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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MARCOS PAULO CAVALCANTE OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL CONTADOR: ANÁLISE DO IMPACTO DA


COVID-19 EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE FORTALEZA E A
IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE EM MEIO À CRISE

FORTALEZA – CEARÁ

2022
MARCOS PAULO CAVALCANTE OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL CONTADOR: ANÁLISE DO IMPACTO DA


COVID-19 EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE FORTALEZA E A
IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE EM MEIO À CRISE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação
em Ciências Contábeis do Centro de
Estudos Sociais Aplicados da
Universidade Estadual do Ceará, como
requisito parcial à obtenção do grau de
bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Profª Nagilane Parente


Damasceno

FORTALEZA - CEARÁ

2022
CATALOGRAFICA
MARCOS PAULO CAVALCANTE OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL CONTADOR: ANÁLISE DO IMPACTO DA


COVID-19 EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE FORTALEZA E A
IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE EM MEIO À CRISE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação em
Ciências Contábeis do Centro de Estudos
Sociais Aplicados da Universidade
Estadual do Ceará, como requisito parcial
à obtenção do grau de bacharel em
Ciências Contábeis.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Profª Nagilane Parente Damasceno (orientadora)
Centro de Estudos Sociais Aplicados - CESA
Universidade Estadual do Ceará - UECE

_______________________________________________
Prof.
Centro de Estudos Sociais Aplicados - CESA
Universidade Estadual do Ceará - UECE

_______________________________________________
Prof.
Centro de Estudos Sociais Aplicados - CESA
Universidade Estadual do Ceará - UECE
À Deus e todo o seu amor imerecido por
mim e aos meus pais que tanto fizeram e
fazem pela minha felicidade.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus por toda a sua Graça em minha vida, sem Ele não somos
nada.

À minha família, em especial aos meus pais, Sandra e Marcos, e a minha avó
Lucineide, por sempre ter me apoiado e me dado forças para tudo em minha vida.

Ao meu amor, Natália, por ser uma mulher incrível e companheira, estando ao meu
lado em todos os momentos, inclusive na elaboração do presente trabalho.

À minha tia Patrícia que sempre me serviu de inspiração e me fez decidir desde os
11 anos de idade que no futuro eu cursaria Ciências Contábeis na Universidade
Estadual do Ceará.

À Professora Nagilane por me orientar e auxiliar no decorrer do trabalho, me dando


a luz de como fazê-lo.

À Professora Emanuela Mota, que tenho grande carinho, por estar comigo desde o
início da graduação e ser uma profissional digna de admiração.

À todos os docentes da Universidade que me passaram os seus ensinamentos e


contribuíram para que hoje estivesse concluindo a minha graduação
RESUMO

Esta Monografia objetiva expor a importância do profissional contabilista em


situações complexas, como o gerenciamento de crises econômicas, como as
provocadas pela pandemia do vírus Sars-Cov2, ou COVID-19, e,
consequentemente, analisar a importância desse profissional no ambiente interno e
externo da empresa, identificando as melhores oportunidades e livrando a empresa
de passivos indesejados. Desta forma, o trabalho foi realizado por meio de uma
pesquisa bibliográfica descritiva e, para levantamento e análise de dados foi
realizado um questionário em micro e pequenas empresas clientes de um escritório
de contabilidade localizado em Fortaleza, Ceará. Por meio do levantamento
realizado, foi constatado que a grande parte dos micro e pequenos empresários não
possuem conhecimento de gestão financeira e passam por dificuldades no
gerenciamento da sua empresa, em especial após a pandemia do Covid-19, o que
torna o papel do contador de suma importância para o auxílio na condução dessas
empresas diante do cenário atual, minimizando os riscos e reduzindo os impactos
que a pandemia poderia causar.

Palavras-chave: Contabilidade – Contabilidade Financeira – Microempresas –


Auxílio – Pandemia – COVID-19.
ABSTRACT

This monograph aims to expose the importance of the accountant professional in


complex situations, such as the management of economic crises, such as those
caused by the Sars-Cov2 virus pandemic, or COVID-19, and, consequently, to
analyze the importance of this professional in the internal and external environment.
of the company, identifying the best opportunities and ridding the company of
unwanted liabilities. In this way, the work was carried out through a descriptive
bibliographic research and, for data collection and analysis, a questionnaire was
carried out in micro and small companies that are clients of an accounting office
located in Fortaleza, Ceará. Through the survey carried out, it was found that most
micro and small entrepreneurs do not have knowledge of financial management and
experience difficulties in managing their company, especially after the Covid-19
pandemic, which makes the role of the accountant of paramount importance for
helping these companies to manage in the face of the current scenario, minimizing
the risks and reducing the impacts that the pandemic could cause.

Keywords: Public Accountability – Private Accountability – small companies –


support – pandemic – COVID-19
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 -Distribuição das Empresas por Porte, pág. 23.

Gráfico 2 – Participação das MPE’s no PIB, pág. 23.

Gráfico 3 - Ramo da Atividade, pág. 31.

Gráfico 4 -Tempo de Atividade, pág. 32.

Gráfico 5 - Ocupação na Empresa, pág. 32.

Gráfico 6- Dificuldades de administração pág. 33.

Gráfico 7 - Percentual de Empresas que adotaram mudanças, pág. 34.

Gráfico 8- de mudanças implantadas, pág. 35.

Gráfico 9 - Consulta à contabilidade antes da tomada de decisões, pág. 36.

