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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
TÉCNICAS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

VITÓRIA MARIA DA SILVA DOS SANTOS

AS EXPECTATIVAS E DESAFIOS DO MERCADO NO PERÍODO DA


PANDEMIA: UM ESTUDO DE CASO DAS EMPRESAS DO RAMO DE
FRALDAS DESCARTÁVEIS

Feira de Santana - Ba
2021

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VITÓRIA MARIA DA SILVA DOS SANTOS

As expectativas e desafios do mercado no período da


pandemia: um estudo de caso das empresas do ramo de
fraldas descartáveis

Atividade apresentada na disciplina


de Técnicas de pesquisas em
Administração, ministrada pela Prof.
Dra. Ana Barreiros, na Universidade
Estadual de Feira de Santana.

Feira de Santana - Ba
2021

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SUMÁRIO

TEMA:.....................................................................................................................................4
PROBLEMA OU QUESTÃO NORTEADORA:.................................................................4
JUSTIFICATIVA:...................................................................................................................4
OBJETIVO:............................................................................................................................5
METODOLOGIA:..................................................................................................................5
MÉTODO:...............................................................................................................................5
INSTRUMENTO DE LEVANTAMENTO DE DADOS:.....................................................5
INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE DADOS:....................................................................5
UNIVERSO:...........................................................................................................................5
AMOSTRA:............................................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO:.............................................................................................................6
2. REFERENCIAL TEÓRICO:.........................................................................................7
2.1 CORONACRISE: A PANDEMIA, A ECONOMIA E A VIDA...............................7
2.2. PARA ALÉM DA QUARENTENA: IMPACTOS DA CRISE PELO COVID-19 NA
ECONOMIA............................................................................................................................9
2.3. POLÍTICAS ECONÔMICAS ADOTADAS FRENTE À PANDEMIA NO MUNDO
E NO BRASIL......................................................................................................................12
CONSIDERAÇÕES FINAIS:.............................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:...............................................................................15

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TEMA:  As expectativas e desafios do mercado no período da pandemia: um
estudo de caso das empresas do ramo de fraldas descartáveis 

PROBLEMA OU QUESTÃO NORTEADORA:

De que maneira as médias empresas reagem às estratégias de marketing e


crise pandêmica?

JUSTIFICATIVA: 
  Nosso mundo tem passado por uma crise de proporções pandêmicas.
Como um raio, o coronavírus assolou um país após o outro. Mudou a vida
como a conhecíamos. Durante o auge da pandemia, as fronteiras
internacionais se fecharam. Escolas suspenderam as aulas, restaurantes
deixaram de abrir, eventos esportivos e grandes convenções foram
cancelados. Muitas medidas foram adotadas para resguardar a saúde das
pessoas e da economia. Empresas mudaram seu foco de trabalho e orientaram
os funcionários a trabalhar em regime home office. O que era um estudo antes
de tudo acontecer, tornou-se realidade, o que possibilitou a sobrevivência de
muitos negócios. Tudo virou um caos. A população foi instruída a evitar
aglomerações. O “distanciamento social” se tornou o assunto predominante
das notícias.
Com essa crise de saúde global que vivemos, muitos empreendedores
se perguntam como lidar com o coronavírus e o seu impacto nos negócios. As
empresas precisaram acelerar a jornada de transformação, o que permitiu que
muitas elevassem a maturidade de sua gestão, especialmente em temas
relacionados à continuidade de negócios. O momento é complicado e, com
razão, inspira a preocupação de milhões de empresários na busca de
caminhos para proteger a saúde da equipe ao mesmo tempo em que se
procura manter as contas da empresa em dias.
E são em momentos de crise, que o empreendedorismo, por
necessidade, ganha forças. Diversos brasileiros arregaçam as mangas e
buscam por soluções novas para continuar vendendo na esperança de virar o

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jogo. E as empresas precisam se adaptar e se preparar para essa nova fase.
Agora, novas medidas estão sendo implementadas, a vacinação já está em
andamento, e vemos “uma luz no fim do túnel”. Porém, nem tudo será como
era antes. As mudanças causadas pela pandemia impactaram os hábitos dos
consumidores e as relações de consumo.
Com os desafios impostos às organizações pela crise do novo
coronavírus (COVID-19), abre-se a questão de como os negócios vão continuar
no cenário durante e pós-pandemia. O impacto provocado pela crise não tem
precedentes. Porém, a capacidade de reação rápida acelera as mudanças
necessárias para a continuidade das operações com o mínimo de danos
possível. Desse modo, torna-se importante um estudo mais amplo a respeito
desse assunto, visando o desenvolvimento de ações em prol das reações
empresariais lidando com os impactos da recessão pandêmica.

