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E INOVAÇÃO
Conceituar startup.
Caracterizar a metodologia lean startup.
Aplicar as principais metodologias ágeis envolvidas na metodologia
lean startup.
Introdução
Com o intuito de evitar desperdícios, surgiu, no mundo empresarial, a
metodologia lean startup, que é aplicada em todas as fases do processo
de produção para a identificação e resolução de focos de desperdício
de custo, tempo e recursos.
Neste capítulo, você vai aprender sobre o conceito de lean startup,
vendo como se conceitua startup, como se caracteriza, como se gerencia
e quais objetivos devem permear essa metodologia. Além disso, vai
compreender o que significa lean neste contexto, suas características
e aplicações, especialmente no tocante às startups. Por fim, você vai
entender quais são os aspectos envolvidos com metodologias ágeis
(discutindo essa terminologia, suas características e aplicações) e como
se aplicam nas lean startups.
O conceito de startup
O mundo corporativo, assim como o mundo em que vivemos, passa constante-
mente por mudanças de costumes e de formas de ver e entender as coisas. No
entanto, nenhuma área ou setor da economia passa por uma mudança de forma
tão radical como o mercado de tecnologia da informação, muitas vezes com
o intuito de focar em algo mais rápido e prático (TEIXEIRA; LOPES, 2017).
2 Lean startup
Lean
Segundo Romero e Andery (2016), o lean manufacturing foi criado na fábrica
da Toyota, no Japão do pós-guerra, mas, ainda segundo esses mesmos autores,
se voltamos um pouco mais no tempo, é importante marcar que, no ano de 1937,
Sakichi Toyoda desenvolveu estudos sobre a automação de teares manuais.
Com a criação e implementação desse sistema que automatizava os teares,
marca-se o surgimento de um dos pilares mais importantes do sistema Toyota de
produção, mundialmente conhecido e amplamente utilizado até os dias atuais.
No entanto, nem tudo é perfeito, e o sistema criado por Sakichi Toyoda,
apesar de trabalhar sem a intervenção humana (já que operava automatica-
mente), sempre parava quando se tinha algum problema, como, por exemplo,
falta de fio.
Essas metodologias do sistema Toyota de produção voltaram a ter evo-
luções no Japão do Pós-Guerra, muito devido à devastação em que o país
se encontrava, o que influenciou a criação dos sete desperdícios do sistema,
listados a seguir.
superprodução (Overproduction);
estoque (Inventory);
espera (Waiting);
transporte (Transportation);
defeitos (Defects);
movimentação nas operações (Staff movement/Excess Motion);
processamento (Unnecessary processing/Inappropriate Processing).
Startup
Segundo Bortoli Neto et al. (2018), Schumpeter, já na década de 1960, trouxe
uma perspectiva em que propunha que o desenvolvimento econômico sempre
esteve diretamente ligado ao empreendedorismo e à inovação. Nesse sentido,
4 Lean startup
Então, existe uma relação entre esses três termos e as startups? Sim, se-
gundo Moreira (2016), essa relação começou durante a época denominada
“bolha da internet”. Startup significava um grupo de pessoas trabalhando
com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Assim,
Lean startup 5
https://qrgo.page.link/Y19pV
Acessando o link disponível a seguir, você terá acesso ao site de Steve Blank, que
apresenta toda a história do autor e fatores relacionados aos temas aqui tratados
(lean startup e MVP).
https://qrgo.page.link/xH5Wr
Essas são apenas duas entre uma grande variedade de metodologias ágeis
no mercado atualmente, que está sempre recebendo atualizações. XP e Scrum,
nesse contexto, destacam-se por serem de mais fácil entendimento e aplicação,
especialmente no tocante a startups, e ainda mais focado ainda em lean startup,
que busca sempre manter o mais enxuto e ágil o processo de desenvolvimento
de uma ideia ou empresa.
Como mencionado, a metodologia ágil possui uma ligação intrínseca com
a metodologia lean startup, pois ambos termos e mesmo a forma de se pensar
esses termos se assemelham, buscando:
rapidez;
agilidade;
flexibilidade;
envolvimento;
Lean startup 9
engajamento;
multidisciplinaridade;
Acessando o link disponível a seguir, você terá acesso a um fluxograma de como elaborar
um Scrum de um projeto ou startup de uma ideia ou empresa. Esses 11 passos não são
regras sólidas e obrigatórias, já que as metodologias ágeis são cada vez mais flexíveis.
