:

➢ Cooperativas de crédito: as cooperativas singulares de crédito, as


cooperativas centrais de crédito e as confederações de crédito constituídas por
cooperativas centrais de crédito;
➢ Confederações de serviço: as confederações constituídas exclusivamente por
cooperativas centrais de crédito, para prestar serviços pertinentes,
complementares ou necessários às atividades realizadas por suas filiadas ou
pelas cooperativas singulares filiadas a essas cooperativas centrais, excluídos
serviços e operações privativos de instituições financeiras.

1.2 BANCO COOPERATIVO

A Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n° 2.788/2000 permitiu a


criação de bancos cooperativos, os quais são controlados acionariamente pelas
cooperativas centrais. Esses bancos têm como objetivo principal ampliar o acesso das
cooperativas de crédito a produtos e serviços bancários que não estão disponíveis para
elas.

Os bancos cooperativos oferecem às cooperativas de crédito acesso a recursos


como a câmara de compensação de cheques, créditos oficiais, reserva bancária e mercado
interfinanceiro. Dessa forma, as cooperativas de crédito podem se beneficiar de uma série
de facilidades e oportunidades oferecidas pelo sistema bancário.
É importante ressaltar que os bancos cooperativos estão sujeitos à legislação e
regulamentação aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral. Isso
significa que eles devem cumprir as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e
demais órgãos reguladores para o funcionamento adequado do sistema bancário.

1.3 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

De acordo com a Lei nº 4.595/1964, as Cooperativas de Crédito são equiparadas às


demais instituições financeiras, e seu funcionamento deve ser autorizado e regulado
pelo Banco Central do Brasil.

O principal objetivo de uma Cooperativa de Crédito é a:

a) concessão de cartas de crédito, que estejam vinculadas a títulos do Governo


Federal, às demais instituições financeiras
b) fiscalização das operações de crédito realizadas pelas demais instituições
financeiras

c) prestação de assistência creditícia e de serviços de natureza bancária a seus


associados, em condições mais favoráveis que as praticadas pelo mercado
d) prestação do serviço de proteção ao crédito ao mercado financeiro, atuando
principalmente como um Fundo Garantidor de Crédito

e) regulamentação da prestação do serviço de concessão de crédito, realizado por


pessoas físicas associadas a uma determinada instituição financeira
Comentários:

Uma das principais características das cooperativas de crédito é oferecer serviços


financeiros aos seus associados em condições mais favoráveis do que as praticadas pelo
mercado. Isso significa que as cooperativas buscam conceder empréstimos,
financiamentos e outros serviços bancários de forma mais acessível, com taxas de juros
mais baixas e condições mais flexíveis.
Gabarito: “c”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil


As cooperativas de crédito se caracterizam por:

a) Atuação exclusiva no setor rural

b) Retenção obrigatória dos eventuais lucros auferidos com suas operações

c) Concessão de crédito a associados e ao público em geral, por meio de desconto de


títulos, empréstimos e financiamentos

d) Captação, por meio de depósitos à vista e a prazo, somente de associados, de


empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras e de
doações
e) Captação, por meio de depósitos à vista e a prazo, de associados, de entidades de
previdência complementar e de sociedades seguradoras

Comentários:

As cooperativas de crédito se caracterizam por atuarem na concessão de crédito a seus


associados. Elas oferecem serviços financeiros como desconto de títulos, empréstimos
e financiamentos para atender às necessidades de crédito dos seus clientes.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia


As cooperativas de crédito não são classificadas como instituições financeiras e não
estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a
prazo de associados.

Certo
Errado

Comentários:

As cooperativas de crédito são sim classificadas como instituições financeiras e estão


autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo de
associados. Essa captação de recursos dos associados é uma das principais fontes de
financiamento das atividades das cooperativas de crédito.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: BRB

Para a constituição de um banco cooperativo, exige-se, como requisito, que a totalidade


das ações com direito a voto pertença a cooperativas centrais de crédito.

Certo

Errado
Comentários:

A constituição de um banco cooperativo não exige que a totalidade das ações com
direito a voto pertença a cooperativas centrais de crédito, mas sim no mínimo 51% do
total das ações com voto.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

As cooperativas de crédito estão autorizadas a realizar operações de captação por meio


de depósitos à vista e a prazo somente vindos de associados, de empréstimos, repasses
e refinanciamentos oriundos de outras entidades financeiras e de doações.

Certo

Errado

Comentários:
As cooperativas de crédito estão autorizadas a realizar operações de captação por meio
de depósitos à vista e a prazo provenientes exclusivamente de associados, de
empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras e de doações.
Essa restrição de captação de recursos é uma característica específica das cooperativas
de crédito, diferenciando-as de outras instituições financeiras que podem captar
recursos de fontes mais amplas, como o público em geral.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil


As cooperativas de crédito podem conceder crédito somente a brasileiros maiores de
21 anos de idade, por meio de desconto de títulos, empréstimos e financiamentos, e
realizar aplicação de recursos no mercado financeiro.

Certo
Errado
Comentários:

Não existe essa restrição de idade, o que deve ser respeitado é que o cliente deve ser
associado da cooperativa. Além disso, as cooperativas de crédito não se limitam apenas
ao desconto de títulos, empréstimos e financiamentos, elas também podem oferecer
outras modalidades de crédito, como financiamento de projetos, linhas de crédito para
empreendimentos e até mesmo microcrédito.

Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

As cooperativas de crédito podem adotar, em sua denominação social, tanto a palavra


Cooperativa, como Banco, dependendo de sua política de marketing e de seu
planejamento estratégico.
Certo

Errado

Comentários:

As cooperativas de crédito não podem utilizar a palavra "Banco" em sua denominação


social, de acordo com a legislação vigente. Essa restrição existe para evitar confusões
com instituições bancárias tradicionais, uma vez que as cooperativas de crédito
possuem características e estruturas diferenciadas. Portanto, a utilização da palavra
"Cooperativa" é obrigatória na denominação das cooperativas de crédito, respeitando
as normas estabelecidas pelas autoridades reguladoras.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

As cooperativas de crédito devem possuir o número mínimo de 85 cooperados e


adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações
de serviços.

Certo

Errado
Comentários:

O número mínimo de cooperados é 20 e não 85.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil


Bancos cooperativos são voltados para a concessão de crédito e a prestação de serviços
bancários aos cooperados, quase sempre produtores rurais.

Certo

Errado

Comentários:
Bancos cooperativos são instituições financeiras que têm como objetivo oferecer
serviços bancários e crédito não apenas aos produtores rurais, mas também a outros
setores da economia, como empresas, pessoas físicas e organizações em geral.
Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) ..................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADE DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (SCI)

As Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) são instituições financeiras


especializadas em operações de financiamento imobiliário, que fazem parte do Sistema
Financeiro Nacional e integram o Sistema Financeiro da Habitação. Essas instituições
têm como principal objetivo oferecer recursos para a aquisição, construção, reforma ou
ampliação de imóveis, facilitando o acesso à moradia para a população.

Uma das características das SCI é que elas são constituídas na forma de sociedades
anônimas, o que significa que são empresas de capital aberto, com acionistas que
investem em suas atividades. Essas instituições são supervisionadas e regulamentadas
pelo Banco Central do Brasil, o órgão responsável por fiscalizar e controlar as atividades
do sistema financeiro.
Uma peculiaridade das Sociedades de Crédito Imobiliário é que elas devem incluir
a expressão "crédito imobiliário" em sua denominação social, o que facilita a
identificação de sua área de atuação e diferenciação de outras instituições financeiras.

Nesse ponto, é importante destacar a diferença entre o Sistema Financeiro


Imobiliário e o Sistema Financeiro da Habitação. Enquanto o Sistema Financeiro
Imobiliário abrange todas as operações de crédito relacionadas a imóveis, incluindo
financiamentos para empresas e investimentos no setor, o Sistema Financeiro da
Habitação tem um enfoque específico no financiamento habitacional para pessoas
físicas, com condições diferenciadas e incentivos governamentais. Como vimos, as SCIs
integram o Sistema Financeiro Habitacional, bem como as caixas econômicas e outras
instituições que ainda estudaremos.

Portanto, as Sociedades de Crédito Imobiliário desempenham um papel essencial


no desenvolvimento do mercado imobiliário, contribuindo para o crescimento econômico
e social do país. Ao oferecerem financiamentos e recursos para aquisição de imóveis,
essas instituições promovem a realização do sonho da casa própria e impulsionam a
construção civil, gerando empregos e fomentando o setor imobiliário como um todo.
Em suma, o foco da SCI consiste:

➢ No financiamento para construção de habitações;

➢ Na abertura de crédito para compra ou construção de casa própria;

➢ No financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e


distribuidoras de material de construção.

Para realizar essas atividades, as SCI podem captar através de:


➢ Depósitos de poupança;

➢ Letras hipotecárias;

➢ Letras imobiliárias;

➢ Repasses e refinanciamentos contraídos no país e empréstimos e


financiamentos contraídos no exterior;

➢ Depósitos interfinanceiros.

Ao longo dos anos 80, as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) passaram por
transformações no contexto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O Conselho
Monetário Nacional permitiu que essas instituições se tornassem repassadoras de recursos
do SFH, com o compromisso de não captar recursos do público e de não transferir suas
captações de depósitos de poupança para outras instituições do Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo.
Essa mudança resultou em uma atuação mais limitada das SCIs, com foco em
operações específicas. Atualmente, essas instituições concentram suas atividades,
principalmente, no programa "Minha Casa, Minha Vida". Esse programa governamental
tem como objetivo proporcionar condições favoráveis de financiamento para a aquisição
de imóveis, especialmente para famílias de baixa renda.

Dessa forma, as SCIs desempenham um papel fundamental na viabilização do


acesso à moradia para a população de menor poder aquisitivo. Por meio do repasse de
recursos do SFH, essas instituições contribuem para a implementação de políticas
públicas de habitação e para a redução do déficit habitacional no país.

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2022 Prova: Senado Federal

A Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) se configura como um tipo de instituição


financeira especializada no financiamento habitacional, integrante do Sistema
Financeiro da Habitação (SFH).
As suas características incluem as a seguir listadas, à exceção de uma. Assinale-a:

a) Seu foco consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de


crédito para compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de
giro a empresas de construção

b) É constituída na forma de sociedade anônima e é supervisionada pelo Banco


Central, constando em sua denominação social a expressão “crédito imobiliário”

c) Ao longo dos anos 80, diante da necessidade de se criar mecanismos para que essas
instituições pudessem obter melhores condições de permanência no SFH, o CMN
possibilitou a transformação de SCI em instituições repassadoras de recursos do
SFH

d) Desde a década de 80, as sociedades de crédito imobiliário não captam recursos do


público e atuam somente na condição de repassadoras
e) Atua atualmente em conjunto com o Fundo Garantidor de Crédito, administrando
mecanismo de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras

Comentários:

A Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) não atua em conjunto com o Fundo


Garantidor de Crédito (FGC) para administrar mecanismos de proteção a titulares de
créditos contra instituições financeiras. O papel do FGC é garantir a proteção de
depósitos e créditos de correntistas e investidores em instituições financeiras em casos
de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência. As demais alternativas estão
corretas.
Gabarito: “e”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

As cédulas hipotecárias fazem parte das operações ativas das sociedades de crédito
imobiliário.

Certo

Errado

Comentários:
As cédulas hipotecárias fazem parte das operações passivas das sociedades de crédito
imobiliário. As sociedades emitem cédulas hipotecárias como forma de captar recursos
junto aos investidores, oferecendo essas cédulas como garantia. Portanto, as cédulas
hipotecárias representam uma forma de financiamento para as sociedades de crédito
imobiliário, sendo consideradas como parte de suas operações passivas.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2012 Prova: Banco da Amazônia

Tanto os bancos comerciais quanto as sociedades de crédito imobiliário devem ser


constituídos sob a forma de sociedade anônima.
Certo

Errado

Comentários:
Tanto os bancos comerciais quanto as sociedades de crédito imobiliário devem ser
constituídos sob a forma de sociedade anônima. Essa é uma exigência legal que
estabelece a estrutura jurídica e organizacional dessas instituições financeiras.

Gabarito: “Certo”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: EPE

Qual, dentre as abaixo relacionadas, é uma operação ativa das Sociedades de Crédito
Imobiliário?

a) Emissão de letras hipotecárias


b) Depósito interfinanceiro

c) Depósito de poupança

d) Refinanciamento concedido pela Caixa Econômica Federal

e) Concessão de empréstimos para projetos habitacionais


Comentários:

As sociedades de crédito imobiliário têm como uma de suas principais atividades a


concessão de empréstimos para financiamento de projetos habitacionais, ou seja,
fornecem recursos financeiros para a aquisição, construção ou reforma de imóveis
destinados à habitação.

Gabarito: “e”

Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil

Os depósitos de poupança constituem operações passivas de:


a) Bancos de desenvolvimento

b) Cooperativas centrais de crédito

c) Bancos de investimento

d) Sociedades de crédito, financiamento e investimento


e) Sociedades de crédito imobiliário

Comentários:

Os depósitos de poupança são operações passivas das sociedades de crédito imobiliário.


Essas instituições captam recursos por meio dos depósitos de poupança feitos pelos
clientes, que são remunerados por juros. Os recursos provenientes desses depósitos são
utilizados pelas sociedades de crédito imobiliário para financiar operações relacionadas
ao setor imobiliário, como a concessão de empréstimos e financiamentos para a
aquisição, construção ou reforma de imóveis.

Gabarito: “e”

Banca: CEBRASPE Ano: 2006 Prova: Caixa


O sistema financeiro de habitação, integrado exclusivamente pelo Banco Nacional da
Habitação e pelas sociedades de crédito imobiliário, tem como objetivo promover a
aquisição da casa própria pela população de baixa renda.

Certo
Errado

Comentários:

O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) não é composto exclusivamente pelo Banco


Nacional da Habitação e pelas sociedades de crédito imobiliário. O SFH é um conjunto
de instituições financeiras, políticas e regulamentares que têm como objetivo facilitar
o acesso à habitação para a população em geral, não apenas para a população de baixa
renda. Anteriormente, o Banco Nacional da Habitação desempenhava um papel
significativo no SFH, mas foi extinto em 1986 durante uma reestruturação do sistema
financeiro brasileiro. Atualmente, outras instituições financeiras, como bancos
comerciais, caixas econômicas, cooperativas de crédito e sociedades de crédito
imobiliário, também estão envolvidas no SFH, atuando no financiamento habitacional
e contribuindo para a realização do sonho da casa própria para diversos segmentos da
população.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil

Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo são


fornecedoras de crédito habitacional.
Certo

Errado

Comentários:

A afirmação está correta. As sociedades de crédito imobiliário e as associações de


poupança e empréstimo são, de fato, fornecedoras de crédito habitacional. Ambas
desempenham um papel importante no financiamento da aquisição de imóveis,
oferecendo empréstimos e financiamentos destinados à habitação.

Gabarito: “Certo”
Banca: Exclusiva

Quem é o órgão responsável pela supervisão das Sociedades de Crédito Imobiliário?

a) Banco Central do Brasil

b) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


c) Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

d) Superintendência de Seguros Privados (Susep)

Comentários:

O Banco Central é o órgão responsável pela supervisão e regulação das instituições


financeiras no Brasil, incluindo as Sociedades de Crédito Imobiliário.

Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Associação de Poupança e Empréstimo (APE) .......................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 ASSOCIAÇÃO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (APE)

A Associação de Poupança e Empréstimo (APE) é uma instituição financeira de


âmbito regional, constituída sob a forma de sociedade civil, que tem como principais
objetivos propiciar ou facilitar a aquisição da casa própria aos associados e captar,
incentivar e disseminar a poupança. Elas desempenham um papel fundamental no
mercado de crédito habitacional e estão integradas ao Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo (SBPE) e ao Sistema Financeiro de Habitação.
As APEs atuam como intermediárias entre os associados e o mercado imobiliário,
oferecendo financiamentos para a aquisição de imóveis. Uma das principais vantagens de
se associar a uma APE é a possibilidade de obter crédito com taxas de juros mais
favoráveis e condições de pagamento adequadas às necessidades dos associados.
Além disso, as APEs desempenham um importante papel na captação de recursos
por meio da poupança.

É válido destacar que as APEs são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil,
o que garante a sua segurança e conformidade com as normas e regulamentações vigentes.
São características essenciais das associações de poupança e empréstimo:

➢ A formação de vínculo societário, para todos os efeitos legais, através de


depósitos em dinheiro efetuados por pessoas físicas interessadas em delas
participar;
➢ A distribuição aos associados, como dividendos, da totalidade dos resultados
líquidos operacionais, uma vez deduzidas as importâncias destinadas à
constituição dos fundos de reserva e de emergência e a participação da
administração nos resultados das associações.
Portanto, a formação de vínculo societário nas Associações de Poupança e
Empréstimo (APE) ocorre por meio de depósitos em dinheiro realizados por pessoas
físicas interessadas em se associar. Esses depósitos representam a participação dos
associados na entidade e conferem direitos e benefícios, como o acesso a serviços
financeiros e a possibilidade de participação nos resultados.

Uma característica importante das APEs é a distribuição aos associados, como


dividendos, da totalidade dos resultados líquidos operacionais. Após a dedução das
importâncias destinadas à constituição dos fundos de reserva e de emergência e a
participação da administração nos resultados das associações, o restante é distribuído aos
associados de acordo com suas participações no capital social. Essa distribuição de
resultados é uma forma de recompensar os associados pelo uso dos recursos e pelos riscos
assumidos.

É assegurado aos Associados:

➢ Retirar ou movimentar seus depósitos, observadas as condições


regulamentares;

➢ Tomar parte nas assembleias gerais, com plena autonomia deliberativa, em


todos os assuntos da competência delas;

➢ Votar e ser votado.


Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário,
inclusive ao Sistema Financeiro de Habitação – SFH.

Já as operações passivas são constituídas de:

➢ Depósitos de poupança;
➢ Letras hipotecárias;

➢ Repasses e refinanciamentos contraídos no país;

➢ Empréstimos e financiamentos contraídos no exterior;

➢ Letra de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros.


Ao longo do tempo, as Associações de Poupança e Empréstimo (APEs) perderam
representatividade no Sistema Financeiro, restando atualmente apenas a Poupex -
Associação de Poupança e Empréstimo em pleno funcionamento. A Poupex é uma APE
com uma particularidade significativa, pois atua em âmbito nacional, abrangendo todo o
território brasileiro.

Uma característica importante da Poupex é que ela é gerida pela Fundação


Habitacional do Exército (FHE), uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo
promover benefícios e assistência habitacional aos militares e seus dependentes. Essa
gestão diferenciada garante que os recursos captados pela Poupex sejam direcionados de
forma específica para atender às necessidades de moradia dos militares, contribuindo para
a conquista da casa própria por essa categoria de associados.

1.2 QUESTÕES

Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ


Quanto aos conhecimentos referentes às Associações de Poupança e Empréstimo
(APE), é correto afirmar que:

a) É uma instituição criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria,
bens de consumo e veículo próprio, além captar, incentivar e disseminar a poupança
b) Os associados podem participar da APE de duas formas básicas: ao adquirir
financiamento imobiliário ou ao depositar seu dinheiro para formar poupança

c) Suas operações ativas são, além dos depósitos de poupança, constituídas de letras
hipotecárias; repasses e refinanciamentos contraídos no País; empréstimos e
financiamentos contraídos no exterior; letras de crédito imobiliário, letra financeira
e depósitos interfinanceiros, já as operações passivas são, basicamente,
direcionadas aos financiamentos imobiliários

d) Esse tipo de entidade, por ter característica de associação, em hipótese alguma pode
distribuir dividendos da totalidade dos resultados líquidos a seus associados
e) Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por
isso, os recursos dos associados são classificados no passivo exigível e não no
patrimônio líquido
Comentários:

Associações de Poupança e Empréstimo (APE) oferecem aos seus associados duas


formas principais de participação. A primeira é por meio da obtenção de financiamento
imobiliário, permitindo que os associados realizem o sonho da casa própria. A segunda
forma é através do depósito de dinheiro, que contribui para a formação da poupança
dos associados. Dessa forma, as APEs atuam como facilitadoras tanto no acesso ao
crédito habitacional como na promoção da cultura de poupança entre seus associados.

Gabarito: “b”
Banca: CEBRASPE Ano: 2012 Prova: Banco da Amazônia

Tanto as associações de poupança e empréstimo quanto as sociedades de crédito


imobiliário são instituições financeiras que podem captar depósitos de poupança.
Certo

Errado
Comentários:

Tanto as associações de poupança e empréstimo quanto as sociedades de crédito


imobiliário são instituições financeiras que podem captar depósitos de poupança. As
associações de poupança e empréstimo são responsáveis por incentivar e disseminar a
poupança, oferecendo aos associados a possibilidade de depositar seus recursos para
formar uma reserva financeira. Já as sociedades de crédito imobiliário, além de
concederem financiamentos habitacionais, também podem captar recursos por meio de
depósitos de poupança para direcionar ao setor imobiliário.

Gabarito: “Certo”
Banca: Exclusiva

Qual é o objetivo fundamental das APEs?

a) Estimular o consumo de bens duráveis

b) Fornecer empréstimos para empresas de grande porte


c) Facilitar a aquisição de casa própria aos associados

d) Realizar investimentos no mercado de capitais

Comentários:

As Associações de Poupança e Empréstimo têm como finalidade principal


proporcionar aos associados a oportunidade de adquirir sua casa própria. Elas oferecem
financiamentos imobiliários que permitem aos associados realizarem o sonho da casa
própria de forma acessível e viável financeiramente.

Gabarito: “c”
Banca: Exclusiva

Como são distribuídos os resultados líquidos operacionais das APEs?

a) Reinvestidos na associação para fins de expansão

b) Destinados ao pagamento de impostos e taxas regulatórias


c) Distribuídos como dividendos aos associados

d) Utilizados para financiar projetos de infraestrutura

Comentários:
Após deduzidas as importâncias destinadas à constituição dos fundos de reserva e de
emergência, bem como a participação da administração nos resultados das associações,
a totalidade dos resultados líquidos operacionais pode ser distribuída aos associados na
forma de dividendos. Essa distribuição é uma forma de retorno aos associados pelos
recursos depositados e pela participação na associação.

Gabarito: “c”
Banca: Exclusiva
Qual é o tipo societário das Associações de Poupança e Empréstimo (APE)?

a) Sociedade Anônima (S.A.)

b) Sociedade Limitada (Ltda.)

c) Sociedade Civil
d) Sociedade por Ações (S.A.)

Comentários:

As APEs são constituídas sob a forma de sociedade civil, conforme estabelecido pela
legislação brasileira.
Gabarito: “c”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Companhias Hipotecárias ........................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS

As companhias hipotecárias são instituições financeiras que desempenham um


papel importante no financiamento imobiliário. Elas são constituídas sob a forma de
sociedade anônima e têm como objetivo principal:

➢ A concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais;

➢ Repasses de recursos relacionados a programas imobiliários;

➢ Administração de fundos de investimento imobiliário.


Portanto, as companhias hipotecárias têm a função de oferecer empréstimos para
a aquisição, construção, reforma ou ampliação de imóveis, tanto para uso residencial
quanto comercial. Esses financiamentos proporcionam às pessoas e empresas a
oportunidade de realizar seus projetos imobiliários. Além disso, as companhias
hipotecárias também atuam como intermediárias financeiras, repassando recursos
provenientes de programas imobiliários do governo ou de outras fontes para
financiamentos específicos. Esses repasses contribuem para aumentar a disponibilidade
de recursos destinados ao setor imobiliário.
As companhias hipotecárias também desempenham um papel fundamental na
administração de fundos de investimento imobiliário. Esses fundos permitem que os
investidores apliquem seus recursos no setor imobiliário de forma diversificada,
participando de empreendimentos e projetos imobiliários com potencial de retorno
financeiro.

As companhias hipotecárias foram criadas em 1994 com o objetivo de fomentar o


financiamento imobiliário, especialmente além dos limites do Sistema Financeiro de
Habitação (SFH). Com a instituição do Programa Minha Casa, Minha Vida, por meio da
Lei nº 11.977 de 2009, as companhias hipotecárias passaram a fazer parte do SFH,
fortalecendo ainda mais seu papel no apoio ao acesso à moradia para a população.

Uma importante característica dessas instituições é de que elas não recebem


depósitos de poupança. Assim, seus recursos provêm, entre outros:
➢ Letras hipotecárias;

➢ Debêntures;

➢ Letras de crédito imobiliário;

➢ Letras financeiras;
➢ Depósitos interfinanceiros;
➢ Empréstimos, financiamentos no País e no Exterior.

Vale destacar que as companhias hipotecárias podem captar via emissão de


debêntures, que são títulos de renda fixa que representam uma dívida da empresa emissora
para com o investidor. Ao adquirir uma debênture, o investidor empresta seu dinheiro à
empresa em troca do recebimento de juros e do valor principal no vencimento. O destaque
se dá porque, de maneira geral, as instituições financeiras estão vedadas de emitir
debêntures, sendo as companhias hipotecárias uma exceção a essa regra.

Por fim, trago uma tabela que compara e sintetiza as características principais das
4 instituições presentes no setor imobiliário, atente para as diferenças entre cada uma,
principalmente em relação a forma societária e a possibilidade de captar através de
poupança ou não, que, como recém vimos, as companhias hipotecárias não podem:

1.2 QUESTÕES

Banca: Exclusiva
Qual é a forma societária das companhias hipotecárias?

a) Sociedade Anônima (S.A.)

b) Sociedade Limitada (Ltda.)

c) Sociedade Civil
d) Cooperativa

Comentários:

As companhias hipotecárias devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima.


Esse tipo societário oferece características específicas, como a limitação da
responsabilidade dos acionistas ao valor das ações subscritas ou adquiridas.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva

Faz parte de um objetivo principal das companhias hipotecárias


a) Concessão de financiamentos para empresas de grande porte

b) Administração de fundos de investimentos cambiais

c) Concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais

d) Captação de depósitos de poupança


Comentários:

Uma das principais finalidades das companhias hipotecárias é fornecer financiamentos


para a aquisição de imóveis, tanto residenciais quanto comerciais. Essas instituições
atuam no mercado imobiliário, oferecendo recursos para indivíduos e empresas que
desejam adquirir propriedades.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
Quais são exemplos de operações passivas das companhias hipotecárias?
a) Letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário

b) Ações e títulos públicos

c) Empréstimos internacionais e financiamentos para o setor automotivo

d) Depósitos de poupança

Comentários:
As operações passivas das companhias hipotecárias estão relacionadas à captação de
recursos. As letras hipotecárias e as letras de crédito imobiliário são exemplos dessas
operações. Esses recursos captados são posteriormente utilizados para financiar as
operações ativas das companhias hipotecárias, como a concessão de financiamentos
imobiliários.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva

Consiste em exemplo de operação ativa de uma companhia hipotecária:


a) Emissão de letras financeiras

b) Depósitos interfinanceiros

c) Repasses de recursos relacionados a programas imobiliários

d) Empréstimos de outras instituições


Comentários:

As operações ativas das companhias hipotecárias referem-se às atividades em que elas


aplicam os recursos captados, geralmente em atividades relacionadas ao setor
imobiliário. Os repasses de recursos relacionados a programas imobiliários são
exemplos dessas operações. As companhias hipotecárias recebem recursos de
programas governamentais ou de outras instituições financeiras e direcionam esses
recursos para o financiamento de empreendimentos imobiliários, como a construção,
aquisição ou reforma de imóveis.
Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

As companhias hipotecárias possuem algumas características que são semelhantes e


outras que as diferenciam das demais instituições financeiras que atuam no ramo
imobiliário. Assim, em relação as associações de poupança e empréstimo, é uma
semelhança:

a) Ambas não podem captar através de depósitos de poupança

b) Ambas são constituídas sob a forma de sociedade civil

c) Ambas são constituídas sob a forma de sociedade anônima


d) Ambas utilizam como operação passiva a emissão de LCI

Comentários:
Uma semelhança entre as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo é que ambas utilizam como operação passiva a emissão de LCI (Letras de
Crédito Imobiliário). As LCI são títulos de crédito emitidos por essas instituições para
captar recursos do mercado financeiro, especialmente direcionados ao financiamento
imobiliário. Essa emissão de LCI é uma forma de obter recursos para realizar suas
atividades no setor imobiliário.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedades de Arrendamento Mercantil (SAM) ......................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (SAM)

A Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) realiza um serviço semelhante


ao aluguel de bens móveis e imóveis, denominado de leasing. Assim, enquanto no aluguel
tradicional o locatário paga uma taxa regularmente para utilizar um bem, no leasing a
SAM adquire o bem de acordo com as especificações do arrendatário (cliente) e o
disponibiliza para uso, mediante o pagamento de parcelas periódicas. Portanto, o
arrendatário pode usufruir do bem sem ser o proprietário dele, de maneira semelhante ao
aluguel.

Uma das vantagens do leasing em relação ao aluguel é a possibilidade de arrendar


bens de alto valor, como máquinas industriais, veículos e imóveis, sem a necessidade de
um investimento inicial significativo. Isso pode ser especialmente útil para empresas que
precisam utilizar esses bens em suas atividades, mas não desejam adquiri-los de imediato.
No leasing, as parcelas pagas pelo arrendatário geralmente englobam não apenas
o valor de uso do bem, mas também os encargos financeiros estabelecidos. Além disso,
ao final do período de arrendamento, o cliente pode ter a opção de adquirir o bem,
mediante o pagamento de um valor residual previamente acordado.

Vale colocar que as operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em


duas modalidades principais: leasing financeiro e leasing operacional. No primeiro, o
arrendatário possui o interesse em adquirir o bem ao final do contrato, enquanto no
segundo, o seu interesse é apenas em utilizar o bem por um determinado período, sem
interesse em adquiri-lo ao final do contrato.

Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil e realizem operações


semelhantes às de financiamento, as Sociedades de Arrendamento Mercantil (SAM) não
são classificadas como instituições financeiras, mas sim como entidades equiparadas a
instituições financeiras.
Essa classificação se deve ao fato de as SAMs realizarem atividades financeiras
específicas, como a concessão de arrendamentos mercantis, porém não exercem todas as
atividades típicas das instituições financeiras, como a captação de recursos por meio de
depósitos ou a realização de operações de crédito.

Nesse contexto, a constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que


tenham como objeto principal de sua atividade a prática de operações de arrendamento
mercantil, ou seja, as sociedades de arrendamento mercantil, dependem de autorização do
Banco Central do Brasil.
A adoção da forma jurídica de sociedades anônimas é uma exigência para as
sociedades de arrendamento mercantil. Essa escolha de estrutura organizacional implica
na aplicação, no que for pertinente, das mesmas condições estabelecidas para o
funcionamento das instituições financeiras, conforme previsto na Lei nº. 4.595/1964 e nas
legislações posteriores que tratam do Sistema Financeiro Nacional.

Ao adotar a forma de sociedade anônima, as sociedades de arrendamento


mercantil devem cumprir as regulamentações e normas vigentes, garantindo o adequado
funcionamento e a supervisão de suas atividades pelo Banco Central do Brasil.
Adicionalmente, é obrigatório que a expressão "Arrendamento Mercantil" conste
na denominação social dessas sociedades.

Em relação às operações passivas, essas sociedades podem emitir debêntures, que


são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por empresas para captar recursos
junto aos investidores. Além disso, elas também podem contrair dívidas no exterior por
meio de operações de dívida externa, buscando financiamento fora do país.
Adicionalmente, as sociedades de arrendamento mercantil podem obter empréstimos e
financiamentos junto a instituições financeiras para suportar suas operações.
Aqui vale a atenção para a possibilidade de emissão de debêntures, pois, de
maneira geral, instituições financeiras não podem captar recursos através desse
instrumento financeiro, já as Sociedades de Arrendamento Mercantil, apesar de
equiparadas às IFs, são exceção a essa regra.
Por outro lado, no que diz respeito às operações ativas, as sociedades de
arrendamento mercantil têm como principal atividade o arrendamento de bens móveis e
imóveis.

1.2 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia


As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo Banco Central do
Brasil e realizam operações de arrendamento de bens móveis e imóveis.

Uma das principais operações de arrendamento mercantil é denominada:

a) Leasing
b) Factoring

c) Hot Money

d) Corporate finance

e) Commercial papers
Comentários:

O leasing, também conhecido como arrendamento mercantil, é uma das principais


operações realizadas pelas sociedades de arrendamento mercantil. Nesse tipo de
operação, uma empresa (arrendadora) adquire um bem móvel ou imóvel e o
disponibiliza para uso de outra empresa (arrendatária) mediante o pagamento de um
valor periódico.

Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa


As debêntures fazem parte das operações passivas das sociedades de arrendamento
mercantil.

Certo

Errado
Comentários:

As sociedades de arrendamento mercantil podem captar recursos por meio da emissão


de debêntures, que são títulos de dívida de médio e longo prazo. Essas debêntures são
oferecidas aos investidores, que fornecem os recursos à empresa em troca de juros e
eventual retorno do principal investido.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil

A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que tenham como objeto


principal de sua atividade a prática de operações de arrendamento mercantil,
denominadas sociedades de arrendamento mercantil, dependem de autorização da
CVM.

Certo
Errado

Comentários:

A constituição e o funcionamento das sociedades de arrendamento mercantil não


dependem de autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Na verdade, a
regulamentação e supervisão das sociedades de arrendamento mercantil são de
responsabilidade do Banco Central do Brasil (BACEN).

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2009 Prova: Banco do Brasil


As operações passivas das sociedades de arrendamento mercantil são emissão de
debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras.

Certo

Errado
Comentários:

As operações passivas das sociedades de arrendamento mercantil incluem a emissão


de debêntures, captação de dívida externa, empréstimos e financiamentos de
instituições financeiras. Essas operações representam as formas de captação de
recursos utilizadas pelas sociedades de arrendamento mercantil para financiar suas
atividades.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil


As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo BACEN.

Certo

Errado
Comentários:
As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo Banco Central do
Brasil (BACEN). O BACEN é o órgão responsável por regular e fiscalizar as atividades
dessas instituições no Brasil. Ele estabelece normas e requisitos para a constituição,
funcionamento e operações das sociedades de arrendamento mercantil.

Gabarito: “Certo”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil
As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade
por cotas limitadas, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a
palavra leasing.

Certo
Errado

Comentários:

As sociedades de arrendamento mercantil devem ser constituídas sob a forma de


sociedade anônima e em sua denominação social deve constar a expressão
“arrendamento mercantil”.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2003 Prova: Banco do Brasil

As sociedades de arrendamento mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro


de uma atividade produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não
necessariamente de sua propriedade.

Certo

Errado
Comentários:

As sociedades de arrendamento mercantil surgiram a partir do reconhecimento de que


o lucro de uma atividade produtiva pode derivar da utilização de equipamentos e bens,
independentemente da posse ou propriedade desses ativos. O arrendamento mercantil,
também conhecido como leasing, permite que uma empresa utilize um bem móvel ou
imóvel mediante o pagamento de um valor periódico à empresa de arrendamento
(arrendadora), enquanto a propriedade legal permanece com a arrendadora.

Gabarito: “Certo”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento (Financeiras) ......... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADES DE CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO


(FINANCEIRAS)

As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas


popularmente como "financeiras", desempenham um papel essencial no sistema
financeiro ao oferecer serviços de empréstimo e financiamento para diversas finalidades.
Essas instituições privadas são responsáveis por fornecer recursos financeiros para
aquisição de bens, serviços e capital de giro, possibilitando que indivíduos e empresas
realizem seus projetos e metas.

Uma característica importante das SCFIs é que muitas delas não estão vinculadas
a bancos tradicionais, mas sim fazem parte de conglomerados econômicos. Elas operam
como um braço financeiro de grupos comerciais ou industriais, complementando as
atividades dessas empresas. Por exemplo, algumas lojas de departamento e montadoras
de veículos possuem suas próprias financeiras, que desempenham um papel fundamental
no financiamento dos produtos que comercializam.

As SCFIs estão sujeitas à regulamentação e supervisão do Banco Central do


Brasil, que estabelece regras e normas para garantir a segurança, solidez e transparência
dessas instituições.

As (SCFIs), além de atuarem como braços financeiros de conglomerados


econômicos, desempenham um papel importante ao preencher lacunas deixadas pelos
bancos tradicionais. Elas oferecem serviços financeiros em nichos específicos que podem
apresentar características distintas, como maior risco ou necessidades particulares.

Um exemplo disso é a capacidade das SCFIs de oferecerem empréstimos e


financiamentos com características mais flexíveis e adaptadas a determinados segmentos
de mercado. Elas podem atender a necessidades específicas, como o financiamento de
veículos usados ou o estabelecimento de convênios com estabelecimentos comerciais
para facilitar o acesso ao crédito para seus clientes.
Além disso, as SCFIs são constituídas sob a forma de sociedade anônima, o que
implica em uma estrutura organizacional e jurídica específica. A denominação social
dessas instituições deve incluir a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento",
evidenciando o foco de suas atividades.

As operações passivas das financeiras, isto é, a forma como podem captar recursos
para financiar suas atividades, são as seguintes:

➢ Depósito interfinanceiro;

➢ Cédula de Depósito Bancário (CDB);


➢ Depósito a prazo com garantia especial;

➢ Letra de câmbio;

➢ Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);

➢ Letra Financeira (LF);


➢ Letra Imobiliária Garantida (LIG);

➢ Operação compromissada;

➢ Recibo de Depósito Bancário (RDB).

Vale destacar a possibilidade captação através da emissão de CDB, pois Conselho


Monetário Nacional (CMN), através da Resolução 4.812/2020, autorizou as sociedades
de crédito, financiamento e investimento (financeiras) a emitirem esses instrumentos,
ampliando as opções de investimento disponíveis nesse tipo de instituição financeira.
Anteriormente restrito aos bancos, o CDB é um investimento de renda fixa em que o
investidor deposita um valor por um período determinado em troca de uma remuneração.

Outra operação importante das financeiras é a emissão de letra de câmbio, que


consiste em um título de crédito, em que o emitente (devedor) é a financeira que emite a
letra de câmbio para captar recursos, e o beneficiário (investidor) é a pessoa física ou
jurídica que investe o recurso financeiro nesse título. Ao adquirir uma letra de câmbio, o
beneficiário empresta seu dinheiro à instituição financeira em troca do pagamento de
juros e do valor principal no vencimento. A letra de câmbio é uma forma de investimento
de renda fixa, pois oferece uma taxa de juros previamente acordada
Em relação as operações ativas, podemos citar os empréstimos e financiamentos
para as mais diversas finalidades.

1.2 QUESTÕES

Banca: FEPESE Ano: 2018 Prova: CELESC


Títulos de renda fixa oferecidos por sociedades de crédito, investimento e
financiamento, em que o emitente é o devedor e o beneficiário é a pessoa física ou
jurídica que investe o recurso financeiro.

Essa definição aplica-se à seguinte modalidade de aplicação do mercado financeiro


nacional:

a) Debêntures

b) Letra de Câmbio

c) Letra do Tesouro Nacional


d) Certificado de Depósito Bancário

e) Certificado de Depósito Interbancário

Comentários:

A Letra de Câmbio é um título de crédito emitido por instituições financeiras, como as


sociedades de crédito, investimento e financiamento. O emitente (devedor) é a
instituição financeira que emite a letra de câmbio para captar recursos, e o beneficiário
(investidor) é a pessoa física ou jurídica que investe o recurso financeiro nesse título.
Ao adquirir uma letra de câmbio, o beneficiário empresta seu dinheiro à instituição
financeira em troca do pagamento de juros e do valor principal no vencimento. A letra
de câmbio é uma forma de investimento de renda fixa, pois oferece uma taxa de juros
previamente acordada. Atente que na época da elaboração da questão as financeiras
ainda não estavam autorizadas a captar via emissão de CDB.
Gabarito: “b”

Banca: Makiyama Ano: 2015 Prova: Banestes

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por


financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da Fazenda 309, de 30 de
novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico
a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro.
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social
deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades
captam recursos por meio de aceite e colocação de ___________________ e
____________________.

Preenchem as lacunas acima as designações apresentadas em:

a) Letras de Câmbio / Recibos de Depósitos Bancários

b) Títulos Cambiários / Registro de Giros


c) Amortizações / Alienação Fiduciária

d) Tributo Devido / Letras de Câmbio

e) Depreciações de Câmbio / Recibos de Créditos Ativos

Comentários:
As sociedades de crédito, financiamento e investimento captam recursos por meio da
emissão e colocação de Letras de Câmbio, que são títulos de crédito emitidos por essas
instituições para captar recursos junto aos investidores. Além disso, também captam
recursos por meio dos Recibos de Depósitos Bancários (RDB), que são títulos emitidos
pelas instituições financeiras para captar depósitos de investidores.

Gabarito: “a”

Banca: FUNCAB Ano: 2015 Prova: Faceli

Assinale a alternativa que contém instituições financeira bancárias:


a) Caixas Econômicas

b) Bancos de Investimento

c) Bancos de Desenvolvimento

d) Sociedades de Crédito Imobiliário


e) Sociedades de Crédito e Financiamento

Comentários:

Das instituições elencadas nas alternativas, a única que pode captar via depósito à vista
é a caixa econômica, por isso é considerada instituição bancárias. As SCFI não estão
autorizadas a realizar esse tipo de operação ativa.

Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, mais conhecidas por


financeiras, são um exemplo de instituição financeira não bancária.

Essas sociedades dedicam-se basicamente ao:

a) Financiamento do capital fixo das empresas no longo prazo

b) Financiamento de bens duráveis por meio do crédito direto ao consumidor (CDC)

c) Fornecimento de crédito rápido e barato aos seus associados e cooperados


d) Fornecimento de crédito para pequenas e médias empresas no curto prazo
e) Fortalecimento do mercado de capitais por meio do investimento em programas
sociais

Comentários:

As sociedades de crédito, financiamento e investimento são instituições financeiras não


bancárias que se dedicam principalmente ao financiamento de bens duráveis, como
automóveis, eletrodomésticos, móveis, entre outros, por meio do crédito direto ao
consumidor (CDC). Elas oferecem empréstimos e financiamentos para que os
consumidores adquiram esses bens e paguem em parcelas ao longo do tempo.
Gabarito: “b”

Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil

As sociedades de crédito, financiamento e investimento:

a) Captam recursos por meio de aceite e colocação de letras de câmbio


b) Participam da distribuição de títulos e valores mobiliários

c) São especializadas na administração de recursos de terceiros

d) Desenvolvem operações de financiamento da atividade produtiva para suprimento


de capital fixo
e) São instituições financeiras públicas ou privadas

Comentários:

As sociedades de crédito, financiamento e investimento captam recursos por meio da


aceitação e colocação de letras de câmbio. Essas letras são títulos de crédito utilizados
para captar recursos junto a investidores e financiar suas atividades.

Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia


Podem operar em câmbio, nas posições compradas e vendidas, bancos múltiplos;
bancos de investimento; bancos comerciais; sociedades de crédito, financiamento e
investimento, corretoras de títulos e valores mobiliários; distribuidoras de títulos e
valores mobiliários e corretoras de câmbio.

Certo

Errado
Comentários:

As sociedades de crédito, financiamento e investimento podem operar em câmbio, nas


posições compradas e vendidas, juntamente com bancos múltiplos, bancos de
investimento, bancos comerciais, corretoras de títulos e valores mobiliários,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de câmbio.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
Qual é a forma jurídica adotada pelas sociedades de crédito, financiamento e
investimento (financeiras)?

a) Sociedade Limitada

b) Sociedade Anônima
c) Sociedade em Comandita Simples

d) Sociedade em Nome Coletivo

Comentários:

As sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras) são constituídas


sob a forma jurídica de sociedade anônima. Isso significa que elas possuem um capital
social dividido em ações, sendo que a responsabilidade dos acionistas é limitada ao
valor das ações que possuem.

Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bancos Múltiplos ........................................................................................ 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 BANCOS MÚLTIPLOS

Os bancos múltiplos são instituições financeiras que desempenham um papel


fundamental no sistema financeiro, oferecendo uma ampla gama de serviços e produtos
financeiros. Eles são constituídos sob a forma de sociedade anônima e têm a capacidade
de realizar as atividades próprias de pelo menos dois tipos de instituições financeiras.

Um dos principais benefícios dos bancos múltiplos é a sua capacidade de atuar em


diferentes segmentos do mercado financeiro. Eles podem operar como bancos comerciais,
oferecendo serviços bancários tradicionais, como contas correntes, empréstimos e
financiamentos para pessoas físicas e jurídicas.

Além disso, os bancos múltiplos podem desempenhar o papel de bancos de


investimento, de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e
de crédito, financiamento e investimento.

No contexto dos bancos múltiplos, cada uma das atividades realizadas por eles é
chamada de "carteira". Cada carteira representa um conjunto específico de operações e
serviços que o banco pode oferecer aos seus clientes. Essa estrutura de carteiras permite
que os bancos múltiplos organizem e gerenciem de forma eficiente as diferentes
atividades que desempenham.

Assim, se o banco múltiplo possui a carteira comercial, por exemplo, ele poderá
desempenhas as atividades típicas de um banco comercial, como captação de depósitos,
concessão de empréstimos e financiamentos para pessoas físicas e jurídicas, fornecimento
de serviços bancários básicos, como contas correntes, cartões de crédito, pagamentos e
transferências.

Por outro lado, se possuir a carteira de crédito imobiliário, o banco irá atuar no
financiamento de aquisição, construção e reforma de imóveis.
Portanto, para ser considerado um banco múltiplo, é necessário que a instituição
financeira possua pelo menos duas carteiras de atividades distintas. Além disso, é
obrigatório que pelo menos uma dessas carteiras seja a comercial ou a de investimento.
Para cada carteira de atividade que um banco múltiplo possui, é necessário ter um
CNPJ específico. Isso ocorre porque cada carteira tem suas próprias operações,
exigências regulatórias e controles contábeis.

Embora um banco múltiplo possua diferentes carteiras, ele pode publicar apenas
um balanço consolidado, que engloba todas as suas operações.
Outra característica importante é que a denominação do banco múltiplo deve
conter obrigatoriamente a expressão "Banco". Essa exigência tem o objetivo de identificar
claramente a natureza da instituição como uma entidade financeira autorizada a realizar
atividades bancárias múltiplas.
Por fim, podemos destacar algumas das funções dos bancos múltiplos:

➢ Operações de Underwriting: os bancos múltiplos atuam como


intermediários financeiros na emissão de valores mobiliários, como ações e
títulos de dívida. Eles assumem o compromisso de adquirir os títulos não
vendidos pelos emissores e posteriormente revendê-los ao mercado;
➢ Negociação de Títulos e Valores Mobiliários: os bancos múltiplos atuam
como intermediários na compra e venda de títulos e valores mobiliários, como
ações, títulos públicos, debêntures, entre outros. Eles oferecem serviços de
corretagem e facilitam as transações entre investidores;
➢ Administração de Recursos de Terceiros: os bancos múltiplos podem
administrar recursos financeiros de terceiros, como fundos de investimento,
fundos de previdência, carteiras de clientes, entre outros. Eles têm a
responsabilidade de investir e gerenciar esses recursos de acordo com as
políticas e objetivos estabelecidos;
➢ Intermediação de Câmbio: os bancos múltiplos realizam operações de
compra e venda de moedas estrangeiras, atuando como intermediários nas
transações de câmbio entre clientes e o mercado. Eles fornecem serviços de
troca de moeda estrangeira, remessas internacionais e operações relacionadas
ao comércio exterior;
➢ Intermediação de Derivativos: os bancos múltiplos podem atuar na
intermediação de contratos derivativos, como opções, futuros, swaps e outros
instrumentos financeiros complexos. Eles auxiliam na negociação e
estruturação desses contratos, permitindo que os investidores se protejam
contra riscos e especulem sobre movimentos de preços;
➢ Operações Estruturadas de Empréstimos ou Financiamento: os bancos
múltiplos podem estruturar operações de empréstimos ou financiamento
personalizadas para atender às necessidades específicas de empresas e
indivíduos. Isso pode incluir empréstimos sindicalizados, financiamento de
projetos, operações de leasing, entre outros.

1.2 QUESTÕES

Banca: ACEP Ano: 2018 Prova: IGEPREV-PA


Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas, que realizam as
operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras. A respeito
das carteiras que um banco múltiplo pode operar, assinale a alternativa correta:

a) A carteira de desenvolvimento pode ser operada por instituições públicas ou


privadas

b) Bancos múltiplos devem operar, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas
obrigatoriamente a carteira comercial

c) Somente bancos múltiplos com carteira comercial são autorizados a captar


depósitos à vista

d) Bancos múltiplos privados não são autorizados a operar a carteira de investimento

e) Bancos múltiplos organizados sob a forma de sociedade limitada só podem operar


uma única carteira
Comentários:

Para ser considerado um banco múltiplo, é necessário operar pelo menos duas carteiras,
sendo uma delas a carteira comercial ou de investimento, razão pela qual a letra “b”
está incorreta. Além disso, apenas bancos múltiplos com carteira comercial podem
captar através de depósito à vista.

Gabarito: “c”

Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as


operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por
intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de
desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito,
financiamento e investimento. Sobre essas instituições, assinale a alternativa
CORRETA:
a) Os bancos múltiplos podem conceder crédito, somente a associados, por meio de
desconto de títulos, empréstimos e financiamentos

b) Os bancos múltiplos podem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento
c) A legislação brasileira sobre bancos só permite a constituição dessa categoria de
instituição financeira para atuar diretamente como cooperativa

d) Os bancos múltiplos oficiais atuam exclusivamente no financiamento aos governos,


sendo vedadas as operações com pessoas físicas
e) A constituição de um banco múltiplo deve ser autorizada pelo Conselho Monetário
e pelo Congresso Nacional

Comentários:

A definição dos bancos múltiplos inclui a possibilidade de operar diferentes carteiras,


como a carteira comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. No
entanto, é importante destacar que os bancos múltiplos podem ter mais de duas
carteiras, desde que pelo menos uma delas seja a carteira comercial ou a carteira de
investimento.

Gabarito: “b”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento.
Certo

Errado

Comentários:
Para ser considerado um banco múltiplo, é necessário operar pelo menos duas carteiras,
sendo uma delas a carteira comercial ou de investimento.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil


A carteira de desenvolvimento pode ser operada por banco múltiplo e por banco
público.

Certo

Errado
Comentários:

O erro da assertiva está em abrir a possibilidade para o uso de carteira de


desenvolvimento por banco que não seja público.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil


Na denominação social dos bancos múltiplos deve constar a expressão "Banco
Múltiplo".
Certo

Errado

Comentários:

Na denominação social dos bancos múltiplos deve constar a palavra "Banco" e não a
expressão "Banco Múltiplo".

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Os bancos múltiplos com carteira comercial devem ser organizados sob a forma de
sociedade anônima e podem captar depósitos à vista.

Certo

Errado

Comentários:
Os bancos múltiplos com carteira comercial de fato devem ser organizados sob a forma
de sociedade anônima e estão autorizados a captar depósitos à vista.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
Quais são as características das carteiras dos bancos múltiplos?

a) Cada carteira possui um CNPJ separado e publica balanços individuais

b) Cada carteira possui um CNPJ separado, mas é possível publicar apenas um


balanço consolidado
c) Todas as carteiras são agrupadas sob um único CNPJ e publicam um único balanço

d) Cada carteira possui um CNPJ separado, mas não é necessário publicar balanços
Comentários:

A característica das carteiras dos bancos múltiplos é que cada uma delas possui um
CNPJ separado, o que permite a separação das operações e controles específicos de
cada carteira. No entanto, é possível realizar a consolidação dos balanços das diferentes
carteiras em um único balanço consolidado, que apresenta o panorama financeiro do
banco como um todo.

Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Administradora de Consórcios ................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS

O consórcio é uma modalidade de acesso ao crédito que permite a reunião de


pessoas físicas e jurídicas em um grupo com prazo e número de cotas preestabelecidos.
Imagine uma pessoa que deseja comprar um carro usando consórcio. Nesse caso, ela pode
se juntar a um grupo de consórcio específico para carros. O grupo é formado por outras
pessoas que também têm o objetivo de adquirir um veículo por meio desse sistema. Cada
participante do grupo contribui mensalmente com um valor, conhecido como cota, que é
determinado de acordo com o valor do veículo desejado. Essas contribuições formam um
fundo comum, que será utilizado para contemplar os participantes com a carta de crédito,
ou seja, a quantia necessária para a compra do carro (estudaremos especificamente o
consórcio em momento oportuno).
Essa organização é realizada por uma administradora de consórcios, uma empresa
cujo objetivo principal é administrar esses grupos de consórcio. As administradoras de
consórcios podem ter sua constituição sob a forma de sociedade limitada ou sociedade
anônima.
A finalidade, portanto, das administradoras de consórcios é proporcionar, de
maneira isonômica, a aquisição de bens ou serviços aos participantes do consórcio por
meio do autofinanciamento. Isso significa que os próprios integrantes do grupo
contribuem mensalmente com um valor determinado, formando um fundo comum. Esse
fundo é utilizado para contemplar, de forma periódica, um ou mais participantes,
permitindo que eles adquiram o bem ou serviço desejado.

É importante ressaltar que o consórcio se diferencia de uma operação de


empréstimo. No consórcio, não há a concessão de crédito por parte da administradora aos
participantes. Em vez disso, os próprios integrantes do grupo se autofinanciam por meio
das contribuições mensais.

Enquanto em um empréstimo o indivíduo recebe uma quantia em dinheiro para


realizar a compra do bem ou serviço desejado, no consórcio ele participa de um grupo
que se organiza para alcançar esse objetivo de forma coletiva. Por meio das contribuições
mensais, todos os participantes formam um fundo comum que será utilizado para
contemplar um ou mais integrantes do grupo em determinados momentos.

Dessa forma, o consórcio promove a igualdade entre os participantes, pois todos


têm a mesma oportunidade de ser contemplados, independentemente de sua situação
financeira inicial. Além disso, o consórcio não envolve a cobrança de juros, o que pode
torná-lo uma opção mais atrativa em comparação aos financiamentos tradicionais.

As administradoras de consórcios desempenham um papel fundamental nesse


processo, sendo responsáveis pela gestão dos grupos, realização de assembleias,
elaboração de contratos, cobrança das parcelas, contemplação dos participantes e
acompanhamento das etapas do consórcio.

A participação da administradora de consórcio é formalizada por meio do contrato


de participação em grupo de consórcio, no qual ela figura como parte integrante. Nesse
contrato, são estabelecidos os direitos e obrigações tanto da administradora quanto dos
participantes.

Uma das obrigações dos participantes é o pagamento da taxa de administração à


administradora de consórcio. Essa taxa é uma remuneração devida pelos serviços
prestados pela administradora, como a formação, organização e administração do grupo
de consórcio, desde o início até o encerramento do consórcio.

Além da taxa de administração, o contrato de participação em grupo de consórcio


também pode prever outros valores a serem pagos à administradora, desde que esses
valores estejam expressamente previstos e sejam devidamente informados aos
participantes.

Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio,


inclusive os decorrentes de garantia, bem como seus frutos e rendimentos, não se
comunicam com o seu patrimônio, observado que:

➢ Não integram o ativo da administradora;

Esses bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio


não fazem parte do seu próprio patrimônio. Eles são mantidos separadamente e não
são considerados como parte dos ativos da administradora.

➢ Não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da


administradora;
Os bens e direitos adquiridos pelo grupo de consórcio não podem ser utilizados para
quitar obrigações ou dívidas da administradora. Eles são protegidos e destinados
exclusivamente ao cumprimento dos objetivos do consórcio e à contemplação dos
participantes;

➢ Não compõem o elenco de bens e direitos da administradora, para efeito de


liquidação judicial ou extrajudicial.
Em situações de liquidação judicial ou extrajudicial da administradora de
consórcio, os bens e direitos adquiridos em nome do grupo não são considerados como
parte do seu patrimônio para fins de pagamento de credores. Eles permanecem
separados e protegidos, destinados exclusivamente aos participantes do consórcio.

Perceba que essas características são estabelecidas para garantir a proteção dos
recursos dos participantes do consórcio, assegurando que os bens e direitos adquiridos
em nome do grupo sejam utilizados de forma exclusiva para atender aos interesses e
direitos dos consorciados, sem que sejam afetados por questões financeiras ou obrigações
da administradora.

Contudo, vale ressaltar que a administradora de consórcio tem permissão para


adquirir cotas de consórcios que estão sob sua administração. Isso significa que a própria
administradora pode participar como consorciada, adquirindo cotas e concorrendo à
contemplação juntamente com os demais participantes.

Nessa situação, entretanto, a administradora de consórcio, em qualquer hipótese,


somente poderá concorrer a sorteio ou lance após a contemplação de todos os demais
consorciados, ou seja, em relação à participação em sorteios ou lances, a administradora
de consórcio não tem privilégios ou preferências em relação aos demais consorciados.

Por fim, vale colocar que a normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e


controle das atividades do sistema de consórcios serão realizados pelo Banco Central do
Brasil.

Nesse sentido, compete ao Banco Central do Brasil:

➢ Conceder autorização para funcionamento, transferência do controle


societário e reorganização da sociedade e cancelar a autorização para
funcionar das administradoras de consórcio, segundo abrangência e condições
que fixar;

➢ Aprovar atos administrativos ou societários das administradoras de consórcio,


segundo abrangência e condições que fixar;

➢ Fiscalizar as operações de consórcio, as administradoras de consórcio e os atos


dos respectivos administradores e aplicar as sanções.

1.2 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: BACEN


As administradoras de consórcio são empresas que têm como responsabilidade o
acompanhamento da formação e da administração dos grupos de consórcio. As
atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo BCB.

Certo
Errado

Comentários:

As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os


grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Câmara dos Deputados


Os bancos múltiplos com carteira comercial podem atuar como administradores de
consórcios de bens, desde que designem diretor responsável exclusivamente pela
atividade.

Certo
Errado

Comentários:

A atividade de administração de consórcios é privativa das administradoras de


consórcios.
Gabarito: “Errado”

Banca: Exclusiva

Qual é o objetivo das administradoras de consórcios?


a) Conceder empréstimos aos participantes do consórcio
b) Proporcionar a aquisição de bens ou serviços aos participantes do consórcio por
meio do autofinanciamento

c) Cobrar juros dos participantes do consórcio

d) Intermediar operações entre agentes superavitários e deficitários

Comentários:
As administradoras de consórcios têm como objetivo principal permitir que os
participantes do consórcio possam adquirir bens ou serviços desejados de forma
isonômica e por meio do autofinanciamento. Isso significa que os próprios integrantes
do grupo contribuem mensalmente com um valor determinado, formando um fundo
comum. Esse fundo é utilizado para contemplar, de forma periódica, um ou mais
participantes, permitindo que eles adquiram o bem ou serviço desejado.