Gráfico 10 - Empresas que consideram a contabilidade indispensável no


gerenciamento de crises, pág. 36.
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

TABELA 1 – Número de empresas por setor econômico – 2021, pág. 22;

TABELA 2 – Número de Empresas por Região - 2021, pág. 22;

TABELA 3 – Características dos entrevistados, pág. 29;


LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

C/A – Sociedade em Comandita por Ações;

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;

COVID-19 – Vírus Sars-Cov2;

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

GEM – Global Entrepreneurship Monitor

ICMS – Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços;

IPI – Imposto sobre produtos Industrializados;

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

LC – Lei Complementar;

LTDA – Sociedade Limitada;

PIB – Produto Interno Bruto

S/A – Sociedade Anônima.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

1.1 Problema: .......................................................................................... 14

1.2 Objetivos ........................................................................................... 14

1.3 Justificativa: ....................................................................................... 15

2 A RELAÇÃO ENTRE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, O COVID-19 E


SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA .................................................. 17

2.1 Consequências para a economia brasileira. ...................................... 17

2.2 A conceituação e a importância das Micro e Pequenas empresas para


o Brasil ...............................................................................................................19

2.3 A importância do profissional contador para as Micro e Pequenas


Empresas .................... ......................................................................................... 23

3 METODOLOGIA ............................................................................................... 25

3.1 Procedimentos metodológicos ........................................................... 25

3.2 Universo Amostral e Coleta de Dados ............................................... 26

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 27

4.1 Características dos Pesquisados ...................................................... 27

4.2 Características da empresa ............................................................... 29

4.3 Reflexos da Crise .............................................................................. 32

4.4 A Importância da Contabilidade ......................................................... 34

5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 37

REFERÊNCIAS ..............................................................................................39

ANEXO A – QUESTIONÁRIO ........................................................................43


13

1 INTRODUÇÃO

Estamos vivendo em meio a uma das piores crises que a humanidade


enfrentou nos últimos séculos, em decorrência da pandemia do Covid-19. Para o
Brasil tal moléstia não causou prejuízo apenas no âmbito humanitário, com 688 mil
mortes até o mês de outubro de 2022, mas também trouxe consequências
econômicas inestimáveis, em especial para Micro e Pequenas empresas.

A fim de minimizar os impactos da pandemia e manter a economia mais


estável possível, diversos tipos de auxílios e benefícios foram sancionados em
benefício da preservação dos empregos dos trabalhadores e manutenção das
atividades por parte do empresário. Entretanto, apesar dos esforços, não foram
suficientes para que mais de 600 mil micros e pequenas empresas fossem fechadas
e 9 milhões de funcionários demitidos só no ano de 2020 em decorrência do Covid-
19. (CNN,2021)

Nesta pesquisa, partiremos do impacto do COVID-19 nas micro e pequenas


empresas para consubstanciarmos a importância de um profissional contábil
competente para o gerenciamento de crises e auxiliar os mecanismo de gestão,
visto que não bastam apenas incentivos oriundos do Governo Federal para garantir
a manutenção da economia, como também se faz necessária a presença de um
contador para identificar as melhores oportunidades e estratégias a serem adotadas
em meio à crise global para que seja mantida a empresa de pé.

Diferentemente do que era percebido pela maior parte dos empresários


anteriormente, esse período de crise ratificou a presença do contador não apenas
como um gerador de guia de impostos ou profissional que fica apenas registrando as
movimentações de entradas e saídas da empresa, mas como o indivíduo que presta
assessoria na interpretação de dados e informações, visando a otimização das
atividades, redução de custos e indicação de melhores incentivos fiscais disponíveis
(FLOR,2020)

Tais constatações feitas por parte dos empresários foram devido às abruptas
alterações na forma de trabalhar e empreender causadas pela pandemia do COVID-
19, onde mudou drasticamente a realidade de grande parte das empresas que
14

tiveram de adotar várias sistemáticas alheias às anteriormente praticadas no


ambiente corporativo, como, por exemplo, a adesão ao Home Office, entregas em
domicílio e o e-commerce, desconhecidos anteriormente pela maior parte das
empresas e hoje uma realidade de todas elas.

Para a devida adequação à atual realidade de novos serviços antes não


praticados e novas disposições legais a serem cumpridas, o empresário se viu em
uma situação de não saber o que pode ou não pode fazer, os custos e a viabilidade
de adotar tais medidas, recorrendo à ajuda do profissional contábil para auxiliar na
tomada de decisões a fim de providenciar o enquadramento às normas vigentes,
além de evitar passivos indesejados no futuro. Diante disso, é constatado que é
primordial à vida saudável da empresa contar com o apoio de um profissional
contábil competente (KUEGER, 2020).

1.1 Problema:

Qual a importância da contabilidade como instrumento de gestão em meio


às crises para que sejam reduzidos os efeitos econômicos nas micro e pequenas
empresas?

1.2 Objetivos

1.1.1. Geral

Analisar a importância do profissional contábil no gerenciamento das micro


e pequenas empresas e no enfrentamento de crises econômicas.

1.1.2. Específico
15

a) Apresentar a crise que estamos lidando, expondo seus efeitos na


economia nacional e as medidas do Governo Federal para minimizar os impactos na
economia.

b) Demonstrar as causas, consequências destes efeitos, explicando que o


mau gerenciamento de crises durante a pandemia causou danos, por vezes
irreversíveis às micro e pequenas empresas da região de Fortaleza, refletindo, por
óbvio, na economia regional.

c) Ressaltar a importância das micro e pequenas empresas no cenário


econômico e;

d) Analisar como a análise do contador pode minimizar os impactos


negativos causados à empresa diante do cenário atual.

