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Prática Profissional

UNIDADE 1
PRÁTICA PROFISSIONAL
Unidade 1

Para início de conversa

Olá, meu caro (a) estudante é um prazer partilhar desta fase da sua vida: seu curso superior.

Iremos estudar Prática Profissional a distância, sendo a sua participação fundamental nesse processo.

Sou uma amante da Gestão Empresarial e por isso, além de lecionar, trabalho na área de administração
de pessoas e processos e tenho experiência com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Dessa
forma, acredito que posso contribuir bastante na sua jornada estudantil e, especialmente, profissional.

Certamente, dedicando um tempo para a leitura deste e dos demais guias e seguindo as instruções, você
terá domínio dos principais conceitos da prática profissional e de sua relevância para as organizações.

É de suma importância que você leia todo este guia antes de iniciar os seus exercícios, pois quando você
terminar o estudo da unidade 1, verá o Empreendedorismo com outro olhar, incluindo como ele pode ser
colocado em prática.

Este guia deve servir para direcionar seus estudos. Além dele, você deve complementar seus estudos com
as sugestões de leituras e acesso aos links que serão apresentados neste e nos demais guias, inclusive
na biblioteca virtual. Não deixe de assistir aos vídeos sugeridos nos guias, eles facilitam o entendimento
prático de vários conceitos e agregam ainda mais conhecimento a sua formação profissional.

Quero lhe deixar ciente também que você não está sozinho, se você precisar de ajuda para tirar alguma
dúvida sinalize o seu tutor, ele aguarda sua sinalização para lhe ajudar no que for preciso.

Vamos então começar nossos estudos?

Orientações da Disciplina

Esta disciplina está dividida de acordo com o conteúdo programático a seguir:

UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO

- Inovação
- Invenção
- Perfil do empreendedor
- Diferenças e semelhanças entre o administrador e o empreendedor
- Processo empreendedor

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UNIDADE 2 - PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

- Fases do processo empreendedor


- Orientação para o plano operacional de desenvolvimento do produto
- Estratégia de desenvolvimento
- Fases do desenvolvimento do produto

UNIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO DOS PRODUTOS A PARTIR DA ABORDAGEM MERCADOLÓGICA

- Orientação para o desenvolvimento do plano comercial do produto


- Estratégias do produto
- Estratégias de canais de marketing

UNIDADE IV - ORIENTAÇÕES FINAIS SOBRE O PLANO DO PRODUTO OU SERVIÇO

- Fatores críticos para o sucesso de novos produtos


- Importância do plano de negócios
- Planejamento estratégico orientado para o mercado

UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO

Palavras do Professor

Olá! Vamos começar nossos estudos? Ótimo!

Nesta unidade estudaremos a introdução ao empreendedorismo, incluindo a diferenciação entre inovação


e invenção. Além disto, conheceremos o perfil fundamental ao empreendedor, as diferenças e semelhan-
ças entre o administrador e o empreendedor e como se dá a realização do processo empreendedor.

Porém, antes de iniciarmos falando sobre o empreendedorismo e sua importância, primeiramente vamos
entender o que vem a ser a Prática Profissional, tema da nossa disciplina.

Fonte: http://questsolucoes.com.br/teoria-x-pratica-busque-o-equilibrio/

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A prática profissional é uma disciplina que visa contextualizar os saberes apreendidos, relacionando teo-
ria e prática, viabilizando ações que conduzam ao aprimoramento técnico-científico-cultural e de relacio-
namento humano.

Ou seja, a prática profissional tem como principal objetivo, a partir de exemplos práticos e simulações,
preparar o aluno para possíveis situações que ele poderá se deparar no dia a dia organizacional, deixan-
do-o habilitado e pronto a colocar os seus conhecimentos em prática, de acordo com os conhecimentos
adquiridos durante sua vida acadêmica.

Fonte: http://www.cookie.com.br/empreendedorismo-nutricao-carreira-sucesso/

Agora podemos começar a falar sobre o empreendedorismo, cujo conceito foi utilizado no mundo incial-
mente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1950. No Brasil tornou-se conhecido principalmente a
partir da década de 1990. Popularmente, este termo se destaca pela preocupação com a criação de micro
e pequenas empresas que tenham a capacidade de se manter frente à concorrência e a necessidade de
minimização das crescentes taxas de falecimento desses empreendimentos.

