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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia de Santana de Parnaíba


Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial

KAIO SILVA MOTA

OS REFLEXOS DA PANDEMIA COVID-19 NAS PEQUENAS


EMPRESAS

Santana de Parnaíba
2023
i

KAIO SILVA MOTA

OS REFLEXOS DA PANDEMIA COVID-19 NAS PEQUENAS


EMPRESAS

Trabalho de Graduação apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Santana de
Parnaíba como requisito parcial para a
obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão Comercial sob a orientação da
Professora Ma. Jucelaine Lopes de
Oliveira.

Santana de Parnaíba
2023
ii

(SUBSTITUIDA ESTA PÁGINA PELA FOLHA DE APROVAÇÃO


DIGITALIZADA)
iii

Este trabalho é dedicado aos cientistas e profissionais da saúde que


trabalharam incansavelmente para diminuir a propagação, as perdas e o
sofrimento causados pela pandemia da Covid-19. Em memória dos milhões
que nos deixaram.
iv

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida, pois, sem esse fôlego nada seria possível.
Aos familiares pelo amparo nas horas de anseios e dificuldades.
À direção, ao corpo docente e demais trabalhadores da educação da Faculdade
de Tecnologia de Santana de Parnaíba, pelo apoio e suporte, sem os quais as
dependências não estariam organizadas, limpas e seguras.
À professora Jucelaine Lopes pelas orientações, apoio, acolhimento, dedicação
e esforço para que esse trabalho fosse elaborado... Sempre disponível, abdicando do
seu tempo, dia e noite, sua contribuição foi de incalculável valor não só para a
conclusão deste estudo, mas para toda a nossa formação.
Agradecimento aos demais docentes e todos os colegas discentes do Curso
Superior de Tecnologia em Gestão Comercial da Faculdade de Tecnologia de
Santana de Parnaíba pela disposição, pelo debate de ideias e pela motivação para
que chegasse ao final desta grande jornada.
A todos, minha gratidão!
v

A sorte favorece os destemidos!


Virgílio
vi

MOTA, Kaio Silva, Os Reflexos da Pandemia Covid-19 nas Pequenas Empresas.


29 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Tecnólogo em Gestão Comercial. Faculdade
de Tecnologia de Santana de Parnaíba. Centro Estadual de Educação Tecnológica
Paula Souza. Santana de Parnaíba. 2023.

RESUMO

O trabalho aborda a trajetória das micro e pequenas empresas (MPEs) na região


metropolitana de São Paulo durante a pandemia de COVID-19 (2020-2021). As
restrições e medidas de isolamento, embora necessárias para conter a propagação
do vírus, prejudicaram negativamente os negócios, especialmente os que dependem
do contato direto com clientes. A resiliência das MPEs é destacada, mostrando como
muitas se adaptaram por meio de estratégias. A pesquisa, utilizando o método
qualitativo e pesquisa documental, visa identificar as situações vivenciadas dessas
empresas, proporcionando visão assertiva sobre a posição das MPEs no setor de
varejo do estado de São Paulo. A análise das dívidas das empresas revela flutuações
ao longo de 2020 e 2021, refletindo os desafios e adaptações enfrentados durante a
pandemia.

Palavras-chave: Micro e pequenas empresas; COVID-19; Gerenciamento.


vii

MOTA, Kaio Silva. The Reflexes of Covid-19 Pandemic on Small Businesses. 29


p. End-of-course paper in Technologist Degree in Commercial management.
Faculdade de Tecnologia de Santana de Parnaíba. Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza. Santana de Parnaíba. 2023.

ABSTRACT

The study explores the trajectory of micro and small businesses (MPEs) in the
metropolitan region of São Paulo during the COVID-19 pandemic (2020-2021). The
necessary restrictions and isolation measures, aimed at containing the virus spread,
adversely affected businesses, especially those reliant on direct customer interaction.
The resilience of MPEs is highlighted, showcasing how many adapted through
strategic measures. The research, employing qualitative methods and documentary
research, aims to identify the experiences of these businesses, offering an insightful
perspective on the position of MPEs in the retail sector of the state of São Paulo. The
analysis of companies' debts reveals fluctuations throughout 2020 and 2021, reflecting
the challenges and adaptations faced during the pandemic.

