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O que foi o Iluminismo:

O iluminismo foi um movimento filosófico e intelectual que aconteceu entre


os séculos XVII e XVIII na Europa, em especial, na França. Os pensadores
iluministas defendiam as liberdades individuais e o uso da razão para validar
o conhecimento.
Também chamado de “Século das Luzes”, o movimento iluminista representa
a ruptura do saber eclesiástico, isto é, do domínio que a Igreja Católica
exercia sobre o conhecimento. E dá lugar ao saber científico, que é adquirido
por meio da racionalidade.
O iluminismo é um movimento da Idade Moderna que rompeu com o
teocentrismo - doutrina que coloca Deus no centro de tudo - e passou a ver o
indivíduo como o centro do conhecimento.
O iluminismo pode ser entendido como uma ruptura com o passado e o início
de uma fase de progresso da humanidade. Essa fase é marcada por uma
revolução na ciência, nas artes, na política, e na doutrina jurídica, por
exemplo.
Os iluministas queriam se libertar das trevas e da obscuridade proporcionadas
pelos regimes absolutistas e pela influência da Igreja Católica. Muitos deles
eram contra a religião instituída, mas não eram ateus, eles acreditavam que o
homem chegaria a Deus por meio da razão.
Ao contrário do que pregava a religião, os intelectuais iluministas defendiam
que o homem era o detentor do seu próprio destino e que a razão deveria ser
utilizada para a compreensão da natureza humana.
A razão era, portanto, elemento central dos ideais iluministas, afinal, somente
a racionalidade poderia validar o conhecimento. Eles acreditavam que a
educação, a ciência e o conhecimento eram a chave para essa libertação.
Esse entendimento se contrapunha ao conhecimento baseado em crenças e
misticismos religiosos, que para os filósofos iluministas, bloqueavam o
progresso da humanidade.
Principais ideias iluministas
 Fim do domínio da igreja sobre o conhecimento
 Razão como propulsora do saber
 Indivíduo como centro do conhecimento
Características do Iluminismo
 Defesa do conhecimento racional;
 Oposição ao mercantilismo e ao absolutismo monárquico;
 Apoiado pela burguesia;
 Defesa dos direitos naturais do indivíduo (liberdade e livre posse de bens, por
exemplo);
 Deus está presente na natureza e no próprio homem;
 Defesa da liberdade econômica (sem interferência do Estado);
 Defesa de maior liberdade política;
 Antropocentrismo.

Importância do Iluminismo
Progresso da ciência
Durante esse período, o conhecimento rompe as fronteiras da imaginação e
passa a ser construído com base em observações científicas, com
experimentos empíricos.
Foi nesse momento que o homem descobriu como funcionava a órbita dos
planetas e a circulação sanguínea no corpo humano. A criação do microscópio
permitiu que o campo de visão fosse ampliado e a compreensão da natureza
fosse expandida.
Desenvolvimento da política
Os iluministas também foram responsáveis pela evolução do pensamento
político e do papel do Estado na sociedade. Em geral, esses pensadores se
opunham aos regimes absolutistas, nos quais uma pequena parcela da
população gozava de privilégios e o restante da população era oprimida.
O ponto central das discussões políticas dos iluministas eram as liberdades
individuais dos cidadãos. Para esses filósofos, o Estado deveria garantir os
direitos individuais, a liberdade de expressão, igualdade jurídica, justiça e a
posse de bens.
Os princípios democratizantes, no entanto, não foram aplicados em todos os
países influenciados pelos ideais iluministas. Em alguns países formou-se o
que se convencionou chamar "despotismo esclarecido", um sistema político
absolutista que implementava algumas ideias do iluminismo.
Nesses países, os monarcas continuavam exercendo seu poder absoluto, mas
deveriam conhecer os princípios iluministas ou ser assessorados por filósofos
dessa corrente.
Nesses casos, no entanto, não se realizaram reformas no sentido de
reestruturar a soc
A origem do iluminismo
Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a sociedade europeia foi
marcada por forte influência da Igreja Católica.
A igreja defendia uma visão teocêntrica da sociedade e boa parte do
conhecimento era fruto das crenças religiosas, de profecias e do próprio
imaginário das pessoas.
Entre o final da Idade Média e início da Idade Moderna, o progresso da ciência
começa a colocar em questão muitos conhecimentos e o próprio entendimento
do mundo proposto pela religião.
A descoberta de que a Terra não era o centro do universo, por exemplo, abalou
a supremacia do conhecimento eclesiástico.

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