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História da Psicologia

2022/2
Aula 4
História da Psicologia

Unidade 1 - A História, a Filosofia e seu papel para a compreensão da evolução dos


campos científicos da Psicologia
Seção 1.1 - O estudo da História, os períodos históricos e a história da Psicologia
Seção 1.2 - Os gregos pré-socráticos e a investigação da alma
Seção 1.3 - Os filósofos clássicos: Sócrates, Platão e Aristóteles
Seção 1.4 - A idade medieval e o pensamento cristão

Unidade 2 - A modernidade e a fundação da psicologia como ciência


Seção 2.1 - Renascimento e modernidade
Seção 2.2 - A psicofísica e as influências da fisiologia
Seção 2.3 - A psicologia experimental e o estruturalismo
Seção 2.4 - O funcionalismo e a psicologia como necessidade moderna
História da Psicologia

Unidade 3 - Principais escolas do pensamento psicológico


Seção 3.1 - Behaviorismo
Seção 3.2 - Psicanálise
Seção 3.3 - A psicologia da Gestalt
Seção 3.4 - Abordagens humanistas e a abordagem sócio-histórica

Unidade 4 - História da psicologia no Brasil e tendências atuais da psicologia


Seção 4.1 - Cronologia da psicologia no Brasil
Seção 4.2 - Derivações importantes das principais escolas da psicologia
Seção 4.3 - Tendências da psicologia como ciência
Seção 4.4 - Tendências atuais da psicologia no Brasil
Muitos filósofos pensaram o que é o direito, o que é justo e o que é ético

a filosofia encontra suas origens antes da Grécia Antiga (marco temporal: século V a.C.)
• concentravam-se majoritariamente na região de Atenas
• significativo grupo de filósofos que existiram antes e contemporaneamente a Sócrates
• deslocaram o centro de suas observações dos fenômenos da natureza para o homem
(antropocentrismo)
• pré-socráticos
• sofistas

Esses jusfilósofos tornarem-se marco na Filosofia do Direito pois desligaram a percepção de


justiça de crenças, lendas e mitos
Sofistas
Platão
• “Apologia de Sócrates”
• “Crípton (do dever)”
• “Fédon” (a condenação de Sócrates) são todas descrições de
diálogos de Sócrates
• fundou a Academia, espaço distante e fechado onde as pessoas
exercitavam-se e dialogavam

“paixão platônica”
• aquela que não se realizou, restrita ao mundo das ideias
• o mundo real era apenas uma representação do mundo das ideias - mundo ideal e perfeito
• idealiza o objeto e o percebe como ausente de imperfeições
• avança na explicação do método socrático ao afirmar que o homem possuía dentro de si
(em sua alma) todo o saber necessário
• todos os homens ao nascerem no mundo real esqueciam o conhecimento que detinham
• o método Socrático – dialogado – permitia ao indivíduo “recordar” das experiências que
teve no mundo das ideias – o mundo ideal
“Mito da Caverna”
explica nossa limitação de perceber a verdade em razão das imperfeições do mundo sensível
Aristóteles
• Método Aristotélico é oposto ao Platônico
• Platão buscava no mundo das ideias a verdade, Aristóteles a buscava no mundo
sensível
• a boa conduta poderia e deveria ser exercida em sociedade.
• a justiça assemelhava-se às outras “virtudes” (coragem, paciência, caridade, etc.) e deveria
representar o conjunto das virtudes
• é a conduta justa (ética) do indivíduo na polis que o torna um cidadão
• ações cotidianas virtuosas que levariam à felicidade
• apenas saber o que é justo e o que é injusto e não se comportar conforme o que se
sabe no dia a dia, era uma conduta não ética/não virtuosa
• as regras não podiam ser genéricas, mas precisavam adaptar-se aos casos concretos
• o que é coragem para uma criança não pode ser a mesma medida da avaliação da
coragem de um adulto
A idade medieval e o pensamento cristão

Idade Medieval (Média)


• durou mil anos (do século V ao século XV d.C.)
• dilema em conseguir conciliar a herança filosófica produzida por gregos, romanos e outros
povos da Antiguidade com o cristianismo vigente mantido pela Igreja Católica
• Igreja pouco receptiva a ideias que pudessem contestar seus dogmas
• “Teocentrismo”
• Deus seria o foco de todas as coisas
• objetivo de toda a produção cultural
• tudo tinha como referência a adoração a Deus

A Igreja católica era quem detinha o poder do conhecimento e da teologia e,


consequentemente, o poder político e social
• duas principais correntes medievais da filosofia ocidental
• Patrística
• representada por Santo Agostinho
• traz uma releitura da filosofia de Platão
• Escolástica
• representada por Santo Tomás de Aquino
• se baseia em Platão e Aristóteles
A idade medieval e o pensamento cristão

