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FILOSOFIA

Mito: narrativa das origens, palavra sagrada proferida por uma autoridade - inquestionável.

Filosofia: capacidade racional humana, argumentação, debate, persuasão - provisória, em construção.

Gregos - Sophia - saber > conhecimento


- sabedoria > conduta moral

Moderno - conhecimento científico - técnico


- sábio - cientista

Filosofia antiga – greco-romana( séc. VI a.C. – I d.C.)


• Sofistas – argumentação e debate
• Sócrates – indagação, essência, conceito
• Platão – mundo das ideias, conhecimento puro
• Aristóteles – campos do conhecimento e procedimentos, mundo das coisas.

Filosofia patrística (séc. I ao VIII)


• Epístolas de Paulo e Evangelho de João
• Padres da Igreja – dirigentes espirituais e políticos do cristianismo.
• Criação do mundo do nada, pecado original, encarnação e morte de Deus, juízo final, fim dos tempos,
ressurreição
• Dogma – verdades da fé, reveladas, superior
• Verdades naturais – da razão humana, inferior
• Fé superior à razão

Filosofia Medieval (séc. VIII ao XIV)


• Pensadores europeus, árabes e judeus
• Igreja Romana dominava a Europa
• Platão e Aristóteles – reelaborados
• Filosofia cristã = teologia
• Infinito criador (Deus) e espírito humano
• Corpo (matéria) alma (espírito)
• Subordinação da razão à fé
• Universo – hierarquia de seres – superiores governam os inferiores.
• Subordinação do poder temporal (reis e barões) ao poder espiritual (papas e bispos).
• Pensamento subordinado ao princípio da autoridade (bíblia, Platão, Aristóteles, um papa, um santo)
• Obs: Platão e Aristóteles modificados.

Renascimento – 3ª linha de pensamento


• Homem como artífice do seu próprio destino.
• Conhecimentos – astrologia, magia, alquimia
• Política – o ideal republicano
• Técnicas – medicina, engenharia, arquitetura, navegação
• Artes – pintura, escultura, poesia, teatro
• Filosófico, Artístico e Cultural
• Nasce em Florença (Itália)
• Burguesia- Judeus
• Questiona o valor do homem
• Filosofia Política - Maquiavel (1.469-1.527)
1. O príncipe ( antes de ser expulso do governo)
- Como conquistar e se manter no poder
- Nega os princípios religiosos para a política
- Os fundamentos políticos estão na sociedade
- O desejo de poucos em dominar os muitos.
- O fim justifica os meios.
2. Discurso sobre...
- Tumultos e conflitos - origem de boas leis
- Em defesa da virtude cívica e a garantia da liberdade
- Consequências da participação popular
- Povo corrompido é cego aos benefícios da cidade livre.
- Estimular os cidadãos - educação e exemplos
- Uma pergunta desconfortável - Obrigar a participação?

Filosofia moderna (séc. XVII a meados do XVIII)


• Grande Racionalismo Clássico
• Vencer o pessimismo teórico (ceticismo) atitude filosófica que duvida da razão.
• Guerras de religião (católicos e protestantes)
• Descobertas de outros povos.
• Disputas filosóficas e teológicas
• O caráter mais saliente da filosofia moderna é a independência excessiva de qualquer autoridade, o
menosprezo completo da tradição científica.
• Inaugurada por René Descartes "Decart", pouco depois que a reforma protestante proclamava o livre exame
e a autonomia absoluta em matéria religiosa, num tempo em que os ataques da Renascença haviam
desprestigiado as teorias tradicionais, a filosofia moderna rompeu definitivamente com o passado.
• Os seus representantes julgaram-se no dever de construir desde os alicerces sistemas inteiramente novos.
• Os filósofos modernos e o nascimento da teoria do conhecimento.
• Francis Bacon, René Descartes, John Locke