1.3 Justificativa:

As micro e pequenas empresas possuem importância substancial para a


manutenção da economia brasileira, sendo responsáveis por gerar em média R$420
bilhões de renda por ano, o que equivale a aproximadamente um terço do Produto
Interno Bruto do Brasil, podendo chegar a 40% de tal índice caso o país cresça 3%
ao ano nos próximos anos (CNN, 2022).
Tal importância econômica exigem que as micro e pequenas empresas
utilizem uma ferramenta que, por vezes, é negligenciada por eles mesmo: o
Contador. Esse profissional tem suma importância para o gerenciamento de dados e
tomada de decisões dentro das atividades da empresa, sendo importante para livrar
as empresas de passivos fiscais e trabalhistas e principalmente, no cenário atual, no
gerenciamento da crise causada pelo COVID-19 a fim de minimizar os impactos na
empresa e impedir a sua falência.
Dessa forma, o presente estudo justifica-se pela necessidade de mensurar a
importância do papel do contador em momentos de crise e analisar como o
acompanhamento contábil pode interferir positivamente na empresa, de modo a
evidenciar que o papel do contador vai muito além de gerar guias de impostos e do
cumprimento das obrigações fiscais, como envio de SPED’s, e-Social e DCTF Web,
16

é fazer não apenas tais atividades rotineiras inerentes ao dia-a-dia da contabilidade,


mas também auxiliar na análise de dados para subsidiar a tomada de decisões
estratégicas que terão impacto vultuoso na vida da empresa.
17

2 A RELAÇÃO ENTRE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, O COVID-19 E


SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA

2.1 Consequências para a economia brasileira.

Com a pandemia de COVID-19, se adotaram medidas de isolamento social


visando conter uma infecção massificada da doença, a qual provocaria um colapso
na economia dos países de todo o mundo, causando uma crise econômica global
em decorrência do vírus. Como consequência deste isolamento forçado, o remoto
tornou-se regra em todos os setores da economia, inclusive no setor contábil,
financeiro e até mesmo no educacional, onde até cursos tidos como tradicionais e
avessos à tecnologia tiveram que se adaptar a ela, fazendo das aulas remotas uma
rotina na qual se mantém até hoje na maioria das instituições.

Criou-se um consenso entre os economistas de que a pandemia deixaria


marcas irreversíveis na economia mundial e o mundo entraria em uma longa
estagnação econômica. Tais consequências podemos ver até hoje com a carestia
generalizada, onde podemos constatar que o valor da Cesta Básica teve um
aumento de 23,37% na cidade de Fortaleza, quando comparado com o período pré-
pandemia (DIEESE,2021).

A informatização das relações pessoais, comerciais e educacionais foi o


menor dos problemas durante o período pandêmico; o pior deles foi a estagnação
econômica, que foi um fenômeno global, onde empresas faliram e, as que não
faliram, tiveram enormes perdas financeiras, tendo de pedir empréstimos a bancos
públicos ou privados, com o objetivo de sobreviver aos efeitos da quarentena.
Contudo, micro e pequenas empresas sentiram estes mesmos efeitos de forma
quadruplicada, com muitas tendo que fechar as portas, inclusive no Brasil, onde
Estados como o Ceará, que até junho de 2020, com apenas 5 meses após o
primeiro caso do coronavírus no Estado, 15 mil micro e pequenas empresas já
haviam declarado falência (ALECE,2020). Tais fatores demandaram uma alteração
na Lei de Falências, de tão grave que estava a situação.
18

Atualmente os índices de contaminação estão menores que outrora já foram,


o que nos dá uma falsa sensação de que já está tudo normalizado, mas infelizmente
ainda não estamos perto do fim desse período. Como já haviam previsto os
economistas do FMI, que alegaram que a pandemia traria cicatrizes irreversíveis
para a economia dos países, espera-se que no Brasil os impactos econômicos
sejam observados até 2045 (Rede CLIMA, 2022).

No Nordeste a situação ainda foi muito mais crítica quando comparado ao


cenário nacional, dada sua particularidade regional, geográfica e socioeconômica.
Entretanto, não se deve apontar o isolamento social como o único causador de
tantos reveses. A pandemia de COVID-19 teve rumos inesperados, isso é
indiscutível, mas a falta de suporte a micro e pequenas empresas sujeitou muitas
delas ao endividamento, à recuperação judicial, e em casos mais extremos, a
falência. Criou-se um dilema “saúde x economia”, o qual, em vez de propor
soluções, só acentuava o problema, deixando estas empresas, e a população
brasileira desesperada para que a pandemia acabasse.

Como forma de conciliar a saúde e a economia, diversas ações por parte do


Governo Federal foram cruciais para a manutenção de empresas, preservação de
empregos e a consequente redução no impacto à economia nacional. Ainda que a
morte de mais de 600 mil pessoas tenha impactado severamente na economia do
país, reduzindo tanto a sua mão de obra quanto o seu movimento de mercado, os
incentivos federais serviram de fomento à iminente crise, que poderia ter sido pior.

Tais incentivos tiveram diversos objetivos, alguns temporários e outros que


perduram até hoje, seja para a manutenção de empregos, auxílio a desempregados
e incentivos às empresas. Para manutenção de empregos, podemos notar diversos
exemplos que foram de importância imensurável ao empregador e ao empregado,
como, por exemplo, o programa de suspensão e redução de trabalho, férias
coletivas e férias antecipadas. Já no âmbito das empresas, por perceber a crucial
importância que os micro e pequenos negócios têm para a economia nacional, o
Governo Federal sancionou diversos incentivos a esse público, que perduram até
hoje, mesmo havendo uma diminuição nos níveis da pandemia, como podemos
enfatizar o Programa Nacional de Apoio a Micro e Pequenas Empresas
(PRONAMPE).
19

Esse incentivo se trata de apoio do Governo Federal para que as Micro e


Pequenas Empresas realizem empréstimos junto aos mais variados bancos para
que as mesmas possuam dinheiro para reinvestirem em seus negócios e voltarem a
movimentar a economia ao custo de uma taxa de Juros reduzida e prazos maiores
de pagamento.

2.2 A conceituação e a importância das Micro e Pequenas empresas para o


Brasil.

2.1.1. O que são Micro e Pequenas Empresas (MPE’s)?

As micro e pequenas empresas, dado seu caráter de empreendedorismo


inicial e de trabalho familiar em algumas ocasiões, ensejou a criação da Lei
Complementar n. 123/2006 que implantou o Estatuto Nacional da Microempresa e
da Empresa de Pequeno Porte, alterando dispositivos de leis de Direito Empresarial,
Trabalhista e Tributário, tendo abrangência em todo o território nacional, em especial
quando suas normas versarem sobre cumprimento de obrigações trabalhistas,
previdenciárias, acesso a crédito, aquisição de bens e serviços, cadastro de
contribuintes conforme o art. 146 da Constituição Federal. Neste caso, a delimitação
de competências tributárias (BRASIL, 2022, online).

