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CEPI CO ÉGIO ESTADUAL DOM PEDRO II

PROFESSORA:
DISCIPLINA: HISTÓRIA
SÉRIE: 8ª
TURMA(S): C TURNO: vespertino
DATA: / /.
ALUNO (A):_____________________________
HISTÓRIA
APOSTILA DE APOIO DO 1º BIMESTRE

O Iluminismo foi um movimento intelectual que se tornou popular no século XVIII, conhecido
como "Século das Luzes".
Surgido na França, a principal característica desta corrente de pensamento foi defender o uso
da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.
Resumo sobre Iluminismo
Os iluministas acreditavam que poderiam reestruturar a sociedade do Antigo Regime.
Defendiam o poder da razão acima da fé e da religião e buscaram estender a crítica racional
em todos os campos do saber humano.
Através da união de escolas de pensamento filosóficas, sociais e políticas, enfatizavam a
defesa do conhecimento racional para desconstruir preconceitos e ideologias religiosas.
Por sua vez, essas seriam superadas pelas ideias de progresso e perfectibilidade humana.
Em suas obras, os pensadores iluministas argumentavam contra as determinações
mercantilistas e religiosas.
Também foram avessos ao absolutismo e aos privilégios dados à nobreza e ao clero. Estas
ideias eram consideradas polêmicas, pois isso abalava os alicerces da estrutura política e
social do Antigo Regime.
Desta maneira, filósofos como Diderot e D’Alembert buscaram reunir todo o conhecimento
produzido à luz da razão num compêndio dividido em 35 volumes: a Enciclopédia (1751-1780).
A publicação da Enciclopédia contou com a participação de vários expoentes iluministas como
Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau.
Suas ideias se difundiram principalmente entre a burguesia, que detinha a maior parte do poder
econômico. Entretanto, não possuíam nada equivalente em poder político e ficavam sempre à
margem das decisões.
Características do Iluminismo
O iluminismo rejeitava a herança medieval e, por isso, passaram a chamar este período de
"Idade das Trevas". Foram esses pensadores que inventaram a ideia de que nada de bom
havia acontecido nesta época. CUJO O LEMA ERA LIBERDADE, IGUALDADE,
FRATERNIDADE (LIF)
Vejamos, a seguir, as principais ideias iluministas sobre economia, política e religião.
Economia
Em oposição ao Mercantilismo, praticado durante o Antigo Regime, os iluministas afirmavam
que o Estado deveria praticar o liberalismo. Ao invés de intervir na economia, o Estado deveria
deixar que o mercado a regulasse. Essas ideias foram expostas, principalmente, por Adam
Smith.
Alguns, como Quesnai, defendiam que a agricultura era a fonte de riqueza da nação, em
detrimento do comércio, como defendido pelos mercantilistas.
Quanto à propriedade privada, não havia consenso entre os iluministas. John Locke enfatizava
que a propriedade era um direito natural do homem, enquanto Rousseau, apontava que esta
era a razão dos males da humanidade.
Política e Sociedade
Contrários ao Absolutismo, os iluministas afirmavam que o poder do rei deveria ser limitado por
um conselho ou uma Constituição.
O escritor Montesquieu, por exemplo, defendia um modelo de Estado onde o governo estaria
dividido em três poderes:
 Legislativo
 Executivo
 Judiciário.
Assim, haveria equilíbrio e menos poder concentrado numa só pessoa. Esta ideia de governo
foi adotada por quase todos os países do mundo ocidental.
Igualmente, os súditos deveriam ter mais direitos e serem tratados de forma igualitária. Com
isso queria se afirmar que todos deveriam pagar impostos e minorias, como os judeus, tinham
que ser reconhecidos como cidadãos plenos.
É preciso lembrar que no Antigo Regime, as minorias religiosas, como judeus e muçulmanos,
foram obrigadas a se converter ou a deixar os países onde estavam para escapar das
perseguições.
Embora houvesse algumas vozes a favor das mulheres e até pensadoras iluministas, como
Émilie du Châtelet ou Mary Wollstonecraft, nenhum homem defendeu realmente a concessão
de direitos para elas.
Religião
A religião foi muito criticada por vários pensadores iluministas.
A maioria, defendia a limitação dos privilégios do Clero e da Igreja, bem como o uso da ciência
para questionar as doutrinas religiosas.
Havia aqueles que compreendiam o poder da religião na formação do ser humano, mas
preferiam que houvesse duas esferas distintas: a religião e o Estado.
De igual maneira, alguns iluministas defendiam o fim da igreja como instituição e que a fé
deveria ser uma expressão individual.
Principais pensadores iluministas
Segue abaixo os principais filósofos iluministas:
 Montesquieu (1689-1755)
 Voltaire (1694-1778)
 Diderot (1713-1784)
 D’Alembert (1717-1783)
 Rousseau (1712-1778)
 John Locke (1632-1704)
 Adam Smith (1723-1790)
Despotismo esclarecido
As ideias iluministas se espalharam de tal modo que muitos governantes buscaram implantar
medidas embasadas no iluminismo para modernizar seus respectivos Estados.
Isso acontecia sem que os monarcas abdicassem de seu poder absoluto, apenas o conciliando
aos interesses populares. Deste modo, estes governantes faziam parte do Despotismo
Esclarecido.
Iluminismo no Brasil
O Iluminismo chegou ao Brasil através das publicações que eram contrabandeadas para a
colônia.
Igualmente, vários estudantes que iam à Universidade de Coimbra, em Portugal, também
tiveram contato com as ideias iluministas e passaram a difundi-las.
Essas ideias passavam a questionar o próprio sistema colonial e fomentar o desejo de
mudanças. Assim, o movimento das Luzes influenciou a Inconfidência Mineira (1789), a
Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).
Consequências do Iluminismo
Os ideais iluministas tiveram sérias implicações sociopolíticas. Como exemplo, o fim do
colonialismo e do absolutismo e implantação do liberalismo econômico, bem como a liberdade
religiosa, o que culminou em movimentos como a Revolução Francesa (1789).