Keywords: Micro and small enterprises; COVID-19; Management


viii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Evolução do faturamento dos MEIs Estado de São Paulo (mês x mês
anterior) .............................................................................................................. 22
Figura 2: Comparativo de vendas: Varejo e Varejo Ampliado ................................... 24
ix

Sumário
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................10
2 REVISÃO TEÓRICA ....................................................................................................12
2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ........................................................................12
2.2 PANDEMIA DE COVID-19 .......................................................................................13
2.3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS MPEs NO BRASIL ................................14
2.4 GERENCIAMENTO DE CRISE E PLANOS DE CONTINGÊNCIA............................17
3 METODOLOGIA ..........................................................................................................19
3.1 Objetivos ................................................................................................................19
3.1.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................19
3.1.2 Objetivos Específicos............................................................................................................19
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................................22
4.1 VAREJO ..................................................................................................................24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................27
6 REFERÊNCIAS............................................................................................................29
10

1 INTRODUÇÃO

Em meados de 2019, houve os primeiros relatos de pessoas infectadas


pelo vírus que ficou conhecido como SARS-COV 2, que causa a doença
denominada COVID-19. Ocorreram hospitalizações e tratamento intensivo em
função dessa doença, sobrecarregando hospitais, o que levou autoridades a
adotarem medidas para contê-la (ROZENDO, et al., 2021).
Algumas medidas indicadas pela OMS para a contenção da COVID-19
foram o isolamento e distanciamento social, orientações seguidas por diversas
autoridades no Brasil. No entanto, tais medidas afetaram a economia,
principalmente as pequenas empresas em todo o país.
Até início de outubro de 2023, 770.778.396 pessoas haviam sido
diagnosticadas com COVID-19 em todo o planeta; destas, 6.958.499 vieram a
óbito (World Health Organization, 2023). No Brasil, houve 37.796.956 infecções
e 705.775 mortes até o mesmo mês (Ministério da Saúde, 2023, Brasil 2023).
A pandemia da COVID-19 teve um impacto significativo nos pequenos
negócios na região metropolitana de São Paulo. Um dos fatores que
concorreram para isso foram as medidas de distanciamento social e a diminuição
de circulação de pessoas, de forma que muitos negócios tiveram que fechar suas
portas temporariamente ou mesmo definitivamente.
Os setores afetados foram aqueles que dependem do contato direto com
os clientes, como bares, restaurantes, salões de beleza, lojas de roupas, entre
outros. Muitos desses estabelecimentos tiveram que se adaptar à nova
realidade, oferecendo serviços de delivery ou investindo em estratégias de
marketing digital para manter o contato com os clientes.
Diante deste cenário, muitas organizações adotaram maneiras para
continuar operando, para sobreviverem à dificuldade imposta pela COVID-19.
Entre essas novas maneiras, destacam-se: diminuição no quadro de
funcionários, redução na jornada de trabalho, diminuição em custos inflados,
fontes alternativas de financiamento e outras estratégias de negócios. Nessa
acirrada disputa, quem não obteve rápido poder de adaptação, não sobreviveu
no mercado.
11

As micro e pequenas empresas tiveram dificuldades para acessar linhas


de crédito e programas de ajuda governamental, o que acabou agravando a
situação financeira dessas empresas, sendo que vários empresários tiveram que
lidar com problemas relacionados à saúde mental e ao estresse. Além disso,
fontes indicam que de 2019 para 2020 houve uma queda de 71,7% na abertura
de pequenas empresas (CASTRO; ROCHA, 2020).
12

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

O papel das micro e pequenas empresas na conjuntura econômica


mundial é crucial, destacando-se pela geração de novos empregos que
impulsionam o desenvolvimento regional. Consequentemente, essas MPEs são
reconhecidas como elementos significativos para o crescimento econômico e a
criação de empregos, transformando as políticas de inovação em uma
ferramenta para estimular a competitividade (RADANESA, 2006).
No Brasil, diversas definições são adotadas em relação às Micro e
Pequenas Empresas (MPEs). Uma dessas definições considera o porte da
empresa, sendo possível classificá-las com base no número de funcionários ou
na receita auferida. Indiferentemente da classificação escolhida, é imperativo
que as empresas formalizem sua existência perante as autoridades, seja por
meio do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou outros registros
oficiais, como a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (DAP), o número do Imóvel na Receita Federal (NIRF) ou
registros específicos para artesãos (SEBRAE, 2023).
Ao se analisar a classificação das Micro e Pequenas Empresas (MPEs)
com base nas receitas, é evidente a importância da Lei Complementar nº 123,
denominada Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, promulgada em 14 de
dezembro de 2006. Nesta legislação, a categorização das micro e pequenas
empresas é estabelecida pela receita anual da empresa (BRASIL, 2006). Em
termos simples, os lucros são considerados apenas após o pagamento de todas
as despesas, incluindo aluguel, impostos, salários e fornecedores. Nesse
contexto, o valor remanescente é equiparado ao lucro. Seguindo essa
classificação, portanto:
 Microempresa refere-se a qualquer empresa comercial, empresa
simples, pessoa física ou jurídica limitada e empresário individual
com faturamento anual não superior a R$360.000,00.
13