Segundo o art. 3º da lei em comento, a microempresa e a empresa de


pequeno porte são a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e o empresário descrito no art.
966 do Código Civil pátrio, devendo, em qualquer destas hipóteses, ter cadastro no
Registro de Empresas Mercantis ou Registro Civil de Pessoas Jurídicas, cumprindo,
além dos aspectos documentais, um critério financeiro para sua classificação
(BRASIL, 2022, online).

• As microempresas deverão auferir em cada ano-calendário receita bruta igual


ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).
20

• As empresas de pequeno Porte deverão auferir receita bruta superior a R$


360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

A Lei conceitua receita bruta como o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos no momento da venda (BRASIL, 2022, online).

Não terão a proteção desta Lei as empresas que tenham participação de


capital de outra pessoa jurídica, que sejam filiais, sucursais, agências, ou
representações brasileiras de pessoa jurídica estrangeira, pessoa jurídica cujo
capital ultrapasse os valores descritos acima a título de classificação de sociedade
empresária para os efeitos desta Lei. Também são excluídas desta proteção legal a
empresa cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) de capital
em empresa não beneficiada pela LC n. 123, cooperativas, exceto as de consumo,
empresa que atue como banco ou similar, e sociedades por ações (BRASIL, 2022,
online).

Quanto às empresas não beneficiadas pela LC n. 123, se acaso elas fossem


incluídas, a Lei em questão perderia seu objeto, que é proteger e fomentar a criação
e prosperidade de micro e pequenos empreendedores.

2.1.2. A importância das MPE’s no cenário nacional

Atualmente, aproximadamente 90% das empresas em atividade no Brasil são


classificadas como sendo de Micro ou Pequeno Porte (Incluindo os
Microempreendedores Individuais – MEI). Diante disso, é de extrema importância no
cenário nacional que essas empresas estejam em constante desenvolvimento, pois,
ante a sua grande proporção em relação ao número total de empresas, podem fazer
o país alcançar números extraordinários no que se refere a desenvolvimento
econômico. Como podemos ver na Tabela 1, em que apresenta o número de
empresas ativas no Brasil, de um total de aproximadamente 20 milhões, as micro e
21

pequenas empresas alcançam um total de 91% destas, com um total próximo de 18


milhões e 300 mil.

Tabela 1 – Número de empresas por setor econômico - 2021

Apesar do extenso número de micro e pequenas empresas ativas, elas estão


divididas de forma desigual pelo Brasil, estando 52,6% delas localizadas na região
Sudeste. O principal fator desse índice é devido ao fato de que o centro econômico
do país estar localizado no Estado de São Paulo, o que faz aumentar esse índice
substancialmente, como podemos ver na Tabela 2:

Tabela 2 – Número de Empresas por Região - 2021

Das 3 milhões e 200 mil empresas em atividade no Nordeste, 17% delas


estão localizadas no Ceará, o que nos dá um total de, aproximadamente, 558 mil
empresas. Destas, as Micro e Pequenas empresas atinge um total de 94,7%, sendo
ainda maior que a média nacional citada anteriormente, divididas da seguinte forma,
como podemos ver no gráfico.
22

Gráfico 1 -Distribuição das Empresas por Porte


EPP; 3,10% MGE;

MEI
ME
ME; 31,60%
EPP
MEI; 60%
MGE

Fonte: Autor

Para o SEBRAE, principal entidade privada que visa o desenvolvimento do


empreendedor do futuro, o Micro e Pequeno empresário está alcançando
importância significativa no cenário econômico atual, representando, em 2021, 30%
do Produto Interno Bruto brasileiro. Um aumento considerável, quando levamos em
consideração o ano de 2011, quando essas mesmas empresas representavam 27%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Um aumento de 3% em apenas 10 anos
mostra que essas empresas vêm ganhando importância significativa no cenário
nacional, como podemos ver no comparativo de percentuais entre 1985, 2001, 2011
e 2021.

Gráfico 2 – Participação das MPE’s no PIB.

Participação das MPE's no PIB


40%

30%

20%

10%

0% Participação das MPE's no PIB


1985 2001 2011 2021
23

O cenário para o futuro é ainda mais animador, com a previsão de que o


percentual chegue a 40% nos próximos anos, caso o Brasil cresça a uma média de
3% ao ano durante o período vindouro. Isso mostra que, com o impacto das MPE’s
no total do PIB, o país está caminhando a um desenvolvimento constante, visto que
as MPE’s nos países desenvolvidos representam um total de 40 a 50% desse índice
(MELLES,2022).

Dessa forma, é importante que as Micro e Pequenas Empresas tenham


acompanhamento de um profissional capacitado, para que todas as suas decisões
sejam embasadas em números e não apenas em meros achismos. Dessa forma, a
contabilidade vem ganhando um papel de destaque na tomada de decisões
estratégicas na empresa (CHIAVENATTO, 2000).

2.3 A importância do profissional contador para as Micro e Pequenas


Empresas.

Uma boa gestão financeira é a principal chave para a prosperidade de


qualquer negócio, seja ele pequeno, médio ou grande. O controle dos índices de
Lucratividade e Rentabilidade de um negócio é crucial para o acompanhamento de
como está a saúde da empresa, interferindo diretamente nas decisões a serem
tomadas. Os índices sendo positivos, a empresa sabe que está no caminho certo e
apenas os mantém, tomando cuidado para eventuais contratempos. Com os índices
negativos, cabe ao gestor e os profissionais capacitados irem em busca dos
problemas e analisarem as melhores saídas para os mesmos.

Diante disso, o papel do contador ganha destaque dentro das empresas, pois
o mesmo irá desempenhar papel crucial na análise dos índices, demonstrativos e
vários outros dados inerentes à atividade contábil. Ademais, é ele quem deve ter o
importante papel dentro da instituição de estar sempre se atualizando sobre os
novos incentivos por parte do Governo e as que melhores se adequam à realidade
da empresa.

