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A efetivação e aplicação dos direitos humanos no Brasil.

INTRODUÇÃO

Os direitos humanos são direitos liberdades bases da sociedade, está inerente a


todos os seres humanos, ele garante a vida, acesso ilimitado à saúde, liberdade e educação
entre outros, mas existem alguns obstáculos para atuação plena dos direitos humanos que
são:

● Desigualdades sociais
● Saúde pública precária
● Falta de transparência
● Abuso de poder

Esses são sem sombra de dúvida obstáculos que impedem o pleno desenvolvimento
dos direitos humanos no Brasil.

Podemos também levar em consideração a ideia de liberdade de expressão, de


pensamento e a igualdade perante a lei. A ONU (organização das nações unidas) foi a
responsável por fazer a Declaração dos Direitos humanos, que deve ser respeitada por
todas as nações do mundo, ela afirma que:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência, e
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como objetivo evitar guerras,
promover a paz mundial e de fortalecer os direitos humanitários e principalmente, manter
tratamento digno e igualitário a todos os povos do mundo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem uma importância mundial, apesar
de não obrigar juridicamente que todos os Estados a respeitem. Para a Assembleia Geral
da ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como ideal ser atingido por
todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que todos tenham sempre em mente a
Declaração, para promover o respeito a esses direitos e liberdades. No Brasil os direitos
humanos são garantidos na Constituição de 1988.

A Carta Magna consagra em seu artigo primeiro o princípio da cidadania, dignidade


da pessoa humana e os valores sociais do trabalho. Ao longo da constituição, encontra-se
no artigo 5.º o direito à vida, à privacidade, à igualdade, à liberdade, além de outros,
conhecidos como direitos fundamentais, que podem ser divididos entre direitos individuais,
coletivos, difusos e de grupos.

Os direitos individuais têm como sujeito ativo o indivíduo humano, os direitos


coletivos envolvem a coletividade como um todo, direitos difusos, aqueles que não
conseguimos quantificar e identificar os beneficiários e os direitos de grupos são, conforme
o Código de Defesa do Consumidor, são direitos individuais "homogêneos, assim
entendidos os decorrentes de origem comum".
A história dos direitos humanos no Brasil está intimamente ligada com a história das
constituições brasileiras. Na constituição de 1824 garantia direitos liberais, por mais que
concentrasse poder nas mãos do imperador. Foi rejeitada em massa por causa da
dissolução da constituinte.

A inviolabilidade dos direitos civis e políticos contidos na constituição tinha por base
a liberdade, a segurança individual e a propriedade.

Na constituição de 1891, a primeira constituição republicana, garantiu sufrágio direto


para a eleição dos deputados, senadores, presidente e vice-presidente da República, mas
impediu que os mendigos, os analfabetos e os religiosos pudessem exercer os direitos
políticos.

A força econômica nas mãos dos fazendeiros permitiu manipular os mais fracos
economicamente. Com a Revolução de 1930, houve um desrespeito aos direitos humanos,
que só seria recuperado com a constituição de 1934. Em 1937, com o Estado Novo, os
direitos humanos eram quase inexistentes. Essa situação foi só recuperada em 1946, com
uma nova constituição, que durou até 1967. Durante o Regime Militar, houve muitos
retrocessos, como restrições ao direito de reunião, além de outros. Com o fim do regime
militar, foi promulgada a constituição de 1988, que dura até os dias atuais.

Está previsto no caput do artigo 5˚ da Constituição Federal de 1988:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...).”

O Brasil é um país com profundas e intensas desigualdades sociais, o acesso


limitado a oportunidades de educação, a ineficiência da saúde pública, a violência
institucionalizada, a irracionalidade na exploração dos recursos naturais, a corrupção, a falta
de transparência e o abuso de poder são apenas algumas problemáticas enfrentadas pelos
brasileiros, no que tange os direitos humanos.

O Estado têm o dever de proteger fundamentos essenciais à manutenção da vida


social digna, representada pelo concreto exercício de direitos inerentes ao ser humano,
como à vida, à liberdade e à igualdade, é essencial à concepção atual de Estado e, no caso
da república Federativa do Brasil, sedimenta-se nos alicerces da Democracia e do Direito,
encontrando-se assegurado por todo ordenamento jurídico, em especial pelo plano
constitucional.

Dessa forma, conforme a estruturação da Constituição do Brasil, os Direitos e


Garantias Fundamentais estão subdivididos em três núcleos principais: direitos individuais e
coletivos; direitos sociais e da nacionalidade; e direitos políticos, direitos esses
intrinsecamente ligados aos direitos humanos e devem ser tutelados pelo Estado.

