Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gestão do Patrimônio
da União
Módulo
2 Infrações contra o
Patrimônio da União
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Equipe responsável
Danilo dos Santos Silva (conteudista, 2019).
Rodrigo Pessoa Trajano (conteudista, 2019).
Thais Brito de Oliveira (conteudista, 2019).
Haruo Silva Takeda (coordenador de multimídia, 2019).
Djinne da Silva Reagan (conteudista revisora, 2020).
Thiago Betim Flores (conteudista revisor, 2020).
Ariene Azevedo de Jesus (coordenadora, 2019/2020).
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Laboratório
Latitude e Enap.
Enap, 2020
1. Tipos de infrações.......................................................................... 6
1.1 O Infrator............................................................................... 9
3. Finalizando o módulo.................................................................. 41
Referências Bibliográficas................................................................ 42
Introdução ao módulo 2
Neste novo trecho, você conhecerá as ações para reprimir o mau uso ou depredação desses
imóveis, ou seja, as sanções previstas na legislação patrimonial para coibir o avanço do uso
irregular do imóvel da União.
Os bens de uso comum do povo, como as praias, estão frequentemente sujeitos a construções
irregulares e inúmeros e extensos cercamentos particulares, privatizando-os, em detrimento
da SPU. Esta por sua vez, geralmente os fiscaliza por intermédio de denúncias protocoladas de
maneira pontual.
Torna-se um desafio para essa Secretaria inibir tempestivamente o mau uso desses imóveis,
tanto pela extensão das áreas a serem fiscalizadas quanto pela dificuldade dos servidores em
identificar as infrações que fiquem fora do seu alcance de sua visão.
Você terá oportunidades de realizar atividades avaliativas durante o trajeto, igualmente realizado
no módulo anterior.
1. Tipos de infrações
Você sabe o que é infração administrativa contra o patrimônio da União?
É toda ação ou omissão que resulte na violação do adequado uso, disposição, manutenção e
conservação deste patrimônio. Poderão, ainda, ocorrer fora de bens imóveis da União, desde
que se caracterize o comprometimento da destinação original do bem da União, do uso racional
e de sua integridade física.
Como a legislação patrimonial da União não apresenta a tipificação das infrações, cabe ao fiscal
observar as três hipóteses genéricas de infrações extraídas da legislação patrimonial e elencadas
no art. 10°, da Instrução Normativa/SPU 23/2020.
É importante destacar que, conforme normativos vigentes, caso o imóvel tenha sido destinado, o
tipo de infração previsto no segundo exemplo anteriormente apresentado não será aplicado. Isso
Este fato não dispensa o responsável de observar os demais normativos vigentes e nem de obter
as autorizações eventualmente cabíveis junto aos órgãos e entidades competentes, como por
exemplo, licença ambiental ou autorização prevista no código de obras do município.
Há, ainda, ações ou omissões que, além de caracterizarem infrações patrimoniais, são igualmente
infrações ambientais, sanitárias etc. Sendo assim, não há qualquer impedimento para que se
proceda com a autuação, desde que se evite utilizar como fundamento a legislação de outra
esfera que não seja a patrimonial.
h,
Destaque,h
Sendo assim, o fato de outro órgão ter aplicado uma sanção contra uma
infração prevista em outras legislações (por exemplo: ambiental) não impede
que a SPU aplique as sanções administrativas pertinentes contra a infração,
sob o ponto de vista da legislação patrimonial. Diante de um caso, hipotético,
em que o infrator agiu contra a legislação patrimonial e ambiental, este deverá
ser penalizado conforme as duas legislações vigentes.
A Lei 13.240, de 2015, trata, dentre outros assuntos, sobre ocupação em Área de Preservação
Permanente - APP, a qual cita que é possível reconhecer a ocupação em área de APP, desde
que o comportamento do ocupante não esteja concorrendo ou tenha concorrido para o
comprometimento da integridade da área.
Isso implica que, nesses casos, deverá ser realizada consulta ao órgão ambiental responsável,
normalmente o Estadual (ou Federal, em casos de Unidade de Conservação Federal), para
verificar os impactos da ocupação na área de APP.
Os riscos ambientais, a teor do inciso I, do art. 9º, da Lei 9.636, de 1998, são condições impeditivas
da destinação, mas não engatilham, por si, a atividade fiscalizatória da SPU com a aplicação de
sanções.
No caso de imóveis destinados, a SPU não tem o dever de controlar possíveis benfeitorias e/ou
construções. Apesar disto, caso a SPU tenha conhecimento de ocorrência de dano ambiental
em área destinada, por meio de manifestação do órgão ambiental responsável, caberá o
cancelamento da destinação concedida, em consonância com o art. 9º, da Lei 9.636, de 1998, e
a União deverá reaver a posse do imóvel (art. 10).