Entretanto, essa importante atividade, nos últimos tempos, vinha sendo


deixada de lado e os contadores eram vistos, na maioria das vezes, apenas como
24

um mero gerador de guia de impostos e cumpridor do envio de obrigações federais,


principalmente as do meio trabalhista.

Para a maioria das MPE’s, a função do contador era tida apenas como um
mero cumpridor de obrigações, tendo elas relutância em reconhecer o contador
como uma fonte de informações (DIAS,2010). Para Marion (1985), o contador deve
ser utilizado não apenas para atender às normas governamentais, mas com o
objetivo maior de gerar informações à empresa.

Com a evolução do Covid-19, o reconhecimento do papel do contador tomou


novos ares, este se tornando peça de extrema importância na tomada de decisões
dentro das entidades, a fim de evitar a iminência falência que muitas empresas
estavam enfrentando em decorrência da crise econômica causada pela doença.

Decisões de qual benefício escolher, em qual momento escolher e o que fazer


para se adequar às exigências impostas para a adesão do referido incentivo eram
perguntas frequentes na qual os empresários enfrentavam no cotidiano das suas
empresas, todas as quais um contador qualificado tinha a resposta de prontidão.

Esse cenário é ainda mais preocupante quando se trata de Micro e Pequenas


Empresas, onde na maioria das vezes o proprietário não tem conhecimento
financeiro, muito menos conhecimento da legislação para saber guiar a sua empresa
diante do bombardeio de informações que vivemos, principalmente nos primeiros
meses após a chegada do vírus.

Diante disso, se faz necessária a presença de um contador capacitado


para auxiliar a empresa na tomada de decisões assertivas e driblar a estagnação
econômica causada pela crise do coronavírus e atenuada com a Guerra na Ucrânia.
Segundo Iudícibus, a contabilidade deve assumir o seu papel de fato, auxiliando os
gestores na tomada de decisões, dando maior segurança em suas escolhas.
(IUDICIBUS, 1994).
25

3 METODOLOGIA

Foi utilizado o método Bibliográfico Descritivo para a realização dessa


pesquisa, sendo utilizadas pesquisas bibliográficas para subsidiar as informações do
tema, agregados ao questionário a fim de verificar a positividade da justificativa
proposta.

Para confirmar os objetivos definidos foram utilizados os métodos de pesquisa


bibliográfica e levantamento de dados. Tal pesquisa é feita através do levantamento
de informações publicadas em livros, sites, noticiários, jornais e artigos para
subsidiar as informações gerais, elucidar o tema e dar mais firmeza às informações
explanadas, a fim de comprovar os objetivos principais e secundários do trabalho.

Segundo Gil (2002), é necessário que sejam estabelecidos objetivos


principais e secundários bem claros e precisos para que se tenha uma boa base de
busca dessas fontes de informações, ficando, assim, conexas com o conteúdo a ser
explanado para que se tenha informações concretas acerca do tema abordado.

3.1 Procedimentos metodológicos

Após a apresentação da pesquisa bibliográfica acima, e almejando os


objetivos propostos, esta pesquisa é de caráter descritivo, buscando enfatizar a
importância da contabilidade como instrumento de gestão nas micro e pequenas
empresas pesquisadas. A interpretação destes dados demonstra que se faz
necessária a utilização de tal ferramenta para garantir o funcionamento empresarial
e da eficiência financeira.

Tratou-se de um estudo realizado em micro e pequenas empresas clientes de


um escritório contábil da cidade de Fortaleza, e os resultados obtidos pelos
questionários eletrônicos foram analisados e interpretados. Adequando o
questionário às necessidades investigativas, também foi realizada pesquisa
bibliográfica na área contábil, gerencial e econômica.
26

3.2 Universo Amostral e Coleta de Dados

O universo da pesquisa foram os micros e pequenos empresários de


Fortaleza, clientes de um escritório de contabilidade localizado na mesma cidade
que, claro, utilizam os serviços contábeis em sua rotina de trabalho. Ao todo, foram
respondidos 50 questionários eletrônicos na ferramenta Google Formulários. Para
a coleta de dados, foi utilizado o Google Formulários, contendo 16 perguntas
objetivas sobre temática em comento, garantindo-se o anonimato dos pesquisados.
O estudo foi realizado entre as datas de 04 de outubro de 2022 e 22 de outubro de
2022. O tratamento e análise dos dados, foram simultaneamente realizados no
decorrer da obtenção das respostas, através da ferramenta eletrônica supracitada.
27

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Almeja-se agora apresentar os resultados obtidos através do questionário


aplicado aos micro e pequenos empresários da cidade de Fortaleza - CE, conforme
explícito na metodologia. Os dados foram divididos em 4 tópicos: características dos
respondentes, características da empresa, reflexo da crise e a importância da
contabilidade para o gerenciamento de crises.

4.1 Características dos Pesquisados

A análise do perfil dos pesquisados nos permitiu conhecer os aspectos


pessoais dos indivíduos pesquisados, como sexo, idade, grau de escolaridade e
conhecimento de negócios.

Os resultados obtidos mostram que a maior parte dos respondentes são do


sexo masculino, sendo 58% de respondentes homens e 42% de respondentes
mulheres. Quanto à idade, as porcentagens, de certa forma, foram equilibradas. No
que tange à faixa etária entre 25 e 44 anos, há uma superioridade de respondentes,
contudo, há uma redução drástica nas demais idades.

Nesse sentido, 10% de respondentes correspondem a idade de até 24 anos,


28% de respondentes com idade de 25 a 34 anos, 36% de respondentes com idade
de 35 a 44 anos, 18% de respondentes de 45 a 54 anos, e de 8% de respondentes
com idade acima de 54 anos. Tais indicadores demonstram que as pessoas mais
ativas no empreendedorismo constituem o que podemos chamar de faixa
intermediária da vida, entre 25 e 44 anos, já as pessoas mais novas e mais velhas
detêm uma porcentagem menor em relação às mencionadas. Tal diferença é
ocasionada por diversos fatores, dentre os quais podemos citar a aposentadoria e a
juventude, nos quais as pessoas preferem buscar experiência em empresas pré-
existentes com intuito de empreender futuramente (GEM, 2010).