Filosofia da educação moderna: Bacon e Descartes


• Palavras-chave: método experimental; ciência moderna; razão; conhecimento verdadeiro.
• Nesse sentido, estudiosos sugerem que a expressão “Educação Tradicional” aplica-se de um modo especial à
metodologia pedagógica implementada, nomeadamente, a partir do século XVII. Segundo eles, a definição
dessa metodologia foi, especialmente, influenciada pelas tentativas de elaboração, durante o século XVII,
tanto do método científico, em que se destacaram F. Bacon, como do método filosófico, em que sobressaiu
Descartes. Esse último não tinha o propósito de ensinar o método que cada qual devesse seguir para bem
conduzir sua razão, mas somente mostrar de que modo se esforçou para conduzir sua vida.
• Embora não fosse intenção de Descartes fornecer contribuições efetivas para a educação, a forma pela qual
pautou a sua vida e o relato dos exercícios que praticou para alcançar algo de seguro e fixo para chegar às
ciências acabaram por alertar a humanidade sobre a necessidade de um método como caminho seguro para
a produção de conhecimentos seguros.
• Como vimos, o método cartesiano partia da premissa “duvidar de tudo” e tinha quatro regras principais:
1) só aceitar como verdadeiro o que está claro e não suscita dúvidas;
2) dividir cada problema em tantas partes quantas forem necessárias;
3) analisar cada parte com clareza e plenamente, acrescentando-a ao conhecimento do todo;
4) não deixar de levar em conta nada que possa ser fonte de erro.
• Em grande parte devido a esse método que enfatizava como sabemos o que sabemos e não o que é possível
saber, geralmente, afirma-se que a filosofia moderna começou

Mudanças teóricas principais


1ª mudança teórica (Moderna)
• Surgimento do sujeito do conhecimento – a filosofia começa pela reflexão – voltando-se para si mesmo para
saber se é capaz de conhecer.
• Na filosofia antiga – conhecendo a natureza
• Na filosofia patrística – voltando para Deus
2ª mudança teórica
• Objeto do conhecimento – coisas exteriores – representação intelectual, operações cognitivas realizadas
pelo sujeito.
• Tudo o que pode ser conhecido pode ser representado por um conceito.
• Ideia clara, demonstrável, formulada pelo intelecto.
3ª mudança teórica (Moderna)
• A natureza é concebida como um sistema ordenado de causas e efeitos – estrutura profunda e invisível é a
matemática.
• Causalidades físicas-matemáticas perfeitamente conhecíveis pela razão humana.
• Ciência clássica – prevalece o ponto de vista da mecânica.
• Causas e efeitos que produzem, conservam ou destroem
• Experimentação científica – ideal tecnológico.
• Origem, causas e efeitos da paixões e das emoções – governá-las pela razão.
• A vida ética pode ser plenamente racional.
• Racionalismo político – definir para cada sociedade o melhor regime político.

Filosofia do Iluminismo (séc. XVIII ao início XIX)


• Crê nos poderes da razão – As Luzes
• Pela razão o homem pode conquistar a liberdade, a felicidade social e política.
• A razão é capaz de aperfeiçoamento e progresso.
• Libertar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais.
• O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo pregresso das civilizações – das atrasadas (“primitivas”) às mais
adiantadas e perfeitas (as da Europa ocidental).
• Natureza (leis naturais) e civilização (vontade livre dos homens, aperfeiçoamento moral, técnico e político).
• Ciências que se relacionam com a ideia de transformação progressiva – biologia lugar central.
• Artes – expressão do grau de progresso da civilização.
• Bases econômicas – origem e a forma das riquezas.
• Contrários a influência religiosa
• Trevas precisava ser iluminada. - França

Filosofia contemporânea(séc. XIX aos dias atuais)


• O mais complexo e o mais difícil de definir.
• As diferenças entre várias filosofias ou posições nos parecem muito grandes porque as estamos vendo surgir
diante de nós.

O Método Regras
-da evidência, da divisão, da ordem, da enumeração.
Descartes "PENSO, LOGO EXISTO."

John Locke "EXISTO, LOGO PENSO."


...das sensações e as percepções. Técnica da experimentação científica.
- Racionalismo > razão > experiência
- Empirismo > experiência > razão

Teoria do Conhecimento Moderno - Consciência


- a dimensão do sujeito do conhecimento.
- o eu: sua identidade baseada na vivência, seu interior.
- a pessoa: sujeito moral que sabe a dimensão do certo e errado.
- o cidadão: é o lado político, conhece seus direitos e deveres e sabe como burlá-las.
Comte
-Cientificismo
Revolução Industrial XVIII (expressão do poder da burguesia)
-Ciência e técnica promovem modificações no ambiente humano jamais vistos.
- Ciência: único conhecimento possível.
Comte: A lei dos Três Estados
- Estado Teológico Fontes de Ilusão
- Estado Metafísico
- Estado Positivo
maturidade do espírito
positivo=certeza
-Religião da Humanidade
- Poder espiritual assinado refunda-lo em princípios não teológicos.
-Igreja positivista: convencer o proletariado a abandonar o projeto revolucionário.
-Produziria o milagre da harmonia social.

