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As primeiras perguntas que deves ser feitas são as seguintes: Você deixou de
fazer alguma coisa que fazia há cerca de um ano atrás, em função da crise? O
que piorou na sua vida em função da crise?
A maioria das pessoas tem uma resposta positiva para a primeira pergunta,
pois estão sofrendo os efeitos de uma das mais desconcertantes crises de
nossa história econômica e que é agravada por diversos fatores.
Já a segunda pergunta não tem unanimidade. Para alguns a crise não fez
sofrer tanto ou, até mesmo, melhorou em alguns aspectos. Uma raridade, mas
existente.
Houve queda nas vendas na maioria das Indústrias (entendamos aqui Indústria
como um setor da Economia e não como fábrica, ok?! ), como por exemplo a
venda de automóveis caiu aos níveis de 2008 e continuam e continuaram a
cair. A pergunta que se segue. Isso é tão ruim assim?
Bem, em 2008, após a crise que atingiu todo o mundo; o Governo brasileiro
teve a chance de sair mais fortalecido política e economicamente, mas não o
fez. Pois era a hora de, em virtude da alta das commodities realizar asreformas
na estrutura que eram esperadas, conter os gastos públicos e proporcionar o
crescimento da produtividade do trabalhador brasileiro; para promover o
crescimento de longo prazo... Isso não foi feito. Ao contrário, o Governo mudou
o caráter da gestão econômica do que é público, para uma gestão política.
Com uma conduta de privilégios e preço “artificial” da gasolina em disfarce para
as reais necessidades e problemas existentes na época.
Neste cenário não é possível dizer que não existe crise; ela existe e apensar
dela alguns setores não estão sofrendo tanto.
O setor de bebidas é outro que não sentiu o baque com tanta intensidade,
apesar do discurso ser outro.
Bem, o que quero dizer é que a crise existe sim, não é invenção e nem uma
forma de desestimular as pessoas ao consumo. Não é porque alguns setores
estão sofrendo mesmo ou, até mesmo, crescendo que se afirme que a crise
não existe.
De fato, em uma crise, “há quem chore e há quem venda lenços”; porque em
quaisquer circunstâncias há sempre uma oportunidade para alguém fazer
dinheiro.
Outra lógica deste jogo é que para alguém ganhar, alguém tem que perder. A
ideia do ganha-ganha duro pouco tempo e não é sustentável neste modelo.
Assim, nesta mesma lógica é que conseguimos perceber que há setores que
estão sofrendo menos (ou nada) com a crise, afinal se tem alguém perdendo,
alguém tem a oportunidade de ganhar.
É evidente que não adianta “chorar sobre o leite derramado”, porém, também
não podemos fingir que não houve nada e “tapar o sol com a peneira”. Para
que possamos sair desta situação teremos que refletir muito em nossas
escolhas econômica, no entanto as que mais têm nos afetado são as escolha
das urnas, afinal as piores mazelas vêm de lá.
Uma coisa parece que não mudará nesta crise, assim como não mudou nas
passadas... Quem pagará a conta é o contribuinte.