 Pequena empresa abrange sociedade de negócios simples,


pessoa física ou jurídica de responsabilidade limitada e empresário
individual cujo faturamento anual é superior a R$360.000,00 e igual
ou inferior a R$4.800.000,00.
Uma classificação adicional é a do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), que categoriza as empresas com base na receita
operacional bruta anual (ROB) ou na renda anual de clientes pessoas físicas.
Nessa abordagem, microempresas possuem ROB ou renda anual menor ou
igual a R$360.000,00, enquanto pequenas empresas têm ROB ou renda anual
superior a R$360.000,00 e inferior a R$4.800.000,00 (BNDES, 2023).
Uma outra categorização é a do Sebrae, que segmenta as empresas com
base no número de funcionários. Assim sendo:

 Microempresa: possui até 9 funcionários nos segmentos de serviços e


comércio; nos setores industrial e de construção, a equipe pode atingir até
19 colaboradores.

 Pequena empresa: emprega de 10 a 19 funcionários nos ramos comercial


e de serviços, ou de 20 a 99 funcionários nos setores industrial e de
construção.

2.2 PANDEMIA DE COVID-19

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020), a COVID-19 é


uma enfermidade infecciosa provocada pelo coronavírus da síndrome
respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), denominado em inglês como severe
acute respiratory syndrome-associated coronavirus. Essa patologia impacta
pessoas de maneiras diversas, sendo que a maioria dos infectados apresentará
sintomas leves a moderados e se recuperará sem a necessidade de
hospitalização (OPAS, 2023).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2021), em 31 de dezembro
de 2019, na província de Wuhan, China, foram registrados os primeiros casos
de pneumonia causada por um agente desconhecido, sendo comunicados às
autoridades de saúde. Em 7 de janeiro de 2020, Zhu Wen-Hong e outros
pesquisadores anunciaram o sequenciamento do genoma viral, compartilhado
com a OMS e outros países em 12 de janeiro por meio do banco de dados
14

internacional Global Initiative on Sharing All Influenza Data (GISAID). Desde


então, os casos se disseminaram rapidamente pelo mundo, inicialmente na Ásia,
com relatos na Tailândia, Japão e Coreia do Sul em 13, 15 e 20 de janeiro,
respectivamente. Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou o surto do novo
coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Importância
Internacional (ESPII) – o nível mais alto de alerta da Organização, conforme
estipulado no Regulamento Sanitário Internacional. Essa decisão visava
aprimorar a coordenação, cooperação e solidariedade global para conter a
propagação do vírus.
No Brasil, o primeiro caso confirmado foi registrado em 26 de fevereiro,
na cidade de São Paulo. No mesmo mês, tiveram início as primeiras ações
governamentais relacionadas à pandemia da COVID-19, incluindo a repatriação
dos brasileiros que residiam em Wuhan, cidade chinesa considerada o epicentro
da infecção. Desde então, as medidas governamentais e a evolução da
pandemia foram marcadas por uma série de oscilações, que abrangeram
reduções e aumentos nos números de casos, a implementação de estratégias
como o lockdown e toques de recolher, além do início gradual da vacinação em
maio.
Inicialmente, a vacinação ocorreu de maneira progressiva e com
considerável atraso, sendo direcionada apenas a grupos específicos, como
gestantes e profissionais de saúde. Somente em um período de dois ou três
meses é que a vacinação alcançou a população em massa (Ascom SE/UNA-
SUS, 2020)

2.3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS MPEs NO BRASIL

Embora desempenhem um papel crucial no país, as micro e pequenas


empresas confrontam diversas adversidades para garantir sua sobrevivência.
Esta seção aborda as principais dificuldades identificadas na literatura que as
MPEs enfrentam.
Antes mesmo de empreender suas atividades, o empresário defronta-se
com uma complexidade documental e burocrática para registrar sua empresa em
15

