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Aluno da Faculdade de Santo Antônio da Platina – Fanorpi
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Bacharel em Administração, especialista em MKT e GP
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Abstract
The year 2020 acquired significant symbolic value in the history of humanity. For the
first time, the globalized capitalist world experienced an unprecedented health crisis
due to the COVID-19 pandemic. Borders were closed, people were rapidly infected
and succumbed, often unable to access healthcare services due to the overcrowding
of facilities. The economy was also profoundly affected by this scenario, as measures
restricting the movement of people, known as lockdowns, were implemented to curb
the virus's spread. However, these measures hindered business operations, leading
to widespread unemployment, particularly impacting small and medium-sized
enterprises. This article aims to comprehend the impacts of the COVID-19 pandemic
and its subsequent economic crisis on small and medium-sized enterprises in Brazil.
It seeks to evaluate the various solutions devised by entrepreneurs to overcome the
challenges posed, as well as the influence of an entrepreneurial mindset as a tool
capable of providing solutions to the problems arising from the economic crisis and
lockdown measures.
Observação da realidade
Pontos-chaves
Teorização
Essa crise de saúde pública se caracterizou por uma série de medidas de mitigação,
como o isolamento social, o uso generalizado de máscaras faciais e a imposição de
restrições a grandes eventos e reuniões públicas. Além disso, a disseminação
incontrolada do vírus resultou em taxas de mortalidade significativas e na
sobrecarga dos sistemas de saúde em vários países. O impacto direto na vida
cotidiana das pessoas foi imediato e transformador. As medidas de isolamento social
alteraram radicalmente a forma como as pessoas interagem, trabalham, estudam e
socializam. O fechamento de escolas e universidades levou à rápida adoção do
ensino à distância, desafiando tanto educadores quanto alunos a se adaptarem a
uma nova realidade de aprendizado. Além disso, o isolamento social afetou a saúde
mental das pessoas, gerando aumento do estresse, da ansiedade e da solidão. A
interrupção das rotinas diárias, a incerteza em relação ao futuro e a falta de contato
social tiveram impactos negativos significativos no bem-estar psicológico.
A pandemia também gerou desafios econômicos substanciais para muitos. O
fechamento de empresas e as restrições de mobilidade resultaram em uma queda
acentuada na atividade econômica e em taxas de desemprego crescentes. De
acordo com dados do IBGE, 20 estados brasileiros tiveram a taxa de desemprego
recorde no ano de 2020, e a taxa média subiu de 11,9% de desempregados em
2019, para 13,5% em 2020. (IBGE, 2021). Além disso, a maioria das empresas teve
que mudar seu plano estratégico para 2020 para se adaptar à crise emergente
(Backes, et al, 2020). Estima-se que a pandemia tenha ocasionado a pior crise
econômica mundial em 100 anos, tendo afetado a economia em aproximadamente
90 trilhões de dólares (Jackson, Weiss, Schwarzenberg, & Nelson, 2020).
O estudo de Cowling, Brown e Rocha (2020) constatou que as
microempresas estavam mais suscetíveis a riscos de fechamento a curto e médio
prazo, principalmente devido à falta de reservas financeiras para manter o
funcionamento durante os períodos de lockdown mais severos. Tal cenário se
agrava à medida que essa categoria de empresas é responsável por cerca de 30%
das riquezas geradas no setor de comércio brasileiro (SEBRAE, 2023), um cenário
muito comum em países emergentes, como os latinos americanos, sul africanos e
algumas nações asiáticas.
No entanto, diante desse cenário de crise iminente, um dado chama bastante
a atenção: no ano de 2020 1,044 milhões de empresas foram fechadas, enquanto
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Hipótese de solução
relacionamento sólido, emerge uma base de clientes fiéis que mantêm uma relação
de longo prazo com a organização. Isso, por sua vez, possibilita um crescimento
sustentável, caracterizado pela expansão tanto no âmbito mercadológico quanto nas
esferas pessoais, consolidando, assim, uma relação mutuamente benéfica entre
cliente e empresa que se torna imprescindível em momentos de crise financeira.
No entanto, o comércio online ou e-commerce foi a estratégia que
demonstrou o maior impacto positivo. De acordo com uma pesquisa da Ebit-Nielsen,
durante o primeiro semestre de 2020 houve um aumento de 47% no faturamento
das lojas virtuais. No mês de abril do mesmo ano, em um cenário de início da
pandemia, o aumento foi de 87% (Ebit-Nielson, 2021). O comércio eletrônico,
abreviado como "e-commerce," é um processo que envolve a compra e venda de
produtos por meio de dispositivos eletrônicos com o intermédio da Internet. Este
fenômeno abrange não apenas o setor de varejo e compras online, mas também
envolve transações eletrônicas em geral. Tal ferramenta facilitou o acesso a uma
ampla variedade de produtos, anteriormente inacessíveis, de forma imediata, uma
vez que, com um simples clique, é possível explorar ofertas de concorrentes,
selecionar marcas, consultar as avaliações de outros consumidores sobre os
produtos em análise, tudo em tempo real. O e-commerce, portanto, refere-se a
transações comerciais realizadas integralmente no ambiente online. Desde a
seleção do produto pelo consumidor até a conclusão do pedido, incluindo o
pagamento, todo o processo ocorre por meios digitais. Assim, no comércio
eletrônico, a única fase que envolve o mundo físico é a logística relacionada à
entrega das encomendas aos compradores (Premebida, 2020 apud Silveira, 2020).
Dessa maneira, o comércio eletrônico passou a desempenhar um papel
central na interação entre empresas e consumidores. Estes últimos tornaram-se
mais exigentes em suas compras, já que agora têm a capacidade de adquirir
produtos de qualquer lugar por meio da internet, evitando filas e desfrutando da
conveniência de realizar uma pesquisa detalhada para comparar o preço e a
qualidade dos itens disponíveis. Essa dinâmica obrigou as empresas a se
reinventarem, com o propósito de atrair e manter sua clientela, bem como a se
adaptarem às novas transações comerciais. Diante desse cenário, as empresas de
pequeno e médio porte que funcionavam majoritariamente no espaço físico que se
adaptaram mais rapidamente a essa realidade do e-commerce puderam observar
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Aplicação à realidade
Passado pouco mais de 1 ano após o governo federal ter decretado o final do
estado de emergência em saúde pública, no dia 22 de abril de 2022, os efeitos da
pandemia ainda podem ser observados na economia brasileira e também mundial.
Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), um terço da economia
mundial deve estar em recessão no ano de 2023, no qual este artigo foi redigido. A
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Referências
E-commerce deve movimentar R$186 bilhões até o fim de 2023. InvestSP, 2023.
Disponível em:
https://www.investe.sp.gov.br/noticia/e-commerce-deve-movimentar-r-186-bilhoes-at
e-o-fim-de-2023/
HARARI, Yuval Noah. Sapiens - Uma breve história da humanidade. Companhia das
Letras, São Paulo, 2020.
Jackson, J. K., Weiss, M. A., Schwarzenberg, A. B., & Nelson, R. M. (2020) Global
economic effects of COVID-19. Congressional Research Service. Acessado em
2 de novembro de 2023. Disponível em: https://fas.org/sgp/crs/row/R46270.pdf.