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governamentais para
segurança pública
Inovação
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conteudista/s
Joana Pires Gonçalves, 2022
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Referências........................................................................................................................44
Olá!
Neste módulo abordaremos sobre os conceitos iniciais sobre inovação e como ela
pode ser utilizada para transformar o setor público. Ele possui 2 unidades:
Apesar de todo esse cenário, precisamos começar a mergulhar nessa tríade e seus
conceitos, métodos e ferramentas, para que, efetivamente, consigamos enxergar
caminhos favoráveis à solução dos problemas complexos que envolvem a segurança
pública, com olhar inovador aplicado às suas atividades-meio, atividades-fim e
transformando positivamente os serviços que nós, servidores da área, ofertamos à
sociedade.
Estamos acostumados a pensar que inovação tem a ver somente com a criação de
novas tecnologias, não é? Muitos pensam assim, porém, um mergulho profundo
nesse mundo nos traz uma visão muito mais ampla e de inúmeras possibilidades
para essa temática, inclusive na área de segurança pública, como veremos ao longo
deste curso.
O conceito construído pela OCDE traz alguns elementos técnicos que podem não
A invenção ocorre quando alguém faz surgir na nossa realidade algo que até então
não existia, e essa criação estabelece um marco para aquela “coisa”. Parte-se do
ponto zero.
Já a inovação apresenta-se como uma melhoria sobre algo que já existe, mas que
precisa da incidência de novos olhares e ideias a fim de gerar melhores resultados
e certa competitividade mercadológica, dependendo do caso.
Fonte: https://instaarts.com/fotografia/daguerreotipo-a-primeira-maquina-fotografica/
Fonte: https://www.nikon.pt/pt_PT/product/digital-cameras/slr/consumer/d7500
Podemos perceber que a inovação tem a ver com um ciclo de produção de ideias que
acabam gerando uma mudança nova e positiva em um produto, processo, serviço,
entre outros, e trazendo resultados significativos e, muitas vezes, disruptivos.
Por isso, devemos sempre nos questionar para quem estamos direcionando esse
esforço de inovação? Quais realidades serão modificadas? Quais pessoas serão
impactadas e se esse impacto será positivo para elas. Isso porque, se pensarmos,
por exemplo, na instituição da qual você faz parte, constataremos que, sem você e
outros servidores públicos, ela é apenas uma ficção jurídica que não entrega nem
agrega valor à sociedade.
Enfim, processos de inovação envolvem pessoas sempre, pois são elas que
transformam as realidades. Considere-as para o sucesso da sua empreitada, sejam
elas:
Além dos quatro tipos de inovação citados acima, há mais alguns de acordo com o
autor estudado, como os tipos apontados por Larry Keeley e Joseph Schumpeter,
entre outros, que servem como referências de aprofundamento para o aluno.
Apesar de a pandemia ser um evento fora da curva, não esperado no curso regular
de uma sociedade, precisamos reconhecer que, em “normalidade”, a globalização
e a transformação digital estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Nós
nos vemos envolvidos em processos ágeis, informações em tempo real, ocorrências
políticas do outro lado do mundo que, quase instantaneamente, afetam nossas
vidas particulares e profissionais, demandando respostas cada vez mais imediatas
e precisas.
Após o período da Guerra Fria, surgiu o conceito de Mundo Vuca, para tentar
esclarecer o contexto dos movimentos do mundo pós-guerra, a fim de preparar as
forças militares para eventuais conflitos nesse cenário.
1. Volatility (volatilidade)
2. Uncertainty (incerteza)
3. Complexity (complexidade)
4. Ambiguity (ambiguidade)
Com o passar do tempo e a mudança de cenário cada vez mais rápida e constante,
surgiu, em 2018, o conceito de Mundo BANI, pelo antropólogo Jamais Cascio, que
muito se aplica ao mundo atual, principalmente no pós-pandemia, conforme as
quatro características abaixo:
1. Brittle (frágil)
1. Anxious (ansioso)
1. Nonlinear (não linear)
1. Incomprehensible (incompreensível)
Bom, precisamos saber o solo em que estamos pisando para estudar e prever as
melhores estratégias de atuação e, com certeza, a inovação é uma delas. Num
mundo com novas características tão específicas, como a do Mundo VUCA, não basta
apenas tentar inovar, é preciso criar as habilidades/competências corretas para
essas atividades, a fim de respeitar o contexto em que ela está sendo construída.
Sendo assim, em um mundo frágil, ansioso, não linear e muitas vezes incompreensível,
é necessário desenvolver resiliência, espírito colaborativo, empatia, escuta ativa,
aceitação de pontos vulneráveis, ética, aprendizado por meio do realizar e não só
da teoria, experimentação, flexibilidade, capacidade de iteração. Essas habilidades
serão, de fato, muito necessárias a todas as atividades ligadas à inovação em
qualquer cenário possível.