No que tange ao quesito escolaridade, 48% dos respondentes afirmaram ter o


Ensino Médio Completo; 20% afirmou ter o Ensino Superior Incompleto, 24% afirmou
28

ter o Ensino Superior Completo e 8% afirmou ter Pós-graduação. Ensino


Fundamental e Médio incompleto não pontuaram. Tais números representaram uma
alta proporção de empreendedores com Ensino Médio, no qual, muitas das vezes, a
pessoa passou a empreender por necessidade ou por não ter acesso ao Ensino
Superior facilitado (realidade comum antigamente), fazendo com que os mais velhos,
buscassem o empreendedorismo como uma das poucas saídas para uma vida
melhor.

No que diz respeito ao quão era elevado o conhecimento dos respondentes


em gestão financeira de negócios, 44% afirmaram ter muito pouco conhecimento;
32% afirmaram ter um pouco de conhecimento, 18% afirmaram ter muito
conhecimento em gestão de negócios, e 6% afirmaram não ter nenhum
conhecimento sobre gestão financeira de negócios.

TABELA 3 – Características dos entrevistados


29

Variável Característica Frequência Percentual


Masculino 29 58 %
Gênero
Feminino 21 42 %
Até 24 anos 5 10%
25 a 34 anos 14 28%
Faixa Etária 35 a 44 anos 18 36%
45 a 54 anos 9 18%
Acima de 54 anos 4 8%
Ensino Médio 24 48%
Completo
Ensino Superior 10 20%
Escolaridade Incompleto
Ensino Superior 12 24%
Completo
Pós-Graduação 4 8%
Proprietário 42 84%
Ocupação na
Sócio 6 12%
Empresa
Administrador 2 4%
9 18 %
Muito
Conhecimento em Um pouco 16 32%
Gestão financeira
Pouco 22 44%
Nenhum 3 6%

4.2 Características da empresa

Esse tópico tem o objetivo de identificar as características das empresas,


como, por exemplo, a sua atividade, seu tempo de mercado e o responsável pela
tomada de decisões.
30

4.2.1 Perfil das Empresas

Quando questionados sobre ramo de atividade, 44% dos respondentes


afirmaram ser prestadores de serviços; 40% dos respondentes afirmaram ser
comerciantes, e 16% afirmaram atuar na indústria. No entanto, a Construção Civil
não pontuou, em concordância com o Gráfico 6:

Gráfico 3 - Ramo da Atividade

16%

Industrial
44%
Comercial
Prestação de Serviço
40%

Fonte: Autor

O tempo de atuação no mercado, assim como o quesito faixa etária,


apresentou respostas diversificadas, 28% dos respondentes afirmaram ter entre 5 e
10 anos de mercado, 24% afirmaram ter entre 2 e 5 anos de mercado, 20%
afirmaram ter menos de 2 anos de atuação, 16% afirmaram ter entre 10 e 15 anos
de atuação, e por último, 12% afirmaram ter acima de 15 anos de atuação no
mercado. A heterogeneidade dos respondentes ficou bem acentuada nesse tópico,
como é possível perceber no gráfico abaixo:
31

Gráfico 4 -Tempo de Atividade

12%
20%
Menos de 2 anos
16% Entre 2 e 5 anos
Entre 5 e 10 anos
Entre 10 e 15 anos
24%
Acima de 15 anos
28%

Fonte: Autor

4.2.2 Responsável pela Tomada de Decisão

Quando perguntados sobre qual era sua ocupação na empresa, 84% dos
respondentes afirmaram ser proprietários(as); sócios(as) pontuaram 12%;
administradores(as) e outros pontuaram 4%, em conformidade com o Gráfico 8 a
seguir:

Gráfico 5 - Ocupação na Empresa


4%

12%
Proprietário
Sócio
Administrador
84%

Fonte: Autor
32

Quando indagados sobre quem era o responsável pela tomada de decisões,


expressivos 98% dos respondentes afirmaram que essa responsabilidade é do/
proprietário(a) ou sócio(a) e 2% afirmaram ser essa responsabilidade do
administrador(a) ou contratado(a).

4.3 Reflexos da Crise

Analisado o perfil das empresas, a pesquisa procurou evidenciar as principais


dificuldades, buscando resposta nos reflexos da crise e nas formas que elas
buscaram se sobressair das dificuldades, contando com os incentivos do Governo
Federal, que trouxe uma série de saídas cujo objetivo era sustentar os empregos
dos trabalhadores, manter as empresas ativas e reduzir o impacto na economia
nacional.

No primeiro momento, foi buscado entender, do ponto de vista dos


gestores, quais eram as maiores dificuldades na condução dessas empresas,
podendo ser respondida mais de uma opção. Quando questionados sobre a maior
dificuldade ao administrar uma empresa, 68% dos respondentes apontaram a alta
carga tributária, 46% apontaram o controle das despesas, 40% apontou as crises de
mercado como a maior dificuldade, 32% apontaram a concorrência e 28%
apontaram a separação das finanças pessoais das empresariais e 2% apontaram a
opção sem dificuldades e outros.

Gráfico 6- Dificuldades de administração


33

Fonte: Autor

Por outro lado, notou-se que apenas 6% dos entrevistados alegaram não
ter sentido impacto nas suas atividades casuais em decorrência da crise econômica,
evidenciando, assim, que a quantidade de 94% da amostragem teve algum impacto,
seja total ou parcial, na sua operação causado pela Covid-19.

Dentre esses, podemos dar ênfase ao índice de atendimento online, que foi
adotado por grande parte das empresas, o que só comprova a mudança que
passamos nos últimos anos no tocante ao acesso a produtos e serviços virtuais.