Sendo assim, o ideal é seguir as ideias postas nesse fluxo em todos os processos que
você pretende realizar no futuro.
https://qrgo.page.link/ujEeQ
ALMADA, A. MVP: inicie seu negócio com lançamento rápido e menor investimento.
2018. Disponível em: https://www.codus.com.br/blog/2018/08/23/mvp-solucao-para-
-o-seu-negocio/. Acesso em: 11 set. 2019.
BORTOLI NETO, A. et al. Manual prático para gestão de pequenas e médias empresas.
Barueri: Manole, 2018.
DORNELAS, J. Plano de negócio: seu guia definitivo: o passo a passo para você planejar
e criar um negócio de sucesso. 2. ed. São Paulo: Empreende, 2016.
MOREIRA, D. O que é uma startup?. 2016. Disponível em: https://exame.abril.com.br/
pme/o-que-e-uma-startup/. Acesso em: 11 set. 2019.
OLIVEIRA, B. S. Métodos ágeis e gestão de serviços em TI: saiba como e por que montar
equipes ágeis para gerenciar desenvolvimento, implantação e suporte de seus sistemas
como serviço. Rio de Janeiro: Brasport, 2018.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Leya, 2012.
Lean startup 11
Leitura recomendada
PEDRO, D. 11 passos essenciais para implantar Scrum no seu projeto. 2015. Disponível em:
http://www.mindmaster.com.br/scrum-11-passos/. Acesso em: 11 set. 2019.
MODELOS DE
NEGÓCIOS
Introdução
Os tempos atuais apresentam desafios para todas as pessoas que estão no
mercado de trabalho, tanto para os empresários como para os funcionários.
O proprietário de empresa precisa repensar o seu negócio, visto que, a
todo instante, surgem novas empresas, muitas das quais são as start-ups,
que surgem com propostas inovadoras e atraentes. Algumas start-ups estão
mudando mercados ou criando novos, e o resultado é que as empresas
que não estão atualizadas acabam por perder essa concorrência.
Os funcionários — elementos estratégicos componentes de start-ups
da mais alta relevância para o sucesso do negócio emergente — precisam
desenvolver habilidades que sejam aplicadas com proatividade, a fim
de serem um importante e fundamental elemento de diferenciação das
empresas nas quais estão empregados. Se as equipes de trabalho não
têm espaço e incentivo para exercer as suas capacidades, ou se estão
acomodadas em suas funções, os empregos ficam em risco, na medida
em que a empresa pode ser submetida a uma concorrência com dife-
renciais no valor entregue aos consumidores, guiada por um sistema de
gestão dinâmico que gera vantagens competitivas.
A tecnologia vem se desenvolvendo em uma velocidade nunca antes
vista na humanidade, conduzida por pessoas dispostas a aprender a cada
situação pela qual passam na vida pessoal e profissional. O método de
gestão de start-ups pode ser aperfeiçoado com o uso de instrumentos e
técnicas que surgem a todo o momento, podendo ser moldado a cada
situação. Essa característica, chamada de modelagem de negócios, guiou
2 Start-ups e tecnologia
SON, 2011, p. 132). Segundo Bruce Horn (apud ISAACSON, 2011), um dos
engenheiros envolvidos no desenvolvimento do Macintosh, o computador
responsável por alçar a Apple a um patamar inovador, Steve Jobs conseguiu
ser um expoente que, somado a um conjunto de alterações sistêmicas de ordem
cultural, tecnológica, política, ambiental, social e legal, provocou mudanças
que ainda estão em curso nas realidades das gerações atuais e futuras.
É evidente que não é preciso ter a mesma história de vida de Steve Jobs
para que uma pessoa se sinta impulsionada a buscar um propósito. A busca por
um propósito não implica ter uma infância difícil ou ter passado por alguma
situação delicada, mas sim está relacionada com a maneira como a pessoa
se relaciona consigo mesma, com o seu meio e com as situações pelas quais
passa ao longo da sua vida.
Carol Dweck (2017) chamou esse tipo de comportamento de mentalidade de
crescimento. A autora afirma que “[...] esse mindset de crescimento se baseia
na crença de que você é capaz de cultivar suas qualidades básicas por meio de
seus próprios esforços” (DWECK, 2017, p. 15) e complementa afirmando que:
Ries é um dos principais autores da atualidade que têm como propósito defender
um novo sistema de gestão. A sua obra A Startup Enxuta faz parte de um conjunto
de obras que apresentam metodologias e técnicas (Business Model Canvas, Customer
Development, metodologias ágeis) que orientam o desenvolvimento de start-ups.
