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Adriana P. Valério 1
Adrielly Shirlley dos Santos Medeiros 2
Carla Jessica Pazinatto3
Ihemeson Fabricio M. da Silva4
Resumo
O contexto de pandemia representou terreno fértil para medidas urgentes adotadas pelas
autoridades nacionais: de fato, a situação impunha a elas o dever de agir prontamente.
Adaptações legais e na forma de agir do Estado fizeram-se presentes, e foi a própria
realidade de crise que assim impôs, não havia escolha quanto a isso quando nos
deparamos com uma crise econômica, o Estado se vê obrigado a tomar algumas medicas
protetivas para manter o equilíbrio econômico do País, e iniciar uma postura de
protagonista durante esse período de pandemia do coronavírus. Ou seja, o Estado passa
a atuar como principal articulador das políticas econômicas e a intervir de forma direta
em diversos setores de mercado, com objetivo de garantir a sobrevivência de alguns
segmentos do setor produtivo, além de se ver obrigado a evitar que sejam cometidos
movimentos abusivos e prejudiciais à sociedade.
A demanda por intervenção estatal é muito grande em tempos de crise, inclusive por
parte de economistas que se deparam com uma situação pouco conhecida, dando
enormes poderes ao Estado para aplicá-las. Se este é o caso, é fundamental entender o
tipo de crise que se dá em uma pandemia, assim como o resultado de medidas
intervencionistas propostas, também podemos afirmar que a intervenção do Estado na
economia não é um fenômeno recente, pois o Estado sempre atuou no domínio
econômico, seja por intermédio da criação de empresas estatais ou sociedade mista ou
pela regulamentação da economia. Acredito que este trabalho ajudará a compreender o
real papel do Estado diante deste cenário.
1 - Crise Econômica
No ano de 2019 o Brasil se depara com uma pandemia causada pelo vírus Sars-COV-2
– conhecido como Covid-19, que já vinha matando milhões de pessoas e impactando
negativamente e de forma intensa as atividades econômicas de todos os países. As
razões por que isso ocorre estão associadas às características específicas da dinâmica da
infecção do Sars-COV-2 e sua agressividade nas populações humanas, assim como
ausência de vacinas e tratamento farmacológico de eficiência comprovada por testes
clínicos em larga escala. E isto, se tornou ainda mais evidente para o nosso país, pois
tínhamos conhecimento científico insuficiente sobre o novo coronavírus. E a capacidade
de provocar mortes gerou notoriedade em populações vulneráveis. Sendo este um dos
agravantes que geraram incertezas sobre quais seriam as melhores estratégias a serem
utilizadas para o enfrentamento da epidemia assim como em diferentes partes do
mundo, num contexto de grande desigualdade social, com populações vivendo em
condições precárias de habitação e saneamento, sem acesso sistemático à água e em
situação de aglomeração.
Essa pandemia levou vários governos a propor decreto de calamidade pública, e por
trata-se de uma pandemia com alta transmissibilidade e severidade nas fatalidades, a
estratégia disponível foi a contenção social, que teve implicações profundas para a
atividade econômica do país. A intervenção foi de forma que se abrange o interesse
geral da sociedade e segurança nacional, sendo necessário que o Estado adotasse
política fiscal e monetária que estimulasse o credito devendo preservar as leis
orçamentárias, principalmente com relação aos gastos extraordinários e preservação dos
limites de endividamento das contas públicas.
A preservação da atividade empresarial também foi cuidadosamente vista pelo estado
sob o argumento da sua função social, devido a sua linha condutora no entendimento de
que a empresa precisa ser vista com um olhar diferenciado, um organismo participativo
da sociedade, compromissado com suas responsabilidades sociais e com o
desenvolvimento econômico sustentável. O Estado tem como dever orientar seus
esforços na prevenção da empresa, considerando que o desenvolvimento da sociedade
tem relação direta com o fortalecimento da economia na qual realiza a produção e a
circulação de riquezas na economia.
Para manter o equilíbrio econômico o Brasil passa a atuar como protagonista
assumindo o controle econômico e criando medidas protetivas para manter sua
economia de mercado, com o objetivo de garantir a sobrevivência da humanidade. O
Estado se fez presente como uma espécie de supervisor intervindo e garantindo uma
convivência saudável entre as empresas, evitando a abusividade cometida contra a
população e concedendo benefícios para incentivar determinados setores de produção.