Desse modo, se o cidadão se apropriou de área de mangue, bem qualificado como de uso
comum nos termos do art. 6º, do Decreto-Lei 2.398, de 1987 (redação dada pela Lei 9.636, de
Outro exemplo seria a construção, à beira-mar, de um deck de madeira em local com vegetação
original de Mata Atlântica. Independentemente de se tratar de infração ambiental, caso o deck
avance sobre faixa de areia, deve-se considerar que a construção pode causar impedimento ao
livre acesso e ao uso da praia, bem da União, a teor do art. 20, da Constituição Federal.
Na situação hipotética, há, nitidamente, interesse para a intervenção da SPU sobre a área que
sofreu a interdição, de modo a garantir o livre acesso à praia. Entretanto, a SPU não deve, por
si só, definir que se trata de área de risco ou área de preservação permanente. Demanda-se
a atuação conjunta com outros órgãos que detenham, formalmente, competências e recursos
técnicos para as afirmações necessárias à fundamentação da atuação da SPU.
1.1 O Infrator
De acordo com o parágrafo primeiro do art.
10°, da Instrução Normativa/SPU 23, de 2020,
será considerado infrator pessoa física ou
jurídica que, diretamente ou por interposta
pessoa, por ação ou omissão, incorrer na
prática dos atos ilícitos.
Deve ser a mais completa possível, por meio do nome completo, endereço residencial, endereço
comercial, número do CPF (imprescindível), nome da mãe, tipo de vínculo com o imóvel
fiscalizado, dados da cédula de identidade (número, órgão expedidor/UF, data de emissão, data
de nascimento, naturalidade). Essas informações podem ser obtidas junto ao infrator, vizinhos,
conhecidos, denunciantes, testemunhas etc.
Quando o Agente da SPU não conseguir descobrir o responsável pela infração, poderá autuar a
pessoa constante no cadastro da SPU. Nos casos em que o infrator se recuse a assinar e receber
a notificação, o Agente deverá solicitar a presença de duas testemunhas (servidores ou não da
SPU) para atestar a recusa, colhendo assinatura das mesmas no documento.
O fiscal deve ser cauteloso ao noticiar à ocorrência, especialmente no que se refere à narração
dos fatos atribuídos ao particular, uma vez que poderá se configurar em ofensa.
Quando um cidadão ou uma empresa particular utiliza, de forma inadequada ou sem autorização
do proprietário, um imóvel de propriedade da União, na verdade, está impedindo a população
brasileira de usufruir de um espaço que é público e, em muitos casos, obtendo lucros e benefícios
não repassados a União.
Observe que se têm relatos de terrenos pertencentes à União que seriam destinados para
construção de hospitais, creches e outros equipamentos públicos, cujos processos não puderam
ser concluídos porque esses imóveis estavam invadidos e ocupados por habitações de baixa, média
ou alta renda. Portanto, nesse caso, a população do entorno, que demanda dos equipamentos
públicos, ficou prejudicada em face de poucas pessoas que se beneficiaram de forma gratuita de
tal ocupação irregular.
Destacam-se, também, as ocupações irregulares em área de uso comum do povo, que muitas
vezes promovem a privatização e monetarização desses espaços que deveriam ser de acesso
livre a todos.
Exemplos dessa privatização são as barracas instaladas na areia da praia que cobram dos banhistas
para usufruir dos seus assentos, ocupam uma área de livre trânsito com a construção realizada e
deixam, muitas vezes, os espaços públicos com acessos restritos.
Dessa forma, cabe o destaque da importância na aplicação das sanções previstas até a finalização
da infração, tendo em vista a importância da proteção do patrimônio que é de todos.
O Decreto-Lei nº 2.398, de 1987, foi alterado pela Lei nº 13.139, de 2015, que trouxe novidades
quanto à aplicação das sanções administrativas. A Instrução Normativa/SPU 23, de 2020, destaca,
em seu Art. 11°, as sanções aplicadas e dá outras diretrizes.
Art. 11º. Sem prejuízo da responsabilidade civil e penal e da indenização prevista no art.
10, da Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1.998, as infrações contra o patrimônio da União
são punidas com as seguintes sanções:
I - embargo de obra, serviço ou atividade, até a manifestação da União quanto à
regularidade de ocupação;
II - aplicação de multa nos termos da legislação patrimonial em vigor;
III - desocupação do imóvel; e
IV - demolição e/ou remoção do aterro, construção, obra, cercas ou demais benfeitorias,
bem como dos equipamentos instalados, à conta de quem os houver efetuado, caso não
sejam passíveis de regularização.
