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Mercado Financeiro em meio a

pandemia do Covid-19, o que


esperar?
Todos os dias somos bombardeados de notícias sobre a pandemia causada pelo
coronavírus, os impactos na saúde, na economia e no mundo em geral.

Desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou o esse vírus como uma
pandemia, as orientações para lidar com essa nova doença acabaram por mudar o
comportamento das pessoas. O isolamento social foi a principal orientação para que a
curva de contágio seja achatada, assim impedindo um colapso no sistema de saúde.

Com a medida de distanciamento social, onde as pessoas estão sendo obrigadas a ficar
em casa, as empresas adoram o home office como modelo de trabalho para que suas
atividades não parem. Mas nem todos os setores conseguiram se enquadrar nessa nova
configuração de trabalho.

O comércio foi o que mais sofreu com tudo isso, empresários varejistas estão sendo
obrigados a ficar de portas fechadas, principalmente em grandes centros de comércio,
como shoppings em que a aglomeração de pessoas é mais evidente. Apenas serviços
essenciais ainda continuam operando normalmente, supermercados, farmácias, padarias,
prontos socorros e outros.

A matemática disso é: pessoas trabalhando menos é igual a pessoas comprando menos,


gerando impacto direto no mercado financeiro de investimentos.

O que podemos esperar do mercado financeiro


em meio a tudo isso?
Em contrapartida, para combater os efeitos do coronavírus na economia, o Banco Central
(BC) lançou um conjunto de medidas que aumentará a liquidez do Sistema Financeiro
Nacional (SFN) em R$ 1,2 trilhão.

Essas medidas são:

 Redução adicional do compulsório;


 Aperfeiçoamento nas regras do Liquidity Coverage Ratio;
 Dispensa de provisionamento para renegociação de operações de crédito;
 Redução do Adicional de Conservação de Capital Principal dos bancos;
 Compromisso de revenda.de títulos soberanos em dólar;
 Novo Depósito a Prazo com Garantias Especiais;
 Flexibilização nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs);
 Empréstimo com lastro em debêntures;
 Maior possibilidade dos bancos recomprarem suas próprias letras
financeiras;
 Overhedge de investimentos em participações no exterior;
 Tratamento tributário do Overhedge;
 Injeção de recursos de prazos mais longos pelo BC via operações
compromissadas com lastro em Títulos Públicos Federais (TPFs);
 Redução do spread do nivelamento de liquidez;
 Autorização para fintechs emitirem cartões de crédito e se financiarem no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
 Intervenções nos mercados de câmbio – já implementada;
 Linha de swap de liquidez em dólares americanos – já implementada;
 Ações com o Tesouro Nacional – já implementada;
 Programa de Empréstimos para Folha de Pagamentos (FOPA) – em
elaboração;
 Empréstimo com lastro em letras financeiras garantidas por operações de
crédito – em elaboração.

O papel governamental e das empresas em meio à


crise
Mas nem tudo é desesperador. Existem uma série de medidas que o governo tem trazido
para diminuir o máximo possível os danos causados por essa pandemia, tanto para a
população mais vulnerável (classe trabalhadora) quanto as empresas que já tem mostrado
alguns sinais de desaceleração financeira.

No Brasil, por exemplo, no último mês o governo adotou algumas medidas de contenção
para minimizar o impacto dessa pandemia na economia interna. Além disso as empresas
também devem observar e se adequar a um novo movimento da sociedade pós-
coronavírus. O mundo não será mais o mesmo e somente aquelas empresas que
conseguirem enxergar primeiro quais mudanças devem ser adotadas e entender que
precisam se reinventar o mais rápido possível, vão sobreviver de fato.

A transformação digital é um assunto que já vem sendo abordado a algum tempo e que
agora chegou com os dois pés na porta. Muitas empresas tiveram que adotar forçadamente
algumas medidas como o home office (como dito anteriormente) e isso muitas vezes não
significa cuidado ou qualidade. Existem muitos riscos no ambiente digital que devem ser
levados muito a sério.

Mas, apesar de toda transformação, ninguém até hoje conseguiu dizer com certeza como
será o futuro. A cada dia que passa a pandemia fica mais imprevisível, e ainda temos
informações pouco confiáveis a respeito da sua dimensão. Uma pesquisa da London
School Of Hygiene And Tropical Medicine na Inglaterra, estima que os casos
oficialmente divulgados no Brasil na verdade representam apenas 11% do número real.

A única certeza é que o mundo não será o mesmo. Quem agora estiver mais atento às
transformações e se mantiver informado, conseguirá tomar as decisões mais certas no
tempo certo e assim ter mais probabilidade de um futuro promissor em breve.

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