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Aluno: Alan Cézar Dutra. Turma: 1000.

Na base monetária, temos uma expansão considerável pois com essa medida
estaremos incluindo no mercado consumidor muitas pessoas que até então estavam
sem renda alguma, prova disse é que a fome e pobreza extrema caíram nesse período
de pandemia por conta do auxílio atingirem pessoas que não possuíam renda alguma
antes mesmo da pandemia, um efeito relativamente positivo no curto prazo. No curto
prazo também podemos ter um aumento no consumo de produtos primários ou de
necessidade básica, isso devido a esse contingente de famílias agora com acesso a uma
renda mínima. Um contingente maior de consumidores de primeira necessidade surgir
no curto prazo não é suficiente para segurar as empresas e os empregos vivos, tendo
em vista que a insegurança sobre o dia de amanhã leva as pessoas e racionar mais, que
a divulgação da prorrogação do auxílio para mais alguns meses à frente trouxesse um
folego maior para as famílias organizarem o orçamento e pudessem consumir, não é o
suficiente ainda para segurar todas empresas – principalmente as que estão mais
distantes desse nicho de necessidades básicas – manterem seus quadros funcionais. O
desemprego vai fazer muitas vitimas ainda durante a pandemia, no curto e no longo
prazo, no longo prazo talvez poderia suavizar a eminente inflação alta, pois no longo
prazo, poderíamos ter algumas consequências como a inflação, segundo Milton
Friedman, todo fenômeno inflacionário é um fenômeno monetário também, então, caso
tenha uma expansão monetária de forma desordenada, ou se ainda assim para cumprir
com os pagamentos, além de outras despesas que a pandemia trouxe de presente
(insumos médicos etc...) , o governa venha emitir moeda, temos a possibilidade de um
retorno de uma desvalorização na moeda e consequentemente um aumento na taxa de
câmbio, vejamos que durante 2020 o Real foi a moeda que mais desvalorizou no mundo,

Segundo Keynes, quando a economia apresenta sinais de recessão, ou períodos


de crise, uma expansão monetária não terminaria em inflação, sendo assim, tendo em
vista que nesse caso os pagamentos dos auxílios entre outras medidas expansionistas
tem por objetivo somente manter a economia viva, para que a crise não venha ser mais
irreversível. Levando em conta isso, possível que a inflação não venha ser um problema
a se preocupar, isso se levarmos em conta que não nossa estrutura produtiva não seja
comprometida, ou seja, que as indústrias não quebrem, caso esse fenômeno ocorra
poderemos ter uma inflação tendo em vista que no longo prazo, conforme a demanda
for voltando aos níveis normais, se nossa capacidade produtiva estiver em níveis mais
baixos, é bem possível a pressão inflacionária acontecer.

Falando ainda em estrutura produtiva, nas empresas, industrias etc. É muito


provável que a economia brasileira pós COVID-19 fique mais dependente ainda do
Agronegócio e dos gastos do governo, o que é um problema se levar em conta que no
agronegócio estamos sujeitos as variações dos preços internacionais. Dito isso, manter
a capacidade produtiva é essencial, ainda que fatalmente algumas empresas por razões
diversas não sobreviverão ao impactos da pandemia, é importante que haja um
incentivo ou um amparo para as empresas, nem que seja de maneira criteriosa, em
forma de crédito com juros irrisórios, ou corte nos tributos. Manter as empresas
respirando, é uma possibilidade maior de manter a maior parte dos empregos possíveis,
mantendo ainda um certo nível de consumo, de forma com que o produto não sofra um
impacto ainda pior ou fique tão dependente desses dois setores ditos acima. Para
Keynes, no capitalismo incorro 2 problemas principais, que seria a desigualdade
intrínseca do sistema e a não possibilidade de controlar as variáveis de forma a manter
o pleno-emprego. Trazendo para esse cenário, o que percebe-se é que o Brasil ainda
deixa essa responsabilidade do pleno-emprego dos fatores na responsabilidade da
iniciativa privada, mesmo em tempos de crise. Ainda que sob a justificativa da
extrapolação do teto dos gastos, nesse período, uma política fiscal um pouco mais
expansionista pode fazer com que a economia tenha uma retomada mais rápida.

O auxilio emergencial juntamente com uma restrição a alguns tipos de negócios,


trouxe um fenômeno dentro as novas formas de fazer negócio, de comprar, de vender,
dos agentes econômicos interagirem. Novos modelos de negócio têm surgido na
eminencia de fisgar clientes que até então estavam presos a moda convencional, ou por
comodidade, ou por insegurança. Temos visto não só pessoas utilizando a internet para
interagir com as empresas, como também empresas investindo e se capacitando para
se adequar a essa realidade que veio à tona com a pandemia. Nesse sentido, acredito
que é possível dizer que a expansão da base monetária (auxilio) aliado a juros baixos,
podem ter fomentado empresas a investirem em novas plataformas, novos negócios,
novas formas de se fazer negócios já feitos antes, aliados as novas necessidades que
vieram a surgir, que talvez acabe se estabelecendo no nosso cotidiano definitivamente.

Mesmo com o auxílio emergencial mantendo o consumo das famílias, é bem


provável que o produto sofra uma retração em 2020. Obviamente que o alcance do
auxilio tem mostrado problemas latentes no Brasil, principalmente no que diz respeito
sobre a informalidade e a quantidade de pessoas que se encaixam nesse grupo de
trabalhadores. Por fim, sim, o auxilio tem sido importantíssimo, tanto para que as
famílias tenham as condições mínimas para sobreviverem ao período de crise, como
também de maneira indireto, colocar o dinheiro na mão das pessoas para que estas
venham a consumir, de certa forma dando um folego para as empresas no período de
enfrentamento, em ambos os lados, a medida emergencial do governo tem dados
resultados positivos no curto prazo, poderia ser melhor, talvez mais ágil, pois com o
auxílio também mostrou-se algumas deficiências do sistema brasileiro em fazer essas
distribuição chegar na ponto, mas ainda acredito ser importante a manutenção dessas
medidas até a total estabilização da economia no que diz respeito a pandemia do jeito
que está sendo feito. No longo prazo, acredito ter consequências como inflação acima
da média, a taxa de cambio disparar, o real ainda é uma moeda fraca frente outras mais
utilizadas no mundo, e uma expansão assim enfraquece ainda mais a moeda, por um
lado pode ser bom para as exportações, porem por outro, a economia se tornaria ainda
mais dependente do agronegócio e das commodities. É importante ponderar todos os
impactos, e além de manter o dinheiro na mão das pessoas por auxílios, pensar em
manter o dinheiro e renda nas mãos das pessoas através da manutenção dos empregos.

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