Gabarito: “b”
Banca: Exclusiva

Como os participantes do consórcio se autofinanciam?

a) Por meio da taxa de administração cobrada pelas administradoras

b) Contribuindo com valores mensais que formam um fundo comum


c) Recebendo empréstimos das administradoras

d) Utilizando os rendimentos dos bens adquiridos pelas administradoras

Comentários:

Os participantes do consórcio se autofinanciam contribuindo com valores mensais que


formam um fundo comum. Cada participante do grupo de consórcio contribui
regularmente com um valor determinado, conhecido como cota, que é estabelecido de
acordo com o valor do bem ou serviço desejado. Essas contribuições são acumuladas e
formam o fundo comum do grupo. Esse fundo é utilizado para contemplar, de forma
periódica, um ou mais participantes, permitindo que eles adquiram o bem ou serviço
desejado. Portanto, o autofinanciamento ocorre por meio das contribuições mensais dos
participantes, sem a necessidade de receber empréstimos das administradoras ou
utilizar rendimentos de bens adquiridos pelas administradoras.
Gabarito: “b”

Banca: Exclusiva

O que acontece com os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do


grupo de consórcio?
a) Integram o patrimônio da administradora e podem ser utilizados para quitar suas
obrigações
b) São utilizados como garantias em débitos da administradora

c) Ficam sob a responsabilidade do Banco Central para fins de liquidação judicial ou


extrajudicial
d) Não se comunicam com o patrimônio da administradora

Comentários:
Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio não
se comunicam com o patrimônio da administradora. Isso significa que eles são
mantidos separadamente e não são considerados como parte dos ativos da
administradora.
Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

É uma finalidade do fundo comum no consórcio:

a) Financiar as operações da administradora de consórcio


b) Acumular recursos para pagar os participantes contemplados com a carta de crédito

c) Pagar os juros e taxas relacionados ao consórcio

d) Remunerar os acionistas da administradora de consórcio

Comentários:
Uma das finalidades do fundo comum no consórcio é justamente acumular recursos
financeiros ao longo do tempo por meio das contribuições mensais dos participantes.
Esses recursos serão utilizados para contemplar os participantes com a carta de crédito,
ou seja, a quantia necessária para a aquisição do bem ou serviço desejado. O fundo
comum serve como uma espécie de poupança coletiva, permitindo que todos os
participantes tenham a oportunidade de serem contemplados de forma isonômica.

Gabarito: “b”

Banca: Exclusiva
É uma atribuição do Banco Central do Brasil no tocante às atividades das
administradoras de consórcios:

a) Analisar e aprovar os atos administrativos ou societários das administradoras de


consórcio, levando em consideração as condições e abrangência determinadas
b) Fornecer empréstimos para os participantes dos consórcios

c) Realizar a venda direta de bens e serviços aos consorciados

d) Definir as taxas de administração cobradas pelas administradoras de consórcio

Comentários:

O Banco Central do Brasil possui a atribuição de analisar e aprovar os atos


administrativos ou societários das administradoras de consórcio. Isso significa que as
decisões importantes relacionadas à estrutura e funcionamento das administradoras,
como alterações societárias, reorganizações e outras questões administrativas, estão
sujeitas à aprovação do Banco Central.

Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ............................... 2


1.2 Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários ......................... 3
1.3 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADE CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, comumente chamadas


de "corretoras", são instituições financeiras que desempenham um papel fundamental no
mercado financeiro. Elas são constituídas sob a forma de sociedade por ações ou por
cotas de responsabilidade limitada e estão sujeitas à supervisão tanto do Banco Central
do Brasil (BACEN) quanto da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O BACEN é responsável por supervisionar as corretoras no que tange a


autorização e funcionamento dessas instituições, verificando se atendem aos requisitos
legais e regulatórios. Por sua vez, a CVM é responsável por regular e fiscalizar o mercado
de valores mobiliários, assegurando a transparência e a proteção aos investidores. Nesse
contexto, a CVM supervisiona o cumprimento das normas e regulamentos aplicáveis às
corretoras, visando a garantia da lisura e confiabilidade das operações realizadas. Dessa
forma, o BACEN e a CVM atuam em conjunto para assegurar o adequado funcionamento
e a integridade das sociedades corretoras.

Elas oferecem uma ampla gama de serviços aos investidores, incluindo


plataformas de investimento online, conhecidas como home broker, que permitem a
negociação de valores mobiliários de forma ágil e conveniente. Além disso, as corretoras
também oferecem serviços de consultoria financeira, auxiliando os clientes na tomada de
decisões de investimento. Outra opção disponibilizada pelas corretoras é a participação
em clubes de investimentos, que permitem a diversificação dos investimentos por meio
da união de recursos de diferentes investidores.

Além disso, as corretoras podem conceder financiamento para compra de ações,


conhecido como conta margem, permitindo que os investidores alavanquem seus
investimentos. Por fim, as corretoras também desempenham um papel importante na
administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes, garantindo a
segurança e o registro adequado desses ativos. Vale ressaltar que, para a prestação desses
serviços, as corretoras podem cobrar taxas e comissões, que variam de acordo com o tipo
de serviço e as condições estabelecidas entre a corretora e o cliente.

Além de sua atividade de compra e venda de ativos para seus clientes, sua atuação
também abrange outras atividades:

➢ Operar em bolsas de valores, mercadorias e futuros por conta própria ou de


terceiros;
o As corretoras têm autorização para realizar operações nos mercados
de valores mobiliários, commodities e futuros, tanto em nome próprio
quanto em nome de terceiros. Isso significa que elas podem comprar
e vender ativos financeiros nessas bolsas em benefício próprio ou em
nome de clientes.
➢ Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
o As corretoras têm a capacidade de subscrever emissões de títulos e
valores mobiliários, ou seja, podem adquirir esses ativos diretamente
dos emissores para posterior revenda no mercado.
➢ Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros;
➢ Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores
mobiliários;
o As corretoras podem assumir a responsabilidade pela administração
de carteiras de investimentos, gerindo os ativos financeiros de seus
clientes de acordo com suas estratégias e objetivos.
➢ Exercer funções de agente fiduciário;
o As corretoras podem atuar como agentes fiduciários, que são
responsáveis por representar os interesses de terceiros em
determinadas transações.
➢ Intermediar operações de câmbio;
➢ Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
➢ Emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures;
o As corretoras podem emitir certificados de depósito de ações, que
representam a propriedade de ações de uma determinada empresa, e
cédulas pignoratícias de debêntures, que são títulos de dívida de
empresas. Esses certificados e cédulas podem ser negociados no
mercado financeiro.
➢ Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes;
➢ Praticar operações de conta margem;
o Nas operações de conta margem, a corretora concede ao investidor
um empréstimo que permite aumentar o poder de compra de títulos e
valores mobiliários. Dessa forma, o investidor pode alavancar suas
operações, investindo um valor maior do que o saldo disponível em
sua conta.
➢ Realizar operações compromissadas;
➢ Praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado físico,
por conta própria e de terceiros.

1.2 SOCIEDADE DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) são


instituições financeiras que desempenham um papel importante no mercado de capitais.
Assim como as corretoras, as DTVMs são constituídas sob a forma de sociedades por
ações ou por cotas de responsabilidade limitada e estão sujeitas à regulamentação e
supervisão do Banco Central do Brasil (BCB) e da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM).

Antigamente, existia uma diferenciação entre as distribuidoras e as corretoras de


títulos e valores mobiliários. As distribuidoras não tinham permissão para operar
diretamente nos ambientes e sistemas de negociação das bolsas de valores. Em vez disso,
concentravam-se principalmente na distribuição de títulos e valores mobiliários, atuando
como intermediárias na colocação desses instrumentos financeiros no mercado.
Enquanto as corretoras tinham permissão para realizar operações de compra e
venda de títulos e valores mobiliários nos ambientes de negociação das bolsas de valores,
as distribuidoras eram mais limitadas nesse aspecto. Sua principal atividade era a
subscrição de emissões de títulos, ou seja, participar da colocação inicial desses valores
mobiliários no mercado, sem atuar diretamente na negociação subsequente.
Contudo, isso mudou com a Decisão Conjunta BACEN/CVM 17/09, a qual
autorizou as distribuidoras de títulos e valores mobiliários a operarem diretamente nos
ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores. Com
isso, as distribuidoras passaram a ter permissão para realizar operações de compra e venda
de títulos e valores mobiliários de forma direta, sem a necessidade de intermediários.

Portanto, embora no passado as distribuidoras fossem diferenciadas das corretoras


pela restrição operacional, atualmente essa distinção não existe, uma vez que as
distribuidoras podem operar diretamente nos ambientes de negociação das bolsas de
valores, ampliando suas possibilidades de atuação e oferecendo uma gama mais
diversificada de serviços aos investidores.

1.3 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa


As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma
de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

Um dos seus objetivos principais é:

a) controlar o mercado de seguros


b) regular o mercado de valores imobiliários

c) assegurar o funcionamento eficiente do mercado de Bolsa de Valores

d) subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado

e) estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários


Comentários:

Para ser considerado um banco múltiplo, é necessário operar pelo menos duas carteiras,
sendo uma delas a carteira comercial ou de investimento, razão pela qual a letra “b”
está incorreta. Além disso, apenas bancos múltiplos com carteira comercial podem
captar através de depósito à vista.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

As SCTVM podem intermediar operações de câmbio; praticar operações no mercado


de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações
compromissadas.

Certo

Errado
Comentários:

As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os


grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

As SDTVM operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos


e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros, entre outras
atividades.

Certo
Errado

Comentários:

As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os


grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil


As SCTVM instituem, administram e organizam fundos e clubes de investimento, bem
como intermedeiam operações de câmbio.

Certo

Errado
Comentários:

As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os


grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

Os objetivos das SCTVM não incluem a emissão de certificados de depósito de ações


e cédulas pignoratícias de debêntures.

Certo

Errado
Comentários:
As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os
grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco do Brasil

A normatização, a concessão de autorização, o registro e a supervisão dos fundos de


investimento, tanto das SCTVM quanto das SDTVM, são de competência do BACEN.
Certo

Errado

Comentários:

As administradoras de consórcio são as empresas responsáveis por administrar os


grupos de consórcio, acompanhando sua formação, organização e gestão. Além disso,
as atividades do sistema de consórcio são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(BCB).

Gabarito: “Certo”
Banca: Exclusiva

O que é a conta margem oferecida pelas corretoras de títulos e valores mobiliários?

a) Um empréstimo para compra de ações que permite alavancar os investimentos

b) Um programa de fidelidade que oferece benefícios aos clientes da corretora


c) Um serviço de consultoria financeira para auxiliar na tomada de decisões de
investimento

d) Uma modalidade de investimento de baixo risco com rendimentos fixos

Comentários:
As administradoras de consórcios têm como objetivo principal permitir que os
participantes do consórcio possam adquirir bens ou serviços desejados de forma
isonômica e por meio do autofinanciamento. Isso significa que os próprios integrantes
do grupo contribuem mensalmente com um valor determinado, formando um fundo
comum. Esse fundo é utilizado para contemplar, de forma periódica, um ou mais
participantes, permitindo que eles adquiram o bem ou serviço desejado.

Gabarito: “b”

Banca: Exclusiva
Não é uma atividade típica de uma Sociedade Corretora

a) Emissão de certificados de depósito de ações

b) Administração de carteiras e custódia de títulos e valores mobiliários

c) Intermediação de operações de câmbio

d) Captação via depósito à vista


Comentários:
As administradoras de consórcios têm como objetivo principal permitir que os
participantes do consórcio possam adquirir bens ou serviços desejados de forma
isonômica e por meio do autofinanciamento. Isso significa que os próprios integrantes
do grupo contribuem mensalmente com um valor determinado, formando um fundo
comum. Esse fundo é utilizado para contemplar, de forma periódica, um ou mais
participantes, permitindo que eles adquiram o bem ou serviço desejado.

Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Bolsa de Valores ......................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 BOLSA DE VALORES

As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o


objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus membros e à realização
entre eles de transações de compra e venda de títulos, valores mobiliários, derivativos e
mercadorias, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus
membros (autorregulação) e pela CVM.

Entenda, portanto, que as bolsas de valores são como um mercado onde as pessoas
podem comprar e vender diferentes tipos de coisas, como ações de empresas, contratos
financeiros e produtos básicos. Elas são organizações que existem para criar um lugar ou
sistema onde as pessoas possam se encontrar e fazer essas transações. Por exemplo,
imagine que você queira comprar ações de uma empresa. Você pode ir até a bolsa de
valores e encontrar alguém que queira vender essas ações. Lá, há regras e supervisão para
garantir que as transações sejam justas e seguras tanto para quem compra quanto para
quem vende. A bolsa de valores também é responsável por garantir que as empresas
cumpram as regras e forneçam informações adequadas aos investidores.
Antigamente, essas negociações ocorriam através do pregão viva-voz, sistema em
que as operações eram feitas pessoalmente, de modo verbal. As negociações ocorriam em
um salão cheio de operadores para fechar suas ordens de compra ou venda, criando aquela
imagem caótica de diversas pessoas gritando para efetuar suas negociações. Bom, hoje
não funciona mais assim, tudo é feito digitalmente, através de home brokers (plataformas
digitais em que se negociam os ativos) e para começar a negociar na bolsa você precisa
apenas de acesso à internet e conta em uma corretora (o investidor não pode acessar
diretamente a bolsa, necessitando de uma instituição financeira habilitada).
Entre os ativos negociados em bolsas de valores, é possível citar:

➢ Ações de empresas;
➢ Fundos imobiliários;

➢ Derivativos;
➢ Fundos de investimento.

Além disso, é possível dizer que a negociação em ambiente de bolsa busca a


melhor formação de preços, por meio de um nível elevado de transparência anterior e
posterior à negociação, uma vez que a bolsa divulga em tempo real as ofertas de compra
e venda inseridas em seus sistemas, assim como as operações realizadas. Assim, o
comprador de uma ação pode ver de maneira clara as melhores ofertas de venda dessa
ação, por exemplo, tendo um risco muito pequeno de comprar algo que está fora do preço
de mercado.

No Brasil, a atual bolsa de valores é a B3 S.A. (Brasil, Bolsa, Balcão), sediada em


São Paulo e que surgiu da fusão BM&FBovespa com a Cetip S/A em 2017, após
aprovação da CVM. A B3 atua como central depositária de ativos, ou seja, ela faz a guarda
dos ativos (se você tiver uma ação, ela ficará depositada e identificada em seu nome),
câmara de compensação e liquidação – sistema responsável pela liquidação financeira das
operações, finalizando o processo de compra ou venda - bem como contraparte central
garantidora – nesse caso a B3 se impõe entre operações e contratos, tornando-se a
compradora para todos os vendedores e a vendedora para todos os compradores.

1.2 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: BACEN


As bolsas de valores possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa,
conforme resolução do CMN. Os objetivos das bolsas de valores incluem a manutenção
de local ou sistema adequado para o encontro de seus membros e a realização, entre
eles, das transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários.
Certo

Errado

Comentários:

As bolsas de valores possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa,


conforme resolução do CMN. Além disso, um dos objetivos das bolsas de valores é
manter um local ou sistema adequado para que seus membros possam realizar
transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários entre si. Isso significa
que as bolsas de valores são responsáveis por criar um ambiente seguro e organizado
para a negociação de ativos financeiros.
Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2013 Prova: Telebras

As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis cuja finalidade é


manter o local ou sistema adequados para o encontro de seus membros e a realização,
entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários. A
fiscalização da bolsa de valores é feita por seus membros e pelo Banco Central do
Brasil.

Certo

Errado
Comentários:

A fiscalização das bolsas de valores é feita pelos seus membros e pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), não pelo Banco Central do Brasil. O Banco Central do
Brasil é responsável pela supervisão e regulação das instituições financeiras, mas não
possui papel direto na fiscalização das bolsas de valores.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2013 Prova: Polícia Federal

Corretoras, cuja função de intermediação consiste em compra e venda de valores


mobiliários, garantindo mais fluidez ao mercado, precisam de autorização das bolsas
de valores e de mercadorias para funcionar.

Certo

Errado
Comentários:

As corretoras de valores mobiliários não precisam de autorização das bolsas de valores


e das bolsas de mercadorias para funcionar. Elas são instituições financeiras reguladas
pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). A autorização para operar como corretora é concedida pelo BACEN, que
verifica se a instituição atende aos requisitos legais e regulatórios para exercer suas
atividades. No entanto, as corretoras precisam estar devidamente registradas na CVM
e cumprir as normas e regulamentos aplicáveis ao mercado de valores mobiliários.
Gabarito: “Errado”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa


Na composição do Sistema Financeiro Nacional, cada entidade possui uma finalidade
específica e importante para o bom funcionamento do sistema como um todo.

A entidade responsável por regular e assegurar o funcionamento eficiente do mercado


de Bolsa de Valores é a:

a) Cetip

b) Bovespa&BMF
c) Corretora de Valores Mobiliários

d) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

e) Superintendência de Seguros Privados (Susep)

Comentários:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a entidade responsável por regular e
fiscalizar o mercado de valores mobiliários no Brasil, incluindo as bolsas de valores.
Sua finalidade é assegurar o funcionamento eficiente e transparente do mercado,
proteger os investidores e garantir a integridade do sistema financeiro.
Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

São exemplos de ativos que podem ser negociados em bolsa, com exceção de:

a) Ações
b) Caderneta de Poupança

c) Fundos de Investimento

d) Derivativos

Comentários:
A Caderneta de Poupança não é um ativo negociado em bolsa de valores. A poupança
é um produto de investimento oferecido por instituições financeiras, como bancos, e
possui características distintas das demais opções listadas.

Gabarito: “b”
Banca: Exclusiva

Qual é a função da autorregulação nas bolsas de valores?

a) Garantir que as transações sejam justas e seguras


b) Criar regras para restringir o acesso aos investidores
c) Controlar o preço dos produtos negociados na bolsa

d) Organizar eventos sociais para os membros da bolsa de valores

Comentários:

A autorregulação nas bolsas de valores tem como função principal garantir que as
transações realizadas no mercado sejam justas e seguras. Ela estabelece regras e normas
que devem ser seguidas pelos participantes, promovendo a transparência, a ética e a
integridade nas operações. A autorregulação busca assegurar que os investidores
tenham confiança no mercado e que as transações ocorram de maneira adequada,
contribuindo para a eficiência e o bom funcionamento das bolsas de valores.

Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedade Administradora de Cartão de Crédito ........................................ 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADE ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE CRÉDITO

Para entendermos a participação das Administradoras de Cartão de Crédito, gosto


de começar visualizando a seguinte questão que traz definições importantes:

Banca: Quadrix Ano: 2013 Prova: CRF-RS

O cartão de crédito é um cartão de plástico que pode conter ou não um chip. A frente
apresenta o nome do portador, número do cartão e data de validade e, no verso, um
campo para assinatura do cliente, o número de segurança e uma tira magnética. As
operações de cartões de crédito envolvem geralmente cinco participantes:

Portador: pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando por meio
do cartão de crédito.

Estabelecimento comercial: empresa interessada em vender ou prestar serviço


recebendo o pagamento feito pelos seus clientes por meio do cartão de crédito.

Adquirente: empresa que aluga e mantém os equipamentos usados pelo


estabelecimento, responsável pela comunicação da transação entre este e a bandeira.

Bandeira: empresa que comunica a transação entre o adquirente e o emissor do cartão


de crédito.

Emissor: empresa administradora do cartão.

Portanto, para entender o papel de cada um dos participantes, vamos a um


exemplo:

João, um portador de cartão de crédito, deseja comprar um novo smartphone em


uma loja de eletrônicos chamada "TechStore". A transação ocorre da seguinte forma:
➢ João, o portador, escolhe o smartphone desejado na loja "TechStore" e decide
fazer a compra utilizando seu cartão de crédito;
➢ O estabelecimento comercial, "TechStore", aceita cartões de crédito como
forma de pagamento e possui um acordo com a bandeira "Mastercard";
➢ Para processar a transação, a "TechStore" utiliza os equipamentos
disponibilizados pelo adquirente, uma empresa responsável por fornecer os
terminais de pagamento eletrônico (máquinas de cartão) e garantir a
comunicação segura das transações entre o estabelecimento e a bandeira;
➢ A bandeira "Mastercard" atua como intermediária e realiza a comunicação da
transação entre o adquirente e o emissor do cartão de crédito de João. Ela
verifica a validade do cartão, a disponibilidade de crédito e outras informações
relevantes para autorizar a transação;
➢ O emissor do cartão de crédito de João, ou seja, a Sociedade Administradora
de Cartão de Crédito, é responsável por administrar o cartão. Ele emite o
cartão para João, define o limite de crédito disponível e estabelece as
condições de pagamento. Quando a transação é autorizada, o emissor registra
o valor da compra para que João possa pagar posteriormente na fatura do
cartão.
A Sociedade Administradora de Cartão de Crédito desempenha um papel
essencial no sistema de pagamentos e no mercado de consumo. Como pessoa jurídica não
financeira, sua atividade é a prestação de serviços remunerados relacionados à
administração de cartões de crédito.
A principal função da Sociedade Administradora de Cartão de Crédito, portanto,
é intermediar as transações entre portadores de cartões e estabelecimentos comerciais.
Elas facilitam as operações de compra e pagamento, garantindo a segurança e a eficiência
das transações. Além disso, as administradoras desempenham um papel importante na
mitigação de riscos, como a prevenção de fraudes e a verificação da validade e limite de
crédito dos portadores de cartão.

No processo de administração dos cartões de crédito, a Sociedade Administradora


atua na emissão dos cartões, na autorização das transações, no processamento dos
pagamentos e na cobrança de taxas e tarifas associadas ao uso do cartão. Elas também são
responsáveis por oferecer suporte aos portadores de cartão e aos estabelecimentos
comerciais, solucionando eventuais problemas e dúvidas relacionados às operações.
Assim, podemos sintetizar as seguintes funções:
➢ A definição do limite do cartão de crédito;
➢ Envio da fatura;
➢ Cobrança de taxas;
➢ Serviços de atendimento ao cliente.

Importante destacar que, por não ser uma instituição financeira, a Sociedade
Administradora de Cartão de Crédito não está sujeita à fiscalização direta do Banco
Central do Brasil (BACEN). No entanto, se a administradora estiver vinculada a uma
instituição financeira, seja por fazer parte de sua estrutura organizacional ou por ter algum
tipo de relação contratual, ela estará sujeita às normas e regulamentos estabelecidos pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN) e à fiscalização do BACEN.

No caso dos cartões emitidos por lojas, também conhecidos como "private label",
o Banco Central do Brasil tem a competência de regular o financiamento eventualmente
concedido por uma instituição financeira ao cliente para o pagamento da fatura do cartão.
Esses cartões "private label" são emitidos por estabelecimentos comerciais, como
lojas de varejo ou redes de supermercados, e são utilizados pelos consumidores para
realizar compras exclusivamente nesses estabelecimentos. Geralmente, esses cartões
oferecem facilidades de pagamento, como parcelamento ou crédito rotativo, para os
clientes.

No entanto, é importante ressaltar que o Banco Central não tem o poder de regular
todas as operações realizadas com esses cartões. Sua atuação está restrita ao
financiamento concedido por uma instituição financeira, como um banco, que pode
oferecer crédito ao cliente para pagar as despesas realizadas com o cartão "private label".

Um exemplo prático seria uma loja de departamentos que emite um cartão de


crédito exclusivo para seus clientes. Esses clientes podem utilizar o cartão para realizar
compras na loja e, caso optem pelo financiamento de suas despesas, o Banco Central
regulamenta as condições do eventual crédito concedido por uma instituição financeira
para o pagamento da fatura desse cartão "private label".

1.2 QUESTÕES

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: BRB


A atividade principal de uma sociedade administradora de cartão de crédito, pessoa
jurídica não financeira, é a prestação de serviços remunerados, e não a intermediação
financeira. Suponha que o titular de um cartão de crédito não efetuou o pagamento
integral do saldo devedor na data do vencimento da fatura. Nesse caso, o cliente entra
automaticamente no crédito rotativo do cartão, que é:

a) Financiado pela própria administradora de cartão de crédito

b) Financiado por uma operação de crédito realizada por instituição financeira distinta
da administradora de cartão de crédito
c) Parcelado com melhores condições de financiamento, desde que o cliente tenha
efetuado o pagamento mínimo obrigatório de 15% do valor da fatura
d) Parcelado, independentemente das condições do financiamento

Comentários:

Quando um cliente não efetua o pagamento integral do saldo devedor na data de


vencimento da fatura do cartão de crédito, ele entra automaticamente no crédito
rotativo. Nesse caso, o valor não pago é financiado por meio de uma operação de
crédito realizada por uma instituição financeira distinta da administradora do cartão de
crédito.

A administradora do cartão de crédito não financia diretamente o crédito rotativo. Ela


atua como intermediária entre o cliente e a instituição financeira responsável pelo
financiamento. O cliente realiza o pagamento mínimo obrigatório da fatura à
administradora, e o valor restante é financiado pela instituição financeira, sujeito a juros
e encargos.

Gabarito: “b”
Banca: CEBRASPE Ano: 2008 Prova: Banco da Amazônia

Compete ao BACEN autorizar e fiscalizar o funcionamento das administradoras de


cartão de crédito.

Certo
Errado

Comentários:

Compete ao Banco Central do Brasil (BACEN) autorizar e fiscalizar o funcionamento


das instituições financeiras, como bancos comerciais, bancos de investimento e
cooperativas de crédito. No entanto, as sociedades administradoras de cartão de crédito,
sendo pessoas jurídicas não financeiras, não estão diretamente sujeitas à autorização e
fiscalização do BACEN. O BACEN apenas irá fiscalizar as sociedades administradoras
de cartão de crédito se elas estiverem vinculadas a uma instituição financeira.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2004 Prova: Banco da Amazônia

Cabe à administradora do cartão de crédito emitir e apresentar ao usuário do cartão


fatura que contenha a relação e o valor das compras efetuadas para que seja realizado
o pagamento.
Certo

Errado

Comentários:

Cabe à administradora do cartão de crédito emitir e apresentar ao usuário do cartão a


fatura contendo a relação e o valor das compras efetuadas. O usuário deve realizar o
pagamento com base nessas informações.

Gabarito: “Certo”
Banca: Exclusiva

O que são os cartões "private label"?

a) Cartões emitidos por estabelecimentos comerciais para uso exclusivo em suas lojas

b) Cartões emitidos por instituições financeiras com ampla aceitação em vários


estabelecimentos

c) Cartões de crédito internacionais emitidos por bandeiras reconhecidas


mundialmente

d) Cartões virtuais utilizados apenas para compras online


Comentários:

Os cartões "private label" são emitidos por lojas, redes de varejo ou estabelecimentos
comerciais específicos e são destinados para uso exclusivo em suas próprias lojas. Eles
geralmente oferecem facilidades de pagamento, como parcelamento ou crédito
rotativo, para os clientes realizarem compras nesses estabelecimentos.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva

Quais são as funções da Sociedade Administradora de Cartão de Crédito?


a) Definir o limite do cartão de crédito e enviar a fatura

b) Cobrar taxas e tarifas associadas ao uso do cartão

c) Oferecer serviços de atendimento ao cliente

d) Todas as alternativas estão corretas


Comentários:

A Sociedade Administradora de Cartão de Crédito desempenha diversas funções,


incluindo a definição do limite do cartão de crédito, o envio da fatura aos clientes, a
cobrança de taxas e tarifas associadas ao uso do cartão, bem como a prestação de
serviços de atendimento ao cliente.
Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva
O que o Banco Central do Brasil regula no caso dos cartões "private label"?

a) As operações realizadas com esses cartões

b) O limite de crédito disponível para os clientes

c) A comunicação segura das transações entre estabelecimentos comerciais e


bandeiras

d) O financiamento eventualmente concedido por uma instituição financeira para o


pagamento da fatura do cartão

Comentários:
No caso dos cartões "private label", emitidos por estabelecimentos comerciais, o Banco
Central tem competência para regular a operação de crédito oferecida por uma
instituição financeira ao cliente, que possibilita o pagamento das despesas realizadas
com o cartão. Portanto, o foco da regulação está no aspecto do financiamento
concedido para o pagamento da fatura desse tipo de cartão.

Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

Qual é o papel da Sociedade Administradora de Cartão de Crédito?


a) Emitir cartões de crédito para os clientes

b) Regular as operações financeiras realizadas com cartões de crédito

c) Gerenciar o sistema de pagamentos eletrônicos no país

d) Fiscalizar as instituições financeiras que emitem cartões de crédito


Comentários:

O papel da Sociedade Administradora de Cartão de Crédito é emitir cartões de crédito


para os clientes. Essas empresas são responsáveis por administrar e gerenciar os cartões
de crédito, emitindo-os para os portadores, estabelecendo os limites de crédito
disponíveis e definindo as condições de pagamento.

Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ...................................................................................... 2

1.1 Sociedade de Fomento Mercantil ............................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

1.1 SOCIEDADE DE FOMENTO MERCANTIL

O Factoring, também conhecido como fomento mercantil, é uma atividade


comercial que desempenha um papel importante no apoio aos empreendimentos de menor
porte, fornecendo liquidez financeira. O principal objetivo do Factoring é a aquisição de
direitos creditórios, ou seja, a compra de contas a receber a prazo, mediante o pagamento
de um valor à vista e a cobrança de taxas de juros e de serviços.

Por exemplo, a Empresa X possui contas a receber no valor de R$ 100.000,00,


mas precisa de recursos imediatos. Ela então vende essas contas a receber para a Empresa
de Factoring Y por um valor menor, digamos R$ 90.000,00, que é pago à vista. Assim, a
Empresa X recebe o dinheiro de que precisa no momento, enquanto a Empresa de
Factoring Y assume a tarefa de cobrar esses valores no futuro. Essa transação de Factoring
ajuda a Empresa X a obter liquidez financeira para pagar suas despesas e investir em suas
operações.

Percebe que essa atividade beneficia tanto as empresas que vendem seus direitos
creditórios quanto as empresas que compram esses direitos. Para as empresas que
vendem, o Factoring oferece uma solução imediata para obter capital de giro, convertendo
contas a receber em recursos financeiros disponíveis de forma ágil. Isso pode ser
especialmente benéfico para empreendimentos de menor porte, que muitas vezes
enfrentam dificuldades para acessar crédito tradicional.
Já para as empresas de Factoring, a atividade representa uma oportunidade de
investimento, uma vez que elas adquirem os direitos creditórios a um valor reduzido em
relação ao seu valor nominal futuro. Por meio da aplicação de taxas de juros e de serviços,
essas empresas obtêm lucro ao receber os valores integrais dos direitos creditórios no
prazo estipulado.

A operação do factoring é uma relação que envolve três partes distintas:


➢ Factor: aquele que compra o crédito;

➢ Aderente: quem cede os seus haveres em troca do adiantamento da quantia;


➢ Devedor: indivíduo que fez a compra e deu origem ao crédito

Em nosso exemplo, o Factor seria a Empresa de Factoring Y, que desempenha o


papel de comprador dos direitos creditórios. O Aderente seria a Empresa X, que cede seus
haveres, ou seja, suas contas a receber, em troca do adiantamento da quantia. O Devedor
seria o cliente da Empresa X, que realizou a compra e originou o crédito.
As operações de factoring têm a capacidade de abranger tanto transações
nacionais como internacionais. Isso significa que empresas de factoring podem realizar
negociações envolvendo empresas ou clientes localizados tanto dentro como fora do país.

Ao contrário de outras instituições, as Sociedades de Fomento Mercantil não são


consideradas instituições financeiras, mas sim prestadoras de serviços. Por essa razão,
elas não estão sujeitas à fiscalização direta do Banco Central do Brasil (BACEN). No
entanto, é importante ressaltar que as atividades das Sociedades de Fomento Mercantil
podem ser regulamentadas e supervisionadas por outros órgãos governamentais, de
acordo com a legislação aplicável em nosso país.

1.2 QUESTÕES

Banca: FCC Ano: 2012 Prova: Banrisul

Quando o contratante recebe à vista pela cessão para as empresas de fomento mercantil
dos seus direitos creditícios, gerados pelas vendas de seus produtos ou pelos serviços
realizados, arca com um diferencial financeiro entre o valor de face e o de aquisição,
denominado:

a) Fator de compra
b) Diferencial de custo

c) Fato gerador

d) Desconto nominal

e) Spread
Comentários:

Quando o contratante cede seus direitos creditícios para empresas de fomento


mercantil, o valor que ele recebe à vista é determinado pelo fator de compra. Esse fator
de compra é um percentual aplicado sobre o valor de face dos direitos creditícios, que
representa o desconto concedido pela empresa de fomento mercantil.
Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

No mercado financeiro, além dos bancos, existem outras instituições que podem
realizar transações financeiras. Entre elas, estão as Sociedades de Fomento Mercantil,
que prestam o serviço de compra de direitos de um contrato de venda mercantil, como,
por exemplo, a compra de duplicatas de uma empresa mediante um deságio.

No mercado financeiro, essa operação é denominada:

a) Aval bancário
b) Hot Money

c) Leasing

d) Factoring

e) Fiança bancária
Comentários:

No mercado financeiro, a operação descrita, em que uma Sociedade de Fomento


Mercantil compra os direitos de um contrato de venda mercantil, como duplicatas,
mediante um deságio, é conhecida como factoring. O factoring é uma modalidade de
operação financeira em que uma empresa especializada, chamada fator, adquire os
direitos creditórios de outras empresas, proporcionando-lhes recursos financeiros de
forma antecipada.

Gabarito: “d”
Banca: FCC Ano: 2012 Prova: BANESE

A atuação das sociedades de fomento mercantil (factoring) ocorre:

a) Financiando seu cliente por meio de contrato com fiança bancária

b) Assumindo responsabilidade solidária à empresa-cliente junto a bancos


c) Com recursos próprios e de terceiros captados por meio de depósitos
interfinanceiros

d) Com aquisição de créditos de empresas, provenientes de suas vendas a prazo


e) Sob fiscalização do Banco Central do Brasil
Comentários:

A atuação das sociedades de fomento mercantil, também conhecidas como


factoring, ocorre por meio da aquisição de créditos de empresas. Esses créditos são
provenientes das vendas realizadas a prazo pelas empresas-clientes. A sociedade de
fomento mercantil adquire esses direitos creditórios, oferecendo um valor à vista para
as empresas-clientes, mediante a aplicação de deságio.

Gabarito: “d”
Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia

A principal atividade das empresas de fomento mercantil (factoring) é atuar provendo


operações de arrendamento mercantil (leasing) diretamente a seus clientes.

Certo
Errado

Comentários:

A principal atividade das empresas de fomento mercantil, também conhecidas como


factoring, não é atuar provendo operações de arrendamento mercantil (leasing), isso
quem faz são as sociedades de arrendamento mercantil. O factoring envolve a aquisição
de direitos creditórios de empresas, provenientes de suas vendas a prazo. As empresas
de factoring oferecem um adiantamento do valor desses créditos, mediante a aplicação
de deságio.
Gabarito: “Errado”

Banca: FGV Ano: 2008 Prova: Sefaz-RJ

A Sociedade de Fomento Mercantil Irmãos Leitão Ltda. realiza, com exclusividade,


operações de compra de direitos creditórios, sem que nos contratos de cessão onerosa
dos direitos que celebra haja qualquer cláusula de garantia ou direito de regresso, em
face dos cedentes.

Em relação à possibilidade de essa sociedade de factoring ou de fomento mercantil


poder ser considerada instituição financeira, assinale a afirmativa correta:
a) Toda sociedade de fomento mercantil que compra direitos creditórios está atuando
como instituição financeira, porque essa operação equivale a um verdadeiro
desconto bancário

b) As sociedades de fomento mercantil sempre devem ser qualificadas como


instituição financeira porque o Banco Central do Brasil assim as considera

c) As sociedades de fomento mercantil, ao realizarem aquisições de direitos


creditórios, não podem ser consideradas instituição financeira, porque essas
operações não se confundem com o desconto bancário
d) As sociedades de fomento mercantil poderiam ser conceituadas como instituição
financeira, mas só quando realizam operações de aquisição de direitos creditórios
mediante cessão com endosso em preto dos títulos

e) As sociedades de fomento mercantil poderiam ser conceituadas como instituição


financeira, mas só quando realizam operações de aquisição de direitos creditórios
mediante cessão com endosso em branco dos títulos

Comentários:

As sociedades de fomento mercantil, também conhecidas como factoring, realizam


aquisições de direitos creditórios, como duplicatas, provenientes das vendas a prazo de
suas empresas-clientes. No entanto, essas operações de factoring não são consideradas
desconto bancário, pois não envolvem um empréstimo financeiro direto.

De acordo com a legislação brasileira, as sociedades de fomento mercantil não são


consideradas instituições financeiras, mesmo que realizem a compra de direitos
creditórios. Elas possuem uma regulamentação específica e não estão sujeitas à
supervisão do Banco Central do Brasil como instituições financeiras.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
O que as empresas que vendem seus direitos creditórios podem obter com o Factoring?

a) Financiamento para aquisição de imóveis

b) Assistência jurídica para cobrança de dívidas

c) Adiantamento financeiro imediato


d) Consultoria em gestão de estoques

Comentários:

Ao utilizar o factoring, as empresas podem antecipar o recebimento do valor total de


suas vendas a prazo, recebendo um adiantamento financeiro imediato. Dessa forma,
elas não precisam esperar o prazo de pagamento dos clientes e têm acesso imediato aos
recursos financeiros necessários para suas operações.

Gabarito: “c”
SUMÁRIO
1 Mercado Financeiro e Seus Desdobramentos ........................................................... 2

1.1 Mercado Financeiro .................................................................................... 2


1.1.1 Mercado Monetário ............................................................................. 2
1.1.2 Mercado de Crédito ............................................................................. 3
1.1.3 Mercado de Câmbio ............................................................................. 3
1.1.4 Mercado de Capitais ............................................................................ 4
1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 MERCADO FINANCEIRO E SEUS DESDOBRAMENTOS

1.1 MERCADO FINANCEIRO

Quando estudamos a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, já vimos como


podemos dividir o SFN em diferentes mercados. Agora iremos revisar e aprofundar esses
conceitos.

Incialmente, devemos entender o que é um mercado financeiro e como ele se


relaciona com o SFN. Nesse contexto, podemos entender que um mercado financeiro é
um ambiente onde ocorrem transações de compra e venda de ativos financeiros, como
ações, títulos, moedas e commodities. É um sistema que facilita o encontro entre
investidores, poupadores e tomadores de recursos, permitindo a transferência de fundos
entre essas partes.

Perceba, que, enquanto o sistema financeiro é o conjunto amplo de instituições e


regulamentações que viabiliza o funcionamento das transações financeiras entre agentes,
o mercado financeiro é o espaço onde efetivamente ocorrem essas transações.

Como já vimos, é possível segmentar os mercados nas seguintes classificações:

➢ Mercado Monetário
➢ Mercado de Crédito

➢ Mercado de Câmbio

➢ Mercado de Capitais

➢ Mercado de Seguros Privados


➢ Mercado de Previdência Fechada

1.1.1 MERCADO MONETÁRIO

O mercado monetário é um ambiente financeiro essencial onde ocorrem operações


voltadas para o controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto e curtíssimo
prazo. Seu principal objetivo é garantir a liquidez da economia, ou seja, manter a
disponibilidade de recursos financeiros para o funcionamento adequado dos agentes
econômicos. Nesse mercado, são negociados diferentes tipos de títulos, sendo os mais
comuns os emitidos pelo Tesouro Nacional, que são utilizados para financiar o governo,
e os Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI), que são emitidos pelas instituições
financeiras para controlar sua liquidez.

Os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional representam dívidas do governo e são


utilizados para captar recursos e financiar suas atividades. Ao negociar esses papéis,
através da atuação do BACEN na política monetária, o governo pode ajustar a oferta de
moeda e influenciar as taxas de juros de curto prazo, buscando controlar a liquidez do
mercado e promover a estabilidade financeira.

Além dos títulos do Tesouro, os Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI)


também desempenham um papel relevante no mercado monetário. Emitidos pelas
instituições financeiras, os CDIs são utilizados como instrumentos de controle de liquidez
entre os próprios bancos. Por meio da negociação desses títulos, as instituições financeiras
podem ajustar suas posições de caixa e gerenciar suas necessidades de financiamento de
curto prazo.

1.1.2 MERCADO DE CRÉDITO

O mercado de crédito é um ambiente financeiro onde ocorrem transações de


empréstimos e financiamentos entre credores e devedores. É nesse mercado que são
estabelecidas as relações de crédito, em que os credores disponibilizam recursos
financeiros aos devedores mediante acordos de pagamento estabelecidos. Esse mercado
desempenha um papel fundamental na economia, permitindo o acesso ao capital por parte
de empresas, indivíduos e governos, impulsionando investimentos, consumo e
desenvolvimento econômico.
No mercado de crédito, são negociados diversos produtos e instrumentos
financeiros. Alguns exemplos incluem:

➢ Créditos rotativos;

➢ Desconto bancário de títulos;


➢ Hot Money;

➢ Crédito Direto ao Consumirdor (CDC);

➢ Vendor/Compror.

1.1.3 MERCADO DE CÂMBIO


O mercado de câmbio é o ambiente financeiro em que ocorre a compra e venda
de moedas estrangeiras. Nesse mercado, os participantes negociam diferentes moedas,
como o dólar, o euro, o iene japonês, entre outras, com o objetivo de realizar transações
internacionais, investimentos ou proteção contra flutuações cambiais.

As operações no mercado de câmbio são realizadas entre os agentes autorizados


pelo Banco Central (BACEN) e entre esses agentes e seus clientes. Os agentes autorizados
incluem bancos comerciais, corretoras de câmbio e algumas instituições financeiras
autorizadas pelo BACEN a atuar nesse mercado. Essas instituições atuam como
intermediárias nas negociações de moedas estrangeiras, facilitando as transações e
oferecendo serviços como compra, venda, remessas e câmbio de moedas.
1.1.4 MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais é o ambiente financeiro em que as empresas captam


recursos para financiar suas atividades por meio da negociação de instrumentos
financeiros com investidores. Seu principal objetivo é canalizar as poupanças da
sociedade para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas, bem como para o
próprio governo. Ao contrário do mercado monetário, o mercado de capitais concentra-
se em transações de médio e longo prazo, proporcionando às empresas acesso a
financiamentos de longo prazo para investimentos e expansão.
O mercado de capitais é composto por diferentes instituições, sendo as bolsas de
valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas algumas delas.

Os principais ativos negociados nesse mercado incluem ações, títulos de dívida e


derivativos. As ações representam a propriedade de uma empresa e são negociadas nas
bolsas de valores. Os títulos de dívida, como debêntures e notas promissórias, são
instrumentos de captação de recursos em que os investidores emprestam dinheiro a uma
empresa ou governo em troca de juros e pagamento do principal no vencimento. Os
derivativos, por sua vez, são contratos cujo valor deriva de um ativo subjacente, como
opções e contratos futuros, sendo utilizados para proteção contra riscos ou especulação.

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é dividido em segmentos especializados e um


dos ramos de maior importância é o Mercado de Crédito, responsável por:

a) Fornecer recursos para o consumo das pessoas em geral e para o funcionamento


das empresas

b) Fornecer à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela depositada em conta-


corrente
c) Permitir às empresas em geral captar recursos de terceiros e, portanto, compartilhar
os ganhos e os riscos

d) Facilitar a compra e a venda de moeda estrangeira

e) Permitir operações em mercados futuros


Comentários:

O Mercado de Crédito no Sistema Financeiro Nacional tem como função principal


prover recursos financeiros para o consumo das pessoas e para o funcionamento das
empresas. Nesse mercado, ocorrem as transações de empréstimos, financiamentos e
concessão de crédito, permitindo que as pessoas tenham acesso a recursos para realizar
suas necessidades de consumo e que as empresas obtenham capital para investimentos,
operações e expansão de suas atividades

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva
O que caracteriza o mercado monetário?

a) O mercado monetário é onde ocorrem operações de compra e venda de moedas


estrangeiras

b) O mercado monetário é responsável pelo controle da oferta de moeda e das taxas


de juros de curto e curtíssimo prazo

c) O mercado monetário é onde empresas captam recursos para financiar suas


atividades por meio da negociação de instrumentos financeiros com investidores

d) O mercado monetário é onde ocorrem transações de empréstimos e financiamentos


entre credores e devedores

Comentários:

O mercado monetário é um ambiente financeiro que desempenha um papel


fundamental no controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto e curtíssimo
prazo. Sua principal função é garantir a liquidez da economia, ou seja, assegurar a
disponibilidade de recursos financeiros para o adequado funcionamento dos agentes
econômicos.

Gabarito: “b”
Banca: Exclusiva

Quais são os papéis mais comuns negociados no mercado monetário?

a) Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e Certificados de Depósito Interfinanceiro


(CDI)
b) Ações, títulos de dívida e derivativos

c) Créditos rotativos, desconto bancário de títulos e hot money

d) Dólar, euro, iene japonês e outras moedas estrangeiras

Comentários:

No mercado monetário, os papéis mais comuns negociados são os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional e os Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI). Os títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional representam dívidas do governo e são utilizados para
captar recursos e financiar suas atividades. Por sua vez, os Certificados de Depósito
Interfinanceiro (CDI) são emitidos pelas instituições financeiras e são utilizados como
instrumentos de controle de liquidez entre os próprios bancos.

Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva
O que caracteriza o mercado de capitais?

a) O mercado de capitais é responsável pelo controle da oferta de moeda e das taxas


de juros de curto e curtíssimo prazo

b) O mercado de capitais é onde ocorrem transações de empréstimos e financiamentos


entre credores e devedores

c) O mercado de capitais é o ambiente financeiro onde as empresas captam recursos


para financiar suas atividades por meio da negociação de instrumentos financeiros
com investidores
d) O mercado de capitais é onde ocorrem transações de compra e venda de moedas
estrangeiras

Comentários:

O mercado de capitais é caracterizado como o ambiente financeiro onde as empresas


buscam captar recursos para financiar suas atividades por meio da emissão e
negociação de instrumentos financeiros com investidores. Diferente do mercado
monetário, o mercado de capitais concentra-se em transações de médio e longo prazo,
possibilitando às empresas acesso a financiamentos de longo prazo para investimentos
e expansão.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
O que caracteriza o mercado de câmbio?

a) O mercado de câmbio é responsável pelo controle da oferta de moeda e das taxas


de juros de curto e curtíssimo prazo

b) O mercado de câmbio é onde ocorrem transações de empréstimos e financiamentos


entre credores e devedores

c) O mercado de câmbio é o ambiente financeiro em que ocorre a compra e venda de


moedas estrangeiras

d) O mercado de câmbio é onde empresas captam recursos para financiar suas


atividades por meio da negociação de instrumentos financeiros com investidores

Comentários:

O mercado de câmbio é caracterizado como o ambiente financeiro onde ocorre a


compra e venda de moedas estrangeiras. As operações no mercado de câmbio são
realizadas entre os agentes autorizados pelo Banco Central (BACEN) e entre esses
agentes e seus clientes.

Gabarito: “c”
SUMÁRIO
1 Os Bancos na Era Digital: Atualidade, Tendências e Desafios................................ 2

1.1 Precedentes da Era Digital em Contexto Bancário ..................................... 2


1.2 Era Digital no Setor Bancário ..................................................................... 2
1.3 Tendências e Desafios ................................................................................ 4
1.4 Questões ...................................................................................................... 5
1 OS BANCOS NA ERA DIGITAL: ATUALIDADE, TENDÊNCIAS E
DESAFIOS

A Era Digital é caracterizada pelo amplo uso da tecnologia da informação e


comunicação em todos os aspectos de nossas vidas. Ela trouxe consigo uma série de
avanços tecnológicos, como a internet, dispositivos móveis, computação em nuvem e
inteligência artificial. Essas inovações têm transformado profundamente a forma como
nos relacionamos com o mundo ao nosso redor, e o setor bancário não ficou fora dessa
revolução. Antes de entendermos as mudanças que aconteceram, vamos dedicar um
tempo para compreender como era o contexto bancário antes dessa revolução.

1.1 PRECEDENTES DA ERA DIGITAL EM CONTEXTO BANCÁRIO

Antes da revolução tecnológica, as transações bancárias eram predominantemente


realizadas em agências físicas. Os clientes precisavam se deslocar pessoalmente até o
banco para abrir contas, fazer depósitos, sacar dinheiro, obter empréstimos ou realizar
outras operações financeiras. Isso muitas vezes exigia um tempo considerável e podia ser
bastante burocrático.

Além disso, a comunicação entre os bancos e seus clientes era geralmente feita
por meio de correspondências, telefonemas ou encontros presenciais. Isso resultava em
um processo de atendimento mais demorado e menos conveniente para os clientes, que
muitas vezes enfrentavam filas e esperas.

Outra característica do cenário bancário pré-Era Digital era a falta de


disponibilidade de serviços bancários fora do horário comercial. As agências tinham
horários restritos de funcionamento e, fora desse período, as opções para os clientes eram
limitadas.

Dessa forma, podemos elencar os seguintes aspectos que estavam presentes no


contexto bancário antes da revolução tecnológica:

➢ Atendimento restrito a agências físicas;


➢ Processos burocráticos;
➢ Limitações de horários;
➢ Comunicação lenta;
➢ Acesso limitado a informações.

1.2 ERA DIGITAL NO SETOR BANCÁRIO

Atualmente, a Era Digital revolucionou o setor bancário por meio do amplo uso
da tecnologia da informação e comunicação. Essa transformação trouxe consigo
inovações como a internet, dispositivos móveis, computação em nuvem e inteligência
artificial. Com a digitalização dos processos, os bancos passaram a oferecer serviços mais
ágeis e acessíveis, permitindo que os clientes realizem transações financeiras de forma
conveniente por meio de canais digitais, como internet banking e aplicativos móveis.
Além disso, a inteligência artificial tem sido utilizada para melhorar o atendimento ao
cliente, oferecer insights valiosos por meio da análise de dados e aprimorar a segurança
cibernética. Essas inovações têm transformado profundamente a forma como os serviços
bancários são oferecidos, proporcionando uma experiência mais eficiente e personalizada
para os clientes na Era Digital.

Nesse contexto, podemos fazer um contrate entre o que mudou com a revolução
digital e o que existia anteriormente a ela.

Com a digitalização dos serviços bancários, é possível acessar as transações


financeiras por meio de canais online, eliminando as barreiras geográficas. Os clientes
podem realizar operações bancárias de qualquer lugar, desde que tenham acesso à
internet. Ou seja, a necessidade que o cliente possuía de ir até uma agência física se torna
menos presente.
A digitalização dos processos, ainda, permitiu a simplificação e automação de
muitas tarefas. Os clientes podem abrir contas, solicitar empréstimos e realizar outras
operações por meio de aplicativos ou sites dos bancos, reduzindo a necessidade de
documentos físicos e agilizando o processo.

Os serviços bancários digitais estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por
semana. Os clientes podem realizar várias transações a qualquer momento, sem se
preocupar com os horários de funcionamento das agências.

Os canais digitais também possibilitam uma comunicação mais rápida e eficiente


entre bancos e clientes. É possível enviar mensagens instantâneas, receber notificações
sobre transações e obter suporte online, reduzindo o tempo de resposta e melhorando a
experiência do cliente.

Perceba que, de maneira geral, essas mudanças na era pós-digital no setor bancário
têm como objetivo oferecer maior conveniência, agilidade e acesso aos serviços
financeiros, eliminando muitas das limitações enfrentadas no contexto pré-era digital.

Nesse ponto da aula, é importante diferenciar dois termos comumente usados para
se referir aos bancos em um contexto digital, o banco digital e o banco digitalizado.

Um banco digital é uma instituição financeira que opera exclusivamente online,


sem uma presença física, como agências bancárias tradicionais. Ele oferece serviços
financeiros e transações por meio de plataformas digitais, como aplicativos móveis e
internet banking. Ele geralmente é criado desde o início com uma infraestrutura
tecnológica voltada para atender às necessidades dos clientes no ambiente digital. Esses
bancos são conhecidos por sua agilidade, conveniência e baixos custos operacionais,
permitindo que os clientes realizem operações bancárias de forma rápida e fácil, a
qualquer hora e em qualquer lugar.

Um banco digitalizado, por outro lado, refere-se a uma instituição financeira


tradicional que adota tecnologias digitais para aprimorar seus processos e serviços. Esses
bancos já possuem uma presença física, com agências e filiais, mas também incorporam
canais digitais em sua operação. Isso significa que eles oferecem serviços online, como
internet banking e aplicativos móveis, para complementar suas operações presenciais.

Resumindo, a principal diferença entre um banco digital e um banco digitalizado


é que o banco digital opera exclusivamente online, enquanto o banco digitalizado é uma
instituição tradicional que adota a tecnologia digital como complemento aos seus serviços
presenciais.

1.3 TENDÊNCIAS E DESAFIOS

Uma das principais tendências no setor bancário em contexto digital é a


personalização e aprimoramento da experiência do cliente. Os bancos estão investindo
em tecnologias avançadas, como a inteligência artificial e a análise de dados, para
entender melhor as necessidades individuais dos clientes e oferecer serviços
personalizados. Isso inclui desde recomendações de produtos até ofertas de crédito
adaptadas às circunstâncias de cada cliente.

Imagine um cliente que utiliza os serviços bancários de uma instituição financeira.


Com base nas transações e histórico de gastos desse cliente, o banco utiliza técnicas
avançadas de análise de dados e inteligência artificial para entender seus padrões de
consumo, preferências e necessidades financeiras. Com base nessa análise, o banco pode
fornecer recomendações personalizadas, como sugerir um plano de investimento
adequado ao perfil desse cliente ou oferecer produtos financeiros que sejam mais
relevantes para suas metas e objetivos.

Curiosidade!
A análise de dados é um processo em que as informações são coletadas e
examinadas para identificar padrões, tendências e insights úteis. É como
encontrar pistas ou informações ocultas em um grande quebra-cabeça.

Além disso, a análise de dados também permite que os bancos personalizem


ofertas de crédito de acordo com as circunstâncias de cada cliente. Por exemplo, se um
cliente solicitar um empréstimo, o banco pode avaliar sua capacidade de pagamento com
base em sua situação financeira atual, histórico de crédito e outras variáveis relevantes.
Com isso, o banco pode oferecer condições de empréstimo personalizadas, como taxas
de juros e prazos de pagamento mais favoráveis, que atendam às necessidades e
capacidades financeiras específicas daquele cliente.

Outra tendência importante é o surgimento do Open Banking e dos ecossistemas


financeiros. O Open Banking permite que os clientes compartilhem seus dados
financeiros com outras instituições financeiras, de acordo com sua autorização, o que abre
possibilidades para a criação de ecossistemas financeiros mais abrangentes. Com isso, os
clientes podem desfrutar de uma variedade de serviços financeiros de diferentes
provedores, integrados de forma segura e conveniente.
No entanto, junto com essas tendências promissoras, surgem desafios
significativos. A segurança cibernética é uma preocupação constante no setor bancário,
pois os avanços tecnológicos também trazem riscos de violações de dados e ataques
cibernéticos. Os bancos precisam investir em medidas robustas de segurança para
proteger as informações confidenciais dos clientes e garantir a confiança no uso dos
serviços digitais.
Além disso, a regulação e conformidade também se tornam desafios complexos
nesse novo ambiente digital. À medida que novas tecnologias e modelos de negócios
emergem, as autoridades reguladoras estão buscando encontrar um equilíbrio entre a
inovação e a proteção dos consumidores. Os bancos devem acompanhar de perto as
mudanças regulatórias e garantir que estejam em conformidade para evitar penalidades e
prejuízos reputacionais.

1.4 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil

No Brasil, uma característica do modelo de negócios dos bancos na era digital é a:

a) Maior proximidade física com os clientes nas agências bancárias


b) Dispensa de regulação por parte do Banco Central do Brasil
c) Disseminação das plataformas on-line

d) Lentidão dos canais de comunicação

e) Menor oferta de produtos e serviços aos clientes

Comentários:
Atualmente, os bancos estão investindo cada vez mais em tecnologia e canais digitais
para oferecer serviços e atender às necessidades dos clientes de forma mais conveniente
e acessível. Através de aplicativos móveis, internet banking e outras plataformas
digitais, os clientes podem realizar diversas transações bancárias, como pagamentos,
transferências, investimentos e empréstimos, de forma rápida e segura, sem a
necessidade de ir fisicamente a uma agência bancária.

Gabarito: “c”

Banca: IADES Ano: 2022 Prova: BRB


Com o avanço da digitalização dos bancos, os clientes precisam estar atentos à
acessibilidade e ao uso dos canais digitais que os bancos disponibilizam. A esse
respeito, assinale a alternativa correta:

a) A partir do momento em que o banco forneceu um serviço/produto para contratação


em um canal digital, seja ele internet banking, mobile banking ou qualquer outro,
o cliente também deve possuir acesso para cancelar esses serviços/produtos de
forma digital

b) Os bancos são responsáveis por cancelar quaisquer serviços/produtos contratados


pelo cliente por um canal digital a qualquer momento
c) Os bancos devem fornecer um mecanismo, preferencialmente com inteligência
artificial, que atenda a todas as solicitações do cliente

d) O cliente tem direito de contratar qualquer serviço/produto nos canais digitais


fornecidos pelos bancos

e) Os bancos podem aumentar o limite de cheque especial contratado por um canal


digital, sem notificar o cliente

Comentários:
Com o avanço da digitalização, os bancos estão oferecendo cada vez mais serviços e
produtos através de canais digitais. Nesse contexto, é importante que os clientes tenham
a possibilidade de acessar e utilizar esses canais para realizar não apenas contratações,
mas também cancelamentos de serviços ou produtos contratados.
Gabarito: “a”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil
A inserção dos bancos digitais no Sistema Financeiro Nacional acarreta a disseminação
de tecnologias e culturas inovadoras, dentre as quais merece menção o (a) :

a) Maior contato físico entre bancos e clientes

b) Dispensa do armazenamento de dados dos clientes


c) Uso de inteligência artificial

d) Generalização de plataformas off-line

e) Utilização mínima de big-data

Comentários:
A inteligência artificial permite que os bancos digitais analisem grandes quantidades
de dados e identifiquem padrões, tendências e insights valiosos. Essa tecnologia pode
ser aplicada em diversas áreas, como atendimento ao cliente, prevenção de fraudes,
análise de riscos e recomendação de produtos financeiros personalizados.
Gabarito: “c”

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: BRB

O sistema bancário vem passando por um processo acelerado de transformação digital.


Entretanto, o nível de maturidade digital varia de banco para banco. A respeito desse
assunto, assinale a alternativa correta:

a) Uma característica do banco digital é a realização de processos não presenciais,


como o envio de informações e documentos por meio digital e a coleta eletrônica
de assinatura para a abertura de contas
b) Um banco digital é o mesmo que um banco digitalizado, visto que ambos
apresentam o mesmo nível de automação dos processos

c) A oferta de canais de acesso virtual representa o mais alto nível de maturidade


digital
d) O banco digitalizado dispensa o atendimento presencial e o fluxo físico de
documentos

e) Por questão de segurança, o banco digital permite a consulta de produtos e serviços


financeiros por meio de canais eletrônicos, mas ainda não permite a contratação

Comentários:
Um banco digital é uma instituição financeira que opera exclusivamente online, sem
uma presença física, como agências bancárias tradicionais.