Por fim, com todo esse conhecimento e essas habilidades, poderemos imaginar uma
atuação governamental que possa contemplar os mais diversos cenários e variáveis,
em tempos pandêmicos ou não, com real capacidade de ofertar melhores serviços,
participação social, entrega de valor e resultados à sociedade apesar dos problemas
estatais cada vez mais complexos, mormente se considerarmos o panorama da
segurança pública e suas especificidades.
Fonte: https://www.instagram.com/p/CN7ZDPLH3Nz/?utm_medium=copy_link
A primeira coisa que podemos fazer nessa temática é entender, de fato, o que
significa o termo mindset.
Mindset é um conceito criado pela psicóloga Carol S. Dweck em seu livro intitulado
“Mindset: a nova psicologia do sucesso”, que diz respeito à mentalidade estruturada
de um indivíduo com base em suas crenças pessoais. Essa estrutura mental
estabelece a visão que ele terá do mundo e como agirá nele.
Olá!
Olá!
Fonte: http://paineldecompras.economia.gov.br
Sendo o Governo Brasileiro o maior comprador no cenário nacional, ele atua como
grande fomentador da economia, do desenvolvimento sustentável e de novas
tecnologias e produtos pelas empresas nacionais, ligado diretamente ao movimento
de inovação por esses atores privados.
Um projeto de fato inovador pelo seu impacto a nível nacional, com objetivos
Fonte: https://ladodeca.com.br/pm-e-salvo-por-colete-a-prova-de-balas-em-itaborai/
Fonte: http://www.policiacivil.am.gov.br/noticia/id/4132/ano/2015/mes/05/
Fonte: https://www.flickr.com/photos/justicagovbr/46579010125/
13. A aquisição passa por um ciclo completo PDCA (planejar, fazer, checar,
agir)?
Fonte: Compras públicas inteligentes: uma proposta para a melhoria da gestão das
compras governamentais, Antônio Carlos Paim Terra, Enap, 2018.
Como pode ser observado, há muitos aspectos a apurar para entendermos em que
nível de maturidade em compras inovadoras a instituição está e quais caminhos
deveremos traçar para chegar ao seu desenvolvimento.
[...]
Sendo assim, tais mecanismos apontados devem ser empregados, de acordo com
o referido normativo, para garantirem os objetivos das contratações públicas no
âmbito apontado, a saber:
Sabemos que o procedimento licitatório é muito extenso, e que uma abordagem mais
completa não caberia neste curso, por isso escolhemos fatiar e passar rapidamente
por elementos mais importantes de sua estrutura com comentários e dicas práticas
de como inovar e ser mais assertivo nas compras por seu órgão. Vamos lá?
Sendo assim, aí vai a primeira dica: o primeiro passo para quem está perdido e não
sabe por onde começar a planejar é olhar para o planejamento estratégico da sua
instituição! Segura na mão dele e vai!
“Art. 1º [...]
O ETP, como se vê, tem como função delinear melhor a aquisição para a construção
do Termo de Referência e demais documentos licitatórios, e deve “evidenciar o
problema a ser resolvido e a melhor solução dentre as possíveis, de modo
a permitir a avaliação da viabilidade técnica, socioeconômica e ambiental da
contratação”.
É muito importante identificar o real problema a ser resolvido para, então, apurar
a melhor solução. E isso demanda um afastamento das nossas certezas e abertura
para analisar a situação sem pré-julgamentos.
Para isso, indicamos uma metodologia muito interessante chamada design thinking!
Ela coloca as pessoas como centro do processo e traz uma abordagem aos problemas
e criação de possíveis soluções, utilizando como referencial o processo utilizado por
designers. O método possibilita a análise colaborativa, o processo criativo e valoriza
a experimentação.
Pronto! Após os testes, poderemos ter uma solução final aprovada, que trará suas
nuances, custos e mercado identificados no ETP, ou reprovada, o que nos levaria a
iterar e refinar alguma análise feita em outra etapa.
O processo pode parecer meio confuso no início, porém, após cada fase, vamos
criando mais clareza, estrutura e confiança no resultado:
Fonte: https://www.instagram.com/p/CFzj4_LDmiv/?utm_source=ig_web_copy_link
Para isso, pode ser elaborada, também, de forma preliminar, uma Estrutura Analítica
de Riscos – EAR (também conhecida como Risk Breakdown Structure – RBS), que facilita
a visualização dos riscos por eixo definido:
a) poder destrutivo;
Os PCE são fiscalizados nacionalmente por meio do SisFPC via Diretoria de Fiscalização
de Produtos Controlados – DFPC e Regiões Militares – RM.
Portarias PCE.pdf
LEIFER, L.; LEWRICK, M.; LINK, P. A Jornada do Design Thinking. Rio de Janeiro: Alta
Books, 2019.