instituições governamentais, abrangendo a prefeitura municipal, o estado, a


Receita Federal e a Previdência Privada (ESTANISLAU, 2023).
Conforme o relatório Doing Business (2023), o Brasil ocupa a 109ª
posição entre 190 países avaliados no quesito "tempo para abrir uma empresa".
Em comparação com os três primeiros países, o Brasil enfrenta demora, com
uma média de 15 dias, enquanto no Canadá (3º lugar) leva em média 3 dias, na
Geórgia (2º lugar) 2 dias, e na Nova Zelândia (1º lugar) apenas 0.5 dias.
Um desafio inicial enfrentado pelas MPEs está relacionado ao perfil do
empreendedor, frequentemente originado pela necessidade após a perda de
emprego. Diante da urgência de se sustentar, ele se torna empresário, porém,
muitas vezes, sem a consciência dos obstáculos iminentes, como a falta de
qualificação e planejamento adequado para a gestão, além das dificuldades em
compreender o mercado em que atua (BARBOSA et al, 2023; VASCONCELLOS
et al, 2023; SILVA et al, 2023).
Em análises mais datadas conduzidas por Eric Ries (2011), constatou-se
que a falta de experiência empresarial prévia e competência empresarial foram
fatores cruciais para a sobrevivência das MPEs. Isso indica que, mesmo
decorridos mais de 12 anos desde a pesquisa, os desafios enfrentados ainda
guardam semelhanças no perfil do empreendedor.
Segundo Michael E. Gerber (2001), a maioria dos micros e pequenos
empreendimentos enfrenta falhas devido à escassez de habilidades
administrativas, financeiras, mercadológicas e tecnológicas por parte dos
empreendedores. O autor destaca que essa falta de habilidade se manifesta
comumente através de desafios como inexperiência gerencial, conhecimento
inadequado do mercado, insuficiência de capital inicial e problemas de qualidade
do produto, entre outras questões.
Diversos fatores que complicam a jornada de sobrevivência das Micro e
Pequenas Empresas abrangem: a escassez de capital investido, a expressiva
presença de proprietários, sócios e colaboradores com vínculos familiares, uma
concentração do poder decisório, a ausência de distinção clara entre a pessoa
física do proprietário e a pessoa jurídica, manifestando-se inclusive nos registros
contábeis, elaboração inadequada dos registros contábeis, desafios para obter
financiamento de capital de giro, complexidades na determinação dos custos
16

fixos e uma incidência de sonegação fiscal (HERMANN et al, 2011; SOARES et


al, 2011).
Em suma, a partir desta revisão, foram identificadas vulnerabilidades que
podem ter afetado as MPEs durante a pandemia, segundo estudos conduzidos
pelo Sebrae (2022):
 Financeiras: Muitas MPEs tiveram quedas nas receitas devido a
restrições, lockdowns e mudanças no comportamento do
consumidor.

 Falta de Reservas Financeiras: A falta de reservas financeiras


adequadas tornou difícil para algumas MPEs enfrentarem desafios
econômicos prolongados.

 Acesso Limitado a Crédito: Restrições no acesso a empréstimos e


linhas de crédito impactaram a capacidade das MPEs de financiar
suas operações.

 Dependência de Setores Específicos: Algumas MPEs eram


altamente dependentes de setores específicos, como alimentício e
eletrônico, que foram particularmente afetados.

 Digitalização Precária: Empresas com presença digital limitada


tiveram dificuldades em se adaptar a modelos de negócios online,
perdendo oportunidades de vendas.

 Cibersegurança: Aumento das ameaças cibernéticas devido à


migração para ambientes online sem preparação adequada,
tornando as MPEs suscetíveis a ataques.

 Recursos Humanos: Dificuldades em manter e gerenciar equipes


devido a questões de saúde, mudanças nas demandas de trabalho
e adoção do trabalho remoto.
17