PENSADORES ILUMINISTAS
Montesquieu foi um dos mais importantes filósofos e pensadores do iluminismo francês, ao
lado de Voltaire e Rousseau. Considerado um dos criadores da “Filosofia da História”, sendo
sua maior contribuição teórica, a separação dos poderes estatais, sistematizados em três
tipos: executivo, legislativo e judiciário.
Rousseau a única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma
sociedade civil, com direitos iguais para todos. Isso poderia ser realizado por meio de
um contrato social estabelecido entre os vários membros do grupo. Por esse acordo, cada
indivíduo concordaria em submeter-se à vontade da maioria: nasce o Estado. (DEFENDIA A
IGUADADE TOTAL ENTRE HOMENS COMO PONTO FUNDAMENTAL DE UMA BOA
SOCIEDADE)
Locke criticou a teoria de direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes.
Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Afirmava que, para
assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam promulgar as leis e o rei ou
o governo executá-las.
Assim, apresentou uma teoria de divisão de poderes, que propunha o equilíbrio entre o rei e o
parlamento.
combatia a ideia de que Deus decidia o destino dos homens e alegava que a sociedade
corrompia os desígnios divinos ou o triunfo do bem.
Adam Smith. Os fisiocratas se baseavam na primazia do direito natural, do poder da terra e
dos proprietários, na liberdade de vender e comprar. afirmava que somente com o fim dos
monopólios e da política mercantilista o Estado iria prosperar de fato.
Denis Diderot o filósofo acreditava que a política tinha como missão de eliminar as diferenças
sociais, o que se chocava com as ideias absolutistas da época, bem como questionava a
influência da Igreja na sociedade, a qual afirmava que deveria se restringir aos assuntos
eclesiásticos.
Voltaire (1694-1778)
crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam
na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as
vontades e desígnios divinos.

REVOLUÇÃO INGLESA
"Henrique VIII conseguiu sujeitar o parlamento da nobreza ao poder do rei dando as
características do absolutismo à monarquia inglesa, além de fundar a Reforma
Protestante no país com o Ato de Supremacia, que em 1534 fundou a Igreja Anglicana e
tomou as terras da Igreja Católica. Já no reinado de Elisabeth I, filha de Henrique VIII, o
mercantilismo inglês foi fortalecido, consolidando o poderio da marinha inglesa nos
mares, principalmente depois da vitória sobre a Invencível Armada, do rei espanhol
Felipe II, inaugurando a decadência econômica do reino espanhol. Na área da
navegação, Elisabeth I estimulou ainda ações de pirataria, chegando a dar um título de
nobreza ao pirata”. Como Elisabeth I não deixou herdeiros, em 1603 subiu ao trono
Jaime I (1603-1625), rei da Escócia e parente de Elisabeth I, dando início à dinastia
Stuart. Os governos dos Starts foram marcados pelos desentendimentos com o
Parlamento e pela perseguição religiosa a católicos e puritanos calvinistas"

