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Defensores humanitários

No artigo 5º da Constituição Cidadã de 1988 é estabelecido o direito à vida, à


privacidade, à igualdade, à liberdade e outros importantes direitos
fundamentais, sejam eles individuais ou coletivos. A Constituição defende
princípios como a igualdade entre gêneros e a erradicação da pobreza, da
marginalização e das desigualdades sociais. A Constituição Federal é o marco
evidente dos direitos humanos no Brasil. Aproximadamente, 90% das pessoas
sejam incapazes de nomear mais de três de seus trinta direitos. Nessa
hipótese, com tantas pessoas ignorando seus direitos mais básicos, quem
assegurará que os direitos humanos sejam protegidos e transformados em
realidade? Trabalhando em conjunto com a Constituição, os defensores e as
defensoras de Direitos Humanos cumprem um papel essencial para o
fortalecimento da democracia, para a construção dos direitos e o
enfrentamento de graves violações.
Martin Luther King Jr., quando defendia os direitos das pessoas de cor nos
Estados Unidos na década de 60, declarou que “a injustiça em qualquer lugar
é uma ameaça à justiça em todo lugar”. Um defensor de direitos humanos é
um indivíduo que atua como protetor da garantia dos direitos mais básicos à
dignidade humana. Para ser um defensor dos direitos humanos, uma pessoa
pode agir para abordar qualquer direito, seja em prol de algum/alguns
indivíduos ou de grupos. Abordam os direitos das mulheres, das crianças, dos
povos indígenas e de outras categorias. Deve-se reconhecer e fortalecer as
suas ações, deixando claro que estes lá no meio são protetores dos mais
necessitados.
O Brasil tem um número alarmante de defensoras e defensores de direitos
humanos anualmente assasinados, ameaçados e criminalizados. De acordo
com o site notícias.r7, o Brasil registrou mais de mil violações contra
defensores dos direitos humanos entre 2019 e 2022. Segundo essa pesquisa,
as maiores motivações dessas violências decorreram da luta territorial e
ambiental. E no meio de tanto caos, no final quem acaba precisando de
proteção, são eles, os defensores da humanidade. É dever do povo brasileiro
que esse número de desumanidade recaia, deixando evidente que é de
responsabilidade coletiva o respeito dos direitos humanos. Usufruindo dos seus
próprios direitos, devem respeitar os direitos dos outros. Ninguém tem o direito
de violar os direitos de outrem.
A cidadania plena é construída através da democracia, levando em conta os
direitos e deveres, sejam eles civis, políticos e sociais. Os direitos e deveres
de um cidadão devem andar sempre juntos, compreendendo que ao
cumprirmos as nossas obrigações, permitimos que o outro também exerça os
seus direitos. Feministas, educadoras, jornalistas, líderes espirituais e líderes
dos povos indígenas são exemplos de defensores humanos. São reconhecidos
mundialmente pela Declaração Universal do Direitos Humanos, adotada pela
ONU, com o objetivo de fortalecer os direitos humanitários.
Para a proteção dos indivíduos que atuam na defesa e no amparamento da
sociedade menos desfavorecida e para aqueles que auxiliam na preservação
da igualdade entre todos. Estes que ficam expostos ao perigo por promover
liberdades fundamentais, é prescritível moldar e reparar o PPDDH (Programa
de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e
Ambientalistas). Além de facilitar as solicitações de inclusões desses
defensores no programa. Que sejamos seres tolerantes que respeitam as
diferenças que são fundamentais para o desenvolvimento humano. Que
sejamos defensores dessa causa justa.

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