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E.

E Parque Payol

Márcio Araújo Ferreira

Série:2°B

Iluminismo

11/04/23
Introdução

O Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural que surgiu


durante os séculos XVII e XVIII na Europa e defendia o uso da razão contra o
antigo regime e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento
promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo surgiu como uma reação ao Absolutismo que dominava a Europa
até então. No Absolutismo todo o poder se concentrava na figura do rei, que
vivia com luxos pagos pela classe mais pobre através de impostos.
Os pensadores iluministas queriam trazer a humanidade para a luz da razão,
iam contra o domínio da igreja católica e da monarquia absolutista, defendendo
o uso da ciência e da razão, assim como maior liberdade nos campos da
política e economia. Muitos deles eram contra a religião instituída, mas não
eram ateus, eles acreditavam que o homem chegaria a Deus por meio da
razão.
Ao contrário do que pregava a religião, os intelectuais iluministas defendiam
que o homem era o detentor do seu próprio destino e que a razão deveria ser
utilizada para a compreensão da natureza humana. A razão era, portanto,
elemento central dos ideais iluministas, afinal, somente a racionalidade poderia
validar o conhecimento. Eles acreditavam que a educação, a ciência e o
conhecimento eram a chave para essa libertação.
Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a sociedade europeia foi
marcada por forte influência da igreja católica, que defendia uma visão
teocêntrica da sociedade e boa parte do conhecimento era fruto das crenças
religiosas, de profecias e do próprio imaginário das pessoas. Entre o final deste
período e início da Idade Moderna, o progresso da ciência começou a colocar
em questão muitos conhecimentos e o próprio entendimento do mundo
proposto pela religião.
A descoberta de que a Terra não era o centro do universo, por exemplo, abalou
a supremacia do conhecimento eclesiástico. O regime absolutista também era
outro fator de insatisfação de boa parte da população, onde as sociedades
eram divididas em diversas classes sociais (estamentos) e o clero e a nobreza
– que estavam no topo da pirâmide social, que eram sustentados com os
impostos do povo.
O pensamento iluminista foi importante para o desenvolvimento da ciência e
do humanismo – que pregava a centralidade e racionalidade humana. Várias
obras foram desenvolvidas nesse período, e uma em especial sintetizava a
ideia de disseminação do conhecimento pregada pelos iluministas:
a Enciclopédia.

A Enciclopédia, editada por Denis Diderot (1713 – 1784), continha milhares de


artigos e ilustrações de diversos cientistas, filósofos e pesquisadores de
campos de conhecimentos distintos. Essa obra teve 35 volumes e foi muito
importante na exposição dos conhecimentos humanos em um formato
ordenado e metódico, com o intuito de apresentar uma alternativa aos
ensinamentos impostos pela religião.

Os iluministas também questionavam os poderes absolutistas dos governos,


pregando assim maiores liberdades individuais e políticas. Na economia, não
foi diferente, nesse período, as ideias desenvolvidas por Adam Smith (1723 –
1790) foram aceitas como uma forma de substituir o modelo mercantilista, pois
os iluministas tinham uma crença em que esse novo meio econômico seria
ideal para um maior progresso, liberdade e justiça social.

Por fim, esse movimento também merece ser lembrado pelas consideráveis
conquistas nos âmbitos sociais e nas liberdades individuais, pois a sua
crença buscava uma maior igualdade entre as pessoas, pondo um fim nas
sociedades estamentais – estrutura social em que não era permitido ascensão
social e cada grupo tinha a sua função para a sociedade pré-determinada.
Além disso, os ideais iluministas acabaram guiando diversas nações para o fim
de governos absolutistas e para a busca da independência dos países que
ainda estavam sob controle de uma nação estrangeira
Principais pensadores do Iluminismo

Voltaire;
Denis Diderot;
David Hume;
Immanuel Kant;
Adam Smith;
Jean-Jacques Rousseau;
Montesquieu.
Conclusão

Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a


limitação do poder do estado sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos
individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e outros. Para mais, o
pensamento iluminista é vivido no campo econômico, visto que os mesmos
defendiam a ideia de uma economia de livre mercado e liberal
O Iluminismo também influenciou o direito. A exemplo das obras de John Locke
e Montesquieu, que trataram bastante sobre os direitos naturais e divisão de
poderes, pode ser citado como influência direta a tripartição dos poderes entre
Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, tal influência pode ser percebida
na mudança das regras do jogo que propiciaram que as sociedades vivessem
em sistemas mais democráticos e republicanos.
Por fim, como sintetizou Immanuel Kant, o Iluminismo proporcionou as
ferramentas para com que o homem saísse da “menoridade”, para assim
explorar as possibilidades de progresso através de sua própria razão, sem se
deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias, e foi o que ocorreu.
Hoje, podemos ver o resultado disso em avanços na ciência, que trouxe
progresso em todas as áreas de conhecimento

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