FASES DA REVOLUÇÃO INGLES


Revolução Puritana e Guerra Civil (1640-1649)
O primeiro monarca da dinastia Stuart foi Jaime I, que governou de 1603 a 1625. Para tentar
adequar a Coroa à nova realidade financeira da Inglaterra e controlar a ascensão da burguesia,
Jaime I passou a tomar duas medidas principais: 1) aumento de impostos e estabelecimento
de empréstimos forçados; e 2) a formação de monopólios estatais como forma de
participação nos rendimentos dos negócios burgueses. Além disso, Jaime deflagrou uma
perseguição religiosa aos puritanos. Confrontado pela Câmara dos Comuns, dissolveu o
Parlamento, que ficou inativo de 1614 a 1622.
Com a ascensão de Carlos I, filho de Jaime, ao trono, em 1625, houve uma nova tentativa de
acordo entre a Coroa e o Parlamento para que houvesse um novo aumento de impostos. A
Câmara dos Lordes ficou a favor do rei, mas a Câmara dos Comuns novamente o confrontou.
O rei decidiu então dissolver novamente o Parlamento, que ficou inativo até 1640. Em
1640, Carlos I entrou em um novo conflito contra a Escócia e precisou novamente do tributo
dos burgueses para bancar a guerra, convocando, assim, mais uma vez, o Parlamento.
Novamente a Câmara dos Comuns recusou-se a ajudá-lo. Mas ao contrário do que ocorrera
antes, os burgueses puritanos prepararam-se para um enfrentamento total contra o rei e a
nobreza.
Um líder radical puritano chamado Oliver Cromwell organizou um exército burguês conhecido
como exército dos “Cabeças redondas” por se recusarem a usar as perucas dos nobres. Esse
exército deflagrou guerra contra a Coroa, que foi defendida pelos “Cavaleiros”, isto é, o
exército tradicional da nobreza. Teve assim início a Revolução Puritana, ou Guerra Civil
Inglesa.

“República” de Oliver Cromwell (1649-1658)


Em 19 de maio de 1649 foi proclamada a República, e Cromwell recebeu do Parlamento o
título de Lord Protector (Lorde Protetor da República). Muitas transformações políticas
operadas por Cromwell beneficiaram a burguesia que foi por ele liderada na Guerra Civil. Uma
dessas transformações foi possibilitada pelos chamados Atos de Navegação, aprovados em
1650, que restringiam o transporte de produtos ingleses apenas aos navios da própria
Inglaterra.
Um tempo mais tarde, em 1657, Cromwell propôs um novo acordo com os parlamentares e
reabilitou o Parlamento inglês. Todavia, antes que esse acordo pudesse vigorar, Cromwell
faleceu (1658). Em seu lugar, assumiu seu filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo
prestígio que o pai, sobretudo frente às classes mais radicais da burguesia. Temendo um
levante popular e uma nova guerra civil, o Parlamento fez uma manobra arriscada:
convocou Carlos II, filho do rei decapitado, para assumir o trono e restaurar a dinastia dos
Stuart.

Restauração da dinastia Stuart (1660-1688)


O Parlamento, composto por maioria puritana, ao repudiar as ações de Carlos II, viu-se
novamente vítima do autoritarismo: o monarca dissolveu-o em 1681 e governou sozinho até a
sua morte, em 1685. Seu irmão, Jaime II, assumiu o torno, reativou o Parlamento, mas
procurou dar seguimento às ações de Carlos II, no que se refere à restauração do
absolutismo. No entanto, Jaime II foi mais além, convertendo-se ao catolicismo e decretando
uma série de medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção de impostos.
Novamente, a reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse apoio da
França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra política que evitasse
um possível conflito armado.

Revolução Gloriosa e a fundação da Monarquia Parlamentarista


A manobra consistiu na convocação da filha de Jaime II, Maria II, à época casada
com Guilherme de Orange, governador dos Países Baixos, para assumir com o marido o
trono da Inglaterra. Guilherme de Orange, inicialmente, não viu com bons olhos o plano,
imaginando que sua esposa, como herdeira legítima, teria mais poderes que ele. Contudo,
mesmo assim, ainda em 1688, Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército para depor
Jaime II e apoiar o Parlamento.