Todas essas metodologias e técnicas têm em comum o método científico. O que elas
têm de diferencial em relação ao método científico, porém, é que elas cumprem uma
missão fundamental: tornam o método científico aplicável às suas realidades por serem
flexíveis, customizáveis e de fácil compreensão para pessoas com qualquer formação.
8 Start-ups e tecnologia
declaração do problema;
elaboração de hipóteses;
realização de experimentos;
mensuração dos resultados;
análise do processo;
decisão.
Desse modo, percebe-se uma mudança que pode parecer banal, porém trata-
-se de uma significativa atualização de mentalidade, alterando todo o sistema
de gestão tradicional. Se antes o foco era produzir produtos e vendê-los, com
essas novas formas de orientação da gestão organizacional, agora passa a ser o
cliente. Quanto mais ele participar do processo, menos erros há e maiores são os
resultados. Por exemplo, pense no seu smartphone. É um produto físico. Se você
reparar na frequência com que os modelos são atualizados — a todo instante
existe um lançamento de um aparelho promissor, com novas funcionalidades
e geralmente acompanhado de um novo design —, perceberá que está em ação
um sistema de gestão empresarial com entregas variadas e frequentes (testes de
hipóteses), incluindo o cliente para orientar as empresas sobre quais aparelhos
continuam no mercado e quais são descontinuados. Agora, pense no software
do seu smartphone. É um serviço. Se você reparar na frequência com que ele é
atualizado, perceberá que há um sistema de gestão mais atual, que está sempre
entregando melhorias, medindo resultados e aprendendo o que deve continuar
tendo os esforços e o orçamento que a empresa destinou. Com base nisso, a
empresa toma a decisão de continuar ou descontinuar o serviço o quanto antes,
destinando os recursos para um novo ciclo, se o caso for de descontinuidade.
Existem diversos livros com instrumentos que orientam a mudança de
paradigma em empresas tradicionais ou como construir um sistema de gestão
em empresas nascentes, como os de autoria de Osterwalder, que estão repletos
de estruturas que orientam equipes a trabalhar com clientes na construção
da solução para problemas que talvez nem os clientes tenham percebido. Nas
palavras de Osterwalder et al. (2014, p. 15): “[...] a essência [...] é implantar
ferramentas na busca desordenada de propostas de valor desejadas pelos clientes
e, mais adiante, mantê-las alinhadas com aquilo que querem”.
Em outras palavras, o fundamental é a implementação de alguns desses
novos instrumentos, adaptados ou não às mais diferentes realidades organi-
zacionais, de forma a orientar a geração de ideias e a construção de soluções
que, de fato, agreguem valor à razão da existência das organizações empre-
sarias: seus clientes. Ao encontrar soluções, a empresa deve incluí-las em
seus processos, para que sejam alinhadas com os objetivos contidos no plano
empresarial e com as expectativas de seus clientes.
Os livros de Alexander Osterwalder possuem instrumentos que interagem
com o processo de desenvolvimento de clientes, de Steve Blank, com a start-up
enxuta, de Eric Ries, e com as metodologias ágeis. É a primeira vez na história
das ciências da administração que há um arcabouço literário que orienta a
atualização e a construção de um sistema de gestão empresarial na era das
mais avançadas tecnologias que a humanidade já criou e que está criando.
Start-ups e tecnologia 13
recursos para produzi-lo (teste da hipótese 1), bem como apresentar evidências
de que esse protótipo de jogo possui condições de gerar receitas escaláveis.
Contudo, antes das decisões, é preciso ter elementos que apontem resulta-
dos para os empreendedores. Esses elementos são os indicadores (métricas),
que devem ser definidos antes de os testes começarem. Em outros termos, os
empreendedores precisam saber o que querem e o que precisam medir para
orientar suas decisões, a fim de reduzir os riscos de tomada de decisão ineficaz.
Ao analisar o contexto de um start-up de tecnologia de sucesso, é possível
aprofundar a compreensão quanto à relevância de um sistema de gestão ágil,
adaptável e focado nas pessoas. O caso do Nubank é exemplar. O Nubank é
uma start-up de base tecnológica que tem como propósito a oferta de servi-
ços financeiros. Fundada em 06 de maio de 2013, com sede em São Paulo, a
empresa iniciou suas atividades atuando como operadora de cartão de crédito
(ROSA et al., 2017).