DO DIREITO À VIDA
O direito à vida é o principal direito garantido a todas as pessoas, sem nenhuma
distinção. Segundo Alexandre de Moraes “o direito à vida é o mais fundamental de todos os
direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercício de todos os demais”.

Ora, resta claro que se o direito à vida não for assegurado, todos os demais perdem
o sentido de ser. Na lição de André Ramos Tavares, o direito à vida assume duas vertentes,
sendo a primeira no direito de permanecer existente, que é o direito principal. Em um
segundo momento o direito a um adequado nível de vida. A vida deve ser interrompida
apenas por causas naturais, restando proibido que uma pessoa tire a vida de outra.

O direito à vida também é um direito à saúde, à alimentação, à educação, e todas as


formas que garantam a dignidade da pessoa humana. Consequentemente, o Estado deve
assegurar tais garantias a todas as pessoas para garantir, ao mesmo tempo, o próprio
direito à vida.

Infelizmente, no Brasil, muitos destes direitos não são respeitados, afrontando de


maneira direta a Carta Magna. Inúmeros casos de pessoas com doenças graves acabam
morrendo porque não têm acesso a um tratamento digno, leitos de hospitais deficientes falta
de remédios que poderiam salvar suas vidas agridem a dignidade da pessoa humana e com
isso os direitos humanos. Paralelo a isso, milhões de pessoas, por sua vez, vivem na mais
completa miséria, em situações degradantes, sem alimentação para se manterem vivas.

Tais direitos estão expressos na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6º, sob
o título “Dos Direitos Sociais”. Segundo entendimento de Ricardo Lobo Torres ao refletir
sobre o direito à saúde menciona que: “As atividades preventivas geram o direito ao
atendimento integral e gratuito: as campanhas de vacinação, a erradicação das doenças
endêmicas e o combate às epidemias são obrigações básicas do Estado, deles se
beneficiando ricos e pobres independentemente de qualquer pagamento.

A medicina curativa e o atendimento nos hospitais públicos, entretanto, deveriam ser


remunerados pelo pagamento das contribuições ao sistema de seguridade, exceto quando
se tratasse de indigentes e pobres, que têm o direito ao mínimo de saúde sem qualquer
contraprestação financeira, posto que se trata de direitos tocado pelos interesses
fundamentais”.

No entanto, o Estado não assegura em todo o país o direito à saúde a toda


população. Muito embora, o direito à vida também está presente no art. 225, § 1º da CF/88
sendo um dever que se impõe ao Estado, de preservar a vida e, ainda, com determinado
grau de qualidade. Pode-se afirmar que o direito mais fundamental dos direitos, sem
sombra de dúvidas é a proteção à vida, pois se não há proteção à vida, não existirá nenhum
outro direito.

Assim, podemos falar que o direito à vida é condição sine qua nom para a proteção
e para o exercício de todos os outros direitos.
DO DIREITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Conforme já mencionado anteriormente a Constituição Federal assegura direitos


fundamentais aos cidadãos e todos esses direitos são baseados no princípio da dignidade
da pessoa humana. O que significa que o direito à vida abrange o direito de o indivíduo ter
uma vida digna, ou seja, as pessoas têm o direito de possuir condições mínimas para se
viver dignamente. O Estado deve assegurar o gozo das necessidades vitais e básicas dos
indivíduos enquanto seres humanos, não devendo tratar ninguém de maneira indigna:
tortura, trabalhos forçados e cruéis, penas de caráter perpétuo.

O Estado possui o dever de garantir o mínimo de dignidade ao ser humano e deverá


adotar ações e políticas públicas visando a garantia da educação, saúde, saneamento
básico, segurança e de outros serviços necessários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo procurou mostrar os desafios da efetivação dos direitos humanos


no Brasil para o pleno exercício desse poder.

Os Direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e


de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros, conforme
apresentado acima, o Brasil não atende a todos os seus cidadãos no que diz respeito aos
direitos humanos.

Existem inúmeras situações que assolam a população, fome, violência, falta de


saneamento básico, acesso à saúde, educação, acesso à informação enfim inúmeros
problemas, e ainda mais agravados com uma nítida segregação social.

Dessa forma, os direitos humanos não podem ser vistos apenas como uma relação
entre o cidadão e o Estado. Estão presentes também em outros âmbitos sociais, como as
relações estabelecidas em casa ou nas empresas.

Portanto pode-se afirmar que a consolidação do exercício dos Direitos Humanos e


das Garantias Fundamentais Constitucionais para todos navega dentro das políticas
públicas voltadas ao exercício da cidadania em todos os aspectos, promovendo ações
igualitárias e de amplitude nacional fomentando com isso um sentimento de igualdade ante
aos Direitos Humanos no Brasil.

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