Fases da Revolução Industrial

Juliana Bezerra
Professora de História

As fases da revolução industrial compreendem os diversos momentos desde o início do


avanço do processo industrial, que começou na Inglaterra no século XVIII.
Está dividida em três fases: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e
Terceira Revolução Industrial. Confira abaixa o resumo de cada um desses períodos e suas
principais características.
A Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII e durou de 1750 a
1850. Essa fase foi caracterizada por diversas descobertas as quais favoreceram a expansão
das indústrias, o progresso técnico e científico e a introdução das máquinas. (TREM DE
FERRO, NAVIOS, TEAR)
Foi assim que ocorreu a expansão das indústrias têxteis, metalúrgica, siderúrgica e dos
transportes. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Como resultado, temos o aumento da produção, a substituição do trabalho manual pelo
industrial (da manufatura para a maquinofatura), o desenvolvimento do comércio internacional
e o aumento do mercado consumidor.
A Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, o que transformou Londres na mais importante
capital financeira internacional e o país numa grande potência econômica dominante. Mais
tarde, ela foi se expandindo para outros países europeus.

Segunda Revolução Industrial


A Segunda Revolução Industrial começa em meados do século XIX e durou de 1850 a 1950.
Esse período foi marcado pela consolidação do progresso científico e tecnológico, se
espalhando por outros países da Europa, como França e Alemanha.
descobertas foram importantes
 a invenção da lâmpada incandescente;
 criação dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão, cinema e rádio);
 avanços na área da medicina e da química, como a descoberta dos antibióticos e das vacinas.
o avanço dos meios de transportes. Ademais das ferrovias, o automóvel e o avião foram
inventados nessa época aumentando cada vez mais as desigualdades sociais.
Assim, começam a surgir os sindicatos em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O fordismo e o taylorismo vieram revolucionar o sistema de produção das fábricas com as
famosas esteiras rolantes. Elas dinamizam e otimizavam o processo, enquanto geravam mais
lucro para a classe detentora dos meios de produção, barateando ainda mais o custo dos
produtos.
Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial começou em meados do século XX, que abrange o período de
1950 e permanece até a atualidade. Foi nesse momento que ocorre um grande avanço da
ciência, da tecnologia, da informática, (com o surgimento de computadores, criação da internet,
dos softwares e dos dispositivos móveis) da robótica e da eletrônica.
Na área das ciências merece destaque o desenvolvimento da engenharia genética e
biotecnologia, com a produção em massa de diversos medicamentos e avanços da medicina.
O uso de outras fontes de energia já tinha evoluído anteriormente, nesse momento, surge a
energia atômica com o uso de elementos radioativos, especialmente o urânio, a conquista
espacial.

Industrialização no Brasil

Juliana Bezerra
Professora de História

A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou retardatária.


Enquanto na Inglaterra acontecia a Primeira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime
colonial e escravista.
Desta maneira, as primeiras fábricas só puderam ser abertas com a chegada da Família Real
ao Brasil, em 1808.

Fases da industrialização brasileira


Para fins de estudo, o desenvolvimento industrial do Brasil é dividido em quatro fases.
 1530 – 1808: período colonial, quando as indústrias estavam proibidas
 1808 – 1930: compreende a época joanina, o Primeiro e o Segundo Reinado, e a
Primeira República. Surgem as primeiras fábricas, mas o café era o grande produto de
exportação.
 1930 – 1956: alguns assinalam que nestas décadas se deu a Revolução Industrial
Brasileira. O governo Vargas passa a ser o grande investidor e formador da indústria
pesada no País.
 1956 – Até os dias de hoje: começa com o estímulo à indústria de automóveis por JK, a
abertura da economia ao capital estrangeiro e a globalização.

1ª fase: período colonial


Durante o período colonial, a metrópole portuguesa proibia a manufatura, pois os produtos
iriam concorrer com os do reino e, com o fortalecimento da economia, a colônia poderia se
tornar independente, o que não interessava a Portugal.

2ª fase: primeiras fábricas no Brasil


Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou algumas
medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas:
 extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
 liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança
da taxa de importação.
Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era pequeno. A
maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes artigos.