Empreendedorismo significa resolver um problema ou situação complicada, mas normalmente é um termo


utilizado no contexto empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas e produtos
ou serviços novos.

Além do mais, empreender também significa agregar valor, ter habilidade para identificar oportunidades
e transformá-las em um negócio lucrativo.

Através do empreendedorismo as empresas buscam a inovação e preocupam-se em transformar conhe-


cimentos em novos produtos, daí a importância de se estudar sobre o empreendedorismo na prática
profissional.

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??? Você sabia?

Existe uma pesquisa anual que indica o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil e no mundo.
A Global Entrepreneurship Monitor, mais popularmente conhecida como a pesquisa GEM, no Brasil é
realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE em parceria com o
Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP, além de ter o apoio de outros órgãos.

Esta pesquisa GEM iniciou-se em 1999, fruto de uma parceria entre a BabsonCollege e a London Business
School e, atualmente, é a mais abrangente pesquisa anual sobre atividade empreendedora no mundo, que
explora o papel do empreendedorismo no desenvolvimento social e econômico de pelo menos 62 países.

Dados da pesquisa GEM em 2015 revelam que, neste ano, o Brasil atingiu a maior taxa de empreendedo-
rismo de sua série histórica e que em cada dez brasileiros, entre 18 e 64 anos, quase quatro possuem um
negócio ou realizaram alguma ação com o objetivo de empreender.

Além disto, o Brasil atingiu também outros dois recordes de toda a série histórica da pesquisa realizada
no país: a maior Taxa de Empreendedores Iniciais; e a maior Taxa de Empreendedores Estabelecidos.

Sobre o empreendedor falaremos mais a frente ainda no decorrer desta unidade.

Vamos adiante.

Visite a Página

Caso tenha interesse em aprofunda-se sobre esse estudo acerca do Empreendedorismo


no Brasil, inclusive conhecer o detalhamento do empreendedorismo por cada região
brasileira, acesse o link e saiba mais.

Guarde essa ideia!

Caro (a) aluno (a), note que o termo empreendedorismo gera no conceito popular a imagem da criação de
uma nova empresa, porém ele também pode estar ligado à manutenção de uma empresa que criou um
diferencial competitivo, ou seja, inovou um produto ou serviço, fez alguma ação inovadora para atrair o
seu público-alvo e, consequentemente, conseguiu obter o objetivo desejado com a sua inovação.

Há ainda um outro conceito relacionado a empreendedorismo, que é o conceito de empreendedorismo


corporativo.

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O Empreendedorismo Corporativo nada mais é do que aplicar a atitude de empreendedor no âmbito cor-
porativo, ou seja, de uma empresa. A presença de empreendedores em uma empresa potencializa o seu
crescimento.

Observe que, cabe salientar, uma empresa que oferece um ambiente de trabalho favorável à inovação e
criatividade dos seus colaboradores, ela estará aberta às suas contribuições permitindo que sua equipe
esteja sempre motivada e que o clima no ambiente de trabalho seja satisfatório.

Então, está claro o conceito de empreendedorismo até aqui? Caso não esteja retorne a leitura do texto;
em caso afirmativo vamos continuar agora falando um pouco mais pontualmente sobre outro assunto: A
inovação.

INOVAÇÃO

Para você o que é inovação?

Então meu caro (a), sempre que fazemos esta pergunta surge, quase que automaticamente uma imagem
de uma lâmpada acesa mais ou menos como esta da figura a seguir:

Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/giuseppe-oristanio/2015/05/22/ideia/

Pode até parecer engraçado, mas é isto mesmo!

Inovação remete a ideia nova, por isto que o símbolo universal da ideia é a lâmpada que se acende. No
conceito do dicionário Inovação é um substantivo feminino que quer dizer 1. Ação ou efeito de inovar. E 2.
Aquilo que é novo, coisa nova, novidade.

Todas as fontes de ideia pertencem a duas classes principais: a primeira delas é a capacidade do em-
preendedor e a segunda é o mercado. Por isto que a inovação é estudada no empreendedorismo, pois ela
é fundamental às organizações uma vez que dela dependem a criação de novos produtos e a manutenção
e crescimento das empresas e dos novos negócios, visto que a inovação é uma excelente aliada para se
conquistar e assegurar os clientes e também para sobreviver à competitividade numa determinada área
de atuação e no ambiente econômico.