Rosa et al. (2017) apontam que seu produto inicial era um cartão de crédito
Nubank Mastercard, sem mensalidade ou anuidade. Desde o início, o cartão
fez sucesso porque satisfazia aos interesses de consumidores que normalmente
pagavam por taxas exorbitantes e sofriam com o atendimento burocrático,
que prestava poucas informações e explicações para tornar possível um maior
controle sobre os gastos registrados nas faturas. Com uma tecnologia moderna
e amigável, de uso simples, seguro e que possibilita a resolução de problemas
de forma fácil por meio do smartphone, a empresa ganhou espaço no mercado
e na mídia rapidamente. Em 2019, a Nubank chegou aos 20 milhões de clientes,
constituindo-se na sexta maior instituição financeira do Brasil.
Com base na estrutura do método científico, as informações da Nubank
são decompostas da seguinte forma:
Declaração do problema:
■ como criar uma fintech com diferenciais competitivos em relação
aos bancos tradicionais?
Elaboração de hipóteses:
■ criar um cartão de crédito sem mensalidade, anuidade ou qualquer
outra taxa de administração;
■ constituir uma equipe de atendimento treinada para prestar um ser-
viço humanizado;
■ envolver os clientes na cocriação de valor.
Realização de experimentos:
■ estabeleceu parceria com uma das maiores corporações globais que
oferta soluções em pagamentos;
16 Start-ups e tecnologia
BLANK, S. Startup: manual do empreendedor o guia passo a passo para construir uma
grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
BOCK, L. Um novo jeito de trabalhar. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.
BROWN, T. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
DWECK, C. Mindset: a nova psicologia do sucesso. São Paulo: Objetiva, 2017.
ISAACSON, W. Steve Jobs: a biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
OSTERWALDER, A. et al. Value proposition design. São Paulo: HSM do Brasil, 2014.
RIES, E. O estilo startup. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
ROSA, S. C. et al. Práticas de gestão que aliam a cocriação de valor e experiência do
usuário: uma análise da Startup Nubank no mercado brasileiro. Revista de Gestão,
Finanças e Contabilidade, v. 7, n. 2, 2017. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/
index.php/financ/article/viewFile/3145/2386. Acessos em: 17 mar. 2020.
SCHREIBER, D. et al. No jogo do mercado: o caso de uma startup gaúcha. Revista Ele-
trônica de Administração, v. 22, n. 2, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1413-23112016000200543&lng=pt&nrm=iso. Acessos
em: 17 mar. 2020.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
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PENSAMENTO
CRIATIVO
Introdução
Você já pensou como ocorre a geração de uma ideia? A representação
gráfica disso é, em geral, uma lâmpada acesa. Será que o processo de
ideação é tão banal como acender uma lâmpada? As pessoas costu-
mam dizer “tive um insight!”, o que, traduzindo, não significa que ela
teve uma ideia do nada, como normalmente se pensa, mas que ela teve
um discernimento.
Neste capítulo, você vai aprender o que é ideação na abordagem do
design thinking, entender como a ideação pode refinar o problema em
um processo de design thinking e reconhecer como a ideação contribui
para projetar soluções em um processo de design thinking.
1. descobrir;
2. definir;
3. desenvolver;
4. deliverar (entregar).
Divergir Convergir
Para gerar novas e melhores opções, você precisa sonhar com suas ideias antes
de estreitá-las em uma lista de opções concebíveis. Assim, a ideação possui
duas fases principais: geração de ideias, onde quantidade é o que importa,
e a síntese, na qual as ideias são discutidas, combinadas e reduzidas a um
pequeno número de opções viáveis.
https://qrgo.page.link/FJ1ph
4 Design thinking: ideação
Você pode constatar aqui que o brainstorming é uma técnica aliada no processo de
ideação, pois fomenta a geração de ideias. Neste link do Sebrae, você encontra mais
dicas de como preparar e utilizar a técnica do brainstorming.
https://qrgo.page.link/7dUQ8
Figura 5. Brainstorming.
Fonte: Ambrose e Harris (2011, p. 68).
Design thinking: ideação 7
Leitura recomendada
STICKDORN, M.; SCHNEIDER, J. (org.). Isto é design thinking de serviços. Porto Alegre:
Bookman, 2014.
EMPREENDEDORISMO
SOCIAL
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever um pitch.
Reconhecer a estrutura de uma apresentação no formato pitch uti-
lizando o modelo C.
Explicar a importância das soluções técnicas em um pitch.
Introdução
As estratégias de negócios estão cada vez mais dinâmicas, até mesmo
quando o assunto abordado são as formas como empresas de diversos
segmentos captam recursos para implementar ideias, produtos e serviços.