OBJETIVO: 
Identificar de que maneira as médias empresas do ramo de fraldas
descartáveis reagem às estratégias de marketing e crise pandêmica.
METODOLOGIA: 
Qualitativa

MÉTODO: 
Estudo de caso exploratório

INSTRUMENTO DE LEVANTAMENTO DE DADOS: 


Questionário 

INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE DADOS:


Análise de conteúdo 

UNIVERSO: 
Empresas de Terceiro Setor

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AMOSTRA: 
Empresa X 

1. INTRODUÇÃO:
O cenário mundial nos últimos meses vem apresentando uma crescente
mudança em decorrência da pandemia do Coronavírus, que segundo o
Ministério da Saúde (BRASIL, 2020a), é uma doença causada pelo novo
SARSCoV-2, uma família de vírus que causa infecções respiratórias graves.
Por tratar-se de uma patologia com um alto grau de contágio, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) estipulou medidas e procedimentos a fim de evitar
um potencial surto. Coincidentemente, os países também desenvolveram
medidas cabíveis a cada local.
A pandemia do novo coronavírus, apesar de ser uma crise sanitária, tem
reflexos diretos nos aspectos econômicos. O atual cenário sanitário e
econômico provocado pela pandemia é um fato recente em que o mundo todo
está vivenciando. Há décadas não ocorria uma crise de tamanha proporção
que pudesse provocar impactos tão profundos.
Embora o mercado de fraldas descartáveis mantenha-se restrito, é
grande seu potencial de crescimento futuro. Investimentos, modernização e
desenvolvimento de novos produtos já estão sendo questionados pelos
fabricantes locais. Ainda que os efeitos sanitários e econômicos da covid-19
permaneçam, a indústria tem feito a sua parte para ajudar o Brasil na travessia
deste período mais agudo da crise que enfrentamos. Em todo território, o setor
produtivo mostra solidariedade e velocidade de resposta, realizando ajustes
rápidos em linhas de produção para atender necessidades básicas da
população.
Neste momento em que a sociedade é afetada por uma pandemia, o
cenário é de grandes incertezas com relação a recuperação do mercado,
sobretudo porque o agente viral que impulsiona a crise ainda é desconhecido.
No entanto, fazendo uso de nossa capacidade de transformação, medidas
como o trabalho em regime de home office, a solidariedade, webinars
(conferência online) e etc., são hábitos que compõem o chamado "novo
normal" e que, a curto prazo, trouxe soluções para os impactos

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experimentados pela pandemia e influenciará o comportamento do mercado
nos próximos anos. Logo, um novo processo de mudança se iniciou.
Devido a esse fato, o presente trabalho tem como objetivo identificar de que
maneira as médias empresas do ramo de fraldas descartáveis reagem às
modificações do mercado em meio à pandemia, além de estudar e investigar
as adequações necessárias nas mesmas, baseadas nos protocolos propostos
para prevenir os prejuízos da pandemia no setor produtivo. Com base na
realização de uma pesquisa de metodologia qualitativa e utilizando o método
de estudo de caso exploratório em textos e documentos, no Google
Acadêmico, Scielo, referentes aos enfrentamentos empresariais diante à crise
pandêmica, tomando como base médias empresas, especificamente do ramo
de fraldas descartáveis, o presente trabalho busca responder, a seguinte
questão norteadora: De que maneira as médias empresas reagem às
estratégias de marketing e crise pandêmica? E a esse respeito, o mesmo autor
expõe que esse tipo de pesquisa tem como propósito uma familiarização com o
tema em questão, visto que o objeto de estudo é recente.

