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1.4 Justificativa........................................................................................ 6
1.1 Introdução
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oferecendo mudanças tecnológicas para os negócios que ainda mantém o modelo
tradicional. Por isso, as startups tornaram-se impulsionadoras da economia e
primordiais para a rápida adaptação exigida pela sociedade (KUCKERTZ, et al., 2020).
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(IBGE), estimou-se que 24,5% da população brasileira era coberta por algum plano de
saúde. Esta proporção se manteve semelhante até 2003, quando foi estimada uma
cobertura de 24,6%. Em abril/2021 a Agência Nacional de Saúde Suplementar
informou que as operadoras de saúde já somam 48,1 milhões de usuários. Mesmo
com esse grandioso número, o percentual da população que possui plano de saúde
ainda é de 24,5%, ou seja, mais de duas décadas se passaram e o percentual da
população que possui plano de saúde não evoluiu.
Dentre os motivos para essa estagnação está a produtividade inversamente
proporcional à tecnologia. A produtividade do trabalho no setor de saúde é inversa em
relação às demais atividades econômicas. Enquanto nos diversos setores a entrada
de recursos tecnológicos reduz os custos, no modelo assistencial dos planos de saúde
tradicionais, o uso de equipamentos tecnológicos encarecem os produtos. A utilização
indiscriminada de aparelhos como a tomografia computadorizada e a imagem por
ressonância magnética, por exemplo, quando não há um controle rigoroso da eficácia,
geram custos desnecessários às operadoras e, consequentemente aos usuários.
Nesse cenário estagnado dos planos e seguros saúde, associado a um
movimento da sociedade mais conectada, mais aberta a novos produtos de base
tecnológica, o mercado começou a notar novos entrantes na área de saúde, apoiados
por grandes instituições financeiras e seguradoras concorrentes. No Brasil, Ministério
da Economia, Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Conselho de Valores
Mobiliários (CVM) e Banco Central do Brasil (BACEN) implantaram o sandbox
regulatório nos respectivos mercados de atuação, para atender a projetos de
inovação. Os sandboxes regulatórios vêm se concretizando como um instrumento
regulatório eficaz para promover a inovação nos mercados de seguros, financeiro e
de capitais. As sociedades participantes do sandbox poderão testar – sob a supervisão
da SUSEP ou CVM ou BACEN – novos produtos e/ou serviços ou novas formas de
prestar serviços tradicionais. Esses produtos ou serviços serão avaliados, analisando
os benefícios e os riscos relacionados a cada inovação e a necessidade de realização
de ajustes, seja no modelo de negócios ou mesmo na regulamentação vigente. No
âmbito do mercado de seguros o sandbox introduziu um novo marco regulatório,
oferecendo maior flexibilidade e mais oportunidade para o desenvolvimento de novos
produtos, possibilitando a entrada de novos empreendedores, os quais atuam com
foco na tecnologia, como as startups.
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As startups surgem para suprir as deficiências existentes nos negócios
tradicionais. Elas são cada vez mais demandadas pelo mercado, seja para alavancar
empresas tradicionais, seja para criar novos modelos disruptivos no segmento de
atuação. Assim, surgiram as fintechs, para a área financeira, as quais são
majoritariamente startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema
financeiro. Essas empresas possuem custos operacionais muito menores comparadas
às instituições financeiras tradicionais. O setor de seguros, ao enfrentar a onda do
fenômeno fintechs, vem se expandindo rapidamente, com uma série de empresas
surgindo para fornecer os chamados serviços "insutechs". Os demais setores da
economia, seguindo o mesmo conceito de inovação tecnológica, começaram a
designar termos parecidos, como por exemplo o setor de saúde com as startups
chamadas de healthtechs; na educação, as plataformas inteligentes são conhecidas
como edutechs. Com foco na economia sustentável, surgem ideias inovadoras para
as mais diversas situações de preservação da natureza, as quais chama-se de
ecotechs. Já a tecnologia da informação utilizada para aprimorar os processos
regulatórios chama-se regtechs. Assim, muitas nomenclaturas estão surgindo para
designar os diversos segmentos das startups.
Neste trabalho chama-se essa junção de startups de base tecnológica de
XTechs. O principal diferencial dessas startups é inovação baseada na transformação
digital. Assim, o problema desse estudo é como as empresas de base tecnológica - X-
Techs - criam diferenciais em seus modelos de negócio frente aos modelos de negócio
tradicionais na área de saúde.
As questões de pesquisa são:
1. Quais fatores indicam que um negócio é uma startup?
2. O segmento de atuação das X-Techs (ou seja, o X) é determinante para a
sobrevivência da startup?
3. Especificamente na área de saúde, quais os diferenciais para os modelos
de negócio oferecidos pelas startups frente aos modelos de negócios
tradicionais?
A pesquisa preliminar para elaboração desta tese indicou a inexistência de
uma base de informação que pudesse contribuir para o melhor conhecimento sobre
as startups brasileiras, em especial na área de saúde e bem-estar. A base de dados
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi a fonte oficial utilizada. Também
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utilizou-se a base de dados da Associação Brasileira das Startups - ABStartups, com
informações nacionais, mas não oficiais, sendo a base de dados sobre startups, a qual
alimenta o repertório de outras fontes de maneira repetitiva. Estes dados são
encontrados em inúmeras outras publicações e nos órgãos oficiais, mas de maneira
descentralizada.
O tema é atual e importante para o desenvolvimento econômico do país,
sendo assim, deveria ser pesquisado e possuir uma base de dados governamemental
com informações atualizadas.
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
2 Organização do trabalho
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3 Referências Bibliográficas
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