Gabarito: “a”
Banca: Exclusiva

Quais são algumas das tecnologias utilizadas pelos bancos na Era Digital?

a) Fax e telefones fixos

b) Máquinas de escrever e correio tradicional


c) Internet, dispositivos móveis, computação em nuvem e inteligência artificial

d) Televisões e rádios

Comentários:

A alternativa correta é a opção que lista Internet, dispositivos móveis, computação em


nuvem e inteligência artificial. Essas tecnologias têm sido fundamentais para a
digitalização dos serviços bancários, permitindo transações online, acesso por
dispositivos móveis, armazenamento seguro de dados na nuvem e aprimoramento do
atendimento por meio de recursos de inteligência artificial.
Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

Como a análise de dados e a inteligência artificial estão sendo usadas pelos bancos na
Era Digital?
a) Para enviar cartas promocionais aos clientes

b) Para automatizar tarefas administrativas

c) Para melhorar a segurança física das agências bancárias

d) Para entender as necessidades dos clientes e oferecer serviços personalizados


Comentários:

A análise de dados e a inteligência artificial estão sendo utilizadas pelos bancos na Era
Digital principalmente para entender as necessidades dos clientes e oferecer serviços
personalizados. Através da análise de dados, os bancos podem extrair insights valiosos
sobre o comportamento e as preferências dos clientes, permitindo uma oferta mais
direcionada de produtos e serviços.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Internet Banking e Mobile Banking........................................................................... 2

1.1 Internet Banking ......................................................................................... 2


1.2 Mobile Banking .......................................................................................... 3
1.3 Questões ...................................................................................................... 4
1 INTERNET BANKING E MOBILE BANKING

1.1 INTERNET BANKING

O Internet Banking, também conhecido como banco online ou banking digital, é


uma plataforma eletrônica oferecida pelos bancos que permite que os clientes acessem e
gerenciem suas contas bancárias de forma online, por meio da internet. É uma alternativa
conveniente aos serviços bancários tradicionais, como ir pessoalmente ao banco ou usar
caixas eletrônicos.

Para entender o uso do Internet Banking, vamos imaginar um cliente que acessa
sua conta bancária pelo computador, em sua casa, utilizando o número da conta e a senha.
Através desse acesso, ele pode verificar o saldo da conta, efetuar pagamentos, realizar
transferências e até mesmo investir dinheiro. É importante ressaltar que muitos dos
serviços que tradicionalmente eram realizados em agências bancárias agora podem ser
feitos em qualquer lugar, desde que haja uma conexão com a internet. Essa facilidade é
um exemplo trazido pelo Internet Banking.

Compreendido isso, podemos elencar diversas funcionalidades que podem ser


realizadas pelo Internet Banking:
➢ Acesso à conta bancária online;
➢ Verificação de saldos e extratos;
➢ Transferências de fundos entre contas;
➢ Pagamentos de contas e boletos;
➢ Realização de investimentos;
➢ Solicitação de empréstimos e financiamentos;
➢ Recarga de celular e outros serviços.

Com tudo, devido a sensibilidade das informações que são acessadas, as


instituições financeiras que disponibilizam o Internet Banking devem garantir a segurança
dos seus clientes.
Portanto, as instituições financeiras implementam medidas de segurança
avançadas para garantir a proteção das informações e transações dos clientes, sendo
exemplos dessas medidas:

➢ Criptografia de dados;
o As informações transmitidas entre o cliente e o servidor do banco são
criptografadas, garantindo que apenas as partes envolvidas possam
acessá-las. Esse processo transforma os dados em uma forma ilegível
para terceiros mal-intencionados.
➢ Autenticação de dois fatores;
o Além do tradicional uso de senha, a autenticação de dois fatores é uma
prática recomendada. Nesse método, após inserir a senha, é
necessário fornecer um segundo fator de autenticação, como um
código enviado por SMS ou gerado por um aplicativo no smartphone.
➢ Monitoramento de atividades suspeitas;
o As instituições financeiras empregam sistemas avançados de
detecção de atividades suspeitas. Eles monitoram o acesso à conta,
as transações e os padrões de comportamento do cliente,
identificando qualquer atividade incomum ou suspeita que possa
indicar uma possível violação de segurança.
➢ Atualizações regulares de segurança;
o Para se manter à frente das ameaças cibernéticas em constante
evolução, os bancos atualizam regularmente seus sistemas de
segurança. Isso inclui correções de vulnerabilidades conhecidas,
atualização de softwares e adoção de medidas de segurança
adicionais conforme necessário.
➢ Conscientização e educação dos clientes;
o As instituições financeiras fornecem orientações e recursos
educacionais aos clientes sobre práticas seguras de Internet Banking.
Isso ajuda a aumentar a conscientização sobre possíveis ameaças,
como phishing e fraude, e fornece orientações sobre como proteger
suas informações pessoais.
➢ Proteção contra malware e ataques cibernéticos.
o O uso de firewalls, sistemas de prevenção de intrusões e softwares
antivírus é fundamental para proteger os sistemas contra malware e
outros ataques cibernéticos. Além disso, os bancos realizam
auditorias de segurança regularmente para identificar e corrigir
quaisquer vulnerabilidades que possam comprometer a segurança do
Internet Banking.
Vale dizer, esses são apenas alguns exemplos e que, mesmo que a instituição
financeira adote todas essas medidas de segurança e outras, não como garantir a segurança
absoluta dos clientes.

1.2 MOBILE BANKING

O Mobile Banking é uma extensão do Internet Banking que permite aos clientes
acessarem e gerenciarem suas contas bancárias por meio de dispositivos móveis, como
smartphones e tablets.
Assim, os clientes têm a liberdade de acessar suas contas bancárias a qualquer
hora e em qualquer lugar, desde que tenham um dispositivo móvel e uma conexão com a
internet. Isso elimina a necessidade de estar fisicamente em casa ou em um local com
acesso a um computador para realizar transações bancárias.
Portanto, as mesmas funções que vimos no Internet Banking, também se aplicam
ao Mobile Banking, sendo que um cliente pode utilizar seu celular para verificar o saldo
da conta, visualizar transações recentes, realizar transferências de fundos, pagar contas,
cadastrar e gerenciar contas de beneficiários, entre outras operações financeiras.
Em relação a segurança, além das práticas de segurança já mencionadas no
Internet Banking, como autenticação de dois fatores e criptografia de dados, também são
implementadas medidas adicionais, como o uso de tecnologias biométricas, como
impressão digital ou reconhecimento facial, para autenticação do usuário.
Uma funcionalidade que se faz presente no Mobile Banking é a possibilidade dos
clientes configurarem notificações e alertas personalizados para receberem informações
importantes sobre suas contas bancárias em tempo real. Isso inclui notificações sobre
transações concluídas, alterações no saldo da conta, vencimento de contas e muito mais.
Além disso, o Mobile Banking muitas vezes se integra com outras tecnologias,
como pagamento por aproximação (NFC) e serviços de carteira digital. Isso permite aos
clientes fazerem pagamentos sem a necessidade de cartões físicos, utilizando seus
dispositivos móveis para pagamentos em estabelecimentos comerciais ou transferências
de dinheiro para outros usuários.

1.3 QUESTÕES

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: BRB

A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as
transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das
transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa
correta:

a) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais


evidencia o aumento da confiança do cliente na segurança do canal
b) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo
internet banking

c) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação
financeira
d) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os
correspondentes no País

e) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou


seja, o cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as
transações bancárias
Comentários:

Ao observar o crescimento das transações realizadas por meio de canais digitais, é


possível inferir que os clientes estão se sentindo mais confiantes em utilizar esses
canais para operações financeiras. O aumento na adoção dos canais digitais pode ser
atribuído a vários fatores, incluindo o avanço das tecnologias de segurança, a
implementação de medidas de proteção contra fraudes e a facilidade de uso oferecida
pelos bancos.
Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

Com o crescente avanço tecnológico, está cada vez mais fácil realizar operações
bancárias sem que se precise ir pessoalmente a uma agência.
Que nome se dá ao tipo de acesso bancário realizado em terminais de computadores,
caixas eletrônicos e bancos 24 horas:
a) Banco de Dados

b) Débito Automático

c) Home Office Banking


d) Internet Banking

e) Remote Banking

Comentários:
O Internet Banking permite que os clientes realizem uma ampla gama de operações
bancárias por meio de um computador ou dispositivo móvel conectado à internet. Isso
inclui consultas de saldo, transferências de fundos, pagamento de contas, solicitação de
empréstimos, entre outros serviços bancários.
Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

Qual das seguintes opções descreve corretamente o Internet Banking?

a) Uma plataforma eletrônica oferecida pelos bancos para transações presenciais em


agências bancárias

b) Um sistema de pagamento que utiliza apenas caixas eletrônicos

c) Um serviço que requer a presença física do cliente em uma agência bancária

d) Um serviço que permite que os clientes acessem e gerenciem suas contas bancárias
por meio da internet

Comentários:

O Internet Banking é um serviço oferecido pelos bancos que permite que os clientes
acessem e realizem diversas operações financeiras por meio da internet, sem a
necessidade de comparecer fisicamente a uma agência bancária. Através do Internet
Banking, os clientes podem consultar saldos, realizar transferências, pagar contas,
solicitar empréstimos, entre outras transações bancárias, utilizando uma plataforma
eletrônica disponibilizada pelo banco.
Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

Quais medidas de segurança são implementadas pelas instituições financeiras no


Internet Banking?
a) Criptografia de dados e autenticação de dois fatores
b) Compartilhamento de senhas com terceiros

c) Uso de servidores não seguros

d) Divulgação pública de informações pessoais

Comentários:
As instituições financeiras implementam diversas medidas de segurança para proteger
as transações realizadas no Internet Banking. A criptografia de dados é uma das
principais medidas adotadas, bem como a autenticação de dois fatores.
Gabarito: “a”
SUMÁRIO
1 Fintech, Startups e Big Techs ..................................................................................... 2

1.1 Startups ....................................................................................................... 2


1.2 Modelos de Negócio das Startups ............................................................... 3
1.3 Big Techs .................................................................................................... 3
1.4 Questões ...................................................................................................... 4
1 FINTECH, STARTUPS E BIG TECHS

1.1 STARTUPS

Uma startup é uma empresa emergente, muitas vezes com um pequeno número de
funcionários e recursos limitados, mas que busca criar um negócio com grande potencial
de crescimento (repetível e escalável). A inovação é um elemento central nas startups,
pois elas oferecem soluções inovadoras para problemas existentes ou identificam novas
oportunidades de mercado.

No entanto, as startups também enfrentam desafios significativos. Uma


característica distintiva é o alto risco envolvido. O ambiente em que operam é repleto de
incertezas, já que estão explorando novas ideias e mercados.

Uma vez que uma startup encontra um modelo de negócio repetível e escalável,
ela pode começar a crescer rapidamente e atrair investimentos para impulsionar sua
expansão. Essa capacidade de crescimento acelerado é uma das características mais
atrativas das startups, tanto para empreendedores quanto para investidores.

As startups e as empresas tradicionais diferem em diversos aspectos. Enquanto as


empresas tradicionais geralmente têm estruturas estabelecidas, hierarquias claras e
processos consolidados, as startups são caracterizadas por sua agilidade, flexibilidade e
busca por inovação. As startups estão mais abertas a correr riscos e experimentar novas
ideias, enquanto as empresas tradicionais tendem a ser mais conservadoras e cautelosas
em suas abordagens. Além disso, as startups geralmente possuem recursos limitados e um
número reduzido de funcionários, o que lhes confere uma maior capacidade de adaptação
rápida e tomada de decisões ágeis. Por outro lado, as empresas tradicionais têm uma base
sólida, com mais recursos financeiros e uma marca já estabelecida, o que lhes permite
uma maior estabilidade. As startups buscam criar modelos de negócio escaláveis,
enquanto as empresas tradicionais concentram-se na eficiência e no crescimento
incremental.

Dado isso, podemos elencar as seguintes características das startups:


➢ Inovação;
➢ Escalabilidade;
➢ Risco e incerteza;
➢ Cultura empreendedora;
➢ Uso intensivo de tecnologia.
Existem inúmeros exemplos de startups que alcançaram grande sucesso, como
Airbnb, Uber, Netflix, Spotify, entre outros. Essas empresas revolucionaram os setores
em que atuam, utilizando modelos de negócio inovadores e tecnologias disruptivas.
1.2 MODELOS DE NEGÓCIO DAS STARTUPS

Agora vamos explorar alguns dos principais tipos de startups e seus respectivos
modelos de negócio.

➢ Startups B2C (Business-to-Consumer): são startups que oferecem produtos


ou serviços diretamente aos consumidores finais. Elas focam em atender as
necessidades e demandas dos clientes individuais, buscando proporcionar uma
experiência positiva e soluções inovadoras para o público em geral. Um
exemplo desse tipo de startup é o Uber Eats;
➢ Startups B2G (Business-to-Government): são startups que atendem o setor
público, oferecendo soluções e serviços para governos em diferentes níveis,
como governos municipais, estaduais e federais. Essas startups podem
oferecer tecnologias para melhorar a eficiência administrativa, serviços
públicos, segurança, entre outros;
➢ Startups B2B2C (Business-to-Business-to-Consumer): são startups que
atuam como intermediárias entre empresas e consumidores finais. Elas
oferecem soluções para empresas que, por sua vez, fornecem produtos ou
serviços aos consumidores. Essas startups geralmente visam a criar parcerias
estratégicas com empresas para alcançar um público maior e facilitar a
distribuição de seus produtos ou serviços;
➢ Startups de Tecnologia Financeira (Fintechs): são startups que utilizam
tecnologia para inovar e melhorar serviços financeiros, como pagamentos,
empréstimos, investimentos, seguros, entre outros. Elas oferecem soluções
mais ágeis, eficientes e acessíveis em comparação às instituições financeiras
tradicionais.

1.3 BIG TECHS

As Big Techs, também conhecidas como Gigantes da Tecnologia, são empresas


de tecnologia de grande porte que possuem um impacto significativo no mercado e na
sociedade como um todo. Essas empresas são líderes em seus respectivos setores e
desfrutam de um poder econômico e influência consideráveis.
Entre as suas características, é possível citar:

➢ Escala global: As Big Techs operam em escala global, alcançando milhões ou


até bilhões de usuários em diferentes partes do mundo;
➢ Diversidade de serviços: Essas empresas oferecem uma ampla gama de
serviços e produtos, abrangendo desde pesquisa na internet, comércio
eletrônico, redes sociais, até hardware e software;
➢ Monopólio ou oligopólio: As Big Techs muitas vezes detêm uma posição
dominante em seus mercados, o que pode gerar preocupações relacionadas à
concorrência e ao poder de mercado;
➢ Uso intensivo de dados: Essas empresas coletam e analisam grandes volumes
de dados dos usuários, permitindo personalização de serviços e publicidade
direcionada.

Perceba que, enquanto as startups são empresas emergentes e inovadoras em


estágios iniciais de desenvolvimento, as big techs são empresas consolidadas e de grande
porte, como Google, Amazon, Apple, Facebook e Microsoft. Elas têm uma presença
global e dominam setores-chave da indústria de tecnologia. Além disso, as Big Techs
contam com recursos financeiros significativos, o que lhes permite investir em pesquisa
e desenvolvimento, realizar fusões e aquisições estratégicas e expandir sua influência em
diversas áreas.

1.4 QUESTÕES

Banca: IADES Ano: 2019 Prova: BRB

A respeito das definições de startups e dos respectivos tipos e nichos de atuação,


assinale a alternativa correta:

a) Startups B2B são as que têm outras empresas como consumidores finais e, para se
manterem competitivas, precisam evitar que o respectivo modelo de negócio seja
repetível
b) Startups são empresas nascentes escaláveis ou não, desde que atuem com negócios
digitais inovadores e em cenários minimamente estáveis

c) Toda empresa no respectivo estágio inicial pode ser considerada uma startup,
exceto franqueadas, por se tratarem, na verdade, de filiais de empresas cuja marca
já é consolidada

d) Fintechs são bancos digitais que aproveitam o alcance da internet para ofertarem
serviços financeiros a um custo menor e nos quais o foco está na experiência do
usuário

e) Startups B2B2C são as que atuam com modelos de negócio repetível e escalável
em parceria com outras empresas, visando à realização de vendas para o cliente
final

Comentários:

A afirmação correta é que as startups B2B2C são aquelas que atuam em parceria com
outras empresas para alcançar o cliente final. Elas desenvolvem modelos de negócio
repetíveis e escaláveis, onde fornecem produtos ou serviços para outras empresas, que
por sua vez os vendem para o cliente final.

Gabarito: “e”

Banca: Exclusiva
Qual é uma das principais características das startups?

a) Recursos financeiros significativos

b) Estruturas estabelecidas e hierarquias claras

c) Inovação e busca por soluções inovadoras


d) Capacidade de crescimento incremental

Comentários:

Uma das principais características das startups é sua ênfase na inovação. As startups
são conhecidas por buscar soluções inovadoras para problemas existentes ou por
desenvolver novas ideias e tecnologias. Elas geralmente buscam criar algo novo,
disruptivo ou melhorar significativamente um produto, serviço ou processo existente.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
O que diferencia as startups das empresas tradicionais?

a) Flexibilidade e busca por inovação

b) Estabilidade e recursos financeiros limitados

c) Conservadorismo e aversão ao risco


d) Base sólida e número reduzido de funcionários

Comentários:
Das alternativas elencadas, a única que traz duas características corretas que
diferenciam as startups das empresas tradicionais é a letra “a”.
Gabarito: “a”

Banca: Exclusiva
O que caracteriza as Big Techs?

a) Estágio inicial de desenvolvimento e recursos limitados

b) Presença global e domínio em setores-chave da indústria de tecnologia

c) Uso intensivo de tecnologia e modelos de negócio escaláveis


d) Foco em inovação e busca por soluções inovadoras

Comentários:

As Big Techs são caracterizadas por serem grandes empresas de tecnologia com uma
presença global significativa e um domínio em setores-chave da indústria de
tecnologia. Elas são líderes em seus respectivos mercados e muitas vezes têm uma
influência significativa na economia e na sociedade em geral.

Gabarito: “b”
SUMÁRIO
1 Sistema de Bancos-Sombra (Shadow Banking) ........................................................ 2

1.1 Shadow Banking ......................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 SISTEMA DE BANCOS-SOMBRA (SHADOW BANKING)

1.1 SHADOW BANKING

O Sistema de Bancos-Sombra, também conhecido como Shadow Banking, é uma


rede de instituições financeiras não bancárias que desempenham atividades semelhantes
às dos bancos tradicionais, porém operam fora da estrutura regulatória bancária
convencional, de forma paralela e menos visível.

Essas instituições atuam como intermediários financeiros, mobilizando recursos


de investidores e fornecendo financiamento para empresas, governos e outros agentes
econômicos. No entanto, diferentemente dos bancos tradicionais, elas não estão sujeitas
às mesmas restrições e regulamentações.

O termo "bancos-sombra" surgiu devido à natureza menos visível dessas


instituições, que operam "na sombra" da regulação e da supervisão. Essa modalidade de
sistema bancário alternativo surgiu em resposta à demanda por serviços financeiros além
das instituições bancárias tradicionais e à busca por fontes de financiamento adicionais.

É importante destacar que o shadow banking pode representar riscos sistêmicos,


pois envolve atividades que podem gerar riscos bancários típicos, como transformação de
maturidade, transformação de liquidez e alavancagem. Além disso, sua interconexão com
os bancos tradicionais pode resultar na transferência de riscos para o sistema bancário
convencional.

Entre as principais funções do Shadow Banking, podemos destacar:


➢ Aumento do acesso a crédito: As instituições de shadow banking oferecem
alternativas de crédito para empresas e indivíduos que podem não ter acesso
ao crédito bancário tradicional;
➢ Proporciona liquidez ao mercado: O sistema de bancos-sombra contribui
para a liquidez do mercado financeiro, facilitando a compra e venda de ativos
e instrumentos financeiros;
➢ Contribui para o compartilhamento de riscos: Ao diversificar a fonte de
financiamento e distribuir riscos entre investidores, o shadow banking ajuda a
compartilhar riscos no sistema financeiro.

No contexto brasileiro, o shadow banking não está completamente


desregulamentado como, geralmente, ocorre em contexto global, pois há um amplo
perímetro regulatório que abrange essas instituições. No Brasil, o sistema de bancos-
sombra está sujeito à supervisão e regulação de autoridades com jurisdição nacional,
como o Conselho Monetário Nacional (CMN), a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e o Banco Central do Brasil (BCB).
O desafio para o regulador, nesse caso, é encontrar um equilíbrio entre maximizar
os benefícios do shadow banking para a economia, como aumento do acesso a crédito, e
minimizar os riscos sistêmicos associados a essa modalidade de sistema financeiro
paralelo.
Em resumo, o sistema de bancos-sombra desempenha um papel importante no
sistema financeiro, oferecendo alternativas de crédito e contribuindo para a liquidez e o
compartilhamento de riscos. No entanto, é necessário um acompanhamento adequado por
parte das autoridades reguladoras para garantir a estabilidade do sistema financeiro como
um todo.

1.2 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil

O Banco Central tem dedicado atenção às entidades identificadas como shadow


banking (bancos sombra). Essas entidades já se encontram sob alguma regulação e
supervisão, feita por autoridades com jurisdição nacional, como a(o):

a) Banco Caixa Econômica

b) Banco do Brasil
c) Banco SICRED

d) Open finance

e) CVM

Comentários:
No Brasil, as entidades identificadas como shadow banking estão sujeitas à regulação
e supervisão de autoridades com jurisdição nacional, como o Banco Central do Brasil
(BCB), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a CVM.

Gabarito: “e”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil
No Sistema Financeiro Nacional, identificam-se os bancos-sombra (shadow banks)
como bancos que:

a) Possuem diversos tipos de carteiras em suas operações ativas

b) Se especializam em transações financeiras como bancos estrangeiros


c) Se concentram em transações financeiras no mercado local

d) Realizam operações financeiras à margem do sistema de regulação e supervisão do


Banco Central do Brasil

e) Se originam a partir de indivíduos que se associam para prestar serviços financeiros


a seus associados

Comentários:

Os bancos-sombra, também conhecidos como shadow banking, são instituições


financeiras não bancárias que desempenham atividades similares às dos bancos
tradicionais, porém operam fora da estrutura regulatória e de supervisão convencional.
Ou seja, essas instituições estão sujeitas a menos restrições e regulamentações em
comparação aos bancos tradicionais.

Gabarito: “d”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

Uma pessoa estava querendo fazer um empréstimo e descobriu que algumas


instituições que praticam o shadow banking (“sistema bancário sombra”) geralmente
servem como intermediários entre credores e tomadores de empréstimos, fornecendo
crédito e capital para investidores e corporações. Ao fazer uso dessas instituições para
fazer um empréstimo, a pessoa incorre em riscos:

a) Não, pois vai ter toda a assessoria para fazer o empréstimo

b) Não, pois o shadow banking realiza operações passando por toda a supervisão ou
regulação dos sistemas financeiros/ bancários do país

c) Sim, pois essas instituições não são bancárias, não recebem depósitos tradicionais
como um banco tradicional e são estruturas paralelas aos mercados tradicionais

d) Sim, pois o shadow banking é uma estrutura paralela aos mercados tradicionais,
embora passe por todas as regulações e seja uma instituição bancária
e) Sim, pois o shadow banking não é uma instituição financeira, embora tenha registro
no Banco Central

Comentários:
Ao optar por fazer um empréstimo por meio de instituições que praticam o shadow
banking, a pessoa incorre em riscos. Essas instituições não são bancárias e operam fora
da estrutura regulatória e de supervisão dos sistemas financeiros convencionais.
Diferentemente das instituições bancárias tradicionais, elas não recebem depósitos do
público como fonte de financiamento.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva

Por que o sistema de bancos-sombra é chamado assim?


a) Porque opera exclusivamente durante a noite

b) Porque suas atividades são menos visíveis e operam fora da estrutura regulatória
convencional

c) Porque realiza operações financeiras ilegais


d) Porque oferece empréstimos somente para empresas em dificuldades financeiras

Comentários:

O sistema de bancos-sombra é chamado assim porque suas atividades ocorrem de


maneira menos visível e operam fora da estrutura regulatória bancária tradicional.
Essas instituições financeiras não bancárias desempenham atividades semelhantes às
dos bancos convencionais, atuando como intermediários financeiros, mobilizando
recursos de investidores e fornecendo financiamento para empresas, governos e outros
agentes econômicos.
Gabarito: “b”

Banca: Exclusiva

O shadow banking pode representar risco sistêmico devido a

a) Sua alta transparência e regulamentação


b) Sua capacidade de compartilhar riscos com o sistema bancário tradicional

c) Sua conexão com o sistema bancário tradicional sem regulação adequada

d) Sua operação exclusiva para governos

Comentários:

O shadow banking pode representar risco sistêmico devido à sua conexão com o
sistema bancário tradicional sem uma regulação adequada. Embora as instituições de
shadow banking atuem de forma paralela ao sistema bancário convencional, elas
podem compartilhar atividades com o sistema bancário tradicional, o que pode resultar
em maiores riscos.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
Quais são algumas das funções do sistema de bancos-sombra?

a) Restringir o acesso ao crédito

b) Dificultar a liquidez do mercado

c) Aumentar o acesso a crédito


d) Isolar riscos financeiros

Comentários:

Uma das funções do sistema de bancos-sombra, ou shadow banking, é aumentar o


acesso a crédito. Essas instituições financeiras não bancárias atuam como
intermediárias entre credores e tomadores de empréstimos, mobilizando recursos de
investidores e fornecendo financiamento para empresas, governos e outros agentes
econômicos.

Gabarito: “c”
Banca: Exclusiva

O shadow banking oferece liquidez ao mercado, o que significa?

a) Restringe o acesso a capital

b) Dificulta a retirada de capital do mercado


c) Permite a transferência de ativos de maneira fácil e rápida

d) Aumenta a volatilidade do mercado financeiro

Comentários:
O shadow banking desempenha um papel na oferta de liquidez ao mercado. Liquidez
refere-se à capacidade de um ativo ser convertido em dinheiro de forma fácil, rápida e
com custo mínimo. Quando o sistema de bancos-sombra fornece liquidez ao mercado,
significa que ele permite a transferência de ativos de maneira ágil e eficiente.

Gabarito: “c”
SUMÁRIO
1 O Dinheiro na Era Digital ........................................................................................... 2

1.1 Blockchain .................................................................................................. 2


1.2 Criptomoedas .............................................................................................. 3
1.3 Bitcoin ......................................................................................................... 4
1.4 Outras Criptomoedas .................................................................................. 5
1.5 Questões ...................................................................................................... 5
1 O DINHEIRO NA ERA DIGITAL

Ao longo da história, o dinheiro sempre foi uma ferramenta fundamental para a


realização de transações e o estabelecimento de valor. Desde o surgimento das primeiras
formas de moeda, como conchas e metais preciosos, até a criação das moedas fiduciárias
emitidas pelos governos, o dinheiro desempenhou um papel central na economia global.

No entanto, com a chegada da era digital, estamos presenciando uma


transformação significativa na forma como o dinheiro é utilizado. Atualmente, a maior
parte do dinheiro que está em circulação no mundo já não é mais físico. Com o avanço
da tecnologia, surgiram novas formas de dinheiro digital que estão mudando a maneira
como realizamos transações financeiras.

1.1 BLOCKCHAIN

O blockchain revolucionou a forma como lidamos com o dinheiro e as transações


financeiras na era digital. Essa tecnologia inovadora proporcionou uma solução
descentralizada e segura para registrar e validar transações, sem depender de uma
autoridade central.

Imagine um grupo de amigos que decidem manter uma lista de quem emprestou
dinheiro a quem. Essa lista é compartilhada entre todos os amigos, e cada um possui uma
cópia atualizada. Sempre que uma nova transação ocorre, todos eles atualizam suas listas,
garantindo que todos estejam cientes das transações realizadas.

O blockchain funciona de maneira semelhante. É como se fosse uma lista


compartilhada entre uma rede de computadores distribuídos globalmente, conhecidos
como nós. Cada nó possui uma cópia completa do blockchain e contribui para a validação
e verificação das transações.

Quando uma transação é realizada, ela é agrupada em um bloco juntamente com


outras transações recentes. Cada bloco contém um registro criptografado do bloco
anterior, formando uma cadeia de blocos, daí o nome blockchain. Essa estrutura
encadeada garante a integridade e a segurança das informações, uma vez que qualquer
tentativa de modificar um bloco anterior implicaria na alteração de todos os blocos
subsequentes, o que é extremamente difícil de fazer.

A descentralização do blockchain é uma das suas características mais


importantes. Ao não depender de uma autoridade central, como um banco ou governo, as
transações são validadas e confirmadas pela própria rede de nós. Isso significa que não
há uma única entidade controlando os registros financeiros, aumentando a confiança e a
transparência nas transações.
Além disso, a cada nova transação que ocorre, um novo bloco é adicionado à
cadeia, ampliando a lista compartilhada e atualizada de transações. Essa escalabilidade e
expansão contínua do blockchain permitem que ele suporte um volume crescente de
transações e promova a eficiência nas operações financeiras.
É importante ressaltar que o blockchain não se limita apenas ao uso de
criptomoedas, como o Bitcoin. Essa tecnologia tem aplicações em diversos setores, como
registros de propriedade, cadeias de suprimentos, contratos inteligentes e muito mais. Sua
natureza descentralizada e segura tem o potencial de revolucionar a forma como
conduzimos negócios e interações financeiras no mundo digital.

1.2 CRIPTOMOEDAS

As criptomoedas, como o Bitcoin, Ethereum e muitas outras, são formas de


dinheiro digital e têm ganhado cada vez mais popularidade e adoção ao redor do mundo.
Elas oferecem uma alternativa ao dinheiro tradicional, permitindo transações digitais
seguras e eficientes.

Uma das características fundamentais das criptomoedas é a utilização da


criptografia para garantir a segurança das transações. Isso significa que as informações
envolvidas em uma transação são codificadas de maneira complexa, tornando-as
praticamente impossíveis de serem alteradas ou interceptadas por terceiros mal-
intencionados. Essa segurança proporciona confiança aos usuários na realização de
transações online.
Outro aspecto importante é o controle descentralizado das criptomoedas.
Diferentemente das moedas fiduciárias, que são emitidas e controladas por bancos
centrais ou governos, as criptomoedas são geradas e controladas por meio de algoritmos
e protocolos matemáticos. Essa descentralização significa que não há uma autoridade
central que possa interferir nas transações ou controlar o valor das criptomoedas.

As criptomoedas são projetadas para permitir transações diretas entre as partes,


eliminando a necessidade de intermediários, como bancos ou instituições financeiras. Isso
significa que as transações podem ocorrer de forma mais rápida e com taxas menores em
comparação aos métodos tradicionais. Além disso, as criptomoedas possibilitam
transações globais sem fronteiras, facilitando pagamentos internacionais de forma ágil.

Embora as criptomoedas não sejam consideradas moedas de curso legal, ou seja,


não são aceitas como forma oficial de pagamento em todos os lugares, elas desempenham
funções semelhantes às moedas tradicionais. Elas podem ser utilizadas como meio de
troca para comprar bens e serviços, como reserva de valor para armazenar e preservar o
valor ao longo do tempo, e como unidade de conta para mensurar o valor de outros ativos.
No entanto, é importante destacar que o mercado de criptomoedas é volátil e
especulativo, o que significa que o valor das criptomoedas pode flutuar significativamente
em curtos períodos.

A mineração em criptomoedas desempenha um papel crucial na segurança e no


funcionamento das redes blockchain. Ela é especialmente relevante em criptomoedas
baseadas em algoritmos de prova de trabalho, como o Bitcoin.

No processo de mineração, os mineradores utilizam poder computacional para


resolver problemas matemáticos complexos. Esses problemas requerem poder de
processamento significativo e consomem energia elétrica. Os mineradores competem
entre si para encontrar a solução correta primeiro, e o vencedor é recompensado com uma
quantidade específica de criptomoedas.

Ao resolver os problemas matemáticos, os mineradores estão verificando a


autenticidade e a correção de todas as transações realizadas na rede. Eles garantem que
não haja duplicação ou falsificação de transações, mantendo a integridade do blockchain.
Cada transação validada pelos mineradores é agrupada em um novo bloco, que é
adicionado à cadeia de blocos existente.
Além de garantir a segurança das transações, a mineração também é responsável
por introduzir novas moedas no sistema. Em algumas criptomoedas, como o Bitcoin, há
um limite máximo para o número total de moedas que podem ser mineradas. Conforme
os mineradores validam transações e adicionam novos blocos ao blockchain, são
recompensados com uma quantidade específica de criptomoedas recém-criadas,
conhecida como recompensa do bloco.

Embora a mineração em criptomoedas seja uma atividade fundamental para o


funcionamento do sistema, ela também apresenta desafios, como a concentração da
atividade em grandes pools de mineração e o consumo de energia associado. Essas
questões têm impulsionado o desenvolvimento de novos algoritmos de consenso e
alternativas mais eficientes, como a prova de participação (proof of stake), o qual não
quer que os participantes resolvam problemas matemáticos para validar transações, mas
sim pela quantidade de criptomoedas que o participante detém.

1.3 BITCOIN

A primeira criptomoeda a ganhar destaque foi o Bitcoin, criada em 2009 por uma
pessoa (ou grupo) utilizando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. O Bitcoin introduziu o
conceito de dinheiro digital baseado no blockchain e estabeleceu os fundamentos das
criptomoedas.

Além disso, o Bitcoin introduziu um sistema de validação descentralizado, no qual


os nós da rede, conhecidos como "mineradores", verificam e validam as transações,
garantindo a segurança e a integridade do sistema. Esse processo é realizado por meio da
resolução de cálculos complexos, que protegem a rede contra fraudes e ataques
maliciosos.

Uma das principais características do Bitcoin é a sua oferta limitada. Ao contrário


das moedas fiduciárias emitidas pelos governos, o Bitcoin possui um limite máximo de
21 milhões de unidades, o que potencial a sua valorização ao longo dos anos.

Atualmente, o Bitcoin tem sido cada vez mais aceito em diversas áreas. Algumas
empresas e comerciantes começaram a aceitar Bitcoin como forma de pagamento.
No entanto, o Bitcoin enfrenta alguns desafios, como a volatilidade de seu valor.
Devido à sua natureza descentralizada e ao mercado especulativo, o preço do Bitcoin
pode sofrer variações significativas em curtos períodos. Isso pode dificultar seu uso como
uma moeda estável para transações do dia a dia.
Além disso, a regulamentação do Bitcoin ainda é um tema em desenvolvimento.
Enquanto alguns países adotam uma abordagem mais amigável e buscam integrar as
criptomoedas em seu sistema financeiro, outros têm sido mais cautelosos e implementado
restrições e regulamentações mais rigorosas.

1.4 OUTRAS CRIPTOMOEDAS

O sucesso do Bitcoin inspirou a criação de muitas outras criptomoedas,


conhecidas como altcoins, cada uma com suas próprias características e objetivos
específicos. Entre elas, se destacam:
➢ Ethereum (ETH);
➢ Tether;
➢ Ripple (XRP);
➢ Litecoin (LTC);
➢ Cardano (ADA).

1.5 QUESTÕES

Banca: Objetiva Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Piratininga


A tecnologia atingiu todas as áreas da sociedade, e na economia não é diferente. Em
relação às criptomoedas e moedas digitais, é CORRETO afirmar que:

a) Não há diferença entre as duas, há apenas denominações diferentes para a mesma


tecnologia econômica
b) As moedas digitais referem-se a qualquer moeda eletrônica sem nenhuma
regulamentação governamental

c) Criptomoedas utilizam tecnologia denominada blockchain e são totalmente


regulamentadas pelo governo
d) Criptomoeda é um ativo digital que utiliza codificação com base em criptografia
para realizar transações

Comentários:

Criptomoedas são ativos digitais que utilizam criptografia para garantir a segurança das
transações e controlar a criação de novas unidades. Elas são baseadas em tecnologias
como o blockchain, que fornecem a estrutura para registrar e validar as transações de
forma descentralizada. As moedas digitais são centralizadas e regulamentadas por
governos.
Gabarito: “d”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil

Existem grupos que trabalham cooperativamente para validar as transações


na Blockchain, por meio da solução de cálculos complexos, e que concordam em
dividir, proporcionalmente, recompensas de bloco entre eles, de acordo com sua
contribuição nesse trabalho.

Tais grupos são denominados:

a) Grupos de data lake


b) Redes de extração

c) Cooperativas de blocos
d) Pools de mineração

e) Pools de distribuição

Comentários:
Os grupos que trabalham cooperativamente para validar as transações na blockchain e
dividir proporcionalmente as recompensas de bloco são conhecidos como pools de
mineração. Esses pools reúnem o poder computacional de vários mineradores para
aumentar as chances de resolver os cálculos complexos necessários para adicionar um
novo bloco ao blockchain.

Gabarito: “d”

Banca: FGV Ano: 2022 Prova: PC-AM


Atualmente, a bitcoin possui as mesmas funções de uma moeda fiduciária, em maior
ou menor grau. Com relação isso, analise as afirmativas a seguir.
I. A criptomoeda ainda não é denominador comum de valor para a maioria dos bens e
serviços, por isso, sua função de unidade de conta não é ainda suficientemente ampla.
II. O número de estabelecimentos que aceitam a bitcoin está crescendo, mas o tempo
de confirmação das transações envolvendo essa criptomoeda é relativamente alto, o
que indica que sua função de meio de troca precisa ser ainda aperfeiçoada.
III. Como consequência da função de meio de troca, essa criptomoeda pode ser
armazenada em carteiras digitais e ser utilizada em transações quando o indivíduo
desejar, o que lhe confere um alto grau de reserva de valor.

Está correto o que se afirma em:

a) I, II e III
b) I e II, apenas

c) I e III, apenas

d) II e III, apenas

e) I, apenas
Comentários:

A primeira afirmativa está correta. Embora a Bitcoin tenha ganhado aceitação em


alguns estabelecimentos como forma de pagamento, ainda não é amplamente utilizada
como denominador comum de valor para a maioria dos bens e serviços. Isso significa
que sua função de unidade de conta ainda não é suficientemente ampla. A segunda
afirmativa também está correta, pois, em relação a outras criptomoedas, o tempo de
confirmação do Bitcoin é considerado relativamente logo, abrindo a possibilidade para
melhorias. A assertiva III está incorreta, visto que não podemos afirmar com certeza
que o Bitcoin possui alto grau de reserva de valor, visto que é extremamente volátil e
pode sofrer flutuações significativas.

Gabarito: “b”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

A blockchain é um tipo específico de banco de dados distribuído, no qual há uma


cadeia de blocos ordenados e interligados, com garantia de ordem cronológica. Os
dados registrados nos blocos podem variar de transações financeiras a contratos
inteligentes. Na blockchain da bitcoin, as entidades que registram novos blocos na
cadeia são chamadas de:

a) registradores
b) mineradores

c) trabalhadores

d) gerenciadores

e) conectores
Comentários:

Os mineradores são responsáveis por adicionar novos blocos à cadeia de blocos


(blockchain) da bitcoin. Eles utilizam poder computacional para resolver problemas
matemáticos complexos, garantindo a validação e a segurança das transações. Ao
encontrar a solução para o problema, eles adicionam um novo bloco à cadeia,
registrando as transações recentes. Como recompensa por seu trabalho, os mineradores
recebem bitcoins.

Gabarito: “b”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

Uma investidora está querendo saber a relação entre a blockchain e o bitcoin.


Em sua pesquisa, ela esclareceu sua dúvida, ao descobrir que:

a) blockchain é o meio utilizado para registrar e armazenar transações de bitcoin


b) blockchain é a tecnologia de inteligência artificial aplicada na bitcoin

c) bitcoin é uma moeda digital e blockchain é uma moeda em blocos

d) bitcoin é tecnologia usada para implementar a blockchain


e) bitcoin e blockchain são duas formas de implementar criptomoedas
Comentários:
A blockchain é a tecnologia subjacente ao bitcoin e outras criptomoedas. Ela funciona
como um registro público e descentralizado que registra todas as transações realizadas
dentro de uma determinada rede, no caso do bitcoin, as transações com essa
criptomoeda. A blockchain permite a validação e a confirmação das transações sem a
necessidade de uma autoridade central, como um banco ou governo. Portanto, a
blockchain é o meio utilizado para registrar e armazenar as transações de bitcoin.

Gabarito: “a”
Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese

As criptomoedas são superiores a outros ativos tradicionais nos quesitos reserva de

valor e prêmio de liquidez.

Certo
Errado

Comentários:

Embora as criptomoedas, como o bitcoin, possam ter características atraentes, como


oferta limitada e descentralização, elas também apresentam volatilidade significativa e
riscos associados à falta de regulação e aceitação generalizada. Esses fatores podem
afetar sua capacidade de atuar como uma reserva de valor confiável em comparação
com ativos tradicionais, como moedas fiduciárias, metais preciosos ou imóveis. Da
mesma forma, o prêmio de liquidez, que se refere à facilidade e rapidez de converter
um ativo em dinheiro, pode variar entre criptomoedas e outros ativos tradicionais.
Embora algumas criptomoedas possam ter alta liquidez em determinadas plataformas
ou mercados, isso não é necessariamente verdadeiro para todas as criptomoedas e em
todos os contextos. Portanto, não podemos afirmar essa superioridade.
Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese

As criptomoedas possuem a função de unidade de conta da moeda.

Certo

Errado
Comentários:

A resposta da banca foi dada como incorreta, embora eu entendo que, em determinado
grau, as criptomoedas possam sim ter a função de unidade de conta, pois é possível
precificar determinados ativos com ela. O que estaria errado, em minha visão, é afirmar
que as criptomoedas são amplamente utilizadas como unidade de conta. Portanto, acho
que a questão deveria ser anulada, dado a sua subjetividade.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese


As criptomoedas conseguem exercer plenamente a função de meio de troca.

Certo

Errado
Comentários:

Aqui não há dúvidas, não podemos afirmar com certeza que as criptomoedas possam
exercer a função de meio de troca de forma plena, pois, embora existam casos em que
as criptomoedas são aceitas como forma de pagamento, principalmente em transações
online e em nichos específicos, elas ainda não atingiram uma adoção generalizada
como meio de troca em comparação com as moedas fiduciárias tradicionais.

Gabarito: “Errado”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese

As criptomoedas não estão sujeitas às mesmas normas e regulamentos das moedas

eletrônicas.

Certo

Errado
Comentários:

As moedas eletrônicas tradicionais, como as emitidas por instituições financeiras e


reguladas por governos, estão sujeitas a uma série de regulamentações, incluindo
requisitos de conformidade, identificação de usuários, prevenção à lavagem de dinheiro
e outras medidas de segurança financeira.

Por outro lado, as criptomoedas, como o Bitcoin, são descentralizadas e operam em


redes blockchain sem a necessidade de uma autoridade centralizada. Isso significa que,
em muitos casos, as criptomoedas não estão sujeitas às mesmas regulamentações e
normas que as moedas eletrônicas tradicionais.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese

As instituições que negociam ou guardam criptomoedas não são reguladas nem

supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.

Certo
Errado

Comentários:

As criptomoedas operam em um ambiente descentralizado e as transações são


realizadas diretamente entre os usuários, sem a necessidade de intermediários
financeiros tradicionais. Portanto, é correto afirmar que as instituições que lidam com
criptomoedas não estão sujeitas à regulação e supervisão do Banco Central do Brasil.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: Banese

As criptomoedas não conseguem atualmente exercer todas as funções relacionadas à

moeda tradicional.

Certo

Errado
Comentários:

Embora as criptomoedas tenham ganhado popularidade e aceitação crescente,


atualmente elas não conseguem exercer plenamente todas as funções relacionadas à
moeda tradicional. Embora possam ser utilizadas como meio de troca em algumas
transações, ainda não são amplamente aceitas como forma de pagamento em todos os
estabelecimentos comerciais. Além disso, a volatilidade dos preços das criptomoedas
e a falta de uma regulamentação clara em muitas jurisdições podem dificultar seu uso
como reserva de valor estável.
Gabarito: “Certo”
SUMÁRIO
1 Correspondentes Bancários ........................................................................................ 2

1.1 Correspondentes Bancários ........................................................................ 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 3
1 CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

1.1 CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

Os correspondentes bancários são empresas contratadas pelos bancos e


instituições financeiras para oferecer serviços de atendimento aos clientes e usuários. Eles
desempenham o papel de intermediários entre as instituições financeiras e os clientes,
tornando mais fácil o acesso aos serviços financeiros.

Ao atuar como intermediários, os correspondentes bancários possibilitam que os


clientes tenham acesso a serviços financeiros mesmo em locais onde não há presença
física de uma agência bancária. Isso é especialmente útil em áreas remotas ou em regiões
onde os serviços bancários tradicionais são limitados.

Assim, os correspondentes oferecem um atendimento mais conveniente e


acessível, permitindo que os clientes realizem transações financeiras essenciais sem ter
que se deslocar até uma agência bancária.

Além das empresas, é importante destacar que pessoas físicas também podem
atuar como correspondentes bancários, porém, de forma específica, atuando
exclusivamente como prestadores de serviço notarial e de registro. Essas atividades
envolvem a autenticação de documentos, reconhecimento de assinaturas, lavratura de
escrituras, registros de imóveis e outros atos cartorários.

O correspondente bancário atua como um representante da instituição contratante,


agindo em seu nome e seguindo suas diretrizes. Essa relação contratual estabelece que a
instituição financeira assume a responsabilidade integral pelo atendimento prestado aos
clientes e usuários por meio do correspondente.

Isso significa que todas as ações realizadas pelo correspondente bancário são de
responsabilidade da instituição contratante. Os clientes e usuários podem confiar que a
instituição financeira é a responsável final pelo serviço prestado, mesmo que seja
realizado por intermédio do correspondente.
Nesse contexto, a instituição contratante é responsável por garantir a qualidade,
integridade, confiabilidade, segurança e sigilo das transações realizadas pelo
correspondente. Além disso, é sua obrigação assegurar o cumprimento das leis e
regulamentações aplicáveis a essas transações.

Uma importante restrição estabelecida na relação entre a instituição contratante e


o correspondente bancário é a proibição de cobrar dos clientes atendidos pelo
correspondente qualquer tipo de tarifa, comissão ou remuneração pelos produtos ou
serviços oferecidos pela instituição financeira. Essa medida visa proteger os clientes e
usuários de eventuais cobranças indevidas ou abusivas.
No entanto, é importante destacar que existem exceções a essa proibição. A
instituição contratante pode estabelecer tarifas específicas, previamente definidas e
constantes em uma tabela adotada pela instituição. Essas tarifas devem estar em
conformidade com a regulamentação em vigor e serem claramente informadas aos
clientes.

Outro ponto relevante é que a instituição contratante não pode permitir que o
correspondente bancário preste serviços dentro de suas próprias dependências. Isso
significa que as atividades do correspondente devem ser realizadas fora das instalações
físicas da instituição financeira contratante.

A contratação do correspondente bancário é realizada por meio de um contrato


formal, no qual são estabelecidas as atividades que o correspondente está autorizado a
desempenhar em nome da instituição contratante. Essas atividades incluem:
➢ Receber e encaminhar propostas de abertura de contas de depósitos e de
pagamento;
➢ Realizar pagamentos, recebimentos e transferências eletrônicas de contas
mantidas pela instituição contratante;
➢ Receber e encaminhar propostas de operações de crédito e arrendamento
mercantil concedidas pela instituição contratante;
➢ Realizar operações de câmbio em nome da instituição contratante, de acordo
com as regulamentações aplicáveis.
O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser
contratualmente restrito às seguintes operações:

➢ Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de


viagem, bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago;
➢ Execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência
unilateral do ou para o exterior;
➢ Recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio.

Além disso, é importante observar que há limitações de valores estabelecidas.


Cada operação de câmbio realizada pelo correspondente está sujeita a uma limitação de
valor máximo de US$ 3.000,00 (ou seu equivalente em outras moedas). No caso de
transações envolvendo moeda em espécie, o limite é reduzido para US$ 1.000,00 (ou seu
equivalente em outras moedas).

1.2 QUESTÕES

Banca: Exclusiva
Do ponto de vista das instituições financeiras contratantes, o correspondente bancário é
uma alternativa à ampliação da rede de atendimento própria.

Certo

Errado
Comentários:

O correspondente bancário é de fato uma alternativa para as instituições financeiras ampliarem


sua rede de atendimento sem necessidade de expansão física por meio de agências próprias. Ao
contratar correspondentes, como lotéricas ou bancos postais, as instituições financeiras podem
alcançar um maior número de clientes e usuários, especialmente em áreas onde não possuem
presença física.

Gabarito: “Certo”

Banca: Exclusiva
Compete à Comissão de Valores Mobiliários aplicar penalidades em caso de infrações às
regras estabelecidas para correspondentes no país.

Certo

Errado
Comentários:

A fiscalização e aplicação de penalidades relacionadas aos correspondentes bancários estão a


cargo do Banco Central do Brasil (BCB), que é o órgão responsável pela supervisão e
regulamentação do sistema financeiro nacional.
Gabarito: “Errado”

Banca: Exclusiva

Quanto à atuação como correspondentes bancários, as pessoas físicas podem atuar unicamente
como:
a) Correspondentes internacionais

b) Prestadores de serviços de consultoria financeira

c) Prestadores de serviços notariais e de registro

d) Responsáveis pela emissão de cartões pré-pagos

Comentários:
No contexto dos correspondentes bancários, as pessoas físicas podem atuar unicamente como
prestadores de serviços notariais e de registro. Isso significa que elas podem desempenhar
funções relacionadas a atividades de cartório, como autenticação de documentos,
reconhecimento de firmas e registro de contratos, por exemplo.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
De acordo com as informações apresentadas, qual é a limitação de valor estabelecida para
operações de câmbio em espécie?

a) US$ 1.000,00

b) US$ 2.000,00
c) US$ 3.000,00

d) US$ 4.000,00

Comentários:

De acordo com as informações apresentadas, a limitação de valor estabelecida para operações


de câmbio em espécie é de US$ 1.000,00. Isso significa que, quando se trata de compra ou
venda de moeda estrangeira em espécie, o valor máximo permitido por operação é de US$
1.000,00.

Gabarito: “a”
Banca: Exclusiva

Qual das seguintes atividades pode ser desenvolvida por um correspondente bancário?

a) Emissão de cartões de crédito

b) Prestação de serviços de consultoria financeira


c) Realização de operações de investimento em bolsa de valores

d) Recebimento e encaminhamento de propostas de operações de crédito

Comentários:
Uma das atividades que pode ser desenvolvida por um correspondente bancário é o recebimento
e encaminhamento de propostas de operações de crédito. Isso significa que o correspondente
pode receber as solicitações de crédito dos clientes e encaminhá-las à instituição financeira
contratante para análise e decisão de concessão de crédito.

Gabarito: “d”
SUMÁRIO
1 Sistema de Pagamentos Instantâneos (Pix) ............................................................... 2

1.1 Sistema de Pagamentos Instantâneos (Pix) ................................................. 2


1.2 Chaves Pix .................................................................................................. 2
1.3 Como Fazer Pix .......................................................................................... 3
1.4 Pix Saque e Pix Troco ................................................................................. 3
1.5 Limites do Pix ............................................................................................. 4
1.6 Custos ......................................................................................................... 5
1.7 Segurança .................................................................................................... 6
1.8 Questões ...................................................................................................... 7
1 SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX)

1.1 SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX)

O Pix revolucionou o cenário de pagamentos no Brasil, sendo uma solução


desenvolvida pelo Banco Central do Brasil para permitir a transferência instantânea de
recursos entre contas bancárias, de forma rápida e eficiente. Esse sistema permite que as
transações ocorram em poucos segundos, independentemente do dia da semana ou
horário, abrangendo até mesmo os feriados.

Contudo, o Pix vai além das transações imediatas entre contas bancárias. Ele
também oferece a opção de efetuar pagamentos de contas com data de vencimento,
tornando mais prático o cumprimento de obrigações financeiras, como boletos, faturas e
demais pagamentos com prazos estabelecidos. Além disso, o sistema possibilita o
agendamento de transações, permitindo que o usuário programe pagamentos para datas
futuras.
Para realizar suas operações, o usuário pode utilizar sua conta corrente, conta
poupança ou conta de pagamento pré-paga vinculada à instituição financeira em que
possui cadastro. Ademais, o Pix pode ser facilmente executado através do aplicativo ou
do internet banking da respectiva instituição.

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e


recebidos, o Pix tem o potencial de:

➢ Alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;


➢ Baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
➢ Incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;
➢ Promover a inclusão financeira;
➢ Preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de
pagamentos disponíveis atualmente à população.

1.2 CHAVES PIX

As chaves Pix são identificadores criados para facilitar as transações financeiras.


Elas funcionam como uma espécie de "apelido" vinculado à conta bancária do usuário,
tornando possível a realização de pagamentos e transferências sem a necessidade de
informar dados como número da agência, conta ou CPF/CNPJ do beneficiário a cada
operação.

As chaves Pix podem ser associadas a diferentes informações, podendo o usuário


escolher qual será mais conveniente para suas transações. As opções de chave Pix
incluem:
➢ CPF ou CNPJ;
➢ Número de telefone celular;
➢ E-mail;
➢ Chave aleatória.
Uma conta bancária pode ter mais de uma chave Pix associada a ela, possibilitando
múltiplas opções de identificação para o recebimento de pagamentos. O cadastramento e
gerenciamento das chaves Pix são realizados através dos aplicativos ou plataformas dos
bancos e instituições financeiras autorizadas pelo BACEN.
Além disso, os recebedores do Pix têm a opção de gerar QR Codes contendo as
informações necessárias para a realização da transação. Isso possibilita a execução de
pagamentos de forma ainda mais prática, bastando que o pagador leia o QR Code com a
câmera do smartphone para efetuar o pagamento instantâneo.
Para pessoas físicas, é permitido cadastrar até 5 chaves para cada conta, enquanto
pessoas jurídicas têm a possibilidade de cadastrar até 20 chaves.

É importante ressaltar que, embora a chave Pix ofereça inúmeras vantagens, ela
não é obrigatória para utilizar o sistema. Caso o usuário não tenha cadastrado uma chave
Pix, é possível realizar as transações informando os dados bancários tradicionais do
beneficiário, como número da agência e conta. Essa opção garante que todos os usuários
possam usufruir dos benefícios do Pix, independentemente de estarem cadastrados ou não
com uma chave.

1.3 COMO FAZER PIX

Para fazer um Pix, é possível utilizar várias opções:

➢ Informar a chave Pix do beneficiário, que pode ser CPF/CNPJ, e-mail, telefone
celular ou uma chave aleatória;
➢ Escanear um QR Code com a câmera do smartphone para efetuar o
pagamento;
➢ Utilizar a funcionalidade "Pix Copia e Cola" para colar o código do QR Code;
➢ Utilizar o serviço de iniciação de transação de pagamento.

Além disso, é viável digitar manualmente os dados da conta do beneficiário, caso


não haja uma Chave Pix disponível. O Pix também oferece a opção de agendamento para
uma data futura (Pix agendado), sendo necessário garantir saldo suficiente na data
programada. Essa funcionalidade é obrigatória para todos os participantes do Pix,

1.4 PIX SAQUE E PIX TROCO

O Pix Saque e o Pix Troco são funcionalidades adicionais que ampliam a


praticidade e a conveniência do sistema de pagamentos instantâneos. Ambos permitem a
retirada de dinheiro em espécie em estabelecimentos que oferecem esse serviço, como
lojas, lotéricas e caixas eletrônicos.

No Pix Saque, o valor a ser retirado corresponde ao montante do Pix realizado,


ou seja, o usuário pode efetuar um pagamento por meio do Pix e, em seguida, retirar o
mesmo valor em dinheiro no local que disponibiliza o serviço.

Já no Pix Troco, o valor retirado é a diferença entre o total do Pix e o valor da


compra realizada, permitindo que o usuário efetue o pagamento da compra e, ao mesmo
tempo, obtenha o troco em espécie.
Para utilizar essas funcionalidades, basta ao usuário ler um QR Code
disponibilizado pelo estabelecimento que oferece o serviço e realizar um Pix para a conta
vinculada a esse QR Code. Com isso, a transação é concluída, e o valor desejado pode ser
retirado em dinheiro no mesmo momento, tornando o processo rápido e eficiente.
É importante ressaltar que existem alguns limites para o Pix Saque. Durante o dia,
o limite é de R$3.000,00, enquanto à noite, ele é reduzido para R$1.000,00. Além disso,
pessoas físicas têm direito a fazer até 08 saques por mês gratuitamente.

1.5 LIMITES DO PIX

O sistema Pix é reconhecido por sua flexibilidade e ausência de limite mínimo


para pagamentos ou transferências. Contudo, com o objetivo de garantir a segurança das
transações, há limites máximos pré-definidos para determinados tipos de operações,
especialmente para contas de pessoa física.

Quando se trata de transações entre pessoas físicas, durante o dia, o limite máximo
pré-definido para pagamentos e transferências é equivalente ao valor permitido para a
TED (Transferência Eletrônica Disponível). Já no período noturno, o valor máximo pré-
definido para transações de pessoa física para pessoa física é de R$ 1.000,00.

Quanto às transações de pessoa física para pessoa jurídica, os limites são os


mesmos, tanto para operações realizadas durante o dia quanto à noite, sendo equivalentes
aos valores praticados para a TED.

Vale destacar que os clientes possuem a possibilidade de alterar os limites das


transações através da opção "Meus Limites Pix". A redução do limite é realizada de forma
imediata, enquanto o aumento para valores além dos parâmetros pré-definidos está sujeito
à avaliação da instituição financeira. Caso aprovado, o aumento do limite é efetivado
entre 24 e 48 horas após a solicitação.

1.6 CUSTOS

No sistema Pix, em geral, não são cobradas tarifas para pessoas físicas ao
realizarem ou receberem um Pix. No entanto, há situações específicas em que a cobrança
de tarifas pode ser aplicada aos clientes:

➢ Ao fazer um Pix: o utilizar canais presenciais ou por telefone, mesmo com


outros disponíveis
➢ Ao receber um Pix: estiver recebendo dinheiro com fins comerciais;
➢ Ultrapassar 30 Pix por mês;
➢ Receber com QR Code dinâmico ou QR Code de um pagador pessoa jurídica.

É importante destacar que as regras para microempreendedores individuais


(MEIs) e empresários individuais são as mesmas que as aplicadas a pessoas físicas, ou
seja, não há cobrança de tarifas para esses clientes, exceto nas situações específicas
mencionadas acima.

Contudo, é fundamental observar que essas regras não se aplicam às transações


de retirada de dinheiro, as quais possuem regras específicas.

Por outro lado, é importante ressaltar que a pessoa jurídica pode ser tarifada em
suas operações com Pix.

No envio de Pix, em situações de transferência, as tarifas podem ser aplicadas se


o recebedor for uma pessoa física e optar pelo uso do Pix, informando os dados da conta,
chave ou iniciação de transação de pagamento. Da mesma forma, caso o recebedor seja
uma pessoa jurídica e utilize o Pix, informando os dados da conta ou chave, também pode
haver cobrança de tarifas.

Além disso, é válido destacar que no recebimento de Pix, em situações de


compra, a pessoa jurídica pode ser tarifada se o pagador for uma pessoa física ou se o
pagador for uma pessoa jurídica que realiza a transação por meio de QR Code ou serviço
de iniciação.

1.7 SEGURANÇA

A segurança do Pix é um aspecto fundamental para garantir a confiabilidade e


proteção dos usuários durante as transações financeiras. Essa segurança é baseada em
quatro dimensões essenciais:

➢ Autenticação do usuário: as transações e o gerenciamento das chaves Pix são


iniciados em ambientes seguros, exigindo senhas ou dispositivos de segurança
integrados ao celular, como reconhecimento biométrico ou facial;
➢ Rastreabilidade: as operações são rastreáveis, permitindo a identificação de
contas recebedoras envolvidas em fraudes ou crimes, possibilitando ação
efetiva das autoridades;
➢ Tráfego seguro de informações: as transações ocorrem por meio de uma rede
criptografada, totalmente apartada da internet, garantindo a segurança dos
dados pessoais e das informações das transações;
➢ Regras de funcionamento do Pix: tratam de medidas que mitigam riscos de
fraudes, incluindo a responsabilidade dos participantes do Pix por falhas nos
mecanismos de gerenciamento de riscos, limites de valor personalizáveis,
tempo diferenciado para autorização de transações não usuais, entre outros
mecanismos de proteção contra fraudes.
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma funcionalidade exclusiva
do Pix que foi desenvolvida para facilitar as devoluções em casos de fraudes, golpes ou
crimes, aumentando as possibilidades de reaver os recursos para a vítima.