2. REFERENCIAL TEÓRICO:
2.1 CORONACRISE: A PANDEMIA, A ECONOMIA E A VIDA
Em todo o mundo, bilhões de pessoas estão sendo afetadas pela
pior crise de saúde desde a Gripe Espanhola, em 1918. Somente na
Grande Depressão de 1929, a economia global esteve sob tamanha
pressão, com países e empresas em dificuldades econômico-
financeiras, e crescimento do desemprego.
Medidas de isolamento e distanciamento social visando à redução
da circulação de pessoas têm sido amplamente adotadas em grande
parte do mundo e, embora variem em espectro, tais ações têm
impactado severamente a mobilidade de pessoas, com consequências
sobre consumo, serviços e atividade industrial, reduzindo as
expectativas para o crescimento econômico mundial e trazendo
impactos para a demanda global de comercialização.
Os impactos econômicos causados pela pandemia da covid-19
geraram profundas transformações mercadológicas que vão muito além
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da nem tão simples queda de diversos setores e da ascensão de outros.
Isso porque, com novas configurações e comportamentos sociais
inéditos, empresas de setores diferentes acabaram se vendo em um
cenário digital altamente competitivo; logo, tiveram de adotar estratégias
ágeis para adaptarem suas infraestruturas à nova configuração de
mercado, em busca de flexibilidade e mais automação.
Com essa crise de saúde global que vivemos, muitos
empreendedores se perguntam como lidar com o coronavírus e o seu
impacto nos negócios. As empresas precisaram acelerar a jornada de
transformação, o que permitiu que muitas elevassem a maturidade de
sua gestão, especialmente em temas relacionados à continuidade de
negócios. O momento é complicado e, com razão, inspira a preocupação
de milhões de empresários na busca de caminhos para proteger a saúde
da equipe ao mesmo tempo em que se procura manter as contas da
empresa em dias.
E embora seja um momento de incertezas e seja difícil prever o
tamanho do impacto na economia, alguns segmentos se destacam e
indicam mudanças de longo prazo que podem ser adotadas. A palavra
colapso vem sendo muito mencionada ao longo da pandemia de covid-
19, sendo associada à preocupação em assegurar capacidade de
atendimento nos diversos sistemas de saúde. Além disso, traz uma
definição também para a qualificação atribuível a diversos mercados
que, com a pandemia, enfrentaram múltiplos choques, seja por variação
desproporcional da demanda, seja pela disrupção de cadeias produtivas
por conta da necessária revisão ou interrupção de processos produtivos
e fluxos logísticos.
Com a ideia do isolamento social, as fronteiras internacionais se
fecharam. Escolas suspenderam as aulas, restaurantes deixaram de
abrir, eventos esportivos e grandes convenções foram cancelados.
Muitas medidas foram adotadas para resguardar a saúde das pessoas e
da economia. Ainda assim, mesmo àqueles que conseguiram de alguma
forma dar continuidade em seu funcionamento, passaram a enfrentar
uma alteração nos modos de consumo da sociedade, que é resultado da
incerteza do gerada pela crise. A economia mundial parou. A recessão

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que já estava em curso acelerou-se e aprofundou-se por conta do vírus,
tornando-se global e mais grave que a crise financeira de 2008, devendo
superar também em profundidade e duração a Grande Depressão de
1929.
O impacto provocado pela crise não tem precedentes. Porém, a
capacidade de reação rápida acelera as mudanças necessárias para a
continuidade das operações com o mínimo de danos possível. O atual
cenário sanitário e econômico provocado pela pandemia é um fato
recente em que o mundo todo está vivenciando. Há décadas não ocorria
uma crise de tamanha proporção que pudesse provocar impactos tão
profundos. Neste momento em que a sociedade é afetada por uma
pandemia, o cenário é de grandes incertezas com relação a recuperação
do mercado, sobretudo porque o agente viral que impulsiona a crise
ainda é desconhecido.
No entanto, fazendo uso de nossa capacidade de transformação,
medidas como o trabalho em regime de home office, a solidariedade,
webinars (conferência online) e etc., são hábitos que compõem o
chamado "novo normal" e que, a curto prazo, trouxe soluções para os
impactos experimentados pela pandemia e influenciará o
comportamento do mercado nos próximos anos. Logo, um novo
processo de mudança se iniciou.
2.2. PARA ALÉM DA QUARENTENA: IMPACTOS DA CRISE PELO
COVID-19 NA ECONOMIA
A crise que afeta o Brasil decorrente da pandemia relacionada ao
Covid-19, tem grande reflexo em todos os segmentos empresariais.
Seus efeitos foram sentidos rapidamente em vários países, isso porque
no curto prazo, o setor de consumo é o que mais contribui para o
crescimento econômico. As consequências da parada total ou parcial
das atividades produtivas, gerou impactos que refletirão no longo prazo,
sendo que para alguns países a crise econômica será mais profunda e
duradoura do que para outros.
As operações empresariais no Brasil, notadamente as de
organizações de portes micro e pequeno, já estavam sendo desafiadas
a permanecer em funcionamento, em virtude da crise econômica no