1
Obrigação propter rem é àquela que recai sobre uma pessoa em razão da sua qualidade de proprietário ou de
titular de um direito real sobre um bem.
Pergunta
O que fazer em casos de dúvidas sobre a dominialidade da área?
Resposta
Nessas situações e, sobretudo nos terrenos de marinha e terrenos marginais
de rios, recomenda-se a aplicação de embargo de obras em andamento e
não autorizadas pela União e notificação ao ocupante para apresentação de
documentação que justifique a sua ocupação. Tal medida visa coibir eventual
descaracterização de imóvel da União.
Sempre que possível, deverá ser utilizado o material de comunicação visual de
apoio para a concretização do embargo das atividades que estão acontecendo
no imóvel. Os materiais utilizados poderão ser: fita zebrada, adesivo tipo faca,
lacres de plástico, correntes e cadeados.
Pergunta
Quais serviços poderão ser embargados?
Resposta
Qualquer serviço, inclusive de cunho intelectual, levado a efeito irregularmente
sobre bem da União ou em função do bem, desde que a paralisação se mostre
como passo necessário à regularização do uso ou que paralise a descaracterização
do imóvel da União.
Resposta
Sim, pode-se embargar a construção, qualquer obra e instalação de equipamento
em imóvel residencial. Também é possível embargar atividades e serviços
prestados no imóvel.
O uso residencial não poderá ser embargado, sob pena de que o embargo
se apresente como uma distorção de outra sanção, a desocupação. Ou seja,
impedir o uso residencial de um imóvel tem a mesma consequência de ordenar
a sua desocupação. Deve-se ter em conta, que a moradia é um direito social e
deverá ser discutida em sede judicial, afastando-se a autoexecutoriedade do ato
administrativo.
Na sequência, será apresentada a base legal para o embargo de atividades de obra e serviços,
a documentação de referência para aplicação da sanção, encerramento, consequências e os
próximos passos.
Base Legal
O art. 11, da Lei nº 9.636, de 1998, traz o seguinte: Caberá à SPU a incumbência de fiscalizar e
zelar para que sejam mantidas a destinação e o interesse público, o uso e a integridade física
dos imóveis pertencentes ao patrimônio da União, podendo, para tanto, por intermédio de seus
técnicos credenciados, embargar serviços e obras, aplicar multas e demais sanções previstas
em lei e, ainda, requisitar força policial federal e solicitar o necessário auxílio de força pública
estadual.
O art.6º do Decreto-Lei nº 2.398, de 1987, cita que: Considera-se infração administrativa contra o
patrimônio da União toda ação ou omissão que viole o adequado uso, gozo, disposição, proteção,
manutenção e conservação dos imóveis da União.
...
§ 4º Sem prejuízo da responsabilidade civil, as infrações previstas neste artigo serão punidas com
as seguintes sanções:
Caso o embargo seja aplicado de forma conjunta com a multa/indenização, deve-se registrar o
embargo aplicado, também, no Auto de Infração previsto no anexo do Manual de Fiscalização do
Patrimônio da União, de 2018.
O embargo aplicado deverá permanecer vigente até o encerramento da infração cometida. Caso
o autuado solicite regularização da ocupação junto a SPU, a equipe de destinação deverá analisar
o pedido. Essa análise, poderá ter dois desdobramentos:
Vale relembrar que, caso seja comprovado o descumprimento do embargo aplicado, deve-se
oficiar a delegacia da Polícia Federal mais próxima com todo o material de comprovação do ato.
Caso seja necessário solicitar a reintegração de posse do imóvel junto ao judiciário, toda
documentação referente ao embargo aplicado deverá ser encaminhada à Advocacia-Geral da
União.
Para isso, leia, reflita e tente responder as situações problema 1 e 2, antes de acessar a resposta
para cada uma delas.
Situação problema 1
Ao realizar uma fiscalização preventiva na Praia das Conchas, no estado do Rio de Janeiro,
você e seus colegas detectaram uma obra ocorrendo num costão rochoso. Ao abordarem os
Pergunta
Você saberia informar quais as ações recomendadas para este caso?
Resposta
Como fiscal, com a dúvida pairando sobre o limite do terreno de marinha na
região, a conduta esperada seria identificar os pontos de coordenadas do local de
execução da obra e notificar o responsável para apresentar a documentação que
o respalde a execução da construção. Por fim, o fiscal deverá embargar a obra,
tendo em vista o resguardo do patrimônio da União quanto à descaracterização
do imóvel em questão.