Devido à nova realidade, escolas, universidades e as mais variadas empresas


se viram na obrigação de automatizar seus processos e atendimentos, tornando
quase tudo possível de resolver da própria residência, evitando longos
deslocamentos e filas antes enfrentados pela maioria dos indivíduos, sendo um dos
efeitos positivos que podemos elencar em decorrência da pandemia.

Nesse contexto, quando indagados se implantaram mudanças em seu


negócio devido à pandemia, 74% dos respondentes disseram que sim, e 26% dos
respondentes disseram que não implementaram mudanças, consoante o Gráfico 10:

Gráfico 7 - Percentual de Empresas que


adotaram mudanças.

26%
Sim
Não
74%

Fonte: Autor

No caso dos respondentes que adotaram medidas, 36% implementaram o


trabalho remoto ou Home Office, 32% reduziram do contrato de trabalho, 30%
34

suspenderam do contrato de trabalho, 24% implementaram rescisões contratuais,


24% aderiram ao parcelamento de impostos, 24% responderam Outros, 22%
implementaram a entrega a domicílio ou delivery, 14% férias coletivas, 8%
implementaram férias antecipadas e, por fim, 2% dos respondentes fizeram
empréstimos para custear a folha de pagamento.

Gráfico 8- de mudanças implantadas

Fonte: Autor

4.4 A Importância da Contabilidade

Por fim, esse tópico buscou responder o objetivo geral da pesquisa acerca da
importância da contabilidade como instrumento de gestão nas micro e pequenas
empresas em momentos de crise e os resultados foram os explanados a seguir.

Quando perguntados se costumam consultar a contabilidade antes de tomar


decisões importantes, 44% dos respondentes disseram que sempre as consultam e
36% responderam que quase sempre. Dessa forma, 80% de empresas tem a
tenência de recorrer ao suporte do contador para a tomada de decisões.

Adiante, 18% responderam que raramente os consultam e 2% responderam


que nunca consultam. Dentre os entrevistados que afirmaram que consultam o
contador, 90% responderam que as informações obtidas são suficientes para
35

tomada de decisão e boa gestão, em oposição a 10% que responderam que talvez,
segundo o Gráfico 12 abaixo:

Gráfico 9 - Consulta à contabilidade antes da


tomada de decisões.
2%

18% Sempre
44% Quase Sempre
Raramente
36% Nunca

Fonte: Autor

Quando perguntados se a contabilidade é indispensável no gerenciamento de


crises, 98% dos respondentes afirmaram que sim, em oposição a 2%, que julgaram
que o papel da contabilidade não se faz necessário no enfrentamento delas,
conforme o Gráfico 14 a seguir:

Gráfico 10 - Empresas que consideram a


contabilidade indispensável no gerenciamento de
crises.
2%

Sim
Não

98%

Fonte: Autor
36

Mesmo diante do que foi mencionado, ainda há vários fatores que impedem
uma ampla difusão, como a falta de recursos de alguns empreendedores ou até
mesmo a ignorância sobre o assunto. Ainda assim, o prestígio da contabilidade
como instrumento gerencial ficou bem marcado pelas respostas positivas
relacionadas à sua necessidade e presença no ambiente das micro e pequenas
empresas de Fortaleza/CE. É possível perceber que a contabilidade ganha cada vez
mais espaço tanto nas empresas quanto nos mais diversos ramos da sociedade,
principalmente, após a pandemia do COVID-19.
37

5 CONCLUSÃO

O objetivo desse Trabalho foi explanar a importância da contabilidade no


gerenciamento de crises nas Micro e Pequenas empresas localizadas em
Fortaleza/CE. A crise mundial em decorrência do Coronavírus foi fator determinante
para que tais empresas fossem obrigadas a mudar completamente suas rotinas para
se manterem ativas no mercado e a busca por um profissional contábil foi fator
determinante para que tal crise fosse superada.

Nessa pesquisa também observamos que o número de Micro e Pequenas


empresas só crescem a cada ano, aumentando, assim, a sua importância diante do
cenário nacional, contribuindo com aproximadamente 27% do Produto Interno Bruto
(PIB) do Brasil, podendo alcançar o índice de 30% caso o país cresça uma média de
3% nos próximos anos. Diante disso, por consequência, o papel do contador se
torna de suma importância no cenário nacional, pois, quando bem assessoradas, as
empresas são capazes de evoluírem substancialmente os seus resultados,
contribuindo, além da evolução do PIB nacional, na estabilidade da economia diante
das crises econômicas. Portanto, nota-se que, apesar de serem denominados
“micro” e “pequenos”, esses negócios têm uma importância enorme para a
manutenção da economia nacional.

O cenário de crise atual fez a contabilidade ganhar relevância devido à sua


importância estratégica, pois, a área é de suma importância na geração de
informações cruciais para a tomada de importantes decisões dentro da empresa,
sendo fundamental para a sua manutenção e bom desempenho das atividades,
identificando as melhores alternativas de incentivos fiscais, planejamento tributário e
incentivos emergenciais proporcionados pelo Governo. Diante dessas crises de
mercado, da alta concorrência e da elevada carga tributária, o papel do contador se
mostrou ser extremamente importante para a manutenção da empresa na
atualidade, deixando de ser visto apenas como um gerador de guias de impostos e
cumpridor de prazos, para ser visto como um instrumento indispensável para as
atividades das empresas, mantendo a sua saúde financeira estável e identificando
as melhores saídas no enfrentamento de crises econômicas.
38

O resultado desse trabalho foi capaz de nos mostrar que a maioria das Micro
e Pequenas empresas de Fortaleza fazem o uso do serviço contábil e os recorrem
para a tomada de decisões importantes, sendo, na maioria das vezes, vista como
benéfica por parte dos empresários. Constatamos que grande parte das empresas
tiveram impactos importantes nas suas rotinas e tiveram que aderir às medidas do
Governo para a manutenção de suas atividades, para que superassem a crise
econômica global e pudessem, como podemos observar no cenário atual, contribuir
para a retomada da economia e na volta à normalidade, mesmo que ainda não
estejamos nos tão sonhados índices pré-pandemia, os contadores seguem
trabalhando no auxílio desses micro e pequenos empresários a fim de que,
finalmente, possamos retornar à vida normal e que todos os empregos e empresas
sejam restabelecidos.

