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UniFOA – Centro Universitário de Volta

Redonda
Direito

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Direito
ambiental
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Poder de polícia ambiental

 Atuação preventiva ou repressiva estatal visando a coibir danos


sociais.
 Restrição e controle da atividade privada que prejudicar a ordem
pública em quaisquer de seus aspectos.
 Trata-se de parâmetros normativos capazes de assegurar a utilização
de recursos ambientais que comprometa a sustentabilidade do
ambiente.
 Requisitos: a) adequação da atividade aos parâmetros normativos; b)
inexistência de danos a terceiros
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Poder de polícia ambiental

 Polícia ambiental: administrativa ou judiciária?


 meios de atuação: 1) regramento para exercício do próprio poder de
polícia; 2) atuação preventiva por consentimento ou determinação; 3)
atos de fiscalização a instalações.
 Finalidade: evitar danos ou reparar os danos.
 Atuação proporcional com os limites adequados.
 Inspeção em estabelecimentos somente em flagrante delito ou em
medidas de socorro.
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Poder de polícia ambiental

 LC 140/2011

 Art. 17.  Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o


caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar
processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas
pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 

 § 1o  Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente


de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput,
para efeito do exercício de seu poder de polícia. 
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Poder de polícia ambiental: competência

 Art. 7º São ações administrativas da União: 

 XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias


que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei; 

 XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para


licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União; 

 XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades [....]


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Poder de polícia ambiental federal

 IBAMA
 Diretoria de Proteção Ambiental
 Diretoria de Licenciamento Ambiental

 Tipos de ações: programadas; emergenciais; resultantes de denúncias;


decorrentes de determinação judicial; solicitadas por autoridade policial;
determinadas pelo MMA; iniciativa da autarquia.
 Produção de provas: auto de infração; fotografias; manifestação técnica;
coordenadas geográficas; polígono de abrangência do dano; sensoriamento
remoto (quanto admitido).
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Poder de polícia ambiental: sanções

 Multa; interdição de atividade; fechamento do estabelecimento;


demolição; embargo de obra; destruição de objeto; inutilização
de gêneros; proibição de fabricação; vedação de localização de
indústria em área determinada.
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Licenciamento ambiental

 Trata-se de ato contido em procedimento próprio e com finalidades específicas: o


licenciamento. Conforme o art. 2º, inciso I, da Lei Complementar nº 140, de 2011,
o licenciamento ambiental é: o procedimento administrativo destinado a licenciar
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental.
 Atribuição: entidades do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA),
responsáveis pelo controle ambiental – trata-se de um procedimento
administrativo. E as licenças, por sua vez, são atos administrativos.
 Em regra, são apresentados documentos e estudos pelo empreendedor.
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Licenciamento

 A licença é fundamentada em um parecer, que pode ou não conceder a licença.


 O órgão (uma secretaria municipal, por exemplo) ou a entidade (como o Instituto
Estadual do Ambiente – INEA) responsável pelo licenciamento vai tomar uma
decisão, tornando-a pública.
 O descumprimento de prazos não importa na emissão da licença solicitada, Lei
Complementar nº 140, §3º, art. 14.
 A licença é o exercício do poder de polícia prévio, com a finalidade de verificar o
potencial poluidor de um empreendimento ou uma atividade.
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Licenciamento ambiental

 A licença ambiental não substitui outras licenças (conforme o desempenho setorial


de cada órgão de polícia administrativa; a licença urbanística para a construção de
um prédio ou a autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para operar um
posto de combustíveis.
 No licenciamento ambiental são utilizados vários instrumentos (por exemplo,
zoneamentos e os padrões da qualidade).
 Atualmente, além das resoluções expedidas pelo CONAMA (1/86, 9/87 e 237/97,
por exemplo), o licenciamento está disciplinado na Lei Complementar nº 140, de
2011; conforme o art. 13 da Lei Complementar nº 140, o licenciamento deve
ocorrer em apenas um nível de competência: federal, estadual ou municipal.
Existem três formas de sabermos quem deverá licenciar uma atividade.
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Licenciamento