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Exemplo

Podemos citar como exemplos de inovações que transformaram o mundo: A lâmpada de Thomas Edison, o
telefone de Graham Bell, a pilha elétrica de Alessandro Volta, o software de Bill Gates, o avião de Santos
Dumont e muitos outros.

Inovar é explorar novas ideias ou readaptar as ideias dos outros de uma forma única e/ou original, de
modo que esta readaptação seja o objetivo desejado inicialmente pelo idealizador. Até porque inovar dá
trabalho e requer muita dedicação para fazer com que as pessoas utilizem o novo, além de ser necessário
o uso de muita imaginação para que seja uma melhoria do que já existe e ainda assim ser comercializável.

Se você parar para pensar um pouquinho caro (a) aluno(a), chegará a conclusão de que todos nós temos
um pouco de inovadores nas nossas vidas. Seja em casa, no trabalho, na faculdade, na organização dos
estudos, de maneira criativa e com foco no alcance dos nossos objetivos pessoais (sejam eles, econômi-
cos e/ou produtivos). Estamos sempre tentando melhorar o nosso desempenho, como fazer mais coisas
em menos tempo, por exemplo, ou seja, estamos sempre criando/ inovando.

Guarde essa ideia!

Meu caro (a), vale ressaltar que quando se cria um negócio novo em uma empresa
ou uma empresa nova se inova assumindo todos os riscos inerentes a esta ação, até
porque para a manutenção e sobrevivência no mercado é preciso fazer uma análise do
ambiente mercadológico, ou seja, ter cautela com o concorrente e atenção ao ambiente
macroeconômico; a fim de que os riscos com o início do projeto inovador sejam minimi-
zados em curto prazo e não prejudiquem os objetivos do empreendimento.

Falaremos mais especificamente sobre os riscos e fatores críticos para o sucesso de novos produtos e
serviços na Unidade 4.

Exemplo

Como inovação tecnológica que mudou o mercado nos últimos anos, podemos citar o exemplo do aplicati-
vo UBER. Se o elo fraco da cadeia foi eliminado pelos apps de táxi, a mesma coisa não aconteceu no Brasil
com o conceito de compartilhamento de carros para transporte executivo como opção para os táxis. Como
o ambiente é politicamente muito explosivo, nem o UBER nem seus imitadores brasileiros prosperaram
aqui. O principal conceito aqui é eliminar a intermediação entre quem tem tempo e algum ativo (motoris-
tas) e quem precisa do serviço. Isto é uma reinvenção do conceito de emprego e a eliminação da figura do
empregador, que pode ser aplicado a inúmeros outros mercados.

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Além da inovação com o UBER, poderia citar mais outras inovações tecnológicas revolucionárias para
você refletir um pouco aí, são elas: o whatsapp (aplicativo de mensagens), o dropbox (serviço de armaze-
namento e compartilhamento de arquivos) e o AirBNB (plataforma de aluguel de acomodações ao longo
do mundo).

Uma empresa pode inovar de inúmeras formas, não se limitando apenas a inovações obtidas a partir de
invenções e esforços de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. Uma empresa pode inovar sempre que altera
processos e procedimentos que permitem realizar um acréscimo, uma melhoria para o mercado.

Exemplo

Sempre há espaço para a criatividade em ramos tradicionais de negócio e posso lhe provar isto com os
dois exemplos a seguir:

O primeiro dele é o sapatênis, um produto criado dentro de um mercado já existente e, muito bem estabe-
lecido, diga-se de passagem, que promoveu o surgimento de um universo de novos conceitos e negócios.

O outro exemplo é o da Sandálias Havaianas, que quando foram lançadas em 1962 eram apenas uma
inspiração das tradicionais sandálias japonesas ZORI. No entanto, quando a equipe da Alpargatas trocou
a palha de arroz e o tecido por um tipo de borracha que “não tem cheiro, nem solta as tiras”, agregou
novas características ao produto e resultou em uma maior competitividade, chegando a vender milhares
de pares por dia.