Ética é o modo que uma sociedade define para si mesma o que é certo e o que é errado. Aquilo que deve ser evitado ou incentivado. O que é bem e o que é mal.
Alguns pensadores ajudaram a definir e organizar politicamente a sociedade civil, definindo com isso, a forma de sujeição do indivíduo ao interesse coletivo.

1. Como Hobbes define as atribuições do soberano na sociedade civil?


Para Hobbes, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática. O soberano deverá possuir determinação, por meio das
instituições públicas, de promulgar e aplicar leis, garantir a segurança pública e o direito a vida e exigir a obediência dos governados. Ele possui a espada e a lei,
permitindo-o inclusive interferir na propriedade dos governados sob o imperativo da preservação do contrato social.

2. Pensamento Liberal - segundo Locke, a quem estava reservada a participação política do contrato social?
Para Locke, os homens livres compõe-se da alta nobreza, da gentry, do clero e das burguesias comercial, manufatureira e fundiária. Apenas estes homens
podem exercer diretamente as prerrogativas políticas do contrato social porque apenas eles têm o que perder com o fim da liberdade do Estado de Natureza,
qual seja, a propriedade privada oriunda do seu trabalho.

3. Como Rousseau entende a soberania?


Para Rousseau, o soberano é o povo. Somente a vontade geral pode dirigir as forças do Estado para atingir o bem comum, a igualdade. É para este interesse
comum que a sociedade deve ser governada, jamais podendo se alienar. A soberania é indivisível, pois a vontade do povo é geral, portanto o Contrato Social dá
ao corpo político (Soberano) um poder absoluto sobre todos os seus cidadãos.

4. Explique "cidadão do Estado e súdito das leis" (quando o texto trata do Governo em Rousseau).
Os indivíduos aceitam perder a liberdade civil; aceitam perder a posse natural para ganhar a individualidade civil, isto é, a cidadania.
Enquanto criam a soberania e nela se fazem representar, são cidadãos. Enquanto se submetem às leis e à autoridade do governante que os representa chamam-
se súditos.

5. Como Montesquieu entende a estabilidade de um regime ideal?


Na capacidade de permitir que a correlação de forças políticas e sociais se traduza na representação e no ordenamento jurídico das instituições públicas. Para
que haja moderação é preciso que a instância moderadora encontre sua força política em outra base social. Montesquieu considera a existência de duas fontes
de poder político: a classe nobre(rei) e a classe popular (burguesia, na época), nas quais tivessem poderes independentes e capazes de se contrapor, possam se
contrariar e assim assegurar uma moderação política que seja flexível.

Ética Profissional
A maneira como a política é concebida e a forma como os grupos sociais a praticam, definem a ética.
-Política de Grupos Sociais - Opressão
-Condomínios fechados x Cidade Nova

Deveres Profissionais
• Deveres éticos : todas as capacidades necessárias ou exigíveis para o desempenho eficaz da profissão.
o Um complexo de deveres envolve a vida profissional.
o Esses deveres impõem-se e passam a governar a vida profissional.
o Cada profissão tem seu complexo.
• A escolha da profissão:
o Nem sempre coincide com a vocação. (acaso)
o Mas feita a escolha, inicia-se um compromisso entre o indivíduo e a trabalho.
• O dever nasce do empenho:
o de escolher
o de conhecer
o de executar
• Práticas úteis promotoras de benefícios.
• O dever do conhecimento implica no dever da execução adequada.
o Se conhecia, não poderá se eximir da culpa.
• Mozart e o aluno (“é preciso esperar”)
o “A harmonia da vida depende de nossa harmonia com o trabalho que executamos.” ???
o Quando a seleção da tarefa está de acordo com uma consciência identificada com a escolha, dificilmente ocorrem as transgressões éticas,
porque estas seriam violações da vontade, contrárias ao próprio ser.
• Profissionais de uma área se notabilizam em outras áreas.
o Louis Pasteur (1822-1895): químico, “pai” da microbiologia, recebeu diplomas de médico honoris cusa pela Academia de Ciências da França. Sua
vida profissional é considerada uma das mais úteis à humanidade.

