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GESTÃO ESTRATÉGICA
DA INOVAÇÃO
Com o passar dos anos, as empresas estão cada vez mais competitivas.
Isso se deve, muitas vezes, às transformações que ocorrem no ambiente
mercadológico. No intuito de superar essas transformações e gerar vantagem
competitiva, as práticas de inovação são imprescindíveis, uma vez que é por
intermédio de atitudes inovadoras que as empresas são capazes de expandir,
reestruturar e aprimorar as ações nos mais variados tipos de organizações. Nas
empresas e indústrias, por exemplo, o ato de inovar permite que determinado
negócio seja reinventado, tornando-o mais adequado para o consumidor final e,
consequentemente, mais competitivo.
No entanto, antes de entrarmos nesse mundo organizacional, é
fundamental compreendermos alguns conceitos.
Conceituar inovação não é uma tarefa fácil. Por mais simples que possa
parecer, inovar não é simplesmente fazer algo novo. O conceito de inovação
sofreu grandes alterações nos últimos anos. O Manual de Oslo, criado em 1990
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
apresenta diretrizes para coleta e interpretação sobre inovação e tecnologia com
o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de
estatística e indicadores de pesquisa e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de
países industrializados. É nesse manual que é apresentada a evolução do
conceito de inovação.
Inovação é considerada a prática de explorar novas ideias de forma correta.
Dessa forma, a ideia de algo realmente dar certo depende dos objetivos e das
pessoas ou organizações envolvidas nesse processo. Um exemplo pode se referir
ao incremento do faturamento ao crescimento da margem de lucro, à abertura de
novos mercados e ao lançamento de novos produtos ou serviços.
Um conceito muito interessante sobre inovação foi dado pelo vice-
presidente de varejo da Apple, Ron Johnson: “Inovação é a fantástica intersecção
entre a imaginação de alguém e a realidade”. Isso significa que inovar vai além da
criatividade, de pensar em coisas novas, ou seja, é transformar uma ideia em
produto, serviço ou processo novo ou melhorado.
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No ambiente empresarial, inovar é o processo que inclui atividades
técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização
de produtos, ou na primeira utilização de processos.
No entanto, a inovação organizacional é definida como um novo método
organizacional voltado aos negócios das empresas, à organização do trabalho ou
às relações externas. A inovação organizacional aplica-se ao desenvolvimento de
novas tecnologias para a criação de novos produtos e serviços, à forma como a
organização atua em um mercado em constante mudança, servindo igualmente
como forma competitiva.
Inovações também podem estar vinculadas a novas modelagens de
negócio, a novos mercados, métodos, processos organizacionais e a novos tipos
e fontes de suprimentos. Por conta disso, é comum haver uma confusão entre
inovação e processos de inovação com o aprimoramento constante de produtos,
métodos, serviços, processos, entre outros. É por esse motivo que é importante
saber que a inovação gera um impacto significativo para a organização ou para o
conjunto de pessoas envolvidas, se considerarmos esse processo como um todo
e não apenas em seus aspectos isolados.
Até recentemente os processos de inovação não eram suficientemente
compreendidos. Um melhor entendimento surgiu em decorrência de vários
estudos feitos nos últimos anos. No que diz respeito ao nível macro, é possível
encontrar um conjunto de elementos que apontam que a inovação é um dos
principais fatores que levam ao crescimento econômico. Já em nível micro, a
pesquisa e desenvolvimento é a atividade que mais absorve informações e
conhecimento para a empresa.
Outros fatores que influenciam a capacidade de inovação das empresas
são também vistos como de fundamental importância: facilidade de comunicação,
canais eficazes de informação, transmissão de competências e acumulação de
conhecimentos dentro das organizações. Além disso, é importante ter uma visão
estratégica e determinante para buscar no ambiente externo a organização,
elementos que sejam essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias e
inovações. Para isso, a empresa precisa desenvolver duas competências
principais:
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disponibilidade e capacidade de coligir, processar e assimilar informações
tecnológicas e econômicas;
Competências organizacionais: disposição para o risco e capacidade de
gerenciá-lo, cooperação interna entre os vários departamentos
operacionais e cooperação externa com consultorias, pesquisas de público,
clientes e fornecedores, envolvimento de toda a empresa no processo de
mudança e investimento em recursos humanos.
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podem basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou
podem ser derivadas do uso de novo conhecimento.