Situação problema 2
A área de destinação da SPU solicitou que você verificasse as cláusulas contratuais de um termo de
entrega, realizado há dois anos, de três salas comerciais e adjacentes ao Ministério da Educação.
Ao chegarem ao local, você e outros fiscais se depararam com as salas sendo ocupadas por um
restaurante particular, em desacordo com o objeto do termo de entrega citado.
Pergunta
Quais seriam as ações recomendadas para essa situação?
Resposta
Esse caso deve ser tratado em duas etapas que serão mais bem explicadas mais
à frente. Entretanto, primeiramente, os fiscais deverão verificar se os devidos
imóveis foram descaracterizados para se adaptarem à ocupação irregular (se
foram derrubadas paredes limítrofes das salas, por exemplo). Tendo sido o
imóvel descaracterizado, os próximos passos dos fiscais serão: emitir notificação
para reconstrução do imóvel e embargar as atividades comerciais ali prestadas.
Você sabe informar em quais casos se deve aplicar a notificação para demolição e/ou remoção?
Essa notificação deverá ser aplicada ao constatar construção irregular em área de bens de uso
comum do povo, sem a autorização da União e em casos de construções realizadas em imóveis
dominiais e de uso especial sem a destinação previamente concedida ao ocupante pela União.
No último caso, tem-se como boa prática analisar previamente a possibilidade de regularização
da ocupação antes de solicitar a sua demolição. No entanto, isso não impede a aplicação de
multa e o embargo da obra.
h,
Destaque,h
A remoção e/ou demolição sempre estará vinculada à multa mensal, mas
não o inverso. Em outras palavras, não há que se falar em ordem de remoção
do empreendimento e demolição das benfeitorias sem a aplicação de multa
mensal. Entretanto, a multa poderá ser aplicada acompanhada por outras
sanções administrativas como, por exemplo, o embargo.
A multa será incluída no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal
– Cadin, no qual, após 30 (trinta) dias, não havendo comprovação de ter sido sanada a situação
que deu causa à inclusão, os débitos serão encaminhados à Procuradoria da Fazenda Nacional
para inscrição na Dívida Ativa da União – DAU.
Abaixo, conheça a base legal para a demolição e a remoção, documentação de referência para
aplicação da sanção, encerramento, consequências e os próximos passos.
Base Legal
O art. 11, da Lei nº 9.636, de 1998, traz o seguinte: Caberá à SPU a incumbência de fiscalizar e
zelar para que sejam mantidas a destinação e o interesse público, o uso e a integridade física
dos imóveis pertencentes ao patrimônio da União, podendo, para tanto, por intermédio de seus
técnicos credenciados, embargar serviços e obras, aplicar multas e demais sanções previstas
em lei e, ainda, requisitar força policial federal e solicitar o necessário auxílio de força pública
estadual.
O art.6º do Decreto-Lei nº 2.398, de 1987, cita que: Considera-se infração administrativa contra o
patrimônio da União toda ação ou omissão que viole o adequado uso, gozo, disposição, proteção,
manutenção e conservação dos imóveis da União.
...
§ 4º Sem prejuízo da responsabilidade civil, as infrações previstas neste artigo serão punidas com
as seguintes sanções:
...
É necessário saber diferenciar a execução de demolição ou remoção entre áreas de bens de uso
comum do povo, imóveis dominiais e de uso especial.
Em casos situados em imóveis classificados como de uso comum do povo e de uso especial, o
princípio da autoexecutoriedade pode ser avocado com mais clareza para promoção da demolição
e/ou remoção de benfeitorias irregulares. Isso está relacionado à classificação e natureza dos
imóveis, a primeira porque se deve garantir o uso livre pela sociedade, a segunda pressupõe o
uso público definido por algum órgão da Administração Pública, portanto, o uso de um terceiro
não reconhecido impediria um serviço público de interesse da sociedade de ser prestado. Sendo
O fiscal deverá aplicar a multa com as informações de autoria, materialidade e valor da infração,
notificar o embargo quando cabível e intimar o responsável para, no prazo máximo de 30 (trinta)
dias, comprovar a regularidade da obra ou promover sua regularização.
Orienta-se, para casos nos quais não estejam demarcadas as Linha de Preamar Médio - LPM ou
Linha Média de Enchentes Ordinárias - LMEO, que o fiscal aborde o ocupante para notificá-lo a
apresentar documentações que embasem a ocupação. A partir da documentação apresentada,
o fiscal deverá analisar estratégias complementares de atuação, se for o caso.
O autuado é o responsável por demonstrar à SPU que o cometimento da infração foi cessado,
cabendo ao órgão à análise e a deliberação sobre a continuidade da cobrança da multa.