• Dever de conhecer a profissão e a tarefa.


o O exercício de uma profissão demanda a aquisição de pleno conhecimento, o domínio sobre a tarefa e sobre a forma de executá-la, alem de
atualização constante e aperfeiçoamento cultural.
o Aceitar um encargo sem ter capacidade para exercê-lo é uma prática condenável, em razão dos danos que pode causar. (exemplos...)
• Dever de conhecer a profissão e a tarefa.
o O conhecimento, no caso, não é apenas a acumulação,de teorias, teoremas e experiências, mas também o domínio pleno sobre tudo o que é
abrangido pela tarefa que se encontra sob a responsabilidade direta de um profissional. (as consequências que dela derivam)
• Dever de conhecer a profissão e a tarefa.
o Não se pode excluir da profissão seu caráter de utilidade e não se pode conceber utilidade sem que a função profissional se exerça com eficácia.
(emissão de guias para recolhimento e entrega ao cliente na última hora...)
• Dever de conhecer a profissão e a tarefa.
o Se um empresário frauda o fisco através de obtenção de documento falsos, a culpa do delito não é do Contabilista que efetuo os registros, pois
não tinha meios de verificar a falsidade.
o As culpabilidades por ineficácia devem observar os limites do cumprimento dos deveres e as condições sob as quais estes se cumpriram.
• Dever da execução das tarefas e das virtudes exigíveis.
o Não bastam as competências científica, tecnológica e artística; é necessária também aquela relativa às virtudes do ser (relacionamento com
pessoas, com a classe, com o Estado, com a sociedade e com a pátria).
• Dever da execução das tarefas e das virtudes exigíveis.
o O que representa um valor, uma expressão de virtude, em uma profissão, pode não representar em outra e até ser considerado inadequado ou
fora de propósito.
 A profissão de modelo exige sensualidade.
 Um mecânico sensual????
 Um vendedor sem retórica????
• Dever da execução das tarefas e das virtudes exigíveis.
o Um advogado faltou a uma audiência porque seu filho estava passando mal. Ele achou justificável, pois na hierarquia dos compromissos e do
malefício do abandono de um descendente desprotegido, assim ele optou. ???
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o Microssocial = nosso grupo, nossa classe.
o Macrossocial = a nação, toda a sociedade.
o Parece haver, como sentimento natural, uma tendência a resolver primeiro os problemas de nosso eu, depois os de terceiros e muito depois os
da sociedade próxima ou global.
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o No exercício da profissão, o raciocínio para o social merece mais relevo, pois trabalhamos sempre para servir a alguém e, em função disto,
extraímos o proveito para suprimento de nossas próprias necessidades.
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o Quanto mais se enfraquecem as classes e mais vulnerável é a sociedade, mais tirano tende a ser o Estado e mais fraca a nação se apresenta
perante os demais.
o Tal tirania pode operar-se por um absolutismo ostensivo ou por uma ditadura velada de acordo de grupos do Poder, mesmo com denominação
e capa de democracia.
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o É preciso não confundir Estado com sociedade, nem poder político com interesse dos cidadãos, pois tais posições podem estar, inclusive, em
conflito, diante da moral.
o Nosso esforço deve ser no sentido do respeito a nossos semelhantes, como meta de vida.
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o Como responsáveis pela produção de serviços e pelo zelo das condições morais que levam ao bem-estar geral, os profissionais são guardiões
das sociedades.
o O esforço deve ser no sentido de evitar a crise, também nas classes profissionais, pois, se aí instaladas, as esperanças se reduzem quanto à
salvação do social.
• Dever para com o micro e o macrossocial.
o Poucos pensadores tiveram tão forte, em suas convicções, a preocupação com o dever da doação, com o bem de terceiros e com respeito ao
que é de cada um, como Cícero (pensador romano) que dizia: “a sua tocha não ilumina menos depois que você acendeu a de um outro.”
 LOPES DE SÁ, A. Ética profissional.

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