Os primeiros microprocessadores e gravadores de videocassete foram
exemplos de produtos tecnologicamente novos do primeiro tipo, utilizando
tecnologias radicalmente novas. O primeiro toca-fitas portátil, que combinava as
técnicas existentes de fita e minifones de cabeça, foi um produto
tecnologicamente novo do segundo tipo, combinando tecnologias existentes em
um novo uso. Em cada caso, o produto geral não existia anteriormente.
Já um produto tecnologicamente aprimorado é um produto existente cujo
desempenho tenha sido significativamente aprimorado ou elevado. Um produto
simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo)
com o uso de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto
complexo que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser
aprimorado por meio de modificações parciais em um dos subsistemas.
Produtos tecnologicamente aprimorados podem ter grandes e pequenos
efeitos na empresa. A substituição de metais por plástico nos equipamentos de
cozinha ou mobílias é um exemplo de uso de componentes de melhor
desempenho. A introdução de freios ABS ou outras melhorias de subsistemas em
carros é um exemplo de mudanças parciais em alguns subsistemas técnicos
integrados.
No que diz respeito à inovação de processo, é a adoção de métodos de
produção novos ou significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega
dos produtos. Tais métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na
organização da produção, ou uma combinação dessas mudanças, e podem
derivar do uso de novo conhecimento. Os métodos podem ter por objetivo produzir
ou entregar produtos tecnologicamente novos ou aprimorados, que não possam
ser produzidos ou entregues com os métodos convencionais de produção, ou
pretender um aumento da produção ou eficiência na entrega de produtos
existentes.
Um exemplo de inovação em processo pode ser com base em uma
empresa de transporte rodoviário, em que a adoção de novos procedimentos
melhora o desempenho das atividades, por exemplo: (1) o uso de telefones
celulares para redirecionar os motoristas ao longo do dia, que permite aos clientes
maior flexibilidade nos destinos das entregas; (2) novo sistema de mapeamento
por computador, usado pelos motoristas para descobrir a rota de entrega mais
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recente (isto é, de um destino para outro). Isso permite oferecer aos clientes
entregas mais rápidas; (3) introdução de reboques com oito contêineres em forma
de globo, em vez dos quatro habituais.
Por fim, inovação de modelo de negócio tem foco na mudança do modelo
de negócio da organização, nas motivações e em como os elementos para essa
mudança se tornam bem-sucedidos. Os modelos de negócios são decorrentes da
inovação tecnológica que ocorre dentro da organização, tecnologia essa que
busca atender às necessidades do mercado e também dos clientes não
correspondidos. Essa capacidade de mudança da organização de se adaptar às
condições faz com que a empresa obtenha um melhor desempenho. Novos
modelos de negócios, ou refinamentos para os já existentes, muitas vezes
resultam em um custo mais baixo ou o aumento do valor para o consumidor; se
não for facilmente replicado por concorrentes, eles podem fornecer uma
oportunidade de gerar retornos mais altos para o empresário, pelo menos até que
seus novos recursos sejam copiados.
Dessa forma, inovação do modelo de negócio se caracteriza por uma
mudança que a empresa planeja para atender seus clientes, envolvendo, dessa
forma, a mudança da estrutura organizacional com a inclusão de inovações e
processos em sua cadeia produtiva.
De acordo com o consultor de inovação, Luiz Flávio (2016), podemos
distinguir quatro dimensões principais para se inovar no modelo de negócios:
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Processos: Na dimensão de processos, podem-se criar novas linhas de
produtos e serviços utilizando as competências centrais da empresa, como
a Honda fez com a sua linha de produtos – motosserra, cortador de grama,
motocicletas, carros etc. Ou envolver os seus fornecedores na criação de
valor como a Boeing ou a Embraer.
Canais de entrega: Nos canais de entrega, a empresa pode buscar novas
formas de distribuir e interagir com os consumidores criando um
relacionamento inteligente e criativo. O e-commerce criou uma gama
enorme de novos modelos de negócio.
A possibilidade de um
automóvel ser alugado
Referem-se a alterações que dizem respeito à
para o consumidor, que
Inovação de maneira como o produto ou serviço é
passaria a pagar
modelo de apresentado ao mercado. Na maioria das
mensalidades para
negócio vezes, essa inovação não casa mudanças no
utilizá-lo. Com isso, teria
produto ou no processo de produção.
direito a seguro e
manutenção.
Fonte: Possoli, 2012.