Praticando

Imagine que você trabalha numa indústria de alimentos que está tendo uma grande perda financeira, pois
os produtos vendidos estão sendo devolvidos por apresentarem falhas nos lacres das embalagens. Se
você tivesse a oportunidade de inovar a embalagem para resolver este problema e retomar as vendas em
nível máximo que solução você daria?

Leitura Complementar

Para melhor compreensão da inovação como ferramenta estratégica que auxilia o em-
preendedor a introduzir o seu produto ou serviço em um ambiente competitivo, para
atrair e fidelizar novos clientes e com o objetivo de firmar sua marca, sugiro que você
faça a leitura obrigatória (necessária para realização de uma das atividades propostas
ao final da unidade) do artigo sobre o estudo de caso Cosméticos contém 1g – um caso
de empreendedorismo e inovação, de Liliane de Oliveira Guimarães e Guilermo Cardo-
za, acessando o link.

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INVENÇÃO

Fonte: http://conceito.de/invencao

Prezado (a) aluno (a), além da inovação, há um outro conceito, que normalmente é confundido com ela,
por ser muito próximo e intimamente interligados, mas que você deve prestar bem atenção, pois há uma
diferença entre eles. Estou falando do conceito de invenção.

Então, inventar é gerar uma ideia, um conceito ou uma solução onde não existe nada, ou seja, inventar
é descobrir algo novo 100% original. Não se pode falar de invenção sem citar o seu responsável que é
chamado de inventor, ou seja, um sujeito “por trás” de uma bancada de pesquisa.

Normalmente o inventor não está preocupado em descobrir a solução para um problema ou uma forma
nova de se conseguir algo, mas sim em entender como algo funciona. Para o inventor não faz diferença se
a satisfação de sua curiosidade será aplicada na prática ou não, pois ele é um insaciável curioso a procura
de descobrir novas “coisas”.

Por isto mesmo que o processo da invenção geralmente, não é bem estruturado e linear, pois basicamente
o objetivo é entender como as coisas funcionam.

Sempre que um inventor obtever a exclusividade de criação sobre o seu invento, dizemos que ele deve
patentear a invenção, ou seja, registrar o seu invento para que tenha a segurança que sua criação não
será utilizada por terceiros sem a devida remuneração por uso de direitos de registro e patente.

A invenção surge de um processo criativo, sem que haja a pretensão de um objetivo comercial previamen-
te definido. Surge de uma inquietação. Por isto que o processo da invenção pode não dar em nada, não ter
resultados além de gastos de tempo e de investimento a fundo perdido.

Uma invenção pode levar a descoberta ou criação de algo novo útil ou não. Então, entenda a invenção
como uma tentativa de inovação sem compromisso.

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Praticando

Estive pensando em inventar uma tinta volátil. Uma tinta que com ela fosse possível
pintar uma parede e em pouco tempo ela desaparecesse e ficasse na cor anterior, igual
ao que acontece com a foto do perfil temporária do Facebook.

Assim seria possível mudar as cores do ambiente com mais frequência, seria muito bom, o que você acha?

Agora pense um pouco como se você estivesse diante de uma situação em que precisasse criar uma in-
venção. O que você inventaria sabendo agora da diferença entre invenção e inovação?

Para Resumir

Invenção e inovação são dois termos distintos, pois podemos dizer que a invenção é a criação de um novo
produto ou serviço enquanto que a inovação é a introdução desse novo produto ou serviço no mercado.

Agora vamos embarcar um pouco no universo do perfil empreendedor e entender quais as caraterísticas
específicas e fundamentais a ele.

PERFIL DO EMPREENDEDOR

Fonte: http://canaldoempreendedor.com.br/startup/qual-o-perfil-minimo-de-um-empreendedor-em-startup/

A palavra empreendedor vem do latim imprendere, mas se você consultar o dicionário, verá que a defini-
ção de empreendedor significa: decidir realizar tarefa difícil e laboriosa, colocar em execução.

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Inicialmente, acreditava-se que a pessoa nascia com o dom ou a habilidade específica para o empreen-
dedorismo inata em si, e quem não a possuía não era capaz de conseguir deslanchar em nenhum em-
preendimento. Porém, esta premissa foi desmistificada ao longo dos anos e, atualmente, já se sabe que o
processo empreendedor pode ser ensinado e assimilado por qualquer pessoa, a depender de investimento
de tempo dedicação, de fatores internos e externos ao negócio e do perfil do empreendedor em se des-
vencilhar das dificuldades que venha a encontrar.