Foram criadas algumas medidas como o benefício Programa Auxilio emergencial ou
“Coranavoucher” com o valor de R$600,00 para socorrer as famílias de baixa renda,
trabalhadores informais e autônomos, e assim oferecer a elas condições de ficarem em
casa obtendo o mínimo para sua sobrevivência visando a diminuição de pessoas nas
ruas evitando aglomerações, também foram criadas linhas de credito para pequenas e
medias Empresas manterem suas portas abertas e assim assegurar o salário de seus
funcionários como Credito Para Manutenção de Emprego medida provisória
935/2020 libera credito de 51,6 bilhões , evitando o aumento na taxa de desemprego no
Brasil, como benefício também foi criado o decreto 10.305/2020 que zera a alíquota do
Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF) cobrada em operações de credito . o Estado
diminuiu os impostos e ofertou credito rotativo para pagamento de Salários, onde as
empresas pagariam esses valores sem nenhuma cobrança de juros e de forma parcelada,
a presença do Estado se fez essencial para a garantia do bem-estar da população e da
economia como um todo.
O Estado teve que criar uma punição para o comerciante que praticasse a cobrança de
valores fora da realidade, o comerciante usou a lei de oferta e demanda para praticar o
aumento surreal dos preços, onde a busca pelo produto era maior que a quantidade de
produtos ofertados no mercado pois era visivelmente maior a necessidade humana, e
houve por um período a elevação do preço do produto devido sua escassez. Como forma
de medidas de amparar também tivemos a Lei Estadual 17.196/2020 que autorizou o
poder Executivo Cearense a pagar as contas de água esgoto e de energia de
consumidores durante o período emergencial do coronavírus. Tivemos também a
Prorrogação da Entrega do IRPF sob a normativa 1.930/2020 devido a dificuldade
dos contribuintes de reunirem documentos para prestação de contas e o Adiamento no
Pagamento de Contribuição Previdenciária sob a portaria de 139/2020 que prorroga
o prazo de pagamentos de importantes tributos.
O combate aos efeitos econômicos e sociais da crise será uma das operações fiscais
mais ousadas da história recente do capitalismo. Além disso, será preciso ampliar a
oferta de crédito através de bancos públicos, já que as instituições privadas estariam
limitadas diante dos riscos do cenário atual. Tanto o Fundo Monetário Internacional
quanto o Banco Mundial recomendam aos países ampliar urgentemente os gastos com
saúde e buscar medidas de apoio aos mais vulneráveis. No Brasil, a pandemia coloca em
xeque as privatizações, a condução das políticas econômicas com regras fiscais
inadequadas, a precarização do mercado de trabalho e a vulnerabilidade social.
Repensar o caminho e alterar a estratégia de desenvolvimento, adequando-a ao novo
capitalismo que surgirá após a Corona crise, será o grande desafio das próximas
décadas. É fundamental começar a planejar o pós-crise.
3 - Considerações Finais
Contudo a intervenção estatal em momentos de crise se fez necessária para manter o
equilíbrio econômico e amparar a sociedade englobando pessoas e empresas de modo
que o próprio Estado foi capaz de gerar uma eficácia no enfrentamento à pandemia da
Covid-19 e a todo tempo nas tentativas de descobrir uma vacina contra o vírus que
pudesse parar com a contaminação, onde depois de muitos estudos e pesquisas foi
permitido o início da produção por Bio-Manguinhos/Fiocruz ainda em julho de 2021.
Sem a intervenção estatal os impactos sociais causados pelo vírus seria uma catástrofe
com a perda de milhares de famílias. É de grande importância que o Estado esteja
sempre presente de mãos dadas com a economia para que facilite a retomada dos setores
econômicos e aos poucos a estabilidade retorne. Como todo momento de confusão é
também momento de reconstrução, o Brasil está diante de uma histórica oportunidade
de repactuar o compromisso democrático e social firmado em 1988.
O Estado brasileiro usou a função distributiva para tentar resolver os problemas sociais
da população e foi essencial para sociedade como um todo, pois ela atua na
redistribuição de renda através das transferências dos impostos, e dos subsídios
governamentais que podemos presenciar durante o período de pandemia com exemplos
citados no início deste artigo, também foi usada a função Estabilizadora onde o governo
busca equilibrar a economia controlando preços e utilizando instrumento
macroeconômicos como exemplo: políticas públicas fiscais e monetárias, essa função é
de extrema importância pois ela visa um equilíbrio no balanço de pagamento, uma taxa
de crescimento aceitável e um alto nível de emprego. Temos várias outras funções como
a Distributiva, Alocativa e etc, portanto podemos observar que a forma de atuação do
governo possui inúmeros reflexos na atividade econômica e é devido a importância
dessas funções do Estado na economia que conseguimos manter o equilíbrio econômico
na sociedade.
Referências
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/entenda-as-principais-medidas-do-governo-
diante-da-crise-causada-pela-covid-19/
https://www.conjur.com.br/2020-abr-11/opiniao-necessidade-intervencao-economia-
tempos-crise
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/03/24/por-que-o-governo-deve-
interferir-na-economia/