A partir do momento em que o infrator é autuado pela SPU, ele passa a ter
indubitável ciência desse fato, podendo optar pelo imediato desfazimento da
intervenção considerada irregular. Caso pretenda a regularização, ele estará
assumindo o risco de essa não vir a ser deferida, hipótese em que a multa será
devida desde o momento da notificação inicial, conforme determina a lei.
Diante do exposto, não cabe efeito suspensivo e paralisação da cobrança de multa enquanto o
processo estiver em análise ou tramitar ação judicial que trate do tema em questão.
h,
Destaque,h
A emissão sucessiva de Darf referentes à cobrança de multa aplicada pela
equipe de fiscalização é de responsabilidade da equipe de receitas patrimoniais.
Os pagamentos dos Darf emitidos e o encaminhamento para a Dívida Ativa da
União - DAU, para o caso de não pagamento, também devem ser controlados
pela equipe de receitas patrimoniais. Contudo, cabe destacar que cabe à
A seguir, será apresentada a base legal para aplicação da multa contra infração patrimonial, a
documentação de referência para aplicação da sanção, encerramento, consequências e próximos
passos.
Base Legal
O art. 11, da Lei nº 9.636/98 trata o seguinte: Caberá à SPU a incumbência de fiscalizar e zelar
para que sejam mantidas a destinação e o interesse público, o uso e a integridade física dos
imóveis pertencentes ao patrimônio da União, podendo, para tanto, por intermédio de seus
técnicos credenciados, embargar serviços e obras, aplicar multas e demais sanções previstas
em lei e, ainda, requisitar força policial federal e solicitar o necessário auxílio de força pública
estadual.
Art. 6º Considera-se infração administrativa contra o patrimônio da União toda ação ou omissão
que viole o adequado uso, gozo, disposição, proteção, manutenção e conservação dos imóveis
da União.
...
§ 4º Sem prejuízo da responsabilidade civil, as infrações previstas neste artigo serão punidas com
as seguintes sanções:
§ 5º A multa será no valor de R$ 73,94 (setenta e três reais e noventa e quatro centavos) para
cada metro quadrado das áreas aterradas ou construídas ou em que forem realizadas obras,
cercas ou instalados equipamentos.
§ 6º O valor de que trata o § 5º será atualizado em 1º de janeiro de cada ano com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apurado pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), e os novos valores serão divulgados em ato do Secretário de
Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
§ 8º (VETADO).
§ 9º A multa de que trata o inciso II do § 4º deste artigo será mensal, sendo automaticamente
aplicada pela Superintendência do Patrimônio da União sempre que o cometimento da infração
persistir.
§ 10. A multa será cominada cumulativamente com o disposto no parágrafo único do art. 10 da
Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998.
...
Para aplicação dessa sanção, acesse à documentação no Modelo de Auto de Infração no anexo
do Manual de Fiscalização do Patrimônio da União, de 2018. (https://www.gov.br/economia/pt-
br/assuntos/planejamento/gestao/patrimonio-da-uniao/fiscalizacao/arquivos/2018/180517_
manual-de-fiscalizacao-2018.pdf)
Cálculo de cobrança
Observa-se que a última atualização da multa para o valor por metro quadrado, correspondente
à R$ 89,35 (oitenta e nove reais e trinta e cinco centavos), foi em janeiro/2020.
Sendo assim, conforme a quantidade de metros quadrados irregulares (aterro, construção, etc.)
deverá ser multiplicada pelo valor de referência para o ano (no caso de 2020, R$ 89,35 por metro
quadrado) e, assim, será obtido o valor mensal da multa.
A multa deverá permanecer vigente até o encerramento da infração cometida. Caso o autuado
solicite regularização da ocupação junto à SPU, a equipe de destinação deverá analisar o pleito.
A depender da análise sobre a possibilidade de regularização da ocupação, os próximos passos
da equipe de fiscalização poderão seguir por dois caminhos:
b) Caso a equipe de destinação chegar à conclusão de que a ocupação praticada não poderá
ser regularizada, então se deve efetivar a cobrança mensal do valor da multa até o cessar da
infração por meio de demolição/remoção de obras, equipamentos etc. Mesmo diante de ação
que estiver em andamento no judiciário, a cobrança mensal da multa deverá ser realizada
administrativamente até a sua conclusão.
Nos casos em que o instrumento de destinação indicado seja a cessão onerosa, os valores
retroativos de multas pagas pelo autuado poderão ser computados para abatimento dos valores
de pagamento retroativos previstos nos contratos desse tipo de instrumento.