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período de 2014 a 2017 (BARBOSA FILHO, 2017) quando, no início de
2020, se depararam com um desafio muito maior – o da restrição ao seu
funcionamento, em decorrência do contágio do novo coronavírus,
intitulado de Covid-19.
Oriundo da China, da cidade de Wuhan, o novo coronavírus
demonstrou uma capacidade impressionante em se disseminar e de
contaminar pessoas, em nível global, de forma muito rápida e com nível
de letalidade próximo de 7%, levando a óbito principalmente as pessoas
nas faixas etárias mais elevadas ou com histórico de algum tipo de
comorbidade, como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros.
Atuando essencialmente sobre o sistema respiratório da pessoa
infectada, o Covid19 reduz a sua capacidade de oxigenação, o que nas
pessoas do referido grupo de risco, implica a demanda por tratamento
intensivo e ocupação de respiradores mecânicos, por períodos
temporais que podem exceder 15 dias, o que, na maioria das vezes,
representa o risco de esgotamento da capacidade operacional do
sistema de saúde (BRASIL, 2020).
O sistema de capitalismo moderno é estimulado e fomentado pelo
empreendedorismo, pela inovação, pela interação social, pela
colaboração, compartilhamento, ... que se apoia na ideia de coletividade,
de pessoas com vida social pujante, consumindo, nutrindo desejos de
consumo, sonhando com oportunidades de crescimento pessoal, sendo
reconhecidas por pessoas do seu grupo social específico, planejando
constituir famílias, financiar projetos pessoais ou profissionais, serem ou,
no mínimo, almejarem a felicidade, seguindo os ditames preconizados
do sistema econômico e social vigente (BOTELHO; GUISSONI, 2016).
Com o isolamento social muitos dos projetos pessoais e
profissionais foram abortados, não apenas no curto prazo, mas,
dependendo do tipo do sonho ou do projeto, no prazo médio ou longo.
Com o obrigatório encerramento das atividades consideradas não
essenciais pelos agentes governamentais, por períodos de tempo que,
em muitos casos, excederam 45 dias, maioria das operações
empresariais, que já operavam no limite de sua capacidade financeira,
devido ao longo período da maior crise econômica que o país já passou,

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no período de 2014 a 2017, que não tinham o caixa suficiente para
honrar os compromissos com seus fornecedores, 8 funcionários, entre
outros, foram obrigados a encerrar a operação (BARBOSA FILHO,
2017).
Vindo ao encontro com as dificuldades enfrentadas pelas
empresas em razão do isolamento social estabelecido globalmente, o
governo Federal homologou algumas medidas legais para auxiliar as
organizações, principalmente as micro e pequenas empresas, no
enfrentamento da crise financeira e econômica que se assolou em meio
à pandemia global de COVID-19.
As micro e pequenas empresas possuem grande importância para
o funcionamento e o desenvolvimento a economia nacional, evidenciado
pelo aumento da quantidade de micro e pequenas empresas em
funcionamento nas últimas duas décadas, impulsionando a geração dos
postos de trabalho, principalmente nos momentos de crise econômica.
Os líderes estão voltando suas atenções rapidamente para o Depois, um
período de recuperação econômica sem precedentes e provavelmente
tímida, com novas ameaças competitivas e oportunidades, e muito
possivelmente uma década de um Nunca Normal, uma nova era definida
por rápidos movimentos de mudança em normas culturais, valores
sociais e comportamentos, tais como maiores demandas por práticas de
negócios responsáveis e propósitos de marca renovados.
Neste cenário difícil, os gestores encaram a urgência e a
complexidade de permanecer com seus negócios, mesmo que se
reerguendo aos poucos. Para driblar a incerteza, a reabertura também
requer um programa de reinvenção. Isto apresenta uma
oportunidade―e uma necessidade―para muitas companhias de
construir as competências nas quais elas queriam ter investido antes:
ser mais digitais, alimentadas por dados, operando na nuvem; ter mais
estruturas de custos variáveis, operações e automação mais ágeis,
capacidades mais resilientes em e-commerce e segurança. Os líderes
deverão considerar estes passos a dar para reabrir como sendo os
prioritários na jornada para uma transformação mais ampla.