Quando uma pessoa identifica que foi vítima de uma fraude, golpe ou crime no
contexto de uma transação Pix, ela tem a possibilidade de registrar o pedido de devolução
na instituição financeira responsável em até 80 dias da data em que o Pix foi realizado.

O processo de devolução através do MED funciona da seguinte forma:


➢ A vítima faz a reclamação do ocorrido na instituição financeira em questão.

➢ A instituição financeira avalia o caso e, caso seja comprovado que se trata de


um caso que se enquadra no MED, os recursos do recebedor do Pix serão
bloqueados temporariamente em sua conta.
➢ O caso é analisado dentro de um prazo de até 7 dias. Se a instituição financeira
concluir que não houve fraude, os recursos do recebedor serão desbloqueados.
No entanto, se for confirmada a fraude, a vítima receberá o dinheiro de volta,
integral ou parcialmente, em até 96 horas após a conclusão da análise.

Além disso, o MED também pode ser utilizado em situações em que exista falha
operacional no ambiente Pix da instituição financeira. Por exemplo, se ocorrer uma
transação em duplicidade, a instituição avalia a falha e, caso seja confirmada, o dinheiro
é devolvido à vítima em até 24 horas.

1.8 QUESTÕES

Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil


O Internet banking facilita a realização de transações bancárias, mas também oferece
risco para usuários finais que são pessoas naturais. Para minimizar os riscos, o Banco
Central do Brasil determina que os participantes provedores de conta transacional do
Pix devem estabelecer limites máximos de valor para iniciação de um Pix com
finalidade de compra ou de transferência, por conta transacional, e possibilidade de
diferenciação do limite estabelecido para o período diurno e para o período noturno.
Os participantes poderão, a seu critério, ofertar funcionalidade para que o usuário final
possa solicitar que o período noturno compreenda o período entre:
a) 21 horas e 6 horas

b) 22 horas e 6 horas

c) 23 horas e 6 horas

d) 0 hora e 7 horas
e) 1 hora e 7 horas

Comentários:

O Banco Central do Brasil permite aos participantes do Pix oferecerem uma


funcionalidade que permite ao usuário final solicitar que o período noturno compreenda
o intervalo entre 22 horas (10 da noite) e 6 horas da manhã. Portanto, durante esse
período noturno, o usuário pode ajustar um limite de valor diferente para aumentar a
segurança das transações realizadas durante a noite.

Gabarito: “b”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: BANRISUL


O Pix possui uma estrutura flexível e aberta de participação a fim de garantir o acesso
e o surgimento de participantes que ofertem serviços inovadores e diferenciados que
atendam às necessidades dos usuários finais.

A participação no Pix é obrigatória para as instituições financeiras e para as instituições


de pagamento autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, que tenham uma
quantidade de contas de clientes ativas acima de:

a) 100.000

b) 200.000
c) 300.000

d) 400.000

e) 500.000

Comentários:
A participação no Pix é obrigatória para as instituições financeiras e instituições de
pagamento autorizadas pelo Banco Central do Brasil que tenham uma quantidade de
contas de clientes ativas acima de 500.000.

Gabarito: “e”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Caixa

A principal marca distintiva do Pix, em relação aos mecanismos de pagamento com


cartões de débito automático, é que o Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado
pelo(s):
a) Banco do Brasil

b) Banco do Nordeste

c) Banco Central do Brasil


d) Bancos comerciais
e) Bancos de investimento
Comentários:

A principal marca distintiva do Pix é que ele é um sistema de pagamento instantâneo


criado e desenvolvido pelo Banco Central do Brasil. Diferentemente dos mecanismos
de pagamento com cartões de débito automático, o Pix é uma plataforma de
pagamentos eletrônicos que permite a transferência de dinheiro entre contas de forma
imediata, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Gabarito: “c”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2021 Prova: Banco do Brasil

Um dos objetivos almejados pelo Banco Central do Brasil, ao criar o Pix, é:

a) Reduzir a velocidade de circulação da moeda

b) Inibir a concorrência bancária


c) Aumentar os fluxos de pagamento com cartões eletrônicos

d) Disseminar os fluxos de pagamento de forma eletrônica

e) Aumentar o número de intermediários financeiros envolvidos nos fluxos de


pagamentos
Comentários:

Um dos objetivos almejados pelo Banco Central do Brasil ao criar o Pix é disseminar
os fluxos de pagamento de forma eletrônica. O Pix é um sistema de pagamento
instantâneo que busca facilitar e agilizar as transações financeiras no país,
proporcionando uma alternativa eletrônica para realizar pagamentos e transferências de
dinheiro.

Gabarito: “d”

Banca: IADES Ano: 2021 Prova: CRN


Até 2020, como principais formas de fazer pagamentos ou transferências de dinheiro
de uma conta para outra, os clientes dos bancos podiam realizar transações com a
utilização de cartões de débito ou de crédito, com TED ou com DOC. Atualmente, para
atrair cada vez mais clientes, essas instituições bancárias passaram a oferecer novas
funcionalidades como o Pix, que se diferencia das opções mencionadas pois, na
utilização dessa modalidade de pagamento, o:

a) Pagador não é notificado

b) Recebedor não é notificado


c) Dinheiro somente está disponível, em dias úteis, entre as 6h e as 17h30, em geral

d) Pagador precisa conhecer e digitar os dados do recebedor, como seu banco, o


número da agência, o número da conta, o tipo da conta e o CPF ou CNPJ

e) Pagador sempre será notificado a respeito da conclusão da transação (inclusive em


caso de insucesso)
Comentários:

Uma das principais características do Pix é que o pagador sempre será notificado a
respeito da conclusão da transação, independente de ter sido realizada com sucesso ou
em caso de insucesso. Isso proporciona maior transparência e segurança ao usuário,
permitindo que ele tenha conhecimento do status da transação e possa tomar as devidas
providências, se necessário.

Gabarito: “e”
Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: BANESE

O PIX consiste na plataforma pública na qual os bancos fazem transações diretas e

instantâneas com clientes e usuários.

Certo
Errado

Comentários:

O Pix é uma plataforma pública desenvolvida e operada pelo Banco Central do Brasil
(BCB) que permite que bancos e instituições financeiras façam transações diretas e
instantâneas com seus clientes e usuários.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: BANESE

O PIX, meio de pagamento instantâneo e digital criado pelo Banco Central do Brasil,

oferece a tecnologia de QR code como opção para a realização de transferências de

recursos entre contas bancárias.

Certo

Errado
Comentários:

O Pix, criado pelo Banco Central do Brasil, oferece a tecnologia de QR code como uma
opção para a realização de transferências de recursos entre contas bancárias. O QR code
é uma forma prática e segura de efetuar pagamentos e transferências, permitindo que
os usuários façam a leitura do código com a câmera do seu smartphone e, assim,
realizem a transação de forma instantânea.
Gabarito: “Certo”
SUMÁRIO
1 Transformação Digital no Sistema Financeiro ......................................................... 2

1.1 Transformação Digital no Sistema Financeiro ........................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO

1.1 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO

A transformação digital no sistema financeiro é um processo que abrange a adoção


e integração de tecnologias digitais e inovações em todo o setor bancário e financeiro.
Seu objetivo é modernizar, automatizar, otimizar e aprimorar os serviços e operações
financeiras, com foco especial na melhoria da experiência do cliente.

Para alcançar essa transformação, é necessário utilizar uma ampla gama de


tecnologias e práticas avançadas, tais como inteligência artificial, big data, análise de
dados, blockchain, internet das coisas, automação de processos e segurança digital
avançada, entre outras. O conceito da transformação digital no sistema financeiro é
baseado na incorporação dessas tecnologias nas estratégias e processos das instituições
financeiras, visando impulsionar a eficiência operacional, a velocidade de resposta às
demandas do mercado e a capacidade de inovar.
A transformação digital no sistema financeiro traz consigo diversas vantagens
que beneficiam tanto as instituições financeiras quanto os clientes de forma significativa.

A maior conveniência para os clientes é um dos principais benefícios. Com a


digitalização dos serviços financeiros, os clientes podem acessar uma ampla gama de
produtos e serviços financeiros em qualquer momento e lugar, sem a necessidade de
deslocamento até uma agência física.

A agilidade nas operações é outra vantagem importante. A automação de


processos e o uso de tecnologias digitais permitem que as transações e operações
financeiras sejam realizadas de forma mais rápida e eficiente.

A personalização dos serviços é uma das principais tendências trazidas pela


transformação digital no sistema financeiro. A análise de dados e a inteligência artificial
possibilitam a criação de ofertas e produtos financeiros mais personalizados, que atendem
às necessidades específicas de cada cliente.
A redução de custos operacionais é um benefício significativo para as instituições
financeiras. A automação de tarefas rotineiras e a digitalização de processos internos
permitem que as instituições financeiras se tornem mais eficientes e competitivas,
reduzindo os custos operacionais e direcionando recursos para áreas mais estratégicas.

A transformação digital no sistema financeiro também estimula a inovação e o


surgimento de novos modelos de negócios. Com a adoção de tecnologias digitais, as
instituições financeiras podem desenvolver novos produtos e serviços inovadores, e
também abrem espaço para a criação de fintechs e startups que oferecem soluções
disruptivas ao mercado.
Outro benefício relevante é a facilitação da inclusão financeira. Com serviços mais
acessíveis e plataformas digitais amigáveis, a transformação digital pode alcançar
segmentos da população que antes não tinham acesso a serviços financeiros tradicionais.

A transformação digital no sistema financeiro, apesar de trazer vantagens, também


apresenta desvantagens e desafios que precisam ser abordados pelas instituições
financeiras.

A dependência tecnológica é uma das desvantagens, pois uma infraestrutura


digital robusta é essencial para garantir a operação adequada dos serviços financeiros. No
entanto, a dependência excessiva da tecnologia pode tornar as instituições financeiras
vulneráveis a falhas técnicas, ataques cibernéticos ou indisponibilidade de serviços em
caso de problemas de conectividade. Por isso, é fundamental investir em sistemas de
redundância e planos de contingência para minimizar esses riscos.
As questões de segurança representam outro desafio significativo. A digitalização
abre espaço para ameaças virtuais, como ataques de hackers, phishing e roubo de dados.
As instituições financeiras precisam implementar medidas avançadas de segurança
cibernética para proteger os dados dos clientes e garantir a integridade das transações
financeiras.

A regulamentação e conformidade também são desafios importantes na


transformação digital do sistema financeiro. A adoção de novas tecnologias pode exigir
uma reavaliação das regulamentações existentes para garantir que a proteção do
consumidor, a privacidade dos dados e a segurança cibernética sejam mantidas. Além
disso, é necessário estar em conformidade com as leis e diretrizes estabelecidas pelas
autoridades reguladoras do setor.

A manutenção da confiança do cliente é outro ponto crucial a ser abordado pelas


instituições financeiras durante a transformação digital. Com a crescente digitalização, os
clientes podem se sentir mais vulneráveis em relação à proteção de seus dados pessoais e
financeiros. É fundamental que as instituições financeiras adotem práticas transparentes
e medidas de segurança robustas para garantir a confiança e a fidelidade dos clientes.
Por fim, é possível listar algumas das novidades que foram possibilitadas pelo
processo de transformação digital no Sistema Financeiro brasileiro:

➢ Pix;
➢ Open Finance;
➢ Fintechs e Starups financeiras;
➢ Pagamentos por aproximação;
➢ Biometria para autenticação;
➢ Carteiras digitais;
➢ Contas digitais.

1.2 QUESTÕES

Banca: IDCAP Ano: 2020 Prova: SAAE

O Banco Central Brasileiro entrou para a era dos bancos digitais e criou um meio de
realização de transações bancárias que promete ser mais rápido e prático e pode ser
utilizado nas plataformas de qualquer instituição bancária. A novidade do BC é
chamada de:

a) Bank-x
b) Finanx

c) Bits

d) Pix

e) Financis
Comentários:

O Pix é a inovação criada pelo Banco Central do Brasil para revolucionar as transações
bancárias no país. Trata-se de um sistema de pagamentos instantâneos que permite
realizar transferências e pagamentos de forma rápida, prática e disponível 24 horas por
dia, 7 dias por semana, todos os dias do ano.

Gabarito: “d”

Banca: Exclusiva

É possível definir a transformação digital no sistema financeiro como:


a) O atendimento digital exclusivo em agências físicas

b) A exclusão de tecnologias digitais no setor financeiro

c) A adoção e integração de tecnologias digitais

d) A redução dos serviços oferecidos aos clientes


Comentários:

A transformação digital no sistema financeiro refere-se ao processo de adoção e


integração de tecnologias digitais e inovações em todo o setor bancário e financeiro.

Gabarito: “c”

Banca: Exclusiva
São vantagens proporcionadas pela transformação digital no Sistema Financeiro:

a) Ausência de preocupações com segurança e conformidade regulatória

b) Inovação e surgimento de novos modelos de negócios

c) Dependência tecnológica e personalização dos serviços


d) Exclusão financeira e digitalização dos processos internos

Comentários:

A transformação digital no sistema financeiro traz consigo diversas vantagens, e uma


delas é a inovação e o surgimento de novos modelos de negócios. Com a adoção de
tecnologias digitais, as instituições financeiras podem desenvolver novos produtos e
serviços inovadores, além de abrirem espaço para a criação de fintechs e startups que
oferecem soluções disruptivas ao mercado.

Gabarito: “b”
Banca: Exclusiva

Qual das seguintes novidades foi possibilitada pelo processo de transformação digital
no Sistema Financeiro brasileiro?

a) Emissão de cheques em papel


b) Uso exclusivo de dinheiro em espécie

c) Pagamentos por aproximação

d) Atendimento apenas em horário comercial

Comentários:
A transformação digital no Sistema Financeiro brasileiro possibilitou a inovação e a
adoção de tecnologias que facilitam as transações financeiras. Uma das novidades
trazidas por esse processo é a possibilidade de realizar pagamentos por aproximação,
também conhecidos como pagamentos contactless. Com essa tecnologia, os clientes
podem efetuar pagamentos simplesmente aproximando seus cartões de crédito ou
débito ou dispositivos móveis, como smartphones ou smartwatches, das maquininhas
de pagamento.

Gabarito: “c”
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Pessoa Física
A pessoa física é o ser humano considerado como indivíduo na esfera legal e
administrativa. Ela é reconhecida perante a lei com direitos e deveres individuais

q Teoria Natalista: a personalidade civil de um indivíduo começa no momento do


nascimento com vida. O nascituro, enquanto no ventre materno, possui apenas uma
expectativa de direitos, que se concretizam com o nascimento
q Teoria Concepcionista: defende que a personalidade civil inicia-se no momento da
concepção. Segundo esta teoria, o nascituro já é considerado pessoa para fins de
direitos
q Teoria da Personalidade Condicional: reconhece que o nascituro tem alguns
direitos desde a concepção, mas estes estão condicionados ao nascimento com vida
q Certidão de Nascimento: é o primeiro registro legal da pessoa, não sendo
necessário, inclusive, possuir um CPF para ser considerado uma pessoa física
q CPF: é o registro mantido pela Receita Federal que funciona como um identificador
único para os cidadão
Prof. Renan Duarte

Pessoa Jurídica
Uma pessoa jurídica é uma entidade a qual a lei atribui personalidade jurídica, permitindo-
lhe ter direitos e obrigações como se fosse uma pessoa física, mas diferenciando-se por
não ter personalidade

q Composta por uma ou mais pessoas físicas ou outras pessoas jurídicas, uma pessoa
jurídica pode ser criada para diversos fins, como comerciais, educacionais,
religiosos ou beneficente
q Uma pessoa jurídica pode celebrar contratos, possuir propriedades, ser autora ou ré
em ações judiciais e está sujeita a obrigações fiscais
q Sua existência legal começa com o registro em órgãos apropriados, como juntas
comerciais ou cartórios de registro civil, e continua até a sua dissolução formal
q Exemplos incluem empresas, associações, fundações, sindicatos, governos e
organizações não-governamentais
q CNPJ: é um número único que identifica uma pessoa jurídica no Brasil. É o
equivalente ao CPF das pessoas física
Prof. Renan Duarte

Capacidade e Representação

q Capacidade: é a aptidão para ser titular de direitos e obrigações


• Capacidade de direito: refere-se à aptidão para ser titular de direitos e obrigações. Todas
as pessoas, desde o nascimento (ou concepção, conforme a teoria), têm capacidade de
gozo. Esta capacidade é inerente ao status de pessoa e não pode ser perdida
• Capacidade de fato: é a capacidade de exercer por si mesmo os direitos e cumprir as
obrigações. Essa capacidade está sujeita a certas condições, como a maioridade e a plena
saúde mental
q Incapacidade Absoluta: são aqueles menores de 16 anos, os quais devem ser
representados pelos pais, tutores ou curadores, que exercem os atos em nome da
pessoa
q Incapacidade Relativa: a limitação para exercícios dos direitos é apenas parcial,
são casos:
• Os maiores de 16 e menores de 18;
• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
• Os pródigos.
Prof. Renan Duarte

Domicílio

O domicílio se refere ao local onde uma pessoa estabelece sua residência com intenção de
permanência
q Mudança de domicílio: ocorre quando há transferência de residência, com a
intenção manifesta de o mudar
q Necessidade: todos têm domicílio, ainda que não tenham residência
q Fixidez: o domicílio é fixo, apesar de se permitir mutabilidade
q Unidade: toda pessoa tem apenas um domicílio, em regra. Exceção é quando a
pessoa possuir diversas residências, onde, alternadamente viva
q Voluntário: em regra, o domicílio é voluntário, salvo as exceções legais
Prof. Renan Duarte

Domicílio

q Domício necessário/legal: é quando a legislação determina um domicílio a pessoa.


São casos:
• Pessoas itinerantes: é o lugar onde forem encontradas;
• Incapazes: é o domicílio do seu representante ou assistente;
• Servidores públicos: o local em que exercer permanentemente suas funções;
• Militares do Exército: onde servir;
• Militares da Marinha e Aeronáutica: a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado;
• Marinha mercante: onde o navio estiver matriculado;
• Presos: lugar em que cumprir a sentença;
• Agentes diplomáticos: pode ser demandado no DF ou no último ponto do
território brasileiro onde teve domicílio.
Questão 1
Banca: OBJETIVA Ano: 2023 Prova: Câmara de São João do Manhuaçu
Em conformidade com a Lei nº 10.406/2002 - Código Civil, sobre os classificados como absolutamente incapazes, analisar os
itens abaixo:
I. Menores de 16 anos;
II. Ébrios habituais e viciados em tóxico;
III. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
Está(ão) CORRETO(S):

A Somente o item I

B Somente o item II

C Somente os itens I e III

D Todos os itens
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2015 Prova: TCU

A definição do domicílio do servidor público depende de seu ânimo definitivo para estabelecer residência
em determinado lugar.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Pessoa Jurídica
Uma pessoa jurídica é uma entidade a qual a lei atribui personalidade jurídica, permitindo-
lhe ter direitos e obrigações como se fosse uma pessoa física, mas diferenciando-se por
não ter personalidade

q Composta por uma ou mais pessoas físicas ou outras pessoas jurídicas, uma pessoa
jurídica pode ser criada para diversos fins, como comerciais, educacionais,
religiosos ou beneficente
q Uma pessoa jurídica pode celebrar contratos, possuir propriedades, ser autora ou ré
em ações judiciais e está sujeita a obrigações fiscais
q Sua existência legal começa com o registro em órgãos apropriados, como juntas
comerciais ou cartórios de registro civil, e continua até a sua dissolução formal
q Exemplos incluem empresas, associações, fundações, sindicatos, governos e
organizações não-governamentais
q CNPJ: é um número único que identifica uma pessoa jurídica no Brasil. É o
equivalente para pessoas jurídicas ao CPF das pessoas física
Prof. Renan Duarte

Classificação

q É possível classificar as pessoas jurídicas de duas formas:


• Quanto à nacionalidade:
• Pessoa jurídica nacional ou interna;
• Pessoa jurídica estrangeira ou externa.
• Quanto à capacidade/função:
• Pessoa jurídica de direito público;
• Pessoa jurídica de direito privado.
Prof. Renan Duarte

Pessoa Jurídica de Direito Público

q São regidas por regime de direito público, típico do Direito Administrativo:


PJ de Direito Público Interno: PJ de Direito Público Externo:

• União; • Estados da comunidade


internacional;
• Estados;
• Demais pessoas regidas pelo
• Munícios;
Direito Internacional Público.
• Distrito Federal;
• Territórios;
• Autarquias;
• Fundações Públicas;
• Demais entidades de caráter
público criadas por lei.
Prof. Renan Duarte

Pessoa Jurídica de Direito Privado

q São regidas por regime de direito privado, típico do Direito Civil/Empresarial:


• Associações: PJ de direito privado formadas para fins não econômicos;
• Sociedades: entidades com objetivo de lucro, formadas por duas ou mais pessoas que
contribuem com capital ou serviços;
• Fundações: entidades sem fins lucrativos, constituídas por um patrimônio destinado a
uma finalidade específica, geralmente de natureza social, educacional, cultural, ou
científica;
• Organizações religiosas: entidades formadas com o objetivo de prática e difusão de
crenças religiosas;
• Partidos políticos: associações com ideologia política, em que os membros se organizam
para alcançar o poder político;
• Sindicatos: associações que representam classes de trabalhadores ou empregadores;
• Empresas públicas: empresas que têm patrimônio próprio e capital exclusivo da União;
• Sociedades de Economia Mista: sociedades constituídas sob a forma de S.A. e com
maioria do capital votante da União ou da Administração Indireta;
• Cooperativas: união de pessoas que se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o
exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.
Prof. Renan Duarte

Tipos Societários
Os tipos societários das empresas são às diversas formas jurídicas sob as quais um negócio
pode ser estruturado

q Microempreendedor Individual (MEI): destinado a pequenos empresários


individuais. Tem um limite de faturamento anual e permite a contratação de apenas
um funcionário. Oferece benefícios como impostos reduzidos e processo de
abertura simplificado
q Empresário Individual (EI): para negócios de uma única pessoa, sem sócios. O
empresário responde ilimitadamente pelas dívidas da empresa, ou seja, seu
patrimônio pessoal pode ser utilizado para quitar dívidas empresariais
q Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): permite que uma única pessoa constitua
uma empresa com responsabilidade limitada ao montante do capital social
investido, sem a necessidade de sócios adicionais. É sucessora da EIRELI
q Sociedade Empresária Limitada: tipo mais comum de sociedade, caracterizado
pela divisão do capital social em cotas. A responsabilidade dos sócios é limitada ao
valor de suas cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social
Prof. Renan Duarte

Tipos Societários

q Sociedade Simples: usualmente adotada por profissionais que exercem atividades


intelectuais, de natureza científica, literária ou artística. Pode ser pura (com
responsabilidade ilimitada dos sócios) ou limitada (com responsabilidade limitada
ao valor de suas cotas)
q Sociedade Anônima: o capital social é dividido em ações, podendo ser de capital
aberto (com ações negociadas em bolsas de valores) ou fechado (sem negociação
em bolsa). Os acionistas têm sua responsabilidade limitada ao preço das ações
adquiridas
Prof. Renan Duarte

Domicílio

q União: o Distrito Federal


q Estados e Territórios: as respectivas capitais
q Municípios: o lugar onde funcione a administração municipal
q Demais pessoas jurídicas: o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
constitutivo
Questão 1
Banca: QUADRIX Ano: 2023 Prova: CRT

As sociedades de economia mista poderão revestir-se sob qualquer forma admitida pelo direito

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: OBJETIVA Ano: 2023 Prova: Câmara de São João do Manhuaçu

São pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito privado, apenas:


I. Empresas públicas;
II. Municípios;
III. Autarquias;
IV. Sociedades de economia mista.
Questão 2
Banca: OBJETIVA Ano: 2023 Prova: Câmara de São João do Manhuaçu

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

A São corretas apenas as afirmativas 1 e 3

B São corretas apenas as afirmativas 1 e 4

C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3

D São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4

E São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4


@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Regime de Tributação
O regime de tributação refere-se ao conjunto de leis que determina como as empresas
devem calcular e pagar seus tributos ao governo
q No Brasil, existem três principais regimes de tributação:
• Simples Nacional;
• Lucro Real;
• Lucro Presumido.
Prof. Renan Duarte

Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido,
destinado às microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) com faturamento
anual bruto de até R$ 4,8 milhões

q Destinação: ME e EPP:
• ME: até R$ 360 mil de faturamento nos últimos 12 meses;
• EPP: de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões de faturamento nos últimos 12 meses.
q Guia de pagamento: este regime unifica a arrecadação de diversos tributos em uma
única guia de pagamento, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional
(DAS), simplificando o processo tributário para os pequenos negócios
q Alíquotas: podem variar de 4% a 22,90% a depender da receita bruta e do tipo de
atividade da empresa
q O Simples Nacional simplifica o pagamento de impostos e oferece alíquotas
menores que as dos outros regimes
Prof. Renan Duarte

Simples Nacional: Exemplo

q Microempresa:
• Receita Bruta Anual: R$ 360.000,00;
• Atividade: Comércio.
q Cálculo:
• Base de Cálculo: R$ 360.000,00;
• Alíquota Efetiva: 6%;
• Imposto Devido = R$ 360.000,00 × 6% = R$ 21.600,00.
q Total de impostos: R$ 21.600,00
Prof. Renan Duarte

Lucro Presumido
O Lucro Presumido é um regime tributário destinado para empresas que faturam até R$ 78
milhões anualmente. É uma forma de tributação simplificada para estabelecer a base de
cálculo dos tributos

q Destinação: empresas que faturam até R$ 78 milhões anualmente


q Lucro presumido: margens de lucro fixadas pela legislação, calculadas em
percentuais fixos sobre a receita, que variam entre 8% e 32%, dependendo da
atividade econômica da empresa. Essas margens são usadas para determinar a base
de cálculo do IRPJ e da CSLL
q Alíquotas:
• IRPJ: 15% sobre o lucro presumido, com adicional de 10% sobre a parcela
do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês;
• CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): 9% sobre o lucro
presumido;
• São calculados de forma cumulativa sobre o faturamento total, com alíquotas
de 0,65% para o PIS e 3,00% para a COFINS, totalizando 3,65%.
Prof. Renan Duarte

Lucro Presumido: Exemplo

q Empresa:
• Receita Bruta Anual: R$ 600.000,00;
• Atividade: Serviços (com margem de lucro presumida de 32%);
• Lucro presumido: R$ 192.000,00.
q Cálculo:
• Base de Cálculo: R$ 192.000,00;
• IRPJ Devido = R$ 192.000,00 × 15% = R$ 28.800,00;
• Não há adicional de IRPJ pois o lucro presumido não excedeu R$
240.000,00;
• CSLL Devida = R$ 192.000,00 × 9% = R$ 17.280,00;
• PIS Devido = R$ 600.000,00 × 0,65% = R$ 3.900,00;
• COFINS Devido = R$ 600.000,00 × 3,00% = R$ 18.000,00.
q Total de impostos: R$ 67.980,00
Prof. Renan Duarte

Lucro Real
O Lucro Real é um regime tributário no qual a apuração dos impostos devidos pela
empresa é baseada no seu lucro líquido real, ou seja, na diferença entre todas as receitas e
todos os custos e despesas, ajustada por adições, exclusões ou compensações permitidas
pela legislação fiscal

q Destinação: é obrigatório para empresas com receitas superiores a R$ 78 milhões


no ano, instituições financeiras e empresas que se beneficiam de incentivos fiscais,
e voluntário para outras empresas
q Vantagens: possibilidade de pagar impostos apenas sobre o lucro efetivamente
realizado, considerando todas as despesas operacionais permitidas por lei. Isso pode
resultar em uma carga tributária menor para empresas com altos custos operacionais
ou que apresentam prejuízo em determinados períodos
q Desvantagens: maior complexidade na apuração dos impostos, a necessidade de
uma contabilidade muito precisa, e o custo potencialmente maior com a gestão
fiscal
q Alíquotas: 15% de IRPJ e 9% para CSLL. O PIS e a Cofins são calculados de
forma não cumulativa, com alíquotas de 1,65% para PIS e 7,6% para COFINS
Questão 1
Banca: AVANÇA SP Ano: 2022 Prova: Câmara Municipal de Sorocaba
Nesse tipo de regime há uma forma de tributação simplificada para estabelecer a base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica
(IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas. Para os dois impostos as alíquotas podem variar conforme a
atividade exercida, sendo de 8% para atividades que envolvam a indústria e comércio e de 32% nos casos de prestação de serviços. Pode
ser a escolha de empresas que faturam até R$ 78 milhões por ano, além de, também, ser indicado para aquelas com lucro elevado. Pode
ser um regime benéfico para empresas que tenham as margens de lucro acima da presunção, poucos custos operacionais e uma folha de
pagamento baixa.
O texto acima se refere a qual regime de tributação?

A Lucro Presumido

B Microempreendedor Individual

C Lucro Real

D Lucro Arbitrado

E Simples Nacional
Questão 2
Banca: EXATUS Ano: 2015 Prova: BANPARÁ

A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas empresas cuja receita bruta, no
ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a

A R$ 78.000.000,00

B R$ 24.000.000,00

C R$ 20.000.000,00

D R$ 56.000.000,00

E R$ 48.000.000,00
Questão 3
Banca: IADES Ano: 2021 Prova: CFQ

Parte importante do planejamento tributário consiste na definição do regime de tributação que é mais vantajoso para a
organização no que se refere à economia de tributos. Considere uma empresa cuja previsão de faturamento no ano-calendário
é de 100 milhões de reais, mas que, em razão de um expressivo aumento dos custos, deverá registrar prejuízo no ano fiscal.
Quanto a esse fato, a fim de reduzir a carga tributária, a empresa deverá optar pela tributação com base no lucro

A Presumido

B Real

C Real nos meses de maior faturamento e no lucro presumido nos meses de menor faturamento

D Presumido com apuração mensal por estimativa

E Real com recolhimento anual por estimativa


@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Mandato
O mandato é um contrato regulamentado pelo Código Civil em que uma pessoa
(mandatário) recebe poderes de outra (mandante), para, em nome e por conta desta,
praticar atos ou administrar interesses

q Mandante: é a pessoa que confere poderes ao mandatário para que este atue em
seu nome. O mandante é a parte que inicia o contrato de mandato, escolhendo
confiar em outra pessoa para representá-lo e realizar atos ou administrar interesses
em seu lugar
q Mandatário: é a pessoa que recebe do mandante a autoridade para agir em seu
nome. O mandatário aceita a responsabilidade de executar os atos ou gerir os
interesses confiados pelo mandante, dentro dos limites estabelecidos pelo contrato
de mandato
q Procuração: é o instrumento que serve como evidência documental do acordo de
vontades entre o mandante e o mandatário
• Em regra, é escrita, por instrumento público (quando lei exigir) ou
instrumento particular, mas em alguns casos pode ser verbal.
Prof. Renan Duarte

Mandato: Características

q Consensualidade: o mandato é um contrato consensual que se estabelece pelo


simples acordo de vontades entre o mandante e o mandatário, podendo ser expresso
ou tácito, verbal ou escrito
q Onerosidade: o mandato pode ser bilateral (oneroso) quando envolve a
remuneração do mandatário pelos serviços prestados, ou unilateral (gratuito) se o
mandatário não recebe remuneração
q Personalíssimo: o mandato é um contrato personalíssimo, especialmente quando os
serviços do mandatário são escolhidos com base em habilidades ou confiança
pessoais. Isto implica que o mandato não pode ser transferido para outra pessoa sem
o consentimento expresso do mandante
q Revogabilidade: o mandato é revogável a qualquer momento pelo mandante, salvo
disposições em contrário estipuladas no contrato ou em lei
q Renunciabilidade: da mesma forma, o mandatário tem o direito de renunciar ao
mandato, também sujeito a quaisquer condições ou limitações contratuais ou legais
Prof. Renan Duarte

Mandato: Características

q Mandantes:
• Todas as pessoas capazes podem ser mandantes;
• O incapaz (absoluto ou relativo) não pode ser mandante.
q Mandatários:
• Todas as pessoas capazes e os relativamente incapazes podem ser
mandatários;
• O incapaz absoluto não pode ser mandatário.
Prof. Renan Duarte

Requisitos da Procuração

q Lugar: refere-se à localidade onde a procuração é formalizada, indicando a


jurisdição geográfica
q Qualificação: descreve de forma detalhada as informações pessoais e legais das
partes envolvidas, como nome, profissão, estado civil, documento de identidade,
CPF, e endereço
q Data: a data em que a procuração é assinada, essencial para determinar a validade e
o período de eficácia do documento
q Objetivo: esclarece a finalidade para a qual a procuração é outorgada, definindo o
escopo de atuação do mandante
q Extensão dos Poderes: delimita de maneira clara e específica os limites da
autoridade concedida ao outorgado, estabelecendo o que ele pode ou não fazer em
nome do outorgante
Prof. Renan Duarte

Obrigações do Mandatário

q Agir em nome do mandante, dentro dos poderes conferidos na procuração


q Aplicar toda sua diligência habitual na execução do mandato e indenizar qualquer
prejuízo causado por culpa sua
q Prestação de contas de sua gerência ao mandante
q Apresentar o instrumento de mandato às pessoas, com quem tratar em nome do
mandante
q Concluir o negócio já começado, embora ciente da morte, interdição ou mudança de
estado do mandante, se houver perigo de demora
Prof. Renan Duarte

Obrigações do Mandante

q Satisfazer as obrigações assumidas pelo mandatário dentro dos poderes conferidos


no mandato
q Adiantar a importância das despesas necessárias à execução do mandato, quando o
mandatário lhe pedir
Prof. Renan Duarte

Extinção do Mandato

q Pela revogação ou pela renúncia


q Pela morte ou interdição de uma das partes
q Pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o
mandatário para os exercer
q Pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio
Questão 1
Banca: : Crescer Ano: 2017 Prova: Prefeitura de Araguanã

Ocorre a extinção do mandato, EXCETO:

A Pela revogação ou renúncia

B Pela morte ou interdição de uma das partes

C Pela obrigação

D Pela mudança de estado que inabilita o mandante


@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Crédito
Crédito é a concessão de recursos por uma parte (credor) a outra parte (devedor), com o
acordo de que o devedor reembolsará o montante principal junto com juros ou outros
custos associados em uma data futura acordada

q Confiança: o crédito é essencialmente baseado na confiança entre o credor e o


devedor. O credor confia que o devedor reembolsará o valor emprestado dentro do
prazo estipulado
q Tempo: o crédito envolve a deferência de pagamento. O devedor recebe
imediatamente recursos ou valor, mas o pagamento ao credor é adiado para um
momento futuro
q Juros e custos: geralmente, o uso do crédito envolve custos para o devedor, como
juros sobre o montante emprestado. Estes custos compensam o credor pelo risco e
pela espera pelo reembolso
q Contrato: acordos de crédito são formalizados por meio de contratos que
especificam os termos e condições do empréstimo, incluindo o montante
emprestado, a taxa de juros, o cronograma de pagamento e quaisquer garantias ou
colaterais
Prof. Renan Duarte

Elementos do Crédito

q Caráter: é à reputação de crédito de um devedor, avaliando sua confiabilidade e


propensão a cumprir com as obrigações financeiras
q Capacidade: mede a capacidade do devedor de reembolsar o empréstimo,
considerando seus fluxos de renda e compromissos financeiros atuais
q Capital: são os investimentos, poupanças ou outros ativos que o devedor pode ter e
que poderiam ser usados para reembolsar o empréstimo, se necessário
q Colateral: são os ativos ou garantias oferecidos pelo devedor para assegurar o
empréstimo. O colateral pode ser apreendido pelo credor em caso de inadimplência
q Condições: é o propósito do empréstimo, bem como às condições econômicas e de
mercado que podem afetar a capacidade do devedor de cumprir com o reembolso
Prof. Renan Duarte

Requisitos do Crédito
Os requisitos do crédito são critérios usados por credores para avaliar a elegibilidade de
um potencial devedor. Esses requisitos ajudam a minimizar o risco de inadimplência e
garantir que o devedor possa cumprir com as obrigações do crédito

q Análise de crédito: avaliação abrangente da história de crédito do devedor, renda,


dívidas existentes, e capacidade de pagamento.
q Documentação: prova de renda, demonstrações financeiras, identificação pessoal, e
outros documentos que comprovem a capacidade do devedor de cumprir com os
termos do crédito.
q Garantias: dependendo do tipo de crédito, pode ser necessário fornecer colateral
como segurança para o empréstimo
q Garantias fidejussórias: em alguns casos, um terceiro pode ser requerido para
garantir o crédito, especialmente se o devedor tiver um histórico de crédito limitado
ou negativo
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O C de capital representa exclusivamente o volume de recursos que o tomador do crédito mantém


disponível em caixa com o objetivo de honrar obrigação resultante de crédito que lhe tenha sido concedido
por instituição financeira.

C Certo

E Errado
Questão 1
Banca: FGV Ano: 2014 Prova: BNB

Os parâmetros básicos utilizados para orientar a concessão de crédito norteiam-se nos chamados “C’s do
crédito”. São eles

A caráter, carreira, capacidade, condições e colateral

B cadastro, comunicação, caráter, coação e capital

C caráter, cadastro, capital, condições e composição

D caráter, capacidade, capital, condições e colateral

E caráter, cadastro, capacidade, condições e comunicação


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Renan Duarte
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Riscos da Atividade Bancária


As atividades bancárias estão sujeitas a uma variedade de riscos. Esses riscos podem
afetar não apenas a saúde financeira e a estabilidade das próprias instituições bancárias,
mas também a economia mais ampla

q São exemplos de riscos associados à atividade bancária:


• De crédito;
• De mercado;
• Operacional;
• Sistêmico;
• Liquidez.
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Risco de Crédito
O risco de crédito é o risco de que um emprestador não cumpra suas obrigações conforme
acordado, levando a perdas para o banco. Isso pode ocorrer devido à incapacidade ou à
recusa do devedor de pagar o principal e os juros de um empréstimo

q Segundo a legislação, define-se o risco de crédito como a possibilidade de


ocorrência de perdas associadas a:
• Não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos pactuados;
• Desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em
instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da
contraparte;
• Reestruturação de instrumentos financeiros;
• Custos de recuperação de exposições caracterizadas como ativos
problemáticos.
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Risco de Crédito

q A definição do risco de crédito também inclui:


• O risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de
perdas decorrentes do não cumprimento de obrigações relativas à liquidação
de operações que envolvam fluxos bilaterais;
• A possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar garantias
financeiras prestadas;
• A possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações nos
termos pactuados;
• O risco de concentração, entendido como a possibilidade de perdas
associadas a exposições significativas a uma mesma contraparte; a
contrapartes com atuação em um mesmo setor econômico, região geográfica
ou segmento de produtos ou serviços, entre outros.
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Risco de Mercado
O risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos
valores de mercado de instrumentos detidos pela instituição

q A definição do risco de mercado inclui:


• O risco da variação das taxas de juros e dos preços de ações;
• O risco da variação cambial e dos preços de mercadorias (commodities).
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Risco Operacional
O risco operacional é a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos
externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou
sistemas
q O risco operacional inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em
contratos firmados pela instituição, às sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das
atividades desenvolvidas pela instituição
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Risco Operacional

q Entre os eventos de risco operacional incluem-se:


• Fraudes internas
• Fraudes externas;
• Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;
• Práticas inadequadas relativas a usuários finais, clientes, produtos e serviços;
• Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;
• Situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição ou a
descontinuidade dos serviços prestados;
• Falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação;
• Falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das
atividades da instituição, incluindo aquelas relacionadas aos arranjos de
pagamento.
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Risco Sistêmico
O risco de colapso de todo o sistema financeiro ou mercado, geralmente desencadeado
pelo colapso de uma única instituição ou um grupo de instituições, que leva a um efeito
cascata
q Exemplos: a falência de um grande banco que leva a uma crise de confiança
generalizada no sistema financeiro, resultando em corridas aos bancos e falências
subsequentes
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Risco de Liquidez
O risco de liquidez é a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar
eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, incluindo as
decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer
em perdas significativas

q Também é a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de


mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume
normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado
q O risco de liquidez, ainda, inclui a possibilidade de a instituição emissora de moeda
eletrônica não ser capaz de convertê-la em moeda física ou escritural no momento
da solicitação do usuário
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes beneficiários de
recursos faz parte do risco operacional

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela deterioração da
qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no conceito de risco de mercado

C Certo

E Errado
@renanduartephy

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Risco de Crédito
O risco de crédito refere-se à possibilidade de um empréstimo não ser reembolsado
conforme acordado, resultando em perdas financeiras para o credor

q Dentro desse contexto, podemos analisar duas variáveis relacionadas a esse risco:
• Clientes;
• Operação.
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Cliente
Os clientes são centrais para a avaliação do risco de crédito. A capacidade e a vontade de
um cliente em cumprir suas obrigações financeiras podem variar, tornando importante
uma análise detalhada

q Histórico de crédito: informações sobre o comportamento de pagamento anterior


do cliente, incluindo inadimplências, atrasos e o uso geral do crédito
q Renda e estabilidade financeira: avaliação da renda total do cliente, fontes de
renda e sua estabilidade ao longo do tempo
q Endividamento atual: o total de dívidas que o cliente já possui, incluindo
empréstimos, cartões de crédito e outras obrigações financeiras
q Perfil demográfico: idade, educação, ocupação e outros fatores demográficos que
podem influenciar a capacidade de pagamento
q Análise comportamental: padrões de gastos, economia e uso de crédito que podem
indicar a probabilidade de pagamento
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Operação
A operação refere-se aos detalhes específicos de um empréstimo ou linha de crédito,
incluindo seus termos, estrutura e o contexto em que é concedido
q Montante do Empréstimo: o tamanho do empréstimo pode afetar o risco, com
grandes empréstimos representando potencialmente maior risco
q Prazo do Empréstimo: empréstimos com prazos mais longos podem ter maior
risco devido à incerteza futura
q Taxa de Juros: a taxa de juros pode refletir o nível de risco associado ao
empréstimo, com taxas mais altas geralmente indicando maior risco
q Garantias: a presença e o valor das garantias podem reduzir o risco de crédito,
fornecendo uma forma de recuperação em caso de inadimplência
q Finalidade do Empréstimo: o propósito pelo qual o empréstimo é tomado pode
influenciar o risco, com alguns propósitos apresentando maior probabilidade de
reembolso do que outros
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

As principais variáveis relacionadas ao risco de crédito estão associadas ao conhecimento e ao


acompanhamento da capacidade de pagamento dos clientes, assim como das próprias operações de crédito
autorizadas. Sobre risco de crédito, assinale a alternativa CORRETA

A classificação das operações de crédito, de titularidade de pessoas físicas, deve levar em conta apenas
A a situação da renda e do patrimônio do devedor

As instituições financeiras devem implementar estruturas de gerenciamento do risco de crédito,


B compatíveis com a natureza e a complexidade de suas operações de crédito

O risco de crédito está associado ao cumprimento das obrigações contratuais das pessoas físicas, uma
C vez que não há regras para o controle de créditos para pessoa jurídica

A existência de avais ou fianças elimina, totalmente, o risco de crédito existente nas operações de
D empréstimos das instituições financeiras

Por não envolver risco de crédito, não há necessidade, por parte dos bancos, de estabelecer limites
E para a realização de operações de empréstimos, tanto individualmente, como para grupos econômicos
@renanduartephy

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Operações de Crédito Bancário


O crédito bancário desempenha um papel importante na economia, facilitando o consumo,
investimento e a gestão de fluxo de caixa tanto para indivíduos quanto para empresas

q São exemplos de operações de crédito bancário:


• Empréstimos;
• Descontos;
• Financiamentos;
• Adiantamentos.
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Empréstimos
Uma quantia de dinheiro emprestada pelo banco a um cliente, com a promessa de
pagamento futuro acrescido de juros dentro de um prazo definido

q Pode ser de curto, médio ou longo prazo


q Taxas de juros fixas ou variáveis
q Utilizado para uma variedade de propósitos, a depender da necessidade do cliente
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Descontos
Uma operação de crédito onde o banco antecipa o valor de títulos de crédito (como
duplicatas ou cheques) para um cliente, descontando uma taxa pela antecipação
q Facilita o fluxo de caixa das empresas, permitindo-lhes receber imediatamente o
valor de vendas a prazo
q A taxa de desconto reflete o custo da operação e o risco associado
q Comum no financiamento de capital de giro para empresa
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Financiamentos
Crédito destinado à compra de bens ou serviços específicos, com pagamento parcelado ao
longo do tempo
q Geralmente associado à aquisição de bens de alto valor, como imóveis e veículos
q Prazos de pagamento podem se estender por vários anos
q As condições, como taxas de juros e prazos, são definidas conforme o propósito do
financiamento e o perfil do tomador
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Adiantamentos
Adiantamento de fundos pelo banco ao cliente, baseado em recebíveis futuros ou na
promessa de depósito
q Utilizado por empresas para cobrir despesas operacionais imediatas
q O valor é geralmente liquidado em curto prazo, assim que os recebíveis são
concretizados ou o depósito prometido é realizado
q Taxas de juros ou custos são aplicados com base no período de antecipação e no
risco
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Adiantamento: Exemplo (ACC)

Uma empresa brasileira fechou um contrato de venda de café para um comprador na


Alemanha. O pagamento dessa venda, no valor de $100.000,00, é esperado para daqui a
90 dias após o embarque do produto
q Contrato de venda: a empresa apresenta ao banco o contrato de venda
internacional e outros documentos necessários, como a fatura comercial e o
conhecimento de embarque, demonstrando a existência da venda e os termos de
pagamento
q Análise: o banco analisa a documentação e avalia o risco da operação,
considerando a solidez do comprador internacional e a confiabilidade da empresa
q Liberação: uma vez aprovado, o banco antecipa uma parte significativa do valor a
ser recebido pelo contrato de exportação, descontando uma taxa pelo adiantamento.
Suponha que o banco adiante 90% do valor do contrato, totalizando $90.000,00
q Recebimento e liquidação: quando a empresa recebe o pagamento do comprador,
após os 90 dias, esse valor é direcionado ao banco para liquidar o adiantamento. Se
o pagamento total for recebido, a empresa então recebe os 10% restantes
($10.000,00), menos as taxas e juros acordados
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Crédito Pessoal
O Crédito Pessoal é um tipo de empréstimo que os indivíduos podem usar para uma
variedade de despesas pessoais, sem a necessidade de especificar a utilização dos fundos

q Destinação: pode ser usado para qualquer finalidade pessoal, como consolidação de
dívidas, educação, ou despesas médicas
q Garantias: normalmente, não são usadas garantias
q Juros: as taxas de juros tendem a ser mais altas que outras operações de crédito
q Prazos: depende da instituição financeira, mas normalmente são prazos mais curtos
q Aprovação: dependente do histórico de crédito e renda do solicitante
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Crédito Direto ao Consumidor (CDC)


O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é o financiamento concedido por uma instituição
financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes (pessoas físicas e jurídicas)

q Destinação: é frequentemente utilizado para a compra de bens duráveis, como


veículos e eletrodomésticos
q Garantias: sempre que possível, o próprio bem adquirido serve como garantia da
operação, por meio de alienação fiduciária. Nesse arranjo, o cliente transfere à
instituição financeira a propriedade do bem adquirido até que a dívida seja
totalmente paga
q Prazos: pode variar de 3 a 48 meses. No caso de financiamento de veículos, o prazo
pode se estender a 60 meses ou até, em casos especiais, a 72 meses
q Financiamento: pode financiar de 67 a 100% do valor do bem, já que uma parte do
pagamento pode ser feita no momento da aquisição do bem, na forma de entrada
q Antecipação de parcelas: é permitido aos clientes quitar total ou parcialmente o
financiamento antes do prazo, reduzindo os juros a serem pagos e podendo alterar o
número ou valor das parcelas restantes
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Exemplo

q Uma empresa contrata uma operação de CDC, cujo valor do financiamento do bem
é de R$ 100.000,00 pelo prazo de 60 meses, Tabela Price com juros de 1,5% ao
mês. O modelo de cálculo de prestação - PMT - do CDC, desconsiderado a inclusão
de qualquer tributo, é:

(1 + 𝑖)! 𝑥 𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝐶 𝑥
(1 + 𝑖)! −1

Substituído os valores:

(1 + 0,015)"# 𝑥 0,015
𝑃𝑀𝑇 = 100.000,00 𝑥
(1 + 0,015)"# −1

𝑃𝑀𝑇 ≅ 𝑅$ 2.539,34
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O crédito direto ao consumidor (CDC) é uma modalidade de financiamento destinada à aquisição de bens e
serviços cujo beneficiário é o consumidor ou usuário final

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil

Uma das medidas adotadas para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação do acesso ao
crédito, aumentando, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no desenvolvimento do país.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

A é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou serviços

B exclui as compras no cartão de crédito

C é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aquisição de bens

D é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento

E possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento


Questão 3
Banca: EXATUS Ano: 2014 Prova: BANPARÁ

O Crédito Direto ao Consumidor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas ou
jurídicas para a aquisição de bens e serviços.
Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC

O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem que será pago com sua
A renda futura

O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias após quitação da
B primeira parcela de pagamento

O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trinta dias da quitação da
C primeira parcela de pagamento

O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após sessenta dias da quitação
D da terceira parcela de pagamento

O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem adquirido após o
E vencimento da segunda parcela
Questão 4
Banca: CESGRANRIO Ano: 2013 Prova: Banco da Amazônia

Atualmente os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito concedida para a
aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamento das parcelas com deságio, é o

A leasing

B certificado de depósito interbancário

C cartão de crédito

D crédito direto ao consumidor

E hot money
Questão 5
Banca: FCC Ano: 2013 Prova: Banco do Brasil

As operações denominadas Crédito Direto ao Consumidor são caracterizadas

A pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física

B por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas

C pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas dos bancos

D pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas

E pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados


Questão 6
Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia

O crédito direto ao consumidor é uma modalidade destinada exclusivamente à compra de bens imóveis
comerciais e residenciais, e seus principais clientes são as pessoas físicas

C Certo

E Errado
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Duplicatas
Duplicatas são títulos de crédito usados em transações comerciais. Elas representam um
direito de cobrança de uma dívida por venda de mercadorias ou prestação de serviço

q Título de crédito: são documentos que representam uma dívida


q Base em transações comerciais: são emitidas após a venda de mercadorias ou
prestação de serviços
q Aceite do comprador: devem ser aceitas (assinadas) pelo comprador, confirmando
a obrigação de pagamento
q Vencimento: possuem uma data de vencimento estabelecida para o pagamento
q Negociação: são negociáveis e podem ser transferidas a terceiros (endosso)
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Notas Promissórias
Notas promissórias são títulos de crédito que representam uma promessa de pagamento de
uma quantia de dinheiro por parte do emitente (pessoa que cria a nota) para um
beneficiário nomeado ou portador da nota

q Título de crédito: são documentos que representam uma dívida


q Unilateralidade: emitidas apenas pelo devedor, sem a necessidade de aceite pelo
credor
q Vencimento: possuem uma data de vencimento estabelecida para o pagamento (se
não estiver preenchido, considera exigível à vista)
q Negociação: são negociáveis e podem ser transferidas a terceiros (endosso)
q Sem vinculação comercial: podem ser usadas independentemente de uma
transação de venda ou serviço
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Cheques Pré-datados
Cheques pré-datados são cheques emitidos em que o emissor informa uma data futura para
pagamento ao beneficiário

q Um cheque, em regra, é uma ordem de pagamento à vista, que deve ser liquidado
assim que apresentado ao banco. O cheque pré-datado, no entanto, é utilizado como
um acordo entre as partes para pagamento futuro, funcionando na prática como uma
nota promissória
q Apesar disso, legalmente, o cheque pré-datado ainda é considerado uma ordem de
pagamento à vista, e não possui o mesmo status jurídico de uma nota promissória
q Eles são comumente utilizados em transações onde o pagador e o receptor acordam
um pagamento diferido
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Desconto de Títulos
O Desconto de Títulos é o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre
valores referenciados em duplicatas ou notas promissórias, para antecipar o fluxo de caixa
do cliente

q Por exemplo, se uma empresa tem uma duplicata de R$10.000 com vencimento em
30 dias, ela pode descontá-la da seguinte forma:

Valor do Título do Cliente (VT): R$ 10.000,00 Valor do IOF (VI) = R$ 10.000,00 x 0,123% = R$ 12,30
Taxa de Desconto (TX) = 1,5% ao mês Valor Entregue ao Cliente (VE) = R$ 10.000,00 - R$
150,00 - R$ 12,30
Prazo de Resgate do Título = 30 dias
VE = R$ 9.837,70
Valor do Desconto (VD) = R$ 10.000,00 x 1,5% = R$
150,00 Ganho do Banco (GB) = R$ 150,00

IOF Diário = 0,0041% ao dia


IOF no Período = 30 x 0,0041% = 0,123% ao mês
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Desconto de Títulos

q Cobrança: ao descontar um título, o risco de inadimplência é transferido para a


instituição financeira, que assume a responsabilidade pela cobrança do devedor
(sacado). No entanto, se o sacado não pagar no vencimento, a empresa original
(cedente) pode ter que reembolsar a instituição financeira (direito de regresso)
q Desconto de cheques pré-datados: também é possível fazer desconto de cheques
pré-datados, situação em que eles ficam em caução, como garantia da operação
Questão 1
Banca: CESGRANRIO Ano: 2013 Prova: Banco da Amazônia

Os bancos oferecem diversas modalidades de crédito para as empresas ajustarem seu fluxo de caixa. Uma
dessas modalidades é o desconto de títulos, que consiste na:

antecipação de um direito (recebível), seja um boleto ou um cheque, feito pelo banco ao cliente,
A mediante a cobrança de uma taxa de juros

prorrogação do vencimento de títulos (deveres) dos seus clientes para uma data futura, mediante a
B cobrança de uma taxa de juros

liquidação antecipada de títulos dos clientes com um desconto nos juros proporcional ao prazo de
C antecipação

geração de descontos em tarifas e taxas bancárias para os clientes que realizarem os pagamentos de
D títulos pela internet

E alienação de recebíveis atrelados a bens móveis e imóveis com desconto na taxa de juros
Questão 2
Banca: CESPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

Na operação de desconto de títulos, uma das vantagens para o cliente é que, por meio dessa operação, ele
pode antecipar o seu fluxo de caixa, antecipando o recebimento do título. Caso o devedor não pague o título
no vencimento, em função do direito de regresso, o cliente não é responsável pelos encargos como multa e
juros de mora.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

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Contas Garantidas
A conta garantida é uma modalidade de crédito rotativo oferecida por instituições
financeiras, geralmente destinada a empresas. Ela permite que o cliente faça saques que
excedam o saldo disponível em sua conta corrente, até um limite pré-estabelecido pelo
banco

q Exemplo:
• Saldo disponível em conta corrente: R$ 2.000,00;
• Limite da conta garantida: R$ 10.000,00;
• Saque da conta corrente: R$ 5.000,00;
• Saldo devedor da conta garantida: R$ 3.000,00.
q Juros: calculados diariamente sobre o saldo devedor (sobre o valor utilizado além
do saldo disponível) e cobrados, normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte
ao de movimentação
q IOF: a base de cálculo é a soma dos saldos devedores diários apurados
mensalmente, cobrados no primeiro dia útil do mês seguinte ao de movimentação
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Contas Garantidas: Características

q Limite: é concedido com base em análises de crédito e serve como uma espécie de
garantia para cobrir eventuais necessidades de fluxo de caixa dos clientes
q Conta devedora: algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora,
funcionam separadas da conta corrente e, geralmente, exige do cliente o aviso com
antecedência dos valores a serem sacados, resultando em taxas de juros menores
q Clientes: o produto garante liquidez imediata para suas emergências
q Banco: é um instrumento mercadológico forte, mas arriscado se não for bem
gerenciado. Afeta a administração das reservas bancárias, pois exige que o banco
mantenha uma parcela de seus recursos em reserva (sem serem aplicados, por
exemplo, em operações de overnight) para atender possíveis solicitações de
empréstimo, as quais só serão confirmadas no dia seguinte
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Conta Garantida: Garantias

q É possível estabelecer garantias para as contas garantidas, tais como:


• Aval dos sócios/dirigentes;
• Cessão Fiduciária de depósitos ou aplicações financeiras;
• Cessão Fiduciária de duplicatas;
• Cessão Fiduciária de cheques pré-datados;
• Cessão Fiduciária de faturas de cartão de crédito;
• Alienação fiduciária de veículos;
• Alienação fiduciária de máquinas/equipamentos;
• Alienação fiduciária de imóveis.
Questão 1
Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ

Refere-se a uma operação de crédito bancário com um valor limite. Normalmente é movimentada pelo
cliente através de seus cheques, desde que não haja saldo disponível em sua conta corrente de
movimentação. À medida que entram recursos na conta corrente do cliente, eles são usados para cobrir o
saldo devedor. Essas características dizem respeito ao(às):

A Hot Money

B Crédito Rotativo

C Contas Garantidas

D Banco Virtual

E Transferências automáticas de fundos


Questão 2
Banca: CESPE Ano: 2011 Prova: BRB

A conta garantida é modalidade de linha de crédito adequada para cobrir eventuais deficiências do fluxo de
caixa dessa empresa.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

Renan Duarte
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Capital de Giro
O Crédito para Capital de Giro é uma linha de financiamento destinada a apoiar as
operações diárias de uma empresa. Ele é utilizado para cobrir necessidades de curto prazo,
como pagamento de salários, compra de estoque, despesas operacionais e manutenção de
fluxo de caixa

q É uma operação tradicional de empréstimo vinculada a um contrato específico que


estabelece prazo, taxas, valores e garantias necessárias, atendendo às necessidades
de capital de giro das empresas, sem uma destinação específica
q O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades
das partes e, geralmente, envolve prazo de até cento e oitenta dias
q Garantias: normalmente, é garantido por duplicatas em geral numa relação de
120% a 150% do principal emprestado. Também podem ser garantidos por aval ou
notas promissórias, mas os juros tendem a ser mais alto
Questão 1
Banca: CESPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

Capital de giro é um tipo de empréstimo com direcionamento para investimentos de curto prazo que se
destina a cobrir as necessidades de fluxo de caixa de empresas.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

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Cartão de Débito
O cartão de débito é um tipo de cartão de pagamento, vinculado a uma conta de depósitos
à vista, que permite aos usuários acessar os terminais de autoatendimento (caixas
eletrônicos), para realizar saques, depósitos, transferências, pagamentos de contas,
consultas a extratos, entre outras funções

q Pagamentos comerciais: o cartão de débito também serve como ferramenta para


efetuar pagamentos em estabelecimentos autorizados. Este processo envolve a
transferência imediata de fundos da conta bancária do titular do cartão para a conta
do vendedor ou prestador de serviço
q Point of Sale (POS): o POS é um terminal eletrônico utilizado nos
estabelecimentos comerciais para processar transações de pagamento
• O terminal POS lê as informações do cartão, autentica a transação mediante
senha do usuário e estabelece uma conexão segura com a rede bancária para
verificar a disponibilidade de fundos ou limite de crédito
• Uma vez autorizada, a transação resulta na transferência imediata de fundos
da conta do cliente para a do comerciante, emitindo um comprovante ao final
Prof. Renan Duarte