Por fim, é importante destacar que vale o mesmo entendimento da prescrição e decadência
aplicado para taxas patrimoniais, ou seja, lançado o débito (neste caso o auto de infração), a
União terá 10 anos para efetivar a cobrança, sendo que os débitos prescrevem com 5 anos da
notificação (auto de infração). A análise de prescrição e decadência deverá ser realizada pela
equipe de receitas patrimoniais dos estados.
Quando existirem processos antigos com cobranças de multas não efetivadas, a SPU poderá
emitir cobrança em um único Darf, respeitando as regras de prescrição e decadência. Ainda, os
valores para este caso deverão ser corrigidos monetariamente para valor atual incidindo multa
e juros.
Caso seja necessário solicitar a reintegração de posse do imóvel ou a ação demolitória junto ao
judiciário, toda documentação referente à multa aplicada e cobrada deverá ser encaminhada à
Advocacia-Geral da União.
Então, leia, reflita e tente responder às situações problema 1 e 2 antes de acessar a resposta para
cada uma delas.
Situação problema 1
O Ministério Público Federal solicitou à SPU que apurasse denúncia de ocupação irregular
promovida por quiosques na Praia do Passado. Diante dos fatos narrados na denúncia, a equipe
de fiscalização deslocou-se ao local e detectou a construção irregular de três quiosques na areia
da praia.
Pergunta
Em sua opinião, que medidas devem ser tomadas pelos fiscais?
Situação problema 2
Pergunta
Que considerações você faz sobre essa situação? Quais as sanções cabíveis?
Resposta
Cabe destacar que a área de manguezal, por sua definição de ecossistema, pode
ser considerada como bem de uso comum do povo, além da sua classificação
como área de proteção permanente, conforme a legislação ambiental em vigor.
Ainda, o senhor Joaquim terá 30 dias para remover o aterro realizado. Caso não
o faça, a SPU deverá tomar as providências para executar a demolição. Nesse
caso, para a demolição, poderá ser invocada a autoexecutoriedade da União
sem necessidade de ingresso de ação judicial para tal.
Verificada a hipótese de posse ou ocupação ilícita, serão adotadas medidas para desocupação do
imóvel com a consequente imissão na posse pela União.
A solicitação para desocupação do imóvel deve ser realizada por meio de notificação contendo as
seguintes informações: motivação, base legal, prazo para a desocupação e prazo para contestação
de 10 dias, a partir da ciência ou divulgação oficial.
A contar do recebimento da notificação, o interessado legal terá os seguintes prazos para que o
imóvel seja desocupado:
A seguir, conheça a base legal para a desocupação do imóvel, a documentação de referência para
aplicação da sanção, quando ela será encerrada, suas consequências e os próximos passos.
Base Legal
Art. 10. Constatada a existência de posses ou ocupações em desacordo com o disposto nesta
Lei, a União deverá imitir-se sumariamente na posse do imóvel, cancelando-se as inscrições
eventualmente realizadas.
Art. 6º Considera-se infração administrativa contra o patrimônio da União toda ação ou omissão
que viole o adequado uso, gozo, disposição, proteção, manutenção e conservação dos imóveis
da União.
...
§ 4º Sem prejuízo da responsabilidade civil, as infrações previstas neste artigo serão punidas com
as seguintes sanções:
Caso o notificado não desocupe o imóvel dentro dos prazos determinados, a SPU encaminhará,
em até 15 (quinze) dias ao respectivo órgão contencioso da AGU, pedido de ajuizamento de
reintegração de posse, instruído com toda a documentação comprobatória e, se necessário,
cópia do processo administrativo.
Desta forma, a AGU terá mais 45 dias para medidas necessárias para o ingresso com ação de
reintegração de posse junto ao judiciário, seguindo o prazo de 60 dias estabelecido no art. 6º do
Decreto-Lei nº2.398/87.
A cobrança de indenização deve ser realizada até a efetiva desocupação do imóvel, mesmo que
levada a juízo, quando constatada a existência de posses ou ocupações em imóveis dominiais em
desacordo com o disposto na Lei nº 9.636/98. Ou seja, a cobrança de indenização é administrativa
e deverá ser executada mesmo estando no aguardo de análise de recurso interposto ou de ação
judicial em trâmite.
h,
Destaque,h
O valor da indenização será correspondente a 10% (dez por cento) do valor
atualizado no domínio pleno do terreno, ou seja, do valor que consta na Planta
de Valores Genéricos - PVG, por ano ou fração de ano, em que a União tenha
ficado privada da posse ou ocupação do imóvel, sem prejuízo das demais
sanções cabíveis.