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De acordo com o Manual de Oslo (2017), a mudança técnica está longe de
ser suave. Novas tecnologias competem com as tecnologias estabelecidas e, em
muitos casos, as substituem. Esses processos de difusão tecnológica são
frequentemente prolongados e envolvem, via de regra, o aprimoramento
incremental, tanto das novas tecnologias, como das já estabelecidas. Na
turbulência que se segue, novas empresas substituem as existentes que tenham
menos capacidade de ajustar-se. A mudança técnica gera uma redistribuição de
recursos, inclusive mão de obra, entre setores e entre empresas. Como observa
Schumpeter, a mudança técnica pode significar destruição criativa. Pode também
envolver vantagem mútua e apoio entre concorrentes, ou entre fornecedores,
produtores e clientes.
Inovação incremental poder ser definida como: a inovação que incorpora
melhoramentos (características técnicas, utilizações, custos) a produtos e
processos preexistentes. Algumas expressões que envolvem o conceito de
“qualidade” e “altura” da inovação: radical, incremental, imitação, invenção,
disruptive, breakthrough, discontinuity, innovation height, novel, novelty, really
new, level of newness, innovativeness.
De acordo com Thiengo (2018), um fator que estimula esse tipo de
inovação é a incerteza econômica. A inovação incremental, em geral, visa
melhorar o desempenho dos produtos e aumentar o seu ciclo de vida (introdução,
crescimento, maturidade e declínio). A indústria automobilística apresenta
diversos exemplos de inovações incrementais. Nas últimas décadas, os
engenheiros que atuam nessa área não pretenderam criar uma espécie de veículo
totalmente novo – ao contrário, foram realizadas apenas inovações graduais, tais
como a melhoria no sistema de freios, tecnologias para a redução no consumo de
combustível, o desenvolvimento de motores para maior potência etc. Sem dúvida,
comparando-se os carros atuais com aqueles fabricados décadas atrás,
constatam-se grandes diferenças, as quais foram sendo incrementadas de
maneira paulatina e gradual.
Já a inovação radical consiste na criação de um novo produto, desejando,
consequentemente, a geração de um novo mercado. Esse tipo de inovação tende
a criar mercados e indústrias totalmente novos. Cita-se, por exemplo, o caso de
um cientista da 3M chamado Art Fry, que fazia parte de um coral e usava
marcadores em seu livro de canto. Todas as vezes em que ele abria o livro de
canto, os marcadores acabavam caindo. Em 1977, Art Fry observou de um outro
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cientista uma novidade: um adesivo que era capaz de reposicionar. Com isso,
para resolver o seu problema, ele teve a ideia de usar esse adesivo coberto com
tiras de papel. Assim, Art Fry acabou por desenvolver um novo conceito de bloco,
o Post-it.
O quadro a seguir apresenta uma simplificação dos conceitos e exemplos
dos inovações incrementais e radicais.
Ainda existem outros tipos de inovação que são importantes ser citado, por
exemplo, as inovações de marketing e as inovações organizacionais. A inovação
de marketing diz respeito à implementação de uma nova metodologia de
marketing nas organizações. Trata-se de um novo planejamento mercadológico
que muda expressivamente a concepção do produto, do seu modo de
comercialização e sua identidade visual. Tais alterações aumentam as vendas dos
produtos, melhoram o atendimento aos clientes e objetivam a abertura de outros
mercados.
No que diz respeito à inovação organizacional, é a aplicação de métodos
organizacionais ainda não utilizados pela empresa a fim de reduzir custos
administrativos e de suprimentos. É importante ressaltar que inovações
organizacionais possuem um caráter estritamente administrativo, o que envolve a
gestão de pessoas e a gestão estratégica. Como exemplo de inovação
organizacional, podemos citar: ações de gestão de qualidade; sistemas de
produção flexíveis e enxutos; novos procedimentos e rotinas administrativas;
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conexão de diversos tipos de negócios; centralização ou descentralização de
tarefas, entre outros.
Por tudo que vimos até o momento, temos uma ideia de como é difícil
conceituar inovação, e essa mesma dificuldade se estende para a definição de
criatividade. Criatividade, segundo as definições encontradas nos dicionários, é
uma habilidade humana intangível, apesar de suas manifestações evidentes.
Além disso, é a qualidade ou estado de ser criativo, ou ainda, a capacidade de
criar. Percebe-se que é uma explicação ampla, e por isso existe essa dificuldade
em compreender o que de fato é. Contudo, vamos aqui aprofundar um pouco mais
esses conceitos.