Cartão de Débito

q Saldo na conta: portanto, para fazer uma compra utilizando o cartão de débito, é
necessário que a pessoa tenha saldo suficiente em conta, caso contrário, o
pagamento irá ser recusado
q Serviço essencial: o cartão de débito representa um serviço essencial a pessoas
físicas, de modo que as instituições são obrigadas a fornecê-lo a todos os seus
clientes
• Embora os serviços essenciais associados aos cartões de débito, como a
emissão do próprio cartão e a realização de pagamentos em estabelecimentos
comerciais, não sejam tarifados, é importante notar que existem determinados
serviços complementares que podem estar sujeitos a tarifas
• Nestes casos, as instituições financeiras são obrigadas a divulgar as tarifas
cobradas em local e formato visível ao público (nas suas dependências e
páginas na internet)
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito
Um cartão de crédito é um instrumento de pagamento emitido por instituições financeiras
e por instituições de pagamento que permite ao titular realizar compras ou saques até um
limite de crédito pré-definido

q Possui duas funções:


• Instrumento de pagamento: permite realizar compras de bens e serviços
sem necessidade de dinheiro em espécie;
• Instrumento de crédito pós-pago: oferece um limite de crédito para gastar e
pagar posteriormente, com a opção de parcelamento e incidência de juros
sobre o saldo não pago integralmente.
q Emissão: as instituições financeiras não são obrigadas a conceder cartões de crédito
a todos que os solicitam
• A aprovação para um cartão de crédito depende de uma análise de crédito
pela instituição emissora. Durante essa análise, são considerados vários
fatores, como histórico de crédito, renda, e capacidade de pagamento do
solicitante
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Cartão de Crédito: Fatura


A fatura do cartão de crédito é um documento que resume todas compras as realizadas com
o cartão durante um determinado período de faturamento
q As instituições emissoras de cartão de crédito são obrigadas a fornecer extrato ou
fatura mensal a seus clientes, onde devem constar, no mínimo, informações sobre:
• Limites de crédito total e individuais por tipo de operação;
• Detalhamento de gastos realizados e parcelados;
• Identificação e valores das operações de crédito contratadas;
• Encargos separados por tipo de operação;
• Valor dos encargos para pagamento mínimo da fatura;
• Custo Efetivo Total (CET) para operações de crédito no próximo período;
• Taxas de atraso em pagamentos ou liquidações.
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Definições

q Anuidade: é uma taxa cobrada anualmente pelo uso do cartão de crédito. Este valor
é destinado a cobrir serviços associados ao cartão como benefícios e programas de
recompensas. A anuidade varia conforme o tipo de cartão e a política da instituição
emissora. Alguns cartões oferecem isenção ou redução da anuidade como parte de
promoções ou com base no volume de gastos do cliente
q Limite do Cartão de Crédito: é o valor máximo que o titular do cartão está
autorizado a gastar. Esse limite é determinado pela instituição financeira emissora
do cartão, com base em fatores como renda, histórico de crédito e capacidade de
pagamento do usuário. O limite pode ser ajustado ao longo do tempo, dependendo
do uso do cartão e do histórico de crédito do titular
q Pagamento Mínimo: é o menor valor que o titular do cartão precisa pagar na data
de vencimento da fatura para manter a conta em dia e evitar encargos por atraso.
Não existe mais o pagamento mínimo obrigatório de 15% do valor da fatura, mas,
cada instituição financeira poder estabelecer com os clientes percentual de
pagamento mínimo mensal, em função do risco da operação, do perfil do cliente ou
do tipo de produto
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Definições

q Crédito Rotativo: se o titular do cartão paga apenas o pagamento mínimo ou


qualquer valor inferior ao total devido, o saldo restante é levado para o próximo
ciclo de faturamento. Este saldo é sujeito a encargos
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Fluxo

Limite do cartão: R$ 1.000,00 Compra de R$ 200,00


01/08
Novo limite: R$ 800,00
Total da fatura: R$ 200,00
Vencimento da fatura: 15/08
Pagamento mínimo: R$ 30,00
Pagamento total: R$ 200,00
Novo limite: R$ 1.000,00
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Fluxo

Crédito rotativo: R$ 170,00 Compra de R$ 150,00


Limite do cartão: R$ 830,00 01/09

Crédito rotativo: R$ 170,00


Juros: R$ 25,50
IOF: R$ 1,06
Total na fatura: R$ 196,56
Novo limite: R$ 680,00
Total da fatura: R$ 346,56
Vencimento da fatura: 15/09
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Características

q Quando não ocorre o pagamento integral da fatura, há três opções:


• Parcelamento: cliente opta pelo parcelamento da fatura, situação em que contratará uma
operação de crédito;
• Cliente paga apenas o mínimo e não parcela o restante: situação em que adere ao
crédito rotativo, que sujeita o titular do cartão ao pagamento dos juros e dos encargos
financeiros previstos em contrato, sendo vedada a cobrança de juros adicionais punitivos
(comissão de permanência);
• Pagamento de valor inferior ao mínimo, sem parcelamento: cliente fica inadimplente,
podendo ser aplicados os procedimentos previstos no contrato para situações de
inadimplemento: juros do crédito rotativo (por dia de atraso sobre a parcela vencida ou
sobre o saldo devedor não liquidado); multa de 2% sobre o principal; e juros de mora de
1% ao mês.
q Parcelamento automático: o eventual parcelamento automático do saldo do
crédito rotativo depende do interesse tanto da instituição financeira quanto do
cliente
• Caso a instituição tenha interesse em oferecer o parcelamento do saldo
devedor da fatura, as condições oferecidas ao cliente devem ser mais
vantajosas do que aquelas do crédito rotativo
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Características

q O saldo devedor da fatura de cartão de crédito, quando não liquidado integralmente


no vencimento, somente pode ser objeto de financiamento na modalidade de
crédito rotativo até o vencimento da fatura subsequente (máximo de 30 dias)
q Transcorrido esse prazo, o saldo remanescente do crédito rotativo pode ser
financiado mediante linha de crédito para pagamento parcelado, desde que em
condições mais vantajosas para o cliente em relação àquelas praticadas na
modalidade de crédito rotativo
q É vedado o financiamento do saldo devedor da fatura de cartão de crédito na
modalidade de crédito rotativo de valores já parcelado
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Tarifas

q As seguintes tarifas podem ser cobradas dos detentores de cartão de crédito:


• Anuidade;
• Emissão de segunda via do cartão;
• Uso do cartão para saque em espécie;
• Uso do cartão para pagamento de contas;
• Pedido de avaliação emergencial do limite de crédito;
• Envio de mensagem automática relativa à movimentação ou lançamento na
conta de pagamento vinculada ao cartão de crédito;
• Fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado;
• Fornecimento emergencial de 2ª via de cartão de crédito.
Prof. Renan Duarte

Cartão de Crédito: Modalidades

q Os cartões de crédito podem ser:


• Cartão Básico: é o cartão de crédito exclusivo para o pagamento de
compras, contas ou serviços. O preço da anuidade para sua utilização deve
ser o menor preço cobrado pela emissora entre todos os cartões por ela
oferecidos. As instituições financeiras, no processo de negociação com os
clientes, estão obrigadas a oferecer o cartão básico, que pode ser nacional
e/ou internacional. Esse cartão não pode ser associado a programas de
benefícios e/ou recompensas;
• Cartão Diferenciado: é o cartão de crédito que, além de permitir o
pagamento de compras, está associado a programas de benefícios e
recompensas, tais como a geração de pontos ou acumulação de milhagens
• Cartão de crédito Consignado: é um produto com as funções de cartão de
crédito e de empréstimo consignado. Os valores da dívida são em parte
cobrados na forma de fatura de cartão e parte mediante desconto
(consignação) em folha de pagamentos e salários
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: Polícia Federal

Acerca das consequências que poderão advir no caso de um cliente não liquidar integralmente, na data do vencimento, o
saldo devedor da fatura do seu cartão de crédito, julgue o item a seguir
Além do crédito rotativo, que permite ao cliente liquidar parcial ou integralmente o seu débito a qualquer momento, outras
modalidades de crédito em condições mais favoráveis poderão ser-lhe oferecidas a qualquer tempo, antes do vencimento da
fatura subsequente, com vistas a financiar o saldo devedor remanescente do cartão de crédito

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: Polícia Federal

Acerca das consequências que poderão advir no caso de um cliente não liquidar integralmente, na data do vencimento, o
saldo devedor da fatura do seu cartão de crédito, julgue o item a seguir
É permitida a cobrança de juros remuneratórios sobre o saldo devedor não quitado pelo cliente, além de multa e juros de
mora, nos termos da legislação em vigor

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: Polícia Federal

Acerca das consequências que poderão advir no caso de um cliente não liquidar integralmente, na data do vencimento, o
saldo devedor da fatura do seu cartão de crédito, julgue o item a seguir
A parcela não quitada do saldo devedor poderá ser financiada por meio da modalidade de crédito rotativo, com prazo de
vigência de até doze meses, contados da data do vencimento da fatura não paga integralmente

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil

Os cartões de crédito são, às vezes, chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente como meio de
pagamento implica vários aspectos, EXCETO o(a)

A ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pagos apenas no
vencimento do cartão

B crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão

C aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de suas transações

D aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor

E indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados


Questão 5
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

A cobrança do uso de cartões de crédito emitidos por instituições financeiras está limitada a três tarifas
específicas: anuidade, segunda via do cartão magnético e uso da função saque

C Certo

E Errado
Questão 6
Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB

É permitida a cobrança da tarifa de anuidade ainda que o cartão de crédito seja o básico

C Certo

E Errado
Questão 7
Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

Na sistemática observada no Brasil, o titular do cartão de crédito não paga encargos financeiros quando as
compras de mercadorias e serviços são pagas integralmente na primeira data de vencimento seguinte à
compra

C Certo

E Errado
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Microcrédito Urbano
É a operação de crédito realizada para o financiamento das atividades produtivas (capital
de giro e investimento) de pessoas físicas e jurídicas, organizadas de forma individual ou
coletiva, com renda ou receita bruta anual inferior ao valor máximo de receita bruta
estabelecido para microempresa

q Público alvo: é um crédito especializado para o pequeno empreendimento informal


e a microempresa. Portanto, está voltado para apoiar negócios de pequeno porte,
gerenciado por pessoas de baixa e renda, e não se destina a financiar o consumo
q Valores: são, normalmente, baixos, adequados para as necessidades e capacidade
de pagamento dos mutuários, usados para iniciar ou expandir pequenos negócios
q Prazos: os prazos de pagamento são curtos, ligados à finalidade do financiamento e
ao fluxo de caixa da atividade empresarial
q Juros: geralmente, as taxas de juros são mais acessíveis em comparação com outras
formas de crédito
q Acesso simplificado: menos burocracia e requisitos mais flexíveis em relação à
documentação e garantias, facilitando o acesso ao crédito para pessoas sem
histórico de crédito formal
Prof. Renan Duarte

Microcrédito Produtivo Orientado

q Microcrédito produtivo orientado: é a operação de microcrédito, com orientação


e acompanhamento do uso do crédito. Precisa seguir essas condições:
• Uso de metodologia específica para concessão e controle;
• Taxa de juros efetiva máxima de 4% ao mês;
• Taxa de abertura de crédito de até 3% do valor concedido, sem outras taxas
ou despesas.
• Prazo mínimo de 120 dias;
• Limite de saldo devedor de até R$21.000,00 na mesma instituição financeira;
• Limite total de saldo devedor em operações de crédito, exceto habitacional,
de até R$80.000,00 no Sistema Financeiro Nacional.
q Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa
Econômica Federal devem manter aplicado em operações de microcrédito
produtivo orientado valor correspondente a, no mínimo, 2% da média dos saldos
dos depósitos à vista captados pela instituição
Questão 1
Banca: CESPE Ano: 2018 Prova: BNB

O microcrédito é um tipo de crédito especializado que não se destina ao financiamento do consumo, mas
que, de forma assistida, apoia negócios de pequeno porte conduzidos por pessoas de baixa renda.

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CESPE Ano: 2013 Prova: BACEN

A operação de microcrédito pode ser realizada com empreendedor urbano ou rural, pessoa natural ou jurídica, devendo ser
executada com base em metodologia específica, na qual se efetive a análise de receitas e despesas, assim como os
mecanismos de controle e acompanhamento do volume de inadimplência, desconsiderando-se a avaliação dos riscos da
operação, haja visto que essa operação corresponde a uma política social apoiada pelo governo brasileiro.

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CESPE Ano: 2008 Prova: SEBRAE-BA

O microcrédito produtivo orientado é destinado a pessoas físicas e jurídicas com atividades de pequeno
porte, que terão acompanhamento e receberão orientação durante o período do contrato. O objetivo é
estabelecer um relacionamento direto com os empreendedores em cada local onde se desenvolva a
atividade.

C Certo

E Errado
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 Crédito Rural .............................................................................................. 2


1.2 Proagro ........................................................................................................ 4
1.3 Questões ...................................................................................................... 5
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 CRÉDITO RURAL

O crédito rural é uma forma de financiamento direcionada ao setor agrícola.


Produtores rurais recorrem a esse tipo de crédito para impulsionar suas atividades em suas
propriedades. As instituições financeiras do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR)
disponibilizam esses recursos para diversas finalidades, visando beneficiar o
desenvolvimento das atividades rurais.

Por exemplo, os agricultores podem empregar o crédito rural para adquirir novos
equipamentos, animais ou para cobrir os custos de matéria-prima necessários ao cultivo.
Além disso, esses recursos podem ser usados para facilitar a comercialização e a
industrialização dos produtos gerados.

Os principais objetivos do crédito rural incluem:


➢ Estimular os investimentos rurais;
➢ Favorecer o custo da produção e a comercialização de produtos agropecuários;
➢ Incentivar corretamente o sistema de produção, para aumentar o padrão de
vida das populações rurais, defender o solo e proteger o meio ambiente;
➢ Possibilitar, pelo crédito fundiário, a compra e regularização de terras para
grupos específicos;
➢ Desenvolver atividades florestais e pesqueiras.

No âmbito do crédito rural, cabe ao CMN formular a política de crédito rural de


acordo com a política de desenvolvimento agropecuário e definir as instituições que
compõem o SNCR, sendo atribuição do BACEN controlar, sob todas as formas, o
funcionamento do SNCR.

O SNCR, por sua vez, é constituído de órgãos básicos, vinculados e articulados.


Os órgãos básicos são o BACEN, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e o
Banco da Amazônia. Já os órgãos vinculados incluem o BNDES, as instituições
auxiliares (tais como bancos, Caixa Econômica Federal, agências de fomento e
sociedades de crédito financiamento e investimento) e as instituições integrantes do
SBPE.

Por fim, os órgãos articulados são compostos por instituições oficiais de


valorização regional e entidades de prestação de assistência técnica, cujos serviços as
instituições financeiras venham a utilizar em conjugação com o crédito, mediante
convênio.

As finalidades do crédito rural podem ser descritas como:


➢ Crédito de custeio: destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos
produtivos, da compra de insumos à fase de colheita;
➢ Crédito de investimento: destina-se a aplicações em bens ou serviços cujo
benefício se estenda por vários períodos de produção. Por exemplo na
aquisição de um trator;
➢ Crédito de comercialização: destina-se a viabilizar ao produtor rural ou às
cooperativas os recursos necessários à comercialização de seus produtos no
mercado;
➢ Crédito de industrialização: destina-se à industrialização de produtos
agropecuários, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua
propriedade rural.

As principais fontes, ou seja, a origem dos recursos, do crédito rural são:


➢ Depósitos à vista;
➢ Depósitos de poupança rural;
➢ Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
➢ Fontes fiscais: BNDES e Fundos Constitucionais;
➢ Recursos próprios das Instituições Financeiras.

Vale colocar que o crédito rural pode ser concedido com recursos controlados -
com juros predeterminados - e recursos não controlados - com juros livremente
pactuados entre as partes. As taxas de juros dos recursos são determinadas pelo BACEN.
Já o público-alvo a quem o crédito rural se destina (beneficiários) consiste em:

➢ Produtor rural (pessoa física ou jurídica);


➢ Cooperativa de produtores rurais;
➢ Beneficiadores e agroindústrias, se comprovada a compra da matéria-prima
diretamente de produtores ou de suas cooperativas;
➢ Cerealistas que façam as atividades de limpeza, padronização, armazenamento
e comercialização de produtos agrícolas;
➢ Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a
uma das seguintes atividades:
• Pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas/certificadas;
• Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
• Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em
imóveis rurais, inclusive para proteção do solo;
• Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;
• Atividades florestais.

Para esse público receber o crédito, algumas exigências devem ser cumpridas,
como:
➢ Comprovação da idoneidade do tomador;
➢ Apresentação de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações de
desconto;
➢ Oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;
➢ Observância de cronograma de utilização e de reembolso;
➢ Fiscalização pelo financiador;
➢ Liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas
associações formais ou informais, ou por organizações cooperativas;
➢ Observância das recomendações e restrições do zoneamento agroecológico.

1.2 PROAGRO

O Proagro, conhecido como Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, é


um exemplo de crédito rural subsidiado, visto que é uma iniciativa do governo federal
que tem como propósito assegurar o cumprimento dos financiamentos rurais em situações
em que a produção agrícola é prejudicada por eventos climáticos adversos ou por doenças
e pragas sem controle.

Sob a coordenação do BACEN e regulamentado pelo Conselho Monetário


Nacional (CMN), o Proagro funciona como um seguro para os produtores rurais,
garantindo que eles não enfrentem prejuízos financeiros significativos devido a essas
circunstâncias imprevisíveis. As instituições financeiras, como bancos e cooperativas de
crédito, desempenham o papel de agentes nesse programa, facilitando a aplicação dos
mecanismos de garantia e contribuindo para a estabilidade do setor agrícola no país.

O seus recursos vêm, dentre outros, da contribuição dos beneficiários e do


Orçamento da União a ele alocado.

Em relação ao enquadramento, ele alcança empreendimentos de custeio rural,


vinculados ou não a financiamentos rurais, sendo que a cobertura pode atingir 100% do
limite da cobertura por empreendimento enquadrado.

Por fim, vale citar os objetivos do Proagro, que são:


➢ Exonerar o beneficiário do cumprimento das obrigações financeiras em
operações de crédito rural de custeio, no caso de perdas das receitas no casos
de eventos climáticos adversos, por exemplo;
➢ Indenizar os recursos próprios do beneficiário, utilizados em custeio rural,
inclusive em empreendimento não financiando, também no caso de perdas de
receitas.
1.3 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

A operação de crédito rural destinada à aquisição de bens ou serviços que serão


usufruídos em vários períodos de produção é classificada como uma operação de
custeio.

Certo

Errado

Comentários:
A operação de crédito rural destinada à aquisição de bens ou serviços que serão
usufruídos em vários períodos de produção é classificada como uma operação de
investimento, não de custeio.

Gabarito: “Errado”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2018 Prova: Banco da Amazônia

O crédito rural abrange diversas modalidades de financiamento aos empresários do


setor, desde a fase de produção até o abastecimento dos mercados consumidores. A
modalidade que assegura aos produtores e cooperativas rurais recursos destinados a
financiar o abastecimento doméstico e o armazenamento dos estoques excedentes em
períodos de queda dos preços é denominada crédito:

a) Geral

b) Especial
c) De investimento

d) De custeio

e) De comercialização

Comentários:
O crédito de comercialização é uma modalidade de crédito rural voltada para auxiliar
os produtores rurais e cooperativas no financiamento das atividades de armazenamento
e comercialização de produtos agrícolas.

Gabarito: “e”

Banca: CEBRASPE Ano: 2013 Prova: Policia Federal


Os recursos do crédito rural são destinados a custeio, investimento ou comercialização
de produtos agrícolas, modalidades de crédito às quais têm acesso tanto o produtor,
como pessoa física ou jurídica, quanto as cooperativas rurais.

Certo
Errado

Comentários:

O crédito rural abrange diversas modalidades, incluindo o custeio, o investimento e a


comercialização de produtos agrícolas. Essas modalidades são acessíveis tanto para
produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas) quanto para cooperativas rurais.

Gabarito: “Certo”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2013 Prova: Banco do Brasil

As linhas bancárias de crédito rural possibilitam ao cliente acessar financiamento:


a) Para atividades de comercialização da produção

b) Do custeio das despesas pessoais e familiares

c) Com liberação de uma só vez, independentemente do cronograma de aquisições e


serviços
d) Sem apresentação de garantias ao financiador

e) Para investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por um


único ciclo produtivo

Comentários:
As linhas de crédito rural são destinadas a várias finalidades no setor agrícola, incluindo
atividades de comercialização da produção, como o armazenamento e venda dos
produtos. As demais alternativas estão incorretas, uma vez que o crédito rural não é
destinado a custeio de despesas pessoais, não é liberado de uma só vez sem considerar
o cronograma e normalmente exige garantias para o financiamento. Além disso, o
crédito rural pode ser direcionado tanto para investimentos de curto quanto de longo
prazo, não se limitando a um único ciclo produtivo.

Gabarito: “a”

Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil


Sobre operações de crédito rural é correto afirmar:

a) Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que pessoa física

b) Não podem financiar atividades de comercialização da produção


c) É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento

d) Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre
Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF

e) Devem ser apresentados orçamento, plano ou projeto nas operações de desconto de


Nota Promissória Rural

Comentários:

A apresentação de garantias normalmente é necessária para obtenção de financiamento


rural.
Gabarito: “c”

Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

Sobre operações de crédito rural é correto afirmar:

a) O Crédito Rural tem a finalidade de financiar apenas o custeio e o investimento


b) O crédito de comercialização, por destinar-se a cobrir despesas próprias da fase
posterior à coleta da produção, não é amparado pelo Crédito Rural

c) Constitui função do Crédito Rural o financiamento de atividades sem caráter


produtivo ou destinado a favorecer a retenção especulativa de bens
d) São considerados beneficiários do Crédito Rural o produtor rural (pessoa física e
jurídica) e as cooperativas de produtores rurais

e) São considerados beneficiários do Crédito Rural todos os produtores rurais, mesmo


que estrangeiros residentes no exterior
Comentários:

Os beneficiários do Crédito Rural incluem produtores rurais (pessoas físicas e


jurídicas) e cooperativas de produtores rurais.
Gabarito: “d”
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Pronaf
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf é um programa
que visa ao fortalecimento da agricultura familiar, mediante apoio técnico e financeiro,
para promover o desenvolvimento rural sustentável

q Crédito: o Pronaf permite, ao pequeno agricultor, obter condições diferenciadas de


crédito (taxas de juros mais acessíveis) para fazer frente aos desafios que a
economia brasileira impõe a quem trabalha com o setor agrícola
q Linhas: o programa disponibiliza linhas de crédito que se adequam às diversas
necessidades dos agricultores familiares, incluindo a aquisição de insumos e o
custeio de atividades diversas, como cultivo de diversos produtos, produção
agroecológica, sistemas orgânicos, entre outros
q Destinação: atividades e serviços, sejam eles agropecuários ou não, desde que
desenvolvidos em propriedade rural ou em áreas comunitárias próximas
q Execução: Bancos Públicos e Privados, o BNDES e Cooperativas de Crédito Rural
Prof. Renan Duarte

Pronaf: Principais Finalidades

q Desenvolvimento sustentável: o PRONAF tem como finalidade fomentar o


desenvolvimento sustentável do setor rural, com ênfase na agricultura familiar,
promovendo práticas ambientalmente responsáveis e sustentáveis
q Aumento da produtividade e renda: visa aumentar a produtividade e a renda dos
agricultores familiares, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no campo
q Incentivo à diversificação: encoraja a diversificação de culturas e atividades
agrícolas, abrindo caminho à inovação e à resiliência econômica dos agricultores
q Apoio à infraestrutura rural: inclui financiamento para melhorias na
infraestrutura rural, como sistemas de irrigação, armazenamento e processamento
de produtos
q Promoção da agroindustrialização: fomenta a agroindustrialização nas
propriedades rurais, incentivando a agregação de valor aos produtos agrícolas
q Acesso a mercados: auxilia os agricultores familiares a acessar mercados, tanto
locais quanto mais amplos, para a venda de seus produtos
q Inclusão social e econômica: contribui para a inclusão social e econômica de
grupos vulneráveis no setor rural, incluindo mulheres e jovens agricultores
Prof. Renan Duarte

Pronaf: Público

q Documentação: a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa ou Cadastro


Nacional da Agricultura Familiar (CAF-Pronaf) válido é exigido para a concessão
de financiamento do Pronaf
q Beneficiários:
• Agricultores e produtores que fazem parte de unidades familiares de produção rural,
empreendimentos familiares rurais e cooperativas de agricultura familiar;
• Pescadores artesanais (desde que autônomos);
• Aquicultores que exploram área de até 2 hectares de lâmina d’água ou, então, um tanque-
rede de até 500 metros cúbicos;
• Silvicultores que promovam o manejo sustentável de florestas nativas ou exóticas;
• Extrativistas (exceto garimpeiros e faiscadores);
• Comunidades quilombolas rurais, povos indígenas e demais povos e comunidades
tradicionais;
• Assentados da reforma agrária e beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário
e Programa Cadastro de Terras e Regularização Fundiária.
Prof. Renan Duarte

Pronaf: Público

q Os beneficiários, além de apresentarem a documentação, devem:


• Explorar a terra, seja como proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou
concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA);
• Residir na propriedade rural ou em local próximo;
• Ter, no máximo, 4 módulos fiscais;
• Ter ao menos 50% da renda familiar bruta vinda da atividade rural, seja
agropecuária ou não;
• Ter na própria agricultura familiar a base do trabalho para mantê-la, podendo
manter empregados permanentes em número menor ou igual ao número de
pessoas da família ocupadas com o empreendimento familiar;
• Ter renda bruta familiar de até R$ 500 mil nos últimos 12 meses de produção.
Prof. Renan Duarte

Pronaf: Preferências

q A instituição financeira deve dar preferência ao atendimento das propostas que:


• Objetivem o financiamento da produção agroecológica ou de
empreendimentos que promovam a remoção ou redução da emissão dos
gases de efeito estufa;
• Sejam destinadas a beneficiárias do sexo feminino;
• Sejam destinadas aos jovens.
Prof. Renan Duarte

Pronaf: Linhas

q São exemplos de subprogramas do Pronaf:


• Pronaf Custeio;
• Pronaf Agroindústria;
• Pronaf Mulher;
• Pronaf Mais Alimentos;
• Pronaf Jovem;
• Pronaf Microcrédito.
Questão 1
Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ

No Brasil, historicamente, a agricultura familiar tem papel relevante na produção de produtos agrícolas da alimentação básica
da população brasileira. O PRONAF é um programa que visa ao fortalecimento da agricultura familiar, mediante apoio
técnico e financeiro, para promover o desenvolvimento rural sustentável. Em relação à delimitação do público-alvo, o
programa atende, especificamente, os agricultores familiares, caracterizados de acordo com alguns critérios. Um dos critérios
para ser atendido pelo PRONAF é o agricultor:

A ter propriedade com pelo menos 20 módulos fiscais

B ter, pelo menos, 10% da renda familiar proveniente da atividade agropecuária

C constituir mão-de-obra familiar, podendo manter entre 5 e 10 empregados permanentes

D residir na propriedade ou em local próximo


Questão 2
Banca: CESPE Ano: 2014 Prova: Caixa

Um produtor rural que tenha dois membros da família ocupados com o empreendimento familiar e até três
empregados permanentes pode ser enquadrado como beneficiário do PRONAF.

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: PETROBRAS

A respeito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), criado pelo Governo
Federal, considere as afirmativas abaixo.
I. Uma das vantagens do Pronaf é oferecer financiamento de custeio e investimento com encargos e
condições adequadas à realidade da agricultura familiar, de forma ágil e sem custos adicionais.
II. O Pronaf proporciona o aumento de renda mediante a melhoria de produtividade, do uso racional da
terra e da propriedade.
III. O Pronaf estimula o êxodo rural visando a melhorar a qualidade de vida dos produtores e sua família.
Questão 3
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: PETROBRAS

Está correto o que se afirma em:

A I, apenas

B III, apenas

C I e II, apenas

D II e III, apenas

E I, II e III
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Crédito Industrial
As linhas de crédito direcionadas ao setor industrial oferecem financiamento para a
aquisição de equipamentos, tecnologia e melhorias na infraestrutura das empresas que
atuam nesse setor, além de prover capital de giro

q Setor industrial: envolve processos de transformação de matérias-primas em


produtos acabados, incluindo a fabricação de bens e produtos, desde maquinário
pesado, veículos e equipamentos, até bens de consumo, como eletrônicos
q Investimento fixo: crédito para compra de novos equipamentos, expansão de
instalações ou modernização tecnológica
q Capital de giro: crédito para suporte das operações diárias, como compra de
matéria-prima e pagamento de despesas operacionais
q Beneficiários: empresas industriais de todos os portes, desde micro e pequenas
empresas até grandes corporações
Prof. Renan Duarte

Crédito Agroindustrial
O crédito agroindustrial é uma linha de financiamento específica para o setor
agroindustrial, que compreende a transformação de produtos agrícolas em bens de
consumo, como alimentos processados, e a fabricação de itens derivados da agricultura

q Investimento fixo: financiamento para a compra de equipamentos, construção ou


expansão de instalações agroindustriais
q Capital de giro: recursos para suportar as operações cotidianas da agroindústria,
incluindo a compra de matérias-primas e outras despesas operacionais
q Beneficiários: empresas e empreendedores envolvidos na transformação de
produtos agrícolas, desde pequenas cooperativas até grandes corporações
agroindustriais
Prof. Renan Duarte

Crédito para Comércio


O crédito para o comércio é uma linha de financiamento que apoia o setor comercial, o
qual compreende atividades relacionadas à venda de produtos e serviços ao consumidor
final

q Investimento fixo: financiamento para a expansão ou modernização de espaços


comerciais e a aquisição de equipamentos
q Capital de giro: financiamento de recursos para operações cotidianas como estoque
e despesas correntes
q Beneficiários: comerciantes, incluindo de pequenos varejistas a grandes empresas
de comércio
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Crédito para Serviços


O crédito para serviços é uma linha de financiamento projetada para empresas que atuam
na prestação de serviços, em vez de oferecerem produtos físicos

q Investimento fixo: financiamento para a melhoria ou expansão de instalações e


aquisição de equipamentos
q Capital de giro: financiamento de recursos para despesas operacionais diárias
q Beneficiários: prestadores de serviços de diversos segmentos, como saúde,
educação, tecnologia, e serviços profissionais
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Títulos

q Títulos de crédito: são títulos utilizados nos procedimentos de financiamentos


concedidos por instituições financeiras à indústria, comércio ou serviço, sob a
forma de contrato mútuo. Podem ser:
• Cédulas: quando possuem garantia real, quer seja de hipoteca, penhor ou
alienação fiduciária;
• Notas: quando não possuem garantia real, mas fidejussória, na forma de aval
ou fiança.
q Elas servem como lastro de contratos de empréstimo tomados por empresas ou
comerciantes junto a uma instituição financeira, sendo emitidas pelo devedor em
benefício do credor com data de vencimento e condições prefixadas
q Exemplos: Cédula de crédito industrial, Nota de Crédito Industrial, Cédula de
crédito comercial, Nota de crédito comercia
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Apoio Governamental
Através do BNDES, o governo financia projetos de investimento para implantação,
ampliação e modernização de indústrias e de negócios no setor do comércio e serviços

q Esse apoio tem como finalidade:


• Ampliar a capacidade produtiva;
• Oferecer mercadorias de qualidade a preços competitivos;
• Aumentar as exportações;
• Melhorar a eficiência energética;
• Elevar a capacidade de inovação, fator essencial para enfrentar a
concorrência em um mercado globalizado.
Questão 1
Banca: CESPE Ano: 2018 Prova: BNB

A cédula de crédito industrial é uma promessa de pagamento em dinheiro sem garantia real, ao passo que a
nota de crédito industrial é uma promessa de pagamento em dinheiro com garantia real.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

Renan Duarte
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Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)


O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é uma importante
ferramenta de política pública destinada a promover o desenvolvimento socioeconômico
da região Nordeste do Brasil

q Base Legal: o FNE tem sua origem na Constituição Federal de 1988, que prevê a
destinação de recursos para financiar atividades econômicas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste e reduzir desigualdades regionais. A regulamentação
detalhada do FNE e dos outros fundos constitucionais de financiamento veio com a
Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, que estabelece as diretrizes e bases para a
aplicação dos recursos desses fundos
q Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR): é o conjunto de
diretrizes legais que guiam as ações em prol da redução das diferenças econômicas
e sociais entre as regiões do Brasil. Seu objetivo é criar oportunidades de
crescimento econômico, gerar renda e melhorar a qualidade de vida da população,
tanto dentro de cada região quanto entre elas
• O FNE é o principal mecanismo financeiro da PNDR voltado para a Região
Nordeste.
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FNE: Características

q Operacionalização: é operacionalizado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e


em respeito às diretrizes legais, tais como:
• Destinação de pelo menos metade dos ingressos de recursos para o semiárido;
• Ação integrada com as instituições federais sediadas na Região;
• Tratamento preferencial aos mini, micro e pequenos empreendedores; preservação do
meio ambiente;
• Conjugação do crédito com a assistência técnica;
• Democratização do acesso ao crédito e apoio às atividades inovadoras.
q Objetivo: promover políticas públicas que reduzam as desigualdades sociais e
regionais na Região. Isso é feito por meio da democratização de investimentos
produtivos que impulsionam o desenvolvimento econômico, gerando empregos e
renda, e diminuindo as diferenças tanto entre as regiões quanto dentro delas
q Finalidade: ser uma fonte estável de recursos para o financiamento das atividades
produtivas da região, para estudantes abrangidos pelo Programa de Financiamento
Estudantil (P-FIES) e para pessoas físicas, mini e microgeradoras de energia
fotovoltaica, em condições apropriadas para a promoção do desenvolvimento
econômico e social
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FNE: Características

q Destinação: produtores e empresas, pessoas físicas e jurídicas, além das


cooperativas de produção, que desenvolvam atividades produtivas nos setores
agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, de empreendimentos comerciais e
de serviços na área de atuação da Sudene. Também podem ser financiados
empreendimentos de infraestrutura econômica, inclusive os de iniciativa de
empresas públicas não dependentes de transferências financeiras do poder público,
desde que sejam considerados prioritários para a economia regional
q Encargos financeiros: os encargos financeiros incidentes sobre os financiamentos
com recursos do FNE estão definidos pelas resoluções do CMN
q Sudene: é uma autarquia especial, com missão de promover o desenvolvimento
includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base
produtiva regional na economia nacional e internacional
• Estão sob jurisdição da Sudene os estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e,
parcialmente, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.
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FNE: Programação

q O planejamento dos recursos do FNE é materializado na Programação elaborada


para o Fundo a cada ano. A Programação norteia a aplicação dos recursos
disponíveis para o exercício seguinte, e é realizada com base nos marcos
regulatórios do Fundo e nas diretrizes e prioridades definidas
q A PNDR definiu como prioritárias as seguintes áreas e espaços amparados com os
instrumentos da PNDR:
• Semiárido, que possui condição edafoclimática adversa e indicadores
econômicos mais desafiadores;
• As Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDES);
• Os municípios classificados como microrregiões de Baixa e Média Renda,
em quaisquer dinamismos;
• Os empreendimentos produtivos de menor porte, particularmente, aqueles
atendidos com políticas públicas, setoriais e macroeconômicas do Governo
Federal, tais como os agricultores familiares, mini e pequenos produtores
rurais, micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais.
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FNE: Programação

q A Programação é elaborada entre os meses de junho a outubro, sob a coordenação


do Banco do Nordeste, com a participação de parceiros institucionais locais em
cada um dos estados componentes da área de atuação da Sudene, objetivando
identificar as oportunidades de investimentos e perspectivas de aplicação dos
recursos do Fundo para o exercício vindouro, em atenção aos critérios indicados
pelos demais órgãos administradores
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FNE: Fontes de Recursos

q Segundo a legislação, constituem fontes de recursos do FNE:


• 1,8% do produto da arrecadação do imposto sobre renda (IR) e proventos de
qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados (IPI);
• Os retornos e resultados de suas aplicações;
• O resultado da remuneração dos recursos momentaneamente não aplicados;
• Contribuições, doações, financiamentos e recursos de outras origens,
concedidos por entidades de direito público ou privado, nacionais ou
estrangeiras;
• Dotações orçamentárias ou outros recursos previstos em lei.
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FNE: Regras
O acesso ao FNE é regido por condições que determinam a elegibilidade de empresas,
microempreendedores individuais e produtores rurais

q Classificação dos beneficiários: os beneficiários são classificados de acordo com o


porte, determinado pela receita operacional bruta anual ou pela renda agropecuária
bruta. Existem categorias que vão desde Mini/Micro até Grande, com limites
específicos de receita para cada classificação;
q Limites de financiamento: os limites de financiamento variam conforme a
tipologia dos municípios definida pela PNDR, considerando áreas de menor renda e
menor dinamismo, e incluem condições especiais para projetos em áreas como o
Semiárido e as Regiões Integradas de Desenvolvimento;
q Limites de Contratação: para evitar a concentração de recursos, há limites
estabelecidos para o montante que uma empresa ou grupo econômico pode
contratar, baseando-se em percentuais do patrimônio líquido do FNE. Projetos
estratégicos podem ter limites de financiamento expandidos
q Garantias aceitas: incluem fiança ou aval, alienação fiduciária, penhor (agrícola,
pecuário, de veículos, entre outros), hipoteca, e outras garantias
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FNE: Regras

q Restrições ao financiamento: existem várias restrições ao uso dos recursos do


FNE, como financiamento a setores públicos (com exceções), encargos financeiros,
tributos, entre outros. Além disso, o financiamento não cobre gastos com
saneamento financeiro, recuperação de capitais investidos ou pagamento de dívidas
preexistentes, exceto em condições muito específicas
q Formas de apresentação das propostas: as propostas de financiamento devem ser
apresentadas seguindo critérios e formatos estipulados pelo Banco do Nordeste,
adequando-se às diretrizes operacionais do FNE
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

Os recursos do FNE podem ser direcionados para o financiamento estudantil

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

As empresas instaladas em municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais incluídos na área de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) podem ser beneficiadas com os recursos do
FNE

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

Os recursos do FDNE são aplicados exclusivamente para o desenvolvimento da região Nordeste

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: ACEP Ano: 2004 Prova: BNB

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), regulamentado pela Lei n° 7827/89, tem por
objetivo contribuir para o desenvolvimento da região Nordeste, mediante execução de programas de
financiamento aos setores produtivos, em consonância com os respectivos planos regionais de
desenvolvimento. Considere as afirmações abaixo como V se verdadeira e F se falsa:
I. O Banco do Nordeste do Brasil S.A., como instituição financeira federal de caráter regional, é
administradora do FNE;
II. Os encargos financeiros dos financiamentos concedidos com recursos do FNE, são definidos pelo
Banco do Nordeste do Brasil S.A , em função dos projetos específicos e da localização do projeto a
ser financiado;
III. As principais atividades beneficiadas com financiamentos do FNE são a indústria, a agropecuária e o
turismo, por intermédio de diversos programas definidos no plano regional de desenvolvimento;
IV. O Banco do Nordeste do Brasil S.A. financia, com recursos provenientes do FNE, o Programa de
Apoio ao Turismo Regional, que tem por objetivo a implantação, expansão, modernização e reforma
de empreendimentos do setor turístico.
Questão 4
Banca: ACEP Ano: 2004 Prova: BNB

Marque a alternativa com a sequência CORRETA

A V-F-V-F

B V-F-V-V

C F-V-V-F

D V-V-V-V

E V-F-F-F
@renanduartephy

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Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame)


A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) é uma empresa pública
brasileira, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES)

q Objetivo: abrir linhas de crédito às empresas privadas nacionais, localizadas em


qualquer região do país, com o fim de financiar a produção e à comercialização de
máquinas e/ou equipamentos novos, produzidos no país, por empresas cadastradas
na Finame
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Finame: Base Legal

q O Finame foi criado pelo Decreto nº 55.275/1964, com o nome de Fundo de


Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (Finame),
destinado a financiar as operações de compra e venda de máquinas e equipamentos
de produção nacional
q Com o Decreto nº 59.170/1966, passou a ter sua atual denominação, ou seja,
Agência Especial de Financiamento Industrial, permanecendo com a mesma sigla
(Finame), passando a ser uma autarquia Federal, com autonomia administrativa e
financeira vinculado ao antigo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. O
Fundo constituído anteriormente passou a constituir recursos a serem geridos pela
nova Agência
q Foi modificado pela Lei nº 5.662/1971, transformando-a em empresa pública, de
personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, permanecendo
vinculado como subsidiária do antigo Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico, que passou a ter o nome atual de Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), através do Decreto-Lei nº 1.940/1982
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Finame: Finalidade

q A FINAME tem por finalidade financiar, por intermédio de Agentes Financeiros


credenciados, a produção e a comercialização de máquinas e/ou equipamentos
novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES
q A Finame divide-se em linhas de crédito, com objetivos e condições financeiras
específicas, para melhor atender as demandas dos clientes, de acordo com a
empresa beneficiária e os itens financiáveis
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Finame: Linhas

q BNDES Finame Baixo Carbono: projetada para apoiar a aquisição de máquinas e


equipamentos novos que contribuam para a redução da emissão de gases de efeito
estufa. Tem como objetivo incentivar práticas de produção mais sustentáveis e a
transição para uma economia de baixo carbono
q BNDES Finame BK Aquisição e Comercialização: financiamento da compra e
venda de máquinas e equipamentos novos, nacionais ou estrangeiros, que estejam
credenciados pelo BNDES. Esta linha visa facilitar o acesso a equipamentos
modernos e eficientes para a indústria brasileira, promovendo a atualização
tecnológica e a competitividade
q BNDES Finame Crédito Máquinas e Veículos Direto: permite às empresas
solicitar diretamente ao BNDES o financiamento para a aquisição de máquinas e
veículos novos. É uma forma de facilitar o acesso ao crédito, especialmente para
pequenas e médias empresas que buscam expandir ou renovar seu parque
tecnológico e sua frota
• Valor mínimo de financiamento: R$ 20 milhões.
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Finame: Linhas

q BNDES Finame Materiais Industrializados: foca no financiamento da aquisição


de materiais industrializados de construção. A linha tem como objetivo estimular a
modernização e a expansão da capacidade produtiva do setor da construção civil,
através do uso de materiais de alta qualidade e tecnologia
q BNDES Finame Máquinas 4.0: dedicada ao financiamento de máquinas e
equipamentos novos que estejam alinhados com os conceitos da Indústria 4.0.
Inclui tecnologias como automação, robótica, Internet das Coisas (IoT) e
inteligência artificial. O objetivo é promover a digitalização e a integração de
processos na indústria brasileira, aumentando a eficiência e a produtividade
Para serem financiados pelo BNDES Finame, as máquinas e equipamentos devem estar
credenciados no BNDES
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Finame: Forma de Atuação

q Em regra, a atuação do BNDES se dá por meio da parceria com instituições


financeiras credenciadas, que atuam como agentes financeiros do BNDES. Isso
significa que, embora o recurso seja do BNDES, o processo de solicitação de
crédito, análise de crédito, aprovação, liberação dos recursos e acompanhamento do
financiamento são realizados por esses agentes. Eles são responsáveis por interagir
diretamente com os clientes, oferecendo as linhas de crédito do BNDES e
orientando sobre os processos necessários para a obtenção do financiamento
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Acesso ao FINAME

q Quem pode solicitar:


• Empresas sediadas no País;
• Fundações, associações e cooperativas;
• Entidades e órgãos públicos.
q As condições financeiras da linha/programa podem variar conforme o porte do
cliente. O BNDES classifica o porte da sua empresa ou instituição da seguinte
forma:

Microempresa Menor ou igual a R$ 360 mil


Pequena empresa Maior que R$ 360 mil e menor ou igual a R$
4,8 milhões
Média empresa Maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a
R$ 300 milhões
Grande empresa Maior que R$ 300 milhões
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Acesso ao FINAME
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2003 Prova: BNB

Considere as assertivas:

I. A linha de crédito do FINAME tem limite de valor


II. As operações de Leasing são amparadas pelo FINAME
III. Para obter financiamento do FINAME o interessado deve dirigir-se a uma instituição financeira
credenciada que será a responsável pela análise da concessão do crédito, assim como pelo encaminhamento
da operação de financiamento ao BNDES, para aprovação e posterior liberação dos recursos;
IV. O FINAME não financia máquinas e implementos agrícolas;

Escolha a opção CORRETA


Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2003 Prova: BNB

Escolha a opção CORRETA

A I e II são afirmações verdadeiras

B II e III são afirmações verdadeiras

C III e IV são afirmações falsas

D I e III são afirmações falsas

E I e IV são afirmações verdadeiras


@renanduartephy

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Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)


O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é uma das principais fontes de financiamento
de políticas públicas voltadas para o mercado de trabalho no Brasil, incluindo o
financiamento do Programa de Seguro-Desemprego e do abono salarial e e ao
financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico

q Programa Seguro-Desemprego: oferece assistência financeira temporária a


trabalhadores desempregados sem justa causa, com o objetivo de auxiliá-los durante
o período de transição enquanto buscam uma nova colocação no mercado de
trabalho
q Abono salarial: pagamento anual de até um salário mínimo aos trabalhadores que
recebem em média até dois salários mínimos mensais e que estejam cadastrados no
PIS/PASEP há pelo menos cinco anos. O pagamento é proporcional ao tempo de
serviço no ano base
q Programas de Desenvolvimento Econômico: o FAT também financia programas
de desenvolvimento econômico através do BNDES e programas de qualificação
profissional, visando à inserção e recolocação no mercado de trabalho
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FAT: PIS/Pasep

q PIS: a arrecadação do PIS tem como base o faturamento das pessoas jurídicas de
direito privado e a folha de salários das entidades sem fins lucrativos
q Pasep: as alíquotas incidem sobre as receitas arrecadadas e as transferências
recebidas pelas pessoas jurídicas de direito público
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FAT: Características

q Base Legal: a criação do FAT está prevista na Constituição Federal de 1988, que
instituiu que os recursos provenientes da arrecadação do Programa de Integração
Social (PIS) – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)
custeariam os programas de seguro-desemprego e do abono salarial e que pelo
menos 40% desses recursos seriam destinados ao financiamento de programas de
desenvolvimento econômico a cargo do BNDES
q Natureza: é um fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao
Ministério do Trabalho (MTE)
q Forma de atuação: o FAT é gerido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (Codefat), um órgão colegiado que conta com
representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores. O CODEFAT
define as diretrizes e prioridades para a aplicação dos recursos, acompanhando e
avaliando a execução das políticas financiadas pelo fundo
• O mandato de cada conselheiro é de quatro anos, permitida uma recondução,
e a presidência é eleita bienalmente por maioria absoluta, respeitando-se a
alternância entre as representações dos trabalhadores, dos empregadores e do
governo
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FAT: Patrimônio

q FAT Constitucional: o patrimônio do FAT é formado majoritariamente pelas


contribuições obrigatórias destinadas ao BNDES, que são oriundas de 28% do total
coletado anualmente pelo PIS/Pasep. Este montante é conhecido como FAT
Constitucional e, enquanto representa um ativo para o FAT, para o BNDES ele é
considerado um passivo
• Objetivo: financiar o desenvolvimento econômico por meio de projetos e
programas
• Aplicação: BNDES
• Prazo: não há prazo de exigibilidade definido, ou seja, não há previsão de
pagamento de devolução do principal, mas apenas de pagamentos periódicos
de juros
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FAT: Patrimônio

q FAT Depósitos Especiais: essa reserva é formada pelo lucro financeiro do FAT ao
final de cada ano. Se houver mais dinheiro do que o necessário para cobrir suas
despesas (ou seja, um saldo positivo), esse excedente é adicionado ao patrimônio do
fundo aumentando o FAT Depósitos Especiais
• Objetivo: financiar o desenvolvimento econômico por meio de projetos e
programas definidos pelo Codefat
• Aplicação: pode ser destinado a qualquer das instituições financeiras
federais, entre as quais, além do BNDES, o BB, a CEF, o Banco do Nordeste
(BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e a Financiadora de Inovação e
Pesquisa (Finep)
• Prazo: consiste em uma aplicação com prazo definido, que pode ser exigível
a qualquer momento, caso o fundo tenha necessidades de caixa
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FAT: Patrimônio

q Fat Fundo Extramercado: são aplicações conservadoras em títulos públicos que


têm como objetivo atender à reserva mínima de liquidez (RML), que por sua vez, é
o montante mínimo necessária para garantir o pagamento de benefícios do seguro-
desemprego e do abono salarial
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FAT: Programas

q As principais ações de emprego financiadas com recursos do FAT estão estruturadas


em torno de dois programas:
• Programa do Seguro Desemprego (com as ações de pagamento do
benefício do seguro-desemprego, de qualificação e requalificação
profissional e de orientação e intermediação do emprego);
• Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER), cujos recursos
são alocados por meio dos depósitos especiais, incluindo o Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.
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Programa do Seguro Desemprego

q O Programa do Seguro Desemprego é responsável pelo tripé básico das políticas


de emprego:
• Benefício do seguro-desemprego: promove a assistência financeira
temporária ao trabalhador desempregado, em virtude de dispensa sem justa
causa;
• Intermediação de mão-de-obra: busca recolocar o trabalhador no mercado
de trabalho, de forma ágil e não onerosa, reduzindo os custos e o tempo de
espera de trabalhadores e empregadores;
• Qualificação social e profissional (por meio do Qualifica Brasil): visa à
qualificação social e profissional de trabalhadores/as, certificação e
orientação do/a trabalhador/a brasileiro/a, com prioridade para as pessoas
discriminadas no mercado de trabalho por questões de gênero, raça/etnia,
faixa etária e/ou escolaridade.
q As ações do Programa do Seguro Desemprego são executadas, via de regra,
descentralizadamente, por meio do Sistema Nacional de Emprego – SINE, por
meio de repasses fundo a fundo
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Programas de Geração de Emprego e Renda

q Os Programas de Geração de Emprego e Renda (voltados em sua maioria para


micro e pequenos empresários, cooperativas e para o setor informal da economia)
associam crédito e capacitação para que se gere emprego e renda
q Os recursos extra-orçamentários do FAT são depositados junto às instituições
oficiais federais que funcionam como agentes financeiros dos programas (BB,
BNB, Caixa, BASA, BNDES e FINEP
q Além dos programas para micro e pequenos empresários, o FAT financia programas
voltados para setores estratégicos, no âmbito do FAT Constitucional, (como
transporte coletivo de massa, infraestrutura turística, obras de infraestrutura
voltadas para a melhoria da competitividade do país), fundamentais para o
desenvolvimento sustentado e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial, vinculado ao Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE), destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao
financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico. Com relação às características do FAT,
assinale a alternativa CORRETA
Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são destinados ao financiamento de programas
A de desenvolvimento econômico, por intermédio do Banco do Brasil

Para fomentar a geração de emprego e renda, foi criado o Programa de Geração de Emprego e Renda
B (Proger), que direciona recursos, exclusivamente, para as regiões metropolitanas

Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são destinados exclusivamente ao pagamento


C do seguro desemprego
O FAT é gerido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), órgão colegiado, de caráter
D tripartite e paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, que atua como
gestor do FAT
O FAT não pode destinar recursos para o Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf),
E uma vez que este já dispõe de orçamento próprio, aprovado previamente pelo Congresso Nacional junto com o
Orçamento Geral da União
Questão 2
Banca: SOUSÂNDRADE Ano: 2007 Prova: BNB

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego e


destinado ao custeio de programas específicos. As principais ações de emprego financiadas com recursos
do Fundo estão estruturadas por meio de duas vertentes: o Programa do Seguro-Desemprego e os
Programas de Geração de Emprego e Renda.
Com relação ao FAT, são apresentadas cinco assertivas. Classifique-as em V (verdadeira) e F (falsa) e
marque a opção correspondente.

( ) O Seguro-Desemprego inclui as ações de qualificação e requalificação profissional e de orientação e


intermediação de mão-de-obra.
( ) O FAT aporta recursos no PROGER Rural, uma linha de especial de crédito que financia proprietários
rurais, posseiros, arrendatários que utilizam, preponderantemente, mão-de- obra familiar.
( ) O Fundo é gerido por um Conselho Deliberativo (CODEFAT), órgão colegiado, de caráter tripartite e
paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
( ) Os recursos do FAT advêm, em grande parte, das contribuições devidas ao PIS e ao PASEP.
( ) O FAT é um fundo de natureza contábil- financeira
Questão 2
Banca: SOUSÂNDRADE Ano: 2007 Prova: BNB

A F-F-V-V-V

B V-V-V-V-V

C F-F-V-V-F

D F-V-V-V-F

E V-V-F-V-V
Questão 3
Banca: ACEP Ano: 2004 Prova: BNB

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) constitui-se em uma importante fonte de financiamento para os
programas sociais do Governo, o qual apresenta certas características. Marque a alternativa CORRETA

o FAT financia o Programa de Geração de Emprego e Renda (PROGER), que é uma iniciativa do
A Governo Federal voltada para quem deseja iniciar ou expandir seu próprio negócio, tanto na área
urbana quanto na área rural
os recursos do FAT são oriundos do Orçamento Geral da União e de recursos próprios do Banco do
B Brasil S.A., que é a instituição financeira responsável pelo Fundo

os agentes financeiros do PROGER, programa financiado pelo FAT, são apenas o Banco do Brasil S.A.
C e o Banco do Nordeste do Brasil S.A

o FAT financia o Plano Nacional de Qualificação, que é um programa para trabalhadores das áreas de
D alta tecnologia

E os recursos do FAT não financiam unidades habitacionais


@renanduartephy

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Microfinanças
Microfinanças são a prestação de serviços financeiros adequados e sustentáveis para a
população de baixa renda, tradicionalmente excluída do sistema financeiro, com a
utilização de produtos, processos e gestão diferenciado

q Adequação: os produtos e serviços de microfinanças são desenhados para atender


às necessidades específicas da população de baixa renda. Por exemplo, eles podem
oferecer empréstimos com valores menores, prazos de pagamento mais flexíveis, e
requisitos de garantia menos rigorosos do que os bancos tradicionais
q Foco: a inclusão social e financeira das populações menos favorecidas que, de outra
forma, não teriam acesso ao crédito e a outros serviços financeiros devido à falta de
garantias, histórico de crédito formal ou renda regular. Isso inclui pequenos
empresários, agricultores, trabalhadores informais e famílias de baixa renda
q Evolução: enquanto o microcrédito é o crédito de pequeno valor fornecido por
instituições financeiras a pessoas físicas e jurídicas, microfinança é uma evolução,
englobando também os demais serviços financeiros que podem ser fornecidos pelas
instituições, incluindo não só o crédito, como também poupanças,
microinvestimentos e o chamado microsseguro
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Microfinanças no Brasil

q Programa CrediAmigo: a primeira iniciativa de um banco estatal no Brasil no


âmbito das microfinanças no Brasil, operacionalizado pelo Banco do Nordeste, que
concede crédito e oferece capacitação gerencial para os clientes
q Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado (PNMO): instituído
em 2005, pelo Governo Federal, para atendimento de pessoas físicas e jurídicas
empreendedoras de pequeno porte. Previa a utilização de recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), atendimento por pessoas treinadas, contato com o
tomador durante o período do contrato e valor e condições de crédito definidos em
avaliação da atividade e da capacidade de endividamento do tomador
q CRESCER - Programa de Microcrédito Orientado: lançado em 2005, bom
objetivo de fornecer crédito a juros mais baixos a microempreendedores individuais
e microempresas
q Legislação: em 2011, o Governo Federal, através do CMN, publicou uma resolução
que determinava que os bancos deviam manter aplicações em operações de
microcrédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores a, no
mínimo, 2% dos saldos dos depósitos à vista captados
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Microfinanças no Brasil

q Além do microcrédito, são exemplos de produtos desenvolvidos no âmbito da


microfinanças:
• Microsseguro;
• Poupança popular;
• Crédito para moradia;
• Crédito para emergências;
• Cartão de crédito popular.
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

As microfinanças têm permitido maior acesso da população de baixa renda ao mercado financeiro, por
intermédio da oferta de serviços e produtos bancários. Em relação à inserção dessa população no mercado
bancário, assinale a alternativa CORRETA

Apenas os bancos oficiais estão autorizados a realziar operações de microcrédito destinadas à


A população de baixa renda e a microempreendedores

Consideram-se operações de microcrédito aquelas realizadas com pessoas jurídicas até o valor de até
B R$ 20.000,00 e de pessoas físicas até R$ 10.000,00
O Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (Crediamigo) facilita o acesso
C ao crédito a milhares de empreendedores que desenvolvem atividades relacionadas à produção, à comercialização de
bens e à prestação de serviços

Não se incluem no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, instituído pela Lei Federal n°.
D 11.110, de 25 de abril de 2005, as operações de microcrédito concedidas por cooperativas singulares de crédito

E Nas operações de microcrédito, dentre as garantias exigidas, não é permitido o aval solidário em grupo
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Conta de Depósitos
Uma conta de depósitos é um tipo de conta bancária onde os clientes podem depositar e
retirar dinheiro. A conta pode ser à vista (conta corrente) ou poupança

q Conta corrente: é a conta de depósitos à vista, em que o dinheiro do depositante


fica à sua disposição para ser movimentado ou sacado a qualquer momento. Essa
conta permite realizar pagamentos e transferir recursos, e também pode ser utilizada
em operações de crédito ou aplicações financeiras
q Conta poupança: é uma conta que tem como característica principal o propósito de
estimular a economia popular, permitindo a aplicação de pequenos valores que
passam a gerar rendimentos mensalmente
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Abertura de Conta de Depósito


A abertura de conta é o processo pelo qual um indivíduo ou empresa estabelece uma
relação bancária com uma instituição financeira

q Atribuição: as instituições financeiras devem adotar procedimentos que permitam


verificar e validar a identidade (qualquer documento de identificação legal) e a
qualificação dos titulares da conta e, quando for o caso, de seus representantes.
Esses procedimentos devem estar alinhados com os mecanismos de prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento ao terrorismo e à ocultação de bens
q Qualificação: são as informações que permitam às instituições apreciar, avaliar,
caracterizar e classificar o cliente com a finalidade de conhecer o seu perfil de risco
e sua capacidade econômico-financeira, as quais devem estar atualizadas
q Pessoa incapaz: também se deve identificar e qualificar o responsável que as
assiste ou representa
q Canais: a abertura e o encerramento de conta podem ser solicitados pelo cliente por
meio de qualquer canal de atendimento disponibilizado pela instituição financeira
para essa finalidade, inclusive por meios eletrônicos, não se admitindo o uso de
canal de telefonia por voz
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Abertura de Conta

q Conta conjunta: as contas podem ser pessoais ou conjuntas. A conta conjunta


pode, ainda, ser do tipo simples, quando é necessário a assinatura de todos os
titulares, ou solidária, quando basta a assinatura de um dos titulares
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Contrato de Abertura de Conta


O contrato de abertura de conta é o documento formal entre o cliente e a instituição
financeira que estabelece os termos e as condições para a abertura e uso da conta bancária

q São informações que devem conter no contrato:


• Os procedimentos para identificação e qualificação dos titulares da conta;
• As características da conta e as regras básicas de seu funcionamento;
• As medidas de segurança para fins de movimentação da conta;
• Os direitos e os deveres dos titulares da conta;
• Os eventuais limites de saldo mantido em conta e de aportes de recursos;
• Os procedimentos para atualização das informações dos titulares;
• A previsão de inclusão do nome do titular no Cadastro de Emitentes de
Cheques sem Fundos (CCF) no caso de emissão de cheque sem fundos;
• As hipóteses, condições e procedimentos para o encerramento da conta.
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Contrato de Abertura de Conta

q Cópia: as instituições devem fornecer ou disponibilizar aos titulares da conta uma


via do contrato da abertura de conta por meio de qualquer canal de atendimento
disponível, inclusive eletrônico
q Prospecto de informações essenciais: antes de contratar uma conta, as instituições
devem fornecer ao titular um prospecto com informações essenciais. Este
documento, que pode ser físico ou eletrônico, deve incluir, de forma resumida,
regras de funcionamento da conta, riscos existentes e medidas de segurança para
movimentação da conta, especialmente em casos de perda, furto ou roubo de
credenciais
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Movimentação de Contas

q As formas mais comuns de movimentação das contas são saques e pagamentos com
cartão, transferência de recursos de/para outras contas por meio de TED ou “book
transfer” (realizados presencialmente ou por meios eletrônicos), depósitos em
espécie e cheque
q Saque: as instituições financeiras não podem adiar saques em espécie de contas à
vista para valores até R$5.000,00. Saques acima desse valor podem ser postergados
para o próximo dia útil
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Manutenção de Conta

q Saldo mínimo: para o banco, a captação de dinheiro através da conta corrente é


chamado de custo zero, pois é um dinheiro gratuito. Contudo, como existe um custo
implícito na abertura e movimentação de uma conta corrente, os bancos podem
estabelecer valores mínimos para abertura e manutenção de saldo médio em conta
pelo cliente
q Tarifa: consiste na remuneração pelos serviços prestados a clientes e usuários pelos
bancos e demais instituições. Deve estar prevista no contrato e o serviço deve ter
sido efetivamente prestado pelo banco
• Meios eletrônicos: para pessoas físicas, não pode haver cobrança na
prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos no caso de contas de
depósitos cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos
• Caso o titular dessa conta utilize canais de atendimento presencial ou pessoal
para realização de serviços disponíveis por meio eletrônico pode haver
cobrança de tarifa, exceto se o canal eletrônico não estiver disponível
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Manutenção de Conta

q Serviços: para cliente pessoa física, a regulamentação classificou os serviços, para


fins de cobrança de tarifas, em 4 tipos: essenciais, prioritários, diferenciados e
especiais. Os serviços essenciais não podem ser cobrados. Para cliente pessoa
jurídica, não há padronização.
q São serviços essenciais vinculados à conta corrente:
• 1 cartão de débito e o fornecimento de 2ª via (quando de responsabilidade da
instituição);
• 4 saques por mês;
• 2 transferências por mês entre contas da mesma instituição;
• 2 extratos por mês, com a movimentação dos últimos 30 dias;
• Consultas pela internet;
• Compensação de cheques e 10 folhas de cheque por mês;
• 1 extrato dos valores das tarifas e encargos de operações de crédito cobradas
no ano anterior;
• Serviço por meio eletrônico, quando a conta for exclusiva dessa forma.
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Encerramento de Conta

q Para o encerramento de conta devem ser adotadas, no mínimo, as seguintes


providências:
• Comunicação entre as partes da intenção de rescindir o contrato, informando
os motivos da rescisão;
• Indicação pelo cliente da destinação do eventual saldo credor na conta;
• Devolução pelo cliente das folhas de cheque não utilizadas ou a realização do
seu cancelamento pela instituição;
• Informar aos titulares de contas sobre o prazo máximo de 30 dias para
encerrar a conta, procedimentos para quitar compromissos financeiros e o
status de produtos/serviços contratados;
• Comunicação ao titular sobre a data de encerramento da conta ou sobre os
motivos que impossibilitam o encerramento.
q Deve ser assegurada ao titular da conta de depósitos a possibilidade de solicitar o
seu encerramento pelo mesmo canal utilizado quando da solicitação de sua
abertura, se ainda disponível
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O fato de o cliente manter em determinada instituição financeira compromissos decorrentes de outras


obrigações contratuais caracteriza impedimento para o encerramento, a seu pedido, de sua conta-corrente
nessa instituição.