2.4 GERENCIAMENTO DE CRISE E PLANOS DE CONTINGÊNCIA

Ian Mitroff (1987) destaca que cada organização pode enfrentar diversas
ameaças, porém deve-se elaborar um plano abrangente que englobe todos os
potenciais desafios oriundos de situações de crise. Geralmente, as grandes
organizações investem na formulação de planos para gerenciar crises, enquanto
as pequenas empresas frequentemente percebem esses planos como menos
prioritários. Essa percepção pode ser uma das razões pelas quais as pequenas
empresas tendem a sofrer impactos mais rápidos em situações de crise.
Barros (2003) destaca que a literatura sobre gerenciamento de crises
concentra-se na "ligação entre o planejamento e o aprimoramento de ações
preventivas e/ou respostas a falhas, acidentes e interrupções organizacionais".
Forni (2007) afirma que o gerenciamento de crises é uma área em evolução,
visando mitigar o impacto de eventos como desastres naturais, e salienta que a
gestão eficaz de crises abrange áreas-chave da empresa sob a direção da alta
gerência.
Em uma abordagem concisa, Mello (2016) indica que o gerenciamento de
crises busca minimizar os impactos de eventos inesperados. Sublinhando a
importância desse gerenciamento para as empresas, sugerindo que
organizações com planos de gerenciamento de crises podem se recuperar duas
vezes mais rapidamente do que aquelas sem procedimentos preestabelecidos.
Ian Mitroff (1987) argumenta que a consideração de planejamentos de
contingência com recursos robustos e visão de futuro é essencial para domar e
controlar uma crise quando ela ocorre. Eles destacam que a preparação vai além
do simples planejamento, envolvendo a antecipação e o desenvolvimento de
estratégias para garantir a resiliência organizacional em crises.
No entanto, os autores apontam desafios significativos: a baixa
probabilidade e a demanda por recursos intensivos em crises causadas por
desastres ambientais; a dificuldade de lidar com situações imprevisíveis no
planejamento de contingência; a necessidade de integração entre diferentes
instituições em meio à fragmentação nos setores público e privado; e a
18

discrepância entre a prontidão demonstrada em treinamentos e a realidade


operacional (ALMEIDA; SANTOS, 2020).
19

3 METODOLOGIA

Para compreender as dificuldades das MPEs, esta pesquisa considera a


região metropolitana de São Paulo e apresenta a seguinte problemática: que
tipos de impactos foram causados às micro e pequenas empresas da região
metropolitana de São Paulo, durante os anos de 2020 e 2023, em que houve a
pandemia COVID-19?
Antecedendo a eclosão da pandemia, as micro e pequenas empresas já se
deparavam com desafios à sua subsistência, conforme atestam pesquisas
conduzidas pelo Sebrae no período compreendido entre 2008 e 2016. Essas
análises desvelaram que a taxa de mortalidade dessas empresas guardava
relação com uma miríade de fatores, envolvendo a condição do empresário
prévia à inauguração, o delineamento estratégico dos empreendimentos, a
capacitação em gestão empresarial e a administração intrínseca do negócio em
si (SEBRAE, 2016).

3.1 Objetivos

3.1.1 Objetivo Geral

Investigar impactos causados às MPE da região metropolitana de São


Paulo durante os anos de 2020 a 2021.

3.1.2 Objetivos Específicos

Observar quais especificamente foram as condições adversas geradas às


micro e pequenas empresas pela pandemia; identificar as vulnerabilidades das
MPE em um ambiente pandêmico.
20

Quanto à abordagem do problema, esta pesquisa adota o método


qualitativo, pois esta abordagem “pressupõe que o significado dado ao fenômeno
é mais importante que sua quantificação” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.83).
A abordagem qualitativa será utilizada neste trabalho porque buscará
interpretar os fenômenos e entender o processo e seus significados, neste caso,
as dificuldades apresentadas pelas pequenas empresas da região metropolitana
de São Paulo durante a pandemia de COVID-19 (KAUARK; MANHÃES;
MEDEIROS, 2010).
Para atender a coleta de dados à pesquisa é documental, que se
caracteriza pela restrição da fonte de coleta de dados a documentos, sejam estes
escritos ou não, denominados como fontes primárias. Essa coleta pode ocorrer
concomitantemente ao fenômeno ou em momento subsequente (MARCONI;
LAKATOS, 2003). Neste caso, as fontes serão relatórios e pesquisas de pulso
empresas realizadas pelo IBGE, com dados sobre falência e diminuição de
vendas e cenários e tendências setoriais do SEBRAE).
Tais dados serão fundamentais para compreender os problemas
enfrentados pelas MPEs durante a pandemia, e interpretá-los, através da
identificação das condições prejudiciais geradas pelo período pandêmico e da
análise das condições de atuação das empresas no período da pandemia (2020-
2023).
A análise dos dados, consistirá em detalhar as informações coletadas
para responder às indagações feitas, utilizando-se da intepretação, explicação e
especificação (STRAUSS; CORBIN, 1998, p.98). Desta forma, esta etapa
permitirá obter maior clareza quanto à abrangência e profundidade dos impactos
da pandemia de COVID-19 nas pequenas empresas da região metropolitana de
São Paulo.
Os dados relacionados à COVID-19 podem sofrer alterações no futuro
devido ao isolamento social imposto em diversos lugares, o que dificultou a
coleta precisa de informações, levando a distorções e subnotificações de dados.
Essas discrepâncias nos dados resultam do intervalo de tempo entre a
identificação da gravidade da pandemia em vários aspectos da sociedade, como
saúde, emprego e economia, e a implementação de medidas preventivas para
minimizar seus impactos. Desta forma, os setores produtivos e econômicos
21

