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EEM – 1H
Professor: José Ap. Santos
Crise Econômica
A crise econômica que atravessamos devido à pandemia do Coronavírus tem causado impactos
em todo o mundo. No entanto, esse está longe de ser um fenômeno novo. No passado, já
aconteceram muitas crises econômicas, com impactos muito parecidos.
Estudar esses impactos pode ajudar a compreender melhor o que estamos passando. Além
disso, entender como funciona uma crise econômica é fundamental para aprender como se
preparar e o que esperar.
Foi pensando nisso que criamos esse guia completo sobre o assunto. Aqui, você encontra os
conceitos que precisa para entender melhor o que é uma crise econômica, quais são seus
sinais, causas e consequências.
O que é uma crise econômica?
Características de uma crise econômica
O que acontece durante uma crise econômica?
Causas de uma crise econômica
Maiores Crises Econômicas da História
Pandemia do Coronavírus: impactos na economia
Renda em tempos de Crise: Conheça essa oportunidade de empreender
O que é uma crise econômica?
Crise econômica é como chamamos um período pelo qual determinada economia experimenta
uma retração de suas atividades. Esse fator é medido pelo PIB (Produto Interno Bruto) de um
país. Esse indicador é utilizado para mostrar a soma dos produtos e serviços finais produzidos
pelas empresas.
Assim, se o PIB diminui em um período em relação a outro, podemos dizer que a economia
produziu menos riqueza. Em resumo, é essa redução no Produto Interno Bruto que caracteriza
uma crise econômica.
Vale lembrar que o PIB pode ser compreendido, também, como a demanda de uma economia,
e não apenas da oferta. Assim, é possível calcular o PIB através do consumo das famílias,
gastos do governo, investimentos das empresas e da balança comercial líquida.
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Isso porque a economia é como um ecossistema: ela depende de diversos fatores para
funcionar, então é importante olhar para o todo.
Por exemplo, se houver queda na demanda (gastos) do público ou do governo, as empresas
passam a lucrar menos. Isso faz com que elas tentem reduzir os custos, o que pode incluir
demissões. Por sua vez, isso faz com que a renda média da população caia, intensificando o
ciclo de escassez.
Quando empresas precisam cortar custos, elas muitas vezes decidem demitir funcionários. O
desemprego, por sua vez, faz com que o consumo caia ainda mais, alimentando o ciclo da crise
econômica.
A seguir, você entende melhor como esses ciclos funcionam e quais os conceitos por trás
dessas denominações:
Ciclos da crise econômica
As crises fazem parte dos ciclos econômicos, que são naturais. Esses ciclos são comuns no
capitalismo, e sua existência é esperada e pode até ser benéfica.
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Recessão
Finalmente, esse é o ponto mais intenso de uma crise econômica. O desemprego e taxas de
juros estão em patamares altos, gerando sobra de capacidade produtiva.
Consequências da crise econômica
Uma crise econômica pode ter diversas causas de origens. No entanto, suas consequências
costumam a ser uniformes. Elas são muito bem conhecidas, não só entre pesquisadores, como
também pela população geral.
Os efeitos de uma crise se espalham por toda a cadeia econômica. Isso significa que atingem
praticamente todas as parcelas da população.
As principais consequências de um período de crise econômica são: Aumento
do desemprego;
Redução da arrecadação do governo;
Crescimento do endividamento estatal;
Depreciação da moeda oficial;
Falência de empresas;
Aumento das taxas de juros;
Crescimento da pobreza;
Inflação.
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Essa crise financeira, conhecida como Crise do Subprime, também teve início nos Estados
Unidos. Ela se estendeu por quase dois anos, impactando o mundo inteiro.
A crise aconteceu devido à bolha imobiliária. Bancos e financeiras concediam empréstimos
imobiliários para praticamente qualquer família, independente da renda ou da capacidade de
pagamento do credor. Isso fez com que os títulos imobiliários na época, chamados subprimes,
disparassem em risco. Apesar disso, as agências de crédito ainda avaliavam esses títulos
com as melhores notas de rating do mercado.
Mm dos maiores bancos americanos e do mundo, Lehman Brothers, precisou declarar falência
durante a crise de 2008. Ao total, mais de U$ 800 bilhões foram destinados para combater as
causas e consequências da crise.
Pandemia do Coronavírus: impactos na economia
O que podemos esperar da crise econômica causada pelo Covid-19?
A pandemia do Covid-19 atingiu o mundo inteiro, e não é segrego que ela está causando
grandes impactos na economia global. Com quedas na bolsa, incerteza e episódios de escassez
no abastecimento de produtos essenciais, não é de se espantar.
Além disso, a isolação social teve grande impacto nas taxas de desemprego. Muitos estão
impedidos de trabalhar ou sofreram reduções na jornada e salário. É claro, os efeitos também
foram sentidos pelas empresas, em especial as menores.
Varejistas e os setores de serviços e turismo foram os maiores nos seus negócios. O consumo
caiu, e sem a estrutura e capital que os gigantes do mercado possuem, o pequeno
empreendedor se vê em apuros.
Números da crise econômica no Brasil
A pandemia do Coronavírus já levou mais de 1.5 milhão de brasileiros para o seguro-
desemprego. A alta dos pedidos, em comparação com o mesmo período no ano passado, foi
de 31%. Ainda, quem não perdeu o emprego provavelmente teve seu salário ou jornada
reduzidos.
O volume de serviços em março, divulgado pelo IBGE, mostrou um recuo de 6,9% em
comparação com fevereiro, já com ajuste sazonal. Infelizmente, trata-se da pior queda da série
histórica.
Na indústria, também houve problemas. Em uma pesquisa da FGV com 1006 empresas da
indústria da transformação, 14,4% afirmaram ter paralisado a produção em abril. Além disso, a
produção industrial brasileira encolheu 9,1% em março, na comparação com o mês anterior.
Finalmente, a prévia do PIB (IBC-Br), caiu 5,9% em março.
Fator da instabilidade política no Brasil
Além da pandemia, que afeta o mundo todo, o Brasil também atravessa um período de
instabilidade política. São constantes trocas de ministros, pedidos de impeachment e tensões
entre o Executivo e o Legislativo, sem falar na discordância entre o Presidente e
Governadores.
O cenário afeta também a taca de câmbio: o dólar disparou, e o real foi a moeda que mais se
desvalorizou entre os países emergentes.