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Inovação é a concretização e implementação bem sucedida de uma ideia antes da Simantob & Lippi
concorrência. Trata-se de uma iniciativa, modesta ou revolucionária, que surge como (2003, p. 12)
uma novidade e traz resultados econômicos para a empresa, sejam eles ligados à
tecnologia, gestão, processos ou modelos de negócios.
“Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou OECD (2004, p. 55)
significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou
um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de
trabalho ou nas relações externas”.
A inovação é um processo movido pela habilidade de estabelecer relações, detectar Tiid, Bessant e
oportunidades e tirar proveito das mesmas, seja abrindo novos mercados ou servir Pavitt (2008, p. 23)
mercados já existentes, caracterizando que o extrato do processo inovador não é
apenas tecnológico, mas também, através de serviços.
A inovação é o resultado da soma da visão e invenção que tem por objetivo entregar Paradis & Mcgaw
valor para o consumidor. (2007)
A inovação é a materialização e a geração de valor associada à introdução de novos Terra (2012, p. 19)
produtos ou soluções que atendem oportunidades latentes ou emergentes – de várias
ordens - que estão surgindo no mundo externo através de um processo sistemático,
deliberado e contínuo.
1 O Manual de Oslo - Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica - tem o objetivo
de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de P&D de países
industrializados. No Brasil, a primeira tradução para o português foi produzida e divulgada pela FINEP em 2004. Destaca-se
que o Manual cobre tão somente inovações em empresas do setor privado, tratando a inovação no nível da empresa e
concentrando-se em inovação tecnológica de produto e processo (TPP). O manual apresenta, ainda, diretrizes opcionais para
outras formas de inovação, como as mudanças organizacionais; e envolve a difusão até o nível “o novo para a empresa”. Hoje,
O Manual de Oslo é a principal fonte internacional de diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da
indústria.
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Inovação é a criação de uma oferta viável e que requer a identificação de problemas Kelley (2013)
que possuem significado para os usuários.
Fonte: desenvolvido pela autora e baseado em Schumpeter (1934); Simantob & Lippi (2003); Oecd (2004); Tiid,
Bessant e Pavitt (2008); Paradis & Mcgaw (2007); Keeley (2013); Terra (2012, p. 19).
TIPOS DE INOVAÇÃO
Schumpeter (1934) é frequentemente citado em função de ter sido o primeiro
economista a ressaltar a importância da inovação. Ele definiu cinco tipos de inovação: a)
introdução de um novo produto ou mudança qualitativa em produto existente; b) inovação
em processo que seja novo para determinada indústria; c) abertura de um novo mercado; d)
desenvolvimento de novas fontes de suprimento de matéria prima ou outros componentes;
e) mudança na organização da indústria.
Já o Manual de Oslo, afere que os tipos de inovação são (OECD, 2004):
a) Implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente
melhorado: um produto simples pode ser aperfeiçoado através da utilização de matérias
primas ou componentes de maior rendimento; um produto complexo pode ser aperfeiçoado
via mudanças parciais em um dos seus componentes ou subsistemas; e um serviço pode ter
adições de novas funções ou mudanças na característica de como ele é oferecido e que,
consequentemente, irão implicar em maior eficiência, rapidez de entrega ou facilidade de uso
do produto;
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Produtos e Serviços: Desenvolvimento e comercialização de produtos ou serviços novos, fundamentados em novas Finanças Simantob e Lipp
tecnologias e vinculados à satisfação de necessidades dos clientes; Produto (2003)
Processos: Desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos ou de novas formas de relacionamento para a Serviço
prestação de serviços; Processos
Negócios: Desenvolvimento de novos negócios que forneçam vantagem competitiva sustentável;
Gestão: Desenvolvimento de novas estruturas de poder e liderança.
Produto (bem ou serviço): implantação/comercialização de um produto ou serviço com desempenho aprimorado Produto Oecd (2004)
Processo: novo método de produção ou distribuição novo ou melhorado. Processo
Método de marketing: novo método de marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua Mercado
embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços. Marketing
Método organizacional: novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de Organização
trabalho ou em suas relações externas.
Produto: mudanças nas coisas (produtos/serviços) que uma empresa oferece; Produto Tiid, Bessant e
Processo: mudanças na forma em que os produtos/serviços são criados e entregues; Serviço Pavitt (2008)
Posição: mudanças no contexto em que os produtos/serviços são introduzidos; Contexto
Paradigma: mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz. Modelo mental
Fonte: desenvolvido pela autora com base nas teorias de Moura e Adler (2010); Simantob e Lipp (2003); Oecd (2006), Paradis e McGaw (2007); Tiid, Bessant e Pavitt
(2008); Terra (2012); Keeley (2013).
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GRAUS DE INOVAÇÃO
Além de analisar os tipos de inovação, também é necessário compreender o grau
de impacto que elas causam nas organizações, mercados e sociedades. O Manual de
Oslo afere o grau de inovação através de uma definição quantitativa em que o relaciona
com a intensidade de ocorrência: a) Máximo: novo no mundo; b) Intermediário: novo
em uma região ou país; c) Mínimo: novo na empresa (OECD, 2004). Já Tidd, Bessant e
Pavitt (2008) apresentam os conceitos de inovação incremental e inovação radical, no
qual a relação enfoca-se em uma visão mais qualitativa, sobretudo, quando explanam
acerca da inovação radical:
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Significa que a cadeia de fornecimento deve abranger a empresa como um todo.
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Usuário que aderem aos produtos antes de se tornarem tendências.
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REFERÊNCIAS DO TEXTO:
BORJA DE MOZOTA, Brigitte. Design management: using design to build value and
corporate innovation. Canadá: Allworth Press, 2003.
KEELEY, Larry; et all. Ten types of innovation: the discipline of building breakthroughs.
John Wiley & Sons, Inc: New Jersey, 2013.
MOURA, Heloísa Tavares de; ADLER, Isabel Krumholz. A ecologia da inovação e o papel
do design estratégico. In: Congresso de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São
Paulo, 2010.
PARADIS, Jean Zachary; McGAW, David. Naked Innovation. Chicago: Institute of Design,
2007.
SIMANTOB, Moysés; LIPPI, Roberta. Guia Valor de inovação das empresas. São Paulo:
Editora Globo, 2003.
TERRA, José Cláudio. Dez dimensões da gestão da inovação: uma abordagem para a
transformação organizacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. Gestão da inovação. Porto Alegre: Artmed,
2008.