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● Período helenístico (final do séc. III a.C. até o séc. VI d.C.): preocupação
com a ética, com o conhecimento humano e com as relações entre o
homem e a natureza e de ambos com Deus.
Principais teorias filosóficas:
a) Estoicismo, epicurismo, ceticismo e neoplatonismo.
B. Filosofia Patrística (do século I ao século VII d.C.)
E. Filosofia Moderna (do século XVII d.C. a meados do século XVIII d.C.)
• Este período também crê nos poderes da razão, também denominada de “As
luzes”, é a etapa de afirmação do ideário burguês de sociedade e da crença na
maioridade humana por meio do uso da razão;
• Principais afirmações do Iluminismo:
⎫ Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e felicidade social e
política;
⎫ A razão é capaz de aperfeiçoamento e progresso, e o homem é um ser
perfectível, na medida em que consegue se liberar dos preconceitos religiosos,
sociais e morais por meio do avanço das ciências, das artes e da moral laica;
⎫ O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que
vão das mais atrasadas às mais avançadas;
⎫ Há a diferença entre a natureza e a civilização, sendo a primeira o reino do
necessário e a segunda o reino da liberdade.
Fonte:
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª ed. 1ª impr. São Paulo: Ática, 2003.
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Antonio Carlos Olivieri
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Foi a filosofia que rompeu com essa visão pessimista e procurou estabelecer
orientações para que o homem procurasse a felicidade. Demócrito de
Abderam(aprox. 460 a.C./370 a.C.) julgava que a felicidade era “a medida do
prazer e a proporção da vida”. Para atingi-la, o homem precisava deixar de lado
as ilusões e os desejos e alcançar a serenidade. A filosofia era o instrumento
que possibilitava esse processo.
Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso,
certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte
por um tribunal ateniense. Cercado pelos discípulos, bebeu a taça de veneno
que lhe foi imposta e parecia feliz a todos os que o assistiram em seus últimos
momentos.
É importante deixar claro que noções como virtude e justiça integram uma
vertente do pensamento filosófico chamada Ética, que se dedica à investigação
dos costumes, visando a identificar os bons e os maus. Para Platão, a ética
não estava limitada aos negócios privados, devendo ser posta em prática
também nos negócios públicos. Desse modo, o filósofo entendia que a função
do Estado era tornar os homens bons e felizes.
A ligação entre ética e política estará ainda mais definida na obra do mais
importante discípulo de Platão, Aristóteles (384 a.C./322 a.C.), o qual dedicou
todo um livro à questão da felicidade: a “Ética a Nicômaco” (que é o nome de
seu filho, para quem o livro foi escrito). Amigo de Platão, mas, em suas
próprias palavras, “mais amigo da verdade”, Aristóteles criticou o idealismo do
mestre, reconhecendo a necessidade de elementos básicos, como a boa
saúde, a liberdade (em vez da escravidão) e uma boa situação socioeconômica
para alguém ser feliz.
Por outro lado, a partir de uma série de raciocínios que têm como base o fato
de o homem ser um animal racional, Aristóteles conclui que a maior virtude de
nossa “alma racional” é o exercício do pensamento, pelo quê, segundo ele, a
felicidade chega a se identificar com a atividade pensante do filósofo, a qual,
inclusive, aproxima o ser humano da divindade.