Em resposta ao problema proposto no início deste trabalho acerca da


importância do contador no gerenciamento de crises, foi notado que 80% dos
entrevistados usam os serviços contábeis de forma frequente para a tomada de
decisões e que 98% destes consideram a contabilidade como uma ferramenta
indispensável no gerenciamento de crises. Dessa forma, conclui-se que todos os
tipos de negócios necessitam de um profissional capacitado que lhe deem
assistência contábil, proporcionando o devido amparo na tomada de decisões face
às mudanças na legislação e novos incentivos, auxiliando, também, na definição de
soluções que sejam capazes de enfrentar os mais variados problemas nesse
mercado instável no qual nos encontramos, sendo diversas vezes balançados por
crises sanitárias e guerras que impactam na economia de todos os países.
39

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Lima; NETO, Nicolino Trompieri; PONTES, Paulo Araújo; LIMA, Cristina; JÚNIOR,
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VÍTOR, Marcos. Tabela ICMS 2022 – O que é e como calcular! Disponível


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https://exame.com/pme/qual-a-idade-certa-para-empreender/. Acesso em: 20 de
outubro de 2022.
43

ANEXO A - Questionário

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

QUESTIONÁRIO

Pesquisa acadêmico-estatística sobre a Importância da Contabilidade como


Instrumento de Gestão nas Micro e Pequenas Empresas

Pesquisa realizada junto aos/às micro e pequenos/as empresários/as da


cidade de Fortaleza, visando avaliar a importância da contabilidade como
instrumento de gestão, e como ela pode auxiliar a quem dela necessita em períodos
de crise. Os dados fornecidos pelos pesquisados são confidenciais, sendo somente
avaliados quantitativamente na elaboração do trabalho. Grato/a a colaboração de
todos que responderam à pesquisa.

1 - Gênero

( ) Masculino

( ) Feminino

( ) Outros

2 - Faixa etária

( ) até 24 anos

( ) 25 a 34 anos

( ) 35 a 44 anos

( ) 45 a 54 anos

( ) acima de 54 anos

3 - Grau de escolaridade

( ) Ensino Fundamental

( ) Ensino Médio Incompleto

( ) Ensino Médio Completo

( ) Ensino Superior Incompleto


44

( ) Ensino Superior Completo

( ) Pós-graduação

4 - Qual a sua ocupação na empresa?

( ) Proprietário/a

( ) Administrador/a

( ) Sócio/a

( ) Outro/a

5 - Qual o seu grau mais elevado em conhecimento em gestão financeira


de negócios?

( ) Opção 1

( ) Muito

( ) Um pouco

( ) Muito pouco

( ) Nenhum

6 - Qual o ramo de atividade do seu empreendimento?

( ) Industrial (fabricação de produtos para a venda)

( ) Comercial (venda de produtos)

( ) Construção Civil

( ) Prestação de serviços (qualquer tipo de serviços)

7 - Tempo de atuação no mercado

( ) menos de 2 anos

( ) Entre 2 e 5 anos

( ) Entre 5 e 10 anos

( ) Entre 10 e 15 anos

( ) Acima de 15 anos

8 - Quem é o responsável pela tomada de decisões?


45

( ) Proprietário/a ou sócio/a da empresa

( ) Administrador/a contratado/a pela empresa

( ) Outro

9 - Na sua percepção, qual a maior dificuldade que o gestor ou


contabilista enfrenta na administração de uma empresa? (Permitida mais de
uma alternativa)

( ) Alta carga tributária

( ) Controle das despesas

( ) Separar finanças pessoais das empresariais

( ) Concorrência

( ) Crises de mercado

( ) Sem dificuldades

( ) Outro

10 - A crise financeira provocada pela pandemia do COVID-19 afetou


diretamente o seu negócio ou o que gerencia?

( ) Sim

( ) Não

( ) Parcialmente

11 - Em meio a esse novo cenário socioeconômico, sua empresa optou


por alguma medida governamental ou implantou alguma mudança? (Exs:
atendimento eletrônico, entrega a domicílio, suspensão ou redução dos
contratos de trabalho dos/as funcionários/as, prorrogação ou parcelamento de
impostos/tributos, empréstimo para custear folha de pagamento, etc.).

( ) Sim

( ) Não

( ) Outro
46

12 - Caso tenha respondido sim no item acima, quais medidas foram


implantadas? (Permite mais de uma alternativa)

( ) Suspensão do contrato de trabalho dos/as trabalhadores/as

( ) Redução do contrato de trabalho dos/as trabalhadores/as

( ) Férias antecipadas

( ) Férias coletivas

( ) Atendimento eletrônico/online

( ) Trabalho remoto/ Home Office

( ) Entrega a domicílio/ delivery

( ) empréstimos para custear a folha de pagamento

( ) Rescisões contratuais

( ) Parcelamentos de impostos

( ) Outros

13 - Com base nas respostas dos itens 9,10, 11 e 12, você julga crucial a
presença de um/a contador/a assessorando sua empresa?

( ) Sim

( ) Não

( ) Talvez

14 - Você costuma consultar a contabilidade antes de tomar alguma


decisão importante? (Exs: tentar um empréstimo, admitir novo/a funcionário/a,
abertura de filial, entre outras)

( ) Sempre

( ) Quase sempre

( ) Raramente

( ) Nunca

15 - Quando sim, as informações obtidas são suficientes para tomada de


decisão e boa gestão?
47

( ) Sim

( ) Não

( ) Talvez

16 - Na sua opinião, a contabilidade é indispensável no gerenciamento


de crises?

( ) Sim

( ) Não

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