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Segunda lista de Economia Monetária

Guilherme Leão Toledo Cesar

#1:
Os três fatores condicionantes do limite da expansão dos bancos comerciais são:
• Open Market: operações de compra e venda de títulos públicos pelo Banco Central no
mercado aberto. Quando o Banco Central compra títulos, injeta dinheiro na economia,
aumentando a base monetária. Quando vende títulos, retira dinheiro da economia, diminuindo
a base monetária.
• Redesconto: é o empréstimo de curto prazo concedido pelo Banco Central aos bancos
comerciais. Ao conceder o redesconto, o Banco Central aumenta a liquidez dos bancos
comerciais e, consequentemente, a base monetária.
• Depósito compulsório: é a reserva que os bancos comerciais são obrigados a manter junto ao
Banco Central. Ao aumentar ou diminuir a taxa de depósito compulsório, o Banco Central
influencia a quantidade de dinheiro que os bancos comerciais podem criar por meio do
processo de multiplicação monetária.

#2:
A base monetária pode ser decomposta em fatores de expansão e contração. As principais operações
que geram expansão da base monetária são:
• Operações com Câmbio: Quando o Banco Central compra moeda estrangeira, ele paga com
sua própria moeda, aumentando a base monetária.
• Operações com Títulos Públicos: Quando o Banco Central compra títulos públicos, ele paga
com dinheiro, aumentando a base monetária.
• Operações do Tesouro Nacional: Quando o Tesouro Nacional emite dívida e o Banco Central
compra esses títulos, ele aumenta a base monetária.
• Operações com o Sistema Financeiro: O Banco Central pode fornecer empréstimos de curto
prazo aos bancos comerciais, aumentando a base monetária.

#3:
O grau de independência do Banco Central afeta o controle da base monetária, pois um Banco
Central mais independente tem maior autonomia para tomar decisões sobre política monetária sem
interferência política. Isso permite ao Banco Central implementar medidas de controle da base
monetária de forma mais eficaz e consistente com seus objetivos de estabilidade de preços e
estabilidade financeira. No entanto, o grau de independência do Banco Central também precisa ser
equilibrado com a necessidade de prestação de contas e transparência para garantir que suas ações
sejam conduzidas de forma responsável e em conformidade com os interesses públicos.

#4:
k = 1/1-d(1-r) => k = 1/1-0,8(1-0,45) => k = 1/0,56 => k = 1,786
M = k*Bm => M = 1,786*35 Bi => M = 62,5 Bi

50 Bi = 1,786*Bm => Bm = 28 Bi
Bm(1) > Bm(2) => 35 Bi > 28 Bi => 28 Bi - 35 Bi= - 7 Bi
O BACEN deve vender títulos para reduzir a liquidez da economia

#5:
Segundo a versão renda, a quantidade de moeda em circulação afeta diretamente o nível de preços
na economia, mantendo a velocidade de circulação da moeda e o volume de transações constantes.
Na versão renda, a velocidade de circulação da moeda é considerada constante. Portanto, a relação
entre a quantidade de moeda e o nível de preços é direta e linear. Já na versão de Cambridge, a
velocidade de circulação da moeda é tratada como variável. Isso implica que alterações na
quantidade de moeda podem afetar tanto o nível de preços quanto a quantidade de bens e serviços
produzidos, através de mudanças na velocidade de circulação da moeda.

#6:
Os 5 postulados básicos da TQM são:
• Proporcionalidade entre moeda e preços: independência entre a velocidade da circulação
da moeda e da quantidade de transações

• Direção da causalidade entre moeda e preços: a quantidade de moeda impacto os preços,


não o cotrário

• Neutralidade da moeda no longo prazo: no longo prazo a quantidade de moeda afeta

apenas o nível de preço, não afetando T de forma permanente


• Exogeneidade: variações no nível de preços não são determinadas pela demanda

• Dicotomia da economia: as variáveis nominais M e P não afetam a variáveis reais T e Y.

#7:
Na Teoria Quantitativa da Moeda, a taxa de juros é vista como um determinante da demanda por
moeda. De acordo com essa teoria, a demanda por moeda tem dois componentes principais: a
demanda por motivo de transação e a demanda por motivo de especulação. A taxa de juros afeta
principalmente a demanda por motivo de especulação, ou seja, as pessoas preferem manter menos
dinheiro quando a taxa de juros é alta, optando por investir em outros ativos financeiros que
oferecem um retorno maior. Isso implica que, se a taxa de juros aumentar, a demanda por moeda
diminuirá, o que pode afetar indiretamente o nível de preços na economia.
Já no contexto do Ciclo Cumulativo de Wicksell, a taxa de juros desempenha um papel central.
Segundo Wicksell, quando a taxa de juros está abaixo da taxa natural de juros (aquela que equilibra
a poupança e o investimento na economia), ocorre uma expansão econômica, com aumento nos
investimentos e no consumo. Essa expansão pode levar a pressões inflacionárias, à medida que a
demanda agregada supera a capacidade produtiva da economia. Por outro lado, se a taxa de juros
estiver acima da taxa natural de juros, ocorre uma contração econômica, com redução nos
investimentos e no consumo. Essa contração pode levar a pressões deflacionárias, à medida que a
demanda agregada fica aquém da capacidade produtiva.