Sobre o processo empreendedor, falaremos mais à frente ainda durante esta unidade. Já sobre o perfil do
empreendedor vamos iniciar nossos estudos, agora!

O empreendedor é a pessoa que põe em prática uma inovação no contexto de negócios, podendo ocorrer
de diversas formas, como por exemplo, através da divulgação e promoção de um novo produto, aplicação
de novos processos de produção, fundação de uma empresa, entre outros.

Entre outras características do perfil do empreendedor, podemos destacar:

• Capacidade de detectar oportunidades


• Conhecimento do ramo
• Organização
• Capacidade de implementação
• Espírito criativo e pesquisador (curiosidade)
• Capacidade de avaliar e assumir riscos
• Habilidade para avaliar e escolher colaboradores capacitados
• Habilidade para delinear plano de ações efetivos
• Gostar do que faz (realizar-se com sua empresa ou produto ou serviço)
• Ousadia
• Perseverança e otimismo
• Senso de independência e iniciativa

Guarde essa ideia!

Caro (a) estudante, um empreendedor pode criar um novo negócio a partir de algumas
fontes de oportunidades, são elas: novo negócio com base em novo conceito, novo
negócio com base em conceito existente, necessidades dos consumidores, aperfei-
çoamento do negócio, exploração de hobbies, derivação da ocupação e observação de
tendências.

Ser um empreendedor significa ser uma pessoa com ideias inovadoras que faz uso da criatividade e da
imaginação. Todo empreendedor motiva-se pela autorrealização, pela independência, pelo desejo de as-
sumir riscos e responsabilidades e, principalmente, por dar vida aos seus sonhos.

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O empreendedor tem o dom de identificar carências e interesses das pessoas, prestando atenção a pe-
quenos detalhes como, por exemplo: reclamações, traços culturais e hábitos, para interpretando esses
comportamentos desenvolver produtos e/ou serviços que os satisfaçam. Prova disso é que muitos produ-
tos são desenvolvidos com a ajuda dos clientes, quando não por eles mesmo, sem que haja a intenção
para tal, mas como fruto destas necessidades.

Exemplo

Com o advento da tecnologia e, consequentemente, a alteração dos hábitos de leitura a 3M inovou crian-
do a Biblioteca em Nuvem, um sistema composto por hardware, conteúdo digital e aplicativos para ope-
rações de empréstimo e devolução de livros virtuais. A 3M enxergando a necessidade do mercado por
conta do número de leitores eletrônicos (eReaders) em constante crescimento de sua popularidade, criou
esta solução.

Você notou que a venda de dispositivos subiu 113% e eles ganham cerca de 5% de participação no mer-
cado de livros a cada ano? Além do mais, os usuários e-readers ávidos ainda desejam muito emprestar
livros, com a demanda por conteúdo para download crescendo a uma taxa de 50% ao ano. (Fonte: http://
www.3minovacao.com.br/historias/a-evolucao-do-emprestimo-de-livros)
Um excelente negócio, não acha?

Outro exemplo interessante nesse caso em serviço e não em produto, é o exemplo das farmácias, que
aprimoram seu negócio copiando dos supermercados o modelo de autoatendimento, que facilita e agiliza
a vida dos clientes e é outra inovação que trouxe muitos benefícios.

Para Pesquisar

Caso tenha interesse em conhecer outros exemplos de inovações, visite o site da 3M e


surpreenda-se. Acesse o link.

Fica a Dica

Caro (a) estudante, vale destacar que nem todos os novos produtos ou serviços podem ser visualizados
como empreendedores, pois lembre que o empreendedorismo está ligado à ideia de correr riscos ao criar
uma nova necessidade para os clientes.

Claro que são fundamentais a autoavaliação, a autocrítica e o controle do comportamento como caracte-
rísticas do empreendedor que busca o autodesenvolvimento.

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Palavras do Professor

Você deve estar se perguntando: Quais as vantagens e desvantagens de ser um empreendedor?