envolvidos tendem a se adaptar e ajustar suas expectativas ao longo desse


período, que podem variar dependendo do setor em questão.
Após a coleta de dados, foram delineadas duas situações conjunturais
distintas para o Brasil: uma pré-pandemia e outra pós-pandemia. A conjuntura
pré-pandemia reflete a situação do comércio antes da data crítica estabelecida
como 26 de fevereiro de 2020, quando o primeiro caso oficial da doença foi
confirmado no país.
A conjuntura pós-pandemia, por sua vez, descreve os impactos
financeiros e comerciais resultantes do aumento de casos no país e das medidas
de distanciamento social ou autoisolamento recomendadas pelas autoridades de
saúde brasileiras e globais.
Dado que este estudo é longitudinal, destinado a analisar um processo ao
longo do tempo e a refletir uma sequência de eventos ao longo dessa linha
temporal, esperamos ser capazes de identificar as flutuações das MPEs neste
cenário. A partir disso, almejamos extrair insights sobre alternativas ou soluções
genuinamente viáveis e eficazes para a sobrevivência dessas empresas.
Posto isto, a pesquisa tem como foco a identificação das principais
vulnerabilidades das pequenas empresas da região de São Paulo, e entender
como elas podem ser mitigadas. Isso pode levar a um maior investimento em
apoio e recursos para essas empresas, o que pode beneficiar não apenas as
próprias empresas, mas também a economia como um todo (AMORIM; SALES;
GRECCO, 2022).
22

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o período pandêmico, as micro e pequenas empresas enfrentaram


desafios, com o faturamento sendo uma métrica crucial para avaliar seu impacto.
A restrição de atividades econômicas, as medidas de distanciamento social e as
incertezas no mercado afetaram diretamente a receita desses negócios. A
análise do faturamento revela a resiliência dessas empresas ao adaptarem
estratégias, como a migração para o comércio online, revisão de modelos de
negócios e busca por apoio governamental. A discussão sobre o desempenho
financeiro das micro e pequenas empresas no contexto pandêmico é essencial
para compreender as implicações a longo prazo e desenvolver políticas que
promovam sua recuperação e sustentabilidade (BARRETO, 2017).
Com isso, a figura revela de forma clara e abrangente a trajetória da
evolução do faturamento das micro e pequenas empresas no estado de São
Paulo ao longo do período analisado, oferecendo insights cruciais sobre os
desafios e oportunidades enfrentados por esses negócios em um cenário
dinâmico e impactado pela pandemia.

Figura 1: Evolução do faturamento dos MEIs Estado de São Paulo (mês x mês anterior)

Fonte: SEBRAE (2021)


23

A análise dos dados do faturamento das micro e pequenas empresas no


estado de São Paulo revela flutuações expressivas ao longo do período de
março de 2020 a março de 2021. Notavelmente, observa-se uma queda
acentuada em abril de 2020, atingindo -22,7%, refletindo os impactos iniciais da
pandemia. Entretanto, ao longo dos meses subsequentes, ocorreu uma
recuperação gradual, com picos positivos em julho de 2020 (14,3%) e dezembro
de 2020 (5,3%). As variações negativas em setembro de 2020 (-0,5%), janeiro
de 2021 (-12,3%), e fevereiro de 2021 (-3,2%) indicam desafios persistentes,
enquanto o crescimento em março de 2021 (1,6%) sugere uma tendência de
estabilização. Esses dados refletem a resiliência e a adaptabilidade das micro e
pequenas empresas diante de um cenário econômico dinâmico e desafiador.
Ao examinarmos as oscilações no faturamento das micro e pequenas
empresas no estado de São Paulo, torna-se evidente a complexidade do cenário
econômico durante o período de março de 2020 a março de 2021. Essas
flutuações destacam a necessidade de compreender as dinâmicas que
influenciam o desempenho financeiro desses negócios.
No entanto, é importante notar que, mesmo diante dessas variações, o
setor de microempreendedores individuais (MEI) enfrenta desafios adicionais.
Segundo pesquisa (SEBRAE, 2020) o MEI registra a maior taxa de mortalidade
de negócios em até cinco anos, com um preocupante taxa de 29%. Esses dados,
provenientes da pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), baseada em
informações da Receita Federal e levantamento de campo, evidenciam a
fragilidade enfrentada pelos microempreendedores individuais em comparação
às micro e pequenas empresas, que apresentam taxas de mortalidade de 21,6%
e 17%, respectivamente, após o mesmo período.
Com isso, a fragilidade de muitas Micro e Pequenas Empresas (MPEs),
caracterizada pela ausência de uma base sólida, como a falta de capital de giro
e fluxo de caixa, as coloca em posição de baixa capacidade de sobrevivência
em períodos de crise. Essas MPEs, muitas vezes, enfrentam dificuldades
significativas, especialmente após trinta dias de operações interrompidas. Diante
dessa realidade, a necessidade de recorrer a empréstimos se torna imperativa
(SEBRAE, 2022).
24