Dica
Assim como na multa, em caso de regularização posterior à aplicação da
sanção, por meio do instrumento de cessão onerosa, os valores retroativos de
indenizações pagas pelo autuado, poderão ser computados para abatimento
dos valores de pagamento retroativos previstos nos contratos desse tipo de
instrumento.
A multa continua devida e será gerada mensalmente até que o infrator apresente comprovação à
SPU, que o que deu origem a infração foi sanado. A multa será incluída no Cadastro Informativo
de Créditos não Quitados do Setor Público Federal – Cadin. Após 30 (trinta) dias, se não houver
comprovação de que resolveu a situação que deu causa à inclusão, os débitos serão encaminhados
à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição na Dívida Ativa da União - DAU.
Base Legal
Art. 10. Constatada a existência de posses ou ocupações em desacordo com o disposto nesta
Lei, a União deverá imitir-se sumariamente na posse do imóvel, cancelando-se as inscrições
eventualmente realizadas.
Parágrafo único. Será devida à União indenização pela posse ou ocupação ilícita, correspondente
a 10% (dez por cento) do valor atualizado do domínio pleno do terreno, por ano ou fração de ano
em que a União tenha ficado privada da posse ou ocupação do imóvel.
Art. 11. Caberá à SPU a incumbência de fiscalizar e zelar para que sejam mantidas a destinação
e o interesse público, o uso e a integridade física dos imóveis pertencentes ao patrimônio da
União, podendo, para tanto, por intermédio de seus técnicos credenciados, embargar serviços e
obras, aplicar multas e demais sanções previstas em lei e, ainda, requisitar força policial federal
e solicitar o necessário auxílio de força pública estadual.
Cálculo da cobrança
Assim, a imissão da União na posse e a desocupação do imóvel será o marco definitivo para o fim
do cálculo do valor da indenização por posse ou ocupação ilícita (é desse marco temporal, para
trás, que se calcula o valor devido a título de indenização).
Podemos observar também que, passados os 10 (dez) anos do prazo decadencial, e não tendo a
SPU lançado o crédito originado de receita patrimonial (a indenização), não há que se falar mais em
cobrança pelo tempo pretérito ao conhecimento das circunstâncias e fatos que caracterizaram a
hipótese de incidência de receita patrimonial. E, a cada ano que se passa após o prazo decadencial,
sem que seja lançado o crédito originado de receita patrimonial, o prazo anterior aos 10 (dez)
anos passados vão decaindo também de ano em ano, tudo isso levando em consideração uma
data base, a data de conhecimento das circunstâncias e fatos que caracterizaram a hipótese de
incidência de receita patrimonial.
Entende-se que a indenização não é aplicada proporcionalmente por dia ou mês de ocupação.
Ou seja, a partícula “ou” indica que, independentemente de a posse ou ocupação ilícita ter
permanecido por 12 (doze) meses (um ano inteiro), ou 3 (três) meses (1/4 de ano), ou 10 (dez)
meses (5/6 de ano), o valor dos 10% do domínio pleno do terreno será calculado e cobrado da
mesma forma, com o mesmo valor.
Em outras palavras, constatada que a desocupação ocorreu em uma data que não coincidiu com
o início de um novo ciclo de 1 (um) ano (365 dias), não há de se falar em cobrança de indenização
proporcional pelos dias passados dentro do ciclo presente.
A indenização deverá permanecer vigente até que o imóvel seja desocupado. Caso o autuado
solicite regularização da ocupação junto a SPU, a equipe de destinação deverá analisar o pleito.
A depender da análise sobre a possibilidade de regularização da ocupação, os próximos passos
da equipe de fiscalização poderão ser diferentes:
a) Caso a equipe de destinação chegar à conclusão de que a ocupação praticada poderá ser
regularizada e esse posicionamento for autorizado pelo Superintendente, então, a cobrança da
indenização poderá ser suspensa mediante ato do Superintendente que remeterá os autos à
equipe de destinação para os passos necessários.
b) Caso a equipe de destinação chegar à conclusão de que a ocupação praticada não poderá
ser regularizada, então deve-se efetivar a cobrança anual do valor da indenização até que o
imóvel seja desocupado. Mesmo diante de ação em tramite no judiciário, as cobranças anuais da
indenização deverão ser realizadas administrativamente até que seja concluso.
Quando existirem processos antigos com cobranças de indenizações não efetivadas, a SPU poderá
emitir cobrança em um único Darf, respeitando as regras de prescrição e decadência. Ainda, os
valores para este caso deverão ser corrigidos monetariamente para valor atual incidindo multa
e juros.
Para isso, leia, reflita e tente responder às situações problema 1 e 2 antes de acessar a resposta
para cada uma delas.
