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Lista 1 - Macroeconomia - Modelo Clássico e Modelo Keynesiano

Júlia Menezes Assolari, Samuel Dias e João Pedro Alenski - B/2

1. No modelo clássico, com uma elevação de impostos por uma elevação dos gastos
sobre nível do produto, os preços tendem a aumentar e o poder aquisitivo da população
diminuirá. Com o aumento dos preços dos produtos (impostos) sem o aumento igual do
salário nominal, a quantidade demandada de trabalho não se modificará. Também pode-se
inferir que o salário real diminuirá, pois o poder de compra de seu salário sobre bens e
serviços diminuirá, visto o aumento dos preços não acompanhados por aumento do salário
nominal. Portanto, a maior arrecadação de impostos diminuirá a renda do setor privado, logo,
no gráfico do equilíbrio entre oferta e demanda, a curva de oferta moverá mais para a direita.
Com o consumo presente mais caro, a poupança se elevará pelo aumento da taxa de juros e
os investimentos diminuirão, visto que o custo de oportunidade será maior que seu retorno.

2. Com uma política monetária expansionista, aumentará a demanda agregada da


economia e, assim, aumentará os preços sem nenhum efeito sobre a produção. Pois o salário
nominal ajusta-se à variação de preços, mantendo constante o salário real, o emprego e a
produção. Essa relação está contida na Teoria Quantitativa da Moeda, em que MV=PY.

3. No modelo clássico, um deslocamento para a direita na função poupança aumenta a


poupança e reduz as taxas de juros. Isso estimula o investimento, o que pode promover o
crescimento econômico a longo prazo.

4. O aumento do gasto público, apesar de pressionar inicialmente a demanda, não leva a


um aumento da renda (produto), pois não afetou nem as condições tecnológicas nem a
dotação de fatores de produção. Ou seja, apenas provoca uma alteração na composição da
demanda, elevando a participação dos gastos públicos em detrimento dos gastos privados
(redução do investimento e do consumo). Esse é o fenômeno chamado de crowding-out (ou
efeito-deslocamento).

5. Keynes criticou o modelo clássico por assumir emprego total constante, ignorando o
desemprego. Ele também discordou da ideia de que preços e salários se ajustam
rapidamente, argumentando que podem ser rígidos. Enfatizou a importância da demanda total
na economia, ao contrário do foco clássico na oferta. Além disso, Keynes destacou que o
investimento é influenciado por incertezas e expectativas, não apenas poupança. Ele também
defendeu a intervenção governamental ativa para combater recessões, em contraste com a
abordagem "deixar o mercado agir" do modelo clássico. Suas críticas ajudaram a moldar a
economia keynesiana, que enfoca a demanda agregada e o papel do governo na economia.

6. Na economia keynesiana, as variações no produto agregado são explicadas


principalmente pelas mudanças na demanda agregada, que é o total de gastos planejados na
economia. Quando a demanda aumenta, as empresas produzem mais, gerando crescimento
econômico. Por outro lado, se a demanda diminui, a produção e o emprego caem. Um
conceito-chave é o multiplicador, que mostra como aumentos nos gastos podem impulsionar
a renda e o consumo, enquanto reduções podem diminuir a atividade econômica.
Diferentemente da visão clássica, a economia keynesiana foca na demanda como motor das
flutuações econômicas, considerando fatores como gastos do governo, políticas monetárias,
exportações e expectativas.
Lista 1 - Macroeconomia - Modelo Clássico e Modelo Keynesiano
Júlia Menezes Assolari, Samuel Dias e João Pedro Alenski - B/2

7.

8. O paradoxo da parcimônia, indica o que pode acontecer, em dado país, onde se faça
uma campanha para elevar sua taxa de poupança. De acordo com este modelo, se os gastos
autônomos forem mantidos inalterados, uma elevação da propensão marginal a poupar levará
a uma queda da renda. Ou seja, uma elevação da taxa de poupança da sociedade a tornaria
mais pobre.

9. O resultado de um aumento de gastos do Governo, no mesmo montante do aumento


dos tributos, pelo teorema do orçamento equilibrado, é um aumento na renda equivalente
ao montante do aumento dos gastos governamentais ou seja, esse aumento na receita é
capaz de custear o aumento dos gastos públicos, mantendo o orçamento público em
equilíbrio.

10. O teorema do orçamento equilibrado diz que o resultado de um aumento de gastos


governamentais seguido do aumento de tributos no mesmo montante resulta em um aumento
da renda equivalente no mesmo montante dos gastos governamentais. O teorema ocorre da
seguinte forma,primeiramente o governo aumenta os gastos para estimular a economia e
depois o governo aumenta os tributos no mesmo montante para financiar o déficit, logo, como
consequência, o aumento da renda equivale ao mesmo montante dos gastos
governamentais.

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