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Principais ideias
(Os termos luzes e ilustração são aí usados para identificar a razão como uma “luz” capaz de
iluminar as trevas da ignorância e da obscuridade.)
Base de todo o conhecimento sobre o homem e a natureza estaria na razão humana e não nas
explicações teológicas e metafísicas.
Teologia - Ciência que se ocupa de Deus e de seus atributos e perfeições. 2 Ciência sobrenatural
de Deus e das criaturas enquanto ordenadas a Deus.
Forte tendência racionalista que colocou os intelectuais em posição oposta à Igreja e à religião.
Somente um método racional daria condições para a razão humana alcançar as verdades
científicas
Foi na França que o iluminismo alcançou maior expressão e se difundiu para outros locais.
Durante o século XVII, o desenvolvimento de várias noções sobre o que é a ciência e seus métodos
racionais se sustentou a partir das reflexões e dos questionamentos de René Descartes, Francis Bacon,
Isaac Newton e John Locke.
Os pensadores do Iluminismo
René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês, foi o precursor do racionalismo. Para
ele, o princípio científico estava baseado na dúvida metódica: deve-se duvidar de tudo para chegar
a verdade e aceitar somente aquilo que a razão pode compreender e explicar. Só que não
podemos colocar em dúvida é a razão humana, pois sua existência já ficaria imediatamente
evidenciada pelo fato de a própria dúvida ocorrer; é dele a famosa frase “Penso, logo existo”.
Francis Bacon (1561-1626), filósofo e cientista inglês, defendia que a verdadeira finalidade da
ciência era contribuir para o desenvolvimento e a melhoria das condições da vida do ser humano.
Ao contrário de Descartes, Bacon defendia que o caminho correto para o avanço do conhecimento
e das ciência era o que partia das inúmeras observações (particularidades) para chegar a uma
verdade ou lei (generalizações). Esse método organizaria o conhecimento gradativamente por meio
de experiências, estabelecendo as leis e as verdades que estão misturadas na natureza.
John Locke (1632-1704), filósofo inglês, acreditava que a mente humana era uma espécie de papel
em branco, a ser preenchido a partir dos primeiros contatos do indivíduo com o mundo exterior.
Esse conhecimento se realizaria em razão das experiências baseadas nas sensações e na intuição
do ser humano. Lançou as bases para o liberalismo político e questionou a ideia de poder inato de
origem divina, que constituía a base das explicações absolutistas.
Montesquieu (1689-1755), Um dos raros pensadores de tradição nobre que assumiram as ideias
iluministas, em sua maior obra, O Espíritos das leis, ele defendeu a divisão do poder nos três
setores que conhecemos bem atualmente: O Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Estes poderes
deveriam ser independentes e fiscalizar os outros.
Enciclopédia
Foi uma produção científica e artística organizada em 1751 sob a coordenação de Diderot e D’Alembert.
Era um importante veículo para divulgar ideias dos iluministas sobre história, política, economia, arte e
sociedade, e contou com a participação de cerca de 140 autores, entre eles Voltaire, Rousseau e
Montesquieu.
Iluminismo e a religião
A crítica à Igreja
No século XVIII, a Igreja foi alvo de severas críticas feitas por alguns pensadores iluministas. Esses
pensadores criticavam a superstição, o fanatismo e a intolerância religiosa, pois acreditavam que esses
eram os principais obstáculos à construção de um mundo melhor e mais racional.
Outra crítica feita pelos iluministas dizia respeito à liberdade de pensamento e opinião. Por muito tempo, o
dogma religioso foi o principal conjunto de princípios autorizado pela Igreja, e as ideia que o contestavam
eram duramente reprimidas. Os iluministas pregavam a liberdade de pensamento e tinham como objetivo
formar uma sociedade esclarecida, sendo para isso necessário romper com o poder do clero, com os
dogmas e com o fanatismo religioso.
Iluminismo e a política
A crítica ao Absolutismo
Presente na sociedade europeia do século XVIII, o poder absoluto também foi alvo de duras críticas dos
pensadores iluministas. Esses pensadores contestavam o despotismo e a ideia de direito divino dos reis,
além de condenarem os privilégios da nobreza e do clero.
Para os iluministas, a maior preocupação não era com a forma de governo, mas sim com uma maneira de
controlar o poder excessivo dos governantes. Grande parte desses pensadores apoiava um governo
constitucional, ou seja, um governo que respeitasse a Constituição, pois acreditavam que ela seria a
melhor garantia contra abusos de poder.
Despotismo Esclarecido
O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada por alguns monarcas europeus durante o
século XVIII. Essa forma de governo se caracterizava pela mistura de práticas absolutistas e ideias
iluministas.
Esses monarcas, conhecidos como déspotas esclarecidos promoveram reformas nos campos político,
econômico, social e religioso. Entre essas reformas, estavam o combate à corrupção e aos privilégios da
nobreza e do clero, a melhor administração dos tributos, a abolição da servidão e o incentivo a agricultura.
Durante o reinado de D. José I, de Portugal, o maior representante do despotismo esclarecido foi seu
ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.
Entre os anos de 1750 e 1777, o ministro realizou diversas reformas entre elas, a redução de poder da
Igreja Católica em Portugal, melhoria do sistema de ensino e a criação de companhias de comércio.
Iluminismo e o pensamento econômico
A crítica ao mercantilismo
Alguns pensadores iluministas criticavam o mercantilismo, a principal prática econômica dos Estados
Europeus naquela época.
A fisiocracia
Chamados de fisiocratas, defendiam que a riqueza de um Estado não deveria ser medida pela
quantidade de metais preciosos que possuía, mas sim pela quantidade e qualidade dos bens a disposição
de seus cidadãos.
Segundo os fisiocratas, o Estado não poderia interferir no mercado, mas sim deixar que a economia se
autorregulasse, seguisse suas próprias leis. “Laissez faire, laissez passer”, do francês, que significa “deixai
fazer, deixar passar”, era o lema dos fisiocratas.