 O empreendimento localizado dentro dos limites de uma unidade de conservação, o ente


federado (União, estado ou município) que tenha criado esse espaço territorial
especialmente protegido será o licenciador.
 A exceção dessa regra é a área de proteção ambiental (APA) (art. 7º, inciso XIV, d; art.
8º, inciso XV; art. 9º, inciso XIV, b).
 Critérios: i) atividades listadas expressamente como de competência da União (art. 7º,
inciso XIV), em especial, localizadas ou desenvolvidas em terras indígenas, em dois ou
mais estados, de caráter militar ou que utilizem material radioativo; ii) atividades de
impacto local, que deverão ser licenciadas pelos municípios, conforme definição do
respectivo conselho estadual de meio ambiente (art. 9º, inciso XIV, a); e iii) competência
estadual nos casos que não se encaixem nos itens i e ii, também chamada de
competência residual (art. 8º, inciso XVI).
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Licenciamento ambiental federal

 Lei complementar 140/11


 a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 
 b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; 
 c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
 d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de
Proteção Ambiental (APAs); 
 e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
 f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo,
aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no
 97, de 9 de junho de 1999; 
 g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante
parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen);
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Licenciamento ambiental federal

Decreto 8.437/2015 (LC 140/2011, art. 7º, XIV

 I - rodovias federais:

 a) implantação;

 b) pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou superior a duzentos


quilômetros;

 c) regularização ambiental de rodovias pavimentadas, podendo ser contemplada a autorização


para as atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração, ampliação de
capacidade e melhoramento; e

 d) atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração e melhoramento em rodovias


federais regularizadas;
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Licenciamento ambiente federal

 II - ferrovias federais:

 a) implantação;

 b) ampliação de capacidade; e

 c) regularização ambiental de ferrovias federais;

 VII - sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, quais sejam:

 a) usinas hidrelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatt;

 b) usinas termelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatt; e

 c) usinas eólicas, no caso de empreendimentos e atividades offshore e zona de transição


terra-mar.
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Licenciamento ambiental federal

 III - hidrovias federais:


 a) implantação; e
 b) ampliação de capacidade cujo somatório dos trechos de intervenções seja igual ou superior a duzentos quilômetros de
extensão;
 IV - portos organizados, exceto as instalações portuárias que movimentem carga em volume inferior a 450.000 TEU /ano ou a
15.000.000 ton/ano;
 V - terminais de uso privado e instalações portuárias que movimentem carga em volume superior a 450.000 TEU /ano ou a
15.000.000 ton/ano;
 VI - exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos nas seguintes hipóteses:
 a) exploração e avaliação de jazidas, compreendendo as atividades de aquisição sísmica, coleta de dados de fundo ( piston
core ), perfuração de poços e teste de longa duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar
( offshore );
 b) produção, compreendendo as atividades de perfuração de poços, implantação de sistemas de produção e escoamento,
quando realizada no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar ( offshore ); e
 c) produção, quando realizada a partir de recurso não convencional de petróleo e gás natural, em ambiente marinho e em zona
de transição terra-mar ( offshore ) ou terrestre ( onshore ), compreendendo as atividades de perfuração de poços, fraturamento
hidráulico e implantação de sistemas de produção e escoamento; e
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Licenciamento em APA

 União, estados-membros, DF e os municípios, poderão licenciar atividades dentro


dos limites e uma APA de seu domínio.
 A determinação, para cada caso, dependerá do impacto que a atividade provocar.
Se local, caberá ao município; intermunicipal caberá ao Estado; nacional ou
internacional, caberá à União.
 competência municipal poderá ser exercida pelo Estado caso aquele não possua
órgão ambiental capacitado para o licenciamento de sua competência.
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Licenciamento ambiental

 Licenças ambientais, prazo de validade e renovação: deve ser solicitada


renovação com mais de 120 (cento e vinte) dias de antecedência, contados do
final do prazo; neste caso, a licença seguirá válida até que seja analisado o
pedido de renovação (LC 140/2011, art. 14, §4º).
 realizar alguma atividade sem a respectiva licença comete, ao mesmo tempo,
infração prevista na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/1998, art. 60) e infração
administrativa (Decreto 6514/2008, art. 66).
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Licenciamento

 o licenciamento ambiental está estruturado em três fases: 