#8:
O Ciclo Cumulativo de Wicksell na versão ascendente descreve um processo em que taxas de juros
baixas estimulam investimentos e impulsionam a atividade econômica. À medida que os
investimentos aumentam, ocorre uma expansão na demanda agregada, resultando em maior
produção e emprego. No entanto, se a demanda agregada exceder a capacidade produtiva da
economia, podem surgir pressões inflacionárias e desequilíbrios.

#9:
A principal contribuição de Keynes para a teoria monetária contemporânea foi a introdução do
conceito de preferência pela liquidez. Ele argumentou que as pessoas têm uma preferência por
manter dinheiro líquido devido a incertezas e eventos inesperados. Essa preferência pode afetar a
demanda agregada e a atividade econômica. Keynes defendia a utilização da política monetária para
influenciar a preferência pela liquidez, estimulando a demanda agregada por meio do aumento da
oferta de dinheiro e da redução das taxas de juros.

#10:
Keynes argumentou que o desejo de manter dinheiro líquido está relacionado à desconfiança em
previsões e convenções sobre o futuro. Ele afirmou que a posse de dinheiro líquido acalma as
inquietações das pessoas. Essa visão destaca a importância das motivações psicológicas e
emocionais na preferência por dinheiro líquido, além de considerar a incerteza e a falta de confiança
como fatores que influenciam o comportamento financeiro.

#11:
Keynes identificou três tipos de demanda por moeda no Circuito Industrial em sua teoria:
• Demanda por transações: Refere-se à demanda por moeda para facilitar transações diárias de
compra e venda de bens e serviços. É a demanda por dinheiro para gastos correntes e
despesas operacionais.
• Demanda por precaução: Refere-se à demanda por moeda como reserva de valor para lidar
com contingências e emergências imprevistas. É a demanda por dinheiro para enfrentar
incertezas futuras e cobrir despesas inesperadas.
• Demanda por especulação: Refere-se à demanda por moeda como uma forma de investimento
alternativa. As pessoas podem optar por reter dinheiro líquido em vez de investi-lo em outros
ativos, como ações ou títulos, com o objetivo de aproveitar oportunidades futuras.

#12:
O Circuito Financeiro, Keynes identificou dois tipos de demanda por moeda:
• Demanda por motivos de transações financeiras: Refere-se à demanda por moeda para
realizar transações financeiras, como a compra e venda de títulos, empréstimos, pagamento
de juros e pagamento de dividendos. Essa demanda ocorre no contexto das atividades
financeiras e transações entre instituições financeiras.
• Demanda por motivos de especulação financeira: Refere-se à demanda por moeda como uma
forma de investimento financeiro. As pessoas podem optar por reter dinheiro líquido em vez
de investi-lo em outros ativos financeiros, aguardando oportunidades de lucro ou antecipando
mudanças nas taxas de juros ou nas condições do mercado financeiro.

#13:
As políticas monetárias lideradas por economistas de formação Keynesiana enfatizam o uso ativo
da política monetária para estimular a demanda agregada e combater recessões. Isso envolve
políticas monetárias expansionistas, que buscam aumentar a oferta de dinheiro, reduzir as taxas de
juros e estimular os gastos dos consumidores, investimentos privados e gastos governamentais.
Essas políticas são frequentemente coordenadas com políticas fiscais para maximizar os efeitos
estimulantes na economia.

#14:
A principal contribuição de Friedman para a teoria monetária contemporânea, em particular a teoria
da demanda por moeda, foi a hipótese da taxa de crescimento estável da oferta monetária. Friedman
argumentava que a estabilidade na taxa de crescimento da oferta monetária era crucial para manter a
estabilidade econômica e evitar flutuações indesejadas.
Uma diferença fundamental entre a teoria monetarista de Friedman e a teoria monetária de Keynes é
a ênfase na estabilidade da oferta monetária. Enquanto Keynes defendia a intervenção ativa do
governo e do banco central para estimular a demanda agregada, Friedman enfatizava que a
estabilidade da oferta monetária era a chave para manter a estabilidade econômica.

#15:
As políticas monetárias lideradas por economistas de formação Monetarista enfatizam o controle da
oferta monetária como principal instrumento para manter a estabilidade econômica. Isso envolve a
defesa de uma regra clara e previsível para o crescimento da oferta monetária, com ênfase na
estabilidade de preços. Os Monetaristas consideram a estabilidade de preços como o objetivo
principal da política monetária, enquanto são céticos em relação à eficácia das políticas fiscais. O
papel do banco central é garantir uma oferta monetária controlada e previsível, visando evitar a
inflação e promover um ambiente econômico estável.

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