As empresas planejam ações estratégicas com intuito de se ajustar ao
cenário externo e à alta concorrência, para garantir sustentabilidade. Essa
tendência é percebida também nos negócios de caráter socioambiental.
Nesse contexto, o modelo C surge como uma ferramenta que ma-
peia a estrutura de um negócio de impacto social. Junto ao modelo C,
emprega-se o pitch de apresentação, expondo a estrutura modelada
do negócio a outras pessoas e talvez angariando investidores para um
futuro empreendimento.
Neste capítulo, você vai compreender o que é um pitch de apresen-
tação. Você também vai verificar como se estrutura uma apresentação
no formato pitch utilizando o modelo C e como é possível despertar
atenção para as soluções apresentadas.
Figura 1. Pitch Day, evento de apresentação de novos negócios desenvolvido pela PUCRS.
Fonte: Ompermaier, Prikladnicki e Cauduro (2015, documento on-line).
Até 1 De 3 a 5 De 7 a 10 Até 20
minuto minutos minutos minutos
Assista ao vídeo “O que é pitch | Elevator Pitch #1 | 2017”, do Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que traz explicações aprofundadas sobre as
técnicas de construção de apresentações por meio da ferramenta pitch. O texto do
Sebrae ainda apresenta as melhores formas para a construção de um pitch elevador.
Figura 2. Modelo C.
Fonte: C Modelo (c2018, documento on-line).
Elemento Função
Pé na porta
O problema
A solução
Screencast e screenshot dizem respeito à ação de gravar e capturar tudo o que é apre-
sentado na tela de um computador, um celular ou outro dispositivo eletrônico.
Pitch 9
Tamanho do mercado
Modelos de receita
Concorrentes
Canais
Projeções
Equipe
Final feliz
MCSILL, J. 5 lições de storytelling: fatos, ficção e fantasia. 2. ed. São Paulo: DVS, 2013.
PATRIANI, C. 3 oportunidades em negócios de impacto social e ambiental. Revista
Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 2017. Disponível em: https://revistapegn.globo.
com/Empreendedorismo/noticia/2017/06/3-oportunidades-em-negocios-de-impacto-
-social-e-ambiental.html. Acesso em: 4 abr. 2020.
PIPE SOCIAL. 1º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental. 2017. Disponível
em: https://sinapse.gife.org.br/download/1o-mapa-de-negocios-de-impacto-social-
-ambiental-relatorio. Acesso em: 13 abr. 2020.
POMPERMAIER, L.; PRIKLADNICKI, R.; CAUDURO, F. Startup garagem: um programa de
desenvolvimento de empreendedores. In: CONFERÊNCIA ANPROTEC DE EMPREENDE-
DORISMO E AMBIENTES DE INOVAÇÃO, 25., 2015, Cuiabá. Anais eletrônicos [...]. Disponível
em: http://livrozilla.com/download/281124. Acesso em: 4 abr. 2020.
ROVEDA, V. O que é elevator pitch e como criar sua melhor apresentação. 2016. Disponível
em: https://blog.contaazul.com/o-que-e-elevator-pitch-e-como-criar-sua-melhor-
-apresentacao. Acesso em: 4 abr. 2020.
SOUZA, J. I. R. M. de. Como fazer um Pitch de alto impacto. 2018. Disponível em: http://
blog.sementenegocios.com.br/pitch-infalivel/. Acesso em: 4 abr. 2020.
SPINA, C. Como elaborar um pitch (quase) perfeito. Endeavor Brasil, 2019. Disponível
em: https://endeavor.org.br/dinheiro/como-elaborar-um-pitch-quase-perfeito/. Acesso
em: 13 abr. 2020.
STARTSE. Pitch: o que é e como fazer. 2018. Disponível em: https://www.startse.com/
noticia/startups/59278/como-fazer-pitch. Acesso em: 4 abr. 2020.
TORMES, G. S. et al. A ferramenta storytelling no contexto de marketing: uma análise
a partir da estratégia de comunicação empresarial. Revista Capital Científico, v. 14, nº.
4, out./dez. 2016. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/3cca/42358c4870e
dc3498d27af680fca2243777f.pdf. Acesso em: 4 abr. 2020.
Leituras recomendadas
ÁVILA, R. O que é e como fazer um sumário executivo de um plano de negócios. 2015.
Disponível em: https://blog.luz.vc/como-fazer/o-que-e-e-como-fazer-um-sumario-
-executivo-de-um-plano-de-negocios/. Acesso em: 4 abr. 2020.