 Licença prévia;
 Licença de instalação;
 Licença de operação, conforme os empreendimentos com impactos relevantes nas
fases de construção e de operação.
 Os conceitos e prazos máximos de cada uma das licenças que veremos estão
disciplinados nos arts. 8º e 18 na Resolução nº 237 do CONAMA.
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Licença prévia

 LICENÇA PRÉVIA: Avalia os aspectos gerais do projeto, a concepção da


atividade e sua localização. Ao ser concedida, proporciona os controles e as
restrições relativas a essa fase e às fases seguintes, atestando que o
empreendimento é viável. Obtida a LP, devem-se reunir os documentos
necessários e exigidos para solicitar a licença seguinte.
 O prazo máximo da licença é de 5 (cinco) anos. É nessa fase que são
realizadas, em regra, avaliações de impacto ambiental importantes como o
Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA).
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Licença de instalação

 LICENÇA DE INSTALAÇÃO: Avalia aspectos específicos da construção do


empreendimento (como o preparo do terreno para a construção).
 São avaliadas as plantas detalhadas da obra, bem como o projeto executivo, de
acordo com as orientações e restrições da LP.
 O prazo máximo dessa licença é de 6 (seis) anos.
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Licença de operação

 LICENÇA DE OPERAÇÃO: avalia os aspectos específicos da operação do


empreendimento (efluentes e emissões, por exemplo).
 verificar se as licenças anteriores foram devidamente cumpridas; deve ser
feita uma vistoria no local para que essa verificação ocorra antes da
expedição da licença.
 A LO conta com um prazo mínimo de 4 (quatro) anos e máximo de 10 (dez).
Essa licença precisa ser renovada enquanto a atividade existir. Conforme o
histórico e as características da atividade, os prazos serão maiores ou
menores.
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Licenciamento ambiental

 Conforme as características do empreendimento, podem ser estabelecidos


procedimentos simplificados. Por exemplo, podem ser concedidas licenças que avaliem,
de uma vez, aspectos relativos a mais de uma fase do empreendimento. Podemos,
assim, ter uma licença prévia e de implementação (LPI).
1. Resolução 279, de 2001, traz o procedimento simplificado para empreendimentos
elétricos, com pequeno potencial de impacto ambiental como usinas eólicas.
2. Resolução 377, de 2006, traz normas desse tipo para os sistemas de esgotamento
sanitário, sendo aplicada às unidades de pequeno e médio porte que não estejam em
áreas ambientalmente sensíveis.
 Por fim, é possível que alguns empreendimentos com porte e potencial danoso pequenos
sejam licenciados de forma ainda mais simplificada. Nesses casos, todas as fases podem
ser avaliadas numa única licença.
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Transporte material dano ambiental

 Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. Esse cadastro deve ser realizado
por empresas que exerçam atividades de geração e operação de resíduos perigosos em
qualquer fase do gerenciamento de resíduos. Essas se incluem como empreendimentos
que exercem atividades potencialmente poluidoras, conforme Lei nº 6.938.
 é um instrumento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos conforme o 
art. 38 da Lei nº 12.305, de 2010. É regulamentado através da 
Instrução Normativa nº 01, de 25 de janeiro de 2013.
 As licenças concedidas pela ANTT (Lei 10.233/01, art. 24) são válidas para o transporte
de resíduos perigosos por rodovias e ferrovias, já a 
autorização ambiental para o transporte de produtos perigosos é emitida pelo IBAMA e
vale também para o transporte por vias fluviais e aéreas.
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Transporte de material perigoso

 A Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos é um


documento emitido pelo Ibama e obrigatório desde 10 de junho 2012
para o exercício da atividade de transporte marítimo e de transporte
interestadual (terrestre e fluvial) de produtos perigosos.
 Para realização do transporte de material radioativo e nuclear, além da
Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos, deve-se
continuar atendendo ao termo de referência celebrado entre o Ibama e
a CNEN, que trata de licenciamento ambiental específico para este
transporte.

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