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: MAKIYAMA Ano: 2015 Prova: BANESTES

Dentre as informações relacionadas a direitos e deveres do correntista e do banco, constantes no contrato e/ou ficha proposta,
e que devem ser prestadas pela entidade bancária ao cliente por ocasião da abertura de uma conta corrente,
está INCORRETA a apresentada na alternativa:

Necessidade de comunicação pelo cliente, sobre qualquer alteração dos dados cadastrais e dos
A documentos usados na abertura da conta

B Informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, não poderão ser destruídos

Esclarecimento a respeito das regras de inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de


C Cheque sem Fundos

D Informações a respeito de tarifas de serviços, inclusive sobre serviços que não podem ser cobrados

E Esclarecimento quanto às condições para fornecimento de talonário de cheques


Questão 3
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: CAIXA

No ato de abertura de uma conta-corrente, os bancos devem apresentar aos clientes todas as condições
básicas para movimentação e encerramento de conta.
Essas condições devem constar, obrigatoriamente, no(a):

A folheto de propaganda do banco

B contrato de abertura de conta-corrente

C site do banco, para consulta de todos os interessados

D intranet do banco, para consulta dos funcionários

E proposta para cadastro no Banco Central


@renanduartephy

Renan Duarte
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Cheques
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, em que o emissor dá uma ordem para o
banco fazer o pagamento de um determinado valor ao beneficiário

q A operação com cheque envolve 3 agentes:


• Emitente (emissor ou sacador): aquele que emite o cheque;
• Beneficiário (emissário ou sacado): pessoa que recebe o cheque como pagamento;
• Sacado: banco onde está depositado o dinheiro do emitente e que fará o pagamento do
cheque ao beneficiário.
q Título: é considerado um título de crédito, pois representa o reconhecimento de
uma dívida por parte do emissor, podendo ser protestado ou executado em juízo
q Ordem de pagamento à vista: deve ser pago no momento de sua apresentação no
banco. A prescrição é de 180 dias contados a partir da data de emissão registrada no
cheque
q Cheque pré-datado: é aquele em que o emissor informa uma data futura para
pagamento ao beneficiário, embora possa ser descontado pelo beneficiário antes da
data definida. Nesse caso, pode haver indenização de danos morais, se o emitente se
sentir prejudicado
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Cheques

q Os cheques podem ser emitidos das seguintes formas:


• Ao portador: quando o beneficiário não é indicado. Nesse caso, o cheque
não pode ter valor superior a R$ 100,00 e pode ser sacado por qualquer
pessoa no banco;
• Nominal (ou nominativo) à ordem: quando o emissor indica o nome do
beneficiário, mas não escreve, após o nome do beneficiário, a expressão "não
à ordem", ou "não-transferível", ou "proibido o endosso", ou outra
equivalente. Esse cheque só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário
indicado no cheque e ser transferido por endosso do beneficiário;
• Nominal não à ordem: quando o emissor indica o nome do beneficiário e
escreve, após o nome do beneficiário, a expressão "não à ordem", ou "não-
transferível", ou "proibido o endosso", ou outra equivalente. Esse cheque
somente pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque
e não pode ser transferido por ele;
• Cruzado: quando o emissor faz duas linhas paralelas. Significa que o cheque
deve ser obrigatoriamente depositado.
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Cheques

q Devolução de cheques: ocorre quando um cheque não pode ser compensado pelo
banco e é retornado ao beneficiário. São exemplos de motivos identificados por
códigos:
• 11: Cheque sem fundos - 1ª apresentação;
• 12: Cheque sem fundos – 2ª Apresentação;
• 13: Conta encerrada;
• 14: Prática espúria - é utilizado em duas situações: se mais de três cheques de
até R$3,41 sem fundos são apresentados no mesmo dia contra a mesma
conta, ou se três ou mais cheques de até R$3,41 sem fundos já foram pagos
em datas diferentes devido a um "compromisso de pronto acolhimento”;
• 22: Divergência ou insuficiência de assinaturas;
• 24: Bloqueio judicial ou determinação do BACEN;
• 31: Erro de preenchimento.
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Cheques

q Cadastro de Cheques sem Fundos (CCF): o cliente será incluído no CCF, no


prazo de 15 dias da data de devolução do cheque, caso realize uma das ocorrências
a seguir:
• Tiver o mesmo cheque devolvido em duas datas diferentes por falta de fundos;
• Emitir cheque referente a conta de depósitos encerrada;
• Incidir em prática espúria.
q Antes de inscrever o cliente no CCF, a instituição financeira sacada deve:
• Comunicar por escrito ao emitente a inclusão de seu nome no cadastro;
• Informar os canais disponíveis para o cancelamento do registro no banco de dados.
q Os dados de clientes serão excluídos CCF:
• Automaticamente, após decorridos 5 anos da inclusão do cheque sem fundos;
• Caso a inclusão tenha ocorrido por erro comprovado;
• A qualquer tempo, a pedido do estabelecimento sacado;
• Por determinação do BACEN.
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Cheques

q Abertura e encerramento de conta: não há regulamentação que determine


impedimento para abertura de conta de clientes inscritos no CCF, bem como
determine o encerramento de conta por essa razão, cabendo ao banco a decisão
q Cheques: é vedado o fornecimento de folhas de cheque enquanto o titular da conta
de depósitos à vista movimentável por cheque estiver no CCF
q Conta conjunta: a inclusão de ocorrência no CCF relativa a cheque emitido por
titular de conta conjunta deve ficar restrita ao emitente do cheque,
independentemente se conta simples ou solidária
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2021 Prova: BANESE

É proibida a abertura de conta-corrente para agente com inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheques
sem Fundos (CCF).

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O prazo de apresentação de um cheque para pagamento é de seis meses, a contar da data de sua emissão.

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

O cheque é uma ordem de pagamento à vista, devendo ser pago no momento de sua apresentação ao banco
sacado. Com relação ao cheque, assinale a alternativa CORRETA:

O cheque não pode ser considerado um título de crédito, por não poder ser protestado ou executado em
A juízo

B Por ser protegido por Lei, o recebimento de cheques é obrigatório pelas pessoas, lojas e empresas

A emissão de cheque sem fundo só acarretará a inclusão do nome do emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques
C sem Fundos (CCF), a partir do terceiro cheque devolvido por insuficiência de fundos

O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso
D epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato

Cheque no valor de até R$1.000,00 pode ser emitido ao portador, ou seja, não há necessidade de
E identificação do beneficiário
@renanduartephy

Renan Duarte
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Depósito à Vista
A conta corrente, ou conta de depósitos à vista, é a conta em que o dinheiro do depositante
fica à sua disposição para ser movimentado ou sacado a qualquer momento

q Essa conta permite realizar pagamentos e transferir recursos, e também pode ser
utilizada em operações de crédito ou aplicações financeira
q É chamada de captação de recursos bancários a custo zero, pois, para o banco, é um
dinheiro gratuito
q Porém, como existe um custo implícito na abertura e movimentação de um conta
corrente, os bancos podem, eventualmente, estabelecer valores mínimos para
abertura e manutenção de saldo médio em conta pelo cliente
q Essa conta não permite a remuneração de valores
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 CDB ............................................................................................................ 2


1.2 RDB ............................................................................................................ 5
1.3 DPGE .......................................................................................................... 6
1.4 Questões ...................................................................................................... 7
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 CDB

Vimos que os bancos, em geral, estão autorizados a captar através de depósito a


prazo. Pois bem, o CDB é um típico título de depósito a prazo, que é emitido por uma
instituição financeira e representa um título de dívida para o investidor. Basicamente, o
investidor empresta seu dinheiro a um banco, e esse poderá utilizar o valor para
desenvolver suas atividades, entre elas, emprestar para outras pessoas. Ao final do prazo,
o investidor vai ter o seu dinheiro de volta e mais a soma de juros.
A lei define quais as instituições que estão autorizadas a emitir CDBs:

➢ Bancos comerciais;
➢ Bancos de investimento;
➢ Bancos múltiplos;
➢ Bancos de desenvolvimento;
➢ Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
➢ Caixa Econômica Federal.

O CDB possui um prazo de vencimento, ao final do qual o investidor recebe o


valor principal aplicado, juntamente com os juros do período. Esses prazos são variados,
podendo ser de meses ou anos. Geralmente, quanto maior esse prazo, maior a promessa
de rendimento.

A lei não define um prazo mínimo para CDBs prefixados, mas estabelece prazos
mínimos para CDBs pós fixados, a depender do indexador:

➢ Indexados a Taxas Flutuantes (CDI e Taxa SELIC): um dia;


➢ Indexados a Taxa Referencial (TR) e Taxa de Longo Prazo (TLP): um mês;
➢ Indexados a Taxa Básica Financeira (TBF): dois meses;
➢ Indexados a índices de preços (Exemplo: IGPM): um ano
Embora a definição de prazo de vencimento seja essa que vimos acima, é comum
que os CDBs possuam liquidez diária, assim, o investidor pode resgatar o valor a qualquer
momento, incluindo os juros acumulados até a data do resgate, isto é, nesses casos o prazo
de vencimento perde um pouco de sua relevância.

Contudo, nos casos em que não há liquidez diária, o investidor apenas receberá o
valor ao final do prazo, como vimos. Se ainda quiser resgatar antecipadamente, terá que
negociar no mercado secundário o título (lembre-se que o mercado secundário não
envolve a instituição emissora), mas corre o risco de não achar outra parte interessada em
comprar.
Para os bancos, é mais interessante que os títulos não tenham liquidez diária, pois
eles têm mais previsibilidade sobre o tempo que manterão os valores disponíveis. Já o
investidor prefere os títulos com liquidez diária, pois reduz o risco de liquidez. Esse jogo
de interesses opostos faz com que títulos sem liquidez diária, em geral, remunerem melhor
o investidor do que os que têm.

Em relação a remuneração, cita-se que os CDBs, em geral, são prefixados ou pós-


fixados. Nos prefixados a taxa é conhecida de antemão, já os pós-fixados utilizam
indicares de referência, sendo o DI o mais comum. Contudo, no mercado de CDBs,
também se vê outros indicadores de referência, como a Taxa Referencial (TR) e a Taxa
Selic. Observe dois exemplos de CDB prefixado e pós-fixado:

➢ CDB prefixado com remuneração de 8% a.a.;


➢ CDB pós-fixado com remuneração de 105% do DI.
Embora também existam CDBs remunerem por índices de preços mais uma taxa
prefixada:

➢ CDB com remuneração de IPCA + 6% a.a.

Vale acrescentar que, durante a vida do CDB, os juros são calculados sobre o valor
atualizado de principal em base diária, conforme a convecção adotada no mercado
financeiro brasileiro para papéis de renda fixa. Assim, considera-se que o ano possui 252
dias úteis, os quais são utilizados para remunerar o principal do investimento. Em outras
palavras, durante os finais de semana e feriados, não há remuneração. Durante a vigência
do título, os juros são calculados diariamente, sendo acumulados até vencimento, de
modo que o investidor receba, ao final do prazo (ou do resgaste antecipado, se possível),
o total acumulado somado com o valor do principal.

Sobre os ganhos obtidos pelos CDBs há incidência do imposto de renda, a


depender do tempo que o valor ficou aplicado, ou seja, não é considerado o vencimento
do CDB, mas sim quando efetivamente aconteceu o resgate. Os CDBs, tal como outros
investimento de renda fixa, seguem a tabela regressiva:

IR para CDBs

Prazo da Aplicação Alíquota do IR

Até 180 dias 22,50%

De 181 a 360 dias 20,00%

De 361 a 720 dias 17,50%

Acima de 720 dias 15,00%


Assim, em um CDB de prazo de vencimento de 2 anos, por exemplo, de liquidez
diária, em que o resgate ocorreu 4 meses após a aplicação, a alíquota, nesse caso, seria de
22,50% sobre os rendimentos gerados. Se o investidor optasse por manter o título durante
os 2 anos, pagaria IR de 15% sobre os ganhos.
Além do IR, os investidores também estão sujeitos à cobrança do Imposto sobre
Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários
(IOF), caso o resgate aconteça nos primeiros 30 dias após a aplicação. A tabela de
alíquotas de IOF é a seguinte:

Alíquota de IOF sobre rendimento

Dias IOF (em %) Dias IOF (em %) Dias IOF (em %)

1 96 11 63 21 30

2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23

4 86 14 53 24 20

5 83 15 50 25 16

6 80 16 46 26 13

7 76 17 43 27 10

8 73 18 40 28 6

9 70 19 36 29 3

10 66 20 33 30 0

Em resumo:
1.2 RDB

Assim como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito


Bancário (RDB) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras. O RDB
também representa uma forma de captação de recursos por parte dos bancos, permitindo
que investidores emprestem dinheiro à instituição em troca de juros ao longo de um
período de tempo.
Bancos comerciais, bancos de investimento, bancos múltiplos, bancos de
desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, e a Caixa
Econômica Federal estão entre as instituições que podem emitir RDBs.

O funcionamento básico do RDB é bastante semelhante ao do CDB. O investidor


empresta seu dinheiro ao banco por um período determinado, durante o qual o banco
utiliza esses recursos para suas atividades financeiras, como empréstimos a terceiros. Ao
final do prazo estabelecido, o investidor recebe o valor principal investido, acrescido dos
juros acordados.

A principal diferença entre os dois reside na liquidez. Enquanto é comum que os


CDBs tenham liquidez diária, o RDB possui liquidez apenas no prazo final de
vencimento.

Além disso, os RDBs são inegociáveis e intransferíveis, ou seja, não podem ser
negociados no mercado secundário, nem transferidos para o nome de outra pessoa.
Contudo, o RDB pode ser resgatado junto à instituição emissora antes do prazo
contratado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplicação. Antes do prazo mínimo
não são auferidos rendimentos.

Assim como no caso dos CDBs, os ganhos obtidos com os RDBs estão sujeitos à
incidência de imposto de renda e, potencialmente, ao Imposto sobre Operações de
Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF). A tabela
regressiva de alíquotas do imposto de renda é aplicável aos RDBs, de forma semelhante
ao que ocorre com os CDBs.
Em resumo:

1.3 DPGE

O Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) é um título de renda fixa


emitido por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil, que oferece
uma camada adicional de segurança para os investidores.

Assim, a principal característica que diferencia o DPGE de outros títulos de renda


fixa é a garantia especial. O DPGE conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos
(FGC), assim como outros investimentos de renda fixa, mas o valor é maior, de até R$ 40
milhões, por CPF ou CNPJ, por instituição ou conglomerado financeiro. Isso significa
que, em caso de insolvência do banco, o investidor tem a garantia de recuperação de seu
investimento até esse limite, além do limite tradicional garantido pelo FGC.
Assim como outros títulos de renda fixa, o DPGE pode ser emitido com diferentes
formas de remuneração, como taxa prefixada ou pós-fixada, que pode ser atrelada a algum
índice de referência, como o DI ou a Taxa Selic. A remuneração é definida no momento
da emissão do título.
O prazo de resgate, diferentemente de um CDB, não pode ser inferior a 6 meses
nem superior a 36 meses. Além disso, não é possível resgatar valores antecipadamente
nem mesmo parcialmente.

Além disso, vale colocar que os investimentos em DPGE são tributados através
da tabela regressiva de IR, conforme o prazo de aplicação e sempre sobre os rendimentos.

Em resumo:

1.4 QUESTÕES

Banca: VUNESP Ano: 2020 Prova: FITO


Assinale a alternativa correta sobre o Certificado de Depósitos Bancários (CDB):

a) É uma obrigação de pagamento passada de um capital aplicado em depósito a prazo


fixo em instituições financeiras

b) Não incide Imposto de Renda sobre os rendimentos produzidos pelo CDB


c) Não pode ser negociado antes de seu vencimento

d) Se for prefixado, é informado ao investidor, no momento da aplicação, quanto irá


pagar em seu vencimento

e) Trata-se de um título de alto risco, visto que está vinculado à solvência da


instituição financeira

Comentários:

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido por


instituições financeiras. Ele pode ter diferentes formas de remuneração, sendo uma
delas a remuneração prefixada, onde a taxa de juros é conhecida no momento da
aplicação. Nesse caso, o investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento
do título.

Gabarito: “d”
Banca: QUADRIX Ano: 2018 Prova: CRM-PR

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) com remuneração pré-fixada possui a sua


remuneração associada ao desempenho de indicadores da economia, tais como a taxa
SELIC e o IPCA.
Certo

Errado

Comentários:

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) com remuneração pré-fixada possui sua


taxa de juros definida no momento da aplicação e não está diretamente associado ao
desempenho de indicadores da economia, como a taxa SELIC ou o IPCA, nesse caso
estaríamos falando sobre a remuneração pós fixada.

Gabarito: “Errado”

Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ


Em relação ao Recibo de Depósito Bancário (RDB) e ao Certificado de Depósito
Bancário (CDB), é correto afirmar que:
a) o RDB é considerado um depósito à vista enquanto o CDB é considerado um
depósito a prazo

b) o RDB é considerado um depósito a prazo enquanto o CDB é considerado um


depósito à vista
c) o RDB e o CDB são considerados depósitos à vista

d) o RDB e o CDB são considerados depósitos a prazo

e) o RDB e o CDB podem ser tanto depósitos à vista quanto depósitos a prazo

Comentários:
Tanto o RDB quanto o CDB são títulos de renda fixa emitidos por instituições
financeiras, nos quais o investidor aplica um montante por um período específico,
aguardando o vencimento para receber o valor principal e os juros acumulados.
Portanto, ambos são considerados depósitos a prazo, pois envolvem a disponibilidade
do capital investido por um prazo determinado antes que o investidor possa resgatar
seus fundos com os rendimentos.

Gabarito: “d”

Banca: FADESP Ano: 2018 Prova: BANPARÁ


Ainda em relação ao Recibo de Depósito Bancário (RDB) e ao Certificado de Depósito
Bancário (CDB), é correto afirmar que:

a) os CDB e RDB são títulos de renda fixa que servem como captação de recursos dos
bancos. Ambos são empréstimos que o banco faz para seus clientes e a rentabilidade
vem dos juros pagos pelo cliente à instituição

b) o RDB é um recibo que pode ser negociado a qualquer momento desde que seja
entre correntistas do mesmo banco

c) o CDB, por ser um depósito à vista, permite negociação do título antes do


vencimento

d) o RDB, por ser um depósito à vista, é inegociável e intransferível


e) o CDB, por ser considerado um título de crédito, é negociável e pode ser endossável
e vendido para outra pessoa

Comentários:
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por
instituições financeiras. Sendo um título de crédito, ele é negociável e pode ser
transferido para outras pessoas por meio do endosso. Isso significa que um investidor
que possui um CDB pode vender, transferir ou ceder o título a outra pessoa, que passa
a ser o novo detentor e beneficiário dos pagamentos de juros e do valor principal no
vencimento.

Já o Recibo de Depósito Bancário (RDB) é um título semelhante ao CDB, mas, em


geral, possui menor liquidez, ou seja, é menos comum que seja negociado antes do
vencimento. Normalmente, o RDB não é transferível ou negociável entre investidores,
o que o diferencia do CDB nesse aspecto.

Gabarito: “e”
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Fundo de Investimento
Um fundo de investimento é uma modalidade de aplicação financeira, caracterizada pela
união de recursos de vários investidores que investem esses recursos em outros ativos

q Devido a essa união, os fundos de investimentos são atrativos, especialmente, para


pequenos investidores, pois com aplicações, muitas vezes, de pequeno valor, um
investidor consegue se juntar a um fundo e ter acesso ao mercado financeiro e de
capitais geralmente acessíveis apenas a grandes investidores e especialistas do setor
Prof. Renan Duarte

Condomínio
Juridicamente, os fundos de investimento são conhecidos como condomínios de natureza
especial, “comunhão de recursos”, os quais são constituídos com o objetivo de promover a
aplicação coletiva dos recursos de seus participantes

q O patrimônio que compõe o fundo é divido em cotas, sendo que os investidores são
detentores dessas cotas (cotistas)
q Os fundos trazem a obrigatoriedade de constituir uma pessoa jurídica com CNPJ
próprio, pois cada fundo visa a um determinado objetivo ou retorno, dividindo as
receitas geradas e as despesas necessárias para realizarem o empreendimento
q Todo cotista tem o mesmo direito e a mesma obrigação perante o fundo,
caracterizando “tratamento igualitário” entre todos os investidores. Além disso, os
fundos devem ser registrados junto a CVM
Prof. Renan Duarte

Classe de Cotas

Fundo de Renda Fixa

Classe: Renda Fixa

Valor inicial: R$ 1.000,00 Valor inicial: R$ 100.000,00 Valor inicial: R$ 1.000.000,00


Taxa de ADM: 2% Taxa de ADM: 1% Taxa de ADM: 2%
Resgate: D0 Resgate: D+1 Resgate: D+2

Subclasse Subclasse Subclasse

q Regime aberto: a classe cujo regulamento admite que as cotas sejam resgatadas
q Regime fechado: a classe cujo regulamento não admite o resgate de cotas
Prof. Renan Duarte

Constituição

q O fundo de investimento deve ser constituído por deliberação conjunta dos


prestadores de serviços essenciais, a quem incumbe aprovar, no mesmo ato, o seu
regulamento
q O funcionamento do fundo depende do seu prévio registro na CVM
q Caso o fundo tenha mais de uma classe de cotas, cada classe deve obter seu próprio
registro de funcionamento, o qual pode ser requerido à CVM concomitantemente
ou após a obtenção do registro do fundo

Fundo de Renda Fixa

CVM
Classe: Renda Fixa

Classe: Renda Fixa


Prof. Renan Duarte

Cotas
As cotas de um fundo de investimento correspondem a frações ideais do patrimônio da
classe de cotas
q As cotas são escriturais (representados pelo registro em uma conta de depósito),
nominativas (em nome do investidor) e conferem iguais direitos e obrigações aos
cotistas
q Cálculo: o valor da cota resulta da divisão do valor do patrimônio líquido da
respectiva classe pelo número de cotas da mesma classe
• Caso a classe tenha subclasses, o valor da cota de cada subclasse resulta da
divisão do valor do patrimônio líquido atribuído à respectiva subclasse pelo
número de cotas da mesma subclasse.

Classe: Renda Fixa

Subclasse Subclasse
Prof. Renan Duarte

Cotas

q Ingresso: quando do ingresso do cotista no fundo, o agente que tiver realizado a


distribuição de cotas deve disponibilizar a versão vigente do regulamento, o que
inclui o anexo da classe investida e o apêndice da subclasse investida, se for o caso
q Termo de Adesão e Risco: todo cotista que entrar no fundo devesse assinar um
termo de adesão e risco que atesta que o investidor tem conhecimento das regras do
fundo
q Resgate: o regulamento deve estabelecer os prazos entre a data do pedido de
resgate, a data de conversão de cotas e a data do pagamento do resgate
• Data do pedido de resgate: 10/03;
• Data de conversão de cotas (cotização): 12/03;
• Data de pagamento do resgate: 15/03.
Prof. Renan Duarte

Regulamento

q O regulamento é o documento que consta tudo sobre o fundo de investimento,


especialmente no que se refere ao objetivo, à política de investimento, às taxas
cobradas, aos prestadores de serviço e às regras de aplicação e resgate
q O regulamento pode prever a existência de diferentes classes de cotas, com direitos
e obrigações distintos, devendo o administrador constituir um patrimônio segregado
para cada classe de cotas
q Caso o fundo tenha diferentes classes de cotas, o regulamento deverá trazer anexos
complementares para tratar cada uma dessas classes e apêndices para subclasses

Fundo de Renda Fixa

Classe: Renda Fixa

Classe: Renda Fixa


Prof. Renan Duarte

Assembleia de Cotistas
A assembleia de cotistas é a instância máxima das decisões de um fundo de investimento.
Sua convocação deve ser encaminhada a cada cotista e disponibilizada nas páginas dos
sites do administrador e do gestor
q Compete a assembleia deliberar sobre alguns assuntos, tais como:
• A substituição de prestador de serviço essencial;
• A alteração do regulamento;
• A emissão de novas cotas, na classe fechada.
q As deliberações da assembleia de cotistas são tomadas por maioria de votos dos
presentes
Prof. Renan Duarte

Prestadores de Serviços
O funcionamento do fundo de investimento se materializa por meio da atuação dos
prestadores de serviços essenciais e terceiros por eles contratados, por escrito, em nome
do fundo
q São prestadores de serviços essenciais:
• Administrador: é responsável pela gestão operacional e administrativa do
fundo, incluindo tarefas como a manutenção do registro dos cotistas, cálculo
do valor das cotas, e o cumprimento das obrigações regulatórias e fiscais;
• Gestor: o gestor do fundo é encarregado de definir a estratégia de
investimentos e tomar as decisões de compra e venda de ativos, visando
atingir os objetivos e a política de investimento estabelecidos no regulamento
do fundo.
Prof. Renan Duarte

Fundo de Investimento Financeiro (FIF)

q Fundos de Investimento Financeiros (FIF) que, em função da sua política de


investimento, podem ser dos seguintes tipos:
• Fundos de Investimento em Renda Fixa;
• Fundos de Investimento em Ações;
• Fundos de Investimento Cambial;
• Fundos de Investimento Multimercado.
Prof. Renan Duarte

Fundos de Investimento em Renda Fixa

q A classe tipificada como “Renda Fixa” deve ter como principal fator de risco de
sua carteira a variação de taxa de juros, índice de preços ou ambos
• Renda Fixa: essa classe de cotas deve possuir, no mínimo, 80% do seu
patrimônio em títulos de renda fixa prefixados ou pós fixados;
• Renda Fixa Curto Prazo: essa classe de cotas deve aplicar em títulos com
prazo máximo de 375 dias, além da carteira ter um prazo médio inferior a 60
dias;
• Renda Fixa Curto Prazo: essa classe de cotas deve aplicar em títulos com
prazo máximo de 375 dias, além da carteira ter um prazo médio inferior a 60
dias;
• Renda Fixa Referenciado: essa classe de cotas deve aplicar, no mínimo,
95% do patrimônio em ativos que acompanham um índice de referência;
• Renda Fixa Simples: essa classe de cotas aplica ao menos 95% do
patrimônio em títulos públicos ou papéis de instituições financeiras com risco
equivalente.
Prof. Renan Duarte

Fundos de Investimento em Ações

q A classe de cotas do fundo tipificado como “Ações” deve ter como principal fator
de risco a variação de preços de ações admitidas à negociação em mercado
organizado
• Ações: aplica, no mínimo, 67% do patrimônio aplicado em ações, bônus de
subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de ações e de
fundos de índices e BDRs níveis II e III;
• Ações Mercado de Acesso: Aplica, no mínimo, 67% do patrimônio a ações
de companhias listadas em segmento de acesso de bolsas de valores.
Prof. Renan Duarte

Fundos de Investimento Cambial

q A classe tipificada como “Cambial” deve ter como principal fator de risco de
carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou do cupom cambial
• Cambial: no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados à variação de
preços de moeda estrangeira.
Prof. Renan Duarte

Fundos de Investimento Multimercado

q A classe tipificada como "Multimercado" deve ter política de investimento que


envolva vários fatores de risco, sem compromisso de concentração em nenhum
fator em específico
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Tributação

q Em fundos de investimento, para efeitos de recolhimento do Imposto de Renda


(IR), os fundos são classificados em três categorias pela Secretaria da Receita
Federal. O cálculo leva em conta o período que o dinheiro foi mantido e o tipo do
fundo:
• Fundos de Ações: contam com uma alíquota única de IR, independentemente
do prazo do investimento. O imposto será cobrado sobre o rendimento bruto
do fundo quando do resgate da aplicação. Alíquota do IR é fixa em 15%;
• Fundos de Curto Prazo: contam com alíquotas de IR que variam de 22,5%
a 20%, em função do período que o investidor permanecer com a aplicação
no fundo;
• Fundos de Longo Prazo: contam com alíquotas de IR que variam de 22,5%
a 15%, em função do período que o investidor permanecer com a aplicação
no fundo.
Prof. Renan Duarte

Tributação
Prof. Renan Duarte

Tributação

q Além do IR, os fundos de investimento também estão sujeitos a cobrança do


Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre o rendimento nos
resgates feitos em período inferior a 30 dias
Prof. Renan Duarte

Come-Cotas
O come-cotas é o IR dos fundos de investimento, recolhido pelo administrador do fundo
no último dia útil dos meses de maio e novembro, mesmo que não haja resgate do fundo
pelo cotista nessas datas
q É uma forma de antecipação de IR. O percentual para recolhimento do IR no come-
cotas será sempre a menor alíquota de cada tipo de fundo, portanto:
• 20% para fundos de curto prazo;
• 15% para fundos de longo prazo.
q Só estão sujeitos ao come-cotas alguns fundos, são eles:
• Renda fixa;
• Cambial;
• Multimercados.
Questão 1
Banca: QUADRIX Ano: 2023 Prova: IPREV-DF

Os fundos de ações devem investir, no mínimo, 80% do seu patrimônio líquido em ações negociadas no
mercado à vista de bolsa de valores, enquanto os fundos cambiais investem, no mínimo, 67% do seu
patrimônio líquido em moedas estrangeiras

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: FEPESE Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Balneário Camboriú - SC

A aplicação de recursos em cotas de fundos de investimento é uma das opções disponíveis no mercado
financeiro.
Uma das características dos fundos de investimento é a

A Isenção de imposto de renda nos aportes mensais de valores inferiores a um salário mínimo

Inexistência da cobrança de taxa de administração sobre o valor aplicado e de taxa de performance


B sobre a rentabilidade obtida

C Garantia de rentabilidade das cotas em valor igual ou superior à da taxa básica de juros da economia

Possibilidade de aportes no mercado financeiro com pouco capital e gestão profissional da carteira de
D investimentos

Flexibilidade para que o cotista escolha os ativos que fazem parte da carteira de investimentos do
E fundo
Questão 3
Banca: FCC Ano: 2012 Prova: BANESE

Sobre fundos de investimento está correto afirmar que

A são garantidos pela instituição financeira administradora

B suas cotas podem ser adquiridas apenas por investidor pessoa jurídica

C seu funcionamento depende do prévio registro na Comissão de Valores Mobiliários

D não sofrem auditoria independente

E o valor das cotas é calculado e divulgado mensalmente


Questão 4
Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia

A taxa de administração é a principal remuneração obtida pela instituição financeira quando oferece um
fundo de investimentos aos clientes. Ela é devida mesmo quando o fundo em questão apresenta retorno
negativo

C Certo

E Errado
Questão 5
Banca: CEBRASPE Ano: 2010 Prova: Banco da Amazônia

Ao aplicar em um fundo de investimentos, assim como em um CDB, o cliente tem seus recursos garantidos
pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

C Certo

E Errado
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 Poupança ..................................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 POUPANÇA

A poupança, também conhecida como caderneta de poupança, teve seu início em


1861, quando a Caixa Econômica Federal foi criada. Seu propósito era oferecer um
rendimento anual de 6% em forma de juros aos investidores. Com o passar dos anos, essa
modalidade de investimento passou por diversas alterações em sua rentabilidade e
características.

Atualmente, a rentabilidade da poupança é uniforme em todos os bancos e está


diretamente relacionada à meta da Taxa Selic.

A emissão de cadernetas de poupança é permitida por diferentes instituições


financeiras autorizadas. Entre elas estão:

➢ Caixa Econômica Federal (CEF);


➢ Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI);
➢ Banco múltiplo com carteira de SCI;
➢ Associação de Poupança e Empréstimo (APE);
➢ Cooperativa de Crédito.
A poupança é uma conta separada da conta corrente que um investidor possui em
uma instituição financeira. Para começar a investir, o investidor simplesmente precisa
abrir uma conta de poupança e realizar depósitos nela. Uma das vantagens é que
geralmente não há um valor mínimo de investimento, ou seja, qualquer quantia pode ser
depositada. Além disso, a poupança oferece liquidez diária, o que significa que o
investidor pode resgatar seus valores a qualquer momento que desejar, sem restrições.

Contudo, apesar da liquidez diária que a poupança oferece, a rentabilidade é


calculada apenas mensalmente para pessoas físicas. Isso significa que o valor investido
deve permanecer na poupança por pelo menos 30 dias para começar a render. Para pessoas
jurídicas, a rentabilidade é calculada trimestralmente. O dia em que o rendimento é
calculado é chamado de "aniversário" da aplicação, porque é o dia em que a aplicação
completou um mês inteiro necessário para gerar retorno.
Nesse sentido, para cada valor aplicado em diferentes dias, haverá uma data de
aniversário diferente. Assim, se o investidor aplicar no dia 01/01 R$ 300,00, terá
rendimento, para esse valor, 30 dias depois dessa data, se aplicar no dia 03/01 mais R$
200,00, terá rendimento, para esse valor, 30 dias depois dessa última data.
E caso o investidor resgate antes da aplicação completar o aniversário? Bom,
nesse caso não terá obtido remuneração referente ao mês que não completou o aniversário
mensal. Se sacar antes de completar o primeiro aniversário, aí não terá obtido nenhuma
remuneração.

Vale dizer que a poupança pode começar em qualquer dia do mês, o qual vai ser
considerado para determinar a data de aniversário. Contudo, as aplicações iniciadas nos
dias 29, 30 ou 31 de um mês somente começam a pagar rendimentos a partir do dia 01
do mês seguinte, data que será então considerada como aniversário da aplicação.

Como dito, a rentabilidade da poupança sofreu alterações no decorrer dos anos. A


última dessas alterações aconteceu em 4 de maio de 2012, quando ficou estipulado que a
rentabilidade da poupança é dada em função da meta da Taxa Selic vigente no momento.
Funciona assim:

Rentabilidade da Caderneta de Poupança

Meta Selic Rentabilidade

Superior a 8,50% ao ano 0,50% ao mês + TR

Inferior a 8,50% ao ano 70% da meta da Taxa Selic + TR

Lembrando que, se o investidor for pessoa jurídica, o rendimento passa a ser


calculado de forma trimestral, dessa forma:

Caso o investidor possua alguma aplicação que antecede a data de 4 de maio de


2012, ele continuará a receber os rendimentos de acordo com a regra antiga, que
estabelecia que a poupança rendia 0,50% ao mês acrescida da TR, independentemente da
meta da Taxa Selic.

Um dos principais atrativos da caderneta de poupança é a total isenção de tributos.


Não há incidência de imposto de renda (IR) ou de IOF sobre os rendimentos obtidos na
poupança para as pessoas físicas. Isso faz com que a remuneração bruta seja idêntica à
remuneração líquida nesse investimento.

Já para as pessoas jurídicas, a tributação irá depender se a PJ possui ou não fins


lucrativos. Caso ela não possua, não há cobrança de IR; já se ela possuir, há cobrança de
IR na alíquota de 22,50%.
Caderneta de Poupança

Quem emite  Caixa Econômica Federal (CEF)


 Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI)
 Banco múltiplo com carteira de SCI
 Associação de Poupança e Empréstimo (APE)
 Cooperativa de Crédito

Remuneração (a partir  0,50% ao mês + TR (Selic acima de 8,50%)


de 04/05/2012)  70% Selic (Selic abaixo de 8,50%)

Remuneração (até 0,50% ao mês + TR


04/05/2012)

Rendimento PF Mensal

Rendimento PJ Trimestral

IR PF Isento

IR PJ  Isento (PJ sem fins lucrativos)


 22,50% (PJ com fins lucrativos)

FGC Possui cobertura

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

A remuneração atual da caderneta de poupança possui um componente básico, baseado


na taxa referencial (TR), e um adicional, dependente da política monetária corrente.

O parâmetro de política monetária utilizado no cálculo é a:

a) Taxa do CDI – Certificado de Depósito Interbancário

b) Meta da taxa Selic


c) Meta de inflação

d) Taxa Selic diária

e) Rentabilidade média das NTN-B’s

Comentários:

A remuneração da caderneta de poupança é composta pelo componente básico, que


utiliza a Taxa Referencial (TR), e pelo componente adicional, que é baseado na política
monetária corrente, mais especificamente na meta da taxa Selic.
Gabarito: “b”

Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

A conta poupança é um tipo de conta bancária considerada de baixo risco. Em relação


à caderneta de poupança, é correto afirmar que:
a) A remuneração da aplicação é mensal e não há incidência de imposto de renda (IR)
sobre ganhos de capital para pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos

b) A remuneração é mensal e há incidência do imposto de renda (IR) para pessoas


jurídicas com fins lucrativos
c) A remuneração da aplicação é mensal e há incidência de imposto de renda (IR)
sobre ganhos de capital para pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos

d) A caderneta recebe depósitos tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas,


sendo que sua abertura deve ser feita somente no quinto dia útil de cada mês
e) A remuneração da aplicação é diária e não há incidência de imposto de renda (IR)
sobre ganhos de capital para pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos

Comentários:

A caderneta de poupança possui remuneração mensal para pessoas físicas e não há


incidência de imposto de renda (IR) sobre os ganhos de capital para pessoas físicas e
jurídicas sem fins lucrativos.

Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2018 Prova: Banco da Amazônia


As sucessivas reduções na taxa básica de juros, a Selic, impactam a decisão dos
investidores com relação à poupança. Sobre as cadernetas de poupança tem-se que:

a) Têm a remuneração composta pela Taxa Referencial e por uma remuneração


adicional de 0,5% ao mês, se a Selic for maior que 8,5%
b) Têm a remuneração creditada no último dia útil de cada mês

c) Têm incidência do Imposto de Renda

d) São passíveis de cobrança de taxas administrativas

e) Não são garantidas pelo FGC

Comentários:
A remuneração da poupança é composta por duas partes: a Taxa Referencial (TR) mais
uma remuneração adicional de 0,5% ao mês, sempre que a Selic estiver acima de 8,5%.
Gabarito: “a”

Banca: CEBRASPE Ano: 2015 Prova: Telebras

Os depósitos de poupança são remunerados, com base no saldo médio depositado em


cada período de rendimento, por juros de 0,5% ao mês e pela taxa referencial (TR).
Certo

Errado

Comentários:

Na verdade, os depósitos de poupança são remunerados com base no menor saldo


existente no período entre a data de início e a data de aniversário da conta.

Gabarito: “Errado”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco da Amazônia

A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil,


principalmente por ser um investimento de baixo risco.

A poupança é regulada pelo Banco Central, e, atualmente, com a meta da taxa Selic
superior a 8,5%, sua remuneração é de:

a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB


b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais TR (Taxa Referencial)

c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês

d) 0,5% ao mês

e) 6% ao ano
Comentários:

Com a meta da taxa Selic superior a 8,5%, a remuneração da poupança passou a ser
calculada pela Taxa Referencial somada a 0,5% ao mês.
Gabarito: “c”
Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB
O saldo na conta de poupança só pode ser resgatado no dia do aniversário; caso precise
do dinheiro antes desse dia, o titular dessa conta não poderá sacá-lo, ainda que abra
mão dos rendimentos daquele mês.

Certo
Errado

Comentários:

A caderneta de poupança possui liquidez diária, o que significa que o titular da conta
pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, mesmo antes do dia de "aniversário".
No entanto, é importante notar que o rendimento da poupança é calculado de acordo
com o período em que o dinheiro permanece na conta, ou seja, se resgatar antes, não
terá a remuneração sobre o saldo que não completou o "aniversário".

Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB

Embora todos os bancos possam cobrar tarifas sobre as contas de poupança, os


correntistas dessas contas terão direito, em qualquer banco e sem custo algum, a
extratos ilimitados nos terminais de autoatendimento.
Certo

Errado

Comentários:

Os serviços essenciais da conta poupança incluem a emissão de até dois extratos por
mês sem a incidência de custos ao correntista. A partir daí, pode haver cobranças.

Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 Título de Capitalização ............................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 4
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO

O título de capitalização é um produto financeiro que oferece uma abordagem


diferente para poupar recursos juntamente com a possibilidade de participar de sorteios.
Ao adquirir um título de capitalização, o subscritor (cliente) realiza pagamentos regulares.
Uma parte desses pagamentos é direcionada para a formação de um capital, que será
resgatado em moeda corrente após um prazo máximo definido.

Além disso, o título de capitalização costuma incluir a possibilidade de participar


de sorteios. Uma parcela dos valores pagos pelos subscritores é destinada ao
financiamento desses sorteios, proporcionando a chance de ganhar prêmios em dinheiro
ou outros benefícios.

É importante mencionar que a gestão e administração dos títulos de capitalização


são realizadas por sociedades de capitalização. Parte dos valores pagos pelos subscritores
é direcionada para cobrir as despesas administrativas dessas instituições.

Para exemplificar, vamos supor que o subscritor está fazendo o pagamento de R$


100,00 em um título de capitalização. Assim:

R$ 70,00 Cota de Capitalização (provisão matemática


para o resgate)

R$ 100,00 R$ 20,00 Cota de Sorteio

R$ 10,00 Cota de Carregamento

Observe que os R$ 100,00 são referentes aos pagamentos periódicos. Desse valor,
R$ 70,00 será devolvido futuramente ao subscritor do título, na forma de resgate (é o que
efetivamente ele está poupando a cada pagamento). R$ 20,00 consistem em formar o
capital para os sorteios e os R$ 10,00 são a remuneração da Sociedade de Capitalização.
Os títulos de capitalização apresentam diferentes estruturas de pagamento para
atender às necessidades dos consumidores. São organizados em três principais formatos:

➢ Título de Pagamento Mensal (PM): nesse tipo de título, o pagamento ocorre


regularmente a cada mês durante a vigência do título. O subscritor realiza
pagamentos mensais, e essa frequência contribui para a formação do capital
ao longo do tempo. Essa modalidade é indicada para aqueles que desejam
poupar de maneira constante e progressiva;
➢ Título de Pagamento Periódico (PP): nesse formato, não há uma
correspondência direta entre o número de pagamentos e o número de meses
de vigência do título. O subscritor realiza pagamentos em intervalos
preestabelecidos, que podem não coincidir com a periodicidade mensal;
➢ Título de Pagamento Único (PU): nos títulos de pagamento único, o
subscritor realiza um único pagamento, que é feito de uma vez. A vigência do
título é determinada no momento da contratação.

Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente


fixos. Já nos títulos com vigência superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a
cada período de 12 meses, por aplicação de um índice oficial estabelecido no próprio
título.

A Cota de Capitalização é a parte do pagamento realizado pelo subscritor do


título que é reservada para a formação do capital ao longo do tempo. Isso significa que
uma porcentagem do valor pago é direcionada para a criação de uma reserva de capital,
que será resgatada no final da vigência do título.
Já a Cota de Sorteio tem como finalidade custear os prêmios que são distribuídos
em cada série.

A Sociedade de Capitalização pode utilizar-se dos resultados de loterias oficiais


para a geração dos seus números sorteados. Caso a sociedade opte por não os utilizar, ou
se as loterias oficiais não se realizarem, a Sociedade de Capitalização se obriga a realizar
sorteios próprios com ampla e prévia divulgação aos titulares, prevendo, inclusive, livre
acesso aos participantes e a presença obrigatória de auditores independentes.
O título sorteado poderá permanecer em vigor ou não, segundo o que estiver
disposto nas condições gerais, porém o fato de um título ser ou não sorteado em nada
alterará o seu capital para resgate.

A Cota de Carregamento é um componente que tem como finalidade cobrir


diversas despesas relacionadas à administração e funcionamento dos títulos de
capitalização. Essa cota abrange uma variedade de custos que estão envolvidos na oferta
e gestão desses produtos financeiros.
Dentro da Cota de Carregamento estão incluídas as despesas relacionadas com
corretagem, colocação e administração dos títulos. Isso envolve custos associados à
distribuição dos títulos, à operação dos serviços prestados aos subscritores, e aos
processos necessários para o funcionamento dos títulos de capitalização.

Alguns títulos preveem prazo de carência, isto é, um período inicial em que o


capital fica indisponível ao titular. Assim, se o titular solicitar o resgate durante o período
de carência ou se o título for cancelado, o resgate só poderá acontecer efetivamente
(receber o dinheiro) após o encerramento do período de carência.
Em casos de resgate antecipado, faculta-se a Sociedade de Capitalização estipular
uma penalidade de até 10% do capital constituído.

Vale reforçar que um título de capitalização não é a mesma coisa que caderneta
de poupança. O título de capitalização é um produto comercializado somente pelas
Sociedades de Capitalização através de títulos que são previamente aprovados pela
SUSEP. Seu capital de resgate será sempre inferior ao capital constituído por aplicações
idênticas na caderneta de poupança, já que, dos pagamentos efetuados num título,
desconta-se uma parte para custear as despesas administrativas das Sociedades de
Capitalização e, quando há sorteios, uma parcela para custear as premiações.

Além disso, em títulos de capitalização há cobrança de Imposto de Renda (IR).


Nesse contexto, sobre o ganho de capital, em casos em que não há sorteio, o IR incidente
é de 20% recolhido diretamente na fonte. Se houver ganho advindo de sorteio, o IR
passará para 30%, também recolhido na fonte.
Por fim, diferentemente da poupança, títulos de capitalização não possuem
cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

1.2 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

Um capital aplicado em título de capitalização produzirá montante inferior ao gerado


pela aplicação do mesmo capital, pelo mesmo período, em caderneta de poupança, visto
que, nos títulos de capitalização, os custos relativos a premiações, no caso de haver
sorteios, e as despesas administrativas do emissor são descontados dos pagamentos
efetuados no título.

Certo

Errado
Comentários:
Um capital aplicado em título de capitalização geralmente resultará em um montante
inferior ao gerado pela aplicação do mesmo capital e período na caderneta de poupança.
Isso ocorre devido aos custos associados aos títulos de capitalização, que incluem as
despesas administrativas do emissor e, no caso de sorteios, os valores destinados às
premiações.

Gabarito: “Certo”

Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Câmara dos Deputados


O título de capitalização é o produto em que uma parte dos pagamentos efetuados pelo
subscritor deve ser utilizada a fim de se formar capital.

Certo

Errado
Comentários:

O título de capitalização é de fato um produto em que uma parte dos pagamentos feitos
pelo subscritor é utilizada para formar um capital ao longo do tempo.

Gabarito: “Certo”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco do Brasil

Os títulos de capitalização são emitidos pelas sociedades de capitalização e têm por


objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá,
depois de cumprido o prazo contratado, os direitos de concorrer a sorteio de prêmios
em dinheiro e o de:

a) Resgatar o valor do título mediante lance em leilões periódicos

b) Resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros

c) Aplicar parte dos recursos em ações das bolsas de valores


d) Concorrer a imóveis nos feirões da casa própria

e) Concorrer a prêmios em barras de ouro

Comentários:

Além de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro, o contratante de um título de


capitalização também tem o direito de resgatar parte dos valores depositados,
devidamente corrigidos por uma taxa de juros, ao final do prazo contratado.

Gabarito: “b”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2013 Prova: Banco da Amazônia
Os títulos de capitalização são um investimento com uma característica de poupança a
longo prazo remunerados pela TR mais uma taxa de juros ao mês, equiparando-se à
inflação. Porém, a característica mais atrativa dos títulos de capitalização é a:

a) Possibilidade de resgate dos valores com rentabilidade acima do mercado

b) Garantia oferecida para compra de bens imóveis


c) Geração de créditos fiscais para abatimentos futuros

d) Rentabilidade diferenciada oferecida na ocasião do resgate


e) Possibilidade de ganhos de prêmios em dinheiro pelos sorteios periódicos

Comentários:

Uma das características mais atrativas dos títulos de capitalização é a possibilidade de


concorrer a sorteios periódicos de prêmios em dinheiro, o que oferece a chance de
ganhos adicionais além da rentabilidade do título.

Gabarito: “e”

Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil

Os títulos de capitalização são:


a) Estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 meses

b) Comercializados por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do


Brasil

c) Disponíveis, normalmente, em planos com pagamentos mensais e sucessivos ou


pagamento único

d) Resgatados em base sempre superior ao capital constituído por aplicações idênticas


em títulos públicos

e) Regidos por condições gerais disponibilizadas após a contratação


Comentários:

Os títulos de capitalização costumam estar disponíveis em planos que envolvem


pagamentos mensais e sucessivos ao longo do tempo, ou então, em alternativa, a opção
de pagamento único.
Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

Com relação aos títulos de capitalização, não há obrigação prevista em lei para que o
resgate seja igual ao montante pago, podendo ser, portanto, inferior.
Certo
Errado

Comentários:

Com relação aos títulos de capitalização, não há obrigação legal para que o montante
de resgate seja igual ao total pago pelo investidor. De fato, em muitos casos, o resgate
pode ser inferior ao valor total dos pagamentos efetuados, principalmente devido aos
custos associados aos sorteios e às despesas administrativas da sociedade de
capitalização.
Gabarito: “Certo”
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 Sistema Previdenciário ............................................................................... 2


1.2 Previdência Complementar ......................................................................... 2
1.3 PGBL .......................................................................................................... 6
1.4 VGBL ......................................................................................................... 8
1.5 Questões .................................................................................................... 10
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

Para iniciarmos esse conteúdo, antes é necessário entender como se divide o


sistema previdenciário no Brasil. Assim, podemos dividi-lo em:
➢ Previdência principal;
➢ Previdência complementar.

A previdência principal é aquela que, normalmente, as pessoas conhecem, em que


o trabalhador, após anos de contribuição, se aposenta e começa a receber uma renda
mensal do governo, ou, antes, se aposenta por perda da capacidade de trabalho, seja por
doença, seja por invalidez. E ainda há a pensão por morte, que é destinada aos
dependentes de contribuintes falecidos.

Essa previdência também se caracteriza por ser obrigatória para os trabalhadores


que fazem parte do sistema formal de emprego.

Já a previdência complementar é facultativa e seu principal objetivo é de


complementar os benefícios da Previdência Social (embora nada impede que ela seja
aderida por pessoas que não contribuem para a Previdência Social) , visto que, na
Previdência Social, há limites máximos a serem pagos aos beneficiários, ou seja, uma
pessoa que recebe um salário muito acima do teto da previdência para fins de
contribuição, não conseguirá se aposentar, com as regras atuais, com esse mesmo salário,
assim, para manter seu padrão de vida atual na aposentadoria, optar por contribuir na
previdência complementar e “compensar” essa diferença.

1.2 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Preliminarmente, vale colocar que no Brasil os planos de previdência


complementar podem ser fechados ou abertos.
Tipos de previdência complementar

Fechada As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) são conhecidas


como Fundos de Pensão. São instituições sem fins lucrativos que mantêm planos
de previdência coletivos, organizadas pelas empresas para seus empregados,
com o objetivo de garantir pagamento de benefícios a seus participantes na
aposentadoria. Podem também ser organizadas por associações, sindicatos ou
entidades de classes

Aberta Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) são as entidades ou


sociedades seguradoras autorizadas a instituir planos de previdência
complementar aberta. Podem ser individuais, quando contratados por qualquer
pessoa, ou coletivas, quando garantem benefícios a indivíduos vinculados, direta
ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante

Perceba que a principal diferença entre os dois é que os planos fechados são
restritos a um grupo de pessoas, como funcionário de uma empresa, por exemplo. Já os
planos abertos são, como o próprio nome indica, abertos para quaisquer pessoas.

As EAPCs têm como órgão normativo o Conselho Nacional de Seguros Privados


(CNSP). São fiscalizadas pela Susep, que é o órgão responsável pelo controle e
fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e
resseguro.

A legislação divide o prazo de cobertura de um plano de previdência


complementar em dois períodos:

▪ Período de diferimento (acumulação);


▪ Período de pagamento do benefício (renda).

O período de diferimento corresponde ao período compreendido entre a data do


início do plano, em que são efetivadas as contribuições (quando o participante está
aplicando valores) e acumulados os juros, até a data contratualmente prevista para início
do pagamento do benefício. É nessa fase que o participante do plano deve optar pelo tipo
de renda que vai desejar obter quando se aposentar.
Já o período de pagamento do benefício corresponde ao período em que o
participante irá receber o pagamento do benefício, sob a forma de renda, que ainda pode
ser de forma vitalícia ou temporária, ou seja, é quando o participante irá “resgatar os
valores”, mas na forma de pagamento de benefícios, tal como uma aposentadoria.

As previdências complementares guardam algumas semelhanças com os fundos


de investimento, especialmente por existir a gestão profissional dos recursos do fundo e
a presença de um administrador, dessa forma, são estruturadas sob a forma de condomínio
aberto, sempre em cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos (FIE).
Assim, como nos fundos de investimento, há algumas despesas que incidem sobre a
previdência complementar e que devem ser levadas em conta ao se adquirir esse tipo de
produto. Nesse sentido, é possível citar:
➢ Taxa de administração

É uma taxa percentual cobrada dos fundos FIE, em que os recursos do plano são
aplicados, pelo administrador, para a prestação do serviço de gestão profissional de
recursos e pagamento de seus prestadores de serviço. É calculada e provisionada por dia
útil e deduzida do valor da cota do FIE.

➢ Taxa de carregamento

É a importância destinada a atender às despesas administrativas e de


comercialização do plano. Os percentuais máximos, conforme norma vigente, são:
▪ Para planos com contribuição variável, pode-se cobrar no máximo 10% da
contribuição;
▪ Para os planos em benefício definido, pode-se cobrar no máximo 30% da
contribuição.
Além disso, o carregamento poderá ser cobrado na data de pagamento da
respectiva contribuição, exclusivamente sobre o valor pago, e/ou no momento do resgate
ou da portabilidade; nestes casos, sobre a parcela do valor do resgate ou sobre a parcela
dos recursos portados correspondente ao valor nominal das contribuições pagas. Desta
forma, cabe ao investidor pesquisar atentamente a menor taxa de carregamento e o critério
de incidência mais adequado, lembrando que o carregamento não retorna ao participante
sob a forma de benefício ou sob outra forma qualquer. Os planos PGBL e VGBL são
estruturados na modalidade contribuição variável, portanto o carregamento máximo é de
10%.

Basicamente, nos planos de previdência complementar, existem duas opções de


regime de tributação, que podem ser escolhidas no momento de obter o benefício ou no
primeiro resgate dos valores acumulados:

▪ Compensável;
▪ Definitivo (exclusivo na fonte).

Se o participante optar pelo regime compensável, ao realizar um resgate ele será


tributado na fonte à alíquota de 15%. Além disso, quando for fazer a entrega da
Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda (IR), deverá fazer o ajuste de acordo
com a aplicação da tabela progressiva do imposto de renda:
Tabela progressiva de IR

Base de cálculo anual (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR


(R$)

Até 25.344,00 - -

De 25.344,12 até 33.919,80 7,50 1.900,80

De 33.919,80 até 45.012,60 15,00 4.444,80

De 45.012,61 até 55.976,16 22,50 7.820,76

Acima de 55.976,16 27,50 10.619,52

Perceba que essa tabela indica o quanto você deve pagar de IR de acordo com a
sua renda. Assim, uma pessoa que ganha R$ 30.000,00 em um ano, deve ser tributada na
alíquota de 7,50%. Agora, se a renda anual dessa pessoa for inferior a R$ 25.344,00, por
exemplo, ela não precisa pagar IR.

➢ Por que isso é relevante para a previdência complementar?