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Ao mesmo tempo em que se preconiza o isolamento social, este
afeta muito as empresas, seja na produção, venda ou prestação de
serviços. No entanto, atualmente se reforça o conhecimento de que o
Brasil é destacado pela criatividade do seu povo e por “dar um jeitinho”
nos momentos de dificuldade, mas agora nem todos estão conseguindo
visualizar oportunidades dentro desta situação. Outro fator que está
afetando as empresas, principalmente as pequenas, são as medidas de
segurança, elas geram custos aos empreendimentos que antes não
eram recomendados pelas agências de vigilância em saúde.

2.3. POLÍTICAS ECONÔMICAS ADOTADAS FRENTE À PANDEMIA NO


MUNDO E NO BRASIL

Face à pandemia, além de conclamar os Bancos Centrais a estimular a


demanda e a confiança ao garantir liquidez, crédito e condições financeiras, o
Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda aos países ampliar
urgentemente os gastos com saúde e buscar medidas de apoio aos mais
vulneráveis (FMI, 2020). Ainda, segundo a instituição, a política fiscal precisa
urgentemente apoiar indivíduos e empresas afetados durante a pandemia.
Caso os danos econômicos sejam mais duradouros, o FMI aponta que serão
necessários estímulos fiscais adicionais para evitar danos econômicos de longo
prazo. Na mesma tônica, o Banco Mundial recomenda que países em
desenvolvimento ampliem gastos com saúde, fortaleçam as redes de proteção
social com transferência de renda e atendimento de saúde gratuito para os
mais vulneráveis, apoiem o setor privado com crédito no curto prazo, isenções
fiscais ou subsídios, além de atuar para suavizar movimentos do mercado
financeiro (Banco Mundial, 2020).

Devido à essa crise econômica e financeira instaurada em meio à


pandemia de COVID-19 o governo brasileiro viu-se obrigado a editar medidas
para auxiliar as empresas no enfrentamento deste período adverso. Os
governos Federais, Estaduais e Municipais editaram legislações conforme suas
disponibilidades para tentar cooperar com um auxílio financeiro para as
empresas com sede no Brasil, principalmente para as micro e pequenas
empresas, as quais geralmente não possuem uma boa gestão do seu capital

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de giro, sendo assim, geralmente não possuem reservas para eventuais
emergências (SOBRAL; CARDOSO; SANCHES, 2017).

Muitas empresas tiveram que manter-se de portas fechadas, sendo


impedidas de desenvolver suas atividades econômicas por algum período.
Pode se citar, a título de exemplo, as atividades de comércio, por exemplo, na
cidade de Porto Alegre – RS, que através do Decreto nº 20.534 de 31 de março
de 2020, todas as atividades não essenciais ficaram impedidas de operar. As
empresas que permaneceram impedidas de continuar suas operações,
estiveram amparadas legalmente para realizar antecipação de férias e a
compensação das horas transcorridas nas licenças remuneradas através de
banco de horas, permitidas pela MP nº 927/2020. Algumas empresas, de
prestação de serviços, que não puderam 11 suspender suas atividades
totalmente, se utilizaram do teletrabalho para atender suas demandas
remotamente, quando possível.

Com o intuito de proporcionar um alívio financeiro para as empresas


enquadradas neste regime de tributação, o Comitê Gestor do Simples Nacional
homologou a Resolução nº 154 de 03 de abril de 2020, que prorrogou o
pagamento dos tributos federais, devidos pelas empresas tributadas pelo
Simples Nacional com vencimento em abril, maio e junho para os meses de
outubro, novembro e dezembro. A Resolução nº 154/2020 também prorrogou o
pagamento dos tributos estaduais e municipais, devidos pelas empresas
tributadas pelo Simples Nacional, com vencimento em abril, maio e junho para
os meses de julho, agosto e setembro, respectivamente.

Desta forma cada empresa podia organizar suas finanças e, caso não
tivesse disponível o valor integral do DAS, pôde quitar parte dos tributos no
primeiro vencimento e o saldo no vencimento posterior, aliviando, parcialmente,
a pressão sobre seu capital de giro. Outra medida adotada pelo governo
federal foi o lançamento do Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e Renda, através da Medida Provisória nº 936 de 1º de abril de 2020,
cuja foi convertida na Lei nº 14.020 de 6 de julho de 2020. A Lei nº 14.020/2020
determina a possibilidade de suspensão ou redução de jornada do contrato de
trabalho com auxílio financeiro disponibilizado aos trabalhadores, tendo como

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principal objetivo reduzir os impactos sociais, neste momento de calamidade
pública.