Alguns estudiosos de inovação descrevem a criatividade como a
capacidade de desenvolver uma coisa nova com base em uma coisa antiga ou de
promover a existência de algo novo, aproveitável, útil e de real e comprovada
importância. Além disso, criatividade está mais ligada à capacidade de
introspecção do que aos recursos disponíveis.
Embora sejam utilizadas em diferentes ocasiões como sinônimos e estejam
relacionadas, há uma importante diferença entre criatividade e inovação.
Enquanto a criatividade se refere à geração de ideias, a inovação diz respeito à
aplicação e ao funcionamento de um novo produto, processo ou serviço. Em
outras palavras, a criatividade é crucial para a inovação, no entanto, não é
suficiente por si só.
No contexto empresarial, é evidente a valorização da criatividade,
fenômeno resultante do aumento da competitividade, da velocidade das
mudanças e da valorização do empreendedorismo. Como a origem da inovação
reside nas ideias criativas dos indivíduos, a criatividade tem recebido uma atenção
crescente. Ela tem sido apontada como uma habilidade humana crítica, que deve
ser canalizada e fortalecida em favor da organização.
São cinco condições propícias para o surgimento do pensamento criativo:
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A coragem para enfrentar o medo de se expor.
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meio de um computador. Essa nova ordem de integração das economias
nacionais e, sobretudo, a mobilidade da circulação de bens e serviços têm gerado
profundas transformações no mercado de trabalho mundial. Entre essas
transformações, pode-se citar o aumento da competitividade motivado pela
internacionalização da concorrência.
Para que possamos inovar em um ambiente globalizado, é primordial a
utilização das tecnologias de informação e comunicação de forma a viabilizar
ações coletivas de troca de informações, de planejamento e atividades de P&D
entre participantes situados em locais distintos do mundo. Com isso, eles podem
desenvolver ações de inovação em empresas, institutos de pesquisa,
universidades, indústria e também outros tipos de organizações.
Assim, é possível afirmar que a globalização traz, enquanto característica
estrutural, a revolução tecnológica informacional. A rigor, mercadorias e papéis
moeda não são trocados; o que trocamos, de fato, são informações sobre
dinheiro e sobre papéis que o representam.
Assim, temos uma ideia inicial de por que devemos inovar. Além das
questões que envolve a globalização, as empresas devem ter um olhar
estratégico com base na inovação. Desde os postulados de Schumpeter, o “pai”
do empreendedorismo, empresas que não inovam estão fadadas a perderem
espaço no mercado, diminuindo sua vantagem competitiva e desempenho.
Inovar é, de fato, o cerne para o desenvolvimento organizacional. E
engana-se quem acha que inova é revolucionar em um produto, processo ou
serviço. Muitas vezes, o fato de um empreendedor agregar valor ao negócio, em
pequenos detalhes na forma de fazer o negócio, já, sem dúvida, fará com que a
vantagem competitiva esteja a cima dos concorrentes do mesmo setor que atua.
Inovar é criar barreiras para novos entrantes também. A partir do momento
em que se cria valor de forma a inovar aquilo que já é existente na organização,
empresas concorrentes sentem dificuldades de fazer o mesmo, principalmente
diante do custo de aplicação desse valor agregado. Isso faz com que o seu
desempenho permaneça por mais tempo, bem como um lucro constante.
Outra questão importante para empresas que querem inovar e manter um
nível alto e estável é sempre buscar pela renovação e, de novo, não é necessário
grandes inovações. Muitas vezes, pequenas ações fazem a diferença para que a
empresa consiga alcançar suas metas e lucratividade.
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Para finalizar esta aula, é importante destacar que inovar nem sempre é
fácil, principalmente diante de um mercado acirrado como o que vivemos nos dias
atuais. Além disso, as tecnologias estão mudando a todo tempo, por isso,
informação e conhecimento são fundamentais. Gestão do conhecimento e
informação é imprescindível na cultura organizacional. Em breve vamos estudar
um pouco mais sobre esse processo de geração e gestão do conhecimento que
é a raiz para toda e qualquer inovação que uma empresa queira desenvolver.
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REFERÊNCIAS
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THIENGO, L.C.; BIANCHETTI, L.; DE MARI, C. L. A obsessão pela excelência:
universidades de classe mundial no Brasil? Revista Internacional de Educação
Superior, v. 4, n. 3, p. 716-745, 2018.
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