Situação problema 1
Em 14/05/16, você e outros servidores SPU saíram a campo para atender à demanda prevista em
seu Plano Anual de Fiscalização, com o intuito de realizar a vistoria e apurar os fatos solicitados
em denúncia realizada por órgão ambiental, e protocolada na SPU, no dia 15/02/2016.
No local da vistoria, vocês identificaram ocupação irregular em terreno dominial da União. Foi
emitido, então, Auto de Infração e entregue in loco ao infrator. Após a juntada e análise de
documentos, verificou-se a existência de registros que comprovam que a ocupação deu início
por volta do dia 13/10/2007, totalizando então 3.142 dias (8,6 anos). Foi emitido Darf (1), e este
foi recebido pelo infrator, no dia 20/05/2016, por correio.
Pergunta
Nessa situação, como proceder ao cálculo da indenização por ocupação
irregular?
Resposta
No conhecimento da desocupação, deverá ser emitido novo Darf (2) referente
ao período do recebimento do primeiro até a efetiva desocupação (27/11/2017).
Foi solicitada, pela área de destinação da SPU, a verificação de cláusulas contratuais de um termo
de entrega, realizado a dois anos, que tratava de entrega ao Ministério do Trabalho e Emprego -
MTE, referente a três salas comerciais adjacentes. Ao chegarem ao local, os fiscais se depararam
com o uso das salas sendo realizado por um restaurante particular, em desacordo com o objeto
do termo de entrega citado.
Pergunta
Quais as ações recomendadas para essa situação?
Resposta
Voltando ao caso anterior, faremos o seguinte raciocínio: o imóvel está
classificado como de uso especial, pois foi entregue ao MTE para uso da
Administração Pública federal. Porém, o uso efetivo do imóvel está sendo feito
por uma ocupação irregular de um particular. Diante disso, a classificação do
imóvel torna-se dominial.
Em sendo dominial, além das sanções cabíveis já citadas, ou seja, de notificação
para reconstrução original dos imóveis e embargo das atividades, a equipe
deverá notificar para a desocupação imediata do imóvel bem como aplicar a
cobrança, por meio de Auto de Infração, de indenização por ocupação irregular.
Neste caso, como a data inicial de ocupação pelo restaurante não era de
conhecimento, o cálculo da indenização a ser aplicada será de 10% do valor
atualizado do domínio pleno de terreno da União, por ano que a ocupação
irregular ocorrer.
Por fim, deve-se encaminhar o processo para a área de destinação para
providências quanto ao descumprimento do termo de entrega firmado.
As condições mínimas para a convivência em uma sociedade democrática são pautadas por
intermédio dos direitos e garantias fundamentais. Estes são meios de proteção dos Direitos
individuais, bem como mecanismos para que haja sempre alternativas processuais adequadas
para essa finalidade.
Além disso, os princípios constitucionais são indispensáveis na sua função ordenadora, pois
colaboram para a unificação e harmonização do sistema constitucional. A Carta Magna, em seu
artigo 5º, inciso LV, afirma que:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,
salvo disposição legal diversa.
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão
recorrida;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses
coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
Portanto, no tocante a instâncias recursais, a lei específica sobre gestão patrimonial (o art. 6º
do Decreto-Lei nº 2.398/87, alterado pela Lei nº 13.139/2015) é mais restritiva do que a lei geral
sobre processos administrativos da Administração Pública federal (Art. 57º, da Lei no 9.784/99
mencionada, que prevê até 3 instâncias), devendo ser seguida a lei específica nos casos de defesa
apresentada contra um ato fiscalizatório.
3. Finalizando o módulo
Ao finalizar o estudo do conteúdo deste módulo, você conheceu sobre os principais tipos de
infração que podem ocorrer em imóveis da União, bem como a caracterização do infrator como
responsável pelo processo de ocupação irregular e as interfaces da legislação patrimonial com
outras de cunho geral.
Nele, foram elencadas as sanções cabíveis para os diversos atos praticados por infratores,
relacionando o objetivo e aplicação de cada uma, base legal para a sua aplicação, formulário
padrão a ser utilizado pelo fiscal, forma de cálculo de cobrança (quando for o caso) e ações a
serem tomadas pela SPU mediante a aplicação de cada sanção.
Por fim, foi apresentado o procedimento para que a autuado/notificado possa exercer o seu
direito de ampla defesa e contraditório previsto na Carta Magna.
Agora convidamos você para responder a atividade avaliativa deste módulo. E, também,
aguardamos você no módulo 3.
Vamos em frente!
Legislação Relacionada
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Dispõe sobre Código Penal.
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.