Em consequência, para as empresas, ocorre uma redução nos


desembolsos financeiros com a folha de pagamento. De acordo com o
Ministério da Economia, com estas medidas, estima-se que 8,5 milhões de
empregos serão preservados e um total de 24,5 milhões de trabalhadores
receberão o benefício, representando um valor aproximado de 51,2 bilhões de
reais. No entanto, ainda, de acordo com o Ministério da Economia deverá
ocorrer uma redução de 15% na renda média dos trabalhadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Provavelmente o mundo não voltará a ser como era antes, pois os novos
hábitos de consumo vieram para dar nova configuração ao mercado. É fato que
o pensamento do consumidor se transformou, e o planejamento das empresas
deve seguir essa nova realidade. A necessidade de ficar em casa está levando
os consumidores a desenvolverem uma nova visão sobre suas prioridades em
relação a despesas com itens não essenciais e na forma como adquirem seus
produtos.
A preocupação das empresas deve ser em atender de maneira célere e
satisfatória às necessidades dos consumidores, cada vez mais presentes no
ambiente virtual e atentos aos preços, promoções e à conveniência na compra.
Uma boa experiência de compra online será um diferencial e a relação entre
custo e benefício será cada vez mais priorizada pelos clientes. Além disso, a
comunicação eficaz e ampla com os consumidores e a preocupação das
empresas com a sustentabilidade são atributos cada vez mais observados
pelos consumidores na opção pela comora em alguma empresa. Em tempos
onde o isolamento social é essencial, o e-commerce vem ampliando sua
importância e certamente deverá se manter em ascensão no período pós-
pandemia.
Desse modo, é fundamental que as empresas construam e
desenvolvam estratégias adequadas para o fomento às compras remotas, de
maneira a aproveitar todas as oportunidades que estão emergindo no atual
cenário brasileiro. Também é de fundamental importância que as empresas
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prezem pela eficácia de seus canais digitais de contato com os clientes, diante
do maior volume de consumidores iniciantes no âmbito virtual, visto que, estes
apresentam mais dúvidas e dificuldades no processo de compra. Reforçar o
relacionamento com o consumidor, tirando suas dúvidas e fornecendo um
atendimento personalizado são fatores que agregam valor à empresa e se
constituem como diferencial para fidelização dos clientes.
Constata-se, desse modo, que a pandemia acelerou o futuro de
implementação maciça do comércio digital, gerando um crescimento acima da
média de novos usuários do e-commerce no Brasil e impondo aos empresários
a necessidade de se reinventarem, elaborarem estratégias de marketing e
adaptarem seus negócios ao novo contexto de consumo. A estratégia vem se
mantendo vantajosa, existindo grande tendência de que sejam mantidas estas
técnicas de vendas no período pós-pandemia.
Este trabalho está distante de esgotar as discussões sobre os impactos
do coronavírus na economia brasileira. Apesar do enfoque desta discussão ter
sido o econômico, é importante ressaltar que, na medida em que outros países
do mundo já superaram, mesmo que parcialmente, o vírus, o Brasil ainda
apresenta números recordes de infectados e de mortos, o que sugere que a
crise política é um obstáculo para a superação da crise sanitária e econômica.
As micro e pequenas empresas são essenciais para a economia
nacional, visto que elas garantem a maior geração de empregos e renda para
os brasileiros nos últimos anos, razão pela qual possuem seu próprio estatuto,
o qual garante tratamento diferenciado e estímulos para que os pequenos
negócios cresçam continuamente e permaneçam impulsionando a economia do
país.

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internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019 .
Brasília, 06 fev. 2020. Disponível em:
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______. Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020. Institui o Programa Nacional de
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15
desenvolvimento e o fortalecimento dos pequenos negócios; e altera as Leis
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9.790, de 23 de março de 1999. Brasília, 18 maio 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Lei/L13999.htm> .
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______. Lei nº 14020, de 06 de julho de 2020. Institui o Programa Emergencial
de Manutenção do Emprego e da Renda; dispõe sobre medidas
complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020; altera as
Leis nos 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.101, de 19 de dezembro de 2000,
12.546, de 14 de dezembro de 2011, 10.865, de 30 de abril de 2004, e 8.177,
de 1º de março de 1991; e dá outras providências. Brasília, 06 jul. 2020.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Lei/L14020.htm> .
Acesso em: 20 jul. 2020.
______. Medida Provisória 927 de 22 de março de 2020.Dispõe sobre as
medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus (covid-19), e dá outras providências.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20192022/2020/Mpv/mpv927.htm>.Ac
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