4.1 VAREJO

Em 2020, o comércio varejista enfrentou desafios sem precedentes


devido à pandemia de COVID-19. O distanciamento social e as restrições de
mobilidade afetaram profundamente as lojas físicas, levando a quedas nas
vendas e obrigando muitos varejistas a se adaptarem rapidamente ao comércio
online (IBGE, 2021). O setor de alimentos e produtos essenciais manteve sua
estabilidade, enquanto as categorias de moda e eletrônicos sofreram quedas
significativas, de acordo com pesquisas realizada pelo IBGE.
No mês de dezembro de 2020, o setor de comércio varejista testemunhou
uma queda significativa de 6,1% em seu volume de vendas em comparação com
o mês anterior, quando havia registrado uma variação quase imperceptível de -
0,1% em novembro. Isso contribuiu para uma média móvel trimestral de -1,8%,
evidenciando os desafios enfrentados pelo setor no final daquele ano, impactado
por fatores como a pandemia de COVID-19 e as flutuações econômicas,
segundo a figura:

Figura 2: Comparativo de vendas: Varejo e Varejo Ampliado

Fonte: IBGE (2021)


25

Na comparação sem ajuste sazonal, em relação a dezembro de 2019, o


setor de comércio varejista registrou um aumento de 1,2%, mantendo-se na
sexta taxa positiva consecutiva. No entanto, no acumulado do ano, o varejo
apresentou uma ligeira redução, passando de 1,3% em novembro para 1,2% em
dezembro, indicando uma relativa estabilidade no ritmo de vendas ao longo do
ano.
De acordo com dados do IBGE, em dezembro de 2020, o comércio
varejista enfrentou uma queda de 6,1% no volume de vendas em relação a
novembro, ajustado sazonalmente, após uma variação de -0,1%. No acumulado
do ano, o varejo passou de 1,3% em novembro para 1,2% em dezembro,
indicando uma estabilidade no ritmo de vendas. Todas as oito atividades
pesquisadas sofreram uma diminuição em dezembro, com as maiores quedas
ocorrendo em "Outros artigos de uso pessoal e doméstico" (-13,8%) e "Tecidos,
vestuário e calçados" (-13,3%).
É importante notar que o varejo acumulou um crescimento de 1,2% em
2020, representando o quarto ano consecutivo de crescimento, embora de
maneira desigual entre os setores. No entanto, o comércio varejista ampliado
experimentou uma queda de 1,5% em 2020, quebrando uma sequência de três
anos de ganhos. Comparado a dezembro de 2019, o comércio varejista cresceu
1,2%, com quatro das oito atividades registrando taxas positivas, enquanto
outras quatro apresentaram quedas, sendo "Livros, jornais, revistas e papelaria"
a atividade com a maior queda (-37,4%) em relação a dezembro de 2019.
No indicador semestral, a intensidade das vendas aumentou na maioria
das atividades no segundo semestre de 2020, com destaque para "Móveis e
eletrodomésticos" e "Outros artigos de uso pessoal e doméstico". No entanto,
"Tecidos, vestuário e calçados" teve uma queda significativa e acumulou uma
perda de 22,7% no ano de 2020.
Posto isto, o varejo brasileiro experimentou um aumento nas
inaugurações de lojas em 2021, com um saldo líquido positivo de 204,4 mil novos
estabelecimentos, elevando o total de estabelecimentos ativos para 2,4 milhões
26