Bem, posso destacar para você como vantagens a autonomia, o desafio e o controle financeiro e como
desvantagens o sacrifício pessoal a sobrecarga de responsabilidades e a pequena margem de erro.

Vou esclarecer cada um desses pontos para você!

Preparado? Você tem alguma dúvida até agora? Fale com seu tutor, ele pode lhe auxiliar no que for preciso.

Vamos lá, as vantagens dizem respeito a possibilidade de ser independente e de ter liberdade para en-
carar as situações difíceis, mas tentar suas próprias competências sem depender de terceiros, ou seja,
dependendo apenas de si mesmo. Podemos traduzir isto na vantagem de se ter autonomia para tomar
decisões, sendo chefe de si mesmo.

Já sobre a vantagem do desafio destaco como o entusiasmo ao se iniciar um negócio. O empreendedor


que ama o que faz, tem prazer e se revigora a cada novo empreendimento, sente-se recompensado. O
desafio é o seu combustível.

Em relação ao controle financeiro, é uma vantagem, pois ele não corre o risco de ser demitido sem mais
nem menos, uma vez que está à frente de suas finanças e tem conhecimento da real situação de seus
rendimentos.

No que diz respeito às desvantagens, enquanto que o autoemprego é uma garantia satisfatória e tranqui-
lizante, o oposto dele, a autodemissão é assustadora.

Guarde essa ideia!

Pensou que seria fácil ser empreendedor? Claro que não!

A linha tênue que separa a solidez da frustração permeia o dia a dia do empreendedor, afinal de contas
ele lida com os riscos a todo instante.

Portanto, o sacrifício pessoal diz respeito às horas e horas dedicadas pelo empreendedor com frequência,
normalmente durante os sete dias da semana. Sacrificando o convívio com a família, amigos, lazer em
prol de seu objetivo. Por, na maioria das vezes o empreendimento consumir a vida do empreendedor, é
comum que haja conflitos familiares, tensão, stress. Por isto é importante que o empreendedor reflita se
realmente estará disposto a sacrificar todas essas esferas pessoais para tornar seu sonho um sucesso.

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Caro (a) aluno (a), sobre a sobrecarga de responsabilidades diz respeito ao reflexo de ter a autonomia
como vantagem, pois como o empreendedor é seu próprio chefe, recai sobre si toda a carga de trabalho
e responsabilidades, diferentemente de trabalhadores que são empregados. Não há quem tome as deci-
sões e realize as ações por ele. Tudo está em suas mãos.

E sobre a desvantagem de ter uma pequena margem de erro pense comigo o seguinte: Todas as decisões
são tomadas unicamente pelo empreendedor, certo? Certo! Geralmente, os pequenos empreendimentos
possuem recursos financeiros restritos, concorda comigo? Então qualquer decisão errada pode resultar
em grande perda financeira ou em casos mais graves até em falência, entende?

Óbvio! Se grandes empresas sobrevivem porque têm consideráveis recursos financeiros que podem ser
repostos em casos de perdas por decisões equivocadas, o mesmo não acontece com os empreendimentos
iniciais, por estes terem uma pequena margem para erro e decisões não lucrativas.

Deu para entender? Que bom então vamos prosseguir.

Meu querido (a), diante de tantos desafios e nuances fica notório o quanto o empreendedor deve ser per-
sistente, comprometido com o seu objetivo, exigente com a qualidade e a eficiência dos processos, além
de possuir aptidões empresariais que o auxiliem a conduzir o empreendimento ao sucesso, utilizando os
recursos e ferramentas disponíveis de forma criativa.

Visite a Página

Ufa!! É tanta característica que o empreendedor deve ter, ou desenvolver, que dá até
desânimo pensar em empreender, não é? Nada disso, pois otimismo e perseverança
também devem ser praticados não é mesmo?

Então agora sugiro que para você se inspirar, conheça alguns exemplos de empreende-
dores que se destacaram no Brasil e no mundo por terem realizado empreendimentos
de sucesso. Não deixe de realizar as leituras dessas reportagens sobre esses grandes
homens para, quem sabe, idealizar o seu empreendimento também. Acesse os seguin-
tes links: Link 1, Link 2.

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DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O ADMINISTRADOR E O EMPREENDEDOR

Fonte: http://ogestor.eti.br/a-diferenca-entre-administrador-gestor-empreendedor-e-empresario/

Guarde essa ideia!