Como acabamos de ver, independentemente da renda anual, se o participante


resgatar a previdência complementar, que seja pelo regime compensatório, irá ser
tributado em 15% diretamente na fonte, pois trata-se de um adiantamento do IR cobrado
pelo governo. Contudo, vamos supor que a renda desse participante seja de R$ 15.000,00
anuais, nesse caso, ele não deveria pagar IR, visto que está na faixa de isenção desse
tributo. Contudo, quando ele fez o saque, foi tributado em 15%, ou seja, pagou imposto
que não lhe era devido. Por isso se diz que, quando fazer sua declaração de IR, irá fazer
a compensação do que lhe foi cobrado indevidamente e receberá de volta o valor pago. A
lógica é a mesma, só que invertida, se ele tivesse uma renda anual de R$ 60.000,00, por
exemplo, nesse caso, quando fizesse a declaração iria ter que pagar a diferença do que
não lhe foi cobrado, já que deveria pagar 27,50% de IR nesse exemplo.

Grave este conceito!


O regime compensável permite que o participante “compense”, para mais ou
para menos, na Declaração de Ajuste Anual do Imposto da Renda (IR), os 15%
que foram tributados na fonte quando de um resgate.

Além desse regime, também é possível o regime de tributação definitivo, no qual


os valores resgatados ou recebidos são tributados exclusivamente na fonte, utilizando
alíquotas regressivas que variam segundo o prazo de acumulação. Esse prazo é contado
para cada uma das contribuições realizadas pelo participante. Quanto maior o prazo de
acumulação, menor a alíquota, como pode ser observado na tabela a seguir.

Tabela regressiva – Regime definitivo

Prazo de acumulação Alíquota (%)

Até 2 anos 35

De 2 a 4 anos 30

De 4 a 6 anos 25

De 6 a 8 anos 20

De 8 a 10 anos 15

Acima de 10 anos 10

Note que essa tabela lembra as tabelas usadas em investimentos em renda fixa. A
lógica aqui é mais simples, quanto maior o prazo que o valor ficar investido, menor a
alíquota de IR devida. Como o regime é definitivo, não há possibilidade de compensar,
ou seja, se o investidor aplicou R$ 1.000,00 em um VGBL no ano de 2020 e resgatou
esse mesmo valor, acrescido de rendimentos, no ano seguinte, deverá pagar uma alíquota
de 35% sobre os rendimentos, sem possibilidade de compensar, mesmo que, por sua renda
anual e pela tabela de IR, seja isento desse tributo.

Outro ponto importante é que cada contribuição tem um prazo diferente, ou seja,
se o investidor aplicou mensalmente durante 10 anos em uma previdência complementar
e no décimo primeiro ano optou por fazer o resgate do total investido, a sua última
contribuição (menos de 2 anos), por exemplo, terá uma alíquota de 35%, enquanto a
primeira contribuição (mais de 10 anos) terá alíquota de 10%.

1.3 PGBL

O PGBL é um produto de previdência complementar, em que o investidor pode


escolher contribuir mensalmente ou fazer um único aporte. Durante o período de
acumulação, que é quando o investidor está contribuindo, os recursos são aplicados em
um fundo de investimento, que recebe o nome de Fundo de Investimento
Especialmente Constituído (FIE), e o rendimento desse fundo é revertido em benefício
do participante.

O principal diferencial do PGBL é o benefício fiscal que ele promove para


aqueles que optam pela declaração do IR pelo formulário completo. Assim, no PGBL, o
valor das contribuições é dedutível na Declaração de Ajuste Anual do IR da pessoa física,
limitado a 12% do rendimento tributável. Em outras palavras, se o participante possui
uma renda anual de R$ 100.000,00, por exemplo, poderá contribuir R$ 12.000,00 em
PGBL e deduzir esse valor de sua base tributável, isto é, ao invés de ser tributado sobre
uma renda anual de R$ 100.000,00, passará a ser tributado por uma renda anual de R$
88.000,00.
Por permitir essa de dedução da base tributável, lá na frente, quando o investidor
fizer o resgate ou receber os pagamentos dos benefícios, será tributado por todo o valor
recebido e não só apenas pelos rendimentos, como em um VGLB.

Muitas pessoas se perguntam se vale a pena fazer um PGBL justamente por isso,
já que a tributação sobre ele não é apenas dos rendimentos. A resposta depende do perfil
do participante, mas para aqueles que optam pelo formulário completo de declaração de
IR e realmente contratam o PGBL para aproveitar o benefício fiscal, o produto pode sim
valer muito a pena, pois, ao aplicar esses 12% de sua renda anualmente, o investidor está,
na verdade, postergando a cobrança de IR para anos à frente, aproveitando, durante esse
tempo, para gerar mais renda pelo efeito dos juros compostos e, ainda, possui a
possibilidade de ser tributado a uma alíquota menor do que seria tributado na Declaração
de Ajuste Anual de IR.
Vamos ver um exemplo que permite observar isso:

PGBL – Benefício fiscal

Investidor PGBL Sem PGBL

Renda anual R$ 150.000,00 R$ 150.000,00

12% contribuição R$ 18.000,00 0

Base de cálculo do IR R$ 132.000,00 R$ 150.000,00

Alíquota de IR 27,50% R$ 36.300,00 R$ 41.250,00

Economia R$ 4.950,00
Esse é um exemplo simples, pois não estamos considerando outras deduções que são permitidas para deduzir a base de
cálculo tributável.

Assim, perceba que o investidor não pagou IR sobre R$ 18.000,00, o que resultou
em uma diferença de R$ 4.950,00 a menos em IR pago. Esses R$ 18.000,00 estão sendo
acumulados em um PGBL e somente lá no prazo de resgate ou de pagamento de
benefícios, incidirá IR. Além disso, dependendo do regime de tributação que foi escolhido
e do prazo que o dinheiro ficar aplicado, a alíquota devida pode ser de apenas 10%, o que
é consideravelmente menor que os 27,50% que o participante deveria pagar, caso não
aplicasse esse valor no PGBL.

E se a pessoa deseja investir além dos 12% de sua renda anual em um PGBL, ela
pode? Poder ela pode, contudo o investimento não valerá a pena, porque o que exceder
os 12% não poderá ser utilizado para abater a base tributável do investidor e ele irá pagar
IR sobre todo o valor, independentemente de ter sido utilizado para abater ou não a base
tributável.

Nesse último caso, se o investidor deseja aplicar além de 12% de sua renda anual,
faz mais sentido dividir entre PGBL e VGBL, de modo que a aproveite o benefício fiscal
do PGBL e não seja “punido” por isso.

Atenção!

Lembre-se que o principal chamativo do PGBL é a possibilidade de dedução da


base de cálculo tributável, mas limitado aos 12% da renda anual. Embora, ao
contratar esse produto, a cobrança de IR seja sobre todo o valor investido e não
apenas sobre os rendimentos.

1.4 VGBL

O VGBL, outra modalidade de previdência complementar aberta, é um seguro de


pessoas que garante cobertura em caso de sobrevivência. Essa cobertura garante o
pagamento do capital segurado, pela sobrevivência do segurado ao período de diferimento
contratado (capitalização), ou pela compra, mediante pagamento único, de renda
imediata. Portanto, na prática, o VGBL funciona como um plano de previdência, embora
seja um seguro.

Além disso, o VGBL se estrutura na forma de Fundos de Investimento Constituído


(FIE) e a remuneração para os participantes depende da rentabilidade da carteira do FIE.
Logo, não há garantia de uma remuneração mínima.

O VGBL se diferencia do PGBL, principalmente, por não permitir a dedução na


contribuição da base de cálculo do IR. Por essa razão, o IR cobrado sobre o VGBL é sobre
os rendimentos gerados e não sobre o total.

Assim, ele é mais indicado para as pessoas físicas que não optaram pelo
formulário completo de declaração de IR, ou que já contribuem em um PGBL no limite
dos 12% da renda anual dedutíveis da base de cálculo.

Para sintetizar, vamos esquematizar as diferenças entre um plano e outro:


PGBL x VGBL

Características PGBL VGBL

Dedutibilidade de até 12% na renda Sim Não

Garantia de rentabilidade Não Não

Incidência de IR Sobre o valor total de Apenas sobre o


resgate/benefício rendimento

Possibilidade de escolha de Sim Sim


diferentes perfis de investimento

Pode incidir taxa de carregamento Sim Sim

Pode incidir taxa de administração Sim Sim

Estabelecido por Seguradora Seguradora

Risco para o cliente Composição da Composição da


carteira e a seguradora carteira e a seguradora

➢ Portabilidade

A portabilidade é o direito que o participante tem de, durante o período de


diferimento, transferir os recursos financeiros acumulados na sua reserva acumulada para
outro plano de benefício previdenciário operado por entidade de previdência
complementar. A portabilidade só é permitida entre planos do mesmo segmento, ou seja,
entre planos de previdência complementar aberta (PGBL, por exemplo) ou entre planos
de seguro de pessoas com cobertura por sobrevivência (VGBL, por exemplo). É vedada
a portabilidade (transferência) de recursos entre participantes. Para quem optou pela
tabela de cobrança de imposto de renda regressiva, a portabilidade preserva o prazo de
aplicação já decorrido desde o investimento inicial. A portabilidade não é considerada
resgate com posterior reaplicação.

➢ Transferência entre planos


A transferência entre planos na mesma entidade seguradora, nada mais é que uma
portabilidade. Um cliente pode solicitar a transferência entre planos para mudar a
característica do investimento em função do risco da carteira. Exemplo: um cliente está
em um plano de previdência que aplica renda fixa e quer mudar para um plano que aplica
parte da sua carteira em renda variável. Não é possível transferir de PGBL para VGBL e
vice-versa. Não incide imposto de renda nas transferências entre planos.
1.5 QUESTÕES

Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

Carlos pretende adquirir um plano de previdência privada para complementar os


benefícios que obtiver no regime geral de previdência social. Seu projeto é investir por
mais de dez anos e deseja que os recursos investidos no plano de previdência privada
sejam deduzidos do imposto de renda.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item:

O plano mais indicado para Carlos é um vida gerador de benefícios livres (VGBL) com
tributação progressiva.

Certo

Errado

Comentários:
No caso de Carlos, como ele deseja que os recursos investidos no plano de previdência
privada sejam deduzidos do Imposto de Renda, o plano mais indicado seria um PGBL,
já que ele permite a dedução das contribuições realizadas no próprio ano-calendário até
o limite de 12% da renda bruta tributável anual. Além disso, devido o tempo que
pretende deixar o valor aplicado, faz mais sentido usar a tabela regressiva de IR.

Gabarito: “Errado”

Banca: IADES Ano: 2018 Prova: IGEPREV-PA

PGBL e VGBL são duas modalidades de previdência privada. No que se refere aos
aspectos tributários, assinale a alternativa correta:

a) O PGBL tem antecipação do imposto de renda (IR) a cada seis meses, o que é
chamado come-cotas

b) No PGBL e no VGBL, pela tabela regressiva do imposto de renda (IR), as


contribuições com prazo de permanência superior a 10 anos são tributadas à
alíquota de 10%, sem compensação na declaração anual

c) O VGBL é mais indicado para quem faz a declaração de imposto de renda (IR)
usando o formulário completo

d) O VGBL permite o diferimento do imposto de renda (IR), limitado a 12% da renda


bruta anual

e) No PGBL, o imposto de renda (IR) incide apenas sobre o rendimento

Comentários:
As contribuições com prazo de permanência superior a 10 anos em planos PGBL e
VGBL são tributadas à alíquota de 10% pela tabela regressiva do imposto de renda
(IR), sem compensação na declaração anual, pois trata-se do regime definitivo.

Gabarito: “b”
Banca: IADES Ano: 2018 Prova: IGEPREV-PA

A previdência complementar proporciona um seguro previdenciário adicional ao


trabalhador ou seu beneficiário, conforme a necessidade e vontade. Sobre isso, é
correto afirmar que:
a) Existem três modelos de previdência privada no Brasil: a previdência aberta, a
previdência fechada e a previdência privada mista, que envolve características da
aberta e da fechada simultaneamente

b) Os planos, no modelo de previdência privada aberta, são oferecidos por bancos,


entidades ou seguradoras, sendo fiscalizados pela Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP) e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(PREVIC)

c) As entidades de previdência fechada funcionam como empresas administradoras da


previdência, lucrando com esta atividade, ao cobrar taxas pelos serviços prestados

d) O modelo de previdência privada mista é administrado por empresas e bancos e


dele podem fazer parte funcionários de uma única empresa ou funcionários de
empresas diferentes
e) As entidades de previdência fechada, também chamadas de fundo de pensão,
oferecem planos criados por empresas e voltados exclusivamente aos seus
funcionários, não podendo ser oferecidos para quem não é funcionário daquela
empresa
Comentários:

As entidades de previdência fechada, também conhecidas como fundos de pensão,


oferecem planos de previdência complementar que geralmente são criados por
empresas ou associações e são voltados para os seus funcionários ou membros.

Gabarito: “e”
Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: TCE-PA
A previdência social brasileira oferece menos benefícios do que planos de previdência
existentes no mercado privado.

Certo

Errado
Comentários:

A previdência social brasileira oferece benefícios de seguridade social que são


essenciais para a população, como aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo
de contribuição, aposentadoria por invalidez, pensão por morte, auxílio-doença, entre
outros. Os planos de previdência privada, por outro lado, oferecidos por instituições
financeiras e seguradoras, são voluntários e complementares à previdência social. Eles
podem oferecer vantagens individuais e flexibilidade, mas também envolvem taxas,
custos de administração e variam em termos de retorno, risco e benefícios.
Gabarito: “Errado”
Banca: CEBRASPE Ano: 2015 Prova: Telebras

O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), alternativa de aplicação financeira


direcionada para a aposentadoria, oferece como um dos seus benefícios a possibilidade
de dedução das contribuições periódicas, até o limite de 12% da renda bruta do
investidor, para efeito de cálculo do imposto de renda.

Certo

Errado
Comentários:

O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) oferece a possibilidade de dedução das


contribuições periódicas no momento de realizar a declaração do Imposto de Renda,
até o limite de 12% da renda bruta anual do investidor. Essa dedução pode ser utilizada
para reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda a pagar, o que pode ser uma
vantagem tributária para quem investe em um PGBL.

Gabarito: “Certo”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil

Uma cliente bancária está decidida a contratar um plano de previdência privada para
si. No entanto, ela está em dúvida se seu perfil está mais adequado ao “Plano Gerador
de Benefício Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador de Benefício Livre” - VGBL.

Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a
escolha adequada seria o:
a) PGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do VGBL

b) VGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do PGBL

c) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo simplificado

d) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo


e) VGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo

Comentários:

A vantagem fiscal do PGBL está relacionada à possibilidade de dedução das


contribuições feitas ao plano da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de
12% da renda bruta anual do investidor. No entanto, no caso da cliente estar sempre
isenta de Imposto de Renda, essa vantagem fiscal não teria relevância para ela.

O VGBL, por outro lado, não oferece a mesma dedução fiscal no momento da
declaração de Imposto de Renda. Ele é mais indicado para pessoas que utilizam o
desconto simplificado na declaração ou que já estão na faixa de isenção de Imposto de
Renda.

Gabarito: “b”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2015 Prova: Banco do Brasil


O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é uma aplicação que tem como objetivo
a complementação da aposentadoria do seu investidor. Pode-se dizer que o PGBL é
bom para o empregado que possui renda tributável e declara o imposto de renda no
modelo completo, pois ao investir num PGBL, tem-se restituído o Imposto de Renda
(IR) retido na fonte pelo empregador sobre o valor da aplicação.

Como a tributação do PGBL ocorre no resgate sobre o(s) seu(s):

a) Rendimentos, o IR é postergado, mas não há a sua isenção

b) Rendimentos, o IR é diferido, mas não há a sua isenção


c) Rendimentos, há isenção do IR

d) Valor integral, o IR é adiado, mas não há a sua isenção

e) Valor integral, há isenção do IR

Comentários:

No PGBL, o Imposto de Renda incide sobre o valor total resgatado, ou seja, sobre o
montante investido e seus rendimentos acumulados. O IR é adiado para o momento do
resgate, mas não há isenção sobre o valor integral investido.

Gabarito: “d”
Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: BNB

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) se difere do Vida Gerador de Benefício


Livre (VGBL) no que tange ao tratamento fiscal. No caso do PGBL:

a) O imposto de renda é pago no resgate e incide sobre o total do valor resgatado


b) O imposto de renda é pago no resgate e incide sobre os ganhos de capital

c) O imposto de renda é pago semestralmente e incide sobre os ganhos de capital

d) Ambas as aplicações são isentas de cobrança de imposto de renda

e) Ambas as aplicações estão sujeitas a alíquota fixa de 6% de imposto de renda


Comentários:

No Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), o Imposto de Renda incide sobre o valor
total resgatado, incluindo o montante investido e os rendimentos acumulados ao longo
do tempo. O IR é pago no momento do resgate ou do recebimento dos benefícios, e é
calculado sobre o total do valor resgatado.

Essa diferenciação é uma das características que distinguem o PGBL do Vida Gerador
de Benefício Livre (VGBL), onde o imposto de renda incide apenas sobre os
rendimentos acumulados, não sobre o valor total resgatado.
Gabarito: “a”

Banca: CESGRANRIO Ano: 2014 Prova: Banco do Brasil

Os planos de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida


Gerador de Benefício Livre) são produtos de Previdência Complementar que visam à
acumulação de recursos e à transformação de tais recursos em uma renda futura.

Na modalidade PGBL, o imposto de renda incide sobre o:

a) Ganho das aplicações financeiras


b) Valor futuro calculado para a data do resgate
c) Total resgatado ou recebido como renda
d) Total de rendimentos bruto na data da aplicação

e) Valor da aplicação inicial

Comentários:

No Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), o Imposto de Renda incide sobre o valor
total resgatado ou recebido como renda no momento da aposentadoria ou resgate. Isso
inclui tanto o valor investido inicialmente quanto os rendimentos acumulados ao longo
do tempo. Portanto, a tributação ocorre sobre o total resgatado ou recebido como renda.

Gabarito: “c”

Banca: CEBRASPE Ano: 2011 Prova: BRB


Se a taxa de carregamento do plano PGBL for igual a 5%, isso significará que,
anualmente, será debitado o valor equivalente a esse percentual do saldo mantido no
referido plano.

Certo
Errado

Comentários:

A taxa de carregamento não é debitada anualmente sobre o saldo mantido no plano. Ela
é geralmente aplicada sobre as contribuições feitas pelo investidor, ou seja, sobre o
valor que é investido periodicamente.

Gabarito: “Errado”
SUMÁRIO
1 Produtos Bancários...................................................................................................... 2

1.1 Seguros ....................................................................................................... 2


1.2 Questões ...................................................................................................... 8
1 PRODUTOS BANCÁRIOS

1.1 SEGUROS

O conceito de seguro, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep),


engloba um contrato entre duas partes, no qual uma delas assume o compromisso de
indenizar a outra diante da materialização de eventos predeterminados ou de possíveis
prejuízos, mediante a contrapartida financeira denominada prêmio. Esse acordo, baseado
em termos contratuais, estabelece um vínculo de proteção e resguardo financeiro em
situações específicas.
Portanto, a dinâmica do seguro repousa na transferência do risco de perda ou dano
de uma pessoa ou entidade para uma companhia de seguros. A parte segurada, ao efetuar
o pagamento do prêmio, assegura-se de que, em situações definidas no contrato, estará
amparada por uma indenização que visa mitigar os impactos econômicos das
adversidades cobertas.
Por exemplo, imagine um proprietário de um automóvel que contrata um seguro
de automóvel de acordo com as diretrizes da Susep. Ao pagar regularmente o prêmio
estipulado pela seguradora, o proprietário garante a cobertura em casos de acidentes,
roubos ou danos ao veículo. Se ocorrer um evento previsto no contrato, como um acidente
que resulte em danos substanciais ao carro, o segurado pode acionar a seguradora. A
seguradora, então, avaliará a situação de acordo com os termos do contrato e, se
confirmado o enquadramento, indenizará o proprietário para ajudar a cobrir os custos de
reparo ou substituição do veículo.

São exemplos de seguros que podem ser contratados:

➢ Seguro de Automóvel;

➢ Seguro Residencial;
➢ Seguro DPVAT;

➢ Seguro de Pessoas.

➢ Seguradora
O segurador ou a companhia seguradora, é a entidade responsável por assumir os
riscos estipulados nos contratos de seguro, em troca do pagamento do prêmio pelo
segurado. A sua função é garantir a cobertura e indenização em situações acordadas, como
danos, perdas ou eventos adversos. No entanto, para operar nesse setor e fornecer tais
serviços, a companhia deve obter autorização da Susep.

➢ Segurado
O segurado é o indivíduo ou a entidade, seja pessoa física ou jurídica, que possui
um interesse segurável e firma o contrato de seguro visando proteger seu próprio
benefício ou o de terceiros.

Em relação aos seguros voltados para aspectos individuais, como saúde ou vida,
o segurado é a pessoa física que será avaliada quanto ao risco associado e em cujo nome
será estabelecida a apólice.

➢ Contrato

O contrato de seguro é um acordo que implica na transferência de risco, no qual o


segurador assume a obrigação de garantir o interesse do segurado mediante o pagamento
do prêmio. Este acordo estabelece uma proteção financeira para o segurado em casos de
eventos previstos. Quanto às condições contratuais, é possível que sejam modificadas
após a emissão da apólice, porém, como em qualquer alteração contratual, essa mudança
dependerá de um acordo mútuo entre as partes envolvidas, ou seja, o segurado e a
seguradora.

Nesse contexto, o termo "Endosso" se refere ao documento que formaliza


qualquer alteração no contrato de seguro. Esse documento é elaborado mediante o
consenso entre o segurado e a seguradora, e tem o propósito de registrar e validar as
modificações acordadas.

➢ Apólice

A apólice é um documento emitido pela seguradora que formaliza a aceitação da


cobertura solicitada pelo proponente no caso de planos individuais ou pelo estipulante em
planos coletivos. Essa apólice é o comprovante tangível do contrato de seguro
estabelecido entre o segurado e a seguradora. Em alguns casos, a apólice é até mesmo
considerada como o próprio contrato em si, representando o acordo entre as partes
envolvidas.

➢ Prêmio

O prêmio é o valor financeiro que o segurado ou estipulante paga à seguradora em


troca do direito à cobertura oferecida pelo seguro. O ato de efetuar o pagamento do prêmio
é uma das principais obrigações do segurado e/ou estipulante dentro do contrato de
seguro. Esse pagamento é essencial para manter o contrato ativo e garantir a proteção
financeira em caso de eventos cobertos pelo seguro.

Vale ressaltar que o não cumprimento do compromisso de pagamento do prêmio


nas datas estipuladas pode ter consequências significativas. Poderá ocorrer a suspensão
temporária ou, em casos mais graves, o cancelamento do seguro. Isso significa que, caso
ocorra um sinistro após a data de suspensão ou cancelamento devido à falta de pagamento,
o segurado não terá direito à indenização, uma vez que as obrigações contratuais não
foram mantidas.

➢ Risco

O risco se refere a um evento que é caracterizado pela incerteza quanto à sua


ocorrência ou à sua data, sendo algo que está além do controle das partes contratantes. A
manifestação desse evento incerto ou de data incerta pode resultar na concessão do direito
à indenização, conforme estabelecido na apólice do contrato de seguro.

➢ Sinistro
O sinistro é a concretização do risco coberto pelo contrato de seguro, ocorrendo
durante o período de vigência do plano de seguro. Trata-se do evento que desencadeia a
possibilidade de acionamento da cobertura prevista na apólice, em resposta a uma
situação adversa ou danosa que está de acordo com os termos do contrato.
Diante da ocorrência de um sinistro, é dever do segurado notificar imediatamente
a seguradora. Isso envolve informar a empresa sobre o evento ocorrido, preencher o
formulário de aviso de sinistro e apresentar a documentação requerida conforme as
condições gerais do seguro.
O procedimento relacionado ao sinistro envolve a análise da seguradora para
determinar se o evento é coberto pelo contrato e se os termos estipulados foram atendidos.
A partir dessa avaliação, a seguradora pode autorizar a indenização de acordo com as
disposições contratadas, visando proporcionar ao segurado o suporte financeiro
necessário para lidar com as consequências do evento adverso.

➢ Indenização

A indenização se refere ao pagamento efetuado pela seguradora ao segurado em


situações de sinistro coberto pelo contrato de seguro. Esse pagamento visa compensar o
prejuízo financeiro ou material sofrido pelo segurado em decorrência do evento adverso
previsto nas condições do seguro. A indenização é concedida de acordo com o limite
contratado para a cobertura específica e conforme as estipulações presentes na apólice.
➢ Concorrência de Apólices

A cláusula de concorrência de apólices tem como objetivo regulamentar situações


em que um mesmo bem segurado está coberto por múltiplas apólices de seguro, todas
protegendo o mesmo risco. Essa cláusula visa definir como cada uma das apólices
contribuirá para a indenização dos prejuízos em caso de ocorrência de um sinistro. É
importante destacar que essa cláusula não é aplicada aos seguros de pessoas.
É fundamental lembrar que, se o segurado desejar firmar um novo contrato de
seguro sobre bens já cobertos por uma apólice anterior, ele deve comunicar sua intenção
a todas as seguradoras envolvidas antes da concretização do novo contrato. Caso essa
comunicação não ocorra previamente, o segurado pode perder o direito à indenização em
caso de sinistro.

Em relação ao valor da indenização, é estabelecido que o montante a ser pago não


pode ultrapassar o valor real do bem segurado. Isso significa que a seguradora não pode
pagar mais do que o valor correspondente ao prejuízo efetivamente sofrido pelo segurado.
Essa regra visa garantir a equidade e evitar situações de enriquecimento indevido por
parte do segurado.
➢ Perda do Direito

A perda de direito se refere a uma situação em que o segurado fica sem o direito
de receber a indenização, mesmo que o sinistro ocorra a partir de um risco coberto pelo
contrato de seguro. Nesse cenário, a seguradora não tem a obrigação de efetuar o
pagamento da indenização, ficando eximida das responsabilidades estabelecidas no
contrato.

Ocorre a perda de direito se:

➢ O sinistro ocorrer por culpa grave ou dolo do segurado ou beneficiário do


seguro;
➢ A reclamação de indenização por sinistro for fraudulenta ou de má-fé;
➢ O segurado, corretor, beneficiários ou ainda seus representantes e prepostos
fizerem declarações falsas ou, por qualquer meio, tentarem obter benefícios
ilícitos do seguro;
➢ O segurado agravar intencionalmente o risco.

➢ Resseguro
O resseguro é um mecanismo pelo qual uma seguradora, também conhecida como
cedente, transfere parte ou a totalidade do risco assumido em suas apólices para outra
empresa especializada em resseguro, chamada de resseguradora. Essa transferência de
risco tem como objetivo reduzir a exposição da seguradora original a grandes perdas
financeiras decorrentes de sinistros de alta magnitude ou eventos adversos imprevisíveis.
➢ Retrocessão

A retrocessão é uma prática que se refere ao resseguro do resseguro, criando um


nível adicional de transferência de risco na indústria de seguros. Quando um ressegurador
não deseja manter a totalidade da exposição a um risco após ter aceitado uma parte dele,
ele pode transferir parte dessa responsabilidade para outra ou várias resseguradoras, ou
mesmo seguradoras. Essas entidades que aceitam a parte transferida do risco são
chamadas de retrocessionárias.

➢ Cosseguro

O cosseguro é uma modalidade de seguro na qual duas ou mais seguradoras


compartilham a responsabilidade por um mesmo risco. Nesse arranjo, o objetivo é reduzir
a exposição a riscos significativos dividindo a carga financeira entre as empresas
envolvidas. Cada seguradora assume uma parcela da responsabilidade, tornando possível
lidar com riscos de maiores proporções de forma mais equilibrada e distribuída.
➢ Franquia

A franquia é um componente presente em muitos contratos de seguro e representa


o valor ou percentual definido na apólice que determina a parte do prejuízo indenizável
que o segurado deve arcar em caso de sinistro. Em outras palavras, é o montante que o
segurado assume como parte do ônus financeiro em cada sinistro antes que a seguradora
inicie o processo de indenização.

Quando um sinistro ocorre, o valor do prejuízo é avaliado. Se esse valor for igual
ou inferior à franquia estabelecida no contrato, a seguradora não efetuará o pagamento da
indenização, uma vez que o segurado assume a responsabilidade por esse montante. No
entanto, se o prejuízo ultrapassar o valor da franquia, a seguradora entrará em cena para
indenizar o segurado pelo valor excedente.

➢ Bônus
O bônus é um critério adotado pelas seguradoras para recompensar os segurados
que apresentam um histórico de anos sem sinistros. Essa prática incentiva a condução
prudente e a prevenção de ocorrência de eventos indesejados. Quando o segurado mantém
um período sem sinistros, a seguradora concede uma redução no valor do prêmio de
seguro, como forma de reconhecimento pela contribuição para a redução dos riscos e
prejuízos.

Vale mencionar que a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) não


estabelece regras específicas para a aplicação ou suspensão do bônus. Isso significa que
cada seguradora pode ter suas próprias políticas e critérios para determinar como o bônus
será aplicado e sob quais circunstâncias ele poderá ser suspenso.

➢ Seguro de Pessoas

Os seguros de pessoas são modalidades de seguro que têm como objetivo principal
garantir o pagamento de indenizações ao segurado ou aos seus beneficiários em situações
específicas, de acordo com as condições contratuais e as coberturas estabelecidas. Esses
seguros visam oferecer proteção financeira e amparo em momentos de necessidade,
contribuindo para a segurança pessoal e familiar.

Como exemplo de seguros de pessoas, temos seguro de vida, seguro funeral,


seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro-viagem, seguro prestamista,
seguro de diária por internação hospitalar, seguro perda de renda, seguro de diária de
incapacidade temporária.

Os seguros de pessoas podem ser contratados de forma individual ou coletiva. Nos


seguros coletivos, os segurados aderem a uma apólice contratada pelo estipulante.
➢ Coberturas

Os planos de seguros podem oferecer, juntos ou separadamente, entre outros, os


seguintes tipos de coberturas:

➢ Morte natural;
➢ Morte acidental;

➢ Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente;

➢ Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença;

➢ Auxílio Funeral;
➢ Sobrevivência.

O segurado pode contratar simultaneamente mais de um seguro de pessoas, pois


não há limite para o valor da indenização, podendo o segurado contratar quantos seguros
quiser.
➢ Seguro Prestamista

O seguro prestamista é um tipo de seguro em que os segurados concordam em


pagar prestações ao estipulante (que pode ser uma instituição financeira ou credora) para
amortizar uma dívida ou cumprir um compromisso financeiro assumido. Ele é projetado
para proteger tanto o segurado quanto o estipulante em situações em que o segurado não
pode continuar a pagar suas prestações devido a circunstâncias como morte, invalidez ou
desemprego.

Nesse tipo de seguro, o estipulante é o primeiro beneficiário. Isso significa que,


em caso de morte, invalidez ou desemprego do segurado, o valor do saldo devedor da
dívida ou compromisso é pago ao estipulante. Qualquer diferença entre o valor do seguro
e o saldo da dívida será direcionada para o segundo beneficiário, que é indicado pelo
próprio segurado. Esse segundo beneficiário pode ser um familiar, cônjuge ou qualquer
outra pessoa escolhida pelo segurado.
O seguro prestamista, geralmente, apresenta as coberturas de morte, invalidez e
desemprego.

1.2 QUESTÕES

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

Observe as definições a seguir:

I. Evento futuro e incerto, ou de data incerta, cuja ocorrência não depende


exclusivamente da vontade das partes, e acarreta, geralmente, uma diminuição
patrimonial para quem suporta seus efeitos.

II. Designação genérica de qualquer interesse segurado, sejam coisas, bens,


pessoas, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias.

Em seguros, elas se referem, respectivamente, a


a) Direitos e prêmio

b) Prêmio e risco

c) Risco e objeto

d) Risco e prêmio
e) Objeto e direitos

Comentários:

A definição I se refere a "risco", que é um evento futuro e incerto, ou de data incerta,


que causa uma diminuição patrimonial para quem suporta seus efeitos. A definição II
se refere a "objeto", que é a designação genérica de qualquer interesse segurado,
podendo ser coisas, bens, pessoas, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias.

Gabarito: “c”
Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes
Por meio de medidas de natureza legal ou contratual, pode haver restrições às
coberturas de seguro para determinados riscos.

Por esta razão, não há cobertura em seguros para:

a) Colisões causadas pelo segurado


b) Roubo ou furto qualificado

c) Danos a terceiros

d) Incêndio em imóveis alugados

e) Atos dolosos do segurado


Comentários:

Por meio de medidas legais ou contratuais, os seguros geralmente excluem cobertura


para atos dolosos (intencionais) do segurado. Isso significa que se o segurado agir de
forma deliberada para causar um dano ou um prejuízo, a seguradora não fornecerá
cobertura para esses atos intencionais.

Gabarito: “e”

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

Uma apólice de seguros pode ser modificada, durante sua vigência, por meio de um
documento expedido pela seguradora, pelo qual, formalmente, as partes (seguradora e
segurado) acordam quanto à alteração de dados e modificam condições da apólice.
Este documento é:

a) A condição especial do seguro


b) O certificado de seguro

c) O bilhete de seguro

d) A condição particular do seguro


e) O endosso do seguro
Comentários:

Um endosso é um documento emitido pela seguradora durante a vigência da apólice


para formalizar qualquer alteração nos dados ou nas condições do contrato de seguro.
Ele permite que as partes (seguradora e segurado) concordem com as mudanças e
atualizações necessárias ao longo do tempo.
Gabarito: “e”

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes


Comercializar seguros não é simples, exige que quem o faz tenha pleno conhecimento
do assunto, compreenda as necessidades de proteção dos clientes e possa indicar a ele
quais seguros podem ser mais adequados para cobrir suas exposições a riscos.
Trata-se, portanto, de uma comercialização:
a) Impulsiva

b) Indutiva

c) Consultiva

d) Colaborativa
e) Tradicional

Comentários:

Comercializar seguros de forma consultiva significa que o vendedor tem pleno


conhecimento do assunto, compreende as necessidades e exposições a riscos dos
clientes e é capaz de oferecer orientação e recomendações personalizadas sobre os
seguros mais adequados para atender a essas necessidades. Esse enfoque é mais focado
na educação e na compreensão das necessidades do cliente, permitindo uma abordagem
mais personalizada e informada.
Gabarito: “c”

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

Entre as principais obrigações das seguradoras para preservar o propósito do seguro


estão o gerenciamento competente e tempestivo dos riscos que lhes são transferidos e
confiados pelos segurados, mediante pagamento do prêmio e, em caso de sinistros, a
promoção da regulação e liquidação deles, indenizando o que for devido, desde que:

a) Estejam cobertos pelas condições do contrato de seguros

b) Os prejuízos sejam de alguma forma passíveis de ressarcimento à seguradora


c) O segurado seja brasileiro e maior de idade
d) O proponente do seguro e o segurado sejam a mesma pessoa

e) Tenham ocorrido após 15 dias de vigência da apólice

Comentários:

As seguradoras têm a responsabilidade de gerenciar e liquidar sinistros de acordo com


as condições estabelecidas nos contratos de seguro. Isso significa que os sinistros
devem estar cobertos pelas condições específicas definidas no contrato para que a
seguradora tenha a obrigação de indenizar.
Gabarito: “a”

Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Banestes

É fundamental que o segurado faça declarações verdadeiras e completas, e não omita


nada sobre as circunstâncias que envolvem o risco, objeto do seguro, principalmente
sob pena de:

a) Só receber a indenização ao final da vigência do contrato

b) Não ter mais o seu seguro aceito no futuro

c) Perder o direito à indenização


d) Ser multado pelos resseguradores

e) Não ter direito a receber o prêmio de seguro

Comentários:

É essencial que o segurado forneça declarações precisas, verdadeiras e completas sobre


todas as informações relacionadas ao risco e ao objeto do seguro. Omissões ou
informações incorretas podem resultar na perda do direito à indenização em caso de
sinistro. Isso ocorre porque a base do contrato de seguro é a confiança mútua entre as
partes. Se o segurado não fornecer informações precisas, a seguradora pode considerar
o contrato inválido e se recusar a pagar a indenização devida.

Gabarito: “c”

Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

Na operação de seguros destacam-se como sujeitos:


a) O risco e a apólice

b) O prêmio e o segurado

c) O corretor e o segurado
d) O segurado e a seguradora
e) A seguradora e a indenização

Comentários:

Na operação de seguros, os sujeitos principais são o segurado (a pessoa que contrata o


seguro para proteção) e a seguradora (a empresa que assume o risco e fornece a
cobertura do seguro). Eles são os elementos centrais no contrato de seguro, onde o
segurado paga o prêmio à seguradora em troca da promessa de indenização em caso de
sinistro conforme os termos da apólice.
Gabarito: “d”

Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

A finalidade básica do seguro é:

a) Permitir ao segurado ampliar seu patrimônio sempre que houver a ocorrência de


sinistro

b) Restabelecer o equilíbrio econômico perturbado pela ocorrência de sinistro

c) Indenizar o valor total segurado em todo e qualquer sinistro coberto pela apólice de
seguro
d) Dar lucro ao segurado, quando o seguro for contratado com importância segurada
superior ao valor real do bem

e) Trocar uma despesa incerta futura e de valor elevado por outra, certa, antecipada e
de valor comparativamente menor
Comentários:

Na operação de seguros, uma das principais funções é restabelecer o equilíbrio


econômico que é perturbado pela ocorrência de um sinistro. Quando um evento
inesperado ocorre, causando prejuízos financeiros, o seguro entra em ação para
indenizar o segurado, ajudando a minimizar o impacto econômico negativo. Isso
contribui para a proteção do patrimônio do segurado e para a estabilidade financeira
diante de situações adversas.

Gabarito: “b”
Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

Aquele que contrata seguro por conta de terceiros, sendo equiparado ao segurado para
os efeitos de contratação e manutenção do seguro, no caso dos seguros obrigatórios, e
mandatário dos segurados, no caso dos facultativos, é denominado:
a) Corretor de seguros
b) Agente de seguros

c) Estipulante

d) Proponente

e) Comissário
Comentários:
O estipulante é aquele que contrata um seguro por conta de terceiros, sendo equiparado
ao segurado para os efeitos de contratação e manutenção do seguro nos casos de
seguros obrigatórios.

Gabarito: “c”
Banca: CEBRASPE Ano: 2012 Prova: Banco da Amazônia

Tratando-se de seguro de pessoa, não há limite quanto ao valor devido pelo segurador,
em caso de sinistro, sendo permitida a estipulação de mais de um seguro relacionado à
mesma pessoa, diferentemente do que ocorre com o seguro de dano.
Certo

Errado

Comentários:

No contexto de seguros de pessoas, como o seguro de vida, é de fato possível estipular


mais de um seguro relacionado à mesma pessoa. Já no seguro de danos, haverá a
cláusula de concorrência para definir como cada seguradora irá arcar com a
indenização, sendo o valor do objeto segurado o limite de indenização.

Gabarito: “Certo”
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Convênios de Arrecadação/Pagamentos
Os convênios de arrecadação e pagamentos são acordos estabelecidos entre
concessionária de serviços públicos, órgãos públicos e instituições financeiras, que
permitem a arrecadação e cobrança de pagamentos diversos, como tarifas públicas (água,
energia, telefonia) e tributos

q Esses convênios habilitam as instituições financeiras a oferecer serviços de


arrecadação, sendo que o prazo de retenção dos produtos arrecadados, os fluxos dos
documentos e as formas de e prazos de repasse são próprios de cada tarifa/tributo
q Os valores referentes aos tributos recolhidos estão sujeitos ao compulsório,
semelhante aos depósitos à vista. Já as tarifas de serviços públicos se não sujeitam
ao recolhimento compulsório
Prof. Renan Duarte

Convênios de Arrecadação/Pagamentos

q Para o Banco:
• Aumento de aplicações graças aos valores arrecadados, com consequente
aumento de receitas;
• Atrativo para a conquista de novos clientes;
• Presença do cliente no banco.
q Para o cliente/instituição pública:
• Eliminação de custos administrativos;
• Segurança no manuseio dos valores.
q Para o cliente/contribuinte:
• Comodidade do recolhimento/pagamento do tributo;
• Eliminação da perda do tempo e do trabalho de pagamento em diferentes
órgãos públicos.
Prof. Renan Duarte

Pagamentos

q Os bancos podem receber o pagamento de diversos tributos/tarifas, tais como:


• Contas de água, energia elétrica, telefone, gás;
• Pagamentos ligados ao INSS, ao PIS/PASE e ao FGTS;
• Carnês e assemelhados, amparado por convênio de prestação de serviços.
q Débito em conta: é possível que o cliente autorize o débito direto e gratuito em
conta corrente de cobrança de tarifas públicas
q Lotéricas: existe a autorização que a rede de casas lotéricas da Caixa Econômica
Federal também possam realizar a cobrança de tarifas pública
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Compensação Bancária
A compensação bancária é o processo pelo qual os bancos ajustam e liquidam as
obrigações financeiras entre si, resultantes das transações realizadas por seus clientes

q Exemplo:
• Emissão do cheque: João tem uma conta no Banco A e emite um cheque de
R$ 500,00 para pagar Maria, que tem conta no Banco B;
• Depósito do cheque: Maria deposita o cheque recebido de João no seu
Banco B;
• Processo de compensação: o Banco B envia a informação do cheque à
Compe, que verifica a validade do cheque e confirma se a conta de João no
Banco A tem fundos suficientes;
• Ajuste dos saldos: uma vez confirmado que João tem fundos suficientes, o
valor do cheque é debitado da conta de João no Banco A e creditado na conta
de Maria no Banco B.
Prof. Renan Duarte

Compensação Bancária: Prazos

q Cheques: os cheques são compensados em um dia útil, contado do dia útil seguinte
ao dia do depósito, independentemente do valor
q TED: a compensação geralmente ocorre em minutos, mas em algumas situações
pode levar mais tempo. Porém, deve ocorrer no mesmo dia desde que obedecido o
horário-limite do banco para emissão da TED (17h em dias úteis, para o BACEN)
q Boleto: pode ser compensado em até 1 dia útil
q Pix: a compensação é feita na mesma hora da operação, geralmente em segundo
Prof. Renan Duarte

Compensação de Cheques
A compensação interbancária dos cheques é realizada por acerto de contas entre as
instituições financeiras (IF Sacada e IF Acolhedora) dos cheques acolhidos

q Compe: a compensação de cheques é um serviço regulamentado pelo BACEN e


operacionalizado pelo Banco do Brasil (BB), por meio da Centralizadora da
Compensação de Cheques (Compe)
q Participantes: as instituições titulares de conta Reservas Bancárias ou de Conta de
Liquidação, nas quais sejam mantidas contas de depósito movimentáveis por
cheque, ou que emitirem cheque administrativo, são obrigadas a participar da
Compe
q Processamento: ocorre por meio da troca de arquivos contendo os dados e imagens
digitalizadas, capturadas eletronicamente pela IF Acolhedora e remetidos à Comp
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

A Centralizadora da Compensação de Cheques (COMPE), sistema operado pelo Banco do Brasil S.A., é
responsável pela compensação interbancária de cheques.

C Certo

E Errado
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)


O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os
procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de
transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e
valores mobiliários

q Sistema de pagamentos: é o conjunto de regras e procedimentos utilizados para a


transferência de recursos financeiros e liquidação de obrigações em um país
q O SPB interliga diferentes entidades do sistema financeiro nacional, como bancos
comerciais, bancos de investimento, instituições de pagamento, câmaras de
compensação, entre outros, permitindo a realização e a liquidação de pagamentos
entre indivíduos, empresas e governo

Banco A Banco B
SPB

Banco C Banco D
Prof. Renan Duarte

Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)

q Objetivo: gerenciamento de riscos na compensação e na liquidação das transações


financeiras realizadas no SFN
q Transferências em tempo real: com o atual sistema, o Brasil faz parte do grupo de
países em que transferências interbancárias de fundos podem ser liquidadas em
tempo real, em caráter irrevogável e incondicional, pois qualquer transferência de
fundos entre contas de espécie passou a ser condicionada à existência de saldo
suficiente de recursos na conta do participante
q O desenvolvimento e a implantação do SPB possibilitaram a redução dos riscos de
liquidação, com consequente redução do risco sistêmico, ou seja, o risco de que a
quebra de um banco provoque a quebra em cadeia de outros bancos

BACEN
Banco A

Conta de Reserva
Bancária
Prof. Renan Duarte

Diretrizes do SPB

q Otimizar as transações para reduzir o tempo de compensação


q Facilitar a comunicação com entidades públicas e privadas
q Realizar a conexão com instituições financeiras
q Possibilitar a transferência de fundos e outros ativos financeiros
q Compensar e liquidar operações com títulos e valores mobiliários, além de
operações realizadas em bolsas de mercadorias, de futuros e demais entidades
q Checar as transações para prevenir quaisquer tipos de fraudes
q Possibilitar a compensação de cheques
q Gerenciar riscos por meio de câmaras de liquidação
q Compensar e liquidar transações
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Sistemas Operados pelo BACEN

q O BACEN é o responsável pela gestão e operação dos seguintes Sistemas do


Mercado Financeiro (SMF):
• Sistema de Transferência de Reservas (STR);
• Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI);
• Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
q O STR e o SPI são sistemas de pagamento (transferências de fundos). O Selic é um
sistema de liquidação e de depósito centralizado dos títulos da dívida pública
mobiliária interna emitidos pelo Tesouro Nacional (ativos financeiros)
Prof. Renan Duarte

Sistema de Transferência de Reservas (STR)


O Sistema de Transferência de Reservas (STR) é o coração do Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB), é onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras no
Brasil

q Através do STR, ocorrem as liquidações das operações interbancárias realizadas


nos mercados monetário, cambial e de capitais
q Participam obrigatoriamente do STR, além do Bacen, as instituições titulares de
conta Reservas Bancárias e as entidades prestadoras de serviços de compensação e
de liquidação que operam sistemas considerados sistemicamente importantes
• Um sistema sistemicamente importante compreende um sistema que tenha a
capacidade de disparar ou transmitir uma ruptura sistêmica.
q A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) também participa do sistema e controla
diretamente as movimentações efetuadas na Conta Única do Tesouro
q O STR está disponível aos participantes, para registro e liquidação de ordens de
transferência de fundos, em todos os dias considerados úteis para fins de operações
praticadas no mercado financeiro
Prof. Renan Duarte

Estrutura de Contas no STR

q A liquidação de operações no STR é realizada por meio de lançamentos na conta do


participante mantida no BACEN. A conta pode ser de dois tipos:

Estrutura de Contas/Tipo de Participante

Conta Reservas Bancárias Conta de Liquidação


Obrigatória

• Banco Comercial • Câmara/prestador de serviços de


• Banco Múltiplo com carteira compensação e de liquidação
comercial sistemicamente importante
• Caixa Econômica
• Câmara/prestador de serviços de
• Banco de Desenvolvimento compensação e de liquidação
Facultativa

• Banco de Investimento não sistemicamente importante


• Banco de Câmbio
• Banco Múltiplo sem carteira • Instituição de Pagamento
comercial • Demais instituições autorizadas
a funcionar pelo BACEN
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Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI)


O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é a infraestrutura centralizada e única para
liquidação de pagamentos instantâneos entre instituições distintas no Brasil

q O SPI é um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR), ou seja, que
processa e liquida transação por transação. Uma vez liquidadas, as transações são
irrevogáveis
q Os pagamentos instantâneos são liquidados com lançamentos nas contas de
propósito específico que as instituições participantes diretos do sistema mantêm no
BCB, denominadas Contas Pagamento Instantâneo (Contas PI). Para garantir a
solidez do sistema, não há possibilidade de lançamentos a descoberto, isso é, não se
admite saldo negativo nas Contas PI

BACEN
Banco A

Conta de Pagamento
Instantâneo
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Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)

q O SPB é divido em dois segmentos:


• Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF);
• Arranjos de Pagamento.
Prof. Renan Duarte

Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF)

As IMF são sistemas multilaterais entre instituições participantes, utilizadas para


compensação, liquidação ou registro de pagamentos, títulos ou outras transações
financeiras

q Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC): atua como sistema de


liquidação bruta em tempo real para transações com títulos públicos federais
q Brasil, Bolsa, Balcão (B3): compensação, liquidação, depósito e registro para as
principais classes de ativos, operações estruturadas, taxas de juros e commodities
q Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP): administra o Sistema de
Transferência de Fundos (Sitraf), na compensação de liquidação de Transferência
Eletrônica (TED), e o Sistema de Liquidação Diferida das Transferências
Interbancárias de Ordens de Crédito (SILOC), por meio do qual se realiza a
liquidação de de ordens de crédito interbancárias
q Centralizadora da Compensação de Cheques (Compe): sistema de liquidação e
compensação de cheques
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Arranjos de Pagamento
Arranjo de pagamento é o conjunto de regras e de procedimentos para fazer pagamento de
compras, viabilizar transferências de recursos, aportes e saques
q São exemplos de arranjos de pagamento as regras e os procedimentos utilizados
para realizar serviços de:
• Compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, sejam em moeda nacional ou em
moeda estrangeira;
• Transferência de recursos, como TED;
• Pagamentos instantâneos (Pix);
• Cheques;
• Boletos.
q O arranjo conecta seus usuários (pessoas, empresas e instituições governamentais)
que, sem ele, não teriam como realizar transações financeiras entre si ou que
somente as realizariam presencialmente com troca de dinheiro vivo
q O arranjo também estabelece detalhes, como prazos para que a transferência seja
efetivada e eventuais taxas que os integrantes do arranjo cobrarão para realizar esse
serviço
Prof. Renan Duarte

Arranjos de Pagamento

• No momento da compra, os recursos são


inicialmente retirados da conta do comprador
• A instituição credenciadora, responsável por
habilitar o estabelecimento para aceitar pagamentos
com cartão e liquidar a operação, encaminha os
recursos do emissor do cartão para a instituição
domicílio escolhida pelo estabelecimento comercial
• O crédito é então feito na conta do comerciante, já
descontada a taxa acordada com a empresa
credenciadora
• Este processo faz parte de um arranjo de pagamento
de cartões, onde estabelecimentos que desejam
aceitar cartões como forma de pagamento precisam
ser habilitados por uma credenciadora
• O instituidor do arranjo é a entidade jurídica que
define as regras de funcionamento do arranjo de
pagamento, em conformidade com a
regulamentação do Banco Central. Exemplos de
instituidores de arranjos de pagamento incluem
Visa, Mastercard e Elo
Questão 1
Banca: IADES Ano: 2019 Prova: BRB

Dentro do arranjo do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), compete ao Banco Central autorizar e vigiar
o funcionamento das entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF), além de atuar
como regulador do sistema e provedor de serviços de liquidação. As IMF operadas pelo Banco Central para
transferência de fundos e liquidação de operações com títulos públicos são, respectivamente, o (a)
Sistema de Transferência de Reservas (STR) e a Central de Custódia e Liquidação Financeira de
A Títulos (Cetip)

B Sistema de Transferência de Reservas (STR) e o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e a Central de Custódia e Liquidação Financeira de


C Títulos (Cetip)

Centralizadora de Compensações de Cheque (Compe) e o Sistema Especial de Liquidação e Custódia


D (Selic)

E Central de Cessão de Crédito (C3) e o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)


Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

A titularidade de conta reservas bancárias é obrigatória para os bancos comerciais, os bancos múltiplos com
carteira comercial e as caixas econômicas

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

No Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), são realizadas as transações que envolvem os
títulos de renda fixa privados

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

Até 2002, o SPB ainda não estava estruturado de modo que o BCB pudesse acompanhar as operações
realizadas pelas instituições financeiras em tempo real, o que trazia a possibilidade de o BCB ter de arcar
com o risco de crédito em caso de inadimplência de alguma instituição

C Certo

E Errado
Questão 5
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

O Sistema de Pagamentos Brasileiro é um conjunto de procedimentos, operações e instrumentos que,


integrados, possuem a função básica de

transferir recursos, processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco Central e
A instituições financeiras

transferir bens e direitos para pessoas físicas, jurídicas, entidades filantrópicas e organizações não
B governamentais

liquidar e processar todas as operações realizadas na Bolsa de Valores, em dois dias úteis a contar da
C data da operação

D liquidar e compensar as operações de financiamento a longo prazo realizadas pelo BNDES

regular e fiscalizar as operações realizadas pelas instituições financeiras e pelas empresas atuantes no
E mercado
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Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Noções de Direito Aplicados às Operações de Crédito


As operações de crédito são regidas por um conjunto de normas jurídicas que estabelecem
os direitos e obrigações das partes envolvidas. Essas normas são fundamentais para
garantir a segurança jurídica e a eficácia dessas operações no sistema financeiro

q Nas operações de crédito, a identificação clara dos sujeitos (credor e devedor) e do


objeto (quantia emprestada, taxa de juros, garantias, prazo de pagamento, etc.) é
essencial para a validade e eficácia do contrato de crédito
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Sujeito do Direito
Os sujeitos do direito são aqueles que possuem direitos e/ou obrigações no ordenamento
jurídico, ou seja, é um indivíduo ou entidade que é reconhecido e que possui
personalidade jurídica e, consequentemente, pode ser titular de direitos e assumir deveres
e responsabilidades

q No direito, os sujeitos podem ser classificados em duas categorias principais:


• Pessoas físicas: são os indivíduos humanos, que são titulares de direitos e
deveres. Todos os seres humanos são, a princípio, considerados sujeitos de
direito pessoal, possuindo capacidade jurídica;
• Pessoas jurídicas: são as entidades, que, apesar de não serem indivíduos
humanos, possuem personalidade jurídica reconhecida pela lei, o que lhes
permite adquirir direitos e assumir obrigações em nome próprio.
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Sujeito do Direito

q Capacidade: para ser sujeito de direito, é necessário ter capacidade jurídica, que é
a aptidão para exercer por si mesmo os atos da vida civil. A capacidade pode ser
plena, no caso de adultos com discernimento, ou limitada, como nos casos de
menores de idade (incapacidade absoluta) e de pessoas com incapacidade mentais
(incapacidade relativa)
q Operações de Crédito: o sujeito do direito pode ser tanto o credor (quem concede
o crédito) quanto o devedor (quem recebe o crédito)
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Objeto do Direito
O objeto do direito está relacionado com aquilo sobre o qual incidem os direitos e
obrigações nas relações jurídicas, ou seja, é o bem ou a finalidade que está sob a regulação
e tutela do ordenamento jurídico

q Licitude: o objeto do direito deve ser lícito, ou seja, não pode ser contrário à lei ou
à moral. Se o objeto do direito for ilícito, o contrato ou a relação jurídica poderá ser
considerado nulo ou inválido
q O objeto do direito pode ser material ou imaterial, e sua natureza varia de acordo
com o tipo de relação jurídica estabelecida
Prof. Renan Duarte

Objeto do Direito

q Bens materiais: são objetos tangíveis, como imóveis, veículos, móveis, dinheiro e
quaisquer outros tipos de propriedades físicas
q Bens imateriais: referem-se a bens intangíveis, como patentes, marcas registradas,
direitos autorais, segredos comerciais, entre outros
q Direitos: em algumas situações, o próprio objeto do direito pode ser um direito,
como, por exemplo, o direito a receber uma prestação, o direito à educação
q Obrigações: em contraste aos direitos, o objeto do direito também pode ser uma
obrigação, como a obrigação de pagar uma dívida, a obrigação de prestar um
serviço, por exemplo
q Relações familiares: em matéria de direito de família, o objeto do direito pode ser
a relação entre cônjuges, filhos, pais, herança, por exemplo
q Contratos: o objeto do direito é aquilo que as partes se comprometem a fazer ou a
dar, como em um contrato de compra e venda em que o objeto é o bem a ser
adquirido
q Transações financeiras: nas operações de crédito, o objeto do direito pode ser a
quantia em dinheiro concedida como empréstimo ou financiamento
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Objeto do Direito

q Operações de Crédito: o objeto é o próprio crédito concedido, representado por


uma quantia em dinheiro ou um bem a ser pago pelo devedor ao credor
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Fato Jurídico
Os fatos jurídicos são acontecimentos que, independentemente da vontade humana,
produzem efeitos no âmbito do direito, criando, modificando, conservando ou extinguindo
direitos

q Os fatos podem ser divididos em duas principais categorias:


• Fatos da Natureza;
• Fatos Humanos.
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Fatos da Natureza

q Os Fatos da Natureza são os fatos jurídicos que decorrem de um fato da natureza


independem da vontade humana. Podem ser divididos em duas espécies:
• Fatos Ordinários: são eventos naturais que ocorrem regularmente e são
previsíveis. Eles fazem parte do curso normal da vida e podem incluir
eventos biológicos, como o nascimento, a maioridade e a morte;
• Fatos Extraordinários: são eventos que ocorrem de forma imprevisível e
não fazem parte do curso normal dos eventos, podendo incluir dessas
naturais, como terremotos, furacões e incêndios.
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Fatos Humanos

q Os Fatos Humanos são os atos que dependem de vontade humana para existirem e
podem ser subdivididos da seguinte forma:
• Ato Jurídico: é uma manifestação da vontade que visa produzir efeitos
jurídicos específicos, previstos em lei. Esses atos são realizados com a
intenção de criar, modificar, transferir ou extinguir direitos, como um registro
de imóvel, por exemplo;
• Negócio Jurídico: requer um acordo de vontades para a sua formação, e seus
efeitos jurídicos são, em grande parte, determinados pelas intenções das
partes, desde que estas não contrariem normas legais imperativas. Exemplos
típicos incluem contratos de compra e venda, locação, casamento civil e
testamentos;
• Ato-fato Jurídico: se refere a ações realizadas com ou sem a intenção de
produzir efeitos jurídicos, mas que, devido à sua natureza ou às
circunstâncias em que são praticadas, acabam por gerar tais efeitos. Por
exemplo, o fato de alguém ocupar uma propriedade por um período
prolongado sob certas condições pode resultar na aquisição da propriedade
por usucapião.
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Ato Jurídico

q O ato jurídico é um fato jurídico que decorre da manifestação de vontade humana,


que visa produzir efeitos jurídicos específicos, previstos em lei
q Para ter validade, o ato jurídico requer:
• Agente capaz: indivíduo com plena capacidade legal para atuar;
• Objeto lícito e possível: conteúdo do ato deve ser permitido por lei e
realizável;
• Forma prescrita ou não proibida em lei: o ato deve seguir a forma exigida
ou ser de forma que a lei não proíba.
q Caso o ato não cumpra com esses requisitos, ele é considerado nulo, ou seja, não
produzirá efeitos jurídicos
Questão 1
Banca: QUADRIX Ano: 2022 Prova: CRA-PR

Os fatos jurídicos ordinários são os fatos da natureza, de ocorrência comum ou costumeira, como o
nascimento ou a morte

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: OBJETIVA Ano: 2015 Prova: Prefeitura de Vitorino

Considerando-se DINIZ, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA
(1) Fato natural extraordinário.

(2) Fato humano.

(3) Fato jurídico stricto sensu ordinário.

( ) Maioridade

( ) Naufrágio de barco em razão de maremoto.