ao final do ano, de acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio


de Bens, Serviços e Turismo (OLIVON,2022).
Embora a virada de um saldo negativo de 28,3 mil lojas em 2020 para um
saldo positivo de 204,4 mil abertas em 2021 seja notável, isso não implica
necessariamente que o setor de varejo esteja prosperando. Muitas dessas
aberturas de lojas refletem o chamado empreendedorismo de necessidade, com
indivíduos que perderam seus empregos devido à pandemia optando por abrir
pequenos negócios, tanto virtuais quanto físicos, na busca por renda.
Sendo assim, de acordo com a Pesquisa de Emprego no Estado de São
Paulo (PESP), inicialmente reportada pela Fecomercio-SP, o setor de varejo no
Estado criou aproximadamente 47,5 mil novos empregos com carteira assinada
no último trimestre de 2022. O número fica muito próximo do registrado no ano
anterior, quando o setor gerou 47.472 empregos com carteira assinada em todo
o Brasil.
Ao longo do ano de 2022, o setor de comércio gerou em média cerca de
15 mil novos empregos mensalmente, o que é considerado um patamar
relevante, embora inferior ao que foi observado em 2021.
Esse desempenho nas vendas e o potencial aumento na criação de
empregos devem ter um impacto na capacidade de transformar o aumento da
renda em consumo efetivo, embora haja preocupações quanto ao possível
aumento da inadimplência e do endividamento familiar. Portanto, apesar dos
fatores positivos, como a desaceleração da inflação, a expansão do crédito e a
redução do desemprego, os empresários devem estar atentos a essas questões
(FECOMERCIO-SP,2023).
27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Empreender não diz respeito apenas a abrir novos negócios, mas também
buscar soluções inovadoras para problemas pontuais. A crise financeira
demonstrou a necessidade de atitudes empreendedoras para a superação de
dificuldades e enfrentamento de crises.
A resiliência empresarial emerge como um fator crucial, destacando a
importância da adaptação, inovação e do apoio governamental para a
sobrevivência desses empreendimentos. A análise longitudinal visa identificar
flutuações e fornecer insights para soluções viáveis. No entanto, é crucial
reconhecer a dinâmica das informações relacionadas à COVID-19, sujeitas a
mudanças. O estudo busca não apenas identificar as vulnerabilidades, mas
também propor formas de mitigá-las, visando um impacto positivo não apenas
para as empresas, mas para a economia como um todo.
A crise econômica da pandemia de COVID-19 evidenciou esse fato, ao
mesmo tempo que trouxe a oportunidade de novos modelos de negócio. Em
alguns casos, pessoas se viram forçadas a empreender, iniciando novos
negócios, para se sustentar, visto que muitos perderam os empregos.
Uma das formas de mitigar os efeitos de uma crise é o planejamento e a
prevenção. Muitas empresas, porém, especialmente as pequenas, carecem de
um plano de contingência previamente elaborado para enfrentar uma crise. As
dificuldades financeiras, logísticas e de recursos humanos, dentre outros fatores,
como a rápida adaptação das empresas foram itens que permitiram a algumas
atravessar a crise, enquanto outras não tiveram sucesso nessa empreitada.
O estudo mostra algumas das dificuldades enfrentadas pelas pequenas
empresas na região metropolitana de São Paulo durante a pandemia. A pesquisa
qualitativa documental adotada proporciona uma compreensão aprofundada dos
impactos sofridos pela MPE.
No que se refere ao auxílio ao enfrentamento da crise, este trabalho
apresentou algumas ações adotadas pelo Estado para mitigar efeitos da crise.
Contudo, é oportuno que o ente estatal atue também na prevenção, no
planejamento, na formação continuada para munir as pessoas de conhecimento
e habilidades em geral para superar dificuldades.
28

Ao longo do trabalho, verificou-se as diferentes áreas impactadas pela


crise em função da COVID-19. Setores financeiros das empresas, setores
logísticos e de recursos humanos passaram grandes dificuldades. Os ramos
empresariais mais impactados foram bares, restaurantes e outros que
dependem diretamente da presença física dos consumidores. O prolongado
período de imposição de medidas restritivas para tentar conter o avanço do vírus
fez com que diversas empresas desenvolvessem resiliência para sobreviver à
crise.
Isso se dá em função da importância das pequenas e médias empresas
para a economia, para a geração de empregos, renda e riquezas, coisas
essenciais para o desenvolvimento das cidades e para a qualidade de vida da
população.
Paralelamente, é oportuno que, de maneira geral, haja investimento em
empreendedorismo. No trabalho, foi citado o empreendedorismo de
necessidade, no qual a pessoa empreende por não ter uma alternativa de
trabalho e renda para seu sustento.
Muitos conseguiram redesenhar seu modelo de negócio, se adaptar às
tecnologias de informação e comunicação para se integrar ao comércio
eletrônico, e implementar estratégias para resolver as dificuldades financeiras.
Outras medidas foram adotadas para sobreviver e, em alguns casos, crescer,
apesar da crise.
29

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