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APS – Macroeconomia l

Ciências Econômicas 4° Semestre – Mooca – Noturno

Nome: RA:
Renan Rodrigues Stuchi 21294645
Abner Silva dos Santos 21338758
Weslei Souza Bitencourt 21316489
Matheus Alves Moreira 21146126

São Paulo – SP
2020

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Clássicos e keynesianos
As duas teorias apresentam diferenças em âmbitos como a política a ser
desempenhada pelo governo, política fiscal, emprego/desemprego etc.

Uma de suas divergências mais notáveis diz respeito ao verdadeiro papel a


ser desempenhado pelo estado; de um lado, clássicos, defendem que o estado
não deve se interferir na economia, de forma que, o mercado é auto suficiente
para regular-se e encontrar o nível de equilíbrio. Por outro lado, para os
keynesianos, o estado desempenha um papel fundamental de controle/fomento
da economia, especialmente em momentos de recessão econômica.

Além disso, Keynes considera que, em bons tempos, as pessoas trabalham


e gastam consumindo aquilo que desejam, sendo um estímulo para a economia;
no entanto, em momentos de recessão econômica, a qual a demanda tende a
ser afetada, visto que haverá queda no salário, efeito multiplicador negativo (com
a queda na DA, famílias e empresas têm queda na renda também, tendo que
reduzir gastos, criando um efeito de arrastamento negativo), sendo necessário a
intervenção governamental para realizar essa função, com aumento da carga
tributária para financiamento dos gastos públicos, o que por consequência iria
estimular a demanda agregada.

A demanda é vista de forma diferente pelos Clássicos, não tendo


interferência na economia; de modo geral, consideram que a oferta cria sua
própria demanda ao passo que os indivíduos, dispondo de trabalho e sendo
remunerados, consomem e criam demanda para bens e serviços. Ressaltam
ainda que: o PIB real é determinado apenas por fatores do lado da oferta
(investimento, capital e trabalho), a longo prazo, um aumento na demanda
agregada causará inflação e não aumentará o PIB real.

Suas divergências vai ainda a respeito de questões de inflação e emprego, o que


causa e seus efeitos.

Clássicos: A inflação é uma forte ameaça ao crescimento da economia ao


longo prazo, sendo causado pela elevada quantidade de moeda na economia.
Existe o nível pleno de emprego, consideram que o desemprego é resultado da

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interferência no governo no mercado ou da existência de uma indústria
monopolista de algum setor.

O desemprego é causado por fatores determinantes do lado da oferta


(investimento, capital e trabalho), queda no salário real. Suas análises do
mercado de trabalho os levam a não dar tanta importância ao desemprego, já
que o mesmo funciona bem e que há o “pleno emprego”.

No curto prazo, afirmavam que é possível reduzir o desemprego aumentando


a demanda agregada, mas, no longo prazo, quando os salários se ajustarem, o
desemprego voltará à taxa natural e aumentará a inflação, portanto, ao longo
prazo, não compensa.

Keynesianos: A inflação não é vista como um grande problema, sua


preocupação é mais voltada ao desemprego e com a intervenção do governo
para um preço “estável” na economia. Além disso, a curto prazo, acreditam que
o governo é capaz de garantir o crescimento para o longo prazo.

Keynes dá uma maior ênfase ao desemprego, com um baixo crescimento na


demanda agregada e um crescimento econômico insuficiente, o desemprego
aparece, e só seria solucionado como aumento dos gastos públicos.

Críticas e sugestões para o Brasil

A primeira sugestão para o Brasil, valida como crítica também, seria o


enxugamento da máquina pública, reduzindo a carga tributária do país, sendo
um dos países do mundo com a carga tributária mais complexa a ser
compreendida, pagando em certas ocasiões, diversos impostos desnecessários
sobre o mesmo produto.

Com a redução da carga tributária, o país passaria a receber mais


investimento nacional e estrangeiro, com um maior número de empresas sendo
criadas, mais empregos seriam formados, reduzindo também o desemprego
nacional.

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O governo deveria incentivar mais o desenvolvimento do país, com
investimentos em infra-estrutura, melhorando a educação do país, impactaria
diretamente no emprego, a população seria mais qualificada, e a longo prazo,
poderíamos deixar de ser um país exportador de produto primário, e virar um
país industrializado, que produz grande parte das necessidades básicas
nacionalmente.

Taxação a grandes fortunas, como por exemplo, um milionário ou bilionário


não paga IPVA sobre seus jatinhos, aviões, helicópteros, motos aquáticas e
iates, caso fosse cobrado, ela renderia R$4,6 bilhões aos cofres públicos,
segundo o Sindifisco Nacional. Neste termo, é possível reparar uma grande
falha, pois a classe pobre ou média, que sobrevive com um carro para o dia-a-
dia, paga 6 tipos de impostos no carro, sendo eles: ICMS, IPI, COFINS, PIS,
IPVA e DPVAT. Não só isso, como também realizar alguns reparos e melhorias
no sistema de imposto de renda, tendo um valor muito alto, para quem ganha
um salário “suficiente para se manter”, diminuindo drasticamente o salário real
dessas pessoas, que poderia ser usado para aquecer a economia e as empresas
privadas.

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Referências

Woodruff, Jim. Differences Between Classical & Keynesian Economics.


Smallbusiness, 2019. Disponível em: <
https://smallbusiness.chron.com/differences-between-classical-keynesian-
economics-3897.html>. Acesso em: 16 de outubro de 2020.

Pettinger, Tejvan. Keynesian vs Classical models and policies.


Economicshelps, 2019. Disponível em:
https://www.economicshelp.org/keynesian-vs-classical-models-and-policies/.
Acesso em: 16 de outubro de 2020.

Cutrim, André e Ferreira, David. Keyne’s Critique of the Classical and


Neoclassical Theories of the Rate of Interest. UFGRS 2019. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/viewFile/73001/52468 . Acesso
em: 20 de outubro de 2020. [Artigo 01]

Heller, Cláudia e Jair, Jaylson. Clássicos vs Keynes – A abordagem formal


de David Champernowne. Scielo 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
41612012000100007 . Acesso em: 20 de outubro de 2020 [Artigo 02]

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