( ) Testamento
Questão 2
Banca: OBJETIVA Ano: 2015 Prova: Prefeitura de Vitorino

Considerando-se DINIZ, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA

A 1-2-3

B 3-1-2

C 1-3-2

D 2-1-3

E 2-3-1
Questão 3
Banca: FCC Ano: 2009 Prova: TJ-PA

O fato jurídico é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que ilícito, podendo-se
afirmar que

A os fatos humanos por si só, ou atos jurídicos em sentido amplo, não criam nem modificam direitos

fatos humanos e fatos naturais significam a mesma coisa, ainda que decorram uns da atividade
B humana e outros da natureza

C os fatos naturais não se confundem, por exemplo, com o nascimento, a morte e a maioridade

D os fatos extraordinários não guardam relação com tempestades, terremotos e raios, por exemplo

E os fatos extraordinários não se enquadram na categoria dos fortuitos ou de força maior


@renanduartephy

Renan Duarte
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Contratos
O contrato é um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, com a finalidade de criar,
modificar ou extinguir direitos e obrigações
q Operações de Crédito: os contratos são elementos centrais nas operações de
crédito, pois são os instrumentos que formalizam os direitos e as obrigações entre
as partes envolvidas
• O contrato estabelece as condições do empréstimo ou financiamento,
definindo as taxas de juros, prazos de pagamento e outras cláusulas
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Requisitos Contratuais

q Os contratos são negócios jurídicos que exigem, para a sua formação, o


preenchimento de certo elementos que atribuem sua legitimidade
q Requisitos objetivos:
• Objeto lícito, possível e determinável: a ausência de qualquer desses
elementos representa nulidade do acordo. Exemplo: não há como estabelecer
um contrato de compra e venda de drogas ilícitas (ilícito). Não há, também,
como vender um terreno na lua (impossibilidade);
• Forma prescrita ou não defesa em lei: em regra, contratos não precisam ser
escritos ou dependentes de formalidades, desde que a forma escolhida não
seja expressamente proibida por lei.
q Requisitos subjetivos:
• Existência de duas ou mais pessoas;
• Capacidade das partes contratantes;
• Legitimidade das partes para contratar;
• Manifestação de vontade válida e desimpedida.
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Contratos: Princípios Fundamentais

q Autonomia da vontade: este princípio afirma que as partes têm liberdade para
negociar e estabelecer os termos de seus contratos, dentro dos limites da lei.
Significa que os indivíduos podem livremente decidir com quem contratar, o objeto
do contrato e as condições do acordo, desde que não contrariem disposições legais
ou princípios de ordem pública e moral
q Consensualismo: o consensualismo permite que um contrato seja considerado
válido pela simples manifestação de vontade das partes, sem a necessidade de
formalidades específicas, a não ser nos casos em que a lei exija
q Força obrigatória: significa que, uma vez concluído, o contrato passa a ter força
de lei entre as partes contratantes
q Boa fé: este princípio exige que as partes ajam com honestidade, lealdade e respeito
mútuo, tanto na formação quanto na execução do contrato
q Relatividade nos efeitos: é o princípio segundo o qual o contrato só produz efeito
entre as partes contratantes, não afetando terceiros
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Formação do Contrato
O contrato se forma quando se verifica o acordo de vontades acerca dos seus elementos
q Na formação de um contrato distinguem-se três fases distintas:
• Negociações preliminares: compõem a fase em que as pessoas que desejam
contratar discutem acerca das condições do contrato. Não geram obrigações,
a não ser na hipótese de comportamento doloso ou culposo de um dos
contratantes;
• Proposta: é uma manifestação de vontade de uma das partes (o proponente)
de celebrar um contrato, nos termos especificados, com a intenção de que se
torne vinculativo assim que a outra parte aceitar;
• Aceitação: é a concordância da outra parte (o aceitante) com os termos da
proposta. Deve corresponder exatamente aos termos da oferta para que um
contrato seja formado. Qualquer variação, mesmo que menor, pode ser
considerada uma contraproposta, e não uma aceitação.
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Contratos: Espécies

q Contrato de Compra e Venda:


• É o acordo pelo qual uma das partes (vendedor) se compromete a transferir o
domínio de um bem ou direito à outra parte (comprador), mediante o
pagamento de um preço em dinheiro;
• É um contrato bilateral, oneroso, consensual e, em geral, comutativo, onde as prestações e
contraprestações são conhecidas pelas partes.
q Contrato de Sociedade:
• Acordo no qual as partes se obrigam a combinar seus recursos, bens ou
esforços para o exercício de uma atividade econômica e a partilha dos
resultados, visando ao lucro;
• Bilateral ou Plurilateral, oneroso, baseado na colaboração entre as partes para o exercício
de atividade econômica com objetivo de lucro; envolve a contribuição de bens ou serviços
para o capital social.
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Contratos: Espécies

q Contrato de Empréstimo (Comodato):


• Empréstimo gratuito de coisas não fungíveis (não é consumido durante o
uso), onde o comodatário se obriga a restituir a coisa emprestada;
• Exemplo: máquina;
• Unilateral, gratuito, de uso específico da coisa emprestada.
q Contrato de Empréstimo (Mútuo):
• Empréstimo de coisas fungíveis (que se consomem com o uso), obrigando-se
o mutuário a devolver o que for da mesma espécie, qualidade e quantidade;
• Exemplo: dinheiro;
• Unilateral, pode ser oneroso ou gratuito, e implica na transferência de propriedade da
coisa emprestada.
q Contrato de Prestação de Serviço:
• Uma das partes se compromete a prestar à outra um serviço, sem estabelecer
vínculo empregatício, mediante remuneração;
• Bilateral, oneroso, consensual, e de execução continuada ou não, dependendo do serviço.
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Contratos: Espécies

q Contrato de Mandato:
• Uma parte (mandante) confere a outra (mandatário) o poder para, em seu
nome, praticar atos ou administrar interesses;
• Bilateral, pode ser gratuito ou oneroso, e baseado na representação.
q Contrato de Fiança:
• Acordo pelo qual uma terceira parte (fiador) se compromete perante o credor
a cumprir a obrigação do devedor, caso este último não o faça;
• Bilateral, acessório e gratuito ou oneroso, onde uma parte (fiador) garante satisfazer ao
credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
q Contrato de Hipoteca:
• É um contrato pelo qual uma parte (devedor) oferece um bem imóvel (ou, em
certos casos, um bem móvel de grande valor, como um navio ou aeronave)
como garantia do cumprimento de uma obrigação, geralmente um débito,
sem transferir a posse desse bem ao credor (hipotecário);
• Bilateral, geralmente oneroso, e estabelece um direito real de garantia sobre um bem
imóvel (ou certos bens móveis de grande valor) sem transferência de posse.
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Contratos: Classificações

q Contratos unilaterais: apenas uma das partes assume obrigações. Exemplo: mútuo
q Contratos bilaterais: ambas as partes têm obrigações. Exemplo: compra e venda
q Contratos plurilaterais: envolvem três ou mais partes, com obrigações e direitos
recíprocos entre todos os envolvidos
q Contratos nominados: têm sua estrutura e condições básicas regulamentadas por
lei, denominação específica no ordenamento jurídico. Exemplos: compra e venda,
empréstimo
q Contratos inominados: não estão especificamente previstos na legislação, não
possuindo uma denominação legal própria. Surgem da autonomia da vontade das
partes, desde que respeitem os limites legais e os princípios gerais dos contratos
q Contratos formais: são contratos que, para sua validade, necessitam seguir uma
forma específica estabelecida por lei, seja por escrito, por instrumento público ou
outro meio formal exigido. Exemplos: hipoteca (requer registro em cartório)
q Contratos informais: contratos que se completam e se tornam obrigatórios pela
simples manifestação de vontade das partes, sem necessidade de observância de
formas especiais, exceto quando a lei expressamente exigir
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Contratos: Classificações

q Contratos onerosos: são aqueles em que existem vantagens e ônus para ambas as
partes
q Contratos gratuitos: são aqueles em que existem vantagens apenas para uma das
partes e ônus para outra. Exemplos: doação, mútuo
q Contratos consensuais: são aqueles que se formam com um simples acordo de
vontades. Exemplos: compra e venda, doação, locação
q Contratos reais: são aqueles que além do acordo exigem a entrega de uma coisa.
Exemplos: comodato, mútuo
q Contratos comutativos: são aqueles em que cada uma das partes conhece, no
momento da celebração, a extensão de suas vantagens e desvantagens
q Contratos aleatórios: são aqueles em que, na celebração, uma das partes não sabe
a extensão de suas obrigações
Questão 1
Banca: SELECON Ano: 2023 Prova: Empresa Cuiabana de Saúde Pública

Aempresa X Ltda., proprietária da obra de arte de titularidade da artista plástica Beatriz Milhazes, entrega a
um determinado Centro Cultural, sem ônus, mediante contrato próprio, essa obra, para fins de exposição, a
ser devolvida no prazo de 2 (dois) anos, contados da data da sua entrega.
De acordo com o atual Código Civil (Lei nº 10.406/2002), o empréstimo desse bem é espécie de contrato de

A mútuo

B comodato

C retrovenda

D preempção
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

Os requisitos de validade dos contratos, como de qualquer negócio jurídico, incluem agente capaz, objeto
lícito, possível, determinado ou determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

O Código Civil brasileiro nomina diversos tipos de contratos, sendo ilícito às partes estipular contratos
inominados ou atípicos

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: FUNCAB Ano: 2013 Prova: ANS

Entende-se por princípio da relatividade dos contratos

A a liberdade de contratar exercida em razão e nos limites da função social do contrato

B a irreversibilidade, em essência, da palavra empenhada

C o elemento interpretativo do contrato com a criação de deveres jurídicos positivos

D o elemento interpretativo do contrato com a criação de deveres jurídicos negativos

o que significa que seus efeitos se produzem exclusivamente entre as partes, não aproveitando nem
E prejudicando a terceiros
@renanduartephy

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Contratos
O contrato é um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, com a finalidade de criar,
modificar ou extinguir direitos e obrigações
q Operações de Crédito: os contratos são elementos centrais nas operações de
crédito, pois são os instrumentos que formalizam os direitos e as obrigações entre
as partes envolvidas
• O contrato estabelece as condições do empréstimo ou financiamento,
definindo as taxas de juros, prazos de pagamento e outras cláusulas
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Contratos por Instrumento Público


Um contrato por instrumento público é aquele lavrado e registrado por uma autoridade
competente ou um oficial público habilitado (como um tabelião de notas), em um livro de
registros públicos

q Este tipo de contrato é caracterizado pela sua autenticidade, sendo considerado


prova incontestável dos fatos que atesta, até prova em contrário
q Características:
• Fé Pública: oferece grande segurança jurídica, pois é revestido de fé pública,
atestando a veracidade dos fatos nele declarados;
• Registro: necessita ser registrado em cartório, o que garante sua publicidade
e oposição a terceiros;
• Custo: geralmente envolve custos mais elevados devido às taxas de registro e
emolumentos dos cartórios;
• Exemplo: escritura, que registra um negócio imobiliário como, por exemplo,
a compra de uma casa.
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Contratos por Instrumento Particular


Um contrato por instrumento particular é elaborado e assinado pelas próprias partes ou
seus representantes, sem a necessidade de intervenção de um oficial público
q Para alguns tipos de contratos, a legislação pode exigir a presença de testemunhas
ou o reconhecimento de firma para conferir maior segurança jurídica
q Características:
• Flexibilidade: mais flexível e geralmente menos oneroso que o instrumento
público, sendo adequado para a maioria das operações de crédito comuns;
• Validade: possui plena validade legal, desde que cumpra os requisitos
mínimos estabelecidos por lei, como a capacidade das partes e a licitude do
objeto;
• Reconhecimento de Firma: em algumas situações, pode ser necessário o
reconhecimento de firma das partes para conferir autenticidade;
• Exemplo: amplamente utilizado em empréstimos pessoais, financiamentos
de menor valor, acordos de crédito entre empresas e pessoas físicas.
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2015 Prova: FUB

Salvos nas hipóteses expressas em lei, os contratos não exigem forma especial de celebração, sendo
permitido realizá-los por escrito ou verbalmente, por instrumento público ou particular

C Certo

E Errado
@renanduartephy

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Cédulas e Notas de Crédito


As cédulas e notas de crédito são instrumentos financeiros utilizados na formalização de
operações de crédito, permitindo a captação de recursos financeiros ou a realização de
empréstimos sob condições previamente estabelecidas

q Esses títulos representam promessas de pagamento e são regulamentados por


legislação específica, que define suas características, requisitos de emissão,
circulação e resgate
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Cédula de Crédito
São títulos de crédito nominativos e transferíveis que representam uma dívida de
determinado valor. A cédula de crédito pode ser emitida por pessoas físicas ou jurídicas e
é uma promessa de pagamento em dinheiro, com ou sem garantia adicional (real ou
fidejussória)

q Cédula de Crédito Bancário: utilizada em operações de financiamento ou


empréstimos realizados por instituições financeiras
q Cédula de Crédito Imobiliário: específica para financiamentos no setor
imobiliário
q Cédula de Crédito Rural, Industrial, Comercial: destinadas ao financiamento de
atividades específicas, como agricultura, indústria e comércio
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Cédula de Crédito Bancário (CCB)


A Cédula de Crédito Bancário é um título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica,
em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando
promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito

q Exigência: a instituição credora deve integrar o SFN, sendo admitida a emissão da


Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior,
podendo ser emitida em moeda estrangeira
q Garantias: pode ser emitida com ou sem garantia real ou fidejussória
q Título: é um título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa,
líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor
demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente
q Transferência: pode ser transferida por meio de endosso, ou seja, o credor original
pode ceder seus direitos a terceiros, possibilitando a negociação do título no
mercado
Prof. Renan Duarte

Cédula de Crédito Bancário (CCB)

q Pode ser pactuado em uma CCB:


• Os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os critérios de sua incidência e,
se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como as despesas e
os demais encargos decorrentes da obrigação;
• Os critérios de atualização monetária ou de variação cambial como permitido
em lei;
• Os casos de ocorrência de mora e de incidência das multas e penalidades
contratuais, bem como as hipóteses de vencimento antecipado da dívida;
• Quando for o caso, a modalidade de garantia da dívida, sua extensão e as
hipóteses de substituição de tal garantia;
• As obrigações a serem cumpridas pelo credor.
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Cédula de Crédito Bancário (CCB)

q São exemplos de requisitos em uma CCB:


• A denominação "Cédula de Crédito Bancário”;
• A promessa do emitente de pagar a dívida em dinheiro, certa, líquida e
exigível no seu vencimento;
• A data e o lugar do pagamento da dívida e, no caso de pagamento parcelado,
as datas e os valores de cada prestação, ou os critérios para essa
determinação;
• O nome da instituição credora, podendo conter cláusula à ordem;
• A data e o lugar de sua emissão;
• A assinatura do emitente e, se for o caso, do terceiro garantidor da obrigação,
ou de seus respectivos mandatários.
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Nota de Crédito
A nota de crédito é um título representativo de uma dívida, emitido pelo devedor em favor
do credor, que evidencia um compromisso de pagamento de uma quantia específica em
dinheiro dentro de um prazo determinado

q Título de crédito: as notas de crédito são consideradas títulos de crédito (certos,


líquidos e exigíveis), podendo ser transferidas mediante endosso
q A principal diferença em relação as cédulas de crédito é a de que as cédulas podem
possuir garantias reais e as notas de crédito não
Questão 1
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

A cédula de crédito bancário é um título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa,
líquida e exigível, decorrente de operação de crédito de qualquer modalidade

C Certo

E Errado
Questão 2
Banca: CEBRASPE Ano: 2016 Prova: FUNPRESP-JUD

É permitido por lei que cédula de crédito bancário em favor de instituição domiciliada no exterior seja
emitida em moeda estrangeira

C Certo

E Errado
Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2013 Prova: BACEN

A cédula de crédito bancário (CCB), um título executivo extrajudicial, representa dívida em dinheiro, a qual
é certa, líquida e exigível e pode ser emitida com ou sem caução pessoal ou fiança

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: FCC Ano: 2011 Prova: Banco do Brasil

A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é

A um título de crédito judicial, dotado de liquidez, certeza e exigibilidade

B emitida sem prazo mínimo de vencimento

C um título com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

D negociável no mercado secundário

E emitida obrigatoriamente com garantia real


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Garantias do Sistema Financeiro Nacional


As garantias, no mercado financeiro, são utilizadas para assegurar o cumprimento de uma
obrigação, caso o devedor não honre com os pagamentos
q Existem dois tipos principais de garantias:
• Pessoais;
• Reais.
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Garantias Pessoais
Também chamadas de garantias fidejussórias, as garantias pessoais são aquelas prestadas
por pessoas, e não por bens

q São exemplos de garantias pessoais:


• Aval;
• Fiança.
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Aval

q A garantia do aval é o ato pelo qual terceira pessoa se responsabiliza pela obrigação
de pagamento constante do título de crédito
q São partes de um aval:
• Avalista: é quem presta a garantia do aval e se torna responsável da mesma
forma que o devedor avalizado;
• Avalizado: é quem recebeu a garantia do aval;
• Credor: é o beneficiário da dívida.
q O aval é utilizado exclusivamente para títulos de crédito (tais como nota
promissória, letra de câmbio, duplicata e cheque, entre outros), não sendo usado em
contratos
q No aval não há o benefício de ordem, isso porque, vencido o título de crédito, o
credor tem livre opção para executar o avalista antes mesmo do próprio devedor
emitente do título de crédito
• Obrigação Solidária: é possível dizer que o avalista se equipara ao próprio
devedor
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Aval

q Direito de Regresso: caso o avalista pague o débito, o mesmo tem o direito de


ingressar judicialmente para requerer que o devedor realize o ressarcimento dos
valores
q De acordo com o Código Civil, o aval não pode ser parcial, embora a legislação
especial permite o aval parcial para notas promissórias, cheques e letras de câmbio
q Além disso, para o aval basta simples assinatura no ANVERSO ou assinatura +
especificação de que se trata de aval no VERSO (por aval)
q Exige-se, sob pena de nulidade, a anuência do cônjuge no caso do aval, exceto se o
casamento for regido pela separação convencional de bens
• Essa regra vale apenas para os títulos de crédito atípicos, pois nos títulos
típicos, ou seja, aqueles que têm previsão em leis especiais (nota promissória,
cheque, duplicata e letra de câmbio) é dispensável a anuência do cônjuge.
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Fiança

q A fiança é um contrato, em que um terceiro passa a garantir pessoalmente, perante


o credor, a obrigação do devedor
q São partes de uma fiança:
• Fiador: é quem presta a fiança;
• Afiançado: é que recebeu a fiança;
• Credor: é o beneficiário da dívida.
q A fiança é um contrato firmado entre o fiador e o credor e pode ser estipulado
mesmo sem o consentimento do devedor ou contra sua vontade
q A fiança, para ser celebrada, exige forma escrita, pois é requisito para sua validade
a manifestação expressa e forma documentada, além disso, o fiador deve ser pessoa
idônea, domiciliar no município onde tenha que prestar a fiança e possuir bens
suficientes para cumprir a obrigação
q A fiança depende de autorização do cônjuge do fiador, exceto se forem casados com
separação total de bens
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Fiança

q Na fiança há o benefício de ordem, ou seja, na situação em que o devedor não


cumprir com a obrigação, o fiador pode exigir que o credor, primeiro, busque
satisfazer a dívida com os bens do devedor
• Obrigação subsidiária: diferentemente do aval, em que a responsabilidade é
solidária, na fiança, a obrigação é subsidiária, pois o fiador só terá seus bens
atingidos caso os bens do devedor não sejam suficientes para a quitação da
dívida;
• Contudo, o fiador pode renunciar ao benefício de ordem.
q É possível que haja mais de um fiador para um mesmo contrato, nesse caso, entre
fiadores não há benefício de ordem
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Aval Fiança

Partes Avalista Fiador


Avalizado Afiançado
Credor Credor
Se aplica em Títulos de Crédito Contratos

Consentimento do Não previsto na legislação A lei dispensa


Devedor
Exigência Formal Basta assinatura Exige forma escrita

Pode ser parcial? Em regra não pode, com Sim, desde que
exceção de notas especificada no contrato
promissórias, cheques e
letras de câmbio
Tipo de Solidária, sem benefício de Subsidiária, com benefício
Responsabilidade ordem (direito de regresso) de ordem
Autorização do Cônjuge Obrigatória para títulos Obrigatória
atípicos e dispensável para
títulos típicos
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Fiança Bancária

q A fiança bancária é um contrato de fiança, em que o banco é o fiador da operação,


ou seja, o banco garante o cumprimento da obrigação de seus clientes (afiançados)
perante um credor (beneficiário)
q A concessão dessa fiança acontece por meio da carta de fiança, a qual, por tratar-se
de uma garantia e não de uma operação de crédito, está isenta de IOF
q A fiança bancária, além do Código Civil, também deve seguir as regras do CMN e
do BACEN, pois envolve instituições financeiras
q São autorizados a emitir fiança bancária:

• Bancos múltiplos; • Sociedades de crédito,


financiamento e investimento;
• Bancos comerciais;
• Sociedades de crédito
• Bancos de investimento; imobiliário;
• Bancos de desenvolvimento; • Companhias hipotecárias;
• Caixas econômicas; • Cooperativas de crédito.
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Garantias Reais
Garantias reais são mecanismos que dão aos credores prioridade sobre bens específicos,
como casas, carros ou outros ativos, para assegurar que possam receber o pagamento de
uma dívida caso o devedor não cumpra sua obrigação

q São exemplos de garantias reais:


• Penhor mercantil;
• Alienação fiduciária;
• Hipoteca.
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Penhor

q O penhor ocorre quando se transfere algo para credor na intenção deste objeto
servir de garantia no caso da não quitação de uma dívida. O credor vai receber o
item de penhora se o pagamento não for efetuado
q O bem utilizado na penhora tem que ser necessariamente um bem móvel, definido
como todo bem que pode ser transportado sem alteração de sua substância ou da
destinação econômico-social
q Existem diferentes tipos de penhor, entre eles, o penhor mercantil, que se trata do
empenho de mercadorias e produtos, como máquinas e equipamentos, os quais
ficam em posse do devedor ou de um terceiro, mas são legalmente vinculados ao
credor como garantia
q Caso o devedor não cumpra com a obrigação, o bem empenhado é penhorado para
arcar com a dívida
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Alienação Fiduciária

q A alienação fiduciária é um tipo de garantia real em que o devedor, para garantir o


pagamento de um bem móvel ou imóvel, transfere a propriedade resolúvel e posse
indireta do bem
q Durante o pagamento da dívida, o devedor pode apenas usufruir do bem e utilizá-lo
para o fim a que se destina (posse direta), mas não possui a propriedade. A
propriedade só vem ao término do pagamento
q Diferentemente da hipoteca, nas garantias imóveis, o credor não precisa recorrer ao
judiciário em caso de inadimplência do devedor, uma vez que ele faz a
consolidação da posse diretamente em cartório (execução extrajudicial)
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Alienação Fiduciária

q Execução: após a consolidação da posse, com o bem em seu nome, o credor realiza
um leilão com lance mínimo no valor de avaliação do imóvel
• Não havendo comprador, é realizado um segundo leilão nos 15 dias
seguintes, agora com valor mínimo de lance correspondente ao valor da
dívida;
• Se mais uma vez não houver comprador, o bem passa para o patrimônio do
credor;
• Se o valor arrecadado for inferior à dívida, o devedor ainda terá que fazer o
pagamento do saldo restante;
• Qualquer valor conseguido pelo imóvel acima da dívida é devolvido para o
devedor;
• Se não houver comprador, ou se a venda for por um valor inferior à dívida, o
devedor não recebe nada.
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Hipoteca

q A hipoteca é um direito real de garantia incidente em coisa imóvel do devedor ou


de terceiros, sem transmissão da posse ou de propriedade ao credor, visando
garantir o pagamento de uma dívida originária de uma obrigação, perdurando tal
garantia enquanto a obrigação existe
q Como regra, podem ser objeto de garantia bens imóveis, o que inclui terrenos,
casas, apartamentos, jazidas, minas, entre outros. Além disso, o próprio Código
Civil estabelece que, embora sejam móveis, também podem ser objeto de hipoteca
navios e aeronaves
q A hipoteca é utilizada em contrato de empréstimos ou financiamentos imobiliários,
sendo comum que o devedor ofereça o próprio imóvel adquirido para garantir o
pagamento do empréstimo
q A hipoteca é um contrato acessório e depende de um contrato principal, devendo ser
registrada no cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se
referir a mais de um
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Hipoteca

q O Código Civil não proíbe que o imóvel hipotecado seja vendido pelo devedor,
nesse caso a hipoteca continuará valendo
q São hipóteses levantadas pelo Código Civil que extinguem a hipoteca:
• Perecimento da coisa: embora a dívida continue existindo;
• Renúncia do credor;
• Remição: é o pagamento para liberação da hipoteca que não consiste no
pagamento da obrigação principal;
• Arrematação: quando a garantia é executada, levada a leilão e vendida para
alguém;
• Adjudicação: quando a garantia é executada, levada a leilão e não é vendida,
passando, nessa situação, a propriedade do bem para o credor.
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Hipoteca

q Execução: é necessário que o credor da dívida acione judicialmente o devedor, para


que então o juiz determine que a garantia seja levada a leilão, onde se objetiva
vender o imóvel e arrecadar o valor necessário para pagar a dívida
• Se o valor levantado não for suficiente para quitar a dívida, o credor poderá
executar outros bens do devedor para quitar a dívida;
• Se ninguém comprar o imóvel, ocorrerá a adjudicação, passando a
propriedade do imóvel para o credor. Isso irá eximir o devedor de pagar o
valor da dívida que eventualmente exceder a avaliação do imóvel;
• É possível hipotecar mais de uma vez o mesmo imóvel, tendo preferência na
execução o credor que primeiro fez o registro (hipoteca de primeiro grau).
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Hipoteca

Penhor Mercantil Alienação Hipoteca


Fiduciária
Garantia Bens móveis Bens móveis e Bens imóveis
imóveis (aeronaves e
navios)
Posse do Bem Devedor Devedor Devedor

Propriedade do Devedor Credor Devedor


Bem
Execução Judicial Extrajudicial Judicial

Alienação durante Não permitida Não permitida Permitida


a vigência
Valor arrecadado Diferença pode ser Diferença pode ser Diferença pode ser
inferior a dívida cobrada do devedor cobrada do devedor cobrada do devedor
Questão 1
Banca: CESGRANRIO Ano: 2023 Prova: Banco do Brasil

No mercado de crédito, é comum financiar a aquisição de bens imóveis usando garantias para o acesso a
crédito com taxas de juros mais baixas.
Das opções de garantia permitidas para o financiamento imobiliário nomeadas abaixo, qual delas requer a
transferência do registro do imóvel para o credor?

A Hipoteca

B Penhor

C Alienação Fiduciária

D Aval

E Fiança
Questão 2
Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

Em garantia de empréstimo concedido pelo Banco W, Tereza deu um imóvel de sua propriedade ao credor.
A garantia constituída abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel e não impede a
proprietária de aliená-lo.
Com base nessas informações, a garantia prestada por Tereza é

A aval

B fiança bancária

C alienação fiduciária em garantia

D hipoteca

E anticrese
Questão 3
Banca: FGV Ano: 2018 Prova: Banestes

Alfredo contraiu uma dívida com o Banco X e assinou uma cédula de crédito bancário com o aval de João.
Em relação ao aval, é correto afirmar que o avalista

A passa a ser o único responsável pelo pagamento, exonerando o avalizado Alfredo de responsabilidade

responderá subsidiariamente pelo pagamento, na ausência de bens suficientes de Alfredo para pagar a
B dívida

torna-se devedor solidário pelo pagamento perante o Banco X, podendo esse cobrar a dívida tanto dele
C quanto do avalizado

não se obriga pelo pagamento porque é nulo aval prestado em favor de instituição financeira, caso do
D Banco X

responderá pelo pagamento solidariamente com Alfredo, desde que esse celebre simultaneamente
E contrato de fiança com o Banco X
Questão 4
Banca: CEBRASPE Ano: 2018 Prova: BNB

A hipoteca é um direito real de garantia sobre bens imóveis; por isso, não se aplica a aeronaves e navios,
que têm natureza móvel

C Certo

E Errado
Questão 5
Banca: FGV Ano: 2014 Prova: BNB

Com relação à diferença entre aval e fiança, é correto afirmar que

A o aval é uma garantia pessoal, enquanto a fiança é uma garantia real

B o aval é uma garantia real, enquanto a fiança é uma garantia pessoal

o aval é uma garantia constituída em um título de crédito, enquanto a fiança é uma garantia
C estabelecida em contrato ou carta

D no aval, o credor pode acionar diretamente o avalista, enquanto na fiança se aciona o fiel depositário

E o aval precisa da assinatura do cônjuge, enquanto a fiança não tem essa exigência
Questão 6
Banca: FCC Ano: 2013 Prova: Banco do Brasil

A operação por meio da qual a instituição financeira garante em contrato, perante terceiros, o cumprimento
de obrigações decorrentes de riscos assumidos por parte do seu cliente é denominada

A fiança bancária

B penhor mercantil

C alienação fiduciária

D adiantamento de contrato de câmbio

E aval
Questão 7
Banca: FCC Ano: 2013 Prova: Banco do Brasil

O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro
Nacional na formalização de operações de crédito em que

A haja dispensa de fiel depositário

B o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado

C esse direito recaia sobre bens móveis

D o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor

E os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira


Questão 8
Banca: FCC Ano: 2012 Prova: Banco do Brasil

Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas
operações e salvaguardar seus ativos.
Qual o tipo de operação que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em
que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor

A Hipoteca

B Fiança bancária

C Alienação fiduciária

D Penhor

E Aval bancário
Questão 9
Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias fidejussórias

C Certo

E Errado
Questão 10
Banca: CEBRASPE Ano: 2007 Prova: Banco do Brasil

São garantias reais a hipoteca, o penhor, a alienação fiduciária e a fiança. O aval é uma garantia pessoal

C Certo

E Errado
@renanduartephy

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Duplicatas
Duplicatas são títulos de crédito usados em transações comerciais. Elas representam um
direito de cobrança de uma dívida por venda de mercadorias ou prestação de serviço

q Título de crédito: são documentos que representam uma dívida


q Base em transações comerciais: são emitidas após a venda de mercadorias ou
prestação de serviços
q Aceite do comprador: devem ser aceitas (assinadas) pelo comprador, confirmando
a obrigação de pagamento
q Vencimento: possuem uma data de vencimento estabelecida para o pagamento
q Negociação: são negociáveis e podem ser transferidas a terceiros (endosso)
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Notas Promissórias
Notas promissórias são títulos de crédito que representam uma promessa de pagamento de
uma quantia de dinheiro por parte do emitente (pessoa que cria a nota) para um
beneficiário nomeado ou portador da nota

q Título de crédito: são documentos que representam uma dívida


q Unilateralidade: emitidas apenas pelo devedor, sem a necessidade de aceite pelo
credor
q Vencimento: possuem uma data de vencimento estabelecida para o pagamento (se
não estiver preenchido, considera exigível à vista)
q Negociação: são negociáveis e podem ser transferidas a terceiros (endosso)
q Sem vinculação comercial: podem ser usadas independentemente de uma
transação de venda ou serviço
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Cheques
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, em que o emissor dá uma ordem para o
banco fazer o pagamento de um determinado valor ao beneficiário

q A operação com cheque envolve 3 agentes:


• Emitente (emissor ou sacador): aquele que emite o cheque;
• Beneficiário (emissário ou sacado): pessoa que recebe o cheque como pagamento;
• Sacado: banco onde está depositado o dinheiro do emitente e que fará o pagamento do
cheque ao beneficiário.
q Título: é considerado um título de crédito, pois representa o reconhecimento de
uma dívida por parte do emissor, podendo ser protestado ou executado em juízo
q Ordem de pagamento à vista: deve ser pago no momento de sua apresentação no
banco. A prescrição é de 180 dias contados a partir da data de emissão registrada no
cheque
q Cheque pré-datado: é aquele em que o emissor informa uma data futura para
pagamento ao beneficiário, embora possa ser descontado pelo beneficiário antes da
data definida. Nesse caso, pode haver indenização de danos morais, se o emitente se
sentir prejudicado
Questão 1
Banca: FUNDATEC Ano: 2019 Prova: Prefeitura de Salvador das Missões

O título de crédito que constitui ordem de pagamento emitida pelo vendedor de determinada mercadoria ou
prestador de um serviço a terceiro é o que se denomina

A Cheque pré-datado

B Duplicata

C Fatura

D Letra de Câmbio

E Nota Promissória
Questão 2
Banca: IESES Ano: 2016 Prova: JT-PA

Dentre os referidos títulos de crédito (Nota Promissória, Letra de Câmbio, Cheque e Duplicata) são
denominados ordem de pagamento

A Apenas a letra de câmbio e o cheque

B A Nota Promissória, a Letra de Câmbio, a Duplicata e o Cheque

C Apenas o cheque

D Apenas a letra de câmbio, a duplicata e o cheque


Questão 3
Banca: CEBRASPE Ano: 2013 Prova: Polícia Federal

O denominado cheque pré-datado, apesar de usual no comércio brasileiro, não está previsto na legislação,
segundo a qual o cheque é uma ordem de pagamento à vista, estando a instituição bancária obrigada a pagá-
lo no ato de sua apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo pagamento
imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data futura

C Certo

E Errado
Questão 4
Banca: QUADRIX Ano: 2012 Prova: CREFONO

Embora o cheque seja uma ordem de pagamento à vista, uma das práticas adotadas hoje em dia é a emissão de cheque pré-datado. Se
aceito um cheque nestas condições, este deve ser objeto de controle adequado para que só seja apresentado na data pactuada com o seu
emitente. Entretanto, se por um descontrole interno, o cheque for depositado antes da data prevista, o banco sacado deverá efetuar o seu
pagamento ou devolvê-lo se não tiver fundos, deixando claro que o cheque foi devolvido por falta de fundos na conta do emitente. Qual
consequência poderá advir se o cheque for devolvido por falta de fundos ocasionada por apresentação antecipada do cheque pré-datado?

A O emitente deverá emitir um novo cheque

B O emitente poderá entender que foi objeto de dano moral e exigir reparação perante a justiça

C O cheque poderá ser reapresentado novamente e imediatamente

D O credor do cheque perderá o direito de receber a importância devida

E Não haverá qualquer consequência


@renanduartephy

Renan Duarte
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Banco do Nordeste (BNB)


O Banco do Nordeste foi criado pela Lei Federal nº 1649, de 19.07.1952, para atuar no
chamado Polígono das Secas, designação dada a perímetro do território brasileiro
atingido periodicamente por prolongados períodos de estiagem. A empresa assumia então
a atribuição de prestação de assistência às populações dessa área, por meio da oferta de
crédito

q Expansão: desde sua criação, o BNB expandiu sua área de atuação para cerca de
2.000 municípios, abrangendo os nove estados do Nordeste, além de partes do norte
de Minas Gerais e do Espírito Santo
q Desenvolvimento regional: reconhecido como a maior instituição da América
Latina voltada para o desenvolvimento regional, o BNB opera como órgão executor
de políticas públicas, especialmente com a operacionalização do Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)
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Legislação Básica

q O Banco do Nordeste do Brasil S.A. é uma instituição financeira múltipla,


organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de capital aberto e tem
mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo Federal
q Sede: desde sua criação, o BNB tem sede na cidade de Fortaleza, no Ceará
q Regime jurídico: direito privado
q Objeto social: a promoção do desenvolvimento e a circulação de bens por meio da
prestação de assistência financeira, de serviços, técnica e de capacitação a
empreendimentos de interesse econômico e social
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Legislação Básica

q Empregados: o regime trabalhista dos empregados do BNB segue a Consolidação


das Leis do Trabalho (CLT). Isso significa que os empregados não têm estabilidade
no emprego garantida pela Constituição aos servidores públicos estatutários
q Justiça competente: eventuais litígios trabalhistas de empregados de sociedades de
economia mista são de competência da Justiça do Trabalho
q Licitação: o BNB está sujeito ao regime de licitações conforme estabelece a Lei
14.133/21 e a Lei das Estatais (Lei 13.303/2016). A licitação é obrigatória, mas
pode ser dispensada ou inexigível em casos específicos previstos em lei, como em
casos de inviabilidade de competição
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Legislação Básica

q Atualmente, o BNB é administrado por uma diretoria composta de 7 membros,


sendo 1 Presidente e 6 Diretores:
• Diretoria de Administração;
• Diretoria de Ativos de Terceiros;
• Diretoria de Controle e Risco;
• Diretoria de Negócios;
• Diretoria de Planejamento;
• Diretoria Financeira e de Crédito.
q Os membros da Diretoria Executiva tem prazo de gestão unificado de 2 anos, sendo
permitidas, no máximo 3, reconduções consecutivas
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Legislação Básica

q Vedações: ao BNB é vedado, além das proibições fixadas em lei:


• Realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras instituições
financeiras;
• Conceder financiamentos, empréstimos ou adiantamentos a membros do
Conselho de Administração e dos Comitês a ele vinculados, da Diretoria
Executiva, do Conselho Fiscal, bem como aos respectivos cônjuges e
parentes até o 2º grau, salvo em caso de operações realizadas em condições
compatíveis com as de mercado;
• Comprar ou vender bens de qualquer natureza às pessoas acima identificadas;
• Participar do capital de outras sociedades, salvo se, observadas as
disposições legais, em percentuais iguais ou inferiores:
• a 15% do patrimônio líquido do próprio Banco, para tanto considerada
a soma dos investimentos da espécie;
• a 10% do capital da sociedade participada.
• Emitir ações de fruição, debêntures e partes beneficiárias.
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Legislação Básica

q Assembleia Geral: é o órgão máximo do BNB, com poderes para decidir sobre
todos os negócios de interesse do Banco. É realizada, de forma ordinária, uma vez
por ano e extraordinariamente, sempre que os interesses sociais, a legislação ou as
disposições do Estatuto Social exigirem
• A Assembleia Geral é composta pelos acionistas com direito de voto.
q Além da Assembleia Geral, o BNB tem os seguintes órgãos estatutários
responsáveis pela Administração do Banco:
• Conselho de Administração;
• Diretoria Executiva;
• Conselho Fiscal;
• Comitê de Auditoria;
• Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração;
• Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital.
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Legislação Básica

q Conselho de administração: órgão de deliberação estratégica composto por


membros eleitos pela Assembleia Geral, responsável por definir a orientação geral
dos negócios do banco, eleger e destituir membros da Diretoria Executiva, fiscalizar
a gestão do banco e aprovar políticas e planos estratégicos
q Diretoria Executiva: órgão de administração e representação do banco,
responsável pela execução das políticas e diretrizes estabelecidas pelo Conselho de
Administração. É composto por um mínimo de cinco e um máximo de sete
Diretores Executivos, incluindo o Presidente, todos eleitos e destituídos pelo
Conselho de Administração
q Conselho Fiscal: órgão de fiscalização da gestão financeira do banco, eleito pela
Assembleia Geral. Responsável por monitorar as atividades financeiras e contábeis,
assegurando a conformidade com as leis e regulamentos
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Legislação Básica

q Comitê de auditoria: fornece suporte ao Conselho de Administração, com funções


relacionadas à auditoria e regulamentos aplicáveis, possui autonomia operacional e
é composto majoritariamente por membros independentes. É responsável por
avaliar a independência e qualidade dos serviços de auditores independentes, além
de monitorar a integridade dos mecanismos de controle interno e das demonstrações
financeiras
q Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração: presta assessoria
aos acionistas e ao Conselho de Administração nos processos de indicação,
avaliação de sucessão e remuneração dos administradores e membros de órgãos
estatutários
q Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital: presta assessoria ao Conselho
de Administração na gestão de riscos e de capital, incorporação da sustentabilidade
na estratégia dos negócios e monitoramento de sua evolução, além de propor e
acompanhar iniciativas que melhorem o desempenho socioambiental do Banco
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Legislação Básica
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Fontes de Recursos

q O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo BNB desde a criação dos
fundos constitucionais federais, em 1989. Sua aplicação volta-se à redução da
pobreza e das desigualdades inter e intrarregionais, por meio do financiamento de
setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento,
instrumento elaborado de forma conjunta por órgãos federais e estaduais
• Dos recursos totais do FNE aplicados anualmente pelo BNB na Região, pelo
menos metade destina-se ao Semiárido. Mini, micro e pequenos
empreendedores são clientes preferenciais e há conjugação do crédito com a
assistência técnica.
q Além dos recursos federais, o BNB tem acesso a outras fontes de financiamento nos
mercados interno e externo, por meio de parcerias e alianças com instituições
nacionais e internacionais, incluindo instituições multilaterais, como o Banco
Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
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Programas e Inciativas

q Crediamigo:
• É um programa de microfinanças, sendo considerado um dos maiores do tipo
na América do Sul. Ele é uma iniciativa do BNB, que visa oferecer crédito
produtivo e orientado para microempreendedores individuais e pequenos
empresários que muitas vezes não têm acesso ao sistema bancário tradicional
devido à falta de garantias ou histórico creditício;
• Lançado em 1998, o Crediamigo tem como objetivo promover a inclusão
financeira e o desenvolvimento econômico ao fornecer não apenas crédito,
mas também suporte técnico e acompanhamento aos seus clientes. Os
empréstimos são destinados a financiar atividades produtivas, como
expansão de pequenos negócios, compra de mercadorias, matérias-primas,
equipamentos e melhorias das condições de trabalho;
• Em 2016, o programa alcançou a marca de 2 milhões de clientes ativos.
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Programas e Inciativas

q Agroamigo:
• É um programa de microfinanças rurais desenvolvido pelo BNB com o
objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do meio rural na região
Nordeste do Brasil, incluindo o norte de Minas Gerais e o Espírito Santo;
• Lançado em 2005, o programa visa atender de forma diferenciada e
especializada os agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), oferecendo crédito
orientado, acompanhamento e assistência técnica;
• A estrutura do Agroamigo é projetada para facilitar o acesso ao crédito por
parte dos agricultores familiares, oferecendo condições favoráveis como
taxas de juros reduzidas, prazos de pagamento adaptados ao ciclo produtivo
das atividades financiadas e garantias flexibilizadas;
• Atualmente, o Agroamigo já ultrapassa a marca de 1 milhão de clientes.
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Programas e Inciativas

q Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene):


• O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE) é um
órgão de pesquisa vinculado ao BNB, criado com o objetivo de prover
suporte técnico e estudos econômicos que fundamentem o planejamento e a
execução de políticas de desenvolvimento para a região Nordeste do Brasil;
• O ETENE desempenha um papel importante na formulação de estratégias
que visam à redução das desigualdades regionais e ao estímulo do
crescimento econômico sustentável no Nordeste;
• As atividades do ETENE abrangem a realização de pesquisas e estudos sobre
diversos aspectos econômicos, sociais e ambientais da região, oferecendo um
embasamento científico para a tomada de decisões e a implementação de
projetos de desenvolvimento;
• Entre suas principais áreas de atuação estão a análise de conjuntura
econômica, estudos setoriais, avaliação de políticas públicas,
desenvolvimento de indicadores socioeconômicos e a promoção de debates e
seminários sobre temas relevantes para o desenvolvimento regional.
Prof. Renan Duarte

Programas e Inciativas

q HUB Inovação Nordeste (Hubine):


• O HUB de Inovação Nordeste (Hubine) é uma iniciativa do BNB criada para
fomentar a cultura de inovação e o ecossistema de empreendedorismo na
região Nordeste do Brasil;
• O Hubine atua como um catalisador, conectando startups, empreendedores,
investidores, instituições de pesquisa e desenvolvimento, empresas e o poder
público para promover o desenvolvimento tecnológico e inovador na região;
• Através de programas de aceleração, eventos, workshops, mentorias e apoio
ao desenvolvimento de negócios inovadores, o Hubine busca estimular a
criação e o crescimento de empresas que possam contribuir para a solução
dos desafios socioeconômicos do Nordeste, além de incentivar a geração de
emprego e renda;
• A iniciativa visa também fortalecer a capacidade competitiva das empresas
locais, promovendo a adoção de novas tecnologias e processos inovadores.
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Programas e Inciativas

q Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci):


• O Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci) é uma
iniciativa do BNB destinada a apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento
e inovação que contribuam para o desenvolvimento sustentável da região
Nordeste do Brasil;
• Criado em 1968, o FUNDECI tem como objetivo financiar projetos que
promovam a inovação tecnológica, o desenvolvimento de novos produtos,
processos ou serviços, e a modernização tecnológica de setores estratégicos
para a economia regional;
• Os recursos do FUNDECI são destinados a financiar projetos em diversas
áreas, incluindo agricultura, indústria, recursos hídricos, meio ambiente,
energia, saúde e tecnologia da informação, entre outras. O fundo oferece
condições favoráveis para o financiamento de projetos, incluindo taxas de
juros reduzidas, prazos de carência e de pagamento adaptados às
características dos projetos, além de apoio técnico durante a execução dos
mesmos.
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

Leia atentamente o texto a seguir:

“O Banco do Nordeste do Brasil S. A. é o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina e


diferencia-se das demais instituições financeiras pela missão que tem a cumprir: atuar, na capacidade de
instituição financeira pública, como agente catalisador do desenvolvimento sustentável do Nordeste,
integrando-o na dinâmica da economia nacional. Sua visão é a de ser referência como agente indutor do
desenvolvimento sustentável da Região Nordeste. Sua preocupação básica é executar uma política de
desenvolvimento ágil e seletiva, capaz de contribuir de forma decisiva para a superação dos desafios e para
a construção de um padrão de vida compatível com os recursos, potencialidades e oportunidades da
Região"
(http://www.bnb.gov.br/content/aplicacal/o_banco/pr...,2010)
Questão 1
Banca: ACEP Ano: 2010 Prova: BNB

Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA

O pessoal do BNB se submete ao regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Apesar desse vínculo de natureza contratual, eventuais litígios trabalhistas entre o BNB e seus empregados serão
A processados e julgados na Justiça Federal, já que o BNB é uma empresa pública Federal que integra a chamada Administração
Indireta
A licitação, em regra, é obrigatória para o BNB. No entanto, a licitação será inexigível se, havendo inviabilidade de competição, o
B BNB quiser contratar serviços técnicos profissionais especializados de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização para dar continuidade ao seu Programa de Desenvolvimento Gerencial

Os empregados do BNB, aprovados por concurso público, gozam da estabilidade após três anos de efetivo exercício no cargo.
C Ademais, podem acumular seus empregos com cargos ou funções púbicas por não seguirem o chamado regime estatutário e sim o
regime trabalhista

Por ser uma sociedade de economia mista, com personalidade jurídica de direito privado, o BNB não firma contratos
D administrativos, mas tão somente contratos de natureza civil. O BNB tampouco se submete ao controle e à fiscalização do
Congresso Nacional, dado o seu regime jurídico ser próprio ao das empresas privadas

Todos os bens que integram o patrimônio do BNB são públicos, e não privados, daí a existência da prerrogativa de
E impenhorabilidade de seus bens
@renanduartephy

Renan Duarte
Prof. Renan Duarte

Ética
A ética é definida como conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa, que estão
ligados à prática do bem e da justiça, aprovando ou desaprovando a ação do homem, de
um grupo social ou de uma sociedade

q A palavra ética vem do grego “ethos” e significa “modo de ser”


q A ética busca responder a questões sobre o que é viver bem e fazer o bem,
explorando os fundamentos dos julgamentos e das escolhas morais
Prof. Renan Duarte

Ética: Características

q Universalidade: a ética busca estabelecer princípios e diretrizes que se aplicam a


todos, independentemente de onde vivem ou de suas culturas. Ela procura
fundamentos morais que possam ser universalmente aceitos, sugerindo que, apesar
das nossas diferenças, existe uma base comum de valores e noções de certo e errado
que podemos compartilhar
q Teórica: a ética é predominantemente teórica, o que significa que se concentra em
desenvolver e discutir ideias, princípios e teorias sobre a moralidade. Essa
abordagem enfatiza a reflexão sobre os fundamentos do que consideramos ser o
comportamento correto e a busca por uma compreensão mais profunda das razões
por trás das nossas decisões morais
q Especulativa: a especulação na ética permite explorar possibilidades, questionar o
status quo e considerar cenários futuros ou hipotéticos para compreender melhor as
implicações morais das nossas ações. Ao especular, a ética nos encoraja a pensar
além das situações imediatas e a considerar as consequências a longo prazo de
nossas escolhas
q Investigativa: a ética envolve um processo ativo de questionamento, análise e
reflexão sobre questões morais
Prof. Renan Duarte

Moral
A moral compreende o conjunto de regras, costumes e valores que orientam o
comportamento dos indivíduos dentro de uma sociedade

q Estas normas são adquiridas e transmitidas culturalmente, variando entre diferentes


comunidades e períodos históricos
q A moral é mais prática e está relacionada ao comportamento concreto das pessoas,
representando o "código de conduta" que é seguido em uma comunidade ou grupo
social específico
Prof. Renan Duarte

Moral: Características

q Prática: a moral, em sua essência, é prática, pois se refere diretamente às ações e


decisões do dia a dia. Ela não é apenas um conjunto de teorias sobre como as
pessoas deveriam se comportar, mas sim a expressão real desses comportamentos
nas atividades cotidianas
q Normativa: a moral estabelece normas que guiam o comportamento das pessoas,
indicando o que é considerado certo ou errado, bom ou mau em determinados
contextos sociais. Ela fornece um padrão de conduta que é esperado dos membros
de uma comunidade
q Relatividade: a moral é relativa, variando significativamente entre diferentes
culturas, sociedades e até mesmo em diferentes períodos históricos dentro da
mesma sociedade. O que é considerado moral em um contexto pode não ser visto da
mesma forma em outro
q Mutabilidade: embora a moral tenha uma certa estabilidade para garantir a ordem
social, ela também é mutável e se adapta ao longo do tempo. As mudanças nas
normas morais podem ocorrer devido a transformações sociais, avanços
tecnológicos ou debates filosóficos e éticos
Prof. Renan Duarte

Valores
Valores são princípios ou padrões de comportamento que as pessoas consideram
importantes na vida

q Os valores podem incluir conceitos amplos como justiça, liberdade, igualdade,


amor, segurança, e respeito, entre outros
q Eles são formados e influenciados por uma variedade de fatores, incluindo a
cultura, a educação, a experiência pessoal e o contexto social
q Valores não são estáticos; eles podem mudar ao longo do tempo à medida que as
pessoas reavaliam suas prioridades e enfrentam novas experiências
Prof. Renan Duarte

Virtudes
Virtudes são qualidades de caráter consideradas boas ou desejáveis em uma pessoa. Elas
representam os aspectos positivos do caráter humano que são promovidos e valorizados
dentro de uma cultura ou sociedade

q As virtudes incluem traços como honestidade, coragem, compaixão, generosidade,


fidelidade, sabedoria e temperança
q Ser virtuoso implica em possuir e demonstrar regularmente essas qualidades em sua
conduta, contribuindo assim para o bem-estar próprio e da comunidade
Prof. Renan Duarte

Sintetizando

q Ética: campo de estudo que investiga os princípios que norteiam o julgamento


sobre o que é moralmente correto ou errado. É teórica, focada na reflexão sobre a
moralidade e na busca de fundamentos universais para o comportamento humano
q Moral: conjunto de regras, costumes e valores específicos de uma sociedade ou
grupo que orientam o comportamento das pessoas, determinando o que é
considerado certo ou errado naquele contexto. É prática e relativa, variando de
acordo com a cultura e a época
q Valores: princípios ou padrões de comportamento que as pessoas consideram
importantes em suas vidas. São os alicerces sobre os quais se constrói a moral e a
ética, influenciando as escolhas e as ações individuais
q Virtudes: qualidades de caráter consideradas boas ou desejáveis em uma pessoa,
como honestidade, coragem, compaixão e justiça. São os traços positivos que
guiam a conduta individual em direção ao bem moral
Prof. Renan Duarte

Ética Empresarial
Ética empresarial é o conjunto de princípios e padrões morais que guiam o
comportamento das empresas. Ela aborda como uma empresa deve agir diante de dilemas
morais e éticos, considerando o impacto de suas decisões sobre empregados, clientes,
meio ambiente e sociedade

q Responsabilidade Social Corporativa (RSC): é a prática de empresas


contribuírem para a melhoria da sociedade e do meio ambiente, indo além do
objetivo de lucro. Ela reflete o compromisso da empresa em ser socialmente
responsável e sustentável, considerando os efeitos de suas operações no mundo ao
redor
q Governança Corporativa: diz respeito às práticas e políticas que determinam
como uma empresa é administrada e controlada. Ela enfatiza a transparência, a
prestação de contas e a equidade, assegurando que os interesses de todos os
stakeholders sejam considerados nas decisões da empresa
q Relações com clientes e fornecedores: conduzir negociações de forma justa e
transparente, respeitando os termos dos contratos e garantindo a qualidade e a
segurança dos produtos e serviços oferecidos
Prof. Renan Duarte

Ética Profissional
Ética profissional é o conjunto de princípios e normas de conduta que regem o
comportamento dos indivíduos em seu ambiente de trabalho. Ela orienta profissionais a
agirem de maneira íntegra e responsável, garantindo a qualidade de seus serviços e a
confiança de clientes e da sociedade

q Padrões profissionais: estabelece regras específicas de conduta para diferentes


profissões, promovendo a competência, a honestidade e a responsabilidade
q Conflito de interesses: identifica e gerencia situações onde os interesses pessoais
do profissional podem conflitar com os deveres para com os clientes ou a
sociedade. A ética profissional requer que esses conflitos sejam resolvidos de forma
a preservar a imparcialidade e a justiça
q Confidencialidade: obriga os profissionais a manterem a confidencialidade das
informações obtidas no exercício de sua profissão, protegendo a privacidade dos
clientes e a integridade dos dados
Prof. Renan Duarte

Ética nas Empresas Públicas e Privadas


A gestão da ética nas empresas públicas e privadas pretende promover uma cultura
organizacional íntegra e transparente, assegurando que todas as atividades e decisões
estejam alinhadas com valores éticos e princípios morais, visando o bem-estar dos
stakeholders e a sustentabilidade do negócio a longo prazo

q São exemplos de práticas recomendadas:


• Criação e instituição de um Código de Ética;
• Instituir mecanismos necessários para ações de disseminação e treinamento
de conteúdo ético;
• Assegurar a participação da Comissão de Ética em quaisquer atividades de
planejamento que visem ao combate à fraude e à corrupção;
• Garantir autonomia a Comissão de Ética, que não deve estar submetida
hierarquicamente à alta administração no organograma da entidade;
• Estabelecer uma política de prevenção ao conflito de interesses.
Questão 1
Banca: IDHTEC Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Ilha de Itamaracá

No campo da ética profissional, um código de valores capaz de guiar a conduta do homem e suas
respectivas escolhas e decisões, permitindo julgamento do certo ou do errado, do bem ou mal, é
denominado

A moralidade

B solidariedade

C subsidiariedade

D consciência

E consenso
Questão 2
Banca: IMPARH Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Pedra Branca

Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma
sociedade. É o conceito de

A Ética

B Moral

C Legalidade

D Bons costumes
Questão 3
Banca: IDHTEC Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Ilha de Itamaracá

Sobre ética no ambiente de trabalho, qual das opções a seguir reflete adequadamente uma regra de boa
convivência?

Adotar uma abordagem individualista, considerando que problemas em qualquer parte da instituição
A são responsabilidade exclusiva de cada pessoa

B Mostrar cortesia apenas ao chefe, uma vez que ele é responsável pelo pagamento do salário

Estabelecer um bom relacionamento com colegas e superiores, organizando festas de confraternização


C semanalmente

Demonstrar humildade, porém não é necessário buscar aprendizado por meio da troca de experiências
D com os colegas

Praticar a empatia, reconhecendo as diferentes perspectivas e necessidades dos colegas, contribuindo


E para um ambiente de trabalho colaborativo e respeitoso
Questão 4
Banca: FGV Ano: 2023 Prova: Prefeitura de Niterói

A respeito das expectativas sobre a conduta ética e profissional de um agente administrativo, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para a falsa.
( ) Ser hábil nas relações interpessoais, demonstrando aptidão ao diálogo e à negociação. ( ) Ter fluência oral e escrita, expressando-se de
forma clara e cortês. ( ) Estar aberto à aprendizagem de novas competências, apresentando flexibilidade e capacidade de adaptação.
As afirmativas são, respectivamente

A F–V–F

B F–V–V

C V–F–F

D V–V–V

E F – F – V.
Questão 5
Banca: QUADRIX Ano: 2023 Prova: FSNH

Considerando a ética no serviço público, assinale a alternativa correta

A moral representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou seja, refere-se ao conjunto de
A valores e de costumes mais ou menos permanente no tempo e no espaço

B A ética determina nosso comportamento por meio de um sistema de prescrição de conduta

O termo ética significa caráter, disciplina filosófica, os fundamentos da moralidade e os princípios


C ideais da ação humana
A ética está intimamente relacionada ao dia a dia no qual estamos inseridos, isto é, relacionada com o ambiente, com a
D cultura, com as pessoas de determinada realidade e com os valores que são considerados como certos e que são aceitos
justamente por aquelas pessoas

E Os problemas éticos surgem quando a pessoa precisa adotar determinados valores e tomar sua decisão
Questão 6
Banca: QUADRIX Ano: 2021 Prova: CRBM

A ética é cultural, enquanto a moral é universal

C Certo

E Errado
Questão 7
Banca: QUADRIX Ano: 2020 Prova: CRN

A virtude constitui o conjunto ideal de qualidades essenciais ao indivíduo de bem

C Certo

E Errado
Questão 8
Banca: QUADRIX Ano: 2019 Prova: CREF

A moral é influenciada por fatores sociais e históricos, não sendo admitidas diferenças entre os conceitos
morais de um grupo para com outro, já que a moral é universal e absoluta

C Certo

E Errado
Questão 9
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

A ética profissional diz respeito às regras morais que os indivíduos devem observar em suas atividades
laborais com o fim de valorizar sua profissão e atender adequadamente àqueles que deles dependam

C Certo

E Errado
Questão 10
Banca: CEBRASPE Ano: 2014 Prova: Caixa

A ética empresarial e profissional é exigida pela sociedade, que espera que as organizações tenham
transparência em suas ações

C Certo

E Errado
Questão 11
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

Um dirigente de organismo financeiro internacional privilegiou, em promoção na carreira, pessoa com


quem manteve relacionamento afetivo por determinado período.
À luz das normas de conduta ética, tal atitude

é corriqueira e depende da cultura de cada instituição, que define os comportamentos dos indivíduos
A segundo as relações de poder

é inaceitável nas empresas que editam códigos de ética, uma vez que discriminam sem utilizar
B critérios objetivos, mas pessoais

é aceitável, mesmo quando existe código de ética, porque os dirigentes das instituições financeiras são
C livres para promover quem queiram

seria aceitável se o comitê de promoção adotasse os mesmos critérios para todas as relações afetivas
D dos dirigentes

E realiza o principio da pessoalidade que deve ser aplicado nas relações empresariais
Questão 12
Banca: CESGRANRIO Ano: 2012 Prova: Caixa

Dentre as situações abaixo enumeradas, qual caracteriza comportamento adequado, de acordo com a ética
empresarial e profissional?

O contador da empresa omitiu dados contábeis para que o lucro da empresa fosse considerado como o
A previsto pelo mercado financeiro

O presidente de uma instituição financeira recebeu da empresa com quem a instituição mantém
B negócios implementados pagamentos de viagens e de hospedagem em hotéis luxuosos no exterior

O diretor-presidente da empresa YYY cobrava comissões de todas as empresas que firmavam


C contratos com aquela que era por ele dirigida

Os membros da diretoria de uma empresa, em busca de lucro maior, procederam à reorganização da


D empresa com corte de empregos ocupados por empregados que não produziam adequadamente

Um dos gerentes da empresa WW contratou, para prestar serviços vultosos, uma empresa vinculada a
E parentes de sua esposa, sem cotação de preços

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