Patrística
• época em que o cristianismo ainda era pouco conhecido
• projeto de divulgar a religião e combater as crenças consideradas “pagãs”
• religiões e místicas não cristãs
• tinha como base o platonismo adaptado ao cristianismo
• (mundo ideal de Platão e a teologia cristã)
• o mundo é dividido entre dois âmbitos da realidade
• o sensível e o suprassensível (mundo das ideias)
• características do Ser como eterno, perfeito e imutável
• a alma humana já conhecia esse mundo antes de encarnar em algum corpo
• mundo das ideias como o paraíso cristão, lugar divino (eterno, perfeito e
imutável) de onde partem e para onde voltam as almas humanas

Platão considerava que a morte era uma libertação da alma, aprisionada no corpo até então

Para dialogar com o paganismo e convencê-lo da lógica cristã, os primeiros padres da Igreja se
utilizaram da filosofia derivada do pensamento de Platão (neoplatonismo)
• tendência de levar o platonismo a uma característica mais mística e religiosa

Platão sempre defendeu a superioridade do suprassensível com relação à concretude


A idade medieval e o pensamento cristão

• pensadores
• Santo Ambrósio (340-397 d.C.)
• São Jerônimo (347-419 d.C.)
• Santo Agostinho (354-430 d.C.)

Santo Agostinho de Hipona


• grande nome da Filosofia
• relação da Filosofia racional com a fé
• demonstrava seu caráter religioso em praticamente todos os seus escritos
• era, antes da sua conversão, professor de Filosofia e adepto de correntes pagãs
• se converteu ao cristianismo por volta dos 30 anos de idade
• pensador de destaque para uma época em que o diálogo entre essas duas vertentes se
fazia tão necessário para a Igreja católica

• interesse pela capacidade racional do ser humano, buscando compreender como se dá a


cognição
• tenta buscar as provas da existência de Deus através de um caminho racional e
humano
• entender a mente humana é essencial para isso
A idade medieval e o pensamento cristão

O papel desempenhado por Agostinho – de trazer ao cristianismo seu conhecimento anterior


em filosofias pagãs, como o ceticismo, o maniqueísmo e o neoplatonismo – foi de extrema
importância para que a nova religião nascente conseguisse se adaptar às demandas da época

• uma alegoria bastante conhecida de Agostinho é analisar a Cidade dos Homens


• a humanidade em sua organização social e política regida apenas pelas leis humanas
• e imaginar, como um bom platonista, uma idealização do que seria a perfeição a ser
atingida através da fé religiosa: a Cidade de Deus
A idade medieval e o pensamento cristão

Escolástica
o cristianismo fez sucesso, colocando os representantes da Igreja em posição de superioridade
social e política

• o clero era quem controlava a educação, as leis, as decisões dos reis, incluindo até decisões
sobre guerras
• sua palavra sobre o que era pecado, quem seria condenado ao inferno, quem iria ao
paraíso e outras recompensas e castigos de natureza metafísica eram cruciais numa
sociedade teocêntrica
• tudo era voltado para Deus, e era o clero quem decidia o que atendia esses critérios ou não

• O diálogo travado entre católicos e pagãos gerou, dentro da Igreja, uma marcante
tendência pedagógica
• enfatizar a educação religiosa era uma forma de preparar as pessoas para acolher com
mais convicção e segurança os argumentos a favor dos dogmas católicos
• desde o começo da Idade Média, os professores foram gradualmente sendo
chamados de scholasticus (“a filosofia da escola”) – escolástica
A idade medieval e o pensamento cristão

Santo Tomás de Aquino


• pensador que mais se destacou, representando o apogeu da escolástica
• foi influente na Filosofia e na Teologia – “Suma Teológica”
• sua filosofia ficou conhecida como tomismo
• equilíbrio entre fé e razão
• afirmava que não havia contradição entre o conhecimento racional e a fé católica
• pois a razão também é uma criação de Deus

• estuda as potências da alma (análise sobre a alma humana)


• descreveu cinco gêneros de potências da alma, também chamado de faculdades da alma
• vegetativa ou nutritiva
• capacidade de nutrir e conservar o corpo, mantendo-o vivo
• sensitiva
• capacidade de transformar as informações dos sentidos externos em
informações dos sentidos internos
• sentidos externos (informações adquiridas dos órgãos do sentido)
• sentidos internos (“faculdades psicológicas”)
• motiva ou locomotiva
• relacionada à motivação (o que move a pessoa em busca de algo)
A idade medieval e o pensamento cristão

• apetitiva
• inclinações” ou “apetites” da alma
• sensíveis
• paixões da alma
• intelectivos
• livre-arbítrio
• intelectiva
• capacidade racional
• memória
• razão
• Inteligência

a vontade é fundamental para que as potências se tornem ato


• ter o conhecimento dentro de si como potência não serve para nada se elas não forem
transformadas em ato
• toda semente é uma árvore em potência, mas nem todas as sementes vão virar árvores
de fato
• nem tudo aquilo do que a pessoa é capaz será concretizado na realidade

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