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O ILUMINISMO = FILOSOFIA DAS LUZES

1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Sobre o século XVIII, Voltaire, filosofo iluministas disse: “O mais esclarecido que jamais
existiu”

 EVOLUÇÃO INTELECTUAL
Galileu, Newton, Descartes, Spinoza,
Leibniz e Kant = pensadores/filósofos
que demonstram a importância da
observação e da experimentação e do
racionalismo como as verdadeiras fontes
do conhecimento.
Ex: Descartes – manifesta-se contra a
ideia de uma razão impessoal superior
ao indivíduo, que deve procurar no
absoluto as regras do pensamento e da
ação. A razão está no indivíduo que deve UM NOVO PENSAMENTO
procurar todos os elementos da sua vida
UMA NOVA MENTALIDADE
intelectual e moral na sua própria
experiência.
UMA NOVA FILOSOFIA
 PROGRESSO TÉCNICO
- Grandes experiências no campo da
Física e da Quimica.
- Máquina a vapor.
- Grande avanço no conhecimento do
cosmos. ILUMINISMO
- Viagens de exploração e descoberta

 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
- Grande desenvolvimento comercial e
industrial

 ASCENSÃO SOCIAL DA BURGUESIA


- Rica e instruída a burguesia reclama
um maior estatuto social e político

2. O QUE É A FILOSOFIA ILUMINISTA?


a) o objeto do iluminismo
 O Homem – O iluminismo é uma filosofia social – aquilo que verdadeiramente
preocupa os iluministas é o Homem. O futuro do Homem e da Humanidade.

b) O meio/o caminho
 Negação da Razão imposta e impessoal.
 Todo o indivíduo é dotado de Razão (ser racional) e é nela e na sua própria
experiência que deve procurar as suas referências morais e intelectuais.
 A Razão (= Luz, daí o nome Iluminismo) é a força que o homem deve usar para
alcançar a felicidade e o progresso.

c) O objetivo
 Alcançar o progresso, a felicidade e a liberdade

Exploração do doc. 1 e 2 da Ficha documental(1)


Conclusões:

 Com as “Luzes” o Homem sai do estado de tutela = Os iluministas


consideram que até ali o homem/sociedades vivia nas trevas, proibido ou
sem coragem de pensar livremente (uso da Razão) condicionado pela
ignorância, pela superstição, pela ausência de espírito crítico, tutelado pelas
autoridades políticas (reis) e pela Igreja que impunham ”verdades”
consideradas imutáveis e irrefutáveis.
 Kant fala-nos da necessidade de cada homem libertar-se dessa “tutela”e
usar a sua própria Razão (=livre pensamento).
 A Razão é assim apresentada como a Luz (Iluminismo) que poderá tirar o
homem das trevas, do obscurantismo. Saindo da escuridão pela luz da
Razão o homem encontrará a felicidade e a liberdade.
 No doc. 2 , quando Pierre Bayle, ainda nos finais do século XVII afirma: “O
próximo século tornar-se-á mais luminoso de dia para dia”, quer dizer que o
pensamento livre irá conduzir as sociedade humanas ao progresso e à
felicidade

SÍNTESE
A Filosofia das Luzes faz a apologia da Razão como o caminho para o progresso.
No século XVIII, os intelectuais acreditavam, fruto do desenvolvimento científico,
técnico e económico que marca este período que o raciocínio humano (Razão) era um
dom prodigioso, com potencialidades quase ilimitadas. Acreditava-se que o uso livre
da Razão conduziria ao aperfeiçoamento do Homem. A Razão seria a luz que guiaria a
Humanidade. Esta metáfora, que evoca uma espécie de saída das trevas, tornou-se
uma referência sempre que se pretendia destacar as realizações do século e a nova
atitude face ao conhecimento.
O século XVIII ficou, por isso conhecido como o “Século das Luzes”. Por isso, Luzes ou
Iluminismo designa o movimento intelectual, filosófico e científico dos séculos XVII e
XVIII que acredita no progresso humano, no desenvolvimento das capacidades do
indivíduo, no conhecimento e na liberdade, necessários para atingir a felicidade e o
progresso.

3. O DIREITO NATURAL E O VALOR DO INDÍVIDUO


 A valorização da Razão, da qual todos os homens
independentemente da sua condição social, vinha estabelecer o
princípio da igualdade.

Se todos os homens são dotados de Razão Logo todos os


homens são Iguais A natureza fez-nos iguais Existe
uma igualdade Natural.

 O princípio da igualdade defendido pelos iluministas resulta


também do facto de todos os homens nascerem e morrerem de
igual a forma. Consideravam que aquilo que a natureza fez igual não
devia ser contraposto ou contrariado por qualquer lei.
 Defendido por Locke e mais tarde por outros iluministas, a defesa
de uma igualdade natural leva a defender um conjunto variado de
valores que resultam da natureza humana. Assim, defendem, para
além do direito à igualdade, o direito à liberdade, o direito à
felicidade, o direito à propriedade, entre outros

Assim:
A filosofia iluminista estrutura-se/baseia-se no Direito Natural:

 Direito à Igualdade
 Direito à Liberdade Considerados DIREITOS NATURAIS
 Direito à Felicidade
Todos os homens nascem livres,
iguais e com direito à felicidade

 Para além de defender a igualdade, defendia que nenhum Estado


ou governo as podia pôr em causa. Significa isto que as ideias
iluministas implicavam grandes críticas à organização social e
política do seu tempo (Antigo Regime)

O que poderia implicar??

Sociedade:
 Fim da escravatura
 Abolir os privilégios de nascimento
 Tolerância religiosa
 Uma nova moral – moral natural

Política
 Fim do Absolutismo

4. A DEFESA DO CONTRATO SOCIAL E DA SEPARAÇÃO DE PODERES.


 A Liberdade e a Igualdade (direitos naturais) defendidas pelos
iluministas pareciam, à partida, em contradição com a autoridade
dos governos e dos monarcas.
Como forçar um ser (indivíduo) que tem o direito de dispor de si próprio à
obediência?
Como harmonizar/compatibilizar a liberdade individual com a vida em
sociedade?
Como se devia organizar politicamente um Estado, para defender/garantir
os direitos naturais dos homens?
Será que a organização social da época (sociedade de ordens) e a
organização política deste período (Absolutismo) garantiam os direitos
naturais?

 Assim, um dos assuntos mais importantes para os iluministas era a


questão política/questão do Poder.

 Para resolver esta “equação” (harmonização entre uma forma de


organização política (Estado) que garantisse o respeito pelos
direitos naturais dos indivíduos, os iluministas desenvolvem três
ideias fundamentais:

 CONTRATO SOCIAL (Jonh Locke e Rousseau)

 SOBERANIA POPULAR

 SEPARAÇÃO DE PODERES (Monstesquieu)

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