Industrialização no Segundo Reinado


Durante o Segundo Reinado, a principal atividade econômica no Brasil era a cafeicultura. Ao
longo do século XIX, estados e governos estavam ligados à produção de café, de onde
provinha a riqueza e o poder.
Apesar da elite cafeicultora não se interessar pela atividade industrial, surgem as primeiras
fábricas no Brasil. Estas se dedicam a produzir produtos de consumo doméstico como tecidos,
ferramentas e velas.
Com a Tarifa Alves Branco, em 1844, aumentam-se as taxas alfandegárias que os produtos
importados deveriam pagar. Com isso, surge um ambiente favorável para o surgimento das
primeiras manufaturas e produzir aqui ficaria mais barato.
Nesta época, se destacam as atividades empreendedoras do barão de Mauá que investiu em
ferrovias, estaleiros, iluminação pública, bancos etc.
Ao mesmo tempo, o País começa a receber as novidades tecnológicas como a eletricidade, o
bonde de tração animal e o telefone.

Fatores da industrialização no Brasil


Vários fatores contribuíram para o processo de industrialização no Brasil no começo do século
XX:
 a exportação de café gerou lucros que permitiram o investimento na indústria;
 os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fabricação de diversos
produtos;
 a formação de uma classe média urbana consumidora.
A passagem de uma sociedade agrária para um urbano industrial mudou a paisagem de
algumas cidades brasileiras, principalmente das capitais dos estados.

Industrialização na Primeira República


Durante a Primeira República (1899-1930), verificamos a instalação de tecelagens, montadoras
de automóveis, fábricas de calçados, alimentos, produtos de higiene e limpeza como sabão
etc. As condições de trabalho eram duras com jornadas de 14 horas, seis dias na semana e o
salário baixo.
Também a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impulsou a industrialização no Brasil. Com o
conflito era inviável importar produtos manufaturados da Europa e dos Estados Unidos e
muitos artigos foram substituídos pela fabricação local.
No entanto, o grande impulso industrial no Brasil ocorreria após a crise do café e a de 29.

3ª fase: industrialização no governo Vargas


O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi decisivo para a industrialização
brasileira.
Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele privilegia a
indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria-prima e fabrica bens de grande
porte.
O contexto exterior também ajudou, pois era complicado importar máquinas num momento em
que os países europeus se preparavam para a guerra. Curiosamente, a Alemanha nazista
tornou-se compradora do algodão brasileiro a fim de vestir seus soldados.
Para instalar a indústria pesada era preciso financiamento e isso foi possível graças ao
empréstimo obtido junto aos Estados Unidos. Assim foi construída a Companhia Siderúrgica
Nacional, em 1941, em Volta Redonda (RJ). Este acordo se deu na época quando o Brasil foi
lutar junto aos americanos na Segunda Guerra Mundial.
Outras indústrias de base do período são a Companhia do Vale do Rio Doce (1942), para a
extração de minério de ferro e a Fábrica Nacional de Motores (1942).
Quanto à mão de obra empregada nas fábricas, observamos o crescimento de operários
vindos do nordeste brasileiro.

4ª fase: do governo JK até os dias de hoje


Com a chegada de Juscelino Kubitschek à presidência, se observa o crescimento da indústria
de bens intermediários.
JK privilegiou a indústria automobilística em detrimento do transporte ferroviário e a fabricação
de autopeças conheceu um grande impulso. Para isso, abriu a economia brasileira ao capital
estrangeiro.
Igualmente, verifica-se um incremento industrial automobilístico de São Paulo, no ABCD
paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema).
A construção de Brasília também garantiu o fomento da indústria nacional, pois era preciso
muito material para levantar a nova capital.

Ditadura militar e indústria no Brasil


Com o golpe de 1964 houve a instalação de uma ditadura militar de caráter autoritário e
nacionalista no Brasil. O Estado volta a aparecer como um grande investidor e realiza obras de
grande porte como a usina hidrelétrica de Itaipu, a rodovia Transamazônica e a ponte Rio-
Niterói.
Os gastos com estes empreendimentos, no entanto, aumentam a dívida externa e provocam
uma inflação descontrolada no País.

Industrialização e neoliberalismo
A eleição de Collor de Mello, em 1989, e os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso
(1994-2002), significam a implantação do neoliberalismo no Brasil.
Desta forma, as estatais são privatizadas, a economia se abre ao capital estrangeiro na maior
parte dos setores, e o trabalhadores veem seus direitos diminuírem.
Acompanhando a tendência mundial, a atividade industrial no Brasil decresce e desponta o
setor de serviços, tendência que segue no século XXI.

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