Bem, agora é hora de esclarecer e oferecer a você querido (a) aluno (a), alguns tópicos que o permitam ter
um melhor entendimento entre os papéis exercidos pelo administrador e pelo empreendedor.

Para entender esta diferença a contento, como já estudamos o conceito de empreendedorismo, cabe aqui
discutirmos um pouco sobre o conceito de administração.

Administração pode ser entendida como o ato ou processo de gerir, reger ou governar empreendimentos,
cujo a figura responsável por esta ação é personificada pelo administrador (gestor), que tem como tarefas:
planejar, organizar, dirigir e controlar (4 ações conhecidas como as funções administrativas) a eficiência
do processo na busca pela eficácia organizacional.

Fica a Dica

Quando estiver em dúvida no conceito entre eficiência e eficácia lembre-se de que:


Eficiência é a relação entre o resultado alcançado e os recursos usados e eficácia diz
respeito ao alcance dos resultados desejados. Pronto! Você nunca mais esquecerá,
tenho certeza!

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Administração envolve ainda a tomada de decisões sobre os recursos utilizados no contexto organizacio-
nal, e sua essência consiste em realizar tarefas por meio das pessoas, para atingir os objetivos preestabe-
lecidos. Além disto, está associada ao gerenciamento de uma empresa, em que o processo administrativo
é provido por informações produzidas e fornecidas por profissionais de diversas áreas, como por exemplo:
produção, comercial, financeiro, departamento pessoal, e outras que possam fazer parte do contexto
gerenciado.

Note que apenas nesta introdução sobre as diferenças e semelhanças entre o administrador e o em-
preendedor já é possível constatar que as atividades são distintas, mas, e em relação ao perfil de ambos?
Vamos ver se há diferença também? Vamos!

Caro (a) aluno (a), o perfil do administrador deve ser composto de algumas habilidades específicas, assim
como no caso do empreendedor. Dentre as características que os diferenciam um do outro, posso destacar
para você:

• Liderança
• Habilidade para resolução de conflitos
• Habilidade para relacionamento interpessoal
• Capacidade de negociação
• Habilidade de alocar recursos
• Habilidade de comunicação e processar informações
• Habilidade de tomar decisões em casos onde haja ambiguidade

??? Você sabia?

Você sabia que além da importância de entendermos de quais competências se com-


põem o perfil do administrador, é preciso que voltemos a falar sobre as funções admi-
nistrativas que citamos a pouco? Pois é, elas foram princípios disseminados por Henry
Fayol no século XX e ficaram conhecidos como a arte de administrar, ainda no período
da abordagem clássica da administração.

Tudo bem até aqui? Podemos continuar? E o seu tutor, você já conversou com ele? Ótimo, então vamos
em frente!

Até agora falamos sobre as diferenças, mas, e as semelhanças? Calma que já vou apresentá-las a você.
Apesar de características de perfil pessoal distintas, o trabalho do administrador assemelha-se ao do em-
preendedor devido principalmente a três características compartilhadas por ambos, que são: demandas,
restrições e alternativas.

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A grosso modo, entenda esses pontos da seguinte forma:

• Demandas: especificam o que tem que ser feito;


• Restrições: são os fatores internos e externos da organização que limitam o que o responsável
pelo trabalho administrativo pode fazer; e
• Alternativas: identificam as opções que o responsável tem na determinação do que fazer e
como fazer.

Ou seja, assemelham-se porque o empreendedor apresenta qualificações extras, pois além das caracte-
rísticas do administrador, conta com atributos pessoais que predispõem à inovação.

Para Resumir

Lembre-se que o empreendedor é um administrador que tem a capacidade de pôr so-


nhos em prática, agregar valores, tomar decisões e implementá-las com agilidade.

PROCESSO EMPREENDEDOR

Fonte: https://ojornalistaempreendedor.wordpress.com/2015/07/18/o-processo-empreendedor/

Então meu caro (a), estamos chegando ao final da nossa primeira unidade.

Calma que ainda não é hora de despedidas, temos muitas informações pela frente.