SEBRAE MINAS. O que é pitch: Elevator Pitch #1. 1 vídeo (2 min), 2017. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/galeriavideo/voce-sabe-o-que-e-pitch,
07ad80390c89d510VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 4 abr. 2020.
12 Pitch
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MODELOS DE
NEGÓCIOS
Introdução
O cenário global contemporâneo é caracterizado por mudanças rápidas
e pela valorização do conhecimento tecnológico. Nesse ambiente, a ino-
vação se tornou um fator decisivo para o sucesso das empresas. É nesse
contexto complexo que as startups se inserem como agentes relevantes
de transformação empresarial. Elas possuem diversas especificidades e já
se tornaram populares entre investidores, mídia, governos, acadêmicos,
etc. (COCKAYNE, 2019).
Neste capítulo, você vai estudar aspectos fundamentais ligados às
startups, verificando em que consistem essas empresas. Você também
vai ver como as startups se relacionam com as dimensões social, eco-
nômica e tecnológica. Além disso, vai conhecer alguns modelos para o
desenvolvimento desse tipo de empresa, considerando a sua natureza
flexível e transformadora.
1 Características e definições
Não há uma definição uniformizada para o termo startup. Acadêmicos e pro-
fissionais o utilizam em diferentes sentidos (COCKAYNE, 2019). Além disso,
há tipos distintos de startups (MÜLLER; RAMMER, 2012). A Associação
2 Tecnologia e inovação
O relacionamento das startups com a tecnologia e a inovação é intrínseco.
As startups mobilizam diversos tipos de inovação, por exemplo: descober-
tas científicas originais (via patentes); novas utilizações para tecnologias já
existentes (tais como inovação incremental); criação de um novo modelo de
negócios que possui um valor até então oculto; disponibilização do produto
ou serviço em um novo local, ou para um conjunto de clientes anteriormente
mal atendidos. Em todos esses casos, a inovação é o cerne do sucesso da
empresa (RIES, 2012).
No lançamento de uma nova empresa, há vários fatores a serem levados
em consideração, e a realidade é que apenas algumas invenções podem ser
adequadas para a criação de uma empresa iniciante. As inovações podem
Os projetos podem voltar a percorrer essas fases mais de uma vez, conforme
a equipe aprimora suas ideias e explora novas direções (BROWN, 2009). Na
Figura 1, a seguir, veja os principais elementos que compõem o design thinking.
3 Modelos de empresas
Um modelo de negócio é a forma como determinada empresa cria, entrega
e captura valor. Para chegar ao modelo ideal, que responde às necessidades
da organização, é necessário estar atento ao produto que se pretende colo-
car no mercado, verificando como ele se encaixa em meio à concorrência,
como ele será monetizado para gerar lucro e quem são os potenciais clientes
(SEBRAE, 2020).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE STARTUPS. Tudo que você precisa saber sobre startups. São
Paulo, 2017. Disponível em: https://abstartups.com.br/o-que-e-uma-startup. Acesso
em: 1 mar. 2020.
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2019.
BICUDO, L. O que é uma startup? São Paulo: StartSe, 2016. Disponível em: https://www.
startse.com/noticia/startups/afinal-o-que-e-uma-startup. Acesso em: 1 mar. 2020.
BLANK, S.; DORF, B. Startup: manual do empreendedor: o guia passo a passo para
construir uma grande empresa. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
BONINI, L. A.; SBRAGIA, R. O modelo de design thinking como indutor da inovação
nas empresas: um estudo empírico. GeP, v. 2, n. 1, p. 3-25, 2011. Disponível em: http://
www.revistagep.org/ojs/index.php/gep/article/view/36. Acesso em: 1 maio 2020.
BOUFLEUR, J. P.; AYALA, N. F.; FRANK, A. G. Uma análise da implementação da metodo-
logia lean startup em uma empresa do ramo de entretenimento digital. Rev Ingeniería
Industrial, ano 15, n. 3, p. 345-356, 2016. Disponível em: http://revistas.ubiobio.cl/index.
php/RI/article/view/2952. Acesso em: 1 maio 2020.
BROWN, T. Change by design: how design thinking transforms organizations and inspires
innovation. New York: HarperBusiness, 2009.
Leitura recomendada
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Indicadores
de parques tecnológicos: estudo de projetos de alta complexidade. Brasília, DF, 2019.
Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/arquivos/
MCTIC-UnB-ParquesTecnologicos-Portugues-final.pdf. Acesso em: 1 maio 2020.
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