Agora, que você já entende e consegue analisar o perfil do empreendedor, identificando que o empreen-
dedor pode ser inato ou uma pessoa que desenvolveu habilidades empreendedoras; e também já com-
preende que as motivações para o empreendimento podem estar relacionadas aos fatores externos, am-
bientais, sociais e a tais habilidades, além de já conseguir distinguir o administrador do empreendedor,
preciso apresentar a você como se realiza o processo empreendedor.
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Na epóca em que vivemos, onde a competitividade está cada vez mais acirrada no mercado, só ter apti-
dões pessoais talentosas já não é suficiente; Além delas, o empreendedor de sucesso necessita ter como
aliados a análise, o planejamento estratégico, a capacidade de implementação e o controle para o êxito
do seu empreendimento inovador. Concorda comigo? Espero que sim!

Guarde essa ideia!

Querido (a) aluno (a), notou que acabamos de citar os princípios administrativos que falamos anterior-
mente? Pois é, o processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e ações relacionadas às
inovações nas empresas e à fundação de empresas.

É importante salientar que todo processo empreendedor depende de alguns fatores críticos essenciais ao
desenvolvimento econômico, são eles: talento, tecnologia, capital e know-how. Vou detalhá-los para sua
melhor compreensão.

O talento é a aptidão natural do empreendedor para perceber as novas oportunidades em potencial. Este
fator permite ao empreendedor o crescimento, diversificação e o desenvolvimento de novos negócios.

Sobre a tecnologia posso dizer que está relacionada à ideia do empreendedor, que identificou na nova
oportunidade a fonte para sua ideia e com criatividade emprega apenas a tecnologia necessária para
alcançar seu objetivo.

Já o capital, ah! esse eu duvido que você não saiba a importância dele, afinal de contas todo e qualquer
empreendimento, seja ele de qual porte for, necessite de capital para realizar o investimento necessário
para colocá-lo em prática. Neste fator, é importante lembrar da necessidade de se realizar previamente a
análise dos custos e gastos essenciais para que o risco do negócio seja calculado.

E finalmente o know-how diz respeito ao conhecimento e aptidão para fazer a integração dos fatores ante-
riores, de modo que os quatros dependam um do outro para o crescimento e sucesso do empreendimento.

Diante disto, apresento brevemente as fases do processo empreendedor:

• Identificação da oportunidade,
• Desenvolvimento do plano de negócios,
• Determinação e captação dos recursos necessários,
• Gerenciamento do empreendimento criado.

Mas sobre as fases do processo empreendedor falaremos mais detalhamente na unidade 2.

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Veja o vídeo!

Para que você entenda um pouco mais sobre o processo empreendedor na prática sugi-
ro que arrume um tempo e separe a pipoca para assistir ao filme A Rede Social (2010).
A trama da criação do Facebook e do processo sofrido por Mark Zuckerberg (o idea-
lizador e fundador da rede social mais importante da atualidade) desde o começo da
empresa são narrados neste filme. Vários pontos envolvidos na criação de um negócio,
desde o desenvolvimento da ideia até o crescimento acelerado e as desavenças, são
mostrados no longa. Ele tem aproximadamente 2 horas de duração, espero que goste.
Assista no link.

Acesse o Ambiente Virtual

Depois que você leu todo o material neste guia de estudo, links sugeridos e leitura
complementar (disponível na Biblioteca Virtual), agora você poderá fazer as atividades
disponíveis no ambiente virtual, afinal é muito importante fazer os exercícios para con-
solidar o aprendizado. Caso você tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato
com o seu tutor.

Palavras do Professor

Pronto! Agora sim chegamos ao final da nossa primeira unidade da disciplina de Prática Profissional.

Nesta unidade aprendemos sobre a introdução ao empreendedorismo, sobre inovação e como ela se dife-
rencia de invenção. Entendemos um pouco do perfil do empreendedor, sobre as diferenças e semelhanças
entre o administrador e o empreendedor e como se realiza o processo empreendedor.

Espero que você tenha identificado em si mesmo algumas características inerentes ao empreendedor e
ao chegar a esta constatação tenha tentado realizar alguma inovação e quem sabe no futuro torne-se um
empreendedor de sucesso também. Arrisque-se! Só fazendo isto que você poderá ter 50% de chance de
acerto e, consequentemente, sucesso. Isto é empreendedorismo!

Bons estudos e até a próxima unidade.

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